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1 Pró-Reitoria Acadêmica Universidade Católica de Brasília Curso de Ciências Biológicas Família Closteriaceae (Zygnematophyceae, Streptophyta) no perifíton de duas lagoas do Distrito Federal Autora: Edilenny Barros Orientadora: Profª. Drª. Bárbara Medeiros Fonseca Brasília- DF 2015

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Pró-Reitoria Acadêmica

Universidade Católica de Brasília

Curso de Ciências Biológicas

Família Closteriaceae (Zygnematophyceae, Streptophyta)

no perifíton de duas lagoas do Distrito Federal

Autora: Edilenny Barros

Orientadora: Profª. Drª.

Bárbara Medeiros Fonseca

Brasília- DF

2015

EDILENNY DE SOUZA BARROS

Família Closteriaceae (Zygnematophyceae, Streptophyta) no perifíton de duas lagoas do

Distrito Federal

Monografia apresentada ao curso de graduação

em Ciências Biológicas da Universidade

Católica de Brasília, como requisito parcial para

obtenção do Título de Bacharel em Ciências

Biológicas.

Orientador: Profa. Dra. Bárbara Medeiros

Fonseca

Brasília

2015

Monografia de autoria de Edilenny De Souza Barros, intitulada “Família Closteriaceae

(Zygnematophyceae, Streptophyta) no perifíton de duas lagoas do Distrito Federal”, apresentada

como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas da Universidade

Católica de Brasília, em (data de aprovação), defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo

assinada:

Profa. Dra. Bárbara Medeiros Fonseca

Orientadora

Ciências Biológicas – UCB

Profa. Dra. Melina Guimarães

Ciências Biológicas – UCB

Profa. Dra. Lourdes Maria Abdu El-moor Loureiro

Universidade Católica de Brasília

Brasília-DF

AGRADECIMENTO

“ Eu imagino Deus como fonte de toda energia, que criou e mantém

o equilíbrio de todo universo. Vejo Deus na flor na flor e na abelha que lhe suga o néctar para produzir o mel,

no pássaro que devora a abelha, no homem que devora o pássaro e no verme que devora o homem. Eu vejo

Deus em cada estrela no céu, nas minhas noites, nas pousadas. E nos olhos tristes de cada boi, ruminando na

invernada ... Só não consigo ver Deus, no homem que devora o homem, por isso acho que ainda tenho muito o

que aprender nesses caminhos da vida.”

[palavras de um peão boiadeiro]

Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, pela vida, pois é a ela que impulsiona os

sonhos e nos dá força para realiza- los. E por toda força durante toda esta longa caminhada.

Minha dedicação especial a Profa. Dra. Bárbara Medeiros Fonseca, excelente pesquisadora

e orientadora desta pesquisa. Sempre dedicada e sábia. Sou grata por todo conhecimento

transferido, e pela amizade. E por ter me apresentado o mundo das algas de uma forma tão

apaixonante.

Aos membros da banca examinadora Profa. Dra. Melina Guimarães, Dra. Lourdes Maria

Abdu El-Moor Loureiro pelas contribuições.

Aos meus pais, meus heróis, símbolos de tudo o que sou, fonte inesgotável de admiração

sou- lhes grata por todo apoio, carinho e pelo amor incondicional.

Ao meu irmão e familiares, que me apoiaram e incentivaram nesta caminhada.

Ao Paulo Barreto, pela ajuda e compreensão, pela perseverança e carinho.

A todos os amigos que conquistei neste caminho, e pela grande amizade, diversão,

aprendizado e convivência. Agradeço, pelo privilégio de nascer e viver entre estas pessoas

maravilhosas.

Agradeço todos os professores que me acompanharam durante a gradução, e pоr mе

proporcionar о conhecimento.

Ao Laboratório de Biodiversidade Aquática da Universidade Católica (UCB), pelo

espaço físico, equipamentos e materiais.

A todos quе direta оu indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеu muito obrigada.

“Eu quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele

fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero conhecer os pensamentos Dele, o

resto são detalhes”. [Albert Einstein]

RESUMO

Referência: BARROS, Edilenny de Souza. Família Closteriaceae (Zygnematophyceae,

Streptophyta) no perifíton de duas lagoas do Distrito Federal. 2015. 32 págs. (Ciências

Biológicas)- Universidade Católica de Brasília, DF, 2015.

