PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA … · TÍTULO: Os Sólidos de Platão no Contexto...
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PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Alberto Zucoloto Tesche
PDE: Matemática
NRE: Maringá
Professor Orientador IES: Prof. Dr. Valdení Soliani Franco
IES Vinculada: UEM
Escola de Implementação: Colégio Estadual Vinícius de Morais
Público Objeto de Intervenção: Ensino Médio
TEMA DE ESTUDO: Os Sólidos de Platão
TÍTULO: Os Sólidos de Platão no Contexto Histórico e Interdisciplinar.
INTRODUÇÃO
O ramo da Matemática conhecido como Geometria tem suas origens no
desenvolvimento intelectual e social de antigas civilizações, que encontraram na
contemplação das formas da natureza inspiração para a elaboração de artefatos
artísticos para fins de adorno, religião, ou instrumentos de trabalho.
Em muitos casos as figuras geométricas estavam ligadas a concepções místicas e
esotéricas como símbolos, que de alguma forma procuravam explicar o universo ou
materializar forças divinas e astrológicas que influenciavam a vida tribal.
A geometria como tópicos de estudo pode ser observada desde o antigo Egito e
Babilônia onde o conhecimento geométrico era composto por regras práticas
advindas da experimentação. O caráter lógico-dedutivo da Geometria iniciou-se
muito tempo depois na Antiga Grécia, com Thales de Mileto (624-547 a.C.) e
Pitágoras ( 569- 474 a.C.). Mas a obra sobre geometria, mais famosa e citada até
hoje é Elementos, cujo autor foi um professor da biblioteca de Alexandria chamado
Euclides (325- 265 a. C.). (GERÔNIMO; BARROS; FRANCO, 2010).
Desta forma, a Geometria tem sido parte integrante do desenvolvimento intelectual e
social das sociedades humanas desde seus primórdios, sem a qual não teríamos
construído nem estruturado os conhecimentos tecnológicos e científicos, que
impulsionam a humanidade a conquistas e a descobertas dos segredos que o
Universo encerra.
A GEOMETRIA ESPACIAL ATRAVÉS DOS TEMPOS
Os primeiros conhecimentos geométricos foram elaborados a partir das
necessidades do homem em compreender melhor o meio onde ele vive, A palavra
Geometria deriva do grego “geometrein” e que significa medição de terra e que era
feita de forma empírica para resolver os problemas práticos do Homem.
Sendo a Matemática a mais antiga das ciências, é de se esperar que revolvendo a
poeira acumulada pelos séculos, descubramos informações do seu emprego pelas
civilizações mais antigas. Indícios nos revelam que no oriente médio, na região do
Rio Eufrates e Tigre (Mesopotâmia), mais precisamente na Babilônia, há pelo menos
2000 anos antes de Cristo, desenvolveu-se um grande conhecimento de
matemática, influenciando de grande modo o despertar de várias culturas e com
certeza dando o embasamento da nossa própria civilização. Muitos documentos que
comprovam tal fato têm sido descobertos pelos arqueólogos, tanto em escrita
cuneiforme, hierográfica, inscrições rupestres, painéis ou em papiros. Esses
documentos, atualmente se encontram guardados em vários museus importantes do
mundo, que devidamente catalogados, estão expostos à visitação pública, ou à
disposição dos pesquisadores. Para maiores informações e segurança no que
concerne aos direitos de propriedade, os mesmos objetos foram catalogados com
nomes de seus descobridores ou das cidades em que foram encontrados.
Dentre os papiros, podemos destacar por sua relevância o papiro de Rhind, e o de
Moscou.
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Um pouco de cada Papiro
O Papiro de Moscou
O papiro de Moscou, foi escrito por escriba desconhecido, na linguagem hierática
por volta do ano 1850 antes de Cristo, tendo por dimensões, 8cm de largura por 5
metros de comprimento, contendo cerca de 25 problemas de difícil interpretação
devido ao seu elevado grau de decomposição, no qual podemos interpretar um
cálculo de tronco de pirâmide quadrada, como por exemplo: Um tronco de pirâmide
tem 6 cúbitos de altura, 4 cúbitos de base por 2 cúbitos de topo. Calcular o seu
volume.
Este papiro foi comprado no Egito em 1893 pelo egiptólogo V.S. Golenishchev e
vendido mais tarde par ao museu de Belas Artes de Moscou de onde tomou o seu
nome.
