Produção e Nagócios

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NEGÓCIOS PRODUCÃO & ANO 1 - NÚMERO 2 RIO BRANCO, DOMINGO, 22.01.2012 Acre vai fabricar bicicletas e motos elétricas Página 2 Governo e empresários vão criar Pólo Logístico Concessionárias otimistas com vendas para 2012 Páginas 4 e 5 Páginas 6 e 7

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Caderno Produção e negócios

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NEGÓCIOSPRODUCÃO

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ANO 1 - NÚMERO 2RIO BRANCO, DOMINGO, 22.01.2012

Acre vai fabricar bicicletas

e motos elétricasPágina 2

Governo e empresários vão criar Pólo Logístico

Concessionárias otimistas com vendas para 2012

Páginas 4 e 5

Páginas 6 e 7

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Rio Branco – AC, DOMINGO, 22.01.20122NEGÓCIOS

PRODUCÃO&

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Moto e bicicleta elétricas serão

fabricadas no Acre

Juracy Xangai

A primeira loja a vender motos e bicicletas movi-das a eletricida-

de será inaugurada ainda nesta semana. A loja que vai funcio-nar na Rua Minas Gerais, 1041, além de vender as bikes e mo-tos elétricas, também oferecerá assistência técnica, peças de re-posição, acessórios e serviços. Ela faz parte da estratégia de diversificação de negócios da Engeplan, empresa acreana com sede em Rio Branco e filial em Manaus, especializada em im-portações, que atua no mercado desde 1988 trazendo cimento das ilhas de Trinidad e Tobago, além de importar alimentos do Chile e Peru.

“As bicicletas e motos elé-tricas fazem parte da nova ten-dência do mercado mundial que atende aos apelos da consciência ecológica contra a poluição am-

Veículos garantem transporte confortável, silencioso, econômico e sem poluição ambiental

biental e pelo uso de transportes mais econômicos. A partir desta semana estaremos vendendo as bicicletas e no final de fevereiro, as motos. Enviamos um técnico para receber treinamento em Manaus e poder prestar assis-tência técnica aos nossos clien-tes em Rio Branco”, explica Márcio Rebouças, proprietário da Engeplan.

Esportividade e economiaCom autonomia para 50

quilômetros, deslocando-se a uma velocidade de até 38 qui-

lômetros por hora, as bicicletas elétricas são facilmente recar-regáveis nas tomadas comuns em duas ou três horas. “Elas são extremamente econômicas. Assim, por exemplo, quem re-carregar a bateria todos os dias durante trinta dias vai gastar R$ 15 de energia elétrica por mês. Para os que quiserem usá-la es-portivamente, basta desencaixar a bateria e sair pedalando”, diz Rebouças.

Elas são equipadas com fa-róis, sinaleiros, freio a disco, alarme e três marchas de velo-cidade. Os primeiros modelos estão disponíveis nas cores la-ranja, grafite e azul. Na lojinha serão disponibilizados acessó-rios, inclusive baú para o baga-geiro utilizado em serviços de entregas rápidas.

Indústria China-Acre

Em um primeiro momen-to as bicicletas produzidas pela

Shenzehen Zhougmo Technogy Co. Ltda. estarão sendo impor-tadas da China, mas Márcio Re-bouças já firmou parceria com a empresa chinesa para construir uma montadora no Distrito In-dustrial d Rio Branco, ainda nes-te ano. Nela serão montadas 2,5 mil bicicletas elétricas por mês, mais 10 mil bicicletas conven-cionais, gerando 120 empregos diretos.

“A fábrica de bicicletas já é uma certeza e tem data marcada para começar a funcionar. Já o projeto da montadora de mo-tos elétricas está dependendo da regulamentação da Zona de Processamento de Exportações, a ZPE, para que possamos dar os toques finais nessa proposta, que contará com investimento de capital brasileiro e chinês”, anuncia Rebouças.

