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Revista Pedagógica SIMAVE - PROALFA 2012

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  • SIMAVEPROALFA 2012

    Revista Pedaggica

    3 ano do Ensino Fundamental

    Secretaria de Estado de Educao

  • Proalfa

  • ProalfaLngua Portuguesa

    Revista Pedaggica

    Sistema Mineiro de Avaliao da Educao Pblica (Simave)

    ISSN 1983-0157

  • gOvERNADOR DE MINAS gERAISANTNIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA

    SECRETRIA DE ESTADO DE EDUCAOANA LCIA ALMEIDA GAZZOLA

    SECRETRIA ADJUNTA DE ESTADO DE EDUCAOMARIA SUELI DE OLIVEIRA PIRES

    CHEFE DE gAbINETEMARIA CLUDIA PEIXOTO ALMEIDA

    SUbSECRETRIA DE INFORMAES E TECNOlOgIAS EDUCACIONAISSNIA ANDRE CRUZ

    SUPERINTENDNCIA DE AvAlIAO EDUCACIONAlMARIA INEZ BARROSO SIMES

  • gOvERNADOR DE MINAS gERAISANTNIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA

    SECRETRIA DE ESTADO DE EDUCAOANA LCIA ALMEIDA GAZZOLA

    SECRETRIA ADJUNTA DE ESTADO DE EDUCAOMARIA SUELI DE OLIVEIRA PIRES

    CHEFE DE gAbINETEMARIA CLUDIA PEIXOTO ALMEIDA

    SUbSECRETRIA DE INFORMAES E TECNOlOgIAS EDUCACIONAISSNIA ANDRE CRUZ

    SUPERINTENDNCIA DE AvAlIAO EDUCACIONAlMARIA INEZ BARROSO SIMES

  • INCENTIvO PARA AvANARMOS AINDA MAIS

    O Programa de Avaliao da Alfabetizao (Proalfa) 2012 confi rmou que a maioria

    absoluta dos alunos do 3 ano do Ensino Fundamental est no patamar recomendvel

    de alfabetizao e letramento em lngua Portuguesa, resultado similar ao conquistado

    pela rede estadual de ensino bsico nas duas avaliaes anteriores, em 2010 e em 2011.

    Para o Centro de Polticas Pblicas e Avaliao da Educao da Universidade Federal

    de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), responsvel pela aplicao do Proalfa, este resultado

    expressivo, principalmente se considerarmos que, ano aps ano, 85% dos alunos tm

    se mantido acima do nvel recomendvel de desenvolvimento em lngua Portuguesa.

    Alm disso, somos, em Minas gerais, um sistema educacional complexo e heterogneo.

    Precisamos destacar, ainda, que, em sete anos - de 2006 a 2012 -, o conhecimento em lngua

    Portuguesa dos alunos do 3 ano do Ciclo da Alfabetizao da rede estadual de ensino

    praticamente dobrou. Nessa etapa educacional, em 2006, 48,65% dos nossos alunos estavam

    no patamar considerado recomendado. Em 2012, alcanamos o ndice de 87,30%.

    A consolidao desse patamar de desenvolvimento, acima de 85%, em todo o sistema

    uma conquista, deve ser celebrada e, sobretudo, compartilhada. Ela resultado

    da dedicao e do esforo coletivo daqueles que integram a rede estadual mineira:

    estudantes, pais e responsveis - parceiros indispensveis do processo escolar,

    professores, que tm buscado proporcionar aos nossos jovens uma educao de

    qualidade, diretores que, por meio do aprimoramento dos processos de gesto, tm

    transformado as nossas escolas. Enfi m, a todos da comunidade escolar. A vocs, os

    meus cumprimentos!

    Tambm precisamos celebrar o bom desempenho das redes municipais de ensino. O

    avano, nos ltimos anos, da profi cincia em lngua Portuguesa dos alunos do 3 ano

    do Ensino Fundamental das redes municipais tambm visvel.

    No entanto, sabemos que ainda temos um percurso a trilhar junto s redes municipais.

    Por isso, com o objetivo de garantir a essas escolas o mesmo instrumento que

    Ana Lcia Almeida Gazzola, Secretria de Estado de Educao

  • assegurou os bons resultados nos anos iniciais do ensino fundamental nas escolas

    estaduais, a Secretaria de Estado de Educao expandiu para os municpios o

    Programa de Interveno Pedaggica (PIP). Essa iniciativa faz parte de uma estratgia

    de compartilhamento de programas e iniciativas do governo de Minas, em diversas

    reas da gesto pblica, destinadas a incentivar e apoiar as administraes municipais.

    A municipalizao do PIP atingiu 100% da meta, ou seja, a iniciativa vai atingir as 850

    cidades mineiras que oferecem os anos iniciais do ensino fundamental.

    Mas, diante destas conquistas, ainda que muito signifi cativas, creio que no devamos

    nos acomodar. Como cidad, e, sobretudo, como mineira e educadora, acredito que

    devamos manter viva certa inquietude produtiva, que nos impulsiona e nos motiva

    a ousar produtivamente, a mirar novos horizontes, a almejar novos desafi os. Ns,

    educadores mineiros, comungamos o compromisso tico com o ensino pblico, de

    qualidade e inclusivo. E este compromisso que nos alimenta e nos coloca nos trilhos

    da busca por patamares de desenvolvimento ainda mais ousados.

    por isso que convido vocs a enfrentar mais uma nova jornada: a Secretaria de Estado

    de Educao (SEE) vai aprimorar a metodologia de aferio do Proalfa. Atualmente, a

    avaliao traz trs categorias de desempenho: baixo, intermedirio e recomendado.

    vamos introduzir, a partir de 2013, uma nova categoria, o nvel avanado, para estimular

    a caminhada rumo a um patamar de desenvolvimento ainda mais elevado. E, alm disso,

    vamos avaliar tambm o conhecimento de nossos estudantes em Matemtica.

    vamos trabalhar para que nosso sistema conquiste este novo patamar de

    desenvolvimento. Minas Educao e ns fazemos parte desta histria.

    Cordialmente,

    Ana Lcia Almeida Gazzola

    Secretria de Estado de Educao

    governo do Estado de Minas gerais

  • 1. INTRODUO PgINa 08

    2. aLfabeTIzaO e LeTRameNTO NO

    PROaLfa PgINa 11

    SUmRIO

  • 3. a maTRIz De RefeRNcIa DO PROaLfa PgINa 12

    4. O DeSemPeNhO DOS aLUNOS Na avaLIaO PgINa 16

    5. cOmeNTRIOS SObRe ITeNS e PROPOSTaS

    De INTeRveNO PeDaggIca PaRa caDa

    PaDRO De DeSemPeNhO PgINa 21

  • INTRODUO

    Nesta Revista, so apresentados e analisados os resultados da

    avaliao censitria do Programa de Avaliao da Alfabetizao

    Proalfa, aplicada a 257.433 alunos que, em 2012, cursavam o 3 ano do

    Ensino Fundamental de nove anos.

    importante destacar que o

    Proalfa conta ainda com as

    avaliaes amostrais do 2 e 4

    anos e a avaliao censitria

    dos alunos que, na edio

    anterior, apresentaram baixo

    desempenho. Contudo, aqui,

    sero focalizados somente os

    dados referentes avaliao

    do 3 ano.

    1

    O Proalfa, concebido em 2005 a partir de parceria entre a Secretaria

    de estado de educao See/mg, o centro de alfabetizao,

    Leitura e escrita da Universidade federal de minas gerais ceale/

    fae/Ufmg e o centro de Polticas Pblicas e avaliao da educao

    caed/UfJf, desde 2006, avalia, de forma censitria, alunos do 3

    ano do ensino fundamental com o objetivo de gerar informaes

    sobre a rede pblica do estado de minas gerais e orientar polticas

    pblicas voltadas para a melhoria da educao.

    ao longo dessas sete edies censitrias, o Proalfa tem apresentado

    um conjunto organizado de informaes acerca de habilidades que

    os alunos j dominam e, tambm, de habilidades que ainda no

    dominam, por meio da identificao de Padres de Desempenho

    dos alunos no processo de alfabetizao. a identificao desses

    padres, em situaes que contemplam tanto aspectos relacionados

    apropriao do sistema de escrita, quanto ao uso social da leitura e

    da escrita, o letramento, tem sido uma importante referncia para o

    trabalho docente, pois permite, a partir do diagnstico realizado, (re)

    definir rumos, detectar a distncia ou a proximidade entre o que e

    o que deveria ser o ensino.