Este trabalho trata do levantamento florístico da Família Closteriaceae

(Zygnematophyceae, Streptophyta) no perifíton de duas lagoas do Distrito Federal, Lagoa do

Roncador e Lagoa do Lourival. Foram coletadas seis amostras na estação seca dos anos de 2010,

2011 e 2015. Foram identificados seis táxons da Família Closteriaceae na Lagoa do Roncador e

nenhum táxon na Lagoa do Lourival. Os táxons mais frequentes foram Closterium costatum var.

dilatatum (West & G.S West) Willi Krieg, Closterium sp. 1, Spinoclosterium cuspidatum (Bailey)

Hirano, os quais ocorreram em 2010, 2011 e 2015. Closterium closterioides (Ralfs) Louis & Peeters

var. closterioides foi o táxon menos frequente, ocorrendo apenas no ano de 2015. Este estudo

contribuiu com as seguintes citações pioneiras para o Distrito Federal: Closterium costatum var.

dilatatum (West & G.S West) Willi Krieg, Closterium gracile Brébisson ex Ralfs e Spinoclosterium

cuspidatum (Bailey) Hirano.

Palavras-chave: Desmidiaceae, PELD, Distrito Federal, Brasília (DF).

ABSTRACT

This work deals with the floristic survey the Closteriaceae Family (Zygnematophyceae,

streptophyta) in periphyton of two lagoons of the Federal District, Roncador lagoon and Lagoa do

Lourival. Six samples were collected during the dry season of the years 2010, 2011 and 2015. Six

taxa of Closteriaceae were identified in Lagoa do Roncador and no taxa in Lagoa do Lourival. The

most common taxon were Closterium costatum var. dilatatum (West & GS West) Willi Krieg,

Closterium sp. 1, Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano, which occurred in 2010, 2011 and

2015. Closterium closterioides (Ralfs) Louis & Peeters var. closterioides was the less frequent

taxon, occurring only in the year 2015. This study contributed to the following pioneering quotes for

the Federal District: Closterium costatum var. dilatatum (West & GS West) Willi Krieg, Closterium

gracile Brébisson ex Ralfs and Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano.

Keywords: Desmidiaceae, PELD, Federal District, Brasília (DF).

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 09

2 OBJETIVOS............................................................................................................. 14

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 14

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................... 14

3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 14

3.1 ÁREA DE ESTUDOS ......................................................................................... 14

3.2 COLETA DAS AMOSTRAS .............................................................................. 17

3.3 ANALISE DE DADOS ....................................................................................... 17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................18

5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... ...28

6 PERSPECTIVAS .................................................................................................. ...29

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... ...30

8 ANEXOS ................................................................................................................ ...33

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1 INTRODUÇÃO

A água representa o elemento fundamental à vida, sendo insubstituível em várias atividades

humana e fundamental para o equilíbrio do meio ambiente. Portanto a preocupação com os recursos

hídricos e sua importância tem crescido em todo o mundo (COTRIM, 2006). O Cerrado possui um

grande número de nascentes, sendo considerado um berço das águas brasileiras (PADOVESI-

FONSECA, 2009). O perifíton que é encontrado nessas águas pode servir como alimento para

muitos organismos aquáticos e para vários grupos de insetos (MOSCHINI-CARLOS, 1999). As

algas do perifíton formam uma comunidade de grande importância ecológica, crescendo sobre a

superfície de substratos submersos como rochas e macrófitas. Vivem em conjunto com bactérias,

fungos, protozoários e alguns metazoários (TUNDISI; MATSUMURA-TUNDISI, 2008). Segundo

Moschini-Carlos (1999) as algas são consideradas o componente mais estudado do perifíton. As

algas perifíticas desempenham um papel importante na produtividade primária dos ecossistemas

aquáticos (TUNDISI; MATSUMURA-TUNDISI, 2008). Vários fatores negativos e positivos

podem afetar o crescimento das algas dentre eles a temperatura da água, intensidade luminosa,

disponibilidade de nutrientes; esses fatores também podem afetar a reprodução e a sucessão de tal

comunidade (FELISBERTO; MURAKAMI, 2008). Através do levantamento taxonômico das algas,

podemos ampliar o conhecimento da biodiversidade das comunidades de algas e verificar os tipos

de associações que ocorrem entre essas espécies.

A classe Zygnematophyceae é um componente importante do perifíton e destaca-se por

causa da alta diversidade morfológica, comparada com outros grupos de algas verdes. Esta classe

engloba cerca de 4000 espécies marcadas pela combinação de duas características: 1) a ausência de

células flageladas na história de vida e 2) o processo de reproduçao sexuada, chamado de

conjugação (GERRATH, 2003).