Alguns problemas destacados nesse papiro: Problema de haha, sobre quantidade
desconhecida. Problema sobre mastros; área de triângulo; área da superfície curva
de um cesto; cálculo do trabalho de um sapateiro; e problema que origina a equação
2x+x= etc.
Visualizar estes papiros nos sites
www.matematicarev.blogspot.com
www.clubedegeometria.blogspot.com
www.weibert5s1.blogspot.com
www.antigoegito.org
O papiro de Rhind ou de Ahmes, é um documento egípcio de cerca de 1600 anos
antes de Cristo que nos traz informações sobre o conhecimento matemático
acumulado pelos egípcios, tendo esse papiro ora caráter informativo, ora caráter
pedagógico. O papiro apresenta informações sobre trigonometria, aritmética,
equações e cálculo de volumes.
Este documento foi incorporado ao acervo de Museu Britânico em 1865.
Visualiar em www.grupoescolar.com
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A Geometria na Grécia.
Durante o período Helenístico que vai de 330 até 30 antes de Cristo, houve um
predomínio da cultura grega em toda a região conquistada por Alexandre Magno rei
da Macedônia, que abrangia o Egito a Pérsia, o oriente médio e alcançava a Índia,
onde tanto a língua como a cultura gregas foram impostas de forma espetacular.
Visualizar o Mapa das conquistas de Alexandre Magno no site www.lib.utexas.edu
Visualizar busto de Alexandre Magno no site www.infoescola.com
Quando a civilização grega entrou em contato com as civilizações egípcia, pérsica e
do oriente médio, puderam absorver parte do conhecimento matemático acumulado
por esses povos. Esses conhecimentos trouxeram um grande avanço para a
matemática grega, especialmente a geometria. Esse período marcado pelo grande
avanço da Ciência e do conhecimento em geral.
Da mistura das culturas grega e locais, surgiram o desenvolvimento também de
forma sincrética diversas religiões e filosofias.
Alexandria se torna o grande centro da cultura mundial (Helenística) especialmente
no campo das artes e literatura. Em Alexandria surgiu o Jardim Botânico, o Jardim
Zoológico, o Observatório Astronômico, e a famosa Biblioteca de Alexandria com
cerca de 200.000 livros. Nessa mesma época surgem as grandes figuras como
Euclides e Arquimedes que deram grande contribuição à matemática e à física. Nas
Artes podemos mencionar alguns clássicos como Vênus de Milo, Vitória de
Smotrácia, e o grupo do Laocoonte.
De posse das ideias e técnicas orientais, os gregos assimilaram os seus princípios
empíricos, e passaram a procurar deduções rigorosas dos mesmos, resultando no
que passaram a chamar de Geometria (medida da terra), e que mais tarde Platão
juntamente com Pitágoras as incluíram ao estudo da Geometria, o estudo da
Metafísica e da Religião.
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A Geometria espacial na Grécia
Os Geômetras Alexandrinos como Arquimedes que estudou as esferas e o cilindro,
e Euclides com seu livro Elementos sistematizavam todos os conhecimentos
acumulados, dando a eles forma e linguagem científicas, permitindo um significativo
avanço da Geometria.
Visualizar busto de Pitágoras no site www.google.com.br
Pitágoras, fundador da escola pitagórica em Samos, foi discípulo de Thales de
Mileto e um dos maiores estudiosos da Geometria, costumava relacionar tudo o que
existia na natureza com números, religião, música etc. Trabalhou com Geometria
Espacial, sobretudo com a figura do Tetraedro, do Cubo, do Dodecaedro e da
Esfera. Em seu trabalho, a Harmonia das Esferas, expõe as idéias das origens de
todas as coisas.
[...] Platão foi o primeiro matemático a demonstrar que existem apenas cinco
poliedros regulares, o Cubo, o Tetraedro, o Octaedro, o Dodecaedro e o Icosaedro,
citando-os na sua obra “Timeu” onde passaram a ser chamados de Sólidos
Platônicos. Para Platão, o Universo era formado por um corpo alma, ou inteligência.
Na matéria havia porções limitadas por triângulos ou quadrados, formando-se
elementos que diferiam entre si pela natureza da forma, e das superfícies periféricas .
