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Socialismo: da Revolução à Crise

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União Soviética

Do Pós-Guerra ao Fim do Império Soviético

Conforme vimos, a Revolução Russa, de 1917, gerou as condições para a criação, pela primeira vez na história, de um Estado Socialista: a União Soviética, fundada em 1922.

Após a morte do líder Lenin, em 1924, o então Secretário-Geral do Partido Comunista, Joseph Stalin, passou a concentrar o Poder Político em suas mãos.

Durante seu Governo, Stalin implantou no país uma Ditadura Cruel, com expurgos, deposições, prisões e execuções de Milhares de Pessoas.

Mas também conduziu a União Soviética a um grande desenvolvimento social e econômico.

A Taxa de Analfabetismo dos país, por exemplo, que era de 90% antes da instalação do Socialismo, caiu para quase Zero em apenas vinte anos, na parte Européia da URSS.

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União Soviética

Terminada a Segunda Guerra Mundial, no entanto, o Território Soviético estava arrasado. Vejamos alguns números da destruição.

Quase 2 Mil Cidades e Vilas tinham sido devastadas;

65 Mil Quilômetros de trilhos ferroviários estavam destruídos;

Cerca de 100 Mil fazendas coletivas encontravam-se arrasadas, bem como suas máquinas agrícolas e tratores;

Mais de 26 Milhões de Pessoas tinham morrido na guerra, além de haver outros 25 Milhões de desabrigados morando em abrigos improvisados, celeiros e estábulos.

O país tinha de realizar um imenso esforço de reconstrução.

Stalin entendia que para superar as dificuldades era necessário manter o ânimo do povo num clima de tensão e mobilização, como numa Guerra Civil.

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União Soviética

Reconstrução Pós-Guerra

Stalin comandou energicamente a reconstrução do País.

Por meio do planejamento econômico estatal, o Governo Soviético estabeleceu os grandes objetivos da recuperação econômica do país:

Reparação dos danos causados pela guerra em setores como comunicações e energia;

Reconstrução das indústrias pesadas;

Mecanização da agricultura e ampliação das áreas de cultivo;

Construção de grandes usinas hidrelétricas;

Instalação de indústrias de armas modernas;

Ampliação da educação pública.

Já nos primeiros anos da Década de 1950, eram notáveis os resultados dos Esforços de Reconstrução Soviéticos

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União Soviética

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União Soviética

Culto à Personalidade de Stalin

Ao lado desse imenso esforço de reconstrução econômica do país, ocorreu um fortalecimento da autoridade de Stalin, que acentuou o controle burocrático e policial em seu governo, tendo assumido e mantido os principais cargos da União Soviética:

Secretário-Geral do Partido Comunista, Presidente do Soviete dos Comissários do Povo e Marechal da União Soviética, entre outros.

Além disso, o Governo coordenava uma imensa campanha publicitária destinada à exaltação patriótica e ao Culto da Personalidade de Stalin.

Em enormes cartazes espalhados pelas ruas, ele era representado como o “maior gênio da história”, “o maior cientista do mundo”, o “amigo e mestre” de todos os trabalhadores.

Enfim, havia todo um esforço oficial para divinizar a figura de Stalin.

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A Divinização de Stalin

Testemunha desse processo, o Escritor Russo Ilya Ehrenburg escreveu, em seu livro de memórias:

A divinização de Stalin não ocorreu do dia par a noite, não foi uma explosão de sentimento popular.

Stalin organizou-a por longo tempo e de maneira regularmente planejada:

Por sua ordem, compunha-se uma história legendária, na qual ele tinha um papel que não correspondia à realidade: os pintores faziam telas enormes, dedicadas às vésperas da revolução, a outubro, aos primeiros anos da república Soviética, e em cada um desses quadros Stalin aparecia ao lado de Lenin.

Nos jornais caluniavam-se s demais bolcheviques, que em vida de Lenin foram os seus auxiliares mais chegados.

Em relação à vitória soviética sobre o nazismo, por exemplo, os meios de comunicação dos país só enalteciam Stalin e glorificavam a vitória do “genial estrategista militar”.

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Soviete Supremo

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Economia de Mercado e Economia Planificada

Uma das principais diferenças entre Países Socialistas e os Capitalistas é a forma como suas economias são organizadas.

