Projeto 15x15 · Kathya Maria Ayres de Godoy – IA/São Paulo ... assim como pedações de outras...

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Projeto 15x15 Projeto 15x15 Comissão de Artes e Cultura UNESP 2015

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Projeto 15x15Projeto 15x15

Comissão de Artes e Cultura UNESP2015

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Projeto 15x15 é uma parceria entre a Unesp, por

intermédio de seu Comitê de Artes e Cultura ligado à

Pró-reitoria de Extensão Universitária, e a Associação Profissio-

nal de Artistas Plásticos de São Paulo. Consistiu, de abril a

dezembro de 2014, em realizar exposições, com a duração de

15 dias, na Reitoria da Unesp, em São Paulo, SP.

As exposições também podem realizar itinerância. Nesta publi-

cação, é possível conhecer os artistas e o período em que eles

expuseram seus trabalhos na Reitoria. Nos links, será possível

acessar reportagens sobre cada exposição publicadas no Portal

Unesp e ouvir entrevistas com alguns dos artistas. Vídeos estão

disponíveis em <http://unesp.br/portal#!/proex/artes-e-cultura/

projetos/projeto-memoria-plastica/>.

Para agendar exposições com os artistas, conhecer as medidas

dos trabalhos apresentados e ter mais detalhes dos projetos de

cada um deles, escreva para <[email protected]>.

Projeto 15x15

O

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Comitê de Artes e Cultura da UnespComitê de Artes e Cultura da UnespComitê de Artes e Cultura da UnespComitê de Artes e Cultura da UnespComitê de Artes e Cultura da UnespRepresentantes Docentes:Ana Paula Cordeiro – FFC/MaríliaJoedy Luciana Barros Marins Bamonte – Faac/BauruKathya Maria Ayres de Godoy – IA/São PauloLutero Rodrigues – IA/São PauloMaria Cândida Soares Del-MassoMaria Luiza Calim de Carvalho – Faac/BauruMarília Coelho – FCT/Presidente PrudenteLuiz Carlos da Rocha – FCL/AssisSilvia Deutsch – IB/Rio ClaroValerie Ann Albright – IA/São PauloWagner Francisco Araújo Cintra – IA/São Paulo

Representantes Técnico-AdministrativosRepresentantes Técnico-AdministrativosRepresentantes Técnico-AdministrativosRepresentantes Técnico-AdministrativosRepresentantes Técnico-AdministrativosAurélio Teixeira da Silva – Proex/ReitoriaCleide Moreira Portes – Rádio TV/BauruMaria José Ribeiro – Proex/ReitoriaOscar D’Ambrosio – ACI/Reitoria (Presidente)Regente José Ricardo Godoy Ocampos – FCL/AraraquaraWilian Pereira de Oliveira – TV Unesp/Bauru.

ContatosContatosContatosContatosContatosaurelio@[email protected]

Telefones: (11) 5627-0296/0327

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Exposições realizadas na Reitoria em 2014Exposições realizadas na Reitoria em 2014Exposições realizadas na Reitoria em 2014Exposições realizadas na Reitoria em 2014Exposições realizadas na Reitoria em 2014

Marilzes Petroni – 15 a 28/4Marilzes Petroni – 15 a 28/4Marilzes Petroni – 15 a 28/4Marilzes Petroni – 15 a 28/4Marilzes Petroni – 15 a 28/4unesp.br/portal#!/noticia/13891/exposicao-brasilidades-na-reitoria-da-unesp-em-sp/podcast.unesp.br/perfil-10042014-marilzes-petroni-entrevista-2001

Valdir Rocha – 29/5 a 12/6Valdir Rocha – 29/5 a 12/6Valdir Rocha – 29/5 a 12/6Valdir Rocha – 29/5 a 12/6Valdir Rocha – 29/5 a 12/6unesp.br/portal#!/noticia/13979/exposicao-olhares-de-valdir-rocha-na-reitoria-da-unesp-em-sp/podcast.unesp.br/perfil-09052014-valdir-rocha-entrevista-2031

Edilson Ferri – 13 a 26/5Edilson Ferri – 13 a 26/5Edilson Ferri – 13 a 26/5Edilson Ferri – 13 a 26/5Edilson Ferri – 13 a 26/5unesp.br/portal#!/noticia/14082/exposicao-urbanidades-de-edilson-ferri-na-reitoria-da-unesp/

Paulo Cheida Sans – 27/5 a 9/6Paulo Cheida Sans – 27/5 a 9/6Paulo Cheida Sans – 27/5 a 9/6Paulo Cheida Sans – 27/5 a 9/6Paulo Cheida Sans – 27/5 a 9/6unesp.br/portal#!/noticia/14214/exposicao-remitencias-de-paulo-cheida-sans-na-unesp-em-sp/podcast.unesp.br/perfil-06062014-paulo-cheida-sans-entrevista-2054

