Profecias

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Autor Leandro Bertoldo

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LEANDRO BERTOLDO

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Leandro Bertoldo

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LEANDRO BERTOLDO

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Dedico esta obra ao meu grande amigo,

Paulo César Mazanti.

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“Muitos há que não compreendem as profecias

referentes aos nossos dias, e precisam ser esclarecidos.

É dever, tanto do vigia como do leigo,

dar à trombeta sonido certo”.

Ellen Gould White Escritora, conferencista, conselheira

e educadora norte-americana.

(1827-1915)

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PREFÁCIO

Constrangido por uma forte impressão, o poeta foi levado a materiali-

zar em tinta, papel e arte a sua visão profética de eventos futuros. Admirado

pela facilidade que encontrava para expor as profecias, o poeta produziu es-

te trabalho em apenas trinta dias, após o qual desvaneceu, tão misteriosa-

mente como surgiu, a força criativa que o animava.

Alguém já disse que ser poeta é também ser profeta. Nada mais certo,

uma vez que a sensibilidade do poeta, devidamente direcionada, pode estar

atenta àquela voz interior, calma e suave que revela os segredos do futuro.

Estes segredos, uma vez revelado, tem sido chamado de profecia, a qual na-

da mais é do que uma pequena janela que oferece ao homem um vislumbre

do que ocorrerá no futuro.

Esta obra é constituída por cinqüenta e uma poesias de caráter profé-

tico. Elas versam sobre eventos políticos, sociais e religiosos que, segundo o

poeta, se darão um futuro muito próximo. Nestas singelas poesias o leitor

mais curioso e místico conhecerá as multiformes atividades da besta, desco-

brirá quem são os seus asseclas, saberá identificar qual é o sinal imposto in-

distintamente a todos, e vai saber quem são aqueles que oferecem uma opo-

sição renhida ao novo sistema imposto pela besta e sua imagem.

E como não poderia deixar de ser, as poesias proféticas aqui expostas

estão levemente velada pela tradicional arte do hermetismo que tanto tem

caracterizado as profecias mais consagradas. Isto visa o propósito de levar o

leitor a dedicar uma maior concentração de energia ao estudo das profecias

aqui reveladas, de forma que possa alcançar um conhecimento mais profun-

do e exato do que aquele conhecimento adquirido por um leitor superficial.

É o sincero desejo do poeta que esta obra de caráter apocalíptico ve-

nha de algum modo a despertar no leitor a curiosidade e o interesse pelas

profecias. Ele também espera que as profecias aqui expostas possam criar no

coração leitor o desejo de conhecer cada vez mais profundamente os eventos

que “profeticamente” se darão num futuro muito próximo, além despertá-lo

da indiferença ou apatia em que possa se encontrar. Finalmente, quando pu-

der verificar na sociedade a concretização dos eventos aqui profetizados,

que possa se colocar ao lado da verdade.

Leandro Bertoldo

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SUMÁRIO

Prefácio

As trevas

A besta

Exumação

A imagem

Os santos

A ferida

O fim

A tolerância

O edito

Proclamação

A potência

A mensagem

Devastação

O espírito de profecia

Os contendores

O concílio

Babilônia

A besta triunfante

A cabeça

O apelo

A união

A oposição

O tempo

A legalização

O lobo

As pragas

Os dispersos

A glória

A ira

A defesa

A consciência

O sinal

A controvérsia

Fim da graça

O abraço

O edito maligno

A carestia

O erro

A luz

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A fidelidade

O poder

As conseqüências

A visão

A influência

Dois sinais

O golpe

A perseguição

O tribunal

A sombra

O logro

A um morno

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AS TREVAS

Haja trevas. E houve trevas.

Haja trevas acesas em dia de luz.

E as trevas resplandeceram.

Treva das trevas levanta-te sobre a Terra,

Consuma a paz e devore a luz.

Eis que as flores estão mortas.

Resplandeça tua sombra sobre toda face.