Primeiro comprador

Proprietário da Center Out-door, empresa especia-lizada na produção visual de empresas e negócios, Fer-nando Almeida, foi à loja da Engeplan negociar a compra de uma bicicleta elétrica para um de seus funcionários, que mora no bairro Belo Jardim e trabalha na Vila Ivonete, per-dendo com isso muito tempo nos transportes públicos.

“Temos um bom funcio-nário e decidimos compensá--lo com uma mobilidade que garanta mais agilidade e qua-lidade de vida. As bicicletas elétricas me parecem uma ótima alternativa de transpor-te para os jovens de primeiro emprego, a quem gosta de esportes e trabalhadores que não podem tirar carteira de motorista. Experimentei e considerei um equipamento bem resistente e de fácil ma-nejo”, garante Fernando.

Márcio Rebouças, da Engeplan

Proprietário da Center Out-door adquiriu produto para funcionário

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Os coorde-nadores do Programa de Compra An-

tecipada, da Secretaria de Ex-tensão Agroflorestal e Produ-ção Familiar (Seaprof), deram na semana passada uma boa notícia aos produtores rurais de Epitaciolândia. Reunidos para falar sobre o Programa

Projeto garante compra de produção agrícola em Epitaciolândia

de Aquisição de Alimentos (PAA), os agricultores fami-liares ficaram sabendo que o governo vai investir este ano recursos na ordem R$ 270 mil na compra de alimentos.

Cerca de 60 produtores no município serão beneficiados. Os alimentos serão doadas pelo governo a dez entidades socioassistenciais. Creches,

casas de recuperação e abri-gos, que atendem 2.896 pes-soas em insegurança alimen-tar, serão beneficiadas pelo programa.

A Pastoral da Criança é uma das entidades favoreci-das. Os alimentos destinados a ela ajudarão a alimentar 200 crianças.

“Além disso, mais 150 fa-mílias recebem alimentos, e sem essa ajuda estariam em situação ainda mais difícil”, disse Maria Ivana de Madale-na, coordenadora da Pastoral da Criança.

O PAA disponibilizou para este primeiro semestre três mil reais, na modalidade compra antecipada e com do-ação simultânea. A previsão de repasse para o segundo se-mestre é de 12 mil reais.

Para participar do progra-ma, o primeiro passo é estar associado a uma entidade, seja sindicato ou associação, e procurar um dos escritó-rios da Seaprof para cadastrar

e identificar quais produtos podem ser disponibilizados. Atualmente, a lista inclui itens como maracujá, limão, laranja, alface, repolho, couve, cebo-linha, batata doce, macaxeira, Com o programa agricultores têm renda garantida

Produtos agrícolas são destinados a pessoas em insegurança alimentar

pé-de-moleque, abóbora, ba-nana, couve e cheiro verde.

O prefeito José Ronaldo Pereira Pessoa participou da reunião com os representan-tes da Seaprof.

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Pólo Logístico vai gerar empregos, garantir eficiência e fortalecer a economia do Acre

Com o Pólo Lo-gístico de Rio Branco, o go-verno do Es-

tado promete gerar mais de três mil postos de trabalho no início do verão. O empre-endimento será instalado em uma área de 133 hectares, lo-calizada no km 5 da BR-364, sentido Rio Branco/Porto Velho. O terreno já foi ad-quirido. Serão investidos R$ 13,5 milhões em iluminação, saneamento e pavimentação do local, que deve atrair ainda investimentos de R$ 120 mi-lhões do setor privado.

Além da infraestrutura básica, o pólo contará com hotel, restaurante, posto de combustíveis, agência bancá-ria, galpões e espaço para os órgãos fiscalizadores. A ideia é transferir para lá os empre-endimentos do setor ataca-dista, de distribuição e trans-porte da capital. A medida vai garantir aos empresários do ramo maior mobilidade e economia.

Por enquanto, mais de 40 empresas já manifestaram in-teresse em se instalar no pólo. Nesta semana, o governador Tião Viana e o secretário de Desenvolvimento Econômi-

co, Indústria, Comércio, Ser-viços, Ciência e Tecnologia (Sedict), Edvaldo Magalhães, terão uma conversa com investidores do Via Verde Shopping. Em um segundo momento, os donos de imo-biliárias da capital serão pro-curados. O governo não quer apenas funcionalidade, mas construções padronizadas no local.