Nos países capitalistas, predomina a economia de mercado, enquanto nos Socialistas, predomina a economia estatal planificada.

Na Economia de Mercado, a maior parte da produção econômica – de bens e de serviços – provém das empresas privadas:

Fábricas, comércio, prestação de serviços controlados por cidadãos particulares, ou seja, são as empresas privadas que detém a maior parcela dos mecanismos de produção.

Em geral, o Estado interfere na atividade econômica visando regulamentar e atender setores como energia, segurança, educação e saúde.

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Economia de Mercado e Economia Planificada

Na Economia Estatal Planificada, a produção econômica é dirigida pelo Estado.

As fábricas, o comércio e os serviços são controlados por Empresas Estatais.

Os trabalhadores são funcionários do Estado.

Nesse sistema, a produção econômica do país é planejada por um Órgão Central do Estado, tendo em vista as necessidades sociais consideradas relevantes por esse Órgão Centralizador.

Entre esses dois sistemas opostos há uma variedade de sistemas econômicos mistos que buscam harmonizar, em diversas proporções, o Setor Privado – Livre-Iniciativa – e o Setor Público – Empresas Estatais.

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União Soviética

– Era Kruchev (1953-1964)

Após 29 anos no Poder, Stalin morreu, em 5 de março de 1953, vitimado por um derrame cerebral. Teve início, então, a ascensão do Governo Soviético de Nikita Kruchev.

No Plano Interno, Kruchev condenou a ditadura stalinista e abriu espaço para a Liberalização Política.

Em 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética – PCURSS – denunciou os crimes de Stalin, sua rigidez doutrinária e a campanha de culto à sua personalidade.

As denúncias de Kruchev repercutiram mundialmente:

Muitos líderes socialistas de todo o mundo, chocados com as informações, romperam com suas crenças e adotaram novas posições políticas.

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União Soviética

No Plano Internacional, Kruchev defendeu a necessidade de uma coexistência pacífica entre Países Socialistas e Capitalistas.

Em suas palavras:

“Só a Paz pode garantir nossas diferenças, pois, no caso de uma guerra nuclear, as cinzas do comunismo e do capitalismo serão totalmente indiferenciáveis.”

O antistalinismo de Kruchev e sua política de coexistência pacífica provocaram desentendimentos com os dirigentes políticos da China Comunista, que se mantinham fiéis às idéias e aos métodos stalinistas.

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Nikita Kruchev

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União Soviética

– De Brejnev a Gorbatchev (1964-1991)

A “desestalinização” promovida pelo Governo de Kruchev não foi suficiente para romper a rigidez do comunismo autoritário.

Até 1985, os principais dirigentes da União Soviética – Brejnev (1964-1982), Andropov (1982-1984) e Tchernenko (1984-1985) – mantiveram o país submetido ao Controle Ditatorial do Partido Comunista.

Nesse período, somou-se à falta de liberdade o grave problema da estagnação econômica.

Enormes dificuldades tomaram conta do país, entre elas o declínio das produções industrial, comercial e agrícola, o aumento do desemprego em trabalhos qualificados, a falta de alimentos nas cidades, a queda na qualidade dos serviços públicos e o crescimento da corrupção administrativa.

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Conflito Árabe-Israelense

Glasnost e Perestroika

Em 1985, Mikhail Gorbatchev tornou-se um dos principais dirigentes da União Soviética.

Seu Governo tentou administrar a construção de uma política mais livre e de uma economia mais moderna no país.

Iniciou, assim, um processo de reformas voltadas para a liberalização política conhecida como Glasnost, e a reestruturação econômica, conhecida como Perestroika.

GlasnostPalavra russa que significa transparência. Consistia basicamente numa abertura democrática, ligada à Perestroika, por meio da qual setores da população soviética passaram a ter maior liberdade de expressão em relação aos problemas de ordem econômica, cultural e política do país.

PerestroikaPalavra russa que significa reconstrução. Foi usada par designar um conjunto de reformas político-econômicas empreendidas na União Soviética a partir da nomeação de Mikhail Gorbatchev à Secretaria Geral do Partido Socialista Soviético.

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União Soviética

– Fim da União Soviética

No decorrer das transformações, Gorbatchev viu-se no meio de um conflito que acabaria por derrubá-lo.

