profa. dra. denise duarte desconstrução Finais... · - Paredes internas de drywall, ... de novos...

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Construído na capital chilena em um terreno de alto valor e grande potencial construtivo, esse edifício de apenas três andares possui características que o habilitam a ser construído em um local que em um futuro bem próximo pode precisar abrigar um edifício com mais andares ou maior taxa de ocupação. Isso porque ele é todo construído com materiais e técnicas que sistematizam a construção e tornam o edifício totalmente desmontável e passível de ser ‘remontado’ em outro lugar. - Estrutura de madeira laminada. - Paredes internas de drywall, placas de concreto pré-moldado. - Mecanismos de fixação constituídos de parafusos aparentes. - Cobertura de aço galvanizado. O projeto se preocupou ainda com ao uso racional dos materiais, levando em consideração as medidas para melhor aproveitamento da madeira bruta, rapidez e facilidade na laminação e montagem. BIP computers santiado, chile 2006-2007 arquiteto alberto mozó princípios usar materiais reciclados e recicláveis 01 evitar materiais tóxicos e perigosos 03 evitar acabamentos secundários 05 evitar materiais compósitos e fazer produtos inseparáveis do mesmo material 04 fornecer identificação padrão e permanente dos tipos de materiais 06 usar conexões mecânicas ao invés de químicas 08 usar sistema de construção aberto com partes substituíveis 09 usar projeto modular 10 utilização de tecnologias de montagem compatíveis com a prática de construção padrão 11 separar a estrutura do revestimento 12 garantir acesso a todos os componentes do edifício 13 projetar componentes de tamanhos adequados para todas as fases 14 garantir a manipulação de componentes durante a montagem e desmontagem 15 garantir tolerância adequada para permitir a desmontagem 16 diminuir a quantidade de prendedores e conectores 17 minimizar os tipos de conectores 18 projetar juntas e conectores para resistir a repetidas montagens e desmontagens 19 prover identificação permanente para cada componente 21 usar uma grade estrutural padrão 22 usar subconjuntos pré-fabricados 23 usar materiais e componentes leves 24 identificar permanentemente os pontos de desmontagem 25 guardar a informação sobre o edifício e seu processo de montagem 27 07 minimizar o número de componentes diferentes 02 minimizar o número de materiais estudos de caso - edifícios Implantada em um terreno com muita declividade, essa casa de 200m² na cidade de São Paulo possui uma arquitetura que se adapta de forma ímpar ao terreno e é composta por materiais passiveis de serem desmontados e reutilizados. A estrutura modular de madeira (3.30 x 3.30m), industrializada e com geometria que considera seu próprio sistema de montagem, sem escoramentos. - As instalações hidráulica e elétrica, localizadas no forro da residência, são visitáveis o que facilita a manutenção. - Conexões metálicas. - Essa técnica construtiva foi desenvolvida pela construtora ITA, que já a aplicou em mais de 300 projetos. Residência Hélio Olga Jr. são paulo, brasil 1987-1990 arquiteto marcos acayaba Pilestredet Park oslo, noruega 2001-2008 arquiteto maris nygaard estado da arte - brasil bibliografia Construído com um sistema que compatibiliza diversos materiais, como aço, concreto e madeira, esse edifício abriga diversos empreendimentos comunitários, como uma associação de moradores, creche e uma biblioteca infantil. - Flexibilidade - Interior construído em timber-frame: material leve e de fácil manuseio e movimentação. - Envoltória do edifício independente das divisões internas - Pilares de concreto armado e base metálica, que pode ser facilmente movido de acordo com a necessidade dos usuários. Podendo ser totalmente retirado , possibilita a utilização em uma outra obra, depois do final da vida útil do edifício. Projeto de renovação urbana numa área próxima ao centro de Oslo, que levou em consideração diversos princípios de construção mais sustentável. Construído num terreno onde antes havia um hospital, o projeto inclui habitações, alguns comércios e escritórios, escolas e áreas verdes. A demolição do antigo hospital gerou cerca de 90.000 toneladas de resíduos, dos quais 98% puderam ser reaproveitados., devido a separação dos materiais passíveis de serem reutilizados daqueles que não poderiam e dos que ainda poderiam contaminar de alguma forma os demais materiais. Pesquisas foram feitas com relação a vida útil dos materiais utilizados e também sobre a toxicidade deles. - Redução de 10% no custo total da de- molição. - Economia de energia (50% menos que a média do restante do país. - Economia de água (150l /pessoa) - Redução do lixo (programa de coleta e reciclagem) - Incentivo ao pedestre e ao ciclista - Redução no nível de ruídos - Aumento na qualidade do ar Steenwijk Community Centre steenwijk, holanda arquitetura marx & steketee estado da arte - países América Estados Unidos (fonte: A. R. Chini and S. F. Bruening) Ásia Japão (fonte: Shiro Nakajima, Satoshi