PROJETO INTERDISCIPLINAR -...

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PROJETO INTERDISCIPLINAR 2º ANO 2013

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PROJETO INTERDISCIPLINAR

2º ANO

2013

DESENVOLVIMENTO

• ALUNOS BENEFICIADOS: 2º ANO

• TEMA: RENOIR, VALORIZANDO A FAMÍLIA

ANÁLISE DA SÉRIE: “AZUL E ROSA”

Renoir, Pintor da Luz, da Felicidade e da Harmonia

Pierre-Auguste Renoir nasceu em Limoges (França), em 1841. Viria a tornar-se um dos

mais famosos pintores do movimento impressionista. A sua forma de ver, muito em particular a

natureza, tornam-no inconfundível e a luz que se espalha pelos seus quadros constitui algo de

mais bonito que desde sempre se pintou. Além do mais, produziu uma enorme quantidade de

trabalhos, cerca de 6.000, talvez a obra de maior vulto, a seguir à de Picasso.

Renoir começou com treze anos, como um pintor de porcelana, numa fábrica de Paris, o

que lhe deu grande experiência no trabalho com as cores e uma técnica muito aperfeiçoada.

Desde cedo ficou entusiasmado com os tons delicados e a força luminosa das cores. A

mecanização do fabrico das porcelanas levou-o a ser dispensado deste trabalho, tendo-se

dedicado então à pintura de leques e reposteiros. Aos 21 anos já possuía meios que lhe

permitiram dedicar-se ao estudo da pintura. Em 1862 entrou na École des Beaux Arts. Ao

mesmo tempo começou a frequentar as aulas de Gleyre, onde conheceu e se tornou grande

amigo de Bazille, Sisley e Monet, todos participantes do importante movimento de renovação da

pintura que então nascia. A sua relação com Monet foi particularmente importante e decisiva

para o aparecimento do movimento “Impressionista”. Ambos defendiam que era muito

importante pintar no exterior e interpretar as cores tal como estas podiam ser vistas na natureza.

A interpretação das cores da sombra, do rico colorido desta e dos seus cambiantes com a hora

do dia e com o reflexo das cores adjacentes, torna-se uma preocupação constante na sua

pintura.

Mas para Renoir, apesar das dificuldades porque passava, pintar era sempre exprimir a

beleza e a alegria proporcionada pelas cores. Quer para ele, quer para Monet, preocupava-lhes

mais a falta de dinheiro para comprar as tintas do que o que lhes faltava para a comida.

Escreveu um dia, cerca do ano de 1870 a Bazille: “Apesar de não comermos todos os dias,

estamos de boa disposição” e nunca ninguém os viu pintar quadros que expressassem

pessimismo ou depressão.

A partir dos anos 80, sobretudo por mérito do galerista Paul Durand-Ruel, que o havia

descoberto dez anos antes e farejara o seu talento, Renoir passa a vender regularmente os seus

trabalhos e deixa de se debater com os problemas econômicos. Em 1883, Ruel organiza uma

exposição especial sobre Renoir. Mas é precisamente nessa época que se dá uma profunda

modificação no trabalho do pintor, que considera que o impressionismo se está a esgotar,

chegando a afirmar que tem de reaprender a pintar e a desenhar. Os impressionistas começam

a ser acusados de apenas representar as aparências exteriores.

Entre 84 e 87 Renoir entrou num novo período que designou por “manière aigre”. “Os

Guarda-Chuvas” marcam muito bem este período de mudança. Houve quem temesse que esta

crise afetasse definitivamente o trabalho de Renoir. Os seus companheiros Monet, Degas e

Pissarro sofriam crises semelhantes. Era a rotura com o impressionismo. O oitavo e último salão

dos impressionistas deu-se em 1886, já sem a participação de Renoir.

Ao mesmo tempo, porém, Durand Ruel apresentou 32 quadros de Renoir em Nova York

abrindo caminho para os impressionistas no mercado americano.

Entretanto, a pintura de Pierre-Auguste vai-se modificando lentamente. Os seus temas

favoritos deixam de ser as festas e as cenas da vida quotidiana e passam a ser mais universais.

