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Responsável pelo Conteúdo:

Prof. Dr. Silvio Pinto Ferreira Júnior

Revisão Textual:

Profa. Dra. Eliana Pantoja

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Nessa unidade estudaremos o século XX que foi o momento

histórico pelo qual atravessou a humanidade onde ocorreram

as maiores transformações num curto espaço de tempo, assim

como a globalização que é um assunto que mereceu muita

especulação. E modelos de explicação sociológica, como a

escola de Chicago e a Escola de Frankfurt.

• Pobreza E Exclusão

• Globalização

• Desenvolvimento E Crescimento Econômico

• A Expansão Do Capitalismo

• Modelos De Explicação Sociológica

• A Comunicação Como Informação

Atenção

Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar

as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.

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A história dos esforços humanos para subjugar a natureza é também a

história da subjugação do homem pelo homem.

Max Horkheimer

Este quadro ajudará a visualizar o conteúdo a

ser estudado nesta Unidade.

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No período posterior à Primeira Guerra Mundial, foram se concretizando

diversas mudanças sociais, além de políticas, econômicas e culturais, em escala

mundial: novas potências industriais emergiram, com grande destaque para a

bipolaridade entre os EUA e a então URSS; os ideais de livre concorrência deram

lugar ao capitalismo monopolista, com a crescente participação do Estado como

patrocinador das economias nacionais; e em todas as partes novas nações se

consolidaram na Ásia e na África.

O século XX foi o momento histórico pelo qual atravessou a humanidade

onde ocorreram as maiores transformações num curto espaço de tempo. Isso se

deu a partir da aceleração do processo de industrialização e o aumento de nações

concorrentes na corrida imperialista, o que fizeram com que um novo surto de

modernização e formação de novos Estados independentes e competitivos entre si

atingisse os continentes asiático e africano. Considerando-se as diferenças entre o

contexto em que surgiram as nações latino-americanas, no século XIX, e os das

nações africanas e asiáticas, no século XX, é possível percebermos a

internacionalização constante do processo de industrialização e a expansão do

modo de produção capitalista. Isso se tornou possível e viável para as nações

européias, ávidas por poder e território, quando estas começaram a permitir que as

antigas colônias, se transformassem num mercado consumidor de seus produtos

industrializados, passando a ser parceiros de novos contratos econômicos.

Operários de uma das Indústrias Matarazzo de São Paulo (imagem disponível em:

http://miagalvez.blogspot.com/2010/11/historias-que-demolicao-nao-apaga.html acesso em 08/03/2012).

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Essas novas nações foram adquirindo uma estrutura que se aproximava dos

países industrializados quando começaram a se modernizar, criando uma

burocracia estatal, surgindo, a partir dessa nova estrutura, outras classes sociais –

como o operário e a burguesia nacional. Com essas transformações no antes

mundo periférico e agora competitivo e consumidor, as nações passaram a ser

classificadas de acordo com os índices econômicos que as diferenciavam, e ainda o

fazem, como “avançadas” ou “atrasadas” e, essa diferenciação passa a ter uma

postura de classificação de grau e não de qualidade.

2. DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ECONÔMICO1

É importante destacar que há uma diferença entre os termos ‘crescimento’ e

‘desenvolvimento’ econômico. Existem alguns autores que consideram o

desenvolvimento como um simples sinônimo de crescimento econômico quando se

trata do aumento substancial da produção de um país. Porém, estes termos não

devem ser utilizados como sinônimos. Veja os conceitos apresentados abaixo:

Crescimento econômico – Aumento da capacidade produtiva da economia de

um país; é o processo de expansão quantitativa do produto e da renda.

Em conseqüência da busca acirrada pelo crescimento econômico por parte

dos países industrializados e em vias de industrialização é que conhecemos um dos

problemas maiores, de ordem política, econômica e social da contemporaneidade:

a desigualdade social.

A partir de então o almejado crescimento econômico passou a ser

repensado e a ele vinculou-se a idéia de que não basta apenas expandir a

economia mas é necessário que as esferas social, cultural, ambiental sejam

inseridas no planejamento do crescimento econômico dando importância então à

diminuição da disparidade entre classes sociais e entre economias. Essa

combinação de crescimento econômico e inclusão permite-nos falar então em

‘desenvolvimento’.