Arikawa, Junko Koga e Mikio Futaki) Perspectivas: Arquitetos – estão cada vez mais abertos ao design para desconstrução Construtores – demora em aceitar o uso de materiais reciclados e recuperados (percepção negativa quanto ao preço, qualidade baixa, risco alto, problemas de dimensionamento) Consumidores – vêem os materiais como de menor qualidade porém os valorizam por serem ambientalmente corretos O total de resíduo gerado pelas indústrias da construção em 2001 foi de aproximadamente 85 milhões de toneladas.Os aterros estão chegando a sua capacidade máxima e leis do país estão mais rígidas no que diz respeito aos resíduos da construção civil. Pesquisa e Materiais: Concreto armado - Novos métodos de demolição estão sendo pesquisados, além de novos sistemas com estruturas pré-moldadas e máquinas para demolição por controle remoto. Aço - A maioria dos metais é reciclada em fábricas específicas. A produção de toneladas de aço está entre 90-100 milhões no Japão. Madeira - existem três métodos para desmontagem de casas de madeira: manual, através de maquinário e a composta. A escolha do método depende das condições do entorno e da estrada, estrutura do edifício, idade do edifício, orçamento, prazo e custo da obra. O método manual seletivo é preferível por preservar o material Fundações - As fundações são geralmente demolidas ao invés de reutilizadas. A demolição é semelhantes a do concreto armado. As pesquisas estão se preocupando com o destino da lama e do solo das escavações Sistema 2by4 Novas idéias de design são propostas no sistema 2by4 dando atenção especial ao desenho das juntas, para que elas não danifiquem o material e possibilitem uma facilidade no trabalho de desmontagem, sem oferecer perigo aos trabalhadores: • pregos cabeça dupla para ligar conectores metálicos, rebites e placas. • parafusos de madeira para conectar placas. • articulações padronizadas • módulo dos componentes padronizado • métodos de fácil remoção na instalação de materiais de acabamento. Duas casas (“Benchmark” e “Improved”) foram construídas e todo o processo de construção e desconstrução foi filmado e analisado para o recolhimento de dados que possam melhorar a técnica atual de desconstrução e possibilitar a elaboração de um manual. Produção anual de lixo: cerca de 1 tonelada /pessoa/ano, sendo aproximadamente 40% desse total proveniente da construção civil e demolição. Além do reaproveitamento dos materiais gerados na desconstrução, frequentemente as casas são reaproveitadas em sua totalidade, passando por reformas, mudando de lugar ou se agregando a novos projetos. Tabela 1 – Porcentagem de material reaproveitado (por peso) de edifícios residenciais demolidos em Melbourne e o tipo de reaproveitamento O país possui um nível alto de reaproveitamento dos materiais construtivos gerados no fim da vida útil dos edifícios, especialmente os residenciais com cerca de 70% dos componentes sendo reaproveitados, devido às técnicas construtivas vernaculares que viabilizam a reutilização desses materiais. O reaproveitamento desses materiais é em grande parte feito sem adição de energia (o material é reutilizado no estado em que se encontra, sem passar por transformações). A tabela ao lado exemplifica isso. Casa em processo de recolocação. Ela será anexada a um novo projeto, ganhando um novo uso. Típica casa australiana, que possui materiais e técnica construtiva que facilitam a desconstrução e permitem a reutilização quase total dos cmponentes. Europa Holanda (fonte: Bart J.H. te Dorsthorst e Ton Kowalczyk) Oceania Austrália (fonte: Philip Crowther (Queensland University of Technology, Brisbane, Australia) A produção anual de resíduos da construção civil, na Holanda, é de aproximadamente 21 milhões de toneladas. No entanto, na década de 1990, o Governo proclamou que a produção de resíduos deveria ser reduzida, através do reuso, em 90%. Essa iniciativa resultou na implementação de técnicas de desconstrução e princípios de projeto para desconstrução que, atualmente, resultou num reaproveitamento de cerca de 95% dos resíduos da construção no país. Passo a passo da desconstrução na Holanda: 1. Retirar os componentes passíveis de reutilização, como louças sanitárias, vidros, portas, etc; 2. Remover revestimentos de pisos e tetos, como gesso e assoalhos; 3. Remover instalações elétricas; 4. Remover instalações hidráulicas e metais; 5 Retirar as telhas; 6. Separar os materiais inflamáveis dos não inflamáveis; 7. enviar os materiais que não podem ser reaproveitados pra incineração ou pra aterros. Algumas obras de desconstrução estão em andamento na Holanda atualmente. Essas obras têm um caráter experimental e estão gerando novas soluções para os problemas encontrados além de validar novas técnicas construtivas que geram uma maior facilidade na desconstrução. As figuras são sobre um projeto em Maassluis, que tem como propósito desconstruir um edifício existente (ao lado), para gerar residências unifamiliares como no projeto abaixo. No ano 2000, a produção de entulhos da indústria