PROALFA_PEDAG_2012
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SIMAVEPROALFA 2012
Revista Pedaggica
3 ano do Ensino Fundamental
Secretaria de Estado de Educao
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Proalfa
-
ProalfaLngua Portuguesa
Revista Pedaggica
Sistema Mineiro de Avaliao da Educao Pblica (Simave)
ISSN 1983-0157
-
gOvERNADOR DE MINAS gERAISANTNIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA
SECRETRIA DE ESTADO DE EDUCAOANA LCIA ALMEIDA GAZZOLA
SECRETRIA ADJUNTA DE ESTADO DE EDUCAOMARIA SUELI DE OLIVEIRA PIRES
CHEFE DE gAbINETEMARIA CLUDIA PEIXOTO ALMEIDA
SUbSECRETRIA DE INFORMAES E TECNOlOgIAS EDUCACIONAISSNIA ANDRE CRUZ
SUPERINTENDNCIA DE AvAlIAO EDUCACIONAlMARIA INEZ BARROSO SIMES
-
gOvERNADOR DE MINAS gERAISANTNIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA
SECRETRIA DE ESTADO DE EDUCAOANA LCIA ALMEIDA GAZZOLA
SECRETRIA ADJUNTA DE ESTADO DE EDUCAOMARIA SUELI DE OLIVEIRA PIRES
CHEFE DE gAbINETEMARIA CLUDIA PEIXOTO ALMEIDA
SUbSECRETRIA DE INFORMAES E TECNOlOgIAS EDUCACIONAISSNIA ANDRE CRUZ
SUPERINTENDNCIA DE AvAlIAO EDUCACIONAlMARIA INEZ BARROSO SIMES
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INCENTIvO PARA AvANARMOS AINDA MAIS
O Programa de Avaliao da Alfabetizao (Proalfa) 2012 confi rmou que a maioria
absoluta dos alunos do 3 ano do Ensino Fundamental est no patamar recomendvel
de alfabetizao e letramento em lngua Portuguesa, resultado similar ao conquistado
pela rede estadual de ensino bsico nas duas avaliaes anteriores, em 2010 e em 2011.
Para o Centro de Polticas Pblicas e Avaliao da Educao da Universidade Federal
de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), responsvel pela aplicao do Proalfa, este resultado
expressivo, principalmente se considerarmos que, ano aps ano, 85% dos alunos tm
se mantido acima do nvel recomendvel de desenvolvimento em lngua Portuguesa.
Alm disso, somos, em Minas gerais, um sistema educacional complexo e heterogneo.
Precisamos destacar, ainda, que, em sete anos - de 2006 a 2012 -, o conhecimento em lngua
Portuguesa dos alunos do 3 ano do Ciclo da Alfabetizao da rede estadual de ensino
praticamente dobrou. Nessa etapa educacional, em 2006, 48,65% dos nossos alunos estavam
no patamar considerado recomendado. Em 2012, alcanamos o ndice de 87,30%.
A consolidao desse patamar de desenvolvimento, acima de 85%, em todo o sistema
uma conquista, deve ser celebrada e, sobretudo, compartilhada. Ela resultado
da dedicao e do esforo coletivo daqueles que integram a rede estadual mineira:
estudantes, pais e responsveis - parceiros indispensveis do processo escolar,
professores, que tm buscado proporcionar aos nossos jovens uma educao de
qualidade, diretores que, por meio do aprimoramento dos processos de gesto, tm
transformado as nossas escolas. Enfi m, a todos da comunidade escolar. A vocs, os
meus cumprimentos!
Tambm precisamos celebrar o bom desempenho das redes municipais de ensino. O
avano, nos ltimos anos, da profi cincia em lngua Portuguesa dos alunos do 3 ano
do Ensino Fundamental das redes municipais tambm visvel.
No entanto, sabemos que ainda temos um percurso a trilhar junto s redes municipais.
Por isso, com o objetivo de garantir a essas escolas o mesmo instrumento que
Ana Lcia Almeida Gazzola, Secretria de Estado de Educao
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assegurou os bons resultados nos anos iniciais do ensino fundamental nas escolas
estaduais, a Secretaria de Estado de Educao expandiu para os municpios o
Programa de Interveno Pedaggica (PIP). Essa iniciativa faz parte de uma estratgia
de compartilhamento de programas e iniciativas do governo de Minas, em diversas
reas da gesto pblica, destinadas a incentivar e apoiar as administraes municipais.
A municipalizao do PIP atingiu 100% da meta, ou seja, a iniciativa vai atingir as 850
cidades mineiras que oferecem os anos iniciais do ensino fundamental.
Mas, diante destas conquistas, ainda que muito signifi cativas, creio que no devamos
nos acomodar. Como cidad, e, sobretudo, como mineira e educadora, acredito que
devamos manter viva certa inquietude produtiva, que nos impulsiona e nos motiva
a ousar produtivamente, a mirar novos horizontes, a almejar novos desafi os. Ns,
educadores mineiros, comungamos o compromisso tico com o ensino pblico, de
qualidade e inclusivo. E este compromisso que nos alimenta e nos coloca nos trilhos
da busca por patamares de desenvolvimento ainda mais ousados.
por isso que convido vocs a enfrentar mais uma nova jornada: a Secretaria de Estado
de Educao (SEE) vai aprimorar a metodologia de aferio do Proalfa. Atualmente, a
avaliao traz trs categorias de desempenho: baixo, intermedirio e recomendado.
vamos introduzir, a partir de 2013, uma nova categoria, o nvel avanado, para estimular
a caminhada rumo a um patamar de desenvolvimento ainda mais elevado. E, alm disso,
vamos avaliar tambm o conhecimento de nossos estudantes em Matemtica.
vamos trabalhar para que nosso sistema conquiste este novo patamar de
desenvolvimento. Minas Educao e ns fazemos parte desta histria.
Cordialmente,
Ana Lcia Almeida Gazzola
Secretria de Estado de Educao
governo do Estado de Minas gerais
-
1. INTRODUO PgINa 08
2. aLfabeTIzaO e LeTRameNTO NO
PROaLfa PgINa 11
SUmRIO
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3. a maTRIz De RefeRNcIa DO PROaLfa PgINa 12
4. O DeSemPeNhO DOS aLUNOS Na avaLIaO PgINa 16
5. cOmeNTRIOS SObRe ITeNS e PROPOSTaS
De INTeRveNO PeDaggIca PaRa caDa
PaDRO De DeSemPeNhO PgINa 21
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INTRODUO
Nesta Revista, so apresentados e analisados os resultados da
avaliao censitria do Programa de Avaliao da Alfabetizao
Proalfa, aplicada a 257.433 alunos que, em 2012, cursavam o 3 ano do
Ensino Fundamental de nove anos.
importante destacar que o
Proalfa conta ainda com as
avaliaes amostrais do 2 e 4
anos e a avaliao censitria
dos alunos que, na edio
anterior, apresentaram baixo
desempenho. Contudo, aqui,
sero focalizados somente os
dados referentes avaliao
do 3 ano.
1
O Proalfa, concebido em 2005 a partir de parceria entre a Secretaria
de estado de educao See/mg, o centro de alfabetizao,
Leitura e escrita da Universidade federal de minas gerais ceale/
fae/Ufmg e o centro de Polticas Pblicas e avaliao da educao
caed/UfJf, desde 2006, avalia, de forma censitria, alunos do 3
ano do ensino fundamental com o objetivo de gerar informaes
sobre a rede pblica do estado de minas gerais e orientar polticas
pblicas voltadas para a melhoria da educao.
ao longo dessas sete edies censitrias, o Proalfa tem apresentado
um conjunto organizado de informaes acerca de habilidades que
os alunos j dominam e, tambm, de habilidades que ainda no
dominam, por meio da identificao de Padres de Desempenho
dos alunos no processo de alfabetizao. a identificao desses
padres, em situaes que contemplam tanto aspectos relacionados
apropriao do sistema de escrita, quanto ao uso social da leitura e
da escrita, o letramento, tem sido uma importante referncia para o
trabalho docente, pois permite, a partir do diagnstico realizado, (re)
definir rumos, detectar a distncia ou a proximidade entre o que e
o que deveria ser o ensino.