Chris Trucco – 10 a 23/6Chris Trucco – 10 a 23/6Chris Trucco – 10 a 23/6Chris Trucco – 10 a 23/6Chris Trucco – 10 a 23/6unesp.br/portal#!/noticia/14287/exposicao-tempo-de-chris-trucco-na-reitoria-da-unesp-em-sp/

Cecília Macedo – 24/6 a 7/7Cecília Macedo – 24/6 a 7/7Cecília Macedo – 24/6 a 7/7Cecília Macedo – 24/6 a 7/7Cecília Macedo – 24/6 a 7/7unesp.br/portal#!/noticia/14384/exposicao-fascinio-da-criacao-na-reitoria-da-unesp-em-sp/podcast.unesp.br/perfil-27062014-cecilia-macedo-entrevista-2068

Ronaldo Gifalli – 8 a 21/7Ronaldo Gifalli – 8 a 21/7Ronaldo Gifalli – 8 a 21/7Ronaldo Gifalli – 8 a 21/7Ronaldo Gifalli – 8 a 21/7unesp.br/portal#!/noticia/14462/exposicao-pigmental-na-reitoria-da-unesp-em-sp/podcast.unesp.br/perfil-11072014-ronaldo-gifalli-entrevista-2079

Walter Miranda – 22/7 a 4/8Walter Miranda – 22/7 a 4/8Walter Miranda – 22/7 a 4/8Walter Miranda – 22/7 a 4/8Walter Miranda – 22/7 a 4/8unesp.br/portal#!/noticia/14538/exposicao-requiem-a-gaia-in-totum-na-reitoria-da-unesp/podcast.unesp.br/perfil-25072014-walter-miranda-entrevista-2070

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Norberto Stori – 5 a 18/8Norberto Stori – 5 a 18/8Norberto Stori – 5 a 18/8Norberto Stori – 5 a 18/8Norberto Stori – 5 a 18/8unesp.br/portal#!/noticia/14706/exposicao-crepusculos-de-norberto-stori-na-reitoria-da-unesp/podcast.unesp.br/perfil-08082014-norberto-stori-entrevista-2101

Ana Alice Francisquetti – 19/8 a 1/9Ana Alice Francisquetti – 19/8 a 1/9Ana Alice Francisquetti – 19/8 a 1/9Ana Alice Francisquetti – 19/8 a 1/9Ana Alice Francisquetti – 19/8 a 1/9unesp.br/portal#!/noticia/14842/exposicao-um-pouco-sobre-o-alfabeto-na-reitoria-da-unesp-sp/podcast.unesp.br/perfil-18042014-ana-alice-francisquetti-entrevista-2007

Francisco Baratti – 2 a 15/9Francisco Baratti – 2 a 15/9Francisco Baratti – 2 a 15/9Francisco Baratti – 2 a 15/9Francisco Baratti – 2 a 15/9unesp.br/portal#!/noticia/14973/exposicao-alem-da-imaginacao-na-reitoria-da-unesp-sp/podcast.unesp.br/perfil-25042014-francisco-baratti-entrevista-2012

Luis Bayón – 16 a 29/9Luis Bayón – 16 a 29/9Luis Bayón – 16 a 29/9Luis Bayón – 16 a 29/9Luis Bayón – 16 a 29/9unesp.br/portal#!/noticia/15169/exposicao-de-esculturas-3d-madeiras-na-reitoria-da-unesp/podcast.unesp.br/perfil-19092014-luis-bayon-entrevista-2132

Nino Millán – 30/9 a 13/10Nino Millán – 30/9 a 13/10Nino Millán – 30/9 a 13/10Nino Millán – 30/9 a 13/10Nino Millán – 30/9 a 13/10unesp.br/portal#!/noticia/15318/exposicao-de-nino-millan-na-reitoria-da-unesp-em-sao-paulo-sp/podcast.unesp.br/perfil-01082014-nino-millan-entrevista-2095

Alcindo Moreira Filho – 14 a 27/10Alcindo Moreira Filho – 14 a 27/10Alcindo Moreira Filho – 14 a 27/10Alcindo Moreira Filho – 14 a 27/10Alcindo Moreira Filho – 14 a 27/10unesp.br/portal#!/noticia/15522/exposicao-de-alcindo-moreira-filho-na-reitoria-da-unesp/podcast.unesp.br/perfil-17102014-alcindo-moreira-filho-entrevista-2152

