Prof a. Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

56
LABORATÓRIO DE MICOTOXINAS E CONTAMINANTES ALIMENTARES - LABMICO Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina Prof a. Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL -caminhos para a alimentação saudável- 16/10, ALESC, Florianópolis, SC PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SEGUROS ALIMENTOS SEGUROS

description

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SEGUROS. Prof a. Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL -caminhos para a alimentação saudável- 16/10, ALESC, Florianópolis, SC. - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of Prof a. Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Page 1: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

LABORATÓRIO DE MICOTOXINAS E CONTAMINANTES ALIMENTARES - LABMICO Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias,

Universidade Federal de Santa Catarina

LABORATÓRIO DE MICOTOXINAS E CONTAMINANTES ALIMENTARES - LABMICO Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias,

Universidade Federal de Santa Catarina

Profa. Vildes M Scussel, PhD, PD

SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL -caminhos para a alimentação saudável-

16/10, ALESC, Florianópolis, SC

Profa. Vildes M Scussel, PhD, PD

SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL -caminhos para a alimentação saudável-

16/10, ALESC, Florianópolis, SC

PRODUÇÃO DEPRODUÇÃO DEALIMENTOS ALIMENTOS SEGUROSSEGUROS

Page 2: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

DEFINIÇÕES FAO:(Food and Agriculture Organization)

1. FOOD SAFETY: ALIMENTOS SEGURO2. FOOD SECURITY: ALIMENTO

SUFICIENTE2. FOOD SECURITY: exists when all people, at all times, have physical, social and economic access to sufficient, safe & nutritious food for healthy life (FAO, 2012)

1. FOOD SAFETY: is the condition which ensures that food will not cause harm to the consumer when prepared and/or eaten according to their intended use (FAO, 2012)

Food borne illnesses: caused by ingestion of

contaminated food either (a) infectious or (b) toxic. Every person is at risk of food

borne illness.

Page 3: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

DOENÇAS PROVENIENTES DE ALIMENTOS

1. INFECÇÕES

2. INTOXICAÇÕES 2.1. Químicas2.2. Biológicas

SalmoneloseSalmoneloseCampilobacterioseCampilobacterioseListerioseListerioseInfeção enterohemoragicaInfeção enterohemoragicaCóleraCólera

Page 4: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

INTOXICAÇÕES

1. QUÍMICAS

1.1 Agrotóxicos1.2 Metais pesados

2. BIOLÓGICAS

2.1. Tecidos de plantas tóxicas (venenosas)

2.2. Tecidos de animais venenosos2.3. Microbianas

a) toxinas de algas: Ficotoxinasb) toxinas de bactérias:

Enterotoxinas Neurotoxinas

c) toxinas de fungos: Micotoxinas

Agentes tóxicos

Agentes tóxicos(contaminantes)

(contaminantes)

Page 5: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

CAUSAM DISTÚRBIOS NO ORGANISMO CAUSAM DISTÚRBIOS NO ORGANISMO ALTERANDO FUNÇÕES:ALTERANDO FUNÇÕES:

HepáticasRenais CardiovascularesRespiratórias GastrointestinaisNervosas (sistema nervoso)

AGENTES TÓXICOS

INTOXICAÇÃO AGUDA: INTOXICAÇÃO AGUDA: Dose Dose elevadaelevada em única em única

ingestãoingestãoINTOXICAÇÃO CRÔNICA: INTOXICAÇÃO CRÔNICA:

Doses Doses pequenaspequenas durante durante longo tempolongo tempo

Page 6: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

AGENTES TÓXICOS

Agrotóxicos Hormônios*Metais Pesados Antibióticos Dioxinas Micotoxinas*Acrilamidas Ficotoxinas* HPAs Nitrosaminas Aditivos (edulcorantes, conservantes, corantes, espessantes)

ACIDENTAIS:Passam para os alimentos acidentalmente

(equipamento sujo, utilização de água contaminada, período de carência inadequado, etc)

INTENCIONAIS: Adicionadas intencionalmente

(melhoradores de tecnologia, agrotoxicos)

Page 7: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

CONTAMINAÇÃOCONTAMINAÇÃOpode ocorrer toda a cadeia produtivapode ocorrer toda a cadeia produtiva

CAMPO:Cultivo de frutas / verduras / grãos Criação de animais: pastagem, ração, trata/tos

INDUSTRIA: Produtos de origem vegetal

origem animal

COMERCIO/ EXPORTAÇÃO : transporte / armazem / manuseio

PRODUÇÃO ALIMENTOS SEGUROS(campo ► indústria comercio ► consumidor / exportação)

In natura

Matérias

primas

Page 8: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Page 9: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

BRASIL: Assumiu o posto de maior consumidor de agrotóxicos do mundo, posição antes ocupada pelos USA.

Somente o mercado de agrotóxicos movimentou mais de sete bilhões de dólares – o que preocupa e

enfatiza a necessidade de seu uso adequado e monitoramento de seus resíduos nos alimentos para a

preservação da saúde da população.

