Prof. Tatsuko Sakima

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1) Em 1998, o professor JoelCláudio da Rosa Martins tambémfoi entrevistado por esta revis-ta e em uma das questões for-muladas falou sobre o Grupo deAraraquara. Foi justamente osenhor que lhe fez a pergunta.Agora eu gostaria que tambémfalasse, passados já 3 anos, so-bre este grupo de Araraquara.Lídia Parsekian Martins

Prezada Lídia, agradeço a sua par-ticipação nesta entrevista e com estapergunta me dá a oportunidade dehomenagear o professor Joel Cláudioda Rosa Martins, seu marido, que aolongo dos anos foi um colaboradorincansável, crítico, inteligente e aci-ma de tudo amigo. Infelizmente quiso destino que partisse prematuramen-te do nosso convívio, mas tenho acerteza que, está olhando para o nos-so grupo, o Grupo de Araraquara,que ele ajudou a formar. De tudo oque ele escreveu naquela entrevistagostaria de acrescentar que o nossoGrupo se caracteriza também pelaamizade dos seus membros, pelamaneira humana como tratam osseus pares e os seus alunos, acimados conhecimentos adquiridos pelasexperiências como professores no

Entrevista

A Ortodontia brasileira possui vários ícones importantes que alicerçaram a evolução técnico-científica.Verdadeiro guia, como tal, assumiu o papel de professor que educa, ensina e orienta os passos. Foiexatamente com este ideal que com o Prof. Dr. Tatsuko Sakima surgiu o espírito “família” do grupo deAraraquara. Existe uma contaminação do senso de amizade e humanismo que o caracteriza. As experiên-cias como professor visitante na Universidade de Connecticut, EUA, de 1985 a 1987, também abriu novasfronteiras para que todos do grupo tivessem esta experiência (Prof. Joel - Baylor, EUA, Prof. Ary - Baylor,EUA, Prof. Luiz Gandini - Baylor, EUA, Prof. Dirceu - Toronto, Canadá e agora com a ida do Prof. Maurício -Ahrus, Dinamarca ). Galgando a carreira acadêmica, chegou a Professor Titular e também a Diretor daFaculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP, sem, no entanto, deixar o consultório particular, umaverdadeira escola. Suas experiências técnicas e científicas, principalmente como introdutor da Técnica doArco Segmentado no Brasil, juntamente com professores renomados como o Dr. Rohit Sachdeva, Dr. MichaelMarcotte, Dra. Birte Melsen e o próprio Dr. Charles Burstone, fizeram crescer o interesse clínico e acadêmicopela técnica, com cursos de pós-graduação ministrados pelos professores de Araraquara. Os inúmerostrabalhos científicos produzidos, demonstram a preocupação crescente no nível de grandeza da Ortodon-tia no Brasil e exterior.

Dr. Hélio Hissashi Terada

Brasil e no exterior. Esta amizadequase familiar é que faz a força dogrupo, que quando um deles sai parao exterior traz sempre algo de novopara acrescentar na filosofia de tra-tamento que se desenhou ao longodesses anos, e que procuramos re-passar para os nossos alunos noscursos de pós-graduação e especiali-zação. A pós-graduação em nível demestrado e doutorado é onde os co-nhecimentos científicos, adquiridosem centros altamente categorizados,são colocados em prática e como re-

sultado temos trabalhos de alto nívelcientífico que estão sendo desenvolvi-dos pelos nossos alunos orientadospelos professores do Grupo, alguns jádefendidos e com publicação no exte-rior.

2) Quais são suas expectativasem relação à Ortodontia e à Or-topedia Funcional dos Maxilaresnos cursos de Especialização,uma vez que a tendência é a for-mação de cursos distintos paraEspecialidades tão afins? LídiaParsekian Martins

A nossa especialidade é Ortodon-tia e Ortopedia Facial pela resoluçãoda I ANEO, acontecido no Rio de Ja-neiro. Entendemos que a OrtopediaFacial é quando conseguimos inter-ferir no crescimento e desenvolvimen-to crânio facial, através de procedi-mentos que interceptem o apareci-mento ou desenvolvimento de umamá-oclusão. O que importa é o con-ceito e não a maneira de como fazê-lo.

A Ortopedia Facial é dividida emortopedia mecânica, quando utiliza-mos aparelhos como o “quad-helix”,os aparelhos disjuntores, AEB re-movível, e mesmo os aparelhos

Tatsuko Sakima

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créditos formais. Acredito que em de-terminadas áreas do conhecimentoaté seja possível programas de Pós-Graduação à distância.