Dê lugar à fome, à carestia e à peste,

Porque no dia negro o céu explodirá.

Treva das trevas multiplica-te sobre o abismo

Nas asas da destruição traga gritos de sangue.

Eis que as cores do arco celeste desvaneceram.

Estenda tua sobra rubra sobre o homem,

Seja o teu alvo o coração

Porque os sentimentos são de mármores.

Treva das trevas propaga-te sobre o mundo,

Erga a voz da contenda e desencadeie a luxúria,

Eis que os sonhos são maldições.

E as trevas triunfaram.

A luz da tocha foi extinta.

O mundo plantou trevas. Treva colheu.

A BESTA

“Idade das trevas e da ignorância”

Eis o álibi da Besta.

Besta que fala por mesquinho poder,

Visa apenas restabelecer sua força.

Anela recuperar a supremacia perdida.

Tem no coração o domínio do mundo.

Todos se calam diante de sua imagem,

Mas seus Zagais são cúmplices.

No passado a reconheceram e a condenaram,

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Num protesto solene santificaram o santo,

E no mesmo protesto profanaram o profano.

E hoje, rogam perdão pelo seu fanatismo.

EXUMAÇÃO

O edito pagão.

O edito desejado.

O edito de todas as nações,

Sem fronteiras ou restrições,

Sem bandeiras ou cores,

De remoto passado é exumado.

Eis o sinal de uma tremenda tempestade.

Hoje quem pode agir está parado,

Em vão esperam pela bonança:

- “Santos do Deus Altíssimo,

Porque não profetizas?”

Todos deveriam temer e tremer,

Eis que o mal reconquista a supremacia,

E vem golpear os Santos do Altíssimo.

Nas ramas, no segredo e no delito,

A Besta forja a sua imagem,

Na realidade sua marionete!

Com autoridade a imagem fala,

Simula palavra de ordem,

Invade e conquista o mundo.

Vozes alegres esperam sorrir!

A IMAGEM

A grande potência é o estaleiro da Besta.

E no oculto segredo dos tempos,

A besta forja a sua imagem.

Exuma o edito parido da mentira,

Conquista a supremacia perdida,

Aniquila a liberdade de consciência,

E combate os Santos do Altíssimo.

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E tu imagem maldita,

Ontem senhora da tolerância,

Hoje senhora da intolerância.

Terrível será tua condenação,

Posto que vendeste tua consciência,

Teu maior tesouro e glória.

Ó tu que apertas a mão da Besta,

E dá a mão ao imundo príncipe do mundo.

Olha para o mundo e veja as nações,

Olha para os povos e veja as multidões,

Por causa de ti e de tua falácia,

Há gritos, tiros e sangue.

O medo reina supremo!

OS SANTOS

Após a chuva temporã,

Renunciado a tudo e a todos,

Unicamente por amor à Verdade,

Com fé, oração e determinação,

Os Santos mobilizam-se.

Eis aqui a consciência do mundo.

Eis aqui os que guardam os Mandamentos.

Com um amor carregado de obras,

Com uma palavra mais poderosa do que a espada,

Com um testemunho vivo e eficaz,

Os Santos golpeiam o edito pela raiz.

Eis a Palavra de Deus! Eis a Verdade!

Clamar-se-á nos parques e nas praças.

Esta é a única Verdade.

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A FERIDA

Mãe de um reino tenebroso,

Sua presença é um escárnio.

Ferida, pisada e humilhada.

Nunca esquecestes o poder temporal,

Nem a sua glória terrena e diabólica.

Pela espada de Berthier foi golpeada de morte,

Mas agora quer recuperar a supremacia perdida.

Dos males ao bálsamo,

De Latrão veio o elixir,

E sua ferida mortal foi curada.

Toda a Terra se maravilhou,

E a Terra deslumbrada seguiu a Besta,

Mergulhando o mundo num precipício sem fim.

Quem poderá se opor ao seu poder?

O FIM

Diante da última advertência,

O mundo terá reconhecido o Sinal.

É o tempo do edito de Constantino.

