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FRANCISLAYNE MANCHINI PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS PARA FAVORECER A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO Londrina 2014

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FRANCISLAYNE MANCHINI

PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS PARA

FAVORECER A INCLUSÃO DE ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR:

UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Londrina

2014

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FRANCISLAYNE MANCHINI

PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS PARA

FAVORECER A INCLUSÃO DE ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR:

UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Pedagogia, da

Universidade Estadual de Londrina, como

requisito parcial para obtenção do título

de Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Profa. Dra. Célia Regina

Vitaliano.

Londrina

2014

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FRANCISLAYNE MANCHINI

PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS PARA

FAVORECER A INCLUSÃO DE ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR:

UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Pedagogia, da

Universidade Estadual de Londrina, como

requisito parcial para obtenção do título

de Licenciada em Pedagogia.

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________ Profa. Dra. Célia Regina Vitaliano

Universidade Estadual de Londrina

______________________________________

Profa. Dra. Karen Ribeiro Universidade Estadual de Londrina

______________________________________ Profa. Dra.Josiane Junia Facundo

Universidade Estadual de Londrina

Londrina, ____ de maio de 2014.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente, pela vida e, depois, por sempre iluminar o meu caminho e direcionar a minha vida. À minha orientadora, Profa. Dra. Célia Regina Vitaliano, pelas orientações, pela paciência e pelas contribuições ao trabalho. Ao meu amado esposo, Jheyson, que me apoiou em todos os momentos, pelo carinho e amor que me proporcionou e por estar sempre pronto a me ajudar. À minha família: meus pais, Valdir e Vera, e meu irmãos, Josiane e Leandro, que sempre torcem por mim e me apoiam. Á minha amiga Gabriela e ao meu amigo Diofer, pelas vivências durante esses cinco anos do curso. Enfim, a todos que direta e indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. MUITO OBRIGADA!

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MANCHINI, Francislayne. Procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos com deficiência intelectual no ensino regular: um estudo bibliográfico. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014.

RESUMO

A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais embora, disposta como direito legal que prevê o acesso, a permanência e o sucesso no processo de escolarização na classe comum da escola regular, ainda é um desafio para muitos professores em todos os níveis de ensino, considerando que a maioria encontra dificuldades para efetivar tal processo. Em vista disso, o presente trabalho tem como objetivo principal identificar por meio da revisão da literatura da área especializada, as recomendações referentes aos procedimentos pedagógicos indicados para favorecer a inclusão de alunos com deficiência intelectual (DI). Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico junto ao banco de teses e dissertações, da CAPES, e também em capítulos de livros e periódicos da área de Educação e Educação Especial que tratam do processo de inclusão escolar de alunos com DI publicados entre os anos de 2005 e 2012. Foram analisados ao todo 35 obras, divididas em 10 dissertações de mestrado e 3 teses de doutorado,5 capítulos de livros e 17 periódicos. Os dados obtidos foram organizados em 9 categorias. Os resultados obtidos evidenciaram que os principais procedimentos indicados para favorecer a inclusão dos alunos com DI são: aprendizagem cooperativa, flexibilização e adaptações curriculares, socialização, interação e mediação, escrita e leitura, planejamento, atividades lúdicas, avaliação da aprendizagem e procedimentos para favorecer a aprendizagem de conceitos matemáticos. Consideramos que o presente estudo ao organizar conhecimentos referentes a procedimentos educacionais para favorecer a inclusão de alunos com DI, contribui para indicar ao professor possíveis caminhos a serem seguidos que podem favorecer a participação e a aprendizagem de alunos com DI.

Palavras-chave: Educação Inclusiva. Formação de professores. Deficiência intelectual. Procedimentos Pedagógicos.

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MANCHINI, Francislayne. Pedagogical procedures to favor the inclusion of students with intellectual disabilities in regular schools: a study bibliographic. 2014. Conclusion of course work (Undergraduate in Pedagogy.) - State University of Londrina, Londrina, 2014.

ABSTRACT

The school inclusion of students with special educational needs although, arranged as a legal right that provides for access, permanence and success in the schooling process in the common class of regular school, is still a challenge for many teachers at all levels of education, considering most find it difficult to ensure such a process. In view of this, this paper aims to identify through the literature review of the specialized area, the recommendations relating to educational procedures in order to promote the inclusion of students with intellectual disabilities (DI). To this end, we performed a bibliographic survey of the bank theses and dissertations, CAPES, and in book chapters and journals in the field of Education and Special Education dealing with the school inclusion of students with DI process published between the years 2005 and 2012. Were analyzed 35 works in all, divided into 10 dissertations and doctoral theses 3, 5 chapters in books and 17 periodicals. The data were organized into 9 categories. The results showed that the main procedures in order to promote the inclusion of students with ID are: cooperative learning, curricular adaptations and flexibility, socialization, interaction and mediation, reading and writing, planning, play activities, learning assessment and procedures for enhancing learning mathematical concepts. We believe that this study, in organizing knowledge related to educational procedures to facilitate the inclusion of students whit DI, helps to indicate the possible paths to follow that teacher can encourage participation and learning of students with DI. Keywords: Inclusive Education. Teacher education. Intellectual disabilities Pedagogical procedures.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 9

2.1 Educação inclusiva e as políticas educacionais inclusivas no Brasil ............. 9

2.2 Formação de professores para a educação inclusiva .................................. 11

2.3 Procedimentos pedagógicos ........................................................................ 15

2.4 Caracterização da Deficiência Intelectual .................................................... 16

3 MÉTODO ................................................................................................................ 20

3.1 Caracterização da pesquisa ......................................................................... 20

3.2 Procedimentos de coleta de dados .............................................................. 20

3.3 Tratamento dos dados coletados ................................................................. 21

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 23

4.1 Procedimentos de aprendizagem cooperativa: aluno - aluno e professor especialista e da classe comum ......................................................................... 23

4.2 Procedimentos de flexibilizações e adaptações curriculares ....................... 26

4.3 Procedimentos que visam à socialização de alunos com DI ........................ 28

4.4 Procedimentos indicados para Interação e Mediação positiva dos professores com alunos com DI ......................................................................... 30

4.5 Procedimentos para favorecer o desenvolvimento da escrita e leitura ....... 32

4.6 Procedimentos de avaliação da aprendizagem ............................................ 34

4.7 Conhecer os interesses dos alunos com DI para realizar o planejamento das atividades ........................................................................................................... 35

4.8 Utilização de atividades lúdicas ................................................................... 36

4.9 Procedimentos para favorecer a aprendizagem de conceitos matemáticos para alunos com DI ............................................................................................ 37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 38

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41

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1 INTRODUÇÃO

A inclusão de alunos com deficiência intelectual (DI) no sistema

regular de ensino e a formação de professores para atuar com esses alunos em

sala de aula requerem certos conhecimentos referentes à proposta de inclusão que

podem contribuir para a capacitação docente. O grande desafio está em criar

condições, buscar recursos e estratégias que favoreçam a participação e o

aprendizado dos alunos e, principalmente, oferecer uma educação de qualidade.

Nessa perspectiva, o presente trabalho busca identificar os

procedimentos pedagógicos indicados pela literatura da área de Educação e

Educação Especial que favorecem a inclusão de alunos com DI na educação

regular nos diferentes níveis de ensino. Considerando a necessidade de promover

estudos sobre tais procedimentos, esta pesquisa partiu da seguinte questão: Quais

são os procedimentos pedagógicos que podem ser utilizados pelos professores na

sala de aula comum para favorecer o processo de inclusão escolar de alunos com

deficiência intelectual?

Considera-se importante a realização deste trabalho na medida em

que trará conhecimentos aprofundados em uma revisão da literatura a respeito dos

procedimentos pedagógicos que possam favorecer a inclusão de alunos com DI no

ensino regular, pois se acredita que existem diversas estratégias e procedimentos

pedagógicos de ensino que, junto com outros fatores, ajudam na aprendizagem de

alunos com DI e, consequentemente, contribuem para a sua inclusão quando bem

aplicados.