(www.matemania.blogs.sapo.pt)
Para Platão, tudo o que existia no mundo tinha sua explicação nos sólidos por ele
considerados perfeitos: O Cubo que representava a Terra, o Tetraedro que
representava o Fogo, o Octaedro que representava o Ar o Icosaedro que
representava a água e finalmente o dodecaedro que permearia todo o universo.
I. Se fossem quadradas teríamos:
O Cubo
II. Se fossem triângulos equiláteros, teríamos:
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O Tetraedro,o Octaedro e o Icosaedro
III. Se fossem Pentágonos teríamos: o Dodecaedro
Visualizar figuras no site www.matemania.blogs.sapo.pt
IV. Visualizar busto de Platão no site www.benitopepe.com.br
Embora chamados Platônicos, Proclus atribuiu a construção destes poliedros a
Pitágoras, supondo-se que é também a ele que se deve o teorema: Há somente
cinco poliedros regulares. [...]
Alguns séculos mais tarde, em 1597 Kepler, inspira-se nos poliedros regulares para
estudar o movimento dos seis planetas até então conhecidos (Saturno, Júpiter,
Marte, Terra, Vénus e Mercúrio) e publica a sua obra "The Cosmographic Mystery",
onde utiliza um modelo do sistema solar composto por esferas concêntricas,
separadas umas das outras por um cubo, um tetraedro, um dodecaedro, um
octaedro e um icosaedro para explicar as distâncias relativas dos planetas ao sol.
Visualizar Sistema Solar de Kepler no Site
HTTP:cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capítulos/capitulo1/modulo5/topico4.php
É também Kepler, que vai descobrir o primeiro poliedro regular não convexo, que é o
dodecaedro estrelado, de faces regulares que resulta do prolongamento das faces
do dodecaedro.
Visualizar figuras nos sites www.wikipedia.org
www.oqueemeuenosso.blogspot.com
No séc. XVIII, Louis Poinsot descobriu três novos poliedros regulares não convexos.
Há nove poliedros regulares e Cauchy provou que não existem mais. [...].
(matemania.blogs.sapo.pt/343.html-Emcache-Similares)
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Apesar dos grandes descobertas realizadas pelos matemáticos gregos, essas ideias
acabaram ficando adormecidas por mais de mil anos até que a Europa entrasse no
período da Renascença.
O período posterior aos gregos foi o do Império Romano, que conquistando a
Grécia, absorveu a sua cultura. Embora os romanos fossem exímios na arte da
guerra e da retórica, e mesmo na engenharia, tendo construído aquedutos, prédios,
e o Coliseu de Roma, não tiveram um grande avanço na ciência e Matemática como
ocorrera com os gregos. No período romano surge o cristianismo e posteriormente o
islamismo, que deverão influenciar o desenvolvimento da ciências e da matemática.
A Geometria na Idade Média e Renascimento
Todas as ciências e as artes ficam, pelo menos na Europa, durante a Idade Média
condicionadas à rígida disciplina do clero católico tendo, portanto, seu desenvolvimento
retardado ou estancado durante mais de mil anos, só retomando seu crescimento no início da
renascença
Com base no texto do site (www.somatematica.com.br/biografia de matemáticos)
encontramops pesquisadores matemáticos como: Fibonacci (1170-1240), que escreve uma
obra intitulada “Practica Geometriae”, uma coleção sobre Trigonometria e Geometria
abordando as teorias de Euclides e o próprio Teorema de Pitágoras. Joannes Kepler
(1571-1630) rotula o “Steometria” para o cálculo de volumes, além de desenvolver o
estudo sobre o sistema Solar, Aparece em cena René Descartes (1596-1650) com a
Geometria misturada à álgebra, e consegue transformar pontos, retas, e
circunferências em números, suprindo as bases para os trabalhos de Isaac Newton
(1642-1727) no desenvolvimento do cálculo diferencial e integral, o que irá tornar
possível o cálculo de volume de quaisquer figuras geométricas. Pascal (1623-1662),
Leibniz (1646-1716), os irmãos Jacques e Jean Bernoulli (1667-1748) discípulos de Leibniz,
Euler (1707- 1783), que reconhecidamente um dos maiores matemáticos que já existiram no
mundo, formaram as bases do pensamento matemático moderno.
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A Geometria Espacial Moderna e Contemporânea
“É notável como, às vezes no tempo certo para algumas novas idéias surgirem, elas
ocorrem mais ou menos simultaneamente a diversos povos”. (Greenberg, 1980,
Page 140).