E entre dois sinais,

Está o mundo dividido.

Elevam-se os gritos dos contendores,

Erguem-se as barreiras da intolerância,

Sai o decreto negro de Amã.

E das cinzas ressuscita a inquisição.

Os Santos presumem morrer.

Quebram-se os grilhões que restringem a carestia,

No mundo as pragas são desencadeadas.

Espalham-se toda sorte de pestilências desconhecidas,

O mundo dilacerado morre de fome.

Toda a natureza está em revolta contra o homem!

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A TOLERÂNCIA

Na longuidão da tolerância

As antigas trevas são cauterizadas.

E esquecer-se-á as perseguições e os massacres,

Esquecer-se-á as torturas e as fogueiras flamejantes.

Na longa tolerância

A Besta supera as dissensões,

E outra vez única será.

Eis o abraço dos irmãos separados.

Próximo ao fim do fluir da areia.

A ordem das coisas está alterada.

Os tempos e os valores são outros.

O mundo e as pessoas também.

O EDITO

Eis o edito maldito

Pregando o Sinal da Besta,

Invocado pela consciência cauterizada,

Exumado por quem odiava a Verdade.

Eis o edito das trevas e do ódio,

Do dia pagão dedicado ao sol.

De todos o primeiro dos sete.

Eis o edito que invoca a intolerância.

Quanto mal provocará!

Quanta dor causará!

Quantas atrocidades cometidas!

Quantas consciências violentadas!

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PROCLAMAÇÃO

Sempre desconfiar do poder temporal.

Coragem para dizer e desmascarar.

Combater e esperar, combater e aguardar.

Porque na perseverança está a força.

Proclamar sempre a última advertência,

Mesmo quando a Besta é inoperante.

Proclamar no tempo oportuno em todo lugar.

Proclamar na casa de seus simpatizantes.

Não para a vingança de sangue,

Mas para advertir e salvar muitas almas.

Para impedir que a Besta e seus asseclas

Arrebatam inocentes a abismos eternos.

A POTÊNCIA

No orgulho da paz total,

No sonho da nova ordem universal,

Eis a causa dos tormentos sobre a Terra.

Filhos da grande potência,

A sombra da Besta grita em vossa casa.

Não soubeste matar enquanto ela te exauria.

Na secreta confraternização

Dareis à luz aos males que chamam bem.

Nascerá de ti o poder com terror.

E unidos na rede de expansão da fé,

Anulareis a primeira emenda.

Vós dividireis os povos e formareis a imagem.

E vos arruinareis na apostasia nacional.

Eis que acreditaste na falsa verdade.

Verdade que nunca houve posto serem trevas.

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A MENSAGEM

Os santos explodem pelo mundo.

São os portadores da última luz.

Da candeia emana a claridade:

“Não adorarás a Besta”.

“Não adorarás a sua Imagem”.

“Não receberás o seu Sinal”.

A Terra é iluminada com a sua glória!

Suas palavras agradam os humildes,

Mas são terríveis para os hipócritas.

E na guerra das paixões vem a agitação popular.

E na comoção das palavras o povo se abaterá.

A tríplice aliança desencadeia as trevas.

E com as cloacas da mentira,

A poderosa potência dilacera as candeias,

Dilacera-a com o poder do edito.

Submissão nunca!

O edito não é o que grita.

Nunca aceitar o Sinal bestial.

DEVASTAÇÃO

As nações estão iradas.

Levantaram-se as barreiras da contenda.

Erguem-se as bandeiras dos povos.

A guerra total: Alfa e Ômega,

Sem limites ou fronteiras.

Nação contra nação,

Reino contra reino.

Espada contra espada,

Unha contra unha.

Eis o conflito mundial.

Ouvem-se tiros, rajadas e explosões.

Ouvem-se gritos alucinantes.

Grande explosão no Oriente e no Ocidente.

Depois, um silêncio mórbido.

A Europa está morta!

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O ESPÍRITO DE PROFECIA

Depois do abalo Ômega,

Joeirado foram os Santos.