De um lado, havia a reação conservadora dos comunistas autoritários, que se opunham ao avanço democrático.

De outro, agiram os ultrarreformistas, ansiosos por mudanças rápidas e profundas.

Em agosto de 1991, Gorbatchev foi deposto pelos Comunistas Autoritários.

Três dias depois, o Líder Soviético voltou ao Governo.

O Fracasso do Golpe deveu-se, em grande parte, à resistência dos reformistas e liberais liderados por Boris Yeltsin – então Presidente da Federação Russa.

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União Soviética

Após esses acontecimentos, o movimento das organizações políticas por autonomia e poder nas Repúblicas Soviéticas acelerou-se.

Esse processo culminou, em dezembro de 1991, com o desmembramento da União Soviética e a criação da Comunidade dos Estados Independentes – CEI – que congregou a maioria das ex-repúblicas soviéticas, como Rússia, Belarus, Ucrânia e Armênia.

Reconhecendo a perda de poder e o fim da União Soviética, Gorbatchev renunciou ao Cargo de Presidente, em 25 de setembro de 1991.

Depois de 69 anos, a poderosa União Soviética, que teve papel central na História do Século XX, chegou ao final.

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Mikhail Gorbatchev

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Boris Yeltsin

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Brasileiros Testemunham o Fim da URSS

Dois escritores brasileiros que visitavam Moscou em agosto de 1991 registraram em um livro suas impressões sobre a situação na Rússia, leia este pequeno trecho:

Em cima de um tanque, um Oficial e um Deputado do Povo tentando se dirigir aos populares.

O Militar pede o alto-falante que estava com o Deputado:

– Sou um Oficial. Não estamos aqui para fazer mal ao povo.– Então, porque vieram? – grita um cidadão.– Para manter a ordem.

O povo vaia.

– Não viemos atirar sobre o povo. Nós também somo povo. Somos os filhos do povo.

Mas o povo parece não reconhecer esse filho, e grita:

– Fora! Vergonha!

O Deputado do Povo pede o alto-falante:

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Brasileiros Testemunham o Fim da URSS

– O exército é o povo de farda, não pode nos ameaçar. Sou Oficial aposentado e quero lhes dizer: os nossos verdadeiros inimigos estão ali dentro.

– O Deputado do Povo aponta para o Kremlin, o povo aplaude.

Desprovido do alto-falante, o Oficial fala, sem que se ouça o que diz. Mas seu gesto é eloqüente. Tira o revólver do coldre, extrai o pente e levanta a mão acima da cabeça, mostrando para a multidão que está vazio.

O povo aplaude, alguns ainda vaiam.

Algo realmente extraordinário está acontecendo aqui.

Um Militar se explicando à massa, e um Deputado do Povo erguendo o braço acusador contra o Kremlin.

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O Fim da URSS

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Europa Oriental

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Europa Oriental

Do Socialismo Autoritário à Abertura Democrática

Nos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial, o Socialismo expandiu na Europa Oriental em países como Alemanha Oriental, Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e Iugoslávia.

A instalação do Socialismo nesses países teve como ponto de origem comum a luta contra o Nazismo.

Terminada a Guerra, os colaboradores do nazismo foram repelidos pela população, e o Partido Comunista de cada um desses países, apoiado pela União Soviética, conquistou o poder e instalou um Governo baseado no Modelo Soviético.

Entre as principais medidas comuns adotadas nos Países do Leste Europeu estavam:

– O domínio político do Partido Comunista de cada país;

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Europa Oriental

– O Fim da Propriedade Privada dos Meios de Produção e o controle da economia pelo Estado. Bancos, fazendas, fábricas, transportes, comunicação e educação passaram ao Controle Direto do Governo.

No contexto da Guerra Fria, Tratados de Cooperação Econômica – Comecon, de 1949 – e Militar – Pacto de Varsóvia, de 1955 – foram assinados entre os Governos da Europa Oriental e o da União Soviética.

O objetivo era fortalecer a aliança do Bloco Socialista diante da oposição dos Governos Capitalistas Ocidentais, comandados pelos Estados Unidos.

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Europa Oriental

Lutas por Reformas

Com o tempo, entretanto, os Regimes Comunistas da Europa Oriental foram se desgastando, principalmente em conseqüência da falta de Liberdade Política e da Crise Econômica.

