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Manaus - Am

Projeto Pedagógico do Curso de Graduação

em Medicina

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Ficha Técnica

DIRETOR PRESIDENTE Wellington Lins de Albuquerque

VICE-PRESIDENTE George Lins de Albuquerque

DIRETORA ACADÊMICA Profa. MSc. Cinara da Silva Cardoso

COORDENADORES DE ENSINO Prof. MSc. Gerson de Mendonça Nogueira

Profa. Esp. Cibelly Arianda Matos dos Santos

PESQUISADOR INSTITUCIONAL Prof. MSc. Irene Oliveira

COORDENADORA DE PESQUISA Profa. MSc. Suelânia Cristina Gonzaga de Figueiredo

COORDENADOR DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Prof. Esp. Jesse Davi Cavalcante Bessa

COORDENADORA DE PÓS-GRADUAÇÃO Prof. Esp. Telma do Socorro da Silva Lopes

COORDENADORA DO CURSO DE GRADUAÇÃO Profa Dra. Maria das Graças Costa Alecrim

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - 2016

Profa. MSc Ana Medeiros Magalhães- Presidente | Prof.Dr. Servulo Casas Furtado –

Representante Docente | Leonarda de Almeida Trovão - Representante

Administrativo | Milena Romão da Silva - Representante Discente | Cristiano

Lucio Torrez Lira - Representante da Comunidade

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SUMÁRIO

CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES ............................................................................... 11

Nome Da Mantenedora ............................................................................................. 11

Base Legal Da Mantenedora ..................................................................................... 11

Nome Da Mantida ..................................................................................................... 11

Base Legal Da IES: ................................................................................................... 11

Perfil E Missão Da IES: ............................................................................................. 12

Dados Socioeconômicos E Socioambientais Da Região: ......................................... 13

Breve Histórico Da IES: ............................................................................................. 14

SÍNTESE DA IES ...................................................................................................... 22

CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO ........................................................................ 25

Nome Do Curso ......................................................................................................... 25

Nome Da Mantida ..................................................................................................... 25

1 DIMENSÃO: ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA ................................. 31

1.1 Contexto Educacional ................................................................................... 31

1.1.1 Demandas De Natureza Econômica: ............................................................... 31

1.1.2 Demandas De Natureza Social. ....................................................................... 34

1.1.3 Demandas Culturais ......................................................................................... 37

1.1.4 Demandas Políticas ......................................................................................... 38

1.1.5 Demandas De Natureza Ambiental .................................................................. 39

1.1.5.1 Política Ambiental Da Fametro ...................................................................... 40

1.1.5.2 Dos Objetivos Da Política Ambiental Da Fametro ......................................... 41

1.1.5.3 Dos Instrumentos Da Política Ambiental Da Fametro ................................... 42

1.2 Políticas Institucionais No Âmbito Do Curso .............................................. 42

1.2.1 Política De Ensino ............................................................................................ 42

1.2.1.1 Projetos Interdisciplinares Previstos Para Os 2 Primeiros Anos Do Curso ... 46

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1.2.1.3 Projetos De Iniciação Científica E Iniciação Tecnológica Do Curso No Último

Triênio .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

1.2.1.4 Projetos De Extensão E Responsabilidade Social Do Curso ........................ 48

1.3 Objetivos Do Curso ........................................................................................... 49

1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 49

1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 49

1.4 Perfil Profissional Do Egresso ......................................................................... 50

1.4.1 Competências E Habilidades Específicas: ....................................................... 55

1.4.2 Atividades A Serem Desenvolvidas Na Comunidade Para Consolidar O Perfil

Do Egresso................................................................................................................ 61

1. 4. 3 Programa De Acompanhamento Dos Egressos ............................................. 62

1.5 Estrutura Curricular .......................................................................................... 65

1.5.1 Flexibilidade ..................................................................................................... 65

1.5.2 Interdisciplinaridade ......................................................................................... 65

1.5.3 Transversalidade .............................................................................................. 65

1.5.4 Acessibilidade Pedagógica E Atitudinal............................................................ 66

1.5.5 Compatibilidade Da Carga Horária Total .......................................................... 66

1.5.6 Articulação Da Teoria Com A Prática ............................................................... 66

1.5.7 Matriz Do Curso ............................................................................................... 73

1.5.8 Ementário E Bibliografia ................................................................................. 157

1.6 Conteúdos Curriculares .............................................................................. 189

1.6.1 Conteúdos Curriculares Básicos E Das Ciências Médicas ............................. 189

1.6.2 Carga Horária Prática Dos Conteúdos Curriculares ....................................... 192

1.6.3 Conteúdos Pertinentes Às Políticas De Educação Ambiental, De Educação Em

Direitos Humanos E De Educação Das Relações Étnico-Raciais. .......................... 193

1.8 Metodologia ................................................................................................. 194

1.8.1 Metodologias Ativas De Ensino-Aprendizagem .............................................. 199

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1.8.2 Metodologia De Ensino-Aprendizagem De Grupos E Equipes Interprofissionais

................................................................................................................................ 200

1.8.3 Metodologia Das Aulas Práticas ..................................................................... 207

1.8.4 Metodologia Das Atividades Interdisciplinares E Transversais De Educação

Ambiental E Étnico-Raciais ..................................................................................... 217

1.8.5 Metodologia Da Educação Para Os Direitos Humanos ................................. 217

1.8.6 Acessibilidade ................................................................................................ 219

1.8.7 Programa De Capacitação Dos Docentes Para Utilização De Metodologias

Inovadoras De Ensino-Aprendizagem ..................................................................... 223

1.10 Estágio Curricular Supervisionado ............................................................. 225

1.10.1 Carga Horária E Período Do Estágio Curricular Supervisionado ................. 225

1.10.2 Áreas Do Estágio Curricular Supervisionado ............................................... 225

1.10.3 Convênios Para Realização Do Estágio Curricular Supervisionado ............. 226

1.10.3 Forma De Apresentação Do Estágio Curricular Supervisionado .................. 227

1.10.5 Critérios De Avaliação Do Estágio Curricular Supervisionado ..................... 231

1.10.6 Forma De Orientação Do Estágio Curricular Supervisionado ...................... 235

1.10.7 Forma De Supervisão Do Estágio Curricular Supervisionado ...................... 235

1.10.8 Forma De Coordenação Do Estágio Curricular Supervisionado .................. 235

1.10.9 Regulamento E Formulários Do Internato .................................................... 235

1.14 Atividades Complementares ...................................................................... 258

1.14.1 Carga Horária E Formas De Aproveitamento Das Atividades Complementares

................................................................................................................................ 258

1.14.2 Regulamento Das Atividades Complementares ........................................... 261

1.15 Trabalho De Conclusão De Curso ............................................................... 263

1.15.1 Carga Horária E Período Do Trabalho De Conclusão De Curso .................. 263

1.15.2 Áreas Do Trabalho De Conclusão De Curso ................................................ 264

1.15.3 Forma De Apresentação Do Trabalho De Conclusão De Curso .................. 265

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1.15.4 Critérios De Avaliação Do Trabalho De Conclusão De Curso ...................... 265

1.15.5 Formas De Divulgação Dos Trabalhos De Conclusão De Curso ................. 266

1.15.6 Forma De Orientação Do Trabalho De Conclusão De Curso ....................... 266

1.15.7 Forma De Coordenação Do Trabalho De Conclusão De Curso ................... 266

1.15.8 Regulamento E Formulários Do Trabalho De Conclusão De Curso ............. 266

1.16 Apoio Ao Discente ....................................................................................... 291

1.16.1 O Programa De Apoio Ao Discente Se Divide Em Três Eixos: .................... 291

1.16.2 Eixo 01 - Atividades Extraclasse .................................................................. 291

1.16.3 Eixo 02 – Atendimento Pedagógico; Acompanhamento Psicopedagógico E

Acessibilidade ......................................................................................................... 292

1.16.4 Eixo 03 – Serviços Acadêmicos ................................................................... 295

1.17 Ações Decorrentes Dos Processos De Avaliação Do Curso ................... 296

1.17.1 Programa De Avaliação Institucional ............................................................ 296

1.17.2 Objetivo Geral Do Processo De Auto Avaliação Institucional ....................... 297

1.17.3 Objetivos Específicos ................................................................................... 297

1.17.4 Metodologia Da Avaliação Institucional ........................................................ 297

1.17.5 Avaliação Interna – Composta Por Duas Avaliações ................................... 298

1.17.6 Segundo Nível: Avaliação De Curso ............................................................ 299

1.17.7 Etapas Da Avaliação Institucional E Ações De Melhoria Institucional ......... 299

1.19 Tecnologia De Informação E Comunicação – Tics – No Processo Ensino

Aprendizagem ........................................................................................................ 303

1.22.1 Metodologia De Avaliação Do Processo Ensino-Aprendizagem Na

Medicina ................................................................................................................. 309

1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada

Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes E Conteúdos Curriculares .................... 310

1.22.1.2 Métodos E Instrumentos Diversificados De Avaliação Do Processo Ensino

Aprendizagem De Metodologias Ativas ................................................................... 311

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1.22.1.3 Métodos De Instrumentos Da Avaliação Das Atividades Práticas ............. 312

1.22.2 Formas De Acesso Ao Curso ....................................................................... 313

1.22.2.1 Do Processo Seletivo ................................................................................ 313

1.22.2.2 Transferência ............................................................................................ 314

1.22.2.3 Do Portador De Diploma De Curso Superior ............................................. 314

1.22.2.4 Da Re-Opção ............................................................................................ 315

1.22.2.5 Enem ......................................................................................................... 315

1.22.2.6 Matrícula .................................................................................................... 315

1.23 Número De Vagas .......................................................................................... 316

1.25 Integração Do Curso Com O Sistema Local E Regional De Saúde/Sus-

Relação Alunos/Docentes Ou Preceptor ............................................................. 316

1.25.1 Processo De Desenvolvimento Da Formação Do Aluno Em Espaços Do Sus

Como Cenários De Aprendizagem .......................................................................... 319

1.25.2 Convênios Do Curso Com A Secretaria De Saúde ...................................... 320

1.25.3 Articulação Do Curso Com Os Conselhos De Saúde E Instâncias Gestoras

Do Sus .................................................................................................................... 320

1.25.4 Atividades Previstas Em Convênio ............................................................... 320

1.25.5 Diagnóstico Situacional E Levantamento Epidemiológico De Risco ............ 321

1.25.6 Diagnóstico Situacional E Levantamento No Cuidado De Saúde Em Todos Os

Níveis De Atenção ................................................................................................... 357

1.25.7 Diagnóstico E Levantamento Da Humanização Do Cuidado ....................... 371

1.25.8 Plano De Trabalho A Ser Desenvolvido Com O Aluno Relacionando Os

Conteúdos Curriculares Relativos Às Políticas Públicas De Saúde Com Base Nos

Princípios Do Sus No Cuidado De Saúde Em Todos Os Níveis De Atenção .......... 374

1.25.9 Plano De Trabalho De Equipe A Ser Desenvolvido Com O Aluno Com Outros

Profissionais De Saúde ........................................................................................... 378

1.26 Integração Do Curso Com O Sistema Local E Regional De Saúde/Sus

Relação Alunos/Usuários. .................................................................................... 379

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1.26.1 Processo De Desenvolvimento Da Formação Do Aluno Na Relação Com O

Usuário Do Sus ....................................................................................................... 381

1.26.2 Modelo De Protocolo De Fluxo De Pacientes .............................................. 382

1.26.3 Modelo De Protocolo De Acolhimento De Usuários ..................................... 389

1.26.4 modelo de protocolo de observação e análise do atendimento ao usuário .. 391

1.26.5 previsão da oferta de cursos, atividades de integração e utilização de espaços

educativos compartilhados pela ies e serviço de saúde para educação permanente

dos profissionais de saúde ...................................................................................... 397

1.27 Atividades Práticas De Ensino ..................................................................... 398

1.27.1 Plano De Atividades Práticas A Ser Realizado Com O Aluno ...................... 400

1.27.2 Modelo Do Plano De Ensino De Atividades Práticas A Ser Preenchido Pelo

Docente ................................................................................................................... 400

1.27.3 Modelo De Portfólio Para Registro Das Atividades Práticas A Ser Preenchido

Pelo Aluno ............................................................................................................... 400

1.30 Educação Em Saúde ..................................................................................... 401

1.30.1 Processo De Desenvolvimento Da Formação Do Aluno Na Educação Em

Saúde ...................................................................................................................... 401

1.30.2 Plano De Ensino De Atividades De Educação Em Saúde A Ser Desenvolvido

Com O Aluno ........................................................................................................... 403

1.30.3 Modelo De Portfólio Para Registro Das Atividades De Educação Em Saúde A

Serem Realizadas Pelo Aluno ................................................................................. 406

1.31 Gestão Em Saúde .......................................................................................... 406

1.31.1 Processo De Desenvolvimento Da Formação Do Aluno Na Gestão Em Saúde

................................................................................................................................ 406

1.31.2 Plano De Ensino De Atividades De Gestão Em Saúde A Ser Desenvolvido

Com O Aluno ........................................................................................................... 408

1.31.3 Modelo De Portfólio Para Registro Das Atividades De Gestão Em Saúde A

Serem Realizadas Pelo Aluno ................................................................................. 410

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1.32 Articulação Entre A Graduação Em Medicina E Os Programas De

Residência Próprios E/Ou Em Parceria ............................................................... 416

1.32.1 Previsão De Articulação Entre Os Programas De Residência Reconhecidos

Pela Cnrm Em Parceria E Previsão De Vagas De Residência Em Medicina Geral Da

Família E Comunidade E Mais Duas Áreas Prioritárias Do Sus Para O Equivalente

Ao Número De Egressos ......................................................................................... 418

1.33 Responsabilidade Social .............................................................................. 418

1.34 Integração Do Curso Com Comunidade Locorregional ............................ 419

1.35 Segurança Do Usuário Do Sus ..................................................................... 420

1.35.1 Ações Previstas De Parceria Entre O Curso E O Serviço Do Sus Objetivando

A Segurança Do Usuário ......................................................................................... 420

2 DIMENSÃO: CORPO

DOCENTE..........................................................................422

2.1 Atuação Do Núcleo Docente Estruturante- Nde ........................................... 422

2.2 Atuação Do Coordenador De Curso .............................................................. 424

2.3 Experiência Do Coordenador Do Curso ........................................................ 426

2.4 Regime De Trabalho E Carga Horária Do Coordenador De Curso .............. 426

2.5 Carga Horária De Coordenação De Curso .................................................... 426

2.6 Titulação Do Corpo Docente .......................................................................... 426

2.7 Percentual De Doutores .................................................................................. 432

2.7 Regime De Trabalho Do Corpo Docente Do Curso ...................................... 432

2.9 Experiências Do Corpo Docente .................................................................... 437

2.10 Experiência De Magistério Superior Do Corpo Docente ........................... 437

2.13 Funcionamento Do Colegiado De Curso ..................................................... 437

2.13.1 Membros Do Colegiado Do Curso ................................................................ 438

2.14 Produção Científica, Cultural, Artística Ou Tecnológica ........................... 438

2.18 Responsabilidade Docente Pela Supervisão Da Assistência Médica ...... 438

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2.18.1 Porcentagem De Docentes Responsáveis Pelas Atividades De Ensino

Envolvendo Usuários E Pela Supervisão Da Assistência Médica Vinculada A Essas

Atividades ................................................................................................................ 438

2.20 Núcleo De Apoio Pedagógico E Experiência Docente ............................... 439

2.20.1 Membros Do Núcleo De Apoio Pedagógico ................................................. 440

2.21 Mecanismos De Fomento À Integração Entre Docentes E Preceptores No

Sus. ......................................................................................................................... 441

2.21.1 Plano De Atividades De Integração Entre Docentes E Preceptores No Sus 441

2.21.2 Definição Das Atribuições Dos Docentes No Cenário De Prática ................ 441

2.21.3 Definição Das Atribuições Dos Preceptores No Cenário De Prática ............ 443

3 DIMENSÃO: INFRAESTRUTURA ....................................................................... 445

3.1 Gabinetes De Trabalho Para Professores Tempo Integral –Ti .................... 445

3.2 Espaço De Trabalho Para Coordenação De Curso E Serviços Acadêmicos

................................................................................................................................ 445

3.3 Sala De Professores ........................................................................................ 445

3.4 Salas De Aula ................................................................................................... 445

3.5 Acesso Dos Alunos Aos Equipamentos De Informática .............................. 445

3.6 Bibliografia Básica .......................................................................................... 446

3.7. Bibliografia Complementar ............................................................................ 446

3.8 Periódicos Especializados ............................................................................. 446

3.9 Laboratórios Didáticos Especializados: Quantidade ................................... 446

3.10 Laboratórios Didáticos Especializados: Qualidade ................................... 447

3.11 Laboratórios Didáticos Especializados: Serviços ...................................... 447

3.15 Unidades Hospitalares E Complexo Assistencial Conveniados ............... 447

3.16 Sistema De Referência E Contrarreferência ............................................... 448

3.17 Cenários De Prática E Redes De Atenção À Saúde.................................... 449

3.17 Biotérios ......................................................................................................... 458

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3.18 Laboratórios De Ensino Para A Área De Saúde ......................................... 458

3.18.1 Laboratórios Específicos E Multidisciplinares Para Abordagem Dos Diferentes

Aspectos Celulares E Moleculares Das Ciências Da Vida ...................................... 458

3.19 Laboratórios de Habilidades.........................................................................458

3.19.1 Relação Dos Laboratórios De Habilidades ................................................... 458

3.19.2 Normas De Funcionamento Dos Laboratórios ............................................. 460

3.19.3 Processo De Avaliação Dos Serviços Prestados ......................................... 460

3.19.4 Laboratórios De Habilidades E Simulação Realística ............................. 460

3.20 Simulação Realística ..................................................................................... 460

3.21 Protocolos De Experimentos ....................................................................... 461

3.22 Comitê De Ética Em Pesquisa-Cep .............................................................. 461

3.23 Comitê De Ética Para Utilização De Animais (Ceua) .................................. 463

Biblioteca E Política De Acervo ............................................................................... 463

Infraestrutura De Segurança ................................................................................... 465

4 DIMENSÃO : REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS ...................................... 467

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CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES

a) Nome da Mantenedora:

IME- Instituto Metropolitano de Ensino LTDA

b) Base legal da Mantenedora:

Endereço: Avenida Constantino Nery, 3000- Chapada, Município de Manaus.

Estado do Amazonas. CEP: 69.050-001.

Razão Social: Instituto Metropolitano de Ensino – IME

CNPJ: 03.817.341/0001-42

Registro no Cartório: Cartório Pinheiro 3.o Ofício de Notas

Publicação no D.O.U.- Nº 84 – Seção 1, sexta-feira, 3 de maio de 2002

Registro na Junta Comercial do Estado do Amazonas, 14/11/2000 sob

NIRE:132003884-53 e protocolo: 00/021448-5

Categoria administrativa: Pessoa jurídica de direito privado com fins lucrativos-

sociedade civil.

c) Nome da Mantida:

FAMETRO - Faculdade Metropolitana de Manaus - IES Privada

d) Base legal da IES:

Endereço Unidade 1/2: Avenida Constantino Nery, 3000 - Chapada, Município

de Manaus. Estado do Amazonas. CEP: 69.050-001.

Endereço Unidade 3: Avenida Constantino Nery, 1937- Chapada, Município de

Manaus, Estado do Amazonas. CEP: 69.050-000- Razão Social: Faculdade

Metropolitana de Manaus - FAMETRO

CNPJ 03.817.341/0001-42

Registro no Cartório: Cartório Pinheiro 3.o Ofício de Notas

Publicação no D.O.U.- Nº 84 – Seção 1, sexta-feira, 3 de maio de 2002

Registro na Junta Comercial do Estado do Amazonas, 14/11/2000 sob

NIRE:132003884-53 e protocolo: 00/021448-5

Categoria administrativa: Pessoa jurídica de direito privado com fins lucrativos-

sociedade civil.

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Portaria de Credenciamento nº 1337, de 03 de maio 2002 Publicação no D.O.U.

03/05/2002

Portaria de Recredenciamento nº 712 de 08/08/2013 Publicação no D.O.U.

08/08/2013

Representante legal: Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque

e) Perfil e Missão da IES:

Fundada em 2002, atualmente a FAMETRO tem 15 anos de existência,

possui 39 cursos de graduação, sendo 35 em funcionamento, nas modalidades de

bacharelado, licenciatura e tecnológico, nas áreas de exatas, sociais, humanas e da

saúde. Ressalta-se que a FAMETRO também atua no segmento da pós-graduação

lato sensu e em 2016 tem em seu portfólio 42 cursos ofertados nas mais diversas

áreas do conhecimento com 44 turmas em andamento (Dados de Dezembro 2016).

A missão institucional é a de Formar profissionais no Ensino Superior com

valores éticos, humanísticos e ambientais, capazes de contribuir para o

desenvolvimento da Região Norte.

O Perfil da IES é de empreendimento familiar amazonense com desafio e

compromisso no desenvolvimento da Região Norte ofertando educação de

qualidade buscando integrar a Amazônia através de um processo educativo global e

articulado, capaz de atender às transformações e desafios dos novos rumos que

estão sendo delineados para o mundo do trabalho.

Neste sentido a FAMETRO imbuída inclusive de uma política de inclusão

social pratica os menores preços com a melhor qualidade e ainda participa dos

programas: PROUNI, Bolsa Universidade do Estado do Amazonas, Quero Bolsa,

Educações, Educa Mais e FIES no intuito de continuar a expandir a oferta

educacional para atender as demandas as demandas locais e regionais.

A FAMETRO tem como propósito promover ensino, focado na aprendizagem,

que permita o desenvolvimento do indivíduo de modo integral, visando à auto-

realização e à formação de profissionais com visão tanto generalista quanto

multidisciplinar e conscientes de seu papel social de envolvimento com as

mudanças. Destaque-se que a FAMETRO, na busca destes propósitos, não perde a

perspectiva da visão empreendedora no sentido da consolidação de novos negócios,

sempre em um contexto de atualização contínua, proporcionando aos alunos

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formação acadêmica que possibilite atuação no mercado regional, sem, contudo,

perder de vista os mercados nacional e internacional.

A Visão institucional é de Ser referência de Qualidade no Ensino Superior

no Estado do Amazonas, e os seus valores são: Qualidade no ensino; Ética;

Humanização; Profissionalismo.

f) Dados Socioeconômicos e Socioambientais da Região:

Em relação à maior e mais biodiversa floresta tropical que a região abriga, a

Amazônia brasileira enfrenta uma série de ameaças. Dentre as ameaças, figura o

desmatamento, que elimina a floresta e sua biodiversidade associada de maneira

direta, sobretudo para formação de pastagens e, em alguns locais, para implantação

da cultura da soja (FEARNSIDE, 2010). Essas ameaças somam-se às ameaças

comuns e primárias como a especulação imobiliária, estabelecimento da posse da

terra e abertura de estradas. Elas poderão dizimar rapidamente a Amazônia, a

exemplo da floresta Atlântica, caso medidas efetivas não forem adotadas de maneira

emergencial. Atualmente se concentra no “arco de desmatamento” ao longo das

bordas sul e leste da floresta, mas estradas planejadas abririam áreas novas e

extensas na Amazônia Central (FEARNSIDE, 2010) (Figura 2).

Figura 1. Desmatamento na Amazônia PRODES até 2010.(Fonte:<http://www.imazongeo.org.br/doc/galeriaMapas.php#>. Acesso: 10 out. 2014).

Diante desse cenário, a questão ambiental tem crescido nas últimas décadas

e ganhado novas dimensões, inclusive em âmbito mundial. Uma determinada

indústria cultural, que enxerga com clareza a inserção dessas questões nos diversos

segmentos da sociedade, tem transformado as questões ambientais em mercadoria

(GUERRA, 2008; LADVOCAT, 2009). Mudanças climáticas, aquecimento global e

extinção de espécies, por exemplo, são temas bastantes presentes no cotidiano da

região, veiculados por diferentes mídias em propagandas de diversos produtos que

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se consome no dia a dia (PEREIRA et al., 2013). Em função dessa questão, a

sociedade reconhece e preocupa-se com uma crise relacionada à degradação dos

ambientes naturais. Entretanto, a questão não é puramente ecológica e não se

relaciona exclusivamente aos impactos antrópicos causados aos ecossistemas

naturais (PEREIRA et al., 2013). Juntamente com outros temas como poluição,

miséria e fome, os problemas que são denominados como ambientais, resultam da

maneira como os habitantes locais se relacionam com os demais elementos da

natureza nas últimas décadas e, em especial, nos dias atuais (PEREIRA et al.,

2013). Dar conta da complexidade relacional dessas questões impõe-se como um

dos grandes desafios da sociedade.

O desenvolvimento mundial alcançado nas últimas três décadas explicita uma

acumulação sem precedentes e um incremento do abismo entre incluídos e

excluídos. Nesse contexto, as questões ambientais e o desenvolvimento sustentável

na Amazônia são questões cruciais que devem ser debatidos pelas Instituições de

Educação. É neste contexto que se insere a política ambiental da FAMETRO.

Ademais segundo o último censo do IBGE (2010), o Amazonas tem uma área

de 1.559.161.814 km² com população de 3.480.937 habitantes. Sua capital, Manaus,

concentra em torno de 60% dessa população o que representa um total de

1.802.525 habitantes, distribuídos em uma área de 11.458 km². Com baixa

densidade demográfica no interior do Estado, a cidade de Manaus tem sido o lugar

para onde correm os fluxos migratórios do interior do Estado e de outros estados da

federação. Este contexto faz da cidade de Manaus a 8ª cidade do Brasil no ranking

de população, e a projeção que se tem é que até 2020 atingirá 4.477.266 habitantes.

Dados da SUFRAMA atestam que em 2012 a ZFM, contava com um Setor

Industrial consolidado e tecnologicamente avançado, formado por cerca de 690

empresas com projetos incentivados pelos órgãos de desenvolvimento do Estado do

Amazonas e do Governo Federal, gerando mais de 200 mil empregos diretos que

somados aos indiretos, representam 500 mil postos de trabalho, esse crescimento

aponta para novos desafios econômicos e sociais que implicam em novas e

volumosas demandas por serviços educacionais.

g) Breve Histórico da IES:

Neste cenário de contexto geográfico e cultural tão distinto e complexo, criar

uma Instituição de Ensino Superior na Amazônia, por si só já representa um ação

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empreendedora de muita complexidade, e, foi assim que em 09 de outubro de 2000,

aceitando este desafio, que foi fundando o Instituto Metropolitano de Manaus-IME,

mantenedora da FAMETRO, Empresa de Pessoa Jurídica de Direito Privado (CNPJ

03.817.341/0001-42), com sede no município de Manaus, situada na Av.

Constantino Nery, n.3000, e que tem na pessoa de Maria do Carmo Seffair Lins de

Albuquerque, sua representante legal, dando a sua mantida a FAMETRO, as

condições legais e infra estruturais para o inicio das atividades da Faculdade

Metropolitana de Manaus.

No ato do credenciamento, dois cursos foram autorizados: Administração com

habilitação em Gestão de Negócios e Administração com habilitação em Gestão de

Cidades (Portaria n°. 1.338, de 02.05.02) e Turismo (Portaria n°. 1.339, de

02.05.02). Em outubro daquele mesmo ano, foi autorizado o curso Normal Superior

com habilitação em Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil

(Portaria n°. 3.003, de 24.10.2002). Em março de 2005, foram autorizadas as

habilitações para o curso de Administração (Portaria n°. 724, de 03.03.05), Gestão

Imobiliária, Gestão Hospitalar e Gestão de Marketing.

Em março de 2005, foram autorizados os cursos de Ciências Contábeis

(Portaria n°. 648, de 01.03.05) e Serviço Social (Portaria n°. 647, de 01.03.05). Em

julho de 2006, foram reconhecidos os cursos de Normal Superior habilitação em

Magistério dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Magistério da Educação

Infantil e Turismo (Portaria n°. 405, de 25.07.06) e Administração, habilitações em

Administração de Cidades, Administração Hospitalar, Marketing, Gestão de

Negócios e em Gestão Imobiliária (Portaria n°. 233, de 07.06.06).

A partir do ano de 2006, a IES passa a apresentar uma crescente evolução na

implantação de novos cursos, conforme se pode perceber. Entre 2006 e 2014, o

portfólio de cursos saltou dos quatro cursos iniciais para um total de 34 cursos de

graduação ao final de 2014, aumentando significativamente a área de atuação da

IES. Há de se destacar a entrada da FAMETRO, no âmbito da formação tecnológica

com 13 Cursos de Graduação Tecnológica e a adesão ao Pronatec no ano de 2013,

ofertando cursos na modalidade presencial e tendo solicitado em 2015

credenciamento para o ensino a distância.

Em 2016 a IES conta com 39 cursos sendo 35 em funcionamento, nas

modalidades de bacharelado, licenciatura e tecnológico, nas áreas de exatas,

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sociais, humanas e da saúde e um portfólio 42 cursos de pós-graduação lato sensu

ofertados nas mais diversas áreas do conhecimento com 44 turmas em andamento.

Muito desse desenvolvimento se deve ao trabalho pedagógico inovador e o

continuo investimento em infraestrutura realizado pela instituição, que conta

atualmente com 05 unidades acadêmicas com um total de 292 salas de aula com

capacidade para 50 alunos, funcionando em três turnos. Conta com biblioteca, mais

de 20 laboratórios, salas e espaços de convivências, auditórios e estacionamento

para mais de 2000 carros. Mantém sistema de Wi-Fi para todo campus, e oferece 85

gabinetes de trabalho para professores de tempo integral nos 03 turnos, além de

espaço de trabalho para as coordenações de curso, serviços acadêmicos com

gabinete individual do coordenador e espaço para a funcionária, sala de professores

equipadas e sala de reunião do NDE. Cada unidade conta com 02 carrinhos de

laboratórios de informática móveis com laptops e laboratórios fixos com terminais,

softwares, acesso a internet para uso de professores e alunos mediante sistema de

agendamento. Nos laboratórios há suporte técnico para assessoramento na

utilização dos mesmos ao pronto atendimento das atividades.

O corpo docente é formado por 289 professores pós-graduados nos níveis de

mestres, doutores e especialistas em regime horista, parcial e integral (dados

dezembro de 2016). Esse capital humano tem contribuído de forma determinante

para a FAMETRO atuar nos campos do ensino, pesquisa, extensão e

responsabilidade social, em diversas áreas do conhecimento.

O evidente crescimento tem-se acompanhado igualmente dos investimentos

da IES em seus processos didático-pedagógicos demonstrados na evolução do IGC

contínuo da FAMETRO que cresce em uma escala ascendente e contínua de

melhoria saindo dos 1,74 pontos (IGC 2) para 2,98 em 2015 (IGC 4). A Evolução

do IGC institucional pode ser verificada na tabela Tabela 1 – Evolução do IGC:

Tabela 1 – Evolução do IGC

2008 2008 2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014 2015 2015

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont.

IGC Faixa

IGC Cont. IGC Faixa

1,74 2 2,36 3 2,35 3 2,37 3 2,72 3 2,84 3 2,882 3 2,9811 4

Fonte : INEP

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Vale ressaltar que no ano de 2015 a FAMETRO foi a única IES do Estado do

Amazonas a obter o IGC 4 (Fonte: INEP).

O resultado das avaliações in loco (CC) do período 2013-2017 também

demonstram a qualidade de ensino da IES conforme pode ser observado na Tabela

2:

Tabela 2- Resultado de Avaliações In Loco:

CURSOS NOTA

DESIGN GRÁFICO 5

LOGÍSTICA 5

TURISMO 5

CIÊNCIAS CONTÁBEIS 4

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 4

DIREITO 4

EDUCAÇÃO FÍSICA (BACHARELADO) 4

EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA) 4

ENGENHARIA ELÉTRICA 4

ESTÉTICA E COSMÉTICA 4

FONOAUDIOLOGIA 4

GASTRONOMIA 4

GESTÃO DA QUALIDADE 4

GESTÃO DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL 4

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 4

MARKETING 4

PETRÓLEO E GÁS 4

SEGURANÇA NO TRABALHO 4

BIOMEDICINA 3

ENGENHARIA CIVIL 3

MEDICINA VETERINÁRIA 3

RADIOLOGIA 3

Fonte: INEP

Observa-se que dos 22 cursos avaliados, apenas 4 ficaram com conceito

satisfatório de qualidade e todos os demais entre muito satisfatório e excelente,

segundo critérios do INEP/MEC.

O PDI e o PPI estabelecem ainda as políticas, diretrizes, ações e metas para

a Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO e os cursos projetados para o

seu primeiro quinquênio de funcionamento.

O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI 2016 até 2020 - apresenta na

justificativa da FAMETRO, a necessidade de investimentos em cursos superiores de

educação em Manaus, capital do estado do Amazonas. Tal justificativa mostra a

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visão da IES sobre a necessidade de incrementar a oferta de educação superior em

uma cidade que cresce rapidamente, considerada um dos pólos de desenvolvimento

da região Norte.

Os princípios fundantes (missão, vocação, finalidades e objetivos

institucionais), que garantem a articulação do PDI e do PPI, estão evidenciados nas

políticas de ensino que fundamentam os projetos pedagógicos dos cursos de

graduação oferecidos pela FAMETRO, bem como as ações de pesquisa e de

extensão.

No que se refere às Políticas Acadêmicas, a linha dominante de ação da

FAMETRO é o ensino de graduação, eixo em torno do qual a instituição atua,

visando a atingir níveis significativos de qualidade, dentro dos seguintes

balizamentos pedagógicos:

1. Ação centrada no aluno, sobre o qual se manterá processo integrado de

educação e de formação intelectual e profissional;

2. Ação integrada por objetivos de educação e aprendizagem, a partir do projeto

pedagógico de cada curso, área de conhecimento e habilitação profissional;

3. Ação sobre o aluno e sobre grupos de alunos, segundo o desempenho de

cada um e outros atributos (como ano de ingresso, curso etc.);

4. Motivação crítica, dinâmica e prática, tanto quanto possível sobre atividades

extracurriculares de caráter técnico-científico, cultural, desportivo etc.

A FAMETRO entende que o desafio de uma instituição de educação superior

consiste não apenas em realizar ensino, pesquisa e extensão, mas de garantir a

indissociabilidade destes processos. As atividades de ensino não se restringem a

preparar o indivíduo apenas para atender às necessidades da população, mas

objetivam formar profissionais para atuar como agentes transformadores da

sociedade, centrados em uma visão generalista e cidadã.

Neste sentido, identifica os princípios da construção coletiva, da flexibilidade

curricular, da interdisciplinaridade, transversalidade e da problematização do saber

como essenciais para a aquisição de uma aprendizagem significativa, articulada pela

qualidade de ensino, pelas atividades de formação e preparação técnico-científica

que contribuirão para a autonomia intelectual e profissional.

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A IES tem definidas as políticas acadêmicas e sociais como forma de se fazer

atuante, no processo de educação e formação profissional, e sensível aos

problemas da comunidade, assumindo a corresponsabilidade pelo desenvolvimento

sustentável local e regional. Desse modo, busca articular a qualificação técnica com

a qualificação social e reafirmar sua missão na produção e na difusão do

conhecimento, assim como no compromisso com o avanço e as transformações da

realidade local e nacional.

Áreas de Atuação na Graduação: Atualmente a Instituição tem 39 cursos de

GRADUAÇÃO, sendo 35 em funcionamento, nas áreas de exatas, sociais e

humanas e da saúde conforme a tabela 3:

Tabela de cursos de graduação presenciais da FAMETRO:

CURSO MODALIDADE PORTARIA ATO

1.Administração Bacharelado Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

2. Arquitetura e

Urbanismo Bacharelado

Portaria No 1093

de 14/12/2015

Renovação de

Reconhecimento

3. Biomedicina Bacharelado Portaria Nº 206, de

22/06/2016 Reconhecimento

4.Ciências Contábeis Bacharelado Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

5. Construção de

Edifícios Tecnológico

Portaria No 809 de

22/12/2014 Autorização

6.Design Gráfico Tecnológico Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

7.Design de Interiores Tecnológico Portaria Nº 600 de

29/10/2014 Autorização

8.Direito Bacharelado Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

9.Educação Física Licenciatura Portaria Nº 362 de

02/07/2014 Autorização

10. Enfermagem Bacharelado Portaria Nº 821 de

30/12/2014

Renovação de

Reconhecimento

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11.Engenharia Ambiental

e Energias Renováveis Bacharelado

Portaria Nº 169, de

13/09/2012 Autorização

12. Engenharia Civil Bacharelado Portaria Nº 741 de

25/11/2016 Reconhecimento

13. Engenharia da

Produção Bacharelado

Portaria Nº 694 de

17/12/ 2013 Autorização

14. Engenharia Elétrica Bacharelado Portaria Nº 567 de

07/11/2013 Autorização

15. Estética e Cosmética Tecnológico Portaria Nº 721 de

27/11/2014 Autorização

16.Farmácia Bacharelado Portaria Nº 266 de

27/03/2015 Autorização

17. Fisioterapia Bacharelado Portaria Nº 821, de

02/01/2015

Renovação de

Reconhecimento

18. Fonoaudiologia Bacharelado Portaria Nº 198, de

04/10/2012 Autorização

19. Gastronomia Tecnológico Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

20.Gestão da Produção

Industrial Tecnológico

Portaria Nº 64 de

28/01/2015 Reconhecimento

21. Gestão da Qualidade Tecnológico Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

22.Gestão de Recursos

Humanos Tecnológico

Portaria Nº 247 de

30/06/2016 Reconhecimento

23.Hotelaria

Bacharelado

Portaria Nº 362 de

02/07/2014 Autorização

24.Jornalismo Bacharelado Portaria Nº 267 de

27/03/2015 Autorização

25.Logística Tecnológico Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

26.Marketing Tecnológico Portaria Nº 249 de

30/06/2016 Reconhecimento

27. Medicina Veterinária Bacharelado Portaria Nº 1041 Autorização

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de 23/12/2015

28.Negócios Imobiliários Tecnológico Portaria Nº 539 de

23/10/2013 Autorização

29.Nutrição Bacharelado Portaria No 821 de

02/01/2015

Renovação de

Reconhecimento

30. Odontologia Bacharelado Portaria N° 806 de

15/12/2016 Autorização

31.Pedagogia Licenciatura Portaria Nº 1093

de 13/01/2015

Renovação de

Reconhecimento

32.Petróleo e Gás Tecnológico Portaria Nº 65 de

28/01/2015 Reconhecimento

33.Psicologia Bacharelado Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

34.Química Licenciatura Portaria Nº 1093

de 24/12/2015

Renovação de

Reconhecimento

35. Radiologia Tecnológico Portaria Nº 401 de

29/05/2015 Autorização

36.Segurança no

Trabalho Tecnológico

Portaria Nº 66 de

28/01/2015 Reconhecimento

37. Serviço Social Bacharelado Portaria No 821 de

02/01/2015

Renovação de

Reconhecimento

38. Sistemas de

Informação Bacharelado

Portaria No 1093

de 13/01/2016

Renovação de

Reconhecimento

39.Turismo Bacharelado Portaria No 269 de

07/04/2017

Renovação de

Reconhecimento

Curso presencial já visitado com CC 4 e aguardando somente portaria de

autorização: Educação Física Bacharelado

Cursos presenciais já visitados com CC 4 e aguardando somente portaria de

Reconhecimento: Educação Física Licenciatura, Engenharia Elétrica,

Fonoaudiologia, Estética e Cosmética.

EAD já em trâmite de credenciamento (Pólos e cursos)

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Áreas de atuação na PÓS-GRADUAÇÃO (Lato Sensu) :

Ciências Sociais, Negócios e Direito: Administração Pública; Análise de

Risco e Gestão Financeira; Gestão Organizacional e Recursos Humanos;

Gestão de Projetos; Arquitetura e Design de Interiores; Auditoria e Perícia

Contábil; Direito Tributário; Segurança Pública e Direitos Humanos; Direito

Processual Civil; Direito Educacional; Gastronomia Funcional; Gestão da

Qualidade; Logística Empresarial; Logística Estratégica e Sistemas de

Transporte; Logística e Cadeia de Suprimentos; Gestão de Compras e

Suprimentos; Gestão, Supervisão e Orientação Educacional; Assistência

Social e Família; Gerontologia e Família; Gestão em Políticas Públicas,

Gestão De Eventos; Gestão de Hotelaria; Patrimônio Cultural em Centros

Urbanos; Turismo e Negócios.

Saúde e Bem Estar Social: Análises Clínicas; Enfermagem do Trabalho;

Enfermagem em Urgência e Emergência; Enfermagem em Urologia;

Enfermagem em UTI; Enfermagem Obstétrica; Reabilitação

Musculoesquelética e Desportiva; Audiologia Clínica e Ocupacional; Bases

Nutricionais na Atividade Física; Nutrição Clínica; Saúde Coletiva.

Engenharia, produção e construção: Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental;

Gestão da Construção Civil; Gestão da Produção; Engenharia de Petróleo e

Gás Natural; Gestão em Refino de Petróleo; Petroquímica e Biocombustíveis.

Educação: Metodologia do Ensino à Docência Superior, Psicopedagogia

Clínica e Institucional, Docência na Educação Básica.

Humanidades e Artes: Psicologia Jurídica; Neuropsicologia; Psicologia

Hospitalar.

Ciências, matemática e computação: Desenvolvimento de Sistemas para

Ambiente Web, Segurança e Auditoria em Informática.

SÍNTESE DA IES

IME- Instituto Metropolitano de Ensino LTDA, cadastrada no CNPJ

03.817.341/0001-42, sede à Avenida Constantino Nery, 3000- Chapada, Município

de Manaus. Estado do Amazonas. CEP: 69.050-001, com Registro no Cartório

Pinheiro 3º Ofício de Notas. Registro na Junta Comercial do Estado do Amazonas,

14/11/2000 sob NIRE: 132003884-53 e protocolo: 00/021448-5. Categoria

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Administrativa: pessoa jurídica de direito privado com fins lucrativos- sociedade civil.

Possui código 1416 junto ao MEC.

Mantida: FAMETRO - Faculdade Metropolitana de Manaus, Instituição de

Ensino Superior Privada- IES, sede no Endereço da unidade I e II, Avenida

Constantino Nery, 3000 - Chapada, Município de Manaus. Estado do Amazonas.

CEP: 69.050-001. Endereço da Unidade 3 - Avenida Constantino Nery, 1.937 -

Chapada, Município de Manaus. Estado do Amazonas. CEP: 69.050-000. Possui

código 2147 junto ao MEC, Credenciada pela Portaria 1337, de 02/05/2002

Publicação no D.O.U. 03/05/2002, Recredenciada pela Portaria nº 712 de

08/08/2013 Publicação no D.O.U. 08/08/2013 e que tem na pessoa de Maria do

Carmo Seffair Lins de Albuquerque, sua representante legal.

Histórico, Perfil e Missão da IES: A FAMETRO tem 15 anos de existência,

possui 39 cursos, sendo 35 em funcionamento, nas modalidades de licenciatura,

bacharelado e graduação tecnológica, nas áreas de exatas, sociais e humanas e da

saúde, possui 42 cursos de pós-graduação lato sensu distribuídos nas respectivas

áreas. E um corpo docente 289 professores (horistas, parciais e integrais) todos pós-

graduados nos níveis de especialização, mestrado e doutorado. Todo esse capital

humano tem contribuído para que a FAMETRO possa atuar nos campos do ensino,

da pesquisa e da extensão, nas diversas áreas do conhecimento, apresentando IGC

4, maior ICG do Estado do Amazonas em 2015 (Inep/MEC).

Consta de seu Plano de Desenvolvimento Institucional (2016-2020), sua

missão institucional é a de “Formar profissionais no Ensino Superior, com valores

éticos, humanísticos e ambientais, capazes de contribuir para o desenvolvimento da

Região Norte”. A FAMETRO participa dos programas: PROUNI, Bolsa Universidade

do Estado do Amazonas, Quero Bolsa, Educações, Educa Mais e FIES. No que

compete à estrutura física, a FAMETRO possui um espaço de 292 salas de aula,

auditórios, áreas de convivência, biblioteca e mais de 20 laboratórios,

estacionamento com vagas para mais de 2000 carros, Wi Fii, 85 gabinetes para

professores integrais nos 3 turnos, espaço de trabalho para a coordenação de curso,

serviços acadêmicos com gabinete individual do coordenador e os espaço da

funcionária, sala de professores equipadas, sala de reunião de NDE, laboratórios de

informática com terminais, softwares e acesso a internet para uso de professores e

alunos mediante sistema agendado e suporte de um técnico de informática, e 02

carrinhos móveis com laptops para cada unidade.

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Dados socioeconômicos da Região: segundo o último censo do IBGE

(2010), o Amazonas tem uma área de 1.559.161.814 km² com população de

3.480.937 habitantes. Sua capital, Manaus, concentra em torno de 60% dessa

população o que representa um total de 1.802.525 habitantes, distribuídos em uma

área de 11.458 km². Com baixa densidade demográfica no interior do Estado, a

cidade de Manaus tem sido o lugar para onde fluem os fluxos migratórios do interior

do Estado e de outros estados da federação. Este contexto faz da cidade de Manaus

a 8ª cidade do Brasil no ranking de população, e a projeção é que até 2020 haverá

no Estado do Amazonas 4.477.266 habitantes.

Dados da SUFRAMA atestam que em 2012 a ZFM, contava com um Setor

Industrial consolidado e tecnologicamente avançado, formado por cerca de 690

empresas com projetos incentivados pelos órgãos de desenvolvimento do Estado do

Amazonas e do Governo Federal, gerando mais de 200 mil empregos diretos que

somados aos indiretos, representam 500 mil postos de trabalho, esse crescimento

aponta para novos desafios econômicos e sociais que implicam em novas e

volumosas demandas por serviços educacionais.

Dados socioambientais: Manaus está inserida no meio da Floresta

Amazônica, a maior e mais biodiversa floresta tropical do país, a Amazônia brasileira

enfrenta uma série de ameaças. Dentre as ameaças, figura o desmatamento, que

elimina a floresta e sua biodiversidade e neste contexto a FAMETRO entende que

as questões ambientais e o desenvolvimento sustentável na Amazônia são cruciais

e que devem ser debatidos pelas Instituições de Educação. E diante deste cenário

que se insere a Política Ambiental da FAMETRO, inclusive definindo as políticas

acadêmicas e sociais como forma de se fazer atuante, no processo de educação e

formação profissional, e sensível aos problemas da comunidade, assumindo a

corresponsabilidade pelo desenvolvimento sustentável local e regional do

Amazonas.

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CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO

a) Nome do Curso: Curso de Graduação em Medicina

b) Nome da Mantida: Faculdade Metropolitana de Manaus

c) Endereço de Funcionamento do Curso:

Endereço da Unidade 3- Avenida Constantino Nery, 1.937 - Chapada,

Município de Manaus, Estado do Amazonas. CEP: 69.050-000

d) Justificativa para a criação/existência do Curso de Medicina

A relação do Projeto Pedagógico do Curso com as demandas efetivas para

implantação do curso de Medicina baseia-se no atual cenário nacional. Atualmente,

o Brasil possui 359.691 médicos ativos e apresenta uma proporção de 1,8

médicos/1.000 hab., conforme dados primários obtidos no CFM e na estimativa

populacional do IBGE.

A proporção de médico/1.000 hab. constatada no Brasil é menor do que em

outros países latino-americanos com perfil socioeconômico semelhante ou países

que têm sistemas universais de saúde.

Não existe parâmetro que estabeleça uma proporção ideal de médico por

habitante reconhecido e validado internacionalmente. Para tanto, utiliza-se como

referência a proporção de 2,7 médicos por 1.000 hab., que é a encontrada no Reino

Unido, país que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter

universal orientado pela atenção básica. Para que o Brasil alcance a mesma relação

de médicos por habitante seriam necessários mais 168.424 médicos. Uma das

explicações para esse quadro está relacionada ao número insuficiente de vagas nos

cursos de graduação em medicina.

O Estado do Amazonas possui 4.362 médicos registrados para uma

população de 3.807.921 habitantes dando uma razão de 1,14 médicos por 1.000

hab.. Um total de 92% dos médicos do Estado concentram-se na capital, onde são

4.017médicos registrados para uma população de 2.094.391, numa razão de 1,92

médicos por 1.000 hab., bem abaixo da meta a ser atingida de 2,7 médicos/1.000

hab. Nesse contexto de clara demonstração de necessidade de maior oferta de

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vagas em cursos de Medicina e de ampliar a formação de médicos com formação

geral, orientados para o cuidado integral da pessoa e da família, a FACULDADE

METROPOLITANA DE MANAUS, dentro da sua missão institucional, vem propor a

oferecer um Curso de Medicina voltado para as necessidades sociais e fiel aos

princípios estabelecidos pelas DCNs, como demonstra a estrutura curricular, voltada

para a formação de profissionais que atuem nos três níveis de atenção,

prioritariamente nos âmbitos da Atenção Primária à Saúde e Urgências e

Emergências.

A caracterização de Manaus permite identificar oportunidades existentes para

a entrada de uma instituição de ensino superior médico, em especial, o Curso de

Medicina da FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS.

Segundo o Plano Municipal de Saúde (2014-2017) e o CNES, Manaus possui

cerca de 3.186 mil leitos SUS e 200 Equipes de Saúde da Família, o que suportaria,

segundo os critérios do MEC/INEP, uma oferta anual de até 600 vagas de

graduação em medicina. E considerando a Região Metropolitana de Manaus temos

3.580 leitos (CNES, 2017).

Atualmente Manaus tem a oferta de 387 vagas de medicina, dessa forma,

podendo disponibilizar um total de até 213 novas vagas. Do ponto de vista

demográfico, Manaus é uma cidade jovem, que teve nos últimos 20 anos um

crescimento acelerado e desordenado, sobre uma geografia incomum, dominada

pelos igarapés, o que representa um desafio enorme para a Saúde Pública.

Manaus tem uma longa tradição de trabalho em Saúde Pública, tanto em

termos de produção local quanto em colaboração internacional com universidade e

centros de pesquisa de outros países sempre interessados no potencial e riqueza da

Região. No entanto, apesar do discurso oficial de território estratégico e valorizado, a

infraestrutura permanece atrasada em relação a outras capitais do mesmo porte e

importância. Um exemplo claro de carência em infraestrutura é a situação do

saneamento básico da cidade.

Apenas recentemente o Plano Municipal de Saneamento Básico foi elaborado

e aprovado pelo governo municipal. A crise econômica atingiu a cidade, como

atingiu todo o país, e o ritmo do investimento público hoje atinge essa área tão

importante para o desenvolvimento da cidade.

A situação de saúde da cidade, no que diz respeito à análise das principais

causas de morbidade e mortalidade, mostra o papel importante das grandes

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endemias ainda a assolar Manaus. Apesar do perfil da morbidade hospitalar ter as

mesmas linhas gerais das grandes cidades brasileiras, nas quais as doenças do

aparelho circulatório e as neoplasias assumem um papel destacado, nota-se ainda

uma demanda relativamente alta das internações por doenças infecciosas e

parasitárias. Como consequência, os serviços de saúde locais devem estar

preparados para atender e manejar essa demanda de forma integral e resolutiva.

A parceria com instituições formadoras de recursos para o setor, em

particular, de médicos generalistas por meio da implantação do Curso de Medicina

da FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS torna-se fundamental. Esse

recurso estratégico na rede de serviços de saúde pode organizar a demanda e

aumentar a eficácia dos cuidados de saúde oferecidos. Com isso espera-se uma

contribuição inestimável da FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS para a

melhoria dos níveis de saúde da população manauara. Para além das endemias

(malária, tuberculose, hanseníase, hepatites virais, entre outras), a violência urbana

e doméstica são questões modernas que desafiam o planejamento de saúde da

cidade.

As Causas Externas de mortalidade já assumem um papel destacado na

epidemiologia da cidade, assim como a violência doméstica, que passa a ser

notificada com mais frequência a cada ano que passa. Novamente neste caso, a

parceria com o Curso de Medicina da FACULDADE METROPOLITANA DE

MANAUS , com alunos e preceptores atuando junto à população, pode ter um

impacto positivo e enorme na melhoria dos serviços oferecidos.

A rede de serviços públicos de saúde disponível na cidade deve ser

observada com cuidado, já que representa um ativo municipal incomum nas capitais

brasileiras. São mais de 200 unidades básicas de saúde, muitas delas

desenvolvidas com um protocolo de parcerias público-privadas. Nelas atuam mais

de 200 ESF, uma estratégia federal assumida há anos pelos serviços municipais.

Essa rede pode receber a colaboração dos estudantes de medicina da FACULDADE

METROPOLITANA DE MANAUS que atuarão em projeto pedagógico moderno,

orientado para a formação de médicos humanizados e generalistas, conforme as

mais recentes DCNs. Por isso, a integração ensino serviço numa cidade com a

dimensão de unidades de saúde conseguida por Manaus deve enriquecer não só a

experiência universitária, mas principalmente deve contribuir para a melhoria da

prestação dos serviços.

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A rede hospitalar presente na cidade é ampla e diversificada, no entanto tem

um viés claro para a mulher e a criança. Provavelmente hoje encontram-se

internadas na rede de hospitais públicos de Manaus pessoas em estágios das

doenças que poderiam ter sido evitados com a revisão das ações programáticas já

oferecidas na rede de UBSs. As doenças infecciosas e parasitárias não devem mais

ocupar leitos de internação, na dimensão atual. Para que esta situação seja

controlada é necessária uma melhor gestão de leitos e também uma melhoria no

funcionamento da rede de referência e contra referência municipal.

O estudante de medicina da FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

sob continuo acompanhamento docente, poderá contribuir e muito para a melhoria

da situação de saúde encontrada em Manaus. Em primeiro lugar, pelo melhor

entendimento da situação de saúde das populações atendidas nos seus distritos

sanitários. Pelos dados levantados, a população vive questões de saúde comuns,

que podem ser manejadas por equipes de saúde na ESF. Essa é a situação ideal

para a abordagem preventiva, que não é tão fácil de introduzir na cultura dos

serviços existentes, que trata mais facilmente do que previne. Por outro lado, a

fixação do médico na cidade pode também contribuir para que o conhecimento local

seja ampliado e aprofundado. Enfim, a ESF é a estratégia ideal para o

enfrentamento dos problemas de saúde encontrados em Manaus.

A parceria com a FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS, que propõe

uma faculdade de medicina portadora de um projeto pedagógico inovador e

comprometido com a integralidade do cuidado e avanço das condições locais de

saúde, certamente amplia a atuação das autoridades sanitárias municipais e pode

contribuir efetivamente para a melhoria das condições de vida e saúde da população

manauara.

e) Atos legais do curso: Curso em processo de autorização.

f) Número de Vagas: Considerando a disponibilidade de serviços assistenciais do

município de Manaus o curso está pleiteando 150 vagas anuais a serem distribuídas

70 vagas no 1°semestre e 80 vagas no 2°semestre.

g) Conceito preliminar de Curso e Conceito de Curso: Curso em processo de

autorização.

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h) Resultado ENADE: Curso em processo de autorização.

i) Protocolos de Compromisso, Termos de Saneamento de Deficiência,

Medidas Cautelares e Termo de Supervisão, quando houver: Não se aplica.

j) Turnos de Funcionamento do Curso: Integral

k) Carga Horária Total do Curso:

De acordo com a Resolução CNE/CES nº 04/2009, que dispõe sobre a carga

horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de

graduação o curso avaliado possui como carga horária mínima determinada 7.200h,

sendo que o curso possui carga horária total de 7.673h

l) Tempo mínimo e máximo para integralização:

De acordo com a Resolução CNE/CES nº 04/2009, que dispõe sobre a carga

horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de

graduação o curso avaliado possui a integralização mínima 6 anos.

Tempo Mínimo = 12 semestres; Tempo Máximo = 24 semestres.

m) Identificação dos (a) coordenadores (a) do curso:

A coordenadora do curso é a Doutora Maria Graças Costa Alecrim

n) Perfil da coordenadora do curso:

A Doutora Maria Graças Costa Alecrim que possui graduação em Medicina

pela UFAM, mestrado em Medicina Tropical pela UNB e doutorado em Medicina

Tropical pela UNB e é Diretora-presidente há 06 anos e pesquisadora titular da

Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, tem experiência

profissional de 43 anos e experiência de magistério superior de 30 anos e de gestão

acadêmica de curso de 10 anos (graduação) e 15 anos (pós-graduação).

o) O Tempo médio de permanência do corpo docente no curso (exceto para

autorização).

p) Disciplinas ofertadas no curso em língua estrangeira, quando houver:

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A matriz do curso possui a disciplina Inglês Instrumental e a IES, mantêm

convênio com Centro de idiomas para descontos aos nossos alunos de todos os

cursos de graduação e pós-graduação.

q) Informações relacionadas ao quantitativo anual do corpo discente desde o

último ato autorizativo anterior à avaliação in loco: curso em processo de

autorização

r) relação de convênios vigentes do curso com outras instituições:

Atualmente o curso de Medicina da FAMETRO é conveniado com a rede

pública municipal e estadual de saúde, Secretaria de Estado de Saúde – SUSAM,

Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA, e o Hospital da Fundação de Medicina

Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado

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1 DIMENSÃO: ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA

1.1 Contexto Educacional

A FAMETRO IES fundada em 2002 e atualmente com 15 anos de existência

na área educacional. A Medicina em Manaus conta com apenas 03 Instituições de

ensino superior que ofertam o curso, Universidade Nilton Lins (Privada) e UFAM

(Universidade Federal) e a UEA (Universidade Estadual).

O ensino superior privado no município de Manaus iniciou muito tardiamente,

pelos idos dos anos 90 e com pouquíssimos cursos, esse início tardio, o crescimento

vertiginoso da população e dos setores da nossa economia motivados pelo modelo

de Zona Franca, bem como do aumento do quantitativo de egressos do ensino

médio, levaram a uma demanda crescente pelo ensino superior em Manaus.

A FAMETRO pretende formar médicos não só para o município, mas,

sobretudo para os interiores do Estado do Amazonas que sofrem absurdamente pela

falta de profissionais na qualidade e quantidade necessários para dar conta da

saúde na região.

Dessa forma acreditamos que o curso se justifica para atender as seguintes

demandas:

1.1.1 Demandas de natureza econômica:

A pujança econômica do Estado e capital é demonstrada pela diversificação

de investimentos locais nos mais diversos setores da economia, pelo modelo de

Zona Franca aliado ao fato de ser o 2º maior pólo industrial do país também são

fatores que corroboram para a necessidade de aumentar a oferta no ensino superior.

Segundo dados do IBGE o Produto Interno Bruto- PIB- soma de todos os

bens e serviços produzidos no país tiveram uma queda de 3,8% em 2015, a maior

desde o início da série histórica atual indicada em 1996. Em valores correntes, o PIB

fechou em R$ 5, 904 trilhões. No período, todos os estados da região sudeste tiveram

crescimento abaixo da média nacional, de 9,1%. Em sentido oposto, a região norte

(13,6%) teve crescimento acima da média em todos os estados. Nordeste (10,3%), sul

(10,1 %) e centro-oeste (13,6%) também cresceram acima do PIB brasileiro. O estado

que mais cresceu foi Mato Grosso (21,9%), seguido do Amapá(18,3%%) e Amazonas

(17,3%).

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O PIM - Pólo Industrial de Manaus, formado por 1.267 unidades industriais

com projetos incentivados pelos órgãos de desenvolvimento do Estado do

Amazonas e do Governo Federal, gerando mais de 138.404 empregos diretos que

somados aos indiretos, representam 500 mil postos de trabalho, esse crescimento

aponta para novos desafios econômicos e sociais que implicam em novas e

volumosas demandas por serviços educacionais.

A SUFRAMA anunciou no Congresso Internacional Amazônia Brasileira e

Pan-Amazônia realizado em 2016 que nos próximos 20 anos (2016-2036) do modelo

Zona Franca de Manaus (ZFM) irá programar o projeto Zona Franca Verde

incentivos extra fiscais e a um pólo de bioindústrias que vai permitir o espraiamento

do desenvolvimento econômico para as Áreas de Livre Comércio, cidades

localizadas em fronteiras, com a instalação de bioindústrias fabricando produtos com

preponderância de matérias-primas regionais em que serão priorizadas apenas 100

espécies da biodiversidade amazônica com maior potencial de geração de

bioprodutos e o secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência,

Tecnologia e Inovação (Seplan-cti), Thomaz Nogueira, salientou ações do governo

do Estado voltada para dois vetores: o fortalecimento e a expansão do PIM e a

diversificação da Economia do Amazonas. Investimentos na piscicultura, inclusive,

dando à atividade um caráter exportador, e o projeto “Porta Única” que visa

desburocratizar o processo de abertura de empresas, por exemplo, juntando todos

os processos pedidos pela Seplancti, Sefaz, Arsam.

No Congresso também foi apresentado um resumo dos números referentes

às pesquisas realizadas com dados do ano base 2013 na Pesquisa Industrial Anual-

PIA daquele ano verificou-se o aumento de unidades industriais (com cinco ou mais

pessoas ocupadas) que passou de 1.121 em 2010 para 1.267 unidades em 2013

(crescimento de 13,2%). No mesmo ambiente e período, o número de pessoas

ocupadas passou de 117.299 para 138.404 (aumento de 18%). Em termos gerais,

em 2013, a região Sudeste era responsável por 57,4% do valor bruto da produção

industrial do Brasil, enquanto a região Norte, em último, respondia por 5,9%. Já

entre os Estados do Norte, em 2013, o Amazonas detinha 56,5% do valor bruto da

produção industrial, seguido pelo Pará com 32,8%. Em último, Roraima respondia

por apenas 0,1%.

O Pólo Industrial de Manaus (PIM) registrou faturamento de R$ 28,4 bilhões

entre os meses de janeiro e maio deste ano, o que representa uma diminuição de

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11,36% em relação ao mesmo período de 2015 (R$ 32 bilhões). Em dólar, o

faturamento no intervalo foi de US$ 7.6 bilhões, montante 29,85% menor que o

apurado no mesmo período do ano passado (US$ 10.9 bilhões).

Cabe ressaltar que o município que alavanca economicamente a região

metropolitana e o Estado do Amazonas é a cidade de Manaus que detém cerca de

91% do PIB da região Norte, segundo dados da Secretaria de Planejamento do

Estado do Amazonas. O município possui uma distribuição do emprego formal

equilibrada e que está particularmente concentrada no setor de serviços, com 29,

5%; na Administração pública, com 26,8% e na indústria de transformação, com

23,1%, segundo dados do DIEESE de 2011.

Entretanto, apesar do crescimento econômico do município, de setores da

economia bem desenvolvidos e da grande quantidade de empregos gerados isso

não se traduz no preenchimento uniforme das vagas devido à falta de profissionais

considerados qualificados dentro da expectativa do mercado de trabalho local.

Contexto este que demonstra a necessidade não somente de IES que invistam em

formação de novos cursos, mas principalmente na busca incessante na qualidade da

formação de seus egressos.

Foi feito um levantamento com 34 empresas em parceria com a Associação

Brasileira de Recursos Humanos no Amazonas (ABRH-AM), Centro da Indústria do

Estado do Amazonas (CIEAM) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

(FIEAM) e as empresas apontaram que a carência em preencher os cargos era, no

total, de 13 vagas em 2012, quando foi feito o levantamento e que nos próximos 5

anos, a demanda subiria para 29. E o Sistema Nacional de Emprego do Amazonas –

SINE/AM apontou que, em 2012, das 14,7 mil vagas oferecidas pelo Estado, apenas

7 mil conseguiram ser preenchidas por meio do órgão. Corroborado por dados da

pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas- FIEAM de 2013

com empresas do PIM que revelam que da mão de obra empregada, 31% dos

trabalhadores de nível superior ainda são de outros Estados. Os dados ora expostos

demonstram a necessidade da oferta de novas vagas no ensino superior, mas,

sobretudo, a necessidade de oferta de ensino de qualidade para o qual a FAMETRO

está voltada e distribui todos os seus esforços.

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1.1.2 Demandas de Natureza Social.

A relação entre o contingente populacional de Manaus, sua projeção e o

contingente de egressos do ensino médio intensificam a demanda pelo ensino

superior em nosso município.

A primeira consideração a se fazer diz respeito à história tardia do ensino

superior no Estado do Amazonas tendo iniciado pelos idos da década de 1990,

portanto existe uma demanda latente pelo acesso ao ensino superior.

A segunda consideração refere-se ao contingente populacional do Estado, O

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulgou em 30/08/2016 as

estimativas da população residente nos estados e municípios brasileiros em 2016, a

população estimada do Amazonas é de 4.001.667 milhões de habitantes, sendo que o

Estado é o 2º estado mais populoso da região Norte, com uma população distribuída

em uma área de 1.559.161.814 km², e o 13º estado mais populoso do país,

correspondendo a 1,9% do total da população brasileira. A projeção é que até 2020

seremos no Estado do Amazonas 4.477.266 habitantes e tal crescimento requer

investimentos em novas vagas para ao ensino superior.

A capital Manaus concentra em torno de 60% da população do Estado do

Amazonas e entre os anos de 2015 e 2016, Manaus foi o município que mais cresceu

em números absolutos de habitantes, 2.094.391 milhões. A capital amazonense

"ganhou" mais de 36 mil pessoas. E com baixa densidade demográfica no interior do

Estado, a cidade de Manaus tem sido o lugar para onde fluem os fluxos migratórios

do interior do Estado e de outros Estados da federação.

Considerando a Região Metropolitana esse contingente populacional é da

ordem de 2.403.986 milhões de habitantes. Vale destacar que a região

metropolitana é composta de 13 municípios: Manaus, Autazes, Careiro, Careiro da

Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Manacapuru, Manacari, Novo Airão,

Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves (IBGE, 2016).

A terceira consideração diz respeito à falta de equidade na distribuição das

IES e das matriculas na Educação superior no Brasil que demonstra desigualdades

regionais, sobretudo uma discrepância muito grande comparando-se a Região Norte

com a Região Sudeste do país.

Dados do próprio Censo/MEC apontam um déficit enorme de IES de

ensino superior no Norte do país, haja vista que na distribuição das Instituições de

Ensino Superior Privadas no Brasil apenas 6,4% se concentram no Norte, enquanto

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o Sudeste possui 48,9% das IES, o Sul 16%, o Nordeste com 18% e o Centro-Oeste

9,9%.

O mapa do ensino superior no Brasil publicado em 2015 apresenta os

seguintes dados: A distribuição das matrículas da Educação Superior no Brasil:

Região Sudeste é responsável por 47,2% de matrículas em cursos presenciais no

ensino superior no país, seguida pelas regiões Nordeste (20,9%), Sul (15,6%),

Centro-Oeste (9,4%) e Norte (6,9%).

O mapa do ensino superior brasileiro informa ainda que de 2000 a 2013, o

número de instituições de ensino superior (IES) no Amazonas apresentou um

crescimento de 82%, totalizando 20 IES – 17 privadas e 3 públicas em 2013, contra

11 IES – 9 privadas e 2 públicas em 2000. O Estado do Amazonas tem uma

população estimada em 4.001.667 milhões e é formado por quatro mesorregiões

(totalizando 62 municípios). Concentra em suas 20 instituições de ensino superior,

2,2% das matrículas em cursos presenciais, sendo que a mesorregião Centro

Amazonense foi responsável por cerca de 129 mil matrículas (94%).

E que no ano de 2013, na rede privada houve um aumento de 6,3% nas

matrículas, atingindo a marca de 84 mil, contra 79 mil do ano anterior. Na rede

pública o índice teve um crescimento de 5,1%, totalizando 53 mil matrículas em

2013 contra 51 mil no ano anterior. O número de ingressantes (que iniciam o 1º ano)

em cursos presenciais na rede privada, em 2013, aumentou apenas 0,9% (35 mil

alunos em 2012 para 36 mil em 2013). Na pública houve uma redução de 21% (12

mil em 2012 para 10 mil em 2013).

Entretanto a procedência de alunos matriculados no ensino superior privado

continua predominantemente de alunos do ensino médio público. Em 2013, 69,7%

dos alunos ingressantes no ensino superior privado eram egressos do ensino médio

público e apenas 30,3% do ensino médio privado. Considerando os 10 cursos com

maior número de ingressantes nas IES privadas, é possível verificar que Serviço

Social, Pedagogia e Gestão de Pessoal/RH são os cursos que apresentam maior

percentual de alunos procedentes do ensino médio público, superando 80%.

As estatísticas do último censo escolar do INEP de 2015 referentes aos dados

do ano de 2014 revelam um imenso contingente populacional oriundo do Ensino

Médio, pressionando na busca pelo acesso ao ensino superior, pressionado os

governos federal e estadual, assim como a iniciativa privada, para o atendimento

desta demanda. No Brasil são 15.600.212 matriculados no Ensino Médio e EJA

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médio. No Amazonas são 382.038 matriculados no Ensino Médio e EJA Médio. E

em Manaus 250.100 matriculados no Ensino Médio e no EJA Médio. Dados que

retratam o contingente da potencial demanda para o ensino superior.

Podemos afirmar inclusive com base no exposto que o Norte do País carece

de oferta de mais vagas como forma de equalizar a distribuição da educação de

nível superior existente e diminuir as desigualdades sociais, promovendo a inclusão

social por meio da oferta do ensino superior. Atualmente Manaus tem a oferta de

387 vagas de medicina, e possui estrutura de oferta de serviços de saúde capaz de

disponibilizar um total de até 213 novas vagas, segundo critérios estabelecidos pela

câmara interministerial composta pelo MEC e Ministério da Saúde que preconiza

presença de no mínimo 5 leitos para cada vaga ofertada e 1 equipe de saúde da

família para cada 3 alunos entrantes na escola médica. Manaus possui cerca de

3.580 mil leitos SUS e 200 Equipes de Saúde da Família. E considerando a Região

Metropolitana temos 3.580 leitos.

Embora, no Brasil, a política nacional de saúde preconize a “universalidade”

do acesso como um princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) o acesso a serviços

de saúde de maior complexidade ainda é restrito. Existem desigualdades regionais

marcantes, com as regiões Norte e Nordeste em pior situação se comparadas às

demais regiões do país. Ao lado de indicadores que demonstram a pujança

econômica da região, a população ainda sofre , adoece e morre por problemas

corriqueiros de saúde.

A situação de saúde da cidade de Manaus, no que diz respeito à análise das

principais causas de morbidade e mortalidade, mostra o papel importante das

grandes endemias ainda a assolar Manaus. Dentre elas, destaca-se a malária, que

se apresenta como uma das mais sérias doenças a atingir a população da cidade.

Apesar do perfil da morbidade hospitalar ter as mesmas linhas gerais das grandes

cidades brasileiras, nas quais as doenças do aparelho circulatório, respiratório e as

neoplasias como principal causa de óbito o câncer de colo de útero) assumem um

papel destacado, nota-se ainda uma demanda relativamente alta das internações

por doenças infecciosas e parasitárias.

Como consequência, os serviços de saúde locais devem estar preparados

para atender e manejar essa demanda de forma integral e resolutiva. A parceria com

instituições formadoras de recursos para o setor, em particular, de médicos

generalistas por meio da implantação do Curso de Medicina da FACULDADE

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METROPOLITANA DE MANAUS (FAMETRO) torna-se fundamental. Esse recurso

estratégico na rede de serviços de saúde pode organizar a demanda e aumentar a

eficácia dos cuidados de saúde oferecidos.

Com isso espera-se uma contribuição inestimável da FAMETRO para a

melhoria dos níveis de saúde da população manauara. Para além das endemias

(malária, tuberculose, hanseníase, hepatites virais, entre outras), acidentes de

trânsito, a violência urbana e doméstica são questões modernas que desafiam o

planejamento de saúde da cidade.

Nesse sentido a caracterização de Manaus permite identificar oportunidades

existentes para a entrada de uma instituição de ensino superior médico, em

especial, o Curso de Medicina da FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS.

1.1.3 Demandas culturais

No interior do Amazonas, utiliza-se o termo ribeirinho designado qualquer

população que vive às margens dos rios. Os ribeirinhos estão isolados não apenas

da cultura geral, como do acesso à mídia escrita, televisiva e radiofônica e, também,

de outros moradores da comunidade, já que a distância entre as residências pode

ser superior a 2000 metros. Em termos interacionais, o rio atua como constritor,

fonte de contato, barreira e ponte ambiental, criando e restringindo as possibilidades

de interação, serviços essenciais como de saúde ou formas de aquisição de

produtos industrializados, sendo a alimentação baseada na pesca, criação de

animais e na agricultura, principalmente da mandioca.

E quanto as populações indígenas do Amazonas estão inseridas no SUS,

entretanto, elas associam a medicina curativa as crenças pertinentes a sua cultura.

Tomando o conhecimento de que quando há necessidade de assistência à

saúde, aqueles que têm condições financeiras deslocam-se para outras localidades

e os que não têm usam ervas e plantas medicinais.

Atualmente em Manaus as maiores causas de mortalidade são: doenças do

aparelho circulatório (21,5%); causas externas (19%); neoplasias (17,7%); doenças

do aparelho respiratório (9,8%); doenças infecto parasitárias (7.5)%; doenças

endócrinas, nutricionais e metabólicas (7,1%); outras causas (17,4%) (CNES,2017).

No Amazonas do século XXI, especialmente Manaus, sua capital, há ainda

demandas culturais que são próprias do presente e seu estilo de vida onde tem lugar

as questões de acessibilidade, os acidentes de trânsito, a poluição relacionada à

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emissão de gases e os resíduos sólidos, o sedentarismo e as questões relacionadas

ao alcoolismo e ao uso de drogas ilícitas, as doenças emocionais e as depressões

associadas ao sentimento de solidão e tristeza profundos e doenças sexualmente

transmissíveis.

Diante disso, formação de médicos, com formação ética e humana, que

prezem por ações educativas e preventivas na região Norte, é essencial para a

quebra destes fatores culturais que impedem o acesso de pacientes a esse serviço,

proporcionando melhoria da qualidade de vida desses amazônidas.

1.1.4 Demandas políticas

A consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), que fortaleceu a

municipalização por meio da descentralização administrativa e financeira e a

implantação da Estratégia Saúde da Família causaram um aumento de demanda de

empregos nos serviços de saúde. A prática profissional do médico mudou

consideravelmente nos últimos anos, basicamente transitando de uma ação

preponderantemente liberal para uma mais vinculada ao setor público graças às

necessidades sócio epidemiológicas e às mudanças na relação de oferta e demanda

determinadas pelo mundo do trabalho.

Cerca de 70% da população brasileira utiliza-se somente do Sistema Único de

Saúde a fim de resolver os seus problemas. Os números alarmantes das pesquisas

associados às ações de controle social do SUS em dada medida aponta para uma

expansão das ações de atenção e assistência em saúde.

Atualmente o Estado do Amazonas possui 4.362 médicos registrados para

uma população de 3.807.921 habitantes dando uma razão de 1,14 médicos por

1.000 habitantes . Um total de 92% dos médicos do Estado concentram-se na

capital, onde são 4.017médicos registrados para uma população de 2.094.391,

numa razão de 1,92 médicos por 1.000 hab., bem abaixo da meta a ser atingida de

2,7 médicos/1.000 hab. Nesse contexto de clara demonstração de necessidade de

maior oferta de vagas em cursos de Medicina e de ampliar a formação de médicos

com formação geral, orientados para o cuidado integral da pessoa e da família, a

FAMETRO, propõe a oferta um Curso de Medicina voltado para as necessidades

sociais voltada para a formação de profissionais que atuem nos três níveis de

atenção, prioritariamente nos âmbitos da Atenção Primária à Saúde e Urgências e

Emergências.