As figuras femininas ganham dimensões mais universais, por vezes mitológicas. As crianças são

temas favoritos e pinta várias vezes a sua futura mulher e o filho mais velho, cujo nascimento foi

já um pouco tardio. As naturezas mortas dão ao pintor um especial prazer e chega a afirmar que

ao pintar flores se atreve a experiências, inovações e aplicações de cores que nunca se

atreveria na representação da figura humana, pelo medo de estragar a correção desta. No

entanto, a experiência apreendida na pintura das flores torna-se-lhe muito útil, posteriormente,

na figura humana.

Nos últimos trinta anos da sua vida Renoir era plenamente reconhecido e a venda dos

trabalhos garantia-lhe uma vida desafogada. Durante este período viajou mais, tomou contato

com a pintura italiana e espanhola e pintou com outros pintores seus contemporâneos,

nomeadamente Cézanne que muito o admirava.

Em 1892 Durand-Ruel organizou nova exposição de Renoir, na qual expôs 110 quadros.

Apesar da ainda grande relutância na aceitação dos impressionistas – que eram por vezes

associados aos anarquistas – o Estado francês comprou nesta exposição, pela primeira vez, um

quadro do pintor.

No final da década de 80 começa a ser atacado pelo reumatismo, que se vai acentuando

até que, em 1910, cada vez mais magro, fica definitivamente preso a uma cadeira de rodas. A

doença leva-o a escolher o Sul da França para viver e, em 1905, muda-se definitivamente para a

Côte d’Azur. Nascera entretanto, em 1901, o seu terceiro filho, que lhe serviu frequentemente de

modelo.

Em 1907 o Metropolitan Museum de Nova York compra num leilão o famoso retrato de

“Madame Charpentier e as suas filhas”, pintado em 1878, quadro que na época em que Renoir

era tão criticado teve a sua importância, já que Charpentier era um conhecido editor que

acreditou no valor do pintor ao ponto de lhe encomendar o retrato da sua família. É também em

1907 que o pintor compra a quinta “Les Collettes”.

A partir de 1904 a doença começou a tornar-se insuportável, mas nem por isso Renoir

deixa de pintar, chegando a um ponto em que lhe entalavam os pincéis entre os dedos, nas

mãos ligadas. Apesar disso o pintor só interrompia o trabalho quando as dores lhe eram

completamente intoleráveis. Chegou mesmo a tornar-se escultor sem poder utilizar as próprias

mãos, dando indicações aos assistentes que iam moldando no barro, conforme as suas

instruções. O espanhol Guino foi o seu mais dedicado assistente e interpretou de tal modo as

instruções recebidas que é o traço de Renoir que ressalta das esculturas.

Apesar da doença e do sofrimento nunca se deixou dominar pelo pessimismo ou pela

tristeza. Renoir mostrou um grande desprezo pela estupidez da guerra, na qual ficaram feridos

dois dos seus filhos. Um deles, Jean Renoir, veio a tornar-se famoso realizador de cinema e

escreveu, em 1962, uma preciosa biografia sobre seu pai: “Renoir, mon pére”.

Renoir manteve sempre um intenso contacto com a natureza e mandou construir na sua

casa de Cagnes um estúdio ao ar livre, onde pudesse observar a cor em todo o seu esplendor.

No final da sua obra é especialmente impressionante a “festa” da luz, muito em particular a que

envolve ricamente as figuras femininas, tema ainda predileto, mas agora mais amadurecido e

por isso mais universal. Gabrielle, que tomava conta do seu filho mais novo, tornou-se um

modelo favorito e ficou por ele eternizada como um símbolo visual do feminino.

Em 1919 foi levado de cadeira de rodas a visitar o Louvre, onde viu um dos seus quadros

ao lado de Veronese. Nesse ano, Pierre-Auguste Renoir comentava que ainda fazia progressos

e chegou a afirmar então: “Creio que, aos poucos, começo a perceber isto”. Acometido em

Novembro por uma pneumonia, veio a falecer em 3 de dezembro e está sepultado em Essoyes,

ao lado de Aline, sua mulher.

É considerado por muitos o pintor da luz, da felicidade e da harmonia.