Diante das Revoltas Populares, os governos desses países só resistiram com o apoio da Força Militar Soviética.

– Hungria e Tchecoslováquia

Isso ocorreu, por exemplo, em Budapeste, na Hungria, onde, em outubro de 1956, iniciou-se uma manifestação de estudantes que reivindicava o Fim da Dominação Soviética e a construção de um Socialismo “Verdadeiro”.

O movimento recebeu a adesão de Oficiais e Soldados do Exército Húngaro.

Líderes Socialistas favoráveis às reformas democráticas assumiram chefia do Partido Comunista Local, e o levante espalhou-se por todo o país.

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Europa Oriental

Poucos dias depois, no entanto, Forças Soviéticas invadiram a Hungria e derrotaram os revoltosos, mantendo sua dominação sobre o país.

Movimento semelhante aconteceu ocorreu em 1968, na Tchecoslováquia.

Foi chamada Primavera de Praga, liderada por intelectuais comunista tchecos, que reivindicavam um “socialismo com face humana” e a democratização do país.

Diversos setores sociais aderiram ao movimento, mas o Governo da União Soviética novamente impediu a concretização do sonho de um socialismo diferente do seu.

Em agosto de 1968, enviou Tanques do Pacto de Varsóvia a Praga, que enfrentaram os manifestantes nas ruas da cidade.

Após essa repressão, o Regime Político na Tchecoslováquia voltou a enrijecer.

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Primavera de Praga

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Primavera de Praga

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Primavera de Praga

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Europa Oriental

– Polônia: o Solidariedade

Em 1980, surgiu na Polônia um vigoroso movimento contra o Governo Comunista.

Era liderado pelo Sindicato Solidariedade – dirigido por Lech Walesa - e contava com o apoio de membros da Igreja Católica.

À contestação política, o Governo reagiu com Violência Policial: decretou Estado de Guerra, prendeu Walesa e pôs o Solidariedade na Ilegalidade.

A pressão não foi suficiente pra esmagar a oposição ao Governo.

Em conseqüência da Perestroika e da Glasnost, as Pressões Militares de Moscou afrouxaram-se no Leste Europeu, o que permitiu o fortalecimento das oposições aos Regimes Comunistas.

O Solidariedade transformou-se em Partido político, disputando e vencendo as eleições polonesas de 1989.

E a Polônia abandonou o Regime Comunista, adotando a Economia de Mercado.

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Lech Walesa

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Europa Oriental

Fim dos Regimes Socialistas

Depois da Polônia, as Reformas Democráticas espalharam-se por toda a Europa Oriental:

Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia, Tchecoslováquia – que, desmembrada, formou em janeiro de 1993 a República Tcheca e a Eslováquia –, Iugoslávia – que deu origem a seis países: Sérvia, Croácia, Macedônia, Eslovênia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina – e Alemanha Oriental – que se unificou à Alemanha Ocidental, passando a ser conhecida apenas por Alemanha.

Os Regimes Comunistas foram caindo, um a um.

Em fevereiro de 2008, Kosovo proclamou unilateralmente sua independência.

As sociedades do Leste Europeu lutaram por instituições políticas mais livres e uma economia mais aberta e obtiveram êxito.

Atualmente, abandonados os dogmas e as práticas comunistas, muitas dessas sociedades ainda lutam por resultados mais concretos na melhora da sua Qualidade de Vida.

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Fim dos Regimes Socialistas

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China

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China

O Socialismo no País mais Populoso do Mundo

Localizada na região sul-oriental da Ásia, a China tem uma história que remonta mais de 4 Mil Anos.

Fragmentada inicialmente em diversos reinos e distintas dinastias, por volta de 220 a.C. teria sido unificada em Um Único Império, quando foi fundada a Primeira Dinastia Imperial Chinesa:

A Dinastia Qin.

Na época moderna, por mais de Dois Séculos e Meio a China foi governada pela Dinastia Qing ou Mandchu (1644-1911), a última da China Imperial.

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China

Instalação da República

No Século XIX, esse imenso país passou a ser alvo da Expansão Imperialista Ocidental, principalmente por parte dos Ingleses.

Com o declínio da Monarquia Chinesa, surgiu um Movimento Liberal Burguês, liderado por Sun Yat-sem,que em 1911 derrubou a Monarquia Mandchu e Proclamou a República.