Serão notáveis quando forem pequenos,

Estendem o braço na seara.

Três mensagens para o mundo,

A voz de advertência conquistará a Terra.

Repetidas da Palavra pelo Espírito de Profecia,

Repetidas pelos novos filhos da fé.

Será momento de grande reavivamento.

O Espírito de Profecia tocará os corações,

Profetizará coisas deles desconhecidas,

A verdade brilhará na mentira revelada.

Sempre numerosos os acontecimentos.

No Espírito de Profecia, a explicação.

Profetizará aos habitantes da Terra,

Coisa do futuro da humanidade.

Muitos povos agitados,

Tantos outros revoltados.

O mundo se insurge contra a Verdade,

E a Verdade abalará as cartas dos poderosos.

OS CONTENDORES

Entre os vários contendores,

A Besta falará de paz e amor.

Muito tarde será desmascarada.

É o tempo da confederação do mal.

Reunida em nome da consciência dos povos.

Dela brotará um novo paradigma,

E de suas cloacas nascerá o edito.

Eis a chave do medo e do ódio.

Entenebrecimento no abraço da Fé e do Estado.

E neste momento de suprema negritude.

Santa será a palavra dos Santos.

São tochas acesas em trevas ardentes.

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O CONCÍLIO

A potência universal é a terra do concílio,

O encontro de todos movimentos religiosos,

Até mesmo dos irmãos do Oriente.

Aparentando o bem, é o mal que germina.

Ali se abraça quem crê no braço da carne.

Forja-se a grande batalha da consciência.

Ali a sombra da Besta vive, respira e age,

Simula o comando e a chefia.

Adversária da liberdade civil,

Grande inimiga da liberdade religiosa.

Eis a noiva do príncipe deste mundo!

BABILÔNIA

Santos do Altíssimo no mundo,

Eis aqui o povo do advento.

De tão longe para todas as nações,

São portadores da Voz de Deus,

Voz de quem ama a humanidade,

De tal modo que fala aos corações.

Uma mensagem probante!

E Babilônia emprega toda força,

Quer extinguir a luz que brilha.

Sempre o fizeram e o farão.

Falar-se-á de falsa verdade.

Mas a Verdade estará oculta.

A BESTA TRIUNFANTE

Nas entrelinhas da história,

A Besta saber ler o futuro.

E na sua antiga astúcia,

Sabe aguardar o seu tempo.

Aguarda só uma oportunidade,

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E esta lhe está sendo ofertada.

Sua voz estava na mentira,

O mundo não conhece a Verdade.

O tempo está avançado,

Muito tarde os homens percebem.

É tarde demais para escapar da cilada.

A Besta alcança a supremacia acalentada.

A CABEÇA

A cabeça da Besta hoje fala.

Os ouvidos ouvem todos os dias.

Semeará trevas e terror,

Arrastando no sangue os Santos.

Homenagens do mundo que tem medo.

Quando o edito for promulgado,

E lutarem os filhos de Deus

Contra os filhos da confederação.

E no mundo a violência e a guerra,

Reconhecidos será a Besta e o seu Sinal.

Os Santos do Altíssimo triunfarão,

Pois a Voz de Deus intercederá,

E naquele dia haverá livramento.

E na grande cidade das nações,

O cruel tremerá e temerá.

O APELO

A débil fé Ocidental,

Ao poder civil apelará.

Os povos esperam sorrir,

Mas isto crucificará o Livro.

Unidos nesta obra maligna,

Participam Zagal e Roma.

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Mais audaz se tornará,

A imposição do sinal da Besta.

E evocando a poeira dos tempos,

Sancionado será o edito.

Obrigados todos serão,

A conformar-se com as tradições.

Sofrerão os que se recusam,

Então invocar-se-á a lei civil.

E castigados serão,

Os que guardam os Mandamentos.

Julgados, finalmente são declarados,

Merecedores de morte atroz.

