O financiamento da Agricultura de Baixo Carbono no Brasil:

Análise da Safra 2011/2012

Fernanda RochaRoberta Simonetti

GVces

GVces: O que, como, por que

Criado em 2003, é um espaço aberto de estudo, aprendizado,

reflexão, inovação e de produção de conhecimento. Trabalha no

desenvolvimento de estratégias, políticas e ferramentas de gestão

públicas e empresariais para a sustentabilidade, no âmbito local,

nacional e internacional.

Seus programas são orientados por quatro linhas de atuação:

FORMAÇÃOPESQUISA E

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

ARTICULAÇÃO E INTERCÂMBIO

MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O

F

E

R

T

A

INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DE VALOR

SUSTENTABILIDADE GLOBAL

FINANÇAS SUSTENTÁVEIS

POLÍTICA E ECONOMIA AMBIENTAL

DESENVOLVIMENTO LOCAL

CONSUMO SUSTENTÁVEL

FORMAÇÃO INTEGRADA

D

E

M

A

N

D

A

Programas

www.pagina22.com.br

www.fgv.br/ces

DISPONIBILIDADE DE RECURSOS PARA INVESTIMENTOS NUMA ECONOMIA DE

BAIXO CARBONO NÃO REPRESENTA ENTRAVE

PRODUTOS TRADICIONAIS: CAPACIDADE DE ATENDER AS NECESSIDADES DE

REDUÇÃO DE EMISSÕES

GRANDE DESAFIO: CONSTRUIR FERRAMENTAS QUE POSSAM AFERIR A

ADICIONALIDADE AMBIENTAL DE INVESTIMENTOS

Instituições Pesquisadas

FNE (BNB) FNO (BASA) FCO (BB)

OBJETIVO: realizar uma avaliação comparada das políticas e práticas de bancos (públicos e

privados) e fundos públicos brasileiros, no que se refere à redução do impacto climático de suas

operações

Identificar os principais entraves que impedem que o setor produtivo e o setor financeiro brasileiro contribuam de forma

mais efetiva com a transição para uma economia de baixo carbono, além apontar oportunidades e possíveis soluções

Setor Agroupecuário: Contexto

Crescente demanda mundial por alimentos pressiona cada

vez mais a expansão da produção agrícola

Aumento das emissões de gases de efeito estufa,

caso seja seguido o atual modelo de produção

Setor agropecuário 2º maior emissor do país, responsável

por 19% das emissões de GEE totais, atrás apenas das emissões

provenientes da mudança do uso do solo com 61%

Além disso é um setor

altamente

vulnerável às MC...

Como avançar no financiamento da economia de baixo carbono no Brasil: Análise dos entraves e oportunidades na alocação de recursos financeiros para o setor de agropecuária

• SAFRA 2010/2011 volume de recursos desembolsados marginal

• SAFRA 2011/2012 significativo aumento no desembolso dos recursos

Programa ABC

Motivação do Estudo

Objetivo do Estudo

Analisar o financiamento para a Agricultura de Baixo Carbono no Brasil

(ABC), safra 2011/2012, procurando entender as causas da expressiva expansão do crédito nesse período, em

particular, pelo Banco do Brasil.

Reflexão sobre o Programa ABC, a partir dos aprendizados do

Banco do Brasil, de modo a aprimorar a estratégia de distribuição dos recursos, bem como de normas e procedimentos

operacionais, adequando-os à realidade do campo.

Metodologia

Ponto de partida: Fluxograma I do estudo GVces 2012

Entrevistas semiestruturadas com o objetivo de mapear::

• As estratégias e práticas adotadas que permitiram ampliar o financiamento para o Programa ABC; e

• A efetividade dos processos para análise e liberação de créditopara agricultura de baixo carbono.

Análise da Safra 2011/2012

Dos R$ 3,15 bilhões disponíveis para financiar a Agricultura de Baixo

Carbono no período, foram desembolsados R$ 1,5 bilhão (48%), sendo

• R$ 1,2 bilhão por meio do Banco do Brasil

• R$ 300 milhões por meio dos demais bancos públicos e privados que repassam recursos do BNDES

Pergunta de PesquisaQue aspectos viabilizaram o aumento

expressivo do crédito para ABC?

Estratégias e práticas para ampliar o financiamento para ABC

Metas para desembolso de recursos (estímulo)

Enquadramento de operações (objetivo x itens)

Disseminação e divulgação do Programa ABC

Capacitação dos atores envolvidos no Programa ABC

Articulação interna e externa

Expansão do financiamento e processo de liberação de crédito

Fonte de Recursos

Cerca de 90% dos recursos liberados pelo Banco do Brasil (R$ 1,2 bilhão) provém da poupança rural (não de repasse

do BNDES)

Maior flexibilidade nos processos internos amplia agilidade na liberação dos recursos

Simplificação dos processos internos

Questões para reflexão...

Distribuição dos recursos do Programa ABC Considerando as características da demanda (pulverização, montante das operações e volume de operações) qual a instituição mais adequada para distribuir os recursos do Programa ABC?

Enquadramento dos projetos Qual o ponto de equilíbrio entre a

subjetividade (inerente ao processo de enquadramento de uma operação do Programa ABC), a viabilização das operações e a garantia do cumprimento do objetivo final do programa?

Como mensurar o sucesso do Plano ABC? Como monitorar a redução das emissões e remoção de CO2 da atmosfera? Investir

em pesquisa e mapear o carbono, além de calcular o seu custo

Obrigada!

Contatos:Fernanda Rocha (fernanda.rocha@fgv.br)Roberta Simonetti (roberta.simonetti@fgv.br)