RENOIR, VALORIZANDO A FAMÍLIA

Diante da sociedade em que vivemos e com o que nos deparamos todos os dias nos

noticiários e nas ruas, é possível observar o quão importante é a família. Face a isso, surgiu a

ideia de aliar arte ao tema família, com o objetivo de trabalhar de forma lúdica o conceito de

família e mostrar que hoje as famílias são compostas das mais diferentes maneiras, não

havendo mais um padrão a ser seguido, mas que acima de tudo a família é a instituição mais

importante na vida de cada indivíduo.

Renoir foi um pintor impressionista que se dedicou muito à família. Muitos de seus quadros

tiveram como modelo membros de sua própria família. Outra característica que o destaca para

esse projeto é o fato de que ele era contratado muitas vezes pra pintar famílias inteiras, como a

família Charpentier.

ETAPAS:

1. Conhecer o projeto, o artista e o impressionismo

� Em uma roda, ler o livro do projeto “Renoir e A borboleta Marieta”.

� Conversar com as crianças sobre a ilustração da capa e contar que trata-se de uma

pintura de Renoir chamada “Rosa e Azul”.

� Propor às crianças que descubram quem foi Renoir.

� Estudar a biografia do artista e o que foi o Impressionismo – ver revista Coleção saberes

da educação nº 03 – pág.42

OBS.: Ao estudar a biografia de Renoir, destacar o fato de que muitas de suas telas tinham

como modelos membros de sua família ou seus amigos e que ele pintava muitas telas de

famílias.

a. Apresentar às crianças diversas obras de Renoir para que apreciem.

2. Conhecer “As meninas Cahen d’Anvers – Rosa e Azul

� Mostrar a tela para as crianças e conversar sobre o que elas observam. A professora

deverá contar a história do quadro, e mostrar suas características principais e o que

torna essa tela tão importante no cenário das Artes. Também é importante ressaltar ao

trabalhar a história do quadro, a questão das pinturas de família que eram

encomendadas na época e ainda muitos anos depois.

O quadro "As Meninas Cahen d'Anvers" (conhecido como "Rosa e Azul"), pintado por

Renoir em 1881 foi encomendado pelo banqueiro Louis Raphael Cahen d'Anvers, pai das

meninas que aparecem no quadro - Alice e Elisabeth Cahen d'Anvers. A família do banqueiro

não gostou do resultado e o quadro ficou esquecido, escondido em um lugar qualquer obscuro

da casa e só muitos anos depois foi redescoberto.

Washington Maguetes Maurício de Souza

A obra pertence ao acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP) desde que foi adquirida

por Assis Chateaubriand (fundador do Museu). Este quadro tem sido fonte de muita inspiração

para o público e para outros pintores. O pintor Washington Maguetas e o quadrinista Maurício de

Souza já fizeram suas interpretações artísticas desta grande obra (ver imagens abaixo).

"Renoir, pintando Rosa e Azul, mostra na vibração da superfície e das cores vivas

que compõem os vestidos das meninas toda a vivacidade e a graça instintivamente

feminina que se esconde atrás da convenção da pose, todo o frescor e a candura da

infância. As meninas quase se materializam diante do observador, a de azul com o seu ar

vaidoso e a de rosa com um certo enfado, quase beirando as lágrimas." (Texto junto ao

quadro - MASP)

ANÁLISE DA OBRA

Por Percival Tirapeli - Professor de Estética e História da Arte da UNESP

Além de ser uma obra-prima, Rosa e Azul sintetiza algumas das preferências de Renoir. O

nome remete às tonalidades que estarão presentes em muitas das telas, sendo suas cores

favoritas.

Além disso, o quadro apresenta uma mistura de técnicas que marca muito o trabalho de

Renoir. Temos aqui três momentos bem distintos, criados com três técnicas diferentes. O

primeiro deles é o rosto polido das meninas, praticamente sem sombras, muito bem trabalhado e

de forma bem arredondada.

Em seguida, percebe-se a tinta gorda esticada com um pincel chato que dá todo o volume

e textura do cinturões dos vestidos.

O terceiro momento é a sensação causada pela textura do vestido, pelo qual ele deixa

transparecer a estrutura do corpo das meninas.