Tendo em vista o objetivo proposto, este trabalho foi estruturado da

seguinte maneira: No primeiro capítulo, aborda-se a contextualização da educação

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inclusiva e as políticas educacionais que a regem, a caracterização da deficiência

intelectual e as necessidades educacionais especiais. Além desses tópicos, são

apresentadas análises acerca da importância do saber fazer do professor em

relação a procedimentos pedagógicos específicos a serem utilizados na classe

comum em que há alunos com DI. No segundo capítulo, descreve-se o método

escolhido para desenvolver a pesquisa, a descrição dos procedimentos adotados

para sua realização, bem como o processo de tratamento dos dados coletados. No

terceiro capítulo, discutem-se os resultados da pesquisa. Por fim, são expostas as

considerações finais a respeito do trabalho realizado.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Educação inclusiva e as políticas educacionais inclusivas no Brasil

A educação inclusiva na sociedade contemporânea apresenta-se

como uma ação que demanda estudos, pesquisas e políticas públicas, pois incluir

não diz respeito somente à inserção, nas escolas regulares, de pessoas com

necessidades educacionais especiais (NEE), a escola inclusiva é aquela que atende

a todos os alunos. Segundo a Declaração de Salamanca (1994, p.5):

O principio fundamental da escola inclusiva é de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à (sic) todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola. (BRASIL, 1994, p.5).

A proposta de educação inclusiva surge no cenário educacional

como uma nova perspectiva que, além de rever concepções a respeito de ensino,

reconsidera a Legislação que a ampara e levanta vários questionamentos acerca do

saber e do fazer dos professores, os quais são levados a se questionar a respeito

dos saberes necessários para trabalhar com alunos com NEE e de que forma

proceder em relação às dificuldades e potencialidades apresentadas nesse contexto.

No caso, considera-se fundamental a formação específica dos professores para

trabalhar com a educação inclusiva em diferentes níveis de ensino.

Acredita-se na importância de realizar estudos com discussões

sobre a formação docente na medida em que contribuem para a construção do

conhecimento referente à inclusão e o professor reflita em suas práticas

pedagógicas nas escolas do ensino regular.

Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), “(...) o movimento mundial pela inclusão é

uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito

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de todos os alunos de estarem juntos aprendendo e participando, sem nenhum tipo

de discriminação”. No documento, a educação inclusiva constitui-se um paradigma

educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga

igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia

de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da

exclusão dentro e fora da escola (BRASIL, 2008).

A educação inclusiva é um processo que amplia a participação de

todos os alunos com NEE no ensino regular, independentemente das condições

físicas, biológicas, econômicas, culturais e sociais dos sujeitos. Isso visando a

promover seu acesso e permanência na classe comum do sistema regular de

ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de

todos.

Para Glat (2007), o pré-requisito para a inclusão educacional de

alunos com NEE é a constituição de espaços escolares acessíveis a todos e que

lhes permitam circular livremente e participar, junto com os demais, de todas as

atividades acadêmicas e também atividades fora da escola. Ressalta-se a

importância das adaptações e a criação de recursos materiais e estratégias de

ensino que garantam as condições necessárias de acesso ao currículo para esses

alunos, visando à sua autonomia e ao seu desenvolvimento acadêmico, psicológico

e social.

A proposta de educação inclusiva implica, portanto, um processo de

reestruturação de todos os aspectos constitutivos da escola, envolvendo a gestão de

cada unidade e os próprios sistemas educacionais.

Rodrigues (2008) considera que, na Educação Inclusiva, a

preocupação central deve ser a de remover as barreiras escondidas que muitas

vezes existem nas escolas, como: as condições de acessibilidade, da organização

escolar e do currículo. Tais barreiras impedem a inclusão dos alunos com NEE.

Para o referido autor, os recursos necessários para a escola se

tornar inclusiva são diversos, como: desenvolvimento de programas de formação em

serviço que qualifiquem os professores para trabalharem de forma inclusiva e a

disponibilização de recursos materiais. Ambos são importantes para responder com

qualidade à diversidade discente que existe nas salas de aulas brasileiras.

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O mesmo autor, também traz exemplos de recursos materiais e recursos

humanos para atender esses alunos que são:

Os meios informáticos que permitem em alguns casos (paralisia cerebral e cegueira) diminuir sensivelmente os problemas que a deficiência coloca à escolarização, e o acréscimo de recursos humanos que é também importante para o desenvolvimento de uma política de educação inclusiva não deve haver a tentação, por parte dos sistemas educativos, de pensar que a educação inclusiva é uma forma de baratear a educação. As escolas, para poderem responder competentemente à diversidade dos alunos, necessitam dispor de recursos que, em última instância, as possam tornar concorrenciais com o nível de atendimento das escolas especiais. (RODRIGUES, 2008, p. 38).

Essas análises fazem considerar que a educação inclusiva deve ser

mediada pelo professor, pois ela depende de como os indivíduos envolvidos no

processo de ensino e aprendizagem se relacionam. Depende também do modo

como o professor se esforça e busca conhecimentos para trabalhar com seus

alunos, colaborando com o processo de aprendizagem desses, especialmente no

caso de estudantes com deficiência intelectual. Assim, o professor deve buscar

conhecimentos acerca dos saberes e fazeres docentes no processo de inclusão na

escola, também precisa empregar estratégias pedagógicas e recursos didáticos

adaptados para cada necessidade específica, entre outros aspectos necessários.

Nessa perspectiva, exploram-se questões inerentes ao tema central

deste estudo: a formação do professor para promover a inclusão de alunos com

necessidades educacionais especiais no ensino regular, destacando apontamentos

da literatura atual acerca dos procedimentos pedagógicos considerados necessários

para a adequada efetivação desse processo.

2.2 Formação de professores para a educação inclusiva

Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação

Básica (BRASIL, 2001), os alunos com necessidades educacionais especiais serão

atendidos em salas comuns de ensino e, quando for necessário, receberão serviço

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de apoio especializado no ambiente escolar. O mesmo documento assegura aos

estudantes com necessidades educacionais especiais currículos, métodos, técnicas

e recursos pedagógicos que contemplem suas necessidades, como também

professores preparados para trabalhar com esses alunos com condições adequadas

de inclusão. Nesse caso, docentes com especialização em nível médio ou superior,

para atendimento especializado, e do ensino regular, todos capacitados para a

integração desses alunos nas classes comuns. Sobre as necessidades de formação

dos professores da classe comum, Nozi (2013, p. 38) aponta:

A necessidade de uma formação que proporcione aos professores condições de serem protagonistas de suas práticas pedagógicas de maneira critica, reflexiva e contextual, a ponto de perceberem que os processos que vivenciam em sala de aula são reflexos de um contexto mais amplo, que envolve, dentre tantas outras questões objetivas, ideologias e utopias, direitos e deveres.

Logo, torna-se necessário que os cursos de formação de professores

trabalharem conteúdos e experiências com o processo de inclusão dos alunos com

NEE contemplando conhecimentos específicos em diversas dimensões,

especialmente aquelas relacionadas às atitudes, aos saberes teóricos e

metodológicos e aos saberes práticos referentes ao saber fazer do professor no

contexto da sala de aula (RODRIGUES, 2008). Isso porque, diante da entrada de

alunos com NEE nas escolas, muitos docentes alegam sentir grande dificuldade da

prática inclusiva, sobretudo pelo despreparo decorrente da precariedade da

formação oferecida em cursos de graduação. Considerando isso, faz-se necessária

uma formação continuada desses profissionais para que eles possam trabalhar, no

ensino regular, com alunos que apresentam NEE no ensino regular, a fim de que os

docentes adquiram novos conhecimentos, exponham suas dúvidas e conheçam

como utilizar recursos, procedimentos e estratégias de ensino para atender às

peculiaridades desses alunos.

Goés (2002), ao se referir aos cursos de licenciatura, observa a falta

de preparo dos futuros professores com relação à educação inclusiva, o que torna

frágil a qualidade da educação para o aluno com NEE, haja vista a ausência de um

trabalho pedagógico que atenda às reais necessidades do aluno deixá-lo à margem

do processo de ensino. Assim, a autora aponta como um grande desafio para esses

futuros profissionais o desenvolvimento do trabalho em sala de aula com a educação

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diferenciada necessária para seus alunos especiais.

Para Martins (2006), as escolas que adotam o paradigma da

inclusão são desafiadas a se reestruturarem, tornando-se mais responsivas às

necessidades dos alunos, porque o ensino inclusivo busca repensar a escola no

sentido de promover mudanças em sua organização e na maneira como os

profissionais da educação percebem os alunos.

Partindo dessa concepção, pode-se considerar que, para atender às

NEE dos alunos, deve-se antes de tudo saber de que maneira a escola está

preparada pedagogicamente para responder as necessidades desses discentes,

pois muitos professores relatam encontrar dificuldades nesse processo, o qual é

visto como um grande desafio que pode gerar satisfações assim como muitas

frustrações.

Nesse caso, devem-se considerar algumas discussões como a

importância do apoio da escola (recursos físicos, humanos, capacitação, entre

outros), dos cursos de aperfeiçoamento e de mais contatos com os especialistas que

fazem o atendimento clínico dos alunos com os professores especializados que

atendem nas salas de recursos, bem como com os professores da classe comum.

