Projeto de enfrentamento a violência contra crianças e ...€¦ · triste realidade se faz...

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Projeto de enfrentamento a violência contra crianças e adolescentes 2019:

RODA DE CONVERSA

O Projeto se propõe a trabalhar com profissionais, pais/responsáveis e crianças/adolescentes, buscando

reconhecer a violência contra crianças e adolescentes em Benevides PA, buscando assim, capacitar

multiplicadores para identificar e intervir na problemática. Propõem estudos na área e a execução de

projetos de intervenção segundo as demandas apresentadas. As ações buscam viabilizar a capacidade

dos próprios sujeitos de modificar sua realidade e afirmar o trabalho em rede, incentivando a

construção de uma cultura de valorização da infância e da adolescência.

mailto:[email protected]


1. CONTEXTO DO PROJETO:

A violência contra crianças e adolescentes no Pará é um fenômeno fortemente determinado pelas

desigualdades sociais e econômicas nas comunidades. Essa violência se caracteriza, em sua maioria por

assassinatos por armas de fogo, acidentes de trânsito e abuso e exploração sexual de crianças e

adolescentes. As maiores vítimas da violência urbana no Pará são os adolescentes moradores de

comunidades de periferias que, muitas vezes, encontram-se vulneráveis diante das ações de grupos de

facções e criminosos conhecidos como milícias da repressão das forças de segurança. Dentro desse

contexto e das experiências no conselho tutelar de Benevides todos os dias são atendidos casos de

violência como: negligência, violência física, psicológica, sexual que ocorrem dentro de famílias em

situação de vulnerabilidade onde percebe-se a ausência iniciativas transformadoras e investimentos na

área social, o que os torna influenciados pela ação de aliciadores que recrutam crianças e adolescentes

para o tráfico e o uso de drogas e armas que segundo relatório levantado pelo conselho desde 2014 já

foram assassinados de forma violenta em Benevides mais de 20 adolescentes. Muitos desses jovens e

suas famílias sofrem ameaças de morte e são incluídos (quando há tempo) em programas de proteção

como programa de proteção a crianças e adolescente ameaçado de morte -PPCAAM. Nos últimos anos,

o Brasil avançou na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. No entanto, as desigualdades

permanecem. Muitos meninos e meninas são deixados para trás e correm o risco de ser vítimas de

formas extremas de violência. Homicídios, violência sexual e violência contra adolescentes no sistema

socioeducativo têm se tornado uma questão crítica no País. Desde 2012 a taxa de homicídios de

adolescentes é mais alta do que a da população em geral. Há um perfil claro dos adolescentes mortos:

são, em sua maioria, meninos negros, pobres, moradores das periferias dos grandes centros urbanos.

Muitos deles estão fora da escola. Ao mesmo tempo em que crescem os homicídios de adolescentes,

aumenta também o número de meninos e meninas cumprindo medidas socioeducativas em meio

fechado. Ou seja: o encarceramento não tem ajudado a reduzir a violência. O País precisa, com urgência,

adotar medidas efetivas de prevenção e resposta a formas extremas de violência. Se o cenário atual se

mantiver, 43 mil meninos e meninas podem ser assassinados no Brasil entre 2015 e 2021. Diante dessa



triste realidade se faz necessário a implantação de um projeto como “ESPAÇO DA FAMÍLIA” em

Benevides que em parceria da sociedade civil, órgãos públicos e privados e principalmente da

comunidade poderemos combater essas desigualdades.

Ernani Brito, Coordenador Geral Visão Águia

Fonte: Redução da violência contra adolescentes/Unicef, 2015.

2. OBJETIVO GERAL DO PROJETO:

Assegurar a proteção integral de crianças e adolescentes, contribuindo assim para o

fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários e para o desenvolvimento de relações de

afetividade e sociabilidade entre crianças, adolescentes e suas famílias, no município de

Benevides/PA.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Diagnosticar, através dos espaços de atenção a crianças e adolescentes, as configurações da violência,

suas causas e consequências;

Elaborar subprojetos de prevenção à violência contra criança e adolescentes numa perspectiva de

fortalecimento da rede e de continuidade ao atendimento;