Neste caso, ele aplica a técnica do pontilhismo - muito usada por seu amigo Alfred Sisley

(1839-1899) - os tons são divididos em semitons e lançados na tela em pequeninos pontos

visíveis de perto, mas que se fundem na visão do espectador ao serem vistos a distância.

Este quadro demonstra ainda toda a energia de vida que Renoir sempre quis retratar em

suas obras.

� Explicar que “Rosa e Azul” inspirou muitos outros trabalhos como:

A. Damas em Giverny (óleo sobre tela - 47x59cm - 2005)

Quadro pintado por Washington Maguetas, imaginando como estariam estas duas irmãs

de rosa e azul após alguns anos, visitando os jardins da casa de Monet na cidade de Giverny, na

França.

B.Magali e Mônica de Rosa e Azul

Versão pintada por Maurício de Souza em 1989, após ver pessoas tentando

copiar o quadro original durante uma exposição no MASP. Após esta ideia, Maurício de Souza

fez uma exposição e um livro chamado "História em Quadrões", com paródia da obra de

diversos artistas utilizando seus personagens.

� Levar as crianças para o laboratório de informática para que pesquisem fotos e pinturas

de famílias de antigamente – conversar sobre a composição das famílias de

antigamente.

� Fazer uma releitura da obra. Dividir a turma em grupos misturando meninos e meninas.

Os meninos podem ficar responsáveis pelo desenho e pela pintura. As meninas devem

confeccionar as roupas das meninas como vestidinhos de boneca. O trabalho pode ser

feito em cartolina ou papel cartão.

� Pode-se também colorir ou fazer um mosaico.

� Conversar sobre os irmãos de cada um. Quem não tem irmãos pode comentar sobre se

gostariam de ter ou falar sobre um amigo que se tornou quase um irmão.

� Produzir um depoimento sobre o irmão (ou sobre o amigo), ressaltando as qualidades

que o tornam um bom irmão, (sugiro que as crianças façam um rascunho do

depoimento e que, depois, sejam filmadas fazendo-o.) Usar como epígrafe para o amigo

o texto de Provérbios 18:24 “. . .há um amigo que se apega mais do que um irmão”.

� Perguntar às crianças se em casa há fotografias de sua família e se já viram na casa de

seus avós quadros com fotografias ou pinturas antigas de toda a família.

� Pedir que tragam uma fotografia de toda a família e que tentem reproduzi-la como nos

quadros antigos. (Se possível, levar para a sala um quadro daquelas pinturas de família

que havia na casa de nossos avós).

3. Estudar a tela “O almoço dos Barqueiros”

“O Almoço dos Barqueiros” registra um almoço em um feriado no terraço do restaurante La

Fournaise, em Chatou. Fournaise era uma das mais populares opções de lazer da Paris

moderna. A partir da década de 1860, com o surgimento das linhas de trem, várias áreas rurais

próximas a Paris passaram a ser frequentadas pela burguesia da cidade.

Auguste Renoir ia com frequência ao restaurante. Muitos dos protagonistas da pintura são

amigos do pintor. A moça com o cachorrinho é a sua futura esposa, Aline. Atrás dela,

apoiado na balaustrada, está o filho do proprietário do restaurante, Alphonse Fournaise. Ao seu

lado, está sua irmã, Alphonsine. Do lado aposto, também vestido de barqueiro, está Caillebotte,

pintor impressionista. A atriz Ellen André está próxima, e o jornalista Maggiolo se reclina sobre

ela.

Renoir começou a estudar o tema em 1880 e concluiu a tela no ano seguinte, em seu

ateliê – de vez em quando, os personagens da pintura o visitavam, para servirem de modelo. A

tela foi exposta na Sétima Exposição Impressionista (1882) e adquirida pelo galerista Durand-

Ruel.

Destaques da obra:

� Os personagens: são retratados com leveza e jovialidade. Todos estão em meio a uma

ação, com gestos naturais e olhares espontâneos – captar um flagrante, um momento

efêmero, era um ideal impressionista.

� A composição: o quadro é composto em uma diagonal, o que confere dinamismo e

profundidade à imagem.

� Luz e sombra: a luz é natural e cria sombras sutis, matizadas de azul. As sombras

coloridas também são características do movimento impressionista.