A família Closteriaceae é uma família de algas pertencentes à ordem Desmidiales e inclui

dois gêneros: Closterium e Spinoclosterium. O gênero Closterium foi descrito como indivíduos

solitários e sem constrição mediana. Os critérios mais importantes usados na identificação

taxonômica deste gênero baseiam-se em sua morfologia, como por exemplo, o formato da célula, o

formato do ápice e características da parede celular. O gênero inclui, presentemente, ao redor de

umas cem espécies conhecidas. Por ser um gênero especioso, os taxonomistas podem dividi- lo em

seções, que são denominadas Holopenium, Elongatae, Closterium, Elongato-striatae e Striatae; a

distinção entre eles é feita pela forma da célula (reta ou curvada), pelo tipo de parede celular (lisa

ou decorada) e pela existência ou não de zona de elongação (BICUDO; MENEZES, 2006).

As células de Closterium são mais longas do que largas, conforme indicado na Figura 1.

Quanto ao formato, elas podem variar entre inteiramente curvadas (ou lunadas), curvada apenas nos

10

ápices, semilunadas ou retas (elípticas ou fusiformes). A sua margem dorsal (externa) é sempre

convexa e a ventral (interna) podendo ser reta, côncava, ligeiramente convexa e sempre convexa e

até inflada na região mediana. E as margens também podem ser paralelas entre si (BICUDO;

MENEZES, 2006).

Figura 1 -Exemplos de formato da célula do gênero Closterium. VAN GEEST, Alfred. Closterium 2009. Disponível

em: <http://www.dig icodes.info/index_closterium.html>. Acesso em: 27 abr. 2015

A morfologia também pode ser vista a partir do formato dos ápices, que varia entre

arredondado, obtuso arredondado, cônico arredondado, acuminado arredondado, truncado

arredondado, truncado, oblíquo truncado, acuminado a obtuso e, às vezes, até capitulado ou quase

(Figura 2). A parede celular pode ser lisa, pontuada, estriada (as estrias podem ser contínuas ou

interrompidas e pode haver uma linha de pontos entre cada duas estrias) ou costelada (Figura 3). A

cor da parede celular de Closterium pode variar por causa da idade e dos sais de ferro do ambiente,

deixando-a com uma cor acastanhada. Mas a cor original da parede celular é incolor. Pode ou não

existir um espessamento polar e, às vezes, há dois espessamentos, dos quais um ocorre na margem

dorsal e o outro, na ventral. O cloroplastídio é único por semicélula, e tem forma laminar ou

estelóide. Ocorrem de um até dez pirenoides, espalhados pelo plastídio (BICUDO; MENEZES,

2006).

Figura 2- Exemplos de formato dos ápices da célula do gênero Closterium. VAN GEEST, Alfred. Closterium. 2009.

Disponível em: http://www.d igicodes.info/index_closterium.html>. Acesso em: 27 abr. 2015

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Figura 3 -Exemplos de parede celular da célu la Closterium. VAN GEEST, A lfred.Closterium. 2009. Disponível em:

<http://www.digicodes.info/index_closterium.html>. Acesso em: 27 abr. 2015

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Existem estudos que foram realizados em outros estados do Brasil, especialmente no estado

do Paraná, que visam à identificação do gênero Closterium, conforme a Tabela1.

Tabela 1 – Ocorrência dos gêneros (Closterium) em outros estados do Brasil.

Autor Estado Ambientes Riqueza Observações

Bortolini et al. (2009) Paraná Lago artificial Paraná 17 Coletado no fitoplâncton

Lopes e Bicudo (2002) Amazonas Rio Acre 19 Coletado no fitoplâncton

Aquino, Bueno e

Menezes (2014) Paraná Rio Cascavel 10 Coletado no perifíton e

fitoplâncton

Fonseca (2014) Mato Grosso Córrego Quinera 4 Coletado no fitoplâncton

Sormus e Bicudo (1994) São Paulo

Reservatórios do Parque Estadual das

Fontes do Ipiranga

34 Coletado no fitoplâncton

Biolo et al. (2008) Paraná Reservatório de Itaipu 3 Coletado no fitoplâncton

Bortolini, Meurer e Bueno (2010) Paraná Rio São João 7 Coletado no fitoplâncton

Bittencourt-Oliveira

e Castro (1993) Paraná Rio Tibagi 21 Coletado no perifíton

Felisberto e Rodrigues (2007) Paraná

Reservatório de Salto do Vau

23 Coletado no perifíton

O gênero Spinoclosterium foi descrito por Bernard, C. o primeiro registro foi em 1909, e

apenas três especies desse gênero são conhecidas (GUIRY, 2015). Suas células assemelham-se com

o Closterium na maioria dos aspectos (WEHR; BAINHA; KOCIOAEK, 2002). As células são

lunadas, pouco inflado na região intermediária, e afinando em direção aos apices, nas células

apresentam espinha robusta em cada extremidade. Parede celular suave, com dois pedaços reunidos

em uma sutura mediana. Cloroplastos dois por célula e axial com vários pirenoides, com sulcos

longitudinais. Núcleo no meio entre os cloroplastos. Cada extremidade da célula com vacúolo

contendo pequenos cristais (GUIRY, 2015). Embora seja semelhante com formas de algumas

espécies de Closterium, seu grande tamanho e os espinhos apicais podem facilmente distinguir

Spinoclosterium de Closterium. O gênero é encontrado amplamente na América do Norte, mas não é

abundante quando presente (WEHR; BAINHA; KOCIOAEK, 2002). De modo geral, existem

poucos estudos que fazem menção a espécies de Spinoclosterium.