Sensibilizar profissionais das instituições que atendem crianças e adolescentes, famílias, da

comunidade e dos profissionais que atuam junto a crianças, adolescentes e famílias,

especialmente nas áreas de educação, saúde e assistência social, de reconhecer os sinais da

violência contra a criança e o adolescente, denunciá-la e enfrentá-la, desenvolvendo uma atitude

coletiva e pró-ativa de proteção e “vigilância social” , em lugar da omissão;

Desenvolver atividades com as crianças e os adolescentes, assim como com seus familiares, buscando

afirmar a importância do convívio familiar e a superação dos atos de violência;

Promover a integração entre instituições, famílias e comunidades, estimulando a participação destes

no combate à violência, promovendo a construção coletiva de conhecimentos em conformidade o

art. 04 estatuto da criança e adolescente;



Proporcionar espaços de discussão e reflexão, e assim, buscar a construção de conhecimentos e de

ações, numa perspectiva multiprofissional e interdisciplinar.

4. PÚBLICO ALVO:

850 Crianças e adolescentes e suas famílias em situação de vulnerabilidade social de

Benevides.

150 adultos voluntários da Comunidade no em torno e a rede de atendimento.



5. METODOLOGIA

A metodologia proposta pelo presente projeto perpassa as perspectivas de conhecer, refletir e conhecer a

realidade da violência e questões subjacentes no Município de Benevides. Neste sentido, o projeto de

extensão tem como proposta atuar através de subprojetos desenvolvidos pelo grupo de trabalho – GT com o

intuito de desvelar a realidade captando as suas múltiplas determinações.

Este caminho metodológico se constitui de alguns princípios fundamentais, tais como:

- Respeito à realidade de cada universo a ser abordado e, também, o conhecimento dos sujeitos envolvidos;

-Trabalho cooperativo entre a equipe do projeto de extensão e os participantes da

comunidade/instituições/sujeitos, que contribua para um processo dialógico de enriquecimento da dinâmica

das relações sociais e também, especificamente, da formação profissional e pessoal dos acadêmicos e

professores envolvidos;

- Articulação entre as diferentes políticas sociais que envolvam o atendimento de crianças, adolescentes e

famílias.

A partir desses princípios, o projeto de extensão se constituirá de duas etapas inter-relacionadas que são:

intervenção social e produção de conhecimentos específicos sobre os temas que venham a ser trabalhados.

No que se refere à intervenção social, tem-se como proposta a realização de oficinas, palestras, encontros,

capacitações entre outras atividades que surgirem de cada demanda social. Estas atividades serão elaboradas

através de projetos de intervenção.

Sobre a produção de conhecimento, serão realizados estudos, grupos de estudos, seminários, bem como o

estímulo aos alunos na produção de artigos, informativos referentes ao campo específico.

Assim, a produção de conhecimento possibilita a ampliação das ações profissionais e estimula a equipe na

promoção da troca de conhecimentos e experiências entre a população abordada e a equipe durante o

desenvolvimento do projeto, o que é fundamental para viabilizar as diretrizes da Política de Atendimento aos

Direitos da Criança e do Adolescente.



Portanto, o projeto de extensão visará desenvolver atividades de caráter socioeducativo com vistas a

promover a identificação, notificação e prevenção da violência e/ou outras questões advindas da demanda

social a serem trabalhadas nas instituições a serem abordadas.

6. MISSÃO:

Promover ações que fortaleçam vínculos familiares e comunitários para transformar realidades

em Benevides.

7. DESAFIOS

Atrair novos parceiros para ampliar para os distritos as ações; Capacitar os agentes multiplicadores para atuação em sua comunidade. Sensibilizar os órgãos de Benevides para importância da ação; Ampliar a ação do projeto para distritos.

(Aberto)

8. ÁREA DE ATUAÇÃO

O projeto irá atuara em Benevides com foco nas escolas, centros comunitários, igrejas e ONGS

órgãos públicos. Em áreas onde identificamos grandes desafios (aumento da violência, de grupos

de facções, drogas, trabalho infantil) para a garantia dos direitos humanos onde faltam políticas

públicas para o resgate de crianças, adolescentes e jovens das situações de risco. O projeto

iniciará em janeiro de 2019 com reunião do GT grupo de trabalho para estudo e estratégias de

implementação do projeto.