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39

1.1.5 Demandas de Natureza Ambiental

Promover o desenvolvimento da Amazônia sem destruir seu valioso

patrimônio é o desafio que vem sendo superado a partir do aproveitamento,

economicamente viável e ambientalmente sustentável, das inúmeras

potencialidades da região. Orientadas por ferramentas de gestão ambiental,

atividades em áreas como agroindústria, turismo, bioindústria e piscicultura

garantem produtividade e rentabilidade, evitando a devastação do meio ambiente

amazônico.

Em relação à maior e mais biodiversa floresta tropical que a região abriga, a

Amazônia brasileira enfrenta uma série de ameaças. Dentre as ameaças, figura o

desmatamento, que elimina a floresta e sua biodiversidade associada de maneira

direta, sobretudo para formação de pastagens e, em alguns locais, para implantação

da cultura da soja (FEARNSIDE, 2010). Essas ameaças somam-se às ameaças

comuns e primárias como a especulação imobiliária, estabelecimento da posse da

terra e abertura de estradas. Elas poderão dizimar rapidamente a Amazônia, a

exemplo da floresta Atlântica, caso medidas efetivas não forem adotadas de maneira

emergencial. Atualmente se concentra no “arco de desmatamento” ao longo das

bordas sul e leste da floresta, mas estradas planejadas abririam áreas novas e

extensas na Amazônia Central (FEARNSIDE, 2010) (Figura 2):

Figura 2. Desmatamento na Amazônia PRODES até 2010. (Fonte: <http://www.imazongeo

.org.br/doc/galeriaMapas.php#>. Acesso: 10 out. 2014).

Diante desse cenário, a questão ambiental tem crescido nas últimas décadas

e ganhado novas dimensões, inclusive em âmbito mundial. Uma determinada

indústria cultural, que enxerga com clareza a inserção dessas questões nos diversos

segmentos da sociedade, tem transformado as questões ambientais em mercadoria

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40

(GUERRA, 2008; LADVOCAT, 2009). Mudanças climáticas, aquecimento global e

extinção de espécies, por exemplo, são temas bastante presentes em nosso

cotidiano, veiculados por diferentes mídias em propagandas de diversos produtos

que consumimos no dia a dia (PEREIRA et al., 2013). Em função dessa questão, a

sociedade reconhece e preocupa-se com uma crise relacionada à degradação dos

ambientes naturais. Entretanto, a questão não é puramente ecológica e não se

relaciona exclusivamente aos impactos antrópicos causados aos ecossistemas

naturais (PEREIRA et al., 2013).

Juntamente com outros temas como poluição, miséria e fome, os problemas

que denominamos ambientais resultam da maneira como nos relacionamos com os

demais elementos da natureza nas últimas décadas e, em especial, nos dias atuais

(PEREIRA et al., 2013). Dar conta da complexidade relacional dessas questões

impõe-se como um dos grandes desafios da sociedade.

Devido às pressões populacionais e de tecnologia, o ambiente biofísico está

sendo degradado, por vezes de forma permanente. A proteção do meio ambiente é

necessária devido às várias atividades humanas. A produção de resíduos, a

poluição do ar e a perda de biodiversidade (resultante da introdução de espécies

invasoras e da extinção de espécies) são algumas das questões relacionadas com a

proteção ambiental.

A proteção ambiental é influenciada por três fatores interligados: legislação

ambiental, ética e educação. Cada um desses fatores desempenha o seu papel em

influenciar decisões ambientais a nível nacional e os valores e comportamentos

ambientais a nível pessoal.

Nesse contexto, as questões ambientais e o desenvolvimento sustentável na

Amazônia são questões cruciais que devem ser debatidos pelas Instituições de

Educação. É neste contexto que se insere a Política Ambiental da FAMETRO.

1.1.5.1 Política Ambiental da FAMETRO

A Política Ambiental da FAMETRO, em consonância com as diretrizes da

Política Nacional de Meio Ambiente (BRASIL, 1981), está orientada no disposto no

Artigo 225 da Constituição Federal de 1988, segundo o qual todos têm direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).

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41

Nessa perspectiva, a Política Ambiental da FAMETRO e seus diferentes

setores e segmentos acadêmicos, quais sejam discentes, docentes e técnicos

administrativos, tem por objetivo a conservação, melhoria e recuperação da

qualidade ambiental, necessária à sadia qualidade de vida, visando assegurar

condições para o crescimento e desenvolvimento socioeconômico e cultural na

região Amazônica, numa perspectiva ética, humanista e preocupada com as

questões ambientais atendidas os seguintes princípios:

Ação institucional visando assegurar o equilíbrio do meio ambiente,

necessário à sadia qualidade de vida, tendo em vista o uso coletivo;

Planejamento e fiscalização do uso de recursos ambientais;

Controle de atividades com potencial ou efetivamente causadoras de

significativa alteração ambiental;

Incentivo à pesquisa, ensino e extensão orientados para o uso racional dos

recursos naturais, bem como compreensão da dinâmica socioambiental

relacionada;

Educação ambiental crítica em todos os segmentos acadêmicos, inclusive

numa perspectiva extensionista, tendo a comunidade manauara como alvo.

1.1.5.2 Dos objetivos da política ambiental da FAMETRO

Para alcançar os princípios norteadores da presente Política Ambiental, a

FAMETRO e seus diferentes setores e segmentos acadêmicos, quais sejam

discentes, docentes e técnicos administrativos visarão, cotidiana e rotineiramente:

Compatibilizar as atividades institucionais com a manutenção do equilíbrio

e da boa qualidade ambiental;

Estabelecer critérios e padrões, normativos e procedimentais, para

utilização de recursos ambientais;

Estabelecer padrões e critérios, normativos e procedimentais, para o

gerenciamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos, observado o disposto

no texto da Lei nº 12.305/10 que institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos;

Desenvolver pesquisa, ensino e extensão orientados para uso racional dos

recursos naturais e resolução ou mitigação de questões e conflitos

socioambientais;

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Desenvolver programas e projetos de educação ambiental, numa

perspectiva crítica e participativa, transversal e interdisciplinar, contínua e

permanente, observado o disposto no texto da Lei no 9.795/99 que institui a

Política Nacional de Educação Ambiental.

1.1.5.3 Dos instrumentos da política ambiental da FAMETRO

São Instrumentos da Política Ambiental da FAMETRO:

O Dia Mundial do Meio Ambiente;

A Semana da Responsabilidade Social;

Cadastro institucional de programas e projetos de educação ambiental;

Cursos e oficinas de educação ambiental para os atores dos diferentes

setores e segmentos institucionais;

Cursos e oficinas de educação ambiental para a comunidade manauara;

Pesquisas sobre uso racional de recursos, energias renováveis e

dinâmicas socioambiental;

A publicação e a divulgação científica de pesquisas sobre uso racional de

recursos, energias renováveis e dinâmicas socioambiental;

Incentivo ao uso racional de água nos diferentes setores da instituição;

Incentivo ao uso racional de energia nos diferentes setores da instituição;

Uso racional da impressão em papel;

Reutilização de papel para rascunho de documentos extraoficiais;

A coleta seletiva dos resíduos;

A utilização de lixeiras para coleta seletiva;

A criação de postos de coleta de pilhas e baterias;

A destinação e disposição final adequadas de resíduos sólidos e efluentes

líquidos;

O estabelecimento de critérios e padrões, normativos e procedimentais, de

atividades institucionais causadoras de dano ambiental;

O tratamento e, quando compatível, o reuso da água.

1.2 Políticas Institucionais no Âmbito do Curso

1.2.1 Política de Ensino

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A FAMETRO define os seguintes princípios que servirão como base de sua

política de ensino:

Princípio da proximidade: recomenda que o ensino e aprendizagem, sejam

quais forem seus métodos e técnicas, inicie pelo conhecimento que seja o

mais próximo possível da vida do aluno, partindo dos fatos mais imediatos

para os mais remotos, do conhecido para o desconhecido.

Princípio da direção: recomenda ao professor o planejamento, a previsão, a

sequência lógica, estruturada, do conhecimento, a clareza de objetivos e o

enfoque de questões essenciais do conteúdo, sem deter-se em questões

periféricas.

Princípio da adequação: recomenda que os métodos e técnicas sejam

apropriados ao aluno, à natureza e tipo de conteúdo, ao contexto, às fases

evolutivas do desenvolvimento e da aprendizagem.

Princípio da participação: recomenda que se observem, nos alunos em

formação, em todas as áreas, a atividade, o envolvimento, o estudo, a

atenção, o trabalho com o conhecimento, a organização, a disposição, a

conscientização do valor do estudo, da aprendizagem e seus métodos.

Princípio da espontaneidade: recomenda preservar, em qualquer método

de ensino-aprendizagem, o valor de condutas que propiciem a livre

manifestação de ideias, a qualificação e acolhimento das pessoas, a

confiança, a iniciativa, a criatividade e criação, o respeito às diferenças.

Nesta perspectiva se faz necessário relacionar um dos princípios que regem

esta instituição, compreendendo estes como fundamentos das nossas ações de

ensino, pesquisa e extensão tendo no horizonte a nossa missão que é formar

profissionais para o mundo do trabalho, com princípios humanísticos e éticos. A

FAMETRO estimula a permanência de seus discentes, mantendo vínculos

institucionais, mediante a formação continuada, visando à sua atualização e

desenvolvimento científico e profissional, e viabilizando a sua participação em

diversas atividades acadêmicas, como:

Ensino: na FAMETRO o ensino representa um processo pedagógico

interativo e intencional, no qual professores e alunos devem cor responsabilizar-se

com as questões do processo de ensino e da aprendizagem, bem como com os

valores humanos essenciais como o respeito, a solidariedade e a ética. Para atingir

essa finalidade o ensino na graduação deve buscar a formação de profissionais com

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competência técnica e habilidades, capazes de preservar o conhecimento

acumulado e de construir novos conhecimentos por meio do ensino, da pesquisa e

da extensão. O Ensino na FAMETRO é desenvolvido através de atividades

acadêmicas curriculares e extracurriculares, que constituem a base da produção de

novos conhecimentos a partir de saberes já produzidos mediante conhecimento

científicos elaborados pelos docentes da instituição, como com a participação de

discentes dos períodos mais avançados do curso, especificamente por meio de

produção de artigos e participação em programas de iniciação científicas.

Privilegiam-se também outros instrumentos tais como participação em eventos,

congressos, seminários específicos de cada curso, culminando em produções

acadêmicas. Nesta perspectiva, a política de ensino da FAMETRO, propõe que o

ensino deve pautar-se nos princípios de: Flexibilização de métodos e concepções

pedagógicas; Equilíbrio nas dimensões acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão;

Respeito à diversidade étnica ideológica, cultural; e Valorização dos profissionais

envolvidos com os processos de ensino e aprendizagem. Nossa política de ensino e

graduação pensa que os currículos oferecidos devem ainda demonstrar

comprometimento com as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais, tendo

em vista princípios norteadores da organização curricular dos cursos de graduação,

a saber:

Flexibilização: sistema integrado e flexível, articulado ao ensino, pesquisa,

e ainda possibilidade do aluno traçar um perfil formativo personalizado

podendo cursar disciplinas em outros cursos e aproveitar as mesmas como

disciplinas optativas ou atividades complementares. A flexibilidade também é

um principio a ser adotado pela IE, no que diz respeito a acessibilidade

pedagógico para os alunos portadores de deficiência ou com dificuldades de

aprendizagem, neste sentido são adotados critérios mais flexíveis de tempo

para realização de atividades, progressão curricular para que o aluno possa

ter seu tempo de aprendizagem considerado no seu percurso formativo.

Extensão: a extensão possibilita ao acadêmico a imersão e de

problematização da realidade social devendo este processo ser integrado

sempre que possível com a pesquisa e com o próprio ensino.

Problematização: processo pedagógico desenvolvido por meio de

situações problemas, com vistas à elaboração de conhecimentos complexos.

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45

Contextualização: processo de articulação, diálogo e reflexão entre teoria e

prática, incluindo a valorização do conhecimento extra escolar do aluno

(práticas sociais e mundo do trabalho).

Competência: capacidade do docente e do discente de acionar recursos

cognitivos, visando resolver situações complexas.

Interdisciplinaridade e Transversalidade: processo de intercomunicação

entre os saberes e práticas necessários à compreensão da realidade ou

objeto de estudo, sustentando-se na análise crítica e na problematização da

realidade. Esta se desenvolve a partir de atividades e/ou aulas com

conteúdos afins de diferentes disciplinas que se entrecruzam pelo viés da

interdisciplinaridade, desta maneira estas ações se constituem com este

enfoque.

Educação para os Direitos Humanos: com objetivo central na formação

para a vida e para a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos Humanos

como forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural.

Baseada nos princípios de: dignidade humana; igualdade de direitos;

reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades; laicidade do

Estado; democracia na educação; transversalidade, vivência e globalidade; e

sustentabilidade socioambiental. Esta ocorre como conteúdo específico de

disciplinas da grade e também como disciplina optativa.

Serão realizadas, portanto, atividades interdisciplinares no curso que integram

e inter-relacionem os conteúdos das diferentes disciplinas por período, como

gincana do conhecimento, leitura casos de ensino, visitas técnicas, elaboração de

artigos científicos, entre outros, envolvendo as diferentes disciplinas do período.

Além disso, serão realizadas atividades transversais que discutirão os temas Étnicos

Raciais e a Educação Ambiental em todo o curso por meio de ciclo de palestras,

cine-fóruns entre outros.

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1.2.1.1 Projetos Interdisciplinares previstos para os 2 primeiros anos do curso

ANO PROJETOS TURMAS ENVOLVIDAS

2018/1 Gincana do conhecimento

Todas as turmas do 1º Período

2018/2 Livro: O Físico Autor: Noah Gordon

Todas as turmas do 2º Período

2019/1 Livro: A Trágica estória da Medicina Autor: Richard Gordon

Todas as turmas do 3º Período

2019/2 Livro: O Comitê da Morte Autor: Noah Gordon

Todas as turmas do 4º Período

1.2.1.2 Projetos Transversais de Educação Ambiental e Educação Étnico Racial previstos para os 2 primeiros anos do curso

ANO PROJETOS TURMAS ENVOLVIDAS

2018/1

Educação Étnico Racial Tema: Preconceito racial nas Organizações Educação Ambiental Tema: Saneamento básico e doenças transmitidas por vetores

Todas as turmas do 1º Período

2018/2

Educação Étnico Racial Tema: Saúde da população afrodescente Educação Ambiental Tema: Doenças provenientes das enchentes no Amazonas

Todas as turmas do 2º Período

2019/1

Educação Étnico Racial Tema: Saúde do Indígena Educação Ambiental Tema: Educação ambiental como estratégia da atenção primária à saúde

Todas as turmas do 3º Período

2019/2

Educação Étnico Racial Tema: Saúde do Ribeirinho Educação Ambiental Tema: Educação ambiental na Estratégia de saúde coletiva

Todas as turmas do 4º Período

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Iniciação científica: Objetivando contribuir para a formação na área de

pesquisa, oferecendo programa de iniciação científica com bolsas concedidas

mediante a apresentação de projetos de pesquisa orientados por professores da

área; (Cf. o regulamento de pesquisa). O curso estimulará a iniciação científica ao:

Incentivar o desenvolvimento de projetos científicos voltados à realidade

local - ser humano atuante- conforme o edital da coordenação de pesquisa da

FAMETRO e relacionado às linhas de pesquisa e extensão do PAPEERI-

Programa de articulação ensino, pesquisa e extensão e responsabilidade

social- sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças prevalentes na

comunidade;

Despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais;

Motivar os alunos a publicar nas revistas científicas da FAMETRO e em

outros periódicos;

Motivar os alunos a participação em eventos científicos e discussão de

trabalhos;

Participação no CONCIFA- Congresso Científico da FAMETRO;

Promover atividades de Iniciação Científica desenvolvidas sob a orientação

ampla de incentivar o envolvimento de alunos e professores de graduação

nas atividades de pesquisa também de natureza extracurricular.

A Coordenação de Pesquisa da FAMETRO é responsável pelo suporte ao

desenvolvimento e estímulo de atividades de pesquisa e inovação tendo como

objetivo regulamentar a pesquisa institucional e estabelecer definições, critérios de

avaliação e instrumentos de apoio à pesquisa. Desta maneira, busca-se promover a

pesquisa cientifica produzida pelo seu corpo acadêmico, baseado no saber local

relevante à formação de uma sociedade sustentável com respeito aos princípios

éticos e aprimoramento dos processos de ensino, aprendizagem e inovação.

Além disso, a Fametro possui revistas científicas que são: a Nambiquara,

Revista Saúde Amazônica e Revista Jurídica nas quais docentes e discentes podem

submeter seus artigos.

O curso de Medicina contará com um projeto de articulação de ensino,

pesquisa, extensão e responsabilidade social :

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PROJETO DE ARTICULAÇÃO DO ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E

RESPONSABILIDADE SOCIAL

2018-2020

Educação e Saúde

1.2.1.4 Projetos de Extensão e Responsabilidade Social do Curso

Extensão: Por meio de atividades de extensão serão incentivados os

trabalhos articulando, ensino, pesquisa, investigação científica, capacitação e

aperfeiçoamento e a interação entre a Instituição e a comunidade, com a

participação do corpo discente. São atividades de Extensão propostas pela

Faculdade: Oferta de serviço à comunidade através da Semana de

Responsabilidade Social, Palestras Educativas com temas específicos em cada área

entre outros (Cf. o regulamento de Extensão).

O curso de Medicina além das atividades de extensão que serão desenvolvidas no

Papeeri do curso, também realizará outras ações extensionistas como eventos e

cursos livres e participará com ações de responsabilidade social do Projeto Igarapés

da IES que atende a comunidade da Vila Amazonas.

Projetos de extensão previstos para os 2 primeiros anos do curso

ANO EVENTO

2018 Semana Da Saúde Da Fametro

2019 Dia Do Médico

Cursos livres a serem ministrados por docentes do curso por meio da

extensão nos 2 primeiros anos do curso

ANO CURSO DOCENTE

2018 Atualização Em Saúde Da Mulher Amazônida

Docente especialista na área

2019 Atualização Em Saúde Da Família E Comunidade Docente especialista na área

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Projetos de responsabilidade social previstos para os 2 primeiros anos

do curso

ANO PROJETO AÇÕES COMUNIDADE BENEFICIADA

2018 Igarapé Atendimento relacionado à atenção da básica para os comunitários da Vila Amazonas

Vila Amazonas

2019 Igarapé Atendimento relacionado à atenção básica para os comunitários da Vila Amazonas

Vila Amazonas

1.3 Objetivos do Curso

1.3.1 Objetivo Geral

A Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO propõe em seus

princípios e finalidades para o curso de medicina a formar o profissional médico com

"formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética, com capacidade para

atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção,

prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e

coletivo, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da

cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano e tendo

como transversalidade em sua prática, sempre, a determinação social do

processo de saúde e doença", em acordo pleno com os pressupostos

estabelecidos na Resolução nº 3 de 20 de junho de 2014, das Diretrizes Curriculares

Nacionais (DCNs, 2014).

1.3.2 Objetivos Específicos

a) atuar na produção de conhecimento; nos campos clínico-terapêutico; no

planejamento, na organização e na gestão de projetos, programas e serviços;

b) compreender processos, tomar decisões e resolver problemas relacionados

à Medicina, com base em parâmetros relevantes da realidade social, política,

econômica e cultural.

c) atuar multi, inter e transdisciplinarmente;

d) apreender a complexidade dos processos biopsicossociais envolvidos nas

áreas de Saúde e de Educação;

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e) desenvolver ações de prevenção de agravos, controle de danos, promoção

da saúde e intervenção terapêutica, individual e coletivamente, de acordo com

as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS);

f) desenvolver ações de promoção, prevenção, reabilitação da saúde humana,

envolvendo todas as áreas da Medicina, de acordo com os Parâmetros

Curriculares Nacionais de Ensino das DCNs de 2014;

g) contribuir na construção de indicadores epidemiológicos em

Saúde/Educação;

h) assumir posições de liderança em equipes de Saúde/Educação e no

gerenciamento de serviços, programas e projetos, no âmbito da

Saúde/Educação pública, privada e do terceiro setor;

i) assimilar criticamente novas tecnologias e conceitos científicos,

promovendo e aplicando inovações no campo da Saúde Humana.

1.4 Perfil Profissional do Egresso

A diversidade e a complexidade dos campos de atuação dos profissionais de

saúde exigem um novo delineamento para o âmbito específico de cada profissão.

De uma maneira geral, todos os profissionais de saúde deverão estar dotados de

competências (conhecimento, habilidades e atitudes) que possibilitem a sua

interação e atuação multiprofissional, tendo como beneficiários os indivíduos e a

comunidade, promovendo a saúde para todos.

A FAMETRO propõe em seus princípios e finalidades para o curso de

medicina a formar o profissional médico com "formação geral, humanista, crítica,

reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à

saúde, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da

saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com responsabilidade social e

compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde

integral do ser humano e tendo como transversalidade em sua prática, sempre,

a determinação social do processo de saúde e doença", em acordo pleno com

os pressupostos estabelecidos na Resolução nº 3 de 20 de junho de 2014, das

Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs, 2014).

Para se conseguir alcançar os princípios e finalidades da formação médica

são apresentadas, a seguir, as competências no âmbito geral da formação do

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profissional de saúde e, em especial, do médico a ser formado pelo Curso de

Medicina proposto pela FAMETRO, para o município de Manaus.

Em consonância com as DCNs 2014, e pautados pela necessária articulação

entre conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas do egresso, para o futuro

exercício profissional médico, a formação geral do graduado em medicina do curso

proposto pela FAMETRO, ao município de Manaus, desdobrar-se-á nas seguintes

áreas:

Área I - Atenção à Saúde;

Área II - Gestão em Saúde;

Área III - Educação em Saúde

Na Atenção à Saúde, o graduando será formado para sempre ter em mente

as dimensões da diversidade biológica, subjetiva, étnico-racial, de gênero,

orientação sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural, ética e demais

aspectos que compõem o espectro da diversidade humana e que singulariza cada

pessoa ou cada grupo social, no sentido de concretizar:

I - Acesso universal e equidade como direito à cidadania, sem privilégios

nem preconceitos de qualquer espécie, tratando as desigualdades com equidade e

atendendo as necessidades pessoais específicas, segundo as prioridades definidas

pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida, observado o que determina o

Sistema Único de Saúde (SUS);

II - Integralidade e humanização do cuidado por meio de prática médica

contínua e integrada, com as demais ações e instâncias de saúde, de modo a

construir projetos terapêuticos compartilhados, estimulando o autocuidado e a

autonomia das pessoas, famílias, grupos e comunidades, e reconhecendo os

usuários como protagonistas ativos de sua própria saúde;

III - Qualidade na atenção à saúde, pautando seu pensamento crítico, que

conduz o seu fazer, nas melhores evidências científicas, na escuta ativa e singular

de cada pessoa, família, grupos e comunidades e nas políticas públicas, programas,

ações estratégicas e diretrizes vigentes;

IV - Segurança na realização de processos e procedimentos,

referenciados nos mais altos padrões da prática médica, de modo a evitar riscos,

efeitos adversos e danos aos usuários, a si mesmo e aos profissionais do sistema

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de saúde, com base em reconhecimento clínico-epidemiológico, nos riscos e

vulnerabilidades das pessoas e grupos sociais;

V - Preservação da biodiversidade com sustentabilidade, de modo que,

no desenvolvimento da prática médica, sejam respeitadas as relações entre ser

humano, ambiente, sociedade e tecnologias, e contribua para a incorporação de

novos cuidados, hábitos e práticas de saúde;

VI - Ética profissional, fundamentada nos princípios da Ética e da Bioética,

levando em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o

ato técnico;

VII - Comunicação, por meio de linguagem verbal e não verbal, com

usuários, familiares, comunidades e membros das equipes profissionais, com

empatia, sensibilidade e interesse, preservando a confidencialidade, a compreensão,

a autonomia e a segurança da pessoa sob cuidados;

VIII - Promoção da saúde, como estratégia de produção de saúde, articulada

às demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro,

contribuindo para construção de ações que possibilitem responder às necessidades

sociais em saúde;

IX - Cuidado centrado na pessoa sob seus cuidados, na família e na

comunidade, no qual prevaleça o trabalho Inter profissional, em equipe, com o

desenvolvimento de relação horizontal, compartilhada, respeitando-se as

necessidades e desejos da pessoa sob cuidado, família e comunidade, a

compreensão destes sobre o adoecer, a identificação de objetivos e

responsabilidades comuns entre profissionais de saúde e usuários no cuidado;

X - Promoção da equidade no cuidado adequado e eficiente das pessoas

com deficiência, compreendendo os diferentes modos de adoecer, nas suas

especificidades.

Na Gestão em Saúde, o curso de medicina proposto pela FAMETRO visará à

formação do médico capaz de compreender os princípios, diretrizes e políticas do

sistema de saúde, e participar de ações de gerenciamento e administração para

promover o bem-estar da comunidade, por meio das seguintes dimensões:

I - Gestão do Cuidado, com o uso de saberes e dispositivos de todas as

densidades tecnológicas, de modo a promover a organização dos sistemas

integrados de saúde para a formulação e desenvolvimento de Planos Terapêuticos

individuais e coletivos;

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II - Valorização da Vida, com a abordagem dos problemas de saúde

recorrentes na atenção básica, na urgência e na emergência, na promoção da saúde

e na prevenção de riscos e danos, visando à melhoria dos indicadores de qualidade

de vida, de morbidade e de mortalidade, por um profissional médico generalista,

propositivo e resolutivo;

III - Tomada de Decisões, com base na análise crítica e contextualizada das

evidências científicas, da escuta ativa das pessoas, famílias, grupos e comunidades,

das políticas públicas sociais e de saúde, de modo a racionalizar e otimizar a

aplicação de conhecimentos, metodologias, procedimentos, instalações,

equipamentos, insumos e medicamentos, de modo a produzir melhorias no acesso e

na qualidade integral à saúde da população e no desenvolvimento científico,

tecnológico e inovação que retroalimentam as decisões;

IV - Comunicação, incorporando, sempre que possível, as novas tecnologias

da informação e comunicação (TICs), para interação à distância e acesso a bases

remotas de dados;

V - Liderança exercitada na horizontalidade das relações interpessoais que

envolvam compromisso, comprometimento, responsabilidade, empatia, habilidade

para tomar decisões, comunicar-se e desempenhar as ações de forma efetiva e

eficaz, mediada pela interação, participação e diálogo, tendo em vista o bem-estar

da comunidade;

VI - Trabalho em Equipe, de modo a desenvolver parcerias e constituição de

redes, estimulando e ampliando a aproximação entre instituições, serviços e outros

setores envolvidos na atenção integral e promoção da saúde;

VII - Construção participativa do sistema de saúde, de modo a

compreender o papel dos cidadãos, gestores, trabalhadores e instâncias do controle

social na elaboração da política de saúde brasileira;

VIII - Participação social e articulada nos campos de ensino e

aprendizagem das redes de atenção à saúde, colaborando para promover a

integração de ações e serviços de saúde, provendo atenção contínua, integral, de

qualidade, boa prática clínica e responsável, incrementando o sistema de acesso,

com equidade, efetividade e eficiência, pautando-se em princípios humanísticos,

éticos, sanitários e da economia na saúde.

Na Educação em Saúde, o graduando de medicina da FAMETRO deverá ser

corresponsável pela própria formação inicial, continuada e em serviço, e pela sua

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autonomia intelectual e responsabilidade social, ao tempo em que se compromete

com a formação das futuras gerações de profissionais de saúde, e ao estímulo à

mobilidade acadêmica e profissional, tendo por objetivos:

I - Aprender a aprender, como parte do processo de ensino aprendizagem,

identificando conhecimentos prévios, desenvolvendo a curiosidade e formulando

questões para a busca de respostas cientificamente consolidadas, construindo

sentidos para a identidade profissional e avaliando, criticamente, as informações

obtidas, preservando a privacidade das fontes;

II - Aprender com autonomia e com a percepção da necessidade da

educação continuada, a partir da mediação dos professores e profissionais do

SUS, desde o primeiro ano do curso;

III - Aprender inter-profissionalmente, com base na reflexão sobre a própria

prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e outras áreas

do conhecimento, para a orientação da identificação e discussão dos problemas,

estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à saúde;

IV - Aprender em situações e ambientes protegidos e controlados, ou em

simulações da realidade, identificando e avaliando o erro, como insumo da

aprendizagem profissional e organizacional e como suporte pedagógico;

V - Comprometer-se com seu processo de formação, envolvendo-se em

ensino, pesquisa e extensão e observando o dinamismo das mudanças sociais e

científicas que afetam o cuidado e a formação dos profissionais de saúde, a partir

dos processos de auto avaliação e de avaliação externa dos agentes e da

instituição, promovendo o conhecimento sobre as escolas médicas e sobre seus

egressos;

VI - Participação de programas de Mobilidade Acadêmica e Formação de

Redes Estudantis ofertados a estudantes, professores e profissionais da saúde,

com ampliação das oportunidades de aprendizagem, pesquisa e trabalho, que

viabilizarão a identificação de novos desafios da área, que estabelecerão

compromissos de corresponsabilidade com o cuidado com a vida das pessoas,

famílias, grupos e comunidades, especialmente nas situações de emergência em

saúde pública, nos âmbitos nacional e internacional;

VII - Dominar língua estrangeira, de preferência uma língua franca, para

manter-se atualizado com os avanços da medicina conquistados no país e fora dele,

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55

bem como para interagir com outras equipes de profissionais da saúde em outras

partes do mundo e divulgar as conquistas científicas alcançadas no Brasil.

1.4.1 Competências e Habilidades Específicas:

No âmbito mais específico da formação profissional e baseado nas DCNs

(2014), o curso de medicina proposto pela FAMETRO estabelece como prioridade

as seguintes capacidades e desempenhos a serem desenvolvidos durante o

processo de formação na graduação:

No âmbito da Atenção às Necessidades Individuais de Saúde o graduando

deverá desenvolver como ação-chave a Identificação de Necessidades de Saúde,

que comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores:

I - Realização da História Clínica, na qual estabelece relação profissional

ética no contato com as pessoas sob seus cuidados, familiares ou responsáveis;

identifica situações de emergência, desde o início do contato, atuando de modo a

preservar a saúde e a integridade física e mental das pessoas sob cuidado; orienta o

atendimento às necessidades de saúde, sendo capaz de combinar o conhecimento

clínico e as evidências científicas, com o entendimento sobre a doença, na

perspectiva da singularidade de cada pessoa; utiliza-se de linguagem compreensível

no processo terapêutico, estimulando o relato espontâneo da pessoa sob cuidados,

tendo em conta os aspectos psicológicos, culturais e contextuais, sua história de

vida, o ambiente em que vive e suas relações sócio-familiares, assegurando a

privacidade e o conforto; favorece a construção de vínculo, valorizando as

preocupações, expectativas, crenças e os valores relacionados aos problemas

relatados trazidos pela pessoa sob seus cuidados e responsáveis, possibilitando que

ela analise sua própria situação de saúde, o que permite gerar autonomia no

cuidado; identifica os motivos ou queixas, evitando julgamentos, e considerando o

contexto de vida e dos elementos biológicos, psicológicos, socioeconômicos e a

investigação de práticas culturais de cura em saúde, de matriz afro-indígena-

brasileira e de outras relacionadas ao processo saúde-doença; orienta e organiza a

anamnese, utilizando o raciocínio clínico-epidemiológico, a técnica semiológica e o

conhecimento das evidências científicas; investiga os sinais e sintomas e as

repercussões da situação, hábitos, fatores de risco, exposição às iniquidades

econômicas, sociais e de saúde, condições correlatas, antecedentes pessoais e

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familiares; e registra os dados relevantes da anamnese no prontuário de forma clara

e legível;

II - Realização do Exame Físico: no qual esclarece sobre os procedimentos,

manobras ou técnicas do exame físico ou exames diagnósticos, obtendo

consentimento da pessoa sob seus cuidados ou do responsável; cuida ao máximo

com a segurança, privacidade e conforto da pessoa sob seus cuidados; tem postura

ética, respeitosa e destreza técnica na inspeção, percussão, apalpação e ausculta,

com precisão na aplicação das manobras e procedimentos do exame físico geral e

específico, considerando a história clínica, a diversidade étnico-racial, de gênero, de

orientação sexual, linguístico-cultural e de pessoas com deficiência; e esclarece, à

pessoa sob seus cuidados ou ao seu responsável, sobre os sinais verificados,

registrando as informações no prontuário, de modo legível;

III - Formulação de Hipóteses e Priorização de Problemas, na qual

estabelece as hipóteses diagnósticas mais prováveis, relacionando os dados da

história e exames clínicos; formula o prognóstico dos problemas da pessoa sob seus

cuidados, considerando os contextos pessoal, familiar, do trabalho, epidemiológico,

ambiental e outros pertinentes; informa e esclarece as hipóteses estabelecidas, de

forma ética e humanizada, considerando as eventuais dúvidas e questionamentos

da pessoa sob seus cuidados, dos familiares ou responsáveis; estabelece

oportunidades na comunicação para mediar conflito e conciliar possíveis visões

divergentes entre profissionais de saúde, da pessoa sob seus cuidados, familiares

ou responsáveis; e compartilha o processo terapêutico, com negociação do

tratamento, com a possível inclusão de práticas populares de saúde, que podem ter

sido testadas ou que não causem dano;

IV - Promoção de Investigação Diagnóstica, na qual propõe e explica, à

pessoa sob cuidado ou responsável, sobre a investigação diagnóstica para ampliar,

confirmar ou afastar hipóteses diagnósticas, incluindo as indicações de realização de

aconselhamento genético; solicita exames complementares, com base nas melhores

evidências científicas, conforme as necessidades da pessoa sob seus cuidados,

avaliando sua possibilidade de acesso aos testes necessários; avalia, de forma

singularizada, as condições de segurança da pessoa sob seus cuidados,

considerando-se eficiência, eficácia e efetividade dos exames; interpreta os

resultados dos exames realizados, considerando as hipóteses diagnósticas, a

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condição clínica e o contexto da pessoa sob seus cuidados; e registra e atualiza, no

prontuário, a investigação diagnóstica, de forma clara e objetiva;

Ainda no âmbito da Atenção às Necessidades Individuais de Saúde o

graduando deverá desenvolver como outra ação-chave o Desenvolvimento e

Avaliação de Planos Terapêuticos que comporta os seguintes desempenhos e

seus respectivos descritores:

I - Elaboração e Implementação de Planos Terapêuticos, na qual

estabelece, a partir do raciocínio clínico-epidemiológico, os contextos específicos e

planos terapêuticos, contemplando as dimensões de promoção, prevenção,

tratamento e reabilitação; discute o plano terapêutico, suas implicações e o

prognóstico, segundo as melhores evidências científicas, as práticas culturais de

cuidado e cura da pessoa sob seus cuidados, e as necessidades individuais e

coletivas; promove o diálogo entre as necessidades referidas pela pessoa sob seus

cuidados ou responsável, e as necessidades percebidas pelos profissionais de

saúde, estimulando a pessoa sob seus cuidados a refletir sobre seus problemas e a

promover o autocuidado; estabelece pacto sobre as ações de cuidado, promovendo

a participação de outros profissionais, sempre que necessário; implementa as ações

pactuadas e disponibiliza as prescrições e orientações legíveis, estabelecendo e

negociando o acompanhamento ou encaminhamento da pessoa sob seus cuidados

com justificativa; informa sobre situações de notificação compulsória aos setores

responsáveis; considera a relação custo-efetividade das intervenções realizadas,

explicando-as às pessoas sob cuidado e familiares, tendo em vista as escolhas

possíveis; atua com autonomia e competência nas situações de emergência mais

prevalentes de ameaça à vida; e exercita a cidadania de forma competente em

defesa da vida e dos direitos das pessoas;

II - Acompanhamento e Avaliação de Planos Terapêuticos, no qual

acompanha e avalia a efetividade das intervenções realizadas e considera a

avaliação da pessoa sob seus cuidados ou do responsável em relação aos

resultados obtidos, analisando dificuldades e valorizando conquistas; favorece o

envolvimento da equipe de saúde na análise das estratégias de cuidado e resultados

obtidos; revisa o diagnóstico e o plano terapêutico, sempre que necessário; explica e

orienta sobre os encaminhamentos ou a alta, verificando a compreensão da pessoa

sob seus cuidados ou responsável; e registra o acompanhamento e a avaliação do

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plano no prontuário, buscando torná-lo um instrumento orientador do cuidado

integral da pessoa sob seus cuidados.

No âmbito da Atenção às Necessidades de Saúde Coletiva o graduando

deverá desenvolver como ação-chave a Investigação de Problemas de Saúde

Coletiva que comporta o desempenho de Análise das Necessidades de Saúde de

Grupos de Pessoas e as Condições de Vida e de Saúde de Comunidades.

A partir de dados demográficos, epidemiológicos, sanitários e ambientais, o

graduando considera as dimensões de risco, vulnerabilidade, incidência e

prevalência das condições de saúde, com os seguintes descritores: acessa e utiliza

dados secundários ou informações que incluam o contexto político, cultural,

socioeconômico e ambiental, bem como as discriminações institucionais e as

relações, movimentos e valores de populações, em seu território, visando a ampliar

a explicação de causas, efeitos, com bases na determinação social do processo

saúde-doença e no seu enfrentamento; relaciona os dados e as informações

obtidas, articulando os aspectos biológicos, psicológicos, socioeconômicos e

culturais ao adoecimento e à vulnerabilidade de grupos; e estabelece o diagnóstico

de saúde, priorizando os problemas e considerando sua magnitude, existência de

recursos para o seu enfrentamento e a importância técnica, cultural e política do

contexto;

Quanto à ação-chave Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de

Intervenção Coletiva ela comporta os seguintes descritores de desempenho, onde

o graduando: participa da discussão e construção de projetos de intervenção em

grupos sociais, orientando-se para melhoria dos indicadores de saúde, considerando

sempre sua autonomia e aspectos culturais; estimula a inserção de ações de

promoção e educação em saúde em todos os níveis de atenção, com ênfase na

atenção básica, voltadas às ações de cuidado com o corpo e a saúde; estimula a

inclusão da perspectiva de outros profissionais e representantes de segmentos

sociais envolvidos na elaboração dos projetos em saúde; promove o

desenvolvimento de planos orientados para os problemas priorizados; participa da

implementação de ações, considerando metas, prazos, responsabilidades,

orçamento e factibilidade; e participa no planejamento e avaliação dos projetos e

ações no âmbito do SUS, prestando contas e promovendo ajustes, orientados à

melhoria da saúde coletiva.

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No âmbito da área de competência da Gestão em Saúde a formação do

graduando deve contemplar duas ações-chave: a Organização do Trabalho em

Saúde; e o Acompanhamento e Avaliação do Trabalho em Saúde.

A ação-chave Organização do Trabalho em Saúde comporta os seguintes

desempenhos e seus respectivos descritores:

I - Identificação do Processo de Trabalho, no qual identifica a história da

saúde, as políticas públicas de saúde no Brasil, a Reforma Sanitária, os princípios

do SUS e os desafios na organização do trabalho em saúde, considerando seus

princípios, diretrizes e políticas de saúde; identifica oportunidades e desafios na

organização do trabalho nas redes de serviços de saúde, reconhecendo o conceito

ampliado de saúde, no qual todos os cenários em que se produz saúde são

ambientes relevantes e neles se deve assumir e propiciar compromissos com a

qualidade, integralidade e continuidade da atenção; utiliza as diversas fontes para

identificar problemas no processo de trabalho, incluindo a perspectiva dos

profissionais e dos usuários e a análise de indicadores e do modelo de gestão, de

modo a identificar risco e vulnerabilidade de pessoas, famílias e grupos sociais;

inclui a perspectiva dos usuários, família e comunidade, favorecendo sua maior

autonomia na decisão do plano terapêutico, respeitando seu processo de

planejamento e de decisão considerando-se, ainda, os seus valores e crenças;

promove o trabalho colaborativo em equipes de saúde, respeitando normas

institucionais dos ambientes de trabalho e agindo com compromisso ético-

profissional, superando a fragmentação do processo de trabalho em saúde; participa

na priorização de problemas, identificando a relevância, magnitude e urgência, as

implicações imediatas e potenciais, a estrutura e os recursos disponíveis; e propicia

abertura para opiniões diferentes e respeito à diversidade de valores, de papéis e de

responsabilidades no cuidado à saúde.

II - Elaboração e Implementação de Planos de Intervenção, na qual

participa em conjunto com usuários, movimentos sociais, profissionais de saúde,

gestores do setor sanitário e de outros setores na elaboração de planos de

intervenção para o enfrentamento dos problemas priorizados, visando a melhorar a

organização do processo de trabalho e da atenção à saúde; apoia a criatividade e a

inovação, na construção de planos de intervenção; participa na implementação das

ações, favorecendo a tomada de decisão, baseada em evidências científicas, na

eficiência, na eficácia e na efetividade do trabalho em saúde; e participa na

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negociação e avaliação de metas para os planos de intervenção, considerando as

políticas de saúde vigentes, os colegiados de gestão e de controle social.

A ação-chave Acompanhamento e Avaliação do Trabalho em Saúde

comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores:

I - Gerenciamento do Cuidado em Saúde no qual o aluno promove a

integralidade da atenção à saúde individual e coletiva, articulando as ações de

cuidado, no contexto dos serviços próprios e conveniados ao SUS; utiliza as

melhores evidências e os protocolos e diretrizes cientificamente reconhecidas, para

promover o máximo benefício à saúde das pessoas e coletivos, segundo padrões de

qualidade e de segurança; e favorece a articulação de ações, profissionais e

serviços, apoiando a implantação de dispositivos e ferramentas que promovam a

organização de sistemas integrados de saúde.

II - Monitoramento de Planos e Avaliação do Trabalho em Saúde, no qual

participa em espaços formais de reflexão coletiva sobre o processo de trabalho em

saúde e sobre os planos de intervenção; monitora a realização de planos,

identificando conquistas e dificuldades; avalia o trabalho em saúde, utilizando

indicadores e relatórios de produção, ouvidoria, auditorias e processos de

acreditação e certificação; utiliza os resultados da avaliação para promover ajustes e

novas ações, mantendo os planos permanentemente atualizados e o trabalho em

saúde em constante aprimoramento; formula e recebe críticas, de modo respeitoso,

valorizando o esforço de cada um e favorecendo a construção de um ambiente

solidário de trabalho; e estimula o compromisso de todos com a transformação das

práticas e da cultura organizacional, no sentido da defesa da cidadania e do direito à

saúde.

A área de competência de Educação em Saúde deverá contemplar três

ações-chave no processo de formação: a Identificação de Necessidades de

Aprendizagem Individual e Coletiva; a Promoção da Construção e Socialização

do Conhecimento; e a Promoção do Pensamento Científico e Crítico e Apoio à

Produção de Novos Conhecimentos.

A ação-chave Identificação de Necessidades de Aprendizagem Individual

e Coletiva comporta os seguintes desempenhos: estimula a curiosidade do aluno e

o desenvolvimento da capacidade de aprender com todos os envolvidos, em todos

os momentos do trabalho em saúde; e identifica as necessidades de aprendizagem

próprias, das pessoas sob seus cuidados e responsáveis, dos cuidadores, dos

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familiares, da equipe multiprofissional de trabalho, de grupos sociais ou da

comunidade, a partir de uma situação significativa, respeitados o conhecimento

prévio e o contexto sociocultural de cada um.

A ação-chave Promoção da Construção e Socialização do Conhecimento

comporta os seguintes desempenhos: o graduando apresenta-se com postura

aberta à transformação do conhecimento e da própria prática; escolhe estratégias

interativas para a construção e socialização de conhecimentos, segundo as

necessidades de aprendizagem identificadas, considerando idade, escolaridade e

inserção sociocultural das pessoas; orienta e compartilha os conhecimentos com

pessoas sob seus cuidados, responsáveis, familiares, grupos e outros profissionais,

levando em conta o interesse de cada segmento, no sentido de construir novos

significados para o cuidado à saúde; e estimula a construção coletiva de

conhecimento em todas as oportunidades do processo de trabalho, propiciando

espaços formais de educação continuada, participando da formação de futuros

profissionais.

A ação-chave Promoção do Pensamento Científico e Crítico e Apoio à

Produção de Novos Conhecimentos comporta os seguintes desempenhos: o

graduando utiliza os desafios do trabalho para estimular e aplicar o raciocínio

científico, formulando perguntas e hipóteses e buscando dados e informações;

analisa criticamente as fontes, métodos e resultados, no sentido de avaliar

evidências e práticas no cuidado, na gestão do trabalho e na educação de

profissionais de saúde, pessoa sob seus cuidados, famílias e responsáveis;

identifica a necessidade de produção de novos conhecimentos em saúde, a partir do

diálogo entre a própria prática, a produção científica e o desenvolvimento

tecnológico disponíveis; e favorece o desenvolvimento científico e tecnológico

voltado para a atenção das necessidades de saúde individuais e coletivas, por meio

da disseminação das melhores práticas e do apoio à realização de pesquisas de

interesse da sociedade.

1.4.2 Atividades a serem desenvolvidas na comunidade para consolidar o perfil

do egresso

As atividades a serem desenvolvidas na comunidade para consolidar o perfil

do egresso envolvem ações planejadas no âmbito do currículo do curso e também

atividades extracurriculares, promovidas e apoiadas pela IES mas que não têm a

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obrigatoriedade de cumprimento como atividade curricular. Dentre as atividades

curriculares destacam-se àquelas que fazem parte do corpo programático do IESC –

Integração Ensino Serviços Comunidade, voltadas para o desenvolvimento de

competências no âmbito das Redes de Cuidados de Manaus e que são transversais

no currículo pois acontecem em complexidade crescente do 1o. ao 12o. semestres

do curso e estão descritas em detalhe em segmento específico deste documento.

Além do IESC, outras atividades curriculares relevantes se fazem presentes

na vida do aluno durante o curso e inseridas na comunidade local. Dentre elas estão

as atividades elencadas na Unidade Curricular intitulada Habilidades Médicas V a

VIII que , além de constituírem práticas junto aos laboratórios de simulação,

preveem atividades práticas em cenários reais, junto aos ambulatórios

especializados da Rede de Cuidados de Manaus, Unidades de Pronto Atendimento,

Centros de Atenção Psicossocial, Policlínicas, Escolas, Creches, Asilos para Idosos

e Centros Comunitários.

Dentre as atividades extracurriculares destacam-se àquelas que constituem

boa parte das atividades complementares e projetos de extensão acadêmica

representados de forma marcante no curso de medicina por meio da organização

das Ligas Acadêmicas, que reúnem estudantes e docentes com foco em temas

específicos da prática médica e que têm grande relevância junto à sociedade de

maneira geral. Essas atividades se revestem de ações organizadas junto às

comunidades sob a forma de Projetos de Intervenção Social e que têm impacto e

resultados expressivos tanto na melhora das condições de saúde e do autocuidado

da população como também contribuem para o desenvolvimento de competências

relacionadas à liderança e gestão de processos e de projetos de desenvolvimento

social junto aos estudantes de medicina.

1. 4. 3 Programa de Acompanhamento dos Egressos

A FAMETRO tem o compromisso com a constante valorização do ser humano

por meio da educação superior na Região Amazônica, qualificando mão de obra

para organizações públicas, privadas, ONGs e empreendimentos próprios.

Entretanto, entendemos que nosso compromisso vai além da formação durante a

graduação, mas abrange inclusive conhecer informações sobre a inserção do nosso

egresso no mercado de trabalho como forma de avaliar a contribuição de nossos

cursos para este processo.

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Neste contexto, a Instituição optou por adotar uma pesquisa de

acompanhamento de egressos dividido em duas etapas: a primeira levantará dados

sobre a condição dos alunos no mercado de trabalho ao ingressar na faculdade, e

na segunda etapa, levantará dados sobre a condição dos alunos no mercado de

trabalho na situação de egresso. Ao comparar os dados levantados poderemos

avaliar de que forma os cursos de graduação da FAMETRO estão contribuindo para

a empregabilidade, ascensão de carreira e remuneração de nossos egressos.

Este programa tem como objetivo geral o acompanhamento da condição do

egresso dos cursos de bacharelado, licenciaturas e tecnológicos da FAMETRO

como forma de demonstrar a importância da IES para a sociedade amazonense na

qualificação da mão de obra para o desenvolvimento da região.

Os objetivos específicos do programa estão pautados em:

a) Quantificar os egressos dos cursos da FAMETRO que estão atuando no

mercado de trabalho na área em que se graduaram.

b) Identificar a ascensão profissional do egresso em termos de carreira

c) Identificar a ascensão profissional do egresso em termos de remuneração

d) Avaliar a contribuição do curso para a empregabilidade do egresso

e) E no caso específico do curso de Medicina, inclui-se a avaliação do número

de aprovados em Residência Médica.

Tendo ainda como objetivos institucionais e educacionais: proporcionar sólida

fundamentação humanística, técnica e científica, orientada à compreensão dos

conceitos inerentes a cada profissão, o programa de acompanhamento dos

egressos dos respectivos cursos de graduação, licenciaturas e tecnológicos da

FAMETRO será relevante uma vez que atenderá aos interesses do Ministério da

Educação que recomenda este tipo de acompanhamento como forma de qualificar

cada vez mais as IES privadas; para a própria FAMETRO que terá dados para

avaliar seus cursos; para o mercado de trabalho local que poderá contar com uma

IES preparando mão de obra alinhada com os requisitos atuais do mercado de

trabalho e ainda; para os próprios acadêmicos que poderão ser beneficiados por

meio de informações dos egressos que subsidiarão a melhoria contínua dos cursos

oferecidos.

Afinal a FAMETRO entende que sua responsabilidade social é a contribuição

com o desenvolvimento da região amazônica por meio não somente com a

qualificação de mão de obra, mas com sua empregabilidade.

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Espera-se com este programa de acompanhamento dos egressos obter

subsídios para a melhoria contínua dos cursos de bacharelado, licenciaturas e

tecnológicos da FAMETRO de forma a manter a relação entre a qualificação de

profissionais com empregabilidade para o mercado de trabalho local.

Atuação dos egressos da IES no Ambiente Socioeconômico.

A partir do acompanhamento do trabalho realizado com o acompanhamento

do egresso, esperamos que os alunos formados por nossa instituição possam se

inserir no mundo do trabalho de maneira critica e consciente com dentro de

princípios éticos e humanístico, com responsabilidade social, reconhecendo o valor

das entidades de classe que lhe representarão. Espera-se igualmente que a

formação ofertada possa formar egressos com competências éticas, pessoais,

profissionais, sócio afetivas, cognitivas e de comunicação que possibilitem a

compreensão de si mesmo e do mundo em que vive, através da formação adquirida,

agir de forma crítica contribuindo para a vida em sociedade.

Portanto, é requerida ao egresso a capacidade de:

a) dominar conhecimentos que lhe favoreçam maior flexibilidade na sua atuação

profissional; possuir capacidade de trabalhar em equipe;

b) desenvolver e praticar atitudes que possibilite aprender a aprender

aprendendo;

c) exercer com ética e proficiência as atribuições que lhes são prescritas através

de legislação específica de acordo com sua área de atuação;

d) ter atitudes inovadoras e criativas;

e) utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para

construir/reconstruir conhecimento, em seu setor e, na medida do possível,

em seu meio;

f) saber intervir na realidade com consciência, espírito crítico positivo e

autonomia, como indivíduo e como integrante de uma coletividade;

g) integrar conhecimentos amplos e especializados, para aplicá-los em

situações concretas;

h) atuar para além dos preconceitos culturalmente herdados e/ou impostos pelas

formas de organização estabelecidas;

i) compreender a diversidade cultural para inserir-se no mundo internacionalizado,

inclusive nas relações de trabalho;

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j) compreender a importância de ampliar e atualizar o conhecimento e a prática

da vida, do mundo e da profissão, de forma permanente e desenvolver meios

ou integrar-se nos que lhe são oferecidos para aprender ao longo de toda

vida;

k) desenvolver técnicas apropriadas à área de formação, visando ao

acompanhamento e à avaliação constante, buscando interagir com o mercado

de trabalho na perspectiva de continuidade de sua formação;

l) atuar como empreendedor de ações inovadoras que promovam o

desenvolvimento econômico, político, social e cultural, no contexto local,

regional e nacional.

1.5 Estrutura Curricular

Fundamentada em uma perspectiva mais abrangente e dinâmica de currículo,

o Curso Superior pretende uma estrutura curricular onde em uma análise sistêmica e

global, os aspectos: flexibilidade, interdisciplinaridade, acessibilidade pedagógica e

atitudinal, compatibilidade da carga horária total (em horas), articulação da teoria

com a prática e, nos casos de cursos à distância, mecanismos de familiarização com

essa modalidade.

A organização curricular dos cursos superiores contemplará o

desenvolvimento de competências profissionais e será formulada em consonância

com o perfil profissional de conclusão do curso, o qual define a identidade do mesmo

e caracteriza o compromisso ético.

1.5.1 Flexibilidade

No caso do curso de Medicina o aluno poderá realizar o Estágio Optativo com

carga horária de 240h no 12º Período na sua área de interesse. Bem como, poderá

cursar disciplinas optativas nos demais cursos da saúde ofertadas pela IES.

1.5.2 Interdisciplinaridade

Todos os cursos da Fametro desenvolvem projetos interdisciplinares

promovendo a integração das disciplinas de um mesmo período por meio da

pedagogia de projetos. Esta metodologia de projeto se encontra no Regulamento

Institucional de Interdisciplinaridade anexo a este documento.

1.5.3 Transversalidade

Todos os cursos da Fametro desenvolvem projetos transversais promovendo

a integração das disciplinas discutindo as temáticas de Educação Étnicas racial e

Educação Ambiental em um mesmo período em todo o curso por meio da pedagogia

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de projetos. Esta metodologia de projeto se encontra no Regulamento Institucional

de Transversalidade anexo a este documento.

1.5.4 Acessibilidade Pedagógica e Atitudinal

A Fametro promove a acessibilidade pedagógica e atitudinal por meio da

utilização de metodologias e técnicas de estudo que favoreçam o aprendizado e o

desenvolvimento de competências objetivando que todos possam aprender e se

desenvolver, para tanto são planejadas e utilizadas metodologias de ensino com o

uso de recursos tecnológicos que favoreçam a remoção de qualquer barreira ao ato

de aprender. Estes processos metodológicos encontram-se normatizados em

regulamentação própria e no manual de metodologia de ensino e avaliação da

Fametro.

1.5.5 Compatibilidade da Carga Horária Total

A carga horária dos cursos obedece ao descrito nas diretrizes curriculares

nacionais no caso dos bacharelados e licenciaturas, e no caso dos tecnológicos o

Catalogo Nacional de Cursos e a Resolução dos cursos tecnológicos. E a carga

horária dos cursos está calculada em hora relógio.

1.5.6 Articulação da Teoria com a Prática

Os cursos de graduação da FAMETRO preveem em suas disciplinas carga

horária teórica e prática. A depender da natureza do curso e da especificidade do

componente curricular a carga horária prática poderá chegar até o percentual de

vinte por cento da carga horária total da disciplina.

O Curso de Medicina da FAMETRO se apresenta com um projeto

pedagógico centrado no aluno como sujeito e apoiado no professor como facilitador

do processo de ensino e aprendizagem, privilegiando a aprendizagem baseada em

problemas e orientada para a comunidade.

A pedagogia da interação supera com vantagens a pedagogia da transmissão

passiva de conhecimentos, possibilitando o aperfeiçoamento contínuo de atitudes,

conhecimentos e habilidades dos estudantes. Facilita o desenvolvimento do seu

próprio método de estudo, possibilitando que o mesmo aprenda a selecionar

criticamente os recursos educacionais mais adequados, a trabalhar em equipe e a

aprender a aprender.

O segundo conceito chave do modelo curricular é o de “aprender fazendo”,

que propõe a mudança da sequência clássica teoria/prática para o processo de

produção do conhecimento que ocorre de forma dinâmica por meio da ação-

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reflexão-ação. A estrutura curricular embasada nestes processos deve nortear o

estudante para atuar no cotidiano clínico da diagnose e terapêutica, buscando

sempre indicar quais são os procedimentos mais seguros e eficazes para os

pacientes, de modo a valorizar o questionamento de qual é a melhor evidência em

defesa desta argumentação, hipótese ou conduta. Neste contexto, o aluno será

capacitado a integrar as dimensões biológica, psicológica e social, em todos os

momentos do curso de graduação.

Para tanto, a estrutura curricular será organizada em Módulos e Unidades

Curriculares, orientados em sua construção por ciclos de vida e manifestações

clínicas, integrando um conjunto nuclear de conhecimentos, habilidades e atitudes

que são desenvolvidos como objetivos educacionais.

Em cada Unidade Curricular estão embutidos os conteúdos das disciplinas

necessários para contemplar e completar seus enunciados. As disciplinas, então,

passarão a cumprir seu verdadeiro papel – o de áreas de conhecimento. Assim,

propõe-se integrar disciplinas básicas (Anatomia, Histologia, Embriologia,

Bioquímica, Fisiologia, Farmacologia, Genética, Biologia Molecular, Microbiologia,

Imunologia, Parasitologia, Epidemiologia) e disciplinas clínicas (Clínica Médica,

Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Psiquiatria) em unidades curriculares

integradas, como por exemplo: Unidade Curricular de Locomoção e Preensão;

Concepção e Formação do Ser Humano; Funções Biológicas e Processo de

Envelhecimento; Mecanismos de Agressão e Defesa.

A operacionalização dos conteúdos modulares se dará através de problemas

relacionados ao processo saúde-doença, com base nas respectivas árvores

temáticas (mapas conceituais).

O Curso será desenvolvido em 6 (seis) anos (12 semestres):

(dois) anos (4 semestres) compondo o primeiro ciclo de aprendizagem

(integrando conhecimentos básicos aos aplicados e aos cenários de práticas

relevantes, dando ênfase aos conhecimentos básicos),

(dois) anos (4 semestres) no segundo ciclo de aprendizagem (ênfase nos

conhecimentos aplicados), e

(dois) anos (4 semestres) no terceiro ciclo de aprendizagem na modalidade

Internato Médico.

Os 8 (oito) primeiros semestres serão distribuídos em 8 (oito) Módulos

Educacionais Temáticos (1 (um) módulo por semestre). Cada módulo será composto

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68

por 6 (seis) Unidades Curriculares, sendo 3 (três) delas horizontais, de 6 (seis) a 7

(sete) semanas de duração cada uma, e 2 (duas) longitudinais, que perpassam o

semestre todo e duram 20 (vinte) semanas cada uma (IESC e Habilidades) e 1(uma)

Unidade de Conhecimentos Gerais que ocorrem apenas nos três primeiros

semestres do curso.

A Unidade de Conhecimentos Gerais corresponde ao "Core Curricullum", e

será de caráter curricular obrigatório para toda a instituição, e corresponde a um

conjunto de Disciplinas ministradas, com duração de 20 (vinte) semanas por

semestre cada uma. O IESC - Interação em Saúde na Comunidade e as Habilidades

Médicas permearão todo o 1º e o 2º Ciclos de aprendizagem, e ocorrerão nos 8

(oito) primeiros semestres.

O internato médico, desenvolvido no 3º ciclo, é considerado elemento

fundamental na formação profissional e ocorrerá em um período de 2 (dois) anos

letivos no final do Curso. Para enriquecer mais a formação do estudante, o mesmo

será estimulado a participar de atividades complementares, ligadas a: iniciação

científica, monitorias, extensão, atividades extracurriculares e programas de

atendimento à comunidade.

Ao final do curso o graduando apresentará um Trabalho de Conclusão de

Curso (TCC), cujas normas de elaboração, acompanhamento, avaliação e

divulgação estarão em acordo com o estabelecido nas Diretrizes Curriculares

Nacionais.

Em cada módulo serão abordados os seguintes tópicos:

Módulo I - 1º semestre:

UCI – Introdução ao Estudo da Medicina 100h;

UCII – Concepção e Formação do Ser Humano 120h;

UCIII – Metabolismo 140h;

IESC1 – Integração em Saúde na Comunidade I 80h;

HP1 – Habilidades Profissionais1 120h; e

UCCG 1 – Disciplinas de Conhecimentos Gerais (Libras, Inglês, Ed Ambiental)

80h.

Módulo II - 2º semestre:

UCIV – Funções Biológicas 120h;

UCV – Mecanismos de Agressão e Defesa 120h;

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UCVI – Abrangência das Ações de Saúde 120h;

IESC 2 – Integração em Saúde na Comunidade II 100h;

HP 2 – Habilidades Profissionais II 120h; e

UCCG 2 – Disciplinas de Conhecimentos Gerais (Análise social e das relações

Étnico-raciais e História Afro-brasileira e Metodologia científica) 60h.

Quadro 1 - Semana Padrão do 1ª e 2º semestre

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Tutoriais Laboratório

Morfofuncional

Disciplinas de Conhecimentos

Gerais Tutoriais

Habilidades (Informática)

Tutoriais Laboratório

Morfofuncional

Disciplinas de Conhecimentos

Gerais Tutoriais

Habilidades (Informática)

IESC (todos)

AAD

Habilidades (comunicação)

AAD Habilidades

(clínicas)

IESC (todos)

AAD

Habilidades (comunicação)

AAD Habilidades

(clínicas)

Conferência (todos) ou

TBL AC* AC*

Conferência (todos) ou

TBL AC*

*AC – Atividades Complementares ** AAD – Aprendizagem Autodirigida (Espaço Protegido do Aluno para estudo e buscas)

Módulo III - 3º semestre:

UCVII – Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento 100h;

UCVIII – Percepção, Consciência e Emoção 100h;

UCIX – Processo de Envelhecimento 140h;

IESC 3 – Integração em Saúde na Comunidade III 80h;

HP 3 – Habilidades Profissionais III 140h; e

UCCG- Disciplinas de Conhecimentos Gerais (Análise Econômica e

Empreendedorismo e Ética e Cidadania) 80h.

Módulo IV - 4º semestre:

UCX – Proliferação Celular 120h;

UCXI – Saúde da Mulher, Sexualidade Humana e Planejamento Familiar 80h;

UCXII – Doenças Resultantes da Agressão ao Meio Ambiente 120h;

IESC4 – Integração em Saúde na Comunidade IV 100h; e

HP4 – Habilidades Profissionais IV 140h

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Quadro 2 - Semana Padrão do 3ª semestre e 4º semestre Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

IESC (todos) Tutoriais (todos)

Disciplinas de

Conhecimen-tos Gerais

Habilidades Médicas

Tutoriais (todos)

IESC (todos) Tutoriais (todos)

Disciplinas de

Conhecimentos Gerais

Habilidades Médicas

Tutoriais (todos)

Habilidades (comunicação)

Laboratório Morfofuncional

AAD** AAD

Habilidades (Informática)

Habilidades (comunicação)

Laboratório Morfofuncional

AAD** AAD

Habilidades (Informática)

AC Conferência

(todos) ou TBL AC AC

Conferência (todos) ou TBL

*AC – Atividades Complementares ** AAD – Aprendizagem Autodirigida - espaço protegido do aluno para buscas e estudo individual

Módulo V - 5º semestre:

UCXIII–Dor 100h;

UCXIV–Dor Abdominal, Diarreia, Vômitos e Icterícia 120h;

UCXV– Febre, Inflamação e Infecção 120h;

IESC5– Integração em S. na Comunidade V 80h;

HP5 – Habilidades Profissionais V 260h.

Módulo VI - 6º semestre:

UCXVI – Problemas Mentais e de Comportamento 100h;

UCXVII – Perda de Sangue 100h;

UCXVIII – Fadiga, Perda de Peso e Anemias 120h;

IESC6 – Integração em Saúde na Comunidade VI 100h; e

HP6 – Habilidades Profissionais VI 260h.

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71

Quadro 3 - Semana Padrão do 5ª semestre e 6º semestre Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Habilidades Ambulatórios

Habilidades Ambulatórios

AAD Habilidades

Médicas Habilidades

Ambulatórios

Habilidades Ambulatórios

Habilidades Ambulatórios

AAD Habilidades

Médicas Habilidades

Ambulatórios

Tutoriais (todos)

AAD Laboratório

Morfofuncional

Tutoriais (todos)

IESC (todos)

Tutoriais (todos)

AAD Laboratório

Morfofuncional

Tutoriais (todos)

IESC (todos)

Conferência (todos) ou

TBL AC AC

Conferência (todos) ou

TBL

*AC – Atividades Complementares ** AAD – Aprendizagem Autodirigida

Módulo VII- 7º semestre:

UCXIX – Locomoção e Apreensão 100h;

UCXX – Distúrbios Sensoriais, Motores e Consciência 120h;

UCXXI – Dispneia, Dor Torácica e Edema 120h;

IESC7 – Integração em Saúde na Comunidade VII 100h; e

HP7 – Habilidades Profissionais VII 240h.

Módulo VIII - 8º semestre:

UCXXII – Desordens Nutricionais e Metabólicas 100h

UCXXIII – Manifestações Externas das Doenças e latrogenias 120h;

UCXXIV – Emergências 120h;

IESC8 – Integração em Saúde na Comunidade VIII 80h; e

HP8 – Habilidades Profissionais VIII 260h.

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Quadro 4 - Semana Padrão do 7ª semestre e 8º semestre

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Habilidades Ambulatórios

Habilidades Ambulatórios

Laboratório Morfofuncional

Habilidades Médicas

Habilidades Ambulatórios

Habilidades Ambulatórios

Habilidades Ambulatórios

Laboratório Morfofuncional

Habilidades Médicas

Habilidades Ambulatórios

Habilidades Médicas

Tutoriais (todos)

AAD AAD Tutoriais (todos)

Habilidades Médicas

Tutoriais (todos)

AAD AAD Tutoriais (todos)

AC Conferência (todos) ou

TBL

AC AC Conferência (todos) ou TBL

*AC – Atividades Complementares . ** AAD – Aprendizagem Autodirigida

9º semestre – Internato:

Saúde do Adulto I 240h ,

Saúde da Mulher I 240h e

Saúde da Criança I 240h.

10º semestre- Internato:

Saúde da Criança II 240h;

Saúde do Adulto II 240h; e

Saúde da Mulher II 240h.

11º semestre- Internato:

Urgências e Emergências na Criança 240h;

Urgências e Emergências no Adulto 240h; e

Saúde da Família e Comunidade I 240h.

12º semestre- Internato:

Saúde da Família e Comunidade II 240h;

Saúde do Idoso/ Saúde Mental 240h; e

Internato – Optativo 240h, TCC e Orientação 100h

O total da carga horária nos Módulos é de 5.200 horas/aula ou 4.333 horas/

relógio. No Internato são 2.880 h/relógio. Destina-se ao desenvolvimento do TCC e

Orientação um total de 100 h/relógio. A carga horária do curso é de 7.313 h/relógio.

As Atividades Complementares compreendem 360h/relógio. Dessa forma o total

geral do curso em horas é de 7.673 h/relógio.

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73

O internato compõe 37,5 % da carga horária do curso. A carga horária nas

Urgências e Emergências é de 480 h. A carga horária na Atenção Básica é de 816 h.

Dessa forma, 45% da carga horária do Internato destina-se a atividades em Atenção

Básica e Urgências e Emergências.

PARA CÁLCULO DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES CH TEÓRICA CH PRÁTICA CHTOTAL/SEMANA

TUTORIA 10 h/aula 10h/aula/sem

CONFERÊNCIA OU TBL 4h/aula 4h/aula/sem

LAB. MORFOFUNC. 2h/aula 2h/aula/sem

CONSULTORIA 2h/aula 2h/aula/sem

AAD NÃO COMPUT. 14 h 14h/aula/sem

IESC 4h/aula 4h/aula/sem

HABILIDADES (1º AO 4º) 6h/aula 6h/aula/sem

HABILIDADES (5º AO 8º) 12h/aula 12h/aula/sem

DISCIPLINAS DE

CONHECIMENTOS

GERAIS (Core

Curriculum)

4h/aula 4h/aula/sem

1 semestre = 20 semanas – 3 módulos horizontais com 6 semanas a 7 semanas e 2 módulos

transversais com 20 semanas cada; 1h/aula= 60 minutos

1.5.7 Matriz do Curso

As unidades curriculares da matriz apresentam, em sua maioria, conteúdos

que implicam em abordagens metodológicas teóricas e práticas. Visando alcançar

os objetivos propostos no Plano de Ensino de cada Unidade Curricular, serão

utilizados instrumentos pedagógicos diversificados, com o intuito de estreitar a

relação entre a teoria e a prática, estimulando o aprendizado. A aquisição de

conhecimentos e habilidades necessárias ao profissional acontecerá de maneira

gradativa e com grau de complexidade progressiva, permitindo o desenvolvimento

do perfil de competências.

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MATRIZ CURRICULAR

1ª Módulo / Semestre Carga Horária

Teor. Prát. Total

1.1. UCI – Introdução ao Estudo da Medicina 80 20 100

1.2. UCII – Concepção e Formação do Ser Humano 100 20 120

1.3. UCIII – Metabolismo 100 40 140

1.4. IESC1 – Interação em Saúde na Comunidade I 20 60 80

1.5. HP1 – Habilidades Profissionais I - 120 120

1.6. UCCG1- Disciplinas de Conhecimentos Gerais (LIBRAS/Inglês Instrumental/Ed Ambiental)

80 - 80

Sub-Total 640

2ª Módulo / Semestre Teor. Prát. Total

1.7. UCIV – Funções Biológicas 80 40 120

1.8. UCV – Mecanismos de Agressão e Defesa 80 40 120

1.9. UCVI – Abrangência das Ações de Saúde 80 40 120

1.10. IESC2 – Interação em Saúde na Comunidade II 20 80 100

1.11. HP2 – Habilidades Profissionais II 20 100 120

1.12. UCCG 2- Disciplinas de Conhecimentos Gerais (Análise social e das Relações Étnico-Raciais e História da Cultura Afro-brasileira e Metodologia Científica)

60 - 60

Sub-Total 640

3ª Módulo / Semestre Teor. Prát. Total

2.1. UCVII – Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento 80 20 100

2.2. UCVIII – Percepção, Consciência e Emoção 80 20 100

2.3. UCIX – Processo de Envelhecimento 80 60 140

2.4. IESC3 – Interação em Saúde na Comunidade III 20 60 80

2.5. HP3 – Habilidades Profissionais III 20 120 140

2.6. UCCG3- Disciplinas de Conhecimentos Gerais (Ética e Cidadania e Análise econômica e Empreendedorismo)

80 - 80

Sub-Total 640

4ª Módulo / Semestre Teor. Prát. Total

2.6. UCX – Proliferação Celular 80 40 120

2.7. UCXI – Saúde da Mulher, Sexualidade Humana e Planejamento Familiar

60 20 80

2.8. UCXII – Doenças Resultantes da Agressão ao Meio Ambiente

80 40 120

2.9. IESC4 – Interação em Saúde na Comunidade IV 20 80 100

2.10. HP4 – Habilidades Profissionais IV 20 120 140

Sub-Total 560

5ª Módulo / Semestre Teor. Prát. Total

3.1. UCXIII – Dor 80 20 100

3.2. UCXIV – Dor Abdominal, Diarreia, Vômitos e Icterícia 80 40 120

3.3. UCXV – Febre, Inflamação e Infecção 80 40 120

3.4. IESC5 – Interação em Saúde na Comunidade V 20 60 80

3.5. HP5 – Habilidades Profissionais V 40 220 260

Sub-Total 680

6ª Módulo / Semestre Teor. Prát. Total

3.6. UCXVI – Problemas Mentais e de Comportamento 80 20 100

3.7. UCXVII – Perda de Sangue 80 20 100

3.8. UCXVIII – Fadiga, Perda de Peso e Anemias 80 40 120

3.9. IESC6 – Interação em Saúde na Comunidade VI 20 80 100

3.10. HP6 – Habilidades Profissionais VI 40 220 260

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Sub-Total 680

7ª Módulo / Semestre Teor. Prát. Total

4.1. UCXIX – Locomoção e Preensão 60 40 100

4.2. UCXX – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

80 40 120

4.3. UCXXI – Dispneia, Dor Torácica e Edema 80 40 120

4.4. IESC7 – Interação em Saúde na Comunidade VII 20 80 100

4.5. HP7 – Habilidades Profissionais VII 40 200 240

Sub-Total 680

8ª Módulo/Semestre Teor. Prát. Total

4.6. UCXXII – Desordens Nutricionais e Metabólicas 80 20 100

4.7. UCXXIII – Manifestações Externas das Doenças e Iatrogenias

80 40 120

4.8. UCXXIV – Emergências 40 80 120

4.9. IESC8 – Interação em Saúde na Comunidade VIII 20 60 80

4.10. HP8 – Habilidades Profissionais VIII 20 240 260

Sub-Total 680

9ª etapa- Estágios obrigatórios rotativos (Internato) Teor. Prát. Total

5.1. Saúde da Criança I - 240 240

5.2. Saúde do Adulto I - 240 240

5.3. Saúde da Mulher I - 240 240

Sub-Total 720

10ª etapa – Estágios obrigatórios rotativos (Internato) Teor. Prát. Total

5.4. Saúde da Criança II - 240 240

5.5. Saúde do Adulto II - 240 240

5.6. Saúde da Mulher II - 240 240

Sub-Total 720

11ª etapa – Estágios obrigatórios rotativos (Internato) Teor. Prát. Total

6.1. Saúde da Família e Comunidade I - 240 240

6.2. Urgências e Emergências no Adulto - 240 240

6.3. Urgências e Emergências na Criança - 240 240

Sub-Total 720

12ª etapa – Estágios obrigatórios rotativos (Internato) Teor. Prát. Total

6.4. Saúde da Família e Comunidade II - 240 240

6.5. Saúde Mental/ Saúde do Idoso - 240 240

6.6. Estágio optativo - 240 240

6.7. TCC e Orientação - 100 100

Sub-Total 820

Total dos módulos 5.200 h/aula ou 4.333h/relógio

Total do Internato 2.880h/relógio

TCC e Orientação 100h/relógio

Total do Curso 7.313h/relógio

Atividades Complementares (5% CH total ) 360 h/relógio

Total Geral 7.673h/relógio

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Transformação para hora/relógio

Módulos – 5.200 horas/aula ou 4.333 horas/ relógio

Internato – 2880 h/relógio

TCC + Orientação = 100 h/relógio

Total = 7313 h

Atividades Complementares= 360h/relógio

Total Geral do curso em horas = 7.673 h/rel. (internato com 37,5 % da

carga horária do curso)

Carga Horária nas Urgências e Emergências - 480 h

Carga Horária na Atenção Básica- 816 h (480 horas no estágio de Medicina

de Família e Comunidade I e II + 336 horas na Atenção Básica distribuídas

em atividades dos estágios da 9a., 10a. e 12a. etapas em saúde do Adulto I e

II , Saúde da Criança I e II, Saúde da Mulher I e II e Saúde do Idoso e S.

Mental -4 horas/semana nas USFs no atendimento e 4 horas/semana em

Matriciamento de Especialidades nas USFs).

% da CH Atenção Básica + Urgências e Emergências no Internato = 45%.

Conteúdo Geral e Objetivos das Unidades Curriculares

1º SEMESTRE/ETAPA

Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

1.1. Introdução ao Estudo da

Medicina

A metodologia da Aprendizagem

Baseada em Problemas (ABP). A

Aprendizagem Baseada em

Problemas como ferramenta de

Autoaprendizagem. A

interdisciplinaridade como forma de

entendimento do homem e suas

relações com o meio ambiente em que

vive. Técnicas de estudo das células,

tecidos e órgãos. Os princípios e

diretrizes que regem o SUS. A

necessidade de políticas sociais como

mecanismo necessário para melhoria

dos indicadores de saúde e

estabelecimento de políticas de saúde.

