Projeto industrial 07.12.13.docx

26
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS – UNILESTEMG DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS Curso de Engenharia Elétrica FABIANA ALVES HELDER NEIVERSON REGINELLI GIARDINI BRANGIONI RENACIO CASTRO PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Transcript of Projeto industrial 07.12.13.docx

CENTRO UNIVERSITRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS UNILESTEMGDEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATASCurso de Engenharia Eltrica

FABIANA ALVESHELDER NEIVERSONREGINELLI GIARDINI BRANGIONIRENACIO CASTRO

PROJETO DE INSTALAO ELTRICA

Coronel Fabriciano MG20131- A PLANTA

Especificaes do Projeto:Tenso secundria: 380 Y / 220 V;Frequncia: 60 Hz;Temperatura ambiente para os motores M3 e M4: 40C;Os cabos dos circuitos terminais so de cobre com isolao de PVC/70C 0,6/1kV;Os cabos dos circuitos de distribuio do de XLPE/90C 0,6/1kV;Todos os motores so trifsicos, IV plos, 1800 rpm;Tempo de partida dos motores M3 e M4: 8 s;Tempo de atuao das protees em todos circuitos considerado igual a 500ms.

O QDL1 alimenta a carga de iluminao do galpo que tem fator de potncia igual a 0,95 e opera durante 24 horas. A carga possui o seguinte valor:

Carga entre A-N: 15 kVA;Carga entre B-N: 16 kVA;Carga entre C-N: 17 kVA;Total:48 kV.

O fator de potncia mdio da carga do QDL2 0,8.

2- DEMANDA DA PLANTA

2.1- TRANSFORMADOR

O transformador o equipamento responsvel pela adequao do nvel de tenso. Aps a gerao de energia os transformadores trifsicos so utilizados para elevar a tenso nos pontos iniciais das linhas de transmisso com a subsequente utilizao para a reduo das tenses para distribuio e utilizao final da energia eltrica trifsica.Com base nos valores dos fatores de projeto e do clculo da demanda do motor (Dm), valores do QDL1 e QDL2, e posteriormente do QGF, possvel identificar a potncia do transformador para atender a demanda da instalao.A potncia demandada em circuitos de motores eltricos:

Onde: = demanda solicitada de rede de energia em [kVA] potncia nominal do motor, em [cv]; fator de utilizao do motor;fator de servio;rendimento do motor; = fator de potncia.

Para realizao dos clculos da demanda em circuitos de motores eltricos foram utilizadas tabelas para determinar o fator de utilizao do motor, fator de servio, rendimento do motor e fator de potncia.

Tabela 01: Fator de utilizao

Tabela 02: Caractersticas eltricas de motores assncronos com rotor em curto 4 plos

A partir da tabela 02 foi possvel obter os valores do rendimento, fator de servio, fator de potncia dos motores M1, M2, M3 e M4. A tabela 03 demonstra os resultados da demanda de cada motor aps a realizao dos clculos.

Motor 01: 30 cv

Motor 02: 60 cv

Motor 03 e 04: 150 cv

Tabela 03: Demanda dos motoresMotoresPn (CV)FumFSFPDM (kVA)

M1300,8501,1500,9300,8427,628

M2600,8701,1500,9390,8654,712

M31500,8701,1500,9510,86135,054

M41500,8701,1500,9510,86135,054

A demanda do CCM obtida a partir do somatrio da demanda dos motores, conforme frmula abaixo:

Tabela 04: Valor total do CCM:

MotoresS (kVA)P (kW)Q(kVAr)

M127,62823,20814,991

M254,71247,05227,919

M3135,054116,14668,917

M4135,054186,40668,917

Total217,377186,406111,827

O valor total da potncia aparente dada por: , onde, P a potncia ativa e Q reativa.De acordo com as especificaes do projeto o motor M4 reserva do motor M4, ou seja, M4 entra em operao apenas quando M3 parar de funcionar.

Demanda do QDL1:

O QDL1 referente a carga de iluminao do galpo industrial e tem o fator de potncia igual a 0,95 e constituda por lmpadas de descarga com reator eletrnico e opera 24horas por dia.

Tabela 05: Potncia total do QDL1CargasS (kVA)P (kW)Q (kVAr)FP

A15,00014,2504,6840,95

B16,00015,2004,9960,95

C17,00016,1505,3080,95

Total48,00045,60014,9880,95

Demanda do QDL2:

O QDL2 referente s dependncias administrativas e o fator de potncia mdio da carga dos aparelhos, de acordo com especificaes do projeto, de 0,8.