9. OBJETIVOS, METAS, INDICADORES E PLANO DE AÇÃO:

Projeto Objetivo Meta Indicadores Plano de Ação

Consultoria/Visão Águia

ATIVIDADES

PARA CRIANÇAS ADOLESCENTES

( ESPORTE, CULTURA E

LASER). Parceria com as instituições em

Benevides

_Desenvolver atividades com as crianças e os adolescentes, assim como com seus familiares, buscando afirmar a importância do convívio familiar e a superação dos atos de violência; _obs. Podem ser criados mais atividades e sub projetos.

Ofertar turmas de atividades lúdicas, com duração de 1hora/aula com 20 alunos cada, no contra turno escolar, 2 vezes por semana, totalizando o atendimento a 80 crianças e adolescentes; Ofertar 1 turma de capoeira, com duração de 1hora/aulas, 2 vezes por semana, no período noturno; Identificar famílias que estejam em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Nª de Fichas de

Inscrição Socioeconômica e Termo de Autorização dos Pais;

Lista de Presença das aulas de Capoeira e das reuniões com responsáveis;

Ficha de avaliação da oficina pelos alunos;

Relatório Semestral de Avaliação da coordenação do projeto para verificar o cumprimento do objetivo proposto.

Elaborar indicadores de desenvolvimento humano e aprendizagem das crianças atendidas pelos projetos Capoeira e Jiu-jitsu em conjunto com a Pedagoga que apoia o Visão Águia. - Ficha de Inscrição socioeconômica - Relatório Semestral de Avaliação do Projeto pela Coordenação Prazo: 18.12

RODA DE CONVERSAS

Meta é alcançar:

Instituições- comunidade e profissionais?

-Cohab

Benevides -CRE- Prof.

Ronald -União mulheres

Reconhecer a violência contra crianças e adolescentes no Município de Benevides, buscando sensibilizar multiplicadores sociais para identificar e intervir na problemática, numa perspectiva

_Realizar em 2019 encontros em instituições municipais em Benevides (convite) para sensibilizar a comunidade estudantil sobre os direitos de crianças e adolescentes. _Realizar uma reunião mensal para articulação política e institucional com órgãos governamentais, conselhos CMDCA, fóruns, Ministério público e outros.

Lista de presença da Participação assídua dos pais e responsáveis na roda de conversa.

Protagonismo de alunos atendidos nas palestras e nas mobilizações dentro da comunidade escolar.

Participação da sociedade civil

Construir o cronograma de atividades da Roda de Conversas. Prazo: 14.12

Foram sensibilizados 850 crianças e adolescentes.

E 150 adultos da comunidade

Captar parceiros para efetivação da



-Semjuv -Visão águia -Alforria da

mulher -Policia militar.

-FAAMA

de trabalho em rede, fortalecendo o atendimento integral a estes sujeitos na realidade local.

_Conscientizar/ sensibilizar dentro do sistema de garantia de direitos agentes/ profissionais que serão multiplicadores no combate a violações de direitos a crianças e adolescentes. (professores, agentes de saúde, lideres comunitários e estudantes, etc.. _Criar um comitê de defesa da criança e adolescente - espaço democrático da sociedade civil de Benevides dedicado à articulação e mobilização em prol dos direitos humanos da criança e do adolescente, sem distinção religiosas, étnico-racial, de orientação sexual e identidade de gênero ou qualquer outra natureza, sendo aberto às relações com órgãos do poder público, mantendo autonomia e independência na tomada de decisões.

como agentes multiplicadores.

Comunidade local informada e empoderadas dos seus direitos.

Rede municipal integrada na divulgação das ações.

Realizados campanhas 18 de maio, 12 de junho, e ações como ação mulheres empoderadas.

Realizar uma agenda de encontros do fórum DCA de Benevides.

proposta.



CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO

Ações Mês 01

Mês 02

Mês 03

Mês 04

Mês 05

Mês 06

Mês 07

Mês 08

Mês 09

Mês 10

Mês 11

Mês 12

Formação/ Reunião com equipe do projeto GT.

X

Sensibilizar instituições e comunidades sobre a importância do projeto.

X

Cursos livres (natura) X

Oficinas, palestras sobre direitos humanos.