    08 Proalfa 2012

  • O carter diagnstico do Proalfa se concretiza na medida em que

    os resultados apresentados orientem profissionais das diferentes

    esferas do sistema educacional no (re)planejamento de aes e na

    (re)definio de metas para cada ano de escolarizao. fundamental

    que essas metas e aes culminem na diminuio da distncia entre

    o que se espera que os alunos saibam e o que eles, efetivamente,

    demonstram saber.

    importante destacar que, embora tenham propsito diagnstico, os

    resultados apresentados aqui se referem aquisio de habilidades

    de leitura no contexto de testes padronizados. em decorrncia,

    outras importantes dimenses do processo de alfabetizao no

    so contempladas, mas precisam e devem ser objeto de ensino. Por

    esse motivo, o trabalho em sala de aula no deve ficar restrito ao que

    avaliado nos testes que compem as avaliaes externas em larga

    escala, como o Proalfa, sob o risco de reduzir as oportunidades de

    aprendizagem e, consequentemente, comprometer o desempenho

    escolar dos alunos.

    Neste documento, alm da divulgao e anlise pedaggica dos

    resultados, so apresentadas tambm algumas contribuies para

    a prtica em sala de aula, por meio de anlises dos Padres de

    Desempenho dos alunos avaliados, exemplificao de itens de teste

    e sugestes de intervenes pedaggicas.

    a expectativa que os dados obtidos, alm de subsidiar aes do

    sistema possam colaborar para a prtica que o professor desenvolve na

    sala de aula, como revela o depoimento da professora Delany Rezende,

    apresentado a seguir.

    Revista Pedaggica 09

  • Delany agnus miranda Rezende professora

    alfabetizadora na ee azarias Ribeiro, no municpio

    de Lavras, Superintendncia Regional de ensino

    de campo belo.

    h seis anos lecionando, a alfabetizadora

    acredita que a avaliao externa pode contribuir

    para minimizar os desafios da alfabetizao,

    pois: oferece um detalhamento em relao

    s competncias no alcanadas e permite

    mapeamento das dificuldades dos alunos.

    Delany ainda observa: tendo em vista a melhoria

    da aprendizagem, a escola pode, em grupo,

    estudar os resultados das avaliaes e desenvolver

    planos de interveno para dinamizar e orientar o

    trabalho de sua equipe.

    a professora conta tambm que, buscando a

    aprendizagem significativa de seus alunos, procura

    diversificar sua prtica pedaggica: Utilizo diversos

    recursos alternativos (msica, teatro, jogo, parlenda,

    poesia, libras, ditado relmpago, texto fatiado, reconto

    de fbulas, reconto de histrias que se passaram na

    realidade do aluno), para dinamizar e atrair a ateno,

    a concentrao dos meus alunos durante as aulas.

    e completa: gosto muito de introduzir a aula com

    msicas, pois acredito que esse recurso contribui para

    que os alunos fixem mais as palavras.

    Sobre a expectativa em relao aos recentes

    resultados do Proalfa, Delany revela: espero

    melhorar minha prtica docente, com o apoio

    de toda a equipe escolar, alcanando, assim, o

    rendimento recomendado dos alunos.

    AvAlIAO COMO INSTRUMENTO NO PROCESSO PEDAggICO

    Delany Agnus Miranda Rezende,Professora na EE Azarias Ribeiro, no municpio de Lavras

    tendo em vista a melhoria da aprendizagem, a escola pode estudar os

    resultados das avaliaes em grupo e desenvolver planos de interveno

    para dinamizar e orientar o trabalho de sua equipe

    10 Proalfa 2012

  • AlFAbETIzAO E lETRAMENTO NO PROAlFAOrienta o Proalfa a concepo de alfabetizao como um processo de

    apropriao do sistema de escrita, de princpios grficos e formais da

    lngua como sua natureza alfabtica e ortogrfica e as direes e o

    alinhamento da escrita em Lngua Portuguesa. O letramento, por sua vez,

    refere-se a um conjunto de prticas sociais que se constitui na interao

    que sujeitos ou grupos de sujeitos estabelecem com a lngua escrita.

    Desse modo, considera-se, como destaca a Professora magda

    Soares, que a entrada da criana no mundo da escrita deve ocorrer

    simultaneamente pela aquisio do sistema convencional da escrita

    a alfabetizao e pelo desenvolvimento de habilidades de uso

    desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas prticas sociais

    que envolvem a lngua escrita o letramento.

    Pode-se dizer que essa uma concepo bastante difundida

    atualmente. Desde o perodo inicial da alfabetizao, as crianas devem

    interagir com diferentes materiais escritos que circulam socialmente, de

    modo a favorecer a apropriao do sistema de escrita em contextos

    significativos e a contnua ampliao das habilidades de ler e escrever.

    Destacam-se, especialmente, prticas que utilizam a diversidade de

    gneros textuais na sala de aula, como a explorao de rtulos de

    embalagens; o manuseio, a explorao e a leitura de livros diversos;

    leituras de gibis e jogos com letras do alfabeto, dentre outros.

    2

    Conforme defende Magda

    Soares, a alfabetizao

    desenvolve-se no contexto de e

    por meio de prticas sociais de

    leitura e de escrita, isto , atravs

    de atividades de letramento, e

    este, por sua vez, s se pode

    desenvolver no contexto da

    e por meio da aprendizagem

    das relaes fonema-grafema,

    isto , em dependncia da

    alfabetizao (SOARES, 2004, p.

    14 grifos no original).

    Para saber mais sobre os

    conceitos de alfabetizao

    e letramento, sugere-se a

    leitura dos Cadernos 1 e 2 das

    Orientaes para a Organizao

    do Ciclo Inicial de Alfabetizao;

    e do artigo da Profa. Magda

    Soares, intitulado letramento e

    alfabetizao: as muitas facetas,

    disponvel no site: . Acesso em dez. 2012.

    Revista Pedaggica 11

  • A MATRIz DE REFERNCIA DO PROAlFA

    as avaliaes externas so orientadas por uma matriz de Referncia ou matriz de

    avaliao que apresenta os conhecimentos, competncias e habilidades a serem

    avaliados. a matriz de Referncia do Proalfa teve sua primeira verso elaborada em

    2005 e foi reorganizada visando a uma maior clareza e organizao das habilidades.

    vejamos a matriz de Referncia que subsidia a avaliao do Proalfa nos primeiros anos

    de escolarizao do ensino fundamental de nove anos. a matriz apresenta, na primeira

    coluna, os tpicos, que remetem aos grandes eixos da alfabetizao e letramento;

    na segunda coluna, so apresentadas as competncias que renem, cada uma, um

    conjunto de habilidades referenciadas na terceira coluna. a ltima coluna, por sua vez,

    apresenta um detalhamento, uma descrio das habilidades. Ressalta-se que algumas

    habilidades no so contempladas na avaliao do 3 ano devido s particularidades

    desse perodo de escolarizao.

    3

    12 Proalfa 2012

  • TPICOS COMPETNCIAS HAbIlIDADES DETAlHAMENTO DAS HAbIlIDADES

    T1 - RECONHECIMENTO DE CONvENES DO SISTEMA AlFAbTICO

    C1. Identificao de letras do alfabeto

    H1. Identificar letras do alfabeto

    O aluno deve reconhecer letras do alfabeto apresentadas isoladamente, em sequncias de letras ou no contexto de palavras.

    H2. Diferenciar letras de outros sinais grficos, como os nmeros, sinais de pontuao ou de outros sistemas de representao

    O aluno precisa diferenciar letras de nmeros e de outros smbolos. Deve reconhecer, por exemplo, um texto que circula socialmente ou uma sequncia que apresenta somente letras, entre outros textos ou outras sequncias que apresentam letras e nmeros.

    H3. Distinguir, como leitor, diferentes tipos de letras

    O aluno deve identificar letras isoladas ou palavras escritas com diferentes tipos de letras: maiscula, minscula; cursiva; caixa alta e baixa.