da demolição chegou a 140 milhões de toneladas, sendo que apenas de 20 a 30% foi reciclado. No país, a licença para desconstrução é mais rápida que a de demolição para compensar o tempo entre as duas técnicas. A contratação da equipe empreiteira é uma etapa importante da desconstrução e deve-se exigir a apresentação de um Plano de Gestão de Recursos. A boa qualidade dos materiais da edificação também aumenta o custo-benefício do processo. O custo total para a desconstrução, ao contrário do que possa parecer, é em geral 30% menor que o da demolição, além de empregar mais mão-de-obra especializada, diminuir custos de transporte e descarte, aterros, energia e indústria de reciclagem. Edifício com valor histórico/arquitetônico sendo movido Materiais: Madeira - O potencial de reuso da madeira é grande, com muito mercado e diversas formas de reutilização. Concreto – utilizado apenas na forma de agregado para novas pavimentações Aço – todos os produtos de aço contém aço reciclado, fechando o ciclo. Tijolos – dificuldade de separação dos tijolos assentados com argamassa resistente Carpet – removidos e empregados na indústria de componentes de isolamento, asfalto e pavimentação. Plástico – a indústria de reciclagem de plásticos está estabelecida no país, sendo produzidos mais de 1300 produtos a partir de plástico reciclado Composição dos resíduos da construção civil Montagem de protótipo do sistema 2by4 Protótipos do sistema 2by4 possibilidades FONTE: Charles J. Kibert e Abdol R. Chini. CIB Publication 266, 2001. o que é desconstrução? Desconstrução é o nome que se dá ao processo de desmantelamento ou desmontagem de um edifício para que seus componentes sejam reutilizados ou reciclados. É uma alternativa à demolição. Existem inúmeros benefícios econômicos e sociais alcançados com a implementação de práticas de recuperação de materiais na construção civil. Ao reaproveitar a matéria-prima existente no edifício, preserva-se a energia aprisionada no material e evita-se o uso de mais energia para reprocessá-lo e reciclá-lo. quando surgiu? O conceito de projeto para a desmontagem foi cunhado em 1976 pelo professor H.W. Reinhardt , da Technical University of Delft, na Holanda, mas ganhou força apenas no começo da década de 1990. vantagens: • diminuição da taxa de resíduos nos aterros • potencial de reutilização para os componentes dos edifício • maior facilidade de reciclagem dos materiais • melhora da proteção ambiental local e global desafios: • edifícios existentes não foram projetados para o desmanche • componentes de edifícios não foram projetados para desmontagem • ferramentas para a desconstrução de edifícios existentes geralmente não existem • os custos para eliminação dos resíduos da demolição são baixos • desmanchar edifícios requer tempo maior • a re-certificação de componentes usados não é frequentemente possível • os códigos de obra não abordam a reutilização de componentes de construção • os benefícios econômicos e sociais não foram bem estabelecidos Kikuchi House deconstruction - Chicago 2005 FONTE: http://www.urbanhabitatchicago.org/projects/atsushi-kikuchi/ relocação do edifício inteiro extração de recursos naturais processamento de materiais fabricação de componentes montagem dos edifícios utilização da construção desmontagem despejo de resíduos domínio do ambiente construído reciclagem de materiais reprocessamento de materiais reuso de componentes COMPOSTAGEM INCINERAÇÃO REDUÇÃO REUTILIZAÇÃO RECICLAGEM ATERRO OTIMIZAR RECURSOS repensar a concepção REDUZIR NA FONTE estimativas e planejamento cuidadosos REDUZIR EMBALAGENS reencaminhar para os fornecedores PREVENÇÃO implementar técnicas eficientes de recuperação de materiais DESCONSTRUIR desmantelamento de edifícios para recuperação de materiais REUTILIZAR ao invés da utilização de novos materiais UPCYCLING criar valor acrescentado ao produtos RECICLAR matéria prima para uso semelhante ou equivalente DOWNCYCLING matéria prima para produtos de valor inferior permitir desmontagem em paralelo 20 fornecer peças de reposição armazenadas 26 Os resíduos provenientes da demolição total ou parcial de edifícios nos países industrializados representam de 30 a 50% do total de lixo. No Brasil, a porcentagem de resíduo da construção civil é de 41 a 70% da massa de lixo urbano e a produção desse tipo de resíduo é de, em média, 500 kg/hab.ano (PINTO 2000) Uma imagem típica : entulho obstruindo o Córrego dos Meninos, entre Santo André e São Bernardo SP e a opção ambientatalmente correta: estação de reciclagem de resíduos “Estoril“ em Belo Horizonte. O quadro ao lado mostra a composição proporcional dos Resíduos Sólidos Urbanos em algumas cidades brasileiras, de acordo com a tese de Paula Pinto. Nota-se que a grande maioria é composta pelos Resíduos da Construção e Demolição. Daí a importância das políticas públicas para melhores práticas na Construção Civil. A Taxa de Geração de Resíduos da Construção e Demolição permite a comparação entre os dados brasileiros e os de alguns países desenvolvidos. No Brasil