Otimismo

Animados com a perspec-tiva, alguns empreendedores já desistiram de novos inves-timentos, à espera da conso-lidação do Pólo Logístico. É o caso do empresário Valdir Sperotto, proprietário da Ka-rinas Distribuidora, localiza-da na estrada de Porto Acre.

“Tínhamos um projeto de ampliação do nosso galpão, mas agora vamos para o Pólo Logístico. É uma iniciativa que trará muitos benefícios para o Estado e para as em-presas”, disse Sperotto. Ele atualmente trabalha com a distribuição de mais de três mil itens para Rio Branco e municípios do interior, ge-rando cerca de 280 empregos diretos.

José Ferreira, proprietário da empresa Roda Viva, está há 32 anos no mercado. Ele começou com uma pequena empresa e agora tem filial em

outros estados. Mas diz en-frentar dificuldades por falta de espaço para ampliar ou construir uma nova sede para sua empresa.

“Falta espaço para a ma-nobra das carretas e para o armazenamento dos produ-tos”, lamenta.

O empreendimento de José Ferreira gera mais de 300 empregos diretos só no Acre, apesar de funcionar em um espaço alugado atrás de um posto de combustível na Via Chico Mendes. Para ele, a possibilidade de mudar para um espaço adequado é a concretização de um sonho antigo.

“Esse Pólo vai marcar o início de um novo tempo para todos nós. Além da pos-sibilidade de modernização dos nossos serviços, pode-remos ampliar e gerar novos postos de trabalho. Hoje es-tou num espaço alugado, en-frentando muitas dificuldades para oferecer um serviço de qualidade”, diz.

A história de Leonidio Po-leto, da Casa dos Cereais, não é diferente. Foi com otimis-mo que ele recebeu a notícia da criação do Pólo Logístico e sonha com novos investi-mentos.

“Já tivemos vontade de desistir. Fechar as portas e ir

“O Pólo ficará numa área estratégica para as empresas. Ali teremos um grande investimento da iniciativa privada, mostrando

que nossos empresários estão otimistas e acreditando no momento bom que o Acre vive. É uma relação de confiança, por

isso devemos ousar e trabalhar muito. Vale lembrar que todo esse arranjo foi construído em parceria com os empresários do setor”

Governador Tião Viana

“Muitas empresas hoje enfrentam várias dificuldades para trabalhar e precisam mudar o mais rápido possível para um novo endereço. Estamos otimistas e confiantes nesse grande projeto”

Presidente da Adacre, José Carlos.

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Pólo Logístico vai gerar empregos, garantir eficiência e fortalecer a economia do Acre

“Não estamos fazendo as coisas por fazer. Toda construção tem a ampla participação dos interessados. Isso mostra o momento novo que

o Acre vive. O Pólo será o endereço do emprego. Ali serão gerados mais de três mil postos de trabalho, superando o Via Verde Shopping”

Secretário Edvaldo Magalhães

O governo também está criando a Comissão da Políti-ca de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição no Acre (Copal). O órgão será coordenado pela Secretaria de Desenvol-vimento Econômico, Indús-tria, Comércio, Serviços, Ci-ência e Tecnologia (Sedict).

A Copal será compos-ta ainda pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Es-tado (PGE), Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado do Acre (Adacre), Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Sindicato das Empresas de Logística e Transporte do Acre (Setacre), Federação do Comércio do Acre (Fecomércio) e Associa-ção Comercial, Industrial e de Serviços do Acre (Acisa).

O Pólo Logístico de Rio Branco será construído em uma área de 133 hectares na BR 364 sentido Rio Bran-co/Porto Velho, bem ao lado de onde será construí-da a Cidade do Povo. O Go-verno do Estado vai investir R$ 13,5 milhões, na compra do terreno e na construção de toda infraestrutura.