� As cores: Renoir conserva os tons límpidos e luminosos do impressionismo. O verde das

folhagens e o vermelho do toldo são tons complementares e conferem um colorido

harmônico à obra. As vestimentas claras dos personagens os destacam do fundo,

refletindo a luz que invade pela abertura da varanda.

� Destacar o fato de que a pintura mostra amigos de Renoir e sua futura esposa.

� Em casa as crianças deverão conversar com os pais sobre como se conheceram, onde

isso aconteceu. (Ter cuidado com as crianças cujos pais são separados e não se dão

bem.)

� Pedir que as crianças façam um desenho do lugar e de como os pais se conheceram.

� A tela mostra um restaurante onde as pessoas costumavam se reunir em Paris.

Conversar sobre onde as famílias das crianças vão quando querem se divertir, almoçar,

passear. Conversar sobre se em Inhumas há algum lugar assim.

4. Conhecendo as famílias

� Pedir às crianças que tragam gravuras de diferentes famílias para que observem em

sala como são as várias famílias possíveis.

a) Solicitar aos alunos que, após observarem tais imagens, escolham uma que lhes

chamem a atenção: seja porque se parece com a sua, seja porque representa uma família que o

aluno gostaria de ter, dentre outras razões.

b) Após essa etapa, cada aluno deverá apresentar os motivos que o levaram a optar por

tal imagem. Professora, sugere-se que nesse momento você estimule o aluno a falar de sua

própria família apresentando-a a seus colegas. Em seguida, a professora entregará aos alunos

folhas de papel sulfite, lápis de cor, giz de cera e canetinha solicitando que os mesmos

desenhem eles próprios com sua família, registrando o que cada membro da família faz melhor.

5. Conhecer a história da família de cada um

� Um dia antes desta aula o professor deverá pedir para os alunos indagarem seus pais

acerca de sua família, ou seja, como seus pais e avós se conheceram, onde nasceram,

enfim, o intuito é que eles possam ter conhecimento acerca de sua história familiar.

� No laboratório de informática mostrar um vídeo, de 4 minutos e 3 segundos,

denominado “Palavra cantada-EU” (Fig. 1), disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=2cqcWHs7a_E. Acesso em 22 Out. 2009.

� Seria interessante que cada criança tivesse a letra da música:

Eu

Perguntei pra minha mãe: "Mãe, onde é que ocê nasceu?"

Ela então me respondeu que nasceu em Curitiba Mas que sua mãe que é minha avó

Era filha de um gaúcho que gostava de churrasco E andava de bombacho e trabalhava no rancho E um dia bem cedinho foi caçar atrás do morro

Quando ouviu alguém gritando: "Socorro, socorro!" Era uma voz de mulher

Então o meu bisavô, um gaúcho destemido

Foi correndo, galopando, imaginando o inimigo E chegando no ranchinho, já entrou de supetão

Derrubando tudo em volta, com o seu facão na mão Para alívio da donzela, que apontava estupefata,

Para o saco de batata, onde havia uma barata E ele então se apaixonou

E marcaram casamento com churrasco e chimarrão E tiveram seus três filhos, minha avó e seus irmãos

E eu fico imaginando, fico mesmo intrigado Se não fosse uma barata ninguém teria gritado Meu bisavô nada ouviria e seguiria na caçada

Eu não teria bisavô, bisavó, avô, avó, pai, mãe, não teria nada Nem sequer existiria

Perguntei para o meu pai: "Pai, onde é que ocê nasceu?" Ele então me respondeu que nasceu lá em Recife

Mas seu pai que é o meu avô Era filho de um baiano que viajava no sertão E vendia coisas como roupa, panela e sabão

E que um dia foi caçado pelo bando do Lampião Que achavam que ele era da polícia um espião

E se fez a confusão E amarraram ele num pau pra matar depois do almoço

E ele então desesperado gritava: "Socorro!" E uma moça apareceu bem no último instante

E gritou pra aquele bando: "Esse rapaz é comerciante!" E com muita habilidade ela desfez a confusão

E ele então deu um presente, um vestido de algodão E ela então se apaixonou

Se aquela moça esperta não tivesse ali passado Ou se não se apaixonasse por aquele condenado

Eu não teria bisavô, nem bisavó, nem avô, nem avó, nem pai pra casar com a minha mãe Então eu não contaria essa história familiar

Pois eu nem existiria pra poder cantar Nem pra tocar violão.