existem iniciativas pontuais de construção racionalizada com elementos pré-moldados, que incorporam tecnolo- gias modernas e realizam arquitetura de qualidade. As obras recentes da construtora Ita, há quase 30 anos no mercado, continuam demonstrando o êxito do método rápido e econômico que faz uso de madeira florestal certificada desenvolvido pelo Eng. Hélio Olga. Um profissional brasileiro que projeta obras de grande porte pensadas a par- tir de elementos leves pré-fabricados é João Filgueiras Lima, o Lelé. Após diver- sas experiências de pré-fabricação, Lelé comanda o CTRS (Centro de Tecnologia da Rede Sarah), uma fábrica de elementos construtivos para hospitais, que desenvolve desde a super estrutura até as macas para pacientes. A desconstrução é uma alternativa à demolição que não apenas visa um ganho ambiental, mas também pode gerar ganhos sociais, como o aumento e a qualificação de empregos na área. O projeto pensado para a desconstrução pode ampliar a margem de aproveitamento dos materiais construtivos no fim da vida útil do edifício e ainda ampliar a própria vida útil do edifício, ao levar em consideração elementos como flexibilidade, conexões acessíveis e facilmente desmontáveis e materiais pré-fabricados. Políticas governamentais podem ajudar a ampliar o mercado da desconstrução, ao criar incentivos para projetos que levem em conta os princípios da desconstrução e legislações que facilitem o uso de materiais de segunda mão, por exemplo, o que baratearia os custos e daria maior velocidade ao processo da desconstrução, tornado-a mais competitiva economicamente. Não apenas edifícios projetados para serem desconstruidos podem ter esse fim. Os edifícios construídos com técnicas e materiais tradicionais também podem ser desconstruídos ao fim de sua vida útil e ter grande parte de seus materiais reaproveitados ou reciclados, gerando, por exemplo, agregado para concreto. A desconstrução é uma técnica totalmente possível, já sendo realidade em grande número de países. Aqui no Brasil ainda temos alguns preconceitos com certos tipos de material e técnicas construtivas e mandamos para aterros a maior parte dos nossos resíduos construtivos, realidade que precisa ser rapidamente mudada se quisermos participar de forma ativa da busca por um planeta mais sustentável. Alter, Lloyd. Design for deconstruction by Alberto Mozó. Disponível em: http://www.treehugger.com/files/2008/05/design-for-decon- struction.php. Acessado em: 09/11/2009. Carvalho, Kelly. Conferência internacional vai apresentar perspectivas do uso dos resíduos da construção e demolição. PINIweb. 18/04/2008. Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/sustentabilidade/conferencia-internacional-vai-apresentar-perspec- tivas-do-uso-dos-residuos-de-87047-1.asp. Acessado em: 17/10/2009. Chini, Abdol R. Deconstruction and Materials Reuse – an International Overview. CIB Publication 300. Disponível em: http://web.dcp. ufl.edu/chini/TG%2039%20reports/CIB%20Publication%20300.pdf. Acessado em: 17/10/2009. Chini, Abdol R. Deconstruction and Materials Reuse: Technology, Economic, and Policy. CIB Publication 266. Disponível em: http://web.dcp.ufl.edu/chini/TG%2039%20reports/CIB%20Publication%20 266.pdf. Acessado em: 17/10/2009. Couto, Amanda B., Couto, João P. e Teixeira, José C. Desconstrução – uma ferramenta para sustentabilidade da construção. NUTAU 2006. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6792/1/095NUTAU.pdf. Acessado em: 06/10/2009. John, Vanderley M. Resíduos de Construção e Demolição. Disponível em: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/ftp/Pares%20-%20 Poli_vmjohn.pdf. Acessado em: 17/10/2009. Kibert, Charles J. Deconstruction as an essencial component os sustainable construction. Disponível em: http://www.sustainable- settlement.co.za/event/SSBE/Proceedings/kibert.pdf. Acessado em: 17/10/2009. Kibert, Charles J. Deconstruction: the start of a sustainable material strategy for the built environment. Independent Journal on Building and the Environment issue 1 - 2003. UNEP - Industry and Environment. Volume 26 nº 2-3 Abril-Setembro 2003. Pinto, Tarcísio de P. Metodologia para a gestão difereniada de resíduos sólidos da construção urbana. São Paulo: POLI – USP (tese de doutorado). 1999. Casa hélio Olga Jr. Disponível em: http://www.itaconstrutora.com.br/site/obra.asp?id_obra=2&tobra=r&tipo=d. Acessado em: 09/11/2009. Residência no Jardim Vitória Régia. Disponível em: http://www.marcosacayaba.arq.br/lista.projeto.chain?id=18. Acessado em: 28/11/2009 Pilestredet Park, Norway. Disponível em: http://skanska-sustainability-case-studies.com/index.php/Pilestredet-Park-Norway.html. Aces- sado em 06/10/2009. Steenwijk Community Centre. Disponível em: http://www.design4deconstruction.org/pdf/SteenwijkCommunityCentre.pdf. Acessado em: 09/11/2009. design para a desconstrução aut221 arquitetura, ambiente e desenvolvimento sustentável profa. dra. denise duarte carolina pedrosa e paula ramos FONTE: Charles J. Kibert e Abdol R. Chini. CIB Publication 266, 2001.