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Figura 4 -Exemplos de cloroplastos da celular e os espinhos na célula Spinoclosterium. Fotos: Ed ilenny Barros

Nenhum estudo específico sobre a Família Closteriaceae, com abordagem taxonômica, foi

feito no DF. Senna, Souza e Compère (1998) organizaram um check- list com os táxons desta

família já registrados no DF, mas baseados em relatórios técnicos ou listas de espécies não

publicadas (literatura cinza). Tais autores reportaram 24 táxons de Closterium, e nenhum de

Spinoclosterium. O levantamento dos táxons desta família no presente estudo contribuirá para um

melhor entendimento da diversidade geral de algas da região.

Este trabalho está inserido no PELD (processo CNPq 558233/2009-0), Programa de

Pesquisas Ecológicas de Longa Duração, o qual inclui 26 sítios de pesquisa distribuídos nos

diversos biomas do país, incluindo o Cerrado. Nestes locais são abordados os principais problemas

relacionados à conservação e uso da biodiversidade e recursos naturais (TABARELLI et al., 2013).

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar o levantamento das algas da Família Closteriaceae no perifíton de duas lagoas do

Distrito Federal.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Elaborar uma chave dicotômica e criar um banco de imagens com os táxons encontrados da

Família Closteriaceae.

3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 ÁREA DE ESTUDO

O Distrito Federal está situado no Planalto Central Brasileiro e o seu bioma é o Cerrado, o

qual fornece condições para drenagens de águas das bacias hidrográficas que são consideradas as

mais importantes do Brasil. A região nuclear do bioma Cerrado é conhecida como o berço das águas

brasileiras por causa dos lagos naturais e zonas úmidas que são formadas pelas águas subterrâneas.

Em geral em condições naturais, são ambientes pobres em nutrientes, levemente ácidos e com baixa

condutividade elétrica (até 10µS/cm). A temperatura da água não apresenta uma grande variação ao

longo do ano, pois são sistemas de pequeno porte, rasos e sombreados (MENDONÇA-GALVÃO et

al., 2011). O estudo foi realizado em duas lagoas do Distrito Federal (Figura 5): a Lagoa do

Roncador, que está localizada na Reserva Ecológica do IBGE, e a Lagoa do Lourival (localmente

conhecida como poço do Lourival), que se localiza na Fazenda Água Limpa (FAL). A vegetação

predominante dessas reservas são as típicas do Cerrado sensu stricto, caracterizadas por seus arbustos

com troncos e galhos retorcidos, cascas grossas do tipo cortiças e folhas coriáceas (RIBEIRO, 2011).

O clima é tipicamente sazonal, com duas estações bem definidas: uma chuvosa que ocorre de

setembro a maio e outra seca que ocorre de junho a agosto. A temperatura média anual é de 27°C e

a mínima é de 15,4°C (FELFILI et al., 1999).

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Figura 5 – Mapa dos locais de estudo, localizados no Distrito Federal, Brasil. RECOR: Reserva Eco lógica do IBGE;

FAL: Fazenda Água Limpa; Lou: Lagoa do Lourival; Ron: Lagoa do Roncador; Os pontos destacados em preto no mapa

são os córregos que existem na área. Fonte: Adaptado de Fonseca e Mendonça-Galvão (2014)

A FAL faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) das Bacias do Gama e Cabeça do Veado

e tem, no seu interior, a Área Relevante de Interesse Ecológico – ARIE Capetinga/Taquara, também

denominada Estação Ecológica da Universidade de Brasília. Possui uma temperatura média anual de 20,4°C e

pluviosidade média anual de 1574 mm (FELFILI et al., 1999). A Lagoa do Lourival (Figura 6) localiza-se nas

coordenadas geográficas 15°58'13,30"S e 47°55'59,80"W. É um sistema lêntico de pequenas dimensões e

profundidade < 2 m, represado, abastecido por lençol freático, com pH ácido (5,4), baixa condutividade

elétrica (< 3,6), baixa turbidez (<1,2 UT) e totalmente transparente (Anexo I) (Fonte: Projeto

PELD).