Marli Takeda – 12/10 a 10/11Marli Takeda – 12/10 a 10/11Marli Takeda – 12/10 a 10/11Marli Takeda – 12/10 a 10/11Marli Takeda – 12/10 a 10/11unesp.br/portal#!/noticia/15725/exposicao-de-marli-takeda-na-reitoria-da-unesp-em-sao-paulo-sp/podcast.unesp.br/perfil-15082014-marli-takeda-entrevista-2107

Taro Kaneko – 11 a 24/11Taro Kaneko – 11 a 24/11Taro Kaneko – 11 a 24/11Taro Kaneko – 11 a 24/11Taro Kaneko – 11 a 24/11unesp.br/portal#!/noticia/15874/exposicao-de-taro-kaneko-na-reitoria-da-unesp-em-sao-paulo-sp/

Miguel de Frias – 25/11 a 8/12Miguel de Frias – 25/11 a 8/12Miguel de Frias – 25/11 a 8/12Miguel de Frias – 25/11 a 8/12Miguel de Frias – 25/11 a 8/12unesp.br/portal#!/noticia/16015/exposicao-de-miguel-de-frias-na-reitoria-da-unesp-em-sp/

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BRASILIDADES

m 2014, a artista plástica Marilzes Petroni completou 40anos de arte. É com ela que o Projeto 15x15, parceria entre

a Unesp, por intermédio de seu Comitê de Artes e Cultura ligado àPró-reitoria de Extensão Universitária, e a Associação Profissional deArtistas Plásticos de São Paulo, iniciou as suas atividades. A exposi-ção “Brasilidades” exalta não só o país, mas as figuras, cores e formascom telas pintadas a óleo.

Com exposições realizadas em EUA, França, Holanda, Espanha, Ar-gentina, Uruguai, Chile e México, além de mostras no Brasil,Marilzes oferece um trabalho que se caracteriza pelo desenvolvimentode uma poética em que o lirismo se faz presente num feliz casamentocom a geometria.

Do seu ateliê em Jundiaí, SP, surgem obras que discutem a essência doser. Muito mais do que uma pesquisa visual com as cores da bandeirabrasileira, temos uma jornada pelas possibilidades que estruturas, tona-lidades e nuanças proporcionam ao se pensar que arte não é um imitar arealidade, mas um permanente exercício de recriação.

É possível observar a delicadeza de obras que trazem a reflexão sobre osentido da própria concepção. Existe assim a emotividade do processocriativo, assim como a racionalidade nas seleções realizadas e a buscaconstante de soluções cada vez mais aprimoradas.

Marilzes Petroni

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Valdir Rocha

OLHARES

aldir Rocha nos alerta que o mundo é multifacetado e queolhar para ele apenas sob um ponto de vista desnuda as nossas

limitações. Suas obras revelam que é no desafiar e conviver com nossosmonstros interiores que a nossa personalidade ganha forma.

As esculturas em bronze, pinturas e desenhos do artista revelam justamen-te como é na riqueza de olhares sobre o mundo que a Humanidade cami-nha em seu percurso existencial e cada um ergue a sua jornada vivencial eintelectual, marcada pela ironia, pelo mergulho nas profundezas íntimase, por que não?, pelo patético e, ao mesmo tempo, poderoso papel da pró-pria vida de nos surpreender.

Suas construções tridimensionais intrigantes geralmente podem ser vistasde um ou mais lados, evocando Jano, divindade grega que dá origem ao mêsde janeiro e está associada a portas (entrada e saída), transições, relação en-tre passado e futuro e momentos de novos inícios, decisões e escolhas.

Ao trabalhar com recouro, couro reconstituído, misto de aparas de couro,resinas e outros produtos, material que é rasgado com as mãos nas maisdiversas formas e pintado com diferentes materiais, como extrato de no-gueira, nanquim ou giz de cera, as “carinhas” criadas pelo artista se multi-plicam em sentidos, ora circunspectas, ora quase felizes.

No conjunto, as obras de Valdir Rocha têm a força e o ímpeto de Golias e asabedoria e precisão de Davi. Dessa mescla, surge um trabalho potente e delica-do ao mesmo tempo, repleto de incertezas, num universo fascinante que leva aindagações sobre o sentido de nós mesmos e de tudo aquilo que nos rodeia.

V

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URBANIDADES

Edilson Ferri

arte é uma expressão de mundo que ganha sentido sempre queo criador se volta para um tema sobre o qual tenha algo a di-

zer. Edilson Ferri, na exposição “Urbanidades”, parceria entre a Unesp ea Associação Profissional de Artistas Plásticos de São Paulo, traz a suavisão da cidade com um olhar diferenciado.