08 Proalfa 2012
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O carter diagnstico do Proalfa se concretiza na medida em que
os resultados apresentados orientem profissionais das diferentes
esferas do sistema educacional no (re)planejamento de aes e na
(re)definio de metas para cada ano de escolarizao. fundamental
que essas metas e aes culminem na diminuio da distncia entre
o que se espera que os alunos saibam e o que eles, efetivamente,
demonstram saber.
importante destacar que, embora tenham propsito diagnstico, os
resultados apresentados aqui se referem aquisio de habilidades
de leitura no contexto de testes padronizados. em decorrncia,
outras importantes dimenses do processo de alfabetizao no
so contempladas, mas precisam e devem ser objeto de ensino. Por
esse motivo, o trabalho em sala de aula no deve ficar restrito ao que
avaliado nos testes que compem as avaliaes externas em larga
escala, como o Proalfa, sob o risco de reduzir as oportunidades de
aprendizagem e, consequentemente, comprometer o desempenho
escolar dos alunos.
Neste documento, alm da divulgao e anlise pedaggica dos
resultados, so apresentadas tambm algumas contribuies para
a prtica em sala de aula, por meio de anlises dos Padres de
Desempenho dos alunos avaliados, exemplificao de itens de teste
e sugestes de intervenes pedaggicas.
a expectativa que os dados obtidos, alm de subsidiar aes do
sistema possam colaborar para a prtica que o professor desenvolve na
sala de aula, como revela o depoimento da professora Delany Rezende,
apresentado a seguir.
Revista Pedaggica 09
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Delany agnus miranda Rezende professora
alfabetizadora na ee azarias Ribeiro, no municpio
de Lavras, Superintendncia Regional de ensino
de campo belo.
h seis anos lecionando, a alfabetizadora
acredita que a avaliao externa pode contribuir
para minimizar os desafios da alfabetizao,
pois: oferece um detalhamento em relao
s competncias no alcanadas e permite
mapeamento das dificuldades dos alunos.
Delany ainda observa: tendo em vista a melhoria
da aprendizagem, a escola pode, em grupo,
estudar os resultados das avaliaes e desenvolver
planos de interveno para dinamizar e orientar o
trabalho de sua equipe.
a professora conta tambm que, buscando a
aprendizagem significativa de seus alunos, procura
diversificar sua prtica pedaggica: Utilizo diversos
recursos alternativos (msica, teatro, jogo, parlenda,
poesia, libras, ditado relmpago, texto fatiado, reconto
de fbulas, reconto de histrias que se passaram na
realidade do aluno), para dinamizar e atrair a ateno,
a concentrao dos meus alunos durante as aulas.
e completa: gosto muito de introduzir a aula com
msicas, pois acredito que esse recurso contribui para
que os alunos fixem mais as palavras.
Sobre a expectativa em relao aos recentes
resultados do Proalfa, Delany revela: espero
melhorar minha prtica docente, com o apoio
de toda a equipe escolar, alcanando, assim, o
rendimento recomendado dos alunos.
AvAlIAO COMO INSTRUMENTO NO PROCESSO PEDAggICO
Delany Agnus Miranda Rezende,Professora na EE Azarias Ribeiro, no municpio de Lavras
tendo em vista a melhoria da aprendizagem, a escola pode estudar os
resultados das avaliaes em grupo e desenvolver planos de interveno
para dinamizar e orientar o trabalho de sua equipe
10 Proalfa 2012
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AlFAbETIzAO E lETRAMENTO NO PROAlFAOrienta o Proalfa a concepo de alfabetizao como um processo de
apropriao do sistema de escrita, de princpios grficos e formais da
lngua como sua natureza alfabtica e ortogrfica e as direes e o
alinhamento da escrita em Lngua Portuguesa. O letramento, por sua vez,
refere-se a um conjunto de prticas sociais que se constitui na interao
que sujeitos ou grupos de sujeitos estabelecem com a lngua escrita.
Desse modo, considera-se, como destaca a Professora magda
Soares, que a entrada da criana no mundo da escrita deve ocorrer
simultaneamente pela aquisio do sistema convencional da escrita
a alfabetizao e pelo desenvolvimento de habilidades de uso
desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas prticas sociais
que envolvem a lngua escrita o letramento.
Pode-se dizer que essa uma concepo bastante difundida
atualmente. Desde o perodo inicial da alfabetizao, as crianas devem
interagir com diferentes materiais escritos que circulam socialmente, de
modo a favorecer a apropriao do sistema de escrita em contextos
significativos e a contnua ampliao das habilidades de ler e escrever.
Destacam-se, especialmente, prticas que utilizam a diversidade de
gneros textuais na sala de aula, como a explorao de rtulos de
embalagens; o manuseio, a explorao e a leitura de livros diversos;
leituras de gibis e jogos com letras do alfabeto, dentre outros.
2
Conforme defende Magda
Soares, a alfabetizao
desenvolve-se no contexto de e
por meio de prticas sociais de
leitura e de escrita, isto , atravs
de atividades de letramento, e
este, por sua vez, s se pode
desenvolver no contexto da
e por meio da aprendizagem
das relaes fonema-grafema,
isto , em dependncia da
alfabetizao (SOARES, 2004, p.
14 grifos no original).
Para saber mais sobre os
conceitos de alfabetizao
e letramento, sugere-se a
leitura dos Cadernos 1 e 2 das
Orientaes para a Organizao
do Ciclo Inicial de Alfabetizao;
e do artigo da Profa. Magda
Soares, intitulado letramento e
alfabetizao: as muitas facetas,
disponvel no site: . Acesso em dez. 2012.
Revista Pedaggica 11
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A MATRIz DE REFERNCIA DO PROAlFA
as avaliaes externas so orientadas por uma matriz de Referncia ou matriz de
avaliao que apresenta os conhecimentos, competncias e habilidades a serem
avaliados. a matriz de Referncia do Proalfa teve sua primeira verso elaborada em
2005 e foi reorganizada visando a uma maior clareza e organizao das habilidades.
vejamos a matriz de Referncia que subsidia a avaliao do Proalfa nos primeiros anos
de escolarizao do ensino fundamental de nove anos. a matriz apresenta, na primeira
coluna, os tpicos, que remetem aos grandes eixos da alfabetizao e letramento;
na segunda coluna, so apresentadas as competncias que renem, cada uma, um
conjunto de habilidades referenciadas na terceira coluna. a ltima coluna, por sua vez,
apresenta um detalhamento, uma descrio das habilidades. Ressalta-se que algumas
habilidades no so contempladas na avaliao do 3 ano devido s particularidades
desse perodo de escolarizao.
3
12 Proalfa 2012
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TPICOS COMPETNCIAS HAbIlIDADES DETAlHAMENTO DAS HAbIlIDADES
T1 - RECONHECIMENTO DE CONvENES DO SISTEMA AlFAbTICO
C1. Identificao de letras do alfabeto
H1. Identificar letras do alfabeto
O aluno deve reconhecer letras do alfabeto apresentadas isoladamente, em sequncias de letras ou no contexto de palavras.
H2. Diferenciar letras de outros sinais grficos, como os nmeros, sinais de pontuao ou de outros sistemas de representao
O aluno precisa diferenciar letras de nmeros e de outros smbolos. Deve reconhecer, por exemplo, um texto que circula socialmente ou uma sequncia que apresenta somente letras, entre outros textos ou outras sequncias que apresentam letras e nmeros.
H3. Distinguir, como leitor, diferentes tipos de letras
O aluno deve identificar letras isoladas ou palavras escritas com diferentes tipos de letras: maiscula, minscula; cursiva; caixa alta e baixa.
C2. Uso adequado da pgina
H4. Conhecer as direes e o alinhamento da escrita da lngua Portuguesa
O alfabetizando, ao ter contato com um texto (contos, tirinhas, notcias, entre outros), deve identificar a direo formal da escrita: onde se inicia a leitura ou onde se localiza a ltima palavra do texto. Considerando a tarefa de registro escrito, espera-se que o aluno copie uma frase respeitando as direes da escrita (de cima para baixo, da esquerda para a direita), bem como demonstre o uso correto das linhas, das margens e do local adequado para iniciar a escrita em uma folha.