Para que esse desafio seja encarado, é necessária a participação de todos, não

somente do professor, mas da escola em geral, da família dos alunos e da

comunidade.

Martins (2006) considera que mudanças significativas na maneira de

perceber e atuar pedagogicamente com os educandos em geral são necessárias

para a efetivação da proposta de educação inclusiva.

[...] A formação dos professores é uma questão que se torna especialmente relevante no momento que a ação docente passa a fazer parte de uma educação regida pelo paradigma da inclusão. Formar indica movimento, continuidade, se realiza numa cultura. O formar-se professor é, ao mesmo tempo, formar-se pessoa. Não se forma professor separado do processo de construção de uma identidade. A formação transcende a apropriação de conhecimentos específicos e o desenvolvimento de habilidades instrumentais para chegar à formação de atitudes. (MARQUEZA, 2005, p. 7).

Na literatura da área especializada, encontramos diversas

concepções e sugestões referentes à formação de professores para favorecer a

inclusão de alunos ensino regular, sobretudo considerando as dificuldades que estes

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relatam sentir quando se deparam com alunos que apresentam NEE em suas salas

de aula e avaliam que seus cursos de graduação não os prepararam para atender

os referidos alunos (RODRIGUES, 2008; VITALIANO, 2010; NOZI, 2013). O

processo de formação deve contribuir para que o professor disponha de

conhecimentos referentes aos saberes e fazeres frente à inclusão de alunos com

NEE. Diante disso, verifica-se a necessidade de estudos mais aprofundados sobre

os procedimentos desenvolvidos em sala de aula, especialmente com alunos com

DI.

Esses apontamentos levam à compreensão de que são muitas as

dificuldades encontradas pelos profissionais da área da educação, e a maior delas

descrita pelos professores faz referência ao que se deve fazer com o aluno em sala

de aula. Por isso, acredita-se que a formação docente para promover a inclusão de

alunos dom NEE no ensino regular pode facilitar esse processo a partir da

implementação de novos conhecimentos nos cursos de licenciatura da área

especializada, como: conhecimentos necessários para atender às necessidades

específicas de cada deficiência; informações acerca do uso de estratégias pedagógicas

e de recursos didáticos.

Em posse de saberes específicos sobre as especificidades educacionais desses alunos, os professores terão a compreensão de que eles podem aprender desde que sejam atendidas as suas necessidades educacionais especiais que se manifestam quando se deparam com o currículo, com os recursos, as sequências e os ritmos de aprendizagem, que são habitualmente trabalhados no ensino regular. (NOZI, 2013, p. 23).

Considerando tais necessidades, esse estudo visa a contribuir com

conhecimentos a respeito de procedimentos pedagógicos que possam favorecer a

inclusão de alunos com DI no ensino regular, pois se identifica, na área especializada,

que os procedimentos pedagógicos inclusivos em conjunto com outros fatores

contribuem para a prática dos professores que atendem os alunos com NEE, inclusive

os alunos com DI, por isso é necessária a busca por conhecimentos referentes a essa

temática, para que se possam analisar os procedimentos pedagógicos inclusivos que

podem ser usados para favorecer a inclusão de alunos com DI no ensino regular.

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2.3 Procedimentos pedagógicos

Segundo Amaro (2009, p. 49), os procedimentos pedagógicos são:

[...] ações/atividades/comportamentos/formas de se organizar e acionar a movimentação da construção do saber, do processo de aprendizado. Eles são articulados e organizados em função dos princípios de educação e das finalidades estabelecidas pela articulação de necessidades/possibilidades/contexto temporal, espacial, cognitivo, afetivo, cultural, social, político, vivido pelos sujeitos envolvidos. (AMARO, 2009).

Na concepção de Mrech (2005), os procedimentos também se fazem

presentes na identificação de necessidades, no planejamento, no acolhimento, na

apresentação e na discussão de temas específicos, na análise de materiais, no

relato de experiências, no registro e na avaliação.

Nesse sentido, julga-se que os procedimentos são fundamentais na

prática do professor, pois são condições criadas por eles para alcançar os objetivos

determinados. Pode-se dizer que os procedimentos pedagógicos fazem parte da

ação do professor, como: planejar; refletir; estabelecer relações; trabalhar

coletivamente; questionar; avaliar e registrar sua prática docente; e realizar

adequações ou adaptações curriculares. São, portanto, alvo de construção

constante na prática docente, pois são múltiplos e possíveis de serem utilizados de

acordo com as necessidades encontradas em cada contexto de ensino-

aprendizagem, visto que é preciso construir novos procedimentos na medida em que

há objetivos a se atingir.

Outros autores, como Castaman (2007) e Figueiredo (2002),

apontam que os procedimentos pedagógicos são utilizados por meio de atos e

recursos e têm como finalidade o alcance dos objetivos de quem iniciou a ação,

esperando-se que os meios sejam adequados e convenientes ao que se pretende.

As discussões referentes aos procedimentos pedagógicos enfatizam

a construção desses para se atingir o objetivo; no caso do presente trabalho, indaga-

se a importância dos procedimentos para a atuação e formação do professor, pois

se acredita que a sua ação reflete na aprendizagem de seus alunos.

Haydt (2000) salienta que os procedimentos de ensino devem

contribuir para que o estudante mobilize seus esquemas operatórios de pensamento

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e participe ativamente das experiências de aprendizagem, observando, lendo,

escrevendo, experimentando, propondo hipóteses, solucionando problemas,

comparando, classificando, ordenando, analisando e sintetizando. Ao se analisar

essa concepção, verifica-se que os procedimentos podem favorecer a participação

do aluno e a sua aprendizagem.

Para tanto, eles devem ser escolhidos de acordo com os objetivos

propostos no processo de ensino e aprendizagem, cabendo ao professor questionar

se é coerente ao conteúdo a ser ensinado, se existe condições físicas no ambiente

no qual o procedimento de ensino será aplicado, e se são compatíveis com as

características dos alunos. Ou seja, o procedimento de ensino deve se adequar à

idade dos alunos, ao seu nível de desenvolvimento, grau de interesse e estar em

conformidade com as suas necessidades educacionais.

A partir das concepções apresentadas, pode-se considerar

como procedimento pedagógico todas as ações que o professor utiliza como meio

para favorecer o processo de aprendizagem de seus alunos em relação ao conteúdo

academicamente determinado. Compreende-se que a forma como

o professor apresenta o conteúdo é de suma importância para o processo de ensino

e aprendizagem, por isso é fundamental que os professores tenham conhecimentos

sobre procedimentos pedagógicos, a fim de que estimulem e orientem seus alunos,

além de promover atividades que possibilitem aprendizagens efetivas.

Rodrigues (2008) relata que a dimensão dos saberes também é

composta pelos aspectos pedagógicos que fundamentam possíveis intervenções do

professor, como os conhecimentos que envolvem o ato de planejar, avaliar, analisar,

registrar e outros, isto é, os procedimentos pedagógicos estão relacionados ao saber

fazer do professor.

2.4 Caracterização da Deficiência Intelectual

A nomenclatura Deficiência Intelectual surge para substituir o termo

deficiência mental, um dos primeiros documentos divulgados com essa

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nomenclatura foi a Declaração de Montreal, no Canadá, publicada em 2004, os

participantes da Conferência Internacional sobre DI, da Organização Pan-americana

de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OPS/OMS), afirmam que “as pessoas

com deficiências intelectuais, assim como os demais seres humanos, têm direitos

básicos e liberdades fundamentais que estão consagradas por diversas convenções,

declarações e normas internacionais" (MONTREAL, 2004, p. 1). Os autores

recomendam ainda incluir

A ‘DEFICIÊNCIA INTELECTUAL’ nas suas classificações, programas, áreas de trabalho e iniciativas com relação à ‘pessoas com deficiências intelectuais’ e suas famílias a fim de garantir o pleno exercício de seus direitos e determinar os protocolos e as ações desta área. (MONTREAL, 2004, p. 06).

Em 2007, a Associação Americana para Deficiência Mental,

denominada como American Association Mental Retardation (AAMR), mudou de

nome e renomeou-se como Associação Americana para as Dificuldades Intelectuais

e Desenvolvimentais (American Association on Intellectual and Desenvolvimental

Disabilities - AAIDD). Autores como Morato e Santos (2007) ressaltam que:

A mudança de paradigma nesse caso traz a seguinte diferença de que não é mais o sujeito pessoa pelas suas características que deve ser objeto de estudo isolado, mas sim e de forma exaustiva, a sua relação no contexto, a sua compatibilidade com as exigências do envolvimento, ou seja, que a variável independente não é mais o sujeito, mas sim, o contexto e sua relação.