Tabela 06: Potncia total do QDL2CargasS (kVA)P (kW)Q (kVAr)FP

A21,62517,3012,9750,80

B16,00012,809,6000,80

C18,62514,9011,1750,80

Total56,25045,0033,7500,80

Demanda do QGF:

O valor do QGF calculado calculado com base no somatrio dos .

Tabela 07: Potncia total do QGFS (kVA)P (kW)Q (kVAr)FP

CCM217,377186,406111,8270,858

QDL148,00045,6014,9880,95

QDL256,25045,0033,7500,80

Total320,178277,006160,5650,865

A potncia do transformador deve ser maior que a potncia total demandada pelo planta industrial. Portanto, se a potncia total foi de 320,178 kVA, o transformador dever ter uma potncia de 500kVA, de acordo com valores comerciais.

TRANSFORMADOR = 500kVA

3- BANCO DE CAPACITOR

Bancos de capacitores so conjuntos de capacitores, que tm como principal funo a compensao reativa capacitiva, compensando o fator de potncia, e melhorando alguns aspectos no sistema, como aumentar a tenso nos terminais da carga, reduzir as perdas na transmisso, entre outros.Para calcular a potncia do banco de capacitor foi necessrio encontrar o valor do fator de potncia.

Porm, se faz necessrio a correo do fator de potncia para 0,92 que um valor aceitvel pela concessionria de energia eltrica. Os clculos abaixo foram realizados para determinao do banco de capacitor.

Tabela 08: Novos valores das potncias e do banco de capacitoresNovo FPNova Potncia aparente SNova Potncia reativaQPotncia do Banco de Capacitor - Qc

0,92301,93 (kVA)118,002 (kVar)42,685 (kVar)

Sendo assim, o valor da potncia do banco de capacitores escolhido para o projeto foi de 50kVA, de acordo com valores comerciais.

BANCO DE CAPACITOR = 50kVA

4- SEES DOS CONDUTORES

Para dimensionar os condutores foram utilizados trs critrio, sendo eles: Ampacidade, Queda de tenso e de Curto-circuito.

Critrio de Ampacidade:

Onde: = corrente corrigida; = corrente nominal em plena carga; = fator de agrupamento; = fator de correo de temperatura.De acordo com de cobre com isolao especificaes do projeto, os cabos dos circuitos terminais so de PVC/70 - 0,6/1kV e os cabos dos circuitos de distribuio so de XLPE/90 - 0,6/1kV.

Motor 01: 30cv Critrio de Ampacidade

= 41,976 A = 1 = 1

A partir da tabela 09 possvel determinar a seo correspondente do condutor:

Seo correspondente = 10mm2

Critrio de Queda de Tenso: permitida uma queda de tenso de 2%

Onde: = queda de tenso durante operao normal em %; = para cargas AC trifsicos; = corrente nominal; = comprimento do circuito; = Resistncia do cabo selecionado; = Reatncia do cabo selecionado; = nmero de condutores por fase; = tenso nominal.

O valor da queda de tenso durante operao normal deve ser inferior 2%. Portanto o valor de est dentro do limite estabelecido.

Onde: = queda de tenso durante a partida em %;na partida = 0,35

O valor da queda de tenso durante a partida deve ser inferior 10%. Portanto o valor de est dentro do limite estabelecido.Os valores da resistncia e da reatncia foram retirados da tabela 10 e o valor da corrente de partida foi retirado da tabela 02 da relao de corrente nominal pela corrente de partida.

Tabela 10: Valores de R e X para os cabos de PVC

Seo correspondente = 10mm2

Critrio de curto-circuito:

Onde: = tempo de eliminao do defeito (curto-circuito); = Corrente simtrica de curto-circuito;

Sendo: = 115 para condutores com isolao de PVC = 143 para condutores com isolao de EPR/XLPE

(condutor unipolar, isolao PVC/70 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia D: cabos unipolares em eletroduto enterrado ou em canaleta no ventilada.

Motor 02: 60cv

Critrio de Ampacidade

= 83,126 A = 1 = 1

Critrio de Queda de Tenso: permitida uma queda de tenso de 2%

A queda de tenso permitida na partida dos motores de 10%.

Critrio de curto-circuito:

(condutor unipolar, isolao PVC/70 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia B1: condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta fechada embutida no piso.

Os motores de 150cv esto em um setor onde a temperatura de 40C, portanto deve-se corrigir a temperatura com base na tabela abaixo:

Tabela 11: Fatores de correo para temperaturas ambientes diferentes de 30C para linhas no-subterrneas e de 20C (temperatura do solo) para linhas subterrneas.

