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Entrevista com ex-estagiária do PDPL-RV Janaína Publio Giordani Zootecnista, Especialista em Serviço ao Produtor de Leite da DPA Nos dias 24, 25 e 26 de abril o PD- PL-RV recebeu a visita da zootecnis- ta, ex-estagiária e atual Especialista em Serviço ao Produtor de Leite da DPA, Janaína Publio Giordani. No dia 25 foi realizada uma palestra, quando foi apresentado aos estagi- ários e técnicos presentes o funcio- namento e as ações da DPA, além de esclarecer dúvidas em relação ao mercado leiteiro no Brasil e no ex- terior, bem como a importância da produção de leite com qualidade. Em entrevista ao Programa, Janaí- na fala sobre sua experiência como ex-estagiária e a importância do PDPL-RV na sua formação pessoal e profissional. 1- Por quanto tempo você esta- giou no PDPL-RV? Estagiei por três anos, consideran- do todas as fases. 2- Qual a importância de cada fase do Programa? Na primeira fase, destaco a oportu- nidade de conhecer a rotina de uma propriedade leiteira, vivenciando a prática de cada setor de produção da mesma. Para algumas pessoas a produção leiteira já fazia parte da fa- mília, mas para mim, que nasci em Belo Horizonte, não havia esta opor- tunidade. A segunda fase na minha épo- ca era uma fase de aprimoramento da parte de conhecimento técnico, onde semanalmente tínhamos pa- lestras. Esta parte agregou bastante, principalmente pelo contato com palestrantes e professores, além da oportunidade de aprofundar em de- terminados temas e desenvolver pro- jetos e estudos. A terceira fase é considerada a vi- toriosa, pois é onde você realmente começa a colocar em prática o que aprendeu nas outras duas fases. O que destaco durante a terceira fase é a convivência em equipe e as fun- ções e responsabilidades definidas, com controle do cumprimento das mesmas. Dessa forma você aprende a ter disciplina. Além disso, você pode ter alguma dificuldade de relaciona- mento no campo, seja com o colega ou com o produtor, mas você apren- de a lidar com isso. São ambiguida- des do âmbito profissional, muito importantes para o crescimento. 3- Foi importante para a sua for- mação profissional? Pelo PDPL funcionar como se fosse uma microempresa, você consegue visualizar um pouco do que vai en- contrar no mercado. Ao deparar com algumas funções no mercado, você as enfrenta de forma mais tranquila, por já ter vivenciado algo semelhan- te. Assumir responsabilidades e ris- cos e ter prazos a serem cumpridos contribuiu bastante pro meu cresci- mento profissional. 4- Como foi a sua trajetória pro- fissional? Durante a minha graduação, foquei muito em estágios, principalmen- te durante as férias, além do PDPL, justamente para conhecer e identifi- car qual área queria atuar. A partir dessas experiências identifiquei qual atuação profissional me interessava. Através do PDPL pude fazer estágio em uma grande empresa do setor lácteo no sul de Minas Gerais, onde tive a oportunidade de vivenciar a realidade do mercado, com contato dentro de uma empresa, antes de me formar, o que foi fundamental pra minha formação. Posteriormente iniciei na DPA na parte de supervi- sor de distrito leiteiro, na parte co- mercial de compra de leite. No início de 2011, fui promovida a Especialis- ta em Serviço ao Produtor de Leite, onde atuo até o momento. 5- Antes de escolher, você buscou conhecer todas as áreas? Fiz vários estágios. Sempre reforço com os estudantes: as férias são uma boa oportunidade para vivenciar outros estágios, cidades e empresas. Muitas vezes você “acha” que possui interesse em determinada área e, ao vivenciá-la, esse feeling pode mudar. Essa oportunidade o estudante tem somente durante a graduação, então deve aproveitar todo tempo possível. 6- Sua experiência no PDPL con- tribuiu também para que você as- cendesse em tão pouco tempo? Sim, foi através do Programa que procurei o que precisaria melhorar pra poder atuar onde queria. 7- Quais dicas você dá para os es- tagiários que também querem che- gar ao topo da carreira? A vida profissional é dividida em fases. Entendo a ansiedade que eles têm em querer ascender rápido, pro- fissionalmente e financeiramente, mas muitas vezes você pode traçar seus planos para aquilo que deseja e este plano pode ter um trajeto em li- nha reta ou passar por curvas/fases. A linha reta raramente vai ocorrer. En- tão o estagiário precisa ver que para atingir sua meta ele vai precisar pas- sar por fases, vai precisar abrir mão de algumas coisas. O mercado não é tão simples. Existe uma concorrência muito grande e você sempre tem que se aperfeiçoar. É preciso trabalhar o currículo sempre e ter paciência para cada fase que irão viver. Como segunda dica, os estagiários devem conversar com profissionais de várias áreas de atuação, para co- nhecer e entender mais das oportu- nidades. Sempre façam um filtro e entendam todas as variáveis de cada profissional. 8- Por fim, quais são suas metas e planos para o futuro? Profissionalmente estou satisfeita de estar na companhia onde traba- lho. Assumi desafios agora, que são válidos e muito importantes para meu crescimento. Ao longo do meu trabalho também estou identificando algumas áreas interessantes que pre- tendo conhecer mais. Conforto animal na Fazenda Santa Lúcia Com a intensificação dos sistemas de produção e a utilização de animais especializados na produção de leite, aumentou-se a preocupação com o conforto e bem-estar animal, uma vez que nessas condições o rebanho está sujeito a estresse por calor, pro- blemas de comportamento social e uso de instalações inadequadas. Animais estressados apresentam ní- veis altos de cortisol no sangue, subs- tância que afeta diretamente a sua saúde, aumentando a predisposição a doenças, problemas reprodutivos e, principalmente, impedindo o animal de expressar seu potencial genético. Inúmeros são os fatores que po- dem amenizar os efeitos desses ti- pos de estresse, como a utilização de sombreamento natural ou artificial, o uso de ventiladores e aspersores, manejo de ordenha calmo e rotinei- ro, bebedouros limpos e com vazão e dimensão adequadas para manter água fresca durante todo o tempo, dimensionamento adequado das ins- talações, entre outros. Atento, o sr. Marco Túlio Kfouri, proprietário da Fazenda Santa Lúcia, em Oratórios-MG, utiliza os concei- tos de bem-estar animal para tomar decisões em sua propriedade Com o intuito de melhorar as con- dições de sombreamento da fazenda para diminuir o estresse térmico, foi realizado o plantio de árvores nos pas- tos e sombrites foram introduzidos. Junto a isso, aumentou-se o número de bebedouros, que também foram posicionados em locais estratégicos. Para os animais confinados de maior produção, foi construído um novo free-stall com melhores condi- ções de conforto, baseadas principal- mente em dimensionamento adequa- do de camas, cochos e bebedouros. Mudanças no manejo também fo- ram realizadas. Aumentou-se a fre- quência de reposição de areia das camas e de limpeza das baias e bebe- douros. Com a melhoria das condições de conforto, espera-se que os animais respondam, não só com o aumento da produtividade, mas também com a melhora da sanidade e da reprodu- ção. Assim, cada investimento reali- zado para o bem-estar das matrizes futuramente será revertido em leite e maior rentabilidade ao produtor. Douglas Almeida Miranda Estudante de Medicina Veterinária Matteus de Oliveira Franco Estudante de Agronomia Dicas do Veterinário Neosporose: um problema a ser evitado p. 2 Momento do Produtor Hermann Muller p. 3 Qualidade do Leite Influência da qualidade da coleta nos resultados da análise do leite p. 4 Confira no site: • Equipe do PDPL-RV participa de curso sobre Técnicas para Negocia- ções/Sebrae - MG • PDPL-RV promove palestra sobre cultura de inverno para pecuária leiteira www.pdpl.ufv.br Sombrites nos pastos para garantir o conforto dos animais Jornal da Produção de Leite / Ano XXI - Número 277 - Viçosa, MG - Maio de 2012 PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