� Ao término do vídeo o professor poderá indagar aos alunos se os conheciam (o vídeo e

a música), se gostaram, o que acharam do que viram e ouviram, entre outros. Ele

poderá acrescentar e dizer que todos têm uma história, a qual está atrelada à família na

qual nascemos. Uma vez que isto nos diz respeito é um assunto interessante de ser

explorado.

� O professor solicitará que os alunos sentem-se em círculos. Feito isso, cada um deles

deverá apresentar sua história familiar à classe. Neste momento eles poderão mostrar

uma fotografia da família, se desejarem.

� Mostrar a árvore genealógica da família Simpson (Fig. 3), e explicar a eles que ela

representa o histórico da família contendo todos os seus componentes: pai, mãe, avós,

irmãos, primos, tios, entre outros.

Figura 3-Árvore genealógica

Disponível em: http://itallo.files.wordpress.com/2009/01/simpsons-tree1.jpg.

� Após estas explicações, propor que as crianças façam sua árvore genealógica. Uma

árvore genealógica cheia de arte – fazer a árvore com recorte e colagem de papel

colorido.

É importante o professor dizer que os alunos podem colocar nomes de pessoas próximas

que fazem o papel de pai, mãe, avó, entre outros, porquanto alguns deles podem não conhecer

os pais, ou ainda não saber dizer os nomes dos avós, por falta de contato com estes, ou por

outros motivos.

6. Produzir um álbum de textos e fotos “Minha família é assim”

� No álbum, as crianças escreverão sobre a família e também pesquisarão poemas e

outros textos sobre cada membro da família.

� No final do álbum, fazer uma parte chamada “Minha família é uma graça”, onde as

crianças farão caricaturas dos membros da família. Para um estudo da caricatura ver

livro A arte na sala de aula – 4º ano – pág. 66

� Junto com a parte de caricaturas, fazer uma página de colagens absurdas. Livro

Educação Artística – Reviver nossa arte – 3 pág. 34

� Na abertura do álbum, para apresentar o autor, realizar a atividade com a fotografia da

criança sugerida na revista Especial Projetos escolares nº 1 – pág. 26

� Fazer a árvore da amizade para agregar os amigos à família – Revista Guia prático para

professores de Educação Infantil nº 105 pág. 6

7. Leitura de livros sobre o tema

� “Uma história parecida com a da gente”

STRAUZS, R.A. Uma história parecida com a da gente. São Paulo: Editora Ática, 2000.

Sinopse do livro: Na história, cada bicho tem uma família diferente e a autora questiona

se esse fato se assemelha à vida em família dos seres humanos. A história compara formas de

organização familiar dos animais com as das pessoas.

•••• Explorar com os alunos: No que essa história se parece com a história de cada um de

nós? Quais as relações entre a história contada e os registros feitos pelos alunos?

•••• Fazer o reconto do livro – pode ser feito na aula de redação, por exemplo.

� “Os problemas da Família Gorgonzola”.

FURNARI, E. Os problemas da família Gorgonzola. São Paulo: Global Editora, 2004.

Sinopse: O livro aborda o tema família de uma forma divertida. Na história, a família

Gorgonzola tem problemas como todo mundo, mas a diferença está no fato de que, nessa

família especial, os problemas são sujos, imundos. A autora faz um convite ao leitor para tentar

resolver tais problemas.

• Explorar a história com os alunos: Do que fala esse livro? Por que será que a família

dessa história era conhecida como “Família Gorgonzola”? Vocês identificam problemas em sua

família? Será que os problemas que vocês têm em família são como os da família Gorgonzola?

Será que seus problemas fedem, ou são sujos? Vocês acreditam que os seus problemas em

família têm solução?

