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Produção cinematógrafiaca
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PRODUÇÃO CINEMATÓGRAFIACA
PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA
O Cinema é antes de tudo uma arte coletiva. Não
se faz cinema sozinho. Mas, uma vez escolhida
atividade cinematográfica, é fundamental ter em
mente que iremos trabalhar com muitas pessoas e
que não podemos nos prender a rotinas ordinárias
do dia-a-dia.
A DIVISÃO DA EQUIPE
Uma produção cinematográfica, como já mencionamos, é
necessariamente coletiva, e, portanto, as tarefas devem
estar muito claras e os objetivos muito bem definidos.
Existem claro, inúmeras funções no cinema, cada uma delas
responsável por uma determinada faixa de atuação, uma
necessidade frente a um contexto específico – o filme – e que
variam em certa medida de acordo com o caráter da
produção. Entretanto, há certas funções que são básicas, e
que sem a qual não se faz cinema, pois são de necessidade
primordial. São elas:
DIREÇÃO:
O diretor de um filme é responsável pelo resultado final de um conjunto
chamado cinema.
No início do cinema, ainda por volta dos primeiros anos do séc. XX, não
havia nenhum contingente técnico disponível, e quem tivesse vontade de
filmar, deveria tomar todas as iniciativas para tal. Os diretores então
escreviam suas próprias histórias, produziam, filmavam, às vezes
atuavam e também montavam o filme. O Diretor tem, portanto, seguindo
o raciocínio europeu, a responsabilidade do projeto. Ele deve conhecer
perfeitamente todos os detalhes do roteiro, estudá-lo num storyboard, e
ter previamente uma imagem feita de cada plano, que no conjunto dará
significado à sua obra.
DIREÇÃO:
Além do mais, deve conhecer detalhadamente cada função técnica
do cinema, e saber o que pode extrair de cada uma com o
orçamento que tem. Deve ter uma cultura literária, musical e
dramática elevada, ou pelo menos condizente com o resultado que
quer obter do cinema, pois tudo servirá como referência em sua
criação, mas também para poder escolher a melhor trilha sonora e a
melhor forma de extrair a dramaticidade desejada de seus atores.
O trabalho do diretor é árduo, pois dele todos da equipe esperam
segurança, tanto na escolha dos planos como na condução da
filmagem tecnicamente falando
PRODUÇÃO::
Como Produtor em cinema, pode-se entender de três
maneiras principais: O Produtor, propriamente, o Produtor
Executivo, e o Diretor de Produção. O primeiro é o dono do
estúdio, no caso do cinema comercial, ou quem banca
financeiramente um filme, no caso do cinema artístico.
O Produtor executivo é o administrador da verba, do dinheiro
disponível, e que sabe exatamente todos os custos do filme
para direcionar melhor a produção durante as filmagens.
PRODUÇÃO::
O Diretor de Produção é o que gerencia as necessidades
práticas de um filme. É ele quem entra em contato com as
locadoras de equipamentos, os laboratórios, as locações, os
atores e a equipe técnica, procurando sempre a melhor opção
para o resultado que o diretor espera.
Em suma, o produtor é o responsável pelo andamento prático
do filme. Mais do que o próprio diretor, o diretor de produção é
quem sabe mais o que está acontecendo ao redor do filme.
FOTOGRAFIA:
O Diretor de Fotografia, DF ou simplesmente fotógrafo, é o responsável
pela imagem de um filme. Como todo o filme é uma projeção de imagens
fotográficas, sua participação confunde-se com o próprio ato de fazer
cinema, e daí o uso dessas expressões.
O fotógrafo é o responsável por todo o design da luz do filme, ou seja,
ele concebe as características estéticas dos tipos de iluminação para
cada plano, bem como eventuais efeitos de filtragem na luz (gelatinas nos
refletores ou filtros na câmera), para obter colorações específicas na luz
ou mesmo balanceá-las; considera as relações de contraste da luz e do
filme e escolhe qual a exposição correta para cada plano filmado.
ARTE:
A equipe de Arte costuma ser maior que as demais.
Isso porque existem muitas funções adjuntas, que
trabalham paralelas e que se denominam
genericamente a Arte de um filme. Mas, em linhas
gerais, elas são constituídas principalmente pela
cenografia (cenários em estúdio ou preparação de
locações), adereços (objetos de cena), pelo figurino
(roupas e acessórios que os atores vão utilizar) e
pela maquiagem.