– Guerra Civil

Nas Duas Décadas de Luta Políticas que se seguiram, a República Chinesa não conseguiu livrar o país da intervenção estrangeira nem das dificuldades nas disputas pelo poder.

Por volta de 1930, dois grandes grupos políticos rivais e ideologicamente antagônicos disputavam o controle do país:

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China

– De um lado, as Forças Capitalistas, comandadas pelo General Chiang Kai-shek, do Kuomintang – KMT, ou Partido Nacionalista;

– De outro, as Forças Comunistas, conduzidas por Mao Tsé-tung, do Partido Comunista Chinês – PCC – que se consagraria como Principal Líder da Revolução Chinesa a partir da “Grande Marcha” – travessia de quase Dez mil Quilômetros empreendida entre 1934 e 1935, até o noroeste da China.

Estes dois grupos enfrentaram-se numa Guerra Civil, interrompida em 1937 devido ao ataque Japonês à China.

Nessa ocasião, Comunistas e Nacionalistas chineses firmaram uma Aliança Provisória que durou até o término da Guerra, em 1945.

– Duas Chinas

Reiniciadas as lutas entre as Tropas de Mao Tsé-tung e de Chiang Kai-shek, os Comunistas obtiveram sucessivos êxitos.

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China

Em 1º de outubro de 1949, venceram definitivamente seus inimigos internos e criaram a República Popular da China, que compreende todo território continental chinês.

Apoiado pelos Estados Unidos, no entanto, o General Chiang Kai-shek e seus seguidores fugiram para a Ilha de Formosa, fundando ali a República da China, mais conhecida como China Nacionalista ou Taiwan.

Tanto os representantes da China Popular como os da China Nacionalistas passaram a reivindicar, desde então, a condição de Legítimo Governo da China.

Em 1971, o Governo Comunista Chinês aproximou-se diplomaticamente do Governo dos Estados Unidos.

Nesse mesmo ano, a China Popular entrou para a ONU, ocupando o lugar de Taiwan como única representante da China e tornando-se um dos Cinco Membros Permanentes do Conselho de Segurança dessa organização internacional.

Chiang Kai-shek, por sua vez, governou até sua morte em 1975 a China Nacionalista, cuja população viveu sob Lei Marcial até 1987 e assistiu ao Kuomintang manter-se no poder até 1991.

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Mao Tsé-tung

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China

Comunismo Chinês

Após a vitória em 1949, os Comunistas Chineses, liderados por Mao Tsé-tung, estabeleceram laços de amizade e cooperação com o Governo de Stalin, da União Soviética.

Em 1950, os dois governos assinaram um Tratado de Amizade, Aliança Militar e Assistência Mutua.

Essa Aliança não durou muito tempo.

Depois da morte de Stalin, em 1953, o Pacto entre os representantes dos Governos Chinês e Soviético foi abalado.

O principal motivo era que os Chineses não aceitavam as teses de Kruchev sobre a coexistência pacífica entre o Capitalismo e o Comunismo.

Preferiam a Teoria Stalinista obre a separação ideológica e política dos blocos rivais.

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China

Na Década de 1960, os chineses fabricaram sua Primeira Bomba Atômica, mostrando ao mundo seu poderio, e persistiram na ruptura com o Governo Soviético.

Além disso, disputaram com os Soviéticos a liderança ideológica internacional do Movimento Comunista.

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China

– Planificação da Economia

O Regime Socialista Chinês adotou inicialmente o Modelo Econômico Soviético, recebendo grande ajuda do Governo da União Soviética.

Em 1958, já em meio à Crise Sino-Soviética, foi elaborado um Segundo Plano Econômico, de Três Anos, que abandonava o Modelo Soviético e dava origem ao programa conhecido como “Grande Salto para a Frente”.

Pretendia-se transformar a China numa Potência em pouco tempo, centrando-se todos os esforços na industrialização do país.

Seu objetivo principal era a formação de um Parque Industrial diversificado que diminuísse a dependência chinesa em relação ao Comércio Exterior.

O Plano foi um Fracasso.

A partir de 1961, a planejada industrialização estagnou, sendo retomada somente na Década de 1980, no contexto da Globalização da Economia.

