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Programa de Fortalecimento dos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária / 2014 - 2018 Componente: Projeto de Revitalização dos CSA Relatório “Diagnóstico do Nível de Atuação dos Conselhos de Sanidade Agropecuária e Propostas de Diretrizes e Metas” Curitiba 2014

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Programa de Fortalecimento dos Conselhos Municipais de Sanidade

Agropecuária / 2014 - 2018

Componente:

Projeto de Revitalização dos CSA

Relatório “Diagnóstico do Nível de Atuação dos Conselhos de Sanidade

Agropecuária e Propostas de Diretrizes e Metas”

Curitiba

2014

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1. INTRODUÇÃO

Originados no final da década de 1990 como uma ação interinstitucional

de apoio ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Febre Aftosa –

PNEFA, os Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSA) passaram

a propor e contribuir na execução e no planejamento estratégico da defesa

agropecuária local apoiando os serviços de defesa sanitária animal e vegetal,

por meio da organização e congregação das ações dos segmentos

interessados do município.

Entretanto, assim como as diversas instituições do sistema político

brasileiro, os Conselhos de Sanidade Agropecuária não são espaços

consolidados. Os desafios e as dificuldades que enfrentam devem ser

permanentemente discutidos e trabalhados, para que possam tornar-se

efetivos espaços de participação.

Com o objetivo de contribuir para a consolidação desses conselhos

como instrumentos de gestão participativa, a Secretaria de Estado da

Agricultura e do Abastecimento, SEAB, a Agência de Defesa Agropecuária do

Paraná, ADAPAR, o Sistema FAEP / SENAR e o Instituto Paranaense de

Assistência Técnica e Extensão Rural, EMATER uniram esforços e

organizaram o Programa de Fortalecimento dos Conselhos de Sanidade

Agropecuária, iniciativa que em sua primeira fase, mobilizou e reuniu a

comunidade municipal para produzir um diagnóstico que buscou evidenciar o

nível de atuação dos Conselhos constituídos, especificamente quanto aos

aspectos de sua representatividade, legalidade, registro de informações e

operação.

Os resultados dessa pesquisa são apresentados neste relatório

intitulado ”Diagnóstico dos Conselhos Municipais de Sanidade

Agropecuária” que aborda aspectos da gestão e funcionamento dos

Conselhos e evidencia os pontos fortes, pontos fracos, as oportunidades e

ameaças para a sua revitalização.

A partir das informações preliminares desse diagnóstico, ações

coordenadas entre o setor público e privado poderão ser planejadas e

executadas de modo a fortalecer e consolidar a atuação dos Conselhos.

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2. METODOLOGIA

Para a realização da pesquisa foi estabelecido que todos os CSA

constituídos seriam convidados a participar das “reuniões de mobilização e

diagnóstico". Essas reuniões ocorreram nos municípios sede das 135 Unidades

Locais de Sanidade Agropecuária (ULSA), entre os dias 13 de agosto e 17 de

outubro de 2014 e foram coordenadas e executadas pelos Grupos de Trabalho

Macrorregional, instituídos no âmbito do Programa de Fortalecimento dos CSA.

Figuras 1 e 2 – Diagrama da composição e interação entre os GT e

mapa das respectivas Macrorregionais

Ao final, foram pesquisados 380 Conselhos de 399 municípios (95%) em

135 encontros que reuniram aproximadamente 2500 participantes. A lista dos

Conselhos que participaram da pesquisa segue no ANEXO I.

Foto 1 – Reuniões de mobilização e diagnóstico

Para o levantamento das informações foram realizadas entrevistas com

os diretores e conselheiros presentes na reunião, sendo aplicado uma ficha de

avaliação padrão que, conforme preenchidas, classificaram automaticamente o

CSA como: Inativo / Pouco Ativo / Ativo (Anexo1). (ANEXO II)

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Os dados da pesquisa são apresentados em 3 seções:

1) Panorama Estadual e Macrorregional da atuação dos Conselhos (Inativo

/ Pouco Ativo / Ativo);

2) Comparativo dos fatores avaliados: Legalidade, Representatividade,

Operação e Alimentação do Sistema Informatizado

3) Propostas de Diretrizes e Encaminhamentos

A Ficha de Avaliação dos CSA Quanto a Atividade foi formulada

estabelecendo diferentes “pesos” (valores) para os parâmetros acima

mencionados. Todos eles definem a própria existência e o nível de operação

em que o CSA se encontra. O parâmetro da legalidade refere-se ao

reconhecimento do CSA pelo nível central, especificamente CONESA e se tem

estatuto aprovado pela assembleia de conselheiros.