Conforme afirma Greenberg (1980), assim ocorreu no século dezoito com a
descoberta do cálculo por Newton na Inglaterra e Leibniz na Alemanha, e no século
dezenove com a descoberta da Geometria não Euclidiana, quando Jánus Bolyai
(1808-1860) e Carl Friedrich Gauss (1777-1855) trabalhavam no mesmo assunto, e
que a despeito de suas pesquisas, e por ser um assunto profundamente
revolucionário, receavam publicar suas descobertas consideradas ainda
incompletas.
As descobertas de Gauss em relação à Geometria não-Euclidiana implicavam na
refutação do pensamento daquele que era considerado o filósofo supremo da
Europa do século dezenove, Emmanuel Kant, o qual afirmava que o espaço
Euclidiano era algo inerente na estrutura de nossas mentes. Em sua obra Crítica da
Razão Pura (1781), Kant declara que o conceito de Espaço Euclidiano não ocorre
por meio empírico, mas é uma inevitável necessidade do pensamento.
Surge neste panorama Nikolai Ivanovich Lobachevsky (1792-1856) que publicou
considerações sobre a Geometria não-Euclidiana (1829) chamando-a de Geometria
Imaginária e mais tarde de Pangeometria, nessas publicações ele desenvolveu a
descrição do tema de forma mais detalhada.
Lobachevisky desafia abertamente a doutrina kantiana de espaço como sendo uma
intuição subjetiva. Em 1835 ele escreveu: “O insucesso das preocupações
demandadas sobre o assunto desde a época de Euclides... fizeram surgir em mim a
suspeita de que a verdade... não está contida propriamente nos dados; e que para
estabelecê-la seria necessário a ajuda do experimento, por exemplo, a observação
astronômica, como no caso de outras leis da natureza. Foi somente após a morte de
Gauss em 1855 quando suas correspondências foram publicadas, que o mundo
matemático considerou seriamente a Geometria não-Euclidiana.
Alguns dos melhores matemáticos ( Beltrami, Klein, Poincaré, e Riemann) lançaram
mão dessas ideias estendendo-as, deixando-as mais claras e aplicando-as a outros
ramos da Matemática, notadamente nas teorias de funções complexas.
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Em 1868 o matemático italiano Beltrami estabeleceu uma vez por todas a questão
da prova para o Postulado das Paralelas. Ele provou que não era possível provar!
Ele o fez provando que a Geometria não-Euclidiana é tão consistente quanto a
Geometria Euclidiana.
Em 1854, Georg Friedrich Bernard Riemann (1826- 1866) escreve a obra “Über
Die Hypothesen welche der Geometrie Zu Grund Liegen” ( Sobre as hipóteses nas
quais a Geometria se sustenta), trabalho que embasou toda a Teoria da Relatividade
de Albert Einstein introduzindo novos conceitos sobre Espaço-Tempo. Na
sequência, David Hilbert (1862- 1943) faz uma análise de toda a geometria dos
séculos anteriores dando uma nova visão a ela.
Nos anos 70, surge a teoria do Caos, aprimorada por Robert Stetson Shaw (1945-)
que dará origem ao estudo dos fractais.
A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA NO ESTUDO DA GEOMETRIA.
O autor Antonio Miguel (2008), em seu livro História na Educação Matemática
Propostas e Desafios, faz uma análise dos diferentes modos sobre o discurso
histórico e como o mesmo tem se demonstrado na literatura brasileira específica em
relação á educação escolar Matemática. Em seu livro, encontra-se os mais diversos
argumentos de questionamento sobre a participação da História no processo de
ensino e de aprendizagem da Matemática, e sua participação tanto teórica como
prática na investigação acadêmica. Por tanto diz o autor: “ parece-nos que devemos
encarar tais propostas com uma certa prudência”
(...) Por um lado, entre as posições extremadas que tentam nos convencer de que a história tudo pode ou a história nada pode, parece-nos mais adequado assumir uma posição intermediaria que acredita que a história – desde que devidamente constituída com fins explicitamente pedagógicos e organicamente articulada com as demais variáveis que intervêm no processo de ensino-aprendizagem escolar da Matemática pode e deve se constituir ponto de referência tanto para a problematização pedagógica quanto para a transformação qualitativa da cultura matemática que a circula e da educação matemática que se promove e se realiza no interior da instituição escolar.(...) (MIGUEL; MIORIM, 2008, p.151-152)
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Assim, o autor pretende se colocar numa posição equilibrada de forma a colocar a
História a serviço da educação matemática desde que estes conceitos estejam
sólida e conscientemente produzidos abrindo novas perspectivas para o exercício
da prática pedagógica em Matemática dentro das instituições escolares, auxiliando
os professores a se contraporem a idéias tecnicistas que transparecem uma certa
neutralidade no ensino. Dessa forma a História deve ser colocada de forma
pedagógica como um vetor de transmissão de conhecimento embasador, não
meramente idéias, mas trazendo as diversas culturas matemáticas de diferentes
práticas sócias1, uma forma de diálogo e não uma fonte de respostas ou fórmulas
repetidas.