T2- APROPRIAO DO SISTEMA AlFAbTICO
C3. Aquisio de conscincia fonolgica
H5. Identificar, ao ouvir uma palavra, o nmero de slabas (conscincia silbica)
O alfabetizando precisa identificar o nmero de slabas que compe uma palavra ao ouvir a pronncia de palavras (monosslabas, disslabas, trisslabas, polisslabas; oxtonas, paroxtonas, proparoxtonas); com diferentes estruturas silbicas (Cv consoante-vogal, CCv consoante-consoante-vogal, CvC consoante-vogal-consoante, v vogal, vC vogal-consoante, ditongo etc.).
H6. Identificar sons de slabas (conscincia fonolgica e conscincia fonmica)
Ao ouvir palavras ditadas, pertencentes a um mesmo campo semntico ou a campos semnticos distintos, o aluno deve identificar sons de slabas com diferentes estruturas (Cv, CCv, CvC, v, vC, ditongo etc.) no incio, meio ou no final das palavras.
C4. Reconhecimento da palavra como unidade grfica
H7. Compreender a funo de segmentao de espaos em branco na delimitao de palavras em textos escritos
O aluno precisa reconhecer o nmero de palavras que compe um pequeno texto. Precisa, tambm, ao observar uma palavra, ser capaz de identificar o nmero de vezes que ela se repete em um texto. Espera-se, ainda, que palavras compostas por menos de trs letras, por exemplo, sejam identificadas como palavras.
C5. leitura de palavras e pequenos textos
H8. ler palavras
O aluno deve ler palavras silenciosamente, com apoio de desenhos que as representam. Essa habilidade apresenta palavras em um nvel crescente de dificuldade em relao estrutura silbica, ou seja, slabas Cv, CvC, CCv, v e palavras com ditongo.
H9. ler pequenos textos O aluno deve ler frases e pequenos textos de at 6 linhas, de temas e gneros mais recorrentes na vida social, localizando informaes explcitas neles contidas.
Revista Pedaggica 13
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TPICOS COMPETNCIAS HAbIlIDADES DETAlHAMENTO DAS HAbIlIDADES
T3- lEITURA: COMPREENSO, ANlISE E AvAlIAO
C6. localizao de informaes explcitas em textos
H10. localizar informao explcita em textos de maior extenso e de gneros e temas menos familiares
O aprendiz precisa identificar, no texto lido, uma informao que se apresenta explicitamente. Essa informao pode estar presente no incio, no meio ou no fim do texto. O texto pode apresentar diferentes graus de complexidade, dependendo de fatores como: sua extenso (pequena, mdia ou grande), gnero, tema (mais ou menos usual), linguagem. Tais fatores podem interferir no processo de localizao de informao.
H11. Identificar elementos que constroem a narrativa
O alfabetizando precisa conhecer gneros textuais que privilegiam a narrativa, tais como contos de fadas, contos modernos, fbulas, lendas. So avaliadas habilidades relacionadas identificao de elementos da narrativa: espao, tempo (isolados ou conjuntamente), personagens e suas aes e conflito gerador. Cabe ressaltar que, embora o foco desta avaliao seja a alfabetizao e letramento e, portanto, focalize o texto, evidenciam-se gneros com estrutura predominantemente narrativa por seu significado para a faixa etria avaliada.
C7. Interpretao de informaes implcitas em textos
H12. Inferir informaes em textos
O aprendiz precisa revelar capacidade de, a partir da leitura autnoma de um texto, inferir o sentido de uma palavra ou expresso menos frequente, em textos de tema/gnero mais familiar ou menos familiar. O aluno deve realizar inferncia, o que supe que seja capaz de ir alm do que est dito em um texto. Ou seja, ir alm das informaes explcitas, relacionando informaes presentes em um texto (verbal, no verbal ou verbal e no verbal) com seus conhecimentos prvios, a fim de produzir sentido para o que foi lido.
H13. Identificar assunto de texto
O aluno deve demonstrar capacidade de compreenso global do texto. Ele precisa ser capaz de, aps ler um texto, dizer do que ele trata. Em outras palavras, realizar um exerccio de sntese, identificando o assunto que representa a ideia central do texto.
H14. Formular hiptesesO estudante precisa reconhecer/ antecipar o assunto de um texto a partir da observao de uma imagem e/ou da leitura de seu ttulo.
C8. Coerncia e coeso no processamento de textos
H15. Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto
O aluno deve identificar, em textos em que predominam sequncias narrativas ou expositivas/argumentativas, marcas lingusticas (como advrbios, conjunes etc.) que expressam relaes de tempo, lugar, causa e consequncia.
H16. Estabelecer relaes de continuidade temtica a partir da recuperao de elementos da cadeia referencial do texto
O estudante deve recuperar o antecedente ou o referente de um determinado elemento anafrico (pronome, elipse ou designao de um nome prprio) destacado no texto, demonstrando que compreendeu a que se refere esse elemento.
H17. Identificar efeito de sentido decorrente de recursos grficos, seleo lexical e repetio
Ao ler o texto, o aluno deve ser capaz de identificar os efeitos de sentido decorrentes da utilizao de recursos grficos (caixa alta, grifo itlico, negrito, sublinhado...), do lxico (vocabulrio) ou tambm de identificar o humor ou a ironia no texto, decorrentes desses recursos.
H18. Identificar marcas lingusticas que evidenciam o enunciador no discurso direto ou indireto
O aluno deve identificar, em um dado texto, a fala/discurso direto ou indireto. Nesse caso, o aluno ter que demonstrar que reconhece quem est com a palavra.
C9. Avaliao do leitor em relao aos textos
H19. Distinguir fato de opinio sobre o fato
O estudante deve ser capaz de distinguir um fato de uma opinio, explcita ou implcita, sobre determinado fato ao ler, por exemplo, histrias ou notcias.
H20. Identificar tese e argumentos
O aluno precisa identificar a tese defendida em um texto e/ou os argumentos que sustentam a tese apresentada. Ele precisa saber, por exemplo, qual a ideia defendida no texto.
H21. Avaliar a adequao da linguagem usada situao, sobretudo, a eficincia de um texto ao seu objetivo ou finalidade
O aluno deve ser capaz de identificar, por exemplo, marcas de oralidade em um texto escrito ou justificar determinada linguagem presente no texto em funo dos objetivos a que ele se prope.
14 Proalfa 2012
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TPICOS COMPETNCIAS HAbIlIDADES DETAlHAMENTO DAS HAbIlIDADES
T4- USOS SOCIAIS DA lEITURA E DA ESCRITA
C10. Implicaes do gnero e do suporte na compreenso de textos
H22. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabtica
O aluno deve reconhecer a ordem alfabtica, tendo em vista seus usos sociais. avaliado, por exemplo, se ele identifica o local de insero de um nome em uma lista ou agenda. verifica-se, tambm, a capacidade de identificao do local correto de insero de uma palavra no dicionrio, a partir da observao da primeira letra. Espera-se, tambm, que o aprendiz saiba distinguir os variados suportes que so organizados pela ordem alfabtica (dicionrio, enciclopdia, catlogo telefnico...).
H23. Identificar gneros textuais diversos
O estudante precisa identificar diferentes gneros textuais, considerando sua funo social, seu circuito comunicativo e suas caractersticas lingustico-discursivas. Inicialmente, so apresentados gneros mais familiares aos alunos, como: listas, bilhetes, convites, receitas culinrias etc. e, posteriormente, outros menos familiares, como: notcias, anncios, textos publicitrios etc. Tais textos podem ser identificados a partir de seu modo de apresentao e/ou de seu tema/assunto e de seu suporte.
H24. Reconhecer finalidade de gneros textuais diversos
Alm de identificar gneros textuais que circulam na sociedade, o aluno deve reconhecer a finalidade desses textos: para que servem e qual a sua funo comunicativa.