A UNIÃO

A união dos poderes da terra,

Determinará uma violenta tempestade.

E na concórdia da Fé e do Estado,

Nascerá a ferida e o flagelo dos povos.

Intolerância, trevas e sangue,

Perseguições, opressões e prantos,

Crises, tormentos e dores.

Eis o salário da mentira.

Na casa da grande potência,

Onde há descomedido orgulho

O mal conquistará o poder,

E combaterá o sétimo dos sete.

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A OPOSIÇÃO

No covil de todas as crenças

Abraçam-se o Estado e a Fé,

Assim permanecerão até o fim.

Dura será a sentença dos Santos.

Novos dirigentes são maleados,

Estatuetas de mão de ferro.

Forjadas com coração de pedra,

Julgam-se os senhores dos povos.

Antigas perseguições se repetirão,

Sangue para quem crê no Livro.

Quem quer que a Ele obedeça,

Padecerá severa censura e perseguição.

O TEMPO

Num tempo que se esgota rapidamente

As eternas sentinelas do Altíssimo,

Resplandecendo santa consagração,

Proclamam uma mensagem angelical.

E por toda a extensão da Terra,

A cada nação, tribo e língua,

Milhares de vozes advertem.

Então se estabelece o destino das nações.

Das trevas forças são arregimentadas,

E pelejam contra a Verdade no vale da decisão.

Os habitantes da Terra decidem-se.

Grande número ao lado da Verdade!

A LEGALIZAÇÃO

Os poderosos dirigentes dos povos

Cedem ao comando popular.

O Sinal é legalizado.

Hoje, o edito entra em vigor.

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E contrariando tudo e a todos,

Uma pequena minoria,

Humildes portadores de Justiça,

Recusam-se em ceder às exigências populares.

Serão objetos de execração universal,

De forma alguma serão tolerados.

São finalmente julgados e declarados

Réus dignos de morte atroz.

O LOBO

Hoje o cordeiro fala como lobo.

Atentamente o mundo ouve.

Ilusão de um novo paraíso.

Na cova do lobo impera o orgulho.

Os que sabem e podem agir estão parados.

Temem o jogo dos poderosos senhores do mundo.

Temem a fraternidade secreta dos credos.

Por amor ao terreno esperam salvar-se.

Os poderosos usam a espada da boca,

Brandem o que não tem no coração.

São troncos ocos, vasos rachados.

Todos destituídos da verdadeira piedade.

AS PRAGAS

Eis o tempo dos sete flagelos,

Derramados sobre os adoradores da Besta.

Deus desencadeia as pragas

Para condenar a maldade dos homens.

Flagelos nunca vistos até então!

Nenhuma carne será poupada.

Os homens esperam a morte.

E a morte parece fugir deles.

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Vem a fome, a carestia e as pestes.

Há sangue sobre toda a Terra.

Erguem-se gritos insensatos contra o Altíssimo.

A carestia levanta as barreiras da contenda.

O mundo desaba em enfermidades malignas.

O mar foi assassinado.

Os rios e as fontes das águas estão mortos.

E o sol cospe fogo sobre os homens.

Um Rei está de volta.

Tudo está consumado.

Esgotou-se o tempo dos séculos.

- Eis o Teu Senhor, ó Povo Santo!

OS DISPERSOS

Dispersos em todas as línguas

Estão os Santos do Altíssimo.

Eis o tempo do Alto Clamor.

Palavras do Espírito de Profecia

Propagam-se como chamas ardentes.

Da sonolência e apatia ao despertamento,

É momento de vitórias e gritos.

Entretanto, há no mundo

Uma nova ordem espiritual de valores.

O triunvirato é forte e soberano.

Novos lideres são moldados.

Escravizam povos inteiros.

Países estão em comoção,

E os homens em revolta.

A GLÓRIA

Depois da chuva serôdia o mundo foi iluminado.

Brilha no céu uma nova mensagem de grande fulgor.

Proclamada sobre toda a extensão da Terra.

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Atinge todas as nações, tribos, línguas e povos.