Seja na pintura com técnica mista ou nas fotomontagens, apresenta afragmentação e a justaposição como características de um universo so-bre o qual é possível lançar múltiplas percepções. Locais históricos dacapital paulista e de outros ambientes, assim como pedações de outrasimagens são colocados lado a lado num jogo de cores e formas.

Arquiteto de formação e com os primeiros passos na arte marcadospelo prazer de realizar pequenas paisagens citadinas, Ferri ergueatualmente os seus próprios mundos, em que monumentos, escultu-ras, edifícios e pessoas interagem num diálogo maduro e pleno de sig-nificados e significações.Um fator essencial está nas maneiras de ver o cotidiano como o pontoinicial de uma reflexão sobre os sentidos do aparente caos em que se vivenuma metrópole. Há nisso tudo uma ordem interior, uma busca de pa-rentescos imagéticos que dão ao trabalho do artista uma mescla de sa-bor crítico ao que chamamos de real e um fazer marcado por composi-ções diferenciadas.

A

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REMITÊNCIAS

Paulo Cheida Sans

nterpretar o mundo é uma das principais funções da arte. Pau-lo Cheida Sans faz isso na sua exposição “Remitências”. Par-

ceria entre a Unesp e a Associação Profissional de Artistas Plásticos deSão Paulo, a mostra reúne pinturas e gravuras que apresentam uma par-ticular visão, regida por uma linguagem diferenciada.

Doutor em Artes pela Unicamp, professor do curso de Artes Visuais daPUC-Campinas e fundador do Museu Olho Latino, em Atibaia, SP, oartista costuma explorar a solidão em seus cursos. Trata da pior modali-dade dela, aquela que se sente estando cercado de pessoas por todos oslados.

Os personagens, mesmo quando surgem em grupos, aparecem cada qualem um mundo à parte. Se existe integração, principalmente nas gravu-ras, não é por mecanismos de interação social, mas pelo fato de dividirum mesmo ambiente. Um símbolo característico de Cheida Sans, a gra-vata, acentua essa ideia de que está só, mesmo quando acompanhado.

Isso não torna a arte de Paulo Cheida Sans melancólica ou pessimista.Existe uma refinada ironia, um certo humor à inglesa que permite umaconstante reinvenção estética, poética e imagética. Os seres que o artistanos oferece são humanos em sua essência, embora complexos em suanatureza. Vivem em grupos, mas são essencialmente sós.

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TEMPO

Chris Trucco

hris Trucco tem no amor à natureza um de seus elementosprimordiais, mas sua principal motivação está mais além.

A sua relação com a arte se dá pelas diferentes maneiras como ocu-pa o espaço para compor, com cores e reflexos, uma nova e própriarealidade.

O mundo aparente torna-se a base visual de um processo mental emque técnicas como pintura, aquarela ou fotografia são os componen-tes essenciais de um caminhar imerso no tempo e, por isso, além deuma compreensão linear. A artista acaba congelando instantes não tan-to daquilo que vê, mas de como isso ganha expressão.

A poética construída ao longo desse processo lida com representações.A forma utilizada para interpretar o mundo ergue um delicado olharsobre o que está ao nosso redor. Cada indivíduo, porém, traduz e geraimagens com o desenvolvimento de sua técnica e repertório.

Perante um conjunto de obras de Chris Trucco, nota-se que seu olharsobre o mundo é diferenciado. Passa pelo amadurecimento do comoobservar, pelo aprimoramento do fazer e pelo prazer de realizar pes-quisas visuais. O tempo, com sua eterna sabedoria, permeia delicada-mente esses momentos, seja no olhar, no conceber ou no executar.

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FASCÍNIOSDA CRIAÇÃO

Cecília Macedo

poética de Cecília Macedo está marcada pela construção deuma linguagem visual em que valoriza as geometrias para er-

guer um universo muito pessoal de formas e cores. É na maneira comolida com esses dois recursos que ergue uma espécie de castelo de possibi-lidades, abstraindo aconteceres ou pensamentos.

Suas séries, sejam sobre revoadas de pássaros, reflexos ou paisagens ur-banas, têm em comum um mesmo fazer, seja na pintura, relevos de pare-de ou joias. O que predomina é um pensar tridimensional. Mesmo nosplanos de um quadro, existe um procedimento que valoriza a camada e adobra, concebendo o espaço como um local a ser explorado.

Bem mais importante que um determinado assunto escolhido comoponto de partida para cada conjunto de trabalhos, o conceito geralmen-te desenvolvido é o que importa. Assim, as tonalidades nas telas, oramais aquareladas em suas nuanças, ora caracterizadas por contrastes decores são o diferencial plástico de um constante aprimoramento.

