PROJETO CORDENAÇÃO

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PROJETO PARA A FUNÇÃO DE PROFESSOR COORDENADOR DA ESCOLA ... JUSTIFICATIVA Buscando um entendimento á altura da nova proposta da Secretária da Educação do Estado de São Paulo, implantada no ano de 2008, trago a este, meu projeto para a função que almejo nesta unidade escolar. Entre tantos assuntos que são abordados nesta proposta, ao qual efetivam mudanças para um desenvolvimento significativo à educação, destaco a principio o que considero como elemento de grandeza para o sucesso deste novo desafio, no qual todos os agentes da educação estão envolvidos. A reflexão e a prática; significados que não podem ser vivenciados separadamente, intrincados, desafiam seus agentes a mudanças, a novas estratégias, a novos desafios. Esta função que considero, deva ser incansavelmente exercida ao longo de todo trajeto do magistério, aparece hoje, como uma “disciplina a ser aprendida”. Infelizmente, ao longo de tantos atropelos e caminhos sinuosos, o que encontramos são professores infelizes, amargurados, incrédulos de sua competência de aprender e ensinar, dividir e compartilhar, ser mediador e mediante. Sua autonomia é estancada diante de tal falta de amorosidade a si próprio, ao outro, a educação. Este desânimo, esta falta de acreditar nas possibilidades existentes de uma nova maneira de mediar à aprendizagem e participar ativamente dos processos de ensino, reflete diretamente nos alunos, transformando-os também em pessoas desacreditadas, rotuladas, alimentando o fracasso escolar. É preciso inicialmente buscar no professorado o que nele é nato, sua posição como pessoa, como ser pensante, como cidadão, imerso em sentimentos variados. Trazer o professor à luz de sua existência é garantir sua reflexão como profissional, um efetivo sucesso educacional. Para tanto é necessária uma gestão que vá além dos caminhos pedagógicos, é necessário que sigamos caminhos muito mais

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Projeto modelo para coordenação nas unidades escolares estaduais.

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PROJETO PARA A FUNÇÃO DE PROFESSOR COORDENADOR DA ESCOLA ...

JUSTIFICATIVA

Buscando um entendimento á altura da nova proposta da Secretária da Educação do Estado de São Paulo, implantada no ano de 2008, trago a este, meu projeto para a função que almejo nesta unidade escolar.Entre tantos assuntos que são abordados nesta proposta, ao qual efetivam mudanças para um desenvolvimento significativo à educação, destaco a principio o que considero como elemento de grandeza para o sucesso deste novo desafio, no qual todos os agentes da educação estão envolvidos. A reflexão e a prática; significados que não podem ser vivenciados separadamente, intrincados, desafiam seus agentes a mudanças, a novas estratégias, a novos desafios. Esta função que considero, deva ser incansavelmente exercida ao longo de todo trajeto do magistério, aparece hoje, como uma “disciplina a ser aprendida”.Infelizmente, ao longo de tantos atropelos e caminhos sinuosos, o que encontramos são professores infelizes, amargurados, incrédulos de sua competência de aprender e ensinar, dividir e compartilhar, ser mediador e mediante.Sua autonomia é estancada diante de tal falta de amorosidade a si próprio, ao outro, a educação.Este desânimo, esta falta de acreditar nas possibilidades existentes de uma nova maneira de mediar à aprendizagem e participar ativamente dos processos de ensino, reflete diretamente nos alunos, transformando-os também em pessoas desacreditadas, rotuladas, alimentando o fracasso escolar. É preciso inicialmente buscar no professorado o que nele é nato, sua posição como pessoa, como ser pensante, como cidadão, imerso em sentimentos variados.Trazer o professor à luz de sua existência é garantir sua reflexão como profissional, um efetivo sucesso educacional.Para tanto é necessária uma gestão que vá além dos caminhos pedagógicos, é necessário que sigamos caminhos muito mais longos, que contemple o racional, o humano, o ser e o estar, o ver e ouvir, o ter e o agir.Ter a sensibilidade da observação é fonte primeira da função do professor coordenador, pois a isto, visará sua estratégia para alcançar o que se pretende ao bem escolar.Para um diagnostico dentro da realidade da unidade escolar, é necessária a implicação a união de todos os envolvidos. O dialogo entre Gestores, coordenadores, professores, funcionários é imprescindível para uma correta avaliação, da mesma forma para a elaboração de estratégias. Todos os agentes da educação deverão estar envolvidos, organizados, preparados ao objetivo de adotar de maneira eficaz, novos procedimentos para a efetivação da nova proposta.

