Princípios Luís A. C. Rodrigues Luí[email protected] 2009.

13
Princípios Luís A. C. Rodrigues Luí[email protected] 2009

Transcript of Princípios Luís A. C. Rodrigues Luí[email protected] 2009.

Page 1: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

Princípios

Luís A. C. Rodrigues

Luí[email protected]

2009

Page 2: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

Teoria em permanente construção

...não tem, na sua origem, uma única referência teórica: trata-se de um movimento que não se fechou em uma determinada teoria ou área de pesquisa das ciências sociais.

Na génese do movimento institucional há várias experiências ou correntes de práticas sociais de intervenção: psicoterapia e pedagogia institucionais francesas, psicossociologia americana de grupo e, ainda, a influência da filosofia e da sociologia política (Castoriadis, Sartre, Lefebvre...).

Page 3: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

Estâncias didácticas da aproximação à instituição____________________________________________________________________________

Descrição Lógica causal Sistema subjacente Campos de observação

Instituição

Dinâmica cultural Poder Estatuto Ordem Alienação Instituído e o contra instituído ... ....

Pressão devida ao meio Normatividade metafísica Normatividade jurídica ....

O Direito A Moral A epistemologia Postulado pessimista ou optimista da mudança (evolução ou revolução) ....

Os costumes, os usos Os símbolos Os mitos Os arquétipos colectivos Os valores Os conhecimentos ....

Organização

Determinação de objectivos Organização do trabalho; os programas; os projectos Mobilização de recursos Controlo de resultados Autoridade ....

Racionalidade dos modelos Decomposição do todo versus emanência do todo Axiomáticas

Teoria burocrática Weberiana Anti – burocracia Postulado mais pessimista para a mudança Crença cosmicizante ....

Significação da resistência à mudança Reacções à organização Conflitos latentes e manifestos Modos de produção Exercício da autoridade ...

Grupo

Debate, conflito Emoções e sentimentos comuns Liderança Papeis Criatividade Princípio da realidade

Determinismo de campo Inteligibilidade dialéctica

Pensamento Galilaico (Lewin) Aparecimento da dialéctica Postulado optimista para a mudança ....

Linguagem Disposição no espaço Sociabilidade Satisfação ....

Inter-relação

Escolhas, simpatias, rejeições Diferenciação, dependência e contradependência Energia da relação ....

Causalidade circular Dualismo Visão imediatista Aceitação da contradição ....

Vício da contradição Ambivalência: do prazer existência ao medo da vida ....

Projecção, identificação, transferência ... Sedução Empatia ....

Pessoa

Características diferenciais (idade, sexo ...) Emoções, sentimentos, opiniões, julgamentos, atitudes, motivações, conhecimentos, tendências Carácter Conflito pulsional Princípio do prazer ....

Determinismo linear Causalidade Teológica O real confunde-se com o imaginário Poder inato ....

Universo de totalidades fechadas A autoridade é uma propriedade intrínseca Mudança centrada no ego Pensamento categorial e normativo Cosmovisão ....

Manifestações somáticas Expressão e significação das emoções Angústias Lapsos, actos falhados Símbolos usados Impressões oníricas ....

causa fim

Societal

Generativo

Existêncial

Mito edipiano

A B B

A A

A

A

S1

R

A

C

B

Luis A. Carvalho Rodrigues. Bibliografia: Adorno, J. – Propos actuels sur l’éducation; Paris Gauthier-Villards, sd - Lobrot, –– Pedagogia institucional; Lisboa, Iniciativas editoriais, sd

Page 4: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

Figuras representativas da instituição

Símbolos: •emblema (uma figura visível que representa uma ideia)•atributo ( um acessório que designa o todo)•alegoria ( uma figuração humana, mas podendo ser animal ou vegetal que revela a história da instituição)

sustentados pelos:arquétipos (fantasmas originários)mitosestruturas de pensamento fundados em símbolos valorativos em torno de imagens:

• Cosmogenéticas (a fusão do eu no mundo)• Esquizogenéticas (a separação do eu do mundo)• Autogenéticas (uma verdadeira relação entre o ser e o mundo)