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Figura 6 - Lagoa do Lourival (FAL).

A Reserva Ecológica do IBGE está localizada no centro-sul do Distrito Federal, no

entroncamento das Rodovias BR-251 e DF-001, a cerca de 20 km em linha reta e a 35 km por via

terrestre do centro de Brasília. Sua superfície é de 1.300 hectares, em números exatos (RIBEIRO,

2011). A Lagoa do Roncador conforme indicado na (Figura 7) pode ser localizada nas

coordenadas geográficas de 15°56'48,6"S 47°52'04,9"W. A lagoa é um pequeno represamento com,

no máximo, 2 m de profundidade. Possui muitas macrófitas no leito. É um sistema lêntico de pequenas

dimensões, represado, abastecido por lençol freático, com pH 4,6, baixa condutividade elétrica (< 5,8),

baixa turbidez (<0,9 UT) (Anexo I) (Fonte: Projeto PELD).

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Figura 7- Lagoa do Roncador (IBGE)

3.2 COLETA DAS AMOSTRAS.

A coleta foi realizada nos períodos de seca dos anos de 2010, 2011 (ambos em agosto) e

2015 (em outubro). Foram coletadas seis amostras (três em cada lagoa), através do espremido das

macrófitas aquáticas. Em seguida, foram armazenados em potes de plásticos. Após as coletas, as

amostras foram fixadas com formol neutro a 4% e, posteriormente, transportadas para o Laboratório

de Biodiversidade Aquática da Universidade Católica de Brasília (UCB), em Taguatinga-DF. Junto

com as amostras, foram coletados dados abióticos das duas lagoas (Anexo I). Todo material

coletado foi incluído no Herbário Científico da Universidade de Brasília (UB), sob os números 2024

nos dias de 20/08/2010 e 2032 nos dias 31/08/2010. A coleta de 2015 ainda não foi incluída no

Herbário.

3.3 ANALISE DE DADOS

A identificação taxonômica foi realizada no laboratório de Biodiversidade Aquática da

Universidade Católica de Brasília, com o auxílio de microscópio óptico binocular Olympus Bx41,

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sob aumento de até 400x. O material observado foi fotografado a partir do programa de computador

QCapture, medido pelo programa Axio Vision 4.8. Para identificação dos táxons foram consultadas

referências clássicas e recentes tais como: FÖRSTER (1964, 1969, 1974), LENZENWEGER

(1996), OLIVEIRA (2011). A princípio era para ser feitas três lâminas por amostras e as análises

feitas ao microscópio só terminaram depois que não houvesse aumento no número de táxons

encontrados. No entanto, o esforço amostral foi ainda maior, tendo sido analisadas um total de 55

lâminas dos três períodos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise do perifíton permitiu a identificação de cinco táxons de Closterium e um de

Spinoclosterium. Três são citações pioneiras para o Distrito Federal que são: Closterium costatum

va. dilatatum (West & G.S West) Willi Krieg, Closterium gracile Brébisson ex Ralfs,

Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano. O local conhecido como Roncador (Fazenda do

IBGE) foi o que apresentou maior riqueza. A Lagoa do Lourival (Fazenda Água Limpa) não

apresentou nenhum táxon de Closterium e Spinoclosterium (Tabela 2).

Este material concorda com a descrições e ilustrações apresentadas por Prescott et al. (1975),

Oliveira (2011), Sormus e Bicudo (1994) e Bicudo e Castro (1994), embora as medidas celulares de

todas as espécies tenham sido um pouco menores do que o material das ilustrações apresentadas

pelos autores.

Tabela 2 – Ocorrência dos dois gêneros (Closterium e Spinoclosterium) em duas Lagoas do DF.

Táxons

Lagoa do Roncador Lagoa do Lourival

2010 2011 2015 2010 2011 2015

Closterium closterioides (Ralfs) Louis & Peeters var.

closterioides

X

Closterium costatum var. dilatatum (West & G.S West)

Willi Krieg

X X X

Closterium dianae Ehrenb ex Ralfs 1948 var. dianae f.

dianae

X

X

Closterium gracile Brébisson ex Ralfs X

X

Closterium sp. 1 X X X Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano X X X

Total de táxons 5 3 6 0 0 0

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CHAVE DICOTÔMICA PARA OS TÁXONS ENCONTRADOS

1a.Presença de espinhos ...................................................... Spinoclosterium cuspidatum

1b.Ausência de espinhos ................................................................................................ 2

2a. Célula reta ou levemente curvada nos ápices........................................................ 3

2b. Célula fortemente curvada .................................................................................... 4

3a. Célula com curvatura nos ápices ................................................ C. gracile var. gracile

3b. Célula reta sem curvatura nos ápices .......................C. closterioides var. closterioides

4a. Célula com parede celular lisa ................................................................................. 5

4b. Célula com parede celular costelada ................................ C. costatum var. dilatatum

5a. Célula não inflada na região mediana ............................................... Closterium sp. 1

5b. Célula inflada na região mediana................................C. dianae var. dianae f. dianae

Closterium Nitzsch ex Ralfs

Closterium closterioides (Ralfs) Louis & Peeters var. closterioides, Bulletin du Jardin Botanique

National de Belgique 37: 410, pl. 13: fig. 119. 1967.

