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Projeto Norma Técnica SABESP PNTS 170 Desobstrução e Limpeza de Sistemas de Esgoto Especificação São Paulo Julho - 2005

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Projeto Norma Técnica SABESP

PNTS 170

Desobstrução e Limpeza de Sistemas de Esgoto Especificação

São Paulo Julho - 2005

NTS 170 : 2005 Norma Técnica SABESP

22/07/2005

S U M Á R I O

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................1

1 OBJETIVO...............................................................................................................1

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ..............................................................................1

3 DEFINIÇÕES ...........................................................................................................1

4 SEGURANÇA DO TRABALHO ..............................................................................2

4.1 Espaços Confinados ...................................................................................................2

5 SERVIÇOS ..............................................................................................................2

6 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO.....................................................................................5

7 DISPOSIÇÃO DE RESÍDUO ...................................................................................6

ANEXO A – FORMULÁRIO PARA TRABALHOS EM LOCAIS CONFINADOS ...............7

Norma Técnica SABESP NTS 170 : 2005

22/07/2005 1

Desobstrução e Limpeza de Sistemas de Esgoto

INTRODUÇÃO Esta norma aborda a utilização de equipamentos para desobstrução e limpeza de sistemas de esgoto.

1 OBJETIVO Fixar as condições e parâmetros para a execução e aceitação dos serviços de desobstrução e limpeza de tubulações e singularidades dos sistemas de esgotos com produtividade em função do local de execução do serviço.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, através de referência neste texto, constituem prescrições válidas para a presente Norma. Na data da publicação desta Norma, as edições indicadas eram válidas. Como todas as normas estão sujeitas a revisões, as partes envolvidas em acordos baseados nesta Norma devem investigar a possibilidade de utilização de edições mais recentes das normas indicadas. A ABNT e a Sabesp mantêm registros das normas válidas nos sistemas de normas técnicas na intranet da Sabesp.

NBR 14606:10/2000 - Postos de serviço – Entrada em espaço confinado.

NBR 14787:12/2001 - Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção.

NTS 206:02/2003 - “Power Bucket Machine”

NTS 207:12/2003 - Hidrojateamento de alta pressão – “Sewer-jet”.

NTS 208:12/2003 - Mini Hidrojateamento de alta pressão – “Mini sewer-jet”.

NTS 209:04/2005 - Máquina de varetas giratórias para coletores - “Sewer Roder”.

NTS 210:04/2005 - Máquina de cabos helicoidais para ramais prediais - “Flexi-cleaner”

NTS 215:07/2005 - Filmagem.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos da presente Norma, aplicam-se as seguintes definições:

ASSOREAMENTO – Redução da seção hidráulica ao longo do sistema de esgoto devido ao acúmulo de areia e/ou outros sedimentos, acarretando prejuízo à vazão de esgoto.

CONDUTO – via por onde se escoa um fluido.

DESOBSTRUÇÃO – remoção da obstrução localizada dos sistemas de esgotos.

DIÂMETRO NOMINAL (DN) - Número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações, tubo, juntas e conexões e que corresponde, aproximadamente, ao seu diâmetro interno em milímetros. Deve ser precedido pelas letras DN maiúsculas, como por exemplo, DN 100. Este número, por ser referencial, não deve ser usado para fins de cálculo.

DIÂMETRO HIDRÁULICO (Dh) - É uma relação entre a área da seção transversal de um conduto (S) e o seu perímetro (P), conforme segue: Dh = 4. (S/P).

ESPAÇO CONFINADO - qualquer área não projetada para ocupação continua, a qual tem meios limitados de entrada e saída e na qual a ventilação existente é insuficiente

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para remover contaminantes perigosos e/ou com deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolver.

LIMPEZA – remoção de sedimentos ao longo dos sistemas de esgotos.

MATERIAL DRENADO – material sólido (areia e/ou outros sedimentos) removido dos sistemas de esgotos, com grau de umidade mínimo de modo que não haja escorrimento da parte líquida.