A História na educação matemática deve servir como meio de se entender o
processo de desenvolvimento dos conceitos matemáticos e ferramenta de incentivo
à pesquisa, sendo a pesquisa a força motriz do desenvolvimento científico,
qualquer que seja o lugar, ou grupo social.
[...] Em vista da multiplicidade de identidades sociais, e de coexistência de memórias concorrentes e alternativas (memórias de famílias, locais, nacionais, etc.) é proveitoso pensar em termos pluralistas sobre os usos das memórias por diferentes grupos sociais, que talvez também tenham diferentes visões do que é importante ou digno de memória . [...] é importante fazer a pergunta: quem quer que quem lembre o quê e por quê de quem é a versão registrada ou preservada? (Burke, 2000, p. 84) apud (Miguel, 22008, p. 170) [...]
A GEOMETRIA ESPACIAL NAS GRANDES REALIZAÇÕES HUMANAS.1 Por práticas sociais aqui entendendo um conjunto de atividades ou ações físico-afetivo-intelectuais que se caracterizam por ser: (1) conscientemente orientadas por certas finalidades; (2) espácio-temporalmente configuradas; (3) realizadas sobre o mundo natural e/ ou cultural por grupos sociais cujos membros estabelecem entre si relações interpessoais de trabalho organizado; (4) produtoras de conhecimentos, saberes, tecnologias, discursos, artefatos culturais ou, em juma palavra, de um conjunto de formas simbólicas (Miguel, 2003,p.27-28)
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Visualizar as Pirâmides de Gisé no site www.facilitando.worldpress.com
A GEOMETRIA NAS ARTES
A arte cubista, Picasso www.bepeli.com.br
A GEOMETRIA ESPACIAL NA FORMAÇÃO DAS MOLÉCULAS
Visualizar a Representação Esquemática da Molécula Tetraédrica de Metano no
site www.educação.uol.br
A GEOMETRIA ENCONTRADO NOS CRISTAIS
Visualizar Diamante no site www.google.com
Cristais de Insulina www.wikipedia.org
A GEOMETRIA ESPACIAL NOS SERES VIVOS
Visualizar vírus encapsulados www.google.com
Veja também para complementação o site da Universidade Fluminense:
www.uff.br.teorema de Euler/ os sólidos platônicos, onde podemos encontrar mais
elementos da natureza estruturados com os sólidos de Platão
DEMONSTRAÇÃO
Usaremos a seguinte propriedade fundamental: a soma dos ângulos dos polígonos
em volta de cada vértice de um poliedro é sempre menor do que 360°. Esta é a
proposição 21 do Livro XI do Os Elementos de Euclides. Apesar de intuitiva, a
demonstração apresentada por Euclides é elaborada, sendo decorrente de uma
sequência de resultados auxiliares [Joyce, 2008]. Vamos agora analisar as diversas
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possibilidades de união de faces em torno de cada vértice, lembrando que (1) em
um sólido platônico as faces são polígonos regulares congruentes e (2) são
necessárias pelo menos três faces unidas em cada vértice para formar um sólido.
1. As faces são triângulos equiláteros com ângulos internos de 60°. Temos as
seguintes possibilidades:
N. de Triângulos Equiláteros Soma dos Ângulos Poliedro Formado
3 180° Tetraedro
4 240° Octaedro
5 300° Icosaedro
≥ 6 ≥ 360° Não existe
2. As faces são quadrados com ângulos internos de 90°. Temos as seguintes
possibilidades:
N. de Quadrados Soma dos Ângulos Poliedro Formado
3 270° Cubo
≥ 4 ≥ 360° Não existe
3. As faces são pentágonos regulares com ângulos internos de 108°. Temos as
seguintes possibilidades:
N. de Pentágonos Regulares Soma dos Ângulos Poliedro Formado
3 324° Dodecaedro
≥ 4 ≥ 360° Não existe
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4. Se as faces são polígonos regulares com n ≥ 6 lados, então a soma dos ângulos
dos polígonos em torno de cada vértice é ≥ 360°. Sendo assim, não existe nenhum
sólido platônico com faces hexagonais, heptagonais, etc.
