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Ficha para Catálogo Produção Didático Pedagógica

Professor PDE/2012

Título Incentivo à Prática da Leitura no Ensino Fundamental – 6º ano

Autor Maria Teresa Numata Iwakura

Escola de Atuação Colégio Estadual Padre Anchieta - EFM

Município da Escola Assis Chateaubriand

Núcleo Regional de Educação Assis Chateaubriand

Orientadora Adriana Aparecida Figueiredo Fiuza

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE

Área do Conhecimento/Disciplina Pedagogia

Relação Interdisciplinar Pedagogia – Língua Portuguesa

Público Alvo Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e Professores de Língua Portuguesa

Localização Colégio Estadual Padre Anchieta – EFM Rua do Bosque, nº 473 – Centro

Resumo: As novas tecnologias e o avanço da comunicação abriram espaço para a falta de interesse pela leitura, principalmente em se tratando das novas gerações. É evidente que a ausência do ato de ler acarreta sérios problemas, como a dificuldade de compreensão, os erros ortográficos, as produções pouco significativas, o vocabulário precário, reduzido e informal, ocasionando uma deficiência na formação do aluno em âmbito escolar, como também na vivência como cidadão crítico e consciente. Muitos professores queixam-se que parte dos alunos que chegam ao 6º ano apresenta uma leitura superficial, mecanizada e sem significado. Ler é um dos múltiplos desafios a serem enfrentados pela escola e a aquisição da mesma é imprescindível no agir com autonomia na sociedade letrada. Através da leitura, é possível expandir os horizontes, alcançar esferas do conhecimento antes não experimentadas como ver e ampliar a condição humana. A Produção Didático Pedagógica tem objetivo de auxiliar o professor a desenvolver no aluno o prazer pela leitura, consequentemente pelo livro, passando a compreender melhor as informações adquiridas na escola, aprendendo a buscar, organizar ideias, resumir, analisar, criticar, julgar e se posicionar diante das situações do cotidiano, ou seja, formar um cidadão pensante.

Palavras-chave Leitura. Literatura. Cidadania.

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PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

APRESENTAÇÃO

Este trabalho se apresenta, mais do que nunca, como uma unidade proposta

pelo Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria Estadual de

Educação do Paraná como Produção Didático Pedagógica prevista no Projeto de

Implementação Pedagógica do Colégio Estadual Padre Anchieta – Ensino

Fundamental e Médio.

Cumpre destacar que ao propor um material didático, composto por propostas

de atividades em unidade que contemple o pensar, o agir e o melhorar a educação,

a partir destas experiências e produção de conhecimento, o professor poderá obter

bons resultados em sala de aula. Nesta unidade, pretendemos dialogar com o

professor e alunos sobre a relevância da prática de uma leitura para a sua vida,

incluída numa sociedade letrada.

Para Yunes (2009), a leitura com compreensão enriquece o vocabulário e

consequentemente a vida de quem as lê. Ler simplesmente por ler, sem

compreensão, não faz sentido, portanto, propomos atividades diferenciadas para

que os alunos tenham curiosidade, prazer e estímulo ao ler um texto. Daí a

necessidade de se trabalhar com os professores e alunos, no incentivo à leitura

literária com esta finalidade, construir uma sociedade melhor e mais justa.

Iniciar um trabalho para desenvolver o hábito da leitura é um desafio a ser

enfrentado pelos professores de todas as áreas de conhecimento, com os alunos do

Ensino Fundamental.

No processo de ensino e aprendizagem investimos, inicialmente, na arte de

conquistar os alunos, oportunizando textos agradáveis de leitura e de fácil

compreensão, com o objetivo de garantir a permanência do leitor no projeto.

O professor deve acreditar, ousar e se desfazer de alguns conceitos e

comportamentos em relação à sua prática de trabalho em sala de aula, servindo

como modelo para os seus alunos.

Como estratégia de incentivo à leitura, propomos socializar junto aos

professores a prática pedagógica de utilizar textos literários curtos, promover

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momentos culturais de valorização da boa leitura, assim como pequenas palestras

com profissionais especialistas da área de Língua Portuguesa.