1 OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2003.

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Um país, por exemplo, que só direciona sua política para o crescimento

econômico sem distribuição de suas riquezas, fatalmente apresentará características

de um subdesenvolvimento e irá se deparar com a conseqüência disso, ou seja,

com o surgimento de sérios problemas como: a fome, as altas taxas de crescimento

demográfico, a baixa renda per capita, a baixa produção industrial, a pobreza, o

desemprego, a corrupção, entre tantos outros. Dessa forma, podemos perceber que

o desenvolvimento é um processo muito mais amplo que o mero crescimento.

Subdesenvolvimento – considerado por alguns autores como um estágio

anterior ao desenvolvimento e, por outros, como uma situação permanente. Os

países subdesenvolvidos têm a estrutura econômica, social e política atrasada.

Para que um país se desenvolva é necessário que se verifiquem alterações

profundas na distribuição de renda, na segurança, nas condições de higiene e

saúde da população, nas condições de emprego, na propriedade da terra, no

acesso à educação, etc. Enfim, é necessário que todos possam participar da riqueza

produzida.

Desenvolvimento – É o processo de mudança social que consiste na

transformação qualitativa da sociedade, na mudança de suas características.

É possível crescimento econômico sem desenvolvimento, como no caso do

Brasil, mas não é possível desenvolvimento econômico sem crescimento. O

desenvolvimento sempre está vinculado à distribuição de riquezas e inclusão social,

por isso, no caso do Brasil, falamos de um país em vias de desenvolvimento, pelo

fato de estar administrando sua política para alcançar os mesmo níveis de países

altamente desenvolvidos como os EUA, a Inglaterra, a França, o Japão, entre

outros, que já gozam há bastante tempo dos benefícios do desenvolvimento, como

um sistema de saúde abrangente e de qualidade, acesso à educação, segurança,

moradia, lazer, etc.

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2.1. A ILUSÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO2

A idéia de desenvolvimento econômico, no entanto, permeia muitos países

que em nome do progresso iludem a maior parte da população, enquanto uma

minoria concentra a riqueza. Essa ilusão acontece quando se promete que toda a

população se beneficiará com os investimentos que seriam realizados em nome do

desenvolvimento, porém, na prática, quando as indústrias se instalam e começam

a explorar o mercado interno, a massa ainda continua na miséria, sem

alimentação, sem moradia, sem saúde, sem educação; as grandes metrópoles

continuam com seu ar irrespirável, a crescente criminalidade, a deterioração dos

serviços públicos, etc. Não precisamos buscar exemplos muito distantes, pois o

próprio Brasil serve de modelo para esse tipo de desenvolvimento ilusório.

Como se não bastasse os problemas sociais decorrentes de um tipo de

governo descompassado, pois não sintoniza crescimento com desenvolvimento, há

de se considerar como um importante fator de degradação e deterioração do bem

estar - o impacto sobre a natureza. Essa é a mais preocupante herança que o

progresso destina ás gerações futuras, pois o consumo é estimulado, a população

mundial continua a crescer e para se produzir cada vez mais mercadorias são

necessárias uma variedade de matérias-prima que nunca chegam a saciar a

demanda das industrias de toda ordem. Um estudo feito por um grupo de

especialistas procurou responder a esta pergunta: “O que aconteceria se o

desenvolvimento econômico, para o qual estão sendo mobilizados todos os povos

da Terra, chegasse efetivamente a universalizar-se?”

A resposta é previsível, pois se isso acontecesse, haveria uma pressão sobre

os recursos não-renováveis (carvão, petróleo, alumínio, urânio, etc.) tão grande

que o sistema econômico entraria em colapso. A depredação do meio ambiente e a

poluição seriam de tal ordem que colocariam em risco as possibilidades de

sobrevivência da própria espécie humana. Dessa forma, a conclusão que podemos

ter é a de que a promessa de um dia os povos pobres chegarem a ter os padrões

de consumo dos povos ricos é irrealizável e não passa de uma ilusão.

2 Baseado em: FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro, Paz e

Terra, 1974.

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Imagem extraída do site: http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/06/16/desigualdade-social-mundial/, acesso

em 09/03/2012.