Motor 03: 150cv

Critrio de Ampacidade

= 205,193 A = 1 = 0,87

Critrio de Queda de Tenso: permitida uma queda de tenso de 2%

A queda de tenso permitida na partida dos motores de 10%.

Critrio de curto-circuito:

(condutor unipolar, isolao PVC/70 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia B1: condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta fechada embutida no piso.

Motor 04: 150cv

Critrio de Ampacidade

= 205,193 A = 1 = 0,87

Critrio de Queda de Tenso: : permitida uma queda de tenso de 2%

A queda de tenso permitida na partida dos motores de 10%:

Critrio de curto-circuito:

(condutor unipolar, isolao PVC/70 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia B1: condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta fechada embutida no piso.

CCM (Centro de Controle de Motores): 217,377 kVA

Critrio de Ampacidade

= A = 0,8 = 1

Critrio de Queda de Tenso: permitido uma queda de tenso de at 3%.

A corrente nominal deve ser considerado a relao Ip/In do motor mais potente de acordo com a Tabela 02, multiplicada pela corrente nominal do motor. Considera-se tambm a soma das correntes nominais dos demais motores.

A queda de tenso permitida na partida dos motores de 10%.

Critrio de curto-circuito:

(condutor unipolar, isolao XLPE/90 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia D: cabos unipolares em eletroduto enterrado ou em canaleta no ventilada.

QDL1: 48kVA

Critrio de Ampacidade:

Como o QDL1 possui cargas diferentes para cada fase, no clculo da corrente nominal usa-se a fase mais carregada que : C-N = 17 kVA.

= 0,8 = 1

Critrio de Queda de tenso: permitida uma queda de tenso de 3%.

Critrio de curto-circuito:Tempo de atuao da proteo: 100ms

(condutor unipolar, isolao XLPE/90 - 0,6/kV).S = 1#25 Condutor Neutro (condutor de proteo)Referncia D: cabos unipolares em eletroduto enterrado ou em canaleta no ventilada.

QDL2: 56,250 kVA

Critrio de Ampacidade:

Como o QDL2 tambm possui cargas diferentes para cada fase, no clculo da corrente nominal usa-se a fase mais carregada que a fase A 17,3 kW.

= 1 = 1

Critrio de Queda de tenso: permitida uma queda de tenso 3%.

Critrio de curto-circuito:Tempo de atuao da proteo: 100ms

(condutor unipolar, isolao XLPE/90 - 0,6/kV).S = 1#25 Condutor Neutro (condutor de proteo)Referncia B1: condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta fechada embutida no piso.

Banco de Capacitores: 42,685 kVA

A corrente nominal deve ser multiplicada pela constante 1,35.

Critrio de Ampacidade:

Critrio de queda de tenso:

= 0

Critrio de curto-circuito:Tempo de atuao da proteo: 100ms

(condutor unipolar, isolao XLPE/90 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia D: cabos unipolares em eletroduto enterrado ou em canaleta no ventilada.

QGF: 500kVA

Critrio de queda de tenso: permitida uma queda de 1%

Critrio de curto-circuito:

Tempo de atuao da proteo: 100ms

(condutor unipolar, isolao XLPE/90 - 0,6/kV). (condutor de proteo)Referncia D: cabos unipolares em eletroduto enterrado ou em canaleta no ventilada.

5- DIMENSES DAS CANALETAS E DOS ELETRODUTOS

4.1- Dimensionamento de barramentos 4.1.1- Capacidade de corrente4.1.2- Esforos eletrodinmicos devido a corrente de curto-circuito

4.2- Dimensionamento de eletrodutos

6- DISJUNTORES E FISVEIS DE BAIXA TENSO

Os dispositivos eltricos utilizados normalmente em baixa tenso podem ser classificados como: de seccionamento e de proteo.

Dispositivos de seccionamento: comutadoras, seccionadoras, interruptores e contatores. Dispositivos de proteo: proteo contra sobrecargas (rels trmicos, termistores) e proteo contra curto-circuito (fusvel, rel eletromagntico). Esses dispositivos podem ser aplicados isoladamente ou em conjunto.

5.1- FusveisOs fusveis so dispositivos de proteo mais tradicionais na alimentao de diversas cargas, tendo como principal funo a proteo contra curto-circuito de sistemas eltricos, atuando tambm como limitadores da corrente de curto-circuito.

5.2- DisjuntoresOs disjuntores so dispositivos de proteo de circuito mais comuns em baixa tenso. Na maioria das aplicaes so termomagnticos, equipados com disparo trmico (proteo conta sobrecarga caracterstica de longa durao) e disparo eletromagntico (proteo contra curto-circuito caracterstica instantnea).