A escola, como espaço de construção do saber científico, deve oferecer

condições de desenvolver o hábito da boa leitura, utilizando diferentes metodologias

para que desperte no aluno o prazer, a sensibilidade, a identidade e o gosto pela

leitura. Este prazer pela leitura é fundamental para que o aluno não desista em

nenhum momento de estar conectado às boas leituras.

Para Yunes (2009), o ato de ler não corresponde unicamente ao

entendimento do mundo do texto, seja este escrito ou não. A leitura exige mobilizar o

universo de conhecimento do outro – o leitor – para atualizar o do texto e fazer

sentido à vida neste mundo, que é o lugar onde realmente se encontra o leitor. Ler

para viver, ler a vida, ler para ampliar os horizontes, para associar as ideias, para

reinventar o mundo a partir da condição pessoal. De nada serve “passar de ano”,

obter um certificado, se não houver uma mudança ou troca qualitativa na vida.

Acredito que alguns elementos são relevantes para criar e sustentar práticas

leitoras, passando por uma experiência de uso da linguagem familiar. (Yunes. p. 90)

Com esta produção pretendemos conversar com os professores e alunos

sobre a importância da prática de boa leitura. Não simplesmente para contribuir na

nossa educação ou na formação do cidadão mais crítico e consciente, mas inclusive

para, fazer de nós pessoas dispostas a conhecer novos mundos e novas

experiências.

Como o professor é o autor da ação pedagógica, ele precisa tomar

conhecimento da realidade sócio-cultural de seus alunos, observando e dialogando

com os mesmos, constantemente.

Neste momento de Produção Didático Pedagógica, a opção é uma Unidade

Didática cujos conteúdos da área da Língua Portuguesa serão desenvolvidos

através dos seguintes temas: Leitura/ Literatura, Conto, Fábulas e Apresentação

Cultural, como incentivo à leitura literária.

MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Este material didático deverá ser desenvolvido em unidade didática, com

atividades de conteúdos teóricos e práticos, de acordo com o cronograma abaixo:

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ATIVIDADE CONTEÚDO Nº DE AULAS 1 Roda de conversa 4 2 Leitura/ Literatura 4 3 Conto 6 4 Fábula 8 5 Atividade cultural 6 6 Avaliação 2 7 Encerramento 2

Serão providenciados baús contendo livros diversos de leitura literária, para serem utilizados durante as aulas, assim como todos os materiais para a confecção do Varal de Literatura e Livro Avental.

ATIVIDADE 1 - (4 aulas)

Roda de conversa: conhecendo o alunado.

Iniciar o trabalho, fazendo uma roda de conversa. O professor deve se

apresentar, expor sua metodologia e os conteúdos a serem trabalhados. Na roda de

conversa, o professor deve expor seus lazeres, seus livros prediletos, o seu

passatempo e solicitar que todos façam a auto apresentação, para que iniciem um

compromisso agradável pelo projeto que hora inicia.

Segundo Lois (2010, p. 87), esta metodologia dá ao professor a oportunidade

de conhecer melhor a rotina do seu alunado, o que gosta de fazer e a real

dificuldade pedagógica dos mesmos. Exercite a capacidade de escutar, pois desta

forma o professor terá a oportunidade de filtrar os gostos literários de cada um dos

alunos, facilitando o início do trabalho a ser desenvolvido com temas de interesse

geral contido em livros, sejam eles fábulas, contos, aventuras, histórias de super-

heróis ou outro qualquer.

Sugere-se um questionário que poderá direcionar o encaminhamento desta

conversa.

QUESTIONÁRIO

1) Você gosta de ler?

2) Que tipo de leitura você faz?

3) Quem não gosta de ler, aponte os motivos.

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4) Você faz a leitura dos livros até o final?

5) Caso a sua resposta seja negativa, qual o motivo de não terminar a leitura?

6) A família tem hábito de ler?