O parâmetro representatividade tanto se refere à diversidade de entidades

do município que estão representadas, ou seja, quanto maior o número dessas

entidades representadas no CSA maior é a representatividade do CSA. Outro

enfoque desse quesito é o reconhecimento por parte da comunidade do

agronegócio no município pelos importância do CSA. Esse reconhecimento das

autoridades municipais e regionais pela composição e principalmente pelo

trabalho do CSA junto à comunidade também é um fator que está sendo

avaliado, uma vez que em diferentes níveis refletem o nível de atividade do

CSA na comunidade.

Os outros dois itens que juntos têm um peso significativo na avaliação do

CSA (64%), são os parâmetros que medem o registro das informações e as

operações do CSA propriamente ditas. Estes dois parâmetros se caracterizam

a razão da existência do CSA ou seja, a execução de atividades e seu registro

e consequentemente seu reconhecimento pela comunidade local e também

pelos órgãos que frequentemente avaliam o sistema de defesa agropecuária do

estado seja de origem privada como pública.

Para a perfeita tabulação das informações presentes nas Fichas de

Avaliação foi desenvolvido uma planilha eletrônica para que haja o lançamento

das informações e rápida tabulação dos resultados. Essa planilha permite que

os relatórios sejam obtidos mais rapidamente. Essas planilhas de posse dos

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grupos de trabalho de macro servirão de subsidio para o desenvolvimento do

seu plano de ação e para detectar os CSA prioritários para se tornarem de

referência em cada ULSA e em cada Regional das Macro.

Essa planilha também permitirá a montagem de um cartograma para melhor

visualização da distribuição dos CSA conforme a atividade no estado.

Figura 3 – Mapa do Nível de Atuação dos CSA

3. RESULTADOS

3.1 INFORMAÇÕES GERAIS

Inicialmente, apresentam-se dados e informações gerais sobre os conselhos,

referentes as suas atribuições, ano de fundação, duração do mandato dos

conselheiros e diretores e número de conselheiros.

Todos os conselhos possuem o caráter consultivo, ou seja, com competência

de propor ações e políticas que podem ser, ou não, implementadas pelo poder

público.

Legenda

Macrorregiões

AtividadesAtivo

Inativo

Inexistente

Pouco Ativo

Sem Ficha

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3.2 CONSELHOS AVALIADOS

Tabela 1 - Distribuição da Avaliação dos CSA do Paraná por Macrorregião

Quanto a Atividade no 2ºSemestre de 2014.

MACRORREGIÕES Sem

Informação Ativo

Pouco

Ativo Inativo Total

%

Avaliado

Oeste-Sudoeste 3 13 17 67 100 97%

Centro Sul 3 3 12 66 84 96%

Noroeste 5 9 11 90 115 96%

Norte 8 17 34 41 100 92%

Total 19 42 74 264 399 95%

A tabela acima demonstra que nesta etapa de diagnóstico executada

durante o segundo semestre de 2014, foram avaliados 95% dos municípios, ou

seja 380 CSA foram entrevistados e tiveram sua Ficha de Avaliação

preenchida. Houveram 19 municípios que estão sem informações devido a

ausência nas reuniões ou dificuldade de comunicação das equipes para obter

as informações desses CSA.

Esse alto número de inativos é extremamente preocupante pois indica a

desmobilização que o programa teve com a redução de sua atividade entre os

anos 2011 a 2013, pois até 2011 foram instituídos aproximadamaente 280 CSA

no estado. A média de CSA inativos no Paraná é de 72%, 17% de pouco

ativos, 6% de ativos e 5% sem informações.

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O gráfico acima da macrorregião centro-sul é a que tem o maior índice

de CSA inativos, ou seja 84% e consequanetemente a menor de ativos com

apenas 1%, ou seja apenas 3 CSA ativos. Os pouco ativos representam 11%

dos CSA e os sem informações representam 4%.

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Na macrorregião oeste-sudoeste os CSA ativos e pouco ativos

representam 30%. Sendo que os sem informações 3% e inativos representam

67%.

A macrorregião Noroeste tem 80% de seus municípios com CSA

inativos, 4% não foi obtido informação e os ativos e pouco ativo representam

8% cada um somando apenas 16% dos CSA com algum nível de atividade.