    C2. Uso adequado da pgina

    H4. Conhecer as direes e o alinhamento da escrita da lngua Portuguesa

    O alfabetizando, ao ter contato com um texto (contos, tirinhas, notcias, entre outros), deve identificar a direo formal da escrita: onde se inicia a leitura ou onde se localiza a ltima palavra do texto. Considerando a tarefa de registro escrito, espera-se que o aluno copie uma frase respeitando as direes da escrita (de cima para baixo, da esquerda para a direita), bem como demonstre o uso correto das linhas, das margens e do local adequado para iniciar a escrita em uma folha.

    T2- APROPRIAO DO SISTEMA AlFAbTICO

    C3. Aquisio de conscincia fonolgica

    H5. Identificar, ao ouvir uma palavra, o nmero de slabas (conscincia silbica)

    O alfabetizando precisa identificar o nmero de slabas que compe uma palavra ao ouvir a pronncia de palavras (monosslabas, disslabas, trisslabas, polisslabas; oxtonas, paroxtonas, proparoxtonas); com diferentes estruturas silbicas (Cv consoante-vogal, CCv consoante-consoante-vogal, CvC consoante-vogal-consoante, v vogal, vC vogal-consoante, ditongo etc.).

    H6. Identificar sons de slabas (conscincia fonolgica e conscincia fonmica)

    Ao ouvir palavras ditadas, pertencentes a um mesmo campo semntico ou a campos semnticos distintos, o aluno deve identificar sons de slabas com diferentes estruturas (Cv, CCv, CvC, v, vC, ditongo etc.) no incio, meio ou no final das palavras.

    C4. Reconhecimento da palavra como unidade grfica

    H7. Compreender a funo de segmentao de espaos em branco na delimitao de palavras em textos escritos

    O aluno precisa reconhecer o nmero de palavras que compe um pequeno texto. Precisa, tambm, ao observar uma palavra, ser capaz de identificar o nmero de vezes que ela se repete em um texto. Espera-se, ainda, que palavras compostas por menos de trs letras, por exemplo, sejam identificadas como palavras.

    C5. leitura de palavras e pequenos textos

    H8. ler palavras

    O aluno deve ler palavras silenciosamente, com apoio de desenhos que as representam. Essa habilidade apresenta palavras em um nvel crescente de dificuldade em relao estrutura silbica, ou seja, slabas Cv, CvC, CCv, v e palavras com ditongo.

    H9. ler pequenos textos O aluno deve ler frases e pequenos textos de at 6 linhas, de temas e gneros mais recorrentes na vida social, localizando informaes explcitas neles contidas.

    Revista Pedaggica 13

  • TPICOS COMPETNCIAS HAbIlIDADES DETAlHAMENTO DAS HAbIlIDADES

    T3- lEITURA: COMPREENSO, ANlISE E AvAlIAO

    C6. localizao de informaes explcitas em textos

    H10. localizar informao explcita em textos de maior extenso e de gneros e temas menos familiares

    O aprendiz precisa identificar, no texto lido, uma informao que se apresenta explicitamente. Essa informao pode estar presente no incio, no meio ou no fim do texto. O texto pode apresentar diferentes graus de complexidade, dependendo de fatores como: sua extenso (pequena, mdia ou grande), gnero, tema (mais ou menos usual), linguagem. Tais fatores podem interferir no processo de localizao de informao.

    H11. Identificar elementos que constroem a narrativa

    O alfabetizando precisa conhecer gneros textuais que privilegiam a narrativa, tais como contos de fadas, contos modernos, fbulas, lendas. So avaliadas habilidades relacionadas identificao de elementos da narrativa: espao, tempo (isolados ou conjuntamente), personagens e suas aes e conflito gerador. Cabe ressaltar que, embora o foco desta avaliao seja a alfabetizao e letramento e, portanto, focalize o texto, evidenciam-se gneros com estrutura predominantemente narrativa por seu significado para a faixa etria avaliada.

    C7. Interpretao de informaes implcitas em textos

    H12. Inferir informaes em textos

    O aprendiz precisa revelar capacidade de, a partir da leitura autnoma de um texto, inferir o sentido de uma palavra ou expresso menos frequente, em textos de tema/gnero mais familiar ou menos familiar. O aluno deve realizar inferncia, o que supe que seja capaz de ir alm do que est dito em um texto. Ou seja, ir alm das informaes explcitas, relacionando informaes presentes em um texto (verbal, no verbal ou verbal e no verbal) com seus conhecimentos prvios, a fim de produzir sentido para o que foi lido.

    H13. Identificar assunto de texto

    O aluno deve demonstrar capacidade de compreenso global do texto. Ele precisa ser capaz de, aps ler um texto, dizer do que ele trata. Em outras palavras, realizar um exerccio de sntese, identificando o assunto que representa a ideia central do texto.

    H14. Formular hiptesesO estudante precisa reconhecer/ antecipar o assunto de um texto a partir da observao de uma imagem e/ou da leitura de seu ttulo.

    C8. Coerncia e coeso no processamento de textos

    H15. Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto

    O aluno deve identificar, em textos em que predominam sequncias narrativas ou expositivas/argumentativas, marcas lingusticas (como advrbios, conjunes etc.) que expressam relaes de tempo, lugar, causa e consequncia.

    H16. Estabelecer relaes de continuidade temtica a partir da recuperao de elementos da cadeia referencial do texto

    O estudante deve recuperar o antecedente ou o referente de um determinado elemento anafrico (pronome, elipse ou designao de um nome prprio) destacado no texto, demonstrando que compreendeu a que se refere esse elemento.

    H17. Identificar efeito de sentido decorrente de recursos grficos, seleo lexical e repetio

    Ao ler o texto, o aluno deve ser capaz de identificar os efeitos de sentido decorrentes da utilizao de recursos grficos (caixa alta, grifo itlico, negrito, sublinhado...), do lxico (vocabulrio) ou tambm de identificar o humor ou a ironia no texto, decorrentes desses recursos.

    H18. Identificar marcas lingusticas que evidenciam o enunciador no discurso direto ou indireto

    O aluno deve identificar, em um dado texto, a fala/discurso direto ou indireto. Nesse caso, o aluno ter que demonstrar que reconhece quem est com a palavra.

    C9. Avaliao do leitor em relao aos textos

    H19. Distinguir fato de opinio sobre o fato

    O estudante deve ser capaz de distinguir um fato de uma opinio, explcita ou implcita, sobre determinado fato ao ler, por exemplo, histrias ou notcias.

    H20. Identificar tese e argumentos

    O aluno precisa identificar a tese defendida em um texto e/ou os argumentos que sustentam a tese apresentada. Ele precisa saber, por exemplo, qual a ideia defendida no texto.

    H21. Avaliar a adequao da linguagem usada situao, sobretudo, a eficincia de um texto ao seu objetivo ou finalidade

    O aluno deve ser capaz de identificar, por exemplo, marcas de oralidade em um texto escrito ou justificar determinada linguagem presente no texto em funo dos objetivos a que ele se prope.

    14 Proalfa 2012

  • TPICOS COMPETNCIAS HAbIlIDADES DETAlHAMENTO DAS HAbIlIDADES

    T4- USOS SOCIAIS DA lEITURA E DA ESCRITA

    C10. Implicaes do gnero e do suporte na compreenso de textos

    H22. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabtica

    O aluno deve reconhecer a ordem alfabtica, tendo em vista seus usos sociais. avaliado, por exemplo, se ele identifica o local de insero de um nome em uma lista ou agenda. verifica-se, tambm, a capacidade de identificao do local correto de insero de uma palavra no dicionrio, a partir da observao da primeira letra. Espera-se, tambm, que o aprendiz saiba distinguir os variados suportes que so organizados pela ordem alfabtica (dicionrio, enciclopdia, catlogo telefnico...).

    H23. Identificar gneros textuais diversos

    O estudante precisa identificar diferentes gneros textuais, considerando sua funo social, seu circuito comunicativo e suas caractersticas lingustico-discursivas. Inicialmente, so apresentados gneros mais familiares aos alunos, como: listas, bilhetes, convites, receitas culinrias etc. e, posteriormente, outros menos familiares, como: notcias, anncios, textos publicitrios etc. Tais textos podem ser identificados a partir de seu modo de apresentao e/ou de seu tema/assunto e de seu suporte.

    H24. Reconhecer finalidade de gneros textuais diversos

    Alm de identificar gneros textuais que circulam na sociedade, o aluno deve reconhecer a finalidade desses textos: para que servem e qual a sua funo comunicativa.