5) Como ficam os programas decursos de mestrado (acadêmi-co e profissionalizante), com anova filosofia do Governo Fede-ral? Tieo Takahashi

Parece-nos que existe um equívo-co na nossa área sobre os cursosprofissionalizantes, que deveriam seraplicados para áreas emergentes enão para áreas consagradas do co-nhecimento. Esta distorção que estáacontecendo na nossa área é preju-dicial para os cursos de mestrado aca-dêmico, que tem um programa sério.É impossível cumprir todos os crédi-tos de um mestrado acadêmico emcursos de final de semana ou mesmode uma semana por mês. Estes cur-sos estão sendo criados para regula-rizar a situação de docentes, já con-tratados e que não possuem ainda otítulo de mestre. Dar o mesmo valorpara o mestrado acadêmico e profis-sionalizante é no mínimo injustopara os alunos que se preparam emtempo integral, buscando o conheci-mento científico. O que deveríamosfazer como professores é orientar osnossos alunos de graduação e ficaralerta na hora de contratação denovos docentes.

6) Qual seria a tendência e opapel dos cursos de especializa-ção na Pós-Graduação do futu-ro? Tieo Takahashi

A especialização, que é a pós-gra-duação “latu sensu” está muito des-gastada, pois temos mais de 90 cur-sos de especialização e tantos outroscursos de “typodonts” e atualizaçãoque soltam no mercado profissionaisnão habilitados para exercer uma boaortodontia e que concorrem com osespecialistas, com preços baixos. Oscursos de especialização deveriam tercomo objetivo formar bons especia-listas, para tratar casos mais com-plexos, onde conhecimentos de

Reika, que gerou os três filhos Mau-rício, Paulo e Alexandre e a filha Ra-quel, todos dentistas e todosortodontistas, que ao longo destesanos de convívio só nos tem dado ale-gria. Na educação dos filhos estoubastante convicto da importância dopapel da mãe, nesse processo, pois éela que fica mais próxima dos filhosdesde a concepção e acompanha maisde perto a evolução física e psicológi-ca. O pai tem de dar apoio psicológicoe ser exemplo para os filhos.

O papel do professor se asseme-lha muito ao papel de pai, e tem de serpor vocação, pois o professor além deensinar tem de educar para uma pro-fissão. Como docente sempre assumi-mos as oportunidades surgidas den-tro da carreira universitária, seja aca-dêmica ou administrativa. Do ladoacadêmico, cheguei a professor titulare do lado administrativo até a Diretorda Faculdade de Odontologia deAraraquara, posições que me orgulho.

Mantive consultório particular por20 anos, e mesmo em regime de tur-no completo, galguei todos os postosda carreira e devo isso a minha ati-vidade privada, pois sempre procureidocumentar os casos clínicos do con-sultório, que serviam para ilustraçãodas aulas teóricas.

4) Qual a sua opinião sobre oensino à distância nos progra-mas de curso de Pós-Gradua-ção? Tieo Takahashi

Hoje com a “internet” e aglobalização o ensino à distância nãofica tão distante assim. Para os cur-sos de Pós-Graduação, “latu” e “strictusensu” na nossa área é praticamenteimpossível o ensino à distância, poisa parte prática laboratorial ou clínicadeve ser vivenciada pelos alunos e nãovirtualmente. Nos programas deDoutoramento, poder-se-ia fazer umprojeto misto, onde os alunos acom-panhariam parte do programa na suafaculdade de origem, principalmentea parte da pesquisa, e enviar para oorientador os dados e resultados eparte na Faculdade para cumprir os

extrabucais com forças ortopédicase a ortopedia funcional dos maxila-res quando usamos aparelhos, comoo Bionator de Balters, os aparelhosde Bimler, Frankel, as pistas de Pla-nas, etc., que aproveitam a muscu-latura para promover as alteraçõesfaciais. A literatura mostra que osefeitos de um aparelho ortopédicofuncional para classe II tem pratica-mente o mesmo efeito que um apare-lho extrabucal. Entendemos que es-ses aparelhos promovem a remoçãodo bloqueio, favorecendo o cresci-mento e desenvolvimento da maxilae da mandíbula num determinadomomento, fazendo com que o desen-volvimento da oclusão volte a ter oseu curso normal. A mandíbula vaicrescer até onde determinar o códigogenético de cada paciente, seja comum aparelho ortopédico funcional ouum aparelho extrabucal, se indicadocorretamente. Para o nosso curso dePós-Graduação ou de Especializaçãonada vai mudar, pois já ministramosestes conceitos há muito tempo, mes-mo antes da incorporação do termoOrtopedia Facial à Ortodontia. O quelamentamos é que esta nova espe-cialidade, denominada OrtopediaFuncional dos Maxilares tenha sidocriado mais por uma razão políticado que de conceitos e objetivos.

3) É difícil encontrar, em um sóprofissional, características re-levantes como educador e clíni-co. Sabemos que o senhor é con-siderado por toda a SociedadeOdontológica como um eméritoeducador e um clínico por exce-lência. O senhor poderia deixarregistradas suas experiênciamais significantes nestes doiscampos? Lídia Parsekian Martins

Agradecido pelos elogios, masnão fazemos nada mais que obriga-ção de pai e de professor. Quandose decide constituir família e ter fi-lhos é nossa obrigação educá-los damelhor maneira possível eencaminhá-los para a vida. Agra-deço a Deus por ter a minha esposa