Tendo por base as terminologias da área dos transtornos da

aprendizagem e do desenvolvimento, define-se a deficiência intelectual como um

tipo singular de deficiência, com suas características e distinções em relação às

demais deficiências, por isso não se fala em pessoas com deficiências intelectuais,

mas em pessoas com deficiência intelectual.

A AAIDD (2011 apud MORATO, 2012, p. 6) apresenta o termo

Dificuldades Intelectuais e Desenvolvimentais (DID), para as quais são

considerados cinco fatores:

1) As limitações observadas do funcionamento têm de ser consideradas no âmbito do contexto em que o indivíduo se insere, particularmente em função da expectativa cultural que a comunidade tem para a idade dos demais pares do meio envolvente.

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2) Uma avaliação válida tem de integrar a importância da diversidade cultural e linguística, tal como as diferenças observáveis ao nível de fatores fundamentais para uma ampla compreensão da Dificuldade: Comunicação, aspectos sensoriais, motores e adaptativos. 3) Cada pessoa assume-se pelas suas limitações, mas igualmente pelas suas capacidades. 4) Uma importante descrição das limitações implica um plano de desenvolvimento das necessidades de apoio. 5) Com apropriados apoios individualizados durante um determinado período, a funcionalidade da vida de uma pessoa com DID, melhorará de uma forma generalizada.

Segundo Valentim (2011), os apoios são identificados como

mediadores entre o funcionamento do sujeito e as cinco dimensões focalizadas no

modelo teórico. Quando necessários e devidamente aplicados, os apoios

desempenham papel essencial na forma como a pessoa responde às demandas

ambientais, além de propiciarem estímulo ao desenvolvimento e à aprendizagem da

pessoa com deficiência intelectual ao longo de sua vida.

A AAIDD (2011) define deficiência intelectual como um

funcionamento intelectual (QI) inferior à média, havendo limitações significativas das

competências práticas, sociais e emocionais, além de limitações adaptativas em pelo

menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar,

interação social, saúde e segurança, utilização de recursos da comunidade,

autodeterminação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. Outro critério para sua

identificação é a sua manifestação antes dos 18 anos de idade.

Atualmente, a Política Nacional de Educação Especial propõe que

toda população de alunos com DI passem, nos próximos anos, a ser acolhidos na

classe comum com atendimento especializado em salas de recursos e em centros

de atendimento especializado no turno inverso. Esses ambientes devem ser

organizados com base na estrutura já disponível nas escolas especiais (BRASIL,

2008 apud TOLEDO, 2011).

A deficiência intelectual constitui um impasse para o ensino na escola comum e para a definição do seu atendimento especializado, pela complexidade do seu conceito e pela grande quantidade e variedades de abordagens do mesmo, este parece ser o maior desafio da inclusão, pois provoca inúmeras transformações que são necessárias para o ensino escolar como um todo. A entrada do aluno com deficiência intelectual na escola regular, numa perspectiva inclusiva, proporciona um momento diferenciado para a educação brasileira, na medida em que possibilita um processo de criação

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pedagógica na busca de novos procedimentos de ensino, novas estratégias metodológicas capazes de atingirem o potencial de cada um dos alunos, respeitando suas diferenças e levando-os a vencer suas dificuldades. (FALCONI; SILVA, 2002, p. 1).

Nessa perspectiva, Oliveira (2008) aponta que a educação na área

da deficiência intelectual deve atender às especificidades do contexto sem se

desviar dos princípios básicos da educação proposta aos demais indivíduos. Dessa

forma, os princípios da educação inclusiva indicam que os educandos com DI devem

frequentar desde cedo a escola, a qual também deve valorizar os acertos da criança,

trabalhando sobre suas potencialidades para vencer suas dificuldades.

De acordo com Martins (2002), a construção de um sistema inclusivo

resulta de um movimento para assegurar a todos os cidadãos, inclusive aqueles com

deficiência intelectual, a possibilidade de aprender e de conviver dignamente em

uma sociedade diversificada. Dessa maneira, a educação inclusiva configura-se

como um paradigma que compreende a educação como um direito humano

fundamental.

Nesse sentido, a inclusão de alunos com NEE no ensino regular é

uma proposta que garante os mesmos direitos a todos, como o acesso ao

conhecimento e a permanência desses estudantes na escola de forma igualitária.

Porém, ao mesmo tempo em que a Legislação garante que a escola

deve receber e matricular todos os alunos que a procuram, não são propiciadas

condições para que os alunos sejam inseridos e permaneçam com qualidade na

instituição, pois a inclusão daqueles com necessidades educacionais especiais, em

especial os alunos com DI, não depende somente da Legislação, a qual garante o

acesso à escola normal, mas também dos profissionais da educação presentes

dentro das escolas, do currículo adaptado, da estrutura física dos espaços

escolares, das estratégias de ensino, do planejamento escolar, dos procedimentos

pedagógicos, do saber fazer do professor em relação a esses alunos, entre outros.

Esses fatores devem ser pensados e postos em prática para garantir

não somente o acesso dos alunos com DI na classe comum, mas sua permanência

nesse espaço, seu direito como cidadão, o respeito à diversidade, o acesso ao

conhecimento e principalmente a sua aprendizagem, respeitando as limitações, as

dificuldades de cada um e possibilitando a evolução dos alunos com DI frente às

suas necessidades.

Page 21: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

20

3 MÉTODO

3.1 Caracterização da pesquisa

Este estudo foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico

junto ao banco de teses e dissertações da CAPES, capítulos de livros e periódicos

da área de Educação e Educação Especial que tratam do processo de inclusão

escolar de alunos com DI. Os trabalhos datam de 2005 a 2012.

A pesquisa bibliográfica pode ser caracterizada como um tipo de

pesquisa que é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e

publicadas por meios escritos e eletrônicos, as quais permitem ao pesquisador

conhecer o que já se estudou sobre o assunto. As pesquisas científicas que se

baseiam na pesquisa bibliográfica têm o objetivo de recolher informações ou

conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura uma resposta

(FONSECA, 2002, p. 32).

Segundo Marconi e Lakatos (2008, p.57), a pesquisa bibliográfica

abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Sua

finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito

ou filmado sobre determinado assunto.

3.2 Procedimentos de coleta de dados

Iniciou-se a coleta dos dados mediante uma busca sistematizada no

banco de teses e dissertações da CAPES, em páginas eletrônicas de revistas da

área de Educação Especial, na página do Google Acadêmico e em capítulos de

livros, nos quais foram identificados 56 obras que tinham como palavras-chave, em

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21

diferentes combinações: educação inclusiva, formação de professores,

procedimentos pedagógicos e deficiência intelectual. Na sequência, realizou-se a

leitura dos textos completos, para a identificação das sugestões relativas aos

procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão dos alunos com DI.

Posteriormente, foram selecionados 35 obras que se adequavam ao

objetivo da pesquisa, divididas em: 5 capítulos de livros, 10 dissertações de

mestrado, 3 teses e 17 periódicos da área da educação especial.

Em sequência, foi realizada a leitura dos trabalhos e realizada a sua

análise destes, buscando-se identificar os procedimentos pedagógicos que poderiam

ser utilizados para favorecer a inclusão desses alunos na educação regular.

3.3 Tratamento dos dados coletados

Os dados coletados a partir da pesquisa bibliográfica foram

organizados em categorias com base na Análise de Conteúdos, a qual, segundo

Bardin (1977, p. 37), pode ser definida como:

Um conjunto de técnicas da análise das comunicações, visando, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) das mensagens. As inferências podem ser feitas tanto sobre o emissor quanto ao receptor da comunicação, ou seja, sobre a origem da mensagem e do próprio destinatário.

Minayo (2000) ressalta que a Análise de Conteúdo visa a

“ultrapassar o nível do senso comum e do subjetivismo na interpretação e alcançar

uma vigilância crítica em relação à comunicação de documentos, textos literários,

biografias, entrevistas ou observação”.

Além disso, neste trabalho, os dados coletados foram analisados

qualitativamente e foram organizados em categorias. Segundo Valentim (2005), a

análise categorial é uma das técnicas utilizadas para a realização da análise de

Page 23: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

22

conteúdo, que, em seu desencadeamento, divide o discurso em categorias. A

delimitação e os critérios de escolha das categorias são determinados pelos temas

relacionados aos objetos de pesquisa e identificados nos discursos dos sujeitos

pesquisados.