Repetidas do Evangelho Eterno pelo Espírito de Profecia.

Anunciada por quem guarda os Mandamentos do Altíssimo.

Eis o tempo e o momento de grande despertar.

Os rolos testemunharão contra a cristandade.

Transformada em grande Babilônia, morada de demônios.

Todos os reis da Terra cometeram adultério com ela.

De suas crenças os comerciantes se enriqueceram.

Luxúria! Luxúria! Luxúria! Antes e depois, luxúria.

Erguem-se os clamores: “Sai dela povo meu!”

“Porque razão sofreria seus flagelos?”

A IRA

Grande ira entre as nações.

É a guerra dos homens contra os homens.

Nação contra nação e reino contra reino!

Alfa e Ômega na guerra.

O Advento está às portas.

E naquele tempo entenebrecido,

Os Santos são peregrinos na face da Terra.

Arrojados na mais injusta perseguição,

São todos escarnecidos pelo mundo.

Todos desprezados e renegados a animais.

A DEFESA

Santos do Altíssimo, a ti te digo:

As forças do mal se congregarão.

Mas nunca negarás a Palavra.

Grande será a tua coragem.

Desafiarás as autoridades do mundo.

E também ao imundo tentador.

Na tua vereda encontrarás a angústia.

Mas na vitória serás dito: Israel.

A quem te mandar preço de sangue,

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Oporão legiões de Santos anjos.

A quem te mandar demônios,

Oporão legiões de Santos anjos.

A CONSCIÊNCIA

Um dia nas trevas das cores

Poder civil e religioso estarão unidos.

Combaterão o povo do Altíssimo,

E muitos se regozijarão.

Deveriam temer e tremer,

Pois é o mal conquistando a consciência.

Quando o edito entrar em vigor,

A liberdade será golpeada.

A consciência solapada.

Isto será sinal de ruína.

E no embate de dois sinais,

Vencerá o do Senhor.

O SINAL

O Sinal!

Sim, o Sinal!

O Sinal é o primeiro dos sete.

O primeiro é o “dies solis”.

O edito de Constantino é exumado,

Decretado pelas nações unidas.

E nas cloacas desse dia

A besta e o Zagal se abraçam.

Fingem ignorâncias no saber.

Mas um deles é o espelho do outro.

A CONTROVÉRSIA

Sempre crescente a violência.

Ódio, racismo e preconceitos.

Homem explorando homem.

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Escravidão de Estados civis.

Os inimigos da Verdade,

Num esforço quase sobrenatural,

Mais do que pode a energia humana,

Tudo fazem para excluir a luz.

A grande controvérsia que se segue,

Coloca em evidência o sétimo dos sete,

Abalando os reinos da cristandade.

Mas levanta-se o príncipe deste mundo.

FIM DA GRAÇA

Fecham-se as barreiras do tempo da graça.

Já não há lugar para arrependimento nos corações.

O fogo do amor transformou-se num bloco gélido.

No livre arbítrio todos tomaram suas decisões.

Vem pragas e pestes totalmente desconhecidas.

Todas derramadas nas cloacas do mundo.

Os habitantes da Terra aguardam a morte.

Homens entregues ao poder dos demônios.

Não há lei, não há justiça, não há ordem.

A anarquia tornou-se universal.

Não existe autoridade que controle a situação.

Não há espada que possa cortar o pescoço de Elias.

Poucos instantes restam para o Advento.

- Quem poderá subsistir?

O ABRAÇO

Zagal, Besta e Príncipe das Trevas.

Todos unidos e de mãos dadas.

Unidos num mesmo propósito:

Combater e destruir o Advento.

Eis a grande confederação do mal,

As três alianças negras do mundo.

E das entranhas deste triunvirato,

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Nasce o edito da intolerância.

O mundo aguarda alegres folguedos,

Mas é tempo de relâmpagos estridentes,

E das tempestades dos cavaleiros da ira

Com a fome, carestia e pestilência.