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Entrevista com ex-estagiária do PDPL-RVJanaína Publio GiordaniZootecnista, Especialista em Serviço ao Produtor de Leite da DPA

Nos dias 24, 25 e 26 de abril o PD-PL-RV recebeu a visita da zootecnis-ta, ex-estagiária e atual Especialista em Serviço ao Produtor de Leite da DPA, Janaína Publio Giordani. No dia 25 foi realizada uma palestra, quando foi apresentado aos estagi-ários e técnicos presentes o funcio-namento e as ações da DPA, além de esclarecer dúvidas em relação ao mercado leiteiro no Brasil e no ex-terior, bem como a importância da produção de leite com qualidade.

Em entrevista ao Programa, Janaí- na fala sobre sua experiência como ex-estagiária e a importância do PDPL-RV na sua formação pessoal e profissional.

1- Por quanto tempo você esta-giou no PDPL-RV?

Estagiei por três anos, consideran-do todas as fases.

2- Qual a importância de cada fase do Programa?

Na primeira fase, destaco a oportu-nidade de conhecer a rotina de uma propriedade leiteira, vivenciando a prática de cada setor de produção da mesma. Para algumas pessoas a produção leiteira já fazia parte da fa-mília, mas para mim, que nasci em

Belo Horizonte, não havia esta opor-tunidade.