OBSTRUÇÃO - Redução localizada da seção hidráulica do sistema de esgoto devido ao acúmulo de areia e ou outros sedimentos, acarretando refluxo do esgoto ou afogamento do sistema.

PRODUTIVIDADE – quantidade de serviço executado por unidade de medida.

RAMAL PREDIAL DE ESGOTO – Trecho da ligação compreendido entre a peça de conexão situada na rede coletora de esgotos e a caixa de passagem localizada na entrada da unidade de medição.

SINGULARIDADES – Obras civis com o objetivo de permitir o acesso aos sistemas de esgoto para desobstrução e limpeza, que podem ser: poços de visita (PV) ou inspeção (PI) e terminais de limpeza (TL).

SINGULARIDADES ESPECIAIS – Obras civis dos sistemas de esgoto que podem ser: câmaras de acesso, sifões, extravasores, estações de flotação, estações elevatórias (EE), poços de sucção, tanques e instalação de estação de tratamento de esgoto (ETE).

SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO – Compreende condutos, dispositivos e equipamentos que tem por finalidade a coleta, transporte e tratamento do esgoto.

TUBULAÇÃO - Conjunto de peças basicamente formado por tubos e conexões destinados ao afastamento do esgoto, abrangendo: rede de esgoto, coletor, interceptor, e emissário de esgoto.

4 SEGURANÇA DO TRABALHO As atividades devem estar em conformidade com: - Procedimento Empresarial 17.01.01 - SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DO TRABALHO. - Procedimento 050/03 de 2005 – SEGURANÇA, MEDICINA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO EM OBRAS E SERVIÇOS CONTRATADOS; - Lei Federal 6514 - Portaria 3214 de 08/06/1978, com suas Normas Regulamentadoras e a NBR 14787 de 12/2001.

4.1 Espaços Confinados Para execução de quaisquer atividades e serviços em espaços confinados deve-se proceder de acordo com a NBR 14787 com preenchimento obrigatório do formulário = AUTORIZAÇÃO PARA TRABALHOS EM LOCAIS CONFINADOS = ( Anexo A ).

5 SERVIÇOS Desobstrução e ou limpeza dos Sistemas de Esgotos de acordo com a tabela a seguir que correlaciona o serviço com os equipamentos e as normas técnicas ( NTS ):

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Tabela 1 - DESOBSTRUÇÃO E LIMPEZA

Serviços Seção (mm) (3) (4)

Produtivi-dade

ReferencialEquipamentos

Normas Técnicas ( NTS )

Desobstrução de ramais prediais

Até 150

1,5 (unid/h) - Mini hidrojateamento de alta pressão

- Flex-cleaner

- Hidrojateamento de alta pressão

208

210

207

Limpeza de ramais prediais

Até 150

3 (unid/h) - Mini hidrojateamento de alta pressão

- Hidrojateamento de alta pressão

208

207

Desobstrução de condutos

Até 200

de 201 a 300

de 301 a 400

1 (unid /h)

1 (unid /h)

1 (unid /h)

- Hidrojateamento de alta pressão

- Sewer-roder

- Combinado

207

209

Limpeza de condutos e respectivas singularidades

(1)

Até 150

200

300

400

680 (m/dia)

580 (m/dia)

360 (m/dia)

290 (m/dia)

- Hidrojateamento de alta pressão

- Sucção a vácuo

- Aspiração por turbina

- Combinado com filtragem e reaproveitamento do líquido

- Combinado

- “Power Bucket-Machine”

207

(2)

(2)

(2)

(2)

206

Limpeza de singularidades especiais

Profundidade Até 6,00 m Acima de 6,00 m

4 (m3/h) –material drenado

2 (m3/h) ) –material drenado

- Hidrojateamento de alta pressão

- Sucção a vácuo

- Aspiração por turbina

- Combinado com filtragem e reaproveitamento do líquido

- Combinado

207 (2) (2) (2)

