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Ψ ANO 2015

Í N D I C E

Noções Gerais de Psicologia ........................................................................................ ........3

- Conceito..................................................................................................................................3 - Psicologia e História ...............................................................................................................3 - A Psicologia entre os Gregos .................................................................................................3 - A Psicologia no Império Romano e na Idade Média ...............................................................4 - A Psicologia no Renascimento ...............................................................................................4 - A Psicologia Científica ............................................................................................................4

II. Escolas Psicológicas ...........................................................................................................5

- Behaviorismo – comportamento ..............................................................................................5 - Uma Sociedade Planejada .....................................................................................................5 - Existencialismo – Carl Rogers .................................................................................................5 - Teste – Indicadores de Empatia .............................................................................................6 - Psicanálise – Sigmund Freud ..................................................................................................7 - Psicologia Analítica – Carl Gustav Jung ..................................................................................8 - Construtivismo .........................................................................................................................8 - Escola Gestalt ..........................................................................................................................9 - Chaves da Vaguidão ..............................................................................................................10

III. O que é saúde mental? .................................................................................................11

- O Gato e a Barata ...................................................................................................................12 - A Velha Contrabandista ..........................................................................................................13

IV. Identidade ....................................................................................................................14

V. Personalidade .....................................................................................................................14

- Inventário Pessoal: Quem Sou Eu? ........................................................................................15 - Dinâmica das Cores ...............................................................................................................16

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I - NOÇÕES GERAIS DE PSICOLOGIA

1. CONCEITO

Psicologia é a ciência que estuda o comportamento, as experiências e as relações sociais

do ser humano. A palavra “psicologia” é formada por duas palavras gregas: psique = alma, e logos = estudo, ciência. Portanto, Psicologia é o estudo da alma.

2. PSICOLOGIA E HISTÓRIA

Toda e qualquer produção humana – uma cadeira, uma religião, um computador, uma obra de arte, uma teoria científica – tem pó trás de si a contribuição de inúmeros homens que, numa dimensão de tempo anterior ao tempo presente, fizeram indagação, inventaram técnicas e desenvolveram idéias, isto é, por traz de qualquer produção material ou espiritual existe a história.

Pense em alguma coisa! Por que o homem tem idéias? De onde vêm essas idéias? A partir desses questionamentos feitos pelo filósofo é que surgiram os primeiros estudos

sobre o pensamento humano. Sócrates – “Conheça-te a ti mesmo”. Através da introspecção de auto-análise o indivíduo

poderia enteder o seu comportamento e o de outras pessoas. Platão – Discípulo de Sócrates – as idéias que temos das coisas são inatas cabendo ao

ambiente dispertá-las. Aristóteles – “Nada há na mente que não haja passado pelos sentidos”. Portanto, para ele,

as idéias eram produtos das influências do meio sobre o organismo. René Descartes – Todas as reações dos seres vivos são respostas a estímulos, sendo o

homem diferenciado de todos os animais porque só ele raciocina. Para ele as idéias são inatas colocadas por Deus.

John Locke – Defende o princípio, segundo o qual uma criança, ao nascer, é uma “tábua

rasa”, não tem idéias, é um papel em branco.

3. A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS

Os gregos caracterizavam-se como um dos povos mais evoluídos de sua época. A

construção e manutenção das cidades da Grécia implicavam a necessidade de mais riquezas na forma de escravos para trabalhar nas cidades.

As riquezas geraram crescimento e o mesmo exigia soluções práticas para arquitetura, para agricultura e para a organização social. Tais avanços permitiram que o cidadão se ocupasse das coisas do espírito, como a filosofia e a arte.

É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma psicologia.

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4. A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA

A psicologia nesse período está relacionada ao conhecimento religioso já que ao lado do

poder econômico e político, a Igreja Católica também dominava o saber e, conseqüentemente, o estudo do psiquismo.

5. A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO

Nesse período, corre o processo de valorização do homem, tanto na literatura como nas

artes – Michelangelo esculpi Davi; Leonardo da Vinci pinta o quadro Anunciação e Dante, a divina comédia. Foi nesta época que alguns filósofos contribuíram para esclarecer métodos e regras básicas para a construção do conhecimento científico. É discutindo sobre a separação da mente e corpo, afirmando que o homem possui uma substância pensante e que o corpo, desprovido da mente (espírito), é apenas uma máquina; tornando, assim, possível o estudo do corpo humano morto.