O fascínio que se instaura permite que cada obra tenha uma autonomia,embora esteja ligada a um conjunto de criações. Dessa forma, as alternati-vas de interpretação são infinitas e enriquecedoras, pois o abstrato permi-te justamente o aumento do encanto e uma discussão sobre as articulaçõesda concepção que estimulam um produzir cada vez mais denso.

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PIGMENTAL

Ronaldo Gifalli

trabalho plástico de Ronaldo Gifalli é marcado por uma ma-neira peculiar de lidar com a imagem. O seu fazer artístico re-

vela pesquisa e busca de soluções progressivamente requintadas, seja namonotipia, seja nas diversas interpretações visuais que dá à xilogravura.

Suas representações são autênticas percepções do mundo construídascom uma linguagem diferenciada em que a sugestão desempenha umpapel absolutamente primordial. O não dito é o mais importante, den-tro de um universo de expectativas quebradas.

Gifalli não se atém àquelas soluções mais simples que a técnica podeoferecer. A sua poética está em gerar situações em que o óbvio e o pontode exclamação são preteridos pelo ambíguo e pelas reticências. As cria-ções surgem como poemas visuais a serem degustados.

Entre o explícito da imagem que representa o mundo e o implícito dasabstrações que apontam possibilidades de estar no universo, Gifalli per-corre estas últimas veredas, mais árduas e menos conhecidas, mas ple-nas em mistérios e em riqueza de intenções propiciadas por um fazerencantador.

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RÉQUIEM A GAIA- IN TOTUM

Walter Miranda

ão há dúvidas de que o mundo passa por transformações. Se,por um lado, a tecnologia nos traz benefícios, por outro, exis-

tem ameaças como a desumanização e a ausência de um pensamento queleve a sustentabilidade em conta. O principal é que todas essas forçascoexistem num universo acima de santos e demônios plenos e repleto decontradições.

A obra plástica de Walter Miranda traz essas e outras questões de umamaneira lúdica. Isso se dá, por exemplo, na apropriação dos mais diversosobjetos e materiais, como cartões de crédito, palitos de fósforos usados,placas de computador ou lascas de lápis apontados. São elementos quetrazem conteúdo simbólico e, acima de tudo, preocupações estéticas.

Isso significa que os trabalhos não se perdem na questão meramente ide-ológica. Existe sempre uma preocupação visual, ou seja, as questões decomposição, cor, forma e dimensão são colocadas nas posições mais di-versas, criando, como ocorre nas obras de qualidade, laços entre as dis-cussões de forma e conteúdo.

Se as chaves presentes dentro dos mapas abrem portas interpretativas, omoedor de carne de uma obra tridimensional indica a possibilidade desermos destruídos a qualquer momento por aquilo que criamos. Acimade tudo, é preciso, como aponta Miranda, pesar na balança como os chipsse articulam aos nossos neurônios para erguer uma sociedade melhor.

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CREPÚSCULOS

Norberto Stori

essencial ter os pés firmemente plantados no chão para poderlançar-se ao espaço.” Esta frase do pintor catalão Joan Miró,

epígrafe da tese de livre-docência Da terra aos céus... um voo solitário, de-fendida no Instituto de Artes (IA) da Unesp, em 2001, pelo artista plásticoNorberto Stori, indica bem o percurso seguido pelo aquarelista e gravador.

Nascido em São Joaquim da Barra, SP, em 1946, formado em Desenhoe Plástica pela Faculdade de Comunicações e Artes da Fundação Arman-do Álvares Penteado e mestre e doutor em Comunicação e Artes, Storimescla suas atividades como docente na Universidade PresbiterianaMackenzie e no IA com uma intensa produção artística.

O maior diferencial do artista está justamente na sua diversidade. Seustrabalhos com aquarela, em dimensões pequenas ou maiores, impressi-onam pela forma como o caminho para o abstrato foi traçado ao longodo tempo. No entanto, o referencial não se perdeu totalmente, não sópersistindo, mas mantendo o vínculo com a realidade.

Para criar seus céus muito pessoais, Norberto Stori percorreu umatrajetória de persistência e inconformismo com os saberes por ele mes-mo conquistados.

Por isso, seu nome é continuamente lembrado quando se pensa naque-les que dominam as técnicas da aquarela e da gravura com maestria eque não se acomodam, permanecendo sempre em busca de novos desa-fios, prontos a se lançar ao espaço, em aventuras estéticas possíveis deserem atingidas com sucesso apenas por quem tem os pés bem planta-dos na pesquisa constante e no sólido conhecimento técnico.