Figura 7

Célula reta, elíptica ou fusiforme, 6 vezes mais longa que larga, comp. 141,49 µm, larg.

23,32 µm margens laterais igualmente convexas, pólos arredondados-trucados; parede celular lisa,

incolor, sem espessamento polar, sem zona de alongamento; cloroplasto axial, indiviso ou dividido

transversalmente em duas porções desiguais, a apical maior que a basal, cristas 5, pirenoides 3-4, em

série mediana; vacúolo terminal.

Ocorrência: Lagoa do Roncador 2015.

20

Distribuição geográfica: Cosmopolita (GUIRY, 2015). Brasil: Paraná (AQUINO; BUENO

2014), (BORTOLINI; MEUER; BUENO, 2010), São Paulo (SORMUS; BICUDO, 1994).

Comentários: Pode ser facilmente confundido com Closterium navicula var. navicula, mas

se diferencia pelas dimensões, já que que o C. navicula é 3-5 vezes mais longa que larga. Há uma

diferença nas medidas nas literaturas entre Lenzeweger (1996, p. 35) e Sormus e Bicudo (1994, p.

80). As dimensões closterioides feitas por Lenzeweger eram 200-300 x 35-45µm, enquanto em

Sormus e Bicudo (1994) as dimensões são 173,3-193,9 x 36,7-42,2 µm.

Closterium costatum var. dilatatum (West & G.S West) Willi Krieg, Universitatea Bacau,

Biologie 7: 1-694. 2002.

Figura 8

Célula fortemente curvada; 7,75- 8,73 vezes mais longa que larga, comp. 276,41-296,08 µm,

larg. 31,87-36,67 µm, margem dorsal convexa, margem ventral côncava, polos celulares

acuminados, parede celular estriada, cor acastanhada, espessamento polar, cloroplastídio axial, 6-8

pirenoides.

Ocorrência: Lagoa do Roncador 2010, 2011, 2015.

Distribuição geográfica: Europa, América do Norte (GUIRY, 2015). Brasil: Bahia

(OLIVEIRA, 2011).

Comentários: Os indivíduos observados apresentam formato da célula semelhante a C.

dianae Ehrenb. ex Ralfs, mas diferem por apresentar estrias na parede celular, enquanto C. dianae

possui parede lisa. Outro táxon próximo é C. nematodes Josh. var. nematodes. Uma variação de C.

costatum (Corda) KLEBS foi registrada por Lenzeweger (1996, p. 36) a partir de amostras da

Áustria. O primeiro registro da variedade no Brasil foi de Oliveira (2011, p. 74), com base em

material coletado na Bahia.

Closterium dianae Ehrenb ex Ralfs 1948 var. dianae f. dianae

Figura 9

Célula fortemente curvada, 10,10-11,47 vezes mais longa que larga, comp. 199,72µm-

207,64µm, larg 18,1µm- 19,77µm, margem dorsal amplamente convexa, margem ventral

acentuadamente côncava, às vezes inflada na região mediana, polos celulares obtuso-arredondados;

parede celular lisa e inteiramente pontuada, incolor a acastanhada, com espessamento polar, sem

zona de alongamento; cloroplastídio axial, pirenoides 2-8, em série mediana.

Ocorrência: Lagoa do Roncador 2010, 2015.

Distribuição geográfica: Brasil: Paraná (AQUINO; BUENO; MENEZES 2014), São Paulo

(BICUDO; CASTRO 1994, SORMUS; BICUDO 1994), Paraná (BITTENCOURT-OLIVEIRA;

21

CASTRO, 1993; BIOLO; SIQUEIRA; BUENO, 2008; BORTOLINI et al,. 2009), Goiás (FÖSTER,

1964).

Comentários: Sormus e Bicudo (1994) registraram variação relativamente maior das

medidas celulares do material do estado de São Paulo (104-312 x 9-47µm), ao passo que Biolo,

Siqueira e Bueno (2008) descreveram medidas celulares menores (67,2-110 x 8,4-16 µm) para

material do Paraná.

Closterium gracile Brébisson ex Ralfs, The British Desmidieae: 221, pl. XXI: figs 8-12. 1848.