Page 10: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

a) INSETICIDAS Ação de combate a insetos, larvas e formigas. Os inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos:

Organofosforados (Folidol, Azodrin, Malation)

Organoclorados (Aldrin, Endrin, BHC, DDT)

Carbamatos (Carbaril, Temik, Zectram, Furadan)

Piretróides (Decis, Protector, K-Otrine, SBP)

AGROTOXICOSAGROTOXICOS

Page 11: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

c) HERBICIDAS

Combatem ervas daninhas

d) MOLUSCICIDAS

Combate a moluscos

e) ACARICIDAS

Ação de combate a ácaros diversos

f) OUTROS GRUPOS:RATICIDAS: utilizados no combate a roedores

NEMATICIDAS: ação de combate a nematóides

FUMIGANTES: ação de combate a insetos

c) HERBICIDAS

Combatem ervas daninhas

d) MOLUSCICIDAS

Combate a moluscos

e) ACARICIDAS

Ação de combate a ácaros diversos

f) OUTROS GRUPOS:RATICIDAS: utilizados no combate a roedores

NEMATICIDAS: ação de combate a nematóides

FUMIGANTES: ação de combate a insetos

AGROTOXICOSAGROTOXICOS

c) HERBICIDASc) HERBICIDASClomazoneClomazoneAlaclorAlaclorAtrazina propanilAtrazina propanilPendimetalinaPendimetalina

Page 12: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Problema Permanência Permanência de resíduosde resíduos

Problema Permanência Permanência de resíduosde resíduos

AGROTOXICOSAGROTOXICOS

Page 13: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

RESIDUOS DE AGROTÓXICOS

ALIMENTOSALIMENTOS

ResíduosResíduos podem permanecer/contaminar alimentos podem permanecer/contaminar alimentos::

• Via diretaVia direta

APLICAÇÃO [produção, armazena/to ou transporte]: APLICAÇÃO [produção, armazena/to ou transporte]: (a) colhidos antes do período de carência ou

(b) aplicação inadequada

• Via indiretaVia indireta ANIMAIS TRATADOS com ANIMAIS TRATADOS com ração composta de

vegetais contaminadosNA ROTAÇÃO DE CULTURAS NA ROTAÇÃO DE CULTURAS (solo conserva resíduos de aplicações anteriores e os e os transmitetransmite as as novas novas culturasculturas) ) USO DE USO DE ÁGUAS contaminadas

RESIDUOS DE AGROTÓXICOS

ALIMENTOSALIMENTOS

ResíduosResíduos podem permanecer/contaminar alimentos podem permanecer/contaminar alimentos::

• Via diretaVia direta

APLICAÇÃO [produção, armazena/to ou transporte]: APLICAÇÃO [produção, armazena/to ou transporte]: (a) colhidos antes do período de carência ou

(b) aplicação inadequada

• Via indiretaVia indireta ANIMAIS TRATADOS com ANIMAIS TRATADOS com ração composta de

vegetais contaminadosNA ROTAÇÃO DE CULTURAS NA ROTAÇÃO DE CULTURAS (solo conserva resíduos de aplicações anteriores e os e os transmitetransmite as as novas novas culturasculturas) ) USO DE USO DE ÁGUAS contaminadas

Via direta Via direta

Via indiretaVia indireta

ALIMENTOS

Page 14: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

ORGANOFOSFORADOSORGANOFOSFORADOS

ABSORÇÃOa) Via oral: ocorre em intoxicações ocorre em intoxicações

(acidentais\intencionais)(acidentais\intencionais)

b) Via dérmica: principal via de penetração principal via de penetração (envenena\tos ocupacionais)(envenena\tos ocupacionais)

c) Via respiratória: indíviduos que trabalham indíviduos que trabalham (em indústrias de formulação e na aplicação sob pulverização)(em indústrias de formulação e na aplicação sob pulverização)

Concentram: fígado e ríns Pequena conc. em Pequena conc. em

tecidos adiposos tecidos adiposos glândulas salivaresglândulas salivares tiróidetiróide pâncreaspâncreas pulmõespulmões parede do estômago e intestino eparede do estômago e intestino e Em menor porção no Em menor porção no SNC e SNC e músculosmúsculos

Page 15: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

BIOTRANFORMAÇÃO Reações químicas: Reações químicas: oxidação, clivagem hidrolítica e reduçãooxidação, clivagem hidrolítica e redução

Responsáveis pela degradação no Responsáveis pela degradação no meio ambiente organismos vivos

EXCREÇÃO Pela Pela urinaurina (principalmente)(principalmente) Pelas Pelas fezefezess (pqn proporções)(pqn proporções)

INIBIÇÃO DA ENZIMA AcetilColinesterase [Ez:[Ez: degrada a degrada a Acetilcolina → Colina e Àcido Acetilcolina → Colina e Àcido AcéticoAcético] ] Acúmulo da AcetilCoA nas terminações Acúmulo da AcetilCoA nas terminações nervosasnervosas ((funciona\to alteradofunciona\to alterado de glândulas, músculo e de glândulas, músculo e SN)SN)