O Fracasso do Grande Salto para a Frente, que gerou fome e mortes por desnutrição de Milhões de Chineses, também custou a Mao Tsé-tung a diminuição de seu poder dentro do PCC.

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China

– Revolução Cultural

Em 1966, procurando retomar o controle sobre o Partido, Mao Tsé-tung promoveu, com a chamada Camarilha dos Quatro – que incluía sua poderosa esposa, Jiang Qing – um movimento que ficou conhecido como Revolução Cultural.

O objetivo declarado da Revolução Cultural era revitalizar o espírito revolucionário chinês contra os Privilégios de Classes e o modo de vida Burguês, expressos e mantidos basicamente pelas manifestações culturais.

Visava também livrar a Sociedade Chinesa da influência da Cultura Ocidental, considerada Nociva, promovendo uma Revolução Permanente.

No entanto, o movimento assumiu feições autoritárias, mobilizando a Guarda Vermelha – formada por jovens estudantes – contra os inimigos políticos de Mao, acusados de reacionários e imperialistas.

As perseguições políticas foram expandidas aos intelectuais e a outros grupos sociais, que caíram em desgraça.

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China

Acompanhadas de Humilhações Públicas, deportações e linchamentos, as punições aos supostos “contrarrevolucionários” despertaram um clima generalizado de fanatismo destrutivo e terror entre a população.

Sobre a repressão cultural imposta pelo Governo Comunista Chinês neste período, o historiador Eric Hobsbawm comentou:

O regime de Mao Tsé-tung atingiu seu clímax na Revolução Cultural de 1966-76. uma campanha contra a cultura, a educação e a inteligência sem paralelos na história do Século XX. Praticamente fechou a educação secundária e universitária durante dez anos, suspendeu a prática da música clássica e outras – ocidentais –, quando necessário, através da destruição de seus instrumentos, e reduziu o repertório nacional de teatro e cinema a meia dúzia de obras politicamente corretas, interminavelmente repetidas. Em vista dessa experiência e da tradição chinesa de impor ortodoxia, modificada mas não abandonada na era pós-Mao, a luz que brilhava da China Comunista nas artes continuou bruxuleante.

Após a morte de Mao Tsé-tung, em 1976, os partidários do antigo líder foram afastados do poder político. Os membros da chamada Camarilha dos Quatro foram presos, julgados por liderar os excessos da Revolução Cultural e condenados a punições que variavam de 20 Anos de Prisão à Pena de Morte, depois comutada para Prisão Perpétua.

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China

Mudanças no Regime

Os novos dirigentes chineses, em especial Deng Xiaoping, passaram a estimular a modernização do país, promovendo um processo de abertura econômica para o Mundo Capitalista e Promulgando uma Nova Constituição em 1982.

Também desenvolveram um política de reaproximação com o Governo dos Estados Unidos, o que levou ao restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, em 1979.

Uma das principais mudanças implementadas pelos últimos Governos Chineses foi a adoção do que alguns especialistas denominam Socialismo de Mercado:

Uma combinação de Controle Estatal dos Meios de Produção com certos Mecanismos de Mercado.

Como resultado, no período de 1981 a 2001, o PIB Chinês cresceu à taxa média de 9,5% ao ano, uma das mais altas do planeta.

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China

Segundo a historiadora Merle Goldman, especialista em História Chinesa:

No início do Século XXI, a China realizou, por fim, o desejo acalentados dos reformista desde o final do Século XIX de tornar o país “rico e poderoso”.

A presença econômica crescente da China no cenário mundial significava um renascimento do seu poder econômico dominante em Séculos passados.

Muito mais que Mao, Deng possibilitou atingir o sonho centenário de transformar a China em uma grande potência.

Entretanto, os novos dirigentes pouco fizeram para criar instituições mais democráticas.

A China continua sob o Governo do Partido Comunista, que ainda reprime brutalmente as manifestações populares e a livre expressão.

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China

Exemplo disso foi o Massacre promovido pelo Governo na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 1989.

A manifestação, que pedia democracia, terminou sob a mira de Tanques de Guerra, levando à morte centenas de pessoas – estimativa da Imprensa Internacional referem-se a um número bem variado, entre 500 e 5 Mil Mortos.

Embora a China permaneça como Estado Autoritário, controlado pelo Partido Comunista, alguns analistas já apontam – em função da Economia de Mercado e do intenso Comércio Exterior – sinais de ampliação do espaço de liberdade pessoal.