Figura 10

Célula lunulada; 14,97- 19,04 vezes mais longa que larga, quase reta por ca. metade de seu

comprimento, ligeiramente curvada, comp. 139,63µm-164,46µm, larg. 7,37µm-10,7 µm, margens

retas, paralelas por pouco mais da metade de sua extensão, ventral não inflada na região mediana,

ápices suavemente recurvados, pólos obtusos a truncados, parede celular lisa, cor acastanhada, com

espessamento polar, cloroplasto axial, pirenoides 4-7,em série mediana.

Ocorrência: Lagoa do Roncador 2010, 2015.

Distribuição geográfica: Bahia (OLIVEIRA, 2011); Pará (FÖSTER, 1969); Paraná

(FELISBERTO; RODRIGUES, 2007), São Paulo (SORMOS; BICUDO, 1994).

Comentários: Sormus e Bicudo (1994), registraram variação relativamente maior das

medidas celulares do material do estado de São Paulo; 23-38,4 vezes mais longa que larga, de arco,

(104,5)127-320 x 3,5-7 (-8,5)µm, ao passo que Oliveira (2011, p. 78) descreveu medidas celulares

menores 30-33 vezes mais longa que larga, e de arco 20-40° para material da Bahia. Closterium

gracile é uma espécie bastante comum nas águas doce do Brasil. Ela se assemelha

morfologicamente com espécies C. cornu Ehrenb, mas difere na curvatura uniforme nos polos e a

região mediana retusa.

Closterium sp. 1

Figura 11

Célula fortemente curvada; 12,15-14,01 vezes mais longa que larga, comp. 200,97-

394,57 µm, larg. 14,9-22,45 µm, margem dorsal convexa, margem ventral côncava, polos celulares

acuminados, parede celular estriada, cor acastanhada, espessamento polar, cloroplastídio axial,

pirenoides 4-8.

Ocorrência: Lagoa do Roncador 2010, 2011, 2015.

Comentários: Closterium sp. 1 se assemelha com Closterium porrectum Nordst. var.

porrectum, mas difere no tamanho da célula. Closterium sp. 1 comp. 200,97 a 394,57 µm, já a

dimensão do Closterium porrectum é 300-335 µm. Além, disso Closterium sp.1 os polos celulares

22

são acuminados, não apresenta costelas. Já C. porrectum tem polos arredondados apresenta costelas

de 2 em 10 µm.

Spinoclosterium C. Bernard

Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano, Hirano, M. Acta Phytotaxonomica et

Geobotanicanica 14: 1-4, 1949

Figura 12

Célula lunada; 1,92-2,14 vezes mais longa que larga, compr 95,49-108,13µm, larg 44,84-

62,13µm, curvatura acentuada, margem dorsal convexa, margem ventral côncava, polos

amplamente arredondados, 1 espinho sólido, grosseiro, praticamente reto; parede celular lisa,

hialina; cloroplastídio axial, esteloide, lamelas 2-3, vários pirenoides.

Ocorrência: Lagoa do Roncador 2010, 2011, 2015.

Distribuição geográfica: Austrália e Nova Zelândia (GUIRY, 2015). Goiás (, 1964); São

Paulo (BICUDO; CASTRO, 1994), Bahia (OLIVEIRA, 2011).

Comentários: Förster (1964) foi o primeiro a registrar a ocorrência do gênero

Spinoclosterium no Brasil, coletado no estado de Goiás e sendo identificado como Closterium

cuspidatum Bailey ex Ralfs. Bicudo e Castro (1994) registraram uma ocorrência da espécie no

estado de São Paulo. O gênero Spinoclosterium é considerado raro de ocorrência no país. E o relato

mais recente foi o de Oliveira (2011) com amostras coletadas na Bahia.

De acordo com o check- list de Senna, Souza e Compère (1998) das algas e cianobactérias já

citadas para o Distrito Federal (Tabela 3), as espécies pioneiras para o Distrito Federal foram

Closterium costatum var. dilatatum (West & G.S West) Willi Krieg, Closterium gracile Brébisson

ex Ralfs, Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano. Apesar de Closterium gracile ter aparecido

como espécie pioneira, consta literatura consultada que essa espécie ocorre com bastante frequência

em vários ambientes aquáticos.

23

Tabela 3 Táxons de Closterium e Spinoclosterium já citados para o Distrito Federal, mas não encontrados no presente

estudo, segundo o check-list de Senna, Souza e Compère (1998).