OFs OFs cont.cont. ORGANOFOSFORADOSORGANOFOSFORADOS

Page 16: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

ACUMULO: nos tecidos adiposos

METABOLIZAÇÃO E ELIMINAÇÃO (baixa): permanência por longo tempo no organismo

METABÓLITOS formados (tóxicos – de ação contínua)

Ex. lindane origina diversos metabólitos, eliminados na forma de conjugados (glucurônicos, sulfúricos e fenóis livres)

Potentes indutores enzimáticos do sistema microssomal

hepatocitário (sistema p-450)

EXCREÇÃO : urina, fezes e leite materno

ACUMULO: nos tecidos adiposos

METABOLIZAÇÃO E ELIMINAÇÃO (baixa): permanência por longo tempo no organismo

METABÓLITOS formados (tóxicos – de ação contínua)

Ex. lindane origina diversos metabólitos, eliminados na forma de conjugados (glucurônicos, sulfúricos e fenóis livres)

Potentes indutores enzimáticos do sistema microssomal

hepatocitário (sistema p-450)

EXCREÇÃO : urina, fezes e leite materno

OCL OCL cont.cont. OCL OCL cont.cont.

Não possuem atividade específica: ação advém de características F-Q Não possuem atividade específica: ação advém de características F-Q

ORGANOCLORADOSORGANOCLORADOS

Page 17: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Resistência ↑:

à biodegradação

à fotólise

às reações químicas promovidas por bactérias

Persistência ↑:

solo

sedimentos

seres vivos (que aí vivem)

OCL OCL cont.cont. OCL OCL cont.cont. ORGANOCLORADOSORGANOCLORADOS

Page 18: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Manifestações:Neuropatias periféricas com paralisia

Discrasias sangüíneas diversas, inclusive aplasia medular

Hepatomegalia c\ alterações de transaminases e fosfatase alcalina

Lesões renais

Arritmias cardíacas

Dermatoses (como cloroacne)

Manifestações:Neuropatias periféricas com paralisia

Discrasias sangüíneas diversas, inclusive aplasia medular

Hepatomegalia c\ alterações de transaminases e fosfatase alcalina

Lesões renais

Arritmias cardíacas

Dermatoses (como cloroacne)

Intoxicações CrônicasIntoxicações Crônicas

Carcino e teratogenicidade: (a) testes animais(b) humanos ↑índices de câncer

de mama x seu uso

Carcino e teratogenicidade: (a) testes animais(b) humanos ↑índices de câncer

de mama x seu uso

OCL OCL cont.cont. OCL OCL cont.cont.

SNC: Alterações do comportamento Distúrbios (sensoriais, do equilíbrio, da atividade da musculatura involuntária) Depressão dos centros vitais

ORGANOCLORADOSORGANOCLORADOS

Page 19: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

DMDC – di metil-ditio carbamatos (ferbam, ziram e thiran ) EBDC - etileno bis ditio carbamatos

(Maneb, Zineb, Metiram e MANCOZEB)

DMDC – di metil-ditio carbamatos (ferbam, ziram e thiran ) EBDC - etileno bis ditio carbamatos

(Maneb, Zineb, Metiram e MANCOZEB)

CH2 NH C

S

S

CH2 NH C S

S

EBDCs

melalmetalmetalmetalmetal

DITIOCARBAMATOSDITIOCARBAMATOS

Page 20: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

CH2 NH C

S

S

CH2 NH C S

S

EBDCs

melalCH2 NH C

S

S

CH2 NH C S

S

EBDCs

melal

CH2 NH C

S

S

SC

S

NHCH2

ETD

CH2 NH C

S

S

SC

S

NHCH2

ETD

CH2 N

CH2 N

C

C

S

S

S

DIDT

CH2 N

CH2 N

C

C

S

S

S

DIDT

CH2 NHC

CH2 NHS

ETU

CH2 NHC

CH2 NHS

ETU

Etilenothiuram disulfitoEtilenothiuram disulfitoEtilenothiuram disulfitoEtilenothiuram disulfito

Etileno-di-amina (EDA)Etileno-di-amina (EDA)Etileno-di-amina (EDA)Etileno-di-amina (EDA) Dissulfeto de carbono(CSDissulfeto de carbono(CS22))Dissulfeto de carbono(CSDissulfeto de carbono(CS22))

Sulfeto de hidrogênio (HSulfeto de hidrogênio (H22S)S)Sulfeto de hidrogênio (HSulfeto de hidrogênio (H22S)S)

( MESTRES E MESTRES, 1991; FLAMM, 1991)( MESTRES E MESTRES, 1991; FLAMM, 1991)( MESTRES E MESTRES, 1991; FLAMM, 1991)( MESTRES E MESTRES, 1991; FLAMM, 1991)

Etileno-tiuram-monossulfito (ETM)Etileno-tiuram-monossulfito (ETM)Etileno-tiuram-monossulfito (ETM)Etileno-tiuram-monossulfito (ETM)