É comum, nos países periféricos, a idéia do desenvolvimento econômico

servir para convencer os mais pobres a aceitar grandes sacrifícios em nome de um

futuro que nunca vão conhecer. Essa idéia também serve para desviar as atenções

das necessidades básicas da vida humana – saúde, alimentação, educação e

habitação, por exemplo, almejadas sempre pela massa encantada por promessas

políticas. O desenvolvimento de um povo só será possível por meio do

atendimento a essas necessidades básicas, ou seja, quando o desenvolvimento

econômico puder ser gozado por todos os cidadãos sem exclusão.

3. GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um assunto que mereceu muita especulação, mas para

entender melhor esse processo, podemos citar um dos sociólogos brasileiros que

mais escreveu sobre o assunto: Octavio Ianni3. Para Ianni, entender este novo

estágio que atinge o capitalismo no mundo é possível dividir o processo histórico

capitalista em três momentos4.

O primeiro momento corresponde à sua emergência e instalação na Europa,

instaurando o trabalho livre, a mercantilização da produção e a organização do

mundo sob a forma de Estados Nacionais. Para isso houve a dissolução de

instituições pré-capitalistas de produção e organização territorial. Foi um período

de grande acumulação de capital e de emergência da burguesia como classe

3 Octavio Ianni (Itu, 1926 — São Paulo, 4 de abril de 2004) foi um sociólogo brasileiro. Graduado na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) em Ciências Sociais onde fez também o mestrado e doutorado, foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). 4 IANNI, Octavio. A sociedade global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.

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dominante. Nessa fase, o capitalismo já é global, pois, o que alimenta esse

processo é o colonialismo que agrega ao processo europeu as demais regiões do

mundo que fornecem matérias-primas e escravos, permitindo a acumulação de

capital.

O segundo momento corresponde à industrialização e a um processo mais

efetivo de implantação do capitalismo no mundo, por meio de estreitas relações

internacionais de dependência econômica e política que submetem as nações a

centros hegemônicos, com destaque para os EUA, Japão e União Européia,

caracterizando o que ficou conhecido por imperialismo.

O capitalismo se espalhou por todo o mundo, promovendo um forte

processo de centralização com a formação de impérios. O surgimento das

inovações tecnológicas passa a desempenhar um papel cada vez mais importante,

seja nas atividades bélicas, de conquista do espaço sideral, seja na produção de

mercadorias.

O fortalecimento do capitalismo e a desigualdade espalhada por este

sistema gerou graves conflitos, em contrapartida emergiu um movimento forte de

oposição que foi o comunismo, instaurando um novo modelo alternativo de

produção e organização política. São características desse cenário que se desenha

a partir dos anos 90: a globalização ou homogeneização da cultura com a criação

da indústria cultural e da cultura de massa, a mobilização populacional provocando

um êxodo rural e inchaço dos centros urbanos, a emigração que leva multidões a

se instalarem de forma definitiva em outros territórios, o desenho de novas

fronteiras, etc.

O terceiro momento, segundo Ianni, é aquele que corresponde ao que se

costuma chamar de globalização real. Os modelos alternativos ao capitalismo, em

especial o mundo comunista, entram em decadência, há um processo de

enfraquecimento dos Estados Nacionais, abalando as identidades regionais e os

nacionalismos. Surgem organismos internacionais para a administração

econômica, social e política, como o FMI – Fundo Monetário Internacional, a ONU

– Organização Mundial das Nações Unidas e o BIRD – Banco Mundial. E a

informática definitivamente revoluciona a produção de bens e a divisão

internacional do trabalho com o advento da comunicação em massa por meio das

mídias digitais. O capitalismo entra em sua fase efetivamente planetária – ou seja,

se globaliza, tendo como centro hegemônico os EUA. Os níveis econômicos

disparam e se desigualam entre as nações desenvolvidas e as periféricas, em

desenvolvimento, e as relações internacionais se redefinem.

Globalização - é um processo econômico e social que estabelece uma integração

entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os

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governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais

e espalham aspectos culturais por qualquer parte do planeta.