Demonstração usando a fórmula de Euler
Daremos uma outra demonstração para o fato de que só existem cinco sólidos
platônicos, usando agora a fórmula de Euler: se V é o número de vértices, A é o
número de arestas e F é o número de faces de um poliedro convexo, então
V − A + F = 2. (1.1)
Uma demonstração deste belíssimo resultado pode ser encontrada em [Lima, 1991].
A referência [Eppstein, 2008] apresenta 19 demonstrações diferentes para a fórmula
de Euler (incluindo uma prova usando cargas elétricas). Considere então um sólido
platônico cujas faces são polígonos regulares de n lados. Como cada aresta do poliedro
é definida pela interseção dos lados de dois polígonos adjacentes, segue-se que se contarmos
todos os lados de todos os polígonos, iremos contar duas vezes cada aresta do poliedro. Desta
maneira:
n • F = 2 • A. (1.2)
Denote por p o número de arestas do poliedro que concorrem em um mesmo vértice. Cada
uma destas arestas, a exemplo das faces, se conecta a dois vértices. Assim, se contarmos o
número de arestas em cada face, estaremos contando duas vezes o número de arestas do
poliedro. Portanto:
p • V = 2 • A. (1.3)
Substituindo-se os valores de V e F das Equações (1.2) e (1.3) na Equação (1.1),
teremos que 2 • A/p − A + 2 • A/n = 2 ou, ainda, 1/p − 1/A + 1/n = 1/2.
Consequentemente,
A = (2 • n • p)/(2 • n + 2 • p − n • p). (1.4)
Como o número A de arestas deve ser positivo, temos que 2 • n + 2 • p − n • p > 0,
ou seja,
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(2 • n)/(n − 2) > p.
Uma vez que p ≥ 3, concluímos que, obrigatoriamente, n < 6. As possibilidades são
então as seguintes:
1. Se n = 3, então A = 6 • p/(6 - p) e, portanto, F = 2 • A/n = 4 • p/(6 − p). Desta
última fórmula segue-se que p < 6. Agora:
(a) Se p = 3, então F = 4. Neste caso, o poliedro formado é o tetraedro.
(b) Se p = 4, então F = 8. Neste caso, o poliedro formado é o octaedro.
(c) Se p = 5, então F = 20. Neste caso, o poliedro formado é o icosaedro.
2. Se n = 4, então A = 4 • p/(4 - p) e, portanto, F = 2 • A/n = 2 • p/(4 − p). Desta
última fórmula segue-se que p < 4. Sendo assim, p = 3 e, portanto, F = 6. Neste
caso, o poliedro formado é o cubo.
3. Se n = 5, então A = 10 • p/(10 - 3 • p) e, portanto, F = 2 • A/n = 4 • p/(10 − 3 • p).
Desta última fórmula segue-se que p < 10/3. Sendo assim, p = 3 e, portanto, F =
12. Neste caso, o poliedro formado é o dodecaedro.
Fonte:( www.uff.br/cdme/platonicos-html/solidos-platonicos-br.html )
ATIVIDADES EM CLASSE
Materiais a serem utilizados:
Papel cartão, cartolina, canudos, cola, fita adesiva, tesoura, régua, caneta ou lápis,
lousa e giz, TV Pendrive, Pendrive, cópias das planificações.
Locais de Trabalho: Sala de aula, Laboratórios de informática e de ciências
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ATIVIDADE I
Apresentação do projeto, indicação dos materiais a serem utilizados.
ATIVIDADE II
Vídeos sobre dimensões e espaço.
ATIVIDADE III
Conhecendo a história da Geometria Espacial, e os sólidos de Platão.
(Vídeos)
ATIVIDADE IV
Planificação dos sólidos de Platão (Vídeos + Prática)
ATIVIDADE V
Construção dos sólidos de Platão (Vídeo + Prática). Esta atividade
deverá produzir trabalhos para eventual exposição
ATIVIDADE VI
Vídeo sobre Interdisciplinaridade, relacionar os sólidos de Platão com
as disciplinas afins. Esta atividade deverá produzir um texto relacionado.