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A macrorregião norte apresentou o menor índice de inatividade com 59%

e consequentemente o maior índice da atividade, ou seja 7% ativos e 26%

pouco ativos que somados representam 33% dos CSA com algum nível de

atividade. Essa região também detem o maior índice de CSA sem informação

8%.

Tabela 2 - Distribuição e classificação Macrorregional e Estadual do nível de

atividade dos CSA

CSA -

Ativos

CSA -

Pouco

Ativos

CSA - Pouco

Ativos

p/ativar

CSA inativos

p/ ativar Macro

Meta

-

ULSA n % n % n % n %

Noroeste 34 9 26,47% 9 26,47% 5 14,71% 20 58,82%

Norte 27 7 25,93% 26 96,30% 13 48,15% 7 25,93%

Oeste-sudoeste 37 5 13,51% 25 67,57% 15 40,54% 17 45,95%

Centro-Sul 37 1 2,70% 9 24,32% 8 21,62% 28 75,68%

Total - Paraná 135 22 16,30% 69 51,11% 41 30,37% 72 53,33%

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A tabela acima discrimina a totalidade das Unidades Locais de Sanidade

Agropecuária - ULSA por macrorregião e o total do Paraná que foram

estabelecidos como meta para o Projeto de Revitalização, que deverá nortear

os trabalhos durante o ano de 2015. Como existem 22 CSA ativos podemos

afirmar que aproximadamente 16,30% da meta já foi atingida, sendo que nas

macrorregiões noroeste e norte esse percentual gira em torno de 26% para

cada macro. A macrorregião centro-sul com apenas 2,7% (1CSA) da meta

alcançada, certamente terá que dispensar um esforço maior para atingir sua

meta no prazo determinado.

Considerando também que os CSA pouco ativos certamente exigirão um

esforço menor para o alcance da meta, percebemos que no Estado será

necessário estimular as atividades em 41 CSA pouco ativos. Sendo que as

macrorregiões norte e oeste-sudoeste terão que animar 13 e 15 CSA

respectivamente, considerados pouco ativos na avaliação feita neste 2º

semestre de 2014. Isso representa quase a metade dos CSA de suas

respectivas macrorregiões.

Entretanto, o número que requer maior atenção são os dos CSA

considerados inativos, e que precisam ser estruturados para se atingir a meta.

No Paraná esse número totaliza 72 CSA um por ULSA, que ainda não tem

nenhum CSA ativo o bastante que possa servir de referência para a regional.

Embora seja um número relativamente alto, representa apenas 53% da

totalidade da meta (135). Nesse contexto teremos as macrorregiões noroeste e

centro-sul que terão um grau de dificuldade maior, pois terão que reestruturar

CSA em 20 e 28 ULSA respectivamente. Isso certamente exigirá um esforço

muito maior que na outras duas macrorregiões norte e oeste-sudoeste.

O gráfico abaixo representa os mesmos números da tabela, em colunas

coloridas para facilitar a interpretação dos dados. A coluna verde indica a meta

a ser alcançada no Paraná e nas macrorregiões. A porção azul das colunas

representam os CSA que se encontram ativos adiantando assim o alcance da

meta que totalizam no Paraná 22 CSA em suas respectivas ULSA no Estado. A

porção amarela representam os CSA que se encontram pouco ativos porém

precisam intensificar suas atividades para se tornarem CSA de referência na

sua ULSA. No estado eles totalizam 41 CSA nessa condição. A porção em

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vermelho são os 72 CSA de diferentes ULSA, que hoje se encontram inativos

e que precisam ser estruturados para serem considerados ativos e de

referência na ULSA.

Entendemos que esse pequeno resumo dá uma idéia no grau de esforço

que os grupos de trabalho macrorregionais terão para que ao final de 2015 o

Paraná tenha pelo menos os 135 CSA distribuídos de forma estratégica nas

135 ULSA para contribuir na consolidação do sistema de defesa do Estado.

3.2 FATORES AVALIADOS

Tabela 3 - Distribuição das Médias das Notas e das Porcentagens dos Fatores

de Avaliação do CSA Quanto a Atividade por Macrorregião e do Paraná no

segundo semestre de 2014.