T5- PRODU'O ESCRITA
C11. Escrita de palavras H25. Escrever palavras
O alfabetizando necessita mostrar capacidade de escrever palavras de diversas estruturas: monosslabas, disslabas, trisslabas, polisslabas; oxtonas, paroxtonas, proparoxtonas; com diferentes padres silbicos (Cv, CCv, CvC, v, vC, ditongo etc.).
C12. Escrita de frases/ textos
H26. Escrever frases/ textos
O aluno deve desenvolver a habilidade de produzir frases/pequenos textos. A escrita de frases pode ser feita a partir da observao de uma imagem. J a escrita de textos, como histrias, pode ser feita com base na observao de uma sequncia de imagens. Outros gneros mais familiares, como lista, convite, aviso ou bilhete, por exemplo, tambm so solicitados para serem escritos, tendo em vista a definio de suas condies de produo: o que escrever (tema), para quem, para que, em que suporte e local de circulao.
Percebe-se, na matriz de Referncia do Proalfa,
que as habilidades apresentadas permitem
avaliar desde conhecimentos mais iniciais da
alfabetizao, como identificar letras do alfabeto,
at conhecimentos relacionados compreenso
mais ampla de textos, como a habilidade de
inferir informao em textos. Do ponto de vista
da avaliao, as habilidades focalizadas permitem
uma delimitao dos nveis de aprendizagem
dos alunos.
como j mencionado, uma matriz de Referncia de
avaliao contempla apenas parte das habilidades
a serem trabalhadas no dia a dia da sala de aula
e, portanto, no abrange todo o currculo, ou seja,
a matriz de ensino. No estado de minas gerais,
a referncia curricular para os primeiros anos do
ensino fundamental consta dos cadernos que
compem as Orientaes para o ciclo Inicial
de alfabetizao.
a matriz de ensino apresenta as habilidades a
serem contempladas no processo de ensino e
aprendizagem, por isso mais ampla. Uma matriz de
avaliao apresenta apenas as habilidades passveis
de serem avaliadas; representa apenas uma pequena
parte extrada da matriz de ensino e, por isso, sempre
mais restrita. Por esse motivo, a matriz de avaliao
no pode ser tomada como o nico referencial para o
ensino, sob pena de torn-lo limitado.
Revista Pedaggica 15
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4a avaliao do Proalfa 2012 apresentou somente itens de leitura. No total, foram 28
itens respondidos por cada aluno. vale ressaltar que, sob a nomeao geral de itens
de leitura, h tanto itens que focalizam habilidades especficas de leitura (como, por
exemplo, a habilidade de localizar informaes explcitas em textos), quanto itens que
enfatizam habilidades relacionadas apropriao do sistema de escrita (por exemplo,
a habilidade de identificar o nmero de slabas de uma palavra).
Os dados da avaliao foram analisados segundo critrios estatsticos, conjugados
com o ponto de vista pedaggico. esses dados so apresentados em uma escala de
Proficincia que revela Padres de Desempenho dos alunos em um continuum que
compreende desde o Padro mais baixo at o mais alto. Nesta seo, ao analisar os
Padres de Desempenho dos alunos avaliados, nos deteremos nos itens de leitura que
compem a escala.
a escala de Proficincia do Proalfa apresenta, em uma nica mtrica que vai de 0
a 1000, os resultados dos desempenhos dos alunos no 2, 3 e 4 anos do ensino
fundamental. veremos, agora, os nveis de proficincia identificados na avaliao.
vale esclarecer que, em linhas gerais, o nvel de proficincia de um aluno indicia sua
aprendizagem, seu conhecimento real, ou seja, aquelas habilidades que ele demonstra
dominar de modo autnomo, sem apoio de um colega, professor ou consulta a outros
suportes, alm do prprio teste.
O DESEMPENHO DOS AlUNOS NA AvAlIAO
16 Proalfa 2012
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T1. Reconhecimento das Convenes do
Sistema Alfabtico
C1. Identificao de letras do alfabeto. H1, H2, H3
C2. Uso adequado da pgina. H4
T4. Usos Sociais da leitura e da Escrita
C10. Implicaes do gnero ou suporte na compreenso de textos.
H22, H23, H24
T2. Apropriaes do Sistema Alfabtico
C3. Aquisio de conscincia fonolgica. H5, H6
C4. Reconhecimento da palavra como unidade grfica.
H7
C5. leitura de palavras e pequenos textos. H8, H9
T3. leitura: compreenso,
anlise e avaliao
C6. localizao de informaes explcitas em textos
H10, H11
C7. Interpretao de informaes implcitas em textos
H12, H13, H14
C8. Coerncia e coeso no processamento de textos
H15, H16, H17, H18
C9. Avaliao do leitor em relao aos textos H19, H20, H21
Menor 200
200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 Maior 700
Tpicos Competncias Habilidades
Baixo
at 450
intermedirio
de 450 a 500
Recomendado
acima de 500Padres de Desempenho - 3 ano EF
O quadro a seguir apresenta os 11 nveis de proficincia identificados em alfabetizao/leitura e o
conjunto de habilidades pertencentes a cada nvel.
NvEl DE PROFICINCIA
lEITURA
Nvel 1200 a 250
- Distino entre escrita, desenho e garatujas.- Distino entre letras e nmeros.
Nvel 2250 a 300
- Incio do reconhecimento de letras isoladas tendo como referncia o nome da letra.- Incio da habilidade de reconhecimento da direo da escrita na leitura, tendo como referncia a primeira ou a ltima palavra de texto curto.
Nvel 3300 a 350
- Ampliao da capacidade de distino entre letras, nmeros e outros smbolos grficos.
Nvel 4350 a 400
- Incio da habilidade de reconhecimento do nmero de slabas de palavras disslabas e trisslabas.- Identificao de letras no contexto de palavra ou frase curta.- Incio da apreenso da funo de segmentao de espaos em branco na delimitao de palavras em textos escritos.- Utilizao de estratgias de leitura para distinguir uma palavra entre outras de grafia similar.
Nvel 5400 a 450
- Incio do reconhecimento de semelhanas fonticas entre slabas, especialmente no incio ou no final de palavras.- leitura de palavras trisslabas e polisslabas com slabas complexas.
Nvel 6450 a 500
- Identificao de informao explcita em frases.- Incio do reconhecimento de lugar e tempo em fragmentos de narrativa.- Incio do reconhecimento de informao explcita em fragmento de notcia e em tabela.- Incio da identificao de gneros textuais mais familiares, tendo em vista seu modo de configurao e alguns elementos da escrita.
Quadro 1: Nveis de proficincia identificados no Proalfa em leitura
Revista Pedaggica 17
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NvEl DE PROFICINCIA
lEITURA
Nvel 7500 a 550
- Ampliao da habilidade de reconhecimento de palavras com a mesma slaba inicial ou final.- Identificao da finalidade de textos de pequena extenso.- Identificao do assunto de texto de curta extenso, de tema e vocabulrio mais frequente na vida social.- Incio da apreenso de efeitos de humor em tirinha.
Nvel 8550-600
- Desenvolvimento da identificao de som/ fonema inicial de uma palavra.- Incio da identificao de palavras que se diferenciam por apenas um som, especificamente, pelo fonema inicial.- Incio de localizao de informao em texto curto que apresenta dados numricos e elementos icnicos (gnero infogrfico).- Ampliao da identificao de personagem e de ao de personagem em narrativa (especialmente em contos de mdia a maior extenso).- Incio da identificao de conflito gerador em conto.- Inicio da identificao de finalidade de gnero da esfera discursiva jornalstica, familiar ao pblico infantil: curiosidade.- Reconhecimento do dicionrio como portador no qual as palavras se organizam em ordem alfabtica.- Identificao do local correto de insero de uma palavra no dicionrio ou em uma lista, considerando at a segunda letra.- Inferncia de informao em texto verbal (piada) e texto que articula elementos verbais e no verbais (tirinha).- Identificao de assunto de texto de pequena a mdia extenso (poema, curiosidade, reportagem, propaganda).- Incio de identificao do uso do pronome como substitutivo que recupera o antecedente.- Incio de identificao de relao de continuidade temtica por meio de elipse em texto.- Incio da identificao de efeito de sentido de pontuao e de letra maiscula. (interrogao).- Incio da identificao de efeito de sentido de notao grfica (negrito, letra maiscula).