6. A PSICOLOGIA CIENTÍFICA

Em meados do século XIX, que os problemas e temas da psicologia até então estudado exclusivamente, pelos filósofos, passam a ser investigados pela fisiologia e pela neurofisiologia em particular. Os estudos levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que, o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema.

Embora a Psicologia Científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra um rápido crescimento, onde surgem as primeiras escolas em Psicologia que deram origem às atuais.

Bibliografia: - Psicologias - Bock, Ana M. Bahia - Furtado, Odair - Teixeira, Maria de L. T.

“Nenhuma matéria é mais fácil de provocar o interesse do aluno, e mais difícil de lhe ser ensinada do que a Psicologia”

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II -ESCOLAS PSICOLÓGICAS

1. BEHAVIORISMO – Comportamento

Skinner e Watson acreditam que a Psicologia deveria ser uma ciência objetiva; deve-se

estudar o comportamento humano e animal. O que pretende é que seja uma ciência de precisão e controle.

Segundo Skinner, é o ambiente que atua sobre o indivíduo e não o indivíduo que atua sobre o ambiente. Se, por acaso, o indivíduo reluta em se adaptar às novas situações, sofrerá as conseqüências.

E – R = As respostas do organismo dependem dos estímulos do ambiente. A base da teoria do Behaviorismo é o condicionamento.

UMA SOCIEDADE PLANEJADA

Skinner sugeriu que, através do uso judicioso de programa de reforçamento, podia ser projetada comportamentalmente uma sociedade livre da guerra, do crime, da pobreza e da poluição.

Os indivíduos nessa sociedade seriam modelados de modo a apresentarem os melhores traços humanos: honestidade, altruísmo, ambição, etc. A convicção de Skinner é que, somente isso poderia ser feito.

Deveria ser planejada uma cultura na qual o comportamento dos indivíduos fosse sistematicamente controlado – e Skinner não está excessivamente preocupado com quem decidirá quais comportamentos deverão ser reforçados e quais os que devem ser extintos.

Skinner estava convencido da possibilidade e da necessidade de planejar a organização social e obter melhores condições de vida pelo controle sistemático do comportamento dos indivíduos.

Essa preocupação em planejar formas de organização social, mais satisfatória que as existentes, sempre existiu na humanidade. Séculos antes de Cristo, o filósofo grego Platão em “A República”, já havia imaginado a melhor forma de governo. Skinner deu nome de Walden Two à comunidade ideal.

QUESTÕES DE ESTUDO

1. Segundo o texto, que problemas sociais precisariam ser evitados para que a sociedade

pudesse ser feliz?

2. Nessa sociedade feliz, que traços de personalidade seriam apresentados pelos indivíduos, modelados por programas de reforçamento?

3. Que nome Skinner deu à sociedade por ele idealizada?

4. Reflita sobre uma organização social planejada. A que aspectos você acha mais

importante dar atenção?

5. Que nome você daria a essa sociedade?

2. EXISTENCIALISMO – Carl Rogers

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O objetivo dessa teoria é o pleno desenvolvimento da pessoa humana, a auto-realização.

O homem procura tornar real o que é potencial. Rogers acredita no crescimento do indivíduo, na autenticidade (ou congruência), na

liberdade (em si e no outro), na relação afetiva, na apreciação do outro e nos relacionamentos interpessoais.

Rogers reconhece a dificuldade para o desenvolvimento desses potenciais, citados acima, mas acredita que, diante de um trabalho de auto-conhecimento e de auto-crescimento, isso seja possível. Espera que o indivíduo cresça e permita o crescimento dos outros.

A base da teoria Rogeriana é o SELF (através da percepção que o homem tem de si mesmo e do mundo).