Page 5: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

O imaginário social

O imaginário social é composto por um conjunto de relações imagéticas que actuam como memória de uma cultura, um substrato ideológico mantido pela comunidade. Trata-se de uma produção colectiva, já que é o depositário da memória que a família e os grupos recolhem de seus contactos com o quotidiano. Nessa dimensão, identificamos as diferentes percepções dos actores

Page 6: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

Instituídos Instituintes

A institucionalização

O jogo dialéctico que leva ao aperfeiçoamento das ideias

Page 7: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.
Page 8: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

A Análise Institucional, apoia-se na dialéctica hegliana. A instituição é definida pelo seu movimento dialéctico :

Universalidade – a sua unidade - o sentido da analise do abstracto; corresponde ao ideológico

Particularidade, o contrário de universal : o aqui e agora, o facto, o gesto, a palavra; corresponde ao libidinal

A singularidade, síntese e a união das contradições em torno da sobrevivência da instituição; corresponde ao organizacional

Page 9: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

A lei Inerente à construção do grupo (quem a fez; a violência que está associada)

A formação dos laços de grupo A simpatia, rejeição, identificação, amor e mecanismos de adaptação do eu ao grupo (sedução, tranfert, projecção, etc.)

As pulsões De vida e de morte (eros e tanatos)

As patologias Paranóicas, perversas, obsessivas, que podem “estruturar” o clima social

As necessidades de rejeição Particularmente da repressão da satisfação pulsional

A autoridade Em torno do grande “homem” o ideal do eu

O poder A violência nele contido

Instrumentos Tópicos

Page 10: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

O sujeito e a sua Personalidade(1)___________________________________________

.

InterfaceEU

Princípios de referência

SignificadosOrientações

Comportamentos

ideal do eu

eu ideal

Percepção AcçãoReal

PsiqueO ontológico

Imaginário / fantasmático

Inter psiquico

Pulsões: de vida e de morte

Instancia censória: Super Ego

Instancia censória: Super Ego

Page 11: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

O sujeito e a sua Personalidade(2)___________________________________________

.

Princípios de referência

Significados Orientações Comportamentos

• Instintos• Crenças• Normas implícitas

nos papeis sociais• Valores• Atitudes

fundamentais• Complexos

• Objectos / fantasmas• Objectos / arquétipos• Objectos / satisfação• Objectos / frustração• Situações /

imaginário

• Orientação neurofisiológica para um objecto

• Tensão orientada• Exaltação• Decepção• Atitudes face a

outros• Atitudes face a

um mundo ideal

• Padrões condicionadores

• Necessidades• Aspirações• Defesas do eu• Hábitos• Rituais• estereótipos

Leitura:

MUCCHIELLI, Alex;- As motivações; Lisboa, Europa América ed. 1983

Page 12: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

René Lourau (1972) refere existir um Efeito Weber : "Quanto mais uma sociedade é racionalizada, mais se torna opaca para aqueles que a compõem”

Efeito Lukács: " A ciência à medida que progride tem tendência a esquecer as condições de seu aparecimento, do seu desenvolvimento, preza que fica ao 'objeto' e ao 'método'“

Page 13: Princípios Luís A. C. Rodrigues Luís.acr@sapo.pt 2009.

Bibliografia ARDOINO ; LOURAU - Les Pédagogies institutionnelles, Paris, P.U.F., 1994CASTORIADIS-  L’Institution imaginaire de la société, Paris, Le Seuil, 1975HESS, R ;  AUTIER, M. -  L'analyse institutionnelle, Paris, PUF, 1993 ILLICH, I - Une société sans école, Paris, Le Seuil, 1971.LAPASSADE - Groupes, Organisations, Institutions, Paris, Gauthier-Villars, 1974.LAPASSADE - L’Analyseur et L’Analyste, Paris, Gauthier-Villars, 1971.LOBROT - La Pédagogie institutionnelle, Paris, Gauthier-Villars, 1972.LOURAU - La clé des champs, Introduction à l’analyse institutionnelle, Paris, Miméo ed., 1995.LOURAU, R. L´Illusion pédagogique. Paris: l´Épi ,1969.LOURAU, R  L´instituant contre l´institué. Paris: Anthropos, 1969.  LOURAU, R  L´analyse institutionnelle. Paris: Minuit, 1970. LOURAU, R  Les analyseurs de l´église. Paris: Anthropos, 1972.