“É

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UM POUCO SOBREO ALFABETO

Ana Alice Francisquetti

aixão e perseverança são fatores essenciais na obra plástica deAna Alice Francisquetti. Acima de tudo, suas imagens trans-

mitem a convicção de uma artista que acredita naquilo que faz, e dessadedicação surge um trabalho que tende para o abstrato e desconhecelimites dentro do campo da experimentação.

Sua pesquisa envolvendo o alfabeto se dá numa trilha de traços, pontos,linhas, cores e formas que envolvem múltiplas escolhas. Os objetos visu-ais que constrói são resultado de um caminhar em que as dificuldadessão possibilidades e os materiais, ponto de partida e de chegada de so-nhos.

Ferro, sal, vinagre, sereno, sol, chuva, ácidos, vernizes, enfim, todo ouniverso da gravura, utilizado nos presentes trabalhos ou na sua trajetóriaaté o atual conjunto de obras, conduz a um universo mágico, alquímico,em que o mistério está justamente não naquilo que as imagens mostram,mas no que sugerem.

O mergulho nas letras vela sentidos e desperta questões existenciais.Tintas e brilhos apontam para um conjunto de tons não vibrantes, den-sos, próximos aos negros e aos ocres, num mundo de transparências sutisque engloba desde a criança que aprende as primeiras letras até os com-putadores mais sofisticados. O gestual da escrita é assim recuperado comsensibilidade e talento.

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ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Francisco Baratti

obra de Francisco Baratti está além da imaginação por váriosmotivos. O primeiro deles é a maneira intensa como ele tra-

balha a cor para obter os mais variados efeitos. Há uma força poderosano arrojo com que desenvolve uma linguagem muito pessoal, caracteri-zada pela construção de imagens misteriosas.

Um segundo fator está nas formas que apresenta. A alteração da reali-dade que promove a cada imagem evidencia um movimento contínuode insatisfação e, principalmente, de questionamento. Trata-se de umartista que procura ir sempre além de si mesmo, contagiando a todosque o rodeiam com esse sentimento.

Em terceiro lugar, está um certo humor e ironia que as telas carregam.Baratti permanece constantemente questionando o mundo e encontranele as referências para nunca interromper a sua produção. Aquilo quese conhece está ali de outra maneira, disposto de forma reflexiva, mascom leveza, num processo perene de interpretação da realidade.

Em último lugar, e não por isso mais ou menos importante, está o fatode o criador ter mais de 90 anos. O seu vigor físico e raciocínio impres-sionam, mas são ainda pouco perante o seu gesto de se expressar pormeio da arte. O mundo que ergue muito mais olha para o futuro do quecelebra o passado, numa atitude mental e plástica que o mantém eterna-mente jovem.

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3D – MADEIRAS

Luis Bayón Torres

diálogo do escultor com a sua arte é marcado pela inces-sante busca de meios de explorar o espaço, um universo

tridimensional por essência. Não se trata de uma tarefa fácil, poisnão há regra de criação, mas um processo em que o volume dá à es-cultura a sua base primordial, um fundamento de onde é possívelconceber uma sólida linguagem plástica.

Nascido em Barcelona, Espanha, em 1948, Luis Bayón mudou-se comos pais para o Brasil aos 10 anos, e foi adquirindo, ao longo da carrei-ra, ampla vivência artística nos dois países, gerando um trabalho comdiversos materiais, como rocha, metal, ferro, madeira e latão.

A presente exposição tem a madeira como elemento central em umajornada pessoal pelo espaço que demanda do público o encanto comformas e volumes num procedimento contínuo de atingir em cada peçao melhor possível, sempre respeitando as características intrínsecas doponto de partida (o material) rumo ao ponto de chegada (a obra).

A arte da escultura demanda, acima de tudo, a parceria entre o cria-dor e a matéria-prima. Saber e sentir quando uma peça pede para sermexida ou quando ela solicita ser deixada em silêncio constitui umdesafio que exige técnica e experiência. Luis Bayón caminha por es-sas veredas com sabedoria de construtor e alma de artista.

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CURVAS EMMOVIMENTO

Nino Millán

s curvas exercem uma fascinação pela dificuldade de encon-trar, muitas vezes, o início e o final de um emaranhado. Nesse

sentido, existe um paralelo com a arte, pois o poder questionador de umcriador visual está muitas vezes associado à sua capacidade de propor aoobservador perguntas, nas quais começo, meio e fim saudavelmente semesclam.

No lidar com diversos materiais, como chapas de aço, alumínio ou fer-ro, Nino Millán ergue seu mundo imaginário. Trata-se de um caminharlúdico por formas marcado por um saudável ponto de interrogação. Asindagações ocorrem pela maneira de dar a cada matéria-prima uma novadimensão, recusando as soluções simples em nome da pesquisa.