ESTA ETAPA É MUITO DELICADA, POR ISSO, É NECESSÁRIO MUITO CUIDADO AO

FAZÊ-LA OU TALVEZ NÃO REALIZÁ-LA. ACHO MUITO INTERESSANTE.

a) Professora, nesse momento, sugere-se que você proponha aos alunos que,

individualmente, listem em fichas distribuídas, alguns problemas que eles identificam na sua

convivência familiar.

b) Feita essa listagem, os alunos deverão entregar as fichas à professora para que a

mesma, embaralhe-as e redistribua-as aos alunos de forma que cada um pegue uma lista de um

colega. Após essa etapa, os alunos deverão fazer a leitura e reflexão de tais problemas,

sugerindo estratégias de resolução dos mesmos aos colegas, sem necessariamente identificar o

autor da lista. Professora, faz-se importante que você percorra as carteiras dos alunos

auxiliando-os nas sugestões para que sejam pertinentes e tenham aplicabilidade.

c) Socializar tais estratégias ressaltando elementos que de fato colaborariam para a

resolução de problemas em família.

� Ler e analisar com as crianças o texto “Deixe a raiva secar” do padre RÉUS – Construir

notícias nº 64 – pág. 56

8. Comparar a tela “Maternidade” de Renoir e a tela “Madona Litta” de Leonardo Da

Vince

� Destacar as características do impressionismo presentes na obra de Renoir.

� Montar um painel com fotografias das mães dos alunos quando estavam grávidas.

� Conversar sobre o teste do pezinho que toda criança faz ao nascer e fazer o quadro a

seguir.

� Como releitura da obra Maternidade de Renoir, fazer o seguinte quadro.

OBS.: Se possível, fazer um para cada criança com fotografia de cada criança. Se não,

montar com gravuras tiradas de revistas ou jornais.

9. Comemorar o Dia da Família – 15 de maio

Datas Comemorativas – “Dia da Família” - 15 de Maio

A Assembleia Geral da ONU proclamou, pela resolução nº 47/237 de 20 de setembro de

1993, o dia 15 de maio como “Dia Internacional da Família”, com o objetivo de chamar a atenção

de todo o mundo, governos, responsáveis por políticas locais e famílias, para a importância da

FAMÍLIA como núcleo vital da sociedade e para os seus direitos e responsabilidades.

� Falar sobre o Dia da Família e como ele começou a ser comemorado.

� Pesquisar pinturas de famílias e montar um livro com as telas impressas. Como por

exemplo esta de Tarsila do Amaral.

� Conversar sobre os tipos de famílias que existem. Falar sobre os papéis e funções que

cada um tem dentro da família.

� Relacione os valores que devem ser conservados dentro das famílias e reflita sobre

eles.

� Fale sobre os idosos, a experiência que trazem e a herança que nos passam.

� Peça às crianças que escrevam sobre cada um dos integrantes de sua família, suas

características, seus pontos positivos, o grau de parentesco, a profissão e a relação que

têm com os demais membros da família.

� Peça que façam um desenho e nomeiem todos os familiares.

� Oriente-os nas atividades artísticas que representem a família ou que decorem objetos

de uso coletivo da família.

� Ensaiar a música “Ter uma família” para apresentar no Dia da Família. Convidar as

famílias para irem à escola para serem homenageadas.

Portarretrato, Capa de agenda ou Caixinha porta-chaves

Cada criança pode escolher fazer um ou a professora escolhe uma sugestão e

propõe aos alunos.

Materiais: cartolina branca, lápis preto, tinta guache ou plástica (plastic paint) ou tinta

acrílica (acrylic colors), pincéis, tinta dimensional preta, crystal cola de várias cores, tesoura, fita

dupla face.

Modo de fazer:

a. Corte cada cartolina em quatro partes, dê uma parte para cada criança.

b. Peça que fechem os olhos e façam linhas sobre o papel, de maneira que elas se cruzem

em vários pontos (desenho cego).

c. Pinte cada forma de uma cor com uma das tintas sugeridas na lista de materiais.

d. Faça as linhas com tinta dimensional preta (contorno das formas).

e. Faça texturas sobre a pintura com a crystal cola. Deixe secar.

Portarretrato

Sobre as laterais do portarretrato cole fita dupla face. Cole o papel trabalhado sobre ele.

Corte nas laterais.

Capa de agenda

Solte o espiral da agenda. Encape a capa da frente da agenda, utilize a fita dupla face.