- etilenouréia (EU) - 2- imidazoline (IM) - Glycina

- N-formiletilenodiamina (EDA) - 2 imidazolin 2 sulfenico

- etilenouréia (EU) - 2- imidazoline (IM) - Glycina

- N-formiletilenodiamina (EDA) - 2 imidazolin 2 sulfenico

Etileno-bis-isotiocianato-sulfeto (EBIS)Etileno-bis-isotiocianato-sulfeto (EBIS)Etileno-bis-isotiocianato-sulfeto (EBIS)Etileno-bis-isotiocianato-sulfeto (EBIS)

DITIOCARBAMATOSDITIOCARBAMATOS M

RL

UE:

MRL

UE:

0,05

mg/

Kg

0,05

mg/

Kg

MRL

UE:

MRL

UE:

0,05

mg/

Kg

0,05

mg/

Kg

Page 21: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

ETUETUFormula estrutural:Formula estrutural: CC33HH66NN22SS

•Nome químico:Nome químico: Imidazoline -2- thioneImidazoline -2- thione

•Substância pura: forma de cristais brancosSubstância pura: forma de cristais brancos

•Ponto de fusão: 203 – 204ºC Ponto de fusão: 203 – 204ºC

•Peso molecular: 102,16Peso molecular: 102,16

•Limite de tolerância na União Européia: Limite de tolerância na União Européia: 0,05mg/Kg0,05mg/Kg

ETUETUFormula estrutural:Formula estrutural: CC33HH66NN22SS

•Nome químico:Nome químico: Imidazoline -2- thioneImidazoline -2- thione

•Substância pura: forma de cristais brancosSubstância pura: forma de cristais brancos

•Ponto de fusão: 203 – 204ºC Ponto de fusão: 203 – 204ºC

•Peso molecular: 102,16Peso molecular: 102,16

•Limite de tolerância na União Européia: Limite de tolerância na União Européia: 0,05mg/Kg0,05mg/Kg

CH2 NHC

CH2 NHS

ETU

CH2 NHC

CH2 NHS

ETU

•TOXICIDADE

Órgãos alvos: Tireóide e o fígado

EFEITOS: mutagênico, teratogênico e carcinogênico

•TOXICIDADE

Órgãos alvos: Tireóide e o fígado

EFEITOS: mutagênico, teratogênico e carcinogênico

DITIOCARBAMATOSDITIOCARBAMATOS

Page 22: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

MECANISMO DE AÇÃOMECANISMO DE AÇÃO• São inseticidas NEUROTÓXICOS • Classificação (de acordo com sintomas em mamíferos e insetos)

• TIPO 1: não contêm radicais de grupamento amino-ciano Ex.: Permetrina

AletrinaResmetrinaTetrametrinaFenotrina

• TIPO II: contêm radical ciano no carbono alfa Ex.: Deltametrina

DecametrinaFenvalerateCipermetrina

• São inseticidas NEUROTÓXICOS • Classificação (de acordo com sintomas em mamíferos e insetos)

• TIPO 1: não contêm radicais de grupamento amino-ciano Ex.: Permetrina

AletrinaResmetrinaTetrametrinaFenotrina

• TIPO II: contêm radical ciano no carbono alfa Ex.: Deltametrina

DecametrinaFenvalerateCipermetrina

PIRETROIDESPIRETROIDES

Page 23: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

INTOXICAÇÕES INTOXICAÇÕES COMCOM PIRETRÓIDES PIRETRÓIDES INTOXICAÇÕES INTOXICAÇÕES COMCOM PIRETRÓIDES PIRETRÓIDES

• TIPO I Síndrome T (tremores)

Efeitos neurológicos de origem PERIFÉRICA:

Agressividade

Tremores

Espasmos

Descoordenação

Prostração

• TIPO I Síndrome T (tremores)

Efeitos neurológicos de origem PERIFÉRICA:

Agressividade

Tremores

Espasmos

Descoordenação

Prostração

• TIPO IIEfeitos de origem CENTRAL: Hiper salivação Hipersensibilidade a estímulos externos Convulsões tônico-clônicas

• TIPO IIEfeitos de origem CENTRAL: Hiper salivação Hipersensibilidade a estímulos externos Convulsões tônico-clônicas

Page 24: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

MICOTOXINASMICOTOXINASMICOTOXINASMICOTOXINAS

Page 25: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

São metabólitos tóxicos produzidos por bolores

MICOTOXICOSE: ingestão de micotoxinas (afetando diversas funções:

hepáticasrenaisdigestivascirculatórias Formação de tumores, podendo ser letal

MICOSE: contacto com o fungo

São metabólitos tóxicos produzidos por bolores

MICOTOXICOSE: ingestão de micotoxinas (afetando diversas funções:

hepáticasrenaisdigestivascirculatórias Formação de tumores, podendo ser letal

MICOSE: contacto com o fungo

MICOTOXINASMICOTOXINAS

Page 26: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

FUNGO FUNGO (cepa toxigênica) (cepa toxigênica)

*MYCOTOXINA(S) *MYCOTOXINA(S)

ALIMENTO RAÇÃO HOMEM leite, ovos ANIMAL

carne, rins, fígado HOMEM ANIMAL

ALIMENTO RAÇÃO HOMEM leite, ovos ANIMAL

carne, rins, fígado HOMEM ANIMAL

* Pode ocorrer antes e depois da colheita* Pode ocorrer antes e depois da colheita