Reconhecer a medicina e a

arte médica, considerando

os aspectos históricos,

pedagógicos,

epidemiológicos, culturais,

biopsicossociais e éticos.

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Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

A epidemiologia e o contexto histórico-

econômico, como instrumento de

entendimento e estabelecimento de

projetos de saúde comunitária. A

importância da ética e bioética nas

relações médico-paciente, médico

sociedade, cidadania, religião e saúde.

Os aspectos emocionais envolvidos na

prática médica e a importância do

autoconhecimento e a busca

constante da motivação para o

exercício profissional com qualidade.

As influências das relações sociais e

da estratificação da sociedade na

promoção e manutenção da saúde.

Introdução ao estudo da morfologia

macro e microscópicas, imagenologia

e processos patológicos.

1.2. Concepção e formação do

ser humano

A sexualidade, reprodução, fertilidade,

hereditariedade, e as formas de

concepção na modernidade. O

processo de fecundação, e as

transformações por que passa o

organismo da mulher para este

fenômeno e a gestação.

Embriogênese, os folhetos e anexos

embrionários, a membrana

placentária, o desenvolvimento fetal e

a teratogênese. Função da membrana

hematoplacentária descrevendo a

circulação fetal. As formas de

concepção, a dinâmica psicossocial da

gravidez, as influências culturais, a

formação do vínculo afetivo, o papel

moral e social da família. Políticas

Públicas relacionadas ao

Planejamento Familiar e ao Programa

de Pré-Natal. Aspectos éticos e legais

Reconhecer os fenômenos

biopsicossociais envolvidos

na concepção, gestação e

nascimento do ser humano.

Conhecer os aspectos

morfofuncionais do

aparelho reprodutor

masculino e feminino.

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78

Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

da interrupção da gestação. Aspectos

Morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo.

Observação de peças anatômicas e

modelos do aparelho genital feminino

e masculino, observação de lâminas

de mitose e meiose, observação de

modelos, lâminas peças anatômicas

com membranas fetais e placenta,

teste de gravidez, lâminas de hipófise,

testículo, ovário epidídimo, próstata,

útero, cérvix e vagina.

1.3. Metabolismo

As transformações dos alimentos no

tubo digestório. Anabolismo e

catabolismo, relacionado ao

armazenamento, produção de energia

e à estrutura corporal. As principais

fontes alimentares e sua composição.

Macro, micro e oligonutrientes e as

necessidades nutricionais do ser

humano. Os hábitos alimentares e a

influência sociocultural sobre eles.

Desnutrição, subnutrição e obesidade.

Vias metabólicas de síntese e

degradação dos nutrientes.

Substâncias envolvidas na regulação

dos processos metabólicos.

Adaptações metabólicas ao jejum. A

integração das vias metabólicas e os

mecanismos de regulação do

metabolismo. Aspectos

Morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo.

Observação de peças anatômicas e

modelos do aparelho digestório e

anexos, lâminas de estruturas

Compreender os

fenômenos envolvidos na

ingestão, digestão,

absorção e transporte dos

nutrientes, bem como sua

metabolização e excreção.

Conhecer os aspectos

morfofuncionais do

aparelho digestório

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Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

celulares, avaliação de atividade

enzimática (pâncreas), secreção biliar

e absorção de lipídeos, lâminas

histológicas da cavidade bucal e

glândulas anexas.

1.4. Habilidades Médicas 1

Conhecimento da Biblioteca e formas

de utilização dos recursos disponíveis,

conhecimento da informática médica

básica como acesso à Internet, home

pages, etc. , conhecimento de técnicas

de comunicação e atitudes de empatia

com os pacientes. Simulação de

situações cotidianas do IESC

utilizando jogos dramáticos, Técnicas

de entrevista e de abordagem do

paciente em visita domiciliar.

Propiciar melhor

aproveitamento dos

recursos disponíveis da

Biblioteca, conquistar

autonomia e eficiência na

utilização dos recursos.

Propiciar autonomia na

busca de informações via

Internet. Conhecer os níveis

de atenção à saúde,

aprender técnicas não

verbais e verbais de

comunicação. Desenvolver

espírito crítico relacionado

às habilidades de

comunicação.

1.5. IESC 1

Princípios, as propostas e as diretrizes

da Gestão Estadual do Sistema Único

de Saúde (SUS).

Implantação de um Programa de

Saúde da Família (PSF) (ibid).

Família como estratégia de mudança e

promoção à saúde.

Programa de Saúde da Família como

estratégia de mudança e promoção à

saúde.

Visitas domiciliárias como estratégia

de aproximação; práticas, valores e

conhecimentos de todas as pessoas

envolvidas no processo de produção

social da saúde.

Conhecer as propostas,

diretrizes do SUS,

identificar equipamentos de

referência e contra

referência das Unidades

Básicas de Saúde (UBS) e

das Unidades de Saúde da

Família (USF). (ibid).

Participar das atividades

propostas pelo PSF e pela

ESF.

Trabalhar em equipe,

planejando ações, com os

indivíduos da área

abrangida pela USF e ESF.

(ibid).

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80

2º SEMESTRE/ ETAPA

Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

2.1. Funções Biológicas Mecanismos de controle

neuroendócrino das funções orgânicas

envolvidas na manutenção do meio

interno. Papel do sistema

neuroendócrino no controle das

funções: respiratória, cardiovascular,

urinária, digestória, ritmo circadiano e

termo regulação. A influência ambiental

(altitude, temperatura, umidade relativa

do ar e outros) no equilíbrio do meio

interno. Mecanismos de comunicação

intra e intercelular para integração das

funções orgânicas. Mecanismos pelos

quais o ciclo circadiano e suas

alterações influenciam o meio interno. A

influência do estresse na homeostase.

Mecanismos de automatismo, ciclo

cardíaco e controle da Pressão Arterial,

assim como o controle da hemostasia

na manutenção da homeostase. O

papel dos rins na manutenção do

equilíbrio hidroeletrolítico. Função do

sistema renina, angiotensina,

aldosterona no controle da Pressão

Arterial. Mecanismo de controle do ciclo

respiratório, mecânica respiratória,

ventilação, perfusão, difusão e sistema

tampão na homeostase. Mecanismos de

funcionamento dos tampões biológicos

na manutenção do equilíbrio

acidobásico. A função renal na

manutenção do equilíbrio

hidroeletrolítico. Controles central e

periférico da temperatura. Mecanismos

de digestão, absorção, excreção.

Mecanismo de controle dos movimentos

peristálticos. Abordagem do indivíduo

Reconhecer o papel das

funções orgânicas na

promoção da

homeostase, frente às

variações do meio

interno e externo.

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81

em sua integralidade (social, biológico e

psicológico). Aspectos Morfofuncionais,

normais e patológicos, e

imagenológicos aplicados à temática do

módulo.

Observação da mecânica respiratória in

vivo, estudo em modelos do trato

digestório alto e caixa torácica,

histologia do pulmão, modelos de

difusão e transporte de gases, modelos

de fisiologia respiratória, histologia das

hemácias e capilares, farmacologia do

álcool e drogas adrenérgicas, histologia

do sistema urinário.

2.2. Mecanismos de Agressão e

Defesa

Os diversos tipos de agentes

agressores (físicos, químicos, biológicos

e psicossociais). Mecanismos de

agressão pelos agentes biológicos:

fungos, vírus, bactérias, protozoárias e

helmintos. Mecanismos de agressão

pelos agentes químicos. Mecanismos

de agressão pelos agentes físicos:

temperatura, radiações e trauma

mecânico. Mecanismos de agressão

psicossociais com ênfase em estresse,

doenças ocupacionais e

psicossomáticas. A influência dos

aspectos genéticos, nutricionais e

psicológicos nos sistemas de defesa do

organismo. O papel da imunidade inata

e adquirida no mecanismo de defesa.

Mecanismos de defesa específicos e

inespecíficos. Mecanismos da

inflamação aguda e crônica. Mecanismo

da resposta imune celular, humoral e o

desenvolvimento da memória

imunológica. Mecanismos envolvidos na

imunização ativa e passiva. As

imunodeficiências congênitas e

adquiridas. Os tipos de resposta de

Identificar as agressões

provocadas por agentes

físicos, químicos,

biológicos e

psicossociais e os

mecanismos de defesa

do organismo a estas

agressões.

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82

hipersensibilidade (Tipo I, II, III, IV) e

suas principais diferenças. Mecanismos

de lesão celular reversível e irreversível

e descrever os mecanismos de

reparação tecidual. A lesão celular e os

processos de adaptação e/ou morte

celular. Aspectos Morfofuncionais,

normais e patológicos, e

imagenológicos aplicados à temática do

módulo.

Imunologia e Histologia dos órgãos

linfoides, histopatologia da cicatrização.

Fagocitose alterações do leucograma,

testes bacteriológicos, virologia,

imunologia da dengue, leishmaniose,

malária, farmacologia da histamina e

anti-histaminas, histologia e

parasitologia e patologia a

xistossomoses

2.3. Abrangência das Ações em

Saúde

O sistema de saúde do Brasil – SUS:

suas origens, princípios e implantação.

Os níveis de atenção à saúde primário,

secundário e terciário. Sistema de

regulação médica, destacando os

mecanismos de referência e contra

referência de rotina e em caso de

urgência e emergência. O atendimento

prestado pelo SAMU e Resgate. O

funcionamento do Programa de Agentes

Comunitários em Saúde e o Programa

de Saúde da Família. Sistema

suplementar de Saúde do Brasil.

Princípios de cidadania e seus aspectos

sociais e legais, com ênfase na relação

médico- paciente e nos princípios da

ética médica. Os indicadores de saúde

e como são obtidos. Interpretar os

principais índices epidemiológicos

utilizados na prevenção e promoção da

saúde. A atuação da vigilância

Reconhecer o Sistema

de Saúde do Brasil -

SUS e como este

promove a saúde

coletiva e a melhoria da

qualidade de vida da

população

Page 84: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

83

epidemiológica e da vigilância sanitária.

Importância da notificação compulsória

de doenças nos estudos

epidemiológicos. Aspectos

Morfofuncionais, normais e patológicos,

e imagenológicos aplicados à temática

do módulo.

Conhecimento das funções de uma

Unidade Básica de Saúde, Hospital

Secundário e Secretaria Municipal de

Saúde.

2.4.

Habilidades Médicas 2

No exercício de sua profissão, a atitude

e postura individual médica, com senso

crítico, ético, humanístico e psicológico.

Relacionamento médico com todos os

outros profissionais envolvidos,

contribuindo para uma melhor

repercussão da relação médico-

paciente. Técnicas em comunicação

semiologia, procedimentos médicos e

exames laboratoriais necessários na

atenção primária, secundária e terciária

nos diferentes locais de atuação no

curso de Medicina. Destrezas,

habilidades de comunicação e raciocínio

crítico, busca, seleção e utilização de

informações pertinentes a qualquer

assunto médico. A comunicação social,

técnicas necessárias para atender e

informar e se relacionar com as diversas

equipes envolvidas no atendimento ao

doente, seus familiares e comunidade,

tendo sempre como meta uma visão

integral à saúde sempre com uma

ênfase multiprofissional. Acesso às

informações médicas relevantes,

através do computador em sites

específicos, entendê-las através da

capacidade de leitura (na maior parte

em língua inglesa) e de uma visão

Incutir, durante a

formação médica,

conceitos perenes de

um atendimento

multiprofissional com

ênfase no

relacionamento médico-

paciente, numa

abordagem eficiente de

anamnese e exame

físico adequados.

Entender, informar e

educar os pacientes,

familiares e

comunidades, em

relação à promoção de

saúde, prevenção,

tratamento e

reabilitação das

doenças, usando

técnicas adequadas de

comunicação.

Compreender as

reações dos pacientes e

familiares sabendo

também administrar

suas próprias emoções

frente o paciente e sua

doença. Desenvolver a

Page 85: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

84

crítica baseada em conhecimentos de

epidemiologia básica e clínica (Medicina

Baseada em Evidências).

capacidade de trabalho

e interação com equipes

multidisciplinares e

intersetoriais de

profissionais de saúde.

Situações especiais

serão mais bem

enfatizadas:- Situações

de violência - Terapia

paliativa e terminal -

Comunicação de más

notícias - Maus-tratos

familiares - Tendências

suicidas - Destrezas

que assegurem

dignidade e direitos do

paciente - Manejo de

pacientes de alto risco -

Pacientes agressivos -

Ética do cotidiano -

Relações da equipe de

saúde - Educação de

pacientes.

2.5. IESC II

Acolhimento na UBS (ibid) - papel de

cada profissional no acolhimento dos

usuários na UBS.

Sistema de referência e contra

referência de hipertensos e diabéticos

com complicações crônicas ou agudas.

Programas governamentais voltadas

para hipertensão arterial e sua eficiência

no controle das patologias.

Planejar e desenvolver

as atividades de

intervenção na

comunidade propostas

na etapa anterior.

Descrever o processo e

o papel de cada

profissional no

acolhimento dos

usuários na UBS.

Definir os critérios de

diagnóstico de

hipertensão e diabetes

e as formas de

encaminhamento na

UBS (sistema de

Referência e Contra

Page 86: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

85

referência).

Planejar e organizar a

reunião com usuários

da UBS hipertensos e

diabéticos

DESEMPENHOS A SEREM ATINGIDOS AO FINAL DOS 10 e 20 Semestres:

Conhecimentos:

Descrever a formação do médico e o trabalho em saúde no Brasil na atualidade;

Descrever as Diretrizes Curriculares Nacionais atuais do Curso de Graduação em Medicina do

Conselho Nacional de Educação e as políticas para a formação médica no Brasil;

Descrever as diferentes possibilidades para a atuação do profissional médico;

Descrever as principais áreas de conhecimento das ciências biológicas e seus métodos de

estudo;

Descrever o significado de ser médico na sociedade brasileira;

Analisar os itens da declaração dos direitos humanos referentes ao contexto da saúde e da

doença;

Descrever os fundamentos do processo de ensino-aprendizagem na formação do médico;

Utilizar com os critérios de confiabilidade as fontes bibliográficas;

Distinguir Ciência dos demais saberes, especialmente o conhecimento popular, a religião e a arte;

Descrever os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS);

Descrever os princípios de organização da Estratégia de Saúde da Família;

Descrever o conceito de território e sua importância para o funcionamento da Estratégia de

Saúde da Família;

Descrever o conceito de equipe de saúde na lógica da atuação multidisciplinar e multiprofissional

Descrever a distinção entre ética profissional e bioética e seus princípios;

Conceituar promoção à saúde da família;

Conceituar e definir cuidado à saúde;

Explicar as técnicas de comunicação verbal e não verbal;

Citar os princípios básicos das práticas laboratoriais;

Descrever os princípios de segurança biológica em laboratórios, serviços de obtenção de

imagem, biotérios e ambiente domiciliar e hospitalar;

Explicar os princípios de prevenção das infecções em serviços de saúde;

Descrever o microscópio óptico e seus princípios de funcionamento;

Descrever os fundamentos da Biologia Geral, Celular e Molecular: as macromoléculas, a

organização, a diferenciação, o metabolismo e a fisiologia da célula;

Citar os conceitos básicos da Bioquímica e Fisiologia, aplicados aos fenômenos moleculares

fundamentais para a compreensão dos aspectos fisiológicos;

Citar os conceitos básicos da Bioquímica e Fisiologia, aplicados à investigação científica em

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86

ciências da saúde, assim como a análise da Bioquímica celular e do metabolismo;

Explicar os principais ciclos metabólicos

Descrever os componentes celulares e explicar suas funções;

Descrever e explicar a gametogênese;

Descrever os tecidos fundamentais;

Descrever os planos, eixos corporais e a posição anatômica;

Descrever o desenvolvimento embrionário e pós-natal e os aspectos morfológicos (macro e

micro) e funcionais do sistema locomotor (osteoarticular e muscular) e tegumentar;

Descrever os fundamentos de Genética Médica relacionados à transmissão de caracteres

hereditários, doenças geneticamente determinadas e a orientação Genética;

Descrever resumidamente os aspectos fisiológicos relacionados aos fundamentos de

hemodinâmica e suas aplicações na fisiologia da pressão arterial, os parâmetros de normalidade

e sua importância na prática médica;

Descrever a aferição das principais medidas antropométricas, os valores de normalidade e a

importância na prática médica;

Explicar o índice de massa corporal (IMC), seus valores de normalidade e a importância na

prática médica;

Explicar os princípios biofísicos na obtenção de imagens diagnósticas;

Conceituar antissepsia e assepsia;

Explicar os fundamentos das técnicas de curativos;

Descrever os procedimentos de sondagem;

Descrever as técnicas de coleta de exames simples;

Citar as atividades da atenção primária à saúde, realizadas no Distrito Geo-Politico-Educacional

sob a responsabilidade da Instituição com ênfase nas ações preventivas;

Descrever as políticas prioritárias do SUS;

Participar das ações educativas direcionadas a promoção de saúde da população;

Descrever os fundamentos, a organização e as práticas vinculadas aos programas do Ministério

da Saúde (MS) destinados ao cuidado dos enfermos portadores de hipertensão arterial sistêmica,

Diabete mellitus, tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e AIDS;

Analisar os fundamentos da psicologia aplicada à medicina, aspectos históricos e características

específicas;

Discutir a experiência do trabalho profissional da saúde;

Identificar os requisitos ético-políticos no contexto da saúde/doença;

Descrever as etapas do desenvolvimento de projetos compartilhados de saúde coletiva dentro de

áreas temáticas;

Integrar os conteúdos desenvolvidos durante o 1° e 2° períodos do curso ao desenvolver

apresentações sobre temas abrangentes

Descrever as bases do conhecimento científico;

Conceituar Método Científico;

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87

Citar os conceitos básicos de ética em pesquisa em seres humanos;

Citar os fundamentos éticos da Ciência;

Descrever as etapas de um projeto de pesquisa;

Citar os fundamentos da relação médico-paciente;

Citar as principais questões éticas na relação médico-paciente

Conceituar semiologia e propedêutica médicas;

Conceituar, descrever e citar os fundamentos e a importância da anamnese na prática médica;

Descrever a técnica de coleta de anamnese;

Descrever os passos da realização da anamnese;

Descrever a técnica e a importância de realização da anamnese, abordando a identificação, a

queixa principal, a história familiar, a história fisiológica, a história da doença atual, a história

patológica pregressa e social;

Descrever a técnica de realização do exame físico geral e específico com ênfase no exame

neurológico, dos membros e do tórax;

Descrever o desenvolvimento embrionário e pós-natal e os aspectos morfológicos (macro e

micro) e os aspectos bioquímicos, biofísicos e funcionais dos sistemas nervoso, respiratório,

cardiovascular e hematopoiético (baço, sangue, hematopoiese e coagulação);

Citar os princípios de realização da gota espessa e da distensão sanguínea;

Descrever a composição e funções dos componentes do meio interno e os mecanismos

homeostáticos, os princípios que regem a homeostasia e a regulação do equilíbrio

hidroeletrolítico e acidobásico;

Explicar a integração metabólica entre diferentes tecidos e órgãos, assim como, as alterações

metabólicas decorrentes de erros inatos do metabolismo abordados sob o aspecto clinico-

laboratorial;

Descrever os fundamentos da Genética Médica relacionados aos defeitos congênitos e erros

inatos do metabolismo incluindo a semiologia específica;

Descrever a técnica cirúrgica de pequenos procedimentos cirúrgicos;

Conceituar e enumerar situações críticas de vítimas;

Descrever o ABCDE da vida (A - vias aéreas e coluna cervical; B - respiração e ventilação; C -

controle de hemorragia; D - alterações neurológicas; E - Exame Físico);

Descrever as medidas básicas de reanimação, suporte de vida e primeiros socorros;

Descrever a interação entre o ser humano suscetível e os fatores de risco de causas externas;

Descrever os mecanismos de prevenção da morbimortalidade decorrentes de causas externas;

Citar os principais riscos aos quais está exposto o profissional da saúde;

Conceituar biossegurança e citar os princípios básicos da biossegurança;

Descrever a precaução-padrão;

Enumerar os equipamentos de proteção individual (EPI) para proteção do profissional da saúde;

Citar os fundamentos do descarte de material biológico;

Citar os parâmetros de normalidade dos sinais vitais e sua aplicação na prática clínica;

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88

Descrever os sinais clínicos de obstrução das vias aéreas superiores, de parada

cardiorrespiratória, de choque e de fraturas;

Descrever a interferência das reações emocionais no planejamento e execução do atendimento

pré-hospitalar;

Citar a indicação e os fundamentos das técnicas de manutenção da privacidade das vias aéreas

superiores, imobilização da coluna vertebral e membros, contenção de hemorragias, aplicação de

Escala de Glasgow, imobilização e transporte de feridos e reanimação cardiopulmonar;

Citar as principais técnicas de processamento e dosagem de marcadores bioquímicos em

amostras de sangue e urina;

Descrever a organização geral do sistema imunológico, suas células, tecidos e órgãos, assim

como seus princípios de funcionamento;

Citar os fundamentos da resposta imunológica;

Diferenciar imunidade inata da imunidade adquirida;

Diferenciar resposta imune humoral de resposta imune celular;

Descrever a Interação microrganismo-hospedeiro: visão ecológica do sistema imunológico;

Descrever as bases moleculares da interação microrganismo-hospedeiro;

Descrever os mecanismos imunológicos das reações de hipersensibilidade e alergias;

Descrever os mecanismos imunológicos da reação de hipersensibilidade e imunidade frente a

tumores e transplantes;

Descrever os mecanismos associados às imunodeficiências, assim como suas principais causas;

Citar os princípios e fundamentos dos testes e exames imunológicos;

Citar a profilaxia antitetânica, antirrábica e de infecções mais frequentes;

Descrever o Programa Nacional de Imunização, identificando as principais vacinas para aplicação

nas crianças, adolescentes, adultos e idosos, suas indicações e contraindicações;

Habilidades

Lidar com os fundamentos básicos do pensamento científico e crítico;

Compreender e aplicar o processo de elaboração de hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações em diferentes meios;

Realizar de forma sistemática a pesquisa bibliográfica;

Realizar a consulta à bibliografia em diferentes cenários: laboratório de informática, biblioteca

central, acesso aos periódicos e à internet;

Observar e descrever situações de saúde;

Comunicar-se com pessoas de diferentes microculturas;

Desenvolver projetos de promoção à saúde de interesse da comunidade e em cooperação com

a equipe de Saúde da Família;

Realizar investigação das necessidades de saúde da comunidade;

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Desenvolver habilidades de comunicação;

Acompanhar famílias escolhidas na comunidade;

Aplicar as técnicas de entrevista, utilizando-se da comunicação verbal e não verbal;

Comunicar-se, adequadamente, com as famílias escolhidas na comunidade;

Desenvolver ações dirigidas às modificações de hábitos de vida, baseados em evidências

científicas, respeitando a diversidade sócio-histórico-cultural de cada individuo ou comunidade,

a fim de evitar agravos à saúde;

Utilizar materiais e equipamentos dentro das normas de segurança biológica;

Identificar a posição anatômica;

Identificar na peça anatômica os planos e eixos;

Analisar imagens radiológicas (posição, incidências, penetração);

Identificar em peças anatômicas e imagens a topografia dos sistemas locomotor e tegumentar;

Manipular adequadamente o microscópio óptico, lâminas e peças anatômicas;

Preparar lâminas simples de amostras biológicas humanas (pele, músculo e osso) e realizar a

coloração para a análise em microscópio óptico;

Identificar os tecidos fundamentais em lâminas histológicas: tecido epitelial, conjuntivo,

muscular e nervoso;

Identificar os tecidos muscular esquelético, ósseo e tegumentar em lâminas histológicas,

observando suas características microscópicas e relacionando-as às aplicações funcionais;

Verificar a pressão arterial e os sinais vitais;

Verificar as medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico, torácico e

abdominal;

Calcular e analisar o Índice de Massa Corporal (IMC);

Realizar punção venosa periférica e injeções;

Preparar e administrar medicamentos pelas diferentes vias;

Utilizar grafia legível para o preenchimento de protocolos e documentos;

Realizar as técnicas básicas de assepsia e antissepsia (equipe, paciente e ambiente);

Realizar curativos simples, sondagens e coleta de exames simples;

Desenvolver projetos de promoção à saúde de interesse da comunidade e em cooperação com

a equipe, voltados às ações dos programas do MS;

Participar de projetos compartilhados de saúde coletiva dentro de áreas temáticas;

Realizar as funções equivalentes ao do agente de saúde e acompanhar o agente comunitário

visitando domicílios, atuando como observador, educador e promotor da saúde;

Comunicar-se, adequadamente, com as famílias escolhidas na comunidade;

Informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relação à promoção da saúde e

prevenção das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação;

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração

de hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

Page 91: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

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objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações em diferentes meios e realizar de forma

sistemática a pesquisa bibliográfica em diferentes cenários: laboratório de informática,

biblioteca central, acesso aos periódicos e à internet;

Realizar a busca de informação para escrever um projeto de pesquisa

Comunicar-se com pessoas de diferentes microculturas

Desenvolver apresentações sobre temas abrangentes;

Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e futuro

profissional de saúde;

Identificar em peças anatômicas e imagens a topografia e descrever os sistemas nervoso,

cardiovascular e respiratório, relacionando-as às aplicações funcionais;

Identificar os tecidos dos sistemas nervoso, cardiovascular, respiratório e hematopoiético em

lâminas histológicas, observando suas características microscópicas e relacionando-as às

aplicações funcionais;

Realizar leitura de gota espessa e distensão sanguínea;

Agir em consonância com os princípios básicos de biossegurança;

Utilizar adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPI) para proteção do

profissional da saúde;

Descartar adequadamente o material biológico;

Identificar vítima em situação crítica;

Realizar os procedimentos do ABCDE da vida;

Aferir os sinais vitais;

Realizar pequenos procedimentos cirúrgicos;

Realizar a palpação dos pulsos arteriais centrais e periféricos, a verificação do fluxo e da

frequência respiratória, a verificação da temperatura e identificar a parada cardiorrespiratória;

Proceder as manobras de reanimação cardiorrespiratória;

Indicar e realizar as técnicas de manutenção da perviedade das vias aéreas superiores,

imobilização da coluna vertebral e membros, contenção de hemorragias, aplicação da Escala

de Glasgow, imobilização e transporte de feridos e reanimação cardiorrespiratória;

Identificar a interferência das reações emocionais no atendimento pré-hospitalar;

Gerenciar as emoções intrínsecas e extrínsecas no cenário do trauma;

Garantir a sua segurança, a da equipe de atendimento pré-hospitalar e às vítimas no cenário do

trauma;

Garantir os princípios éticos relacionados ao atendimento pré-hospitalar;

Realizar exame das feridas e técnicas de curativo;

Realizar a abordagem inicial das feridas;

Realizar curativos de feridas limpas e infectadas a partir do desenvolvimento de técnica

asséptica e reconhecendo a indicação das diferentes soluções;

Realizar a anamnese, abordando a identificação, a queixa principal, a história familiar, a história

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fisiológica, a história da doença atual, a história patológica pregressa e social;

Realizar exame físico, com ênfase na ectoscopia, exame neurológico, exame da cabeça , do

pescoço e tórax;

Verificar a pressão arterial, as medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico,

torácico e abdominal e calcular e analisar o Índice de Massa Corpórea (IMC);

Atitudes

Lidar com os fundamentos básicos do pensamento científico e crítico;

Compreender e aplicar o processo de elaboração de hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações em diferentes meios;

Realizar de forma sistemática a pesquisa bibliográfica;

Realizar a consulta à bibliografia em diferentes cenários: laboratório de informática, biblioteca

central, acesso aos periódicos e à internet;

Observar e descrever situações de saúde;

Realizar investigação das necessidades de saúde da comunidade;

Desenvolver habilidades de comunicação;

Aplicar as técnicas de entrevista, utilizando-se da comunicação verbal e não verbal;

Comunicar-se, adequadamente, com as famílias escolhidas na comunidade;

Desenvolver ações dirigidas às modificações de hábitos de vida, baseados em evidências

científicas, respeitando a diversidade sócio-histórico-cultural de cada individuo ou comunidade, a

fim de evitar agravos à saúde;

Utilizar materiais e equipamentos dentro das normas de segurança biológica;

Identificar a posição anatômica;

Identificar na peça anatômica os planos e eixos;

Analisar imagens radiológicas (posição, incidências, penetração);

Identificar em peças anatômicas e imagens a topografia dos sistemas locomotor e tegumentar;

Manipular adequadamente o microscópio óptico, lâminas e peças anatômicas;

Identificar os tecidos fundamentais em lâminas histológicas: tecido epitelial, conjuntivo, muscular

e nervoso;

Identificar os tecidos muscular esquelético, ósseo e tegumentar em lâminas histológicas,

observando suas características microscópicas e relacionando-as às aplicações funcionais;

Verificar a pressão arterial e os sinais vitais;

Verificar as medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico, torácico e

abdominal, calcular e analisar o Índice de Massa Corporal (IMC);

Preparar e administrar medicamentos pelas diferentes vias;

Realizar as técnicas básicas de assepsia e antissepsia (equipe, paciente e ambiente);

Realizar curativos simples, sondagens e coleta de exames simples;

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Participar de projetos compartilhados de saúde coletiva dentro de áreas temáticas;

Realizar as funções equivalentes ao do agente de saúde e acompanhar o agente comunitário

visitando domicílios, atuando como observador, educador e promotor da saúde;

Aplicar as técnicas de entrevista, utilizando-se da comunicação verbal e não verbal;

Comunicar-se, adequadamente, com as famílias escolhidas na comunidade;

Informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relação à promoção da saúde e

prevenção das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação;

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração de

hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações em diferentes meios e realizar de forma

sistemática a pesquisa bibliográfica em diferentes cenários: laboratório de informática, biblioteca

central, acesso aos periódicos e à internet;

Realizar a busca de informação para escrever um projeto de pesquisa;

Desenvolver apresentações sobre temas abrangentes;

Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e futuro

profissional de saúde;

Identificar em peças anatômicas e imagens a topografia e descrever os sistemas nervoso,

cardiovascular e respiratório, relacionando-as às aplicações funcionais;

Identificar os tecidos dos sistemas nervoso, cardiovascular, respiratório e hematopoiético em

lâminas histológicas, observando suas características microscópicas e relacionando-as às

aplicações funcionais;

Realizar leitura de gota espessa e distensão sanguínea;

Agir em consonância com os princípios básicos de biossegurança;

Utilizar adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPI) para proteção do

profissional da saúde;

Descartar adequadamente o material biológico;

Identificar vítima em situação crítica;

Realizar os procedimentos do ABCDE da vida;

Aferir os sinais vitais;

Realizar pequenos procedimentos cirúrgicos;

Realizar a palpação dos pulsos arteriais centrais e periféricos, a verificação do fluxo e da

frequência respiratória, a verificação da temperatura e identificar a parada cardiorrespiratória;

Proceder as manobras de reanimação cardiorrespiratória;

Indicar e realizar as técnicas de manutenção da perviedade das vias aéreas superiores,

imobilização da coluna vertebral e membros, contenção de hemorragias, aplicação da Escala de

Glasgow, imobilização e transporte de feridos e reanimação cardiorrespiratória;

Identificar a interferência das reações emocionais no atendimento pre-hospitalar;

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93

Gerenciar as emoções intrínsecas e extrínsecas no cenário do trauma;

Garantir a sua segurança, a da equipe de atendimento pré-hospitalar e às vítimas no cenário do

trauma;

Garantir os princípios éticos relacionados ao atendimento pré-hospitalar;

Realizar exame das feridas e técnicas de curativo;

Realizar a abordagem inicial das feridas;

Realizar curativos de feridas limpas e infectadas a partir do desenvolvimento de técnica

asséptica e reconhecendo a indicação das diferentes soluções;

Realizar a anamnese, abordando a identificação, a queixa principal, a história familiar, a história

fisiológica, a história da doença atual, a história patológica pregressa e social;

Realizar exame físico, com ênfase na ectoscopia, exame neurológico, exame da cabeça , do

pescoço e tórax;

Verificar a pressão arterial, as medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico,

torácico e abdominal e calcular e analisar o Índice de Massa Corpórea (IMC);

3º SEMESTRE /ETAPA

Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

3.1. Nascimento,

crescimento e

desenvolvimento

Padrões de crescimento normal, assim

como suas alterações

(desnutrição/obesidade) e as principais

causas de mortalidade infantil em nosso

meio. Importância e utilidade da

monitorização do crescimento por meio

de curvas pôndero-estaturais. Utilidade

da aplicação dos programas de vigilância

nutricional do Ministério da Saúde

(SISVAN). Importância global do

aleitamento materno para o crescimento

e o desenvolvimento do ser humano,

principalmente em relação à prevenção

de doenças, ou seja, sua contribuição no

desenvolvimento da imunidade.

Principais carências nutricionais e suas

manifestações na infância. Importância

dos aspectos ambientais e do

saneamento básico na gênese das

doenças. Aspectos Morfofuncionais,

normais e patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo.

Identificar as importantes

transformações orgânicas

que ocorrem no indivíduo,

reconhecendo as

particularidades

biopsicossociais e

correlacionando-as ao

crescimento e

desenvolvimento do ser

humano, desde o

nascimento até a

adolescência.

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94

3.2. Percepção, consciência

e emoção

O processo de desenvolvimento do

sistema nervoso e as regiões do

encéfalo. Consciente e inconsciente e as

áreas encefálicas responsáveis por essas

propriedades. Vias sensitivas

responsáveis pelo tato, olfato, paladar,

visão, audição e os mecanismos de

interpretação destes sentidos.

Mecanismo de sono e vigília. Mecanismo

de aprendizagem e memória. O sistema

límbico e suas funções. As fases do

desenvolvimento da personalidade

relacionando às influências familiares,

sociais e genéticas. Inteligência

emocional. Os receptores e os

mecanismos responsáveis pela

propriocepção, o equilíbrio e a dor. As

escalas de avaliação dos níveis de

consciência relacionadas ao trauma, à

sedação, aos aspectos psicológicos e à

função cognitiva. Dados epidemiológicos

relacionados aos distúrbios sensoriais. O

estresse como causa e consequência de

distúrbios sensoriais. Doenças

psicossomáticas e relacioná-las aos

distúrbios sensoriais. As bases

farmacológicas das interações

medicamentosas, drogas de abuso,

anestésicos e psicotrópicos, como

agentes que interferem nos níveis de

consciência e percepção, podendo gerar

alterações de ordem emocional. Aspectos

Morfofuncionais, normais e patológicos, e

imagenológicos aplicados à temática do

módulo.

Caracterizar o

desenvolvimento dos

mecanismos de percepção,

da consciência e da

emoção, bem como as

reações psíquicas e

comportamentais que

levam a integração do

organismo e deste com o

meio externo.

3.3. Processo de

Envelhecimento

Processos patológicos múltiplos e

concomitantes que afetam o idoso.

Causas de adoecimento mais comuns

nos idosos. As doenças que ocorrem

exclusivamente na população idosa.

Reconhecer e discutir os

princípios básicos da

assistência ao idoso.

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95

Doenças que acometem outras faixas

etárias e que nos idosos apresentam

manifestações não habituais. Importância

da humanização do atendimento à

população idosa e suas particularidades.

Particularidades das necessidades

nutricionais na população idosa.

Importância da abordagem

multiprofissional no paciente idoso.

Políticas públicas que privilegiam a

população idosa, bem como a legislação

relacionada a esta população. Aspectos

Morfofuncionais, normais e patológicos, e

imagenológicos aplicada à temática do

módulo.

3.4. Habilidades 3

Exames durante a gravidez e manejo do

parto normal. Treinamento em exame

neonatal. Prática em fazer e avaliar

preparados de secreção vaginal e urina.

Fornecimento de informações e

aconselhamento. Prática de contato com

crianças em idade escolar.

Exame da audição e senso de equilíbrio,

movimentos oculares, campos de visão,

nervos cranianos. Estrutura da consulta

médica

Exame do Quadril e joelho. Prática

repetida de técnicas de enfaixamento.

Simulação de “emergência aguda”.

Intervenção em uma crise.

Capacidade realizar o

exame ginecológico.

Capacidade de auxiliar no

parto e no período pós-

natal, incluindo o exame do

recém-nascido.

Capacidade de fazer e

avaliar exames de urina e

secreção vaginal.

Princípios para o

fornecimento de informação

e aconselhamento.

Capacidade de examinar

sistematicamente o olho,

ouvido e os nervos

auditivos e cranianos.

Capacidade de distinguir as

etapas de uma consulta

médica.

Capacidade de examinar o

quadril e o joelho.

Capacidade de aplicar

todas as técnicas de

enfaixamento.

Page 97: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

96

Capacidade de se

apresentar a um paciente.

3.5. IESC III

Monitoramento do crescimento infantil

para a promoção e manutenção da

saúde, através do uso das tabelas de

curva de crescimento.

Programas do ministério da saúde/SUS

relacionados à atenção à saúde da

criança e do adolescente, bem como à

saúde perinatal.

Programas de imunização disponíveis

para prevenção de doenças

infectocontagiosas, e o calendário oficial

de vacinas.

Programas de atenção à saúde do idoso

e campanhas de vacinação dos idosos

Resgatar as visitas

domiciliárias antigas e

fortalecer vínculos com

suas famílias

acompanhadas.

Realizar atividades

respeitando os programas

do ministério da saúde/SUS

relacionados à atenção à

saúde da criança e do

adolescente. Acompanhar

a consulta pediátrica,

avaliando a

criança/adolescente com

base no desenvolvimento

neuropsicomotor esperado

para cada faixa etária, bem

como o fluxograma deste

usuário na UBS.

Planejar e desenvolver

atividades de avaliação da

acuidade visual da

população (Tabela de

Snellen).

4º SEMESTRE/ ETAPA

Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

4.1. Proliferação Celular O ciclo celular normal e seus

mecanismos de controle. Causas

de alterações do controle do

ciclo celular (patogenia das

neoplasias) e as formas naturais

de defesa e falha deste

mecanismo no estabelecimento

de neoplasias. As neoplasias

mais prevalentes, a prevenção,

diagnóstico, tratamento e

Descrever o ciclo celular

normal e seus pontos de

controle, suas alterações,

o seu significado na

formação de neoplasias

e as consequências

desta doença para o ser

humano.

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97

prognóstico. Alterações celulares

com as alterações nas funções

dos órgãos envolvidos. Sinais e

sintomas das neoplasias

correlacionando-os com o

aparecimento e evolução da

doença. Alterações psicossociais

que envolvem o paciente com

neoplasia, os familiares e

cuidadores. Principais métodos e

avanços no tratamento e

prevenção das neoplasias. O

estadiamento dos tumores e a

importância do conhecimento do

mesmo para o tratamento e

prognóstico. Aspectos

Morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo.

4.2. Saúde da Mulher, Sexualidade

Humana e Planejamento Familiar

Modificações fisiológicas do

organismo feminino desde a

infância até a senilidade,

observando os aspectos social,

econômico, intelectual e

psicológico da mulher na

diferentes fases da vida. O ciclo

menstrual e análise de suas

alterações. Patologias

ginecológicas mais prevalentes e

os programas de prevenção. A

fisiologia da gravidez e as

patologias obstétricas mais

prevalentes. O trabalho de parto,

seu mecanismo, complicações e

indicações. Climatério,

menopausa e terapia hormonal.

Lactação e o aleitamento

materno. Aspectos psicológicos

envolvidos desde a adolescência

até a fase pós-menopausa.

Caracterizar as

modificações fisiológicas

e as principais alterações

que possam ocorrer no

organismo feminino, da

infância ao climatério,

incluindo o estado

gravídico e puerperal.

Page 99: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

98

Aspectos Morfofuncionais,

normais e patológicos, e

imagenológicos aplicados à

temática do módulo.

4.3. Doenças Resultantes da

Agressão ao Meio Ambiente

Epidemiologia das intoxicações

exógenas (metais pesados,

solventes orgânicos,

medicamentos, radiações,

venenos animais, venenos

vegetais). Epidemiologia de

doenças infecciosas e

parasitárias associadas a ações

ambientais (desmatamento,

esgoto, resíduos hospitalares).

Fisiopatologia das doenças

infecciosas e parasitárias

associadas a ações ambientais e

discussão do diagnóstico

diferencial. Fisiopatologia das

intoxicações exógenas e

discussão do diagnóstico

diferencial. Tipos de poluição

ambiental e os principais

agentes poluidores. Legislações

e políticas ambientais e de

saneamento básico. Papel dos

órgãos governamentais nas

vigilâncias epidemiológica,

sanitária e da saúde do

trabalhador. Importância do

manejo de resíduos orgânicos,

industriais e hospitalares e da

reciclagem. Legislação sobre

saúde do trabalhador. Prevenção

de doenças e intoxicações

exógenas. Legislações ou

normas sobre medicamentos,

receituário médico e

comercialização em farmácias.

Avaliação ambiental de agentes

Reconhecer o impacto

ambiental da atividade

humana e sua influência

na etiologia das doenças.

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99

físicos e químicos. Aspectos

Morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo.

4.4. Habilidades 4 Exame do desenvolvimento

anormal da gravidez,

apresentações anormais, e

falhas na rotação interna. Exame

do recém-nascido. Exame

microscópico de secreção

vaginal. Discussão e prática do

como conversar com os

pacientes sobre temas difíceis

como a sexualidade. Noções de

políticas de planejamento

familiar.

Capacidade de

diagnosticar posições

anormais, conduzir o

parto, caso as nádegas

do bebê apareçam

primeiro e haja falha na

rotação interna, bem

como examinar o recém-

nascido. Verificação da

genitália externa

masculina.

Capacidade de realizar

uma inspeção

microscópica da

secreção vaginal.

Capacidade de conversar

com as pacientes sobre

sexualidade. Conhecer o

Programa de

Planejamento Familiar de

Manaus

4.5. IESC IV

Programas de combate ao

câncer

Programa de Saúde da Mulher,

Referências e Contra

referências.

Patologias ginecológicas e

obstétricas mais prevalentes na

área de abrangência.

Prevenção de Câncer

Ginecológico (colo uterino e

mama), pré-natal, climatério e

planejamento familiar.

Programas de proteção

ambiental, riscos de

contaminação ambiental.

Identificar as neoplasias

prevalentes na área de

abrangência da UBS e

acompanhar pacientes

com Câncer

Identificar as Referências

da UBS para pacientes

com câncer.

Desenvolver as

atividades de Prevenção

de Câncer Ginecológico

(colo uterino e mama),

pré-natal, climatério e

planejamento familiar.

Identificar as parasitoses

Page 101: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

100

Saneamento básico, parasitoses,

e controle de vetores e roedores.

mais prevalentes na área

da UBS (ibid)

Avaliar as condições de

saneamento básico e o

controle de vetores e

roedores na região da

UBS(ibid).

DESEMPENHOS A SEREM ATINGIDOS AO FINAL DO 30 e 40 Semestres:

Conhecimentos

Descrever o desenvolvimento embrionário e pós-natal e os aspectos morfológicos (macro e

micro) e funcionais do sistema reprodutor masculino e feminino (incluindo concepção, gestação,

parto e puerpério), aparelho urinário e imunológico;

Descrever as características bioquímicas e as ações fisiológicas dos hormônios sexuais

masculinos e femininos, destacando seus mecanismos de regulação;

Descrever a fisiologia do ciclo menstrual feminino e as estratégias de anticoncepção;

Descrever o desenvolvimento e os aspectos morfológicos (macro e micro) da mama, a fisiologia

da amamentação e a composição do leite humano;

Descrever as consequências para o feto das entidades nosológicas de maior prevalência

apresentadas pela mãe na gestação e parto;

Descrever as alterações geneticamente determinadas prevalentes na população que podem ser

diagnosticadas na gestação e período neonatal imediato;

Citar a indicação, técnica de coleta e exames que fazem parte da triagem neonatal obrigatória;

Descrever a fisiopatologia da isoimunização Rh e suas possíveis repercussões sobre o feto;

Descrever as funções e mecanismos básicos de reprodução, adaptação, envelhecimento, lesão,

renovação, reparação, regeneração, cicatrização, fibrose, apoptose e morte celular;

Descrever os processos patológicos gerais: degenerações, necroses, inflamação, alterações

circulatórias e alterações do crescimento celular;

Descrever os fundamentos fisiopatológicos, à luz dos processos patológicos gerais (inflamação

aguda e crônica, processos degenerativos, neoplásicos), envolvendo os sistemas genitourinário

e imunológico;

Citar os fundamentos e o funcionamento dos Sistemas de Informação em Saúde do Brasil;

Citar os fundamentos técnicos e a operacionalização dos sistemas de vigilância epidemiológica

e sanitária no Brasil;

Citar as bases da Epidemiologia, os conceitos, métodos e aplicações à prática médica nos

diferentes níveis de gestão;

Explicar os conceitos de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo

negativo para solicitação de exames complementares;

Explicar como se calculam as taxas de mortalidade e morbidade e sua importância na prática

Page 102: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

101

médica;

Diferenciar endemias, surtos e epidemias;

Citar os fundamentos e as aplicações da Bioestatística na prática médica; Descrever a relação

entre saúde e sociedade na perspectiva da atenção à saúde da mulher utilizando referencial da

sociologia e antropologia nos campos da doença e da Medicina;

Descrever os programas do MS para saúde integral da mulher;

Citar as principais condições de urgência e emergência em Ginecologia e Obstetrícia;

Conceituar risco em Obstetrícia, identificando o pré-natal de alto e de baixo risco;

Citar as possíveis complicações que indicam a referência da gestante à pré-natal de risco;

Descrever o programa de acompanhamento de gestação de baixo risco do MS;

Descrever os fundamentos teóricos e os mecanismos anátomo-fisiológicos da fecundação;

Descrever a fisiologia da gestação;

Citar as alterações próprias da gestação em suas diferentes fases e as diferenciar das

anormalidades;

Citar os aspectos psicossociais associados à gestação;

Citar os princípios de anamnese e exame físico na gestante;

Descrever a rotina laboratorial e de exames complementares do pré-natal de baixo risco;

Descrever os protocolos de imunização na gestante;

Citar as contraindicações ao uso de fármacos na gestação e puerpério e os efeitos dos

principais fármacos de uso clínico sobre a gestante e o feto;

Citar as diretrizes para prevenção da transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV)

na gestação, as diretrizes para prevenção da sífilis congênita;

Citar as possíveis repercussões sobre o feto da isoimunização Rh; Conceituar e citar as

indicações do Diagnóstico Pré-Natal;

Descrever a fisiologia da lactação, o manejo da amamentação e suas principais complicações;

Citar os principais fármacos que interferem no aleitamento;

Citar as principais questões éticas e bioéticas relacionadas ao acompanhamento pré-natal;

Citar as técnicas de armazenamento e transporte do leite humano;

Citar as políticas brasileiras de humanização do parto, alojamento conjunto e de incentivo ao

aleitamento materno;

Citar as políticas públicas de saúde reprodutiva no Brasil: aspectos operacionais e gerenciais;

Citar as principais causas da infertilidade e da esterilidade;

Citar os principais aspectos éticos e legais em torno da infertilidade e da esterilidade;

Citar os aspectos genéticos, éticos e legais da eugenia;

Conceituar abortamento, citar seus tipos e os aspectos éticos e legais implicados;

Descrever a técnica de coleta da anamnese, com ênfase no exame do aparelho genitourinário;

Descrever a técnica de realização do exame físico, com ênfase no exame do aparelho

genitourinário feminino;

Explicar os fundamentos teóricos dos métodos contraceptivos;

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102

Descrever as ações para planejamento familiar e orientação sexual básica nas diferentes fases

da vida e do casal;

Conceituar sexualidade, gênero, corpo e correlaciona-los com a saúde reprodutiva;

Descrever a propedêutica ginecológica;

Citar as principais morbidades associadas com a saúde da mulher;

Diferenciar a amenorréia da gestação de outras causas;

Descrever as principais alterações do ciclo menstrual (amenorréia e hipermenorréia) e citar as

principais causas de amenorréia na mulher não grávida;

Citar a propedêutica básica para avaliação da amenorréia e para avaliação dos distúrbios

menstruais (hipermenorréia, menorragia, metrorragia), assim como as anormalidades mais

prevalentes;

Citar as principais entidades nosológicas de origem infecciosa em ginecologia:

Citar as principais causas de sangramentos uterinos anormais e endometriose;

Citar as neoplasias ginecológicas de maior prevalência: mama, útero, colo do útero e ovários;

Citar as alterações clínicas, hormonais e psicológicas da mulher no período do climatério;

Descrever a terminologia adequada e a interpretação do colpocitopatológico;

Citar a classificação com base na citologia oncótica;

Citar a epidemiologia e importância para a morbidade da mulher do câncer de colo uterino e de

mama;

Citar os principais fatores de risco do câncer de colo uterino;

Citar a morfologia e o desenvolvimento normal das mamas;

Descrever a fisiologia mamária nas diferentes fases da vida da mulher;

Citar os principais fatores de risco do câncer de mama;

Citar os principais meios propedêuticos para o diagnóstico do câncer de mama;

Enumerar as principais enfermidades benignas das mamas;

Descrever a rotina propedêutica das mamas nas diferentes fases da vida da mulher;

Descrever a fisiologia do climatério e suas alterações;

Descrever a fisiologia do ciclo menstrual durante o puerpério, com e sem amamentação;

Citar as principais respostas ocorridas no corpo da mulher no climatério (metabolismo,

mucosas, pele, ossos sistema cardiovascular e outros);

Citar as principais alterações ocorridas na esfera psíquica, sexual e social da mulher no

climatério;

Descrever a técnica e a importância de realização da anamnese, com ênfase na história

relacionada ao trabalho;

Descrever a técnica de realização do exame físico geral

Citar as etapas do atendimento médico, desde a colheita da história, exame físico, solicitação

dos exames complementares, elaboração do diagnóstico sindrômico e etiológico, bem como os

princípios da terapêutica;

Citar as implicações médico-legais relativas à documentação médica;

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103

Citar os fundamentos da relação médico-paciente e as principais questões éticas na relação

médico-paciente;

Conceituar autonomia e compreender sua importância na relação médico paciente, família e

cuidadores;

Explicar os princípios da ética médica;

Citar os aspectos fisiológicos relativos à vida adulta saudável;

Descrever a técnica de coleta de anamnese, com ênfase no exame do aparelho genitourinário;

Descrever a técnica de realização do exame físico, com ênfase no exame do aparelho

genitourinário;

Citar as etapas do processo de cicatrização;

Classificar as feridas, descrever a abordagem inicial, as principais técnicas de sutura e fios

cirúrgicos;

Citar os fundamentos e as técnicas básicas de curativos e desbridamento das feridas;

Citar os tipos de bloqueios anestésicos locais (feridas, quirodáctilos e pododáctilos);

Citar os principais grupos de fios cirúrgicos e suas respectivas indicações;

Citar as principais técnicas de sutura;

Citar os fundamentos e as indicações de realização de acesso à cavidade pleural por

toracocentese e toracostomia;

Descrever o atendimento pediátrico em todas as fases (do nascimento a adolescência),

incluindo anamnese, exame físico, solicitação dos exames complementares, elaboração do

diagnóstico sindrômico e etiológico;

Descrever a técnica de coleta de anamnese e exame físico em pediatria

Descrever a política de humanização do parto, alojamento conjunto e aleitamento materno;

Descrever as mudanças fisiológicas da circulação e respiração do período intra para o extra-

uterino;

Descrever as necessidades e cuidados do RN na sala de parto quanto à temperatura, avaliação

do estado geral e avaliação de APGAR;

Descrever os métodos de avaliação de idade gestacional (Capurro somático e neurológico e

Ballard);

Descrever as técnicas de medidas antropométricas do RN, os gráficos de crescimento e sua

interpretação;

Classificar o RN como adequado, pequeno ou grande para idade gestacional;

Descrever o exame físico do RN normal;

Descrever as necessidades fisiológicas do RN adequado para idade gestacional;

Descrever a fisiopatologia da isoimunização Rh e ABO e suas possíveis repercussões sobre o

feto;

Diferenciar a partir dos critérios clínicos o RN normal do patológico;

Citar as possíveis alterações nos exames pré-natais relacionados às doenças Infecto-

parasitárias;

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104

Citar as situações e intercorrências clínicas prevalentes neste período neonatal: prematuridade,

hipoxemia neonatal, doença de membrana hialina, hipoglicemia, hipocalcemia, icterícia neonatal

e colestase, enterocolite necrosante e sepse;

Citar as principais alterações clínicas congênitas: infecções, cardiopatias, alterações genéticas,

alterações endócrino-metabólicas e alterações ortopédicas (espinha bífida, pé torto congênito,

luxação congênita de quadril);

Citar a importância das doenças geneticamente determinadas e explicar o papel do geneticista;

Descrever a avaliação genético-clínica e o exame dismorfológico;

Explicar a diferenciação sexual normal e anômala

Descrever o procedimento de triagem neonatal para doenças congênitas e metabólicas;

Dar exemplos de deficiências neurosensoriais, displasias esqueléticas, genodermatoses e

síndromes mais comuns na prática pediátrica;

Explicar como ocorre a gemelaridade, diferenciar gêmeos mono e dizigóticos e sua importância

no estudo das doenças geneticamente determinadas;

Explicar as bases fisiológicas no processo da amamentação;

Descrever as práticas de promoção ao aleitamento natural;

Explicar as principais situações que interferem no aleitamento materno, incluindo fármacos e

doenças infecciosas;

Descrever as características funcionais do lactente, relacionadas ao desenvolvimento do

sistema digestório;

Descrever as características das principais fórmulas infantis de início e seguimento;

Descrever as características da dieta do desmame;

Descrever as orientações de alimentação de crianças e adolescentes;

Citar os principais aspectos relacionados à nutrição e à atividade física na criança e no

adolescente;

Descrever o exame físico normal do lactente, da criança e adolescente;

Citar as necessidades e comportamentos peculiares às fases do desenvolvimento da criança;

Descrever as necessidades fisiológicas de cada período do crescimento e do desenvolvimento

do lactente, da criança e adolescente;

Descrever as bases fisiológicas do processo do crescimento na criança e no adolescente;

Descrever os marcos do desenvolvimento normal e patológico;

Descrever as técnicas de medidas antropométricas, os gráficos de crescimento e sua

interpretação;

Descrever as bases fisiológicas no processo do desenvolvimento do RN até o adulto;

Descrever a escala de desenvolvimento de Denver e suas aplicações;

Descrever as mudanças fisiológicas do adolescente, as variações do desenvolvimento puberal,

citar as principais doenças dessa fase e as principais alterações biopsicossociais ocorridas na

puberdade e adolescência;

Descrever os aspectos da sexualidade e do uso das drogas na criança e no adolescente;

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Citar as principais morbidades que acometem os adolescentes na atenção primária: DST, HIV,

alterações alimentares, uso de drogas lícitas e ilícitas e os determinantes envolvidos;

Descrever os princípios do planejamento familiar com ênfase nos métodos contraceptivos

indicados na adolescência;

Explicar as bases imunológicas da vacinação;

Descrever os princípios e protocolos de imunização na criança e no adolescente, incluindo o

calendário vacinal do MS e da SBP;

Citar as indicações de acompanhamento do RN, lactente, criança e adolescente pelo

especialista;

Descrever os pressupostos das escolas promotoras de saúde e relacionar os espaços de

educação (creches e escolas) com os serviços locais de saúde;

Descrever os fundamentos psicossociais do desenvolvimento na infância e adolescência;

Descrever as principais políticas e documentos de atenção integral e defesa dos direitos das

crianças e adolescentes;

Explicar a forma de preenchimento e implicações médico-legais relativas à documentação

médica em pediatria;

Citar os fundamentos da relação médico-família- paciente e as principais questões éticas nesta

relação;

Explicar os limites da autonomia da família, da criança e do adolescente e sua importância na

relação médico-família–paciente;

Descrever os aspectos éticos, bioéticos e legais atinentes ao cuidado do recém- nascido, do

lactente, da criança e do adolescente;

Descrever os aspectos fisiopatológicos e os diagnósticos diferenciais das principais síndromes

que acometem o adulto e o idoso: anemia, cianose, convulsões, delírios, diarréia, dispnéia, dor,

edema, febre, doenças hemorrágicas e ictéricas, adenomegalias e de hipertensão intracaniana;

Descrever os aspectos fisiopatológicos das principais doenças do sistema endocrinológico, trato

digestório e anexos que acometem o adulto e o idoso;

Citar as principais condições mórbidas prevalentes no idoso;

Citar as principais urgências e emergências clínicas e cirúrgicas do adulto e idoso;

Descrever as principais morbidades associadas com a vida adulta e com a senectude,

abordáveis no âmbito da atenção básica;

Descrever os aspectos fisiológicos relativos ao envelhecimento saudável;

Descrever os aspectos essenciais relativos ao estilo de vida saudável na senescência;

Descrever e as principais políticas e documentos de atenção integral à saúde do adulto;

Descrever os princípios e os protocolos de imunização nos adultos e idosos;

Descrever os exames complementares para diagnóstico das principais entidades nosológicas

na vida adulta e no idoso;

Citar as indicações e interpretar os exames laboratoriais de rotina, como recursos

complementares para diagnóstico e prognóstico: hemograma; testes laboratoriais para

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avaliação da hemostasia; exame sumário de urina; exames bioquímicos de rotina, e as

determinações enzimáticas e dosagem de hormônios, de uso mais frequente;

Descrever resumidamente em relação aos exames laboratoriais solicitados: coleta, local onde é

feito, preparo do paciente para o exame, riscos e cuidados necessários, assim como custo-

benefício;

Descrever os exames de imagem mais utilizados na prática clínica, incluindo local onde é feito,

preparo do paciente para o exame, riscos e cuidados necessários, assim como custo-benefício,

em especial os relacionados à avaliação dos sistemas digestório e endócrino;

Conceituar Medicina Legal, Deontologia e Biodireito;

Descrever as relações da Medicina Legal com as demais ciências médicas e jurídicas;

Descrever os fundamentos legais relacionados à área de saúde;

Explicar a utilização do Código do Processo Penal e Código de Ética médica;

Enumerar e definir os tipos de perícia, peritos e documentos médico-legais;

Referir os aspectos médico-legais e as referências jurídicas relacionadas ao trauma e às lesões

corporais, às doenças ocupacionais e à sexologia criminal;

Enumerar e definir as situações médico-legais relacionadas à tanatologia e aos transplantes;

Explicar o papel das Comissões de Ética nas Instituições de Saúde e do Comitê de Ética em

Pesquisa com Seres Humanos;

Relacionar os aspectos Jurídicos e Penais relacionados ao exercício da Medicina, ao Sigilo

Médico; e ao desenvolvimento dos valores éticos e morais nas sociedades;

Discutir os valores, responsabilidades e direitos do profissional médico, frente ao paciente, à

equipe de profissionais de saúde e à sociedade;

Discutir o código de ética médica em relação à pesquisa com seres humanos;

Descrever os fundamentos teóricos, objetivos e a metodologia dos trabalhos de produção

científica a serem desenvolvidos;

Discutir conteúdos filosóficos, dos pré-socráticos à filosofia contemporânea:

Descrever os dilemas da contemporaneidade;

Descrever as concepções de “corpo e alma” ao longo da história da filosofia;

Conceituar, descrever e comparar pensamento analítico e pensamento intuitivo;

Integrar os conteúdos desenvolvidos durante o 3° e 4° períodos do curso ao desenvolver

apresentações sobre temas abrangentes

Habilidades

Identificar em peças anatômicas e imagens a topografia e descrever os sistemas reprodutor

masculino e feminino, sistema urinário, baço, timo, medula óssea e linfonodos; relacionando-os

às aplicações funcionais;

Identificar os tecidos do sistema reprodutor masculino e feminino, sistema urinário, baço, timo,

medula óssea e linfonodos em lâminas histológicas, observando suas características

microscópicas e relacionando-as às aplicações funcionais;

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Identificar em lâminas histológicas as células do sangue, a saber: linfócitos, monócitos,

neutrófilos, eosinófilos, basófilos;

Participar em cooperação com a equipe de projetos voltados às ações dos programas do MS;

na área da Saúde da Mulher;

Identificar os determinantes sociais no processo saúde-doença da mulher;

Aplicar conhecimentos básicos da sociologia e antropologia na sua prática de atenção à Saúde

da Mulher;

Participar dos grupos na unidade com relação ao planejamento familiar e à saúde reprodutiva;

Demonstrar as formas de utilização dos diferentes métodos contraceptivos;

Citar as indicações dos métodos contraceptivos de acordo com a individualidade dos pacientes;

Participar das orientações realizadas para adolescentes e adultos sobre sexualidade,

contracepção e doenças sexualmente transmissíveis;

Realizar o atendimento à mulher sob supervisão: anamnese e exame físico completos,

direcionados aos aspectos da Saúde da Mulher nos diferentes períodos: puberdade, vida

adulta, gestação, puerpério e climatério;

Identificar e encaminhar as emergências e urgências em ginecologia e obstetrícia;

Identificar a necessidade de encaminhamentos dos casos de maior complexidade para o

especialista;

Realizar exame especular;

Identificar as anormalidades macroscópicas mais prevalentes do colo, vagina e vulva;

Realizar coleta de material cervical para citologia oncótica (exame preventivo do câncer de colo

do útero);

Identificar as anormalidades mais prevalentes na citologia oncótica;

Realizar exame da mama na prevenção do câncer de mama, identificando o parênquima

mamário normal e possíveis alterações palpáveis;

Descrever a propedêutica básica visando à avaliação mamária, nas diferentes idades da

mulher;

Identificar a necessidade de encaminhar para serviço especializado as mulheres com alterações

no exame clínico e/ou exames complementares das mamas;

Apresentar habilidades no campo das tecnologias leves relacionadas à abordagem de aspectos

relevantes da vida da mulher;

Indicar corretamente e interpretar exames para o diagnóstico de gravidez;

Realizar o atendimento à gestante sob supervisão, incluindo: anamnese específica da gestação

e exame físico específico da gestante;

Encaminhar a gestante de risco a ambulatório especializado;

Calcular a idade gestacional e a data provável do parto;

Medir a altura uterina e acompanhar o crescimento fetal, segundo os padrões do CLAP;

Auscultar o batimento cardiofetal (BCF);

Avaliar o cartão da gestante;

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Desenvolver atividades de grupo no pré-natal;

Coletar material citológico para exame de prevenção do câncer de colo do útero, no período

gestacional;

Identificar paciente Rh negativo;

Verificar a adequação do esquema de profilaxia antitetânica;

Administrar medicamentos imunobiológicos voltados à profilaxia antitetânica;

Examinar as mamas com vistas aos aspectos relacionados à amamentação;

Demonstrar à mãe a técnica de ordenha mamária;

Realizar cuidados e orientações com a gestante referentes ao manejo de situações da vida

diária com o recém-nato (troca de fraldas, banho, cuidados com o coto umbilical e vacinas do

calendário básico infantil);

Participar de projetos de promoção à saúde do trabalhador em cooperação com a equipe;

Identificar os determinantes sociais no processo saúde-doença do trabalhador;

Aplicar conhecimentos básicos da sociologia e antropologia na sua prática de atenção à Saúde

do trabalhador;

Aplicar as técnicas de entrevista, utilizando-se da comunicação verbal e não verbal, com ênfase

no trabalho;

Realizar investigação das necessidades de saúde no ambiente de trabalho em cooperação com

a equipe

Realizar sob supervisão a anamnese e o exame físico completos do adulto, com ênfase no

sistema gênito-urinário;

Informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relação à promoção da saúde e

prevenção das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação;

Realizar bloqueios anestésicos locais (feridas, quirodáctilos e pododáctilos);

Identificar os principais grupos de fios cirúrgicos e suas respectivas indicações;

Realizar as principais técnicas de sutura;

Realizar acesso à cavidade pleural: toracocentese e toracostomia;

Comportar-se de forma adequada e cuidadosa com relação às diferentes situações de

exposição aos riscos biológicos;

Aplicar os dados epidemiológicos na resolução de problemas em saúde, de planejamento em

saúde e de ações de promoção, prevenção e vigilância em saúde;

Aplicar testes estatísticos simples na resolução de problemas em saúde;

Aplicar conhecimentos de genética de populações na resolução de problemas de saúde

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração de

hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações em diferentes meios e realizar de forma

sistemática a pesquisa bibliográfica em diferentes cenários: laboratório de informática, biblioteca

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central, acesso aos periódicos e à internet;

Utilizar grafia legível para o preenchimento dos documentos médico-legais (atestados,

prescrições, declarações e notificações);

Identificar em peças anatômicas e imagens a topografia e características do trato digestório e

anexos e do sistema endocrinológico, relacionando-as às aplicações funcionais;

Identificar em lâminas os tecidos e as características microscópicas do sistema endocrinológico,

trato digestório e anexos relacionando-as às aplicações funcionais;

Identificar os aspectos éticos relacionados ao exame anatomopatológico;

Interpretar estudos anatomopatológicos do sistema endocrinológico, trato digestório e anexos;

Indicar, realizar a coleta de exames simples e interpretar os exames complementares

laboratoriais e de imagem;

Realizar testes e análises laboratoriais simples relacionadas às doenças imunológicas;

Realizar exames de dosagens hormonais;

Analisar imagens radiológicas do sistema endocrinológico, trato digestório e anexos

relacionando-as às aplicações funcionais; quanto a posição, incidências, penetração,

identificando as anormalidades;

Apresentar comportamento seguro em laboratórios que lidam com agentes biológicos;

Realizar manuseio de amostras contaminadas;

Executar as técnicas de coloração de Gram e de Ziehl e relacionar a composição química da

parede celular das bactérias com esses corantes;

Classificar e identificar as bactérias de acordo com as formas e arranjos e a classificação de

Gram e de Ziehl;

Realizar inoculação de cultura bacteriana em meio sólido (ágar MacConkey, Agar sangue e

ágar Mueller-Hinton);

Verificar a presença ou ausência de crescimento bacteriano nos meios inoculados e interpretar

um antibiograma;

Realizar coleta e manuseio do material para exame parasitológico de fezes;

Identificar nas fezes os parasitos (cistos, ovos e larvas) utilizando lugol quando indicado e o

aumento microscópico adequado;

Identificar os vetores (moluscos Biomphalaria e Artrópodes);

Identificar no indivíduo e no ambiente os fatores de risco e as medidas de prevenção em

relação às doenças infecciosas e parasitarias;

Participar em cooperação com a equipe de projetos voltados às ações preventivas na área de

doenças infectocontagiosas; e de projetos voltados às ações dos programas do MS na área da

saúde da criança e do adolescente;

Identificar os determinantes sociais no processo saúde-doença da criança e do adolescente;

Aplicar conhecimentos básicos da sociologia e antropologia na sua prática de atenção à criança

e ao adolescente;

Atuar de forma a garantir à integralidade da atenção à saúde nos níveis de complexidade do

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sistema, identificando as referências e contra referências no seu distrito geopolítico educacional

de prática;

Desenvolver habilidades de entrevista com as mães na comunidade e ambulatórios dos

serviços de saúde;

Realizar sob supervisão a anamnese e o exame físico completos, identificando as

anormalidades dos RN, crianças e adolescentes;

Identificar o RN que apresente anormalidades ou risco para complicações neonatais;

Realizar otoscopia da criança;

Realizar sob supervisão a avaliação genético-clínica, o heredograma e o exame dismorfológico;

Identificar sinais clínicos sugestivos de distúrbios da diferenciação sexual e de

cromossomopatias;

Interpretar laudos de exames bioquímicos, citogenéticos e moleculares mais comuns na prática

médica;

Realizar anamnese da criança e do adolescente;

Realizar anamnese da criança e do adolescente relativa à sexualidade e à utilização de drogas;

Iniciar o exercício da puericultura;

Realizar, plotar nos gráficos e interpretar as medidas antropométricas: peso, altura, índice de

massa corporal e perímetros cefálico, torácico e abdominal, de acordo com as faixas etárias

(RN, lactente, criança e adolescente);

Usar a escala de desenvolvimento de Denver em crianças e adolescentes na comunidade

Realizar orientação para a amamentação do RN e lactente;

Indicar e orientar quando necessário o uso das principais fórmulas infantis de início e

seguimento;

Indicar e orientar a dieta do desmame;

Avaliar a alimentação das crianças e adolescentes;

Realizar orientação nutricional às crianças e adolescentes;

Identificar a partir da anamnese e exame físico as características que identificam a criança e o

adolescente enfermos;

Solicitar e interpretar os exames de rotina da faixa etária;

Preencher e interpretar o cartão da criança;

Avaliar o calendário vacinal das crianças e adolescentes;

Administrar medicamentos imunobiológicos a crianças e adolescentes;

Identificar a necessidade de encaminhamentos dos casos de maior complexidade para o

especialista;

Participar de atividades de promoção à saúde do adolescente: prevenção de DST/AIDS,

planejamento familiar, uso/abuso de substâncias lícitas e ilícitas;

Identificar as situações de urgências e emergências clínicas e cirúrgicas do adulto e do idoso;

Desenvolver sob supervisão ações de promoção, prevenção e diagnóstico, visando à saúde do

adulto e do idoso;

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Realizar sob supervisão as etapas do método clínico dirigidas à abordagem do adulto e do

idoso: realização de anamnese, exame clínico, diagnóstico sindrômico e proposição de

hipóteses diagnósticas, com ênfase no sistema endocrinológico, trato digestório e anexos;

Realizar, indicar e interpretar: hemograma; testes laboratoriais para avaliação da hemostasia;

exame sumário de urina; exame qualitativo de fezes, exames bioquímicos de rotina,

determinações enzimáticas, dosagens hormonais e exames de avaliação do trato digestório,

fígado e pâncreas de uso mais frequente;

Indicar e interpretar exames de imagem para avaliação do sistema endocrinológico, trato

digestório, fígado e pâncreas de uso mais freqüente;

Correlacionar os achados dos exames de imagem com a anatomia normal e patológica e com a

fisiopatologia das doenças;

Administrar medicamentos imunobiológicos destinados à prevenção de doenças no adulto e no

idoso;

Realizar ações visando à prevenção das infecções nos serviços de saúde;

Utilizar o Código do Processo Penal e o Código de Ética Médica na análise de situações

médico-legais relacionados ao trauma, às lesões corporais, às doenças ocupacionais, à

sexologia criminal, à tanatologia e aos transplantes, considerando os valores, responsabilidades

e direitos do profissional médico, frente ao paciente, à equipe de profissionais de saúde e à

sociedade;

Preencher adequadamente documentos médico-legais;

Identificar em projetos de pesquisa os aspectos ético-legais;

Realizar a busca de informação para escrever um projeto de pesquisa;

Escrever um projeto de pesquisa;

Desenvolver apresentações sobre temas abrangentes;

Comportar-se de forma adequada e cuidadosa com relação às diferentes situações de

exposição aos riscos biológicos;

Aplicar os dados epidemiológicos, testes estatísticos simples e, conhecimentos de genética de

populações na resolução de problemas em saúde, de planejamento em saúde e de ações de

promoção, prevenção e vigilância em saúde;

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração de

hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações em diferentes meios e realizar de forma

sistemática a pesquisa bibliográfica em diferentes cenários: laboratório de informática, biblioteca

central, acesso aos periódicos e à internet;

Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e futuro

profissional de saúde;

Utilizar grafia legível para o preenchimento dos documentos médico-legais (atestados,

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Atitudes

Apresentar atitude ética e reflexiva sobre os processos de trabalho e formação;

Mostrar responsabilidade em relação a si mesmo, a seus colegas, à faculdade e à comunidade;

Apresentar habilidades para discussão em grupo, de auto avaliação e para o trabalho na equipe

de saúde;

Relacionar-se com docentes, funcionários, demais discentes e a equipe de saúde da família

cooperando para a efetivação de ações do trabalho em equipe multidisciplinar;

Tomar decisões e agir baseado nos princípios da ética e da bioética;

Demonstrar responsabilidade moral e ética na assistência individual e assistência coletiva da

saúde;

Agir dentro de seu papel social como um agente de transformação e mudanças, promovendo

estilos de vida saudáveis;

Valorizar prioritariamente as necessidades de saúde da população, com ênfase na ação

preventiva, dentro de uma visão integral e de valores éticos e culturais;

Relacionar-se com os indivíduos e a coletividade, considerando os determinantes sociais,

históricos, culturais e ambientais como fatores essenciais no processo saúde-doença e

respeitando os aspectos culturais e religiosos do enfermo, dos familiares e dos cuidadores;

Estabelecer vínculos com indivíduos e comunidade;

Utilizar linguagem adequada à compreensão do entrevistado;

Atuar em sua entrevista com base nos princípios da ética e da bioética;

Demonstrar atenção, cordialidade e acolhimento do entrevistado durante a entrevista;

Agir com civilidade e confidencialidade, no trato e convivência com colegas, pacientes e seus

familiares;

Utilizar traje, postura, apresentação, vocabulário e atitudes adequados à prática médica;

Lidar com as situações de morte como sendo um processo dinâmico e natural;

Identificar suas limitações e encaminhar, adequadamente, as questões, situações e problemas

que fujam do alcance da sua competência a profissionais capacitados;

Atuar de forma a garantir o direito à saúde, a integralidade da atenção à saúde nos níveis de

complexidade do sistema, garantindo a melhor qualidade;

Relacionar-se com o sujeito adulto, considerando a complexidade sócio-histórico-cultural como

fator gerador do processo saúde-doença e considerar a complexidade e inserção sócio-histórico-

cultural da mulher com relação à sexualidade e reprodução;

Relacionar-se com a equipe de cuidado à saúde, cooperando para a efetivação do trabalho em

equipe multidisciplinar;

Estabelecer vínculos com a gestante, considerando o binômio mãe-filho;

prescrições, declarações e notificações);

Agir de acordo com os valores e responsabilidades esperados e os direitos do profissional

médico, frente ao paciente, à equipe de profissionais de saúde e à sociedade;

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113

Considerar a autonomia e co-responsabilidade do paciente;

Respeitar a privacidade e a integridade física e moral do paciente, durante a anamnese e exame

físico;

Reconhecer a importância da documentação médica para o paciente, os familiares, o médico, a

instituição e a sociedade;

Exercer seu papel social de agente de transformação e mudanças dentro de uma visão integral e

de valores éticos e culturais;

Demonstrar que a busca ativa do conhecimento ultrapassa a aquisição passiva e que é necessária

durante toda a vida profissional;

Tomar decisões e agir baseado nos princípios da ética e da bioética;

Atuar de forma a garantir o direito à saúde, a integralidade da atenção à saúde nos níveis de

complexidade do sistema, garantindo a melhor qualidade;

Valorizar prioritariamente as necessidades de saúde da população, com ênfase na ação

preventiva, dentro de uma visão integral e de valores éticos e culturais;

Relacionar-se com docentes, funcionários, demais discentes e a equipe de saúde da família

cooperando para a efetivação de ações do trabalho em equipe multidisciplinar;

Demonstrar responsabilidade moral e ética na assistência individual e assistência coletiva da

saúde;

Agir dentro de seu papel social como um agente de transformação e mudanças, promovendo

estilos de vida saudáveis;

Relacionar-se com os indivíduos e a coletividade, considerando os determinantes sociais,

históricos, culturais e ambientais como fatores essenciais no processo saúde-doença e

respeitando os aspectos culturais e religiosos do enfermo, dos familiares e dos cuidadores;

Estabelecer vínculos com indivíduos e comunidade;

Utilizar linguagem adequada à compreensão do entrevistado;

Atuar em sua entrevista com base nos princípios da ética e da bioética;

Demonstrar atenção, cordialidade e acolhimento do entrevistado durante a entrevista;

Estabelecer relação com adultos e idosos, com a família e cuidadores com vistas às ações de

saúde;

Estabelecer cuidado dos adultos e idosos pertencentes às famílias sob sua responsabilidade;

Relacionar-se com os adultos e os idosos, considerando a complexidade sócio histórico cultural

como fator gerador do processo saúde-doença;

Considerar a autonomia e a corresponsabilidade do paciente;

Respeitar a privacidade e a integridade física e moral do paciente, durante a anamnese e exame

físico;

Interagir de maneira integrada com os profissionais envolvidos no atendimento neonatal;

Estabelecer relação com as crianças e os adolescentes, com vistas às ações de saúde nos

cenários de educação e de saúde;

Estabelecer cuidado dos recém-nascidos, lactentes, crianças e adolescentes das famílias sob sua

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responsabilidade e nos cenários de aprendizagem;

Estabelecer relação com a família das crianças e adolescentes com vistas às ações de saúde;

Relacionar-se com a família das crianças e adolescentes, considerando a complexidade sócio-

histórico-cultural como fator gerador do processo saúde-doença;

Interagir de maneira integrada com os profissionais envolvidos no atendimento;

Atuar no cuidado aos sujeitos envolvidos, com base nos princípios da ética e da bioética;

Agir de forma respeitosa na comunicação de notícias à mãe, aos familiares e cuidadores, às

crianças e aos adolescentes;

Respeitar os aspectos culturais, espirituais e religiosos da mãe, familiares, cuidadores, crianças e

adolescentes;

Reconhecer a importância da documentação médica para o paciente, os familiares, o médico, a

instituição e a sociedade;

Exercer seu papel social de agente de transformação e mudanças dentro de uma visão integral e

de valores éticos e culturais;

Demonstrar que a busca ativa do conhecimento ultrapassa a aquisição passiva e que é necessária

durante toda a vida profissional;

Lidar com as situações de morte como sendo um processo dinâmico e natural;

Identificar suas limitações e encaminhar, adequadamente, as questões, situações e problemas

que fujam do alcance da sua competência a profissionais capacitados;

Mostrar responsabilidade em relação a si mesmo, a seus colegas, à faculdade e à comunidade;

Apresentar habilidades para discussão em grupo, de auto avaliação e para o trabalho na equipe

de saúde;

5º SEMESTRE / ETAPA

5.1. Dor Classificação da dor quanto ao tipo,

intensidade, origem, frequência,

qualidade; Os fatores desencadeantes

da dor; Os elementos

neuroanatomofisiológicos da dor e sua

correlação com os aspectos clínicos;

Mecanismos de lesão tecidual como

agentes causadores de dor;

Propedêutica da dor, considerando seus

aspectos etiológicos e suas

consequências clínicas; Epidemiologia e

as formas de diagnóstico e prevenção

da dor; Mecanismos que desencadeiam

a dor, bem como o manejo do paciente

com dor e os fatores culturais,

Descrever os mecanismos

da dor e relacioná-la aos

aspectos clínicos e

psicossociais;

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115

psicossociais e religiosos envolvidos; A

importância da relação médico-paciente

no atendimento dos portadores de dor;

A complexidade das relações

interpessoais do paciente com dor e as

implicações em sua qualidade de vida;

Mecanismos de ação e as indicações

dos principais recursos terapêuticos,

medicamentosos e não

medicamentosos, no controle da dor;

Aspectos Morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos aplicados

à temática do módulo;

5.2. Dor Abdominal, Diarreia,

Vômitos e Icterícia

A inervação dos órgãos da cavidade

abdominal (sistema nervoso visceral) e

suas vias de integração com o sistema

nervoso somático; Dor visceral;

Fisiopatologia das manifestações

abdominais gerais como: diarreia,

constipação, variações de peso,

flatulência, dispepsia, etc; A história

natural, a sintomatologia clínica, os

exames complementares para o

diagnóstico e o tratamento das doenças

pépticas; Fisiopatologia dos distúrbios

viscerais abdominais, suas

manifestações clínicas, exames

complementares e terapêuticos;

Sintomas e sinais clínicos gerais das

doenças inflamatórias e infecciosas da

cavidade abdominal, agudas e crônicas,

bem como os exames complementares

e a terapêutica; Sintomas e sinais das

manifestações abdominais; Principais

causas de abdome agudo hemorrágico

traumático e de um abdome agudo

hemorrágico não traumático, a

sintomatologia e os exames

complementares de diagnóstico;

Sintomas e sinais de um abdome agudo

Reconhecer a elaboração

da anamnese e exame

físico de distúrbios

abdominais, bem como a

fisiopatologia dos quadros

clínicos e os dados

epidemiológicos,

necessários para o

manejo, tomada de

decisões e terapêutica;

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116

perfurativo não traumático; Aspectos

Morfofuncionais, normais e patológicos,

e imagenológicos aplicados à temática

do módulo;

5.3. Febre, Inflamação e

Infecção

Importância dos agentes etiológicos

(bactérias, vírus, fungos) na gênese das

doenças infecciosas e as

particularidades que caracterizam a

história natural das doenças; A

importância do quadro clínico, exame

físico e dos exames complementares

para o diagnóstico das doenças

infectocontagiosas; Sinais e sintomas

que ocorrem como manifestações da

infecção; Fatores predisponentes e os

aspectos epidemiológicos das doenças

infectocontagiosas domiciliares

prevalentes em nosso meio, as

intervenções terapêuticas e preventivas

para estas doenças; Fatores

predisponentes na etiologia da infecção

hospitalar e seus aspectos

epidemiológicos relacionados; Formas

clínicas graves de manifestação da

infecção (sepse, síndrome da resposta

inflamatória sistêmica, choque séptico,

disfunção de múltiplos órgãos e

sistemas) sua epidemiologia,

terapêutica e prognóstico; Aspectos

Morfofuncionais, normais e patológicos,

e imagenológicos aplicados à temática

do módulo;

Reconhecer a

epidemiologia, prevenção,

manifestações clínico-

laboratoriais das doenças

infectocontagiosas e os

mecanismos de ação dos

agentes etiológicos

envolvidos;

5.4 Habilidades 5 Prática em exames do ombro, costas,

tornozelo e joelhos com o auxílio de

casos;

Exame do abdome, cateterização da

bexiga e do reto;

Exame de fezes e diagnóstico de

cervicite e uretrite; Discussão e prática

em “vencer obstáculos” durante

Capacidade de realizar

exame do ombro, costas,

tornozelo e joelho;

Capacidade de aplicar

técnicas de exame de

abdome; Capacidade de

realizar cateterização da

bexiga; Diagnósticos

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117

conversas com os pacientes;

Introdução à técnica terapêutica em

otorrinolaringologia; Diagnósticos

laboratoriais de infeções do trato

urinário;

laboratoriais de

uretrite/cervicite;

Capacidade de lidar com

obstruções do aparelho

digestório e urinário e

tomada de medidas

sanitárias, se necessárias;

Capacidade de aplicar

técnicas de comunicação

nos vários estágios de

uma consulta; Capacidade

de estruturar uma

consulta;

5.5.IESC V

Construção de projetos coletivos na

área da saúde

Tipos de tratamentos para pacientes

com dor,

Equipamentos de referência e contra

referência junto a UBS para terapia da

dor;

Terapias alternativas

Papel da equipe multiprofissional na

abordagem da dor;

Manejo e prevenção de casos de

doenças diarreicas

Registros de notificação de doenças

diarreicas, auxiliar na atualização;

Papel da Vigilância Sanitária no controle

das doenças diarreicas;

Resgatar as propostas e

os problemas levantados

e/ou projetos não

executados junto às

respectivas UBS e

viabilizar a implantação

por meio de ações

específicas na UBS;

Fazer o levantamento dos

tipos de tratamentos e

equipamentos de

referência e contra

referência junto à UBS

para terapia da dor;

VDs aos portadores de

dor crônica e observar a

relação do paciente com o

cuidador;

Levantar com a ESF a

ocorrência de doenças

infecciosas de notificação

compulsória (tuberculose,

hepatites virais,

hanseníase, leptospirose,

rubéola, sarampo, DST,

AIDS;

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Levantar a Incidência de

doenças diarreicas

6º SEMESTRE/ ETAPA

6.1. Problemas Mentais e de Comportamento

Distúrbios do humor. O medo patológico. Os distúrbios do comportamento. Principais síndromes psiquiátricas. Indicações de tratamento e opções terapêuticas. A assistência primária à saúde psicossocial (ambulatórios, CAPS). Os fatores sociais como desencadeantes de problemas mentais e comportamentais. A ligação entre queixas somáticas e problemas psicossociais. Aspectos Morfofuncionais, normais e patológicos, e imagenológicos aplicados à temática do módulo.