Os painéis de parede, esculturas de piso e totens têm em comum o movi-mento de ondas não tanto no sentido literal, mas na simbologia de repe-tir padrões e gerar neles ruídos. Podem assim surgir silhuetas ou suges-tões que remetam a sentimentos. Acima da simples separação entre fi-guração e abstração, Millán gera imagens.

Isso significa um lidar permanente com aproximações e contrastes, equi-líbrios e desequilíbrios. O dinamismo é a característica principal de umfazer/desfazer regido pelo prazer de construir e de erguer possibilida-des para quem observa, não de maneira passiva, mas ativa no sentido deentender a arte como um processo desafiador e contínuo.

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SUDÁRIOS

Alcindo Moreira Filho

exposição “Sudários”, de Alcindo Moreira Filho, professoraposentado do Instituto de Artes da Unesp, em São Paulo,

traz algumas das mais relevantes qualidades do artista. A principal é odesnudar de um constante senso do estético que o seu trabalho traz. Suaobra como um todo está justamente na mescla entre o contemplar aten-to do universo e o fazer aprimorado.

Ao utilizar grandes superfícies e se valer da oxidação como recurso plás-tico, o criador apresenta uma obra que funciona em grandes propor-ções, mas também encanta em escala menor. Se o título remete a umaspecto religioso, a prática conduz a um pensar sobre o sentido da pró-pria arte como uma expressão de mundo.

As perguntas que os sudários de Alcindo Moreira Filho trazem à tona es-tão particularmente conectadas com a passagem do tempo. É a ação deleque valoriza cada obra. É também ele que gera indagações sobre os cami-nhos da arte contemporânea, pois a construção de uma poética está pro-gressivamente associada a uma visão daquilo que chamamos realidade.

As obras apresentadas constituem, assim, impressões de um refletir e deum construir. O resultado é de forte impacto, seja pelo tamanho daspeças, seja pela maneira como são instauradas. Há intensidade e forçavisceral em cada gesto, o que oferece ao observador um novo mundo,que se distingue pela criatividade e por um saudável inconformismo.

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CONSTRUÍMOSMUROS DEMAIS E

PONTES DE MENOS

Marli Takeda

frase “Construímos muros demais e pontes de menos”, de IsaacNewton, é o título de uma exposição que busca estabelecer

ligações cada vez mais próximas com o público. A ideia é gerar uma par-ticipação visual ativa em que os conceitos expostos sejam interiorizadosa todo instante numa dinâmica construtiva.

A instalação foi construída com 14 pinturas em diferentes formatos emais uma intervenção colaborativa em adesivos de reaproveitamento,no mesmo espaço expositivo da Universidade. As duas construções se-guem a reflexão da frase do ilustre cientista e físico inglês Newton, bus-cando sempre estabelecer elos entre a comunidade.

Nessa linha de raciocínio, surgem duas questões, a não linearidade dopensar e do agir e a ruptura do diálogo, apresentadas num processo dedesconstrução de tudo aquilo que está rigidamente estabelecido, comoé possível perceber também na escrita da palavra Unesp no painel daintervenção.

O conjunto enfatiza a carência da tolerância que está cada vez mais pre-sente no mundo atual e faz uma reflexão sobre os pensamentos dos gran-des ícones da humanidade, como Mahatma Gandhi, em “Tolerância éuma necessidade para todos os tempos e para todas as raças”; VictorHugo, em “Tolerância é a melhor das religiões”; e Helen Keller, em “Oresultado mais sublime da educação é a tolerância”.

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PERCURSOS

Taro Kaneko

que mais impressiona na obra de Taro Kaneko é a sua profun-da e densa relação com a natureza. Essas duas dimensões se

complementam. Por um lado, existe um mergulho na observação do en-torno e nas possibilidades plásticas de sua transformação visual. Por ou-tro, cada representação transmite uma interpretação com massa críticaexistencial e filosófica.

Cada criação desenvolve um pensamento que se cristaliza por meio daobra de arte. A linguagem aprimorada ao longo dos anos tem como umade suas principais características o uso dos espaços vazios como mani-festação de um equilíbrio, certamente aprendido com o respeito pelasrelações espaciais que plantas e animais ensinam.

Nascido em Gália, interior do Estado de São Paulo, em 1953, o artistaformou-se em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidade de São Paulo - FAU/USP, tendo como motivação maior odesafio de reaproveitar materiais e de olhar para o mundo como umagaleria permanente à espera de um ponderar atento.