TESTE

INDICADORES DE EMPATIA

1. Dou atenção mesmo sem ser solicitado (às pessoas). 2. Presto atenção com interesse sempre que sou solicitado. 3. Dou apoio. 4. Fico calmo perante á agressividade. 5. Fico calmo frente á falta de expressão verbal. 6. Imponho limites quando necessário, dando as devidas explicações. 7. Falo somente o necessário, evito o excesso de atividade verbal. 8. Ouço atentamente, demonstrando interesse pelas necessidades da outra pessoa, sem Exigir respostas imediatas. 9. Adoto uma postura ereta, mas distensionada ao prestar atenção, sem demonstrar pressa. 10. Pratico atos de ajuda. 11. Faço companhia para as pessoas, na medida do possível. 12. Olho diretamente para a pessoa, com expressão facial compreensiva. 13. Atendo a pedidos, na medida do possível. 14. Digo palavras de conforto, sem fazer falsas promessas e sem tirar a liberdade de

expressão. 15. Demonstro disponibilidade para ajudar. 16. Procuro soluções para os problemas. 17. Presto atenção às queixas, mesmo que aparentemente absurdas e sem fundamento na

realidade. 18. Atendo o chamado das pessoas o mais prontamente possível, sem deixar esperar mais do

que o necessário e sem “empurrar” o encargo para outra pessoa.

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19. Dou explicações sobre os procedimentos utilizados.

20. Dou oportunidade para a pessoa revelar se compreendeu as explicações. 21. Dou oportunidade para perguntas e expressão de sentimentos. 22. Dou oportunidade para a pessoa tomar as suas próprias decisões quando possível. 23. Dou oportunidade para as pessoas participarem ativamente quando possível.

3. PSICANÁLISE – Sigmund Freud

Freud, o fundador da Psicanálise, foi médico, austríaco, especializado em neurologia (parte da medicina que estuda o sistema nervoso).

Quando deu início às suas pesquisas mentais, usava método hipnótico em seus pacientes (estado semelhante a um sono profundo, no qual o paciente age por sugestão interna), posteriormente usou drogas (cocaína) para poder verificar o comportamento de seus pacientes afim de trazê-los à cura.

Depois de ter usado esses métodos, verificou a não necessidade de sua continuidade; percebeu que os pacientes eram capazes de maneira consciente, falando de seus problemas (associação livre), de chegarem à cura. A personalidade é dividida em três elementos: ID – Rígido pelo princípio do prazer Parte mais primitiva, instinto. EGO – Mediador entre ID e superego Seria nossa razão Rígido pelo princípio da realidade SUPERERGO – Rígido pelo princípio da moral Força social, as proibições, limites Censura A vida mental é dividida em três níveis: CONSCIENTE – Seria o que está se processando na minha mente neste exato momento. PRÉ-CONSCIENTE – Não está se processando na minha mente agora, mas quando eu quero, posso trazer à tona algumas recordações e pensamentos. INCONSCIENTE – Seria o que foi reprimido, de difícil acesso ao sistema pré-consciente e consciente, pois, foram censurados.

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O desenvolvimento é dividido em 5 fases: FASE ORAL – de 0 a 2 anos – a zona de erotização é a boca. O bebê sente prazer quando suga. FASE ANAL – de 2 a 3/4 anos – a zona de erotização é o ânus. A criança sente prazer quando evacua. FASE FÁLICA – de 5 a 6/7 anos – a zona de erotização é o órgão sexual. A criança descobre seus órgãos sexuais e sente prazer quando os toca. FASE PERÍODO DE LACTÊNCIA – se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, isto é, há um intervalo na evolução da sexualidade. FASE GENITAL – quando o objeto da erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo – o outro.

No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências sucedem-se. Desses eventos, destaca-se o Complexo de Édipo, pois é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo.

4. PSICOLOGIA ANALÍTICA – Carl Gustav Jung Discípulo de Freud, depois de ter trabalhado com Freud, rompeu as ligações com o

mesmo, em função de divergências teóricas (conceito Junguiano de Alma). A partir desse rompimento, Jung direciona suas pesquisas mentais, centralizando-as nos Arquétipos e Sonhos, ou seja, nas imagens que já estão em nossa mente.