As categorias organizadas foram: Procedimentos de aprendizagem

cooperativa: aluno-aluno e professor especialista e da classe comum e outros

profissionais; Procedimentos de flexibilizações e adaptações curriculares;

Procedimentos que visam à socialização de alunos com DI; Procedimentos

indicados para Interação e Mediação positiva dos professores com alunos com DI;

Procedimentos para favorecer o desenvolvimento da escrita e da leitura;

Procedimentos de avaliação da aprendizagem; Conhecimentos a respeito dos

interesses dos alunos com DI para realizar o planejamento das atividades; Utilização

de atividades lúdicas; Procedimentos para favorecer a aprendizagem de conceitos

matemáticos para alunos com DI.

Page 24: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

23

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo, serão apresentadas as categorias de análise dos

resultados referentes aos procedimentos pedagógicos que podem favorecer a

inclusão de alunos com DI.

4.1 Procedimentos referentes à aprendizagem cooperativa: aluno - aluno e

professor especialista e da classe comum e outros profissionais.

Cunha, e Santos (2007), Cavalcanti (2007),Gomes (2013), Pereira

(2012), Gil (2009), Marques(2000), Toledo (2011) e Veltrone (2008) indicam, em

suas pesquisas, ser importante que o professor do ensino regular conheça e

implemente a aprendizagem cooperativa nas escolas inclusivas. Cunha e Santos

(2007, p. 35), por seu turno, asseveram que a “gestão das atividades da sala de aula

é beneficiada com a utilização de técnicas de trabalho de parceria entre alunos”.

As referidas autoras enfatizam a importância da “parceria entre

alunos, pois possibilita a diversidade de atividades, ajuda entre alunos com

diferentes capacidades e um atendimento mais individualizado e adequado a cada

necessidade”. De acordo com elas, o verdadeiro trabalho cooperativo, se caracteriza

como:

Um trabalho organizado estrategicamente para que os resultados sejam os melhores possíveis, impõe que se definam com rigor um conjunto de regras e se ensine os alunos a respeitá-las e a cumpri-las. Para o sucesso desta estratégia é determinante que os professores recebam formação adequada para que se sintam motivados a ensinar e a trabalhar no sentido da cooperação. (CUNHA; SANTOS, 2007, p. 35).

“A aprendizagem cooperativa apresenta-se, como uma forma

alternativa de ensino-aprendizagem que proporciona a interdependência, a

reciprocidade e a hipótese de aprender e experienciar na escola os valores da

cidadania democrática” (CUNHA; SANTOS, 2007, p. 41).

Gil (2009, p. 21 apud TOLEDO, 2011, p. 48) afirma que

Page 25: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

24

aprendizagem cooperativa é uma das estratégias que o professor pode utilizar na

sala de aula de modo a facilitar a interação entre os alunos com DI.

Na aprendizagem cooperativa: O professor coloca os alunos em grupos de trabalho, juntando alunos com dificuldades em determinada área com alunos mais habilidosos nesse assunto. Na aprendizagem cooperativa, os alunos trabalham juntos para atingir determinados objetivos. A descoberta de interesses mútuos permite a eles explorar assuntos junto com colegas que têm interesses comuns. As estratégias de aprendizagem cooperativa melhoram as atitudes diante das dificuldades de seus colegas com ou sem deficiência e, simultaneamente, eleva a autonomia de todos.

De acordo com Toledo (2011, p. 48), a aprendizagem cooperativa ou

tutoria por pares exige que “o professor esteja atento às habilidades e interesses dos

alunos para que possa organizar os grupos de modo que os objetivos propostos

sejam atingidos”.

Gomes (2013, p. 32), por seu turno, analisa que, “na escola

inclusiva, é fundamental a presença de profissionais que optem pela educação em

cooperação, pois se acredita que a cooperação entre todos os agentes educativos

pode levar à inclusão”.

Os alunos com NEE precisam, na sua maioria, de usufruir de um conjunto de técnicos especializados e professores que recorram a estratégias que promovam o seu desenvolvimento e aprendizagem. Estes adultos ao relacionarem se entre si cooperativamente com as suas diferentes experiências e pontos de vista encontram soluções e respostas mais adequadas ao acompanhamento dos seus alunos. (GOMES, 2013, p. 32).

Segundo o autor, a “aprendizagem cooperativa deverá ser utilizada

como um meio facilitador da inclusão de alunos com DI, atendendo a diversidade

destes alunos” e que esse modelo pedagógico pode ser utilizado como estratégia

para o desenvolvimento de interações positivas entre os alunos visto que a ajuda

entre pares é fundamental.

A sala de aula, para além de um ambiente cooperativo, deverá também aplicar metodologias de diferenciação pedagógica. Diferenciar pedagogicamente implica, forçosamente, que os alunos sejam tratados de formas diferenciadas, pois, na realidade, todos os alunos apresentam particularidades. Assim, cabe ao professor organizar a sala de aula, o trabalho, o espaço, o tempo e os recursos, de forma a permitir que cada aluno progrida consoante o

Page 26: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

25

seu ritmo de aprendizagem. (GOMES, 2013, p. 33).

Em sua pesquisa, Pereira (2012) considera que a aprendizagem

cooperativa tem efeitos positivos sobre os alunos com NEE e analisa que essa

metodologia “constitui uma das ferramentas mais importantes para se garantir o

sucesso dos alunos, tanto a nível acadêmico como a nível da aquisição e

desenvolvimento de competências sociais”.

Diante desses apontamentos, observa-se que se faz necessário o

trabalho em conjunto por parte dos professores na busca por práticas embasadas na

cooperação e parceria, de modo que esses profissionais introduzam, no cotidiano

escolar, práticas diferenciadas dos modelos tradicionalistas, para promover, assim, a

inclusão de alunos com DI no ensino regular.

Veltrone (2008, p. 37) indica o uso do ensino cooperativo, na sala de

aula, como sendo uma medida que pode auxiliar no sucesso escolar do aluno com

NEE no ensino regular. De acordo com a autora, o “trabalho cooperativo pode ser

compreendido como o que se desenvolve entre os alunos com outros alunos, alunos

e professores e também entre professores e profissionais de diferentes áreas”.

A implementação de práticas inclusivas bem sucedidas passa necessariamente pela organização de novas situações de ensino-aprendizagem, que envolvem: a diferenciação do ensino; flexibilização das metodologias, adaptações curriculares e o trabalho cooperativo. (VELTRONE, 2008, p. 37).

De acordo com os resultados obtidos em sua pesquisa, a referida

autora aponta a “importância de se organizar os ambientes para atendimento da

diversidade, respeitar o ritmo do alunado, organizar situações que atendam esses

ritmos e de prever e prover os serviços especializados” (VELTRONE, 2008, p. 104).

Marques (2000, p. 161) destaca que ressignificar o ensino e a

formação dos professores implica:

Uma reorganização do trabalho escolar, no qual os diversos aspectos da prática pedagógica: organização das turmas, planejamento, objetivo, conteúdo, métodos, recursos didático-pedagógicos, relação professor-aluno e avaliação, sejam vislumbrados dentro de uma concepção educacional inclusiva.

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26

Cavalcanti (2007, p. 112) ressalta que [...] “a inclusão escolar é uma

tarefa complexa, que requer trabalho coletivo, divisão de reponsabilidades e

exercício de ações cooperativas”.

4.2 Procedimentos de flexibilizações e adaptações curriculares

Autores como Duk (2005), Henriques (2008), Aranha (2003), Oliveira

(2008) Fonseca (2011), Lopes (2008), Heredero (2005), Cavalcanti (2007) e Leite

(2008) citam a importância da flexibilização curricular e da adequação ou adaptação

curricular para a inclusão de alunos com NEE. Para Duk (2005, p. ).

As flexibilizações curriculares constituem uma estratégia de planejamento e de atuação do professor. São um processo de tomada de decisões para atender às necessidades educacionais especiais de um aluno(a) quanto ao que deve aprender, como e quando, e qual a melhor forma de organizar o ensino para que todos sejam beneficiados.

Lopes, Henriques e Oliveira (2008) consideram que, no contexto da

educação inclusiva, a flexibilização ou adaptação é entendida como uma resposta

educativa dada pelo sistema educacional para satisfazer as necessidades

educacionais especiais dos alunos na classe regular, possibilitando o acesso ao

currículo, sua participação e o atendimento das suas necessidades.

Duk (2005) indica que a flexibilização do currículo para a

escolarização dos alunos com NEE podem envolver alguns elementos, como: meios

de acesso ao currículo, flexibilização nos diversos componentes do currículo e

modificações no contexto escolar. Quanto às adequações curriculares, Aranha

(2003) argumenta que:

As adequações curriculares constituem possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realize a adequação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo currículo, mas um

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27

currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação para que atenda realmente a todos os educandos. (ARANHA, 2003, p. 34).