Nvel 9600-650
- Ampliao da identificao de som/ fonema inicial de palavra (inclusive slaba v inicial).- Ampliao da identificao de nmero de slabas de palavra, com a identificao de monosslabo composto de quatro sons/ fonemas.- Ampliao da localizao de informao, com a localizao em texto que apresenta dados numricos (tabela em propaganda e curiosidade).- Ampliao da identificao de elementos da narrativa, com a identificao de espao e lugar na narrativa (geralmente, no meio ou no final de conto ou fbula de maior extenso).- Ampliao da identificao de conflito gerador em conto.- Ampliao da identificao de gneros textuais, com a identificao de gnero menos familiar (biografia) e multimodal (tirinha).- Ampliao da identificao da finalidade de texto de gnero menos familiar (carto postal, verbete).- Ampliao da identificao do local correto de insero de uma palavra no dicionrio ou em uma lista, considerando at terceira letra.- Desenvolvimento da inferncia de sentido de palavra ou expresso em texto.- Inferncia de informao em final de texto verbal de maior extenso (poema, entrevista) e em texto que articula elementos verbais e no verbais (tirinha), tendo como referncia a compreenso global do texto.- Identificao de termo substitutivo que recupera antecedente distante.- Incio da distino entre fato e opinio em um texto (reportagem, fbula).- Identificao de efeito de sentido de pontuao (interrogao).- Incio da identificao de marca de oralidade em um texto escrito.
Nvel 10650-700
- Identificao de efeito de sentido produzido pelo uso de letra maiscula.- Ampliao da identificao de marcas lingusticas que evidenciam o enunciador no discurso direto, especialmente no discurso indireto.- Identificao de marcas lingusticas (adjunto adverbial) que expressam relao de tempo e de lugar, tendo em vista o contexto de uso.- Incio da formulao de hipteses sobre o contedo de um texto.- Ampliao da capacidade de produzir inferncia.
Nvel 11Acima de 700
- Incio da identificao de tese de texto argumentativo.- Incio de distino entre fato e opinio em reportagem.- Incio do reconhecimento do uso de reticncias, tendo em vista o contexto.- Incio da percepo de uso de linguagem formal e informal.
18 Proalfa 2012
-
esses 11 (onze) nveis de proficincia so organizados em trs Padres de Desempenho para o 3 ano,
os quais apontam diferentes percursos na apropriao da leitura pelos alfabetizandos. O quadro 2,
apresentado a seguir, demonstra o ponto de corte de cada Padro na escala de Proficincia, bem como
a sntese das principais habilidades encontradas em cada um deles.
Quadro 2: Padres de Desempenho e Sntese das Habilidades / Proalfa 2012 3 Ano
at 450
SNTeSe habILIDaDeS
Leitura de palavras.
baixo
acima de
500
ampliao de habilidades de leitura, como estabelecer relaes de causa e consequncia; formular hipteses sobre o assunto de um texto a partir do ttulo; identificar a que se refere um pronome, uma elipse ou uma expresso definida com antecedente prximo, em textos de curta e mdia extenso.
Recomendado
PONTO Da eScaLa
PaDRO De DeSemPeNhO
450 a 500Leitura de palavras.Localizao de informao em frases e outros pequenos textos.
Intermedirio
Um aspecto que chama a ateno na anlise do Quadro 2 que elementos relacionados interlocuo
com gneros textuais de maior complexidade ou temas menos familiares constituem, ainda, um desafio
para os alunos, mesmo no padro Recomendado. Dessa forma, por exemplo, habilidades como a
identificao da tese de um texto, assim como a identificao do efeito de sentido de pontuao e a
produo de inferncia em um texto, so ainda embrionrias. esse dado aponta para a necessidade de
se desenvolver um trabalho articulado com os alunos de todos os padres, mesmo com os alunos do
padro mais alto, no caso, do Recomendado.
Observa-se que, a partir da faixa 450-500, no padro Intermedirio, os alunos apresentam
habilidades de alfabetizao. mas, trata-se de habilidades em desenvolvimento / consolidao,
na medida em que se avana nas faixas de proficincia da escala. Os alunos no somente
leem palavras como tambm leem frases, comeando a interagir com estruturas sintticas mais
complexas. contudo, a leitura se limita habilidade de localizao de informao explcita no
incio de textos curtos e de gneros familiares.
Revista Pedaggica 19
-
2011
2012RE
DE
S
MU
NIC
IPA
IS
11,1
12,3
13,2
14,1
75,7
73,6
2011
2012RE
DE
E
STA
DU
Al
5,3
4,2
7,4
6,9
87,3
88,9
baixo Intermedirio Recomendado
vejamos agora, no grfico 1, o percentual de alunos do 3 ano em cada um dos trs Padres de
Desempenho (baixo, Intermedirio e Recomendado), nas duas ltimas edies do Proalfa (2011 e 2012).
O grfico 1 demonstra, em ambas as redes de ensino, uma acomodao nos Padres de Desempenho, quando
se comparam os resultados de 2011 com os de 2012. Identifica-se um pequeno deslocamento de alunos entre
os Padres de Desempenho, que no significativo do ponto de vista estatstico, e indicia uma estabilizao e
no uma tendncia reduo no desempenho dos alunos avaliados. contudo, preciso envidar esforos para
reverter esse quadro de provvel estabilizao, a fim de continuar promovendo, como em edies anteriores do
Proalfa, a tendncia de crescimento no desempenho dos alunos.
Na prxima seo, apresentamos e discutimos exemplos de itens tpicos de cada Padro de Desempenho
para delinear, a partir deles, propostas de intervenes pedaggicas, aqui dimensionadas por habilidades
que se considera importante ensinar, tendo em vista aquelas habilidades que os alunos demonstram
dominar e, tambm, as que se configuraram ainda embrionariamente.
Grfico 1: Percentual de Alunos do 3 Ano em cada Padro de Desempenho e edio do Proalfa (2011 e 2012)
20 Proalfa 2012
-
5
COMENTRIOS SObRE ITENS E PROPOSTAS DE INTERvENO PEDAggICA PARA CADA PADRO DE DESEMPENHO
este tpico apresenta exemplos de itens nos trs Padres de Desempenho. Nessa edio do Proalfa,
procurou-se analisar itens comuns representados por aqueles que foram aplicados na avaliao
censitria do 3 ano e, tambm, na avaliao amostral do 2 e/ou do 4 ano.
Intermedirio RecomendadoBaixo
Revista Pedaggica 21
-
bAIxO at 450 pontos
esse Padro de Desempenho engloba alunos que foram capazes de responder aos
testes apresentando algum tipo de habilidade como a de distinguir entre desenho e
letras, at aqueles que j demonstram habilidade de ler palavras. Tem-se, portanto,
nesse padro, um conjunto de alunos cujos conhecimentos sobre a palavra escrita
apresentam variabilidade significativa.
a seguir, discutimos um item que foi aplicado no somente no 3, mas tambm no 2
ano; ou seja, um item comum ao 2 e ao 3 ano. esse item focaliza a habilidade 8 (h8),
"Ler palavras", que integra a competncia 5, Leitura de palavras e pequenos textos:
AL814MG
ESCOLHEDOR
ESCORREDOR
ESCORREGADOR
ESCOVADOR
INSTRUES PARA O APLICADORATENO:Ler para o aluno APENAS as instrues. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.
MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com a figura e as alternativas.
DIZER: Observe a figura: escorregador. Risque o quadrinho onde est escrito o nome desta figura.