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Crescimento do PIB nominal Chinês

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Cuba

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Cuba

Uma Revolução Socialista na América Latina

Cuba é um Estado insular localizado no Norte do Mar do Caribe.

Foi, durante cerca de Quatro Séculos Colônia Espanhola.

Tornou-se independente em 1898, com a ajuda do Governo dos Estados Unidos, que declarou Guerra à Espanha e determinou a ocupação militar da ilha por Forças Estadunidenses.

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Cuba

Influência dos Estados Unidos

Desde a sua Independência, Cuba ficou sob a influência do Governo dos Estados Unidos.

Em 1902, o Congresso Cubano foi convencido a inserir na Nova Constituição do país a Emenda Platt, que concedia ao Governo Estadunidense o direito de intervir em Cuba sempre que seus interesses se vissem ameaçados.

Na prática, Cuba tornara-se um Protetorado dos Estados Unidos

O Governo do novo país manteve a mesma estrutura econômica herdada dos tempos coloniais, baseada na exportação de açúcar.

ProtetoradoNo Direito Internacional, país que apresenta algumas características de Estado Independente, mas subordina-se juridicamente, em diversos aspectos, ao Governo de outra Nação.

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Cuba

Na primeira metade do Século XX, a ilha, que tem agradável clima tropical e belas praias, passou a atrair muitos Turistas Estadunidenses, razão pela qual se construiu toda uma infraestrutura voltada para o Turismo Estrangeiro, principalmente ligado à vida noturna – boates, shows, jogos, etc.

– Governo de Fulgêncio Batista

De 1933 a 1959, o Sargento Fulgêncio Batista foi o “homem forte” de Cuba, tendo assumido o controle das forças armadas e liderado a deposição do então Presidente, Gerardo Machado y Morales.

Nesse período, Batista, atuando diretamente na Chefia do Governo ou “por trás das cortinas”, conseguiu, com seus aliados políticos, acumular uma Fortuna Ilícita.

Utilizando-se de métodos violentos contra seus inimigos, levou ao máximo o servilismo em relação aos Governos e Empresas Estadunidenses.

Nesse período, atividades como produção de açúcar, turismo e mineração continuaram atraindo investimento dos Estados Unidos.

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Cuba

Fidel e o Socialismo Cubano

Reagindo à situação de dependência e subordinação em relação aos Estados Unidos, um grupo de guerrilheiros, comandados por Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara, começou a lutar contra o Governo de Batista, em 1956.

Ao longo de dois anos de combate, a guerrilha foi conquistando simpatia popular e acabou por derrubar a Ditadura de Batista, em janeiro de 1959.

Após a tomada do poder, a Revolução Cubana caminhou rumo ao Socialismo.

Entre suas principais medidas, destacou-se a Reforma Agrária, pela qual o uso da terra por estrangeiros e latifundiários cubanos foi proibido e as propriedades foram confiscadas pelo Estado.

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Fidel Castro

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Ernesto “Che” Guevara

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Cuba

Conflito com os Estados Unidos

Iniciaram-se, então, os conflitos entre o Novo Governo de Fidel Castro e os interesses dos Estados Unidos. Esses conflitos tiveram marcos como:

Baía dos Porcos

Nome dado ao episódio de 1961, em que uma força militar treinada e financiada pelos Estados Unidos, composta de mais de Mil Exilados Cubanos, invadiu a Baía dos Porcos, em Cuba, na tentativa de derrubar o Governo Socialista Cubano.

Após três dias de combates, os rebeldes foram derrotados.

Suspensão da OEA e Embargo Econômico

Inconformado com o fracasso anterior, o Governo dos Estados Unidos conseguiu que Cuba, país-membro da Organização dos Estados Americanos – OEA – desde sua criação, em 1948, fosse suspensa em 1962, sob a alegação de não ser uma Democracia.

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Cuba

Também impôs um Embargo Econômico aos Cubanos, que deveria ser seguido por todos os países americanos .

Cuba adentrou o Século XXI ainda sob os efeitos desta Suspensão e desse Embargo.

Crise dos Mísseis

Nesse contexto de Embargo Comercial e Graves Conflitos entre os Governos de Cuba e dos Estados Unidos, ocorreu o estreitamento das relações do Estado Cubano com o Governo da União Soviética, liderado na época por Nikita Kruchev.