O Pólo vai atrair um in-vestimento de R$ 120 mi-lhões da iniciativa privada,

No dia 30 de de-zembro de 2011, o governador Tião Viana sancionou a lei que cria o Pólo Logístico e a Política de Incentivos às Atividades Comer-ciais e de Distribuição em Rio Branco.

Logo após a sanção da lei que cria o Pólo Logístico, o secretário Edvaldo Magalhães decidiu visitar as mais de 40 empresas do setor para conhecer a realidade de cada uma e apresentar o projeto aos empresários. Ele destaca as facilida-des para a chegada e saída de produtos, a modernização e a possibilidade de am-pliação dos negócios, o que vai gerar empre-go e renda.

embora do Acre. Mas sem-pre acreditamos que as coisas iriam melhorar. Essa notí-cia do Pólo Logístico é ani-madora. Começamos nosso empreendimento há 20 anos, estamos crescendo, geramos empregos para mais de 460 famílias. Mas enfrentamos muitas dificuldades para con-tinuar trabalhando”, afirma.

“Visitamos as empresas, conversamos com os empre-sários para conhecer a rea-lidade de cada um deles. Ao mesmo tempo nos dedica-mos a cumprir as etapas bu-rocráticas. Queremos já em abril iniciar as obras de in-fraestrutura e, o mais rápido possível, começar a constru-ção das empresas”, destacou Edvaldo Magalhães.

“Nós estamos ansiosos pelo início das obras. Foi uma longa espera e agora temos muitas propostas. Estamos pensando de modo coletivo,

visando melhorias para todas as empresas. Acreditamos que a criação do Pólo marcará o início de um novo tempo no Acre”

Presidente do Setacre, Nazaré Cunha

Edvaldo Magalhães visitou empresas e ouviu empresários para conhecer a realidade dos atacadistas do Estado

Sobre o Pólo Logísticocom a geração de 3 mil pos-tos de trabalho, se tornan-do o empreendimento com maior número de empregos gerados, superando, inclusi-ve, o Via Verde Shopping.

No mesmo espaço, além dos galpões das empresas, será construído restauran-te, posto de gasolina, hotel, área de lazer, espaço para órgãos fiscalizadores, agen-cias bancárias, entre outros.

Edvaldo Magalhães ga-

rantiu que as concessões das áreas serão feitas o mais rápido possível. “Em poucos meses as primeiras empresas estarão no Pólo”, afirmou.

O projeto, aprovado por unanimidade, pelos deputa-dos estaduais, estabelece os critérios a serem obedecidos pelas empresas interessadas em aderir ao programa e as condições necessárias à concessão de benefícios.

Incentivos para as

empresas

R$ 13,5 milhões foram destinados pelo governo estadual à compra do terreno e obras de infraestrutura básica

Projeto de lei sancionado

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Juracy Xangai

Ainda que o Bra-sil esteja resis-tindo melhor aos efeitos da

bolha financeira que castiga o mercado mundial, o cres-cimento interno desacelerou, mas se mantêm as perspec-tivas positivas no setor au-tomobilístico. Mesmo tendo vendido praticamente um quinto do previsto para 2011, o mercado dá sinais de recu-peração.

No Acre as vendas vi-nham crescendo em ritmo constante – de 2004 a 2010 as vendas atingiram 8.226 veícu-los leves, ou seja, automóveis e caminhonetas. Em 2011 fo-ram vendidos 7.336 veículos, registrando assim uma queda de 10,82% nas vendas em re-lação a 2010.

Em 2011 as concessioná-rias de motos também senti-ram os impactos da adequa-ção do mercado, vendendo

Setor automobilístico volta a crescerMercado previa crescimento de 15% nas vendas em 2011, vendeu 2,82% e deve crescer 5% neste ano

11.557 motos, 8.68% a me-nos que em 2010.