Alimentos x Fungos x MicotoxinasAlimentos x Fungos x Micotoxinas

Micotoxinas cont.Micotoxinas cont.MICOTOXINASMICOTOXINAS

Page 27: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PRINCIPAIS

Toxinas de Ergotc

Aflatoxinasa

Esterigmatocistinaa

Ocratoxina Aa

Zearalenonab

Tricotecenos (T2 e DON)b

Patulinaa

Fumonisinasb

Toxinas produzidas no arroza

Rubratoxinasa

Esporodesminas Ácido ciclopiazônicoa

Micotoxinas tremorgênicasa

aAspergillus e-ou Penicilium bFuzarium (The big five (IUPAC, 1996) cClaviceps

d Phitomyces

PRINCIPAIS

Toxinas de Ergotc

Aflatoxinasa

Esterigmatocistinaa

Ocratoxina Aa

Zearalenonab

Tricotecenos (T2 e DON)b

Patulinaa

Fumonisinasb

Toxinas produzidas no arroza

Rubratoxinasa

Esporodesminas Ácido ciclopiazônicoa

Micotoxinas tremorgênicasa

aAspergillus e-ou Penicilium bFuzarium (The big five (IUPAC, 1996) cClaviceps

d Phitomyces

Micotoxinas cont.Micotoxinas cont.MICOTOXINASMICOTOXINAS

CampoCampoArmazenagemArmazenagem

Page 28: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

AFLATOXINASAFLATOXINASAFLATOXINASAFLATOXINAS

Aspergillus flavus A. parasitricusA. nomius

Aspergillus flavus A. parasitricusA. nomius

Page 29: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

AFLATOXICOSE AGUDA - Flacidez

- Desordem gastrointestinal - Hemorragias múltiplas - Convulsão, paralisia e morte

Biópsia: - Lesões do fígado - Proliferação do epitélio do ducto biliar

- Severa hemorragia

AFLATOXICOSE AGUDA - Flacidez

- Desordem gastrointestinal - Hemorragias múltiplas - Convulsão, paralisia e morte

Biópsia: - Lesões do fígado - Proliferação do epitélio do ducto biliar

- Severa hemorragia

AFLATOXINASAFLATOXINAS

AFLATOXICOSE CRÔNICA

- Fígado hiperplásico/extrema/te cirrótico

- Fibrose progressiva e/ou tumor

Biópsia: (início do tumor) - Células do parênquima aumentadas,

envolvidas por densa massa de ductos biliares e fibras de sustentação

AFLATOXICOSE CRÔNICA

- Fígado hiperplásico/extrema/te cirrótico

- Fibrose progressiva e/ou tumor

Biópsia: (início do tumor) - Células do parênquima aumentadas,

envolvidas por densa massa de ductos biliares e fibras de sustentação

Page 30: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Aflatoxinas cont.Aflatoxinas cont.

Aves: casca ovo finaReduz crescimento

Baixa imunidade Órgao alvo: figado

Aves: casca ovo finaReduz crescimento

Baixa imunidade Órgao alvo: figado

AFLATOXINASAFLATOXINAS

Page 31: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Paté de Fígado Gordo(Foie Gras)

Paté de Fígado Gordo(Foie Gras)

Aflatoxinas cont.Aflatoxinas cont.AFLATOXINASAFLATOXINAS

Page 32: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

É NEFROTOXICA

ANIMAIS: nefropatia com excessiva eliminação de urina, provoca muita sede

Alvo secundário: fígado Efeitos principais: necrose epitélio tubular

renal e das células

periportais hepáticas

HUMANOS: relacionada a Nefropatia Endêmica dos

Balcãs (nível de OTA em alimentos) Caracteristica: redução das funções renais

frequentemente é FATAL

IARC: composto de possível carcinogenicidade p/

humanos

É NEFROTOXICA

ANIMAIS: nefropatia com excessiva eliminação de urina, provoca muita sede

Alvo secundário: fígado Efeitos principais: necrose epitélio tubular

renal e das células

periportais hepáticas

HUMANOS: relacionada a Nefropatia Endêmica dos

Balcãs (nível de OTA em alimentos) Caracteristica: redução das funções renais

frequentemente é FATAL

IARC: composto de possível carcinogenicidade p/

humanos

OCRATOXINA AOCRATOXINA A

Page 33: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

MICOTOXICOSE AGUDA

ANIMAIS:• Centros de produção do sangue• Característica: danos no sistemas cardiovascular,

nervoso e trato gastrointestinal (leucopenia, hemorragia da gengiva,

nariz e garganta, agranulocitose)

HUMANOS: • Aleuquia Tóxica Alimentar (ATA)• Rússia – 2a. Guerra Mundial (cereais

contaminados por Fusarium, F. sporotrichiella var.Sporotrichoides)

• Apresenta ALTA MORTALIDADE

Sintomas: similares animais por tricotecenos (T-2)