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Construído na capital chilena em um terreno de alto valor e grande potencial construtivo, esse edifício de apenas três andares possui características que o habilitam a ser construído em um local que em um futuro bem próximo pode precisar abrigar um edifício com mais andares ou maior taxa de ocupação. Isso porque ele é todo construído com materiais e técnicas que sistematizam a construção e tornam o edifício totalmente desmontável e passível de ser ‘remontado’ em outro lugar.

- Estrutura de madeira laminada.- Paredes internas de drywall, placas de concreto pré-moldado.- Mecanismos de fi xação constituídos de parafusos aparentes.- Cobertura de aço galvanizado.O projeto se preocupou ainda com ao uso racional dos materiais, levando em consideração as medidas para melhor aproveitamento da madeira bruta, rapidez e facilidade na laminação e montagem.

BIP computers santiado, chile 2006-2007 arquiteto alberto mozó

princípiosusar materiais

reciclados e

recicláveis

01

evitar materiais

tóxicos e perigosos03

evitar acabamentos

secundários05

evitar materiais

compósitos e fazer

produtos inseparáveis

do mesmo material

04

fornecer identifi cação

padrão e permanente

dos tipos de materiais

06

usar conexões

mecânicas ao invés

de químicas

08

usar sistema

de construção

aberto com partes

substituíveis

09

usar projeto modular10

utilização de

tecnologias

de montagem

compatíveis com a

prática de construção

padrão

11

separar a estrutura

do revestimento12

garantir acesso

a todos os

componentes do

edifício

13

projetar componentes

de tamanhos

adequados para

todas as fases

14

garantir a

manipulação de

componentes durante

a montagem e

desmontagem

15

garantir tolerância

adequada

para permitir a

desmontagem

16

diminuir a quantidade

de prendedores e

conectores

17

minimizar os tipos de

conectores18

projetar juntas e

conectores para

resistir a repetidas

montagens e

desmontagens

19

prover identifi cação

permanente para

cada componente

21

usar uma grade

estrutural padrão22

usar subconjuntos

pré-fabricados23

usar materiais e

componentes leves24

identifi car

permanentemente

os pontos de

desmontagem

25

guardar a informação

sobre o edifício e

seu processo de

montagem

27

07 minimizar o número

de componentes

diferentes

02 minimizar o número

de materiais

estudos de caso - edifícios

Implantada em um terreno com muita declividade, essa casa de 200m² na cidade de São Paulo possui uma arquitetura que se adapta de forma ímpar ao terreno e é composta por materiais passiveis de serem desmontados e reutilizados. A estrutura modular de madeira (3.30 x 3.30m), industrializada e com geometria que considera seu próprio sistema de montagem, sem escoramentos.

- As instalações hidráulica e elétrica, localizadas no forro da residência, são visitáveis o que facilita a manutenção.- Conexões metálicas.- Essa técnica construtiva foi desenvolvida pela construtora ITA, que já a aplicou em mais de 300 projetos.

Residência Hélio Olga Jr.são paulo, brasil 1987-1990 arquiteto marcos acayaba

Pilestredet Parkoslo, noruega 2001-2008 arquiteto maris nygaard

estado da arte - brasil bibliografi a

Construído com um sistema que compatibiliza diversos materiais, como aço, concreto e madeira, esse edifício abriga diversos empreendimentos comunitários, como uma associação de moradores, creche e uma biblioteca infantil.