SOM:
Uma vez que não se faz mais filmes mudos desde 1927, o técnico de som
em algum momento com certeza entrará na produção. O que pode ocorrer é
ele não estar presente durante as filmagens, pois há duas maneiras de
colocar som no filme: A primeira é o som direto, captado com um gravador
profissional de fita ¼’ chamado Nagra, um DAT (Digital Audio Tape) ou ainda
som digital gravado em cartões de memória, no exato momento da filmagem.
Todos os sons (ruído, música, diálogos) serão captados e estarão em
sincronismo perfeito com a imagem (na parte técnica há mais detalhes sobre
isso); A Segunda é o som feito depois da filmagem, na pós-produção, e que é
reproduzido num estúdio de som, através da dublagem dos atores e dos
ruídos de ambiente recriados.
SOM:
De qualquer maneira, o som no produto final, no filme
terminado, é uma das últimas etapas a ser finalizada. Inclui a
produção e/ou gravação de trilha sonora, inclusão de ruídos
específicos, mixagem e transcrição (ver técnica). Neste caso,
por vezes há ainda outro técnico encarregado apenas desta
etapa.
MONTAGEM E FINALIZAÇÃO:
Entende-se por montagem ou edição a ordenação dos planos filmados de
tal maneira que formem um contínuo de ações que geram sentido de
acordo com o roteiro. É como se um escritor pensasse previamente em
todas as palavras que fosse escrever, e só depois de selecioná-las é que as
colocaria em ordem para fazer sentido. É uma comparação exagerada, pois
um escritor lida com milhares de palavras, e os cineastas lidam com
algumas dúzias (ou centenas, no caso de um longa) de planos, um número
muito menor de elementos. Mas a importância da montagem fica bastante
clara através deste exemplo, pois o filme não está pronto sem este
arremate importantíssimo, a ordenação dos elementos selecionados.
MONTAGEM E FINALIZAÇÃO:
Neste quesito, seu trabalho não é apenas colocar em
ordem, mas também imprimir ritmo e harmonia nos cortes de
cada plano, de tal maneira que as mudanças de um plano
para outro fiquem tão naturais que passem despercebidas.
COMO SE FAZ CINEMA - ETAPAS DA PRODUÇÃO
1.PRÉ-PRODUÇÃO:
A etapa de pré-produção de um filme começa quando há verba
disponível; e portanto, está pressuposta toda a parte de captação de
recursos, anterior a esta. Uma vez captado o dinheiro da produção, ao
todo ou em parte, inicia-se o processo de pré-produção.
Este nada mais é que uma organização sistemática de como serão
conduzidas as filmagens. Por mais que essa organização varie de filme
para filme, de diretor para diretor, ela sempre é necessária, em maior ou
menor grau, pois, como já mencionamos, sendo o cinema uma arte
coletiva, é preciso contar com a disponibilidade e organização não só da
equipe, mas também dos atores e também de terceiros que cedem
locações, objetos de cena, figurinos, etc.
Sem que haja um cronograma, análise
técnica e uma divisão eficiente de planos
por dia, não é possível dar conta de todos
os detalhes de produção de um filme, além
da eminente possibilidade de ‘queimar o
filme’ com quem se dispõe a ajudar. Mas
que fique claro: fazer um cronograma,
análise técnica e plano de filmagem não
livra ninguém de contratempos; mas com
certeza farão de todos passíveis de ser
resolvidos sem prejudicar o andamento da
filmagem, sem necessidade de
extremismos.
1.PRÉ-PRODUÇÃO:
As etapas de uma pré-produção
podem estar sobrepostas, mas as
etapas são fundamentais e em
algum momento devem estar
presentes. São elas:
Escolha da Equipe
Reuniões gerais de produção
Análise técnica e cronograma
Escolha do Elenco
Reuniões de equipe
2. PRODUÇÃO:
Chamamos produção o início das filmagens
propriamente ditas, e que pressupõe que todos (ou
pelo menos a grande maioria) dos itens de pré-
produção já estejam resolvidos.
A produção confunde-se com a própria ação de
fazer cinema, mas, como vimos na pré e veremos na
pós-produção, este fazer cinema inclui muito mais
que o set de filmagem. De qualquer maneira, esta é a
etapa mais sedutora do trabalho em cinema.