Fatores Avaliados – Peso –

Percentagem Paraná

Oeste-

Sudoeste

Centro-

Sul Noroeste Norte

Média 2,59 3,04 1,38 1,93 3,9 Representatividade = 9 =

26% % 28,77% 33,78% 15,34% 21,45% 43,33%

Legalidade =3 = 8% Média 1,38 1,09 1,40 2,17 0,75

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% 46,10% 36,33% 46,83% 72,46% 25,00%

Média 1,00 1,59 0,43 0,75 1,18 Registro de Informações

=9 = 26% % 11,13% 17,67% 4,76% 8,31% 13,11%

Média 1,65 2,49 0,65 1,47 1,84 Operação = 13 =38%

% 12,68% 19,15% 5,04% 11,30% 14,15%

Média 6,62 8,21 3,87 6,32 7,67 Total = 34

% 19,48% 24,15% 11,38% 18,59% 22,56%

A tabela acima discrimina a nota média obtida no Paraná e por

Macrorregional em cada um dos 4 parâmetros e a nota total avaliados pelos

Grupos de Trabalho das Macrorregionais. Vale ressaltar que estão anotados

também o peso e a porcentagem de cada um dos fatores avaliados durante o

diagnóstico. A tabela demonstra que os itens com o maior valor relativo obtidos

nas médias estaduais são os parâmetros legalidade com 46,1% e

representatividade com 28,77%. Por outro lado os parâmetros operação com

12,68% e registro das informações com 11,13% foram os parâmetros com a

menor avaliação.

No requisito representatividade a macrorregional norte foi a que obteve a

melhor avaliação média com 43,33%. Já no requisito legalidade a

macrorregional noroeste com 72,46% foi a que obteve a melhor avaliação

relativa. A macrorregião oeste-sudoeste teve a melhor avaliação nos

parâmetros registro das informações e operação com 17,67% e 19,15%

respectivamente.

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O gráfico acima demostra com clareza a ênfase que vem sendo dado,

desde a criação do Projeto dos CSA às questões relacionadas à legalidade e à

representatividade, tais como: emissão da resolução, eleição da diretoria,

aprovação de regimento etc. Isso reflete uma cultura de trabalho herdada do

MAPA na condução das políticas sanitárias que consequentemente se

transmite através da capacitação do pessoal que atua no sistema de defesa

agropecuária desde a década de 50. Essa cultura de trabalho vem se

perpetuando por gerações de servidores através das instituições que buscam

manter um senso fortemente legalista na sua atuação. Embora necessário não

deve ser priorizado, uma vez que nem sempre se obtém os melhores

resultados apenas com a definição das boas práticas sanitárias na legislação,

mas sim perpetuando-se tais práticas através de visitas técnicas, seminários,

palestras, cursos, cartilhas e outros meios de divulgação em massa.

Hoje, na era da informação, sabemos que os resultados práticos em

políticas sanitárias dependem muito mais da pulverização das informações do

que especificamente das leis e de sua capacidade de aplicá-las. Portanto é

necessário dar-se uma ênfase maior ao registro das informações e à operação

dos CSA, que trazem consigo maior capacidade de avançar na condição

sanitária do município e consequentemento no estado.

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Estes dois parâmetros, operação e registro das informações tiveram

uma avalição com médias de notas piores na grande maioria dos CSA e em

todas as macrorregião. Porém do ponto de vista sanitário é o que traz

resultados mais efetivos, induzir as operações sanitárias e comprová-las com

registros, necessitam de uma atenção maior nas próximas ações estratégicas

do programa de fortalecimento dos CSA.

Observa-se também que houve diferenças entre as macros nos

resultados da avaliação nos diferentes fatores de avaliação.

A Macro que está com a melhor média em representatividade é a macro

norte e a que tem a menor nota neste quesito é a macro centro-sul.

No quesito legalidade observa-se que a maior nota relativa foi na macro

Noroeste com 72.46%, sendo a macro norte com a menor nota 25%. No

quesito registro de informações a macro oeste-sudoeste foi que apresentou o

melhor desempenho com apenas 17,67% e a macro centro-sul com o menor

desempenho com apenas 4,76%. Também no quesito operação a macro oeste

sudoeste foi a que teve o melhor desempenho apesar de registrar uma

pontuação média de apenas 19,15%. Nesse mesmo quesito novamente a

macrorregional com o pior desempenho na avaliação foi a macrorregional

centro-sul com apenas 11,38% Sendo assim na totalidade dos itens avaliados

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no CSA segundo sua atividade as macrorregionais que estão com a melhor a

avaliação é a oeste sudoeste e norte com 24,15% e 22,56% respectivamente, e

as macros noroeste e centro-sul com 18,59% e 11,38% nas médias da

avaliação de 95% dos CSA entrevistados.