    T5- PRODU'O ESCRITA

    C11. Escrita de palavras H25. Escrever palavras

    O alfabetizando necessita mostrar capacidade de escrever palavras de diversas estruturas: monosslabas, disslabas, trisslabas, polisslabas; oxtonas, paroxtonas, proparoxtonas; com diferentes padres silbicos (Cv, CCv, CvC, v, vC, ditongo etc.).

    C12. Escrita de frases/ textos

    H26. Escrever frases/ textos

    O aluno deve desenvolver a habilidade de produzir frases/pequenos textos. A escrita de frases pode ser feita a partir da observao de uma imagem. J a escrita de textos, como histrias, pode ser feita com base na observao de uma sequncia de imagens. Outros gneros mais familiares, como lista, convite, aviso ou bilhete, por exemplo, tambm so solicitados para serem escritos, tendo em vista a definio de suas condies de produo: o que escrever (tema), para quem, para que, em que suporte e local de circulao.

    Percebe-se, na matriz de Referncia do Proalfa,

    que as habilidades apresentadas permitem

    avaliar desde conhecimentos mais iniciais da

    alfabetizao, como identificar letras do alfabeto,

    at conhecimentos relacionados compreenso

    mais ampla de textos, como a habilidade de

    inferir informao em textos. Do ponto de vista

    da avaliao, as habilidades focalizadas permitem

    uma delimitao dos nveis de aprendizagem

    dos alunos.

    como j mencionado, uma matriz de Referncia de

    avaliao contempla apenas parte das habilidades

    a serem trabalhadas no dia a dia da sala de aula

    e, portanto, no abrange todo o currculo, ou seja,

    a matriz de ensino. No estado de minas gerais,

    a referncia curricular para os primeiros anos do

    ensino fundamental consta dos cadernos que

    compem as Orientaes para o ciclo Inicial

    de alfabetizao.

    a matriz de ensino apresenta as habilidades a

    serem contempladas no processo de ensino e

    aprendizagem, por isso mais ampla. Uma matriz de

    avaliao apresenta apenas as habilidades passveis

    de serem avaliadas; representa apenas uma pequena

    parte extrada da matriz de ensino e, por isso, sempre

    mais restrita. Por esse motivo, a matriz de avaliao

    no pode ser tomada como o nico referencial para o

    ensino, sob pena de torn-lo limitado.

    Revista Pedaggica 15

  • 4a avaliao do Proalfa 2012 apresentou somente itens de leitura. No total, foram 28

    itens respondidos por cada aluno. vale ressaltar que, sob a nomeao geral de itens

    de leitura, h tanto itens que focalizam habilidades especficas de leitura (como, por

    exemplo, a habilidade de localizar informaes explcitas em textos), quanto itens que

    enfatizam habilidades relacionadas apropriao do sistema de escrita (por exemplo,

    a habilidade de identificar o nmero de slabas de uma palavra).

    Os dados da avaliao foram analisados segundo critrios estatsticos, conjugados

    com o ponto de vista pedaggico. esses dados so apresentados em uma escala de

    Proficincia que revela Padres de Desempenho dos alunos em um continuum que

    compreende desde o Padro mais baixo at o mais alto. Nesta seo, ao analisar os

    Padres de Desempenho dos alunos avaliados, nos deteremos nos itens de leitura que

    compem a escala.

    a escala de Proficincia do Proalfa apresenta, em uma nica mtrica que vai de 0

    a 1000, os resultados dos desempenhos dos alunos no 2, 3 e 4 anos do ensino

    fundamental. veremos, agora, os nveis de proficincia identificados na avaliao.

    vale esclarecer que, em linhas gerais, o nvel de proficincia de um aluno indicia sua

    aprendizagem, seu conhecimento real, ou seja, aquelas habilidades que ele demonstra

    dominar de modo autnomo, sem apoio de um colega, professor ou consulta a outros

    suportes, alm do prprio teste.

    O DESEMPENHO DOS AlUNOS NA AvAlIAO

    16 Proalfa 2012

  • T1. Reconhecimento das Convenes do

    Sistema Alfabtico

    C1. Identificao de letras do alfabeto. H1, H2, H3

    C2. Uso adequado da pgina. H4

    T4. Usos Sociais da leitura e da Escrita

    C10. Implicaes do gnero ou suporte na compreenso de textos.

    H22, H23, H24

    T2. Apropriaes do Sistema Alfabtico

    C3. Aquisio de conscincia fonolgica. H5, H6

    C4. Reconhecimento da palavra como unidade grfica.

    H7

    C5. leitura de palavras e pequenos textos. H8, H9

    T3. leitura: compreenso,

    anlise e avaliao

    C6. localizao de informaes explcitas em textos

    H10, H11

    C7. Interpretao de informaes implcitas em textos

    H12, H13, H14

    C8. Coerncia e coeso no processamento de textos

    H15, H16, H17, H18

    C9. Avaliao do leitor em relao aos textos H19, H20, H21

    Menor 200

    200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 Maior 700

    Tpicos Competncias Habilidades

    Baixo

    at 450

    intermedirio

    de 450 a 500

    Recomendado

    acima de 500Padres de Desempenho - 3 ano EF

    O quadro a seguir apresenta os 11 nveis de proficincia identificados em alfabetizao/leitura e o

    conjunto de habilidades pertencentes a cada nvel.

    NvEl DE PROFICINCIA

    lEITURA

    Nvel 1200 a 250

    - Distino entre escrita, desenho e garatujas.- Distino entre letras e nmeros.

    Nvel 2250 a 300

    - Incio do reconhecimento de letras isoladas tendo como referncia o nome da letra.- Incio da habilidade de reconhecimento da direo da escrita na leitura, tendo como referncia a primeira ou a ltima palavra de texto curto.

    Nvel 3300 a 350

    - Ampliao da capacidade de distino entre letras, nmeros e outros smbolos grficos.

    Nvel 4350 a 400

    - Incio da habilidade de reconhecimento do nmero de slabas de palavras disslabas e trisslabas.- Identificao de letras no contexto de palavra ou frase curta.- Incio da apreenso da funo de segmentao de espaos em branco na delimitao de palavras em textos escritos.- Utilizao de estratgias de leitura para distinguir uma palavra entre outras de grafia similar.

    Nvel 5400 a 450

    - Incio do reconhecimento de semelhanas fonticas entre slabas, especialmente no incio ou no final de palavras.- leitura de palavras trisslabas e polisslabas com slabas complexas.

    Nvel 6450 a 500

    - Identificao de informao explcita em frases.- Incio do reconhecimento de lugar e tempo em fragmentos de narrativa.- Incio do reconhecimento de informao explcita em fragmento de notcia e em tabela.- Incio da identificao de gneros textuais mais familiares, tendo em vista seu modo de configurao e alguns elementos da escrita.

    Quadro 1: Nveis de proficincia identificados no Proalfa em leitura

    Revista Pedaggica 17

  • NvEl DE PROFICINCIA

    lEITURA

    Nvel 7500 a 550

    - Ampliao da habilidade de reconhecimento de palavras com a mesma slaba inicial ou final.- Identificao da finalidade de textos de pequena extenso.- Identificao do assunto de texto de curta extenso, de tema e vocabulrio mais frequente na vida social.- Incio da apreenso de efeitos de humor em tirinha.

    Nvel 8550-600

    - Desenvolvimento da identificao de som/ fonema inicial de uma palavra.- Incio da identificao de palavras que se diferenciam por apenas um som, especificamente, pelo fonema inicial.- Incio de localizao de informao em texto curto que apresenta dados numricos e elementos icnicos (gnero infogrfico).- Ampliao da identificao de personagem e de ao de personagem em narrativa (especialmente em contos de mdia a maior extenso).- Incio da identificao de conflito gerador em conto.- Inicio da identificao de finalidade de gnero da esfera discursiva jornalstica, familiar ao pblico infantil: curiosidade.- Reconhecimento do dicionrio como portador no qual as palavras se organizam em ordem alfabtica.- Identificao do local correto de insero de uma palavra no dicionrio ou em uma lista, considerando at a segunda letra.- Inferncia de informao em texto verbal (piada) e texto que articula elementos verbais e no verbais (tirinha).- Identificao de assunto de texto de pequena a mdia extenso (poema, curiosidade, reportagem, propaganda).- Incio de identificao do uso do pronome como substitutivo que recupera o antecedente.- Incio de identificao de relao de continuidade temtica por meio de elipse em texto.- Incio da identificao de efeito de sentido de pontuao e de letra maiscula. (interrogao).- Incio da identificao de efeito de sentido de notao grfica (negrito, letra maiscula).