O EDITO MALIGNO

Eis o edito que dilacera os corações,

E rasga o véu do Salvador.

Triunfará nos quatro cantos da Terra,

E forjará dirigentes de perfis entenebrecidos.

Plantará a bandeira da intransigência.

Entretanto, das trevas brotará a luz.

Os Santos do Altíssimo cintilarão

Como as eternas estrelas do céu.

Nestes dias o Altíssimo intervirá,

Conclamará à ceifa os filhos da fé,

A fim de que abatem o edito maligno

Parido nas entranhas das Bestas da Terra.

A CARESTIA

Nações aniquiladas pela fome.

Povos acometidos por pestes desconhecidas.

Após a carestia, os ventos das pragas.

Deus derrama as sete últimas taças da ira.

Isto impede o aniquilamento da humanidade.

É muito tarde para a civilização.

O tempo está esgotado.

A porta da graça está fechada.

Tudo foi consumado.

Eis que vem o reino do Salvador.

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O ERRO

O mal golpeará os Santos remanescentes,

Os que guardam os mandamentos de Deus,

Aqueles que guardam a fé do Salvador,

E possuem o dom do Espírito de Profecia.

Quando vigorar o edito maldito,

Entenebrecimento cobrirá os povos.

Consciências violadas e violentadas,

Eis o maior erro da humanidade.

Quando da boicotagem universal.

Política, econômica e intelectual.

Todas as nações serão forçadas

A se conformar com o Sinal.

A LUZ

O mundo todo se insurge

Opondo-se ao sétimo dos sete.

O sétimo, repouso do Criador.

É tempo do cordeiro falar como lobo.

Gritará morte e será ouvido.

O mundo esqueceu sua consciência,

Sua universal expressão de liberdade.

Perseguições e prisões para os Santos.

Levantai vossas mãos cansadas e esperai.

Eis que a Luz do Mundo vem chegando.

Com a idade do Salvador na renovação do milênio.

A FIDELIDADE

Por fidelidade ao Sétimo dos sete,

Milhares padecem em silêncio.

Outros choram na solidão das rochas.

Muitos são cruelmente escravizados.

E tantos outros transformados em presidiários.

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Mas a cada um são enviados querubins,

Legiões fortes, poderosas e gloriosas,

No proteger, guardar e livrar da morte.

Eis o triunfo da vida sobre as trevas.

Em conta de Santos são tidos diante do Criador.

O PODER

A Besta nunca muda!

Nem sua pretensão de ser infalível.

Nunca terá cores ou flores.

É tolerante onde é impotente,

Submissa onde é inoperante.

Tem no coração o domínio do mundo.

Quando receber o poder secular,

A Fênix eterna renascerá e dominará.

A galope virá a tirania e a perseguição,

Espargirá sangue e contendas.

Roma nunca muda!

AS CONSEQÜÊNCIAS

Ó tu que exumaste o edito pagão,

Edito desejado por tantos decênios,

Edito de todos, sem fronteiras.

Ó tu edito da mentira e do ódio,

Esmagarás a liberdade de consciência.

E então, desencadeará a intolerância.

Os Santos do Altíssimo,

Aqueles que guardam os Mandamentos

Estavam fora de vós, pois os ignorastes.

Como feitores vós os pisoteastes.

Hoje estão relegados à condição de escravos,

Amanhã serão Santos luminosos.

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A VISÃO

Vejo povos em agitação.

Observo delitos e revoltas.

Vejo multidões, nações e línguas,

Arrojadas na mais cruel escravidão.

Muitos morrem para testemunho do fim.

Tolerância, verdadeiramente não há.

Absolutamente, nunca houve.

Besta imunda!

Antes da tua morte

Verás o rosto do Príncipe da Vida.

Para onde podereis fugir?

Posto que saqueaste a Casa do Altíssimo,

E assassinastes o Seu Povo.

A INFLUÊNCIA

Nas trevas que envolvem o mundo

A Besta cresce em poder.

Na primeira emenda,

Encontra sua razão de ser.