5. CONSTRUTIVISMO

VYGOSTKY:

- Pensador soviético nos coloca que o desenvolvimento da criança ocorre através da interação com outras pessoas ou com o mundo que a cerca, sendo que suas experiências vividas no dia-a-dia contribuíram para o seu desenvolvimento

JEAN PIAGET:

- Para o biólogo e filósofo Jean Piaget, o desenvolvimento da criança ocorre de forma contínua em relacionamentos com o meio ambiente; este estudioso preocupou-se em como se forma o conhecimento humano e a sua evolução, concluindo que, para dar respostas, a lógica da criança é diferente da do adulto, não querendo dizer com isto que estavam errados.

HENRI WALLON:

- Segundo Wallon, o desenvolvimento da criança sofre interferências dos meios físicos, biológicos e sociais. Wallon estuda a consciência do ser humano, colocando sua teoria psicológica como principal objeto de estudo e esclarecendo que esta consciência começa a se desenvolver no bebê muito pequeno, que nem sequer se diferencia do mundo.

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6. ESCOLA GESTALT GESTALT – Palavra alemã que significa forma, baseia seus estudos no tema percepção. A PERCEPÇÃO – É uma Gestalt, um todo que não pode ser compreendido pela separação de suas partes.

RELAÇÃO DE GRADAÇÃO – É o objeto geral que é analisado na situação e não o específico. RELAÇÃO FIGURA FUNDO – em figuras ambíguas o que mais se destaca é a figura e o que menos se destaca é o fundo.

TATU TRIBO TABA

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CHAVES DA VAGUIDÃO

Era um bar da moda naquele tempo em Copacabana e eu tomava meu uísque em companhia de uma amiga. O garçom que nos servia, meu velho conhecido, a horas tantas se aproximou:

- Não leve a mal eu sair agora, que está na minha hora, mas o meu colega ali

continuará atendendo o senhor.

Ele se afastou e eu voltei ao meu estado de vaguidão habitual. Alguns minutos mais tarde, vejo diante de mim alguém que me cumprimentava

cerimoniosamente, com um movimento de cabeça. - Boa noite, Dr. Sabino.

Era um senhor careca, de óculos, num terno preto de corte meio antigo. Sua fisionomia me era familiar e, embora não o identificasse assim á primeira vista, vi logo que devia se tratar de algum advogado ou mesmo desembargador de minhas relações, do meu tempo de escrivão. Naturalmente, disfarcei como pude o fato de não estar me lembrando de seu nome e me ergui, estendendo-lhe a mão:

- Boa noite, como vai o senhor? Há quanto tempo! Não quer sentar-se um pouco?

Ele vacilou um instante, mas, impelido pelo calor de minha acolhida, acabou aceitando: sentou-se meio constrangido na ponta da cadeira e ali ficou, ereto, como se fosse erguer-se de um momento para outro. Ao observá-lo assim de perto, de repente, deixei cair o queixo: sai dessa agora, Dr. Sabino! Minha amiga ali ao lado, também boquiaberta, devia estar achando que eu ficara maluco.

Pois o meu desembargador não era outro senão o próprio garçom – e meu velho

conhecido! – que nos servira durante toda noite e que havia apenas trocado de roupa para sair (...).

Fernando Sabino. A Falta Que Ela Me Faz. 4. Ed. Rio de Janeiro, Record, 1980. P. 143-4.

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III - O QUE É SAÚDE MENTAL? Ninguém é perfeito. Cooperação em vez de confronto.

Embora a expressão “saúde mental” possa ter significados diferentes para diferentes pessoas, a auto-estima e a capacidade de estabelecer relações afetivas com outras pessoas são componentes importantes da saúde mental universalmente aceitos. Pessoas mentalmente saudáveis compreender que não são perfeitas nem podem ser tudo para todos.

Elas vivenciam uma vasta gama de emoções, incluindo tristeza, raiva e frustração, assim como alegria, amor e satisfação. Enquanto, caracteristicamente, são capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana, sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com traumas e transições importantes: perda de pessoas queridas, dificuldades conjugais, dificuldades escolares e profissionais ou a perspectiva da aposentadoria.