A sociologia, através de sua metodologia para contribuir com o

conhecimento cientifico e da pesquisa, contribui para uma análise desse processo

com o objetivo de alcançar uma compreensão melhor da sociedade

contemporânea acompanhando o processo histórico e trabalhando com estudos

estatísticos, reflexões e críticas, a fim de disponibilizar um conhecimento

epistemológico a respeito da sociedade e sua resposta ao processo de

transformação que vem sofrendo a partir da globalização.

4. POBREZA E EXCLUSÃO

Se estudarmos historicamente a humanidade, veremos que nunca houve no

mundo alguma sociedade realmente igualitária na qual as pessoas pudessem

desfrutar de maneira semelhante os bens e as oportunidades da vida social. O que

se verifica é que a cultura humana esteve sempre intimamente ligada à idéia da

distinção e da discriminação entre grupos sociais. Mesmo nas organizações sociais

mais homogêneas e simples existiam diferenças de sexo e idade atribuindo aos

grupos assim discriminados funções diferentes, certa parcela de poder,

determinados direitos e deveres.

Imaginemos que até na Grécia Antiga, berço da civilização, a democracia,

que hoje entendemos como participação e inclusão de todos os cidadãos, foi

pensada de forma excludente. Para os gregos, cidadão era somente os homens

livres, excluindo-se as mulheres, os estrangeiros, os escravos, os idosos e as

crianças. A partir de então, nas sociedades que foram se tornando mais complexas,

apesar de revoluções e conquistas, nunca deixamos de falar em exclusão.

Desde as mais remotas civilizações, o patriarcado garantia aos homens o

poder sobre a família e seus bens, revelando que a igualdade é, antes de tudo,

uma utopia, um ideal ainda não vivido pela humanidade.

O processo histórico nos ajuda a compreender que existe uma tendência

marcante à diferenciação por parte do homem e seu convívio em grupo. Isso se dá

desde a pequena diferenciação social existente nas sociedades tribais até as

sociedades contemporâneas formadas pelos mais diferentes grupos, que

começaram a se distinguir por etnia, nacionalidade, religião, profissão e, de forma

mais acentuada, por classe social – abrindo caminho para as chamadas sociedades

plurais.

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O mundo atual assiste ao resultado desse longo processo histórico de

formação e transformação de uma civilização complexa e diferenciada, na qual os

diversos grupos procuram conquistar direitos ou manter privilégios.

5. MODELOS DE EXPLICAÇÃO SOCIOLÓGICA

Quando nos interessamos em desvendar os mecanismos mentais do

pensamento, da cognição, da motivação e da expressão humana, a sociologia é

influenciada por outras áreas, como a psicologia, psicanálise, a lingüística e a

semiótica. Assim, ao contrário de buscar a especificidade da disciplina, os

estudiosos da sociologia contemporânea procuraram incorporar novos

pressupostos teóricos e diferentes métodos de pesquisa que a tornaram mais

interdisciplinar.

A sociologia aproximou-se das demais ciências humanas e afastou-se das

ciências exatas e biológicas que lhe haviam servido de modelo durante o século

XIX com Augusto Comte e Émile Durkheim inicialmente. Embora algumas escolas

como o funcionalismo, ainda buscassem certo grau de precisão e certa postura de

neutralidade, típicos das ciências da natureza, o que predominou no estudo da

sociedade foi um comportamento analítico mais genuíno e próprio das ciências que

estudam o homem.

A sociologia contemporânea não abandonou os modelos clássicos de

estudos sobre o homem e seu convívio social, mas se atualizou e passou por uma

reinterpretação para que os conceitos se tornassem adequados ao estudo da

sociedade em uma época de pleno desenvolvimento dos meios de comunicação e

da indústria cultural e que, reavalia as relações e as instituições sociais e coloca o

indivíduo como o centro de estudo em relação a sua participação na ação social.

5.1. ESCOLA DE CHICAGO

Quando os Estados Unidos, na passagem do século XIX para o século XX,

começou a receber um grande contingente de imigrantes que deixavam seus países

de origem e sua cultura original para fugir às perseguições políticas e religiosas que

tomavam conta da Europa, é que se começou a perceber o ágil fenômeno da

urbanização e com ele, segundo os pesquisadores da época analisaram, o

inevitável comportamento inadequado e principalmente criminoso. Jovens

desenraizados reuniam-se em gangues e alimentavam, muitas vezes, o crime

organizado. As estatísticas mostravam uma alteração na tranqüila sociedade

americana que começava a se incomodar com o estrangeiro.