    Nvel 9600-650

    - Ampliao da identificao de som/ fonema inicial de palavra (inclusive slaba v inicial).- Ampliao da identificao de nmero de slabas de palavra, com a identificao de monosslabo composto de quatro sons/ fonemas.- Ampliao da localizao de informao, com a localizao em texto que apresenta dados numricos (tabela em propaganda e curiosidade).- Ampliao da identificao de elementos da narrativa, com a identificao de espao e lugar na narrativa (geralmente, no meio ou no final de conto ou fbula de maior extenso).- Ampliao da identificao de conflito gerador em conto.- Ampliao da identificao de gneros textuais, com a identificao de gnero menos familiar (biografia) e multimodal (tirinha).- Ampliao da identificao da finalidade de texto de gnero menos familiar (carto postal, verbete).- Ampliao da identificao do local correto de insero de uma palavra no dicionrio ou em uma lista, considerando at terceira letra.- Desenvolvimento da inferncia de sentido de palavra ou expresso em texto.- Inferncia de informao em final de texto verbal de maior extenso (poema, entrevista) e em texto que articula elementos verbais e no verbais (tirinha), tendo como referncia a compreenso global do texto.- Identificao de termo substitutivo que recupera antecedente distante.- Incio da distino entre fato e opinio em um texto (reportagem, fbula).- Identificao de efeito de sentido de pontuao (interrogao).- Incio da identificao de marca de oralidade em um texto escrito.

    Nvel 10650-700

    - Identificao de efeito de sentido produzido pelo uso de letra maiscula.- Ampliao da identificao de marcas lingusticas que evidenciam o enunciador no discurso direto, especialmente no discurso indireto.- Identificao de marcas lingusticas (adjunto adverbial) que expressam relao de tempo e de lugar, tendo em vista o contexto de uso.- Incio da formulao de hipteses sobre o contedo de um texto.- Ampliao da capacidade de produzir inferncia.

    Nvel 11Acima de 700

    - Incio da identificao de tese de texto argumentativo.- Incio de distino entre fato e opinio em reportagem.- Incio do reconhecimento do uso de reticncias, tendo em vista o contexto.- Incio da percepo de uso de linguagem formal e informal.

    18 Proalfa 2012

  • esses 11 (onze) nveis de proficincia so organizados em trs Padres de Desempenho para o 3 ano,

    os quais apontam diferentes percursos na apropriao da leitura pelos alfabetizandos. O quadro 2,

    apresentado a seguir, demonstra o ponto de corte de cada Padro na escala de Proficincia, bem como

    a sntese das principais habilidades encontradas em cada um deles.

    Quadro 2: Padres de Desempenho e Sntese das Habilidades / Proalfa 2012 3 Ano

    at 450

    SNTeSe habILIDaDeS

    Leitura de palavras.

    baixo

    acima de

    500

    ampliao de habilidades de leitura, como estabelecer relaes de causa e consequncia; formular hipteses sobre o assunto de um texto a partir do ttulo; identificar a que se refere um pronome, uma elipse ou uma expresso definida com antecedente prximo, em textos de curta e mdia extenso.

    Recomendado

    PONTO Da eScaLa

    PaDRO De DeSemPeNhO

    450 a 500Leitura de palavras.Localizao de informao em frases e outros pequenos textos.

    Intermedirio

    Um aspecto que chama a ateno na anlise do Quadro 2 que elementos relacionados interlocuo

    com gneros textuais de maior complexidade ou temas menos familiares constituem, ainda, um desafio

    para os alunos, mesmo no padro Recomendado. Dessa forma, por exemplo, habilidades como a

    identificao da tese de um texto, assim como a identificao do efeito de sentido de pontuao e a

    produo de inferncia em um texto, so ainda embrionrias. esse dado aponta para a necessidade de

    se desenvolver um trabalho articulado com os alunos de todos os padres, mesmo com os alunos do

    padro mais alto, no caso, do Recomendado.

    Observa-se que, a partir da faixa 450-500, no padro Intermedirio, os alunos apresentam

    habilidades de alfabetizao. mas, trata-se de habilidades em desenvolvimento / consolidao,

    na medida em que se avana nas faixas de proficincia da escala. Os alunos no somente

    leem palavras como tambm leem frases, comeando a interagir com estruturas sintticas mais

    complexas. contudo, a leitura se limita habilidade de localizao de informao explcita no

    incio de textos curtos e de gneros familiares.

    Revista Pedaggica 19

  • 2011

    2012RE

    DE

    S

    MU

    NIC

    IPA

    IS

    11,1

    12,3

    13,2

    14,1

    75,7

    73,6

    2011

    2012RE

    DE

    E

    STA

    DU

    Al

    5,3

    4,2

    7,4

    6,9

    87,3

    88,9

    baixo Intermedirio Recomendado

    vejamos agora, no grfico 1, o percentual de alunos do 3 ano em cada um dos trs Padres de

    Desempenho (baixo, Intermedirio e Recomendado), nas duas ltimas edies do Proalfa (2011 e 2012).

    O grfico 1 demonstra, em ambas as redes de ensino, uma acomodao nos Padres de Desempenho, quando

    se comparam os resultados de 2011 com os de 2012. Identifica-se um pequeno deslocamento de alunos entre

    os Padres de Desempenho, que no significativo do ponto de vista estatstico, e indicia uma estabilizao e

    no uma tendncia reduo no desempenho dos alunos avaliados. contudo, preciso envidar esforos para

    reverter esse quadro de provvel estabilizao, a fim de continuar promovendo, como em edies anteriores do

    Proalfa, a tendncia de crescimento no desempenho dos alunos.

    Na prxima seo, apresentamos e discutimos exemplos de itens tpicos de cada Padro de Desempenho

    para delinear, a partir deles, propostas de intervenes pedaggicas, aqui dimensionadas por habilidades

    que se considera importante ensinar, tendo em vista aquelas habilidades que os alunos demonstram

    dominar e, tambm, as que se configuraram ainda embrionariamente.

    Grfico 1: Percentual de Alunos do 3 Ano em cada Padro de Desempenho e edio do Proalfa (2011 e 2012)

    20 Proalfa 2012

  • 5

    COMENTRIOS SObRE ITENS E PROPOSTAS DE INTERvENO PEDAggICA PARA CADA PADRO DE DESEMPENHO

    este tpico apresenta exemplos de itens nos trs Padres de Desempenho. Nessa edio do Proalfa,

    procurou-se analisar itens comuns representados por aqueles que foram aplicados na avaliao

    censitria do 3 ano e, tambm, na avaliao amostral do 2 e/ou do 4 ano.

    Intermedirio RecomendadoBaixo

    Revista Pedaggica 21

  • bAIxO at 450 pontos

    esse Padro de Desempenho engloba alunos que foram capazes de responder aos

    testes apresentando algum tipo de habilidade como a de distinguir entre desenho e

    letras, at aqueles que j demonstram habilidade de ler palavras. Tem-se, portanto,

    nesse padro, um conjunto de alunos cujos conhecimentos sobre a palavra escrita

    apresentam variabilidade significativa.

    a seguir, discutimos um item que foi aplicado no somente no 3, mas tambm no 2

    ano; ou seja, um item comum ao 2 e ao 3 ano. esse item focaliza a habilidade 8 (h8),

    "Ler palavras", que integra a competncia 5, Leitura de palavras e pequenos textos:

    AL814MG

    ESCOLHEDOR

    ESCORREDOR

    ESCORREGADOR

    ESCOVADOR

    INSTRUES PARA O APLICADORATENO:Ler para o aluno APENAS as instrues. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.

    MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com a figura e as alternativas.

    DIZER: Observe a figura: escorregador. Risque o quadrinho onde est escrito o nome desta figura.

