PROJETO CORES DA ALMA - EaD PMB

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A princípio a ideia de trabalhar com a obra

“Os operários” era porque nós estávamos

aprendendo sobre as emoções e expressões.

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Observávamos que as pessoas retratadas

na obra tinham características diferentes, porém

suas expressões eram todas iguais.

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Foi quando a pergunta de um aluno enriqueceu e transformou as cores, sentimentos e expressões desse trabalho.

- Professora, por que eu sou preto?

- Por que você acha que é preto Gabriel?

- A minha avó disse que é porque fiquei muito no sol quando era bebê e queimou.

"Os métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem, então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber trazido de fora” LIBÂNEO (2002)

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Diante disso um mundo de possibilidades se

abriu para que eu pudesse responder àquela

pergunta com propriedade. O primeiro passo foi

ler o livro: Por que somos de cores diferentes?

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A partir desta leitura aprendemos que a melanina (substância que está dentro do nosso corpo) é a responsável pela cor da pele ser mais clara ou mais escura e pude ver nos olhos do Gabriel a alegria de saber que possui mais melanina do que a Emanuelly.

Facci (2004 p. 226) diz que a função da escola é:

[...] contribuir no desenvolvimento das funções psicológicas superiores, haja vista que essas se desenvolvem na coletividade, na relação com outros homens, por meio da utilização de instrumentos e signos; levar os alunos a se apropriarem do conhecimento científico atuando, por meio do ensino desses conhecimentos na zona de desenvolvimento próximo.

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Então começamos a nossa releitura da

obra. Cada aluno recebeu uma tela para fazer

um rosto com as características físicas e

emocionais que tínhamos trabalhado.

Escrita do nome no verso da tela. Pintura do fundo da tela com mistura de

azul e branco.

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“A aprendizagem não é, em si mesma,

desenvolvimento, mas uma correta organização da

aprendizagem conduz ao desenvolvimento mental, ativa

todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta

ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem.

Por isso, a aprendizagem é um momento

intrinsecamente necessário e universal para que se

desenvolvam na criança essas características humanas

não-naturais, mas formadas historicamente. [...] todo o

processo de aprendizagem é uma fonte de

desenvolvimento que ativa numerosos processos, que

não poderiam desenvolver-se por si mesmos sem a

aprendizagem” Vigotski (2001b, p.115)

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Após a pintura do fundo da tela eu fiz o contorno

de uma cabeça para que os alunos pudessem produzir

de acordo com a apropriação de cada um. Eles

escolhiam as cores: negro, pardo e branco.

Pintura da pele ouvindo música clássica. As cores: rosa claro, marrom e preto repre-

sentando o branco, pardo e negro respectivamente.

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Fomos seguindo com o trabalho nas aulas

de artes e então pintamos os cabelos nas suas

mais variadas formas: curtos, longos, vermelhos,

loiros, azuis, lisos, enrolados...

O aluno fez o seu próprio cabelo. A aluna fez o cabelo de sua mãe.

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Depois foi a vez dos olhos: grandes,

pequenos, esticados, pretos, castanhos, azuis,

verdes...

Gabriel com os olhos azuis. Pablo com olhos de um lutador chinês.

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No momento de pintar o nariz tivemos um impasse. Se

pintássemos da mesma cor da pele o nariz não iria aparecer.

Então perguntei para as crianças como iríamos resolver esse

problema e fui surpreendida com a ideia genial do Pedro:

- Prô, eu tive uma ideia da gente pintar o nariz com outra

cor de pele!

E assim fizemos, quem pintou a pele de pardo poderia

pintar o nariz de negro.

Confesso que eu não tinha pensado nessa alternativa e

percebi o quanto muitas vezes somos limitados em nossas

criações.

Neste dia também fizemos a pintura da boca e cada

criança escolheu a emoção que gostaria de retratar: feliz, triste,

surpreso ou nervoso.

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Com os retratos prontos pudemos montar a

obra e para isso foi discutido: Como faríamos?

Qual seria o lado certo? Quantas fileiras? E

muitas outras perguntas...

Reflexão sobre como montar a obra. Obra pronta!

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Então fizemos uma exposição para explicar

o nosso trabalho às outras turmas da escola, aos

funcionários e às famílias.

Convite da exposição Capa da apresentação

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E compartilhamos essa experiência com

muita alegria...

Aguardando os convidados. Explicando para o infantil IV.

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Por fim, desmontamos a exposição e as

crianças levaram não só a sua obra para casa,

mas a certeza de que não somos de cores

diferentes porque fomos queimados pelo sol

quando bebês.

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Depois registramos atividades relacionadas

ao trabalho.

Caderno de tarefa. Aluna registrou o que a mãe achou da

exposição e pediu para eu escrever “Que lindo” na lousa.

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Referências bibliográficas:

Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VIGOTSKI, L. S.,

LEONTIEV, A. N.; LURIA, A. R. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.

São Paulo: Ícone, 2001b.

FACCI, M. G. D. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo

crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da

psicologia vigotskiana. Campinas: Autores Associados, 2004

GIL, Carmem. Por que somos de cores diferentes? PNLD 2013/2014/2015 obras

complementares – FNDE Ministério da Educação

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública - A Pedagogia Crítico-Social

dos Conteúdos. São Paulo: Edições Loyola, 2002 - 18º ed.

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Trabalho realizado na EMEII Rosa Inês Ungaru Verinaud – Bauru/SP sob a orientação e direção da Profª Ms. Rita de Cássia Zuquieri e colaboração da Profª de Educação Artística Daniela Derencio.

Profª Ana Lúcia Bazan

[email protected]

(14) 99127-2033

Curriculum Lattes:

http://lattes.cnpq.br/5814815910937670