ATIVIDADE VII Reconhecendo figuras geométricas da natureza e do meio em que
vivemos (Vídeo). Esta atividade deverá produzir um mural contendo fotos ou
cartazes relacionados.
ATIVIDADE VIII Definição dos sólidos de Platão (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA )
ATIVIDADE IX Cálculo de volumes de alguns sólidos. (atividade em sala)
ATIVIDADE X Exposição do projeto à Comunidade Escolar (Exposição dos
trabalhos).
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VÍDEOS RELACIONADOS DISPONÍVEIS NO DIAADIA EDUCAÇÃO:
● OS AZULEJOS DO ALHAMBRA;
● MOSAICOS- Elo entre Geometria e Arte;
● MATEMÁTICA E ARTE- Geometria Sagrada;
● TEOREMA DE PITÁGORAS;
● POLIEDROS DE PLATÃO;
● ICOSAEDRO GIRATÓRIO;
● CUBO GIRATÓRIO;
● OCTAEDRO ESTRELA\DO;
● ORIGAMI- Montagem do Cubo;
● ORIGAMI- Icosaedro Planificado;
● ORIGAMI- Icosaedro Espacial;
● ORIGAMI- Dodecaedro na forma Espacial;
● ORIGAMI- Dodecaedro Planificado;
● ORIGAMI- Octaedro Planificado;
● ORIGAMI- Octaedro Espacial;
● ORIGAMI- Tetraedro Espacial;
● ORIGAMI- Tetraedro Planificado;
● ORIGAMI- A maldição da Pirâmide;
● ORIGAMI- O Legado de Pitágoras e Outros.
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REFERÊNCIAS
BOYER.C. História da Matemática, tradução Elza Gomide, São Paulo, Edgar
Blucher, 1974.
D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino.
Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, p. 99-120, 2005.
DIA-A-DIA-EDUCAÇÃO, Portal Educacional do estado do Paraná,
Educadores
GERÔNIMO, João Roberto, FRANCO, Valdeni Soliani. Geometria Plana e
Espacial: um estudo axiomático, 2ª ed. Maringá: Eduem, 2010.
GIOVANNI, José Ruy, BONJORNO José Roberto; GIOVANNI JR., José Ruy.
Matemática Fundamental. 2° Grau. São Paulo: FTD, 1994 ( Volume único).
GREENBERG, Marvin J. The Euclidian and non-Euclidian geometries,
Library of Congress Cataloging in Publication Data.
KUHN, S Tomas. A Estrutura das Revoluções Científicas, Ed. Perspectiva.
MIGUEL, Antonio. História na Educação matemática: propostas e
desafios/ANTONIO MIGUEL, Maria ÂNGELA MIORIM -1ª ed.-Belo Horizonte:
Autêntica, 2008.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná-Matemática.
Curitiba: SEED, 2008.
PRICE, Derek de Solla. A Ciência desde a Babilônia. Ed. da Universidade
de São Paulo, São Paulo, 1976
SANTOS, Ernani Martins. O desenvolvimento Histórico da Geometria.
Publicado em 13/07/2009, www.web artigos.com
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia, 25 ed. São Paulo : Cortêz
_______________. Pedagogia histórico crítica, 2. ed.São Paulo; Cortez.
21
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico, 2ª ed.
Editora Cortez.
Sites da Internet relacionados com este trabalho:
www.somatematicos.com.br (biografia de matemáticos)
www.uff.br/cdme/platonicos-html/solidos-platonicos-br.html
www.educacao.uol.br/quimica/geometria-molecular
www.mat.ufmg.br/especializacao/monografiapdf/fernandamartins.pdf
www.educ.fc.ul.pt
www.anagraziele.com
www.auvrincos.no.sapo.pt
www.matemania.blogs.sapo.pt/343.html-emchache-similares
www.somatematicarev.blogspot.com
www.lib.utexas.edu
www.oqueemeuenosso.blogspot.com
www.calculomatematico.vilabol.com.br
www.grupoescolar.com
www.avrinc05.no.sapo.pt/planificações.htm (vídeo)
www.youtube.com/watch?=sbKDu_sO4sY (vídeo)
/watch?v=OJWpAVW3q6Q (vídeo)
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