TRICOTECENOSTRICOTECENOS

Page 34: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

MICOTOXICOSE: hiper estrogenismo

ANIMAIS:

Inflamação do útero e mamas (femeas puberes)

Atrofia testicular e inflação de mamas (machos) Infertilidade

Afetam: suinos, gado leiteiro, carneirosaves [perda de peso e casca ovo fina]

Teratogênese: proporcional à dosagem

[anomalias esqueletos de fetos de ratos = má

formação nas costelas e esterno, ossificação retardada]

Fungo: F. roseum [produz também DON e toxina T2]

ZEARALENONAZEARALENONA

Page 35: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Mais tóxicas: FB1, FB2 e FB3

Fusarium : F. verticilioides Sheldon F. proliferatum (Matsushima) Nuremberg F. subglutinans

Ocorrência: milho, ração animal, alimentos à base de milho e “home-grown corn flour”

TOXICIDADE:

ANIMAIS: câncer hepático ratos

leucoencefalomalácia (LEM) eqüinos

edema pulmonar suínos

cancer de esofago & tubo neural humanos

Mais tóxicas: FB1, FB2 e FB3

Fusarium : F. verticilioides Sheldon F. proliferatum (Matsushima) Nuremberg F. subglutinans

Ocorrência: milho, ração animal, alimentos à base de milho e “home-grown corn flour”

TOXICIDADE:

ANIMAIS: câncer hepático ratos

leucoencefalomalácia (LEM) eqüinos

edema pulmonar suínos

cancer de esofago & tubo neural humanos

FUMONISINASFUMONISINAS

Page 36: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

LEGISLAÇÃO

Limites Máximos Tolerados e Prazo de Aplicação (2012/2014/2016)

para MICOTOXINAS no Brasil

Resolução RDC n° 07, de 18 de Fevereiro de 2011

AFLSAFM1DONOTAZONFBSPTL

Page 37: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

ANTIBIÓTICOS EM

CARNES / LEITE / VISCERAS

ANTIBIÓTICOS EM

CARNES / LEITE / VISCERAS• TETRACICLINASTETRACICLINAS

• BETA-LACTÂMICOSBETA-LACTÂMICOS

• SULFONAMIDASSULFONAMIDAS

• MACROLÍDEOSMACROLÍDEOS

• AMINOGLICOSÍDEOSAMINOGLICOSÍDEOS

Page 38: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

MEDICAMENTO VETERINÁRIO: Todo o medicamento destinado aos animais

RESÍDUOS DE MEDIC. VET.: Substância farmacologicamente ativa residual em

alimentos (alínea A, Art.1º, Reg. CEE,2377/90)

USO:

• TRATAMENTO MASTITES: bovinos / penicilina

• PROMOVER CRESCIMENTO

• AUMENTAR ÍNDICES DE CONVERSÃO E PARÂMETROS DE PRODUÇÃO:

clortetraciclina

• CONTROLE / PREVENÇÃO DE DOENÇAS ENDÊMICAS

Page 39: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

(oxitetraciclina, clortetraciclina, tetraciclina)

1. Largo espectro: gram + & - bactericida bacteriostático

2. Problema: resistência bacteriana

3 Clortetraciclina: deposita em ossos e dentes de animais jovens em crescimento

Legislação (p/ todas espécies produtoras de alimentos) MRL: 100 mg/kg (músculo e leite)

300 mg/kg (fígado) 200 mg/kg (ovos)

(oxitetraciclina, clortetraciclina, tetraciclina)

1. Largo espectro: gram + & - bactericida bacteriostático

2. Problema: resistência bacteriana

3 Clortetraciclina: deposita em ossos e dentes de animais jovens em crescimento

Legislação (p/ todas espécies produtoras de alimentos) MRL: 100 mg/kg (músculo e leite)

300 mg/kg (fígado) 200 mg/kg (ovos)

1. TETRACICLINAS1. TETRACICLINAS

Page 40: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Efeitos adversos :

1. Hipersensibilidade

2. Diarréia, náusea, vômito

3. Hepatite, eritema

4. Necrólise epidérmica tóxica

(amoxicilina+ ácido clavulínico)

Legislação: (todas espécies produtoras de alimentos)

MRL: 50 mg/kg (músculo, fígado, rim, tecido adiposo) 4 mg/kg (leite)

2. 2. -LACTÂMICOS-LACTÂMICOSAmoxicilinaBenzilpenicilina / penicilinaGAmpicilina

Page 41: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

3. SULFONAMIDAS3. SULFONAMIDAS

1. Estrutura semelhante ao PABA

2. Bacteriostáticos

3. Amplo espectro de ação

4. Resistências são frequentes

Legislação: (todas espécies produtoras de alimentos)

MRL: 100 mg/kg (músculo, fígado, rim, tecido adiposo, leite)

Page 42: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

• Largo espectro de ação (eritromicina)Legislação MRL: 50 mg/kg (suínos)

200 mg/kg (bovinos) 40 mg/kg (leite)

• Largo espectro de ação (eritromicina)Legislação MRL: 50 mg/kg (suínos)

200 mg/kg (bovinos) 40 mg/kg (leite)