Táxon Local

C. acutum (Lyng.) Brég. Ex Ralfs var. acutum

Reservatório Paranoá

C. acutum var. tenuis Nordst. Reservatório Paranoá

C. acutum var. variable (Lemm.) Krieg. Reservatório Torto

C. archianum Cl. var. archianum Lagoa Bonita

C. archianum var. minus Skuja Lagoa Bonita

C. baillyanum Bréb Lagoa Bonita

C. closterioides (Ralfs) Louis & Peeter var. intermedium (Roy & Biss.)

Ruzicka

Lagoa Bonita

C. didymotocum Ralfs Reservatório Paranoá

C. intermedium Ralfs Reservatório Paranoá

C. kuetzingii Bréb. ex Ralfs Reservatório de Santa

Maria

C. legumen Borge Corrente Coqueiro

C. leiblenii Kütz ex Ralfs Lagoa Bonita

C. lineatum Ralfs Lagoa Bonita

C. macilentum Bréb. Lagoa Joaquim Medeiros

C. moniliferum (Bory) Ehr. Ex Ralfs Reservatório Paranoá

C. navicula (Bréb.) Lütkem Reservatório Paranoá

C. peracerosum Gay Reservatório Paranoá

C. porrectum Nordst Lagoa Bonita

C. setacerum West & West Corrente Coqueiro e

Granja do Ipê

C. setaceum Ehr. ex Ralfs Reservatório Paranoá e

Lagoa Bonita

C. striolatum Ehr. ex Ralfs Reservatório Paranoá

C. taxon W. West Lagoa Bonita

24

Figuras 8a-c Closterium closterioides (Ralfs) Louis & Peeters var. closterioides

25

Figuras 9a-f Closterium costatum var. dilatatum (West & G.S West) Willi Krieg. (9b, 9d e 9f: detalhe do ápice)

26

Figuras 10a Closterium dianae Ehrenb ex Ralfs var. dianae f. dianae; 11a-b Closterium gracile Brébisson

27

Figuras 12a-c Closterium sp1.; 13a-b Spinoclosterium cuspidatum (Bailey) Hirano

28

5 CONCLUSÃO

O presente levantamento contribuiu para o registro de três táxons que ainda não haviam sido

citados para o Distrito Federal. As especies pioneiros para o Distrito Federal são Closterium

Closterium costatum var. dilatatum, Closterium gracile, Spinoclosterium cuspidatum. Closterium

gracile é considerado comum, já Closterium costatum var. dilatatum e Spinoclosterium cuspidatum

são considerados raros principalmente o Spinoclosterium que só foi registrado duas vezes no Brasil.

Dos táxons encontrados nesse estudo, apenas Closterium closterioides var. closterioides e

Closterium dianae var. dianae f. dianae havia sido citados no check- list de Senna, Souza e Compère

(1998).

A explicação para não encontrar nenhuma espécie de Spinoclosterium e Closterium na lagoa

do Lourival pode estar associada à cobertura de macrófítas aquáticas; na Lagoa do Lourival essa

cobertura era menos densa. A cobertura de macrófitas podem abrigar uma variedade de táxons. E

por fim o fato de coletarmos somente em um ponto da lagoa também pode ter sido um fator que

ocasionou nesse resultado, já que não havia um barco para a locomoção.

29

6 PERSPECTIVAS

A presente pesquisa contribuirá para estudos direcionados aos ecossistemas aquáticos, e

poderá ajudar avaliar interações, impactos ligados ao ecossistema aquático e também comparar,

avaliar outros estudos e assim entender a diversidade e a distribuição geográfica das espécies nas

áreas que estão sendo estudadas. O levantamento dos táxons desta família contribuirá para um

melhor entendimento da diversidade geral de algas da região.

30

7 REFERÊNCIAS

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33

8 ANEXOS

Mediana das variáveis abióticas e clorofila a de ambientes lênticos da APA Gama e Cabeça de Veado nos anos de 2010

a 2012 (n = 4). Fonte: Projeto PELD. Variável

Lagoa do Roncador (IBGE) Lagoa do Lourival (FAL)

pH

Condutividade elétrica (µS cm-1)

Oxigênio dissolvido (mg L-1)

Temperatura da água (oC)

Fósforo total (µg L-1)

Fósforo solúvel reativo (µg L-1)

Amônio (µg L-1)

Nitrato (µg L-1)

Nitrogênio total (µg L-1)

Turbidez (UT)

Sólidos totais (mg L-1)

Sólidos suspensos (mg L-1

Sólidos dissolvidos (mg L-1)

Sílica (mg L-1)

Clorofila a (µg L-1)

4,6

5,8

4,9

23,9

10,0

<1,0

11,0

21,0

38,0

0,9

<1,0

<1,0

<1,0

0,6

<1,0

5,4

3,6

5,7

27,0

15,0

4,8

<1,0

19,6

22,0

1,2

<1,0

<1,0

<1,0

1,4

<1,0