2. PRODUÇÃO:
O ambiente em que está sendo realizada a filmagem chama-se set de
filmagem, e pode ser qualquer lugar, estúdio ou locação, mas que deve ser
considerado como tal durante a permanência da equipe por lá. Isso significa
que ele deve ser claramente delimitado, ‘cercado’, e apenas os profissionais
envolvidos nas filmagens terão acesso a este espaço, salvo convites
expressos de membros da equipe. Isso porque é fundamental que se
mantenha a ordem e a concentração durante as filmagens, e a permanência
de curiosos, transeuntes, pessoas alheias ao objetivo do filme, costumam
desviar a atenção dos técnicos e atores. O espaço do set de filmagem é o
local de trabalho do cineasta e deve ser compreendido como tal.
2. PRODUÇÃO:
Cada equipe deve ter uma ‘base’ de controle, geralmente os chamados
“praticáveis” (mesa desmontável de madeira), em que são acomodados os
equipamentos e suprimentos necessários de cada função, e esta base é
exclusiva de cada equipe, não devendo ser misturada. Em outras palavras,
há um espaço específico da fotografia, onde estarão os cases de câmera,
tripés, caixa de filtros, fotômetros, equipamentos do assistente, etc.,
O produtor de set é responsável pela organização destas bases, escolhendo
os melhores locais para cada equipe (a fotografia deve ficar sempre à
sombra numa locação externa, por exemplo), providenciando cadeiras para
atores e equipe, guarda-sol ou guarda-chuva, se necessário, organizando as
refeições e distribuindo a equipe nos transportes.
2. PRODUÇÃO:
Todos os diretores técnicos – e também o diretor – devem chegar a
um set de filmagem com uma ideia muito clara do que vai acontecer
lá, bem como todos os procedimentos já previamente decididos. O
set não é o lugar para pensar sobre, é para fazer o que já foi
pensado. Se há necessidade de parar o set para pensar o que se deve
fazer, algo está fora de lugar, e será preciso repensar o cronograma.
No caso específico do diretor de fotografia a luz já deve estar
previamente concebida, se possível já montada por completo, e o DF
apenas ‘afina’ a luz, que nada mais é que um ajuste sutil da luz para
os personagens ou objetos montados no cenário
3.PÓS-PRODUÇÃO:
A pós-produção subentende duas ações; a desprodução do set de
filmagem e também a finalização do filme.
Em se tratando da pós-produção imediata de um filme, podemos
entender que toda a parafernália de equipe, atores, locações,
equipamentos, e tudo o que está subjacente a isso, precisa voltar
para o seu lugar. Sim, é um monte de trabalho, muitas vezes braçal,
mas é assim que se faz num planeta tão denso como a Terra. Ainda
mais em 3 dimensões.
Em linhas gerais, a pós-produção neste sentido envolve todo o
processo de desprodução, que significa:
• Encerrar todos os contratos com os atores
e equipes, bem como pagá-los (no caso de
produções comerciais ou com subsídio);
• Providenciar a volta e o deslocamento de
atores e membros das equipes de outros
estados e localidades distantes, para que
voltem sem ônus para casa;
• Devolver todas as locações no mesmo
estado em que se encontraram antes das
filmagens, pintar novamente estas locações
se for preciso, bem como arcar com os
custos de alguma perda ou substituir objetos
e utensílios que possam ter sido quebrados
por conta da filmagem.
3.PÓS-PRODUÇÃO:
• No caso de cenários, desmontá-los e
procurar formas de reutilizar ou reciclar
a matéria-prima (madeira, plástico,
papel), ou ainda doar itens que não serão
mais utilizados. Evita-se a todo o custo
jogar coisas fora.
• A produção também deve providenciar
a devolução de todos os objetos tomados
emprestados ou em consignação para o
filme, e devolvê-los de preferência com
uma carta de agradecimento assinada
pelo diretor de produção.
3.PÓS-PRODUÇÃO:
Ainda posteriormente à finalização, há outra etapa ainda, que consiste na
divulgação, distribuição e exibição, ou seja, toda a publicidade e a viabilidade
do filme ser visto e comentado. Para isso, há desde o circuito comercial, para
longas-metragens, e o circuito alternativo de festivais, mostras e exibições
específicas, que servem não apenas para lançar longas mas também exibir
curtas, documentários e filmes experimentais. A divulgação de um produto
audiovisual é de extrema importância, já que o cinema é uma arte que foi
feita para ser vista. Os americanos entenderam isso muito bem, e até hoje
demonstram competência tanto na arte da realização como na
comercialização
ALUNOS:
Camila
Viviana
Thalis
Taiane