A segunda fase na minha épo-ca era uma fase de aprimoramento da parte de conhecimento técnico, onde semanalmente tínhamos pa-lestras. Esta parte agregou bastante, principalmente pelo contato com palestrantes e professores, além da oportunidade de aprofundar em de-terminados temas e desenvolver pro-jetos e estudos.

A terceira fase é considerada a vi-toriosa, pois é onde você realmente começa a colocar em prática o que aprendeu nas outras duas fases. O que destaco durante a terceira fase é a convivência em equipe e as fun-ções e responsabilidades definidas, com controle do cumprimento das mesmas. Dessa forma você aprende a ter disciplina. Além disso, você pode ter alguma dificuldade de relaciona-mento no campo, seja com o colega ou com o produtor, mas você apren-de a lidar com isso. São ambiguida-des do âmbito profissional, muito importantes para o crescimento.

3- Foi importante para a sua for-mação profissional?

Pelo PDPL funcionar como se fosse

uma microempresa, você consegue visualizar um pouco do que vai en-contrar no mercado. Ao deparar com algumas funções no mercado, você as enfrenta de forma mais tranquila, por já ter vivenciado algo semelhan-te. Assumir responsabilidades e ris-cos e ter prazos a serem cumpridos contribuiu bastante pro meu cresci-mento profissional.

4- Como foi a sua trajetória pro-fissional?

Durante a minha graduação, foquei muito em estágios, principalmen-te durante as férias, além do PDPL, justamente para conhecer e identifi-car qual área queria atuar. A partir dessas experiências identifiquei qual atuação profissional me interessava. Através do PDPL pude fazer estágio em uma grande empresa do setor lácteo no sul de Minas Gerais, onde tive a oportunidade de vivenciar a realidade do mercado, com contato dentro de uma empresa, antes de me formar, o que foi fundamental pra minha formação. Posteriormente iniciei na DPA na parte de supervi-sor de distrito leiteiro, na parte co-mercial de compra de leite. No início de 2011, fui promovida a Especialis-ta em Serviço ao Produtor de Leite, onde atuo até o momento.

5- Antes de escolher, você buscou conhecer todas as áreas?

Fiz vários estágios. Sempre reforço

com os estudantes: as férias são uma boa oportunidade para vivenciar outros estágios, cidades e empresas. Muitas vezes você “acha” que possui interesse em determinada área e, ao vivenciá-la, esse feeling pode mudar. Essa oportunidade o estudante tem somente durante a graduação, então deve aproveitar todo tempo possível.

6- Sua experiência no PDPL con-tribuiu também para que você as-cendesse em tão pouco tempo?

Sim, foi através do Programa que procurei o que precisaria melhorar pra poder atuar onde queria.

7- Quais dicas você dá para os es-tagiários que também querem che-gar ao topo da carreira?

A vida profissional é dividida em fases. Entendo a ansiedade que eles têm em querer ascender rápido, pro-fissionalmente e financeiramente, mas muitas vezes você pode traçar seus planos para aquilo que deseja e este plano pode ter um trajeto em li-nha reta ou passar por curvas/fases. A linha reta raramente vai ocorrer. En-tão o estagiário precisa ver que para atingir sua meta ele vai precisar pas-sar por fases, vai precisar abrir mão de algumas coisas. O mercado não é tão simples. Existe uma concorrência muito grande e você sempre tem que se aperfeiçoar. É preciso trabalhar o currículo sempre e ter paciência para cada fase que irão viver.

Como segunda dica, os estagiários devem conversar com profissionais de várias áreas de atuação, para co-nhecer e entender mais das oportu-nidades. Sempre façam um filtro e entendam todas as variáveis de cada profissional.

8- Por fim, quais são suas metas e planos para o futuro?

Profissionalmente estou satisfeita de estar na companhia onde traba-lho. Assumi desafios agora, que são válidos e muito importantes para meu crescimento. Ao longo do meu trabalho também estou identificando algumas áreas interessantes que pre-tendo conhecer mais.

Conforto animal na Fazenda Santa LúciaCom a intensificação dos sistemas

de produção e a utilização de animais especializados na produção de leite, aumentou-se a preocupação com o conforto e bem-estar animal, uma vez que nessas condições o rebanho

está sujeito a estresse por calor, pro-blemas de comportamento social e uso de instalações inadequadas.

Animais estressados apresentam ní-veis altos de cortisol no sangue, subs-tância que afeta diretamente a sua saúde, aumentando a predisposição a doenças, problemas reprodutivos e, principalmente, impedindo o animal de expressar seu potencial genético.