7) Você já comprou livros?

8) Quantos livros você compra por ano? E, quantos você lê?

9) Você costuma ler livros da biblioteca?

10) Qual tema você gosta de ler?

11) Para você, o que é ler?

12) Você percebe a diferença entre pessoas que leem e as que não leem? Cite

algumas diferenças.

Num segundo momento, o professor levará o resultado do questionário

proposto na aula anterior e discutirá o mesmo com os alunos.

Sugestão: O professor deverá fazer a leitura de um texto e solicitar que os

alunos, em uma conversa informal tragam este conteúdo para a vida real, através de

uma apresentação cultural. Esta apresentação cultural poderá ser socializada com

os demais colegas.

Texto

Quatro enigmas, quatro irmãos

Quatro irmãos ciganos vivem sozinhos numa grande miséria e numa pequena

caravana. Numa manhã, o mais velho diz:

- Não temos trabalho nem comida. Vou sai para ganhar a vida e, quando ficar

rico, voltarei.

(GENDRIN, Catherine. Quatro enigmas, quatro irmãos. In: Volta ao mundo dos

contos nas asas de um pássaro. São Paulo: SM, 2008, p. 61-65)

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ATIVIDADE 2 – (4 aulas)

Leitura

O professor deverá pesquisar sobre a leitura e a sua importância na vida do

ser humano, neste mundo globalizado. Leitura é um processo de interação entre o

leitor e o texto. (SOLÉ, 2008, p. 22)

Segundo as DCE do Paraná (2008, p. 295), ler é familiarizar – se com

diferentes textos produzidos em variadas esferas sociais: jornalística, artística,

judiciária, científica, didático pedagógica, literária, publicitária e outros. No processo

de leitura é necessário considerar as linguagens verbais e não verbais. A leitura de

imagens como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais e outras

também devem ser contempladas. Trata-se de oportunizar o desenvolvimento de

uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e,

ainda, tomar uma atitude responsiva diante dele. O professor atuando sempre como

mediador, provocando o aluno a realizar leituras significativas, dando condições para

que o mesmo atribua sentidos a sua leitura, visando um sujeito crítico e atuante nas

práticas de letramento da sociedade.

Importância da leitura

A aquisição da leitura é importante para agir com autonomia, na sociedade

letrada e ela provoca uma grande vantagem nas pessoas que conseguem realizar

essa aprendizagem (SOLÉ, 2008, p. 22).

A leitura leva o cidadão a conhecer os seus direitos e obrigações, além de

possuir o poder de luta por uma sociedade mais justa. Tem também a relevância na

vida das pessoas para que possam adquirir novas ideias e obtenção de novas

informações necessárias para o seu bom desenvolvimento pessoal, isto é, projetar e

construir uma vida melhor para si e para a sociedade em que vive.

O professor, ao complementar a atividade teórica seguida de uma prática de

leitura, poderá preparar e levar exemplos de cada esfera social, para tornar a aula

mais significativa e instigar a curiosidade. Exemplo: Na esfera de circulação

cotidiana, poderá levar uma cantiga; na literária - um haicai; na escolar - resumo de

um livro assim por diante, a exemplo do haicai abaixo:

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Alegria

Trêmula gota de orvalho presa na teia de aranha, rebrilhando como estrela.

(KOLODY, Helena. Alegria de viver. 4 ed. Curitiba, PR: ACGB, 2009.)

Pássaros libertos

Palavras são pássaros. Voaram? Não nos pertencem mais.

(KOLODY, Helena. Alegria de viver. 4 ed. Curitiba, PR: ACGB, 2009.)

Sugere-se, também, que o professor faça a leitura de um texto, em voz alta e

em seguida solicite aos alunos uma atividade de troca de experiência, para a

realidade atual, através de um diálogo entre todos.

Texto

Menina bonita do laço de fita

Era uma vez uma menina linda, linda.

Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes.

Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura

e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra quando pula na chuva.