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A recente industrialização da América também era fonte de distúrbios e de

conflitos sociais que geravam preconceito e perseguição que, não raro adquiria

contornos raciais e étnicos, típicos de qualquer país que tenha experimentado o

mesmo processo. As minorias de origem africana já causavam um desconforto e

contribuíam para uma sensação de mal estar e intranqüilidade social em que se

resolvia quase que exclusivamente com emprego da força policial, o que deixava a

sociedade em permanente estado de tensão racial, e principalmente, sem

mecanismos de ação social que produzissem resultados mais seguros e duradouros

no sentido de, pelo menos minimizar estas tensões.

Esse cenário estimulou o desenvolvimento de uma produção científica que

teve a Universidade de Chicago como sede durante a primeira metade do século

XX, atingindo seu ápice entre os anos de 1915 a 1940.

Durante o auge da Escola de Chicago, viveu-se um clima de grande

produtividade nas áreas de pesquisa e docência. Muitos pesquisadores

encontraram na sociologia, uma alternativa para compreender a realidade e buscar

soluções para os conflitos crescentes. O foco da pesquisa e dos estudos foi dado à

Cidade, do qual resultou uma sociologia, ao mesmo tempo, urbana e pragmática.

John Dewey, propõe o pragmatismo como uma das correntes de maior

repercussão da chamada Escola de Chicago, tanto nos Estados Unidos como fora

dele. Na linha do estudo da cidade, destaca-se Georg Simmel procurando entender

seu “estado de espírito”, ou seja, suas motivações, mobilidades e ritmos de vida.

George Herbert Mead, em outra vertente, propõe o interacionismo simbólico,

valorizando o caráter simbólico e subjetivo da ação social. Com a sociologia

urbana e os estudos da cidade, abandona-se a visão sistêmica da sociologia

clássica em favor de uma abordagem mais interpretativa, simbólica e subjetiva do

comportamento humano.

A produção científica desses pesquisadores valorizou até as ultimas

conseqüências a pesquisa empírica, experimentando técnicas múltiplas como, por

exemplo: história oral, de vida, depoimentos, testemunhos, correspondência,

análise de conteúdo de documentos, entrevistas, etc. Esse novo olhar proposto

pela sociologia é inovador transformando a Escola de Chicago em referência para

os estudiosos da sociologia urbana.

“O interacionismo simbólico explorou largamente esses diferentes

níveis da comunicação, da conversação por gestos da briga de

galo e da luta de bosque à linguagem e sua função simbólica. O

que é preciso reter desse duplo legado de Simmel e de Mead, é

sobretudo a tensão que eles estabelecem entre a pluralidade dos

mundos e dos engajamentos do mundo e a lógica dos momentos”

(JOSEPH e GOFFMAN, 2000: 21)

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Em 1935, com os cientistas Robert Merton e Talcott Parsons, seguidos por

outros estudiosos da marginalidade e da delinqüência, como W. Thomas e F.

Znaniacki, surge ainda uma nova vertente que se destaca em Chicago – é uma

sociologia mais durkheiniana, que buscava estudar os processos de adaptação dos

imigrantes poloneses à cidade, atualizando o conceito de anomia – termo com o

qual Durkheim designava o estado nocivo que a sociedade atinge quando nela

predomina o conflito sobre a coesão e o consenso.

Vista aérea da cidade de Chicago hoje, depois de se firmar como pioneira nos estudos da Sociologia urbana.

Imagem disponível no site: http://www.travelavenue.com.br/estados-unidos/illinois/blogs-chicago-

5719888/22388-chicago-galeria-de-fotos-58 acesso em 09/03/2012.

Apesar dos estudos de vanguarda, a Escola de Chicago começa a perder

seu brilho e uma nova geração de sociólogos substitui os anteriores estudiosos

empiristas, direcionado os estudos principalmente para as pesquisas quantitativas

que visavam o levantamento de tendências eleitorais ou de preferência da

audiência por programas nos meios de comunicação.