(2)

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Tabela 2 - DESASSOREAMENTO Produtividade Referencial

( m / jornada de trabalho ) Altura média percentual de

assoreamento do diâmetro do conduto

Serviços Seção (mm) (3) (4)

20% 50% 100%

Equipamentos

Normas Técnicas ( NTS )

Desasso-reamento

de condutos e respec-

tivas singulari-

dades

150

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

1200

1300

1500

1800

2000

2500

3000 ou >

440

290

230

190

160

140

130

110

100

90

80

75

70

60

50

40

35

220

160

120

90

80

70

60

50

45

40

35

30

28

24

20

17

15

120

95

65

50

40

35

30

25

24

20

18

16

14

12

11

9

7

- Hidrojateamento de alta pressão

- Sucção a vácuo

- Aspiração por turbina

- Combinado com filtragem e reaproveitamento do líquido

- Combinado

- “Power Bucket-Machine”

207

(2)

(2)

(2)

(2)

206

OBS: (1) Com altura média de assoreamento de até 10% do diâmetro hidráulico do conduto.

(2) Operação deverá ser realizada em conformidade com o respectivo manual do fabricante.

(3) Para seções nominais não constantes na tabela adotar valor da seção imediatamente superior.

(4) Caso o conduto não tenha seção circular adota-se o diâmetro hidráulico ( Dh ) em substituição ao DN.

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6 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

A instalação da Sabesp, após a conclusão dos serviços de limpeza e desobstrução, será objeto de inspeção pela fiscalização, com a adoção de quaisquer dos critérios abaixo:

- Inspeção visual através das singularidades de montante e jusante, constatando-se a inexistência de detritos no interior das mesmas e vazões compatíveis.

- Verificação através de equipamento de desobstrução, o qual deverá ser introduzido na tubulação sem ocorrer resistência à passagem do mesmo.

- Inspeção através de televisionamento, permitindo: a identificação de possíveis irregularidades estruturais, pontos de infiltração e atualização cadastral da instalação.

O não atendimento de quaisquer dos critérios acima implicará no refazimento dos serviços.

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7 DISPOSIÇÃO DE RESÍDUO O transporte do material proveniente da limpeza deve ser feito em caminhão e equipamentos adequados à remoção de todo o material retirado (sólido, semi-sólido ou líquido) e o seu transporte seguro, isto é, à prova de vazamento, evitando-se sujar/contaminar as vias públicas, assim como respeitar a capacidade máxima de carga, em conformidade à legislação local. O descarte dos resíduos provenientes da limpeza dos sistemas de esgoto deverá ser feito nas ETEs ou aterros sanitários, em conformidade com a legislação vigente no local. Obs: Esses detritos devem ser removidos e em nenhuma hipótese poderão ser deslocados para juzante do sistema de esgoto.

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ANEXO A – Formulário para trabalhos em locais confinados

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Desobstrução e Limpeza de Sistemas de Esgoto

Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser

alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à Assessoria para Desenvolvimento Tecnológico – T V V;

2) Tomaram parte na elaboração desta Norma:

ÁREA UNIDADE DE TRABALHO NOME

M MCC Luiz Henrique Pereira M MCCA Hilário Hideo Kawaguti M MLEE Hiroshi Ietsugu M MTIL Silvana Martins dos Santos M MTIO Álvaro José de Souza Carneiro M MTIO Regina Célia Suzue Oka R RSBB.3 Paul Wagner Simons R RVSS.4 Clovis Ossamu Masaki T TEV Antônio Carlos Fevereiro T TVV Luiz Carlos Rodello T TVV Marco Aurélio Lima Barbosa

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Diretoria de Tecnologia e Planejamento - T Assessoria para Desenvolvimento Tecnológico - TVV Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900 São Paulo - SP - Brasil Telefone: (0xx11) 3388-8839 / FAX: (0xx11) 3814-6323 E-MAIL : [email protected]

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