Reconhecer as funções psíquicas do homem e suas disfunções.

6.2. Perda de Sangue Hemostasia. Distúrbios dos fatores da coagulação. Elementos da cascata de coagulação. A instabilidade hemodinâmica, e as repercussões do choque hipovolêmico. Manifestações clínicas decorrentes dos sangramentos agudos e crônicos. Manifestações clínicas das hemorragias digestivas alta e baixa. Métodos diagnósticos utilizados nas síndromes hemorrágicas e trombóticas. As complicações hemorrágicas das doenças infecciosas, acidentes com animais peçonhentos. Interações medicamentosas que podem levar a distúrbios hemorrágicos. Causas de intoxicação exógena relacionadas aos distúrbios da coagulação. Terapêuticas utilizadas nos distúrbios hemostáticos e de coagulação. Indicações da hemoterapia, do uso de hemoderivados, os riscos transfusionais, bem como as suas repercussões nos aspectos éticos e religiosos. Políticas de saúde relacionadas aos hemoderivados. Aspectos Morfofuncionais, normais e patológicos, e imagenológicos aplicados à temática do módulo.

Reconhecer as causas mais comuns de perda de sangue anormal, além da perda de sangue resultante de distúrbios homeostáticos.

6.3. Fadiga, Perda de Peso e Anemias

Os fatores psicológicos, sociais e físicos que desempenham um papel na fadiga e/ou perda de peso e as doenças que podem estar por trás dessas queixas. Aspectos Morfofuncionais, normais e patológicos, e imagenológicos aplicados à temática do módulo.

Reconhecer as deficiências nutricionais e o processamento alterado de alimentos pelo corpo, avaliação do estado nutricional e a base da dietética; tratamento diagnóstico dos principais quadros clínicos que dão origem à fadiga ou perda de peso.

6.4. Habilidades 6 Exame de pacientes comatosos. Levantamento de histórico nos casos de queixas psicossociais. Neuroses e Psicoses. Prática do programa de

Princípios do exame de pacientes comatosos. Esclarecimento de problemas diversos da

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adoção e problemas de violência - Prática do programa de adoção; Prática com cuidados com ferimentos, fechamento de ferimentos e exame de casos com perda de sangue através da vagina. Hemocitometria e exame de urina e fezes em casos de suspeita de perda de sangue oculta. Levantamento do histórico e exame dos olhos de paciente diabético. Contato do paciente com o diabete. Diagnóstico laboratorial do diabete e anemia. Introdução à infusão intravenosa. Apresentação de pacientes. Prática do programa de adoção.

área psíquica e social. Conhecer o papel das ONGs e Instituições Públicas. Capacidade de cuidar de um ferimento. Capacidade de fazer o diagnóstico físico em perda de sangue vaginal. Diagnósticos laboratoriais de perda de sangue. Capacidade de lidar com situações “difíceis” durante a consulta. Capacidade de primeiro atendimento ao trauma em situações de sangramento. Diagnóstico laboratorial da diabete e anemia.

6.5. IESC VI

Programa de Saúde Mental e prevalência das doenças mentais no Brasil e a drogadição. Projetos terapêuticos para os problemas de Saúde Mental. O papel dos CAPS (ibid) na rede de atenção à Saúde Mental. Controle de tuberculose no Brasil. e situação em Manaus ; Doenças consuntivas e a abordagem do cuidado. Papel da Vigilância em Saúde

Realizar levantamento de famílias com portadores de transtornos mentais e/ou drogadição e realizar VDs Realizar levantamento e VDs de famílias com indivíduos processos consuntivos com ênfase em estudo de caso (priorizar tuberculose e câncer). Analisar e discutir o papel da Vigilância em Saúde na área de abrangência da UBS. Analisar e discutir o programa de controle de tuberculose de Manaus.

DESEMPENHOS A SEREM ATINGIDOS AO FINAL DO 50 E 60 SEMESTRES:

Conhecimentos

Descrever o desenvolvimento embrionário e pós-natal, os aspectos morfológicos (macro e micro)

e funcionais do sistema endocrinológico, trato digestório e anexos;

Descrever os fundamentos fisiopatológicos, à luz dos processos patológicos gerais (inflamação

aguda e crônica, processos degenerativos, autoimunes, neoplásicos) envolvendo o sistema

endocrinológico, trato digestório e anexos;

Descrever as características anátomo-patológicas das alterações do sistema endocrinológico,

trato digestório e anexos;

Descrever a correlação anátomo-clínica no que se refere às principais doenças do idoso, do

adulto (com ênfase no sistema endocrinológico, trato digestório e anexos), do RN e lactente, da

criança e do adolescente;

Descrever a histopatologia das principais doenças do idoso e adulto (com ênfase no sistema

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120

digestório e endócrino), do RN, da criança e do adolescente;

Citar os agentes agressores ambientais: físicos, químicos e biológicos;

Descrever a microbiota normal, suas funções e sua relação com o hospedeiro sadio e as

situações em que esta pode desencadear doenças;

Conceituar agente suscetível, hospedeiro, meio ambiente;

Explicar a relação parasito-hospedeiro, a importância do parasitismo em seus variados níveis e

os processos de defesa e imunidade;

Descrever os princípios epidemiológicos, fisiopatológicos e clínicos da interação microrganismo -

ser humano;

Citar as técnicas usadas para monitoramento de doenças emergentes;

Descrever os aspectos genéticos envolvidos na interação microrganismo - hospedeiro e

mecanismos de defesa do organismo;

Descrever a resposta de defesa do organismo às infecções por príons, vírus, bactéria e fungos e

às infestações por protozoários, e helmintos;

Descrever o processo inflamatório, os eventos vasculares, celulares e a mobilização de

mediadores solúveis resultantes da presença de diferentes agressores;

Descrever as bases imunológicas da imunização, imunossupressão farmacologia,

imunoestimulação, imunoprofilaxia e imunoterapia;

Explicar os mecanismos de Evasão da Resposta Imune;

Descrever os fatores etiológicos (genéticos e adquiridos), a bioquímica, a fisiopatologia e o

quadro clínico das imunodeficiências, doenças auto-imunes e alergias;

Explicar a importância da nutrição para a resposta imunológica;

Descrever os mecanismos de instalação das doenças transmissíveis e não transmissíveis;

Descrever como são classificados os microrganismos;

Explicar a relação entre Artrópodes (ectoparasitas e vetores) e as doenças;

Classificar e descrever as características gerais dos artrópodes

Descrever os agentes, ciclos, transmissão e a patogênese das doenças por príons, vírus,

bactérias, fungos, protozoários e helmintos;

Descrever as principais técnicas laboratoriais para identificação de microorganismos e

diagnóstico de doenças infecciosas: culturas, testes de sensibilidade a antimicrobianos, exame

parasitológico de fezes e as técnicas de Biologia Molecular e Engenharia Genética;

Descrever o mecanismo de ação dos antibacterianos, anti-helmínticos, antiprotozoários,

antivirais e antifúngicos nos microorganismos;

Descrever as ações preventivas ambientais e individuais e de informática, voltados à prática

médica diária;

Descrever a importância do exame de necropsia e do laudo anatomopatológico, para a

interpretação e diagnóstico das doenças prevalentes;

Descrever os fundamentos fisiopatológicos, as características anatomopatológicas e de imagem

das principais patologias clínicas e cirúrgicas do trato digestório em todas as fases da vida, e do

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121

sistema reprodutor feminino, mamas, gestação e puerpério;

Explicar como são classificados os medicamentos;

Descrever a relação risco/beneficio no uso de medicamentos;

Descrever os processos cinéticos de absorção, distribuição e eliminação dos fármacos e

relacionar a interferência da forma e formulação farmacêutica;

Relacionar biodisponibilidade e bioequivalência: diferenciação entre similares e genéricos;

Descrever o perfil cinético e relacionar concentração plasmática, efeito terapêutico e tempo;

Descrever os esquemas de administração de fármacos em indivíduos normais e com alterações

em órgãos ou sistemas envolvidos nos processos farmacocinéticos;

Explicar como se realiza o preenchimento do Receituário e da Prescrição médica;

Citar, descrever as características, mecanismos de ação, indicações e efeitos colaterais dos

medicamentos com ação nas enfermidades prevalentes do trato digestório, fígado e pâncreas,

do sistema respiratório e cardiovascular do RN, lactente, pré-escolar, escolar e adolescente e

dos anestésicos inalatórios, venosos e locais;

Descrever as orientações de como se apresentar e falar em público, as estratégias didáticas e as

técnicas facilitadoras e de controle emocional para apresentações orais;

Descrever as regras para utilização de recursos audiovisuais/ multimídia;

Explicar as etapas do planejamento de aulas, palestras e apresentação de casos;

Descrever as orientações para entrevistas de seleção ou para a mídia;

Compreender o processo da hematopoiese, caracterizando, do ponto de vista morfofuncional, as

linhagens eritrocítica, granulocítica e megacariocitica;

Caracterizar o eritrócito em relação aos seus constituintes básicos e metabolismo energético,

correlacionando-os ao seu período de sobrevivência e verificando como alguns tipos de anemia

interferem nesse processo;

Reconhecer os sintomas e sinais que caracterizam um estado anêmico e os principais

mecanismos compensatórios desenvolvidos pelo organismo;

Identificar a prevalência da anemia ferropriva, caracterizando os fatores que atuam em sua

gênese, incluindo os determinantes sociais;

Descrever a síntese das cadeias globínicas normais nos períodos embrionário, fetal, pós-

nascimento e adulto;

Compreender as alterações genéticas e os mecanismos fisiopatológicos envolvidos nas

principais anemias hemolíticas hereditárias;

Descrever a estrutura do endotélio vascular e as substâncias por ele secretadas, relacionando-

as com o processo de adesão, agregação plaquetária e coagulação sanguínea;

Compreender a importância da informação e esclarecimento dos portadores de doença

hematológica hereditária sobre os riscos e gravidade de sua doença, evidenciando os fatores

éticos envolvidos;

Analisar a validade da informação científica baseada em evidências;

Tomar decisões clínicas baseadas na identificação judiciosa, na avaliação e na aplicação das

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122

informações mais relevantes;

Utilizar como referência os Consensos, Diretrizes e Protocolos emanados das sociedades

científicas;

Desenvolver como exercício prático, sob orientação, um consenso utilizando fundamentos

científicos e critérios de validade;

Desenvolver como exercício prático, sob orientação, a análise da situação de atendimento

médico de uma região, estado ou cidade brasileira;

Identificar nos serviços de saúde públicos e privados as oportunidades existentes de trabalho

médico;

Identificar as atribuições das Entidades Médicas: Conselhos, Sociedades e Sindicatos Médicos;

Identificar problemas éticos na atuação do profissional de saúde, nas esferas individual e

coletiva, em situações reais ou simuladas de atendimento médico;

Discutir problemas éticos na atuação do profissional de saúde, nas esferas individual e coletiva,

em situações reais ou simuladas de atendimento médico, com base nos princípios da bioética e

do código de ética médica;

Iniciar a parte experimental do projeto de produção científica;

Descrever o quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das doenças prevalentes relacionadas à criança, à

gestante, ao adulto e à terceira idade;

Descrever o quadro clínico, a etiologia, a fisiopatologia e os aspectos histopatológicos, citar os

diagnósticos diferenciais, listar os exames complementares indicados, a conduta terapêutica

medicamentosa e complementar, descrever a evolução e prognóstico e as ações para

prevenção das doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas hematológicas e

neoplásicas prevalentes no adulto;

Relatar e referenciar o problema do câncer no Brasil e as repercussões sócio econômicas;

Explicar a Carcinogênese: bases genéticas do crescimento celular; oncogênese; mutações; o

aparecimento do câncer;

Descrever os exames complementares laboratoriais e de imagem para diagnóstico das principais

doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e neoplásicas

prevalentes no adulto;

Descrever as terapêuticas medicamentosas- esquemas de prescrição: dose e administração, e

complementares das principais doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas,

hematológicas e neoplásicas prevalentes no adulto;

Detalhar as opções terapêuticas para as patologias da pele mais comuns;

Descrever os princípios e os efeitos colaterais da terapêutica Sistêmica em Oncologia:

quimioterapia antineoplásica, hormonioterapia; imunoterapia e terapêutica genética;

Descrever os princípios, o controle de doses e as características específicas de administração

(doses, horários, vias), da terapia hormonal nas doenças endocrinológicas prevalentes;

Descrever os princípios e as aplicações das principais terapias nutricionais relacionadas às

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doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas hematológicas e neoplásicas do adulto;

Descrever as principais urgências e emergências clínicas e cirúrgicas decorrentes das doenças

nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e neoplásicas do adulto;

Descrever os aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde- doença, com

ênfase aos relacionados ao tratamento e à adesão ao tratamento;

Descrever os aspectos psicológicos do paciente oncológico;

Descrever o exercício profissional na atenção básica à saúde e saúde coletiva na ótica da

integração multiprofissional do atendimento à saúde do adulto;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das doenças nutricionais, endocrinológicas,

dermatológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes no atendimento primário à saúde do

adulto;

Descrever a importância do ambiente e estilo de vida sobre a saúde do adulto;

Descrever as ações preventivas na promoção da saúde do adulto;

Explicar os sistemas de referência e contra-referência na atenção à saúde do adulto;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde do adulto;

Descrever as rotinas dos serviços multiprofissionais na ABS;

Habilidades

Utilizar os sistemas informatizados ou manuais de solicitação e resultados de exames de

anatomia patológica, patologia clínica e de gerenciamento de consultas e prontuários médicos;

Participar de necropsias auxiliando o patologista responsável;

Preparar lâminas para exame histopatológico;

Interpretar laudos anatomopatológicos das doenças prevalentes, clínicas e cirúrgicas, do trato

digestório e anexos;

Adequar a posologia de medicamentos de acordo com a reatividade individual;

Avaliar a segurança e a eficácia de um ou mais fármacos utilizados em distúrbios que envolvem

a dor, a inflamação, a infecção considerando a lista de medicamentos essenciais;

Avaliar a segurança e a eficácia de um ou mais fármacos utilizados nas doenças prevalentes,

clínicas e cirúrgicas, do trato digestório e anexos, considerando a lista de medicamentos

essenciais;

Indicar os medicamentos com ação nas enfermidades prevalentes do trato digestório e anexos,

dos sistemas respiratório e cardiovascular do RN, lactente, pré-escolar, escolar e adolescente e

os anestésicos inalatórios, venosos e locais;

Realizar a prescrição de medicamentos;

Realizar uma apresentação oral em público utilizando as orientações, técnicas de controle

emocional e técnicas facilitadoras;

Fazer apresentações orais com diferentes estratégias didáticas;

Utilizar adequadamente recursos audiovisuais / multimídia;

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124

Escrever um planejamento de uma aula/palestra;

Escrever um planejamento para apresentação de caso;

Participar de dramatizações de entrevistas de seleção ou mídia;

Organizar uma das atividades de um mini-congresso;

Participar de uma das atividades de um mini-congresso;

Realizar anamnese e exame físico, dirigidos, diagnosticar e propor conduta e tratamento, para

as principais entidades nosológicas cirúrgicas da boca e esôfago, do estômago e duodeno, dos

intestinos delgado e grosso, do pâncreas exócrino, do fígado e do abdome agudo;

Identificar as situações de urgências e emergências cirúrgicas;

Solicitar e Interpretar exames complementares laboratoriais e de imagem;

Indicar o tratamento cirúrgico;

Explicar o prognóstico ao paciente ou sua família;

Propor esquema terapêutico medicamentoso;

Solicitar os exames pré-operatórios necessários;

Realizar, sob supervisão, a avaliação e preparo pré-operatório, os procedimentos anestésicos e

o acompanhamento, cuidados básicos e hidratação no pós-operatório;

Identificar as alterações do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico que ocorrem em pacientes

cirúrgicos e propor as condutas adequadas;

Identificar, classificar e realizar o atendimento ao paciente em Choque;

Realizar curativos, controles e cateterizações nasogástricas e vesicais;

Realizar a coleta de exames simples, curativos e pequenas cirurgias;

Realizar punção e lavagem peritoneal;

Utilizar os termos adequados da nomenclatura cirúrgica;

Aplicar os fundamentos da cirurgia na realização de atividades práticas;

Demonstrar ou executar as manobras cirúrgicas fundamentais em modelos ou animais;

Executar procedimentos fundamentais à assistência ao paciente, comuns na prática diária de um

médico;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde- doença com ênfase

aos relacionados aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos;

Participar de programas de rastreamento e prevenção das principais neoplasias do aparelho

digestório, pâncreas, fígado e vias biliares;

Participar como educador da saúde, com atividades na comunidade, para promoção da saúde e

prevenção das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação;

Desenvolver, sob supervisão, ações de promoção, prevenção e diagnóstico das principais

entidades nosológicas cirúrgicas do aparelho digestório, pâncreas, fígado e vias biliares

abordáveis no âmbito da atenção básica;

Indicar e interpretar exames laboratoriais e de imagem para avaliação das principais entidades

nosológicas cirúrgicas do aparelho digestório, pâncreas, fígado e vias biliares abordáveis no

âmbito da atenção básica;

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125

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Realizar ações visando à prevenção das infecções nos serviços de saúde;

Comportar-se de forma adequada e cuidadosa com relação às diferentes situações de exposição

aos riscos biológicos;

Avaliar sua prática no trabalho conjunto com outros profissionais da área da saúde;

Aplicar os dados epidemiológicos, testes estatísticos simples e, conhecimentos de genética de

populações na resolução de problemas em saúde, de planejamento em saúde e de ações de

promoção, prevenção e vigilância em saúde;

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração de

hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações;

Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e futuro

profissional de saúde;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em ambulatórios e enfermarias, realizando

adequadamente a anamnese e o exame físico;

Classificar o estado nutricional nas diversas faixas etárias;

Realizar o diagnóstico diferencial e propor o diagnóstico e o plano de tratamento e a prevenção

das doenças dermatológicas, endocrinológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes nas

diversas faixas etárias;

Coletar e registrar de forma organizada os dados da observação clínica e os dados clínicos

evolutivos de uma internação hospitalar;

Solicitar adequadamente os exames subsidiários necessários para esclarecer diagnósticos,

tendo como principio a relação custo-benefício e risco-benefício;

Utilizar os sistemas informatizados ou manuais de solicitação e resultados de exames de

anatomia patológica, patologia clínica e de gerenciamento de consultas e prontuários médicos;

Interpretar resultados de exames laboratoriais, anatomopatológico e de imagem das doenças

dermatológicas, endocrinológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes;

Realizar a prescrição de medicamentos e adequar a posologia de acordo com idade, peso,

doenças concomitantes e reatividade individual;

Identificar os fatores emocionais e físicos que envolvem uma internação;

Realizar anamnese e exame clínico pediátrico com ênfase na semiotécnica especial para

doenças dermatológicas, endocrinológicas, hematológicas e neoplásicas;

Identificar as situações de conduta cirúrgica, de emergência e de urgência;

Realizar em modelos e pacientes a imobilização e pequenos procedimentos;

Realizar de forma satisfatória o Suporte Básico de Vida;

Atitudes

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126

Tomar decisões e agir baseado nos princípios da ética e da bioética;

Apresentar responsabilidades morais e éticas na assistência individual e coletiva da saúde;

Atuar de forma a garantir o direito à saúde, a integralidade da atenção à saúde nos níveis de

complexidade do sistema, garantindo a melhor qualidade;

Relacionar-se com docentes, funcionários, demais discentes e a equipe de saúde da família

cooperando para a efetivação de ações do trabalho em equipe multidisciplinar e interagir de

maneira integrada com os profissionais envolvidos no atendimento;

Agir dentro de seu papel social como um agente de transformação e mudanças, promovendo

estilos de vida saudáveis;

Relacionar-se com os indivíduos e a coletividade, considerando os determinantes sociais,

históricos, culturais e ambientais como fatores essenciais no processo saúde-doença e

respeitando os aspectos culturais, espirituais e religiosos do enfermo, dos familiares e dos

cuidadores;

Estabelecer vínculos com indivíduos e comunidade;

Utilizar linguagem adequada à compreensão do entrevistado;

Atuar em sua entrevista com base nos princípios da ética e da bioética;

Demonstrar atenção, cordialidade e acolhimento do entrevistado durante a entrevista;

Agir com civilidade e confidencialidade, no trato e convivência com colegas, pacientes e seus

familiares;

Estabelecer relação com adultos e idosos, com a família e cuidadores com vistas às ações de

saúde;

Considerar a autonomia e corresponsabilidade do paciente;

Estabelecer vínculos com a gestante, considerando o binômio mãe-filho;

Respeitar a privacidade e a integridade física e moral do paciente, durante a anamnese e exame

físico;

Estabelecer relação com as crianças e os adolescentes, com vistas às ações de saúde nos

cenários de educação e de saúde;

Estabelecer relação com a família das crianças e adolescentes com vistas às ações de saúde;

Relacionar-se com a família das crianças e adolescentes, considerando a complexidade sócio-

histórico-cultural como fator gerador do processo saúde-doença;

Reconhecer a criança como um indivíduo em fase de desenvolvimento e produto de um meio

que depende integralmente do adulto;

Compreender as necessidades físicas e emocionais da criança e adolescente;

Valorizar o relacionamento médico-paciente-família nas ações educativas e na adesão ao

tratamento do paciente pediátrico;

Agir de forma respeitosa na comunicação de notícias à mãe, aos familiares e cuidadores, às

crianças e aos adolescentes;

Reconhecer a importância da documentação médica para o paciente, os familiares, o médico, a

instituição e a sociedade;

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127

Exercer seu papel social de agente de transformação e mudanças dentro de uma visão integral e

de valores éticos e culturais;

Demonstrar que a busca ativa do conhecimento ultrapassa a aquisição passiva e que é

necessária durante toda a vida profissional;

Utilizar traje, postura, apresentação, vocabulário e atitudes adequados à prática médica;

Lidar com as situações de morte como sendo um processo dinâmico e natural;

Identificar suas limitações e encaminhar, adequadamente, as questões, situações e problemas

que fujam do alcance da sua competência a profissionais capacitados;

Agir de acordo com os valores e responsabilidades esperados e os direitos do profissional

médico, frente ao paciente, à equipe de profissionais de saúde e à sociedade;

Mostrar responsabilidade em relação a si mesmo, a seus colegas, à faculdade e à comunidade;

Apresentar habilidades para discussão em grupo, de auto avaliação e para o trabalho na equipe

de saúde;

Relacionar-se com a família das crianças e adolescentes, considerando a complexidade sócio-

histórico-cultural como fator gerador do processo saúde-doença;

Reconhecer a criança como um indivíduo em fase de desenvolvimento e produto de um meio

que depende integralmente do adulto;

Compreender as necessidades físicas e emocionais da criança e adolescente;

Valorizar o relacionamento médico-paciente-família nas ações educativas e na adesão ao

tratamento do paciente pediátrico;

Agir de forma respeitosa na comunicação de notícias à mãe, aos familiares e cuidadores, às

crianças e aos adolescentes;

Reconhecer a importância da documentação médica para o paciente, os familiares, o médico, a

instituição e a sociedade;

Exercer seu papel social de agente de transformação e mudanças dentro de uma visão integral e

de valores éticos e culturais;

Demonstrar que a busca ativa do conhecimento ultrapassa a aquisição passiva e que é

necessária durante toda a vida profissional;

Utilizar traje, postura, apresentação, vocabulário e atitudes adequados à prática médica;

Lidar com as situações de morte como sendo um processo dinâmico e natural;

Identificar suas limitações e encaminhar, adequadamente, as questões, situações e problemas

que fujam do alcance da sua competência a profissionais capacitados;

Agir de acordo com os valores e responsabilidades esperados e os direitos do profissional

médico, frente ao paciente, à equipe de profissionais de saúde e à sociedade;

Mostrar responsabilidade em relação a si mesmo, a seus colegas, à faculdade e à comunidade;

Apresentar habilidades para discussão em grupo, de auto-avaliação e para o trabalho na equipe

de saúde;

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128

7º SEMESTRE/ ETAPA

Unidades Curriculares Conteúdo Objetivo Geral

7.1. Locomoção e Preensão

A morfologia dos músculos estriados

esqueléticos (ventre muscular,

tendões, aponeuroses de inserção e

aponeuroses de revestimento) e

integração dos mesmos com o

sistema esquelético; A placa motora

e o mecanismo de contração

muscular; O Sistema Nervoso

Somático e as áreas encefálicas

relacionadas à locomoção; A marcha

normal; A necessidade de apoio

psicológico aos familiares e

portadores de doenças

incapacitantes; A necessidade de

apoio multiprofissional ao processo

de adaptação e integração social dos

pacientes com perdas locomotoras;

Processo de crescimento ósseo, os

modos de ossificação, a relação

destes processos com a faixa etária e

como se caracteriza a idade óssea; O

trabalho da Medicina Esportiva na

abordagem desses distúrbios, assim

como o trabalho de equipe realizado

para obtenção da recuperação; Os

componentes das diartroses e suas

funções; Fisiopatologia da

osteoartrite, salientando seu caráter

inflamatório comprometendo a

remodelação cartilagínea e

diminuindo a performance articular;

Doença ocupacional causada ou

agravada pelo trabalho;

Fisiopatologia relacionada à DORT

(ibid): condições antiergonômicas e

fatores predisponentes individuais e

ambientais; Sinais e sintomas mais

Reconhecer as estruturas

responsáveis pela

locomoção e preensão, a

abordagem clínica,

terapêutica e o

acompanhamento das

alterações ou perdas

destas funções, incluindo

o apoio psicológico e da

adaptação social;

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129

comuns das DORT (ibid); Abordagem

terapêutica das principais DORT:

medicamentoso, cirúrgico,

fisioterápico e outras alternativas

terapêuticas, incluindo modificações

do ambiente de trabalho; Ação dos

neurônios motores somáticos; Perdas

musculares e degeneração dos

neurônios motores; Políticas públicas

de apoio às doenças crônico-

degenerativas que levam à perda de

locomoção; O tratamento e as

propostas terapêuticas avançadas

(terapia gênica, terapia com células-

tronco, novos medicamentos) para as

doenças degenerativas

neuromusculares; As necessidades

de adaptação dos ambientes para os

portadores de necessidades

especiais, considerando desde a

moradia até as áreas de convívio

social; Aspectos morfofuncionais,

normais e patológicos, e

imagenológicos aplicados à temática

do módulo;

7.2. Distúrbios sensoriais

motores e da consciência

Os principais distúrbios sensoriais,

motores e da consciência,

correlacionando suas possíveis

etiologias com a compreensão

anatomopatológica dos processos

envolvidos; Apresentações clínicas

que possibilitam realizar diagnósticos

sindrômicos, topográficos e

etiológicos das principais entidades

nosológicas estudadas; As manobras

semiológicas e recursos

complementares que contribuem para

a elucidação diagnóstica dos

distúrbios neurológicos; Principais

estratégias terapêuticas

Reconhecer os principais

distúrbios sensoriais,

motores e da consciência,

identificando seus fatores

determinantes,

intervenções terapêuticas

e suas repercussões na

qualidade de vida do

paciente e no seu meio

social;

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130

(farmacológicas e não

farmacológicas) aplicáveis aos

distúrbios sensoriais, motores e da

consciência; Influência de fatores

sociais e comportamentais na gênese

e no agravamento das enfermidades

neurológicas estudadas, bem como

seus possíveis reflexos nas esferas

pessoal, familiar, laborativa e social;

Os dilemas éticos envolvidos no

cuidado aos pacientes com déficits

neurológicos de gravidades diversas;

A valorização da humanização dos

cuidados prestados pela equipe

multiprofissional na promoção da

qualidade de vida do paciente e de

sua inclusão social; Aspectos

morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo;

7.3. Dispneia, Dor Torácica e

Edemas

Distúrbios respiratórios e

cardiovasculares e fatores que

contribuem para o seu

desenvolvimento; Fisiopatologia e

exame físico com base em quadros

clínicos típicos; Aspectos da

epidemiologia dos distúrbios dos

sistemas respiratório e

cardiovascular; Aspectos

morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo;

Levantamento de histórico

e exame físico e

tratamento de distúrbios

dos sistemas circulatório e

respiratório; conhecer os

principais quadros clínicos

desses sistemas que

sejam relevantes e sua

relação com a

epidemiologia clínica;

7.4. Habilidades 7

Prática de exames das extremidades

superiores e coluna juntamente com

práticas de anatomia “in vivo”;

Repetição do treinamento em

enfaixamento, recebido no primeiro

ano, e prática de enfaixamento

preventivo do tornozelo;

Capacidade de examinar

as extremidades

superiores e coluna;

Capacidade de fazer

transições entre as etapas

de uma consulta médica;

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131

Estruturação de consultas e

esclarecimento de pedidos;

Utilização de casos para familiarizar o

estudante com os problemas de

perda de visão e audição; Exame dos

nervos periféricos e cranianos;

exames de estímulo radicular;

Solicitação de mais informações

sobre uma queixa somática;

Prática em diagnósticos físicos do

tórax com auxílio de casos; Prática

em exames laboratoriais para

infeções do trato respiratório;

Estruturação de consultas;

Capacidade de realizar

testes para verificar

redução na visão/audição,

exame neurológico

periférico e exame dos

nervos cranianos;

Capacidade de realizar

diagnósticos do trato

respiratório e testes

laboratoriais simples para

infeções do trato

respiratório;

Estruturação de consultas;

7.5. IESC VII

Sistema de Informação da Atenção

Básica (SIAB);

Distúrbios sensoriais e de

consciência – problemas mais

comuns encontrados;

Papel do médico na Equipe de Saúde

da Família

O CAPS (ibid)e o sistema matricial

em Saúde Mental;

Vínculo e a Relação Médico-paciente;

Dar continuidade à

assistência às famílias

adotadas nas etapas

anteriores;

Conhecer o Sistema de

Informação da Atenção

Básica (SIAB) (ibid);

Realizar consulta

supervisionada pelo

médico da ESF (ibid) da

sua UBS (ibid)(demandas

da agenda rotineira do

médico);

Planejar visita domiciliária

com o médico;

Distúrbios sensoriais e de

consciência;

8º SEMESTRE/ ETAPA

8.1. Desordens Nutricionais e

Metabólicas

Doenças nutricionais e/ou

metabólicas essenciais ou em

decorrência de patologias como

diabetes, alterações de tireoide,

alterações do eixo hipotálamo-

hipofisário, doenças hepáticas,

Capacitar e identificar

problemas de origem

nutricional e metabólica,

tanto pela história clínica

aprofundada e dirigida

como pelo exame físico

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132

doenças consumptivas e doenças

nutricionais e metabólicas da

infância e idade adulta; Aspectos

morfofuncionais, normais e

patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo;

geral e específico como,

pela interpretação de

exames subsidiários;

Saber como e quando

solicitá-los, condições de

coleta, saber orientar e

tranquilizar o paciente;

8.2. Manifestações Externas das

Doenças e Iatrogenias

Problemas que as pessoas

possam ter com sua aparência;

Problemas de pele e outros

aspectos que possam afetar a

aparência e estética de uma

pessoa; Alopecia vitiligo, etc;

Aspectos morfofuncionais, normais

e patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo;

Conhecer e compreender

a etiologia, o diagnóstico e

o tratamento de certo

número de problemas

comuns da pele;

Compreender os vários

fatores físicos e

psicológicos que afetam a

aparência geral e a pele

de uma pessoa e

derivativos da pele em

especial;

8.3. Emergências

Situações e quadros clínicos que

constituem sérias ameaças à

integridade física e mental do

indivíduo e que requerem

intervenção médica imediata; este

bloco tem o objetivo de ser uma

transição para o treinamento

médico prático nos 5º e 6º anos;

Aspectos morfofuncionais, normais

e patológicos, e imagenológicos

aplicados à temática do módulo;

Conhecimento,

compreensão, capacidade

de solucionar problemas,

técnicas práticas

necessárias em situações

que pedem pronto

atendimento;

8.4. Habilidades 8

Exame do paciente com postura

anormal; Técnicas laboratoriais

para alguns distúrbios

dermatológicos comuns;

Capacidade de examinar

anomalias posturais;

Diagnóstico laboratorial de

queixas sobre a

pele/cabelo;

8.5. IESC VIII

Demandas da UBS (ibid) e

planejamento de ações em nível

local;

Acompanhar consulta

médica dos pacientes

agendados na UBS (ibid);

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133

A consulta médica e sua

organização;

Diagnóstico e tratamento na

atenção básica;

Acompanhamento de pacientes

com problemas mentais;

O CAPS (ibid) como referencial

para o atendimento e para a

Educação Permanente;

Acompanhamento das

famílias com pacientes de

Saúde Mental;

Acompanhar dos

momentos de EP em

Saúde Mental para os

funcionários;

Participar das atividades

individuais e em grupo nos

CAPS de referência;

DESEMPENHOS A SEREM ATINGIDOS AO FINAL DO 70 e 80 Semestres:

Conhecimentos

Descrever os aspectos míticos relacionados à doença mental;

Descrever as características e a técnica da anamnese psiquiátrica e do exame mental;

Identificar o funcionamento normal e patológico da mente e do comportamento;

Descrever o quadro clínico, etiologia, fisiopatologia e condutas psicológicas ou psiquiátricas,

terapêutica medicamentosa e complementares, evolução e prognóstico e a prevenção dos

principais transtornos mentais e do comportamento: Dependência Química, Esquizofrenia,

Transtornos Bipolares;

A área de atuação do médico, no sistema de atenção à saúde da criança (recém-nascidos,

lactentes, crianças e adolescentes), de atenção à saúde da mulher e de atenção à saúde ao

adulto, incluindo a educação e promoção à saúde e os programas de Saúde da Família;

A área de atuação do médico, no sistema de atenção à saúde mental;

A aplicação dos princípios básicos de técnica cirúrgica e da semiotécnica cirúrgica;

A correlação dos aspectos anatomohistopatológicos com o quadro clínico, laboratorial e de

imagem das doenças;

A interação entre fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais no processo saúde-

doença;

As bases fisiopatológicas e farmacológicas das intervenções terapêuticas medicamentosas,

nutricionais e complementares;

A integração de conhecimentos das ciências básicas e clínicas;

Descrever quadro clínico, etiologia e prevenção, fisiopatologia e aspectos histopatológicos,

diagnósticos diferenciais e exames complementares laboratoriais e de imagem indicados para

diagnóstico das principais doenças da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e

linfáticas e das doenças ortopédicas;

Descrever as principais situações de urgências e emergências cirúrgicas das doenças da

cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas e das doenças ortopédicas;

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134

Citar as indicações, descrever o preparo do paciente e o procedimento dos exames de

ultrassom, radiografias simples e contrastadas, cintilografias, tomografias e ressonância

magnética e sua interpretação nas doenças prevalentes da cabeça e pescoço, das doenças

arteriais, venosas e linfáticas e das doenças ortopédicas

Descrever indicações cirúrgicas, terapêutica medicamentosa e complementar, evolução e

prognóstico assim como a ação terapêutica e efeitos colaterais dos medicamentos das principais

entidades nosológicas cirúrgicas da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e

linfáticas e das doenças ortopédicas;

Descrever a avaliação e preparo e cuidados pré-operatórios e os procedimentos anestésicos

nas diferentes faixas etárias para cirurgias da cabeça e pescoço, vasculares e ortopédicas;

Descrever resumidamente o procedimento cirúrgico, sua duração, necessidade de internação,

complicações e evolução pós-operatória;

Descrever as principais órteses e próteses utilizadas nas doenças cirúrgicas da cabeça e

pescoço, doenças vasculares e ortopédicas;

Descrever aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença;

Descrever as ações preventivas na promoção da saúde, as rotinas de atendimento em UBS, e a

importância do trabalho de equipe no controle da saúde do adulto;

Descrever quadro clínico, exames complementares, condutas terapêuticas e a prevenção das

principais doenças cirúrgicas da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas

e das doenças ortopédicas abordáveis no âmbito da atenção básica;

Descrever o exercício profissional na atenção básica de saúde e saúde coletiva na ótica da

integração multiprofissional do atendimento à saúde do adulto;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das enfermidades prevalentes no atendimento primário á

saúde do adulto;

Descrever a importância da família e do ambiente sobre a saúde do adulto;

Descrever as ações preventivas na promoção da saúde do adulto, em especial a prevenção das

principais doenças da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas e das

doenças ortopédicas da criança;

Explicar os sistemas de referência e contra-referência para cirurgia;

Descrever as rotinas dos serviços multiprofissionais na ABS;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde da criança;

Nomear e explicar a indicação e utilização do instrumental, materiais cirúrgicos e de síntese

utilizados em cirurgias da cabeça e pescoço, vasculares e ortopédicas;

Descrever as características especiais do preparo do paciente, dos cuidados para prevenção de

complicações e do procedimento anestésico em cirurgias da cabeça e pescoço, vasculares e

ortopédicas;

Descrever as técnicas para curativos e imobilização do paciente após cirurgias de cabeça e

pescoço e cirurgias vasculares, sua duração, necessidade de internação, complicações e

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135

evolução;

Descrever as técnicas para curativos e imobilização do paciente ortopédico, e as técnicas de

colocação de talas, aparelhos gessados e tração, sua duração,necessidade de internação,

complicações e evolução;

Descrever o quadro clínico, os fundamentos fisiopatológicos, as características

anatomopatológicas e radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial,

condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das afecções neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes, agudas e crônicas do lactente, criança e do adolescente;

Listar os exames subsidiários necessários para esclarecer diagnósticos, tendo como principio a

relação para o lactente, criança e seus familiares;

Descrever os medicamentos com ação nas principais doenças neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes em pediatria;

Citar os efeitos negativos da hospitalização e enumerar as vantagens do acompanhamento da

mãe, durante uma internação hospitalar;

Descrever o quadro clínico, os fundamentos fisiopatológicos, as características

anatomopatológicas e radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial,

condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das Urgências e Emergências prevalentes do

lactente, criança e do adolescente;

Descrever o quadro clínico, os fundamentos fisiopatológicos, as características

anatomopatológicas e radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial,

condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das urgências e emergências neurológicas,

oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes, do lactente, criança e do adolescente;

Descrever a participação do especialista na atenção básica à saúde do lactente, criança e do

adolescente;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das enfermidades prevalentes no atendimento primário à

saúde do lactente, criança e do adolescente

Descrever as rotinas dos ambulatórios de especialidades na ABS;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde do lactente, criança e

adolescente;

Descrever quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, os exames

complementares condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das principais doenças do

aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Descrever as indicações e rotinas de acompanhamento do Pré-Natal de alto risco;

Descrever quadro clínico, exames complementares para diagnóstico, condutas clínicas e

cirúrgicas, e, prognósticos das gestações de alto risco;

Descrever as indicações, o preparo da paciente, o procedimento anestésico e a técnica cirúrgica

do parto cirúrgico;

Descrever quadro clínico, exames complementares para diagnóstico, condutas clínicas e

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136

cirúrgicas, evolução e prognóstico de situações de aborto e de complicações do abortamento

provocado;

Descrever quadro clínico, exames complementares para diagnóstico, condutas clínicas e

cirúrgicas, evolução e prognóstico das complicações no período puerperal;

Discutir as situações de aborto (espontâneo e provocado) e perda fetal, e outras situações em

obstetrícia e ginecologia do ponto de vista médico e ético-legal;

Descrever os aspectos éticos legais relacionados às doenças e situações

ginecológicas e gestacionais;

Descrever as alterações do exame físico e exame ginecológico, colposcopia e palpação

observadas em doenças ginecológicas e das mamas;

Descrever quadro clínico, etiologia e conduta nas urgências e emergências ginecológicas;

Descrever quadro clínico, etiologia e conduta nas urgências e emergências gestacionais;

Descrever quadro clínico, etiologia e conduta nas hemorragias uterinas;

Descrever quadro clínico, etiologia e conduta nas gestações ectópicas;

Descrever os sinais de óbito fetal, etiologias e condutas;

Descrever os sinais de abortamento espontâneo, etiologias, condutas e complicações;

Descrever os sinais de parto prematuro, DPP e PP;

Descrever os sinais de abortamento provocado, os métodos, drogas e instrumentos abortivos,

as complicações e as condutas;

Citar as causas de ocorrência de sofrimento fetal agudo e as condutas medicamentosas e de

urgência;

Descrever a participação do especialista na atenção básica à saúde da mulher;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das enfermidades prevalentes no atendimento primário à

saúde da mulher;

Descrever as rotinas dos ambulatórios de especialidades na ABS;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde da mulher;

Descrever o quadro clínico, os fundamentos fisiopatológicos, as características

anatomopatológicas e radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial,

condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das afecções neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes, agudas e crônicas do adulto;

Listar os exames subsidiários necessários para esclarecer diagnósticos, tendo como principio a

relação custo-benefício e risco-benefício para o paciente e seus familiares;

Descrever os medicamentos com ação nas principais doenças neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes na clínica médica;

Descrever os aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença, com

ênfase aos relacionados ao tratamento e à adesão ao tratamento;

Descrever os procedimentos para avaliação de doenças neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes na clínica médica;

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137

Descrever a anamnese e exame físico dirigidos para afecções neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes na clínica médica;

Descrever os exames complementares de avaliação neurológica, oftalmológica e

otorrinolaringológica;

Descrever o quadro clínico, os fundamentos fisiopatológicos, as características

anatomopatológicas e radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial,

condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das Urgências e Emergências prevalentes do

adulto;

Descrever o quadro clínico, os fundamentos fisiopatológicos, as características

anatomopatológicas e radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial,

condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das urgências e emergências neurológicas,

oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes do adulto

Descrever a participação do especialista na atenção básica à saúde do adulto;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das enfermidades prevalentes no atendimento primário à

saúde do adulto;

Descrever as rotinas dos ambulatórios de especialidades na ABS;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde do adulto;

Descrever quadro clínico, etiologia e prevenção, fisiopatologia e aspectos histopatológicos,

diagnósticos diferenciais e exames complementares laboratoriais e de imagem indicados para

diagnóstico das principais doenças cirúrgicas em oftalmologia, otorrinolaringologia, neurocirurgia

e cirurgias estética e reparadoras

Descrever as principais situações de urgências e emergências cirúrgicas das principais doenças

cirúrgicas em oftalmologia, otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias estéticas e reparadoras;

Citar as indicações, descrever o preparo do paciente e o procedimento dos exames de

Ultrassom;Rx simples e contrastados, cintilografias, tomografias e ressonância magnética e sua

interpretação nas principais doenças cirúrgicas em oftalmologia, otorrinolaringologia,

neurocirurgia e cirurgias estéticas e reparadoras;

Descrever indicações cirúrgicas, terapêutica medicamentosa e complementar, evolução e

prognóstico, assim como a ação terapêutica e efeitos colaterais dos medicamentos das

principais entidades nosológicas cirúrgicas em oftalmologia, otorrinolaringologia, neurocirurgia e

cirurgias estéticas e reparadoras

Citar as indicações e descrever a técnica cirúrgica para as principais entidades nosológicas

cirúrgicas em: oftalmologia, otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias estéticas e

reparadoras;

Descrever a avaliação e preparo e cuidados pre-operatórios e os procedimentos anestésicos

nas diferentes faixas etárias para cirurgias em oftalmologia, otorrinolaringologia, neurocirurgia e

cirurgias estéticas e reparadoras;

Descrever resumidamente o procedimento cirúrgico, sua duração, necessidade de internação,

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138

complicações e evolução pós-operatória;

Descrever as principais órteses e próteses utilizadas nas doenças cirúrgicas em oftalmologia,

otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias estéticas e reparadoras

Descrever quadro clínico, etiologia e prevenção, fisiopatologia e aspectos histopatológicos,

diagnósticos diferenciais e exames complementares laboratoriais e de imagem indicados para

diagnóstico das principais situações de urgências e emergências cirúrgicas abdominais

(Abdome Agudo inflamatório, traumático e perfurativo; Obstrução Intestinal; Hemorragia

Digestiva alta e baixa, roturas de baço e Fígado);

Citar as indicações, descrever o preparo do paciente e o procedimento dos exames de

Ultrassom, Rx simples e contrastados, cintilografias, tomografias e ressonância magnética e sua

interpretação;

Descrever indicações e a técnica cirúrgica, a avaliação e preparo e cuidados pré-operatórios e

os procedimentos anestésicos, a terapêutica medicamentosa e complementar, evolução e

prognóstico assim como a ação terapêutica e efeitos colaterais dos medicamentos das principais

situações de urgências e emergências cirúrgicas abdominais e do queimado;

Descrever o procedimento cirúrgico, sua duração, necessidade de internação, complicações e

evolução pós-operatória

Descrever aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença;

Nomear e explicar a indicação e utilização do instrumental, materiais cirúrgicos e de síntese

utilizados em cirurgias em oftalmologia, otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias abdominais

de urgência;

Descrever as características especiais do preparo do paciente, dos cuidados para prevenção de

complicações e do procedimento anestésico em cirurgias em oftalmologia, otorrinolaringologia,

neurocirurgia e cirurgias abdominais de urgência;

Descrever as técnicas para curativos e imobilização do paciente após cirurgias em oftalmologia,

otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias abdominais de urgência, incluindo sua duração,

necessidade de internação, complicações e evolução;

Descrever a participação do especialista na atenção básica à saúde do adulto;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das enfermidades prevalentes no atendimento primário à

saúde do adulto;

Descrever as rotinas dos ambulatórios de especialidades na ABS;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde do adulto;

Descrever o quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das principais alterações nas doenças nutricionais e

decorrentes da atividade física da criança e do adolescente;

Descrever o quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das principais alterações e doenças relacionadas à

sexualidade na adolescência;

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139

Descrever o quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das afecções clínicas;

Descrever o quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das doenças reumatológicas prevalentes da criança e do

adolescente;

Descrever o quadro clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das afecções clínicas dos sistemas cardiovascular,

respiratório e urinário, do aparelho genital masculino, da criança e do adolescente;

Listar os exames subsidiários necessários para esclarecer diagnósticos, tendo como principio a

relação custo-benefício e risco-benefício para a criança e seus familiares;

Descrever os medicamentos com ação nas principais alterações e doenças: nutricionais,

decorrentes da atividade física, afecções clínicas dos sistemas cardiovascular, respiratório e

urinário, do aparelho genital masculino, da criança e do adolescente, e nas doenças

relacionadas à sexualidade na adolescência;

Citar os efeitos negativos da hospitalização e enumerar as vantagens do acompanhamento da

mãe, durante uma internação hospitalar;

Descrever o suporte básico e avançado de vida no atendimento de Urgência de crianças e

adolescentes em situação crítica;

Descrever o quadro clínico, fundamentos fisiopatológicos, características anatomopatológicas e

radiológicas, exames complementares indicados, diagnóstico diferencial, condutas terapêuticas

e a prevenção das urgências e emergências nas alterações e doenças: nutricionais, decorrentes

da atividade física, afecções clínicas dos sistemas cardiovascular, respiratório e urinário, do

aparelho genital masculino, da criança e do adolescente, e nas doenças relacionadas à

sexualidade na adolescência;

Descrever o quadro clínico e condutas terapêuticas indicadas no atendimento de Urgências e

Emergências prevalentes da criança e do adolescente;

Conceituar morte encefálica;

Citar as medidas para a manutenção do potencial doador de órgãos;

Descrever a participação do especialista na atenção básica à saúde da criança e do

adolescente;

Descrever o quadro clínico e os exames complementares, o diagnóstico diferencial, condutas

terapêuticas indicadas e a prevenção das enfermidades prevalentes no atendimento primário à

saúde da criança e do adolescente;

Descrever as rotinas dos ambulatórios de especialidades na ABS;

Descrever a importância do trabalho de equipe no controle da saúde da criança e adolescente;

Seminário Temático de Integração Integração dos conteúdos abordados do 1° ao 8° períodos do

curso, contemplando os componentes curriculares envolvidos para o desenvolvimento de um

tema transversal;

Integrar os conteúdos desenvolvidos do 1° ao 6° períodos do curso ao desenvolver

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140

apresentações sobre temas abrangentes;

Habilidades

Identificar as alterações do funcionamento normal da mente e do comportamento;

Identificar os componentes emocionais e comportamentais apresentados pelos pacientes;

Orientar o atendimento apropriado de pacientes com alterações emocionais, comportamentais e

psicopatológicas;

Realizar a anamnese psiquiátrica e o exame mental;

Utilizar os sistemas informatizados ou manuais de solicitação e resultados de exames de

anatomia patológica, patologia clínica e de gerenciamento de consultas e prontuários médicos;

Participar de necropsias auxiliando o patologista responsável;

Preparar lâminas para exame histopatológico;

Interpretar laudos anatomopatológicos das doenças prevalentes, clínicas e cirúrgicas, do trato

digestório e anexos;

Adequar a posologia de medicamentos de acordo com a reatividade individual;

Avaliar a segurança e a eficácia de um ou mais fármacos utilizados em distúrbios que envolvem a

dor, a inflamação e a infecção, considerando a lista de medicamentos essenciais;

Avaliar a segurança e a eficácia de um ou mais fármacos utilizados nas doenças prevalentes,

clínicas e cirúrgicas, do trato digestório e anexos, considerando a lista de medicamentos

essenciais;

Indicar os medicamentos com ação nas enfermidades prevalentes do trato digestório e anexos,

dos sistemas respiratório e cardiovascular do RN, lactente, pré-escolar, escolar e adolescente e

os anestésicos inalatórios, venosos e locais;

Realizar a prescrição de medicamentos;

Realizar uma apresentação oral em público utilizando as orientações, técnicas de controle

emocional e técnicas facilitadoras;

Fazer apresentações orais com diferentes estratégias didáticas;

Utilizar adequadamente recursos audiovisuais / multimídia;

Escrever um planejamento de uma aula/palestra;

Escrever um planejamento para apresentação de caso;

Participar de dramatizações de entrevistas de seleção ou mídia;

Organizar uma das atividades de um mini-congresso;

Participar de uma das atividades de um mini-congresso;

Identificar as alterações do funcionamento normal da mente e do comportamento;

Identificar os componentes emocionais e comportamentais apresentados pelos pacientes;

Orientar o atendimento apropriado de pacientes com alterações emocionais, comportamentais e

psicopatológicas;

Realizar a anamnese psiquiátrica e o exame mental;

Realizar sob supervisão o atendimento do adulto, anamnese, exame clínico, diagnóstico

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sindrômico e proposição de hipóteses diagnósticas, com ênfase em doenças nutricionais,

endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes no adulto;

Diagnosticar e conduzir as principais situações de urgências e emergências clínicas e cirúrgicas

decorrentes de doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e

neoplásicas prevalentes no adulto;

Identificar e diagnosticar as lesões de pele mais comuns;

Diagnosticar e conduzir as principais doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas

hematológicas e neoplásicas prevalentes no adulto que necessitam de abordagem clínica e/ou

cirúrgica;

Prescrever as terapêuticas medicamentosas e complementares das principais doenças

nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas hematológicas e neoplásicas (quimio e

radioterapia) prevalentes no adulto;

Prescrever as terapias nutricionais das principais doenças nutricionais, endocrinológicas,

dermatológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes no adulto;

Indicar nutrição parenteral em adultos;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença do adulto;

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Participar de programas de rastreamento e prevenção das principais doenças nutricionais,

endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes no adulto;

Participar de programas de orientação aos adultos;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento ao adulto na UBS, realizando adequadamente a

anamnese, o exame físico completo, discutir os possíveis diagnósticos diferenciais e propor a

hipótese diagnóstica, solicitar exames complementares laboratoriais e de imagem de rotina ou

para investigação diagnóstica;

Identificar as principais doenças nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e

neoplásicas prevalentes no adulto;

Aplicar os princípios da Nutrição no atendimento aos adultos e com as principais síndromes

orgânicas;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença do adulto e do

idoso;

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Realizar as medidas antropométricas, classificar o estado nutricional e diagnosticar as alterações

nutricionais do adulto e do idoso

Realizar a anamnese e exame físico dirigidos para doenças nutricionais, endocrinológicas,

dermatológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes no adulto;

Indicar, acompanhar o paciente e interpretar exames de imagem para diagnóstico das doenças

nutricionais, endocrinológicas, dermatológicas, hematológicas e neoplásicas prevalentes no

adulto;

Realizar a orientação ao paciente diabético da avaliação da glicemia e utilização de insulina;

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Realizar a avaliação da glicemia e aplicação de insulina;

Prescrever Nutrição Parenteral e orientar a preparação e a instalação (acesso venoso, cuidados

com frascos, filtros, etc.);

Identificar as complicações e efeitos colaterais da radio e quimioterapia;

Participar do recrutamento e exames dos doadores;

Realizar sob supervisão a coleta, classificação, separação e estoque dos diferentes componentes

do sangue;

Indicar e prescrever transfusões;

Realizar anamnese e exame físico dirigidos, diagnosticar e propor conduta e tratamento para as

principais doenças da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas e das

doenças ortopédicas;

Identificar as situações de urgências e emergências cirúrgicas;

Solicitar e Interpretar os exames complementares laboratoriais e de imagem para diagnóstico e

os exames pré-operatórios necessários;

Indicar o tratamento cirúrgico;

Explicar o prognóstico ao paciente ou sua família;

Propor esquema terapêutico medicamentoso;

Realizar, sob supervisão, a avaliação e preparo pré-operatório, procedimentos anestésicos e o

acompanhamento, cuidados básicos e hidratação no pós-operatório;

Identificar as complicações que ocorrem no pós-operatório e propor as condutas adequadas;

Explicar para o paciente a duração, necessidade de internação, complicações e evolução das

cirurgias de cabeça e pescoço, cirurgias vasculares e ortopédicas;

Identificar complicações na evolução das cirurgias de cabeça e pescoço, cirurgias vasculares e

das imobilizações e cirurgias ortopédicas;

Identificar as principais órteses e próteses utilizadas nas doenças cirúrgicas da cabeça e

pescoço, doenças vasculares e ortopédicas;

Aplicar os fundamentos da cirurgia na realização de atividades práticas;

Executar procedimentos fundamentais à assistência ao paciente cirúrgico;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença com ênfase aos

relacionados aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos;

Participar de programas de rastreamento e prevenção das principais doenças cirúrgicas da

cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas e das doenças ortopédicas

abordáveis no âmbito da atenção básica;

Participar como educador da saúde com atividades na comunidade para promoção da saúde e

prevenção das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação;

Desenvolver sob supervisão ações de promoção, prevenção e diagnóstico das principais doenças

cirúrgicas da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas e das doenças

ortopédicas abordáveis no âmbito da atenção básica;

Indicar e interpretar exames laboratoriais e de imagem para avaliação das principais doenças

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143

cirúrgicas da cabeça e pescoço, das doenças arteriais, venosas e linfáticas e das doenças

ortopédicas abordáveis no âmbito da atenção básica;

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Interpretar os exames complementares laboratoriais e de imagem para diagnóstico e os exames

pré-operatórios necessários;

Realizar curativos e imobilização do paciente após cirurgias de cabeça e pescoço e cirurgias

vasculares;

Realizar curativos e imobilização do paciente ortopédico, as técnicas de colocação de talas,

aparelhos gessados e tração;

Comportar-se de forma adequada e cuidadosa com relação às diferentes situações de exposição

aos riscos biológicos;

Avaliar sua prática no trabalho conjunto com outros profissionais da área da saúde;

Aplicar os dados epidemiológicos, testes estatísticos simples e, conhecimentos de genética de

populações na resolução de problemas em saúde, de planejamento em saúde e de ações de

promoção, prevenção e vigilância em saúde;

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração de

hipóteses;

Buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e os

objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações;

Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e futuro

profissional de saúde;

Utilizar grafia legível para o preenchimento dos documentos médico-legais (atestados,

prescrições, declarações e notificações);

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento ao lactente, à criança e ao adolescente em

ambulatórios e enfermarias, realizando adequadamente a anamnese, o exame físico e as

medidas antropométricas, diagnóstico diferencial, condutas terapêuticas indicadas e a prevenção

das doenças prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em ambulatórios e enfermarias, realizando

adequadamente a anamnese, o exame físico, diagnóstico e conduta inicial nas afecções

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes, agudas e crônicas, do lactente,

da criança e do adolescente;

Intervir adequadamente em situações de risco

Coletar e registrar de forma organizada os dados da observação clínica pediátrica e os dados

clínicos evolutivos de uma internação hospitalar;

Interpretar resultados de exames laboratoriais, anatomopatológicos e de imagem das doenças

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes do lactente, criança e do

adolescente;

Identificar critérios para internação e alta em pediatria;

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144

Indicar os medicamentos com ação nas doenças neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes do lactente, pre-escolar, escolar e adolescente;

Realizar a prescrição de medicamentos e otimizar a posologia de acordo com idade, peso,

doenças concomitantes e reatividade individual;

Identificar os fatores emocionais e físicos que envolvem uma internação;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico e condutas nas Urgências e Emergências prevalentes

do lactente, criança e do adolescente;

Realizar sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico da situação e condutas das Urgências e Emergências

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes do lactente, criança e do

adolescente;

Realizar Exame do fundo de olho em lactente, crianças;

Retirar corpos estranhos de orelhas externas e narinas;

Indicar corretamente e realizar lavagem ocular;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo ao lactente, criança e adolescente na

UBS e na comunidade e ações de promoção à saúde do lactente, criança e adolescente, nos

seus aspectos biopsicossociais;

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo em ambulatórios e enfermarias das

principais doenças do aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Interpretar os exames complementares, laboratoriais e de imagem das principais doenças do

aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Identificar as anormalidades e as alterações psicológicas durante a gestação;

Identificar e acompanhar gestações de risco;

Participar de cirurgias ginecológicas e do parto cirúrgico;

Propor esquemas terapêuticos;

Identificar situações de aborto (espontâneo e provocado) e perda fetal;

Realizar a colposcopia, identificar anormalidades e propor diagnóstico e conduta;

Identificar e diagnosticar urgências e emergências ginecológicas e gestacionais

Diagnosticar e conduzir adequadamente as hemorragias uterinas, gestações ectópicas,

abortamento espontâneo e provocado, parto Prematuro, DPP e PP;

Identificar os sinais de óbito fetal e conduzir adequadamente;

Identificar sofrimento fetal agudo, diagnosticar a etiologia e conduzir adequadamente;

Diagnosticar e conduzir as complicações no período puerperal;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo em UBS, das principais doenças do

aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Solicitar e interpretar exames complementares laboratoriais e de imagem de rotina ou para

investigação diagnóstica durante o exame ginecológico no âmbito da atenção básica;

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145

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

Identificar gestações de risco e conduzir adequadamente;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença da mulher e na

gestação e puerpério;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento ao paciente adulto em ambulatórios e

enfermarias, realizando adequadamente a anamnese, o exame físico e as medidas

antropométricas, diagnóstico diferencial, condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das

doenças prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em ambulatórios e enfermarias, realizando

adequadamente a anamnese, o exame físico, diagnóstico e conduta inicial nas afecções

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes, agudas e crônicas do adulto;

Intervir adequadamente em situações de risco;

Coletar e registrar de forma organizada os dados da observação clínica e os dados clínicos

evolutivos de uma internação hospitalar;

Utilizar os sistemas informatizados ou manuais de solicitação e resultados de exames de

anatomia patológica, patologia clínica e de gerenciamento de consultas e prontuários médicos;

Interpretar resultados de exames laboratoriais, anatomopatológico e de imagem das doenças

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Identificar critérios para internação e alta

Indicar os medicamentos com ação nas doenças neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes

Realizar a prescrição de medicamentos e otimizar a posologia, de acordo com idade, peso,

doenças concomitantes e reatividade individual;

Identificar os fatores emocionais e físicos que envolvem uma internação;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico da situação e condutas das Urgências e Emergências

prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico e condutas das Urgências e Emergências neurológicas,

oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Realizar a anamnese e exame físico geral e especial dirigidos para afecções neurológicas,

oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes na clínica médica;

Realizar exame do fundo de olho;

Identificar e conduzir as situações de corpos estranhos de olhos, orelhas externas e narinas;

Indicar corretamente e realizar lavagem ocular;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo ao adulto na UBS e na comunidade e

ações de promoção à saúde do adulto, nos seus aspectos biopsicossociais;

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença do adulto;

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146

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Realizar anamnese e exame físico dirigidos, diagnosticar e propor conduta e tratamento para as

principais doenças cirúrgicas em oftalmologia, otorrinolaringologia e neurocirurgia;

Identificar as situações de urgências e emergências cirúrgicas;

Realizar sob supervisão docente, o atendimento ao paciente adulto em ambulatórios e

enfermarias realizando adequadamente a anamnese, o exame físico, diagnóstico e conduta inicial

nas afecções cirúrgicas neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Indicar o tratamento cirúrgico;

Solicitar os exames complementares laboratoriais e de imagem para diagnóstico e os exames

pré-operatórios necessários;

Interpretar resultados de exames laboratoriais, anatomopatológico e de imagem das doenças

cirúrgicas neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes

Explicar o prognóstico ao paciente ou sua família;

Propor esquema terapêutico medicamentoso;

Realizar, sob supervisão docente, a avaliação e preparo pré-operatório, procedimentos

anestésicos e o acompanhamento, cuidados básicos e hidratação no pós-operatório;

Identificar as complicações que ocorrem no PO imediato e propor as condutas adequadas;

Intervir adequadamente em situações de risco;

Coletar e registrar, de forma organizada, os dados da observação clínica e os dados clínicos

evolutivos de uma internação hospitalar;

Indicar os medicamentos com ação nas doenças cirúrgicas neurológicas, oftalmológicas,

otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias estéticas e reparadoras;

Realizar a prescrição de medicamentos e otimizar a a posologia de acordo com idade, peso,

doenças concomitantes e reatividade individual;

Identificar os fatores emocionais e físicos que envolvem uma internação;

Realizar sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico e condutas nas Urgências e Emergências prevalentes

do lactente, criança e do adolescente;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico da situação e condutas das Urgências e Emergências

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes do lactente, criança e do

adolescente;

Realizar exame do fundo de olho em lactente, crianças;

Retirar corpos estranhos de orelhas externas e narinas;

Indicar corretamente e realizar lavagem ocular;

Realizar sob supervisão docente, o atendimento completo ao lactente, criança e adolescente na

UBS e na comunidade e ações de promoção à saúde do lactente, criança e adolescente, nos

seus aspectos biopsicossociais

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

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147

Realizar sob supervisão docente, o atendimento completo em ambulatórios e enfermarias das

principais doenças do aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Interpretar os exames complementares, laboratoriais e de imagem das principais doenças do

aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Identificar as anormalidades e as alterações psicológicas durante a gestação;

Identificar acompanhar gestações de risco;

Participar de cirurgias ginecológicas e do parto cirúrgico;

Propor esquemas terapêuticos;

Identificar situações de aborto (espontâneo e provocado) e perda fetal;

Realizar a colposcopia, identificar anormalidades e propor diagnóstico e conduta;

Identificar e diagnosticar urgências e emergências ginecológicas e gestacionais;

Diagnosticar e conduzir adequadamente as hemorragias uterinas, gestações ectópicas,

abortamento espontâneo e provocado, parto Prematuro, DPP e PP;

Identificar os sinais de óbito fetal e conduzir adequadamente;

Identificar sofrimento fetal agudo, diagnosticar a etiologia e conduzir adequadamente;

Diagnosticar e conduzir as complicações no período puerperal;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo em UBS, das principais doenças do

aparelho reprodutor feminino, da mama e da gestação, parto e puerpério;

Solicitar e interpretar exames complementares laboratoriais e de imagem de rotina ou para

investigação diagnóstica durante o exame ginecológico no âmbito da atenção básica;

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

Identificar gestações de risco e conduzir adequadamente;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença da mulher e na

gestação e puerpério;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento ao paciente adulto em ambulatórios e

enfermarias, realizando adequadamente a anamnese, o exame físico e as medidas

antropométricas, diagnóstico diferencial, condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das

doenças prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em ambulatórios e enfermarias, realizando

adequadamente a anamnese, o exame físico, diagnóstico e conduta inicial nas afecções

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes, agudas e crônicas do adulto;

Interpretar resultados de exames laboratoriais anatomopatológico e de imagem das doenças

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Identificar critérios para internação e alta;

Indicar os medicamentos com ação nas doenças neurológicas, oftalmológicas e

otorrinolaringológicas prevalentes;

Realizar a prescrição de medicamentos e otimizar a posologia de acordo com idade, peso,

doenças concomitantes e reatividade individual;

Identificar os fatores emocionais e físicos que envolvem uma internação;

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148

Realizar sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico da situação e condutas das Urgências e Emergências

prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico e condutas das Urgências e Emergências neurológicas,

oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Realizar a anamnese e exame físico geral e especial dirigidos para afecções neurológicas,

oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes na clínica médica

Realizar exame do fundo de olho;

Identificar e conduzir as situações de corpos estranhos de olhos, orelhas externas e narinas;

Indicar corretamente e realizar lavagem ocular;

Realizar sob supervisão docente, o atendimento completo ao adulto na UBS e na comunidade e

ações de promoção à saúde do adulto, nos seus aspectos biopsicossociais

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

Identificar os aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença do adulto;

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Identificar as situações de urgências e emergências cirúrgicas;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento ao paciente adulto em ambulatórios e

enfermarias realizando adequadamente a anamnese, o exame físico, diagnóstico e conduta inicial

nas afecções cirúrgicas neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Indicar o tratamento cirúrgico;

Solicitar os exames complementares laboratoriais e de imagem para diagnóstico e os exames

pré-operatórios necessários;

Interpretar resultados de exames laboratoriais, anatomopatológico e de imagem das doenças

cirúrgicas neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes;

Explicar o prognóstico ao paciente ou sua família;

Propor esquema terapêutico medicamentoso;

Realizar sob supervisão a avaliação e preparo pré-operatório, procedimentos anestésicos e o

acompanhamento, cuidados básicos e hidratação no pós-operatório;

Identificar as complicações que ocorrem no PO imediato e propor as condutas adequadas;

Intervir adequadamente em situações de risco;

Coletar e registrar de forma organizada os dados da observação clínica e os dados clínicos

evolutivos de uma internação hospitalar;

Indicar os medicamentos com ação nas doenças cirúrgicas neurológicas, oftalmológicas,

otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias estéticas e reparadoras;

Realizar a prescrição de medicamentos e otimizar a posologia de acordo com idade, peso,

doenças concomitantes e reatividade individual;

Identificar os fatores emocionais e físicos que envolvem uma internação;

Realizar; sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

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149

adequadamente a avaliação, diagnóstico da situação e condutas das Urgências e Emergências

prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em enfermarias e PSI, realizando

adequadamente a avaliação, diagnóstico e condutas das Urgências e Emergências cirúrgicas

neurológicas, oftalmológicas, otorrinolaringológicas prevalentes e nas situações de urgências e

emergências cirúrgicas abdominais e do Queimado;

Realizar a anamnese e exame físico geral e especial dirigidos para afecções cirúrgicas

neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas prevalentes e nas situações de urgências e

emergências cirúrgicas abdominais e do Queimado;

Explicar para o paciente a duração, necessidade de internação, complicações e evolução das

cirurgias;

Identificar complicações na evolução das cirurgias em oftalmologia, otorrinolaringologia,

neurocirurgia e emergências cirúrgicas abdominais;

Identificar as principais órteses e próteses utilizadas nas doenças cirúrgicas em oftalmologia,

otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgias estéticas e reparadoras;

Aplicar os fundamentos da cirurgia na realização de atividades práticas;

Executar procedimentos fundamentais à assistência ao paciente cirúrgico;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença com ênfase aos

relacionados aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos;

Indicar e interpretar exames laboratoriais e de imagem para avaliação das principais doenças

cirúrgicas em oftalmologia, otorrinolaringologia e neurocirurgia no âmbito da atenção básica;

Interpretar os exames complementares laboratoriais e de imagem para diagnóstico e os exames

pré-operatórios necessários;

Realizar curativos e imobilização do paciente após cirurgias;

Comportar-se de forma adequada e cuidadosa com relação às diferentes situações de exposição

aos riscos biológicos;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo ao adulto na UBS e na comunidade e

ações de promoção à saúde do adulto, nos seus aspectos biopsicossociais;

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

Identificar aspectos psicológicos e sociais envolvidos no processo saúde-doença do adulto;

Identificar os limites de atendimento, a necessidade e o momento de encaminhar ao especialista;

Participar de programas de rastreamento e prevenção das principais doenças cirúrgicas em

oftalmologia, otorrinolaringologia e neurocirurgia abordáveis no âmbito da atenção básica;

Participar como educador da saúde com atividades na comunidade para promoção da saúde e

prevenção das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação;

Avaliar sua prática no trabalho em conjunto com outros profissionais da área da saúde;

Aplicar os dados epidemiológicos, testes estatísticos simples e, conhecimentos de genética de

populações na resolução de problemas em saúde, de planejamento em saúde e de ações de

promoção, prevenção e vigilância em saúde;

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150

Lidar com o pensamento científico e crítico, compreender e aplicar o processo de elaboração de

hipóteses, buscar seus objetivos de aprendizado, levando em conta suas deficiências, aptidões e

os objetivos do período;

Buscar e manusear adequadamente as informações;

Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e futuro

profissional de saúde;

Utilizar grafia legível para o preenchimento dos documentos médico-legais (atestados,

prescrições, declarações e notificações);

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento à criança e ao adolescente em ambulatórios e

enfermarias, realizando adequadamente a anamnese, o exame físico e as medidas

antropométricas, diagnóstico diferencial, condutas terapêuticas indicadas e a prevenção das

doenças prevalentes;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento em ambulatórios e enfermarias, realizando

adequadamente a anamnese, o exame físico, diagnóstico e conduta inicial nas principais

alterações e doenças: nutricionais, decorrentes da atividade física, afecções clínicas dos sistemas

cardiovascular, respiratório e urinário, do aparelho genital masculino, da criança e do

adolescente, e nas doenças relacionadas à sexualidade na adolescência;

Indicar os medicamentos com ação nas alterações e doenças nutricionais;

Realizar, sob supervisão docente, o atendimento completo à criança e adolescente na UBS e na

comunidade e ações de promoção à saúde da criança e adolescente, nos seus aspectos

biopsicossociais;

Indicar e acompanhar o atendimento nas especialidades;

Atitudes

Tomar decisões e agir baseado nos princípios da ética e da bioética;

Apresentar responsabilidades morais e éticas na assistência individual e coletiva da saúde;

Atuar de forma a garantir o direito à saúde, a integralidade da atenção à saúde nos níveis de

complexidade do sistema, garantindo a melhor qualidade;

Valorizar prioritariamente as necessidades de saúde da população, com ênfase na ação preventiva,

dentro de uma visão integral e de valores éticos e culturais;

Relacionar-se com docentes, funcionários, demais discentes e a equipe de saúde da família

cooperando para a efetivação de ações do trabalho em equipe multidisciplinar e interagir de

maneira integrada com os profissionais envolvidos no atendimento;

Agir dentro de seu papel social como um agente de transformação e mudanças, promovendo

estilos de vida saudáveis;

Relacionar-se com os indivíduos e a coletividade, considerando os determinantes sociais, históricos,

culturais e ambientais como fatores essenciais no processo saúde-doença e respeitando os

aspectos culturais, espirituais e religiosos do enfermo, dos familiares e dos cuidadores;

Estabelecer vínculos com indivíduos e comunidade;

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Utilizar linguagem adequada à compreensão do entrevistado;

Atuar em sua entrevista com base nos princípios da ética e da bioética;

Demonstrar atenção, cordialidade e acolhimento do entrevistado durante a entrevista;

Agir com civilidade e confidencialidade, no trato e convivência com colegas, pacientes e seus

familiares

Estabelecer relação com adultos e idosos, com a família e cuidadores com vistas às ações de

saúde;

Considerar a autonomia e corresponsabilidade do paciente;

Estabelecer vínculos com a gestante, considerando o binômio mãe-filho;

Respeitar a privacidade e a integridade física e moral do paciente, durante a anamnese e exame

físico;

Estabelecer relação com os lactentes, as crianças e os adolescentes, com vistas às ações de saúde

nos cenários de educação e de saúde;

Estabelecer relação com a família dos lactentes, crianças e adolescentes com vistas às ações de

saúde;

Relacionar-se com a família dos lactentes, crianças e adolescentes, considerando a complexidade

sócio-histórico-cultural como fator gerador do processo saúde-doença;

Reconhecer o lactente e a criança como indivíduos em fase de desenvolvimento e produto de um

meio que depende integralmente do adulto;

Compreender as necessidades físicas e emocionais do lactente, criança e adolescente;

Valorizar o relacionamento médico-paciente-família nas ações educativas e na adesão ao

tratamento do paciente pediátrico;

Agir de forma respeitosa na comunicação de notícias à mãe, aos familiares e cuidadores do

lactente, criança e adolescente;

Reconhecer a importância da documentação médica para o paciente, os familiares, o médico, a

instituição e a sociedade;

Exercer seu papel social de agente de transformação e mudanças dentro de uma visão integral e de

valores éticos e culturais;

Demonstrar que a busca ativa do conhecimento ultrapassa a aquisição passiva e que é necessária

durante toda a vida profissional;

Utilizar traje, postura, apresentação, vocabulário e atitudes adequados à prática médica;

Lidar com as situações de morte como sendo um processo dinâmico e natural;

Identificar suas limitações e encaminhar, adequadamente, as questões, situações e problemas que

fujam do alcance da sua competência a profissionais capacitados;

Agir de acordo com os valores e responsabilidades esperados e os direitos do profissional médico,

frente ao paciente, à equipe de profissionais de saúde e à sociedade;

Mostrar responsabilidade em relação a si mesmo, a seus colegas, à faculdade e à comunidade;

Apresentar habilidades para discussão em grupo, de auto avaliação e para o trabalho na equipe de

saúde;

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152

Tomar decisões e agir baseado nos princípios da ética e da bioética;

Apresentar responsabilidades morais e éticas na assistência individual e coletiva da saúde;

Atuar de forma a garantir o direito à saúde, a integralidade da atenção à saúde nos níveis de

complexidade do sistema, garantindo a melhor qualidade;

Valorizar prioritariamente as necessidades de saúde da população, com ênfase na ação preventiva,

dentro de uma visão integral e de valores éticos em culturais;

Relacionar-se com docentes, funcionários, demais discentes e a equipe de saúde da família

cooperando para a efetivação de ações do trabalho em equipe multidisciplinar e interagir de

maneira integrada com os profissionais envolvidos no atendimento;

Agir dentro de seu papel social como um agente de transformação e mudanças, promovendo estilos

de vida saudáveis;

Relacionar-se com os indivíduos e a coletividade, considerando os determinantes sociais, históricos,

culturais e ambientais, como fatores essenciais no processo saúde-doença;

Respeitar os aspectos culturais, espirituais e religiosos do enfermo, dos familiares e dos cuidadores;

Estabelecer vínculos com indivíduos e comunidade;

Utilizar linguagem adequada à compreensão do entrevistado;

Demonstrar atenção, cordialidade e acolhimento do entrevistado durante a entrevista;

Agir com civilidade e confidencialidade, no trato e convivência com colegas, pacientes e seus

familiares;

Estabelecer relação com adultos e idosos, com a família e cuidadores com vistas às ações de

saúde;

Considerar a autonomia e corresponsabilidade do paciente;

Estabelecer vínculos com a gestante, considerando o binômio mae-filho;

Respeitar a privacidade e a integridade física e moral do paciente, durante a anamnese e exame

físico;

Estabelecer relação com as crianças e os adolescentes, com vistas às ações de saúde nos cenários

de educação e de saúde;

Estabelecer relação com a família das crianças e adolescentes com vistas às ações de saúde;

Relacionar-se com a família das crianças e adolescentes, considerando a complexidade sócio-

histórico-cultural como fator gerador do processo saúde-doença;

Compreender as necessidades físicas e emocionais da criança e adolescente;

Valorizar o relacionamento médico-paciente-família nas ações educativas e na adesão ao

tratamento do paciente pediátrico;

Agir de forma respeitosa na comunicação de notícias à mãe, aos familiares e cuidadores, às

crianças e aos adolescentes;

Exercer seu papel social de agente de transformação e mudanças dentro de uma visão integral e de

valores éticos e culturais;

Utilizar traje, postura, apresentação, vocabulário e atitudes adequados à prática médica;

Lidar com as situações de morte como sendo um processo dinâmico e natural;

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153

Identificar suas limitações e encaminhar, adequadamente, as questões, situações e problemas que

fujam do alcance da sua competência a profissionais capacitados;

Agir de acordo com os valores e responsabilidades esperados e os direitos do profissional médico,

frente ao paciente, à equipe de profissionais de saúde e à sociedade;

Mostrar responsabilidade em relação a si mesmo, a seus colegas, à faculdade e à comunidade;

Apresentar habilidades para discussão em grupo, de auto avaliação e para o trabalho na equipe de

saúde

IV- Unidade Curricular de Conhecimentos Gerais ( CORE CURRICULUM)

A FAMETRO procurará desenvolver a formação de jovens para o exercício de

uma atividade profissional, contribuindo para a formação cidadã do ser humano.