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Prof. Antenor, agradeço a suaparticipação e é com grande prazerque coloco aqui a minha opinião so-bre a cirurgia ortognática. A cirurgiaortognática no Brasil começou a suaevolução na década de 80, quandovocê voltou dos Estados Unidos ecomeçou a fazer e difundir as técni-cas mais avançadas nas cirurgias dedisplasias esqueléticas. Antes, as ci-rurgias ortognáticas eram realizadassomente na mandíbula, nos casos deClasse III, pela técnica de Castro, esem um planejamento ortodônticoque realizamos atualmente, nos trêsplanos do espaço. A ortodontia mo-derna não caminha sem a cirurgiaortognática. Hoje podemos dizer quenão existem casos insolúveis, poispodemos utilizar da ortopedia facial,na dentadura decídua e mista paraorientar o crescimento das displasiasesqueléticas; na fase ortodôntica, de10 a 14 anos, utilizamos a mecâni-ca ortodôntica, procurando camuflaras displasias, quando não for possí-vel corrigir dentro do ideal e nos ca-sos mais complexos lançamos mãoda cirurgia ortognática. Cada vezmais os ortodontistas estão indican-do as cirurgias ortognáticas para osseus pacientes. Os fatores limitantessão a falta de cirurgiões nas cidadesbrasileiras de médio porte e o custo,que é ainda um pouco elevado paraas condições econômicas da maioriados brasileiros. No entanto existemalguns planos de saúde que cobremtambém casos de cirurgias ortogná-ticas, o que é muito bom para o pa-ciente e para o cirurgião.

10) Sabemos que o senhor é umgrande conhecedor da biome-cânica e uns dos difundores daTécnica do Arco Segmentado noBrasil. Sendo a grande maioriados tratamentos ortodônticos-cirúrgicos realizados em pa-cientes adultos, ou seja, semcrescimento, como os princí-pios dessa técnica podem auxi-liar num preparo ortodônticopré-operatório? Antenor Araújo

usamos o “bull loop” em fios retan-gulares ou mecânica de deslizamentocom “alastik” em cadeia, ancoradocom extra bucal, se necessário. Noscasos mais complicados montamoso sistema da mecânica do arco seg-mentado, complementando com arcolingual e barra palatina e utilizandomolas “T” de TMA, escolhendo a con-figuração mais conveniente. Nos ca-sos de mordida profunda em pacien-tes braquicefálicos temos usado amecânica de intrusão/retração pro-posta por Bhavna e Burstone. Apóso fechamento de espaços afinalização é realizada com fios deaços inoxidável .019x.025, com co-ordenação e dobras de finalização.

8) Quais as principais diferen-ças Biomecânicas entre se rea-lizar a retração anterior de ca-nino a canino, ou seja, em blocoe retrair os caninos totalmentecom posterior retração dos in-cisivos? Osmar Aparecido Cuoghi

A diferença está no tempo de tra-tamento. Para a retração em mas-sa dos seis dentes anteriores e so-mente a retração dos caninos, otempo é praticamente o mesmo.Nos casos onde os pacientes forembons colaboradores, que usam bemo AEB, a retração em massa estábem indicada. Nos casos de anco-ragem máxima podemos retrair to-talmente os caninos e depois osdentes anteriores. Na mecânica deretração intrusão é necessário re-trair antes os caninos e depoisintruir e retrair os quatro incisivossuperiores.

9) A cirurgia ortognática conco-mitante à ortodontia sofreu umagrande evolução nas últimasdécadas. No Brasil, essa cons-tante evolução também estevepresente. No seu ponto de vis-ta, hoje qual a influência da ci-rurgia ortognática nos tratamen-tos ortodônticos e qual o futurodo tratamento ortodôntico-ci-rúrgico? Antenor Araújo

ortopedia facial, mecânica ortodôn-tica e cirurgia ortognática deveriamser ensinados, independentemente dafilosofia do curso. O futuro da espe-cialidade depende dos especialistas,que deverão estar constantemente seatualizando. A filiação a uma associ-ação de especialistas que tem a con-dição e competência para orientar apopulação é fundamental. Essa orien-tação deveria ser mais constante emais abrangente.

7) Levando-se em consideraçãoos aspectos biológicos e mecâ-nicos, quais os tipos de fios queo Senhor adota para as distin-tas etapas do tratamento orto-dôntico, ou seja, retração inicialde caninos, nivelamento, retra-ção anterior e finalização? Porque? Osmar Aparecido Cuoghi

Levando-se em consideração osaspectos biológicos e mecânicos, usa-mos a retração parcial de caninos,nos casos com extrações dentárias,para aliviar o apinhamento anteriore evitar o movimento de vai/vem des-ses dentes. Devemos usar qualquerdispositivo que proporcione uma pro-porção baixa entre carga e deflexão.A eleição do dispositivo para a retra-ção dos caninos depende da posiçãoaxial desses dentes. Se esses dentesestiverem bem posicionados até asmolas calibradas de niti podem seruma boa opção, mas se estiverem emaxiversão, o ideal seria corrigir a in-clinação do dente, com uma alça re-tangular de TMA, para depois retra-ir. Se o espaço conseguido for sufici-ente para nivelar e alinhar os dentesanteriores, então entramos com umfio com memória de forma, que podeser o niti .014 ou .016 redondos, de-pendendo do grau de apinhamento.Usamos esses fios até a completa cor-reção do apinhamento, utilizando omáximo da sua capacidade de traba-lho. A fase de alinhamento e nivela-mento segue a seqüência de fios .016,.018 e .020 de aço inoxidável, parapreservar a forma do arco. Se o casofor padrão, sem muita complicação,