Inúmeros são os fatores que po-dem amenizar os efeitos desses ti-pos de estresse, como a utilização de sombreamento natural ou artificial, o uso de ventiladores e aspersores, manejo de ordenha calmo e rotinei-ro, bebedouros limpos e com vazão e dimensão adequadas para manter água fresca durante todo o tempo, dimensionamento adequado das ins-talações, entre outros.

Atento, o sr. Marco Túlio Kfouri, proprietário da Fazenda Santa Lúcia, em Oratórios-MG, utiliza os concei-tos de bem-estar animal para tomar decisões em sua propriedade

Com o intuito de melhorar as con-

dições de sombreamento da fazenda para diminuir o estresse térmico, foi realizado o plantio de árvores nos pas-tos e sombrites foram introduzidos. Junto a isso, aumentou-se o número de bebedouros, que também foram posicionados em locais estratégicos.

Para os animais confinados de maior produção, foi construído um novo free-stall com melhores condi-ções de conforto, baseadas principal-mente em dimensionamento adequa-do de camas, cochos e bebedouros.

Mudanças no manejo também fo-ram realizadas. Aumentou-se a fre- quência de reposição de areia das camas e de limpeza das baias e bebe-douros.

Com a melhoria das condições de conforto, espera-se que os animais respondam, não só com o aumento da produtividade, mas também com a melhora da sanidade e da reprodu-ção. Assim, cada investimento reali-zado para o bem-estar das matrizes futuramente será revertido em leite e maior rentabilidade ao produtor.

Douglas Almeida Miranda Estudante de Medicina Veterinária

Matteus de Oliveira Franco Estudante de Agronomia

Dicas do VeterinárioNeosporose: um problema a ser

evitadop. 2

Momento do ProdutorHermann Muller

p. 3

Qualidade do LeiteInfluência da qualidade da

coleta nos resultados da análise do leite p. 4

Confira no site:• Equipe do PDPL-RV participa de curso sobre Técnicas para Negocia-ções/Sebrae - MG

• PDPL-RV promove palestra sobre cultura de inverno para pecuária leiteira

www.pdpl.ufv.brSombrites nos pastos para garantir o conforto dos animais

Jornal da Produção de Leite / Ano XXI - Número 277 - Viçosa, MG - Maio de 2012

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Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa

Publicação editada sob a responsabilidade do

Coordenador do PDPL-RV:Prof. Sebastião Teixeira

Gomes

Jornalista Responsável:José Paulo Martins

(MG-02333-JP)

Redação:Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André NavarroMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Evaldo Paulo FirminoZootecnista

Diagramação e coordenação gráfica:

Erika VieiraMara Freitas

Impressão:Suprema Gráfica e Editora

(32) 3551 2546

Endereço do PDPL-RV: Ed. Arthur Bernardes

Subsolo/ Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]

www.pdpl.ufv.brTwitter: @PDPLRV

Facebook: Pdpl Minas Gerais

Jornal da Produção de Leite

Sílvio Braga Estudante de Medicina Veterinária

Doença causada pelo protozoário Neospora caninum, atualmente é considerada uma das principais cau-sas de aborto em bovinos, podendo também raramente causar distúrbios neurológicos em animais jovens.

A transmissão da Neosporose é vertical, ou seja, a mãe passa a infec-ção para o bezerro durante a gesta-ção. Outra forma de transmissão en-

volve os cães, que são considerados hospedeiros definitivos do micror-ganismo. Eles podem ser infectados pelo contato direto com restos de placenta ou excretas reprodutivas de fêmeas bovinas positivas. Além dis-so, fêmeas bovinas podem se infectar pelo contato direto com fezes de cães positivos.

A doença pode causar aborto em qualquer fase da gestação, e animais positivos podem abortar mais de uma vez ou nunca abortarem. Tam-bém é possível gerar bezerros com

má formação, ou nascer uma bezerra normal, sem nenhum sinal evidente, porém positiva.

A doença não apresenta tratamen-to nem vacina, por isso é importante evitar o contato de cães negativos com fêmeas em reprodução positivas, para que os mesmos não se tornem fonte de infecção. Para isso, devem ficar presos e é importante fazer testes para verificar se são positivos ou negativos.

Outra medida preventiva é elimi-nar vacas positivas e direcionar a prole das mesmas para descarte, pois

Neosporose: um problema a ser evitadoDicas do Veterinário

também serão positivos. Além disso, é preciso estar atento quanto à entra-da de fêmeas positivas no rebanho.

Direcionar placenta e restos fetais para um local adequado, como o aterramento, também é importante. Telar o pré-parto não é uma medida muito eficiente, pois geralmente a maioria das vacas que abortam não está neste local.