    22 Proalfa 2012

  • a palavra a ser lida (eScORRegaDOR) apresenta

    elementos que demandam maior habilidade do

    aluno, uma vez que polisslaba e possui slabas

    de estrutura mais complexa: a slaba inicial (eS),

    formada por vogal + consoante; a slaba medial

    que, do ponto de vista da escrita, possui o dgrafo

    RR; e a slaba final (DOR), formada por consoante

    + vogal + consoante. Some-se a esses aspectos, o

    fato de o item apresentar nas alternativas incorretas,

    ou distratores, palavras com estrutura muito

    semelhante ao gabarito (letra c): todas as palavras

    tm as duas primeiras slabas (eScO) e a slaba

    final (DOR) iguais. Desse modo, o aluno teve de, no

    mnimo, analisar integralmente as duas primeiras

    palavras para poder responder corretamente o item.

    faamos, agora, uma anlise dos percentuais de

    acerto referentes a esse item no 3 ano e tambm

    no 2, tendo em vista que esse item foi aplicado

    no teste amostral destinado a alunos do 2 ano

    do ensino fundamental. Os resultados apontaram

    que essa habilidade j comea a apresentar

    um nvel satisfatrio de acerto no 2 ano, em

    que praticamente 84% dos alunos com nvel de

    proficincia at 450 respondem corretamente ao

    item. No 3 ano, o percentual de acerto ampliado,

    com 93% dos alunos acertando o item (um aumento

    de 9%). esses altos percentuais de acerto apontam

    para a consolidao da habilidade focalizada

    no item pela maioria dos alunos dos anos de

    escolaridade avaliados.

    Passando a tratar de propostas de interveno para

    os alunos desse Padro, primeiramente, recomenda-

    se o desenvolvimento de habilidades mais iniciais

    do processo de alfabetizao, as quais ainda no

    demandam que eles estejam lendo e escrevendo

    convencionalmente. assim, preciso propor

    atividades que focalizem, por exemplo, a habilidade

    de reconhecer diversos tipos de letras (cursiva, de

    forma, maiscula, minscula...), em especial, a letra

    cursiva. Um modo de promover esse aprendizado

    colocar o aluno em contato com gneros textuais

    diversos (convites, avisos, propagandas, bilhetes etc.)

    em seus suportes originais, nos quais, naturalmente,

    as diferentes formas de letras ocorrem.

    Tambm, preciso trabalhar com habilidades

    relativas ao uso adequado da pgina, a fim de

    que os alfabetizandos dominem as orientaes da

    escrita na pgina na nossa lngua (da esquerda para

    a direita e de cima para baixo), sabendo, inclusive,

    respeitar as margens e fazer a mudana de linha.

    como os alunos deste padro leem apenas

    palavras, torna-se fundamental proporcionar aes

    pedaggicas em que o trabalho com a leitura de

    palavras esteja articulado a textos, mesmo que

    curtos e de gneros familiares. preciso propor, de

    forma sistemtica, situaes em que os materiais

    escritos que circulam socialmente, ou seja, os

    diferentes gneros textuais estejam presentes na

    sala de aula, buscando-se aproximar ao mximo o

    letramento escolar do letramento social.

    O ensino da leitura e da escrita deve sempre

    visar a situaes reais de uso da palavra escrita

    vivenciadas fora da escola, tendo em vista que

    esse ensino s faz sentido se estiver em funo

    das prticas sociais de uso da lngua escrita

    realizadas no convvio social (e no somente

    dentro da escola). assim, a presena desses

    materiais deve proporcionar ao aluno a ampliao

    das possibilidades de leitura e tambm o

    reconhecimento das funes e usos dos textos

    na sociedade.

    Revista Pedaggica 23

  • INTERMEDIRIO de 450 a 500 pontos

    Nesse Padro, o aluno j comea a interagir com pequenos textos e a identificar espao,

    tempo e lugar na narrativa, como exemplifica o item analisado a seguir. O que se solicita ao

    aluno que reconhea o local onde ocorre um fato no final da segunda linha de um

    fragmento de conto. assim, esse item focaliza a habilidade 11 (h11), "Identificar elementos que

    compem a narrativa", que integra a competncia 6, Localizao de informaes explcitas

    em textos. vejamos o item que comum ao 2, 3 e 4 anos do ensino fundamental.

    A princesa e o sapo

    Era uma vez um palcio em que morava um rei que tinha uma linda filha. Ela gostava de brincar com sua bola de ouro nos jardins, bem perto do lago.

    Um dia, a bola caiu no lago para grande pesar da princesinha.A, apareceu um sapo e disse princesa que iria recuperar a bola em

    troca de um beijo.Belli, Roberto. Coleo as melhores fbulas. Ed.Brasileitura (fragmento).

    AL0526MG

    Onde a princesa gostava de brincar?

    Dentro do lago.

    Dentro do palcio.

    No jardim do palcio.

    No reino distante.

    INSTRUES PARA O APLICADOR

    ATENO:Ler para o aluno APENAS a instruo. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.

    MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com o texto, as questes e as alternativas.

    DIZER: Leia o texto e responda s questes.

    O fragmento de texto apresentado para leitura

    possui pequena extenso e inicia-se com a

    tradicional frmula de contos de fadas, o era uma

    vez..., que remete o leitor ao universo distante

    e mgico do faz-de-conta. O fragmento possui

    tambm uma estrutura narrativa simples, com

    apresentao do cenrio e das personagens.

    as caractersticas desse texto e o fato de a

    informao a ser localizada (o lugar/espao em

    que determinada ao se desenrola) estar na

    segunda linha facilitam a resposta ao item.

    como esse item tambm foi aplicado nos testes

    amostrais destinados a alunos do 2 e do 4 ano,

    cabe analisar os percentuais de acerto em cada

    um desses momentos da escolarizao.

    24 Proalfa 2012

  • Os resultados apontaram que essa habilidade

    j comea a apresentar um nvel satisfatrio de

    acerto no 2 ano, em que praticamente 80% dos

    alunos com nvel de proficincia superior a 450

    respondem corretamente ao item. esse percentual

    se amplia significativamente no 3 ano, com 89%

    dos alunos acertando o item (um aumento de 9%),

    e apresenta um ganho menor no 4 ano, com 93%

    dos alunos marcando a alternativa correta (cerca

    de 4% de aumento). esses altos percentuais de

    acerto apontam para a consolidao da habilidade

    focalizada no item pela maioria dos alunos dos

    anos de escolaridade avaliados.

    Quanto a propostas de interveno para os alunos

    deste padro, sugere-se que seja intensificado o

    trabalho com habilidades relativas aquisio da

    conscincia fonolgica, a qual condio para a

    plena alfabetizao. assim, alm de trabalhar com

    a contagem do nmero de slabas de uma palavra

    (especialmente de palavras monosslabas e

    polisslabas, que tendem a ser mais difceis para os

    alfabetizandos contarem), com a identificao de

    slabas de diversos padres (cv, cvc, ccv, v, vc...)

    e em diferentes posies (inicial, medial e final),

    sugere-se a nfase em fonemas, especialmente

    em fonemas em incio de palavra.

    Todo esse trabalho com habilidades relativas

    conscincia fonolgica tende a favorecer a

    aprendizagem do princpio alfabtico, j que

    esse princpio tem como referncia a relao

    fonema-grafema: de maneira geral, o nmero e

    a posio das letras escritas em uma palavra so

    determinados pelo nmero e pela posio dos

    sons pronunciados para produzir tal palavra. Por

    exemplo, a palavra bota escrita com os quatro

    grafemas/letras exatamente nesta sequncia,

    porque sua pronncia se faz com quatro sons/

    fonemas nesta ordem: [b], [o], [t], [a].

    Ressalta-se que o enfoque na slaba ou no

    fonema deve ser feito a partir de textos lidos

    e efetivamente compreendidos pelos alunos.

    Destaca-se a importncia de selecionar/

    priorizar textos curtos e de gneros variados

    que apresentam sonoridade ou tambm aqueles

    que, de algum modo, favorecem a percepo do

    aluno por apresentarem certa regularidade de

    estruturas silbicas que, por vezes, aparecem em

    diferentes posies na palavra. entre tais textos,

    citamos as parlendas, trava-lnguas, poemas,

    rimas e cantigas. Quando bem explorados,

    na modalidade oral ou escrita, esses textos

    constituem boas estratgias de aprendizagem

    para que os alunos percebam as mais diversas

    estruturas sonoras (fonema, slaba, rima...) da

    nossa lngua.