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A técnica do Arco Segmentado,proposta pelo prof. Burstone temcomo base a Mecânica Ortodônticae se você conhecer os princípios des-sa mecânica pode tratar de uma sé-rie de situações clínicas, às vezes im-possíveis de se resolver de outra ma-neira. A mecânica é aplicada na den-tição permanente, seja em adolescen-tes ou em adultos. Os casos de cirur-gia ortognática devem ser planejadosjuntamente com o ortodontista, mes-mo antes do início do tratamento. Noscasos de perdas dos primeiros mola-res permanentes, com inclinações deoutros dentes, a mecânica pode serempregada para corrigí-los sem dei-xar efeitos colaterais. O preparo podeser feito em segmentos, se a cirurgiada maxila for realizada em três pe-ças e isso evita efeitos colaterais setivermos alterações no plano oclusal,principalmente no eixo Z. Existe umasérie enorme de opções onde a TASpode ser empregada facilitando o tra-balho do cirurgião.

11) A má-oclusão Classe IIIpode ser diagnosticada precoce-mente. A ortopedia Facial nosproporciona diferentes oportu-nidades de tratamento, entreelas a mentoneira. Qual seu pro-tocolo de tratamento da má-oclusão da Classe III quandodiagnosticado precocemente equal o limite do tratamento en-tre a Ortodontia e OrtopediaFacial e a Cirúrgia Ortognática?Antenor Araújo

As más oclusões de Classe III e asmordidas abertas esqueléticas são o“calcanhar de Aquiles” dos ortodon-tistas, principalmente se a opção ci-rúrgica for descartada pelo paciente.A classe III pode ser classificada di-daticamente em dentária ou alvéolodentária, que são as mordidas cru-zadas nos casos de classe I, que nãodeve ser de muita preocupação, prin-cipalmente se o paciente não apre-sentar antecedentes familiares carac-terísticos da classe III. A Classes IIIfuncional, ambiental, provocada por

desvios mandibulares, devido a con-tatos prematuros ou por outrasafecções como amígdalas e adenóideshipertrofiados, poderá ser tratadapela remoção da causa e a colocaçãode aparelhos ortopédicos. Nos casosde Classe III esqueléticas, já caracte-rizada como classe III, em qualquerfase da dentição deve ser visto comcautela pelo profissional. O exame clí-nico cuidadoso, incluindo aanamnese minuciosa, onde constamos antecedentes familiares para essetipo de má-oclusão, e os exames fun-cionais em RC e MIH, complementa-do com a documentação ortodônticavão auxiliar muito na decisão do tra-tamento. O padrão esquelético é umoutro ponto que devemos estar aten-tos, porque dele pode depender odiagnóstico e o prognóstico. Nas fa-ses das dentaduras decídua ou mis-ta, em determinados casos podemosusar a mentoneira e casquete apóso descruzamento dos dentes anteri-ores. Esse descruzamento pode serrealizado com o aparelho progênicomodificado, ou pelos aparelhos or-topédicos tipo FR III. Nos casos dedeficiência maxilar usamos o apa-relho para tração reversa, que podeser acoplada aos disjuntores deHaas. Na fase ortodôntica, as Clas-ses III esqueléticas, quando passí-veis de tratamento ortodôntico, sãopor camuflagem, ou seja, haverá umaumento na altura facial anteriorinferior, inclinação vestibular dosincisivos superiores e lingual dosinferiores. É importante salientar quenunca podemos garantir, aos pais,os tratamentos de Classe III, nessasfases, porque não sabemos o com-portamento do crescimento facialdesses pacientes, que depende docódigo genético de cada um. Emdeterminados casos é preferívelaguardar para encaminhar para acirurgia ortognática no momentooportuno.

12) Além de sua formação comoeducador, um período de suacarreira foi dedicado a parte

administrativa da Odontologia.Na sua opinião qual a posição daOdontologia no Brasil em seucaráter sócio-econômico? Ante-nor Araújo

Se considerarmos a vasta exten-são territorial do Brasil, podemos di-zer que a existência de 153 faculda-des existentes pode ser compatível,mas se considerarmos onde elas es-tão localizadas podemos verificar quetemos faculdades de odontologia emexcesso. Infelizmente não existe umapolítica planejada quando da apro-vação dessas faculdades. Como vi-vemos num país democrático, ondeas decisões não são tomadas pelarazão, mas sim pelo poderio econô-mico, vamos ter ainda muitas facul-dades de odontologia onde não énecessário e falta em outras regiõescarentes. Essa má distribuição fazcom que tenhamos muitos dentistasem determinadas regiões e falta emoutras, principalmente nos sertões eperiferia das grandes cidades. Comoem outros setores, temos uma peque-na camada da população bem servi-da, a maioria razoavelmente servidae a uma grande parte excluída. Mes-mo assim o índice de cáries no Brasildiminuiu, mas não é criando maisfaculdades de odontologia que iremosresolver o problema.