Montar estratégias para eliminar a doença do rebanho torna-se essen-cial, porque onde a doença estiver, episódios de aborto serão rotineiros.

Escolha de híbridos para produção de silagem e resultados da V Vitrine do Milho

A escolha dos híbridos de milho para produção de silagem geralmen-te é feita com base em características agronômicas, como boa arquitetura foliar, boa janela de ensilagem, alta produtividade de grãos, alta produ-tividade de matéria seca, alta relação folhas/massa seca, resistência a pra-gas e doenças, entre outras.

Esta escolha, baseada somente em características agronômicas, nem sempre é o procedimento correto, já que existe grande variabilidade das características químicas e nutri-cionais da planta entre os cultivares disponíveis no mercado. Isso evi-dencia o potencial para seleção de cultivares que conciliem alto valor nutritivo e alta produção de maté-ria seca por hectare. A qualidade nutricional da forragem pode ser avaliada por meio de características químicas e de digestibilidade dos materiais.

Pensando nisso, o PDPL-RV reali-zou a V Vitrine do Milho na Fazenda Oásis, do produtor Sergio H. V. Ma-ciel, afim de mostrar aos produtores as opções de híbridos existentes no mercado. Após a exposição, foi pro-cessada uma análise bromatológica,

para melhor avaliação.A tabela abaixo apresenta os resul-

tados para os materiais avaliados:Quanto à análise bromatológica, os

resultados podem ser interpretados da seguinte forma:

• Quanto maior o teor de PB, me-nor a quantidade de concentrado ne-cessária na dieta;

• Quanto mais digestível a silagem, maior seu valor nutricional;

• Quanto mais digestível a FDN, maiores os teores de energia na sila-

gem;• Quanto menor a FDA, maior a di-

gestibilidade da silagem;• Quanto maior o NDT, maior a

produção de leite;• Com valores de MS entre 32% e

35%, menores serão as perdas no processo de ensilagem e melhores serão as relações entre os nutrientes anteriormente citados;

Os indicadores apresentados não devem ser avaliados isoladamen-te, pois suas ações no metabolismo

animal estão interligadas. Portanto, deve ser considerado como o melhor material o que apresentar os melho-res indicadores nutricionais, agronô-micos e econômicos.

Com base nessas informações, o produtor pode se sentir mais seguro ao escolher o híbrido, tendo a garan-tia de uma silagem de boa qualidade, que refletirá diretamente na produti-vidade do seu rebanho e no retorno econômico do seu sistema de produ-ção.

Camila DelveauxZootecnista

Híbrido População de plantas/ha % MS Mat. verde

Kg/haMat. seca

Kg/ha NDT % PB % FDN % FDA%

DIG%

RB9308YG 62.222 24,71 77.700 19.200 64,75 8,22 45,00 25,38 69,13

DKB175VTPro 60.888 30,43 75.500 22.975 65,11 9,49 47,07 24,58 69,75

AS1573YG 61.500 29,07 74.500 21.657 62,43 8,16 50,66 30,45 65,18

BG7049H 59.977 24,76 73.600 18.223 62,76 8,47 56,87 29,72 65,75

P3862H 57.500 26,81 71.800 19.250 62,31 7,42 54,48 30,71 64,98

AG8041YG 58.450 25,54 69.600 17.776 61,51 8,10 52,40 32,46 63,61

BM840 57.777 27,54 71.500 19.691 63,00 8,13 50,52 27,67 67,35

STATUS TL 61.750 29,25 56.700 16.585 64,83 8,16 56,35 25,18 69,28

NDT: Nutrientes digestíveis totais; PB: Proteína bruta; FDN: Fibra em detergente neutro; FDA: Fibra em detergente ácido; DIG: Digestibilidade. Fonte: Laboratório de Nutrição Animal, Departamento de Zootecnia/UFMG

Extratores Automáticos de Teteiras

A busca de uma ordenha suave, completa e rápida tem se tornado cada vez mais intensa, de modo que propicie conforto ao animal e ao or-denhador e que não prejudique a saú-de das vacas nem a rentabilidade da fazenda. Além disso, a atividade lei-teira está cada vez mais especializada, utilizando diversas tecnologias para solucionar problemas do cotidiano.

Diante desse panorama podemos considerar a utilização do extrator automático de teteiras. Esse equipa-mento permite que o conjunto de teteiras seja retirado no momento correto, caso contrário os animais podem continuar sendo ordenhados após o término da descida do leite, o

que é conhecido como sobre-orde-nha. Essa condição inadequada de funcionamento poderá gerar casos de hiperqueratose, que se trata de um crescimento excessivo de células do esfíncter do teto, aumentando os ris-cos da entrada de bactérias para o in-terior da glândula mamária. Por ou-tro lado, o extrator automático evita que a ordenha seja incompleta, o que resultará em menor produção de leite e aumentará os riscos de mastite, que é um dos principais fatores de perdas econômicas para a atividade leiteira.