- Flexibilidade- Interior construído em timber-frame: material leve e de fácil manuseio e movimentação.- Envoltória do edifício independente das divisões internas - Pilares de concreto armado e base metálica, que pode ser facilmente movido de acordo com a necessidade dos usuários. Podendo ser totalmente retirado , possibilita a utilização em uma outra obra, depois do fi nal da vida útil do edifício.

Projeto de renovação urbana numa área próxima ao centro de Oslo, que levou em consideração diversos princípios de construção mais sustentável. Construído num terreno onde antes havia um hospital, o projeto inclui habitações, alguns comércios e escritórios, escolas e áreas verdes.

A demolição do antigo hospital gerou cerca de 90.000 toneladas de resíduos, dos quais 98% puderam ser reaproveitados., devido a separação dos materiais passíveis de serem reutilizados daqueles que não poderiam e dos que ainda poderiam contaminar de alguma forma os demais materiais.Pesquisas foram feitas com relação a vida útil dos materiais utilizados e também sobre a toxicidade deles.

- Redução de 10% no custo total da de-molição.- Economia de energia (50% menos que a média do restante do país.- Economia de água (150l /pessoa)- Redução do lixo (programa de coleta e reciclagem)- Incentivo ao pedestre e ao ciclista- Redução no nível de ruídos- Aumento na qualidade do ar

Steenwijk Community Centresteenwijk, holanda arquitetura marx & steketee

estado da arte - paísesAméricaEstados Unidos (fonte: A. R. Chini and S. F. Bruening)

ÁsiaJapão (fonte: Shiro Nakajima, Satoshi Arikawa, Junko Koga e Mikio Futaki)

Perspectivas:

Arquitetos – estão cada vez mais abertos ao design para desconstruçãoConstrutores – demora em aceitar o uso de materiais reciclados e recuperados (percepção negativa quanto ao preço, qualidade baixa, risco alto, problemas de dimensionamento)Consumidores – vêem os materiais como de menor qualidade porém os valorizam por serem ambientalmente corretos

O total de resíduo gerado pelas indústrias da construção em 2001 foi de aproximadamente 85 milhões de toneladas.Os aterros estão chegando a sua capacidade máxima e leis do país estão mais rígidas no que diz respeito aos resíduos da construção civil.

Pesquisa e Materiais:Concreto armado - Novos métodos de demolição estão sendo pesquisados, além de novos sistemas com estruturas pré-moldadas e máquinas para demolição por controle remoto.Aço - A maioria dos metais é reciclada em fábricas específi cas. A produção de toneladas de aço está entre 90-100 milhões no Japão.Madeira - existem três métodos para desmontagem de casas de madeira: manual, através de maquinário e a composta. A escolha do método depende das condições do entorno e da estrada, estrutura do edifício, idade do edifício, orçamento, prazo e custo da obra. O método manual seletivo é preferível por preservar o materialFundações - As fundações são geralmente demolidas ao invés de reutilizadas. A demolição é semelhantes a do concreto armado. As pesquisas estão se preocupando com o destino da lama e do solo das escavações

Sistema 2by4

Novas idéias de design são propostas no sistema 2by4 dando atenção especial ao desenho das juntas, para que elas não danifi quem o material e possibilitem uma facilidade no trabalho de desmontagem, sem oferecer perigo aos trabalhadores:• pregos cabeça dupla para ligar conectores metálicos, rebites e placas.• parafusos de madeira para conectar placas.• articulações padronizadas• módulo dos componentes padronizado• métodos de fácil remoção na instalação de materiais de acabamento.Duas casas (“Benchmark” e “Improved”) foram construídas e todo o processo de construção e desconstrução foi fi lmado e analisado para o recolhimento de dados que possam melhorar a técnica atual de desconstrução e possibilitar a elaboração de um manual.

Produção anual de lixo: cerca de 1 tonelada /pessoa/ano, sendo aproximadamente 40% desse total proveniente da construção civil e demolição.

Além do reaproveitamento dos materiais gerados na desconstrução, frequentemente as casas são reaproveitadas em sua totalidade, passando por reformas, mudando de lugar ou se agregando a novos projetos.

Tabela 1 – Porcentagem de material reaproveitado (por peso) de edifícios residenciais demolidos em Melbourne e o tipo de reaproveitamento

O país possui um nível alto de reaproveitamento dos materiais construtivos gerados no fi m da vida útil dos edifícios, especialmente os residenciais com cerca de 70% dos componentes sendo reaproveitados, devido às técnicas construtivas vernaculares que viabilizam a reutilização desses materiais.

O reaproveitamento desses materiais é em grande parte feito sem adição de energia (o material é reutilizado no estado em que se encontra, sem passar por transformações). A tabela ao lado exemplifi ca isso.

Casa em processo de recolocação. Ela será anexada a um novo projeto, ganhando um novo uso.