A atuação deste profissional no mercado de trabalho trará “marcas” recebidas

durante seu percurso acadêmico. É da intersecção entre sua identidade profissional

e pessoal que resultará uma ação consciente e responsável.

Ciente desse desafio, a FAMETRO colocará à disposição de seu aluno

disciplinas de conhecimentos gerais.

Como um conjunto de referências comuns aos futuros profissionais, as

disciplinas de conhecimentos gerais possibilitarão a ampliação do repertório analítico

e cultural do aluno, rompendo com a fragmentação do conhecimento.

As disciplinas de conhecimentos gerais representam uma ferramenta

primordial ao profissional do século XXI, uma vez que oferece uma educação para o

pensar e formação generalista. O aluno será desafiado a analisar um mesmo

fenômeno por diferentes ângulos. A convivência entre alunos de diferentes cursos

numa mesma sala de aula amplia sua compreensão de mundo.

Os alunos terão oportunidade de cursar as seguintes Disciplinas de

Conhecimentos Gerais :

1. LIBRAS

2. Inglês Instrumental

3. Educação Ambiental

4. Análise social e das Relações Étnico-Raciais (inclusive com conteúdo de

Ed.para os Direitos Humanos);

5. História, Sociedade e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

6. Metodologia do Trabalho Científico

7. Ética e Cidadania

8. Análise econômica e Empreendedorismo

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As disciplinas serão oferecidos conforme os horários definidos nas semanas

padrão dos módulos I , II e III. Acredita-se, desta maneira, na formação do aluno na

instituição e não apenas no curso por ele escolhido.

JUSTIFICATIVA DO CORE CURRICULLUM

A Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO sabe que antes do

médico, vem, essencialmente, o ser humano. Sabe que as necessidades individuais

e as demandas sociais são urgentes. Portanto, a FAMETRO colocará à disposição

de seu aluno as disciplinas de conhecimentos gerais. Partindo do que é, hoje,

essencial, este programa busca a, antes de tudo, participar do desenvolvimento e do

aprimoramento das muitas habilidades requeridas pelo moderno mundo do trabalho.

(...) Ao planejar os elementos culturais comuns para todos e ao desenvolvê-

los no ensino não se pode selecionar componentes que não respeitem a diversidade

cultural. Desde o pressuposto democrático do pluralismo, o fundamental é que tal

diversidade faça parte da cultura comum e que se fomente a aquisição de formas de

comunicação e de valores para estabelecer o diálogo entre as subculturas e o

respeito entre elas. O currículo comum pode e deve admitir a tolerância frente à

dissensão e incorporar uma dimensão multicultural para entender a diversidade de

valores, crenças, modos de entendimento e de vida, fomentando o diálogo e a

comparação (HULMES, 1989. LYNCH, 1983. TOMLINSON, 1990).

Dessa forma, as disciplinas de conhecimentos gerais são o centro integrador

de aprendizagens nucleares capazes de desenvolver a instituição, o professor e o

aluno. As referidas “general competences” trazem em seu bojo tensões e dilemas

das diferentes dimensões que abarca e, por isso, são dinâmicas, dialéticas e

transformadoras. Convivem com o uniforme no diverso, com a prescrição na

flexibilidade, com a fragmentação na integração, com a centralização na

territorialização, com o individual no coletivo.

Por meio dos princípios da abrangência (focaliza as diferentes áreas do

conhecimento humano), do rompimento com o isolamento (organiza-se em projetos),

da ausência da classificação (ultrapassa a lógica disciplinar), do respeito ao ritmo do

aluno e seus modelos de aprendizagem (cada indivíduo é único), promovem o

desenvolvimento e a mobilização das competências essenciais que - por sua vez -

promovem o diferencial da ação educativa na Educação Superior.

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As disciplinas de conhecimentos gerais oferecem uma educação para o

apreciar, pensar, compreender e expressar suas conclusões a respeito da História,

da Arte, da Literatura, da Filosofia, das Culturas.

(...) A própria dispersão das matérias dentro dos planos educativos provoca a

necessidade de uma busca do core curriculum como núcleo de cultura comum para

uma base social heterogênea, instrumento para proporcionar essa experiência

unitária em todos os alunos, equivalente à educação geral, o que leva a uma

reflexão não ligada estritamente aos conteúdos procedentes das disciplinas

acadêmicas” (SACRISTÁN, 2000.41).

Dessa forma, ao inscrever-se nas disciplinas que compõem as disciplinas de

conhecimentos gerais, o aluno da Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO

participará de discussões atualizadas, feitas a partir de instrumentos de análise do

mundo real. Conceitos como Cultura, História e Artes contribuem para discussões a

respeito de Ética, Economia, Estado e Sociedade. A interpretação dos fatos

econômicos, sociais, artísticos está fundamentada na leitura crítica dos jornais,

revistas e das diferentes manifestações da comunicação.

Pensando na formação necessária para a cidadania, a disciplina de Análise

Social e das Relações Étnicos- Raciais pretende caracterizar e problematizar a

sociedade contemporânea. A discussão é instrumentalizada com a utilização de

alguns conceitos fundamentais, tais como: Estado, Ideologia, Globalização,

Trabalho, Educação para os Direitos Humanos, Inclusão e Exclusão Social.

Em História, Sociedade e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, o

estudante tem a possibilidade de desenvolver o “raciocínio histórico”, refletir sobre o

contexto social, ampliando sua visão de mundo. Os principais conceitos

desenvolvidos são: mudança e permanência; sujeito e objeto; temporalidade;

processo histórico; dialética e contradição; análise histórica; Influencia negra na

cultura brasileira, na linguagem e na religião; versões e visões da História.

Todos estes conceitos são desenvolvidos através de atividades a partir de

diferentes fontes históricas, tais como: cinema, fotografia, artes plásticas, moda,

música, jornais, esporte, televisão e cultura material.

A atividade filosófica, entendida como atitude crítica e reflexiva, é uma

importante ferramenta para a formação de um cidadão crítico, pensante, reflexivo,

questionador, participativo, plenamente consciente de seus direitos e deveres, de

sua liberdade e do respeito à liberdade dos outros; atento para a pluralidade cultural,

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política, religiosa e moral; e pronto para viver, e conviver, harmoniosamente em

sociedade.

Em Análise econômica e Empreendedorismo, o aluno terá a oportunidade

de entender o perfil do empreendedor e o motivo pelo qual as pessoas buscam

tornar-se empresárias, abordando as questões relacionadas com a identificação das

oportunidades de negócios, metas e objetivos, apontando tendências globais que

geram estas oportunidades, bem como refletir sobre as questões éticas relacionadas

ao comércio dos produtos e serviços.

A disciplina de LIBRAS propõe ao aluno o desenvolvimento de habilidades de

comunicação por sinais, proporcionando a inclusão de portadores de necessidades

especiais.

A disciplina de Educação Ambiental promoverá a reflexão dos alunos a

respeito de questões socioambientais no âmbito individual e coletivo, desenvolvendo

a responsabilidade enquanto atores e disseminadores de práticas de

sustentabilidade ecologicamente equilibradas.

A disciplina de Inglês Instrumental será de estimular o aluno a leitura de

textos técnicos em língua inglesa.

A disciplina de Metodologia do Trabalho Científico irá proporcionar ao

aluno a visão crítica, reflexiva, investigativa e argumentativa.

Ainda, na disciplina Ética e Cidadania, o aluno é levado a refletir sobre o

mundo a partir da ótica dos valores individuais, percebendo a responsabilidade que

tem como cidadão no desenvolvimento e na prática de conceitos que consideram,

principalmente, a sua relação com o outro.

Portanto, os módulos que formam as disciplinas de conhecimentos gerais se

complementam, conferindo, na sua totalidade, leituras possíveis do mundo a partir

do reconhecimento dos limites de cada área, da experiência do aprender coletivo e

da busca de sentidos e significados.

O movimento de ir e vir dos alunos leva as disciplinas de conhecimentos

gerais aos cursos e os cursos às disciplinas de conhecimentos gerais, num diálogo

em que um se transforma com e a partir do outro. Dessa interação é que

pretendemos que fique impressa a marca do FAMETRO.

Dessa forma, as disciplinas de conhecimentos gerais são aquilo que confere

identidade de formação aos alunos e à própria Instituição.

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Significa a essência, o núcleo de conhecimentos, habilidades e atitudes que a

Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO quer ver realizado no profissional

e na pessoa que por ele passa.

As disciplinas de conhecimentos gerais são o resultado de uma reflexão sobre

o que o aluno de qualquer curso, de qualquer área, que irá ocupar profissões, as

mais diversas, deve saber e ser, independentemente de sua condição, de seu credo,

de sua etnia, de suas opções. (...) “A cultura comum não pode ocultar necessidades

básicas comuns para todos e consensos sobre aquilo que é fundamental na cultura:

necessidades de comunicação, expressão, compreensão da realidade, preparação

para participar na vida social, difusão de valores admitidos universalmente, etc.”

(SACRISTÁN, 2001.)

A concepção de currículo assumida pela Faculdade Metropolitana de Manaus

- FAMETRO é a que combina unidade e diversidade, comum e diferente. É na

interlocução entre a educação geral e a profissional que se localiza a formação do

homem: o que deve ser comum a todos e onde reside a especificidade de cada

escolha. O objetivo está numa formação institucional, consolidando a ideia de

pertencer.

As disciplinas de conhecimentos gerais estão instaladas na contradição entre

educação/mudança e educação/tradição. Exatamente em benefício daquilo que é

novo e transformador, é que a educação precisa ser conservadora. Ela deve

preservar o que mais a identifica como garantidora da igualdade e da liberdade

humana.

Enfim, as disciplinas de conhecimentos gerais se apresentam como uma ação

propositiva que visa a manter sempre viva a memória de que temos um papel muito

maior que o de formar profissionais. Temos também o papel legítimo de, pela ação

educativa, produzirmos pessoas inteiras, legítimas e autônomas.

1.5.8 Ementário e Bibliografia

1. MÓDULO / SEMESTRE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MEDICINA EMENTA Estudo da formação do médico e da evolução da medicina, considerando os aspectos históricos, epidemiológicos, culturais, biopsicossociais e éticos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BRASIL, Marco Antonio; Psicologia medica: a dimensão psicossocial da pratica medica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012

2. PORTER, Roy; CAMBRIDGE – História da medicina. Rio de Janeiro; Revinter, 2008

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3. ROTHMAN, Kennet J.; GREENLAND, Sander; LASH, Timothy. Epidemiologia moderna. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. WEIR, James; Atlas de anatomia humana em imagens; Rio de Janeiro: Elsevier, 2011

2. PIERCE, Benjamin A. Genética: um enfoque conceitual. 5.ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2016

3. OTTO, Paulo A; Genética medica; São Paulo: Roca, 2013 4. ROONEY, Anne. História da medicina: das primeiras curas aos milagres da medicina

moderna. São Paulo: M. Boooks, 2012. 5. STRACHAN, Tom. Genetica molecular humana. Porto Alegre: Artmed, 2013

CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO EMENTA Estudo dos fenômenos biológicos, sociais e psicológicos envolvidos na concepção, gestação e nascimento do ser humano. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. JUNQUEIRA L. C & CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular; 9. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012

2. SADLER, T. W. Langman Embriologia Médica. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016

3. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 23.ed; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. CARVALHO, Hernandes F. A célula. São Paulo: Manole, 2012. 2. DRAKE, Richard L. GRAYS Anatomia para estudante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 3. VALERIUS, Klaus-Peter. Atlas de anatomia. São Paulo: Santos, 2009 4. KIERSZENBAUM, A. L & TRES, L. Histologia e Biologia celular; 3.ed. Rio de Janeiro:

Elsevier Brasil, 2012 5. MOORE, K; L; PERSAUD, T. Embriologia clínica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2013 METABOLISMO EMENTA Estudos dos fenômenos envolvidos na ingestão, digestão, absorção e transporte dos nutrientes, bem como sua metabolização e excreção; Análise dos aspectos morfofuncionais do aparelho digestório. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BOGLIOLO, B; F; Patologia; 8. Ed. São Paulo; Guanabara Koogan, 2011 2. NELSON, D; L; & COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6.ed. São

Paulo: Artmed, 2014. 3. CURI, Ruy; PROCÓPIO, Joaquim. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BRUNONI, Decio. Genética médica. Sao Paulo: Manole, 2013 2. KOOLMAN, Jan. Bioquimica: Texto e atlas. Porto Alegre: Artmed, 2013 3. MURRAY, Robert K. Bioquimica ilustrada de Harper; 29.ed. Porto Alegre: Mc Graw

Hill, 2017. 4. QUINTAO, Eder C. R. Lipides: do metabolismo a aterosclerose. São Paulo: Sarvier,

20011 5. WARDLAW, Gordon M. Nutrição contemporânea; 8.ed. Porto Alegre: Mc Graw Hill,

2013. 6. STELLA, Mercia Breuda; Bases da bioquímica e tópicos de biofísica-um marco

inicial; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012 INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE I

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EMENTA Compreensão das propostas, diretrizes do SUS, identificando equipamentos de referência e contra referência das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das Unidades de Saúde da Família (USF); Estudo das atividades propostas pelo PSF e pela ESF, compreendendo o trabalho em equipe, o planejamento de ações, com os indivíduos da área abrangida pela USF e ESF. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ESHERICK, Joseph S; Current: Diretrizes clínicas em atenção primaria à saúde. Porto Alegre: Artmed, 2013.

2. KAPLAN, Norman M; Hipertensão clinica de Kaplan. 10.ed. Porto Alegre: Artmed, 2011

3. DAVIDSON, Mayer. Diabetes mellitus: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Revinter, s.d.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. ALEXANDRE, Lourdes, Bernadete dos Santos Pinto. Epidemiologia: aplicada nos

serviços de saúde. São Paulo: Martinari, 2012 2. AMARAL; Jose Luiz Gomes do; Atualização em saúde da família; São Paulo:

Manole, 2010 3. AGUIAR, Zenaide Neto. SUS: Sistema Único de Saúde: antecedentes, percursos,

perspectivas e desafios. 2.ed. São Paulo: Martinari, 2015 4. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa; BONFIM, José Ruben de Alcântara; MANAYO,

Maria Cecília de Souza (Orgs.) Tratado de saúde coletiva. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 2016

5. TOY, Eugene C. Casos clinicos em medicina de familia e comunidade. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2013

HABILIDADES PROFISSIONAIS I EMENTA Compreensão dos recursos disponíveis na biblioteca, desenvolvendo autonomia e eficiência na utilização dos recursos; Desenvolvimento de autonomia na busca de informações via Internet; Estudo dos níveis de atenção à saúde para um cuidado eficiente; Compreensão das habilidades de coleta de informações por meio de técnicas não verbais e verbais de comunicação, de modo crítico e reflexivo BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. CARRIÓ, Francisco Borrell; Entrevista de comunicação para profissionais de saude; Porto Alegre: Artmed, 2012

2. LOPES, Antonio Carlos. Do sintoma ao diagnóstico baseado em casos clínicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012

3. PORTO, C. C. Exame clinico. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. GANONG, W. F. Fisiologia médica. 23.ed. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2013 2. GUYATT, Gordon. Diretrizes para utilização da literatura médica: manual. Porto

Alegre: Artmed, 2011 3. LIPPINCOTT WILLIANS. Manual de sinais e sintomas. 4.ed. São Paulo: Roca, 2012 4. LOPES, A. C. [et. Al]. Tratado de Clínica Médica. 2.ed. São Paulo: Editora Roca,

2009 3VS. 5. MARTINS, Milton de Arruda. Avaliação pratica de habilidades clinicas em medicina.

Rio de Janeiro: Atheneu, 2012. 6. PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia médica. 7.ed. São Paulo: Grupo Gen, 2013

LIBRAS – LINGUAGEM BRASILEIRA DE SINAIS Ementa Noções básicas de LIBRAS com vistas a uma comunicação funcional entre ouvintes e surdos no âmbito escolar no ensino de língua e literaturas da língua portuguesa; BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? São Paulo, Editora Parábola: 2009. 2. PEREIRA, Maria Cristina da Cunha. Libras: conhecimento além dos sinais. São

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160

Paulo: Pearson, 2011 3. QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. Estudos Lingüísticos: a língua de sinais brasileira.

Editora ArtMed: Porto Alegre. 2013.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. BARROS, Mariângela Estelita. Elis: sistema brasileiro de escrita da língua de sinais.

Porto Alegre: Penso, 2015 2. FIGUEIRA, Alexandre dos Santos. Material de apoio para o aprendizado de libras.

São Paulo: Phorte, 2011 3. POR HONORA, Márcia [et.al.] Livro ilustrado de língua brasileira de sinais:

desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. v.1 São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.

4. HONORA, Márcia [et.al.] Livro ilustrado de língua brasileira de sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. v.2 São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.

5. QUADROS, Ronice Müller de; CRUZ, Carina Rebello. Língua de sinais: instrumentos de avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2011

EDUCAÇÃO AMBIENTAL Ementa Visa a promover a reflexão dos alunos a respeito de questões socioambientais no âmbito individual e coletivo, desenvolvendo a responsabilidade enquanto atores e disseminadores de práticas de sustentabilidade ecologicamente equilibradas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. DIAS, Genebaldo. Educação ambiental: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Global, s.d.

2. MILLER JUNIOR, G. Tiler. Ecologia e sustentabilidade. 6.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

3. SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2014

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Gestão ambiental. São Paulo:

Érica, 2014 (Série Eixos – Ambiente e Saúde) 2. CARVALHO, Isabel Cristina de. Educação ambiental: formação do sujeito ecológico.

São Paulo: Cortez, 2012 3. PINOTTI, Rafael. Educação ambiental para o século XXI no Brasil e no mundo. São

Paulo: Blucher, 2010 4. BARCELOS, Valdo. Educação ambiental: sobre princípios, metodologias e atitudes.

Rio de Janeiro: Vozes, 2008 5. TRIGUEIRO, André. Mundo sustentável 2: novos rumos para um planeta em crise.

São Paulo: Globo, 2012. 2. MÓDULO / SEMESTRE FUNÇÕES BIOLÓGICAS EMENTA Estudo do papel das funções orgânicas na promoção da homeostase, frente às variações do meio interno e externo. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. COSTANZO, L. S. Fisiologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012 2. GOLDMAN, L. [et. A] Cecil Medicina. 24.ed. 2vs. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 3. HALL, J. E & GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 12.ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2011 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. KASPER, D. L. Medicina interna de Harrison. 18.ed. Porto Alegre: Mc Graw-Hill, 2013. 2vs

2. SNELL, Richards. Neuroanatomia clinica; 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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3. SILBERNAGL, Stefan. Fisiologia: Texto e atlas. Porto Alegre: Artmed, 2009 4. TORTORA, Gerard J. Principios de anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2010 5. ALBERTS, Bruce; JOHNSON, Alexander; LEWIS, Julian [et.al.] Biologia molecular da

célula.6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017

MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA EMENTA Estudo das agressões provocadas por agentes físicos, químicos, biológicos e psicossociais e os mecanismos de defesa do organismo a estas agressões BIBLIOGRAFIA BASICA

1. ABBAS, A. K. LICHTMAN, A. H. & PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular (ABBAS). 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015

2. NEVES, D. P. Parasitologia Humana.11.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011 (Coleção Biblioteca Médica)

3. ROITT, Ivan M; Fundamentos de imunologia; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. AMATO NETO, Vicente; Imunizações-Atualizações, orientações, sugestões; São

Paulo: Segmento Farma, 2012 2. COICO, Richard. Imunologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010 3. FOCACCIA, R. Veronesi tratado de infectologia. 4.ed. Rio de Janeiro: 2010. 2v 4. REY, L. Bases da parasitologia médica. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2009 5. TRAVERS, Paul. Imunobiologia de Janeway. 7.ed; Porto Alegre: Artmed, 2010

ABRANGÊNCIA DAS AÇÕE DE SAÚDE EMENTA Compreensão do Sistema de Saúde do Brasil – SUS e como esse promove a saúde coletiva e a melhoria da qualidade de vida da população. Estudo dos aspectos epidemiológicos como ferramenta para planejamentos de ações em saúde. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. AKERMAN, Marco. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec, 2013 2. FREEMAN, Thomas. Manual de medicina de família e comunidade. Porto Alegre:

Artmed, 2010 3. SILVA, Silvio Fernandes da. Redes de atenção a saúde no SUS. Campinas:

Instersaberes, 2013 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. DUNCAN, Bruce B. Medicina ambulatorial. Porto Alegre: Artmed, 2013 2. NERI, Anita Liberalesco. Fragilidade e qualidade de vida na velhice. Campinas:

Alinea, 2013 3. KUCZYNKI, Evelyn. Qualidade de vida na infância e na adolescência. Porto Alegre:

Artmed, 2010 4. SILVA, Luiz Carlos Correa. Tabagismo - Doença que tem tratamento. Porto Alegre:

Artmed, 2012 5. ZUGNO, Paulo Luz. Sociologia da saúde. Caxias do Sul: Educs, 2012

INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE II EMENTA Compreensão do processo e do papel de cada profissional no acolhimento dos usuários na UBS; Estudo dos critérios de diagnóstico de hipertensão e diabetes e as vias de encaminhamento na UBS (Sistema de Referência e Contra referência); Compreensão e aplicação de planejamento e organização de uma reunião com usuários da UBS, hipertensos e diabéticos, tanto pacientes como familiares e comunidade, em relação à promoção de saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. AMODEO, Celso. Hipertensão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013

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2. CINTRA, Dennys E. Obesidade e diabetes. São Paulo: Sarvier, 2011 3. BARACAT, Edmund Chada; SILVA, Leonardo da; AMARAL, José Luis Gomes do.

Atualização em saúde da família. São Paulo: Manole, 2010 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ESHERICK, Joseph S. Current: Diretrizes clinicas em atenção primaria à saúde. Porto Alegre: Artmed, 2013

2. SILVA, Silvio Fernandes da. Redes de atenção a saúde no SUS. Campinas: Instersaberes, 2013

3. SPENCE, J David. Acidente vascular cerebral: prevenção, tratamento e reabilitação. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2013

4. GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. 2 volumes. Porto Alegre: Artmed, 2012.

5. DAVIDSON, Mayer. Diabetes mellitus: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Revinter, s.d

HABILIDADES PROFISSIONAIS II EMENTA Compreensão dos aspectos envolvidos no atendimento interprofissional com ênfase no relacionamento médico-paciente, numa abordagem eficiente de anamnese e exame físico adequados; Aprimoramento de habilidade de comunicação para entender, informar e educar os pacientes, familiares e comunidades, em relação à promoção de saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças, usando técnicas adequadas de comunicação BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. GUERRA, Celso Carlos de Campos. Clinica e laboratório. São Paulo: Sarvier, 2011 2. MARTINS, Milton de Arruda. Avaliação pratica de habilidades clinicas em medicina.

Rio de Janeiro: Atheneu, 2012 3. MARTINS, Herlon Saraiva; BRANDÃO NETO, Rodrigo Antonio; SCALABRINI NETO,

Algusto [et.al.] Medicina de emergência: abordagem prática. 12.ed. São Paulo: USP, 2017.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. CAMPANA, Alvaro Oscar. Exame clinico-Sintomas e sinais em clinica medica. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010 2. CARRIÓ, Francisco Borrell. Entrevista clinica; Habilidades de comunicação para

profissionais de saúde. Porto Alegre: Artmed, 2012 3. FILGUEIRA, Norma Arteiro. Medicina interna de ambulatório. Rio de Janeiro:

Medbook, 2012 4. LIMA, Carlos Alberto da Conceição; RASSLAN, Zied. Condutas em clínica médica.

São Paulo: Atheneu, 2014 5. TEIXEIRA, Júlio César Gasal. Unidade de emergência: condutas em medicina de

urgência. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2013 ANÁLISE SOCIAL E DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS Ementa: A disciplina Análise Social e as Relações Étnicas Raciais pretende caracterizar e problematizar a sociedade neoliberal. A discussão será instrumentalizada com a utilização de alguns conceitos fundamentais, tais como: Estado, Ideologia, Globalização, Trabalho, Exclusão Social, Pluralidade Racial, Direitos humanos, Democracia. A relação entre a discussão da pluralidade racial e os direitos humanos e os conceitos se darão a partir da análise de jornais, revistas, filmes, comerciais, legislação e programação da televisão. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, MARINA DE Andrade. Sociologia geral. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2014

2. LEITE, Maria Jorge dos Santos. Movimento social quilombola. Curitiba: Appris, 2016 3. DURKEHIM, Emile. Lições de sociologia. São Paulo: Edipro, 2015

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163

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 10.ed.

São Paulo: Saraiva, 2015 2. KESSING, Roger M.; STRATHERN, Andrew J. Antropologia cultural: uma

perspectiva contemporânea. Rio de Janeiro: Vozes, 2014 3. GUALTIERRI, Regina Cândido Ellero. Evolucionismo no Brasil. São Paulo: Livraria

da Física, s.d. 4. GIL, Antonio Carlos. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 2011 5. LARAIA, Roque de barros. Cultura: um conceito antropológico. 24.ed. rio de Janeiro:

Zahar, 2009.

HISTÓRIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA Ementa: A disciplina de História, Sociedade e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena terá como objetivo fornecer subsídios para que os alunos desenvolvam a capacidade reflexiva e crítica frente à sociedade, mediante a apresentação e discussão dos conceitos históricos a respeito de Fontes, Mudança e Permanência, Sujeito e Objeto e Versões e Visões; Influência negra na cultura brasileira, linguagem e na religião. Para tanto, as discussões serão desenvolvidas a partir de atividades que envolvam as mais diferentes fontes históricas tais como documentos escritos, cinema, fotografia, artes plásticas, moda, música, jornais, esportes, televisão, cultura material. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. AGOSTINO, G;; AQUINO, R; S; L;: ROEDEL, H; Sociedade brasileira: uma história. Rio de Janeiro: Record, 2010.

2. MATTOS, Regiane Augusto. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007

3. GRUPIONI, L . D. Índios no Brasil. 4.ed. São Paulo: Global, 2011. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. GOMES, Mércio Pereira. Antropologia: ciência do homem. São Paulo: Contexto,

2016 2. SANCHES, Cleber. Fundamentos da cultura brasileira. 3.ed. Manaus: Valer, 2009 3. MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2015 4. ALMEIDA, Cristóvão Domingos de. Comunicação, cultura e cidadania dos

Quilombolas. São Paulo: Paco Editorial, 2015 5. PINSKY, Carla B (Org;). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005

METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO Introdução à metodologia da pesquisa cientifica. O método científico e suas aplicações. Reflexões sobre o ato de estudar, leitura de texto. O estudo de texto. A documentação pessoal. A técnica de redação. Diretrizes para elaboração de um seminário. Diretrizes para elaboração de um trabalho científico, no contexto da educação ambiental e das relações culturais e étnico-raciais. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. KOLLER, Silvia H.; COUTO, Maria Clara P. de Paula; VAN HOHENDORFF, Jean (Orgs.) Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014

2. SANTOS, Izequias Estevam dos. Manual de métodos se técnicas de pesquisa científica. 12.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2016

3. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24 ed. São Paulo: Cortez, 2016.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. AQUINO, Italo de Souza, PhD. Como escrever artigos científicos. São Paulo:

Saraiva, 2015 2. CAJUEIRO, Roberta Liana Pimentel. Manual para elaboração de trabalhos

acadêmicos. 3.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2012 3. CRESWELL, Jhon W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo

entre cinco abordagens. Porto Alegre: Penso, 2014

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164

4. DYNIEWICZ, Ana Maria. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Paulo: Difusão, 2014

5. SANTOS, Clóvis Roberto dos. Trabalho de conclusão de curso TCC: guia de elaboração passo a passo. São Paulo: Cengage learning, 2012

3. MÓDULO / SEMESTRE NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO EMENTA Compreensão das importantes transformações orgânicas que ocorrem no indivíduo, reconhecendo as particularidades biológicas, sociais e psicológicas e correlacionando-as ao crescimento e desenvolvimento do ser humano, desde o nascimento até a adolescência BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. AIRES, M. M. Fisiologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2012 2. MARTORELL, Gabriela. O desenvolvimento da criança: do nascimento à

adolescência. São Paulo: Mcgraw-Hill, s.d 3. HAYM, William W. Current Pediatria: diagnóstico e tratamento. 22.ed. São Paulo:

McGraw-Hill, 2015 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BARACAT, Edmund Chada; MELO, Nilson Roberto de. Ginecologia baseada em casos clínicos. São Paulo: Manole, 2013

2. CARVALHO, Marcus Renato. Amamentação-Bases cientificas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010

3. NOVAK, J. Berek & Novak – Tratado de ginecologia. 15.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014

4. CUNNINGHAM, F. Gary. Obstetrícia de Williams. 24.ed. SãoPaulo: McFraw-Hill, 2016

5. MORAIS, Mauro Batista. Pediatria: Diagnóstico e tratamento. São Paulo: Manole, 2013

6. PARHAM, Peter. O Sistema imune. Porto Alegre: Artmed, 2011 PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO EMENTA Compreensão da percepção, da consciência e da emoção, bem como as reações psíquicas e comportamentais que levam à integração do organismo e deste com o meio externo BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BRUNTON, Laurence L.; GOODMAN & GILMAN: As bases farmacológicas da terapêutica. Porto Alegre: Mc Graw Hill 2012

2. KAPLAN, H; SADOCK, S; GREBB, J; Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica, 11.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2017

3. ROWLAND, Lewis P. Tratado de neurologia. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. KREBS, Cláudia; WEIBERG, Joanne; AKESSON, Elizabeth. Neurociências ilustrada.

Porto Alegre: Artmed, 2013 2. CAMPBELL, William W. DEJONG: o exame neurológico. Rio de Janeiro: Guanabara:

2007 3. BUSSATO FILHO, Geraldo; DUARTE, Alerto José dda Silva. Neurociência aplicada à

prática clínica. Rio de janeiro: Atheneu, 2010 4. KATZUNG, Bertram. Farmacologia basica e clinica. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2010 5. STAHL, Stephen. Psicofarmacologia: bases neurocientíficas e aplicações práticas.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO EMENTA Estudo dos principais processos de envelhecimento do ser humano; Compreensão das particularidades e os princípios básicos do cuidado à saúde do idoso.

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165

BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. CENDROLOGO, Maysa Seabra; RAMOS, Luiz Roberto. Guia de geriatria e

gerontologia. 2.ed. São Paulo: Manole, 2011 (Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da EPM Unifesp)

2. COSENZA, Ramon M. Neuropsicologia do envelhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2013

3. FREITAS, Elizabete Viana de. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. FREITAS, Elizabete Viana de. Manual prático de geriatria. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2012 2. GREENSPAN, Adam. Radiologia ortopédica - uma abordagem prática. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2017; 3. MAGNON, Daniel. Nutrição na terceira idade; 2.ed. São Paulo: Sarvier, 2010 4. MALLOY-DINIZ, Leandro; FUEN3ES, Daniel; COSENZA, Ramon M. Neuropsicologia

do envelhecimento: uma abordagem multidimensional. Porto Alegre: Artmed, 2013 REPETIDO

5. ZALLI,Marcelo. Geriatria para os clínicos. Rio de Janeiro: Revinter, 2012 INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE III EMENTA Desenvolvimento de atividades respeitando os programas do Ministério da Saúde/SUS relacionados à atenção à saúde da criança e do adolescente; Identificação dos princípios de uma consulta pediátrica, avaliando a criança/adolescente com base no desenvolvimento neuropsicomotor esperado para cada faixa etária, bem como o fluxograma deste usuário na UBS; Estudo das atividades de avaliação da acuidade visual da população (Tabela de Snellen); BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ARMOND, Guilherme Augusto. Epidemiologia, prevenção e controle de infecções relacionados a assistência a saúde. Belo Horizonte: Coopmed, 2012

2. MALAGUTTI, William. Imunização: imunologia e vacinas. São Paulo: Rubio, 2011 3. ODONE FILO, Vicente. Doenças neoplasicas da criança e do adolescente. São

Paulo: Manole, 2012 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. AGUIAR, Zenaide Neto. SUS – Sistema Único de Saúde: antecedentes, percursos, perspectivas e desfios. 2.ed. São Paulo: Martinari, 2015

2. ALVES, Joao G. B. Prevenção de doenças do adulto na infância e na adolescência. Rio de Janeiro: Medbook, 2009;

3. MOREIRA, Carlos Augusto. Semiologia básica em oftalmologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013

4. NOBRE, Moacyr. Multiplicadores do estilo de vida saudável. Porto Alegre: Artmed, 2011;

5. SARINHO, Emanuel Savio Cavalcanti. Alergia e imunologia na criança e no adolescente. Rio de Janeiro: Medbook, 2013

HABILIDADES PROFISSIONAIS III EMENTA Realização do exame ginecológico; Desenvolvimento da capacidade de auxiliar no parto e no período pós-natal, incluindo o exame do recém-nascido; Desenvolvimento da capacidade de fazer e avaliar exames de urina e secreção vaginal; Estudo dos princípios para o fornecimento de informação e aconselhamento; Desenvolvimento da capacidade de examinar sistematicamente o olho, ouvido e os nervos auditivos e cranianos; Capacidade de distinguir as etapas de uma consulta médica; Capacidade de examinar o quadril e o joelho; Capacidade de aplicar todas as técnicas de enfaixamento; Capacidade de se apresentar a um paciente. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 12.ed. Porto Alegre: Artmed, 2011

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166

2. TIBÉRIO, Iolanda de Fátima L. C; GALLOTTI, Renata M. D.; TRONCON, Luiz Ernesto de Almeida; MARTINS, Milton Arruda. Avaliação prática de habilidades clínicas em medicina. Rio de Janeiro: Atheneu, 2012

3. ZUGAIB, Marcelo. Zugaib: obstetrícia. São Paulo: Manole, 20125 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BARBOSA, Janine Maciel. Guia ambulatorial de nutrição materno-infantil. Rio de Janeiro: Medbook, 2013

2. CRUZ, Maria Letícia Santos; CARDOSO, Claudete Aparecida Araújo; GASPAR, Mariza Curto Saavedra. Rotinas ambulatoriais em infectologia para o pediatra. Rio de Janeiro: Atheneu, 2012

3. KASPER, D. L. Medicina interna de Harrison. 18.ed. Porto Alegre: Mc Graw-Hill, 2013. 2v

4. DUNCAN, Bruce B. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2013

5. MURAHOVSCHI, Jayme. Pediatria: urgências + emergências. 2.ed. São Paulo: Sarvier, 2010

6. ROSEMBERG, Sergio. Neuropediatria. São Paulo: Sarvier, 2010 7. STEFANI, Stephen Doral; BARROS, Elvino. Clínica médica: consulta rápida. 4.ed.

Porto Alegre: Artmed, 2013

ÉTICA E CIDADANIA Ementa: Estudo dos conceitos de ética, moral, cidadania e suas inter-relações, bem como das relações étnico-raciais; Discussão dos temas fundamentais da ética norteada pelos princípios da cosmovisão calvinista; Reflexão e análise crítica das teorias ético-normativas mais sublinhadas na atualidade e suas implicações práticas; Estabelecimento e identificação de pontos de contato entre a ética calvinista e as demais áreas do conhecimento; Estudo da influencia da teologia calvinista, na formação do pensamento político e jurídico moderno; Análise crítica das ideias políticas que moldaram as sociedades contemporâneas e serviram de base às conquistas históricas dos Direitos de Cidadania; Introdução a uma teoria do Estado; Discussão sobre os direitos fundamentais assegurados na Constituição Brasileira; Análise da história e da cultura afrodescendente e indígena, das questões democráticas, e das ameaças aos direitos humanos fundamentais na atualidade. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: um longo caminho. 21.ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 2016.

2. FORTI, Valéria; GUERRA, Iolanda. Ética e direito: ensaios críticos. 4.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012

3. GARCIA, Bruna Pinotti; LAZARI, Rafael. Manual de direitos humanos. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2014 29 lista grande + 11 chegando

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. PRADEAU, Jean-François. História da filosofia. 2.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2011. 2. GALLO, Sílvio. Ética e cidadania: caminhos da filosofia. 20.ed. São Paulo: Papirus,

2013 3. GUERRA, Sidney. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Atlas, 2014 4. NODARI, Paulo César. Ética, direito e política. São Paulo: Nacional, 2014 (Coleção

Ethos) 5. MORAES. Alexandre de; KIM, Richard Pae. Cidadania: o novo conceito jurídico e a

sua relação com os direitos humanos. São Paulo: Atlas, 2013 EMPREENDEDORISMO Ementa: Reflexões sobre mudanças no ambiente competitivo e no mercado de trabalho e crescente importância da inovação e da ação empreendedora; Entendimento das principais características dos empreendedores bem sucedidos; Análise de diferentes formas de empreender; Identificação de formas e oportunidades de inovar; Planejamento de novos empreendimentos com o uso de modelos e plano de negócios; Apresentação de

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167

mecanismos de apoio ao empreendedor. BIBLIOGRAFA BÁSICA

1. DORNELAS, Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio Janeiro: Elsevier, 2012.

2. DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

3. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Empreendedorismo: vocação, capacitação e atuação. São Paulo: Atlas, 2014.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 4. BARON, Robert A.. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo:

Cengage Learning, 2010. 5. DEGEN, Ronald. O empreendedor: empreender como opção de carreira. São Paulo:

Pearson Prentice hall, 2009. 6. GILDO, Jack. Gestão de projetos. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 7. HISRICH, Robert D.; PETERS, Michael P.; SHEPHERD, Dean A.

Empreendedorismo. 9.ed. Porto Alegre: AMGH, 2014 8. KOTLER, Philip. Administração de marketing: a bíblia do marketing. 12.ed. São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 4. MODULO / SEMESTRE PROLIFERAÇÃO CELULAR EMENTA Catacterização do ciclo celular normal e seus pontos de controle, suas alterações, o seu significado na formação de neoplasias e as consequências desta doença para o ser humano BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ABBAS, A. K. KUMAR, V. FAUSTO, N. & ASTER, J. C. Robbins & Cotran – Patologia: bases patológicas das doenças; 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2010.

2. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. BOGLIOLO: Patologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

3. SAITO, Renata de Freitas; LANA, Marlous Vinícius Gomes; MEDRANO, Juan F. V.. Fundamentos de oncologia molecular. São Paulo: Atheneu, s.d.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. SALVAJOLI, João Vitor; SOUHAMI, Luis; FARIA, Sérgio Luiz. Radioterapia

oncológica. 2.ed. Rio de Janeiro: Atheneu Rio, 2013 2. ARARAKI, Jaquelina Sonoe Ota. Oncologia torácica. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011 3. BRANT, William E. Fundamentos de radiologia diagnóstico por imagem. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2009 4. FIGUEIREDO, Eurídice; MONTEIRO, Mauro; FERREIRA, Alexandre. Tratado de

oncologia. São Paulo: Revinter, 2013 5. MALAGUTTI, William (Org.) ONCOLOGIA PEDIÁTRICA. São Paulo: Martinari, 2011.

SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR EMENTA Caracterização das modificações fisiológicas e as principais alterações que possam ocorrer no organismo feminino, da infância ao climatério, incluindo o estado gravídico e puerperal. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BARACAT, Edmund Chada. Ginecologia baseada em casos clínicos. São Paulo: Manole, 2013

2. BLOOM, Steven L. Obstetricia de Willians. Porto Alegre: Artmed, 2012 3. REZENDE FILHO, Jorge. Obstetricia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. BAILAO, Luiz Antonio. Diagnóstico ultrassonográfico em ginecologia. Rio de Janeiro:

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168

Revinter, 2013 2. BOTOGOSKI, Sheldon Rodrigo. Menopausa: o que você precisa saber. Rio de

Janeiro: Atheneu, 2009. 3. DENES, Franscisco Tibor. Urologia. São Paulo: Manole, 2011 4. GIRAO, Manoel Joao Castelo; HAIDAR, Mauro Abi. Diagnóstico e tratamento na

transição menopausal e pós-menopausa. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011 5. MORON, Antonio Fernandes. Obstetricia. São Paulo: Manole, 2010 6. RIBEIRO, Eliane Beraldi. Fisiologia endócrina. São Paulo: Manole, 2012 7. SILVEIRA, Gustavo Py Gomes. Ginecologia baseada em evidencias. Rio de Janeiro:

Atheneu, 2012 DOENÇAS RESULTANTES DA AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE EMENTA Estudo do impacto ambiental da atividade humana e sua influência na etiologia das doenças, tais como intoxicações exógenas (metais pesados, solventes orgânicos, medicamentos, radiações, venenos animais, venenos vegetais) e doenças infecto-parasitárias decorrente do desmatamento, esgoto, resíduos hospitalares, epidemias e endemias. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. COURA, Jose Rodrigues. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 2VS.

2. FOCACCIA, R. Veronesi tratado de infectologia. 4.ed. Rio de Janeiro: 2010. 2v 3. FERREIRA, A. Walter. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e

auto imunes. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, vem 15 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. CIMERMAN,Benjamin. Condutas em infectologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011 2. CORREA, Maria Julliana Moura. Vigilância em saúde do trabalhador no sistema

único de saúde. Belo Horizonte: Coopmed, 2012 3. DIAS, Elizabeth Costa. Saude do trabalhador na atenção primaria a saúde. Belo

Horizonte: Coopmed, 2013 4. LACAZ, Carlos da Silva. Guia para identificação: fungos, actinomicetos e algas de

interesse médico. São Paulo: Sarvier, 2010 5. MENDES, R. Patologia do trabalho. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2013. 2v

INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE IV EMENTA Identificação das neoplasias prevalentes na área de abrangência da UBS e acompanhamento de pacientes com câncer; Identificação das Referências da UBS para pacientes com câncer; Desenvolvimento de atividades de Prevenção de Câncer Ginecológico (colo uterino e mama); Pré-natal, climatério e planejamento familiar; Identificação das parasitoses mais prevalentes na área da UBS; Caracterização das condições de saneamento básico e o controle de vetores e roedores na região da UBS BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. SINGER, Albert. Prevenção do câncer do colo do útero e trato genital inferior. 3.ed. São Paulo: Revinter, 2016

2. FRASSON, Antonio Luiz. Doenças da mama: guia prático baseado em evidencias. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011

3. ODONE FILHO, Vicente. Doenças neoplasicas da criança e do adolescente; São Paulo: Manole, 2012

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. ABRAO,Fauzer Simão. Tratado de oncologia genital e mamária. Rio de Janeiro:

Revinter, 2007 2. ANTUNES, Ricardo Cesar Pinto. Prevenção do câncer. São Paulo: Manole, 2010 3. BEIJI, Richard. Doenças sexualmente transmissíveis. São Paulo: Revinter, 2014 4. DAPONT, Adriana Marinho Pereira. Doenças da mama: manual prático de

diagnostico. Rio de Janeiro: Revinter, 2010 5. RODRIGUES, Mecciene Mendes. Dermatologia: do nascer ao envelhecer. Rio de

Page 170: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

169

Janeiro: Medbook, 2012 6. CAMARGO, Renato; CAMPOS, Alessandra pacini de. Ultrassonografia, mamografia

e densitometria óssea. São Paulo: Érica, 2015

HABILIDADES PROFISSIONAIS IV EMENTA Caracterização dos princípios da condução do parto normal e reconhecimento de posições anormais como a pélvica e a falha na rotação interna; Desenvolvimento da capacidade de examinar o recém-nascido normal; Capacidade de realizar uma inspeção microscópica da secreção vaginal; Capacidade de conversar com as pacientes sobre sexualidade; Estudo do Programa de Planejamento Familiar da Região; Caracterização da genitália externa masculina BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. LOPEZ, Fabio Ancona; CAMPOS JR., Dioclecio. Tratado de pediatria. São Paulo: Manole, 2014.

2. MURAHOVSCHI, Jayme. Pediatria-Diagnóstico e tratamento. São Paulo: Sarvier, 2014

3. DUTRA, Adauto. Semiologia pediátrica. 2.ed. São Paulo: Rubio, 2010.

BIBLOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. PASSOS, Eduardo P.; RAMOS, José Geraldo Lopes; MARTINS-COSTA, Sérgio H.

[et.al.] Rotinas em ginecologia + obstetríca. 7.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017 2. BEREK, J. S. Novak: Tratado de ginecologia: auto avaliação e revista. 14.ed. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 3. ALDRIGHI, José Mendes; HSU, Lilian de Paiva Rodrigues; JORGE, Sílvia Regina

Piza. Obstetrícia: fundamentos avançados em propedêutica, diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Atheneu Rio, 2013

4. FERRIANI, Rui Alberto; VIEIRA, Carolina Sales; BRITO, Luiz Gustavo Oiveira. Rotinas em ginecologia. Rio de Janeiro: Atheneu Rio, 2015

5. POLIN, Richard A.; YODER, Mervin C. Neonatologia prática – POLYN & YODER. 5.ed. São Paulo: Elsevier, 2016

INGLÊS INSTRUMENTAL EMENTÁRIO: Estruturas básicas da língua – revisão geral. Desenvolvimentos de estratégias de leitura para a compreensão, interpretação, tradução e versão de textos. Estudo de textos específicos da área de turismo e de textos variados. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. DAVIES, Ben Parry. O ABC do inglês: nível intermediário. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014

2. GHOUCHE, Jihad M. Abou. Meus primeiros passos no inglês: aprenda a falar, entender, ler e escrever. São Paulo: Disal, 2011

3. GOUCHE, Jihad M. Abou. Melhore o seu inglês: conversação e compreensão. São Paulo: Disal, 2012

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. DAVIES, Ben Parry. Fale bem inglês. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 2. IGREJA, José Roberto A. Como se diz em inglês? São Paulo: Disal, 2010 3. LIEFF, Camilla Dixo; POW, Elizabeth M.; NUNES, Zaina Abdalla. Descobrindo a

pronúncia do inglês. São Pauo: Martins Fontes, 2014 4. LIMA, Denilso de. Gramática de uso da língua inglesa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 5. MURPHY, Raymond. Essential grammat in use. 2.ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes,

2010

5. MÓDULO / SEMESTRE

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170

DOR

EMENTA Caracterização dos principais tipos e mecanismos da dor e seus substratos

morfofisiológicos; Caracterização dos quadros clínicos de dor, relacionando-os aos aspectos

psicológicos e sociais

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ALVES NETO, Onofre; COSTA, Carlos Maurício de Castro; SIRQUEIRA, José Tadeu

T. de; TEIXEIRA, Manoel Jacobsen. Dor: princípios e prática. 2.ed. Porto Alegre:

Artmed, 2009

2. LEVINE, Wilton C. Manual de anestesiologia clinica. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012

3. ROENN, Jaime H. Von. PAICE, Judith A.; PREODOR, Michael E. Current: Dor –

diagnosticos e tratamento. Porto Alegre: Artmed,2009

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BERTOLUCCI, Paulo H. F. Guia Neurologia; São Paulo: Manole, 2010

2. HAEHNEL, Stefan. Diagnostico por imagem - Neurologia. Porto Alegre: Artmed, 2010

3. MENESES, Murilo S. Neuroanatomia aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2011

4. SNELL, Richards. Neuroanatomia clinica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011

5. WEIR; James. Atlas de anatomia humana em imagens; Rio de Janeiro: Elsevier,

2011

DOR ABDOMINAL, DIARRÉIA, VÔMITOS E ICTERÍCIA

EMENTA Elaboração da anamnese e do exame físico das principais manifestações

abdominais, compreendendo os mecanismos fisiopatológicos dos quadros clínicos e os

dados epidemiológicos necessários para o manejo e tomada de decisões diagnóstica e

terapêutica

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. DANI, R. [et al] Gastroenterologia essencial. 4.ed. São Paulo: Guanabara Koogan,

2011

2. FEDERLE, Michael P. Diagnostico por imagem – abdome. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2011

3. SAVASSI-ROCHA, Paulo Roberto. Abdome agudo - não traumático. Rio de Janeiro:

Medbook, 2010

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. CERRI, G. G. Ultra-sonografia abdominal. Rio de Janeiro: Revinter, 2009

Page 172: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

171

2. DOHERTY, Gerard M. Cirurgia: diagnostico e tratamento. 13.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan,2011

3. GONZALES, Juan Carlos Mayogoitia. Hernias da parede abdominal. Rio de

Janeiro: Revinter, 2011

4. HARKEN, Alden H. Segredos Abernathy de cirurgia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010

5. JORGE FILHO, Isac. Cirurgia geral pre e pós-operatorio. Rio de Janeiro: Atheneu,

2011

FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO

EMENTA Estudo da epidemiologia, prevenção, manifestações clínico-laboratoriais das

doenças infectocontagiosas e os mecanismos de ação dos agentes etiológicos envolvidos,

assim como das propostas terapêuticas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 10.ed. Porto Alegre: Artmed,

2011

2. PIGNATARI, Antonio Carlos Campós. Infectologia. Guia da Unifesp. São Paulo:

Manole, 2011

3. TAVARES, Walter. Rotinas de diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e

parasitárias. Rio de Janeiro: Atheneu, 2012

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ABBAS, Abul K. ROBBINS & COTRAN - Patologia Bases patologicas das doenças.

8.ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2010;

2. BARROS, Elvino. Laboratorio na pratica clinica. Porto Alegre: Artmed, 2011

3. GUERRA, Celso Carlos de Campós. Clinica e laboratório. São Paulo: Sarvier, 2011

4. LOPEZ, Fred A. Doenças infecciosas: diagnostico e tratamento. Porto Alegre:

McGraw Hill, 2009

5. VERONESI, R. Tratado de infectologia. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2010; 2v

INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE V

EMENTA Carcaterização das propostas e dos problemas levantados e/ou dos projetos não

executados junto às respectivas UBS, e viabilizar a implantação por meio de ações

específicas na UBS; Estudo dos tipos de tratamentos e equipamentos de referência e contra

referência disponíveis junto à UBS para terapia da dor; Cararcterizar a visita domiciliar a

portadores de dor crônica e observação da relação do paciente com o cuidador;

Page 173: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

172

Levantamento junto à ESF da ocorrência de doenças infecciosas de notificação compulsória

(tuberculose, hepatites virais, hanseníase, leptospirose, rubéola, sarampo, DST, AIDS);

Levantamento da incidência de doenças diarreicas.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ALMEIDA FILHO,Naomarde; Epidemiologia & saude- fundamentos, metodos e

aplicações; Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2012

2. ARMOND, Guilherme Augusto; Epidemiologia, prevenção e controle de infecçoes

relacionadas a assistencia a saude; Belo Horizonte: Copmed, 2012

3. LOTZE, Lorete Maria da Silva; Atualização em doenças diarreicas da criança e do

adolescente; Rio Janeiro: Atheneu, 2010

4. PAIM, Jairnilson Silva; Saude coletiva: Teoria e pratica; Rio de Janeiro:

Medbook,2014

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. CIMERMAN, Sergio; Condutas em infectologia; Rio de Janeiro: Atheneu, 2011

2. KABAT, Geofrey C; Riscos ambientais a saude- Mitos e verdades; Rio Janeiro:

Guanabara Koogan, 2009;

3. LYON, Sandra; LYON Hanseniase; Rio de Janeiro: Medbook, 2013

4. PASSOS, Leal; Atlas de DST & diagnostico diferencial; Rio de Janeiro: Revinter,

2012

5. SLAVEN, Ellen; Doenças infecciosas: Diagnostico e tratamento; Porto Alegre: Mc

Graw Hill, 2009

HABILIDADES PROFISSIONAIS V

EMENTA Desenvolvimento da capacidade de aplicar técnicas de comunicação nos vários

estágios de uma consulta; Capacitação para estruturar uma consulta de modo adequado

para atingir os objetivos da mesma; Desenvolvimento da capacidade de realizar exame do

ombro, costas, tornozelo e joelho; Desenvolvimento da capacidade de aplicar técnicas de

exame de abdome; Desenvolvimento da capacidade de realizar cateterização da bexiga;

Estudo dos instrumentos diagnósticos laboratoriais de uretrite/cervicite; Desenvolvimento da

capacidade de lidar com obstruções do aparelho digestório e urinário e tomada de medidas

sanitárias, se necessária

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. DANI, R; CASTRO , L. P. Gastroenterologia essencial. 4.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2011

2. GUERRA, Celso Carlos de Campós. Clinica e laboratório. São Paulo: Sarvier, 2011

3. LEE,R. J. Principios de Otorrinolaringologia. Porto Alegre:Mcgraw Hill, 2010

Page 174: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

173

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. CARVALHO, Elisa de. Gastroenterologia e nutrição em pediatria. São Paulo: Manole,

2012

2. MCRAE, Ronald. Exame clinico ortopedico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011

3. MCANINCH, Jack W. Urologia de SMITH. Porto Alegre: Artmed,2010

4. STAHELI, Lynn T. Ortopedia pediatria na pratica. Porto Alegre: Artmed, 2008

5. WEIR, James. Atlas de anatomia humana em imagens. Rio de Janeiro:Elsevier,2011

6. MÓDULO / SEMESTRE

PROBLEMAS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO

EMENTA Caracterização das funções psíquicas do homem e suas disfunções, tais como os

distúrbios do humor e do comportamento; Caracterização das principais síndromes

psiquiátricas; Estudo da assistência primária à saúde psicossocial (ambulatórios e CAPS);

Influência dos fatores sociais como desencadeantes de problemas mentais e

comportamentais

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. KAPLAN, H; SADOCK, S; GREBB, J; Compêndio de psiquiatria: ciências do

comportamento e psiquiatria clínica, 9;ed; Porto Alegre: Artes Médicas, 2007

2. MORENO, Ricardo A; Distimia- Do mau humor ao mal do humor- Diagnostico e

tratamento; Porto Alegre: Artmed, 2010

3. OLIVEIRA,Irismar Reis de; Manual de psicofarmacologia clinica;Rio de

Janeiro:Medbook,2010

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ARKOWITZ, Hal. Entrevista motivacional no tratamento de problemas

psicologicos;São Paulo:Roca,2012

2. BOTTINO, Cassio Machado de Campós; Diagnostico e tratamento dos transtornos

do humor em idosos; Rio de Janeiro: Atheneu,2012

3. LARANJEIRA, Ronaldo; O Tratamento do usuario de Crack; Porto Alegre: Artmed,

2012

4. PATTERSON,Jo Ellern; Guia de psicofarmacologia para o terapeuta;Rio de

Janeiro:Guanabara Koogan,2011

5. MELLO FILHO,Julio de; Psicossomatica hoje;Porto Alegre:Artmed,2010

PERDA DE SANGUE

EMENTA Carcaterização das causas mais comuns de perda anormal de sangue, além da

perda de sangue resultante de distúrbios homeostáticos

Page 175: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

174

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. LORENZI,Therezinha F; Manual de hematologia -propedeutica e clinica ;Rio de

Janeiro:Guanabara Koogan,2007

2. OLSON, Kenta R; Manual de toxicologia clinica; Porto Alegre:Artmed,2014

3. WAY, Lawrence W; Cirurgia -Diagnostico e tratamento; Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2013

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BORDINI,Jose Orlando; Hemoterapia-fundamentos e pratica;Rio de Janeiro:Rio de

Janeiro:Atheneu,2010

2. FIGUEIREDO,Maraia Stella; Hematologia;São Paulo:Manole,2010

3. HIRSCHMANN,Jan V; WINTROBE-Atlas colorido de hematologia;Rio de

Janeiro:Revinter,2010

4. OLIVEIRA, R; A; G; POLI NETO, A; Anemias e leucemias: conceitos básicos e

diagnóstico por técnicas, São Paulo: Roca, 2010

5. SILVA,Hashimoto; Coagulação-visao laboratorial da hemostatia;Rio de Janeiro:

Revinter,2007

FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIAS

EMENTA Caracterização das principais deficiências nutricionais e do processamento

alterado de alimentos pelo corpo; Estudo da avaliação do estado nutricional e da base

dietética; Caracterização das bases do diagnóstico e tratamento dos principais quadros

clínicos que dão origem à fadiga ou perda de peso

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. AIRES, M. M. Fisiologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

2. OLIVEIRA, Raimundo Antonio Gomes. Anemias e leucemias. São Paulo: Roca, 2010

3. SILVA, Chemin Seabra. Tratado de alimentaçao, nutrição & Dietoterapia. São Paulo:

Roca, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. CUNHA,Lara Natacci; Anorexia,bulemia e compulsao alimentar;Rio de

Janeiro:Atheneu,2008

2. WAITZBERG,Dan L; Nutriçao oral,enteral e parenteral na pratica;Rio de

Janeiro:Atheneu,2009

3. ESCOTT-STUMP,Sylvia; Nutrição relacionada ao diagnostico e tratamento. São

Paulo: Manole, 2011

4. FREITAS, E; V; et al: Tratado de geriatria e gerontologia; 3ed; Rio de Janeiro:

Page 176: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

175

Guanabara Koogan, 2011

5. LOPES,Antonio Carlos; Tratado de clinica medica; São Paulo;Roca,2009; 3v

INTERAÇÕES EM SAÚDE NA COMUNIDADE VI

EMENTA Identificação das famílias com portadores de transtornos mentais e/ou drogadição

e realização de visita domiciliar; Identificação e visita domiciliar às famílias com indivíduos

em processos consuntivos com ênfase em estudo de caso (priorizar tuberculose e câncer);

Análise e disscussão do papel da Vigilância em Saúde na área de abrangência da UBS;

Análise e discussão do programa de controle de tuberculose da região.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. AMARAL, Jose Luiz Gomes do. Atualização em saúde da família. São Paulo:

Manole, 2010

2. SILVA, Luiz Carlos Correa da. Tabagismo - doença que tem cura. Porto Alegre:

Artmed, 2012

3. FITERMAN, Jussara. Tuberculose. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011;

4. THORNICROFT, Graham. Boas praticas em saúde mental comunitária. São Paulo:

Manole, 2010

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BOTTINO, Cassio Machado de Campos; Diagnostico e tratamento dos transtornos

do humor em idosos; Rio de Janeiro: Atheneu,2012

2. ESCOTT-STUMP,Sylvia; Nutrição relacionada ao diagnósticos e tratamento;São

Paulo:Manole,2008

3. FIGLIE,Neliana Buzi; Aconselhamento em dependência quimica; São

Paulo:Roca,2011

4. LARANJEIRA, Ronaldo; O Tratamento do usuario de Crack; Porto Alegre: Artmed,

2012

5. LOPES,Mario; Politicas de saúde publica; Rio de Janeiro:Atheneu,2010

HABILIDADES PROFISSIONAIS VI

EMENTA Caracrterização dos princípios do exame de pacientes comatosos;

Esclarecimento de problemas diversos da área psíquica e social; Estudo do papel das

ONGs e Instituições Públicas; Desenvolvimento da capacidade de cuidar de um ferimento;

Desenvolvimento da apacidade de fazer o diagnóstico físico em perda de sangue vaginal;

Caracterização dos princípios dos diagnósticos laboratoriais de perda de sangue;

Desenvolvimento da capacidade de lidar com situações “difíceis” durante a consulta;

Caracterização dos princípios do primeiro atendimento ao trauma em situações de

Page 177: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

176

sangramento; Carcaterização dos princípios do diagnóstico laboratorial do diabetes e da

anemia

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ABIB, Simone de Campos Vieira. Trauma-Serie guias de medicina ambulatorial e

hospitalar da Unifesp-EPM;São Paulo:Manole,2012

2. LAMOUNIER, Rodrigo Nunes. Manual pratico de Diabetes;Rio de Janeiro:Guanabara

Koogan,2011

3. PIRES, Marco Tulio Baccarini. Emergências medicas. Rio de Janeiro: Medbook,

2014

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. DRUMOND, Domingos Andre; Protocolos em trauma; Rio de Janeiro: Medbook,

2009

2. GUERRA,Joao Carlos de Campós; Clinica e laboratório; São Paulo:Sarvier,2011

3. KNOBEL,Elias;Condutas no paciente grave;Rio de Janeiro:Atheneu,2007

4. MONTEIRO,Ernesto Lentz de Carvalho; Tecnica cirurgica; Rio de Janeiro;Guanabara

Koogan,2007

5. TOWNSEND,Courtney M; Atlas de tecnicas cirurgicas; Rio de Janeiro;Elsevier,2011

7. MÓDULO / SEMESTRE

LOCOMOÇAO E PREENSÃO

EMENTA Caracterização das estruturas responsáveis pela locomoção e preensão, a

abordagem clínica, terapêutica e o acompanhamento das alterações ou perdas destas

funções, incluindo o apoio psicológico e da adaptação social

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011

2. FRANKEL, Susan J. Biomecanica básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2013

3. MANASTER, B. J. Expertddx: Musculoesquelético. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2011.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. AREND, Carlos Frederico; Master-Ultrassonografia musculoesquelética; Rio de

Janeiro: Revinter, 2012

2. FRANK, A. Livros dos músculos. São Paulo: Manole, 2009

3. KAPANDJI, I. A. Fisiologia articular. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan:

Manole, 2009. 3vs

4. LEITE, Nelson Mattioloi. Propedêutica ortopédica e traumatologia. Porto Alegre:

Page 178: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

177

Artmed, 2013.

5. PALASTANGA, N. Anatomia e movimento humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010

DISTÚRBIOS SENSORIAIS MOTORES E DA CONSCIÊNCIA

EMENTA Caracterização dos principais distúrbios sensoriais, motores e da consciência,

identificando seus fatores determinantes, intervenções terapêuticas e suas repercussões na

qualidade de vida do paciente e no seu meio social

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. CORREA, Antonio Carlso de Oliveira; Memória, aprendizagem e esquecimento; Rio

de Janeiro: Atheneu, 2010

2. KASPER, D; L; Medicina interna de Harrison; 17;ed; Rio de Janeiro: Mc Graw-Hill,

2013; 2v

3. SOUZA, Sebastiao Eurico Melo; Tratamento das doenças neurológicas; Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. FALCAO,Luiz Fernando dos Reis; Manual de psiquiatria; São Paulo:Roca,2011

2. GOLDMAN, L; Cecil tratado de medicina interna; 23;ed; Rio de Janeiro: Elsevier,

2010; 2v

3. CAMPBELL, W;W; Dejong: o exame neurológico; 6;ed; Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2007

4. LOUZA NETO, Mario Rodrigues. Psiquiatria basica; Porto Alegre:Artmed, 2011

5. SADOCK,Benjamin James. Manual conciso de psiquiatria da infância. Porto Alegre:

Artmed,2011

DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMA

EMENTA Caracterização da história clínica, do exame físico e do tratamento de distúrbios

dos sistemas circulatório e respiratório; Estudo dos principais quadros clínicos desses

sistemas que sejam relevantes e sua relação com a epidemiologia clínica

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BRANT,William E; Fundamentos de radiologia diagnostico por imagem; Rio de

Janeiro:Guanabara Koogan,2009

2. LOPES,Antonio Carlos; Tratado de clinica medica; São Paulo;Roca,2009; 3v

3. PAOLA, Angelo Amato Vincenzo de; Cardiologia; São Paulo: Manole, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ARARAKI, Jaqueline Sonoe Ota; Função pulmonar. Rio de Janeiro: Atheneu,2011

2. CLAUSSEN, Claus. Diagnóstico por imagem - Cardiologia; Porto Alegre: Artmed,

Page 179: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

178

2010;

3. DAVID,Cid Marcos; Ventilaçao mecanic -da fisiologia a pratica;Rio de

Janeiro:Revinter,2010

4. MULLER,Nestor L; Doenças do pulmão;Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2010

5. SILVERTHORN, D; U; Fisiologia humana: uma abordagem integrada,5 ed; Porto

Alegre:Artmed,2010

6. TALLO, Fernando Sabia. Guia de ventilação mecanica para medicina;Rio de

Janeiro:Atheneu,2011

INTERAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE VII

EMENTA Continuação à assistência às famílias adotadas nas etapas anteriores; Estudo do

Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB); Realização de consulta supervisionada

pelo médico da ESF da sua UBS (demandas da agenda rotineira do médico); Planejamento

de visita domiciliária com o médico; Discussão da organização do cuidado aos portadores

de distúrbios sensoriais e de consciência no SUS.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ALMEIDA FILHO, Naomarde. Epidemiologia & saude-fundamentos, métodos e

aplicações; Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2012

2. MELLO, Marcelo F. de. Epidemiologia as saúde mental no Brasil. Porto Alegre:

Artmed, 2014;

3. TOY, Eugene C. Casos clínicos em medicina de familia e comunidade. Porto Alegre:

Mc Graw Hill, 2013

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. AMARAL; Jose Luiz Gomes do; Atualização em saude da familia; São Paulo:

Manole, 2010;

2. CESAR,Cheser Luiz Galvao;Saude publica-bases conceituais;Rio de

Janeiro:Aheneu,2013

3. FLETCHER, R; H; Epidemiologia clínica: elementos essenciais, 4;ed; Porto Alegre:

Artes Médicas, 2006

4. SILVA,Seabra da Silva;Tratado de alimentação,nutriçao e dietoterapia;São

Paulo:Roca,2011

5. SILVEIRA,Mario Magalhaes; Politica nacional de saude publica;São

Paulo:Revan,2007

HABILIDADES PROFISSIONAIS VII

EMENTA Desenvolvimento da capacidade de examinar as extremidades superiores e a

Page 180: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

179

coluna; Desenvolvimento da capacidade de fazer transições entre as etapas de uma

consulta médica; Desenvolvimento da capacidade de realizar testes para verificar redução

na visão/audição, exame neurológico periférico e exame dos nervos cranianos;

Desenvolvimento da capacidade de realizar diagnósticos do trato respiratório e testes

laboratoriais simples para infecções do trato respiratório; Continuação do estudo da

estruturação de consultas;

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. CAMPBELL, Willian W; DEJONG - O Exame neurológico; Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan,2007

2. IMHOF, Herwig; Diagnóstico por imagem-Coluna vertebral; Porto Alegre :Artmed,

2009

3. MOREIRA, Carlos Augusto; Semiologia básica em oftalmologia; Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2013

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. DRUMOND, Domingos Andre; Protocolos em trauma; Rio de Janeiro: Medbook,

2009

2. KIRK,R;M; Bases técnicas da cirurgia; Rio de Janeiro:Elsevier,2011

3. TOWNSEND,Courtney M; Atlas de tecnicas cirúrgicas; Rio de Janeiro:Elsevier,2011

4. GUERRA,Joao Carlos de Campós; Clinica e laboratório; São Paulo:Sarvier,2011

5. IRION, Glenn L. Feridas -novas abordagens,manejo clinico e atlas em cores;Rio de

Janeiro:Guanabara Koogan,2012

8. MÓDULO / SEMESTRE

DESORDENS NUTRICIONAIS E METABÓLICAS

EMENTA Caracterização dos problemas de origem nutricional e metabólica, tanto pela

história clínica aprofundada e dirigida como pelo exame físico geral e específico e pela

interpretação de exames subsidiários; Carcaterização da indicação da solicitação dos

exames; Caracterização do modo de orientar e tranquilizar o paciente

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. NUNES, M; A; Transtornos alimentares e obesidade; 2;ed; Porto Alegre: Artmed,

2011

2. GARDINER, David; Endocrinologia básica e clinica de Greenspan; Porto Alegre: Mc

Graw Hiil, 2013

3. MANCINI, Marcio Cercato. Tratado de obesidade;Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2010

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Page 181: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

180

1. CARVALHO, Elisa de; Gastroenterologia e nutrição em pediatria; São Paulo: Manole,

2012

2. CINTRA,Dennys E; Obesidade e diabetes;São Paulo:Sarvier,2011

3. CLAUDINO,Angelica de Medeiros;Transtornos alimentares e obesidade;São

Paulo:manole, 2011

4. WAJCHENBERG,Bernardo Leo; Diabetes Mellitus e doença cardiovascular;Rio de

Janeiro:Guanabara Koogan,2012

5. TSCHIEDEL,Balduino; Insulinas-insulinizando o paciente com Diabetes; Rio de

Janeiro:Guanabara Koogan,2010

MANIFESTAÇÕES EXTERNAS DAS DOENÇAS E IATROGENIAS

EMENTA Caracterização da etiologia, o diagnóstico e o tratamento de certo número de

problemas comuns de pele; Carcterização dos vários fatores físicos e psicológicos que

afetam a aparência geral da pele de uma pessoa e derivativos da pele em especial

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. CUCÉ, Luiz Carlos. Manual de dermatologia. São Paulo: Manole, 2013

2. OLIVEIRA, Zilda Najjar Prado de. Dermatologia pediátrica. São Paulo: Manole, 2012

3. WOLF, KLAUS. FITZPATRICK - Tratado de dermatologia. Rio de Janeiro: Revinter,

2011 2 vs

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. AZULAY, David Rubem. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013

2. EDWARDS,Libby. Atlas de dermatologia genital;Rio de Janeiro: Revinter, 2011

3. JACOB, Cristina Miuki Abe. Alergia e imunologia para o pediatra. São Paulo: Manole,

2010

4. RODRIGUES, Mecciene Mendes. Dermatologia: do nascer ao envelhecer. Rio de

Janeiro: Medbook, 2012

5. ROTTA, Osmar. Dermatologia: Clinica, cirurgica e cosmiátrica São Paulo: Manole,

2013

EMERGÊNCIAS

EMENTA Conhecimento, compreensão, capacidade de solucionar problemas, técnicas

práticas necessárias em situações que pedem pronto atendimento

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BALDAÇARA, Leonardo; Emergências psiquiatricas; São Paulo: Roca, 2009

2. BRANDAO NETO,Rodrigo Antonio;Emergencias clinicas-abordagem pratica; São

Paulo: Manole, 2013

3. MARTINS, Herlon Saraiva; Pronto-socorro: medicina de emergência; São Paulo:

Page 182: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

181

Manole, 2012

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ALMEIDA, R. Psicofarmacologia: fundamentos práticos. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2010

2. FERREIRA, Lydia Massako. Cirurgia: Urgências ou emergências. São Paulo:

Manole, 2011

3. SBOT - Manual de trauma ortopedico;Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2012

4. SILVA, Jorge dos Santos. Politraumatizado:tratameno ortopedico;São Paulo:

Sarvier,2011

5. TIMERMAN, Sergio. Eletrocardiograma na sala de emergências. São Paulo: Manole,

2013

INTERAÇAO EM SAÚDE NA COMUNIDADE VIII

EMENTA Acompanhamento da consulta médica aos pacientes agendados na UBS;

Acompanhamento das famílias com pacientes de Saúde Mental; Acompanhamento dos

momentos de EP em Saúde Mental para os funcionários; Participação das atividades

individuais e em grupo nos CAPS de referência

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. CHENIAUX JUNIOR, E. Manual de psicopatologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2010

2. KAPCZINSKI, Flavio. Bases biológicas dos transtornos psiquiátricos. Porto Alegre:

Artmed, 2011.