22 Proalfa 2012
-
a palavra a ser lida (eScORRegaDOR) apresenta
elementos que demandam maior habilidade do
aluno, uma vez que polisslaba e possui slabas
de estrutura mais complexa: a slaba inicial (eS),
formada por vogal + consoante; a slaba medial
que, do ponto de vista da escrita, possui o dgrafo
RR; e a slaba final (DOR), formada por consoante
+ vogal + consoante. Some-se a esses aspectos, o
fato de o item apresentar nas alternativas incorretas,
ou distratores, palavras com estrutura muito
semelhante ao gabarito (letra c): todas as palavras
tm as duas primeiras slabas (eScO) e a slaba
final (DOR) iguais. Desse modo, o aluno teve de, no
mnimo, analisar integralmente as duas primeiras
palavras para poder responder corretamente o item.
faamos, agora, uma anlise dos percentuais de
acerto referentes a esse item no 3 ano e tambm
no 2, tendo em vista que esse item foi aplicado
no teste amostral destinado a alunos do 2 ano
do ensino fundamental. Os resultados apontaram
que essa habilidade j comea a apresentar
um nvel satisfatrio de acerto no 2 ano, em
que praticamente 84% dos alunos com nvel de
proficincia at 450 respondem corretamente ao
item. No 3 ano, o percentual de acerto ampliado,
com 93% dos alunos acertando o item (um aumento
de 9%). esses altos percentuais de acerto apontam
para a consolidao da habilidade focalizada
no item pela maioria dos alunos dos anos de
escolaridade avaliados.
Passando a tratar de propostas de interveno para
os alunos desse Padro, primeiramente, recomenda-
se o desenvolvimento de habilidades mais iniciais
do processo de alfabetizao, as quais ainda no
demandam que eles estejam lendo e escrevendo
convencionalmente. assim, preciso propor
atividades que focalizem, por exemplo, a habilidade
de reconhecer diversos tipos de letras (cursiva, de
forma, maiscula, minscula...), em especial, a letra
cursiva. Um modo de promover esse aprendizado
colocar o aluno em contato com gneros textuais
diversos (convites, avisos, propagandas, bilhetes etc.)
em seus suportes originais, nos quais, naturalmente,
as diferentes formas de letras ocorrem.
Tambm, preciso trabalhar com habilidades
relativas ao uso adequado da pgina, a fim de
que os alfabetizandos dominem as orientaes da
escrita na pgina na nossa lngua (da esquerda para
a direita e de cima para baixo), sabendo, inclusive,
respeitar as margens e fazer a mudana de linha.
como os alunos deste padro leem apenas
palavras, torna-se fundamental proporcionar aes
pedaggicas em que o trabalho com a leitura de
palavras esteja articulado a textos, mesmo que
curtos e de gneros familiares. preciso propor, de
forma sistemtica, situaes em que os materiais
escritos que circulam socialmente, ou seja, os
diferentes gneros textuais estejam presentes na
sala de aula, buscando-se aproximar ao mximo o
letramento escolar do letramento social.
O ensino da leitura e da escrita deve sempre
visar a situaes reais de uso da palavra escrita
vivenciadas fora da escola, tendo em vista que
esse ensino s faz sentido se estiver em funo
das prticas sociais de uso da lngua escrita
realizadas no convvio social (e no somente
dentro da escola). assim, a presena desses
materiais deve proporcionar ao aluno a ampliao
das possibilidades de leitura e tambm o
reconhecimento das funes e usos dos textos
na sociedade.
Revista Pedaggica 23
-
INTERMEDIRIO de 450 a 500 pontos
Nesse Padro, o aluno j comea a interagir com pequenos textos e a identificar espao,
tempo e lugar na narrativa, como exemplifica o item analisado a seguir. O que se solicita ao
aluno que reconhea o local onde ocorre um fato no final da segunda linha de um
fragmento de conto. assim, esse item focaliza a habilidade 11 (h11), "Identificar elementos que
compem a narrativa", que integra a competncia 6, Localizao de informaes explcitas
em textos. vejamos o item que comum ao 2, 3 e 4 anos do ensino fundamental.
A princesa e o sapo
Era uma vez um palcio em que morava um rei que tinha uma linda filha. Ela gostava de brincar com sua bola de ouro nos jardins, bem perto do lago.
Um dia, a bola caiu no lago para grande pesar da princesinha.A, apareceu um sapo e disse princesa que iria recuperar a bola em
troca de um beijo.Belli, Roberto. Coleo as melhores fbulas. Ed.Brasileitura (fragmento).
AL0526MG
Onde a princesa gostava de brincar?
Dentro do lago.
Dentro do palcio.
No jardim do palcio.
No reino distante.
INSTRUES PARA O APLICADOR
ATENO:Ler para o aluno APENAS a instruo. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.
MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com o texto, as questes e as alternativas.
DIZER: Leia o texto e responda s questes.
O fragmento de texto apresentado para leitura
possui pequena extenso e inicia-se com a
tradicional frmula de contos de fadas, o era uma
vez..., que remete o leitor ao universo distante
e mgico do faz-de-conta. O fragmento possui
tambm uma estrutura narrativa simples, com
apresentao do cenrio e das personagens.
as caractersticas desse texto e o fato de a
informao a ser localizada (o lugar/espao em
que determinada ao se desenrola) estar na
segunda linha facilitam a resposta ao item.
como esse item tambm foi aplicado nos testes
amostrais destinados a alunos do 2 e do 4 ano,
cabe analisar os percentuais de acerto em cada
um desses momentos da escolarizao.
24 Proalfa 2012
-
Os resultados apontaram que essa habilidade
j comea a apresentar um nvel satisfatrio de
acerto no 2 ano, em que praticamente 80% dos
alunos com nvel de proficincia superior a 450
respondem corretamente ao item. esse percentual
se amplia significativamente no 3 ano, com 89%
dos alunos acertando o item (um aumento de 9%),
e apresenta um ganho menor no 4 ano, com 93%
dos alunos marcando a alternativa correta (cerca
de 4% de aumento). esses altos percentuais de
acerto apontam para a consolidao da habilidade
focalizada no item pela maioria dos alunos dos
anos de escolaridade avaliados.
Quanto a propostas de interveno para os alunos
deste padro, sugere-se que seja intensificado o
trabalho com habilidades relativas aquisio da
conscincia fonolgica, a qual condio para a
plena alfabetizao. assim, alm de trabalhar com
a contagem do nmero de slabas de uma palavra
(especialmente de palavras monosslabas e
polisslabas, que tendem a ser mais difceis para os
alfabetizandos contarem), com a identificao de
slabas de diversos padres (cv, cvc, ccv, v, vc...)
e em diferentes posies (inicial, medial e final),
sugere-se a nfase em fonemas, especialmente
em fonemas em incio de palavra.
Todo esse trabalho com habilidades relativas
conscincia fonolgica tende a favorecer a
aprendizagem do princpio alfabtico, j que
esse princpio tem como referncia a relao
fonema-grafema: de maneira geral, o nmero e
a posio das letras escritas em uma palavra so
determinados pelo nmero e pela posio dos
sons pronunciados para produzir tal palavra. Por
exemplo, a palavra bota escrita com os quatro
grafemas/letras exatamente nesta sequncia,
porque sua pronncia se faz com quatro sons/
fonemas nesta ordem: [b], [o], [t], [a].
Ressalta-se que o enfoque na slaba ou no
fonema deve ser feito a partir de textos lidos
e efetivamente compreendidos pelos alunos.
Destaca-se a importncia de selecionar/
priorizar textos curtos e de gneros variados
que apresentam sonoridade ou tambm aqueles
que, de algum modo, favorecem a percepo do
aluno por apresentarem certa regularidade de
estruturas silbicas que, por vezes, aparecem em
diferentes posies na palavra. entre tais textos,
citamos as parlendas, trava-lnguas, poemas,
rimas e cantigas. Quando bem explorados,
na modalidade oral ou escrita, esses textos
constituem boas estratgias de aprendizagem
para que os alunos percebam as mais diversas
estruturas sonoras (fonema, slaba, rima...) da
nossa lngua.