(MACHADO, Maria Clara. Menina bonita do laço de fita. 8 ed. São Paulo, SP: Ática, 2010)

Texto

Menino maluquinho

Era uma vez um menino maluquinho.

Ele tinha o olho maior que a barriga tinha fogo no rabo tinha vento nos pés

umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo) e macaquinhos no sótão

(embora nem soubesse o que significava macaquinhos no sótão).

(PINTO, Ziraldo Alves. Menino maluquinho. São Paulo, SP: Melhoramentos, 2010.)

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ATIVIDADE 3 – (6 aulas)

Conto

O professor deverá preparar um breve histórico da origem do conto,

conceitos, características, tipos de conto e a estrutura do conto para que seus

alunos tenham a noção do que é um conto. Após, os próprios alunos poderão estar

confeccionando um Varal de Literatura com os materiais providenciados pelo

professor, como: diversos textos já xerocados e cartolina americana preta para a

colagem dos mesmos para que o alunado se motive e identifique com os textos

escolhidos na prática de leitura.

Estender o varal para que os alunos escolham o conto a ser lido. Sugere-se

que após cada leitura solicite que socializem o que foi lido, sem avaliação.

Simplesmente para que o próprio professor consiga notar que os alunos estão

compreendendo o que estão lendo.

Origem do Conto

A origem do conto é desconhecida. Alguns estudiosos apontam seu

aparecimento ao conflito bíblico de Abel e Caim e outros tantos descritos na Bíblia.

Para Gotlib (1991, p.6-7), os contos mais antigos são os contos egípcios que

aparecem a por volta de 4.000 a.C.- Os contos dos mágicos. No século XIV dá-se

outra transição. O conto ganhará o registro escrito, afirmando a sua categoria

estética. Os contos em 1613, surgem como novelas exemplares (século XVI). No

século XVIII exibe um La Fontaine, exímio no contar fábulas. No século XIX o conto

se desenvolve estimulado pelo apego à cultura medieval, pela pesquisa do popular e

do folclórico pela acentuada expansão da imprensa, que permite a publicação dos

contos em revistas e jornais. Este é o momento da criação do conto moderno,

quando a força do contar estórias se faz presente, necessária e vigorosa. Segundo

Júlio Casares há três entendimentos para a palavra conto que são: um relato de

acontecimento, uma narração oral ou escrita de um falso acontecimento e uma

fábula. Todos são narrativas de interesse humano que podem ser construídos de

várias formas. Primeiro veio a criação do conto, seguido da transmissão oral, seu

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registro por escrito e posteriormente surge o narrador, com função de contador-

criador-escritor de contos, daí o seu caráter literário. Gotlib (1984, p.13)

Conceito

O conto é uma narrativa breve e compacta, onde temos os elementos comuns

a uma narrativa que são os personagens, o tempo, o local e o enredo. Segundo Reis

(1984, p.11-12), o conto como modalidade narrativa tem dois modos de formulação,

forma literária – uma ramificação das antigas narrativas da tradição oral e a forma

popular – cristalizava-se na tradição oral dos povos, atuando como veículo de

transmissão de ensinamentos morais, valores éticos ou concepções de mundo,

sendo fortalecido na memória de consecutivas gerações, espécie de legado

passando de pais para filhos.

Características do Conto

Segundo Gotlib (1991, p.12-18), o conto, é objetivo na realidade ou ficção,

não tendo limites precisos, é plástico e costuma ser narrado na terceira pessoa.

Uma das características do conto é o diálogo, sempre presente, assim como a

mobilidade (possibilidade de fluir, ser móvel), a generalidade (característica de ser

entendido por todos) e a pluralidade (de se renovar nas suas transmissões, sem se

desmanchar). Para Reis (1984, p.10-12), o termo conto, em língua portuguesa,

designa a forma popular, folclórica e a forma artística, o mesmo não acontece em

outras línguas. O conto popular realizava-se na tradição oral dos povos, atuando

como veículo de transmissão de ensinamentos morais, valores éticos, senso de

justiça, fortalecido na memória dos tempos, passando de geração a geração.