Com um lápis perfure os buraquinhos onde passa o espiral. Passe o espiral unindo as capas e

as folhas da agenda.

Caixinha porta-chaves

Passe uma demão de base branca para artesanato em toda a caixinha pelo lado de fora.

Pinte a parte debaixo da caixinha com tinta nature colors ou tinta acrílica fosca.

Faça linhas sobre a tampa da caixinha de maneira que elas se interceptem. Pinte cada

forma com uma cor de tinta. Espere secar. Faça os contornos com Tinta dimensional preta. Faça

texturas com crystal color.

Família com colher de pau

Material: colher de pau, tinta PVA, pincel, EVA de várias cores, olhinhos móveis, tesoura,

lãs, fitinhas, canetas permanente (preta e vermelha), cola branca, cola para EVA e crystal cola.

Modo de fazer:

a. Pinte as colheres de pau de maneira que cada uma represente um membro da família.

b. Pinte com canetas permanentes (preta e vermelha) as sobrancelhas e boca.

c. Cole os olhinhos móveis.

d. Faça os cabelos com lã e cole com cola branca no topo da colher de pau.

e. Faça as roupinhas em Eva e cole sobre as colheres de pau.

Decore-as com crystal cola.

Família com massinhas

Material: massinhas Soft, tinta guache, acrílica ou plástica e pincéis.

Modo de fazer:

• Modele os familiares utilizando as massinhas Soft. Preste atenção no formato do corpo

de cada familiar, nas cores dos cabelos, cor de pele, roupas que os familiares usam, etc.

Depois de duas ou três horas a massinha Soft endurece e fica esbranquiçada. Pinte os

familiares com guache, tinta plástica ou tinta acrílica.

� Fazer um grande varal com a imagem abaixo. No Dia da Família, os pais escrevem um

elogio para os filhos nos balõezinhos – depois de pronto, o painel pode ser exposto no

muro de fora da escola ou no da extensão.

10. Confeccionar cartões para os membros da família (pais, avós, tios, irmãos,

primos...) independente de datas comemorativas

� Ver também a sugestão de cartão no livro – Novo Eu Gosto – Arte – livro 4 pág. 31

� Confeccionar um pezão de papelão para o papai – Revista Professor Sassá nº 40 pág.

11. Promover o dia de cada membro da família na escola

� Ver a matéria Uma data para lá de especial” no livro de Alfabetização págs. 58 a70

� Pai – jogar bola

� Mãe – festival de torta na cara

� Avó – dia do chá

� Avô –contar histórias

� Irmãos – soltar pipa ou tomar banho de mangueira

12. Confeccionar brinquedos ou jogos para serem jogados em família

� EXEMPLOS:

a) DADOS DE CARINHO

Constroem-se dois dados. Em cada face de um dado escreve–se o nome de um dos

membros da família. Em cada face do segundo dado escreve-se um carinho (abraçar, fazer

cafuné, dar um beijo na bochecha, fazer massagem nos pés ...)

Cada membro da família joga os dados e realiza o carinho na pessoa sorteada.

b) CARTÕES DE ELOGIOS

As crianças farão cartões com elogios.

Os cartões ficarão em um saco. Cada pessoa tira um elogio e o faz a um dos membros da

família.

� As crianças confeccionarão estes jogos e os realizarão em casa com a família.

Depois farão um relato de como foi a realização da atividade.

13. Família florida

� Plantar flores juntamente com as crianças, formando uma família de vasos de plantas.

���� Pensei em cada vasinho pequeno ser um filho com carinha também.

Objetivos Específicos:

• Ter contato com a arte de maneira prazerosa e lúdica

• Apreciar estética e criticamente obras do artista estudado

• Conscientizar a criança da importância da família

• Conceituar família no mundo atual

• Valorizar a família

• Conhecer a própria família

• Conhecer e achegar-se mais aos membros da própria família

• Expressar sentimentos, emoções e desejos

• Identificar e refletir sobre conflitos presentes na relação familiar

• Argumentar com membros da família sobre a importância do respeito e de uma

convivência harmônica em família

• Perceber que um bom vínculo entre pessoas da família colabora com o

desenvolvimento e a aprendizagem.