Neste Padro de Desempenho, definitivamente,
as habilidades relativas ao reconhecimento da
palavra como unidade grfica competncia
4 (c4) - precisam ser consolidadas. Isso porque
essas habilidades so mais elementares, no
demandando que o aluno j esteja lendo e
escrevendo convencionalmente. Recomenda-se,
por exemplo, que o professor trabalhe com textos
curtos, de gneros familiares e adequados ao
universo infantil (como parlendas e quadrinhas),
transcrevendo esses textos com letras maiores e
de forma a dar um maior espao entre as palavras,
a fim de facilitar a contagem dos vocbulos
pelos estudantes.
como os alunos deste Padro esto apenas
comeando a ler textos, limitando-se a localizar
informao explcita no incio de textos curtos e de
gneros familiares, fundamental ampliar a interao
dos estudantes com a diversidade de gneros textuais
de menor, mas tambm de maior extenso. com
esses textos, deve-se comear a ensinar habilidades
mais complexas de leitura a esses alunos, como a
inferncia de informao em um texto e a identificao
do assunto de um texto.
Uma ltima recomendao importante a ser
feita nesse padro o trabalho com portadores
de textos autnticos organizados em ordem
alfabtica (como o uso de dicionrios, agendas,
lista telefnica), observando-se o modo como
esses portadores so utilizados na vida social.
essa habilidade que ainda no est consolidada
neste padro deve ser trabalhada desde o incio
do processo de alfabetizao.
Revista Pedaggica 25
-
RECOMENDADO Acima de 500 pontos
Nesse Padro tambm, os aprendizes demonstram
ter ampliado as habilidades de leitura: estabelecem
relaes de causa e consequncia; formulam
hipteses sobre o assunto de um texto a partir do
ttulo; identificam um referente de um pronome
(reconhecem a quem ou a que se refere um
pronome), uma elipse1 ou uma expresso definida
com antecedente prximo, em textos de curta e
mdia extenso.
Revista Recreio. So Paulo: Editora Abril, ano 11, n.532, 20/05/2010, p. 12. (AL862MG_SUP)
AL863MG
Qual o assunto desse texto?
Como eram as pessoas na Grcia.
Dentes estragados provocam mau hlito.
Origem e histria da escova de dente.
Usos de pelo do porco por pessoas.
INSTRUES PARA O APLICADORATENO:Ler para o aluno APENAS a instruo. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.
MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com o texto, as perguntas e as alternativas.
DIZER: Leia o texto e responda s perguntas a seguir.
a seguir, analisamos dois itens que ilustram esse padro, o qual apresenta uma faixa
maior de proficincia do que os outros. O primeiro item analisado, aplicado no 2, 3 e
4 ano do ensino fundamental, focaliza a habilidade 13 (h13), Identificar assunto de texto,
que integra a competncia 7, Interpretao de informaes implcitas em texto:
1 Segundo o Dicionrio
Houaiss da lngua Portuguesa
(verso digital 3.0), elipse
a supresso de um termo
que pode ser facilmente
subentendido pelo contexto
lingustico ou pela situao (p.
ex.: meu livro no est aqui,
[ele] sumiu!).
26 Proalfa 2012
-
O item apresenta um texto do gnero curiosidade,
de mdia extenso, que o aluno precisou ler
integralmente, uma vez que a habilidade em foco
(identificar assunto de texto) exige compreenso
global do texto lido para identificar a ideia central.
alm da leitura integral do texto, foi necessrio
que o aluno tambm lesse integralmente as
alternativas, sendo que os distratores traziam
informaes presentes no texto, para que o aluno
analisasse qual alternativa apresentava uma
sntese do que foi lido.
Os percentuais de acerto desse item nos diferentes
anos de escolaridade avaliados pelo Proalfa merecem
ateno. No 2 ano, o ndice de acerto foi de 53%; j
no 3 ano, esse ndice subiu para 63%. assim, do 2
para o 3 ano, verifica-se um crescimento importante,
de cerca de 10%. entretanto, essa evoluo no se
verifica entre o 3 e 4 ano que apresenta 65% de
acerto. O percentual no 4 ano tem um acrscimo
de apenas 2%, o que estatisticamente pode ser
considerado insignificante.
esse dado indicia que as esperadas evoluo
e consolidao da habilidade no ocorrem no
4 ano, o que aponta para a necessidade de um
trabalho mais sistematizado com habilidades
dessa natureza, inclusive a partir da proposio
de textos mais complexos, tanto do ponto de vista
do gnero, como do grau de familiaridade do
tema/assunto, da sintaxe2, entre outros aspectos.
verifica-se, assim, a necessidade de avano na
habilidade de identificar assunto de textos de
pequena e mdia extenso, mesmo porque o
maior percentual de acerto (65% no 4 ano) indica
que ainda h muitos alunos que ainda necessitam
desenvolver essa habilidade.
vejamos agora o segundo item analisado neste padro, o qual tambm comum ao 2, 3 e 4 anos do
ensino fundamental. O item focaliza a habilidade 24 (h24), "Reconhecer finalidade de gneros textuais
diversos", que integra a competncia 10, Implicaes do gnero e do suporte na compreenso de textos.
2 Em relao ao texto, empregamos o termo
sintaxe com o sentido de um dos componentes
do sistema de uma lngua. De maneira simplificada,
podemos dizer que esse componente determina as
relaes entre palavras, frases e/ou pargrafos em
um texto; refere-se organizao desses elementos
no texto. Assim, por exemplo, geralmente, enquanto
na sintaxe de gneros de linguagem formal (como a
reportagem), utilizam-se mais oraes subordinadas
(e, por consequncia, conjunes subordinativas), na
sintaxe de gneros de linguagem informal (como o
bilhete), utilizam se oraes coordenadas, muitas
vezes, sem a presena de conjuno para interlig-
las (exemplo de um bilhete: Me, t na casa da
lucinha. volto mais tarde. No me espera. bjs, Nana.).
Revista Pedaggica 27
-
AL869MG
SYLVIA ORTHOF nasceu no Rio de Janeiro, em 1932, de pais austracos. Ainda jovem, ingressou no Teatro do Estudante, frequentando mais tarde o curso de mmica de Marcel Marceau, na Escola de Arte Dramtica de Paris. Escreveu peas para teatro de bonecos e depois para teatro infantil, onde seus trabalhos ganharam concursos e prmios. Comeou a criar histrias para a revista Recreio e no parou mais. Publicou muitos livros, alguns ilustrados por ela prpria, e ganhou muitos prmios. Sylvia faleceu em 1997, em Petrpolis, Rio de Janeiro, onde morou nos ltimos anos de vida.
Biografia da autora. ORTHOF, Sylvia. Chora no! Ilustraes de Fernando Nunes. 2 ed. So Paulo: Cdice, 2007 (AL869MG_SUP)
Esse texto serve para
contar a histria de um livro infantil.
convencer as pessoas a comprar um livro.
fazer propaganda de um livro de histria.
mostrar um pouco da vida de uma escritora.
INSTRUES PARA O APLICADOR
ATENO:Ler para o aluno APENAS a instruo. Repetir a leitura, no mximo, uma vez.
MOSTRAR:Para o aluno o cartaz com o texto, a questo e as alternativas.
DIZER: Leia o texto e responda questo.
O texto apresentado para leitura uma biografia.
Para responder ao item, o aluno precisou ler o texto
e todas alternativas, uma vez que o gabarito a
letra D. como pode ser observado, os distratores
apresentam elementos do texto. Desse modo, o
item tambm avaliou a compreenso global do
texto lido. esses aspectos, certamente, tornaram o
item mais difcil para os alunos.
Diferentemente do que se observou em relao
ao reconhecimento do assunto na anlise do item
anterior, a habilidade de identificar a finalidade
de um texto se configura com maior amplitude
nos diferentes anos de escolaridade avaliados.
verifica-se 60% de acerto ao item j no 2 ano, 73%
no 3 e 80% no 4 ano.
como proposta de interveno pedaggica para
esse padro, recomenda-se o trabalho intenso
com habilidades de leitura mais complexas.
importante garantir interaes sistemticas com
textos de diferentes gneros, veiculados em
diferentes suportes e tambm pertencentes a
diferentes domnios discursivos ( jornalstico,
publicitrio, literrio, pessoal...). esse trabalho
deve focalizar tanto o reconhecimento de diversos
28 Proalfa 2012
-
gneros e seus modos de organizao quanto as
suas finalidades e locais de circulao.