“A facilidade de acesso ao crédito e os incentivos do go-verno federal, que reduziu o IPI, e do governo estadual, com redução do IPVA como medida preventiva para evitar a contaminação do mercado brasileiro pela crise mundial, foi muito positiva e estimulou as compras. A melhor fase das vendas durou até março

de 2011, quando os incenti-vos foram retirados. Apesar dessa queda, não vemos isso de forma negativa, mas como uma adequação do mercado à nova realidade brasileira, que continuará crescendo. No caso da venda de carros, a perspectiva é de crescer 5% neste ano”, declara Leandro Domingos, presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos do Estado do

Acre, presidente da Federa-ção do Comércio do Acre e proprietário da concessioná-ria Fiat Comauto.

Outros fatores

Leandro lembra que a es-tabilidade do real e os incen-tivos do governo levaram a uma facilidade muito grande de crédito, quando muitas pessoas iam às concessioná-rias e compravam um carro sem entrada. A empolga-ção gerou uma alta taxa de inadimplência e endivida-mento, por isso as financeiras passaram a restringir o crédi-to e a aumentar as exigências e garantias. Hoje poucos con-seguem ir às lojas e sair de lá com um carro zero km sem pagar pelo menos 20% do va-lor como entrada.

Histórico

O presidente do sindicato lembra que de acordo com

os números do Detran, de 1997 a 2006, e do Renavan, a partir de 2007 até 2011, é possível acompanhar o cres-cimento constante da venda de veículos no Acre.

Em 1997 foram vendidos 2.233 carros no Estado, gra-ças às facilidades de compra criadas pelo governo federal no incentivo ao Pró-álcool. Esse índice caiu nos anos seguintes para recuperar-se em 2004, e então crescer até 2011. Neste período de 15 anos foram vendidos 53.964 veículos leves e 81.443 mo-tocicletas.

Hoje a capital tem con-cessionárias das marcas Volkswagen, General Mo-tors, Kia Motors, Cherry, Ci-troen, Toyota, Honda, Mist-subishi e Hyunday. Ainda neste ano serão inauguradas concessionárias da Peugeot e da JAC. Todas, claro, dis-putando espaço para colocar seus produtos no marcado acreano.

Concessionárias registraram aumento nas vendas nos últimos sete anos, mas rítimo desacelerou em 2011

Empresário Leandro Domingos, da Fiat Comauto

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Profissionalização na prestação de serviços e no atendimento ao

público das lojas e oficinas é o foco principal do Sindica-to do Comércio Varejista de Peças e Assessórios (Sindipe-ças), que vem mantendo atu-alizadas as mais de 600 lojas de autopeças e 700 oficinas espalhadas por todo o Acre.

As melhorias são resul-tado de treinamentos com especialistas e realizados através de parcerias com ins-tituições como o Sebrae e o Senac, como explica Valde-mir Alves do Nascimento, o “Davi”, presidente do Sin-dipeças no Acre e proprietá-rio da Davi Autopeças, que

funciona na avenida Nações Unidas.

“Na maioria das autope-ças e oficinas são gerados de quatro a cinco empregos, mas há muitas com até 60 a 70 trabalhadores no atendi-mento aos mecânicos e mo-toristas. Para permanecer no mercado, que vem trazendo veículos cada vez mais mo-dernos, eles precisam de trei-namento a fim de se manter atualizados com as inovações da mecânica. Assim, quanto mais carros, mais serviços e empregos”, afirma o sindica-lista.

Ele garante que apesar dessa redução de mais de 10% nas vendas de veículos no Acre, em 2011, em re-

lação a 2010, as lojas e ofi-cinas continuam com seus negócios aquecidos e em crescimento porque tanto carros novos quanto usados precisam de manutenção constante.

Custo Brasil

Davi reclama da carga tributária que pesa cada vez mais sobre o setor. “Nos-so maior gargalo ainda são as pesadas taxas e impostos que recaem sobre as peças no balcão das lojas e nas ofi-cinas, por isso nós hoje esta-mos trabalhando focados em produtos e serviços especí-ficos de interesse do merca-do”, diz.