Sugere-se que o professor faça a leitura de um conto, que logo após os

alunos irão representá-lo em forma de uma produção artística (artes visuais).

O professor poderá providenciar um baú de livros de autores variados para

que os alunos possam escolher as suas leituras. Num outro momento, os alunos

poderão ajudar o professor a confeccionar o Varal do Conto e para isto necessitaria

dos seguintes materiais: prendedores de roupa, tintas para tecido em cores

variadas, tesoura, verniz, pincéis, cola, barbante, cartolina americana e cópia de

textos.

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Texto

Como nasceram as histórias

Deus tinha se criado criador, então ele criava.

E tudo que criava, colocava na Terra. Seu único cuidado era compor um casal

de cada espécie, porque ele não gostava de ficar se repetindo.

Numa bela manhã, Deus pegou uma bola de barro para moldar um homem e

uma mulher. A grande invenção do dia era que os dois ficassem em pé. Ele os

colocou no forno para cozer o barro, sentou-se na sua poltrona preferida e começou

a roncar.

(GENDRIN, Catherine. Como nasceram as histórias. In: Volta ao mundo dos contos nas asas de um pássaro. São Paulo: SM, 2008, p. 09-15)

Texto

O primeiro beijo

Os dois mais murmuravam do que conversavam: havia pouco iniciara-se o

namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.

(LISPECTOR, Clarice. O primeiro beijo. In: O primeiro beijo e outros contos. São Paulo: Atica, 1994, p. 20-22)

ATIVIDADE 4 – (8 aulas)

Fábula

Conceito

Segundo Ferreira (1975, p. 604), a palavra fábula significa narração aleatória,

cujas personagens são em geral animais e que encerra com uma lição de moral.

Para Coelho (200, p.165) a fábula é a narrativa de uma situação vivida por animais

que ilustra uma situação humana e tem a finalidade de transmitir a moralidade.

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História

Segundo Coelho (2000, p.165-167), a fábula tem a sua origem no Oriente,

sendo reinventada no Ocidente pelo grego Esopo (século VI a.C) e aperfeiçoada

pelo escravo romano Fedro (século I a.C). No século XVII Jean de La Fontaine

reinventou a fábula introduzindo-a definitivamente na literatura ocidental, utilizando

da inteligência e do bom senso na escrita. De suas fábulas podemos tirar lições e

descobrir o que cada animal representa e o que significa cada ação, lógica e a moral

da história, tudo de uma forma simples e de fácil compreensão.

A partir do século XIX o racionalismo cresce e estabelece uma divisão nas

formas literárias, a fábula passa a ser conhecida como uma história de animais que

prefiguram os homens e tem a finalidade de divertir e moralizar o leitor. A fábula se

divide em duas partes: a primeira parte é a história em si, o que aconteceu; a

segunda parte é a moral da história, que é a mensagem ou o significado da história.

Na fábula nota-se a presença do animal, colocado em uma situação humana e

exemplar. Os personagens são sempre símbolos, como por exemplo, o leão que

simbolizava o poder, a majestade; a raposa que simbolizava a astúcia; o lobo que

simbolizava o poder despótico e assim por diante.

Contemporaneamente, a presença de animais no mundo da literatura está

sendo uma sugestão atraente para leitura de crianças, jovens e adultos. Voltamos a

viver tempos propícios para reinventar a fábula.

Sugere-se que o professor faça a leitura da fábula “A pomba e a formiga“ e

providencie materiais para a confecção do Varal de Fábulas. Varal este que tem o

objetivo de expor os textos e as reproduções realizadas pelos alunos. O professor

deverá ter em mãos, também, livros de fábulas variadas para que os alunos

escolham a leitura. Os materiais para a confecção do varal de fábulas são:

prendedores de roupa, tintas para tecido em cores variadas, tesoura, verniz, pincéis,

cola, barbante, cartolina americana e cópia de textos.