Fonseca (2011) ressalta que os procedimentos de flexibilização,

adequação e/ou adaptação do currículo comum concentram ênfase nas práticas

pedagógicas, nos conteúdos e nos objetivos, nas interações pessoais. Além disso,

enfatiza que a prática pedagógica deve ser centrada no desenvolvimento de

estratégias que possam auxiliar os alunos com NEE, tendo por objetivo a

aprendizagem dos conteúdos ensinados, respeitando as necessidades pedagógicas

de todos os alunos.

A Resolução CNE/CEB Nº 02/01 (BRASIL, 2001, p. 2) estabelece o

que as escolas da rede regular de ensino devem fazer para proporcionar a inclusão

dos alunos com NEE, estabelecendo, em um dos seus tópicos, que: as

flexibilizações e adaptações curriculares considerem o significado prático e

instrumental dos conteúdos básicos, metodologias e ensino e recursos didáticos

diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos

que apresentam NEE, em consonância com o projeto pedagógico da escola,

respeitada a frequência obrigatória. Segundo Heredero (2005, p. 198),

As adaptações curriculares pretendem alcançar a máxima compreensão através de um currículo adaptado, mantendo alguns elementos comuns com muitas matérias da referida etapa; uma metodologia adequada, com modificações em seus agrupamentos, e novas organizações temporais para dar conta das necessidades individuais, e de aprendizagens das mais significativas e funcionais possíveis.

Henriques (2008, p. 5) assegura que as adaptações curriculares

para o educando com deficiência intelectual devem ser planejadas e efetivadas com

a participação do coletivo envolvido no contexto escolar, de modo que o aluno tenha

seus direitos garantidos quanto à educação e à cidadania.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares –

PCN – (BRASIL, 1998) estabelecem recursos de acesso ao currículo para alunos

com NEE segundo necessidades específicas, exemplo disso seria no caso de alunos

com deficiência mental: disponibilidade de ambientes de aula que favoreçam a

aprendizagem, tais como atelier, cantinhos, oficinas e outros; e desenvolvimento de

habilidades adaptativas, sociais, de comunicação, cuidado pessoal e autonomia.

Page 29: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

28

Segundo Heredero (2005), a escola inclusiva deve adotar medidas

de trabalho para atender às necessidades dos alunos considerando os objetivos de:

promover a aprendizagem e a formação integral discente, facilitar as oportunidades

para a aprendizagem cooperativa, dar autonomia ao trabalho dos educandos e

atingir o seu máximo desenvolvimento.

Cavalcanti (2007, p. 133) argumenta que a “implementação de

estratégias para promover as adaptações curriculares desenvolvem-se a partir de

um plano de trabalho organizado, que possa implementar e individualizar o ensino”,

de forma que devem ser redefinidas de acordo com os resultados obtidos no

decorrer desse processo.

Leite (2008) destaca que é necessário considerar as especificidades

de cada estudante para garantir a qualidade de ensino para todos, indicando a

importância de o professor conhecer o processo de aprendizagem de seus alunos e

entender como cada um aprende os conhecimentos historicamente acumulados

apresentados no espaço escolar.

As estratégias de ensino utilizadas pelo professor devem ser adaptadas às características dos alunos, à composição da classe e a história das relações entre os educandos e entre eles e o professor. Em vista disso, fica clara a importância da realização de adaptações curriculares para a inclusão do aluno com NEE, principalmente para aqueles que apresentam deficiência mental (LEITE, 2008, p. 8 apud PERRENOUD, 2001).

Aranha (2002, p. 5) ressalta que as “adaptações curriculares devem

ser promovidas nas diferentes instâncias curriculares, de modo a responder às

peculiaridades de cada aluno, e assim favorecer as condições que lhe são

necessárias para que se efetive a aprendizagem”.

4.3 Procedimentos que visam à socialização de alunos com DI

Encontraram-se, em oito textos analisados, referências aos

procedimentos necessários para a socialização dos alunos com DI por meio da

interação entre professor e alunos. Gil (2009), Gubany (2008), Libório (2009), Silva

(2003), Stainback e Stainback (1999), Cavalcanti (2007), Antunes (2012) e Leite

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29

(2008) analisam essa questão.

Para Stainback e Stainback (1999), os professores precisam apoiar

e ajudar no desenvolvimento dos relacionamentos entre os alunos com NEE e os

demais, pois o vínculo de amizade é tão importante quanto a leitura, a escrita e a

aritmética.

Gubany (2008) sugere que as “ações do professor devem se pautar

na reflexão sobre a sua prática em sala de aula, com planejamento de aulas mais

dinâmicas, participativas e inovadoras”.

As interações sociais devem ser cuidadosamente planejadas. É necessário que a comunidade escolar se disponha a aceitar e a participar desse processo, que é mais complexo do que somente inserir a criança com deficiência, numa sala comum. Os alunos com necessidades educativas especiais precisam interagir socialmente tanto com seus colegas quanto com os adultos. (GUBANY, 2008, p. 29).

Segundo Gil (2009), existem diversas formas de facilitar a interação

entre os alunos por meio de estratégias que o professor pode utilizar na sala de

aula, como: a aprendizagem cooperativa; o ensino por colegas; o apoio entre

amigos; e o círculo de amigos.

Silva (2003), em sua pesquisa, analisou que, no caso de alunos com

deficiências mentais, o educador, estimulando as interações em suas aulas, contribui

para promover o desenvolvimento e a integração desses alunos com os demais,

melhorando, assim, sua autoestima e suas condições cognitivas.

Antunes (2012) traz a questão do ensino colaborativo, ressaltando

que:

[...] O trabalho de mediação pedagógica e tutoria entre pares são algumas alternativas para que as dificuldades dos alunos com deficiência em relação aos conteúdos e as metodologias empregadas pelos professores em sua prática sejam superadas, indicando que a relação do professor com seus alunos influência de maneira positiva ou negativa no processo escolar dos mesmos.

Leite (2008, p. 12) aponta que o professor deve “possibilitar

situações em que possa acompanhar o desempenho do aluno em tarefas conjuntas,

com pares que favoreçam a troca de conhecimentos e experiências”. Desse modo, o

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30

educador deve identificar o que o aluno é capaz de fazer sozinho, o que faz com a

ajuda de parceiros e também o que pode realizar futuramente com autonomia.

Devemos investigar além das competências ou habilidades que a criança já domina quais ela pode desenvolver. Ainda, pensando numa proposta de um ensino colaborativo, em que um aluno possa contribuir com o aprendizado do outro, é importante saber o que essa criança pode aprender com a ajuda de parceiro mais capaz, como o professor ou aluno. Observar toda e qualquer manifestação, comportamento e desempenho do aluno. Eis o segredo pra identificar suas necessidades. (LEITE, 2008, p. 12).

Libório (2009, p. 17), por sua vez, indica que é “necessário ao

professor não apenas conhecer o que deve ensinar a seus alunos, mas saber

reconhecer quem é esse aluno, em que contexto ele está vivendo e quem é ele

próprio, enquanto pessoa e profissional”. Já Cavalcanti (2007) destaca que é

necessário que, “na escola que se diz inclusiva, os professores assumam seu papel

como mediadores e facilitadores na promoção de amizades”.

4.4 Procedimentos indicados para Interação e Mediação positiva dos

professores com alunos com DI

Dentre os trabalhos analisados, foram encontrados sete autores que

indicam a necessidade de os professores realizarem uma prática pedagógica que

atenda às especificidades dos alunos com DI, por meio de interações positivas e

mediações que favoreçam sua aprendizagem, especialmente as de natureza

simbólica. Antunes (2012), Cavalcanti (2007), Garcia (2005), Padilha (2005), Leite

(2003), Marques (2000) e Silva e Aranha (2005) analisam a importância destas

questões.

Garcia (2005) afirma que o professor de alunos com DI deve,

primeiramente, buscar resgatar o seu papel de ensinar e olhar esse educando como

um ser único, dotado de potencialidade, não se limitando a olhar para o déficit que

delimita o seu desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social.

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31

Padilha (2005 apud GARCIA, 2005, p. 66) indica que o trabalho com

alunos que apresentam DI deve “priorizar o mundo simbólico dos próprios,

promovendo interpretações, abstrações, que permitam substituir realidades

concretas por algo que não pertence ao real concreto, ou seja, por realidades

simbólicas”. Referente à interação entre professor e aluno, Garcia (2005, p.66)

enfatiza que:

A interação social efetiva da criança deficiente mental com seus professores constitui elementos significativamente diferenciadores em seu processo de aprendizagem. A mediação exercida positivamente pelo professor, em um contexto educacional adequadamente estruturado, contribuirá de forma efetiva para a promoção do desenvolvimento global desse aluno a níveis superiores de qualidade, formando sujeitos autônomos, independentes e livres do estigma do fracasso aliado à incapacidade.