13) A Pós-Graduação em Orto-dontia em Araraquara se tornoureferência no Brasil. Anualmen-te vários profissionais são pre-parados e se dispersam portodo país para atuar no ramo daortodontia. Gostaria de saberquais os tópicos consideradosessenciais na formação ortodôn-tica de um aluno? Antenor Araújo

Consideramos, hoje a nossa Pós-Graduação bem estruturada, ondetodos os docentes tiveram vivênciaem outros bons centros estrangeiros,trazendo para cá o que viram de im-portante na área de ensino e da pes-quisa. Nos nossos cursos de pós-gra-duação “strictu” e “latu sensu” os alu-nos têm a prática e a vivência clínica

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oclusão dos dentes posteriores. Se oproblema da dor tem a sua origem naDTM, é provável que os sintomasmelhorarão. Se não houver dentespara serem movimentados indicamospara um reabilitador bucal para a co-locação de uma placa mio-relaxante eprovavelmente ajuste oclusal. Nos ca-sos ortodônticos após a fase agudainiciamos o tratamento, tomando ocuidado de verificar sempre os conta-tos prematuros que podem advir damovimentação dentária.

18) Sabendo que a introdução,divulgação e aperfeiçoamentoda técnica do arco segmentadono Brasil foram devido ao seuesforço e empenho, gostariade ouvir seu relato de como eporque isto ocorreu. Ary dos San-tos Pinto

Logo que voltamos dos EstadosUnidos, isto foi em julho de 1987,voltei convicto que tinha aprendidouma boa filosofia de tratamento e quevaleria a pena divulgar e praticar.Trouxemos no início o Prof. RohitSchdeva, por duas vezes, a quemdevemos muito pela calibração daequipe e por introduzir a técnica parauma seleta platéia de professores eespecialistas. Entendi também quenão era possível divulgar a técnicasem ter um curso formal de pós-gra-duação como suporte. Daí surgiu aoportunidade de assumirmos a dire-ção da Faculdade, e tive então a opor-tunidade de conhecer a tramitação dacriação dos cursos de pós-graduação.Trabalhamos arduamente no pro-cesso, estimulei outras áreas para após-graduação e na minha gestãoforam criados cursos na área de Or-todontia, de Periodontia com o Prof.Egbert C. de Toledo e de Endodontiacom o Prof. Mário Roberto Leonar-do, nomes já consagrados nas res-pectivas áreas, no nosso meio. A Pós-graduação deu o motivo e a oportu-nidade de vocês irem para os Esta-dos Unidos e trazerem subsídios parafortalecer os ensinamentos na áreado ensino e da pesquisa. Agradeço a

mordida aberta, usamos o mesmotipo de aparelho, com a tração oblí-qua (TS), se problema for maxilar.Nos casos em que o problema se lo-caliza na mandíbula é indicado o apa-relho ortopédico Bionator de Balters,acoplado a um AEB, utilizando comotração o IHG ou o TS, tomando ocuidado de não desgastar o aparelhode modo convencional. Na fase or-todôntica, utilizamos o IHG ou o TS,no auxílio da ancoragem, ou mesmocomo efeito ortopédico. Nos casos deClasse III, mesmo ainda na fase dadentadura decídua ou mista amentoneira e casquete é bem indica-da, após o descruzamento dos den-tes anteriores.

16) Qual sua opinião e sua im-portância sobre a posição orto-pedicamente estável da mandí-bula (RC não forçada), paradiagnóstico, tratamento efinalização de um caso ortodôn-tico? Jurandir Barbosa

É um conceito onde está assen-tada toda ortodontia moderna, quenão considera a oclusão estática. Émuito importante observarmos osnossos pacientes em RC e MIH emtodas as fases do tratamento orto-dôntico, principalmente durante oexame clinico inicial e na fase definalização.

17) Tem aumentado a procurade pacientes com dor Orofacial.Qual sua conduta perante essescasos? Jurandir Barbosa

Observamos que a cada dia au-mentam os pacientes com dores oro-faciais, principalmente adultos, aque-les que têm uma atividade muitoestressante. Observamos se a dor émuscular ou de ATM e verificamos seexiste interferência oclusal. No primei-ro momento orientamos o paciente,principalmente quanto ao apertamentodentário e a sua relação com oestresse, que pode ser a causa princi-pal. A seguir construímos um platô decanino a canino superior, diretamen-te na boca do paciente, para aliviar a

da mecânica ortodôntica no trata-mento das más-oclusões, daortodontia preventiva, onde se inse-re a ortopedia facial e da cirurgia or-tognática, onde os alunos preparamos casos, planejam e acompanhama cirurgia. Consideramos importan-tes na formação do aluno o diagnós-tico e planejamento, o planejamentomecânico do aparelho que vai utili-zar e o planejamento cirúrgico doscasos que vai tratar. Saber diferenci-ar um caso padrão de um caso com-plicado e qual mecânica utilizar é tam-bém importante para a formação doespecialista.