A história de Nelson Freitas Correia, que saiu do serin-

gal em 1980 e veio para Rio Branco iniciar a vida como servente de pedreiro, depois pedreiro, taxista e há onze anos criador e proprietário da Autoescola e Despachante Vi-tória, é um exemplo de como a ampliação da frota de veícu-los gera oportunidades de ne-gócios e empregos nos mais diversos setores.

Ele recorda que há cerca de dez anos havia onze auto-escolas em Rio Branco. Hoje são vinte e uma e essa multi-plicação acontece ao ritmo de crescimento da frota de car-ros. Mas destaca que para se manter nesse mercado é preci-so ser competitivo e oferecer mais que um serviço eficiente. “É preciso conquistar a con-fiança das pessoas”, ensina.

“Mais que oferecer aulas de trânsito, legislação e me-cânica, nós temos que traba-lhar o caráter dos motoristas que estamos formando, prin-cipalmente os jovens, porque geralmente são um pouco mais afoitos. Essa orientação é fundamental para que não saiam fazendo loucuras por aí, complicando a vida de seus familiares e até o nome da au-toescola que o treinou. Então trata-se de um serviço educa-cional que exige muito cuida-do e responsabilidade porque trabalhamos com a vida das pessoas”, esclarece Nelson.

Cadeia produtiva: das fábricas à garagem dos consumidores

Oficinas e autopeças crescem com aumento de veículos em todo Estado

Davi comemora crescimento, mas também reclama da carga tributária

Competitividade

O empresário lembra que quando decidiu montar a au-toescola comprou um carro usado, pegou R$ 5 mil empres-tados de um amigo e a moto de outro. “Quando abri a au-toescola, minha primeira aluna de moto foi minha vizinha que me emprestou o capacete para as aulas. Meu sonho era ter dois carros e duas motos para poder trabalhar, e hoje tenho seis car-ros, quatro motos, um ônibus e uma carreta para as aulas. Ge-

ramos seis empregos no aten-dimento e 12 para instrutores. Pessoalmente eu trabalho uma média de 12 horas por dia, mas vale a pena porque gosto do que faço”.

A evolução foi marcada por diferentes momentos, confor-me relatou Nelson. “Há oito ou nove anos a gente ganhava uma média de R$ 12 por hora-aula, eu tinha 12 carros e oito mo-tos, a concorrência aumentou, entendi que o importante era investir na especialização, na melhoria do ambiente, do aten-

dimento e dos serviços. Hoje o ganho por aula está na faixa dos R$ 5, então o negócio tem de ser bem gerenciado, a maio-ria dos nossos alunos é jovem”, diz.

Primeira carteira

Edenilce Dantas foi à es-cola preparar o caminho para que seu sobrinho, estudante de direito, possa ir às aulas com mais autonomia para não ter de depender da má qualidade dos transportes públicos e para

sua segurança, porque estuda à noite.

“Eu e meu marido compra-mos um carro novo, passamos o usado para o meu sobrinho, que vai às aulas à noite, e faz parceria com meu pai que pre-cisa de mobilidade pela manhã. Lá em casa já é costume alguém comprar um carro novo, passar o usado para quem não tem e todo mundo cuida uns dos ou-tros, o que acaba funcionando como uma poupança coletiva, sem ninguém se endividar”, ga-rante Nilce.

Estado contabiliza 170.392 veículos em circulação; na capital estão mais de 118 mil

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E x p E d i E n t E :Textos publicados nesta página são de responsabilidade da Assessoria de Comunicação do Sebrae no Acre Jornalista Responsável: Lula Melo MTB 015/90 - e-mail: [email protected]. Colaboradores: Juracy Xangai, Vanessa França e Evandro Souza. Sugestões, comentários e-mail para [email protected]. Central de atendimento: 0800-5700800

Quem tem conhecimentovai pra frente!

Conheça as formas de atendimento do Sebrae

Leonardo Brito

Mais transparência e es-tímulo à modernização da atividade empreendedora no país e novas possibilidades de negócios bem-sucedidos no Brasil. Essa é a perspectiva apontada pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ao avaliar a Em-presa Individual de Respon-sabilidade Limitada (Eireli).