4. MACROLÍDEOS4. MACROLÍDEOS

5. AMINOGLICOSÍDEOS5. AMINOGLICOSÍDEOS1. Amino-açúcares+hexose aminada: apramicina

2. Bactericidas

3. Largo espectro de açãoLegislação MRL: 1.000 mg/kg (músculo de bovinos)

20.000 mg/kg (rim)

Page 43: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

ADMINISTRAÇÃO

de

ANTIBIÓTICOS

1.1. Via oralVia oral2.2. Incorporação na Incorporação na

raçãoração3.3. Água para beber Água para beber 4.4. Pré-misturasPré-misturas

[clortetraciclina, oxitetraciclina –utilizadas em bovinos][clortetraciclina, oxitetraciclina –utilizadas em bovinos]

Page 44: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Riscos para os ANIMAISRiscos para os ANIMAIS

Uso sistemático em doses subterapêuticas na alimentação:

• Resistência (de bactérias patogênicas e residentes no intestino)

• Alteração da barreira protetora intestinal ( n. de comensais)

• Má absorção ( superfície intestinal – microvilosidades por ação

direta sobre a mucosa) [diarréia e crescimento]

Page 45: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

• Via oral: responsável por 20 % dos resíduos em CARNES E LEITE

• Resíduos: efeitos

1. Carcinogênese, mutagênese, teratogênese e hipersensibilidade

2. APLASIA DE MEDULA ÓSSEA (cloranfenicol)

3. REAÇÕES ALÉRGICAS em indivíduos sensíveis ou sensibilizados

4. ALTERAÇÃO DA BARREIRA PROTETORA intestinal

5. DIMINUIÇÃO DA EFICIÊNCIA dos antibióticos usados

6. TRANSMISSÃO DA RESISTÊNCIA para agentes patogênicos e para a flora bacteriana

humana

Riscos para o HOMEMRiscos para o HOMEM

Page 46: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Presença de bactérias resistentes: causadoras de graves infecções hospitalares, com inúmeros

casos de óbitos:

AVOPARCINA - resistência cruzada com VANCOMICINA (culminou c/ proibição de uso da

avoparcina em frangos no Brasil)

Preocupações e estudos no cenário mundial 1. OMS2. CODEX ALIMENTARIUS

WHO recomenda que países tomem medidas paraconter a resistência bacteriana aos antibióticos

Presença de bactérias resistentes: causadoras de graves infecções hospitalares, com inúmeros

casos de óbitos:

AVOPARCINA - resistência cruzada com VANCOMICINA (culminou c/ proibição de uso da

avoparcina em frangos no Brasil)

Preocupações e estudos no cenário mundial 1. OMS2. CODEX ALIMENTARIUS

WHO recomenda que países tomem medidas paraconter a resistência bacteriana aos antibióticos

Resistência à antibióticosResistência à antibióticos

Page 47: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

POPULAÇÃO EM POPULAÇÃO EM GERAL GERAL

POPULAÇÃO EM POPULAÇÃO EM GERAL GERAL

RESISTÊNCIA À ANTIBIÓTICOSRESISTÊNCIA À ANTIBIÓTICOS

AntibióticAntibióticos emos em

alimentos alimentos para para animaisanimais

AntibióticAntibióticos emos em

alimentos alimentos para para animaisanimais

Matéria fecal

Matéria fecal

Produtos deProdutos deorigem animalorigem animalProdutos deProdutos de

origem animalorigem animal

Águas Águas contaminadacontaminada

ss

com fezes utilizadas

como adubo orgânico

Águas Águas contaminadacontaminada

ss

com fezes utilizadas

como adubo orgânico

Plantas, Plantas, verduras verduras e frutase frutas

Plantas, Plantas, verduras verduras e frutase frutas

PACIENTES PACIENTES HOSPITALIZADOSHOSPITALIZADOS

PACIENTES PACIENTES HOSPITALIZADOSHOSPITALIZADOS

Fonte: Anvisa

Resistência bacteriana

Resistência bacteriana

INTERVALO DE

SEGURANÇA

IN, n.42, 20/12/99: PNCR - MAPA RDC n.253, 16/09/2003: PAMVet - ANVISA

Page 48: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

HORMÔNIOSHORMÔNIOS

Page 49: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

FAZENDAS PECUARISTAS: Objetivo maximizar produção, rentabilidade e os custos

Ações melhoria de pastagens, genética / manejo + uso de anabolizantes= subts. que o anabolismo ou retenção de nutrientes

fornecidos aos animais na alimentação melhor performance produtiva e retorno econômico

• ANABOLIZANTES: capacidade de retenção de N2 fornecida pela alimentação, com isso, teor de proteínas no metabolismo de animais.