Os sociólogos tiveram que substituir as técnicas qualitativas pelas

quantitativas, por conta da escassez de recursos que patrocinavam as pesquisas

mais demoradas de menor impacto, trazendo de volta à cena toda uma contestada

postura positivista.

A Escola de Chicago já se solidificara e frutificara e sua metodologia foi

implementada na sociologia desenvolvida por outros centros universitários norte-

americanos, como Harvard, Yale, Michigan, e Columbia e hoje esta espalhada por

todas as universidades do mundo.

Não podemos deixar de ressaltar que as contribuições da Escola de

Chicago, foram de suma importância, principalmente quando se destaca a sua

preocupação com a aplicação de métodos etnográficos às análises sociais e à

sociologia urbana e a ênfase dada às pesquisas das minúcias da vida cotidiana e

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dos processos simbólicos. A vertente da sociologia que resultou desses

procedimentos ficou conhecida também por microssociologia.

5.2. ESCOLA DE FRANKFURT

Como já dissemos anteriormente, o século XX foi marcado por grandes

transformações e principalmente convulsões políticas: a industrialização chega à

Itália e Alemanha e isso começa a incomodar as demais potências como França e

Inglaterra, a Primeira Guerra Mundial explode em decorrência disso, a Revolução

Russa perturba com a instalação do governo autoritário de Stalin, enfim, é um

período conflituoso.

Na Alemanha, durante a República de Weimar, ocorrem grandes conflitos

entre a mobilizada classe operária e o governo, levando a um confronto deste com

a Liga Espartaquista, de inspiração marxista, e à morte de seus dois dirigentes –

Rosa de Luxemburgo e Karl Liebknecht. Perante um cenário propício a uma

revolução, em 1924, por iniciativa de Feliz Weilé, é criado o Instituto para a

Pesquisa Social ligado à Universidade de Frankfurt reunindo um grupo de

intelectuais, dentre os quais se destacam Herbert Marcuse, Max Horkheimer,

Friedrick Pollock, Walter Benjamin, Theodor W. Adorno e Eric Fromm.

A cargo da primeira gestão ficou Horkheimer, tornando-se reitor em 1931,

período em que é lançada a Revista para a Pesquisa Social – na qual os autores

elaboraram uma releitura dos filósofos clássicos que recebeu o nome de Teoria

Crítica da Sociedade. Uma doutrina cética e pessimista que direcionava os estudos

para os insucessos do movimento operário na Alemanha.

O Instituto foi financiado inicialmente por recursos doados por seus

fundadores judeus, porém, com a ascensão do nazismo, esses trabalhos não tem

continuidade. Na Segunda Guerra Mundial, por conta da ditadura nazista, os

pesquisadores do Instituto passaram a trabalhar em outros países fora da

Alemanha, fixando-se a priori em cidades como Londres, Paris, Zurique – e até

mesmo em Columbia, nos Estados Unidos, onde se instalam o próprio

Horkheimer, Léo Löwenthal e Theodor Adorno. Quando a perseguição nazista

termina, alguns professores voltam à Alemanha e retomam seus trabalhos nas

universidades restabelecendo o que restava do Instituto.

No geral, as teorias desenvolvidas pela Escola de Frankfurt procuravam

rever os princípios marxistas, incorporando conceitos importantes da Sociologia do

Conhecimento e da Psicanálise. Essas teorias estabeleciam a ação revolucionária e

a análise da mercantilização das relações sociais e da produção cultural como

objeto de pesquisa. Atribuíam o sucesso da doutrina nazista na Alemanha aos

meios de comunicação, e por isso criticavam acirradamente a mídia direcionando

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sua análise e denuncia aos meios de comunicação. Dessa forma é criado o

conceito de Industria Cultural por Horkheimer e Adorno que diziam ser esta uma

produção tecnológica, lucrativa, planejada e em série de bens simbólicos.

Indústria Cultural – A industrialização em larga escala incluiu os elementos da

cultura erudita e da popular, dando início à indústria cultural; o incessante

desenvolvimento da tecnologia, principalmente nos meios de comunicação

(fotografia, disco, cinema, rádio, televisão, etc.), passou a atingir um grande

número de pessoas, dando início à chamada cultura de massa.