4. CONSIDERAÇÕES

4.1 Pontos Fortes:

• Comprometimento e integração entre os membros das entidades parceiras

(GT Macro e Central).

• Motivação da equipe para revitalização do CSA.

• Conteúdos trabalhados nas reuniões.

• Oportunidade para as entidades e agricultores exporem as dificuldades e

proporem soluções.

4.2 Pontos Fracos e Encaminhamentos:

Pontos Fracos Encaminhamentos

Reafirmação de compromissos da alta

direção das entidades parceiras. Pouca mobilização e participação dos

Sindicatos Rurais, das cooperativas,

da indústria e do comércio nas

reuniões dos CSA;

O envolvimento estratégico das

entidades que integram as câmaras

técnicas do CONESA, especialmente

das que representam o segmento

industrial e das cooperativas.

Pouca mobilização e participação dos

responsáveis técnicos e outras

entidades de produtores nas reuniões

dos CSA.

Mobilização do CRMV, CREA, MAPA

e da FETAEP.

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Envolvimento dos chefes de núcleos

Realização de 4 eventos

macrorregionais e 1 evento estadual

Pouca mobilização e participação dos

chefes de NR SEAB, prefeitos e

secretários municipais. Mobilização das Associações

Municipais e Regionais

Convênios MDA e MAPA Falta de recursos específicos

descentralizados para o sistema de

defesa agropecuária (estado e

municípios) para educação em

sanidade agropecuária.

Alteração da legislação federal por

meio do IPA / FPA

Falta de capacitação dos Diretores e

Conselheiros em Defesa

Agropecuária

Preparação de oficinas e seminários

através dos instrutores do SENAR.

5. Diretrizes Propostas

5.1 Consolidação do Plano Estadual de Defesa Agrope cuária

O Plano Estadual de Defesa Agropecuária materializará os princípios e

diretrizes com indicação de metas de curto, médio e longo prazo até 2030.

Trata-se da afirmação de um projeto político que concebe a sanidade plena

como elemento de agregação de valor ao produto paranaense.

Esse plano será o produto central da I Conferência Estadual de

Sanidade Agropecuária – I CEDA, iniciativa programada para o período de 7 de

abril a 10 de dezembro de 2015, tendo início com as conferências locais, no

âmbito dos Conselhos Municipais Referência de Defesa Agropecuária – CSA,

prossegue com quatro conferências macrorregionais e uma estadual e finaliza

com a elaboração do Plano Estadual de Defesa Agropecuária.

O Plano Estadual de Defesa Agropecuária contemplará a definição da

identidade organizacional do sistema (missão, visão e valores), objetivos e

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temas estratégicos, mapa estratégico corporativo e o plano de metas

plurianuais corporativas.

5.2 Consolidação de um CSA referência por Unidade L ocal de Sanidade

Agropecuária - ULSA

A principal diretriz estabelecida nas reuniões das equipes dos Grupos de

Trabalho Central e das macrorregiões nesta etapa do Projeto de Revitalização

dos CSA é a consolidação de um CSA referência por ULSA . Portanto um

CSA ativo por ULSA é a garantia de uma estrutura mínima de participação da

sociedade nas políticas sanitárias tanto na formação de opinião sobre o

assunto como na difusão de informações relevantes entre os diferentes atores

do agronegócio local e regional. Deve-se considerar que o CSA de referencia

deve conseguir manter os seguintes requisitos:

• Manter a atualização dos registros no sistema CSA:

o Diretoria e Conselheiros;

o Planos de Ação;

o Diagnóstico Econômico Sanitário;

• Realizar pelo menos quatro reuniões ordinárias por ano;

• Manter um Plano de Ação factível, bem definido, voltado para a

realidade local, envolvendo as principais cadeias produtivas local,

atualizado no Sistema CSA e sustentado por ações educativas e com a

participação dos membros da diretoria e da comunidade.

Uma diretriz importante para as equipes de macrorregionais, técnicos das

ULSA e especialmente os supervisores regionais da ADAPAR é ajudar a

identificar as Unidades Locais de Sanidade Agropecuária (ULSA) que

necessitem atenção diferenciada com base em critérios técnicos como o maior

risco epidemiológico e de introdução ou de disseminação de pragas e doenças.