Situada em Araponga - MG, a Fa-zenda Casa Nova, do sr. Paulo Fre-derico, é um exemplo do sucesso da utilização do extrator automático de teteiras. A fazenda possui atualmente 90 vacas em lactação, com uma mé-dia de 18 litros por vaca/dia. Com a utilização deste extrator, foi possível

reduzir cerca de 35 segundos por animal a cada ordenha, o que levou a uma redução de 52 minutos na du-ração do tempo da ordenha. Desta forma, em uma fazenda que possui 90 vacas sendo ordenhadas duas vezes ao dia, os funcionários terão uma economia de aproximadamente 2 horas para a realização de outras atividades. Tendo em vista que o cus-to com a mão de obra na atividade leiteira representa cerca de 15% da receita obtida com a venda do leite, a sua utilização com eficiência é im-prescindível para que o produtor te-nha sucesso na atividade.

A utilização do extrator automático de teteiras é uma medida que favore-ce a saúde dos animais e melhora a eficiência da mão de obra na fazenda, trazendo maior rentabilidade para a atividade leiteira.

Wilson de Souza JuniorEstudante de Agronomia

O extrator automático de teteiras reduz o tempo da ordenha e favorece a saúde dos animais

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• Qual a importância da parceria com o PDPL-RV?Acompanhar novas tecnologias e não ser um ausente.• Em sua opinião, qual medida im-plantada durante a parceria gerou mais impactos?Na parte veterinária, o Dr. Marcus fez evoluir a inseminação na proprieda-de. O combate insistente na melhoria da qualidade do leite; a higiene tem melhorado bastante. O calendá-

rio de vacinação é completo também. Na parte agronômica, o Dr. Thiago nos motivou a implantar a silagem de milho, demonstrando verbalmente, em poucos minutos, a deficiência de técnicas na produção do sorgo e um leque imenso de téc-nicas e insumos inumeráveis para melhorar a produção do milho para silagem.• Quais são as metas para o futuro?Extrapolar os 2000 litros de leite

Entrevista com o Produtor

Momento do Produtor: Hermann Muller

3

As fazendas Santa Rosa e Floresta, do Sr. Hermann Muller, localizam- se no município de Visconde do Rio Branco - MG. São caracteriza-das pelo sistema semi-intensivo, em que os animais pastejam na época das águas e na seca são alimentados no cocho após as ordenhas e depois soltos no pasto, onde também é for-necido alimento volumoso no cocho.

O sr. Hermann Muller possui vasta experiência na pecuária leiteira, na qual trabalha há 50 anos. Começou a participar do PDPL-RV em agosto de 2005, e desde então a parceria tem gerado resultados positivos para o produtor.

A propriedade possui 249 ha des-tinados à atividade, sendo 194 ha pertencentes à Fazenda Santa Rosa e 65 ha à Fazenda Floresta. São 226 ha distribuídos em pastagem natural, Braquiarão, Andropogon, Jaraguá e Tanzânia; 7 ha para canavial e 16 ha para silagem. O produtor sempre tra-balhou com o plantio de sorgo, pois as condições climáticas da região desfavorecem o plantio de milho. No entanto, com o avanço dos estudos e da tecnologia aplicada ao seu cultivo, foi realizado na safra de 2011/2012 o plantio de 11 ha de milho em subs-tituição ao sorgo. O sr. Hermann Muller ficou bastante satisfeito com

André Souza Oliveira Estudante de Medicina Veterinária

Paulo Jacques Freitas Estudante de Agronomia

Lucas Bianchi Couto

Estudante de Zootecnia

O produtor Hermann Muller já trabalha há 50 anos na pecuária leiteira

o resultado. A produtividade foi de 42 ton/ha, sendo o custo de R$ 73,00/ton. Este custo foi acima da média obtida pelos produtores do PDPL- RV, devido à menor produtividade ocasionada pelos problemas climá-ticos no plantio e falta de experiên-cia na cultura do milho. Para a safra deste ano, a expectativa é expandir cerca de 5 ha, totalizando 16 ha para

o plantio do milho.A Fazenda Santa Rosa produz

1300L/dia, e nela se encontram as bezerras em aleitamento, transição, lotes 1 e 2, novilhas para insemina-ção, vacas em lactação e vacas secas. Já a Floresta produz 500L/dia e é des-tinada somente a vacas em lactação.