14) Qual a sua opinião a respei-to do movimento que busca re-conhecer a Ortopedia Facialcomo especialidade? JurandirBarbosa

A nossa especialidade chama-seORTODONTIA E ORTOPEDIAFACIAL, a proposta foi a criação daespecialidade “Ortopedia Funcionaldos Maxilares”, porque como vocêsabe, a Ortopedia Facial pode ser di-vidida em ortopedia mecânica e or-topedia funcional dos maxilares,como colocado na resposta de nº 2da Prof. Lídia. Como disse o movi-mento é mais político do que de obje-tivos, que é resolver os problemas dasmás-oclusões.

15) Qual ou quais dispositivoso Sr. usa para controle verticalposterior em pacientes comtendência para crescimento nosentido horário? Jurandir Barbo-sa

O tratamento ortodôntico de pa-cientes que apresentam padrão es-quelético dolicofacial é sempre maisproblemático, em qualquer tipo de má-oclusão e em qualquer idade. Noscasos de Classe I com mordida aber-ta, em pacientes em crescimento usa-mos o aparelho de Thurow, com gra-de e às vezes com torno expansor,com tração bem vertical utilizando ocasquete de Interlandi (IHG), inver-tido. Nos casos de classe II, ainda com

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Segmentado, que nos dá mais possi-bilidade de movimentação sem mui-tos efeitos colaterais dentro de umplanejamento mecânico e nos casosimpossíveis de se realizar só com otratamento ortodôntico empregamosa cirurgia ortognática para resolvero problema.

23) Como o Sr. compara o tra-tamento ortodôntico em duasfases versus o mesmo em umaúnica fase. Se o Sr. acredita emvantagens na primeira opção,quais seriam estas? Luiz Gonza-ga Gandini Jr.

A revista da A.J.O.D.O., na suaedição de janeiro de 1998, é dedicadaquase que integralmente à discussãodos tratamentos ortodônticos em umaou duas fases.

O tratamento em duas fases é in-dicado sempre que haja a possibili-dade e necessidade do crescimentocrânio facial para a correção da má-oclusão, e na grande maioria dasvezes iniciados na dentadura mista.A grande vantagem de se iniciar maiscedo o tratamento é que há maiorpossibilidade de evitarmos extraçõesdentárias para a correção, pois ospacientes nessa fase são mais cola-boradores. Fazemos o tratamentoem duas fases, no consultório, des-de a década de 70 e as conclusõesda reunião ocorrida em Quebec, erelatada nesta revista de 1998 sãoas mesmas que já divulgávamos noscursos de ortodontia preventiva e in-terceptora que tivemos a oportuni-dade de ministrar em várias cidadesbrasileiras de norte a sul do Brasil,desde 1976.

24) Há aproximadamente 15anos a sua escola vem utilizan-do a técnica do arco segmen-tado. Como o Sr. situa essa fi-losofia de tratamento na orto-dontia atual, considerando-seque cada vez mais os objetivossão tratamentos simplistas,com dispositivos pré-formadose seguindo-se uma receita pré-

Charles Burstone e Peter Buchang,por duas vezes; Kazuo Tanne, SamirBishara, Emil Russeaux, Jeryl Englishe Wick Alexander, que conheceramo nosso programa classificando-oentre os melhores que eles tiveramcontato.

21) Qual sua visão a respeito datendência de parte dos ortodon-tistas brasileiros em iniciar tra-tamentos muito cedo, estenden-do-o por um tempo demasiada-mente longo, muitas vezes en-volvendo três fases? Ary dos San-tos Pinto

Iniciar o tratamento mais cedopara segurar o paciente é simples-mente lamentável, mas sabemos queexiste. Há situações que realmentedevemos intervir numa fase bem pre-coce, como nos casos de mordidascruzadas, pois se não corrigidas po-dem interferir no crescimento crânio-facial, trazendo como conseqüênciadesvios, às vezes irreversíveis. Noscasos de classe II, iniciar o tratamentona fase da dentadura mista é justifi-cável, pois podemos utilizar aparelhosortopédicos, ou ortodônticos paraorientar o crescimento maxilo-man-dibular. O que fazemos com freqüên-cia é espaçar as visitas quando o re-lacionamento maxilo mandibular foiconseguido, no aguardo da erupçãodos dentes permanentes para novaavaliação e ver a necessidade ou nãode aparelhagem fixa. Existem casosque é melhor tratar em uma únicafase.

22) Qual a filosofia de tratamen-to corretivo que tem emprega-do na sua prática clínica? Ary dosSantos Pinto

Casos simples, filosofia do “feijãocom arroz”, utilizamos bráquetes pré-ajustados e os recursos do “Straigh-Wire”, e os conceitos da mecânicaortodôntica para acertar a posiçãodos dentes na base óssea, para de-pois iniciarmos o nivelamento e ali-nhamento dos dentes; nos casosmais complexos a Técnica do Arco

você Ary por encampar as pesquisasdos alunos de pós-graduação, sem-pre com incentivo e orientação nosplanejamentos e execução dos proje-tos.