X X X X X X X X X X

Atividades para crianças e adolescentes X X X X X X X X X X

Formações dos agentes multiplicadores X X X X

Encontros com as instituições parceiras X X X X

AVALIAÇÃO X X X X X X X X X

ENCERRAMENTO FORUM DCA E PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PROJETO

X

10. Grupo de trabalho: Ernani Brito- visão águia Eduardo Junior- visão águia Maysa Mayron Carol Magalhaes CRAS Luciene- alforria da mulher Hanna Monique Pastor Vagner FAAMA. Antônio Hortêncio –CREAS. Professor Ronald- CRE União de mulheres Tarcísio e junior Emanuele Ana cleia – conselho tutelar Eulaildes Alves Hebert e Paula Professora de dança Ana clara Professor de informática



11. INICIATIVA INOVADORA

O projeto VISÃO ÁGUIA é uma iniciativa voluntaria inovadora, pois não trabalha de forma individual,

pois sabemos que isolados não teremos êxito. A partir desse ponto de vista percebemos que o

trabalho em rede fortalece todo o sistema de garantia de direitos, onde todos crescem, todos

ganham. O projeto trabalha na perspectiva da proteção integral onde segundo Art. 4º É dever da

família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta

prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao

esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência

familiar e comunitária. Dentro da metodologia de atuação nos temos a divulgação, encontro e

reuniões com educadores, relatórios e planejamento, reunião para fortalecimentos de vínculos. Em

pouco tempo de implantação já tivemos uma sensível transformação de nossas crianças,

adolescentes e jovens, em especial a mudança de comportamento, da convivência com os colegas e

com o grupo e no respeito ao próximo; do desenvolvimento de competências pessoais ( respeito a si

e ao próprio corpo, auto estima, equilíbrio emocional, valorização da cultura local) e sociais (

relacionamento interpessoal, habilidade de administrar conflitos, de participar e de se expressar) e

cognitivas (habilidade de leitura e escrita, expressão artística, calculo matemático) além de atividades

que esporte e laser que contribuem para qualidade de vida, melhoria da saúde, do bem estar físico,

social e psicológico.

12. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades do Projeto de enfrentamento a violência em Benevides iniciaram-se em janeiro de 2018,

tendo como ações primeiras a reunião nas escolas e projetos parceiros e no posto Marajó,

consequentemente, o estabelecimento de reuniões para discutir os múltiplos determinantes que

envolvem a problemática da violência contra crianças e adolescentes. Foram realizados ações nas escolas

e associações e participamos do 18 de maio dia nacional de enfrentamento ao abuso e exploração

sexual, e dia 12 de junho que e a campanha de combate ao trabalho infantil, participamos da conferencia

municipal dos direitos de crianças e adolescentes de Benevides, propomos enquanto representantes do

conselho medidas de proteção nas escola onde as situações de drogadição estão no limite, denunciamos

ao ministério público a violência letal contra crianças e adolescente o que fere o direito a vida e segundo

dados em Benevides aumentou os homicídios pelo envolvimento com facções e pelo uso de drogas e em



alguns casos milícias. O casos concentra-se em áreas com altos índices de vulnera idade como bairro das

flores, Cohab Murinin, Agrinesp e galpão, Benfica, Morro do macaco e Canutama.

De forma geral, as ações desenvolvidas até o momento reafirmam a necessária intervenção e,

consequentemente, a construção de saberes sobre o assunto. Ao formar espaços de repasse de

informações e de discussão, o projeto busca levar os sujeitos a refletirem sobre seus papéis na luta

contra a problemática, sobre as possíveis formas de ação e as bases de apoio, bem como busca dar voz

aos sujeitos, principalmente às crianças e os adolescentes, fortalecendo-os enquanto sujeitos de direitos,

protagonistas sociais, enquanto cidadãos capazes de pensar e recriar a realidade.



13. ATENDIMENTOS:



ASSOCIAÇÃO PROJETO VISÃO ÁGUIA

14. Parceiros:

Atuais: Prefeitura de Benevides/ SEMTEPS, empresa natura/Acolher 2018, UFPA- Incubadora, supermercado Lima, philanthropy

university, TechSoup Brasil (doação software), Conselho tutelar, CRAS, CREAS e voluntários, FAAMA- faculdade adventista da

Amazônia.

Potenciais: Heineken, SESC-mesa brasil, Ministério Público do Trabalho, receita federal, ALEPA, Ministério de ciência tecnologia e

inovação, Microlins /Marituba, criança esperança 2019, prêmio transformando vidas 2019, Câmara de vereadores.


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