    Neste Padro de Desempenho, definitivamente,

    as habilidades relativas ao reconhecimento da

    palavra como unidade grfica competncia

    4 (c4) - precisam ser consolidadas. Isso porque

    essas habilidades so mais elementares, no

    demandando que o aluno j esteja lendo e

    escrevendo convencionalmente. Recomenda-se,

    por exemplo, que o professor trabalhe com textos

    curtos, de gneros familiares e adequados ao

    universo infantil (como parlendas e quadrinhas),

    transcrevendo esses textos com letras maiores e

    de forma a dar um maior espao entre as palavras,

    a fim de facilitar a contagem dos vocbulos

    pelos estudantes.

    como os alunos deste Padro esto apenas

    comeando a ler textos, limitando-se a localizar

    informao explcita no incio de textos curtos e de

    gneros familiares, fundamental ampliar a interao

    dos estudantes com a diversidade de gneros textuais

    de menor, mas tambm de maior extenso. com

    esses textos, deve-se comear a ensinar habilidades

    mais complexas de leitura a esses alunos, como a

    inferncia de informao em um texto e a identificao

    do assunto de um texto.

    Uma ltima recomendao importante a ser

    feita nesse padro o trabalho com portadores

    de textos autnticos organizados em ordem

    alfabtica (como o uso de dicionrios, agendas,

    lista telefnica), observando-se o modo como

    esses portadores so utilizados na vida social.

    essa habilidade que ainda no est consolidada

    neste padro deve ser trabalhada desde o incio

    do processo de alfabetizao.

    Revista Pedaggica 25

  • RECOMENDADO Acima de 500 pontos

    Nesse Padro tambm, os aprendizes demonstram

    ter ampliado as habilidades de leitura: estabelecem

    relaes de causa e consequncia; formulam

    hipteses sobre o assunto de um texto a partir do

    ttulo; identificam um referente de um pronome

    (reconhecem a quem ou a que se refere um

    pronome), uma elipse1 ou uma expresso definida

    com antecedente prximo, em textos de curta e

    mdia extenso.

    Revista Recreio. So Paulo: Editora Abril, ano 11, n.532, 20/05/2010, p. 12. (AL862MG_SUP)

    AL863MG

    Qual o assunto desse texto?

    Como eram as pessoas na Grcia.

    Dentes estragados provocam mau hlito.

    Origem e histria da escova de dente.

    Usos de pelo do porco por pessoas.

    INSTRUES PARA O APLICADORATENO:Ler para o aluno APENAS a instruo. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.

    MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com o texto, as perguntas e as alternativas.

    DIZER: Leia o texto e responda s perguntas a seguir.

    a seguir, analisamos dois itens que ilustram esse padro, o qual apresenta uma faixa

    maior de proficincia do que os outros. O primeiro item analisado, aplicado no 2, 3 e

    4 ano do ensino fundamental, focaliza a habilidade 13 (h13), Identificar assunto de texto,

    que integra a competncia 7, Interpretao de informaes implcitas em texto:

    1 Segundo o Dicionrio

    Houaiss da lngua Portuguesa

    (verso digital 3.0), elipse

    a supresso de um termo

    que pode ser facilmente

    subentendido pelo contexto

    lingustico ou pela situao (p.

    ex.: meu livro no est aqui,

    [ele] sumiu!).

    26 Proalfa 2012

  • O item apresenta um texto do gnero curiosidade,

    de mdia extenso, que o aluno precisou ler

    integralmente, uma vez que a habilidade em foco

    (identificar assunto de texto) exige compreenso

    global do texto lido para identificar a ideia central.

    alm da leitura integral do texto, foi necessrio

    que o aluno tambm lesse integralmente as

    alternativas, sendo que os distratores traziam

    informaes presentes no texto, para que o aluno

    analisasse qual alternativa apresentava uma

    sntese do que foi lido.

    Os percentuais de acerto desse item nos diferentes

    anos de escolaridade avaliados pelo Proalfa merecem

    ateno. No 2 ano, o ndice de acerto foi de 53%; j

    no 3 ano, esse ndice subiu para 63%. assim, do 2

    para o 3 ano, verifica-se um crescimento importante,

    de cerca de 10%. entretanto, essa evoluo no se

    verifica entre o 3 e 4 ano que apresenta 65% de

    acerto. O percentual no 4 ano tem um acrscimo

    de apenas 2%, o que estatisticamente pode ser

    considerado insignificante.

    esse dado indicia que as esperadas evoluo

    e consolidao da habilidade no ocorrem no

    4 ano, o que aponta para a necessidade de um

    trabalho mais sistematizado com habilidades

    dessa natureza, inclusive a partir da proposio

    de textos mais complexos, tanto do ponto de vista

    do gnero, como do grau de familiaridade do

    tema/assunto, da sintaxe2, entre outros aspectos.

    verifica-se, assim, a necessidade de avano na

    habilidade de identificar assunto de textos de

    pequena e mdia extenso, mesmo porque o

    maior percentual de acerto (65% no 4 ano) indica

    que ainda h muitos alunos que ainda necessitam

    desenvolver essa habilidade.

    vejamos agora o segundo item analisado neste padro, o qual tambm comum ao 2, 3 e 4 anos do

    ensino fundamental. O item focaliza a habilidade 24 (h24), "Reconhecer finalidade de gneros textuais

    diversos", que integra a competncia 10, Implicaes do gnero e do suporte na compreenso de textos.

    2 Em relao ao texto, empregamos o termo

    sintaxe com o sentido de um dos componentes

    do sistema de uma lngua. De maneira simplificada,

    podemos dizer que esse componente determina as

    relaes entre palavras, frases e/ou pargrafos em

    um texto; refere-se organizao desses elementos

    no texto. Assim, por exemplo, geralmente, enquanto

    na sintaxe de gneros de linguagem formal (como a

    reportagem), utilizam-se mais oraes subordinadas

    (e, por consequncia, conjunes subordinativas), na

    sintaxe de gneros de linguagem informal (como o

    bilhete), utilizam se oraes coordenadas, muitas

    vezes, sem a presena de conjuno para interlig-

    las (exemplo de um bilhete: Me, t na casa da

    lucinha. volto mais tarde. No me espera. bjs, Nana.).

    Revista Pedaggica 27

  • AL869MG

    SYLVIA ORTHOF nasceu no Rio de Janeiro, em 1932, de pais austracos. Ainda jovem, ingressou no Teatro do Estudante, frequentando mais tarde o curso de mmica de Marcel Marceau, na Escola de Arte Dramtica de Paris. Escreveu peas para teatro de bonecos e depois para teatro infantil, onde seus trabalhos ganharam concursos e prmios. Comeou a criar histrias para a revista Recreio e no parou mais. Publicou muitos livros, alguns ilustrados por ela prpria, e ganhou muitos prmios. Sylvia faleceu em 1997, em Petrpolis, Rio de Janeiro, onde morou nos ltimos anos de vida.

    Biografia da autora. ORTHOF, Sylvia. Chora no! Ilustraes de Fernando Nunes. 2 ed. So Paulo: Cdice, 2007 (AL869MG_SUP)

    Esse texto serve para

    contar a histria de um livro infantil.

    convencer as pessoas a comprar um livro.

    fazer propaganda de um livro de histria.

    mostrar um pouco da vida de uma escritora.

    INSTRUES PARA O APLICADOR

    ATENO:Ler para o aluno APENAS a instruo. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.

    MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com o texto, a questo e as alternativas.

    DIZER: Leia o texto e responda questo.

    O texto apresentado para leitura uma biografia.

    Para responder ao item, o aluno precisou ler o texto

    e todas alternativas, uma vez que o gabarito a

    letra D. como pode ser observado, os distratores

    apresentam elementos do texto. Desse modo, o

    item tambm avaliou a compreenso global do

    texto lido. esses aspectos, certamente, tornaram o

    item mais difcil para os alunos.

    Diferentemente do que se observou em relao

    ao reconhecimento do assunto na anlise do item

    anterior, a habilidade de identificar a finalidade

    de um texto se configura com maior amplitude

    nos diferentes anos de escolaridade avaliados.

    verifica-se 60% de acerto ao item j no 2 ano, 73%

    no 3 e 80% no 4 ano.

    como proposta de interveno pedaggica para

    esse padro, recomenda-se o trabalho intenso

    com habilidades de leitura mais complexas.

    importante garantir interaes sistemticas com

    textos de diferentes gneros, veiculados em

    diferentes suportes e tambm pertencentes a

    diferentes domnios discursivos ( jornalstico,

    publicitrio, literrio, pessoal...). esse trabalho

    deve focalizar tanto o reconhecimento de diversos

    28 Proalfa 2012

  • gneros e seus modos de organizao quanto as

    suas finalidades e locais de circulao.