Típica casa australiana, que possui materiais e técnica construtiva que facilitam a desconstrução e permitem a reutilização quase total dos cmponentes.

EuropaHolanda (fonte: Bart J.H. te Dorsthorst e Ton Kowalczyk)

OceaniaAustrália (fonte: Philip Crowther (Queensland University of Technology, Brisbane, Australia)

A produção anual de resíduos da construção civil, na Holanda, é de aproximadamente 21 milhões de toneladas. No entanto, na década de 1990, o Governo proclamou que a produção de resíduos deveria ser reduzida, através do reuso, em 90%. Essa iniciativa resultou na implementação de técnicas de desconstrução e princípios de projeto para desconstrução que, atualmente, resultou num reaproveitamento de cerca de 95% dos resíduos da construção no país.

Passo a passo da desconstrução na Holanda:1. Retirar os componentes passíveis de reutilização, como louças sanitárias, vidros, portas,

etc;2. Remover revestimentos de pisos e tetos, como gesso e assoalhos;

3. Remover instalações elétricas;4. Remover instalações hidráulicas e metais;

5 Retirar as telhas;6. Separar os materiais infl amáveis dos não infl amáveis;

7. enviar os materiais que não podem ser reaproveitados pra incineração ou pra aterros.

Algumas obras de desconstrução estão em andamento na Holanda atualmente. Essas obras têm um caráter experimental e estão gerando novas soluções para os problemas encontrados além de validar novas técnicas construtivas que geram uma maior facilidade na desconstrução.

As fi guras são sobre um projeto em Maassluis, que tem como propósito desconstruir um edifício existente (ao lado), para gerar residências unifamiliares como no projeto abaixo.

No ano 2000, a produção de entulhos da indústria da demolição chegou a 140 milhões de toneladas, sendo que apenas de 20 a 30% foi reciclado. No país, a licença para desconstrução é mais rápida que a de demolição para compensar o tempo entre as duas técnicas.

A contratação da equipe empreiteira é uma etapa importante da desconstrução e deve-se exigir a apresentação de um Plano de Gestão de Recursos. A boa qualidade dos materiais da edifi cação também aumenta o custo-benefício do processo.O custo total para a desconstrução, ao contrário do que possa parecer, é em geral 30% menor que o da demolição, além de empregar mais mão-de-obra especializada, diminuir custos de transporte e descarte, aterros, energia e indústria de reciclagem.

Edifício com valor histórico/arquitetônico sendo movido

Materiais:

Madeira - O potencial de reuso da madeira é grande, com muito mercado e diversas formas de reutilização. Concreto – utilizado apenas na forma de agregado para novas pavimentações Aço – todos os produtos de aço contém aço reciclado, fechando o ciclo. Tijolos – difi culdade de separação dos tijolos assentados com argamassa resistente Carpet – removidos e empregados na indústria de componentes de isolamento, asfalto e pavimentação. Plástico – a indústria de reciclagem de plásticos está estabelecida no país, sendo produzidos mais de 1300 produtos a partir de plástico recicladoComposição dos resíduos da construção civil

Montagem de protótipo do sistema 2by4

Protótipos do sistema 2by4

possibilidades

FONTE: Charles J. Kibert e Abdol R. Chini. CIB Publication 266, 2001.

o que é desconstrução?

Desconstrução é o nome que se dá ao processo de desmantelamento ou desmontagem de um edifício para que seus componentes sejam reutilizados ou reciclados. É uma alternativa à demolição. Existem inúmeros benefícios econômicos e sociais alcançados com a implementação de práticas de recuperação de materiais na construção civil. Ao reaproveitar a matéria-prima existente no edifício, preserva-se a energia aprisionada no material e evita-se o uso de mais energia para reprocessá-lo e reciclá-lo.

quando surgiu?

O conceito de projeto para a desmontagem foi cunhado em 1976 pelo professor H.W. Reinhardt , da Technical University of Delft, na Holanda, mas ganhou força apenas no começo da década de 1990.

vantagens:• diminuição da taxa de resíduos nos aterros• potencial de reutilização para os componentes dos edifício• maior facilidade de reciclagem dos materiais• melhora da proteção ambiental local e global

desafi os:• edifícios existentes não foram projetados para o desmanche• componentes de edifícios não foram projetados para desmontagem• ferramentas para a desconstrução de edifícios existentes geralmente não existem• os custos para eliminação dos resíduos da demolição são baixos• desmanchar edifícios requer tempo maior• a re-certifi cação de componentes usados não é frequentemente possível• os códigos de obra não abordam a reutilização de componentes de construção• os benefícios econômicos e sociais não foram bem estabelecidos