Há várias atitudes que podem ajudá-lo a conservar a saúde mental. Quando você reduz sei próprio nível de “stress”, deixa os outros também mais à vontade. Se for cooperativo e sociável você estimulará o espírito de cooperação dos outros. A seguir, algumas sugestões. Adote uma abordagem realista

- Se houver um trabalho a ser feito, faça-o sem irritar outras pessoas. Aceite desafios. Assuma o comando da situação. Estabeleça objetivos. Mantenha-os em perspectiva e encare-os como parte de um propósito maior. Faça concessões aos outros que podem não concordar com você em todos os pontos. Lembre-se, eles também têm seus direitos. Obtenha cooperação, em vez de confrontação. Sugira uma reunião de família para encorajar a cooperação e a solidariedade.

Aprenda a reconhecer e expressar seus sentimentos

- Procure não rotular sentimentos sejam seus ou de outros, “bons” ou “mais”. É da natureza humana vivenciar uma ampla variedade de sentimentos. Em geral é saudável expressas sentimentos sempre que possível, de modo apropriado, pois se eles forem reprimidos, podem resultar em reações inadequadas. Por exemplo, se você se sente menosprezado ou ignorado e reprime seus sentimentos em relação a isso, poderá, mais tarde, descarregar a raiva em outra pessoa, ou interiorizá-lo e tornar-se deprimido. Procure descobrir por que sente raiva e expresse seus sentimentos da forma mais tranqüila possível, de discutir seus problemas com uma pessoa sensata e confiável – uma abordagem poderá ajudá-lo a pensar de forma mais clara a lidar adequadamente com seus sentimentos e a compreender melhor os próprios sentimentos e o dos outros.

Não fique remoendo os problemas

- Freqüentemente, uma simples mudança de ritmo ou o redirecionamento das energias é uma forma construtiva de escapar da tensão. Em vez de ficar remoendo os problemas, tome uma atitude – não importa quão pequena – positiva e útil em relação à situação. Procure não se preocupar com coisas que não podem ser mudadas.

Dê um passo de cada vez

- Para escapar à sensação de estar sem saúde, alivie seu problema, pense em cada passo necessário para resolvê-lo e trabalhe no sentido de alcançar uma solução. Esta abordagem de “um passo de cada vez” lhe permitirá ter orgulho de sua capacidade de lidar com a situação. Desviando suas tensões e a raiva para metas úteis e atingíveis, você se surpreenderá com o seu grau de controle.

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O GATO E A BARATA

A baratinha velha subiu pelo pé do copo, que, ainda com um pouco de vinho, tenha sido largado em um canto da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a uma pequena distância que nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu-se, bebeu mais vinho, ficou mais tonta, debateu-se mais, tonteou-se mais que quase morria quando deparou com o carão do gato doméstico que sorria de sua aflição, do alto do copo.

- Gatinho, meu gatinho – pediu ela – me salva, me salva. Me salva que, assim que eu sair daqui, deixo você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva.

- Você deixa mesmo eu engolir você? – disse o gato. - Me saaalva” – implorou a baratinha – eu prometo.

O gato, então, virou o copo com uma pata, o líquido escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde caiu na gargalhada.

- Que é isso? – perguntou o gato – você vai sair daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria eu comer você inteira.

- Ah, ah, ah – riu a barata, sem poder conter – e você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma barata velha e bêbada?

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A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou, então o fiscal perguntou assim para ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os poucos dente que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontologista, e respondeu:

- É areia! Aí, quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia e mandou a velhinha saltar da

lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta, e foi embora com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse em dia com a areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante o mês seguido, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou: - Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa

coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, ma senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha. - Juro – respondeu o fiscal. - É lambreta.

IV - IDENTIDADE

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Falar de identidade é falar de mim sem esquecer o outro e de como ele contribui para que eu seja quem sou e me reconheça diferente dele.

A identidade refere-se a esta multiplicidade que sou: mulher, adolescente, estudante, trabalhadora, filha, namorada, alegre e triste, observadora e desligada, rebelde e conformista.