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Diagnosticar os principais problemas da unidade escolar requer do coordenador um ouvir atento, uma curiosidade, uma atenção detalhada e minuciosa.No alcance desta tarefa, é necessário ao papel do professor coordenador, sua imersão no convívio com docentes, alunos, direção e funcionários buscando trazê-los ao conforto, a clareza, ao entusiasmo, ao verdadeiro objetivo da educação.Ao ser fortalecido, valorizado, instigado, poderão legitimamente retomar sua função de refletir sobre sua prática. Não podemos reduzir a pequenices e nem separar contextos relacionados à escola, pois a todos cabe a função de fazer valer o que de direito é ao aluno. O aprender.Minha proposta é garantir aos agentes desta unidade, um melhor desempenho em sua função.Desde o inicio deste trabalho, trago a questão reflexiva sobre o olhar do professor e membros da escola. Busco interpor que ao refletirmos sobre nossas vidas, escolhas, sentimentos pessoais, estaremos num ensaio de aceitação de nossos erros e acertos, de nosso modo de agir, pensar, atuar dentro da educação, onde a prática é o inicio para a reflexão, e a reflexão o re-inicio a prática. Indissociáveis.Acredito em mudanças efetivas na educação, no crescimento e desenvolvimento de todos os seus agentes, acredito na aprendizagem como um todo e com todos.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Tomando com eixo a proposta apresentada no ano de 2008 aos agentes da educação, defino como o mais provável problema a articulação das estratégias que visarão ao objetivo final da mesma.Articular a proposta pedagógica – eixo singular da unidade escolar – com a nova proposta – assentada sobre o todo escolar – requer procedimentos, organização, estratégias, diálogos, encontros e parcerias, num todo articulado e engajado as reais mudanças.Outro problema bastante contextualizado são os procedimentos já enraizados dentro da unidade escolar, raízes estas que apesar de todo conhecimento sobre sua falta de “frutos” continuam sendo trabalhados e amarrados.Pensar e agir em torno de mudanças requer coragem e comprometimento. Mudar hábitos requer tempo, paciência, habilidades e credibilidade no amanhã, função que como professora coordenadora, exercerei sempre em comunhão aos demais, pois como frase dita do censo comum “A união faz a força”.

OBJETIVOS

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Diagnóstico da realidade da escola e comunidade com o objetivo de identificar seus potenciais de desenvolvimento ainda não explorados devidamente.

Compromisso com a direção, corpo docente e comunidade escolar na busca de resultados na aquisição de competências e habilidades definidas no currículo oficial do Estado de São Paulo.

Parceria com os docentes da unidade escolar na tentativa de encontrar alternativas não convencionais de intervenção na realidade cotidiana de ensino-aprendizagem.

Estabelecimento de formação continuada significativa para os professores da unidade escolar em ATPCS, planejamentos, e outros momentos de reuniões pedagógicas.

Respeito às normas e legislações vigentes que regem a conduta dos atores sociais envolvidos na função pública.

ESTRUTURA INICIAL PENSADA PARA O TRABALHO

- Buscar o envolvimento entre as pessoas da unidade escolar, sem deixar, no entanto estáguinada esta busca ao longo do percurso, traçando procedimentos que alterem um pensar negativo, irreal, destrutivo e descompromissado.

- Incentivar a credibilidade do professor sobre sua formação, sobre seu potencial quanto gestor da aprendizagem. Textos de incentivo, diálogos, dinâmicas, realidades e sonhos, esperanças, amorosidade, entendimento sobre as diferenças, seus desafios e profissionalização.

- Encontrar com alunos, pais, dialogando, informando sobre a formação dos professores, sua função, suas diferenças como seres humanos, como pessoa, seu espaço instituído como docente, sua importância na formação de cada ser ali contemplado.

- Buscar e transmitir toda informação pertinente a docentes e alunos, sobre todos os aspectos que visem o conjunto de propostas implementadas ao currículo.

- Junto aos docentes e direção, ler, discutir, analisar e atuar sobre a nova proposta da Secretária da Educação, priorizando a competência da leitura e escrita com liderança e entusiasmo.

- Atuar junto aos funcionários da escola como articulador, mostrando a esses sua importância e parceria para o sucesso as novas estratégias.

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- Conhecer, articular, incentivar os pais e ou responsáveis dos discentes da escola, a parceria, o dialogo como fonte segura para o entendimento, estruturação, implementação e seriedade da unidade escolar.