A referida autora indica outro aspecto importante sobre a atenção

que o professor dispensa a seus alunos, de modo a ouvir suas dúvidas, seus

questionamentos, respondendo e auxiliando-os de forma adequada, promovendo o

seu desenvolvimento mental e intelectual.

O professor ao trabalhar com alunos deficientes mentais deve levar em consideração, ao planejar e implementar sua prática pedagógica, a singularidade daquele indivíduo que, além de possuir necessidades educativas especiais, também requer mediadores específicos no processo de internalização cultural. (GARCIA, 2005, p. 205).

Antunes (2012) analisa que indagar os alunos com DI, por meio de

perguntas que relativa ao conteúdo, à disciplina e à sua aprendizagem é

fundamental para se pensar a inclusão desses alunos na escola regular.

Cavalcanti (2007, p. 144), por sua vez, destaca que o “aluno com DI,

deverá encontrar, na escola, condições favoráveis ao seu desenvolvimento,

mediante os processos de aprendizagem, constituídos nas formas de mediação e

interação social”.

As mudanças conceituais e a maneira de como conduzir a intervenção educativa com pessoas com DI são fundamentais para se promover a inclusão. Precisamos, no entanto, buscar novos caminhos que valorizem e respeitem o “ser diferente!”, mas que também reconheçam nesse “ser diferente” um sujeito que, na sua singularidade, é capaz de aprender. (CAVALCANTI, 2007, p. 137).

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32

Marques (2000, p. 120, apud MANTOAN 2001, p. 150) assevera que

a “atualização das habilidades intelectuais alternativas dos alunos com DI [...]

decorre de uma prática de ensino que mobiliza o sujeito a pensar, a descobrir e a

criar para alcançar seus objetivos”.

Leite (2003) considera que o professor, na postura de mediador da

construção de conhecimentos, deve se preocupar com a aprendizagem discente,

como os educandos aprendem e também com o desenvolvimento do trabalho

docente, refletindo sobre como ele tem trabalhado determinado conhecimento e o

que tem sido discutido em sala, dando abertura para a participação dos alunos por

meio de manifestações de posições e opiniões semelhantes ou opostas.

Silva e Aranha (2005, p. 376) argumentam que, no processo de

construção de uma classe inclusiva, “as relações entre professor e aluno surgem

como elemento de fundamental importância, pois é no contexto das relações que o

respeito e a atenção pedagógica flexível e individualizada vão se efetivar”.

No que refere se ao papel do professor, as autoras consideram que

ele, para cumprir o seu papel pedagógico, precisa ser um profissional-cidadão,

capaz do uso do exercício da consciência crítica e do domínio efetivo do saber que

socializa na escola.

4.5 Procedimentos para favorecer o desenvolvimento da escrita e leitura

Quatro autores, Cárnio e Shimazaki (2011), Makishima e Zamproni

(2008) citam a importância da ação do professor em relação à escrita e à leitura no

processo de ensino-aprendizagem do aluno com DI no ensino regular.

Cárnio e Shimazaki (2011) analisam que o processo da elaboração

da linguagem escrita para as pessoas com DI deve ser organizado de forma que ela

se torne necessária para a vida. Para tanto, é importante criar situações de ensino e

aprendizagem nas quais as pessoas com DI elaborem práticas sociais de uso da

escrita.

As pessoas com DI são capazes não só de aprender a ler e escrever, mas de utilizar tais práticas em situações do dia-a-dia, são capazes de elaborar as funções psíquicas superiores, quando é oferecida uma interação de qualidade a elas, onde o educador atue para a

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33

formação social da mente, transcendendo os limites da escola e cumprindo sua função social. (CÁRNIO; SHIMAZAKI, 2011, p. 150).

Makishima e Zamproni (2008, p. 2) salientam que, em sua ação

pedagógica, no ensino da leitura e escrita, o professor deve garantir que o aluno

com DI seja capaz de:

Quadro 1: Objetivos e condições que devem ser oferecidas para os alunos com DI para favorecer a aprendizagem da leitura e escrita

Na oralidade

● Desenvolver a compreensão do que se fala, interpretação, expressão verbal, coerência de ideias, fluência na fala, argumentação, juízo de valor diante de interações orais, como noticiários, programas de televisão, debates e outros, preferencialmente de assuntos do seu interesse, bem como adequar a função do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações sociais.

Na ideia de representação

● Distinguir e utilizar diversificadas formas de representação da linguagem oral e escrita, verbal e não verbal, como desenho, fotos, dramatizações.

Na escrita

● Desenvolver habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas diversificadas: discursos, textos, ortografias, gramática e elementos linguísticos. As produções do aluno precisam ser analisadas e avaliadas a partir de uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite a compreensão desses elementos no interior do texto.

Na leitura

● Levar o aluno a ler textos de diferentes tipos e gêneros e com diferentes funções, em diversas situações e condições de produção. Para o aluno com deficiência intelectual, aprender a ler é mais que aprender um instrumento de comunicação: é construir estruturas e pensamentos de abstração mais elaborados.

Na análise linguística

● Refletir sobre os textos lidos, escritos e falados, analisando a materialidade da língua, as características de cada gênero e tipo de texto.

Fonte: Makishima e Zamproni (2008).

Page 35: procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos ...

34

4.6 Procedimentos de avaliação da aprendizagem

Os procedimentos de avaliação para alunos com DI devem

satisfazer as suas necessidades. Logo, o professor deve conhecer as

potencialidades, dificuldades e limitações dos alunos com DI, para depois realizar o

trabalho com eles usando procedimentos de ensino específicos, de forma a

contribuir para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com DI na classe

comum. Quatro trabalhos pesquisados analisam essa questão (FALCONI; SILVA,

2002; LUNT, 1995; VALENTIM, 2011).

Em relação ao processo de alfabetização de alunos com DI, Falconi

e Silva (2002, p. 12) observam que,

Para avaliar a evolução escrita de alunos com deficiência intelectual, o professor pode utilizar as mais variadas proposições tais como: escrita livre de palavras e frases, reescrita de atividades vivenciadas, reescrita de histórias lidas, produção com base em imagens e escrita de bilhetes, dentre muitas outras. Os registros das crianças expressam o nível de evolução em que elas se encontram, desde a escrita sem valor representativo até a escrita alfabética.

Segundo Valentim (2011, p. 32),

A avaliação da aprendizagem de alunos com deficiência intelectual deve ser desenvolvida de forma dinâmica, voltada para suas possibilidades de aprendizagem, de modo a ser capaz de oferecer elementos que subsidiem a prática pedagógica, apoiando decisões sobre as ações necessárias a serem tomadas para viabilizar o sucesso educacional desse aluno.

Dessa forma, a avaliação dinâmica dá ênfase ao processo de

aprendizagem, de compreensão em como a criança aprende. Assim, esse tipo de

avaliação é um instrumento capaz de reconhecer as condições de aprendizagem do

aluno com deficiência intelectual em relação ao ensino (LUNT, 1995 apud

VALENTIM, 2011). Valentim (2011, p. 69) define e conceitua dois tipos de

procedimentos avaliativos:

Procedimentos avaliativos restritos: as práticas e procedimentos avaliativos se concentram num nível restrito, em que os professores

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35

utilizam estratégia ou instrumento único para avaliar a aprendizagem de seus alunos, geralmente por meio de provas ou testes finais. Procedimentos avaliativos abrangentes: para avaliar a aprendizagem do aluno, o professor adota vários procedimentos, de forma a não valorizar apenas o produto final, mas todo o processo de aprendizagem.

Analisando a referência da autora, pode-se concluir, com base na

proposta de inclusão de alunos com DI na classe comum, que os procedimentos

avaliativos abrangentes são os que podem favorecer a inclusão desses alunos, pois

acompanha todo o processo de aprendizagem, podendo, assim, ocorrer

intervenções, adaptações e elaboração de novas estratégias para atender às

necessidades dos alunos com DI e potencializar a sua aprendizagem.

4.7 Conhecer os interesses dos alunos com DI para realizar o planejamento

das atividades

No que se refere ao interesse do estudante com DI na elaboração de

atividades pedagógicas, dá-se ênfase para a investigação referente à aproximação

dos conteúdos trabalhados em sala de aula com os temas de interesse dos próprios

alunos. Nesse aspecto, foram encontrados, na literatura da área especializada, dois

autores que citam a importância de se considerar esse aspecto no planejamento.