Mísseis Nucleares Soviéticos estavam sendo instalados na ilha, em 1962, em resposta à instalação de Mísseis Nucleares dos EUA na Turquia, em 1961, e à fracassada tentativa de invasão de Cuba.

O então Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, reagiu duramente à Estratégia Militar Soviética, por considerá-la uma perigosa ameaça à Segurança Nacional dos EUA.

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Cuba

Numa mobilização de guerra, a Marinha dos EUA impôs um bloqueio naval à Ilha de Cuba, impedindo a chegada das embarcações soviéticas.

A Crise dos Mísseis foi um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, a um passo do confronto direto entre as duas superpotências.

Durante 13 dias, na iminência de uma Guerra Nuclear, os Governos das duas superpotências negociaram um acordo, que acabou determinando a retirada dos mísseis dos territórios cubano e turco e o Fim da Crise.

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Crises dos Mísseis

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Crises dos Mísseis

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Cuba

Cuba Socialista

Na história latino-americana, a Revolução Cubana distinguiu-se por romper, pela primeira vez, com a tradicional influência dos Estados Unidos sobre a América Central.

Além disso, seus líderes construíram o Primeiro Estado Socialista do continente, baseado no Modelo Soviético.

Depois de décadas priorizando a educação e a saúde, o Governo de Fidel Castro passou a exibir seus frutos nessas áreas:

– Eliminação do Analfabetismo;

– Redução do Desemprego;

– Extensão da Assistência médico-hospitalar gratuita a toda a população, o que favoreceu a queda significativa da taxa de mortalidade infantil;

– Promoção de Pesquisas e Tecnologias no campo da Saúde Pública.

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Cuba

No Campo Político, entretanto, são inúmeras as críticas feitas ao regime cubano, que permanece como uma Ditadura do Partido Comunista, alheio a Reformas Democráticas.

Nesse regime, Fidel Castro permaneceu à frente do Governo Cubano por 49 anos. Em fevereiro de 2008, aos 81 ano de idade e com sérios problemas de saúde, Fidel transferiu o Poder a seu irmão Raul Castro.

Na Economia, não houve diversificação da produção agrícola e o estímulo à industrialização não prosperou, de tal modo que a economia cubana continuou dependendo, principalmente, das exportações de açúcar e tabaco.

Com o Fim da União Soviética, em 1991, a situação econômica de Cuba ficou bastante delicada.

Isso se deveu ao fato de que, a partir da adoção do Socialismo e do Bloqueio Econômico imposto pelas autoridades estadunidenses, o Governo Soviético tornou-se o principal parceiro comercial de Cuba, comprando cerca de 60% do açúcar produzido na ilha a preços geralmente mais altos do que os do Mercado Internacional.

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Cuba

Os Soviéticos também forneciam aos Cubanos petróleo, veículos, máquinas, etc., por preços mais baixos.

Os novos governos das ex-repúblicas soviéticas não mantiveram esses acordos.

Assim, os Cubanos passaram a enfrentar Grave Crise Econômica, que se traduziu na falta de alguns gêneros alimentícios, combustíveis, máquinas e inúmeros outros artigos.

Em busca de dólares, o Governo Cubano passou a investir no Turismo.

Também flexibilizou a economia, permitindo, dentro da estrutura socialista, a abertura para as atividades capitalistas.

Cuba se tornou uma sociedade entre dois mundos. Não é mais completamente Socialista nem, muito menos, Capitalista. Nem fechada, como era antigamente, mas ainda muito longe da abertura.Não há esperança de que o velho modelo estatal tenha muito tempo de sobrevida. Os Cubanos parecem apenas desejar que a transição não seja muito dramática e se conservem as conquistas nos campos da educação e da saúde, os dois principais cartões de visita do regime.

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 3 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

ARBEX JR., José. Revolução em Três Tempos: URSS, Alemanha, China. São Paulo, Moderna, 1993.

CHACON, Paulo Pan. História Econômica Geral, São Paulo, Atlas, 1995.

SANTOS, Milton. Por uma Outra Globalização: do pensamento único à consciência universal – Rio de Janeiro, Record, 2000.

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Wikipedia

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Professor Edley

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