Nova modalidade de pessoa jurídica, a Eireli introduz mu-danças que vão favorecer os pequenos negócios nos pró-ximos anos, prevê o diretor.

A Eireli foi criada pela Lei 12.441/2011 e entrou em vigência no último dia 9. Com ela, uma antiga rei-vindicação dos empresários tornou-se realidade: já não é preciso contar com um sócio somente para formalizar a

constituição de uma empre-sa. “Antes, muitos empresá-rios recorriam a um amigo ou à própria esposa para conseguir abrir uma empre-sa”, lembra Carlos Alberto. “Haverá mais transparência e menos burocracia com a alternativa da Eireli.”

Outra mudança significa-tiva na economia brasileira introduzida pela Eireli, con-forme o diretor do Sebrae,

refere-se à desvinculação dos bens pessoais do patrimônio da empresa. Com essa defi-nição, o empresário de uma Eireli elimina o risco de ter seu patrimônio pessoal com-prometido por algum impas-se fiscal ou trabalhista, por exemplo.

Ao constituir ou migrar para uma Eireli, o empresário deve dispor de capital social de, no mínimo, cem salários

mínimos, ou R$ 62,2 mil em valores atuais.

A Eireli pode optar pelo regime tributário diferenciado Simples Nacional, desde que atenda ao faturamento má-ximo de até R$ 360 mil para microempresa e de até R$ 3,6 milhões para a pequena em-presa. Outra determinação da lei é que a pessoa física somen-te poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.

Ambiente legal

Empresa limitada agora pode ser individualNova modalidade acaba com sócios pró-forma e diminui riscos para empreendedor

O Sebrae oferece cursos e pales-tras, consultorias, informações de

gestão. E ajuda sua empresa a se aproximar de parceiros e clientes. O seu negócio pode ficar mais competitivo e lucrativo.

O Sebrae possui uma estrutu-ra de atendimento presencial em todo o país, um atendimento te-lefônico gratuito (0800 570 0800) e forte presença em ambientes online.

Mantém um contato perma-nente com as micro e pequenas empresas e procura sempre se fazer presente nas mais diversas comunidades, através de sua es-trutura própria e de parceiros.

Para isso, utiliza várias estra-tégias, que vão do atendimento individual, caso a caso, ao aten-dimento coletivo. De forma sim-ples, podemos dizer que o Sebrae atende o público com a oferta dos seguintes tipos de serviços:

Capacitação

O Sebrae oferece cursos gratuitos e subsi-diados, de forma presencial e a distância. Os cursos e treinamentos são de alta qualidade e a programação é extensa. Aproveite para se inscrever em um curso online ou considere fazer o Empretec. Sua empresa vai mudar.

Consultoria

O Sebrae presta consultoria a empresas em formação e empresas já formalizadas e mais avançadas. As consultorias são presen-ciais e envolvem estudos de viabilidade, pla-nos de negócio, gestão financeira, marketing, inovação e tecnologia, além de diagnósticos para situações específicas.

Informação técnica

Encontre informação e publicações sobre questões técnicas para condução de seu ne-gócio, que envolvem gestão, vendas, tecnolo-gia e finanças, respondidas a partir de conte-údos disponíveis no Sebrae ou no mercado.

A informação neste caso é genérica e não

está dirigida a uma empresa determinada. Ela é oferecida a partir de uma demanda do cliente sem um processo de diag-nóstico.

A informação é oferecida de forma presencial nos pontos de atendimento do Sebrae ou através de meios como, televi-são, rádio, internet, telefone, impressos e vídeos.

Promoção e acesso a mercado

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A falta de crédito é obstáculo para o desen-volvimento dos pequenos negócios no Brasil. O Sebrae não é um banco e não empresta recursos, mas contribui para criar uma estrutura adequada de atendimento a seus clientes. Para isso presta informações e faz articulações com instituições financeiras públicas e privadas e órgãos de su-

pervisão e controle, de modo a reduzir as barreiras que enfrentam os empreendedores na busca por recursos financeiros.