O grau de sangue do rebanho varia de 1/2HZ a 7/8HZ, provenientes de

Unidade

L/dia

%

%

L/dia

L/dia

L/ha/ano

%

2005/2006

1240,04

73,23

55,10

8,61

6,31

1768,03

3,76

2011/2012

1708,2

70,75

47,49

12,57

8,89

2503,72

14,55

Evolução

37,75%

-3,38%

-13,80%

45,99%

40,88%

41,61%

286,96

Indicadores

Produção de leite

Vacas em lactação/Total vacas

Vacas lactação/Total rebanho

Produção /Vaca lactação

Produção/Total vacas

Produção/Área para pecuária

Taxa de Remuneração sem Terra

%

R$

2,04

124.563,61

5,98

189.675,33

193,13

52,27%

Taxa de Remuneração com Terra

Margem Bruta atividade/Ano

inseminação artificial. A necessidade de explorar este grau de sangue é de-vido ao manejo da propriedade, que é totalmente a pasto em boa parte do ano, além do fato de as fazendas serem localizadas em uma região de clima quente, exigindo boa rusticida-de dos animais.

As novilhas atingem a idade ao pri-meiro parto em torno de 36 meses. Recentemente, o produtor introdu-ziu a utilização de IATF para melho-rar o desempenho reprodutivo do

rebanho. São 281 animais ao todo, com 13 bezerras no aleitamento, 30 novilhas em recria, 45 novilhas para inseminação, 140 vacas em lactação (90 na Santa Rosa e 50 na Floresta) e 53 vacas secas. As duas propriedades possuem ordenha mecânica balde ao pé, e na Fazenda Santa Rosa a sala de ordenha possui um fosso.

A propriedade possui uma fábrica, que permite ao produtor produzir o próprio concentrado, auxiliando na diminuição do custo com a alimenta-ção do rebanho. O concentrado é for-necido aos animais após a ordenha, com a quantidade variando de acordo com a produção de leite por animal.

A propriedade possui atualmente oito funcionários. Valdinei é o reti-reiro responsável pela Santa Rosa, que conta com mais três funcio-nários para a ordenha e três para a lavoura. Alair, seu irmão, é o respon-sável pela Floresta. Este é um dos pontos que recebe atenção especial do produtor, que busca através da parceria com o PDPL-RV capacita- los nas mais diversas áreas.

O sr. Hermann é um produtor oti-mista e muito interessado na ativi-dade. Isso é comprovado em grande parte pela melhoria nos índices pro-dutivos, apontados na tabela 1.

A taxa de retorno do capital com terra é um índice econômico de grande importância na análise da atividade, e o valor atual deste in-dicador chama a atenção quando comparado àqueles obtidos antes do ingresso do produtor no PDPL-RV, visto que quase triplicou. Esta é mais uma prova de que o sucesso e o lucro nada mais são do que resultados de ações desenvolvidas com compro-metimento e dedicação.

Tabela 1. Indicadores das fazendas Santa Rosa e Floresta

Vista panorâmica do curral de manejo da propriedade Comprovação do alto padrão genético dos animais das propriedades

Page 4: Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região ... · sor de distrito leiteiro, na parte co-mercial de compra de leite. No início de 2011, fui promovida a Especialis-

As 10 maiores produtividades do mês de abril de 2012

As 10 maiores produções do mês de abril de 2012

Influência da qualidade da coleta nos resultados da análise do leite

Qualidade do leite

Renata VasconcelosEstudante de Medicina Veterinária

RECEITA

A realização da análise mensal do leite é fundamental, uma vez que possibilita o monitoramento de sua composição e qualidade, obtendo dados que servirão como medidas de decisões.

A análise do leite nos fornece in-formações a respeito de sua compo-sição, como teor de gordura e proteí-na, que podem ser influenciados pelo manejo nutricional ou pela genética do rebanho, e de suas condições hi-giênico-sanitárias, como CCS e CBT, que são influenciadas pela sanidade das vacas, manejo de ordenha e as-pectos ambientais. Desta forma, o produtor passa a ter dados que per-mitem traçar estratégias de controle e melhoria, sejam em relação à com-posição (aumento de sólidos totais) ou qualidade (redução dos níveis de CCS e CBT), exigências cada vez mais crescentes no mercado.

Para que esses dados sejam reais e confiáveis, é indispensável a re-alização de uma correta coleta do leite, pois ela possui grande influên-cia nos resultados das análises. Um erro muito comum é a realização da coleta sem homogeneizar o leite, recolhendo uma amostra da porção superficial do tanque. O impacto dis-to é o aumento significativo do teor de gordura e de CCS, uma vez que ambos são menos densos que o leite e permanecem na camada superior deste.