1

23

2

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Figura 4 – Exemplo de mapa das Unidades Locais de Sanidade Agropecuária

Outra diretriz importante nesta etapa de revitalização dos CSA, como já foi

dito anteriormente, é dar ênfase aos dois fatores que medem a atividade do

CSA, registro das informações e operação e que têm maior peso relativo dando

assim um impulso nos aspectos mais operacionais do CSA do que de sua

representação política. Esses dois fatores definem a principal razão de ser do

CSA, ou seja, fazer a diferença nos indicadores sanitários local e regional. A

tabulação dos dados coletados nas Fichas de Avaliação demonstra que esses

dois importantes parâmetros não vêm recebendo a atenção devida das

diretorias dos CSA.

Para tanto o Grupo de Trabalho Central deverá dirigir esforços para dar

prioridade aos três projetos abaixo mencionados que compõe o Programa de

Fortalecimento dos CSA e que serão a base de sustentação do Projeto de

Revitalização dos CSA.

• Projeto de Comunicação

• Projeto de Educação Continuada (técnicos e produtores)

• Projeto do Sistema CSA (atualização)

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5.3 Lançamento do Projeto de Comunicação

O êxito do Programa de Fortalecimento dos CSA depende em grande

medida da qualidade da comunicação das informações, como já foi

mencionado anteriormente, portanto o Projeto de Comunicação se caracteriza

no mais importante por permear todas as ações efetivas do CSA.

O desafio maior no Projeto de Comunicação em rápidas palavras é garantir

a transferência de informações referenciadas e padronizadas e este Projeto

deverá ser priorizado pelas instituições parceiras e consequentemente pelo

Grupo de Trabalho Central.

Para materializar a importância dada a esse projeto o Grupo de Trabalho

Central estabeleceu como meta de trabalho para 2015 as duas ações

estratégicas abaixo mencionadas.

5.3.1 Lançamento do Portal do Fundepec e Manutenção do Sistema CSA

A reestruturação do sítio do FUNDEPEC-PR e a manutenção do

Sistema CSA para servir de referência na transferência de informações

técnicas e operacionais, assim como no registro das informações de forma

organizada e passivo de auditorias externas e de emissão de relatórios fazem

parte das metas do de Trabalho Central. O sítio do FUNDEPEC já está com

nova identidade visual e o gruo central está trabalhando na definição dos

conteúdos técnicos e também dividindo as responsabilidades na manutenção

das informações sempre atualizadas do portal.

Figura 5 – Página inicial do website dos CSA

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Um exemplo de que tais ferramentas se bem geridas são úteis e,

portanto, procuradas pelos usuários estão nos gráficos abaixo que mediram os

níveis de acesso e tipos de acessantes ao Sistema CSA antes do início da

atuação dos Grupos de Trabalho Macrorregionais e após o início deste trabalho

que se deu com as reuniões de diagnóstico à partir de junho de 2014.

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5.3.2 Lançamento das Campanhas de Comunicação

Para que a comunicação efetivamente sirva de suporte para as operações

dos CSA foi estabelecido como prioridade para 2015 o lançamento das dez

campanhas de comunicação por trimestre nas diferentes áreas de atuação

da defesa sanitária. Essas campanhas preveem a produção, multiplicação e

distribuição de folders, cartazes, cartilhas, folhetos, spots para rádio,

entrevistas e matérias para boletim informativo. Os materiais serão produzidos

pela equipe de especialistas da ADAPAR, assim como seus conteúdos

dependendo do público alvo definido para aquelas informações.

5.4 Adesão da ADAPAR à Campanha Plante Seu Futuro

O conceito essencial da CAMPANHA PLANTE SEU FUTURO (CPF),

consiste em fomentar um alerta permanente de proteção e de redução de

riscos, seja na forma de prevenção como na ação efetiva de combate às más

práticas de manejo de solo e água, bem como no combate às pragas e

doenças dos cultivos agrícolas, tendo os CSA como a base de mobilização da

comunidade.

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Para sua operação foi constituído um Comitê Gestor representado por

7(sete) instituições, sendo que a ADAPAR, autarquia vinculado ao Sistema de

Agricultura – SEAGRI, não integra esse grupo.

Se considerarmos que a missão institucional da ADAPAR é a de realizar

a sanidade agropecuária unindo esforços na promoção da sanidade

agropecuária, da segurança alimentar e do acesso dos produtos paranaenses

aos mercados, em benefício da sociedade, identificaremos que existe

aderência para que a ADAPAR integre definitivamente o Comitê Gestor da

Campanha Plante Seu Futuro.

Figura 6 – Esquema operativo da CPF