Kikuchi House deconstruction - Chicago 2005FONTE: http://www.urbanhabitatchicago.org/projects/atsushi-kikuchi/

relocação do

edifício inteiro

extração de recursos

naturais

processamento de

materiais

fabricação de

componentes

montagem dos

edifícios

utilização da

construção

desmontagem

despejo de

resíduos

domínio do ambiente construído

reciclagem de

materiais

reprocessamento de

materiais

reuso de

componentes

COMPOSTAGEM

INCINERAÇÃO

REDUÇÃO

REUTILIZAÇÃO

RECICLAGEM

ATERRO

OTIMIZAR RECURSOS

repensar a concepção

REDUZIR NA FONTE

estimativas e planejamento cuidadosos

REDUZIR EMBALAGENS

reencaminhar para os fornecedores

PREVENÇÃO

implementar técnicas efi cientes de recuperação de materiais

DESCONSTRUIRdesmantelamento de edifícios para

recuperação de materiais

REUTILIZAR

ao invés da utilização de novos materiais

UPCYCLING

criar valor acrescentado ao produtos

RECICLAR

matéria prima para uso semelhante ou equivalente

DOWNCYCLING

matéria prima para produtos de valor inferior

permitir

desmontagem em

paralelo

20

fornecer peças

de reposição

armazenadas

26

Os resíduos provenientes da demolição total ou parcial de edifícios nos países industrializados representam de 30 a 50% do total de lixo. No Brasil, a porcentagem de resíduo da construção civil é de 41 a 70% da massa de lixo urbano e a produção desse tipo de resíduo é de, em média, 500 kg/hab.ano (PINTO 2000)

Uma imagem típica : entulho obstruindo o Córrego dos Meninos, entre Santo André e São Bernardo SP e a opção ambientatalmente correta: estação de reciclagem de resíduos “Estoril“ em Belo Horizonte.

O quadro ao lado mostra a composição proporcional dos Resíduos Sólidos Urbanos em algumas cidades brasileiras, de acordo com a tese de Paula Pinto.Nota-se que a grande maioria é composta pelos Resíduos da Construção e Demolição. Daí a importância das políticas públicas para melhores práticas na Construção Civil.

A Taxa de Geração de Resíduos da Construção e Demolição permite a comparação entre os dados brasileiros e osde alguns países desenvolvidos.

No Brasil existem iniciativas pontuais de construção racionalizada com elementos pré-moldados, que incorporam tecnolo-gias modernas e realizam arquitetura de qualidade.

As obras recentes da construtora Ita, há quase 30 anos no mercado, continuam demonstrando o êxito do método rápido e econômico que faz uso de madeira fl orestal certifi cada desenvolvido pelo Eng. Hélio Olga.

Um profi ssional brasileiro que projeta obras de grande porte pensadas a par-tir de elementos leves pré-fabricados é João Filgueiras Lima, o Lelé. Após diver-sas experiências de pré-fabricação, Lelé comanda o CTRS (Centro de Tecnologia da Rede Sarah), uma fábrica de elementos construtivos para hospitais, que desenvolve desde a super estrutura até as macas para pacientes.

A desconstrução é uma alternativa à demolição que não apenas visa um ganho ambiental, mas também pode gerar ganhos sociais, como o aumento e a qualifi cação de empregos na área.

O projeto pensado para a desconstrução pode ampliar a margem de aproveitamento dos materiais construtivos no fi m da vida útil do edifício e ainda ampliar a própria vida útil do edifício, ao levar em consideração elementos como fl exibilidade, conexões acessíveis e facilmente desmontáveis e materiais pré-fabricados.

Políticas governamentais podem ajudar a ampliar o mercado da desconstrução, ao criar incentivos para projetos que levem em conta os princípios da desconstrução e legislações que facilitem o uso de materiais de segunda mão, por exemplo, o que baratearia os custos e daria maior velocidade ao processo da desconstrução, tornado-a mais competitiva economicamente.

Não apenas edifícios projetados para serem desconstruidos podem ter esse fi m. Os edifícios construídos com técnicas e materiais tradicionais também podem ser desconstruídos ao fi m de sua vida útil e ter grande parte de seus materiais reaproveitados ou reciclados, gerando, por exemplo, agregado para concreto.

A desconstrução é uma técnica totalmente possível, já sendo realidade em grande número de países. Aqui no Brasil ainda temos alguns preconceitos com certos tipos de material e técnicas construtivas e mandamos para aterros a maior parte dos nossos resíduos construtivos, realidade que precisa ser rapidamente mudada se quisermos participar de forma ativa da busca por um planeta mais sustentável.

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design para a desconstruçãoaut221arquitetura, ambiente e desenvolvimento sustentávelprofa. dra. denise duarte

carolina pedrosa e paula ramos

FONTE: Charles J. Kibert e Abdol R. Chini. CIB Publication 266, 2001.