19) Pela sua experiência evivência dos rumos que a orto-dontia brasileira tomou desde oseu início como ortodontista,qual sua expectativa para o fu-turo da profissão, principalmen-te com a divisão da Ortodontiae Ortopedia Facial? Ary dos San-tos Pinto

Na verdade a especialidade foidesmembrada da Or toped iaFacial. O que podemos antever éa criação de mais cursos de espe-cialização, para se somar aos 91já existentes com os mesmos ob-jetivos, ou seja, tratar a má-oclusão. Para nós, em termos deensino nada vai mudar. Devemosficar atentos com a propagandaque está sendo divulgada, nos jor-nais e revistas, inclusive pelo jor-nal da SPO, que a ortodontia sómovimenta dentes; no mínimonão conhecem a definição deOrtodontia ditada por Moyers.

20) Qual a filosofia que o Sr. im-plantou em Araraquara que tempossibilitado um crescimento dogrupo que lidera e angariandorespeito em nível nacional e in-ternacional? Ary dos Santos Pinto

A filosofia do Grupo de Arara-quara, muito bem definida pelo Prof.Joel na sua entrevista, tem crescidobastante em função do ensino e pes-quisa desenvolvidos pelos alunos edocentes e também pelo intercâm-bio com os professores estrangeirosque aqui vieram ministrar cursos,conviver e avaliar a nossa pós-gra-duação.

Desde a implantação da pós-gra-duação, tivemos os seguintes pro-fessores visitantes, para ministrarcursos: Rohit Sachdeva, por duasvezes; Michael Marcotte, por três ve-zes; Birte Melsen, por duas vezes;

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des autônomas - a ortodontia ea ortopedia facial? Décio Rodri-gues Martins

Prof. Décio a nossa especialidadechama-se Ortodontia e OrtopediaFacial, e o que ocorreu foi um des-membramento, sendo criada a Orto-pedia Funcional dos Maxilares. Ago-ra temos duas especialidades para tra-tar os mesmos problemas que é a Má-Oclusão. Este desmembramento foipolítico, como ficou bem claro na reu-nião preparatória, promovida peloCRO, em São Paulo. O que deveriater sido feito pelo CFO, quando damudança do nome de Ortodontiapara Ortodontia e Ortopedia Facial,era habilitar àqueles que já faziam aortopedia através de provas e casosclínicos, como foi feito quando da cri-ação da especialidade Ortodontia. Élamentável que isso tenha aconteci-do, pois as duas especialidades ago-ra vão disputar os mesmos pacien-tes e com uma agravante que vai sera criação de vários cursos de espe-cialização nessa área poluindo aindamais a nossa área, já com muitosprofissionais sem habilitação colo-cando “aparelhos” para tentar corri-gir as más-oclusões.

Agradeço à DENTAL PRESS, e emespecial ao professor LaurindoFurquim, pela oportunidade destaentrevista, que nos abriu a possibili-dade de divulgar o que o Grupo deAraraquara realiza e a todos os pro-fessores entrevistadores pelas exce-lentes perguntas, que procurei res-ponder sinceramente, dentro da mi-nha vivência no campo da Ortodon-tia e Ortopedia Facial.

estabelecida? Luiz GonzagaGandini Jr.

O nosso Grupo conseguiu definirbem uma filosofia de tratamento, queengloba o que há de melhor em cadatécnica e em cada filosofia de trata-mento e muito bem explicada, peloProf. Joel na sua entrevista, quandofala do Grupo de Araraquara. A téc-nica do arco segmentado nos dá oembasamento da mecânica ortodôn-tica que nos possibilita aplicar essesconceitos em qualquer técnica ou fi-losofia quando necessários. Assim ouso do arco lingual e da barra palati-na na fase de retração dos dentesanteriores durante o fechamento deespaço evita efeitos colaterais, os tu-bos duplos retangulares nos primei-ros molares inferiores e triplos nossuperiores são auxiliares para a co-locação de “cantilevers”, para a mo-vimentação individual e que podemser aplicadas em qualquer técnica paraevitar os efeitos colaterais durante onivelamento e alinhamento dos den-tes. O ortodontista consciente nãopode confiar somente nas receitaspré-estabelecidas, pois as prescriçõesnem sempre são adequadas para to-dos os pacientes e as má-oclusõesnem sempre respondem da mesmaforma ao tratamento.

25) Com mais de trinta anoscomo professor e clínico na áreaortodôntica qual a sua expecta-tiva em termos de evolução daortodontia como especialidadenessa próxima década? Luiz Gon-zaga Gandini Jr.

A ortodontia evoluiu muito nosúltimos 15 anos em função dos no-vos materiais que temos à disposi-ção no mercado e está em franca evo-lução quando vemos os aparelhos“invisíveis”, tipo aparelho lingual e o“invisalign”, que estão sendo intro-duzidos atualmente. Acredito, ainda,que os procedimentos cirúrgicos naortodontia ganharão força, com asdistrações osteogênicas e os implan-tes para ancoragem. Isto poderámudar o rumo dos nossos atuais pla-

nos de tratamentos, com menos ex-trações e menos cirurgias ortognáti-cas.

