Processos de Adaptação Ao Meio Aquático

download Processos de Adaptação Ao Meio Aquático

of 4

Transcript of Processos de Adaptação Ao Meio Aquático

Unidade curricular: Sistemtica do Desporto TD Ps-Laboral- NataoData de entrega: 14/11/2011Aluno: Pedro SoaresEtapas que caracterizam o processo de Adaptao ao Meio Aqutico com base na literaturaA definio de saber nadar, de acordo com Carvalho (1994) (citado por Piscinas Municipais de Cantanhede [PMC], sem data) baseia-se na competncia de flutuar e deslocar-se na gua sem necessidade de apoios fixos ou meios auxiliares de sustentao.O nadador, na sua formao, depara-se com uma primeira fase, durante a sua adaptao ao meio aqutico, conhecida como fase de aprendizagem. As capacidades adquiridas nesta fase possibilitam a aquisio de novas habilidades em fases posteriores e em diferentes nveis de prestao (Carvalho, 1994, citado por PMC, sem data).Segundo Barbosa (2001) e Queirs e Barbosa (2002) (citados por Barbosa e Queirs, 2007), e Campanio (1989) (citado por PMC, sem data), a adaptao ao meio aqutico o processo que envolve a iniciao natao, dependendo da aquisio de determinadas capacidades motoras aquticas, de forma a estabelecer-se o domnio do corpo na gua. De acordo com Campanio (1989) (citado por PMC, sem data), existem cinco domnios que tm de ser alcanados, sendo estes o equilbrio, a respirao, a imerso, a propulso e o salto. Outros autores referem apenas o equilbrio (Raposo, 1981, citado por PMC, sem data; Queirs e Barbosa, 2002, citados por Barbosa e Queirs, 2007; Barbosa, 2005, citado por Amaro e Morouo, 2010), a respirao (Raposo, 1981, citado por PMC, sem data; Barbosa e Queirs, 2007; Barbosa, 2005, citado por Amaro e Morouo, 2010) e a propulso (Raposo, 1981, citado por PMC, sem data; Barbosa e Queirs, no prelo, citados por Barbosa e Queirs, 2007; Barbosa, 2005, citado por Amaro e Morouo, 2010). Em relao ao equilbrio, na gua, este apresenta algumas diferenas do equilbrio em terra, uma vez que em terra o equilbrio vertical, os apoios so fixos, os braos fornecem equilbrio, e as pernas o deslocamento. Na gua o equilbrio passa a horizontal, os apoios no so fixos, e existe deslocamento por parte dos braos e pernas (Carvalho, 1994, citado por PMC, sem data).Para que exista uma correta adaptao ao meio aqutico, segundo Carvalho (1994, citado por PMC, sem data) e Sarmento (2001, citado por Barbosa e Queirs, 2007), o aluno no dever refletir receio em manter a face molhada, devendo solicitar-se que este molhe a cara. Posteriormente promove-se a imerso da cabea, mantendo os olhos abertos dentro de gua, impedindo os reflexos culo-faciais que levam geralmente ao fecho dos olhos. Relativamente respirao, para expirar necessrio efetuar expiraes ativas e voluntrias, de forma a vencer a maior presso existente na gua, em comparao com a menor presso existente na cavidade bocal e no nariz (Mota, 1990, citado por Barbosa e Queirs, 2007). A expirao completa pode tomar formas numerosas e complexas, utilizando sucessivamente ou de forma combinada a boca e/ou o nariz (Catteau e Garoff, 1988, citados por Barbosa e Queirs, 2007). Este mecanismo consiste na criao de um ritmo respiratrio, onde a fase inspiratria ser realizada em intervalos temporais constantes (Carvalho, 1994, citado por Barbosa e Queirs, 2007).Como propulso entende-se a capacidade de deslocao no meio aqutico com ausncia de apoios fixos (PMC, sem data). Segundo Catteau e Garoff (1988) (citados por Barbosa e Queirs, 2007) deve-se apresentar tarefas que solicitem a sincronizao entre o ato inspiratrio e a ao dos membros inferiores de modo a associar e sincronizar a funo respiratria com a funo propulsiva. Por exemplo, pedir ao aluno para inspirar em cada dois, quatro ou seis batimentos dos membros inferiores. Este ltimo padro de sincronizao ser dos mais oportunos, dado que anlogo ao adotado nas tcnicas.Da mesma forma que se procura sincronizar a respirao com a ao dos membros inferiores tambm se procura sincronizar a respirao com a ao dos membros superiores, pois, esta que em qualquer tcnica de nado formal, determina o momento de inspirao, ou seja, o ritmo respiratrio. O controlo respiratrio pode ser efetuado frontalmente, atravs da extenso da cabea ou lateralmente, atravs de uma rotao lateral da mesma. A inspirao lateral do tipo unilateral, ou seja, atravs da rotao da cabea sempre para um dos lados. A inspirao bilateral outra alternativa de respirao, visando a rotao alternada para cada lado, em ciclos inspiratrios (Carvalho, 1994, citados por Barbosa e Queirs, 2007).Relativamente ao salto, sendo este um objetivo importante a alcanar para uma boa adaptao ao meio aqutico e uma boa entrada na gua, este deve ser explorado em diferentes situaes, de forma a desenvolver uma adequada perceo da posio do resto do corpo, e as suas consequncias ao nvel do equilbrio (PMC, sem data).

Referncias Bibliogrficas

Amaro, N. M. P. A. & Morouo, P. G. F. (2010). Proposta sequencial de contedos para a adaptao ao meio aqutico. Disponvel: http://www.efdeportes.com/efd140/adaptacao-ao-meio-aquatico.htm. Consulta em: 09/11/2011.Barbosa, T. & Queirs, T. (2007). A problemtica da respirao no ensino da natao. Disponvel em: [http://www.fpnatacao.pt/index.php]Piscinas Municipais de Cantanhede [PMC], (Sem data). A adaptao ao meio aqutico. Disponvel: http://www.cm-cantanhede.pt/piscinas/img/pdf/Adap_Meio_Aquatico.pdf. Consulta em: 10/11/2011.