Esta multiplicidade manifesta-se a cada momento em que é requisitada uma parte minha (papel), por exemplo:

- A namorada, com certeza, comporta-se diferente com o namorado que comporta-se com sua mãe, mas a filha que sou, estudante, etc, estão presentes quando sou namorada. Dependendo das exigências que sofre em relação a cada um desses papéis pode integrar, mais ou menos, esses aspectos todos, mas contribuem um todo: EU.

Ser cada um desses papéis e todos eles implicou e continua a implicar aprender e ser e internalizar valores, expectativas dos outros e de si mesmo. Nesse processo vão se formando a auto-imagem (o que o indivíduo pensa que é) e a auto-estima (o valor que o indivíduo se atribui). Essas representações a cerca de si são construídas a partir de significações que os outros atribuem ao indivíduo, no passado e no presente.

Mesmo antes de nascer, o indivíduo já tem uma identidade a ele atribuída socialmente; o desenvolvimento e a metamorfose desta está ligada à modelos e ao processo de identificação.

Quando ocorre a metamorfose na identidade, não quer dizer que a mudança seja radical, pois sempre ficam raízes das experiências anteriores.

“O que um adolescente aprende em classe está em função, sobretudo, do que ele quer ser e do que ele espera realizar”. L. J. Crombach.

V- PERSONALIDADE

A personalidade ou maneira de ser de cada um envolve aquilo que o indivíduo traz consigo (hereditariedade) e as influências que sofre no meio ambiente, que, no início restringe-se a família.

Do mesmo modo, se uma criança não se alimenta suficientemente de proteínas nos primeiros anos de vida, não atingirá, provavelmente, seu desenvolvimento mental normal podendo apresentar dificuldades para aprender.

Para que o indivíduo possa atingir sua auto-realização, é preciso que os meios físico, psíquico e social sejam bons e acolhedores, ao mesmo tempo, estimuladores para o ser em seu crescimento.

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INVENTÁRIO PESSOAL: QUEM SOU EU?

1. Elabore uma lista de 20 palavras ou expressões como resposta a pergunta:

QUEM SOU EU?

2. Selecione, desta lista, 10 palavras ou expressões que são as mais características de sua

personalidade.

3. Numere-as, então, em ordem de importância, escrevendo o número 1 para a palavra 9 ou expressão) que você considera a mais expressiva para descrever sua pessoa, o número 2 para a seguinte e em poder descritivo e assim sucessivamente até o número 10.

1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 10

DINÂMICA DAS CORES

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VERMELHO – Autoconfiança concreta, prazer em viver, coragem, liderança, inteligência, objetividade, senso de liberdade, produtividade, paixões violentas, vulcão. LARANJA – Destemido, poderoso e descuidado com a própria segurança pessoal. Ambição e orgulho. Necessita testar as próprias limitações, gosto pelo desafio, inquietação, malícia, narcisismo. AMARELO – Para se sentir bem é necessário sentir-se equilibrado. Só realiza atividades que tragam satisfação e prazer; percepção aguçada, vida sexual ativa, direcionado para ação, afetuosidade e bom humor bem desenvolvido. VERDE – Criativo, perfeccionista, estrategista. Grande capacidade de síntese de idéias. Racionalidade e flexibilidade nas decisões, liderança e agilidade mental. AZUL – Sensibilidade, carinhoso. Altruísta, gosta de ajudar as pessoas, é o que lhe dá prazer. Tem dificuldade para dizer não. Poder de análise e sociabilidade. VOLETA – Acentuada autocrítica, pode gerar sentimento de culpa, raiva, remorso, barrando por vezes uma ação. Otimista em relação ao futuro. Trabalha com o sentido da coletividade. BRANCO – Pureza, amor, caridade, cura. PRETO – Ódio, desejo de poder, vingança, depressão, timidez, gosto pelo martírio e pelo desconhecido, introspecção. CINZA – Abnegação, pouca sociabilidade, tendência à depressão. ROSA – Criatividade, extravagância, inovação, tendência à especialização, sociabilidade, bom humor, rebeldia. LILÁS – Desligado do mundo material, senso crítico e intuição desenvolvidos, apaixonado, vulnerável emocionalmente. MARROM – Apego às tradições, praticidade, economia.

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Profª Mauricéia Maria da Silva Fernandes

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