Os alunos deste padro ainda precisam continuar
se desenvolvendo em muitas habilidades de
leitura como as de: inferir informao em um texto,
identificar elementos da narrativa (especialmente,
o conflito gerador), reconhecer a ordem alfabtica
tendo em vista seus usos sociais e reconhecer
efeitos de sentido no emprego de notaes
grficas em um texto. Recomenda-se que a
seleo de materiais escritos seja orientada para o
desenvolvimento dessas habilidades. importante
promover a diversificao de situaes de leitura
no trabalho com tais habilidades, de modo a criar
momentos de leitura individual, em duplas, coletiva
e mediada ou no pelo professor. Deve-se visar a
uma leitura cada vez mais autnoma pelo aluno.
at pelo que foi discutido em relao ao ltimo
item aqui analisado, fica clara a necessidade de
trabalho com as diferentes possibilidades de uso
da linguagem (nas modalidades oral e escrita da
lngua), especialmente com aquelas relacionadas
ao contexto e aos interlocutores.
No que tange aos contextos de interao atravs
da linguagem, h que se observar a necessidade
de trabalho com diferentes situaes de
interlocuo: quando se escreve um bilhete ou se
troca mensagens pelo celular; em uma conversa
informal entre amigos ou com o diretor da escola;
em uma apresentao de trabalho; na redao
de uma lista de compras; entre outras situaes
e usos de gneros que se constituem na vida
social. essas diferentes situaes de interao
circunscrevem, tambm, o grau de formalidade e
informalidade da interao que est relacionado
a hbitos socioculturais dos grupos de falantes,
faixa etria etc. essas dimenses precisam
ser consideradas no ensino, inclusive no que
diz respeito linguagem oral que, em alguns
contextos, demanda o uso de linguagem formal e
o planejamento da fala.
vale ressaltar, ainda, a necessidade de observar
que, nesse Padro, habilidades de identificao
de tese e argumento esto se constituindo, e a
identificao do uso de pontuao expressiva
bastante inicial. esse dado remete para a
importncia de focalizar gneros textuais com
maior grau de complexidade e de diferentes
esferas discursivas que permitam aos alunos a
ampliao e consolidao dessas habilidades.
Nesse caso, podem-se propor situaes em que
os alunos expressem sua percepo sobre os
textos lidos e a compreenso desses textos.
Tal estratgia possibilita a defesa do ponto de
vista por parte dos alunos, a explicitao de o
que entendeu, de diferentes opinies a partir do
material de leitura. Desse modo, a construo de
significados ocorre na interao com o outro leitor
e se amplia na medida em que diferentes pontos
de vista ou de interpretao so explicitados e
podem ser argumentados.
Revista Pedaggica 29
-
DIRETORIA DE AvAlIAO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DAvEGABRIELA DOS SANTOS PIMENTA LIMA
EQUIPE TCNICA: ARLAINE APARECIDA DA SILVA
DRIO FAUSTO DE SOUZALUCIANA FONSECA RIBEIRO BARBOSA
ROSENEY GONALVES DE MELO
DIRETORIA DE AvAlIAO DA APRENDIzAgEM DAAPMARINEIDE COSTA DE ALMEIDA DE TOLEDO
EQUIPE TCNICA:LIDA FERREIRA MARTINS
LLIA BORGES REGOROSANA CLEIDE DA SILVA GONALVES
SUELY DA PIEDADE ALVES
-
DIRETORIA DE AvAlIAO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DAvEGABRIELA DOS SANTOS PIMENTA LIMA
EQUIPE TCNICA: ARLAINE APARECIDA DA SILVA
DRIO FAUSTO DE SOUZALUCIANA FONSECA RIBEIRO BARBOSA
ROSENEY GONALVES DE MELO
DIRETORIA DE AvAlIAO DA APRENDIzAgEM DAAPMARINEIDE COSTA DE ALMEIDA DE TOLEDO
EQUIPE TCNICA:LIDA FERREIRA MARTINS
LLIA BORGES REGOROSANA CLEIDE DA SILVA GONALVES
SUELY DA PIEDADE ALVES
REITOR DA UNIvERSIDADE FEDERAl DE JUIz DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO
COORDENAO gERAl DO CAEdLINA KTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
COORDENAO TCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALCIOS DA CUNHA E MELO
COORDENAO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES
COORDENAO DE ANlISES E PUblICAESWAGNER SILVEIRA REZENDE
COORDENAO DE INSTRUMENTOS DE AvAlIAORENATO CARNABA MACEDO
COORDENAO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA
COORDENAO DE OPERAES DE AvAlIAORAFAEL DE OLIVEIRA
COORDENAO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE
COORDENAO DE PRODUO vISUAlHAMILTON FERREIRA
RESPONSvEl PElO PROJETO gRFICOEDNA REZENDE S. DE ALCNTARA
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UNIvERSIDADE FEDERAl DE MINAS gERAISREITOR
CLLIO CAMPOLINA DINIZ
vICE-REITORAROCKSANE DE CARVALHO NORTON
PR-REITORIA DE ExTENSOPR-REITOR
JOO ANTNIO DE PAULA
PR-REITORA ADJUNTA DE ExTENSOMARIA DAS DORES PIMENTEL NOGUEIRA
FACUlDADE DE EDUCAODIRETORA
SAMIRA ZAIDAN
vICE-DIRETORAMARIA CRISTINA SOARES GOUVA
CENTRO DE AlFAbETIzAO, lEITURA E ESCRITA (CEAlE)DIRETORA
MARIA ZLIA VERSIANI MACHADO
vICE-DIRETORAISABEL FRADE
EQUIPE DE AvAlIAO CEAlEEQUIPE DE ElAbORAO DA REvISTA PEDAggICA PROAlFA / 2012
GLADYS ROCHA (COORDENADORA)KELY CRISTINA NOGUEIRA SOUTO
MARIA JOS FRANCISCO DE SOUZANEIVA COSTA TONELI
PAULA DE ALCNTARA SILVA LIMARAQUEL MRCIA FONTES MARTINS
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UNIvERSIDADE FEDERAl DE MINAS gERAISREITOR
CLLIO CAMPOLINA DINIZ
vICE-REITORAROCKSANE DE CARVALHO NORTON
PR-REITORIA DE ExTENSOPR-REITOR
JOO ANTNIO DE PAULA
PR-REITORA ADJUNTA DE ExTENSOMARIA DAS DORES PIMENTEL NOGUEIRA
FACUlDADE DE EDUCAODIRETORA
SAMIRA ZAIDAN
vICE-DIRETORAMARIA CRISTINA SOARES GOUVA
CENTRO DE AlFAbETIzAO, lEITURA E ESCRITA (CEAlE)DIRETORA
MARIA ZLIA VERSIANI MACHADO
vICE-DIRETORAISABEL FRADE
EQUIPE DE AvAlIAO CEAlEEQUIPE DE ElAbORAO DA REvISTA PEDAggICA PROAlFA / 2012
GLADYS ROCHA (COORDENADORA)KELY CRISTINA NOGUEIRA SOUTO
MARIA JOS FRANCISCO DE SOUZANEIVA COSTA TONELI
PAULA DE ALCNTARA SILVA LIMARAQUEL MRCIA FONTES MARTINS
mINaS geRaIS. Secretaria de estado de educao.
SImave/PROaLfa 2012 / Universidade federal de Juiz de fora, faculdade de educao, caed.
v. 1 ( jan/dez. 2012), Juiz de fora, 2012 anual
LIma, Paula de alcntara Silva; maRTINS, Raquel mrcia fontes; ROcha, gladys (coord.); SOUTO, Kely cristina Nogueira; SOUza, maria Jos francisco de; TONeLI, Neiva costa.
contedo: Revista Pedaggica.
ISSN 1983-0157
cDU 373.3+373.5:371.26(05)
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SIMAVEPROALFA 2012
Revista Pedaggica
3 ano do Ensino Fundamental
Secretaria de Estado de Educao