    Os alunos deste padro ainda precisam continuar

    se desenvolvendo em muitas habilidades de

    leitura como as de: inferir informao em um texto,

    identificar elementos da narrativa (especialmente,

    o conflito gerador), reconhecer a ordem alfabtica

    tendo em vista seus usos sociais e reconhecer

    efeitos de sentido no emprego de notaes

    grficas em um texto. Recomenda-se que a

    seleo de materiais escritos seja orientada para o

    desenvolvimento dessas habilidades. importante

    promover a diversificao de situaes de leitura

    no trabalho com tais habilidades, de modo a criar

    momentos de leitura individual, em duplas, coletiva

    e mediada ou no pelo professor. Deve-se visar a

    uma leitura cada vez mais autnoma pelo aluno.

    at pelo que foi discutido em relao ao ltimo

    item aqui analisado, fica clara a necessidade de

    trabalho com as diferentes possibilidades de uso

    da linguagem (nas modalidades oral e escrita da

    lngua), especialmente com aquelas relacionadas

    ao contexto e aos interlocutores.

    No que tange aos contextos de interao atravs

    da linguagem, h que se observar a necessidade

    de trabalho com diferentes situaes de

    interlocuo: quando se escreve um bilhete ou se

    troca mensagens pelo celular; em uma conversa

    informal entre amigos ou com o diretor da escola;

    em uma apresentao de trabalho; na redao

    de uma lista de compras; entre outras situaes

    e usos de gneros que se constituem na vida

    social. essas diferentes situaes de interao

    circunscrevem, tambm, o grau de formalidade e

    informalidade da interao que est relacionado

    a hbitos socioculturais dos grupos de falantes,

    faixa etria etc. essas dimenses precisam

    ser consideradas no ensino, inclusive no que

    diz respeito linguagem oral que, em alguns

    contextos, demanda o uso de linguagem formal e

    o planejamento da fala.

    vale ressaltar, ainda, a necessidade de observar

    que, nesse Padro, habilidades de identificao

    de tese e argumento esto se constituindo, e a

    identificao do uso de pontuao expressiva

    bastante inicial. esse dado remete para a

    importncia de focalizar gneros textuais com

    maior grau de complexidade e de diferentes

    esferas discursivas que permitam aos alunos a

    ampliao e consolidao dessas habilidades.

    Nesse caso, podem-se propor situaes em que

    os alunos expressem sua percepo sobre os

    textos lidos e a compreenso desses textos.

    Tal estratgia possibilita a defesa do ponto de

    vista por parte dos alunos, a explicitao de o

    que entendeu, de diferentes opinies a partir do

    material de leitura. Desse modo, a construo de

    significados ocorre na interao com o outro leitor

    e se amplia na medida em que diferentes pontos

    de vista ou de interpretao so explicitados e

    podem ser argumentados.

    Revista Pedaggica 29

  • DIRETORIA DE AvAlIAO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DAvEGABRIELA DOS SANTOS PIMENTA LIMA

    EQUIPE TCNICA: ARLAINE APARECIDA DA SILVA

    DRIO FAUSTO DE SOUZALUCIANA FONSECA RIBEIRO BARBOSA

    ROSENEY GONALVES DE MELO

    DIRETORIA DE AvAlIAO DA APRENDIzAgEM DAAPMARINEIDE COSTA DE ALMEIDA DE TOLEDO

    EQUIPE TCNICA:LIDA FERREIRA MARTINS

    LLIA BORGES REGOROSANA CLEIDE DA SILVA GONALVES

    SUELY DA PIEDADE ALVES

  • DIRETORIA DE AvAlIAO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DAvEGABRIELA DOS SANTOS PIMENTA LIMA

    EQUIPE TCNICA: ARLAINE APARECIDA DA SILVA

    DRIO FAUSTO DE SOUZALUCIANA FONSECA RIBEIRO BARBOSA

    ROSENEY GONALVES DE MELO

    DIRETORIA DE AvAlIAO DA APRENDIzAgEM DAAPMARINEIDE COSTA DE ALMEIDA DE TOLEDO

    EQUIPE TCNICA:LIDA FERREIRA MARTINS

    LLIA BORGES REGOROSANA CLEIDE DA SILVA GONALVES

    SUELY DA PIEDADE ALVES

    REITOR DA UNIvERSIDADE FEDERAl DE JUIz DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

    COORDENAO gERAl DO CAEdLINA KTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

    COORDENAO TCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALCIOS DA CUNHA E MELO

    COORDENAO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

    COORDENAO DE ANlISES E PUblICAESWAGNER SILVEIRA REZENDE

    COORDENAO DE INSTRUMENTOS DE AvAlIAORENATO CARNABA MACEDO

    COORDENAO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

    COORDENAO DE OPERAES DE AvAlIAORAFAEL DE OLIVEIRA

    COORDENAO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

    COORDENAO DE PRODUO vISUAlHAMILTON FERREIRA

    RESPONSvEl PElO PROJETO gRFICOEDNA REZENDE S. DE ALCNTARA

  • UNIvERSIDADE FEDERAl DE MINAS gERAISREITOR

    CLLIO CAMPOLINA DINIZ

    vICE-REITORAROCKSANE DE CARVALHO NORTON

    PR-REITORIA DE ExTENSOPR-REITOR

    JOO ANTNIO DE PAULA

    PR-REITORA ADJUNTA DE ExTENSOMARIA DAS DORES PIMENTEL NOGUEIRA

    FACUlDADE DE EDUCAODIRETORA

    SAMIRA ZAIDAN

    vICE-DIRETORAMARIA CRISTINA SOARES GOUVA

    CENTRO DE AlFAbETIzAO, lEITURA E ESCRITA (CEAlE)DIRETORA

    MARIA ZLIA VERSIANI MACHADO

    vICE-DIRETORAISABEL FRADE

    EQUIPE DE AvAlIAO CEAlEEQUIPE DE ElAbORAO DA REvISTA PEDAggICA PROAlFA / 2012

    GLADYS ROCHA (COORDENADORA)KELY CRISTINA NOGUEIRA SOUTO

    MARIA JOS FRANCISCO DE SOUZANEIVA COSTA TONELI

    PAULA DE ALCNTARA SILVA LIMARAQUEL MRCIA FONTES MARTINS

  • UNIvERSIDADE FEDERAl DE MINAS gERAISREITOR

    CLLIO CAMPOLINA DINIZ

    vICE-REITORAROCKSANE DE CARVALHO NORTON

    PR-REITORIA DE ExTENSOPR-REITOR

    JOO ANTNIO DE PAULA

    PR-REITORA ADJUNTA DE ExTENSOMARIA DAS DORES PIMENTEL NOGUEIRA

    FACUlDADE DE EDUCAODIRETORA

    SAMIRA ZAIDAN

    vICE-DIRETORAMARIA CRISTINA SOARES GOUVA

    CENTRO DE AlFAbETIzAO, lEITURA E ESCRITA (CEAlE)DIRETORA

    MARIA ZLIA VERSIANI MACHADO

    vICE-DIRETORAISABEL FRADE

    EQUIPE DE AvAlIAO CEAlEEQUIPE DE ElAbORAO DA REvISTA PEDAggICA PROAlFA / 2012

    GLADYS ROCHA (COORDENADORA)KELY CRISTINA NOGUEIRA SOUTO

    MARIA JOS FRANCISCO DE SOUZANEIVA COSTA TONELI

    PAULA DE ALCNTARA SILVA LIMARAQUEL MRCIA FONTES MARTINS

    mINaS geRaIS. Secretaria de estado de educao.

    SImave/PROaLfa 2012 / Universidade federal de Juiz de fora, faculdade de educao, caed.

    v. 1 ( jan/dez. 2012), Juiz de fora, 2012 anual

    LIma, Paula de alcntara Silva; maRTINS, Raquel mrcia fontes; ROcha, gladys (coord.); SOUTO, Kely cristina Nogueira; SOUza, maria Jos francisco de; TONeLI, Neiva costa.

    contedo: Revista Pedaggica.

    ISSN 1983-0157

    cDU 373.3+373.5:371.26(05)

  • SIMAVEPROALFA 2012

    Revista Pedaggica

    3 ano do Ensino Fundamental

    Secretaria de Estado de Educao