Nas assembléias legislativas,

Nas Igrejas do Mundo,

E no coração dos homens,

Sua voz exerce influência.

Sorrateiramente como uma serpente,

Ganha terreno sem despertar suspeitas.

Tem em vista apenas seus funestos objetivos.

Seus segredos estão nos delitos dos tempos.

DOIS SINAIS

Entre as trevas morais e espirituais

Erguer-se-á uma voz de advertência.

Única verdade nas cloacas da mentira,

Única oração entre os gritos da Besta.

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LEANDRO BERTOLDO

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A voz terá poder para condenar,

Condenar o edito maldito,

Condenar a liberdade suprimida.

Então o edito estremecerá o mundo.

Usando as armas da intolerância

O mundo será dividido. Dois grupos.

Um Sinal! O primeiro dos sete: Uma grande vergonha!

Outro Sinal! O sétimo dos sete: A fidelidade do povo!

O GOLPE

Princípios remotos vivem no seio da Besta.

Ela quer restabelecer o poder temporal.

Anela dominar as consciências.

Do congresso uma mensagem ao mundo,

Uma mensagem destinada a subvertê-lo.

Lançada, prosperará e propagará nas chamas.

Golpeará e abalará os reinos da cristandade.

Golpeará e aniquilará a consciência de muitos.

Ai do que habitam na Terra!

A PERSEGUIÇÃO

Santos espalhados entre as nações.

Graças a eles e ao seu labor,

Tão escarnecido nestes anos,

O edito será impotente para muitos.

Em grande angústia e aflição

Os Santos prevalecem pela fidelidade.

Suas palavras são suáveis aos humildes,

Porém, terríveis para os soberbos.

Levados perante os tribunais da Terra,

Verdadeiramente muitos sofrerão.

Mas serão eternas testemunhas

Até a consumação dos tempos.

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O TRIBUNAL

É o tempo do edito almejado.

Perplexidade, angústia e tormentos.

Eis o salário dos Santos do Altíssimo,

Mas também é tempo de paciência.

Levados perante os tribunais da Terra,

Defendem a Verdade com renovado poder.

Condenam a liberdade dilacerada.

Eis as palavras mais fortes já pronunciadas.

Os que tem ouvidos ouvirão.

Mas do comando do povo

A ordem de ceder às exigências do mundo

Que tem hoje o poder das consciências.

A SOMBRA

Nas trevas age a sombra assassina da Besta.

Desencadeiam-se as tempestades das perseguições,

E o mundo desaba num lamaçal de pecado.

Em todo lugar o edito alcança a supremacia.

Os filhos da profecia conhecem os tormentos.

Nas prisões são torturados silenciosamente.

Onde chega o edito das trevas,

Os Santos conhecem as aflições.

Sofrem aos milhares em silêncio.

Como ovelhas, vão para o sacrifício.

Morte sutil e milhares de desaparecidos.

Afinal os mortos não pregam!

O LOGRO

Num ano no segredo dos tempos,

Das ocultas cloacas da imundícia

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A Besta recebe o poder dos reinos.

E mãe será da humanidade.

Logo vêem as perseguições.

Apavoram quem não se sujeita à servidão.

E prisão para os dissidentes.

Então os pegureiros percebem:

É demasiado tarde para escapar da cilada.

Porém, a fé mobiliza quem crê em Deus.

A UM MORNO

Eis que as trevas cobrem a Terra!

Eis que as sombras abraçam os povos!

Mas sobre ti virá a chuva serôdia.

E sobre ti ver-se-á a glória do Senhor.

Levanta-te! Resplandece! A luz já brilha.

Espancou as trevas que cobriam a Terra...

Para resplandecer no coração dos homens,

Um novo Advento aguarda sua palavra...

Levanta os teus olhos ao redor e vê,

São teus irmãos que se ajuntaram!

São nações que de longe vem a ti!

Ilumina-te, pois, estrela dormente.

E das águas mornas e repousantes,

Desperta e faze a trombeta soar!