De acordo com Mendonça (2011), para que aconteça uma prática

pedagógica que vise à construção do saber mediante a aproximação entre

conteúdos ministrados e temas que partem do interesse do aluno é importante que o

professor, antes de iniciar sua atividade inerente ao processo de ensino e

aprendizagem realize uma investigação acerca dos interesses dos seus alunos,

“buscando saber: o que estimula a participação do grupo, o que faz parte do

cotidiano deles; o que desperta a atenção; qual tema traduz a história de vida destes

alunos; dentre outros” (MENDONÇA, 2011, p. 53).

Assim, o professor deve conhecer os interesses de seus alunos, o

que contribui para a escolha de temas de interesse do próprio aluno. No caso de

alunos com DI, ministrar os conteúdos em sala de aula com temas que lhes agradam

contribui para uma boa interação deles com professores e colegas de turma, além

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36

de favorecer um despertar referente aos estudos e estimular a construção de

conhecimentos.

Cavalcanti (2007, p.118) ressalta que a “a ação de planejar, por ser

uma atividade que conduz à reflexão sobre a prática serve como guia de orientação

para as diretrizes e meios de realização do trabalho docente”. Segundo o referido

autor, “ao planejar o processo de ensino, o professor tem a clareza de como

conduzir a sua intervenção educativa, de modo a propiciar um ensino de qualidade

para todos os educandos”.

4.8 Utilização de atividades lúdicas

Duas autoras, Ide (2008) e Mafra (2008), citam a utilização de jogos

e brincadeiras na aprendizagem de alunos com DI. Para Ide (2008), os jogos

didáticos estão orientados para estimular o desenvolvimento do conhecimento

escolar mais elaborado, como calcular, ler e escrever, e considera que os jogos são

fundamentais para a criança com DI, pois contribui para a iniciação aos

conhecimentos, favorece o desenvolvimento de funções mentais superiores

prejudicadas e possibilita melhor interação do aluno com DI com os demais alunos e

com o professor.

Mafra (2008) enfatiza que “os jogos e brincadeiras para as crianças

com deficiência intelectual constituem atividades primárias que trazem grandes

benefícios do ponto de vista físico, intelectual e social”.

A utilização do jogo como recurso didático pode contribuir para o aumento das possibilidades de aprendizagem da criança com deficiência intelectual, pois através desse recurso, ela poderá vivenciar corporalmente as situações de ensino-aprendizagem, exercendo sua criatividade e expressividade, interagindo com outras crianças, exercendo a cooperação e aprendendo em grupo. (MAFRA, 2008, p. 16).

Desse modo, a referida autora indica que “o professor poderá

possibilitar ao aluno com DI o acesso ao conhecimento através da vivência, da troca

e da experiência, ou seja, com ênfase para o trabalho pautado na interação e na

socialização, propiciando uma educação mais lúdica e significativa”. Ademais, ao

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37

assumir uma postura metodológica pautada no lúdico, o docente deve organizar o

seu trabalho de forma a estimular o desenvolvimento das habilidades do seu aluno,

participando, mediando e orientando-o nas atividades realizadas.

4.9 Procedimentos para favorecer a aprendizagem de conceitos matemáticos

para alunos com DI

Compreende-se que os números permeiam o cotidiano de toda

criança, pois estão presentes nos objetos, nas atividades escolares, nas brincadeiras

infantis e muitos outros. Assim, na nossa pesquisa, verificou-se que uma autora

(MENDONÇA, 2011), abordou o assunto em seu estudo referente à aprendizagem

dos conceitos matemáticos por alunos com DI de forma lúdica. Isso porque existem,

nas brincadeiras, conceitos inerentes à disciplina de matemática, como, por

exemplo, tamanho e distância, em que a criança é conduzida de forma espontânea a

praticar os conteúdos matemáticos.

A autora sugere que o professor deve proceder em relação ao

aproveitamento desses momentos lúdicos e prazerosos com os alunos para fazer

uma breve associação entre as brincadeiras e a disciplina, de modo que o aluno, ao

voltar a realizar a brincadeira, lembre-se dos conceitos matemáticos aprendidos na

disciplina. A autora enfatiza ainda que o professor deve implementar métodos

educativos no processo de ensino e aprendizagem, a fim de que eles possibilitem à

criança aprender os princípios numéricos sem ênfase somente para repetição de

exercícios, como no caso de contagem, ordenação e memorização.

“O professor deverá relacionar números e conteúdos matemáticos com tarefas cotidianas vivenciadas pela criança, de tal modo que lhe seja possível visualizar o conteúdo ensinado em sala de aula” (MENDONÇA, 2011, p. 23).

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38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos dados coletados, constatou-se que o processo de

inclusão dos alunos com DI no ensino regular é possível na medida em que o

professor esteja capacitado para atender às especificidades desses alunos, bem

como possa contar com condições materiais, físicas e os apoios necessários para

isso. Para isso é necessária uma formação inicial e continuada que prepare os

docentes para trabalhar com os alunos, sugerindo uma formação em que se faça

presente uma postura de reflexão-critica acerca das ações docentes, pois, assim, o

educador tem a possibilidade de revisar suas ações e buscar novos conhecimentos

que possam embasar suas práticas pedagógicas.

No decorrer do trabalho, as análises apontam e indicam vários

procedimentos pedagógicos inclusivos que o professor pode inserir nas suas aulas

como meio facilitador de aprendizagem dos alunos com DI no ensino regular. Desse

modo, compreende-se que os professores devem fazer uso dos procedimentos

pedagógicos inclusivos, de forma a promover a inclusão de alunos com DI no ensino

regular.

Para tanto, os professores precisam ter acesso a esses

conhecimentos que se referem às suas ações perante esses alunos, pois, na

literatura da área especializada, encontram-se diversos autores que trazem a

questão das dificuldades encontradas pelos professores em relação aos alunos com

DI. Uma dessas dificuldades se refere à falta de conhecimento acerca da educação

inclusiva, em que muitos docentes admitem que não estão preparados para receber

os alunos com NEE em suas salas de aula.

Diante destes apontamentos, nos deparamos com o dilema: O que é

necessário para promover a inclusão de alunos com DI no ensino regular?

Percebemos que o processo de inclusão realmente não é fácil, pois os professores,

ainda manifestam preconceitos e apresentam concepções errôneas a respeito dos

alunos com DI que os levam a considerá-los “incapazes, retardados mentais”,

portanto, além de conhecimentos a respeito dos procedimentos de ensino temos que

propiciar condições para se modificar as atitudes frente a esses alunos.

Considerando tais análises nossa contribuição para esse contexto se

constituiu nos dados que analisamos e consideramos que:

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39

[...] incluir este aluno significa garantir a ele espaços de diálogo, participação, interação com colegas de turma e professores. Para tanto, a adoção de metodologias diferenciadas de ensino, trabalho colaborativo em sala de aula, trabalho com material diferenciado e outras estratégias são algumas das possibilidades de garantir aos alunos com DI uma relação diferente com os conteúdos. (ANTUNES, 2012, p. 110).

Os procedimentos citados ao longo do trabalho, como aprendizagem

cooperativa, flexibilização e adaptações curriculares, socialização, interação e

mediação, escrita e leitura, planejamento, atividades lúdicas e avaliação da

aprendizagem podem ser usados para promover a inclusão de alunos com DI, pois,

na literatura da área especializada, sobretudo baseadas em pesquisas, encontram-

se autores que apontam para esses procedimentos como uma forma de propiciar

aos docentes indicações referentes às devidas ações que devem ser tomadas frente

ao processo de educação inclusiva. Destacamos que, embora estas categorias

tenham sido apresentadas em nosso trabalho separadamente para facilitar as

análises, destacamos que as mesmas devem compor um conjunto de ações

interligadas, pois todas se complementam e podem fazer parte da prática do

professor.

Avaliamos que este estudo buscou identificar alternativas para lidar

com uma das dificuldades mais relatadas pelos professores no contexto escolar do

ensino fundamental, que é o processo de inclusão dos alunos com DI, visto que esta

deficiência se caracteriza por dificuldades significativas no processo de

aprendizagem. Acreditamos que as alternativas levantadas neste estudo podem

favorecer aos professores conhecimentos que os auxilie a lidar melhor com suas

inseguranças a respeito do que pode ser feito para favorecer a aprendizagem e a

participação desses alunos na classe comum junto aos demais alunos sem NEE.

Por fim consideramos que o presente estudo ao organizar

conhecimentos referentes a procedimentos educacionais para favorecer a inclusão

de alunos com DI contribui com indicações ao professor de possíveis caminhos a

serem seguidos que podem favorecer a participação e a aprendizagem de alunos

com DI, bem como pode se constituir em fonte de informações para subsidiar

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40

processos de formação de professores, seja inicial, continuada e/ou em

serviço.Muito embora, tais indicações sejam apenas indicações que devam ser

refletidas, se adequadas às necessidades educacionais especiais específicas dos

alunos atendidos.

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