3. THORNICROFT, Graham. Boas praticas em saúde mental comunitária. São Paulo:

Manole, 2009

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ALMEIDA FILHO, Naomarde. Epidemiologia & saude-fundamentos: metodos e

aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012

2. APA. Diretrizes para o tratamento de transtornos psiquiátricos. Porto Alegre: Artmed,

2008

3. BOTTINO,Cassio M. ;C. Demencia e transtornos cognitivos em idosos. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2007

4. CORDAS, Taki A. Condutas em psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2009

5. TOE, Eugene C. Casos clinicos em psiquiatria. Porto Alegre:Artmed, 2011

HABILIDADES PROFISSIONAIS VIII

EMENTA Desenvolvimento da capacidade de examinar anomalias posturais; Caracterização

do diagnóstico laboratorial de queixas sobre a pele/cabelo

Page 183: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

182

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. FALOPPA, Flavio. Propedeutica ortopedica e traumatologia. Porto Alegre: Artmed,

2013

2. JOHNSON,Richard Allen. Dermatologia de Fitzpatrick. Porto Alegre:Artmed,2011

3. OLIVEIRA, Zilda Najjar Prado de. Dermatologia pediátrica. São Paulo: Manole,2012

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BELDA JUNIOR, Walter. Tratado de dermatologia. Rio de Janeiro:Atheneu,2010

2. GREENSPAN, Adam; Radiologia ortopedica: Uma abordagem pratica; Porto Alegre:

Guanabara Koogan, 2012

3. LACAZ, Carlos da Silva. Tratado de micologia medica. São Paulo: Sarvier, 2010

4. MIO, Helio Amante. Protocolo de condutas em dermatologia. São Paulo: Roca, 2012

5. SANVITO, Wilson Luiz. Propedêutica neurológica. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010

9. MÓDULO / SEMESTRE

SAÚDE DA CRIANÇA I

EMENTA Exercício de atividades práticas em pediatria geral sob supervisão do docente em

ambiente hospitalar com atividades em enfermaria; ambulatórios; atenção primária em

Saúde da Família com foco na criança, atividades acadêmicas com discussão de casos

clínicos documentados e sessões anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ESCOBAR, Ana Maria de Ulhôa. Promoção da saúde na infância; São Paulo:

Manole,2011

2. LOPEZ, Fabio Ancona. Tratado de pediatria. São Paulo: Manole, 2014

3. MURAHOVSCHI, Jayme. Pediatria - Diagnostico e tratamento. São

Paulo:Sarvier,2014

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ANTON, Christopher G. Expertddx Pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2011

2. CESAR, Regina Grigotti. Emergencias em pediatria. São Paulo: Manole, 2010

3. GILIO, Alfredo Elias. Pediatria geral – HU. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011

4. ELIZABETH, Acccioly. Nutrição em obstetricia e pediatria;Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012

5. SILVA, Clovis Artur. Doenças reumaticas na criança e no adolescente. São Paulo:

Manole, 2010

SAÚDE DO ADULTO I

EMENTA Exercício de atividades práticas em clínica médica geral sob supervisão do

Page 184: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

183

docente, em ambiente hospitalar com atividades em enfermaria, ambulatórios; Atenção

primária em Saúde da Família com foco no adulto, atividades acadêmicas com discussão de

casos clínicos documentados e sessões anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. GOLDMAN, L. Cecil - Tratado de medicina interna. 23.ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2010. 2vs

2. LOPES, Antonio Carlos. Tratado de clinica medica. São Paulo; Roca, 2009 3vs

3. ROCHA, Paulo Roberto Savassi. Cirurgia de ambulatório. Rio de Janeiro: Medbook,

2012

4.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. ARRUDA, Milton. Clinica medica-grandes temas na pratica. Rio de Janeiro: Atheneu,

2010

2. BENSENOR, Isabela M. Clinica medica: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro:

Sarvier, 2010

3. CAVALCANTI, Aline de Hollanda. Ambulatorio de clinica medica. Rio de Janeiro:

Revinter, 2011

4. MAYEAUX JUNIOR, E. J. Guia ilustrado de procedimentos médicos. Porto

Alegre:Artmed,2011

5. MERCK. Manual Merck de informação médica: saúde para a família. São Paulo;

Roca, 2010

SAÚDE DA MULHER I

EMENTA Exercício de atividades práticas em obstetrícia sob supervisão do docente em

ambiente hospitalar com atividades em sala de parto, enfermaria, ambulatórios; atenção

primária em Saúde da Família com foco na gestante, atividades acadêmicas com discussão

de casos clínicos documentados e sessões anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. FILGUEIRA, Norma Antonio. Medicina interna de ambulatório. Rio de Janeiro:

Medbook, 2011

2. GUARIENTO,Antonio. Obstetricia normal. São Paulo: Manole, 2010

3. SANTOS, Luiz Carlos. Ginecologia ambulatorial baseada em evidências. Rio de

Janeiro: Medbook, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. CARNEIRO, Marcia Mendonça. Ginecologia ambulatorial. Belo Horizonte: 2013

2. DUNCAN, Bruce B. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas

em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2013

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184

3. REZENDE FILHO,Jorg de. REZENDE – Obstetricia. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan,2010

4. SCHORGE,John. Ginecologia de Willians. Porto Alegre: Artmed, 2011

5. ZUGAIB,Marcelo. Obstetricia. São Paulo: Manole, 2012

10 MÓDULO / SEMESTRE

SAÚDE DA CRIANÇA II

EMENTA Exercício de atividades práticas em Neonatologia sob supervisão do docente em

ambiente hospitalar, com atividades em berçário, sala de parto e ambulatórios; Atenção

primária em Saúde da Família, com foco no recém-nascido e lactente, atividades

acadêmicas com discussão de casos clínicos documentados e sessões anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

VAZ, Flávio Adolfo Costa. Neonatologia. São Paulo: Manole, 2010.

GOMELLA, Tricia lacy. Neonatologia - tratamento, procedimentos. Rio de Janeiro:

Revinter, 2012

LOPES, Fábio Ancna. Tratado de pediatria. São Paulo: Manole, 2014

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. FERNANDES, Fatima Rodrigues. Manual de urgências emergências em pediatria do

Hospital Infantil sabara. São Paulo: sarvier, 2010

2. MAGALHAES, Mauricio. Normas e condutas em neonatologia. Rio de Janeiro:

Atheneu, 2010

3. MARBA, Sergio T. Martins. Manual de neonatologia UNICAMP. Rio de

Janeiro:Revinter,2010

4. STAATZ, Gundula. Diagnóstico por imagem – Pediatria. Porto Alegre: Artmed, 2010;

5. WEFFORT, Virginia Resende Silva. Nutrição em pediatria: da neonatologia à

adolescência. São Paulo: Manole, 2010

SAÚDE DO ADULTO II

EMENTA Exercício de atividades práticas em clínica cirúrgica geral sob supervisão do

docente em ambiente hospitalar com atividades em enfermaria, centro cirúrgico,

ambulatórios; Atenção primária em Saúde da Família com foco no adulto e na atenção

domiciliar de pacientes em pós-operatório, atividades acadêmicas com discussão de casos

clínicos documentados e sessões anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. JORGE FILHO,Isac. Cirurgia geral prée e pós-operatório. Rio de Janeiro: Atheneu,

2011

2. KREIMER FILHO, Euclides Dias. Clinica cirúrgica. Rio de Janeiro: Medbook, 2011

Page 186: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

185

3. FERREIRA,Lydia Masako. Guia de cirurgia: urgências e emergências. São Paulo:

Manole, 2011

4. ROCHA, Paulo Roberto Savassi. Cirurgia de ambulatório. Rio de Janeiro: Medbook,

2012

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BIROLINI, Dario. Cirurgia de emergencia;Rio de Janeiro: Atheneu, 2011

2. CAMARGO, Jose de Jesus Peixoto. Tópico de atualização em cirurgia torácica. São

Paulo: Fmo, 2011

3. DOHERTY, Gerard M. Cirurgia: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2011

4. ROHDE, Luiz. Rotinas em cirurgia digestiva. Porto Alegre: Artmed, 2011

5. SINTEK,Colleen Flint. Cirurgia cardíaca. Rio de Janeiro: Revinter, 2011

SAÚDE DA MULHER II

EMENTA Exercício de atividades práticas em ginecologia sob supervisão do docente em

ambiente hospitalar com atividades em enfermaria, ambulatórios; Atenção primária em

Saúde da Família com foco na saúde da mulher, atividades acadêmicas com discussão de

casos clínicos documentados e sessões anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BARACAT, Edmundo Chada. Ginecologia baseada em casos. São Paulo: Manole, 2012

GUARIENTO, Antonio. Obstetrícia normal. São Paulo: Manole, 2010

VIANA, Luiz Carlos. Ginecologia. Rio de Janeiro: Medbook, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. AHUJA, Anil T. Imagens & Anatomia: Ultrassonografia. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan,2011

2. CORLETA, Helena V. Eye. Ginecologia endócrina. Porto Alegre: Artmed, 2010

3. KARRAN, Baggish. Atlas de anatomia pelvica e cirurgica ginecológica. Rio de

Janeiro: Revinter, 2012

4. REZENDE FILHO, Jorge de. Obstetrícia Fundamental. Rio de Janeiro:Guanabara

Koogan,2011

5. WOODWARD, Paula J. Expertddx – Obstetricia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2011

11 MÓDULO / SEMESTRE

SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE I

EMENTA Abordagem do paciente e da comunidade para identificação dos problemas de

saúde; Visão dos problemas do ponto de vista individual e coletivo; Assistência à saúde da

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186

criança, da gestante, do adulto e do idoso no nível primário de atenção; Conhecimento do

SUS; Familiaridade com o sistema de referência e contra referência; Critérios para

encaminhar os casos que extrapolam a resolutividade do serviço; Trabalho em equipe

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade:

princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2012

2. PENDLETON, D.; TATE, P.; SCHOFIELD, T. A nova Consulta: desenvolvendo a

comunicação entre médico e paciente. Porto Alegre: Artmed, 2011;

3. STEWART, M. [ et al] Medicina centrada na pessoa. 2.ed. Porto Alegre: Artmed,

2010

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BEDIN, Lívia Perasol; PAULINO, Lívia Vale; PAULINO, Ivan. Estratégia: saúde da

família. São Paulo: Icone, 2013

2. CIANCIARULLO, Tamara Ivanow; GUALDA, Dulce Mria R.; SILVA, Gilberto T. R.;

CUNHA, Isabel Cristina K. O. L.. Saúde na família e na comunidade. São Paulo:

Ícone, 2011

3. KIDD, Michael. A contribuição de medicina de família e comunidade para os

sistemas de saúde. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2016

4. OHARA, E. C.; SAITO, Raquel de Souza (Org.). Saúde da família: considerações

teóricas e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2010

SARIERA, Jorge Castella. Saúde comunitária: conhecimentos e experiências na america

latina. Porto Alegre: Sulina, s.d

URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO ADULTO

EMENTA Exercício de atividades práticas em urgências e emergências do adulto, sob

supervisão do docente, em ambiente hospitalar com atividades em Pronto-Socorro,

unidades de internação de retaguarda a urgências e unidades de terapia intensiva e semi-

intensiva, atividades acadêmicas com discussão de casos clínicos documentados e sessões

anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. BRANDAO NETO, Rodrigo Antonio. Emergências clinicas: abordagem pratica. São

Paulo: Manole, 2013

2. PIRES, Marco Tulio Baccarini. Emergências medicas. Rio de Janeiro: Medbook,

2013

3. STAVALE, Marcos. Bases da terapia intensiva neurológica. São Paulo: Santos, 2011

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BONGARD, F. S. Terapia intensiva: diagnóstico e tratamento. 3.ed. Porto Alegre:

Page 188: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

187

Artmed, 2013

2. BUCHOLZ, R. W. Fraturas em Adultos: Rockwood e Green. 5. Ed. São Paulo:

Manole, 2013. 2v

3. MONTE, Cesar Martins. Terapia intensiva : uma abordagem baseada em casos

clínicos. São Paulo: Manole, 2011

4. PHILLIPE, Abreu. SOS Doutor: emergências em pronto-socorro. Rio de Janeiro:

ACF, 2013

5. TIMERMAN, Sergio. Eletrocardiograma na sala de emergências. São Paulo: Manole,

2013.

URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA CRIANÇA

EMENTA Exercício de atividades práticas em urgências e emergências na criança, sob

supervisão do docente, em ambiente hospitalar com atividades em Pronto-Socorro,

unidades de internação de retaguarda a urgências e unidades de terapia intensiva e semi-

intensiva, atividades acadêmicas com discussão de casos clínicos documentados e sessões

anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. LA TORRE, Fabiola P Ferreira. Emergências em pediatria. São Paulo: Manole, 2013

2. MURAHOVSCHI, Jaime. Pediatria: urgências emergências. São Paulo: Sarvier, 2010;

3. BRANDAO, Marcelo Barciela. Terapia intensiva em pediatria. São Paulo: Sarvier,

2010

4. LIMA, Eduardo Jorge da Fonseca. Emergências pediátricas. Rio de Janeiro:

Medbook,2011.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BRANDAO NETO,Rodrigo Antonio;Emergências clinicas -abordagem pratica;São

Paulo: Manole, 2012

2. CARVALHO, Werher Brunow. Desmame e extubação em pediatria e neonatologia.

Rio de Janeiro:Atheneu, 2010

3. CARVALHO, Werher Brunow. Monitorização e suporte hemodinâmico. Rio de Janeiro:

Atheneu, 2010

4. FIORETTO, Jose Roberto. UTI pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011

5. REIS, Amelia Gorete. Pronto-socorro: Pediatria. São Paulo: Manole, 2012

6. TANNURI, Uenis. Doenças cirúrgicas da criança e do adolescente. São Paulo:

Manole, 2010

12. MÓDULO / SEMESTRE

Page 189: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

188

SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE II

EMENTA Exercício de atividades práticas em Saúde da Família, sob supervisão do

docente, em ambientes de manejo e gestão de problemas de saúde coletiva com atividades

em serviços de saúde, Secretarias de Saúde de municípios parceiros, Unidades de Atenção

Primária em Saúde da Família, com foco na epidemiologia e vigilância em saúde, Unidades

de Manejo da Saúde Ambiental, Centro de Vigilância Epidemiológica, Centro de Vigilância

Sanitária, atividades acadêmicas com discussão de casos de intervenção em problemas de

saúde coletivos

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ALMEIDA FILHO,Naomarde. Epidemiologia & saúde: fundamentos, métodos e

aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012

2. MALIK, Ana Maria. Gestão em saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2011

3. PAIM, Jairnilson Silva. Saúde coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: Medbook,

2014

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. AKERMAN, Marco. Tratado de saúde coletiva. Rio de janeiro: HUCITEC, 2009

2. LOPES, Mario. Politicas de saúde publica. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010

3. MARIANO, Sandra. Gestão em saúde: qualidade em serviços de saude no

consultório. Rio de Janeiro: ACF, 2013

4. OHARA, Elisabete Calabuig Chapina. Saúde da família. São Paulo: Hucitec, 2010

5. SILVA, Ana Karla. Manual de vigilância epidemiologia e sanitária. Goiania:Ab,2011

SAÚDE MENTAL / SAÚDE IDOSO

EMENTA Exercício de atividades práticas em Psiquiatria e Serviços de Atendimento em

Geriatria, sob supervisão do docente, em ambiente hospitalar com atividades em

ambulatórios, enfermarias e hospital-dia; Atenção primária em Saúde da Família com foco

no idoso, atividades acadêmicas com discussão de casos clínicos documentados e sessões

anatomopatológicas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. FREITAS, E. V. [et a.] Tratado de geriatria e gerontologia. 3.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2011.

2. PAPALEO NETO, M. Tratado de Gerontologia. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 2012

3. ZARIT, Steven H. Transtornos mentais em idosos. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2010.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BOTTINO, Cassio Machado de Campos; Diagnostico e tratamento dos transtornos

do humor em idosos; Rio de Janeiro: Atheneu, 2012

Page 190: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

189

2. CHENIAUX JUNIOR, E. Manual de psicopatologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2011

3. MIGUEL, Euripedes Constantino. Clinicapsiquiátrical. São Paulo: Manole, 2011

4. MINUCHIN,Patricia. Desafios de trabalhar com familias de alto risco social. São

Paulo: Roca, 2012

5. PAPALEO NETTO, Matheus. Tratado de medicina de urgência do idoso. Rio de

Janeiro: Atheneu, 2010

ESTÁGIO OPTATIVO

EMENTA O estágio Eletivo deve ter como objetivo principal proporcionar oportunidade para

que o aluno do curso médico, ao final dos 6 anos de formação, possa manter contato com

profissionais e serviços que tenham relação com seu interesse pessoal e profissional no

momento atual e futuro

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. GOLDMAN, L. Cecil tratado de medicina interna. 23.ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2010. 2v

2. GRACIA, Diego. Pensar a bioética: metas e desafios. São Paulo: Loyola, 2010

3. TOWNSEND JR., Courtney M. Sabiston - Tratado de Cirurgia. 18.ed. São Paulo:

Elsevier, 2009. 2v

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. BARROS, Elvino. Medicamentos na pratica clinica. Porto Alegre: Artmed, 2010

2. DOHERTY, Gerard M. Cirurgia: diagnótico e tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2011

3. KOJIMA, Kodi Edson. Casos clinicos em ortopedia e traumatologia. São Paulo:

Manole, 2011

4. LUNA FILHO, Braulio. Ciencia e arte de ler artigos médicos. Rio de Janeiro: Atheneu,

2010

5. PRADO,Cintra do. Atualização terapêutica: urgências e emergências. São Paulo:

Artes Médicas, 2011

1.6 Conteúdos Curriculares

1.6.1 Conteúdos curriculares básicos e das Ciências Médicas

O planejamento dos conteúdos curriculares do Curso de Medicina da

FAMETRO seguem os preceitos estabelecidos pela Resolução No. 3 de 20/06/2014

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190

do CNE que instituiu as DCNs e que em seu cap. III estabelece os parâmetros de

definição dos conteúdos fundamentais do Curso, relacionando-os com todo o

processo saúde-doença do cidadão, da família e da comunidade e referenciados na

realidade epidemiológica e profissional, proporcionando a integralidade das ações

do cuidar em saúde, contemplando:

a) conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e

alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos;

b) compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais,

psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do

processo saúde-doença;

c) abordagem do processo saúde-doença do indivíduo e da população, em

seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção;

d) compreensão e domínio da propedêutica médica;

e) diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica nas doenças que acometem

o ser humano em todas as fases do ciclo biológico, considerando-se os

critérios da prevalência, letalidade e potencial de prevenção;

f) promoção da saúde e compreensão dos processos fisiológicos dos seres

humanos, bem como das atividades físicas, desportivas e das relacionadas

ao meio social e ambiental;

g) abordagem de temas transversais no currículo que envolvam

conhecimentos, vivências e reflexões sistematizadas acerca dos direitos

humanos e de pessoas com deficiência, educação ambiental, ensino de

Libras, educação das relações étnico-raciais e história da cultura afro-

brasileira e indígena;

h) compreensão e domínio das novas tecnologias da comunicação para

acesso a base remota de dados e domínio de, pelo menos, uma língua

estrangeira.

A seleção de conteúdos do Curso de Medicina da FAMETRO se dará por

meio de um conjunto de ações e oficinas de trabalho e planejamento envolvendo

docentes e preceptores dos serviços de saúde coordenados pelo CREEM

(Comissão de Revisão e Estruturação de Módulos) e NDE. Esses órgãos do curso

se reunirão regularmente envolvendo o corpo docente e colaboradores para

organização das seguintes atividades :

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191

a) elaboração dos Cadernos do Curso para formulação e atualização de árvores

temáticas/mapas conceituais de cada módulo e Unidade Curricular;

b) alinhamento de Competências e Desempenhos às oportunidades de

aprendizagem previstas no currículo do curso e processo de avaliação

programática,

c) construção de situações problema com respectivas intencionalidades,

organização das atividades curriculares e orientação para elaboração de

roteiros de estudo e de práticas junto aos laboratórios e cenários de prática.

A definição e seleção dos conteúdos se dará pelos seguintes critérios:

premissas das DCNs de 2014 e 2001 que preveem o rol de conteúdos a

serem processados pelos estudantes durante o curso;

conhecimento, vivência e experiência do corpo docente que define por

meio de pactuação coletiva os “tópicos geradores” que constituem os mapas

conceituais de cada unidade curricular do currículo do curso ;

critério epidemiológico que por meio do uso articulado de indicadores de

saúde apontam para os principais agravos e problemas de saúde que

acometem a população da região, do Estado, do país e do mundo, e que em

função disso passam a constituir nos principais tópicos geradores de reflexão

e estudo por parte dos professores e estudantes do curso de medicina.

A operacionalização dos conteúdos modulares da 1ª à 8ª etapa (ou semestre)

será feita através das seguintes atividades:

tutoriais em pequenos grupos;

aulas/conferências e/ou sessões de TBL - Aprendizagem por Equipes;

interação ensino - serviços – comunidade;

habilidades e atitudes (informações em saúde, comunicação, habilidades

clínicas e cirúrgicas);

práticas em laboratórios;

Disciplinas de Conhecimentos Gerais(Core Curricullum).

Os Grupos Tutoriais serão compostos por 10 (dez) alunos e um tutor, com

sessões de quatro horas/aula de duração, duas vezes por semana, com

processamento de situações-problema relacionadas ao processo saúde-doença.

As Conferências terão duas horas de duração e acontecerão entre 2 (duas) a

3 (três) vezes por semana, e ocorrerão de forma alternada com as sessões

interativas de TBL (Team Based Learning ou Aprendizagem Baseada em Equipes).

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192

As conferências serão proferidas por professores do curso ou convidados,

sempre sobre temas que estiverem sendo abordados pelos alunos nos grupos

tutoriais. Têm a finalidade de contribuir para a sistematização de conteúdos e

indicação de meios para ajudar na análise dos problemas abordados.

1.6.2 Carga horária prática dos conteúdos curriculares

A Interação Ensino em Saúde na Comunidade (IESC) são atividades

desenvolvidas em um dos períodos do dia (4 h/aula), uma vez por semana, com

conteúdos práticos relacionados com as Unidades Curriculares, priorizando o

enfoque biopsicossocial-bioético . Serão realizadas através de equipes de trabalho e

com atividades supervisionadas nos serviços de saúde integrando com equipes

multiprofissionais da Secretaria de Saúde de Manaus, adotando a metodologia

problematizadora e de investigação científica.

Os campos de atuação serão os ambientes comunitários, as equipes da

Estratégia de Saúde da Família, os serviços de saúde de primeiro nível de atenção,

de segundo nível e de terceiro nível (Hospitais Conveniados).

A Capacitação em Habilidades e Atitudes serão realizadas nos laboratórios

específicos de treinamento de habilidades. Nessas atividades segue-se um

programa longitudinal, associado aos temas dos módulos, incluindo:

a) habilidades de comunicação profissional-paciente;

b) semiologia e propedêutica clínica;

c) técnicas e procedimentos clínicos;

d) profissionalismo e desenvolvimento de atitudes profissionais e pessoais;

e) trabalho e relação com equipes;

f) informática e tecnologia médica.

Essas capacitações terão periodicidade semanal e seguirão um calendário

específico.

Esses aprendizados serão reforçados nos momentos de atividades nas

Unidades Curriculares de Integração Ensino - Serviços-Comunidade.

As Práticas em Laboratório serão distribuídas no decorrer dos seis anos,

associadas aos temas e conteúdos dos módulos, com maior concentração nos anos

iniciais do curso médico, contemplando práticas de Morfologia (Anatomia Humana,

Histologia, Embriologia), Bioquímica, Farmacologia, Fisiologia, Patologia Geral e

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193

Anatomopatológica, Análises Clínicas (Hematologia, Imunologia, Parasitologia,

Microbiologia), Propedêutica (métodos gráficos, radiologia, dentre outros).

As atividades em laboratório, com objetivos bem definidos, devem ocupar

cerca de quatro horas/aula semanais.

No sentido de concretizar segurança na realização de processos e

procedimentos, o Projeto Pedagógico do Curso trata o tema “segurança do paciente”

de forma multidimensional. Os tópicos relacionados aparecem transversalmente por

meio de Situações – Problema a serem processadas nas sessões tutoriais ao longo

dos 8 primeiros semestres. O tema é também abordado especificamente na Unidade

Curricular intitulada “Manifestações Externas das Doenças e Iatrogenias” no

8°semestre do curso e também nas Habilidades Médicas, Habilidades Cirúrgicas e

Internato sob a ótica da “Biossegurança”.

Da mesma forma são tratados os aspectos relacionados ao desenvolvimento

do espírito de liderança em equipe e tomada de decisão e construção participativa

do sistema de saúde uma vez que são inerentes às metodologias ativas, cujo cerne

de sua prática em pequenos grupos, consiste no desenvolvimento processual e

progressivo de competências relacionadas ao trabalho cooperativo e solidário em

equipe, construção de identidades entorno da construção de conhecimento de forma

coletiva e participativa e como consequência, a formação da identidade de novas

lideranças orientadas para o desenvolvimento social e da construção de sentidos

entorno da saúde como bem social.

O PPC de medicina trata da educação ambiental por meio de 2 estratégias : a

primeira transversal, promovendo a reflexão alinhando a saúde, qualidade de vida `a

necessária preservação do meio ambiente e no Core Curriculum.

1.6.3 Conteúdos pertinentes às políticas de educação ambiental, de educação

em direitos humanos e de educação das relações étnico-raciais.

O PPC de medicina trata da educação ambiental por meio de 2 estratégias : a

primeira transversal, promovendo a reflexão alinhando a saúde, qualidade de vida à

necessária preservação do meio ambiente e a segunda no Core Curriculum, como

parte dos Conhecimentos Gerais necessários à formação cidadã do estudante

universitário. Os conteúdos relacionados à educação em direitos humanos e de

educação das relações étnico-raciais são considerados da mesma maneira que a

educação ambiental : essas temáticas integram transversalmente o currículo e são

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194

processadas pelos estudantes durante as sessões tutoriais em situações problema

contextualizadas e em momentos de reflexão da prática utilizando-se a metodologia

problematizadora como ferramenta disparadora de reflexões. Também aparecem

de forma mais sistematizada constituindo o rol de disciplinas que compõem o Core

Curricullum (Conhecimentos Gerais).

1.8 Metodologia

O modelo pedagógico do Curso de Medicina proposto pela Faculdade

Metropolitana de Manaus - FAMETRO está organizado segundo uma abordagem

construtivista da educação de adultos e busca a estimular a capacidade de

aprender a aprender o trabalho em equipe, a postura ética, colaborativa e

compromissada com as necessidades da sociedade. Visa aprofundar, de

modo crítico e reflexivo, o conhecimento cientificamente produzido nas áreas

de gestão, saúde e educação e o diálogo entre esses saberes e as

necessidades advindas da realidade.

O trabalho do profissional médico em saúde, seja com pacientes, familiares e

equipes, ou ocupando uma função mais específica na formação ou capacitação de

outros profissionais, é orientado pelo modo como se entende a educação e as

teorias que fundamentam o processo de ensino-aprendizagem. A seleção de

conteúdos, as estratégias que são utilizadas, as expectativas sobre o impacto

da ação educacional e, especialmente, o modo como se posiciona quando

troca saberes, e lida com os educandos, são reflexos de uma determinada

concepção educacional.

Nesse sentido, podem-se identificar diferentes concepções sobre o

processo de aprendizagem. Essas concepções fundamentam três tendências

pedagógicas que caracterizam a relação entre:

a) o sujeito que aprende;

b) o objeto a ser conhecido (conteúdos de aprendizagem) considerando-se

os produtos sociais e culturais; e

c) a mediação entre o sujeito e o objeto;

Todos nós, no cotidiano das relações que desenvolvemos, atuamos,

predominantemente, considerando as três principais teorias sobre o processo de

aprendizagem: (i) inatista, (ii) ambientalista e (iii) interacionista, e, destacamos

as características essenciais de cada uma, de modo a explicitar por que

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195

escolhemos a teoria interacionista, que defende uma abordagem construtivista

do conhecimento.

Para a teoria inatista do conhecimento, o foco da aprendizagem é o

próprio sujeito. Essa concepção fundamenta-se na idéia de que os fatores

hereditários e maturacionais definem a constituição do ser humano e que a

aprendizagem ocorre de dentro para fora. O papel da escola e dos professores é o

de favorecer a expressão das características inatas. O sucesso educacional

depende, então, das características trazidas pelas pessoas e as diferenças

observadas entre elas são consideradas insuperáveis, uma vez que são

biologicamente estabelecidas (MATUI, 1995; REGO, 1995; MEIRIEU, 1998).

De modo oposto, a teoria ambientalista atribui ao ambiente a

constituição das características humanas, e privilegia a experiência como

fonte de conhecimento e de formação de hábitos de comportamento. Essa

concepção, embora considere que as pessoas nasçam com a capacidade de

aprender, coloca foco no objeto a ser conhecido e a aprendizagem é concebida

como algo que ocorre de fora para dentro. Na escola, as atividades são realizadas

de modo a favorecer a acumulação de informações, por meio da repetição e de

reforços positivos, visando à criação de hábitos. Os erros são punidos, também

no sentido de reforçar a criação de hábitos, fundamentados por um modo

correto de pensar e agir. Os professores estão no centro desse processo, devendo

ser grandes conhecedores dos assuntos a serem tratados, e responsáveis pela

transmissão de informações aos estudantes, segundo uma determinada ordem e

sequência lógica preestabelecida (FREITAG, 1990; BECKER, 1993; MEIRIEU,

1998; CUNHA, 2003).

Para a teoria interacionista ou construtivista, o foco está nos processos de

conhecimento, isto é, na interação entre o sujeito que aprende e o objeto. As

pessoas são consideradas sujeitos que procuram informações de forma ativa. O

professor orienta o processo de aprendizagem, atuando como facilitador e

mediador entre sujeito e objeto. As motivações internas e os conhecimentos

prévios dos estudantes, a atuação dos mais experientes - pares e professores -

, assim como a vivência na escola, são levadas em consideração e valorizadas.

Dessa forma, o ensino volta-se às necessidades de aprendizagem desses

sujeitos, que a partir de uma postura ativa diante dos conteúdos constroem suas

aprendizagens.

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196

No processo de aprendizagem, o erro passa a ser um insumo para a

construção de melhores associações e fundamentações, perdendo a conotação

de algo a ser escondido porque será punido. Para a teoria interacionista, "o

homem constitui-se como tal ou por meio de suas interações e, portanto, é

visto como alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas

em uma determinada cultura" (REGO, 1995, p. 93). O conjunto de ideias que

fundamenta a abordagem construtivista vem sendo progressivamente

conhecida por professores e escolas que passaram a tencionar o modelo

educacional hegemônico fundamentado na concepção ambientalista da

aprendizagem. Esse movimento deu início à construção de propostas

curriculares e programas educacionais que colocam o foco na interação entre

sujeitos ativos no processo de aprendizagem "capazes de fixar objetivos

educacionais, planejar e fazer correções" e professores e escolas responsáveis

por favorecer e ampliar a compreensão desses sujeitos sobre a realidade

(BRANSFORD, 2007, p.115). As propostas educacionais construídas pelos

docentes da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO para o Curso de

Medicina, em parceria com o SUS de Manaus, estão baseadas nesses

princípios e valores.

Investigações da ciência cognitiva e da neurociência, nas últimas três

décadas, têm possibilitado a construção de explicações mais aprofundadas

sobre a teoria interacionista da aprendizagem, com importantes repercussões para a

elaboração de currículos e para a prática de ensino, considerando-se: a seleção e

organização de conteúdos; o uso de estratégias e metodologias de ensino-

aprendizagem e de avaliação; assim como, o papel da escola, dos docentes e

dos discentes na educação (RUGOFF, 1990). A síntese organizada por John D.

Bransford, Ann I. Brown e Rodney Cocking, em 2000, destaca a base científica

dos processos que regem a aprendizagem e aponta as principais descobertas

em relação à aprendizagem (BRANSFORD, 2007, p. 37):

1 - o desenvolvimento da metacognição, como uma estratégica de

aprendizagem voltada à identificação dos próprios pontos fortes e frágeis no

processo de aprender e busca, pela autorregulação, do "controle da aprendizagem,

por meio da definição de objetivos e do monitoramento de seu próprio progresso em

alcançá-los";

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197

2 - o reconhecimento de que desenvolvemos, desde muito cedo, uma

compreensão sobre os fenômenos a nossa volta e, quando esse entendimento

inicial não é considerado, há uma expressiva chance de que os novos

conceitos não sejam bem compreendidos;

3 - o conceito de competência como a aplicação de conjuntos de

conhecimentos articulados, organizados e contextualizados, reconhecido a

partir da compreensão do processo de aprendizagem de especialistas (HAGER,

1986).

Reforçando esses achados, estudos sobre diferenças e semelhanças no

processo de aprendizagem de especialistas e principiantes coloca foco na

utilização de estratégias de aprendizagem como um relevante diferencial,

sendo que a metacognição foi identificada como sendo uma das principais

estratégias de aprendizagem utilizadas pelos especialistas para a construção

de conhecimento (HATANO, 1986).

Diferentemente de principiantes, os especialistas:

percebem características e padrões de informações, a partir de uma

observação;

utilizam um repertório vasto de conteúdos, organizados segundo uma

compreensão profunda desses assuntos;

articulam o conhecimento com as condições de aplicabilidade -

conhecimento contextualizado -, ao invés de conjuntos isolados de fatos,

fenômenos ou teorias;

recuperam aspectos relevantes do seu conhecimento, de modo fluente e

com pouco esforço de atenção (BRANSFORD, 2007, p. 51).

A partir dessas diferenças, construímos atividades educacionais que

favorecem a metacognição e as trocas entre especialistas e principiantes. Nessa

estratégia, destacamos que, como somos seres em permanente aprendizagem,

sempre teremos áreas nas quais nosso domínio está mais próximo do modo

como os especialistas atuam e em outras áreas onde ainda somos

principiantes. Mesmo sendo principiantes, temos alguma compreensão sobre

os fenômenos envolvidos numa determinada situação que deve ser

considerada.

Desse modo, estimulamos que os saberes prévios, os repertórios de

cada participante sejam explicitados para utilização na construção de novos

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198

saberes. Todas as experiências que as pessoas vivenciam em seus papéis

sociais são consideradas saberes prévios. O conhecimento prévio é um

elemento crítico no processo de aprendizagem (MEIRIEU, 1998). Ao formular o

conceito de aprendizagem significativa, David Paul Ausubel (1918-2008),

pesquisador norte-americano, explicita que o fator isolado mais influente na

aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece.

Paralelamente ao conhecimento prévio, o conhecimento

contextualizado é um saber aprendido a partir de uma situação que requeira

a utilização e articulação de conceitos para melhor explicá-la ou nela intervir.

Diferentemente de uma lista de fatos, fórmulas ou teorias isoladas e

desarticuladas, os contextos traduzem a aplicabilidade dos saberes e

condicionam o conhecimento a um determinado conjunto de circunstâncias. É

exatamente o reconhecimento dessas circunstâncias que favorece uma

recuperação fluente de aspectos importantes do conhecimento apreendido,

com pouco esforço de atenção e com flexibilidade para sua transferência para

uma nova situação (BROWN, 1989; SIMON, 1971).

O conhecimento não contextualizado pode ser considerado inerte, uma

vez que não é mobilizado para a resolução de problemas (WHITEHEAD, 1994).

O conhecimento apenas memorizado, sem compreensão, não é categorizado ou

articulado em unidades ou elementos afins, requerendo uma recuperação

trabalhosa e demandando um expressivo esforço de atenção para a busca de

informações que foram sequencialmente memorizadas. Esse processamento

dificulta o desenvolvimento de fluência na utilização do conhecimento.

Assim, nas propostas educacionais do Projeto Pedagógico aqui

apresentado, privilegia-se a contextualização dos conteúdos a serem

trabalhados. Essa estratégia traduzida na utilização de situações-problema,

contextualizadas no município de Manaus, diante da qual os participantes são

estimulados a aplicar saberes prévios e novos. Dessa forma, utilizamos o contexto

real no qual o participante está inserido, especialmente para promover processos

reflexivos, por meio de narrativas sobre a prática, e para o desenvolvimento de

projetos de intervenção, visando à transformação da realidade.

Considerando o contexto apresentado, podemos destacar que as propostas

educacionais da FAMETRO para o Curso de Medicina, em parceria com o SUS de

Manaus, contemplam:

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199

a identificação dos conhecimentos prévios dos estudantes;

o reconhecimento de seus interesses, facilidades, dificuldades e bloqueios;

o apoio ao desenvolvimento da compreensão de conceitos essenciais, dando

preferência pelo entendimento em profundidade;

o estimulo ao desenvolvimento de sínteses que favoreçam a organização

do conhecimento em redes semânticas articuladas e contextualizadas;

a promoção do respeito ao outro, considerando a diversidade de ideias e

valores; e

o desenvolvimento de responsabilidade e postura ética, particularmente

como profissional e cidadão do mundo.

1.8.1 Metodologias ativas de ensino-aprendizagem

Estas metodologias têm algumas características principais:

O aluno é responsável por seu aprendizado, o que inclui a organização de seu

tempo e a busca de oportunidades para aprender;

O currículo é integrado e integrador e fornece uma linha condutora geral, no

intuito de facilitar e estimular o aprendizado. Essa linha se traduz nas

unidades educacionais temáticas do currículo e nos problemas, que deverão

ser discutidos e resolvidos nos grupos tutoriais;

A IES oferece uma grande variedade de oportunidades de aprendizado através

de laboratórios, ambulatórios, experiências e estágios hospitalares e

comunitários, bibliotecas e acesso a meios eletrônicos (Internet);

O aluno é precocemente inserido em atividades práticas relevantes para sua

futura vida profissional;

O conteúdo curricular contempla os agravos à saúde mais frequentes e

relevantes a serem enfrentados na vida profissional de um médico geral;

O aluno é constantemente avaliado em relação à sua capacidade cognitiva e ao

desenvolvimento de habilidades necessárias à profissão;

O currículo é maleável e pode ser modificado pela experiência;

O trabalho em grupo e a cooperação interdisciplinar e multiprofissional são

estimulados;

A assistência ao aluno é individualizada, de modo a possibilitar que ele discuta

suas dificuldades com profissionais envolvidos com o gerenciamento do

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200

currículo e outros, quando necessário.

O processo de ensino-aprendizagem do Curso de Graduação em Medicina

proposto pela Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO está ancorado:

nas teorias interacionistas;

na metodologia científica;

na aprendizagem significativa;

na reflexão a partir da prática;

na dialogia

em estratégias educacionais apropriadas a cada conteúdo;

Dessa forma, serão utilizadas de forma sistemática e contínua, durante todo o

desenvolvimento do curso, seis estratégias educacionais consideradas como

Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem :

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL- Problem Based Learning);

Aprendizagem Baseada em Equipes (TBL- Team Based Learning);

Problematização;

Simulação Realística;

Jogos Dramáticos;

1.8.2 Metodologia de ensino-aprendizagem de grupos e equipes

interprofissionais

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (PBL)

As raízes da utilização de problemas e da vivência como recursos para

o processo ensino-aprendizagem podem ser encontradas em Dewey (1929); o

estímulo à auto-aprendizagem em Jerome Bruner (1959); e a primeira organização

curricular baseada em problemas no final da década de 1960, no curso médico

da McMaster University, Canadá (BARROWS, 1980; SCHMIDT, 1993). Ainda

na década de 1960, vale ressaltar Paulo Freire discutiu a aprendizagem de

adultos a partir da educação como prática de liberdade e de autonomia.

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201

A pedagogia de Paulo Freire reconhece o homem em permanente

produção e a produção de conhecimento a partir de suas relações com o

mundo, ou seja, de sua experiência (FREIRE, 2008).

A combinação entre os elementos experiência, ambiente e capacidades

individuais permite a constituição das diferentes maneiras de aprender. Ao

realizar aprendizagens significativas, os participantes reconstroem a realidade,

atribuindo-lhe novos sentidos e significados. Para o adulto, esse significado é

construído em função de sua motivação para aprender e do valor potencial que

os novos saberes têm em relação a sua utilização na vida pessoal e

profissional. O processo que favorece a aprendizagem significativa requer uma

postura ativa e crítica por parte daqueles envolvidos na aprendizagem (COLL,

2000). Dessa forma, o conhecimento prévio trazido pelos participantes é

essencial na construção dos novos saberes. A necessidade de buscar novas

informações atende ao desenvolvimento de capacidades para a aprendizagem ao

longo da vida e para a imprescindível análise critica de fontes e informações

(VENTURELLI, 1997).

A representação do processo ensino-aprendizagem na forma de uma

espiral traduz a relevância das diferentes etapas educacionais desse

processo como movimentos articulados e que se retroalimentam. Os

movimentos são desencadeados conforme as necessidades de

aprendizagem, diante de um disparador ou estímulo para o desenvolvimento

de capacidades. A articulação entre a abordagem construtivista, a

metodologia científica e a aprendizagem baseada em problemas é

apresentada de modo esquemático na Figura 1.

Figura 1 - O Processo da Aprendizagem Baseada em Problemas

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202

Movimento 1: identificando o problema e formulando explicações

A identificação do problema, a partir de um estímulo educacional, permite que

cada estudante explicite suas ideias, percepções, sentimentos e valores prévios,

evidenciando os fenômenos e as evidências que já conhece e que podem ser

utilizados para melhor explicar uma determinada situação. As explicações

iniciais e a formulação de hipóteses permitem explorar as fronteiras de

aprendizagem em relação a um dado problema, permitindo identificar as

capacidades presentes e as necessidades de aprendizagem. O exercício de

suposições, conjecturas e proposições favorece a expansão das fronteiras de

aprendizagem e auxilia a elaboração das questões de aprendizagem que irão

enfrentar as fronteiras identificadas.

Movimento 2: elaborando questões de aprendizagem

As questões de aprendizagem representam as necessidades e

orientam a busca de novas informações. A seleção e a pactuação das

questões consideradas mais potentes e significativas, para o enfrentamento das

necessidades e ampliação das capacidades de enfrentamento do problema

identificado, trazem objetividade e foco para o estudo individual dos

participantes.

Movimento 3: buscando novas informações

A busca de novas informações deve ser realizada pelos participantes da

forma que eles considerem mais adequada. O curso disponibiliza um conjunto de

Ativadores de Mudanca, 2005

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referências bibliográficas na forma de acervo e favorece o acesso a banco de

dados de base remota. A ampliação das pesquisas é estimulada e, embora

haja total liberdade para a seleção das fontes de informação, e estas serão

analisadas em relação ao grau de confiabilidade.

Movimento 4 : construindo novos significados

A construção de novos significados é um produto do confronto entre os

saberes prévios e os novos conteúdos e, por isso, é um movimento sempre

presente no processo ensino-aprendizagem. Não somente ao serem

compartilhadas as novas informações, como em todo momento, no qual uma

interação produza uma descoberta ou um novo sentido. Todos os conteúdos

compartilhados deverão receber um tratamento de análise e crítica, tanto em

relação às fontes como à própria informação em questão, devendo-se

considerar as evidências apresentadas.

Movimento 5: avaliando o processo

Outro movimento permanente desse processo é a avaliação. A avaliação

formativa é realizada verbalmente ao final de cada atividade e assume um papel

fundamental na melhoria do processo. Todos devem fazer a autoavaliação

focalizando seu processo individual de aprendizagem e também avaliar a

construção coletiva do conhecimento e a atuação dos professores nesse

processo.

APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES ( Team Based Learning - TBL)

A Aprendizagem Baseada em Equipes (TBL) consiste em uma estratégia

dirigida para o desenvolvimento do domínio cognitivo, focalizada na resolução de

problemas e na aprendizagem colaborativa entre participantes com distintos saberes

e experiências.

A estratégia de ensino-aprendizagem em equipe – Team Based Learning –

TBL foi desenvolvida na Universidade de Oklahoma, por Larry Michaelsen (1970) e

tem como base os seguintes componentes fundamentais: (1) formação e

gerenciamento do grupo; (2) responsabilidade dos estudantes pelo seu trabalho

individual e em grupo; (3) promoção da aprendizagem e desenvolvimento da equipe

pelo seu trabalho em grupo e (4) apresentação de devolutivas e informações a

respeito do desempenho do aluno efetivando a oportuna correção das distorções

observadas, bem como suas conquistas realizadas.

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204

A organização de uma atividade de ensino-aprendizagem, no formato de TBL,

prevê a constituição de equipes de cinco a sete participantes. O melhor formato da

sala deve distribuir as mesas de tal modo que todos consigam ver a projeção de

seus respectivos lugares. Se o espaço não permitir essa disposição, outros arranjos

podem ser feitos, desde que no momento da projeção os participantes direcionem

suas cadeiras para o painel de multimídia. Além dessas mesas e cadeiras, há uma

mesa central para o facilitador com o material didático de apoio, preferencialmente

ao lado o painel de multimídia.

O TBL é dividido, didaticamente, em três momentos:

(1) momento I ou de preparação de material (contexto/cenário) e

estudo/análise desse material pelos participantes;

(2) momento II de verificação do conhecimento prévio (teste individual e em

equipe), levantamento de dúvidas e feed-back, e

(3) momento III de aplicação dos conceitos.

No Momento I, são enviados/entregues aos participantes os materiais

preparados pelos autores do curso ou da atividade estimulando assim a busca de

informações/conteúdos, de forma autônoma, a partir de uma situação. Esta busca

pode acontecer de forma presencial ou à distância.

O Momento II chamado de compromisso compartilhado, acontece sempre

presencialmente e envolve quatro etapas. A primeira é a execução do teste

individual. Os participantes verificam seu conhecimento prévio por meio de um teste

de múltipla escolha com 10 a 15 questões, os quais devem necessariamente

requerer mais do que a memorização de fatos/teorias e apresentar um grau de

dificuldade para a tomada de decisão e resolução de problemas que sejam

motivadores. Após o término do teste individual, a segunda etapa consiste na

consolidação e discussão dos resultados individuais para cada questão, buscando

um consenso na equipe que deve responder o mesmo teste. Neste momento os

participantes são estimulados a desenvolverem habilidades de comunicação e

negociação.

As trocas entre os participantes favorecem o reconhecimento das

potencialidades e fragilidades individuais, de modo que cada participante encontre

nessa análise um sentido para ampliar sua participação e contribuição com a equipe.

Para a realização das duas primeiras etapas, espera-se do participante o

compromisso e a responsabilidade em relação à análise do material preparado, que

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205

permitirá sua contribuição contextualizada e efetiva na equipe. O confronto entre os

resultados do teste individual e os da equipe visa a destacar o valor do

conhecimento do outro, a possibilidade de construção coletiva de conhecimento e a

adição de resultados pelo compartilhamento dos saberes que cada indivíduo da

equipe traz. A terceira etapa consiste no levantamento, em grupo, das explicações

que cada equipe construiu para escolher suas respostas no teste, as dúvidas e os

questionamentos em relação ao que foi apresentado como sendo a melhor

alternativa de resposta. A quarta etapa representa o feedback e os esclarecimentos

de um especialista no assunto, presencial ou a distância.

O Momento III tem como objetivo a aplicação dos conteúdos trabalhados nos

dois momentos anteriores, por meio da proposição de tarefas desafiadoras às

equipes, que reflitam a aplicação desses conteúdos em uma situação real ou

simulada. Frente à tarefa de aplicação, as equipes devem formular questões para

buscar informações que permitam aprofundar, ainda mais, a aplicação, análise,

síntese e avaliação na tomada de decisão. As buscas realizadas são analisadas

pelas equipes no próximo encontro presencial ou à distância, construindo uma

intervenção fundamentada.

Assim, para que esta estratégia de ensino aprendizagem funcione

plenamente alguns fatores críticos de sucesso devem ser levados em consideração,

entre eles:

(a) o planejamento coerente e eficaz dos momentos I, II e III;

(b) a construção consistente do material preparatório que deve estar orientado

à contextualização da temática e das questões a serem exploradas, individualmente

e pelas equipes focando na apresentação de um cenário ou uma situação a ser

investigada e explicada, segundo os conhecimentos prévios dos participantes;

(c) a construção dos testes de múltipla escolha que devem focalizar as

taxonomias de compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação, conforme

classificação formulada por Bloom, uma vez que os testes direcionados à

memorização/conhecimento praticamente anulam as discussões pelas equipes,

além de limitarem a verificação da construção de saberes desse processo;

(d) orientações quanto ao funcionamento do TBL, buscando uma distribuição

dos participantes nas equipes, com a maior diversidade possível, no sentido de

ampliar a integração e produção da equipe;

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(e) consenso na construção do contato didático das equipes (pontualidade,

respeito para falar e ouvir, responsabilidade em relação às tarefas e prazos, não

utilização de celular nas sessões, entre outros);

(f) feedback imediato dos resultados dos testes, com possibilidade de contra-

argumentação fundamentada;

(g) avaliação interpares do trabalho presencial e a distância, bem como da

participação do facilitador, e

(h) variação da organização e da oferta de atividades desafiadoras para a

aplicação do saber construído ou em construção.

Os desafios que a estratégia de TBL impõe são: a promoção do engajamento

das equipes e a manutenção de sua motivação, uma vez que, sua maior fortaleza

reside na construção coletiva de conhecimento (inteligência coletiva), na força do

trabalho em equipe e na sua potencialidade de construção de projetos, resolução de

problemas e formulação de questões. A força da aprendizagem em equipe é

resultado da qualidade da participação de todos.

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207

1.8.3 Metodologia das Aulas Práticas

PROBLEMATIZAÇÃO

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do IESC (unidade

transversal, que ocorre durante todo o curso, de Interação em Saúde na

Comunidade) é a denominada Pedagogia da Problematização. Essa metodologia foi

expressa graficamente por Charles Maguerez como “Método do Arco” (1970) e

supõe uma concepção do ato do conhecimento através da investigação direta da

realidade, num esforço de construção de uma efetiva compreensão dessa mesma

realidade.

Realidade

Bordenave, 1985.

Os passos são os seguintes:

1º passo: Interação grupal e trabalho em grupo

Após a formação dos grupos de alunos, a designação de instrutores, a

escolha do local de atuação na Rede e o conhecimento da Equipe de Saúde da

Família (ESF), os instrutores trabalham com os alunos no sentido de iniciar

atividades que permitam o desenvolvimento de habilidades para trabalhar em grupo.

2º passo: Profissional de saúde e a equipe multiprofissional

Observação da Realidade

(“problema”)

Ponto-Chave

Observação da Realidade

(“problema”)

Hipóteses de Solução

Teorização

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Ao mesmo tempo em que o instrutor desenvolve a Interação do grupo e as

habilidades para trabalhar em grupo, são feitas discussões sobre o que é ser um

profissional de saúde e a importância da interdisciplinaridade para melhor

compreensão da dinâmica das ESF.

3º passo: Conhecimento da realidade

O grupo de alunos tem o primeiro contato com a realidade fazendo um

“passeio ambiental” na área de abrangência da ESF, acompanhando os Agentes

Comunitários de Saúde. As suas percepções da realidade, mais os dados

resultantes do processo de territorialização, propiciam o conhecimento dos

problemas de saúde da população, como ela os resolve e como a ESF está

organizada para resolvê-los.

4º Passo: Escolha do problema a ser estudado

Após o conhecimento da realidade, o grupo de alunos, a coordenação da ESF

e a comunidade realizam uma discussão sobre os problemas levantados, seus

determinantes, suas consequências e possibilidades de solução e as correções de

programas já em desenvolvimento.

Após essa discussão, a comunidade, a ESF e o grupo de alunos escolhem

um problema, o mais relevante, para ser estudado e trabalhado. Planejamento de

atividades é feito em conjunto. Para isso, o grupo deve refletir sobre:

Razão da escolha do problema (objetivo);

Facilidades e dificuldades para trabalhar com o problema;

Recursos necessários para a solução do problema;

Identificação de quem pode ajudar na solução do problema;

Explicitação dos resultados esperados.

5º Passo: Teorização

Caracteriza-se pela busca de informações sobre o assunto ou problema

escolhido. Tais informações são obtidas por meio de levantamento bibliográfico,

consulta a profissionais especializados, à comunidade e às informações obtidas pela

ESF.

Nessa etapa, o grupo segue os seguintes passos:

analisa e discute o seu nível de conhecimento sobre o assunto;

elabora uma lista do que é importante investigar sobre o problema, visando à

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transformação da realidade;

checa, individualmente, o que já sabe e o que precisa saber para alcançar o

objetivo do item anterior;

busca as informações, onde quer que elas estejam, individualmente;

volta ao grupo para trocar informações e organizar o conhecimento adquirido.

6º Passo: Hipóteses de solução e aplicação à realidade

De posse do conhecimento adquirido, o grupo levanta hipóteses para

solucionar o problema dentro do nível de complexidade atual e toma decisões

quanto ao plano de ação para intervir na realidade, juntamente com a equipe local

de saúde. Aqui o grupo novamente retoma as reflexões do passo 5 e trabalha em

conjunto com a ESF para planejar as ações, o cronograma de atividades e distribuir

tarefas de acordo com o papel de cada elemento do grupo.

Ao completar o Arco de Maguerez, o estudante pode exercitar a dialética de

ação-reflexão-ação, tendo sempre como ponto de partida a realidade social

(BERBEL, 1998). Após o estudo de um problema, podem surgir novos

desdobramentos, exigindo a interdisciplinaridade para sua solução, o

desenvolvimento do pensamento crítico e a responsabilidade do estudante pela

própria aprendizagem (CYRINO e TORALLES-PEREIRA, 2004).

SIMULAÇÃO REALÍSTICA

A prática de habilidades e a simulação realística foram essencialmente

iniciadas em 1960, com o lançamento pela indústria de equipamentos da tecnologia

em simulação do manequim "Harvey", para habilidades em ausculta cardíaca, e do

simulador "Resusci Anne" para manobras de reanimação cardiopulmonar. O avanço

da tecnologia promoveu de forma contínua uma série de inovações e melhorias

nestes equipamentos, entretanto é na metodologia e na sistematização do uso

desses simuladores que reside o diferencial para se garantir uma efetiva

aprendizagem dos estudantes. Neste contexto, cabe aqui citar os tipos e descrever

as principais particularidades metodológicas destas estratégias educacionais que

serão utilizadas no âmbito da Simulação no Curso de Medicina da Faculdade

Metropolitana de Manaus – FAMETRO.

As habilidades médicas constituem-se de um programa estruturado

longitudinalmente que compreende capacitar os estudantes para a realização de

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exame físico, habilidades e procedimentos médicos (tais como acesso venoso

central ou intubação orotraqueal), realizar anamnese, solicitar e interpretar exames,

assim como técnicas de comunicação social e adequado acesso à informação

científica. Neste contexto, podemos dividir as habilidades médicas em: Habilidades

Clínicas, Habilidades em Comunicação, Habilidades em Informática e Habilidades

Cirúrgicas.

O ensino das habilidades médicas é desenvolvido a partir de um conteúdo

prévio elaborado pelos docentes, denominado “guias de habilidades” onde o

estudante terá condições de praticar suas atividades e procedimentos com respaldo

teórico suficiente. Desta forma, haverá integração com os demais conteúdos do

programa, promovendo continuamente o feedback entre professor-estudante. Dentre

as suas particularidades estão: a criação de “estações” focadas em específicas

tarefas; a necessidade de repetição, uma vez que o estudante para alcançar a

competência esperada precisa praticar várias vezes o mesmo

procedimento/habilidade; e a possibilidade muito bem descrita na literatura de

avaliar os estudantes em provas do tipo Osce (neste caso com a criação de um

instrumento específico - check list).

As habilidades médicas devem ser inclusas ao longo de todo o curso médico,

ajustando sua complexidade e assegurando a repetição dos mesmos de forma

contínua.

A simulação realística trata-se de uma estratégia educacional onde há a

criação de uma contextualização clínica, denominada “cenário”, onde os estudantes

vivenciam uma situação que exija todas as habilidades aprendidas nas habilidades

médicas simultaneamente. Esta situação deverá ser realizada sem o auxílio e

feedback imediato do professor.

Os tipos de simulação realística são: simulação clínica, simulação cirúrgica,

simulação in situ e simulação hiper-realista; onde todos podem variar na questão

tecnológica (determinada pelo termo fidelidade) e em sua complexidade técnica.

Suas particularidades metodológicas estão na criação dos “cenários” onde

não há foco em procedimentos específicos, mas sim no raciocínio clínico que

englobará condutas técnicas e comportamentais; a criação de check list específico;

utilização de recursos áudio visuais; alem da realização obrigatória do "debriefing"

para reflexão do atendimento simulado.

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Esta estratégia pode ser inclusa durante todo o curso médico, desde que

respeitada à complexidade abordada de forma crescente e compatível com o nível

de desempenho esperado para o estudante e cenário contextualizado.

JOGOS DRAMÁTICOS

Jogos dramáticos são definidos como sendo toda atividade que propicie ao

indivíduo expressar livremente as criações de seu mundo interno, realizando-se na

forma de representação de um papel, pela produção mental de uma fantasia ou por

uma determinada atividade corporal . Nessa perspectiva, o elemento lúdico é

essencial a todo processo de aprendizado e o jogo dramático propicia o

aquecimento para o aparecimento do processo de espontaneidade, criatividade e

aprendizagem (Spolin, 2001).

O jogo dramático é muito útil e de grande importância no campo das técnicas

dramáticas aplicadas ao ensino, que utiliza a dramatização como recurso didático,

que a inclui como recurso no trabalho docente e a valoriza como instrumento de

ensino em relação à aprendizagem de um modo geral. No Curso de Medicina

proposto pela Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO os jogos dramáticos

serão utilizados para a aprendizagem das Habilidades de Comunicação, que faz

parte da Unidade Curricular Longitudinal das Habilidades Médicas, que ocorrem ao

longo dos oito primeiros semestres do curso de medicina.

Justifica-se a utilização dos jogos dramáticos, enquanto recurso didático-

pedagógico, sempre que uma explicação ao aluno, no plano puramente teórico, seja

considerada insatisfatória. A vivência prática, através da dramatização, porém, torna

o resultado mais eficaz, pois não se restringe à transmissão pura e simples do

conhecimento ou de um conceito ao aluno. Uma das preocupações constantes do

educador deve ser o crescimento da pessoa em meio à integração social. Nessa

perspectiva, o ensino que se atém a transmissão de conhecimentos unicamente por

meio da linguagem falada não tem o mesmo alcance em seus objetivos, se aliado às

técnicas de ação, as quais estimulam o educando ao desenvolvimento do

comportamento social, seu juízo crítico e sua criatividade. Esse é o foco do

educador que se utiliza de métodos de ação (dramáticos) em seu trabalho cotidiano

com estudantes.

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Para Moreno (1994), toda escola deve contar com um laboratório de

psicodrama, permitindo o desenvolvimento da atuação livre e espontânea da

personalidade do estudante.

O psicodrama tem em seu ideário uma associação estreita com o campo da

terapia, e o educador que se utiliza das técnicas do psicodrama pedagógico têm em

Moreno o seu referencial teórico. Moreno compartilha a visão de que a partir da

espontaneidade inerente das pessoas, há um processo de criação inesgotável.

No contexto da educação, vários autores contribuíram para uma

fundamentação teórica do método de Jogos Dramáticos (e também descrito por

alguns autores de "jogos teatrais") tendo demonstrado a importância de sua

aplicação com crianças e adolescentes. Significativa neste debate é a importância

atribuída ao teatro no processo educacional, como um meio para a educação

estética. Os Jogos Dramáticos ou Teatrais são muitas vezes relacionados com uma

forma de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora embasada no modelo

piagetiano para o desenvolvimento intelectual.

Charles Combs (1981), autor que defendeu uma tese sobre a epistemologia

piagetiana, aplicada a uma análise da criatividade dramática, conclui que "... a

criatividade dramática proporciona um meio de atividade adaptativa para a criança

que influencia sua descentralização cognitiva, social e moral. Mais ainda, é uma

atividade realizada no contexto das artes, mais especificamente do teatro. Como tal,

ela proporciona prazer estético tanto quanto um desafio intelectual através do qual a

pessoa humana, como criadora, autora, platéia e crítica, utiliza seus esquemas

cognitivos e afetivos para estruturar a realidade objetiva".

Koudela (1984) defende a tese de que o processo dos Jogos Dramáticos ou

Teatrais na educação visa a efetivar a passagem do teatro concebido como ilusão

para o teatro pensado como realidade cênica, representando assim a passagem ou

transformação do egocentrismo para jogo socializado. O desenvolvimento

progressivo do sentido de cooperação leva à autonomia da consciência, realizando a

"revolução copernicana" que se processa no indivíduo, ao passar da relação de

dependência para a de independência. A mesma revolução que ocorre com a

criança em desenvolvimento pode ser acompanhada de crescimento do indivíduo no

palco. Traduz-se a transformação da subjetividade em objetividade no trabalho do

ator quando ele compreende a diferença entre história e ação dramática. Ao revelar

o objeto (emoção ou personagem), ele abandona quadros de referência estáticos e

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se relaciona com os acontecimentos, em função da percepção objetiva do ambiente

e das relações no jogo. O ajustamento da realidade a suposições pessoais é

superado a partir do momento em que o jogador abandona a história de vida

(psicodrama) e interioriza a função do foco, deixando de fazer imposições artificiais a

si mesmo e permitindo que as ações surjam, da relação com o parceiro.

Romaña (1968), pioneira no trabalho de aplicação de técnicas dramáticas em

educação, defende que os jogos dramáticos podem auxiliar o educador, tanto

diretamente na sala de aula, para a aprendizagem de um conceito, como para a

criação de um clima emocional e afetivo que abra o caminho para se chegar à

melhor compreensão dele. Tal como o psicodrama terapêutico, o psicodrama

pedagógico utiliza cinco instrumentos e três etapas de dramatização. Seus

instrumentos são:

1. O protagonista : que é o próprio estudante;

2. O auditório : que é formado por todos alunos que no momento não estão

envolvidos diretamente na dramatização; têm o papel de assistir o jogo , observar e

anotar sobre a atuação dos jogadores em seus papéis, e no final enriquecer as

discussões com os comentários embasados a partir dos seus registros;

3. O diretor: que é o professor, como tal , sua função é a mesma que a do

diretor do psicodrama; é o responsável pelo grupo, deve ter formação em

psicoterapia; tem as funções de motivar o grupo à participação, adaptar o jogo às

características do grupo, através do conhecimento da sua história e deslocamentos

no desenvolver do curso de medicina, manter o desenvolvimento do jogo em suas

fases evitando a dispersão e o desvirtuamento;

4. O ego-auxiliar: que poderá ser um professor auxiliar e que terá também a

mesma função que o ego-auxiliar no psicodrama; pode desempenhar um papel

específico requerido pelo jogo ou atuar como parte integrante do auditório,

observando e registrando dados sobre a atuação dos participantes, que

posteriormente serão resgatados e utilizados pelo grupo para a reflexão.

5. O cenário: que é o espaço na sala de aula ou no laboratório de habilidades

onde se dará a dramatização.

As etapas são:

1. (a) O aquecimento inespecífico : que começa desde o primeiro contato do

professor com os alunos. As primeiras conversas que mantém sobre o que irão fazer

naquela aula, respondendo perguntas ou formulando-as aos alunos. O professor,

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aqui, sempre assume o papel de facilitador da aprendizagem, orientando as

discussões por meio de boas perguntas que remetam a metacognição e o

autoconhecimento. Nesse momento o professor propõe a escolha do jogo e o

estabelecimento das regras, isto é, a delimitação do campo no qual o jogo irá se

desenvolver, a duração e o papel que cada participante do grupo irá jogar.

1.(b) O aquecimento específico : já deve ocorrer no contexto dramático. Seria,

mais especificamente, a construção do papel, para que ocorra maior facilidade no

seu desempenho.

2. A dramatização: é o jogo propriamente dito. É o espaço onde se pode

observar a atuação e evolução dos participantes, o grau de espontaneidade e

criatividade dado ao papel, bem como o grau de participação e envolvimento de

cada um. Romaña (1968) classifica três níveis de dramatização : (a) o nível real; (b)

o nível simbólico; e (c) o nível da fantasia. O nível real é aquele onde os estudantes

dramatizam colocando o que sabem sobre o tema ou o assunto em tela. O nível

simbólico se dá quando um ou mais participantes assumem de forma estática e

simbólica aquilo que se quer representar. O nível da fantasia ocorre quando todo o

grupo de jogadores assume, de forma articulada, uma situação totalmente irreal,

originária da imaginação, mas que possa traduzir de alguma forma o tema proposto

pelo diretor de cena.

3. Comentários: é a etapa final. Aí os participantes, fora do contexto

dramático e, portanto, já não mais no papel de jogadores, comentam, no contexto

grupal, junto com o diretor e o ego-auxiliar, tudo o que observaram e sentiram. É a

"leitura afetiva", por parte de todos, do que foi expresso dramaticamente, podendo-

se complementar com considerações mais amplas no campo terapêutico como:

significado do papel escolhido e como o desempenhou; grau de participação e

criatividade, de espontaneidade, bem como características de sua tipologia que

também tenham aparecido no jogo. Os professores "diretores de cena e terapêutas"

poderão comentar também os aspectos catárticos de integração, se estes ocorrem

durante o jogo. Essa leitura ou compreensão é muito importante, pois, dá o sentido

terapêutico à aplicação do jogo, uma vez que as cenas dramáticas representadas no

seu decorrer poderão ou deverão ser um modelo de outras situações, ou de uma

situação originária e, portanto, portadoras dos mesmos conflitos que esta possa

possuir, permitindo enfrentamentos posteriores das tarefas comuns da vida, do

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mundo do trabalho nas equipes de saúde, possibilitando resolvê-las de forma eficaz,

mais segura, sadia e construtiva.

O objetivo das atividades desenvolvidas nas Habilidades em Comunicação

envolve a sensibilização dos estudantes acerca de situações e afetividades comuns

do dia-a-dia do profissional de saúde, tais como: as de empatia, honestidade e

autonomia de seus pacientes, assim como: aspectos da comunicação verbal e não

verbal, linguagem adequada, contato visual, gerenciamento de conflitos e resiliência;

assim, como as relações de confiança necessárias para a elaboração da entrevista

médica (anamnese), ou para a realização o exame físico, a formulação de hipóteses

diagnósticas e a elaboração do plano terapêutico, considerados momentos

essenciais da consulta, haja vista que as dimensões afetivas estão presentes e

devem também ser analisadas e refletidas de modo a identificar as demandas

latentes e a percepção do processo saúde/doença como socialmente determinado.

Os tópicos disparadores dos jogos dramáticos são diversos e envolvem

situações como: evento adverso grave, maus tratos, comunicação de más notícias,

pacientes depressivos, pacientes de alto risco, adesão ao tratamento,

relacionamento Inter profissional nas equipes de saúde, ética e terminalidade. As

habilidades em comunicação contribuem para capacitar os estudantes para uma

atuação eficaz sob uma visão holística, humana e ética.

A avaliação das atividades em geral é realizada através de portfólios e Osce

com foco no fornecimento sistemático de “feedback”.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES CURRICULARES E APLICAÇÃO DAS

METODOLOGIAS ATIVAS AO LONGO DO CURSO

A tabela abaixo demonstra a distribuição das seis metodologias ativas que

serão aplicadas ao longo de todas as etapas de desenvolvimento do Curso de

Medicina do Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO e seus momentos de

aplicação nas Unidades Curriculares e na Semana do Aluno.

Metodologias

Ativas

Etapas/

semestres

Unidades

Curriculares Formas de Aplicação

Aprendizagem

Baseada em

Problemas

1º ao 8º

semestre e

internato

Unidades

Curriculares

Horizontais de 1º ao

Processamento de Situações

problema em pequenos grupos em 2

períodos inteiros na semana, Espaço

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8º semestres e

estágios

supervisionados do

Internato do 9º ao

12º semestres

protegido para Aprendizagem

Autodirigida para buscas, apoio de

laboratórios específicos e de

consultores durante a semana do

aluno

Aprendizagem

Baseada em

Equipes (TBL)

1º ao 8º

semestre e

internato

Unidades

Curriculares

Horizontais de 1º ao

8º semestres e

estágios

supervisionados do

Internato do 9º

ao12ºsemestres

Espaço semanal para

desenvolvimento de temas

específicos de atualização e síntese

dos tópicos abordados durante o

desenvolvimento das Unidades

Curriculares Horizontais. presença

de professor. Um facilitador/expertise

com Turma completa e distribuídos

em pequenos grupos na mesma

sala.

Problematização

1º ao 8º

semestre e

internato de

M. de

Família

Comuni-

dade

Unidade Curricular

Longitudinal - IESC-

Interação em Saúde

na Comunidade

Atividade semanal e continua nas

USFs de Manaus, no processamento

de problemas do cotidiano

enfrentados pelas equipes de saúde.

Simulação

Realística

6º ao 8º

semestres

e Internato

em

Urgências

e Emergên-

cias

Unidade Curricular

Longitudinal-

Habilidades

Médicas- Laboratório

de Simulação

Realística

Atividade semanal a partir do 6º

semestre em laboratório específico

de Simulação Realística - Robótica

para aprendizagem de

Procedimentos em Simuladores de

Alta fidelidade para Cuidado em

Urgências e Emergências (Bebriefing

e feed-back)

Jogos Dramáticos 1º ao 3º

semestres

Unidade Curricular

Longitudinal-

Habilidades

Médicas- Laboratório

de Habilidades

Médicas -

Comunicação

Atividade semanal a partir do 1º

semestre em laboratório específico

de Habilidades - para aprendizagem

de Atitudes e Comunicação .

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1.8.4 Metodologia das atividades interdisciplinares e transversais de Educação

Ambiental e Étnico-raciais

Neste cenário há ainda que se considerar o trabalho transversal necessário

com as temáticas voltadas para as questões étnico-raciais e aquelas relativas à

educação ambiental. Neste sentido, é previsto que a abordagem destes temas se

realize de maneira transversal nos currículos da graduação promovendo discussões

que ressaltem a importância da compreensão de tais temáticas no contexto geral da

formação dos alunos. Isto significa afirmar que tais abordagens dar-se-ão na

oportunidade do desenvolvimento das Unidades Curriculares do curso, sendo

contemplada, como mecanismo de reflexão e de sensibilização para as discussões

sociais que essas implicam.

1.8.5 Metodologia da Educação para os Direitos Humanos

Esta ocorre como tema transversal cujos subtemas tratam dos princípios de:

dignidade humana; igualdade de direitos; reconhecimento e valorização das

diferenças e das diversidades; laicidade do Estado; democracia na educação;

transversalidade, vivência e globalidade; e sustentabilidade socioambiental.