Texto

A Pomba e a Formiga

Uma pomba alimentava-se na beira de um rio. De repente, viu uma formiga

cair na água.

- Socorro! Socorro! – gritava o pequeno inseto.

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(TULCHINSKI, Lúcia. Fábulas de Jean de La Fontaine. São Paulo: Scipione, 2008, p.46).

Texto

A lebre e a perdiz

A lebre e a perdiz viviam no mesmo campo. Lá acompanhavam o nascer do sol e as travessuras dos filhotes dos animais.

(TULCHINSKI, Lúcia. Fábulas de Jean de La Fontaine. São Paulo: Scipione, 2008, p.28).

A sugestão é que o professor faça a mesma atividade, utilizando outras

fábulas.

Confecção do Livro Avental:

O professor deverá providenciar o material a ser utilizado na confecção do

avental: o TNT de cor agradável aos olhos, tesoura, cola quente, retalhos variados e

pincel colorido. Ter em mãos o texto para a elaboração do livro avental, que contará

a história trabalhada.

ATIVIDADE 5 – (6 aulas)

Teatro

Convidados os alunos do Curso de Formação Docente do Colégio Estadual

Chateaubriandense – Ensino Médio, por meio de ofício/projeto, para apresentarem

um teatro literário, com a finalidade de despertar nos alunos, a curiosidade e

interesse pela leitura.

A escolha da peça teatral deverá ser escolhida pelo professor coordenador do

Curso de Formação Docente, em nível de 6º Ano do Ensino Fundamental.

Após a apresentação, os alunos terão a liberdade de procurar um texto

literário para a realização de uma apresentação da obra lida. Esta atividade será em

grupo e será apresentada aos colegas, sendo supervisionada pela professora de

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Língua Portuguesa. A atividade poderá ser repetida por quantas vezes os alunos

sentirem a satisfação de realizá-la.

ATIVIDADE 6 – (2 aulas)

Avaliação

A avaliação do projeto deverá ocorrer em roda da conversa, nos moldes da

primeira aula, seguindo o roteiro do questionário. Fazer o confronto dos dados

obtidos antes e após a implementação do projeto, através de gráfico estatístico. Em

conversa informal, mostrar e comentar com os alunos os resultados do gráfico

estatístico, em TV Multimídia.

ATIVIDADE 7 – (2 aulas)

Encerramento

O encerramento da implementação do projeto de incentivo à leitura deverá

acontecer com a presença da direção, equipe pedagógica, professores, alunos, pais

dos participantes e representantes do Núcleo Regional de Educação no espaço do

próprio estabelecimento de ensino, com o objetivo de expor os trabalhos realizados

e apresentação do Livro Avental confeccionados pelos próprios alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo SP: Moderna, 2000. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira, 1975. GENDRIN, Catherine. Volta ao mundo dos contos nas asas de um pássaro. São Paulo, SP: SM, 2008. GOTLIB, Nadia Battella. Teoria do conto. São Paulo, SP: Atica, 1991. KOLODY, Helena. Alegria de viver. 4 ed. Curitiba, PR: ACGB, 2009.

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LA FONTAINE, Jean. Fábulas. Rio de Janeiro, RJ: Brasil América, 1985. LAJOLO, Marisa. O que é literatura? São Paulo, SP: Brasiliense, 1986. LISPECTOR, Clarice. O primeiro beijo. In: O primeiro beijo e outros contos. São Paulo, SP: Ática, 1994. LOIS, Lena. Teoria e prática na formação do leitor. Porto Alegre, RS: Artmed, 2010. MACHADO, Maria Clara. Menina bonita do laço de fita. 8 ed. São Paulo, SP: Ática, 2010. REIS, Luzia de Maria. O que é conto. São Paulo, SP: Brasiliense,1984. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6 ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2008. TULCHINSKI, Lúcia. Fábulas de Jean de La Fontaine. São Paulo, SP: Scipione, 2008. YUNES, Eliana. Tecendo um leitor: uma rede de fios cruzados. 1 ed. Curitiba, PR: Aymará, 2009.