O último nome de destaque da Teoria Crítica é o de Jürgen Habermans,

assistente de pesquisa no Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt de 1956 a

1959. Habermans, porem, pertence a uma outra geração, que não experimentou o

exílio nem compartilhou dos conflitos na Alemanha promovidos pelas lutas

operárias e pela ascensão do nazismo.

Habermans mostra o papel central da comunicação em sua pesquisa,

elaborando o conceito de ação comunicativa – uma interação simbolicamente

mediada com dimensões ideológicas. Indica dois tipos de razão na cultura

humana: a razão instrumental, voltada para o domínio da natureza e a superação

dos limites humanos; e a razão comunicativa, voltada para a realização e a

libertação humanas. A primeira é característica da indústria e das ciências exatas, a

outra, das ciências hermenêuticas.

A grande critica que Habermans faz em relação à sociedade contemporânea

é sua submissão aos meios de comunicação que se mostram favoráveis aos

interesses de Estado e aponta para uma sociedade passiva e alienada que consome

a informação resignadamente.

6. A COMUNICAÇÃO COMO INFORMAÇÃO

É possível explicar a evolução da humanidade, em relação à comunicação e

à transmissão de informações, dividindo-a em quatro grandes estágios: a sociedade

oral, a sociedade da escrita, a sociedade da imprensa e a sociedade eletrônica (a

aldeia global).

A invenção da escrita marca o momento histórico que culmina no avanço

do processo civilizatório. A comunicação oral exige a presença de interlocutores,

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daqueles que falam e interagem, porém quando o resultado disso passa a ser

registrado há um marco histórico que transforma inclusive a relação entre as

pessoas e das pessoas com o mundo.

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A escrita (assim como a comunicação oral) produz discursos que originam

os próprios textos escritos. Esses discursos, entretanto, libertam-se da situação em

que são produzidos e passam a ter uma existência autônoma. Eles não dependem

mais do momento em que foram produzidos. Esses discursos podem ser até

mesmo produzidos aos poucos, em momentos diversos. A comunicação através de

um texto escrito se configura mesmo que o escritor não esteja presente. Numa

sociedade primitiva, ao contrário, não se pode dialogar nem falar se a pessoa com

5Imagem disponível no site: http://maniadehistoria.wordpress.com/breve-resumo-do-desenvolvimento-da-comunicacao/ acesso em 09/03/2012. 6 Imagem disponível no site: http://cassianobdmais.blogspot.com/2011/02/comunicacao.html/ acesso em 09/03/2012. 7Imagem disponível no site: http://www.historiaemperspectiva.com/2012/02/midia-e-sua-relacao-

com-ma-formacao.html/ acesso em 09/03/2012.

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quem dialogamos ou falamos não estiver presente. A escrita permite e gera essa

desvinculação entre o momento de sua produção e o discurso produzido. A

comunicação pode repetir-se indefinidamente, e não é mais necessário que as

mesmas pessoas estejam presentes, no mesmo local, para que a comunicação se

efetive e assim é possível se comunicar através do tempo e do espaço com o

surgimento das escritas alfabéticas e fonéticas.

Outra grande transformação na forma de comunicação entre os seres

humanos é introduzida pela tipografia. Com a imprensa, a produção em série

reproduz os discursos indefinidamente e partir de então as idéias podem ser

transmitidas a um numero de pessoas cada vez maior, o que intensifica os debates

e a produção do conhecimento.

É importante notar que a invenção da imprensa é imediatamente anterior,

por exemplo, ao movimento de Revolução Cientifica. Pode-se dizer, nesse sentido,

que a ciência e o pensamento científico são intimamente associados à imprensa.

Valter Benjamin, um dos principais filósofos da Escola de Frankfurt, num

célebre ensaio de 1936, discute as inovações técnicas introduzidas pela fotografia e

pelo cinema em relação à pintura e ao teatro e suas influências sobre a percepção

do ser humano. O ensaio introduz o conceito de áurea do objeto de arte, ou seja,

sua presença no tempo e espaço, sua existência singular no local em que ele está,

que é gradualmente dissolvida a partir do momento em que a arte começa a ser

produzida para ser reproduzida.