- Diagnosticar de forma segura e completa a unidade escolar.Atuando em conjunto com todos os agentes da educação, planificando ordenadamente todas as situações existentes como preocupantes e animadoras, articulando a isto um entendimento efetivo da proposta pedagógica da escola com a nova proposta curricular.

- Viver o dia-a-dia escolar, seus problemas, conflitos, inseguranças, medos e esperanças com seriedade, confiança, comprometimento, responsabilidade, organização e parcerias.No intuito comum de bem constituir as competências previstas na proposta curricular, articulando entre as disciplinas, o estimulo o fortalecimento da aprendizagem entre docentes, discentes, escola.

- Organizar o tempo de trabalho.

Sem desconsiderar os problemas emergenciais da unidade escolar, é importante que o professor coordenador planeje e informe a todos, quais serão os momentos dedicados a cada seguimento pedagógico.Trago aqui um cronograma esboçado, pois é necessário estar na função de professor coordenador da unidade escolar para que um cronograma preciso, no entanto flexível, possa ser corretamente organizado.

Uma hora diária, à troca de informações gerais com a Direção.

Presença diária nos intervalos com professores e alunos, intercalando esses momentos, dependendo da programação do dia. O objetivo aqui é colher informações de ambas as partes para encaminhamentos, esclarecimentos e soluções.

Elaborar antecipadamente a pauta que será abordada no HTPC, levá-la ao conhecimento da direção para ser analisada, considerar o tempo que deverá estar livre para as discussões pertinentes a pauta junto aos docentes, assegurar que assuntos não pedagógicos venham atrapalhar o andamento da reunião.

Estar à disposição do professor e aluno, considerando que este não deverá atrapalhar o andamento das aulas. Os atendimentos deverão ser realizados em momentos onde o professor não estiver em aula. Deixar horários disponibilizados a isto.

Estar à disposição de pais e ou responsáveis, agindo de forma documental no atendimento – em livro próprio fazendo anotações do que for dito por todos os envolvidos e assinados pelos mesmos – quando em

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atendimento decorrente a problemas indisciplinares, estabelecer um horário específico onde o professor possa estar presente.

Participar efetivamente das aulas – assistir - ao longo do mês, diagnosticando de forma pontual e sem interferências momentâneas, sempre respeitando o professor, sua atuação, procedimentos e atitudes. Informar aos professores antecipadamente sobre esse procedimento.

Verificar mensalmente os Diários de Classe, intermediando com as aulas assistidas e seu planejamento, articulando ações junto ao professor, sobre suas dificuldades e problemas; pontuando na forma amigável seus pontos fracos e fortes, de maneira organizada, tranqüila e particular, independente do observado, pois elogiar é pedagógico.

Estar presente, atuando, colaborando, interagindo, instrumentalizando todo o processo pedagógico escolar, participando efetivamente, organizadamente e harmonicamente com todos os professores, com todos os alunos, com toda direção, com a supervisão e envolvidos da Diretoria de Ensino, com toda comunidade, agindo na forma de competência, respeito, eficiência e humanismo, trabalhando com várias ferramentas para garantir a informação, a articulação e a qualidade da aprendizagem.

Quando ao ler a Nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo e observar entre tantas leituras a frase “Uma Escola que Aprende”, reflito sobre a posição que ocupo nesta Escola, meus desejos quanto ao futuro das pessoas – alunos, professores - que a mim surgem a cada ano e os caminhos que traço e que tracei para alcançar esses desejos.Um deles está neste momento sendo possível de realização – a coordenação – mas esta estará sempre intrincada com a experiência de professora, ao qual sem ser demagoga me orgulho. Nunca deixei de acreditar em uma educação escolar competente, compromissada, elaborada no seu mais amplo sentido. O aprender. Faço parte desta Escola e aprendo.

“Um currículo que promove competências tem o compromisso de articular as disciplinas e as atividades escolares com aquilo que se espera que os alunos aprendam ao longo dos anos. Logo, a atuação do professor, os conteúdos, as metodologias disciplinares e a aprendizagem requerida dos alunos são aspectos indissociáveis: compõe um sistema ou rede cujas partes têm características que se complementam para formar um todo, sempre maior do que elas. Maior porque se compromete em formar crianças e jovens para que se tornem adultos preparados para exercer suas responsabilidades (trabalho, família, autonomia, etc.) e para atuar em uma sociedade que muito precisa deles”.

(Texto extraído na Nova Proposta Curricular, pg. 08)

Segue a este, uma proposta que ao meu olhar é pertinente a esta unidade escolar.