• Considera-se anabolizante: qualquer substância de natureza hormonal ou não, que favoreça transformação de nutrientes via alimento em tecidos no corpo animal = CARNE

HORMÔNIOS EM CARNES

Page 50: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

• RISCOS: causados pelos anabolizantes são devido ao

(a) uso indiscriminado de substâncias proibidas (dosagens) (b) forma de utilização (c) prazo de carência (tempo necessário para eliminação do produto entre o último implante e o abate) não respeitado podem culminar na contaminação da carne

• CONSUMO DE ALIMENTOS (CARNE, LEITE E OVOS) CONTENDO RESÍDUOS DE SUBSTÂNCIAS ANABOLIZANTES: têm ocasionado o

surgimento de câncer de:• Fígado• Próstata• Mama• Distúrbios graves entre a população jovem: PUBERDADE PRECOCE ANOMALIAS NO DESENVOLVIMENTO (ósseo e dos órgãos genitais, entre muitos outros males)

HORMÔNIOS EM ALIMENTOS

Page 51: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

CLASSSIFICAÇÃO (estrutura química):

Grupo 1 (proteínas)Grupo 2 (esteróides)

1. PROTEÍNAS: unidade estrutural os aminoácidos. Secretados pela glândulas hipófise / tireóide / paratireóide pâncreas

2. ESTERÓIDES: ciclopentano perhidro fenantreno na sua estrutura Secretados pelas gônadas e córtex da adrenal.

H. do CRESCIMENTO: processo de cresci/to e desenvolvi/to dos animais hormônio do crescimento (GH) e

somatotropina Ação prejudicada pela ausência de outros:

TireoideanosGonadais

TIPOS DE ANABOLIZANTES EM CARNES

Page 52: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

1.1.1 Naturais (Grupo I)

Estradiol (Compudose) Estradiol (Compudose)

Testosterona (Sinovex –H) Testosterona (Sinovex –H) Progesterona (Sinovex)Progesterona (Sinovex)

1.1.2 Xenobióticos (Grupo II)

Zeranol (Ralgro) Zeranol (Ralgro)

Acetato de TremboloneAcetato de Trembolone

1.1.3 Semi-sintéticos (Grupo III)

Estilbenos, DES, Hexo-estrolEstilbenos, DES, Hexo-estrol

Os anabolizantes podem ser divididos em três Classes:

Page 53: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

• (a) Estradiol - Apresenta atividade estrogênica. • Seu nome mais comum é Compudose. • Proibido no Brasil.

• (b) Testosterona – Apresenta atividade masculinizante e por isso é usado em fêmeas.

• Seu nome mais comum: Sinovex H (estradiol + testosterona).

• Proibido no Brasil.

• (c) Progesterona - Apresenta atividade estrogênica, é usado em machos castrados, misturado ao estradiol.

• Nome mais comum: Sinovex (estradiol + progesterona).• Proibido no Brasil.

1. HORMÔNIOS NATURAIS (Grupo I)

Page 54: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

2. XENOBIÓTICOS (GRUPO II)

São substâncias químicas com atividade hormonal androgênica ou estrogênica

Sintetizadas a partir de precursores naturais.

• (a) Zeranol – apresenta atividade estrogênica, produto proveniente de um fungo (Zibberella zeae) que cresce

no milho úmido, Produzido em escala comercial. • Proibido na Itália, Alemanha e Bélgica.• Proibido no Brasil desde outubro de 1986.• Nome mais comum: Ralgro.

• (b) Acetato de trembolone - Apresenta atividade androgênica é mais efetivo quando combinado ao estradiol.

• Foi descoberto na França e atualmente é usado também na Inglaterra.

• Proibido no Brasil.

Page 55: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

3. SEMI-SINTÉTICOS (GRUPO III)(a) Estilbenos

Grupo que mais riscos traz à saúdeMais utilizados ( três X mais baratos que o zeranol)Aplicados em comprimidos, atrás da orelha, ou em soluções oleosasPara acelerar o crescimento (implante líquido aplicado direta/te no lombo do boi, em injeção intramuscular) aumenta mais o risco de resíduoProibido no Brasil.

(b) Dietil-estil-bestrol (DES)É o anabolizante mais potenteProibido em quase todo o mundo e Brasil, mas largamente usadoAtividade estrogênicaTermo-estável e tem efeito via oral, resiste aos sucos digestivosDiretamente na ração, economizando o trabalho de aplicar todo mês

(c) Hexo-estrolMuito usado no BrasilAtividade estrogênicaAplicado junto com o DES (sozinho pouco eficaz no ganho de peso) Mais comuns: Vi-gain (DES), Hexettes (DES+hexoestrol), Impells (DES+hexo-estrol) e

Stimplants (DES). Proibido no Brasil.

Page 56: Prof a.  Vildes M Scussel, PhD, PD SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Confirmação do efeito anabólico:• [Uréia] na urina Ganho de peso 10-20%• [aa] circulante Conversão alimentar 8-10%

Exercem grande influência no metabolismo do N2 e na síntese protéica aumento de peso do animal e uma menor quantidade de gordura na carne.

A excreção da uréia e do total de N2 na urinaresulta de uma maior retenção do N2 pelo organismo,

determinando maior eficiência no ganho de peso.

Ação: melhor aproveitamento protéico, maior massa muscular, em detrimento do tecido adiposo. (diminuição do tempo de engorda e redução dos gastos com alimento)

HORMÔNIOS EM CARNES