Benjamin apresenta a história da reprodução das obras de arte até a

fotografia e o cinema, e propõe que a reprodução elimina a áurea do objeto e sua

relação à tradição. Dessa forma, a singularidade de uma obra de arte, sua função

ritual, são perdidas com o surgimento das câmeras fotográficas e de filmagem, e

não há mais sentido falar de autenticidade de uma fotografia ou de um filme. O

pintor e o cinegrafista assumem perspectivas distintas em relação aos fenômenos

representados. A câmera, para Benjamin nos introduz no inconsciente ótico (com a

técnica do slow motion, por exemplo), assim como faz a psicanálise em relação aos

impulsos inconscientes.

Marshall McLuhan, na década de 1960, foi considerado o profeta da idéia

de uma aldeia global. Seu famoso refrão “o meio é a mensagem”, nos remete a

Valter Benjamin que já falava sobre mídia artística e sua influência sobre a mente e

as sensibilidades humanas e seu poder de encantamento.

Entramos, há poucas décadas, na era da informática, e uma nova ruptura se

estabelece. Da estabilidade da linguagem representada esteticamente nos livros,

passa-se à instabilidade da linguagem eletrônica. Se a revolução industrial

substituiu, na produção, a força física do homem pela energia das máquinas (por

meio da utilização do vapor e depois da eletricidade), com a revolução tecnológica

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as capacidades intelectuais do homem são ampliadas e substituídas por programas

e botões, ou seja, a informação agora se apresenta digitalizada e virtualizada, não

mais restrita ao suporte do papel. Do livro impresso passamos hoje para o livro

eletrônico.

A sociedade da informação libera o homem da necessidade de especializar-

se profissionalmente e dos limites de uma cultura, abrindo espaço para o

surgimento do Homo studiosus - o homem universal.

A comunicação, em apenas um século deu saltos enormes, indo da escrita à tipografia – da maquina de escrever ao computador, hoje não é só a forma como nos comunicamos que atingiu níveis avançados como através da internet, telefonia celular, etc., é também importante ressaltar a possibilidade que os novos recursos midiáticos têm de produzir e permitir a comunicação, armazenar a informação, o que nos distancia, neste caso, do acumulo de conhecimento cognitivo e nos aproxima da superficialidade do conhecimento fragmentado. Porém, para não parecer pessimista, hoje a comunicação chega a todos em qualquer lugar do mundo a qualquer tempo, um dos grandes e mais importantes avanços da nossa história.

O homem universal é aquele que será munido de uma instrução completa

e em condições de mudar de profissão e, portanto, também de posição no

interior da organização social do trabalho.

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Mais informações acerca do tema “Sociologia Contemporânea” podem ser

encontradas nos textos abaixo:

LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Moraes; 1991.

DE MASI, Domênico. O futuro do trabalho: fadiga e ócio na sociedade pós-

industrial. Rio de Janeiro/Brasília: José Olympio/Ed. Da UnB, 1999.

SINGER, Paul. Perspectivas de desenvolvimento da América Latina. In: Novos

Estudos CEBRAP, n. 44, mar. 1996. P. 163-164.

Além dos textos você pode também complementar seus conhecimentos

assistindo a alguns vídeos e filmes sobre o assunto:

Videos:

Milton Santos X Globalização. Acesso: http://www.youtube.com/watch?v=N-

eVqq4npvc.

Janela da Alma (Brasil, 2002. Dirigido por João Jardim e Walter Carvalho.

Duração:

73 min.) – Documentário.

Pensando o Brasil - Fernando Henrique Cardoso. Acesso:

http://www.youtube.com/watch?v=uyGeQsoTfEE.

Filmes:

Notícias de uma guerra particular (Brasil, 1999. Dirigido por Walter Salles).

Ernesto Varela, de Serra Pelada a Nova York (Brasil, 1984/85. Dirigido por

Fernando Meireles e Marcelo Tas).

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COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. São Paulo:

Moderna, 2005.

FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro,

Paz e Terra, 1974.

IANNI, Octavio. A sociedade global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.

JOSEPH, Isaac e GOFFMAN, Erving. A microssociologia. Rio de Janeiro: FGV,

2000. p. 21.

MATTAR, João. Metodologia científica na era da informática. São Paulo:

Saraiva, 2005.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2003.

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