Já o contrário ocorre se a coleta for

realizada diretamente pelo registro de saída do leite que se encontra na parte inferior do tanque, resultan-do em menores teores de gordura e CCS, e provavelmente um maior va-lor de CBT, pois no registro tende-se a acumular resíduos de leite e é uma peça que apresenta maior dificuldade de limpeza.

Dessa forma, a homogeneização do leite e o local da coleta são funda-mentais, pois assim será obtida uma amostra equilibrada de todo tanque, como mostra a Figura 1.

Outro ponto importante é a utili-zação de materiais adequados, em ótimas condições de higiene, assim como a pessoa responsável pela co-leta, pois qualquer contato do leite com superfícies contaminadas pode-rá influenciar a CBT.

Um fator de extrema importância é o acondicionamento das amostras durante o transporte, que deve per-manecer em baixas temperaturas para maior conservação do leite, mantendo assim as mesmas proprie-dades de quando retirado do tanque na fazenda. A temperatura do leite deve ser inferior a 10 °C ao chegar no laboratório.

Seguindo todos os procedimentos necessários para a obtenção de uma amostra representativa do leite, des-de a coleta, o transporte e a capa-citação de funcionários, é possível melhorar resultados, evitando erros de pagamento (pelas empresas que pagam bonificação por qualidade e composição do leite) e medidas de decisões equivocadas pelo produtor.

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10 Melhores leites em CCS do mês de abril de 2012

10 Melhores análises totais de bactérias CBT do mês de abril de 2012

Ingredientes2 xícaras de açúcar refinado2 xícaras de leite integral em pó50 ml de leite de cocoAçúcar refinado e cravos-da-índia para enfeitar Modo de fazerMisture bem o açúcar com o leite em póAos poucos, acrescente o leite de coco e amasse até a massa atingir o ponto de ser enroladaForme bolinhas, passe-as no açúcar e enfeite com o cravo-da-índia

Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/735-docinhos-de-leite--em-po.html

Docinho de leite em pó Produtor Município Produção

Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 97.3791

José Afonso Frederico Coimbra 62.5022

Hermann Muller Visconde do Rio Branco 56.5743

Marco Tulio Kfoufri Araujo Oratórios 50.4144

Paulo Frederico Araponga 50.3735

Sérgio H. V. Maciel Coimbra 30.8906

Renato A. Júnior Pedra do Anta 20.4257

Cristiano José da Silva Lana Piranga 17.7008

Danilo de Castro Ervália 15.8029

Geraldo Aleixo Porto Firme 14.02810

Produtor Município CCS (mil/ml)

Cleber Luiz O. Magalhães Divinésia 271

Antônio Moreira Vieira Presidente Bernardes 1022

Alaelson José Silva Ubá 1073

Áureo de Alcântara Ferreira Guaraciaba 1534

Rogério Barbosa Moreira Teixeiras 2245

Roque Maciel Piranga 2336

Renato Santana Saraiva Porto Firme 2377

Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 2458

Luciano Sampaio Teixeiras 2559

João Bosco Diogo Porto Firme 28210

Produtor MunicípioProdutividadepor vacas em

lactação

Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 25,631

Sérgio H. V. Maciel Coimbra 22,662

Davi C. F. de Carvalho Senador Firmino 20,673

José Afonso Frederico Coimbra 20,924

Paulo Frederico Araponga 19,975

Ozanan Luiz Moreira Ubá 16,736

Rogério Barbosa Teixeiras 17,247

Rosival Ananias Toledo Paula Cândido 13,418

Áureo de Alcântara Ferreira Guaraciaba 15,169

Alvimar Sérgio Carvalho Teixeiras 13,3710

Produtividade por vaca total

19,41

17,75

15,31

15,18

14,72

13,94

13,61

13,41

11,55

11,39

Produtor Município UFC (mil/ml)

Antônio Moreira Vieira Presidente Bernardes 121

Edmar Lopes Canaã 121

João Bosco Diogo Porto Firme 192

Saulo Ronaldo Maciel Piranga 243

Antonio Carlos Reis Piranga 254

Celio de Oliveira Coelho Porto Firme 305

Rogério Barbosa Moreira Teixeiras 336

Áureo de Alcântara Ferreira Guaraciaba 397

Alvimar Sérgio Teixeiras 488

José Geraldo Lisboa Paula Cândido 529

Davi C. F. de Carvalho Senador Firmino 5610

Cristiano Lana Piranga 5610Figura 1. Tanque homogeneizado e tanque não homogeneizado, respectivamente

ERRATANa edição de abril de 2012 do Jornal do PDPL-RV, a tabela de maiores pro-dutividades do mês de março de 2012 considerou a produtividade por vacas em lactação, e não por vaca total, que normalmente é utilizada.