26) Quais as vantagens da me-cânica com os arcos segmetadosem comparação com a mecâni-ca dos arcos contínuos? DécioRodrigues Martins

Professor Décio, agradeço pela suaparticipação nesta entrevista. Não co-locamos como vantagens ou desvan-tagens de uma técnica em relação àoutra e sim como indicações em situ-ações específicas. Nos casos “redon-dos”, ou seja, naqueles casos-padrãoutilizamos os arcos contínuos, mas noscasos mais complexos utilizamos atécnica do arco segmentado, que nosdá uma gama imensa de possibilida-des mecânicas, como por exemplo,nos casos de mordidas profundas empacientes braquicefálicos, classe II, amecânica de intrusão é importantepara a resolução do problema. Noscasos de tração de caninos inclusospelos cantilevers apoiados nas barraspalatinas, evitam os efeitos colateraisnos laterais e nos caninos. A vanta-gem ou desvantagem da técnica doarco segmentado é que o profissionaltem de pensar antes de colocar qual-quer elemento ativo.

27) Qual a porcentagem de or-todontistas que utilizam a me-cânica com arcos segmentados,nacionais e internacionalmente?Décio Rodrigues Martins

Acredito que são muito poucos osprofissionais que fazem a técnicapura, mesmo nacional ou internacio-nalmente, esta a grande vantagemde não ficar preso a nenhuma técni-ca ou filosofia pura. Os conceitosemitidos na técnica do arco segmen-tado, na parte referente à mecânica,podem ser aplicados a qualquer filo-sofia, como explicado na pergunta24, formulada pelo professor Gandini.

28) Qual é a sua opinião sobrea recente deliberação da 2a

ANEO criando duas especialida-

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8 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001

Antenor Araújo

- Doutor em Ciências –Cirurgia, pela Faculdadede Odontologia de SãoJosé dos Campos.

- Fellow in Oral Surgery –Título concedido pelaUniversity of Texas Health Science Centerat Dallas, U.S.A.

- Livre Docente – Cirurgia, pela Faculdadede Odontologia de São José dos Campos.

- Professor Titular – Cirurgia, pela Faculda-de de Odontologia de São José dos Cam-pos.

Ary dos SantosPinto

- Professor Assistente Dou-tor da Disciplina de Orto-dontia Preventiva e Coor-denador do Curso de pós-graduação em Ortodontiada Faculdade de Odontologia de Arara-quara - UNESP

- Pós-Doutorado na Baylor College ofDentistry - Dallas, Tx.

Décio RodriguesMartins

- Curso de Pós-graduação emOrtodontia pela UniversityOregon Dental School -USA (Setembro/1968 -Junho/1970).

- Professor Titular em Ortodontia daFaculdade de Odontologia de Bauru daUniversidade de São Paulo desde 1983.

- Coordenador do Curso de Pós-graduaçãoem Ortodontia, em nível de mestrado edoutorado, da Faculdade de Odontologiade Bauru, da Universidade de São Paulo,de 1973 a 1984.

- Coordenador dos Cursos de Especializaçãoem Ortodontia promovido pela Sociedadede Promoção Social do Fissurado Lábio-Palatal - PROFIS/Bauru de 1979 a 1987.

Luiz GonzagaGandini

- Professor Assistente doDepartamento de ClínicaInfantil - Disciplina deOrtodontia Preventiva daFaculdade de Odontologia de Araraquara- UNESP.

- Doutorado em Ortodontia pela Faculdadede Odontologia de Araraquara - UNESP.

Lídia ParsekianMartins

- Professora Assistente, dadisciplina de Ortodontia,no Departamento deClínica Infantil da Facul-dade de Odontologia daUniversidade Estadual Paulista, Campusde Araraquara.

Jurandir Barbosa

- Mestre em Ortodontiapela Faculdade deOdontologia da USP –Bauru.

- Professor do Curso deEspecialização promovi-do pela APCD de Campinas – São Paulo.

Tieo Takahashi

- Professor Titular da Disci-plina de Ortodontia doCurso de Odontologia daUniversidade Estadual deLondrina.

- Professor do Curso deEspecialização em Ortodontia e Ortope-dia Facial da Universidade Estadual deLondrina.

- Coordenador do Curso de Especializaçãoem Ortodontia e Ortopedia Facial dosMaxilares promovido pela AssociaçãoOdontológica do Norte do paraná - Lon-drina.

- Prof. da Disciplina de Ortodontia daUniversidade Paranaense UNIPAR -Umuarama.

Osmar AparecidoCuoghi

- Mestre e Doutor pelaFaculdade de Odontolo-gia de Bauru - USP.

- Professor Doutor do De-partamento de Odontolo-gia Infantil e Social - Disciplina deOrtodontia da Faculdade de Odontologiade Araçatuba - UNESP.