A imaginação de Taro Kaneko não para e o leva a construir caminhos re-gidos pelo desejo constante de conceber o novo. Trata-se de uma saudávelcompulsão de ideias e de busca de soluções que levam a um requinte fun-damentado na contemplação respeitosa e mentalmente ativa da beleza dagrandeza das montanhas e da delicadeza das folhas e dos animais.

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POESIS

Miguel de Frias

trabalho de Miguel de Frias se concretiza pelo diálogo densoentre a palavra e a imagem. Em sua mente hábil, som, repre-

sentações e significados se relacionam num turbilhão de alternativas emque a sensibilidade se faz presente como uma maneira de interpretar omundo por meio de uma expressão visual.

Existe a prontidão para um amadurecimento de cada trabalho numa fasede gestação em que se chegar ao resultado final demanda todo um pro-cedimento de escolhas. É necessário saber o que se tem e como retirarpara chegar ao que se deseja mostrar. Nesse processo, há uma mescla desentimento e rigor técnico.

As reflexões existenciais se fazem presentes, assim como as composiçõesmais lúdicas. O relevante está em não perder de vista que o espaço é umcampo de ação da palavra, numa chuva digital de maneiras de concebera vida de cada um de nós. Conversas virtuais e jogos em que a essênciada vida é colocada em discussão enriquecem o conjunto de obras.

Nesse aspecto, a série POESIS oferece a oportunidade de um mergu-lho na forma como cada um de nós se relaciona com o cotidiano. Apon-ta que é possível enxergar melhor se houver a predisposição para verde outro jeito, não nos limitando ao que aparentemente nos cerca, masbuscando as estruturas vocabulares e visuais que compõem a nossaexistência.

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Reitor: Reitor: Reitor: Reitor: Reitor: Julio Cezar Durigan

Vice-reitora: Vice-reitora: Vice-reitora: Vice-reitora: Vice-reitora: Marilza Vieira Cunha Rudge

Pró-reitor de Pós-Graduação: Pró-reitor de Pós-Graduação: Pró-reitor de Pós-Graduação: Pró-reitor de Pós-Graduação: Pró-reitor de Pós-Graduação: Eduardo Kokubun

Pró-reitor de Graduação: Pró-reitor de Graduação: Pró-reitor de Graduação: Pró-reitor de Graduação: Pró-reitor de Graduação: Laurence Duarte Colvara

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Pró-reitora de Pesquisa: Pró-reitora de Pesquisa: Pró-reitora de Pesquisa: Pró-reitora de Pesquisa: Pró-reitora de Pesquisa: Maria José Soares Mendes Giannini

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Chefe de Gabinete: Chefe de Gabinete: Chefe de Gabinete: Chefe de Gabinete: Chefe de Gabinete: Roberval Daiton Vieira

Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa:Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa:Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa:Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa:Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa:

Oscar D’Ambrosio

Assessor-chefe da Assessoria de Informática:Assessor-chefe da Assessoria de Informática:Assessor-chefe da Assessoria de Informática:Assessor-chefe da Assessoria de Informática:Assessor-chefe da Assessoria de Informática:

Edson Luiz França Senne

Assessor-chefe da Assessoria Jurídica: Assessor-chefe da Assessoria Jurídica: Assessor-chefe da Assessoria Jurídica: Assessor-chefe da Assessoria Jurídica: Assessor-chefe da Assessoria Jurídica: Edson César dos Santos Cabral

Assessor-chefe de Planejamento e Orçamento:Assessor-chefe de Planejamento e Orçamento:Assessor-chefe de Planejamento e Orçamento:Assessor-chefe de Planejamento e Orçamento:Assessor-chefe de Planejamento e Orçamento:

Mário De Beni Arrigoni

Assessor-chefe de Relações Externas: Assessor-chefe de Relações Externas: Assessor-chefe de Relações Externas: Assessor-chefe de Relações Externas: Assessor-chefe de Relações Externas: José Celso Freire Júnior

Assessor Especial de Planejamento Estratégico: Assessor Especial de Planejamento Estratégico: Assessor Especial de Planejamento Estratégico: Assessor Especial de Planejamento Estratégico: Assessor Especial de Planejamento Estratégico: Rogério Luiz Buccelli

Coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas:Coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas:Coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas:Coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas:Coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas:

Flavia Maria Bastos

Projeto 15 x 15Projeto 15 x 15Projeto 15 x 15Projeto 15 x 15Projeto 15 x 15

Curadoria e Textos:Curadoria e Textos:Curadoria e Textos:Curadoria e Textos:Curadoria e Textos: Oscar D’Ambrosio

Imagens:Imagens:Imagens:Imagens:Imagens: Arquivo pessoal dos artistas

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