Direitos Humanos são, modernamente, entendidos como aqueles direitos

fundamentais que o homem possui pelo fato de ser homem, por sua própria

natureza humana, pela dignidade que a ela é inerente. São direitos que não

resultam de uma concessão da sociedade política. Pelo contrário, são direitos que a

sociedade política tem o dever de consagrar e garantir. O conceito de “Direitos

Humanos” resultou de uma evolução do pensamento filosófico, jurídico e político da

Humanidade. O retrospecto dessa evolução permite visualizar a posição que o

homem desfrutou, aqui e ali, dentro da sociedade, através dos tempos.

Mas a ressalva maior está no que condiz ao sistema de ensino. Este deve ter

uma responsabilidade de enquadrar-se na formação do Estado Democrático, pois o

sistema de ensino deve contemplar a formação do cidadão, desenvolvendo uma

visão moderna e bem fundamentada dos direitos civis, políticos e sociais, e também

uma consciência mais abrangente dos direitos humanos.

Frente a pergunta de como abarcar o ensino e aprendizagem dos Direitos

Humanos no sistema educativo, alinham-se diversas respostas, pois por um lado

estão todas aquelas que podem denominar-se de incorporação dos conteúdos.

Estas consideram que é suficiente a inclusão desta temática em alguma das

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disciplinas existentes, ou, no máximo, o estudo de uma disciplina específica, para

que os acadêmicos logrem os objetivos que, sobre este aspecto, orientam a ação do

sistema educativo.

Duas objeções podem ser formuladas a esta postura. Uma delas consiste em

que atrás desta posição, existe uma concepção meramente declaratória,

nominalista, dos Direitos Humanos, que os reduz a um conjunto de informações cuja

formulação é suficiente para assegurar sua existência real. Por outro lado, se

fundamenta na difundida critica que se faz dos sistemas educativos em relação ao

enciclopedismo curricular. O conjunto de temas ou disciplinas reforça este

enciclopedismo e torna mais questionável a ação das instituições de ensino.

O tema direitos humanos e cidadania assume papel importante em nossa

sociedade, principalmente através das transformações ocorridas nos últimos

séculos. A noção de cidadania foi fortalecida, e ganhou novo significado a partir da

Constituição Federativa de 1988 que reforçou a ideia de cidadãos como sujeitos

sociais ativos, que contribuem para o desenvolvimento de um “Estado Democrático

Social de Direito”.

A educação está intimamente ligada à cidadania, desde o ensino primário até

o superior, pois é neste cenário imbuído de significação que são apresentados aos

estudantes o real valor em ser cidadão. Desta maneira trabalha-se para despertar no

aluno este anseio em se tornar um ser partícipe das transformações sociais. A

educação torna-se o pilar para o desenvolvimento e crescimento do sujeito como

cidadão, assim:

A educação para a cidadania e os programas educacionais voltados para

esse fim pressupõem a crença na tolerância, a marca do bom senso, da razão e da

civilidade que faz com que os homens possam se relacionar entre si. Pressupõem

também a crença na possibilidade de formar este homem, ensinando a tolerância e

a civilidade dentro do espaço e do tempo da escola (SANTOS, 2001, p. 151)

Os Direitos Humanos e Fundamentais constituem o pilar para a organização

de um sistema constitucional e do próprio Estado. As normas constitucionais

elaboradas pelo Estado para a organização da sociedade têm como alguns de seus

fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa humana. A consolidação de tais

direitos eleva a condição do cidadão que vive em uma sociedade e zela pelo

respeito mútuo. É de grande importância o reconhecimento, pelos cidadãos de seus

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direitos visto que desta maneira os mesmos podem lutar por melhorias na qualidade

de vida.

Ao exercer o papel de cidadão na sociedade, o sujeito visa participar da

efetivação dos direitos que o tutelam e da afirmação dos Direitos Humanos e

Fundamentais. Desta forma a educação passa a ter um papel essencial no

conhecimento e construção de tais Direitos.

Assim, se o conhecimento dos Direitos Humanos deve ser divulgado na

sociedade, tanto mais se deve exigi-lo quando se trata de estudantes do ensino

superior, pois este, em face de sua posição privilegia da na sociedade brasileira,

devem conhecer a fundo seus direitos e buscar seu reconhecimento na sociedade.

Tratar da questão dos Direitos Humanos significa não apenas defender os direitos

próprios é também buscar a defesa dos direitos que envolvem a sociedade como um

todo.

Ademais, a FAMETRO já vem desde 2013, trabalhando com a Temática

das Relações étnico-raciais e indígenas no formato dos projetos transversais, fato

que reafirma o compromisso institucional da IES com o desenvolvimento de

competências atitudinais em nossos alunos como nosso contributo para a formação

de uma sociedade mais justa, igualitária e tolerante para com as diferenças.

1.8.6 Acessibilidade

A FAMETRO adota como referência a Norma Brasil 9050, Associação

Brasileira de Normas Técnicas, que trata da acessibilidade de Pessoas Portadoras

de Deficiências e Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos. Atende,

ainda, à Portaria MEC nº 3.284 de 07 de novembro de 2003 e o Decreto 5296/2004.

Neste sentido, no que se refere aos alunos com deficiência física, a

FAMETRO apresenta as seguintes condições de acessibilidade:

Livre circulação dos estudantes nos espaços de uso coletivo (eliminação de

barreiras arquitetônicas)

Vagas reservadas em estacionamentos nas proximidades das unidades de

serviços

Rampas com corrimãos, facilitando a circulação de cadeiras de rodas

Portas e banheiros adaptados com espaço suficiente para permitir o

acesso de cadeira de rodas

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Barras de apoio nas paredes dos banheiros

Sinalização de atendimento prioritário

Elevadores

Banheiros adaptados

Sala de recursos multifuncionais

Professores de Libras

Em relação aos alunos com deficiência auditiva, a FAMETRO está igualmente

comprometida, ao proporcionar intérpretes de Língua de Sinais- LIBRAS,

especialmente quando da realização de provas ou sua revisão, complementando a

avaliação expressa em texto escrito ou quando este não tenha expressado o real

conhecimento do aluno; flexibilidade na correção das provas escritas, valorizando o

conteúdo semântico; aprendizado de língua portuguesa, principalmente, na

modalidade escrita (para o uso de vocabulário pertinente às matérias do curso em

que o estudante estiver matriculado); materiais de informações aos professores para

que se esclareça a especificidade linguística dos surdos.

Neste contexto, a FAMETRO tem atendido as condições de acesso para as

pessoas com necessidades especiais, conforme preconiza o Decreto 5.296 de 2 de

dezembro de 2004.

Outro aspecto relevante no campo metodológico referente à acessibilidade

pedagógica e atitudinal, acerca desta questão vale a pena destacar é o da

ACESSIBILIDADE. O aumento crescente de Estudantes com necessidades

educativas especiais e de atendimento pedagógico diferenciado, tem demandando

das instituições de ensino superior a implantação e a consolidação de políticas de

inclusão e de acessibilidade, que estão para além de garantir o acesso as

instalações físicas das IES, mas que sejam ofertadas todo um conjunto de ações

que garantam que estes alunos estejam inclusos em condições excelentes de

aprendizagem e desenvolvimento.

Tendo como base um vasto conjunto de leis, orientações e recomendações

expressas em documentos publicados pelo Governo Federal e mais especificamente

pelo Ministério da Educação, o conceito de acessibilidade vem sendo ampliado

fazendo com que as ações desenvolvidas pelas IES, se tornem cada vez mais

variadas e por certo, também mais complexas. Neste sentido, o conceito de

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acessibilidade exige a formulação de políticas institucionais, das quais emergem

ações articuladas no âmbito pedagógico e da gestão.

Sendo assim a acessibilidade e a inclusão passam a ser integrante de outro

conceito fundamental que é o da Responsabilidade Social, conforme preconiza o

documento “REFERENCIAIS DE ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR E

A AVALIAÇÃO IN LOCO DO SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA

EDUCAÇÃO SUPERIOR (SINAES)”, publicado em 2013. Como indicado neste

documento especificamente a responsabilidade social ultrapassa a perspectiva do

compromisso para se tornar um dever constituindo a essência de ser das instituições

de ensino superior. Citando a Lei do SINAES, a finalidade de uma instituição de

educação superior deve ser a de promover:

(…) a melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da

expansão da sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia

institucional e efetividade acadêmica e social e, especialmente, a

promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades

sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização

de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do

respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da

identidade institucional. (Lei nº 10.861/04 – SINAES).

É neste sentido que a FAMETRO, concebeu o seu Programa Institucional de

Acessibilidade e Inclusão, observando Decreto nº 5.296/2004, onde as Barreiras de

Acessibilidade no campo das edificações, na dimensão urbanística, de transportes,

de comunicação e de informações devem ser retiradas e ainda no campo da

acessibilidade atitudinal/pedagógica para onde devem convergir todos os esforços

para garantir acesso ao currículo onde haja:

Adequação nos materiais didáticos e pedagógicos,

Adequação nos mobiliários e equipamentos,

Adequação de objetivos,

Adequação de conteúdos,

Adequação de métodos e didática,

Adequação nas avaliações,

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Adequação de tempo

Estas adequações, por sua vez encontram respaldo legal principalmente no

Decreto n° 3.298/1999, o qual afirma que as instituições de ensino superior deverão

oferecer adaptações de provas e os apoios necessários, previamente solicitados

pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempo adicional para realização das

provas, conforme as características da deficiência.

E também no conceito de acessibilidade como a condição para utilização,

com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços mobiliários e

equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos

dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora

de deficiência ou com mobilidade reduzida presente no Decreto nº 5.296/2004. Para

a FAMETRO, a acessibilidade pedagógica entende que a comunidade universitária

deve desenvolver medidas pedagógicas diferenciadas, compreendendo que as

necessidades educacionais são específicas, podendo ser permanentes ou

temporárias, a ser consideradas as seguintes características dos/as alunos/as com:

Altas Habilidades e superdotação;

Deficientes Físicos, Intelectuais, Sensoriais e Múltiplos;

Transtornos Mentais, Distúrbios de Humor e outras situações classificadas

pelo CID ou DSMV-TR;

Transtornos Globais;

Alterações orgânicas como insuficiências;

Neste sentido, nosso programa defende acessibilidade integral enquanto

prática institucional entendendo como um dos fundamentos das práticas

pedagógicas e de gestão no ensino superior, considerando, especificamente no

campo da acessibilidade pedagógica, as seguintes ações:

1) Mapeamento das necessidades dos estudantes: preenchimento de ficha

cadastral; registro de observação em sala de aula; registro de impressões dos

professores; registro das impressões dos próprios acadêmicos; mapeamento de

estudos e rotina realizados.

2) Orientação aos coordenadores de cursos e professores.

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3) Encaminhamento/solicitação de adequações didático-pedagógicas.

5) Encaminhamento de adequações de materiais didáticos.

6) Promoção de cursos, palestras e eventos de capacitação.

7) Trabalho colaborativo com outros profissionais.

8) Os estudantes e servidores surdos são acompanhados por profissional

intérprete de LIBRAS.

9) Empréstimos de materiais para estudantes e servidores: notebooks,

gravadores, lupas e ampliadores eletrônicos, bengala.

1.8.7 Programa de capacitação dos docentes para utilização de metodologias

inovadoras de ensino-aprendizagem

Em um primeiro momento, prévio ao início das atividades letivas, a estratégia

será focar no recrutamento, capacitação e seleção de docentes para a implantação

do curso de medicina que, por apresentar um projeto pedagógico inovador, um

currículo integrado, que utiliza metodologias ativas de ensino-aprendizagem e está

alinhado aos mais atuais pressupostos da educação médica, demanda um perfil

docente compatível aos seus valores e necessidades.

A cada semestre, as estratégias descritas a seguir se seguirão, para que se

garanta a formação, desenvolvimento e principalmente a ressignificação do papel

dos docentes que ingressarão no curso e dos preceptores que estarão orientando

estudantes e médicos residentes na Rede de Cuidados de Manaus.

No planejamento das atividades de implementação do curso de medicina da

FAMETRO no município de Manaus, estão previstas atividades de preparação do

corpo docente para a prática de ensino-aprendizagem na perspectiva das

Metodologias Ativas.

A seguir é apresentado o formato do Curso de Capacitação Docente em

Metodologias Ativas com carga horária de 120 (cento e vinte) h, ressaltando-se o rol

de competências a serem trabalhadas nos 10 módulos do curso, além do tipo de

avaliação a ser realizada ao longo do percurso e os ambientes onde as atividades

serão desenvolvidas.

Competências Avaliação e Ambientes

Conhecer e se apropriar dos princípios que Análise e arguição acerca da apresentação oral de

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norteiam a Aprendizagem Significativa e a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) em particular (aula interativa e grupos)

artigos científicos sobre temas relevantes da formação de profissionais de saúde Sala de aula/sala de tutoriais

Conhecer a complexidade dos grupos tutoriais a partir da perspectiva do estudante (role-playing, grupo tutorial)

Salas de Tutoriais

Construir mapas conceituais para os módulos de ensino do primeiro semestre do curso

Salas de Tutoriais

Construir problemas a partir dos mapas conceituais. Elaborar roteiros de estudo para o Laboratório Morfofuncional

Salas de Tutoriais e Laboratório Morfofuncional

Utilizar as principais ferramentas do Planejamento Estratégico Situacional de Matus (PES) para planejamento e gestão do PPP do curso

Salas de Tutoriais

Aprender como as habilidades profissionais se apresentam e estão articuladas em um currículo ABP e no PPP do curso Formular as atividades das habilidades para o primeiro semestre do curso (habilidades de comunicação, informática em saúde e profissionais)

Salas de Tutoriais e Laboratório de Habilidades

Utilizar os princípios e ferramentas da Epidemiologia Clínica e Medicina Baseada em Evidências no planejamento e condução do PPP do curso Familiarizar-se com as principais ferramentas de busca de informações nas bases de dados científicas disponíveis

Laboratório de Informática

Conhecer os princípios da avaliação somativa e formativa. Saber organizar e montar estações de avaliação de desempenho clínico do tipo Osce

Sala de Aula Salas de Tutoriais

Aplicar o Osce a estudantes convidados de cursos da área da saúde de outras IES e/ou da própria (quando houver)

Laboratório de Habilidades

Conduzir uma sessão de tutoria seguindo os passos da ABP. Aplicar o instrumento de avaliação formativa ao final da tutoria

Entrevista Avaliação Escrita Controle de Frequência

Machado et al. (2011) publicaram um estudo descritivo dos processos de

recrutamento e capacitação docente para início em novos cursos de medicina,

dentro da mesma perspectiva inovadora apresentada nesse projeto. Todas as

escolas privadas (n=9) analisadas nesse estudo seguiram o modelo de capacitação

a ser seguido também pela FAMETRO.

Na Capacitação prevista, o processo se dará sob a mesma coordenação e

mesma equipe de docentes-assessores que acompanharam e acompanharão a

concepção e implantação desse Curso de Medicina.

O processo servirá para que, de forma concomitante à realização do curso

de capacitação, se selecionem os docentes para contratação nas diferentes fases de

implementação do curso de medicina.

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Dessa forma, dos candidatos à docência iniciantes, ao final do curso,

espera-se que os professores estejam aprovados para certificação e aptos para

contratação imediata pela FAMETRO, dentro das necessidades de implantação do

curso. Os demais docentes aprovados e que receberão certificação serão orientados

para aguardar novo processo de contratação em momento mais avançado da

implantação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Medicina. Com esse

processo, procura-se garantir qualidade, envolvimento e comprometimento do corpo

docente com a proposta pedagógica inovadora do curso proposto. Esse primeiro

momento não se extinguirá, pois será seguido de desenvolvimento docente

permanente, sendo que os docentes capacitados serão também multiplicadores das

competências adquiridas e desenvolvidas pelo processo contínuo. Assim, a

formação e desenvolvimento docente se mesclará e avançará para o momento

seguinte que é a formação e desenvolvimento de preceptores e gestores da rede de

saúde, onde se insere o Curso de Medicina.

1.10 Estágio Curricular Supervisionado

1.10.1 Carga horária e Período do Estágio Curricular Supervisionado

O estágio curricular supervisionado do Curso de Medicina da FAMETRO

compreende 12 estágios obrigatórios (3 estágios/semestre), na rede pública de

saúde estadual e municipal (SUSAM e SEMSA), com duração de 6-8 semanas cada

um (18 semanas/semestre) e um total de 720h por semestre (240h por estágio). O

estágio supervisionado ocorrerá do 9º ao 12º semestres do curso, e terá 72

semanas de duração, com uma carga horária total de 2.880 horas.

1.10.2 Áreas do Estágio Curricular Supervisionado

Os 12 estágios serão voltados para o desenvolvimento de habilidade, atitudes

e competências nas seguintes áreas:

9º SEMESTRE:

Cuidado em Saúde da Criança I (Pediatria Geral);

Cuidado em Saúde do Adulto I (Clínica Médica); e

Cuidado em Saúde da Mulher I (Obstetrícia).

Page 227: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

226

10º SEMESTRE:

Cuidado em Saúde da Criança II (Neonatologia);

Cuidado em Saúde do Adulto II (Clínica Cirúrgica); e

Cuidado em Saúde da Mulher II (Ginecologia).

11º SEMESTRE:

Saúde de Família e Comunidade I (Ênfase no Cuidado e Educação);

Urgência e Emergência no Adulto (Pronto-Socorro e UTI); e

Urgência e Emergência na Criança (Pronto-Socorro e UTI).

12º SEMESTRE:

Cuidado em Saúde Mental e do Idoso;

Saúde da Família e Comunidade II (Ênfase na Gestão); e

Estágio Optativo.

Estágio Rural- o aluno realizará 120h do estágio destinado a atenção básica em

saúde e comunidade nas UBSs da Região Metropolitana de Manaus- RMM. As

unidades de saúde da RMM são:

Autazes- 8 UBS

Careiro- 8 UBS

Careiro da Várzea- 2 UBS

Iranduba- 8 UBS

Itacoatiara- 4 UBS

Itapiranga- 2 UBS

Manacapuru- 4 UBS

Manacari- 1 UBS

Novo Airão- 2 UBS

Presidente Figueiredo- 4 UBS

Rio Preto da Eva- 7 UBS

Silves- não tem UBS

1.10.3 Convênios para realização do Estágio Curricular Supervisionado

Page 228: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

227

A FAMETRO estabeleceu termo de convênio com a Fundação de Medicina

Tropical e com a rede pública de saúde da SEMSA (Secretaria Municipal de Saúde)

e SUSAM (Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas), para utilização dos

equipamentos de Saúde que compõem a Rede Básica, Rede Especializada e

Hospitalar de Manaus. De forma a complementar a oferta de cenários de prática ao

curso. Os termos de convênios estão vigentes.

1.10.3 Forma de apresentação do Estágio Curricular Supervisionado

Cuidados em Saúde da Criança I:

Durante este estágio, o estudante terá a oportunidade de realizar atividades

práticas em Pediatria Geral, com atuação em hospitais (enfermaria), ambulatórios e

Unidade de Pronto Atendimento a urgências e emergências em Pediatria, além de

atender crianças recém-nascidas na sala de parto, no alojamento conjunto e na sala

de cuidados intermediários.

O aluno desenvolverá na prática as habilidades para realizar a anamnese e o

exame físico do recém-nascido, da criança e do adolescente, além de desenvolver

habilidades para a apresentação de casos clínicos e elaboração de hipóteses

diagnósticas, visando ao desenvolvimento do raciocínio clínico.

O estudante também terá oportunidade de adquirir conhecimento através de

aulas teóricas e sessões tutoriais de aprendizagem baseada em problemas da rotina

de Pediatria.

Cuidados em Saúde da Mulher I:

Durante este estágio, o estudante terá a oportunidade de realizar atividades

práticas em Ginecologia e Obstetrícia, em enfermaria, ambulatórios e Unidade de

Pronto Atendimento a urgências e emergências, com ênfase à: visitas às

enfermarias de Obstetrícia (puerpério) e discussão dos casos; visitas à Enfermaria

de gestantes de alto risco; assistência ao trabalho de parto e ao parto; visitas à

Enfermaria de Ginecologia; acompanhamento e/ou instrumentação de cirurgias

ginecológicas; atendimento de pacientes no Ambulatório de Ginecologia Geral e de

Mastologia, com rastreamento e prevenção do câncer mamário e genital; e

atendimento no ambulatório de pré-natal.

Cuidados em Saúde do Adulto I:

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228

Neste estágio o estudante terá a oportunidade de aprender, através de

atividades práticas, na área de Clínica Médica Geral, todas as atividades clínicas de

enfermaria e ambulatório.

O programa contará também com atividades, tais como: tutorias; discussão

de casos clínicos à beira do leito; aulas teóricas; reuniões científicas do serviço; e

sessões anatomopatológicas mensais.

Cuidados em Saúde da Criança II:

Neste estágio o estudante terá oportunidade de realizar atividades práticas

em Pediatria geral em enfermaria, ambulatórios de especialidade e Pronto

Atendimento infantil.

A prática incluirá também avaliação da indicação de exames complementares

e, finalmente, uma proposta de plano terapêutico.

Cuidados em Saúde da Mulher II:

Neste estágio o estudante terá a oportunidade de aprender todas as

atividades práticas na área de Ginecologia e Obstetrícia, em enfermarias, centro

cirúrgico, centro obstétrico, centro de parto normal e pronto atendimento.

O programa contará também com atividades, como: tutorias; discussão de

casos à beira do leito; aulas teóricas; sessões de estudo dirigido, e reuniões

científicas do serviço.

Cuidados em Saúde do Adulto II:

Durante o estágio, o estudante terá a oportunidade de acompanhar e realizar

atividades práticas em pacientes, na área de Cirurgia Geral eletiva, em nível

ambulatorial e hospitalar.

O estágio contará com atividades na enfermaria, centro cirúrgico e

ambulatório de Cirurgia Geral e de Especialidades.

A programação incluirá tutoriais em pequenos grupos, utilizando a

metodologia da aprendizagem baseada em problemas.

Saúde da Família e Comunidade I (Ênfase no Cuidado à Saúde):

Este estágio propõe ao resgate do território já vivenciado pelos estudantes,

durante o IESC, desenvolvido da 1ª à 8ª Etapa, agora de forma mais qualificada e

com abordagem de problemas de maior complexidade.

Dará ênfase à: prática médica centrada na pessoa, na relação médico-

paciente, no cuidado em saúde e na continuidade da atenção; desenvolvimento,

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229

planejamento, execução e avaliação de programas integrais de saúde voltados às

necessidades da população; discussão de casos clínicos e temas de saúde pública,

segundo o perfil epidemiológico da população; e participação da Vigilância em

Saúde e da criação de estratégias de incentivo à notificação de doenças.

Urgências e Emergências do Adulto:

O estudante estará inserido num contexto hospitalar de referência para

atendimento de urgências e emergências, especialmente de pacientes portadores de

doenças cardiovasculares e neurológicas.

Acompanharão os pacientes desde sua admissão no setor de pronto

atendimento, estabilização e cuidados intermediários do Pronto Socorro.

Urgências e Emergências da Criança:

O estudante estará inserido num contexto hospitalar de referência para

atendimento de urgências e emergências na infância e adolescência, especialmente

de pacientes portadores de doenças respiratórias e metabólicas.

Acompanharão os pacientes desde sua admissão nos setor de pronto

atendimento, estabilização e cuidados intermediários do Pronto Socorro.

Saúde da Família e Comunidade II (Ênfase na Gestão em Saúde):

O estágio será desenvolvido nas Unidades Básicas, junto às Equipes de

Saúde da Família de Manaus, ambulatórios de especialidades, Hospital de Clínicas

e Regulação.

Os internos terão oportunidade de vivenciar aspectos da gestão e

planejamento dos serviços de saúde e também as questões que envolvem a gestão

da clínica e suas vertentes.

Page 231: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

230

Cuidados em Saúde Mental e do Idoso:

Durante este estágio o estudante terá a oportunidade de realizar atividades

práticas na área de psiquiatria e geriatria, integrar-se à equipe interdisciplinar, com

atividades em enfermaria, ambulatório e hospital-dia.

O programa será composto também por atividades acadêmicas, como:

tutorias; discussão de casos clínicos à beira do leito; aulas teóricas; reuniões

científicas do serviço; reuniões da equipe interdisciplinar, com as equipes de

Psiquiatria e Geriatria.

Estágio Optativo:

Este estágio terá como objetivo principal proporcionar oportunidade para que

o aluno do curso médico, ao final dos 6 anos de formação, possa manter contato

com profissionais e serviços que tenham relação com seu interesse pessoal e

profissional, no momento atual e futuro.

Os estágios ocorrerão em espaços de ensino do Curso de Medicina da

FAMETRO em Hospitais que estão em processo de certificação como Hospitais de

Ensino; e em Serviços reconhecidos pelo Conselho Nacional de Residência Médica.

Estágio Rural-

Este estágio terá como objetivo principal proporciona ao aluno oportunidade para

conhecer a realidade de saúde do interior do Amazonas e suas peculiaridades. O

aluno realizará 120h do estágio destinado a atenção básica em saúde e comunidade

nas UBSs da Região Metropolitana de Manaus- RMM. As unidades de saúde da

RMM são:

Autazes- 8 UBS

Careiro- 8 UBS

Careiro da Várzea- 2 UBS

Iranduba- 8 UBS

Itacoatiara- 4 UBS

Itapiranga- 2 UBS

Manacapuru- 4 UBS

Manacari- 1 UBS

Novo Airão- 2 UBS

Page 232: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

231

Presidente Figueiredo- 4 UBS

Rio Preto da Eva- 7 UBS

Silves- não tem UBS

1.10.5 Critérios de Avaliação do Estágio Curricular Supervisionado

O planejamento curricular do internato é uma ferramenta muito útil para deixar

claro para os estudantes e professores o que se pretende e o que se espera com a

experiência educacional proposta. São seis os passos necessários para executar um

planejamento curricular baseado em competências.

Passo 1: Identificar as necessidades dos aprendizes e aonde se pretende

chegar;

Passo 2: Elencar e definir as competências que devem ser desenvolvidas e

adquiridas durante e ao final da experiência educacional;

Passo 3: Descrever as competências na forma de resultados esperados e

objetivos específicos;

Passo 4: Garantir oportunidades de aprendizagem;

Passo 5: Determinar os métodos de avaliação do estudante;

Passo 6: Estabelecer como a experiência educacional será avaliada e

melhorada;

No início de cada estágio, professores e estudantes devem rever o currículo

proposto e ter clareza sobre objetivos de aprendizagem, estratégias de ensino,

métodos de avaliação do desempenho esperado (conhecimento, habilidades e

atitudes) e como o estágio será avaliado e melhorado. Essa atividade é essencial

para que os estudantes estejam informados e esclarecidos sobre o que devem

esperar e o que se espera deles. Assim pode-se minimizar desentendimentos

futuros, caso o estudante não possa progredir por mau desempenho na avaliação.

Avaliação do estudante no Internato

O quinto passo no desenho e implementação de um currículo baseado em

competências estabelece a necessidade de determinar os métodos de avaliar os

estudantes. Relaciona-se competências e objetivos de aprendizagem aos métodos

de avaliação na matriz de competências, bem como as escolhas feitas pelo Núcleo

Docente Estruturante do Curso de Medicina proposto para compor o sistema de

avaliação do estudante do Internato.

Page 233: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

232

A Associação Brasileira de Educação Médica tem estimulado fóruns de

discussão e a organização de oficinas em seu congresso nacional e também nos

congressos regionais, tendo como tema a avaliação do internato médico.

Recentemente, com a possibilidade da execução de provas práticas para o acesso à

residência médica, muitas escolas começaram a considerar o emprego de

avaliações de desempenho durante o internato médico.

Estrutura básica do sistema de avaliação do Internato

O desenvolvimento, a implementação e a sustentabilidade de um sistema de

avaliação de competência clínica na escola médica requerem a definição das

competências clínicas que se pretende avaliar e seu detalhamento, através de

objetivos de aprendizagem que guiarão a escolha dos melhores métodos de

avaliação, considerando sempre o nível de desenvolvimento do aprendiz (iniciante,

competente, proficiente, especialista). Por exemplo, as escolhas a serem feitas na

avaliação de um estudante de medicina no primeiro ano do internato deverá ser

diferente daquela que se faz para um residente de segundo ano do programa de

clínica médica, que pretende obter o título de especialista. Consequentemente, uma

estrutura tridimensional será necessária para definir o modelo de avaliação a ser

adotado. Na primeira dimensão, estarão as competências que precisam ser

avaliadas; na segunda dimensão, o nível de avaliação que é requerido para aquela

competência, tal como é apresentada na “Pirâmide de Miller”, que contém quatro

níveis: saber; saber como; demonstrar e fazer. Finalmente, na terceira dimensão,

destacaremos o estágio de desenvolvimento do indivíduo que será avaliado.

Como já se demonstra neste documento, as competências seguem o

referencial das DCNs – 2014, e do ACGME - 2006 (Accreditation Council for

Graduate Medical Education) e serão detalhadas na matriz de competências que

será apresentada na seção seguinte. Quanto aos níveis de avaliação, é importante

notar que, dada a natureza multifacetada e complexa das competências, é pouco

provável que qualquer método isoladamente seja suficiente para prover uma base

para fazermos julgamentos sobre estudantes.

Na tentativa de organizar uma abordagem a esse problema, Miller propôs

uma classificação que estratifica os métodos de avaliação baseados no que eles

exigem do estudante. Alguns métodos de avaliação podem ser realizados nos

cenários de prática (work based assessment) e serem mais representativos. Cada

método tem sua melhor indicação, por exemplo, uma prova com testes de múltipla

Page 234: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

233

escolha é muito melhor para avaliar conhecimento que a utilização de pacientes

padronizados em um OSCE (Objective Structured Clinical Examination). Por outro

lado, para avaliar algo que precisa ser demonstrado, o OSCE (Objective Structured

Clinical Examination) será muito mais efetivo que uma prova teórica.

Finalmente, tem-se a avaliação do estágio de desenvolvimento do indivíduo.

A aquisição de competência não é um processo que ocorre da noite para o dia. Os

aprendizes progridem através de uma série de níveis que começam na graduação,

passando pela pós-graduação, mestrado, doutorado e continua ao longo de suas

carreiras.

Hubert and Dreyfuls criaram um modelo de desenvolvimento de

aprendizagem aplicável às profissões da saúde, e que tem cinco estágios: iniciante,

iniciante avançado, competente, proficiente e especialista. A seguir é apresentado

uma representação da estrutura tridimensional numa imagem que combina as três

dimensões.

Figura 1: Modelo que apresenta as três dimensões de uma estrutura básica de avaliação, que

contempla: as competências esperadas (DCNs/ACGME), os níveis da pirâmide de Miller e o modelo

de desenvolvimento de aprendizagem de Hubert and Dreyfuls.

Com a apresentação deste esquema, pretende-se realçar os três

componentes importantes que devem ser considerados no momento de desenhar e

aplicar uma avaliação, especialmente para aferir desempenho de estudantes,

internos e residentes de medicina.

A partir de reuniões de planejamento e capacitação do NDE (Núcleo Docente

Estruturante) proposto para o curso foram definidas as atividades a serem

desenvolvidas em cada estágio do internato, bem como definidos, em uma Oficina,

quais os instrumentos de avaliação que seriam utilizados para a avaliação dos

Iniciante

InicianteIniciante avan

Iniciante avanççadoado

Competente

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ficiente

Profic

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234

estudantes e, também, a definição de progresso no Curso de Medicina (critérios de

aprovação). Historicamente, o internato médico conta com avaliações conceituais,

atribuídas pelo professor ao final de cada estágio. A maioria das escolas não tem o

hábito de avaliar conhecimento, tampouco a aquisição de habilidades e atitudes

esperadas de um médico recém-formado. Para ser coerente com a proposta

pedagógica do Curso de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus –

FAMETRO, que adotou um currículo baseado em competências, foi estruturado um

sistema de avaliação do estudante que fosse capaz de avaliar aquisição de

competências. Para tanto, devemos, obrigatoriamente, utilizar metodologias distintas

e complementares. Na Regulamentação da Avaliação do Internato, estão detalhados

métodos que foram selecionados para compor o processo de avaliação do estudante

do Internato Médico. Cada método tem uma característica específica e um potencial

de avaliar as competências esperadas do futuro médico. Podemos observar de

forma resumida as metodologias que compõem o caráter formativo da avaliação do

estudante (Portfólio, Global Rating e tutorial) e aquelas que compõem a avaliação

somativa, de resultados (Tabela a seguir).

Métodos de Avaliação e seus pesos na avaliação do Estudante do Internato

TIPO DE AVALIAÇÃO

PESO GLOBAL

MÉTODO DE AVALIAÇÃO

COMPETÊNCIA AVALIADA

Processual

ou Formativa

50%

Portfólio Reflexivo Atenção à Saúde

Conhecimento médico Profissionalismo

Conceito Global (Global Rating)

Atenção à Saúde Conhecimento Médico

Comunicação Profissionalismo

Tutoria Conhecimento Médico

Raciocínio Clínico Educação Permanente

Avaliação de Resultados ou Somativa

50%

Prova Teórica do Estágio

Conhecimento Médico

TPI Conhecimento Médico

OSCE/Mini CEx Conhecimento Médico (procedimentos)

Comunicação Raciocínio Clínico

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235

1.10.6 Forma de Orientação do Estágio Curricular Supervisionado

A orientação dos estudantes de internato está sob responsabilidade direta dos

docentes supervisores, presentes não só como orientadores da prática pedagógica

mas também como responsáveis por parte da atividade assistencial dos serviços de

saúde onde o estudante estagia. Junto aos docentes supervisores, compartilham da

orientação o conjunto de preceptores que são profissionais dos serviços de saúde

alvo do estágio de internato e que participam diretamente das atividades de

orientação da prática inserida no espaço de trabalho. Essas atividades da

preceptoria em parceria com docentes do curso de medicina estão previstas nos

termos de convênio entre a SEMSA, SUSAM e a FAMETRO e para a execução das

atividades conjuntas estão previstas uma série de reuniões de planejamento entre a

coordenação do curso, docentes supervisores, gestores da SEMSA e SUSAM e

preceptores indicados para a função de orientação.

1.10.7 Forma de Supervisão do Estágio Curricular Supervisionado

Os estágios serão supervisionados pela coordenação do internato e pelo

supervisor do internato junto com os docentes preceptores. A coordenação do curso

e a supervisão do internato reunirá com o grupo de professores para supervisionar o

desempenho e o aprendizado dos internos dos vários cenários das unidades de

saúde nas quais desempenharão suas práticas discentes.

1.10.8 Forma de Coordenação do Estágio Curricular Supervisionado

O Coordenador do Curso e o Coordenador do Internato contam coma a

supervisão e orientação direta de 1 docente para cada um dos 12 estágios rotatórios

que os estudantes vivenciam durante o internato. Docentes e estudantes seguem as

normas estabelecidas pelos gestores parceiros dos serviços de saúde, bem como ao

regulamento do Internato aprovado pelo NDE e Conselho de Curso.

1.10.9 Regulamento e Formulários do Internato

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236

REGULAMENTO DO INTERNATO

MANUAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

APRESENTAÇÃO

Este manual foi elaborado com o objetivo de normatizar o Estágio Curricular

Supervisionado (INTERNATO), para alunos do 5º e 6º anos do curso de Medicina da

Faculdade Metropolitana de Manaus. Nele estão reunidos e sistematizados as

diretrizes e os procedimentos técnicos, pedagógicos e administrativos, visando

assegurar a concretização dos objetivos do Estágio Curricular Supervisionado.

Este Manual visa orientar os estagiários do curso de Medicina da FAMETRO

com o intuito de esclarecer de forma simples e direta as inúmeras dúvidas com

relação ao estágio. Abre-se espaço para críticas e sugestões que permitirão a

consolidação de procedimentos e princípios adequados ao Estágio Curricular,

compreendido como um processo dinâmico e modificável.

1.1 Introdução

O Estágio é uma atividade obrigatória, como etapa integrante da graduação,

de treinamento em serviço, em regime de INTERNATO, sob supervisão direta dos

docentes da própria Universidade e preceptores pertencentes à IES e às instituições

conveniadas.

O INTERNATO compreende atividades de aprendizagem social, profissional e

cultural proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e

trabalho de seu meio, como uma complementação do ensino.

As atividades do internato são desenvolvidas nas áreas definidas pela matriz

curricular do curso de Medicina da FAMETRO, devendo ser o mais abrangente

possível, em cada área do conhecimento escolhida, incluindo atividades no primeiro,

segundo e terceiro níveis de atenção em cada área.

Tratando-se de um conjunto de Unidades Curriculares do currículo pleno do

curso de Medicina, o Internato está vinculado à Coordenação do Internato e esta por

sua vez a Coordenação do Curso de Medicina. O aluno deve estar atento para que

as atividades do estágio sejam compatíveis com o contexto básico de sua futura

profissão.

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1.2 Objetivos

O Internato objetiva proporcionar uma complementação do processo ensino-

aprendizagem, como um instrumento de integração Faculdade/Instituições de Saúde

sob a forma de treinamento prático, aperfeiçoamento técnico-científico, cultural e de

relacionamento humano.

Para a Faculdade, internato deve oferecer subsídios à revisão de currículos,

adequação de programas e atualização de metodologias de ensino, permitindo à

faculdade uma postura realista quanto à sua contribuição ao desenvolvimento local,

regional e nacional, além de propiciar melhores condições de avaliar o profissional

em formação.

Para o aluno, o estágio oferece uma visão prática do funcionamento de um

serviço ou instituição de pesquisa e ao mesmo tempo leva a familiarizar-se com o

ambiente de trabalho. Possibilita também condições de treinamento específico pela

aplicação, aprimoramento e complementação dos conhecimentos adquiridos.

Para a Instituição/Serviço de Saúde, o estágio representa a redução do

período de adaptação do profissional aos seus quadros, facilitando o recrutamento

de técnicos com perfil adequado aos seus interesses, além de estimular a criação de

canais de cooperação com a Faculdade na solução de problemas de interesse

mútuo, participando assim de maneira direta e eficaz na formação de profissionais

de nível superior, contribuindo para melhorar a adequação da teoria/prática.

1.3 Estrutura do Internato

Composto pelo:

Coordenador do Curso de Medicina, Coordenador do Internato e os

respectivos professores – supervisores, professores e preceptores de cada Unidade

Curricular:

Cuidado em Saúde da Criança I (Pediatria Geral);

Cuidado em Saúde do Adulto I (Clínica Médica); e

Cuidado em Saúde da Mulher I (Obstetrícia).

Cuidado em Saúde da Criança II (Neonatologia);

Cuidado em Saúde do Adulto II (Clínica Cirúrgica); e

Cuidado em Saúde da Mulher II (Ginecologia).

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Saúde de Família e Comunidade I (Ênfase no Cuidado e Educação);

Urgência e Emergência no Adulto (Pronto-Socorro e UTI); e

Urgência e Emergência na Criança (Pronto-Socorro e UTI).

Cuidado em Saúde Mental e do Idoso;

Saúde da Família e Comunidade II (Ênfase na Gestão); e

Estágio Optativo.

Os alunos serão divididos em grupos. Todos os grupos alternar-se-ão entre

os estágios.

2. INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR

2.1. Habilitação para realização do Estágio

As condições básicas para o aluno realizar o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina são:

estar matriculado no 9º período do curso de Medicina;

não ter nenhuma Unidade Curricular pendente dos anos anteriores;

apresentar o “Seguro contra Acidentes Pessoais” (Lei n° 11.788 de 25 de

setembro de 2008);

estar com o esquema de vacinas atualizado.

2.2. Carga horária do Estágio

As atividades são eminentemente práticas e sua carga horária teórica não

poderá ser superior a 20% do total por estágio. Carga horária total do Estágio =

2880h.

Estágio Rural- o aluno realizará 120h do estágio destinado a atenção básica em

saúde e comunidade nas UBSs da Região Metropolitana de Manaus- RMM. As

unidades de saúde da RMM são:

Autazes- 8 UBS

Careiro- 8 UBS

Careiro da Varzea- 2 UBS

Iranduba- 8 UBS

Itacoatiara- 4 UBS

Itapiranga- 2 UBS

Manacapuru- 4 UBS

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239

Manacari- 1 UBS

Novo Airão- 2 UBS

Presidente Figueiredo- 4 UBS

Rio Preto da Eva- 7 UBS

Silves- não tem UBS

2.3. Áreas e locais do Estágio

As atividades de estágio poderão ser desenvolvidas nas áreas de

conhecimento pré-determinadas pela Coordenação do Curso de Medicina, a

considerar: Ginecologia, Obstetrícia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Saúde

Coletiva, Saúde Mental e do Idoso, Pediatria, Urgência e Emergência (Serviço de

Pronto-Socorro).

São considerados campos de estágio as unidades de saúde ambulatoriais e

hospitais públicos de atendimento adulto e infantil, no Amazonas que desenvolvam

atividades afins à Medicina e que também disponham de médicos especialistas

interessados na área objeto do estágio, para fins de supervisão. As áreas e locais

para o estágio não são de livre escolha do aluno, mas obrigatoriamente definidos

pela coordenação para aprovação.

Todos os locais selecionados deverão estar conveniados com a FAMETRO,

bem como os respectivos supervisores indicados pela instituição.

2.4. Supervisor do estágio

A figura do professor/preceptor de estágio é muito importante para o sucesso

do estágio, pois é através dele que o aluno tentará superar as deficiências e as

inseguranças que ainda o acompanham.

Sob orientação do professor/preceptor o estagiário desenvolverá as suas

atividades diárias com o objetivo de cumprir todas as atividades pré-estabelecidas

pela coordenação do Curso de Medicina e pelo Supervisor de cada Unidade

Curricular. O supervisor obrigatoriamente deverá ser um profissional graduado em

Medicina e especialista, e ser devidamente cadastrado na Coordenação do

Internato.

O orientador de cada aluno das Unidades Curriculares do Estágio

Supervisionado é um professor ou preceptor médico especialista , com experiência

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240

na pesquisa científica, ligado ao curso de Medicina da Faculdade Metropolitana de

Manaus. Suas principais atribuições são:

orientar o aluno em todas as atividades da Unidade Curricular (internato) em

curso; bem como acompanhar o interno nos procedimentos clínicos e

cirúrgicos;

assessorar o aluno na elaboração do projeto de pesquisa, execução do trabalho

científico e redação da monografia;

elaborar, em estreita colaboração com a Coordenação do Estágio

Supervisionado,

projetos de incentivo/apoio à realização do Estágio Curricular, através de

sugestões;

zelar pelo cumprimento das normas que regem o Estágio Supervisionado.

Caso o preceptor, por qualquer motivo, se desligar da FAMETRO, a

Coordenação do Estágio Supervisionado, deverá indicar outro preceptor.

3. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Uma vez estabelecido os grupos será montada uma escala de rodízio entre

todas as modalidades do estágio, de acordo com o período.

3.1. Início do estágio

Início no nono semestre, com duração de cada estágio em média de 08 a 12

semanas letivas.

3.4. Avaliação do Estágio pelo Supervisor

A Ficha de Avaliação deverá ser preenchida pelo supervisor de cada Unidade

Curricular (estágio) e entregue à Coordenação do Estágio observando os prazos

previamente estabelecidos pelo Calendário Escolar

4. ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO DURANTE O INTERNATO

Ter pleno conhecimento de todas as normas contidas neste Manual antes de

iniciar as atividades do estágio;

Trabalhar sempre de EPI (avental branco, longo, ou roupa branca, sapato

fechado);

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241

Ser responsável, mantendo postura e ética no relacionamento entre colegas,

com o paciente e com os orientadores/supervisores.

5. ATRIBUIÇÕES DA COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO

Informar ao preceptor o nome do supervisor do estagiário, sob sua orientação.

Publicar a lista dos preceptores com os respectivos orientandos em cada

período.

Nomear o supervisor de cada Unidade Curricular.

6. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR

Será realizada ao término de cada Unidade Curricular pelo Supervisor da

Unidade Curricular.

7. EMENTÁRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR Tabela - Estágios de Internato com respectivas cargas horárias (horas)

INTERNATO

Estágios Obrigatórios de 4 semestres

SEMANAS

Carga Horária

(h / relógio)

9º SEMESTRE

18 semanas – 40 h semanais

9.1. CUIDADO EM SAÚDE DA CRIANÇA I (PEDIATRIA GERAL)

6 semanas 240 h

9.2. CUIDADO EM SAÚDE DO ADULTO I (CLÍNICA MÉDICA)

6 semanas 240 h

9.3. CUIDADO EM SAÚDE DA MULHER I (OBSTETRÍCIA)

6 semanas 240 h

TOTAL NO SEMESTRE 18 semanas 720 h

10º SEMESTRE

18 semanas – 40 h semanais

10.1. CUIDADO EM SAÚDE DA CRIANÇA II (NEONATOLOGIA)

6 semanas 240 h

10.2. CUIDADO EM SAÚDE DO ADULTO II (CLÍNICA CIRÚRGICA)

6 semanas 240 h

10.3. CUIDADO EM SAÚDE DA MULHER II (GINECOLOGIA)

6 semanas 240 h

TOTAL NO SEMESTRE 18 semanas 720 h

11º SEMESTRE

18 semanas – 40 h semanais

11.1 . SAÚDE DE FAMÍLIA E COMUNIDADE I (ÊNFASE NO CUIDADO E EDUCAÇÃO)

6 semanas 240 h

11.2. URGÊNCIAS NO ADULTO (PRONTO-SOCORRO E UTI)

6 semanas 240h

11.3. URGÊNCIAS NA CRIANÇA (PRONTO-SOCORRO E UTI)

6 semanas 240 h

TOTAL NO SEMESTRE 18 semanas 720 h

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242

12º SEMESTRE

18 semanas – 40 h semanais

12.1. . CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E DO IDOSO 6 semanas 240 h 12.2. SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE II

(ÊNFASE NA GESTÃO ) 6 semanas 240 h

12.3. ELETIVO/OPTATIVO 6 semanas 240 h TOTAL NO SEMESTRE 18 semanas 720 h

TOTAL DO INTERNATO 72 semanas 2880 h

Tabela 2- Carga Horária Proposta para o Curso

ATIVIDADE NO CURSO H/ RELÓGIO % DA CH EM RELAÇÃO À CH DO CURSO

MÓDULOS DO 1º AO 8º SEMESTRE 4333 56,47%

INTERNATO 2880 37,53%

TCC + ORIENTAÇÃO 100 1,30%

ATIVIDADES COMPLEMENTARES 360 4,7%

TOTAL 7673 100%

A tabela acima mostra o cumprimento do Dispositivo Legal referente à carga

horária do internato conforme definido nas Diretrizes Curriculares Nacionais, de

2014, Art. 240 §2o, no qual consta que a “carga horária mínima do estágio curricular

deverá atingir 35% (trinta e cinco por cento) da carga horária total do Curso de

Graduação em Medicina ". Demonstra cumprir também os preceitos do §3O do

mesmo artigo que prevê " o mínimo de 30% (trinta por cento) da carga horária

prevista para o internato médico da Graduação em Medicina, desenvolvido na

Atenção Básica e em Serviço de Urgência e Emergência do SUS...", uma vez que

destina 2 estágios (dentre 12) de 240 h cada um no atendimento de Urgências e

Emergências e outros 2 estágios de 240 h cada em Saúde da Família e

Comunidade (dentre 12 estágios, totalizando 4 estágios de 240 h dentre 12 estágios

de mesma carga horária, isto é 960 h/2880h - 33% da carga horária total). Para

cumprimento do §4O do mesmo artigo que diz "nas atividades do regime de internato

... e dedicadas à Atenção Básica e em Serviços de Urgência e Emergência do SUS,

deve predominar a carga horária dedicada aos serviços de Atenção Básica sobre o

que é ofertado nos serviços de Urgência e Emergência" se faz necessário observar

como as atividades dos estudantes foram organizadas nos estágios intitulados como

"Saúde do Adulto I e II, Saúde da Criança I e II , Saúde da Mulher I e II e Saúde

Mental e do Idoso", sendo que em todos esses estágios as vivências na Atenção

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243

Básica ocorrem de maneira regular e contínua, intercalando de forma integrada às

atividades nas USFs com outros cenários, tais como nas enfermarias dos Hospitais,

ambulatórios, CAPS , CAIC, CAIME, SPA, Policlínicas, Maternidades, Fundações,

Centro de Atenção ao Idoso , NASF e UPA .

Estágios internato

A seguir, apresentaremos os aspectos essenciais de cada um dos rodízios do

Internato, que têm duração média de 06 (seis) a 08 (oito) semanas.

9ª Etapa/Semestre (5o Ano):

Grupo de 50 alunos, distribuídos em grupos de 15 (quinze) a 17 (dezessete)

em cada rodízio.

Estágio/Rodízio CH* Área Sumário das Atividades

Cuidados em Saúde da Criança I

240 h Pediatria e

Neonatologia

Enfermaria e ambulatórios de Pediatria Alojamento conjunto Berçário Pronto-Socorro Infantil

Cuidados em Saúde da Mulher I

240 h Ginecologia e

Obstetrícia

Centro Obstétrico Centro Cirúrgico Enfermaria e Ambulatórios de GO Pronto Atendimento de GO, Pré- Natal em UBSs

Cuidados em Saúde do Adulto I

240 h Clínica Médica Enfermaria de Clínica Médica Geral Ambulatório de Clínica Médica Geral e de Especialidades

*CH: Carga Horária

Cuidados em Saúde da Criança I:

Durante o estágio de Saúde da Criança, o estudante terá a oportunidade de

realizar atividades práticas em Pediatria Geral sob supervisão do docente, com

atividades em hospitais (enfermaria), ambulatórios e unidade de pronto atendimento

a urgências e emergências em Pediatria, além de atender crianças recém-nascidas

na sala de parto, no alojamento conjunto e na sala de cuidados intermediários do

Hospital Municipal Casa de Saúde Bom Jesus.

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244

O estudante estará inserido num contexto ambulatorial e hospitalar de

atenção à criança e terá oportunidade de adquirir e desenvolver na prática as

habilidades para realizar a anamnese e o exame físico do recém-nascido, da criança

e do adolescente, além de desenvolver habilidades para a apresentação de casos

clínicos e elaboração de hipóteses diagnósticas, visando ao desenvolvimento do

raciocínio clínico. O estudante também terá oportunidade de adquirir conhecimento

através das sessões tutoriais de aprendizagem baseada em problemas, que

acontecem semanalmente tendo como base casos clínicos da rotina da Pediatria.

Concomitantemente o estudante participará de atividades teóricas (aulas,

seminários, palestras, etc.) que estarão permeando as atividades práticas diárias.

Objetivos gerais do estágio:

Proporcionar ao estudante oportunidades para o aprendizado sobre os

cuidados ao recém-nascido saudável;

Proporcionar ao estudante oportunidades para o aprendizado relativo à

promoção e recuperação da saúde da criança, diagnóstico e tratamento das

doenças mais prevalentes na infância e adolescência, tendo como espaços

de ensino/aprendizagem os ambulatórios de puericultura e Pediatria Geral,

enfermaria e pronto-socorro infantil;

Proporcionar aos estudantes subsídios teóricos e práticos para formação

essencial na área de domínio da Pediatria, tendo como referência o perfil do

egresso que a escola pretende formar;

Proporcionar aos estudantes subsídios teóricos e práticos visando à integração

do conhecimento na área de atenção à saúde da criança;

Proporcionar aos estudantes base teórica e prática para uma reflexão sobre a

atenção integral à saúde da criança.

Durante as oito semanas o grupo de estudantes dividir-se-ão em 03 (três)

grupos:

Enfermarias e ambulatórios de Pediatria, com 4 (quatro) estudantes;

Pronto-Socorro de Pediatria, com 4 (quatro) estudantes;

Neonatologia: berçário e alojamento conjunto, com 08 (oito) estudantes.

Cuidados em Saúde da Mulher I:

Durante o estágio de Saúde da Mulher, o estudante terá a oportunidade de

realizar atividades práticas em Ginecologia e Obstetrícia sob supervisão do docente,

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245

em ambiente hospitalar, com atividades em enfermaria, ambulatórios e unidade de

pronto atendimento a urgências e emergências.

Objetivos gerais do estágio:

Garantir oportunidades ao estudante para o aprendizado da fisiologia do

organismo da mulher nas várias fases de sua vida;

Atuar na prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde da mulher,

com ênfase especial à puerperalidade;

Realizar o diagnóstico e tratamento das doenças prevalentes em nível

ambulatorial de Ginecologia e Obstetrícia, bem como o rastreamento do

câncer mamário e genital;

Atuar, sob supervisão, no centro de partos, nas enfermarias de gestantes e de

puérperas, nas enfermarias de obstetrícia e no pronto atendimento para

urgências e emergências.

A ênfase deste estágio é focar em atividades relevantes da especialidade, tais

como:

Visitas às enfermarias de Obstetrícia (puerpério) e discussão dos casos,

imediatamente após a sua evolução diária;

Visitas à Enfermaria de gestantes de alto risco, acompanhando a

discussão dos casos pelos encarregados da Enfermaria;

Assistência ao trabalho de parto e ao parto;

Visitas à Enfermaria de Ginecologia;

Acompanhamento e/ou instrumentação de cirurgias ginecológicas;

Atendimento de pacientes no Ambulatório de Ginecologia Geral e de

Mastologia, com rastreamento e prevenção do câncer mamário e genital;

Atendimento no ambulatório de pré-natal;

O grupo de estudantes será dividido da seguinte forma, durante as oito

semanas do estágio:

Ginecologia: ambulatório, enfermaria e Centro Cirúrgico (8 estudantes)

Obstetrícia: centro de partos, alojamento conjunto e ambulatório (8

estudantes)

Cuidados em Saúde do Adulto I:

Durante o estágio de Saúde do Adulto, o estudante terá a oportunidade de

aprender, através de atividades práticas, na área de clínica médica geral, sob

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246

supervisão docente, e em ambiente hospitalar, todas as atividades de enfermaria e

ambulatório de clínica geral. O programa conta também com atividades, tais como:

tutorias, que têm como base casos clínicos relatados por estudantes e docentes;

discussão de casos clínicos à beira do leito; aulas teóricas; reuniões científicas do

serviço; e sessões anatomopatológicas mensais, dentro da programação do local.

Objetivos gerais do estágio:

Dar oportunidade ao estudante de aprender a prevenção de agravos, promover

e recuperar a saúde do adulto e idoso, além de fazer o diagnóstico e

tratamento das doenças mais prevalentes em ambulatórios e enfermaria de

clínica médica geral;

Proporcionar aos estudantes subsídios teóricos e práticos para a formação

básica, na área de domínio da medicina interna, tendo como referência o

perfil do egresso que a escola pretende formar.

Cada grupo de 20 (vinte) estudantes acompanhará diariamente, pela manhã,

pacientes da enfermaria de clínica geral, com realização das seguintes

atividades: evolução diária, visita, discussão de casos e reuniões clínicas

(pelo menos 1 (hum) paciente por aluno) e, à tarde, prática de ambulatório na

clínica geral e nas especialidades clínicas (cardiologia, nefrologia,

gastroenterologia, pneumologia e infectologia).

10ª Etapa/Semestre (5o Ano):

Grupo de 50 alunos, distribuídos em grupos de 16 ou 17 alunos, em cada

rodízio.

Estágio/Rodízio CH* Área Sumário das Atividades

Cuidados em Saúde da Criança II

240 h Pediatria

Enfermaria e Ambulatórios de Pediatria geral e especializada Pronto Atendimento Infantil

Cuidados em Saúde da Mulher II

240 h Ginecologia e

Obstetrícia

Centro Obstétrico Centro Cirúrgico Enfermaria e Ambulatórios de GO Pronto Atendimento de GO

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247

Cuidados em Saúde do Adulto II

240 h Cirurgia Geral

Enfermaria de Cirurgia Geral Ambulatório de Cirurgia Geral e de Especialidades Centro Cirúrgico e Recuperação

*CH: Carga Horária.

Cuidados em Saúde da Criança II:

No estágio de Saúde da Criança II, o estudante terá oportunidade de realizar

atividades práticas em Pediatria geral sob a supervisão direta de docentes e

especialistas, em ambiente hospitalar, com atividades em enfermaria, ambulatórios

de especialidade e Pronto Atendimento infantil. A prática supervisionada deverá

incluir também avaliação da indicação de exames complementares e, finalmente,

uma proposta de plano terapêutico considerando o indivíduo, sua família, crenças e

condição socioeconômica e cultural.

Objetivos gerais do estágio:

Proporcionar ao estudante subsídios teóricos e práticos visando a capacitá-lo

para oferecer cuidado integral à criança e ao adolescente;

Dar atendimento humanizado à criança enferma, além dos familiares,

independente da situação de risco, sabendo identificar e evitar situações de

estresse dos mesmos;

Admitir o paciente em Unidade de Internação, tomando as providências

necessárias quanto à acomodação, avaliação e suportes iniciais, exame físico

e monitoração do mesmo, fazendo cuidadosa anamnese, coleta de exames

inerentes ao caso, além da elaboração de um plano terapêutico inicial;

Realizar a evolução clínica diária do paciente, anotá-la no prontuário e

obedecer a uma ordem predeterminada para a mesma, inclusive o balanço

hídrico e calórico, com todas as variantes para determinadas situações;

Saber como passar as informações aos familiares, de forma sincera e coesa,

fazendo-os ter a real ciência frente à gravidade de cada caso, sem omitir

informações e procurando ao máximo fazer-se entender;

O grupo de estudantes será dividido da seguinte forma, durante as oito

semanas do estágio:

Enfermarias e ambulatórios de Pediatria, com 07 (sete) estudantes;

Pronto Atendimento de Pediatria, com 08 (oito) estudantes.

Cuidados em Saúde da Mulher II:

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248

Durante o estágio de Saúde da Mulher II, o estudante terá a oportunidade de

aprender, sob supervisão docente, em ambiente hospitalar, todas as atividades

práticas na área de Ginecologia e Obstetrícia, em enfermarias, centro cirúrgico,

centro obstétrico, centro de parto normal e pronto atendimento. O programa contará

também com atividades, como: tutorias, que têm como base casos obstétricos e

ginecológicos relatados por estudantes e docentes; discussão de casos à beira do

leito; aulas teóricas; e sessões de estudo dirigido e reuniões científicas do serviço.

Objetivos gerais do estágio:

Oferecer ao estudante a oportunidade de aprendizado na prevenção de

agravos, promoção e recuperação da saúde da mulher, além de diagnóstico e

tratamento das condições mais prevalentes em ginecologia e obstetrícia;

Proporcionar aos estudantes subsídios teóricos e práticos para a formação

básica na área de domínio da saúde da mulher, tendo como referência o perfil

do egresso que a escola pretende formar;

O grupo de estudantes será dividido da seguinte forma, durante as 08 (oito)

semanas do estágio:

Ginecologia: ambulatórios, enfermarias e Centro Cirúrgico, com 08 (oito)

estudantes;

Obstetrícia: centro de partos, ambulatórios e pronto atendimento, com 07

estudantes;

Cuidados em Saúde do Adulto II:

Durante o estágio o estudante terá a oportunidade de acompanhar pacientes,

na área de cirurgia geral, em nível ambulatorial e submetidos à internação em

hospital geral. Terá oportunidade de acompanhar e atuar, sob supervisão, em

atividades práticas de cirurgia geral eletiva. O estágio contará com atividades na

enfermaria, centro cirúrgico e ambulatório de cirurgia geral e de especialidades. A

programação incluirá tutoriais em pequenos grupos, utilizando a metodologia da

aprendizagem baseada em problemas, constituída de: casos clínicos relatados pelos

estudantes durante o estágio, discussão de casos clínicos à beira do leito,

seminários e acompanhamento de cirurgias ,dentro da programação do serviço.

Objetivos gerais do estágio:

Proporcionar ao estudante oportunidades para o aprendizado sobre os

cuidados do paciente cirúrgico;

Proporcionar ao estudante oportunidades para o aprendizado da avaliação pré-

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operatória do paciente cirúrgico, frente às diversas patologias;

Proporcionar aos estudantes subsídios teóricos e práticos para a formação

essencial na área de cirurgia geral;

Proporcionar aos estudantes subsídios teóricos e práticos visando à integração

das várias áreas de conhecimento relacionadas ao ato cirúrgico, tais como:

anatomia, patologia, propedêutica, clínica cirúrgica, anestesia e radiologia;

Cada grupo de 15 (quinze) a 17 (dezessete) estudantes será organizado nas

atividades de enfermaria da cirurgia, com execução de evolução diária, visita,

discussão de casos e reuniões clínicas. Também serão organizados para atender

nos ambulatórios de cirurgia geral e de especialidades.

11ª Etapa/Semestre (6º Ano):

Grupo de 50 (cinquenta) alunos, distribuídos em grupos de 16 (dezesseis) a

17 (dezessete), em cada rodízio.

Estágio/Rodízio CH* Área Sumário das Atividades

Cuidados em Saúde Mental e do Idoso

240 h

Psiquiatria

Geriatria

Enfermaria e ambulatórios de psiquiatria Interconsulta da psiquiatria para outras especialidades Enfermaria e Ambulatórios de Geriatria

Urgências e Emergências do Adulto

240 h

Clínica Médica Terapia Intensiva

Trauma Emergências

Clínicas e Cirúrgicas

Pronto Atendimento Sala de Estabilização (cuidados intermediários) Enfermaria e Ambulatórios Centro de Terapia Intensiva Atendimento Pré-Hospitalar

Urgências e Emergências na Criança

240 h

Trauma Emergências

clínicas e cirúrgicas Urgências

Pronto Socorro Infantil Sala de Estabilização Enfermaria de retaguarda do PS CTI SAMU

* CH: Carga Horária

Saúde da Família e Comunidade I ( Ênfase no Cuidado à Saúde)

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250

O internato em Saúde da Família e Comunidade I será desenvolvido nas

unidades Básicas, junto às equipes de saúde da família de Manaus e região (UBS).

Durante oito semanas, os internos terão oportunidade de, no último ano do Curso,

trabalhar na atenção básica à saúde da criança, do adulto/idoso e da mulher. A

proposta da inserção dos alunos nestas unidades visa a uma oportunidade de

vivência integral da clínica na Atenção Básica, ainda sob supervisão, permitindo ao

aluno ter uma visão do papel do médico no Programa de Saúde, conforme

preconizado pelo SUS.

Este estágio propõe ao resgate do território já vivenciado pelos estudantes,

durante o Programa de Integração em Saúde na Comunidade – IESC, desenvolvido

da 1ª à 8ª Etapa, agora de forma mais qualificada e com abordagem de problemas

de maior complexidade.

Objetivos gerais do estágio:

Priorizar a prática médica centrada na pessoa, na relação médico-paciente, no

cuidado em saúde e na continuidade da atenção;

Desenvolver, planejar, executar e avaliar programas integrais de saúde, para

dar respostas adequadas às necessidades de saúde da população, sob sua

responsabilidade, tendo por base metodologias apropriadas de investigação,

com ênfase na utilização do método epidemiológico;

Discutir casos clínicos e temas de saúde pública, segundo o perfil

epidemiológico da população da área de abrangência do equipamento, com

participação multiprofissional;

Participar da Vigilância em Saúde e da criação de estratégias de incentivo à

notificação de doenças, com enfoque na sua importância, frente aos

indicadores de saúde da região;

O grupo de estudantes será dividido em dois, durante as oito semanas do

estágio:

Unidades de saúde da família, com 04 (quatro) estudantes/unidade;

Grupos de trabalho para planejamento e gestão, com 08 (oito) estudantes.

Urgências e Emergências do Adulto:

O estudante estará inserido num contexto hospitalar de referência para

atendimento de urgências e emergências, especialmente de pacientes portadores de

doenças cardiovasculares e neurológicas. Os estudantes acompanharão pacientes

desde sua admissão no setor de pronto atendimento, estabilização e cuidados

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251

intermediários do Pronto Socorro Municipal, Hospital Municipal Dr. Manoel Afonso

Porto Neto e Hospital Regional do Agreste Pernambucano.

O grupo de estudantes será dividido da seguinte forma, durante as oito

semanas do estágio:

Pronto Atendimento e sala de estabilização com 04 (quatro) estudantes;

Cuidados intermediários, com 04 (quatro) estudantes;

Enfermarias e ambulatórios, com 08 (oito) estudantes.

Considerando:

que a morbimortalidade relativa às urgências e emergências clínicas/cirúrgicas

têm uma alta incidência, principalmente, nas afecções cardiovasculares,

respiratórias e neurológicas;

que em torno de 50% (cinquenta por cento) dos óbitos por doenças isquêmicas

do coração ocorrem no ambiente pré-hospitalar, principalmente nas primeiras

horas, e em torno 19% (dezenove por cento) nas próximas 24 (vinte e quatro)

horas em ambiente hospitalar;

que há necessidade de promover a capacitação continuada dos profissionais de

saúde, em especial o envolvimento dos acadêmicos de medicina na prática

de saúde pré-hospitalar; unidades de pronto-socorro e unidade de terapia

intensiva;

Nós estruturamos parte importante do estágio de Urgência e Emergência,

para os alunos do sexto ano(11º semestre), do Curso de Medicina da Faculdade

Metropolitana de Manaus – FAMETRO, para que o mesmo seja realizado na

unidades de Suporte Avançado do SAMU.

Objetivos gerais do estágio:

Oferecer ao estudante a oportunidade de capacitar-se no atendimento de

urgências e emergências do adulto, desde a situação pré-hospitalar até a sala

de urgência e emergência do hospital de referência;

Reconhecer e diferenciar prontamente as situações que requerem condutas em

caráter de urgência e emergência;

O grupo de estudantes será dividido em dois, durante as oito semanas do

estágio:

SAMU: unidades móveis, central de regulação, com 04 (quatro)

estudantes;

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252

UPA (Unidade de Pronto Atendimento), sala de estabilização e sala de

trauma com 12 (doze) estudantes.

Urgências e Emergências da Criança

O estudante estará inserido num contexto hospitalar de referência para

atendimento de urgências e emergências na infância e adolescência, especialmente

de pacientes portadores de doenças respiratórias e metabólicas. Os estudantes

acompanharão pacientes desde sua admissão nos setor de pronto atendimento,

estabilização e cuidados intermediários do Pronto Socorro Municipal e Hospital

Estadual Mestre Vitalino.

O grupo de estudantes será dividido da seguinte forma, durante as oito

semanas do estágio:

Pronto Atendimento e sala de estabilização, com 04 (quatro) estudantes;

Cuidados intermediários, com 04 (quatro) estudantes;

Enfermarias de retaguarda e ambulatórios com 08 (oito) estudantes;

Objetivos

Ao final do estágio o estudante deverá estar apto a:

1. Diagnosticar, conduzir e tratar em UABS e pronto socorro pneumonias na

infância e adolescência, conforme Protocolos do Programa de atenção às

infecções respiratórias agudas do Ministério da Saúde (IRA) reconhecendo os

critérios de internação e alta;

2. Reconhecer sinais e sintomas indicativos de gravidade de doença respiratória

e fatores de risco para o agravamento;

3. Diagnosticar, conduzir e tratar corretamente a criança com SGG por vírus

H1N1 e outros (Protocolo MS);

4. Reconhecer sinais e sintomas indicativos de gravidade da desidratação e os

critérios para internação;

5. Diagnosticar, conduzir e tratar corretamente a criança e o adolescente com

desidratação grave;

6. Diagnosticar e tratar adequadamente a criança e o adolescente portadores de

asma;

7. Reconhecer os critérios de estadiamento e gravidade do dengue, conforme

protocolo do MS;

8. Diagnosticar, conduzir e tratar corretamente a criança e o adolescente com

esta doença;

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253

9. Reconhecer a importância das causas externas de morbimortalidade na

infância e adolescência e seu impacto no setor de saúde;

10. Identificar, propor e discutir medidas preventivas da violência e de promoção

em saúde; Identificar, reconhecer e conduzir adequadamente as principais

violências contra a criança e o adolescente;

11. Diagnosticar, conduzir e tratar corretamente criança e adolescentes com ITU;

12ª Etapa/Semestre (6º Ano):

Grupo de 60 (sessenta) alunos, divididos em grupos de 20 (vinte) em cada

rodízio.

Estágio/Rodízio CH* Área Sumário das Atividades

Saúde da Família e Comunidade II ( Ênfase em Gestão em Saúde)

240 h

Medicina de Família

Gestão em Saúde

Atendimento ambulatorial em Unidades com PSF Problematização e dinâmicas em grupos sobre gestão da clínica e planejamento em Saúde

Cuidados em Saúde Mental e do Idoso

240 h

Psiquiatria

Geriatria

Enfermaria e ambulatórios de psiquiatria Interconsulta da psiquiatria para outras especialidades Enfermaria e Ambulatórios de Geriatria

Estágio Eletivo 240 h eletivo Vide portaria sobre estágio eletivo

*CH – Carga Horária

Saúde da Família e Comunidade II (Ênfase na Gestão em Saúde):

O internato em Saúde da Família e Comunidade II será desenvolvido nas

unidades Básicas junto às equipes de saúde da família de Manaus e região (UBS),

ambulatórios de especialidades, Hospital de Clínicas e Regulação. Durante oito

semanas, os internos terão oportunidade de, no último ano do Curso, vivenciar

aspectos da gestão e planejamento dos serviços de saúde sob o olhar da

micropolítica que envolve os problemas de gestão do cotidiano. Terão oportunidade

de vivenciar no trabalho vivo das Unidades as questões que envolvem a gestão da

clínica e suas vertentes: governança, construção de linhas de cuidado, promoção da

qualidade dos serviços de saúde, segurança do paciente, auditoria clínica,

responsabilização do cuidado, e estruturação de redes de apoio à distância.

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254

Objetivos gerais do estágio:

Enfoque da prática médica na gestão de coletivos, na gestão da clínica e na

organização e planejamento dos serviços de saúde;

Desenvolver, planejar, executar e avaliar programas integrais de saúde, para

dar respostas adequadas às necessidades de saúde da população sob sua

responsabilidade, tendo por base metodologias apropriadas de investigação,

com ênfase na utilização do método epidemiológico;

Discutir casos clínicos e temas de saúde pública, segundo o perfil

epidemiológico da população, da área de abrangência do equipamento, com

participação multiprofissional;

Participar da Vigilância em Saúde e da criação de estratégias de incentivo à

notificação de doenças, com enfoque na sua importância, frente aos

indicadores de saúde da região;

O grupo de estudantes será dividido em dois, durante as oito semanas do

estágio:

Unidades de saúde da família, com 03 (tres) estudantes/equipe;

Grupos de trabalho para planejamento e gestão, com 08 (oito) estudantes.

Cuidados em Saúde Mental e do Idoso:

Durante o estágio de Saúde Mental e do Idoso, o estudante terá a

oportunidade de realizar atividades práticas na área de psiquiatria e geriatria,

integrar-se à equipe interdisciplinar, sob supervisão do docente, em ambiente

hospitalar, com atividades em enfermaria, ambulatório e hospital-dia. O programa

será composto também por atividades acadêmicas, como: tutorias, que têm como

base os casos clínicos relatados pelos estudantes e docentes; discussão de casos

clínicos à beira do leito, nos ambulatórios e nas interconsultas; aulas teóricas;

reuniões científicas do serviço; reuniões da equipe interdisciplinar, dentro da

programação do Serviço de Psiquiatria e leitos de geriatria do hospital conveniado.

Objetivos gerais do estágio:

Proporcionar ao estudante oportunidades para o aprendizado sobre os

cuidados ao idoso, particularmente no que se refere às múltiplas doenças, ao

uso de múltiplas medicações, e a importância da avaliação quanto ao

comprometimento funcional;

Proporcionar aos estudantes uma reflexão sobre a atenção integral à saúde do

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255

idoso e ao portador de doença mental integrando os diferentes profissionais

da saúde em uma equipe interdisciplinar que propiciará um atendimento mais

amplo e efetivo;

Compreender o campo de atuação do psiquiatra, bem como conhecer as

peculiaridades do conceito de doença e psiquiatria;

Aprender e praticar técnica de semiologia e propedêutica básica em psiquiatria

e formular hipóteses diagnósticas em psiquiatria;

O grupo de estudantes será dividido em dois, durante as 08 (oito) semanas do

estágio:

Saúde Mental: enfermaria, ambulatório, hospital-dia e Inter consultas, com

08 (oito) estudantes;

Geriatria: enfermaria e ambulatórios, com 08 (oito) estudantes.

Estágio Optativo:

O estágio Optativo terá como objetivo principal proporcionar oportunidade

para que o aluno do curso médico, ao final dos 6 anos de formação, possa manter

contato com profissionais e serviços que tenham relação com seu interesse pessoal

e profissional, no momento atual e futuro. Para a autorização do estágio optativo, é

necessário o preenchimento de formulário de solicitação do estágio eletivo contendo

os seguintes dados:

Serviço onde será o estágio;

Nome do responsável pela supervisão do estágio;

Programação (carga horária, atividades práticas e teóricas) a ser

desenvolvida pelo interno no serviço que escolher;

Termo de compromisso e/ou convênio para o estágio;

Declaração com o consentimento do responsável pelo Serviço em que o

interno pleiteia a vaga;

Objetivos gerais do estágio:

Propiciar ao estudante a oportunidade de realizar um estágio do internato em

uma área ou serviço de seu interesse.

Quanto ao local para a realização do estágio eletivo, serão aceitos,

automaticamente, os pedidos dos alunos, desde que obedecidas as seguintes

situações:

1. Os estágios ocorrerão em espaços de ensino do Curso de Medicina da

Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO, desde que hajam vagas;

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256

2. Em Hospital de Ensino do MEC;

3. Em Serviços reconhecidos pelo Conselho Nacional de Residência Médica.

O detalhamento das atividades destes estágios e os princípios do currículo

baseado em competências podem ser encontrados no Manual do Internato da

Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO, e no plano de ensino

do estágio que estará disponível no sistema acadêmico da Universidade.

ANEXO 1 FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

Área de Estágio___________________________ Início:_______/_______/_______ Término:______/_______/_______ LocaI do Estágio:_______________________ Professor(a)-Supervisor(a):_____________________________________________

FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR

Parâmetros de Avaliação Sim Não Em partes

01 – ASPECTOS RALACIONADOS AO ESPAÇO FÍSICO DO CAMPO DE ESTÁGIO Espaço físico adequado Nível de Higiene/limpeza adequados às atividades do estágio Patrimônio do local do estágio (material de consumo/ permanente e equipamentos suficientes para as atividades desenvolvidas)

02 – ASPECTOS RELACIONADOS AOS PROFISSIONAIS DO CAMPO Receptividade Integração com os acadêmicos e professores

03 - ASPECTOS RELACIONADOS A APRENDIZAGEM O estágio é adequado à proposta pedagógica da Unidade Curricular Troca de experiências e conhecimentos

04.CRÍTICAS

05. SUGESTÕES PARA MELHORIA DO ESTÁGIO

Manaus, _____ de __________________ de __________

_____________________________ Assinatura Professor(a)-Supervisor(a)

DAS AVALIAÇÕES

A avaliação será realizada através do acompanhamento sistemático do aluno

pelo preceptor do estágio e pelo professor supervisor, no desenvolvimento

das ações técnicas; da apreciação dos relatórios de estágio; da participação

ativa e contínua do aluno nas reuniões individuais e em grupo.

A avaliação do desempenho do aluno será efetivada em todos os momentos do

processo.

O aluno deverá cumprir 75% da carga horária do estágio curricular como pré-

requisito de aprovação.

Nenhum aluno pode ser dispensado do estágio, nem mesmo os beneficiados

pelo Decreto Lei nº 1044/69 e a discente gestante, beneficiada pela Lei nº

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257

6.202/65.

A falta do cumprimento do estágio ou reprovação da disciplina de estágio

resultará na não obtenção do grau respectivo, devendo matricular-se e cursar

novamente a disciplina no período seguinte.

DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO A SEREM UTILIZADOS EM CADA

ESTÁGIO DE INTERNATO

A avaliação dos processos de ensino-aprendizado do estudante do Curso de

Medicina durante o período de internato será feita utilizando os seguintes

instrumentos na perspectiva da AVALIAÇÃO PROGRAMÁTICA, ou seja, alinhando

as competências e desempenhos esperados às oportunidades de aprendizagem

propostas nos programas de estágio de internato , alinhando também aos

instrumentos de avaliação mais adequados a cada desempenho proposto ao

estudante :

Avaliações formativas:

1. Autoavaliação Escrita: onde cada estudante avalia o próprio desempenho

nas atividades de ensino-aprendizagem, com o intuito de desenvolver o senso

de autocrítica e de responsabilidade pela aprendizagem;

2. “Feedback”: que consiste no relato do docente ao aluno do seu desempenho

em atividades, reforçando comportamentos positivos e apontando os erros;

3. Teste de Progresso: que objetiva promover a autoavaliação dos estudantes

ao longo de sua formação;

4. Portfólio: onde os estudantes apresentam de forma sistematizada o conjunto

de reflexões pessoais sobre as vivências e práticas oportunizadas pelo curso.

5. Avaliação Global (Global Rating): onde todos os profissionais de saúde

avaliam o interno semana a semana em uma avaliação critério-referenciada,

constituída de 10 descritores/critérios de avaliação que engloba aspectos

relacionados ao conhecimento, habilidades e profissionalismo do interno em

processo de aprendizagem em meio ao trabalho em equipe.

Avaliações somativas:

1. Avaliação Cognitiva – AC: envolvendo exercícios com questões de múltipla

escolha e dissertativas;

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258

2. Avaliação de Desempenho Profissional – ADP: estações simuladas, nas

quais o estudante deve realizar e fundamentar determinadas ações da prática

profissional, à luz do perfil de competência estabelecido;

3. Exercício Baseado em Problemas – EBP: que avalia a capacidade individual

do estudante de identificar necessidades de saúde, formular o(s) problema(s)

do paciente/familiares e propor um plano de cuidado diante de um

determinado contexto e situação-problema;

4. Mini-CEX (Mini Clinical Evaluation Exercise): método de observação direta da

prática profissional mediante uma ficha estruturada e com “feedback” imediato

ao estudante, utilizando pacientes reais em vários momentos e por vários

observadores;

5. OSCE (Objective Structured Clinical Examination): que consiste na

observação de componentes de um atendimento clínico simulado, utilizando-

se uma sequência de 6-12 estações de avaliação, com duração de 6 a 15

minutos, sendo as habilidades testadas através de tarefas específicas.

1.14 Atividades Complementares

1.14.1 Carga horária e Formas de aproveitamento das atividades

complementares

As diretrizes curriculares para os cursos de graduação, aprovadas pelo

Ministro da Educação e editadas mediante resolução da Câmara de Educação

Superior do Conselho Nacional de Educação introduz e torna obrigatórias as

Atividades Complementares.

A carga horária de atividades complementares do curso de Medicina será de

360h (5% da carga horária total do curso).

Para configurar um profissional médico comprometido com a realidade social,

com a organização do setor de saúde e com a própria profissão, o curso de

Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO propõe ações que

integrem e propiciem transformações no pensar e fazer, implicando em um ensino

de qualidade. Para tanto, visando a enriquecer e complementar mais a sua

formação, o aluno de medicina será constantemente estimulado a participar de

programas de iniciação científica, monitorias, extensão, atividades extracurriculares

e programas de atendimento à comunidade, entre outros, de modo consoante e

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259

articulado com o PPI da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO. A estas

atividades será somado o estímulo para participação, também, em seminários,

jornadas, reuniões científicas, simpósios e congressos (com ou sem a apresentação

de trabalhos científicos).

Essa característica propicia a atualização constante do aluno, criação do

espírito crítico e que conduz a uma maior busca pelo saber na graduação,

ampliando práticas pedagógicas, articulando ensino/pesquisa/assistência/extensão

e, consequentemente, integrando a graduação e a pós-graduação. Desse modo,

podemos entender que as atividades complementares fortalecem a formação do

médico, permitindo ao aluno aprimorar-se por meio de atividades que lhe despertam

mais interesse.

É meta da FAMETRO que cada curso tenha a proposição de atividades

complementares organizada de maneira clara e acessível aos estudantes, com

infraestrutura própria de organização e registro.

As Atividades Complementares deverão perfazer 5% (cinco por cento) da

carga horária do currículo e possuem a característica de serem atemporais,

respeitando o tempo de cada aluno, mantendo coerência com a proposta curricular

institucional. Então, podem ser desenvolvidas durante todos os semestres, devendo

estar completa até o final do curso de graduação, sendo suas normas

regulamentadas pelo colegiado do curso.

Conscientes de que o conhecimento é produzido em diferentes e variados

momentos, e que uma área tão complexa como a relacionada ao processo

saúde/doença poderia ser trabalhada com vários enfoques, nossa Instituição optou

por contemplar as seguintes Atividades Complementares para o seu Curso de

Medicina:

Ligas acadêmicas- caracterizam atividades do aluno como membro formal de

um grupo de estudo na área.

Estudos de iniciação científica – caracterizados por atividades de pesquisa

científica desenvolvida pelo aluno ou grupo de alunos, sob a orientação de

um docente da Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO, inseridos

formalmente no programa de práticas investigativas;

Participação em grupos de estudos/Ligas Acadêmicas – caracterizada por

atividades do aluno como membro formal de um grupo de estudo na área

médica;

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260

Participação em eventos científicos – caracterizada pela participação em

congressos, seminários, simpósios e afins, promovidos por

profissionais/grupos de profissionais, seja como ouvinte ou como membro da

comissão organizadora;

Apresentação de trabalhos em evento científico – contemplada pela

apresentação de trabalhos em evento científico, promovidos por

profissionais/grupos de profissionais;

Publicação de trabalho em revista científica – contemplada pela publicação de

estudos científicos em revistas da área da saúde, nacional ou internacional;

Atividades de ensino – contempladas por aulas de temática pertinente à área

médica, ministradas a outros profissionais da área, em período ou local, fora

dos previstos na grade curricular formal;

Participação em atividades de ensino – contemplada pela participação em

cursos, palestras e afins, pertinentes à área médica, em período ou local, fora

dos previstos na grade curricular formal;

Atividades voluntárias – atividades desenvolvidas regularmente junto à

comunidade, com vistas à melhoria da qualidade de vida e minimização de

riscos de agravo à saúde de pessoas, grupos ou entidades, não previstas na

grade curricular formal;

Estágio paracurricular – atividades pertinentes à área médica, desenvolvidas

em locais não contemplados na grade curricular formal;

Visitas técnicas – caracterizadas por visitas a locais ou entidades de interesse à

área médica, não previstas na grade curricular formal;

Monitoria – contemplada por atividades de monitoria regulamentada pela

Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO em seus vários Cursos,

desenvolvidas pelo aluno durante a graduação;

Participação em atividades de estudo – caracterizada pela participação do

aluno como membro regular de uma atividade complementar de estudo

oferecida pela Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO, visando a

desenvolver habilidades específicas no discente;

Participação em Cargos de Representação Estudantil – caracterizada pela

participação como membro regular em exercício de mandato, por eleição de

seus pares, em atividades do Centro Acadêmico, Atlética, Colegiados da

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261

Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO, visando a desenvolver

atitudes de liderança, habilidades na gestão de grupos, na condução de

projetos de interesse coletivo e espírito voltado ao empreendedorismo;

Para reconhecimento e validação das atividades, o aluno deverá comprovar,

por meio de certificados de valor reconhecido, a sua atividade complementar, junto

ao grupo de responsabilidade técnica indicado pela coordenação do curso.

1.14.2 REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Art. 1º. As atividades complementares constituem atividades extracurriculares

dos Cursos e compreendem uma carga horária de acordo com cada matriz curricular

aprovada pelo Ministério da Educação, sendo desenvolvida no decorrer do curso.

Art. 2º. Os alunos podem realizar atividades complementares desde o 1º semestre

do curso até o último semestre. Em virtude do sistema do e-mec não disponibilizar

um processo para as atividades complementares a parte, a carga do curso foi

distribuídas nos semestres sem a obrigatoriedade do aluno cursar as horas

estabelecidas naquele semestre, mas durante o curso.

Art. 3º. Os alunos deverão cursar no mínimo 4 atividades diversificadas;

Art. 4º. As atividades complementares só serão contabilizadas a partir da

entrada do aluno na IES.

Art. 5º. As atividades complementares têm como objetivos específicos:

adquirir conhecimentos extracurriculares; participar ativamente, na qualidade de

auxiliar, monitor ou estagiário, de atividades de pesquisa, extensão e ensino; produz

e/ou apresentar trabalhos acadêmicos próprios. Desenvolver atividades relacionadas

com responsabilidade social, cultural, artística e esportiva.

Art. 6º. O aluno pode escolher quaisquer atividades complementares dentre

as listadas no

Art. 7º. Ficam estabelecidas as seguintes exigências para o aproveitamento

das atividades complementares:

Participação em grupos de estudos/Ligas Acadêmicas – caracterizam

atividades do aluno como membro formal de um grupo de estudo na área

médica- Cert, Mínima: 20h/ Cert. Máxima: 60h/ Total Geral: 60h.

Atividade: Palestras relacionadas ao Curso/ Certificação requerida: Certificado

de participação/ Cert Mínima:2h/ Cert Máxima:20h/ Total Geral:40h

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262

Atividades: Seminários, Semana Acadêmica e Congressos/ Certificação

requerida:Certificado de participação/ Cert. Mínima: 2h/ Cert.

Máxima:20h/Total Geral: 40h

Atividades: Disciplinas optativas e Estudos Dirigidos que constam nos Planos

de Ensino Aprendizagem da FAMETRO. Certificação Requerida:Aprovação

na disciplina. Avaliação positiva nos Estudos Dirigidos.Cert. Mínima:40h/ Cert.

Máxima:80h/ Total Geral:80h

Atividade: Congressos e Seminários/ Certificação Requerida:Certificado de

participação/ Cert. Mínima: 8h/ Cert. Máxima: 20h/ Total Geral: 40h.

Atividade: Cursos de Extensão/ Cerificação Requerida: Certificado de

participação/ Cert. Mínima: 2h/ Cert. Máxima: 20h/ Total Geral: 40h.

Atividade: Monitoria em disciplina do Curso/Certificação Requerida: Relatório do

professor orientador/Cert, Mínima: 20h/ Cert. Máxima: 60h/ Total Geral: 60h

.Atividade: Participação em Pesquisas Institucionais/Certificação Requerida:

Relatório do professor orientador/ Cert. Mínima: 20h/ Cert. Máxima: 80h/ Total

Geral: 80h.

Atividade: Atividades práticas relacionadas ao Curso/ Certificação Requerida:

Atestado de participação no programa/ Cert. Mínima:2h/ Cert. Máxima: 20h/

Total Geral:40h.

Atividade: Participação em representações teatrais de peças que abordem

temas do curso/ Certificação Requerida:Apresentação de comprovação,

atestado e/ou declaração/ Cert. Mínima:2h/ Cert. Máxima: 20h/Total

Geral:40h.

Atividade: Artigos relacionados ao curso publicados em revistas acadêmicas

indexadas ou como capítulos de livros/ Certificação Requerida: Artigos ou

Capítulos publicados/ Cert. Mínima: 10h/ Cert. Máxima: 40h/Total Geral:40h

Atividade: Apresentação em Eventos Científicos de Trabalhos relacionados ao

Curso/ Certificação Requerida:Certificado de participação/ Cert. Mínima: 2h/

Cert. Máxima: 30h/ Total Geral: 30h.

Atividade: Concursos de Monografias com trabalhos sobre temas da área de

cada curso orientados por professores do curso/ Certificação

Requerida:Monografia elaborada e aprovada/ Cert. Mínima: 4h/Cert Máxima:

12h/ Total Geral: 12h.

Page 264: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

263

Atividade: Membro de Diretoria de Associações Estudantis, Culturais e

Esportivas (Associação atlética, Centro Acadêmico, Diretório Acadêmico,

Comissão de formatura)/ Certificação Requerida:Declaração, contendo o tipo

de atividade e a carga horária desenvolvida, expedida Instituição e ou

Organização/ Cert. Mínima: 4h/ Cert. Máxima: 8h/ Total Geral:8h.

Atividade: Participação em Atividades Socioculturais, Artísticas e Esportivas

(coral, música, dança, bandas, vídeos, cinema, fotografia, cineclubes, teatro,

campeonatos esportivos etc. (não curriculares). Certificação

Requerida:Declaração, contendo o tipo de atividade e a carga horária

desenvolvida, expedida Instituição e ou Organização/ Cert. Mínima 2h/ Cert

Máxima:8h/Total Geral:8h.

Atividade: Participação em Projetos Sociais, trabalho voluntário em entidades

vinculadas a compromissos sócio-políticos (OSIPS, ONGS, Projetos

comunitários, Creches, Asilos etc)/ Certificação Requerida: Declaração,

contendo o tipo de atividade e a carga horária desenvolvida, expedida

Instituição e ou Organização/ Cert. Mínima:2h/ Cert Máxima:12h/ Total

Geral:12h.

Atividade: Realização de Estágios não computados na carga horária relativa ao

Estágio Curricular Supervisionado nem nas Atividades Práticas vinculadas às

disciplinas da matriz curricular do PPC/ Certificação Requerida: Atestado de

realização/ Cert. Mínima 20h/ Cert. Máxima:100h/ Total Geral:60h.

Atividade:Atividades realizadas como Agente Cívico/Certificação

Requerida:Certificado de participação/ Cert. Mínima 30h/ Cert. Máxima:30h/

Total Geral:30h.

Outras atividades previamente autorizadas pelo Colegiado do Curso como AC.

Comprovante determinado pelo Colegiado do Curso. Cursos on-line limitados

a 40 hs.

Art. 8º. Os casos omissos e as interpretações deste regulamento devem ser

resolvidos pelo Colegiado de Curso, com recurso, em instância final, da FAMETRO.

Art. 9º. Este regulamento entra em vigor na data de sua aprovação.

1.15 Trabalho de conclusão de curso

1.15.1 Carga Horária e Período do Trabalho De Conclusão De Curso

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264

O TCC terá carga horária total de 100 horas e ocorrerá no 12º período do

Curso.

O resultado a ser apresentado:

Monografia (Individual) – destina-se aos alunos não vinculados a projetos

de iniciação científica. Todavia, obrigatoriamente vinculada a uma das linhas

de pesquisa adotadas pelos docentes do Curso. Trabalho individual, escrito

nas normas da ABNT e defendido mediante de banca examinadora composta

pelo orientador e mais 02 membros escolhidos.

Artigos científicos (grupo de até 3 pessoas) – destinam-se aos alunos

vinculados a projetos de iniciação científica, Trabalho em grupo de até no

máximo 3 alunos nos temas relacionados às linhas de pesquisa definidas pela

instituição e nos seguintes moldes:

Publicados em revista indexada. E não terá necessidade de defesa.

Os alunos deverão proceder com a organização de ideias e a elaboração do

artigo, sob a responsabilidade do professor da Unidade Curricular e do

professor/orientador.

1.15.2 Áreas e Linhas de Pesquisa do Trabalho de conclusão de curso

O TCC poderá abranger as grandes áreas do conhecimento médico e/ou

temas /tópicos abordados nas Unidades Curriculares do PPC do Curso de medicina

ao longo dos 12 semestres. As linhas de pesquisa serão:

Principais causas de atendimento no CAPS

Saúde do Idoso

Programa de Saúde da Família

Levantamento estatístico dos casos de abdome agudo atendidos no Pronto Socorro

28 de Agosto e João Lúcio

Levantamento estatístico das principais causas de doenças respiratórias nas

crianças atendidas no Pronto Socorro da Criança na Zona Sul e Zona Oeste

Levantamento estatístico de pacientes de diabetes e hipertensão na abrangência da

UBS Monsenhor Bulbol

Incidência da principal causa de mortes por violência na cidade de Manaus

atendidos no Pronto Socorro 28 de Agosto e João Lúcio

Levantamento socioeconômico das famílias da UBS Monsenhor Bulbol

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265

Acompanhamento do percentual de adolescentes com gravidez de risco na

Maternidade Balbina Mestrinho e Maternidade Ana Braga.

1.15.3 Forma de apresentação do Trabalho de conclusão de curso

Tanto a estrutura da monografia quanto a do artigo científico nas normas da

ABNT. E quando for o caso, os artigos científicos, de acordo com as normas

técnicas das revistas indexadas.

1.15.4 Critérios de Avaliação do Trabalho de conclusão de curso

Os artigos científicos serão julgados por uma comissão científica da IES que

atribuirá pontuação de zero a dez..

Quanto as monografias, o aluno deverá obter média igual ou superior a 5,0

para conseguir aprovação na Unidade Curricular de Trabalho de Conclusão de

Curso. Os resultados dessas avaliações serão expressos por notas, resultando na

média aritmética atribuída pelos 3 (três) componentes da banca (orientador-

presidente, mais 2 dois membros escolhidos), obedecendo a uma escala de 0 (zero)

a 10 (dez) pontos. A Banca Examinadora deverá observar a versão final e definitiva

na sua forma escrita e oral, considerando os critérios a seguir:

I - qualidade da apresentação gráfica, da redação, e a correção da linguagem;

II - presença e a qualidade do resumo com todas as informações necessárias

e adequadas à elucidação do trabalho;

III - delimitação do tema, formulação do problema, hipótese e/ou suposição e

objetivos claramente definidos;

IV - fundamentação teórica adequada ao trabalho;

V - idéias arroladas com a devida autoria e citações coerentes, obedecendo a

formato adequado e corretamente referenciadas;

VI - metodologia adequada e coerente com os objetivos propostos;

VII - discussão fundamentada em teoria e coerente com os objetivos

propostos;

VIII- conclusão estabelecida de forma clara e coerente com a proposição,

resultados obtidos e discussão;

IX - coerência e formatação normatizada da bibliografia.

X - qualidade do material didático apresentado e seu uso adequado;

XI - capacidade de síntese;

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266

XII - apresentação de forma clara e consistente;

XIII - utilização adequada do tempo de apresentação;

XIV - respostas corretas e convincentes às arguições da Banca Examinadora.

1.15.5 Formas de Divulgação dos Trabalhos de Conclusão de Curso

Considerando o perfil da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO na

pesquisa, os cursos deverão incentivar e direcionar a elaboração de TCCs que

apresentem características de iniciação científica, com a utilização de procedimentos

pertinentes à metodologia científica.

Os TCCs serão divulgadas na mostra de trabalhos científicos durante o

CONCIFA- Congresso Científico da Fametro.

1.15.6 Forma de Orientação do Trabalho de conclusão de curso

Para a sua operacionalização o professor-orientador estabelecerá uma carga

horária semanal, com o orientando para as orientações necessárias tendo em vista o

cumprimento do plano de trabalho estabelecido a execução do projeto e a

elaboração do texto final do trabalho. Para a organização e normatização do

Trabalho de Conclusão de Curso, existe regulamento específico anexo ao Projeto

Político Pedagógico do Curso.

1.15.7 Forma de Coordenação do Trabalho de conclusão de curso

A coordenação do TCC realizada pelo coordenador do curso tem as seguintes

atribuições: divulgar as normas do TCC para todos os alunos divulgar os nomes dos

professores orientadores, elaborar o calendário de TCC e da apresentação do

trabalho final, compatível com o calendário acadêmico; - convocar, quando

necessário, reunião com os professores orientadores e/ou orientandos; mediar se

necessário, as relações entre orientador e orientando(s); receber o TCC em sua

forma final e definitiva, para divulgação em internet e arquivamento no banco de

dados da Coordenação do Curso de Medicina.

1.15.8 Regulamento e Formulários do Trabalho de conclusão de curso

REGULAMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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267

CAPÍTULO I – DO CONCEITO

Art. 1º - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade curricular

obrigatória do Curso de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus –

FAMETRO. E poderá ser apresentado na forma de:

Monografia (Individual) –aos alunos não vinculados a projetos de iniciação

científica. Todavia, obrigatoriamente vinculada a uma das linhas de pesquisa

adotadas pelos docentes do Curso. Trabalho individual, escrito nas normas da ABNT

e defendido mediante de banca examinadora composta pelo orientador e mais 02

membros escolhidos.

Artigos científicos (Grupo de até 3 alunos) –aos alunos vinculados a

projetos de iniciação científica, Trabalho em grupo de até no máximo 3 alunos nos

temas relacionados às linhas de pesquisa definidas pela instituição e nos seguintes

moldes: Publicados em revista indexada. E não terá defesa.

Art. 2º - Abordando temas correlatos às áreas de atuação do Médico

definidas no Projeto Pedagógico do Curso e a ser elaborado pelo aluno sob a

orientação de um professor orientador, sendo ao término submetido à avaliação de

Banca Examinadora, tudo segundo as normas deste regulamento e demais

instrumentos normativos pertinentes. As pesquisas desenvolvidas no TCC são

dividas em eixos temáticos, referentes às grandes áreas de atuação da Medicina.

Parágrafo Único – O TCC terá carga horária total de 100 horas, no 12º

período do Curso. Os alunos deverão proceder com a organização de ideias e a

elaboração do artigo, sob a responsabilidade do professor da disciplina e do

professor/orientador.

Art. 3º - O TCC poderá ser realizado com base em revisão bibliográfica,

pesquisa de campo, trabalho experimental ou um relato de caso clínico, produzido

pelo(s) aluno(s) com orientação docente e que atenda as normas constantes deste

regulamento. E as linhas de pesquisa serão:

Principais causas de atendimento no CAPS

Saúde do Idoso

Programa de Saúde da Família

Levantamento estatístico dos casos de abdome agudo atendidos no Pronto Socorro

28 de Agosto e João Lúcio

Levantamento estatístico das principais causas de doenças respiratórias nas

crianças atendidas no Pronto Socorro da Criança na Zona Sul e Zona Oeste

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268

Levantamento estatístico de pacientes de diabetes e hipertensão na abrangência da

UBS Monsenhor Bulbol

Incidência da principal causa de mortes por violência na cidade de Manaus

atendidos no Pronto Socorro 28 de Agosto e João Lúcio

Levantamento socioeconômico das famílias da UBS Monsenhor Bulbol

Acompanhamento do percentual de adolescentes com gravidez de risco na

Maternidade Balbina Mestrinho e Maternidade Ana Braga.

§ 1º - Não será permitida a orientação de TCC com o mesmo título ou

objetivos, por um mesmo orientador, no mesmo período.

§ 2º - Caberá à Banca Examinadora do TCC o julgamento da coincidência de

títulos ou objetivos de trabalhos e a reprovação na Unidade Curricular.

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS

Art. 4º - O TCC tem por finalidade propiciar ao aluno:

I - estímulo à produção científica;

II - aprofundamento teórico e/ou prático em uma área temática da profissão;

III - conscientização do dinamismo e interdisciplinaridade das atividades

laborais e científicas;

IV - desenvolvimento de criatividade e capacidade de produção científica;

V - realização e documentação de experiências laborais, de pesquisa e de

extensão;

VI - internalização do correlacionamento entre teoria e prática e entre as

áreas de atuação do Médico;

VII - interação entre o Corpo Docente e Discente.

CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO

Art. 5º - Da coordenação compete:

I - divulgar as normas do TCC para todos os alunos a partir do 9º período do

curso bem como avisar aos professores o início do planejamento do TCC;

II - divulgar os nomes dos professores orientadores do TCC, no 9º período do

curso, com suas respectivas disponibilidades de vagas para orientação e áreas de

conhecimento;

III - divulgar, caso seja pertinente, normas complementares que passarão a

compor o TCC;

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269

IV - formalizar a escolha dos orientadores e seus respectivos orientados a

partir do 8º período do curso;

V - elaborar o calendário de TCC e da apresentação do trabalho final,

compatível com o calendário acadêmico;

VI - cuidar para que o calendário seja rigorosamente cumprido;

VII - convocar, quando necessário, reunião com os professores orientadores

e/ou orientandos;

VIII - mediar se necessário, as relações entre orientador e orientando(s);

IX - avaliar possíveis desistências de orientação;

X – propor a formação das Bancas Examinadoras juntamente com o professor

orientador e o aluno orientando;

XI – Excepcionalmente, dada a natureza do trabalho, analisar a indicação e a

pertinência da participação, em Banca Examinadora, de profissional externo à

FAMETRO;

XII - receber as avaliações dos orientandos realizadas pelo orientador e os

resultados da avaliação conduzida pela Banca Examinadora;

XIII - receber o TCC em sua forma final e definitiva, para divulgação em

internet e arquivamento no banco de dados da Coordenação do Curso de Medicina.

CAPITULO IV – DOS ITENS QUE COMPÕEM O TCC

Art. 7º - A estrutura da apresentação do artigo científico deve possuir

elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais de acordo com

a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

§ 1º - A Distribuição dos itens que compõe o TCC em forma de artigo

científico em relação aos elementos da estrutura básica são:

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270

Elementos Componentes

Pré-textuais ou parte preliminar

Título Sub-título (quando for o caso) Autor Resumo Palavras-chave Abstract Key-words

Textuais ou corpo do artigo Introdução Material e Métodos Resultados e Discussão Conclusão

Pós-textuais ou referencial Agradecimentos Suporte Financeiro (quando for o caso) Referências

§ 2º A estrutura de apresentação da monografia seguirá a figura a seguir:

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271

Parágrafo Único - Cada um desses elementos, e seus respectivos

componentes, são imprescindíveis na composição do TCC, apresentando

informações e dados fundamentais para a compreensão do trabalho como um todo,

sendo importante não omiti-los.

CAPÍTULO V - DOS REQUISITOS GERAIS

Art. 8º - O TCC deverá ser desenvolvido individualmente no caso da

monografia, e individual ou em grupo de no máximo 3 alunos no caso do artigo

científico.

Art. 9º - Para elaboração e defesa do TCC, o aluno deve estar regularmente

matriculado na disciplina de TCC.

Art. 10º - O TCC compõe-se de:

I – matrícula na disciplina de TCC;

II – trabalho final redigido na forma de artigo científico, de acordo com as

normas deste regulamento e de seus apêndices;

III – formulário de avaliação do TCC, relativo à apresentação escrita;

IV – apresentação pública do TCC perante uma Banca Examinadora;

V – entrega da versão final do trabalho incorporando as alterações

demandadas pela Banca Examinadora, se houver.

Art. 11º - O TCC poderá ser desenvolvido com a participação de um professor

co-orientador, indicado pelo professor orientador, que o auxiliará nos aspectos

relacionados com o desenvolvimento do trabalho.

CAPÍTULO VI - DA ORIENTAÇÃO

Art. 12º - Poderão ser orientadores de TCC os professores efetivos do curso

de Medicina da FAMETRO e demais docentes da Instituição com experiência na

temática a ser desenvolvida.

Art. 13º - Poderão ser co-orientadores os docentes da FAMETRO ou de

outras Instituições de Ensino Superior e de Instituições de Serviço de Saúde com

experiência relacionada à temática e à metodologia do TCC.

Parágrafo Único - O co-orientador externo à FAMETRO deverá preencher os

seguintes requisitos:

I - conhecer este regulamento e demais normas pertinentes da FAMETRO;

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272

II - apresentar curriculum vitae;

Art. 14º - Os professores do colegiado do curso de Medicina deverão orientar

no máximo 06 (seis) TCC por período.

Parágrafo Único – O TCC deverá ser defendido individualmente.

Art. 15º - O professor/orientador e o co-orientador, se houver, deverão assinar

o termo de compromisso para cada orientação e co-orientação.

Art. 16º - A desistência por parte do orientador/orientando deverá ser

formalizada em documento elaborado pelo proponente, contendo declaração de

ciência do pedido por parte dos demais envolvidos, dirigido à coordenação do Curso,

especificando as razões da desistência.

Art. 17º - É de responsabilidade conjunta do professor/orientador e

orientando(s) a sugestão de datas para apresentação do TCC perante a Banca

Examinadora, de acordo com o calendário divulgado pela coordenação:

Parágrafo Único - É de inteira responsabilidade do aluno/orientando e seu

professor/orientador a forma impressa do TCC que deverá ser entregue à Banca

Examinadora com pelo menos 20 dias de antecedência em relação à data aceita

para sua apresentação, sendo esta composta por três membros, e devendo ser

entregue uma cópia para cada membro.

Art. 18º - As sessões de orientação ocorrerão a critério do orientador, de

forma a cumprir os prazos determinados e promover uma orientação efetiva.

Art. 19º - São atribuições do orientador de TCC:

I - atender seu(s) orientando(s) em horários previamente fixados;

II - preencher e entregar à Coordenação o formulário de avaliação do TCC,

relativo à apresentação escrita;

III - participar das apresentações e defesas para as quais estiver designado;

IV - preencher e assinar juntamente com os demais membros da Banca

Examinadora, a Ata de apresentação do TCC e entregá-la à Coordenação ao final

da sessão de apresentação;

V - cumprir e fazer cumprir este regulamento.

CAPÍTULO VII - DOS ALUNOS MATRICULADOS EM TCC

Art. 20º - O(s) aluno(s) em fase de desenvolvimento de TCC terá (ao) as

seguintes atribuições específicas:

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273

I -comparecer às reuniões convocadas pelo seu orientador em dias e horários

estabelecidos;

II - cumprir o calendário divulgado pela Coordenação para a entrega do TCC;

III -elaborar o TCC na forma de artigo científico, de acordo com o presente

regulamento e as instruções do orientador;

IV -assinar a ficha de avaliação de TCC em sua defesa juntamente com o

orientador;

V - comparecer em dia, hora e local determinados para apresentar seu TCC;

VI - cumprir este regulamento.

CAPÍTULO VIII - DOS REQUISITOS DO TCC

Art. 21º - O TCC deverá ser entregue em 03 (três) vias encadernadas em

espiral para a Banca Examinadora no prazo determinado, com no mínimo de 20 dias

antecedentes à defesa pública.

Art. 22º - A apresentação pública oral e a defesa do TCC seguirá o calendário

definido e divulgado pela Coordenação.

Art. 23º - O processo de apresentação oral e da defesa obedecerá às

seguintes normas:

I – atribuição de no máximo de vinte minutos ininterruptos para apresentação

oral do TCC pelo orientando;

II –atribuição de no máximo dez minutos a cada componente da Banca

Examinadora para arguições e respostas do(s) orientando(s)

Art. 24º - No caso de impedimento devidamente justificado, o presidente da

Banca Examinadora fixará nova data de apresentação, observando o prazo

determinado pela Coordenação.

Art. 25º - No caso de ocorrências excepcionais no decorrer da apresentação

do trabalho, o presidente da Banca Examinadora poderá suspender a sessão,

fixando, se necessário, nova data para a apresentação, observando o prazo

determinado pela Coordenação.

Art. 26º - Caso o aluno não entregue o TCC no prazo determinado, ou o

trabalho seja reprovado pela Banca Examinadora na defesa, ele será considerado

reprovado na disciplina e deverá refazer novamente a disciplina de TCC nos

períodos seguintes, de acordo com a disponibilidade da mesma.

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274

CAPÍTULO IX - DA BANCA EXAMINADORA

Art. 27º - A Banca Examinadora será proposta pelo aluno/orientando e o

professor/orientador, sendo este último membro nato, dois outros membros titulares

e um membro suplente escolhidos em uma lista proposta pelo orientador no

formulário próprio.

§ 1º - Somente um dos componentes da Banca Examinadora poderá ser

externo à FAMETRO, desde que preencha os seguintes requisitos:

I - ser graduado na área do conhecimento;

II - ter conhecimento do regulamento do TCC do curso de Medicina da

FAMETRO;

Art. 28º - O orientador presidirá a Banca Examinadora na sessão de

apresentação e defesa do TCC.

Art. 29º - Ao final da apresentação e defesa do trabalho a Banca

Examinadora, em reunião, avaliará e consolidará as avaliações de seus Membros

em formulários próprios. Compete ao Presidente da Banca Examinadora consolidar

as avaliações do TCC e emitir o parecer de aprovação ou de reprovação do

orientando na disciplina de TCC.

Art. 30º - A Banca Examinadora comprovará a sua avaliação do TCC pela

apresentação de ficha de avaliação própria devidamente preenchida.

CAPÍTULO X - DA AVALIAÇÃO DO TCC

Art. 31º - No processo de avaliação do TCC serão consideradas as notas

atribuídas pelo professor responsável pela disciplina de Trabalho de Conclusão de

Curso.

Parágrafo Único – O aluno deverá obter média igual ou superior a 5,0 para

conseguir aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso.

CAPÍTULO XI - DA AVALIAÇÃO DO TCC

Art. 32º - No processo de avaliação do TCC serão consideradas 02 (duas)

etapas de avaliações, de acordo com o cronograma de atividades pré-estabelecidas

pela Coordenação.

§ 1º - Na 1ª avaliação será feita a apreciação do TCC na forma escrita

exclusivamente pelo professor responsável pela disciplina de Trabalho de Conclusão

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275

de Curso, sendo o resultado expresso em nota e obedecendo a uma escala de 0

(zero) a 10 (dez) pontos, conforme formulário próprio. Em sua avaliação o orientador

deverá observar o trabalho escrito quanto a:

I - qualidade da apresentação gráfica, da redação, e a correção da linguagem;

II – presença e a qualidade do resumo com todas as informações necessárias

e adequadas à elucidação do trabalho;

III – delimitação do tema, a formulação do problema, a hipótese e/ou

suposição e se os objetivos estão claramente definidos;

IV - fundamentação teórica e sua adequação ao trabalho;

V - ideias arroladas com a devida autoria e citações coerentes, obedecendo

às normas de forma e corretamente referenciadas;

VI - metodologia adequada e coerente com os objetivos propostos;

VII - discussão fundamentada em teoria e coerente com os objetivos

propostos;

VIII - conclusão estabelecida de forma clara e coerente com a proposição,

resultados obtidos e discussão;

IX – coerência e formatação normatizada da bibliografia.

§ 2º - A 2ª avaliação do TCC será de responsabilidade da Banca

Examinadora. Os resultados dessas avaliações serão expressos por notas,

resultando na média aritmética atribuída pelos 3 (três) componentes da banca

(orientador-presidente, mais 2 dois membros escolhidos), obedecendo a uma escala

de 0 (zero) a 10 (dez) pontos. A Banca Examinadora deverá observar a versão final

e definitiva na sua forma escrita e oral, considerando os critérios a seguir:

I - qualidade da apresentação gráfica, da redação, e a correção da linguagem;

II - presença e a qualidade do resumo com todas as informações necessárias

e adequadas à elucidação do trabalho;

III - delimitação do tema, formulação do problema, hipótese e/ou suposição e

objetivos claramente definidos;

IV - fundamentação teórica adequada ao trabalho;

V - ideias arroladas com a devida autoria e citações coerentes, obedecendo a

formato adequado e corretamente referenciadas;

VI - metodologia adequada e coerente com os objetivos propostos;

VII - discussão fundamentada em teoria e coerente com os objetivos

propostos;

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276

VIII - conclusão estabelecida de forma clara e coerente com a proposição,

resultados obtidos e discussão;

IX - coerência e formatação normatizada da bibliografia.

X - qualidade do material didático apresentado e seu uso adequado;

XI - capacidade de síntese;

XII - apresentação de forma clara e consistente;

XIII - utilização adequada do tempo de apresentação;

XIV - respostas corretas e convincentes às arguições da Banca Examinadora.

§ 3º - Os componentes da Banca Examinadora utilizarão formulário próprio

(anexo) para registrar a pontuação emitida para o TCC.

Art. 33º - A nota final do TCC será obtida pela média aritmética das notas das

2 (duas) avaliações, sendo considerado aprovado o aluno que obtiver no mínimo 5,0

pontos.

Art. 34º - O aluno que não obtiver a pontuação mínima de 5,0 pontos e/ou

não apresentar o TCC dentro do prazo estabelecido por motivo não justificado será

considerado reprovado.

Art. 35º - A versão final e corrigida do TCC, após a sua defesa perante a

Banca Examinadora, deverá ser entregue à Coordenação do Curso de Medicina,

uma via em formato impresso e encadernado modelo capa dura e outra via em mídia

digital eletrônica (CD) salvo no formato de *.pdf, dentro dos padrões deste

regulamento para posterior arquivamento, até 15 dias após a apresentação oral da

mesma.

Art. 36º - A aprovação do orientando será encaminhada somente após o

cumprimento dos Artigos 34º e 35º.

CAPÍTULO XII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 37º - Este regulamento se aplica aos alunos do Curso de Medicina da

FAMETRO e a sua divulgação será feita pela Comissão do TCC.

Art. 38º - Os casos omissos serão resolvidos pela Coordenação do Curso de

MEDICINA.

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277

FORMULÁRIO PRÓPRIO DE AVALIAÇÃO

FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

CURSO DE MEDICINA

AVALIAÇÃO DO TRABALHO ESCRITO E DEFESA

CRITÉRIOS PARA O TRABALHO ESCRITO

Nota do Avaliador

Resumo e abstract coerentes com o trabalho (0 – 1 ponto)

Introdução com idéias claras e organizadas, adequação da justificativa e coerência dos objetivos (0 – 2 pontos)

Consistência da revisão da literatura (0 – 4 pontos)

Conclusão objetiva (0 – 1 ponto)

Formatação segundo Resolução de TCC, ortografia, gramática e organização textual (0 – 1 ponto)

Referências bibliográficas atualizadas, diversificadas e coerentes com o tema (0 – 1 ponto)

TOTAL

CRITÉRIOS PARA A DEFESA

Nota do

Avaliador

Apresentação clara, objetiva e coerente com o tema (0 – 2 pontos)

Domínio do conteúdo abordado (0 – 2 pontos)

Respostas às questões formuladas pelos avaliadores, denotando segurança, lógica e clareza (0 – 2 pontos)

Argumentação, propostas e sugestões finais (0 – 2 pontos)

Recursos audiovisuais (0 – 2 pontos)

TOTAL

AVALIAÇÃO FINAL DA BANCA EXAMINADORA DE TCC

( ) APROVADO (nota 5,0 a 10) ( ) REPROVADO (nota de 0,0 a 5,0)

DATA E ASSINATURA DO AVALIADOR DO TCC: Nome do Avaliador(a):______________________________________________________ Assinatura: _______________________________________________________________ Data: _____/_____/_____

ALUNO (A):____________________________________________________________________ TURMA:________________________________ ANO/SEMESTRE:________________________

TÍTULO DO TRABALHO:___________________________________________________________

ORIENTADOR(A:________________________________________________________________

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278

FORMULÁRIO PRÓPRIO DE ELABORAÇÃO E ENTREGA DO TRABALHO DE

CONCLUSÃO DE CURSO

FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

CURSO DE MEDICINA

I - TERMO DE ACEITE DE ORIENTAÇÃO

II - FICHA DE CONFIRMAÇÃO DE ORIENTAÇÃO

III - SOLICITAÇÃO DE DESLIGAMENTO DE DISCENTE

IV- SOLICITAÇÃO DE DESLIGAMENTO DE ORIENTADOR

V - FICHA PARA ACOMPANHAMENTO DE ORIENTAÇÃO DO TCC

VI - CARTA CONVITE PARA COMISSÃO EXAMINADORA

VII - JUSTIFICATIVA DE NÃO ENCAMINHAMENTO DE DEFESA DENTRO

DO PRAZO

VIII - FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO DE BANCA

IX - ATA DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

CURSO

X - DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE BANCA

XI - PROTOCOLO DE ENTREGA DE VERSÃO FINAL DO TRABALHO DE

CONCLUSÃO DE CURSO

XII – AVALIAÇÃO DO TRABALHO ESCRITO E DEFESA

XII – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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279

Anexo I - TERMO DE ACEITE DE ORIENTAÇÃO

NOME DO ALUNO

NOME DO PROFESSOR ORIENTADOR

ÁREA DE ESTUDO

______________________________________________________

TÍTULO DO TRABALHO

________________________________________________________ ________________________________________________________

Declaração

Eu, __________________________________________________________, portador (a) do RG nº _________________________ e CPF nº ____________________________, Graduado (a) em ________________________________________,Pós-graduado (a) em: Especialização______________________________________________________________ Mestrado__________________________________________________________________ Doutorado_________________________________________________________________ Declaro o aceite de orientação do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC da Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO, de acordo com as informações acima prestadas, ciente das atribuições em relação a esta função, dos prazos para orientação e conclusão dos TCC´s, das Normas contidas no Projeto do Curso e do conteúdo do Regimento Interno e Regulamento de Interno de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de MEDICINA, desta IES.

Manaus, _______ de ________________ de ______________. _______________________________________

Assinatura do Orientador (a) Visto da Coordenação

Telefones para contato: Professor Orientador: __________________ Acadêmico Orientando: _____________

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280

Anexo II - FICHA DE CONFIRMAÇÃO DE ORIENTAÇÃO

Conforme as disposições estabelecidas no regulamento para elaboração do

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, solicitamos as seguintes informações:

NOME DO ALUNO

NOME DO PROFESSOR ORIENTADOR

ÁREA DE ESTUDO

______________________________________________________

TÍTULO DO TRABALHO

________________________________________________________ ______________________________________________________________________

Local para Orientação Dia da Semana Horário

Estando de acordo com as condições estipuladas no regulamento, firmam o presente documento: ___________________________ _______________________________ Acadêmico (a) Orientando(a) Professor (a) Orientador (a)

Manaus, _______de ______________ de __________.

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281

Anexo III - SOLICITAÇÃO DE DESLIGAMENTO DE DISCENTE

Acadêmico (a): ____________________________________________________

Matrícula:_________________________________________________________

Telefone e e-mail: __________________________________________________

Prof. (a) Orientador (a): _____________________________________________

Departamento: ___________________________________________________

Título do TCC: _____________________________________________________

Motivo do desligamento do acadêmico (descrever detalhadamente a justificativa):

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Manaus, _____ de __________________ de ________.

___________________________________

Professor Orientador

___________________________________

Aluno/Matrícula

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282

Anexo IV - SOLICITAÇÃO DE DESLIGAMENTO DE ORIENTADOR

Acadêmico (a): ____________________________________________________

Matrícula:_________________________________________________________

Telefone e e-mail: _____________________________________

Prof. (a) Orientador (a): ______________________________________________

Departamento: ________________________________________

Título do TCC: ____________________________________________________

Motivo do desligamento do professor orientador (descrever detalhadamente a

justificativa):

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________________________________________________

Manaus, _______de ___________ de _____________

___________________________________

Aluno/Matrícula

___________________________________

Professor Orientador

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283

Anexo V - FICHA PARA ACOMPANHAMENTO DE ORIENTAÇÃO DO TCC

Aluno: ________________________________________

Matrícula: ___________

( ) TCC 1 ( ) TCC 2

Tel.res.: Celular:

Email:

Área de Pesquisa:

Título do trabalho:

Data Atividade Assinatura do estudante

Assinatura do professor

Obs:

Data de entrega na coordenação: _____/____/_____

________________________________________

Assinatura do Orientador (a)

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Anexo VI - CARTA CONVITE PARA COMISSÃO EXAMINADORA

À (ao)

Temos o prazer de convidar V.S. para participar da Comissão Examinadora do Trabalho de

Conclusão de Curso do aluno (a)

_______________________________________________________ que se intitula

___________________________________________________________________,

elaborado sob nossa orientação, no ________ semestre de ________.

O Trabalho será apresentado no dia _____ de ______________ de 20_____, às _____

horas na sala _____ do _____ andar da Unidade III, localizada na Avenida Constantino

Nery, 1.937- Chapada, Município de Manaus. Estado do Amazonas. CEP: 69.050-001. No

caso de impossibilidade em participar, favor comunicar-nos no prazo máximo de quarenta e

oito horas (48h) para que possamos providenciar nova composição da Comissão

Examinadora.

Desde já agradecemos.

Atenciosamente,

________________________________________

Presidente da Banca

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Anexo VII - JUSTIFICATIVA DE NÃO ENCAMINHAMENTO DE DEFESA

DENTRO DO PRAZO

Acadêmico (a): ___________________________________________________

Matrícula:____________________________________________

Telefone e e-mail: _____________________________________

Prof. (a) Orientador (a): ____________________________________________

Departamento: ________________________________________

Título do TCC: ___________________________________________________

Motivo do não encaminhamento para defesa de TCC:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Manaus, _____ de __________________ de ________.

___________________________________

Professor Orientador

___________________________________

Aluno/Matrícula

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Anexo VIII - FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO DE BANCA

Nome do Aluno Matrícula do Aluno

Nome do Orientador

Nome do Coorientador

Título do Projeto Final

Data Hora

Banca (Nomes Completos sem abreviações e Instituição a qual pertencem)

Assinatura do Aluno Data

Assinatura do Orientador Data

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Anexo IX - ATA DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO

DE CURSO

Aos ________ dias do mês de ________ de 20_____, o (a) estudante _______________ ________________________________________apresentou o artigo científico intitulado _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ para avaliação da banca composta por: __________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Após apresentação do TCC pelo(a) estudante e arguição pela banca, a mesma deliberou pela:

1. Quadro de notas:

AVALIADOR NOTA FINAL

1

2

3

MÉDIA FINAL

Critérios para avaliação : Apresentação do aluno / Originalidade do Tema / Coerência Teórica/ Conteúdo / Uso do Material Didático / Tempo / Desenvolvimento coerente do trabalho

( ) Aprovação ( ) Aprovação com reformulações ( ) Reprovação A nota final do (a) estudante foi igual a _____________________. Manaus, ________ de ________ de 20_____.

_____________________________ Presidente da banca – Orientador (a) _____________________________

Avaliador 1 _____________________________

Avaliador 2 _____________________________

Avaliador 3 Atenção:

As cópias impressas do TCC final deverão ser entregues aos membros da banca pelo aluno.

Entregar CD e termo de autorização

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288

Anexo X - DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE BANCA

Declaro para os devidos fins que o Prof. ___________________________

__________________________________________________________________ participou da banca de avaliação do trabalho de conclusão de curso de Graduação em Medicina da(o) aluna(o) ______________________________________: intitulada “ __________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________”.

Manaus, ______ de________________ de__________ ,

_______________________________

Professor Orientador

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289

Anexo XII - PROTOCOLO DE ENTREGA DE VERSÃO FINAL DO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Eu, _____________________________________, nº matrícula: ___________, estou

depositando meu TCC, com o Título

________________________________________________ e cuja orientação foi do(a)

professor(a) _________________________________________.

Afirmo que o CD está devidamente assinado e que o conteúdo do arquivo é em formato

PDF.

Estou ciente que o resumo do meu trabalho poderá ser publicado pela Fametro em seu site.

Manaus, de de

Assinatura acadêmico:

Assinatura orientador:

====================================================

Recibo Da Entrega De Versão Final do Trabalho

Recebemos de ______________________________________, nº

matrícula_______________orientado(a) do(a) professor(a)

_______________________________________________________________o seu TCC.

Manaus,______ de _______________ de _________.

Recebido por: __________________________________.

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290

Anexo XIII – Cronograma de execução

CRONOGRAMA

DATA ATIVIDADE PREVISTA OBSERVAÇÃO

Reunião TCC (orientação) “Coordenação”

Entrega do termo de compromisso

Entrega da primeira etapa do TCC - Correção da primeira etapa do TCC (introdução, problema, justificativa, objetivo geral, objetivos específicos, referencial teórico,)

Entrega da segunda parte (Metodologia, resultados e discursão, Conclusão, Referencias)

Entrega final parte escrita

Apresentação da defesa do TCC ___________________________________ _______________________________________ Professor Orientador Coordenador do curso

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1.16 Apoio ao Discente

1.16.1 O Programa de Apoio ao Discente se divide em três eixos:

1.16.2 EIXO 01 - Atividades Extraclasse

a) Atendimento Extraclasse: O atendimento extraclasse aos alunos será

realizado pelo Coordenador do Curso, pelos professores em regime de

trabalho de Tempo Integral e Tempo Parcial, com jornada semanal específica

para atendimento ao aluno, assim como pelo Apoio Psicopedagógico ao

Discente. A FAMETRO, também tem como política de apoio ao

desenvolvimento acadêmico de seus alunos, o acompanhamento sistemático

dos índices alcançados pelos mesmos nas Provas e Exames Nacionais de

Desempenho. Esse acompanhamento se dá a partir da análise critica dos

resultados alcançados apresentados nos relatórios disponibilizados pela

iniciativa oficial e outros relatórios internos. Esses documentos possibilitam ao

corpo docente visualizar, acompanhar e intervir quando necessário no

processo de aprendizagem e desenvolvimento dos nossos acadêmicos.

b) Intercâmbio acadêmico: Com o objetivo de ampliar o vocabulário das línguas

inglesa e espanhola e de proporcionar o contato com diferentes culturas e

pessoas, a FAMETRO, busca incentivar os alunos a participarem de viagens

internacionais, cursos e eventos de disseminação das línguas estrangeiras

desenvolvidas em convênio com o Centro de Idiomas. Também e previsto a

recepção de intercambistas de diferentes países para a convivência com os

alunos. (Vide Regulamento de Intercâmbio e Ações de Internacionalização)

c) Evento artístico cultural: com objetivo apresentar ao aluno a diversidade

artística e cultural regional.

d) Orientação profissional: Escolher uma profissão é a passagem para o mundo

adulto e, a decisão da escolha, marca o ingresso no caminho da construção

para o trabalho e a sua independência. A Fametro, preocupada com esse

momento tão especial para o jovem, coloca à disposição vários serviços para

ajudá-lo em suas escolhas e no desenho de seu projeto de vida.

Curso de Formação Profissional (20h/a), com certificação.

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Orientação Profissional em acompanhamento com o Núcleo de

Atendimento Psicopedagógico e Acessibilidade.

Visitas aos cursos.

Palestras sobre assuntos da atualidade.

Rodada de conversa com Profissionais

a) Escola de Líderes: Desenvolver Líderes a partir do aperfeiçoamento o

conhecimento sobre liderança de equipes, dos diferentes estilos de liderança

e do adequado planejamento dos processos e atividades, visando à melhoria

do desempenho dos representantes de turma junto aos seus representados.

b) Diretório Acadêmico e Apoio a Representatividade discente: A FAMETRO

compreende que a representatividade discente é um dos pilares do

funcionamento de uma gestão democrática, neste sentido estimulamos a

organização dos alunos valorizando a participação dos mesmos a partir do

Colegiado Discente, formado pelo conjunto de representantes discentes

escolhidos de maneira livre por seus pares. Este Colegiado possui um

calendário de reuniões semestrais, além disso, os representantes discentes

possuem assento no Colegiado de Curso com direito a voz e voto.

c) Monitoria: Com objetivo de incentivar os docentes no ensino e aperfeiçoá-lo

para a docência.

1.16.3 EIXO 02 – Atendimento Pedagógico; Acompanhamento

Psicopedagógico e Acessibilidade

a) Núcleo de Atendimento Psicopedagógico e Acessibilidade: A finalidade do

NAPA é orientar e realizar intervenções breves nas dimensões

psicopedagógica e social para o corpo discente, docente e técnicos

administrativos da faculdade. Para os casos que se fizer necessário um

atendimento mais especializado, o NAPA deverá sugerir o devido

encaminhamento. Seu objetivo geral é promover, por meio do atendimento

psicopedagógico e social, a saúde dos relacionamentos interpessoais e

institucionais, contribuindo para o processo de aprendizagem do aluno e seu

pleno desenvolvimento.

b) Núcleo de Orientação à Pesquisa e Inovação: Oferece aos acadêmicos de

graduação um processo de orientação aos Trabalhos de Conclusão de Curso

(TCC), como também de pesquisa.

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c) Ações de Acolhimento aos Ingressantes: O Programa de Apoio ao Discente

prevê a realização de atividades de acolhimento aos Ingressantes como a

Recepção de Calouros e o oferecimento de oficinas especificas na área da

leitura, escrita e calculo, através do nivelamento acadêmico.

d) Ações de Acompanhamento de Egressos: O Programa de Apoio ao Discente

também prevê assistência aos alunos egressos, com a oferta de palestras

para orientação de carreira e ainda com ações de promoção de

empregabilidade realizadas anualmente pela instituição. Ademais os alunos

egressos efetivamente cadastrados fazem parte da política de descontos na

pós-graduação e eventualmente em outros cursos da instituição. A FAMETRO

está implantando Programa de Acompanhamento dos Egressos, tendo como

objetivo estreitar o relacionamento entre a Instituição e seus ex-alunos,

desencadeando ações de aproximação, contato direto e permanente, por

meio de todas as formas de comunicação possíveis e viáveis. Bem como

analisar a inserção do egresso no mercado de trabalho. Para tanto, foram

adotadas algumas ações, tais como:

Criação de base dados, com informações atualizadas dos egressos;

Criação de núcleo de ex-alunos, a fim de manter diálogo constante com os

mesmos, oferecendo espaços de debates sobre sua vida profissional e

atuação social;

Disponibilização aos egressos de informações sobre eventos, cursos,

atividades e oportunidades oferecidas pela FAMETRO, a fim de promover

relacionamento contínuo entre a Instituição e seus egressos;

Aplicar pesquisa com egresso sobre inserção no mercado de trabalho.

Além disso, o Programa de Acompanhamento do Egresso, busca viabilizar

uma linha permanente de estudos e análises sobre alunos egressos, a partir das

informações coletadas, objetivando avaliar a qualidade do ensino e adequação da

formação do profissional para o mercado de trabalho.

a) Atividades de Nivelamento: Com o objetivo de recuperar as deficiências de

formação dos ingressantes no Curso da FAMETRO oferece aos seus alunos

cursos de nivelamento. Considerando a importância do uso correto da língua

portuguesa e dos fundamentos de matemática são ministrados cursos de

gramática e redação e também matemática básica. Estes cursos visam suprir

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as deficiências básicas dos alunos que não consigam acompanhar

adequadamente o aprendizado. Dessa maneira, acredita-se estar atendendo

os alunos que estavam temporariamente afastados da vida escolar e aqueles

que necessitam de reforço das bases de ensino médio. As aulas são

realizadas aos sábados, sem nenhum custo adicional aos alunos.

b) Programas de Bolsas: Participação no PROUNI, Bolsa Universidades,

Educações, Educa Mais, Educa Brasil.

c) Bolsa de Iniciação Científica: A FAMETRO, por meio do Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação Científica – PIBIC oferece bolsas de

iniciação científica, como forma de estimular e apoiar a participação dos

estudantes nos projetos de pesquisa desenvolvidos pela Instituição. O PIBIC

é um instrumento que proporciona a melhor forma de trabalho com o aluno,

incentivando-o a novas iniciativas e valorizando o seu espírito de

empreendimento, de curiosidade, de interesse e gosto pela investigação.

d) Política de Desconto: A FAMETRO mantém uma política de desconto de 15%,

sendo 10% para o vencimento e 5% para convênios. E para os colaboradores

há um desconto de 20%. Convênios Empresa por Contrato; Convênio alunos

Cemetro, Cejur e Pós-Graduação.

e) Programas de Financiamento Estudantil: Fies, Prouni e Bolsa Universidade

da Prefeitura Municipal de Manaus.

f) Acessibilidade (Pedagógica e atitudinal) : Considerando a necessidade de

assegurar as pessoas com deficiência física e Proteção dos Direitos da

Pessoa com Transtorno Espectro Autista: A FAMETRO por meio de sua

clinica de psicologia possui um Programa de Atendimento ao discente com

transtorno espectro autista mediado por uma equipe multidisciplinar em

atendimento ao disposto na Lei nº 12.764 de 27 de dezembro de 2012.

g) Internacionalização e Mobilidade: A IES possui convênio com a Universidade

Nihon Gakko, Universidade Santander e com o Programa Ciência sem

Fronteiras para intercâmbio acadêmico e todas as matrizes curriculares

contam com a disciplina de inglês.

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1.16.4 EIXO 03 – Serviços Acadêmicos

a) Ouvidoria: A Ouvidoria é um serviço de atendimento à comunidade interna e

externa, com atribuições de ouvir, encaminhar, acompanhar reclamações,

denúncias, elogios, solicitações, sugestões ou esclarecer dúvidas.

b) Serviço de Atendimento ao Aluno Bolsista: espaço especialmente destinado

ao atendimento ao aluno bolsista com profissionais treinados para dirimir

todas as duvidas e facilitar a tramitação de processos de subvenção

financeira no âmbito municipal, estadual e federal.

c) Clinicas e Serviços da IES

Clinica Multidisciplinar: Espaço multidisciplinar para orientação psicológica

e avaliações nutricionais, respectivamente.

Clínica de Nutrição: Espaço para atendimento com enfoque muldisciplinar

para orientação nutricional

Clínica de Fisioterapia: Espaço para atendimento com enfoque

muldisciplinar para reabilitação fisioterápica

Brinquedoteca: Atendimento de primeiros socorros por enfermeira

credenciada ao conselho oferecido aos acadêmicos e funcionários, sem custo

financeiro adicional.

Ambulatório: Atendimento aos filhos dos acadêmicos e funcionários

destinados à crianças de 4 a 8 anos de idade, sem custos financeiros

adicionais.

Núcleo de Práticas Jurídicas: Atendimento e assistência jurídica gratuita,

com proteção de serviços à comunidade Manauara.

Portal Acadêmico: Disponibiliza informações e notícias sobre a faculdade,

sobre o curso, demais serviços e documentos importantes para o aluno com

PDI, Manual do Aluno, PPC, Regulamentos entre outros.

Núcleo de Orientação à Pesquisa: Oferece aos acadêmicos de graduação

um processo de orientação aos Trabalhos de Curso (TC), como também de

pesquisa.

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1.17 Ações Decorrentes dos Processos de Avaliação do Curso

1.17.1 Programa de Avaliação Institucional

O Programa de Avaliação Institucional baseia-se em quatro nortes que

serviram para um processo avaliativo na perspectiva de aperfeiçoamento

institucional: a) conscientização e adesão voluntária, a avaliação deve ser algo

conquistado e não imposta, a fim de que tenha legitimidade política, pois a

imposição não produz absolutamente nada, ao contrário faz do ato de avaliar algo

punitivo e não construtivo; b) avaliação total e coletiva - é preciso que a instituição

seja avaliada como um todo e não fragmentada, ou seja, em todos os seus setores e

com envolvimentos de todos os seus colaboradores; c) unificação da linguagem –

para que não haja ruídos na comunicação é preciso que se unifiquem os conceitos,

princípios e finalidades do projeto de avaliação institucional; d) competência técnico-

metodológica – deve-se ter uma base científica que direcione o projeto e que

propicie legitimidade aos dados coletados.

Além destes parâmetros, a auto avaliação foi desenvolvida tendo em vista as

seguintes características: processo democrático – possibilitou aos colaboradores

envolvidos conhecer os objetivos, procedimentos e aspectos que serão utilizados:

contextualizada – norteou a instituição a conhecer a demanda de ensino superior no

ambiente social onde está inserida; respeitando as diversidades, a história e a

cultura institucional; flexível – aberta as discussões e mudanças necessárias durante

o processo, sem perder de vista a veracidade de seus objetivos; incentivadora –

promoveu o envolvimento e a participação de toda a comunidade institucional,

afastando a insegurança e a desconfiança. Incentivou, também, a veracidade, o livre

arbítrio de opiniões, criando valores de aperfeiçoamento e desenvolvimento

constante; ética – pautou-se em valores morais e éticos, de acordo com a práxis

acadêmica e científica das comunidades interna e externa à instituição: sistemática –

o processo avaliativo foi contínuo, regular e sistemático de conhecimento e

aprimoramento da realidade educacional avaliada e do próprio processo avaliativo.

Por meio de um Fórum permanente de discussão, que tem nas nossas

instâncias colegiadas, o local privilegiado, os resultados dos processos internos e

externos de avaliação e ainda os índices oficiais que dizem respeito aos resultados

alcançados pelos alunos no ENADE, nos cursos pelas avaliações in loco, e ainda o

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CPC e o IGC, serão cuidadosamente analisados. Estes dados serão cruzados com

os resultados obtidos pela CPA e servirão de base para o processo e tomada de

decisão tanto no âmbito da gestão como no âmbito pedagógico, tendo em vista a

constante melhoria de nossos processos institucionais e de nossas ações

educativas.

Esse cruzamento de dados realizado pela CPA dará lastro para a elaboração

de um relatório unificado de auto avaliação, de onde emerge dois tipos de

planejamento: Um Plano de Gestão Macro Institucional e um Plano Acadêmico

Administrativo de Curso, tendo em vista o fortalecimento continuo dos cinco eixos

deste PDI (Planejamento e Avaliação Institucional; Desenvolvimento Institucional;

Políticas Acadêmicas; Políticas de Gestão; Infraestrutura).

1.17.2 Objetivo Geral do Processo de Auto avaliação Institucional

Promover a Cultura da Auto avaliação entendendo a mesma e seus

resultados, como instrumento de gestão acadêmica e administrativa;

1.17.3 Objetivos Específicos

Realizar auto avaliação institucional em um processo democrático de

participação de todos os segmentos envolvidos docentes/discentes/técnicos;

Realizar auto avaliação de curso em um processo democrático de

participação de todos os segmentos envolvidos docentes/discentes/técnicos;

Analisar os dados coletados tendo em vista o subsídio das ações

acadêmico/administrativas realizadas no âmbito dos cursos e da instituição.

1.17.4 Metodologia da avaliação institucional

O processo de auto avaliação será assumido dentro de duas dimensões. A

primeira se define como avaliação externa, ou seja, diz respeito aos índices

alcançados pela IES (ENADE; IGC; CPC e Avaliação In Loco) A segunda dimensão

diz respeito ao processo interno de avaliação, o qual se desdobra em dois níveis. O

primeiro nível é o Macro institucional, onde a comunidade acadêmica avalia os

determinantes macro institucionais da IES, incluindo a Infraestrutura. O segundo

nível compreende os determinantes internos do curso identificados com os itens de

natureza pedagógica e acadêmica.

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1.17.5 Avaliação Interna – composta por duas avaliações

Primeiro Nível: Avaliação Macro Institucional

Em acordo com a legislação vigente e atendendo o que preconizam os

documentos que norteiam o processo de avaliação institucional, o primeiro nível de

avaliação diz respeito à avaliação da instituição a partir de 10 dimensões, da lei

10.861, que institui o SINAES, a saber:

a) Missão Institucional

b) Política de Ensino/ Pesquisa e Extensão

c) Responsabilidade Social

d) A Comunicação com a Sociedade

e) Política de Pessoal

f) Gestão Institucional

g) Infraestrutura

h) Planejamento e Avaliação

i) Atendimento ao Estudante

j) Sustentabilidade Financeira

Focada nos aspectos macro institucionais e protagonizadas pela CPA, a

avaliação interna tem como foco principal captar os aspectos administrativos e a

maneira como os alunos e colaboradores percebem o conjunto de atividades que a

instituição oferta. Esta avaliação terá como função a complementação da avaliação

interna (curso) realizada pela FAMETRO.

O Plano de Gestão Institucional terá como eixos de ação:

Políticas de Gestão:

1.1.1 Políticas de Pessoal

1.1.2 Organização e Gestão da Instituição

1.1.3 Sustentabilidade Financeira

2. Infraestrutura Física:

2.1.2 Melhorias das Instalações Físicas

2.1.1 Equipamentos; Máquinas

2.1.2 Plano de Manutenção

3. Políticas Acadêmicas

3.1 Ações de Estímulo ao Ensino

3.2 Ações de Estimulo a Extensão

3.3 Ações de Estímulo a Produção Científica e Inovação Tecnológica

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3.4 Ações de Apoio ao Discente

3.5 Ações de relacionamento com a comunidade externa e interna

1.17.6 Segundo Nível: Avaliação de Curso

A Avaliação de Curso – Curso será feita regularmente anualmente sempre no

inicio do 1º. Semestre, por meio do levantamento e estudo do desempenho do curso,

com o foco voltado para as questões ligadas diretamente aos aspectos pedagógicos

dos cursos considerando também, os aspectos relativos ao atendimento das

expectativas da comunidade externa, ou seja, do próprio mercado de trabalho. O

instrumento desta avaliação foi elaborado tendo em vista o marco regulatório da

avaliação e o conjunto de indicadores presentes na avaliação in loco e no ENADE.

1.17.7 Etapas da avaliação institucional e ações de melhoria institucional

a) As avaliações preveem as seguintes etapas:

Definição dos Instrumentos e Coleta de Dados: Nesta etapa serão

definidos as técnicas e os instrumentos para coletar dados quantitativos e

qualitativos. Com relação aos docentes, técnico-administrativos e integrantes

da direção, toda a população preencherá o instrumento de avaliação.

Enquanto, aos discentes a mostra corresponderá a 50% ou 100% do número

de matrículas. Os instrumentos serão elaborados pela CPA, mas discutidos

com o colegiado de curso e reformulados se necessário, conforme os

parâmetros estabelecidos, a partir dos indicadores selecionados pela

comissão, dentre as relacionadas previamente pelos envolvidos no processo

avaliativo. Os questionários terão um campo comum que visará à avaliação

dos Cursos da FAMETRO e um específico para a auto avaliação do discente,

do docente, dos integrantes da direção e dos colaboradores da área técnica

administrativa. Eles serão constituídos, prioritariamente, de questões

fechadas, embora se reserve o espaço para a expressão de opiniões

pessoais que propiciem o aprofundamento qualitativo dos itens previamente

construídos. Além do questionário, será utilizada a técnica de grupo focal, a

fim de conhecer as concepções e posicionamentos dos discentes e docentes

e técnicos - administrativos sobre questões que envolvem o curso, que vão

desde a estrutura física a dimensão pedagógica e administrativa.

Sensibilização da Comunidade Acadêmica e Técnica Administrativa:

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Visando o envolvimento acadêmico, técnico e docente a uma participação

efetiva de todos os níveis serão realizadas reuniões com todas as turmas dos

diferentes cursos, com docentes e técnicos administrativos para sensibilizá-

los quanto à importância da participação e os objetivos de todo o processo

avaliativo.

Tratamento dos Dados e Comunicação dos Resultados: A comissão de

avaliação encarregar-se-á de apurar os instrumentos e de interpretar os

dados por meio do programa de Avaliação Institucional. Os resultados obtidos

por meio de questões fechadas serão submetidos a estatísticas descritivas do

programa. Enquanto, que os disponibilizados por meio de questões abertas

serão categorizados por uma análise de conteúdo (busca de sentido das

citações). Os resultados serão comunicados e divulgados a toda a

comunidade acadêmica por meio de relatório que incluirá também conclusões

e recomendações. A utilização dos resultados será motivo de discussão em

reunião com a comunidade acadêmica, após a divulgação do relatório.

Elaboração do Plano Acadêmico Administrativo de Curso: o plano setorial

de curso é um instrumento de planejamento interno das coordenações de

curso, que visa implantar ações de melhorias em eixos considerados

estratégicos para a IES, e para a qualidade de ensino que esta propõe. São

objetivos do Plano:

Realizar o planejamento das atividades pedagógicas e administrativas,

assegurando aos professores as orientações, o tempo e o espaço necessário

para o planejamento do semestre.

Organizar o semestre letivo, discutindo com os professores as ações

pedagógicas a serem realizadas.

Propor e organizar ações tendo em vista o enfrentamento das questões

pedagógicas que se revelaram problemáticas na avaliação do curso.

Elaborar um calendário de atividades para o curso, destacando as ações

pedagógicas e administrativas internas relevantes.

b) Metodologia de Elaboração do Plano Acadêmico Administrativo de Curso:

Ao inicio do semestre será destinado um período para o planejamento do

curso, após esse período o coordenador deverá zelar pelo cumprimento das ações e

realizações das atividades, tendo em vista o planejamento das atividades do

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semestre. Ao final desse período o coordenador do curso deverá encaminhar um

plano de ação evidenciando as atividades pertinentes ao seu curso, tendo em vista o

enfrentamento das dificuldades apontadas pelos professores e a necessidade de

melhoria continua da qualidade dos processos pedagógicos.

Deve-se ainda submeter a apreciação superior o calendário de atividades do

curso para que o mesmo possa ser compatibilizado com as demais ações previstas

pelos outros cursos a fim de evitar atropelos /ou dificuldades na realização das

mesmas. Espera-se que os resultados obtidos nas avaliações possam subsidiar a

elaboração dos Plano Acadêmico Administrativo de Curso tendo em vista a continua

melhoria dos processos pedagógicos institucionais visando a excelência dos

serviços educacionais ofertados e o cumprimento dos princípios, da missão e dos

valores da FAMETRO, previstos no Plano de Desenvolvimento Institucional PDI

Deve-se observar o planejamento dos seguintes eixos, a saber:

Atividades Extracurriculares: atividades de cunho formativo e/ou cultural

que contribuam para a formação do perfil do egresso, tendo em vista o reforço

ao desenvolvimento das competências e habilidades previstas no Projeto

Político Pedagógico do Curso e que não estejam necessariamente vinculadas

aos componentes curriculares. Aqui podem ser consideradas atividades

complementares como realização de palestras que promovam formação e

desenvolvimento profissional com membros da comunidade interna e externa

da instituição. São exemplos de atividades extracurriculares: campanhas de

conscientização com temas atuais, cursos de curta duração que tragam

aperfeiçoamento de habilidade específicas ao desenvolvimento profissional e

pessoal do aluno, atividades culturais com a finalidade de promover a cultura

local, o talento dos alunos e da comunidade em geral, Concursos,

Campanhas Solidárias, Responsabilidade Social e outros. As atividade

extracurriculares não possuem caráter obrigatório, não podem servir como

critério de avaliação de desempenho do aluno, podendo ser, contudo

considerada como atividades complementares.

Atividades Interdisciplinares e Transversais: projeto de trabalho acadêmico,

que tenham como principio o dialogo entre disciplinas, áreas de conhecimento

e conteúdos curriculares, na perspectiva de fomentar a interligação de

saberes e práticas da área de conhecimento do curso. Espaço para o

desenvolvimento de atividades com as temáticas transversais de questões

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étnico-raciais e de educação ambiental, além de temas desenvolvidos nas

disciplinas que careçam de aprofundamento e de abordagem Inter conceitual.

São consideradas atividades interdisciplinares todas aquelas realizadas nas

quais estejam sendo tratados assuntos das disciplinas ministradas. São

atividades que devem ser organizadas a partir da sala de aula, com a

participação efetiva dos professores, sendo desenvolvidas por estes com

seus alunos, servindo inclusive de referência para atribuição de notas na

avaliação de desempenho acadêmico. Neste sentido pode ser feitos projetos

de trabalhos acadêmicos onde os professores da disciplina do período

possam dividir a responsabilidade pela orientação das mesmas e partilhar a

nota atribuída entre os componentes curriculares envolvidos. São exemplos

dessas atividades: Projetos de Pesquisa e de Extensão. Projetos de Estudos

Orientados. Seminários Acadêmicos, Jornadas Científicas, Semanas

Acadêmicas, Mostra de trabalhos de curso, Visitas Técnicas, Gincanas de

conhecimento, entre outros A diferença entre as atividades interdisciplinares

e transversais e as atividades extracurriculares e que as primeiras são

consideradas como metodologias de ensino, devendo ser consideradas como

fundamento metodológico dos processos de ensino e aprendizagem. Já as

atividades extracurriculares possuem caráter complementar, informal, não

obrigatória. É importante destacar que as semanas acadêmicas por seu

caráter e amplitude são consideradas atividades interdisciplinares, pois

envolvem diferentes conteúdos e extracurriculares por estarem abertas

também a comunidade externa e não serem obrigatórias.

Acompanhamento de Egressos: realizar um acompanhamento dos

egressos do curso, obtendo retorno acerca da aceitação dos nossos ex-

alunos no mercado de trabalho, assim como, acerca da necessidade de

revisão de condutas e processos pedagógicos tendo em vista a melhor e

maior inserção do nosso alunos no mundo do trabalho.

Monitoramento da Evasão: propor a realização de ações de

acompanhamento da evasão, buscando minimizar os índices do curso.

Auto avaliação interna do curso: organizar ações tendo em vista a

avaliação interna do curso, essa avaliação poderá dar-se mediante

seminários de avaliação com a participação do corpo docente e

representatividade discente do curso, utilizando como base de dados a

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avaliação da CPA e outras bases de dados oriundas de formulários próprios

de avaliação elaborados pelo curso tendo em vista a especificidade do

mesmo. A ênfase dessa avaliação deverá ser os aspectos pedagógicos do

curso. Metodologias empregadas de ensino e aprendizagem, técnicas de

ensino, processos de avaliação e etc.

Atividades Complementares: As atividades complementares são

consideradas atividades curriculares e devem ser propostas pelos cursos

tendo em vista o caráter complementar a formação do perfil do egresso,

devendo ser pensadas e programadas a partir das competências previstas

para serem desenvolvidas pelos alunos no decorrer da formação. Ao

programar estas atividades os docentes e coordenadores devem considerar o

regulamento das atividades complementares institucionais.

Atividades de Extensão: atividades realizadas pelo corpo docente e

discente tendo em vista a partilha do conhecimento produzido com o fito de

promover a melhoria da qualidade de vida das comunidades envolvidas.

Atividades de Incentivo a Produção Científica Discente e Docente: Planejar

ações de incentivo a produção científica e a inovação tecnológica no interior

dos cursos.

Monitoria: Planejar ações de incentivo de monitoria nos cursos

Avaliação do Rendimento: Planejar ações de acompanhamento do

rendimento acadêmico dos alunos no interior dos cursos.

1.19 Tecnologia de Informação e Comunicação – TICS – No Processo Ensino

Aprendizagem

Os atos e processos de “informar” e “comunicar” são intrínsecos a qualquer

modalidade de educação e foram, durante séculos de educação formal, realizados

por docentes sem outras mediações que livros, quadro-negro (ou equivalente) e giz

(ou equivalente). Esta situação de estabilidade técnica do processo educacional foi

alterada no último século com inovações tecnológicas no registro, organização,

armazenagem e transferência da informação. O retroprojetor, as transparências, o

mimeógrafo, os flanelógrafos, foram alguns dos recursos audiovisuais vistos como

auxiliares de processos educacionais nas primeiras décadas do século XX em

muitos países da América Latina, já então envolvidos com programas de cooperação

técnica internacional. Enquanto os grandes computadores começavam a

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revolucionar as funções de registro, organização e armazenagem da informação em

larga escala, pouco se poderia esperar de seu auxílio nos processos educacionais.

A pesquisa científica, sim, seria quase imediatamente transformada pela

utilização desses equipamentos originalmente criados para atividades censitárias

nos países industrializados. Em poucas décadas os retroprojetores se converteram

em instrumentos arcaicos e praticamente despareceu da literatura e práticas

educacionais a referência a “meios audiovisuais”. A revolução dos

microcomputadores nos anos 1980 e as inovações tecnológicas nas comunicações

que avançavam rapidamente nos países da Região, finalmente permitiram que essa

nova “onda de inovação” alcançasse primeiro, as universidades e, algum tempo

depois, as escolas do ensino primário e secundário.

A expressão “TIC na educação” assume conteúdo bastante diversificado. O

primeiro conteúdo se refere à capacitação para o uso de computadores e internet,

usualmente denominada de “computação” em grande parte das instituições que a

oferecem. Há ainda a referência a campos de natureza mais técnica e científica

como “informática” – inclusive “informática educativa” – desenvolvimento de

sistemas, engenharia da computação, ciência da computação.

A FAMETRO entende por TICs como sendo o conjunto de ferramentas e

processos eletrônicos para acessar, recuperar, guardar, organizar, manipular,

produzir, compartilhar e apresentar informações. As “novas” TIC incluem

equipamentos e software de computação e de telecomunicações dos quais os

centrais são os computadores, modems, roteadores, programas operacionais e

aplicativos específicos como os multimídia, e sistemas de bases de dados.

Neste sentido, admitimos que as TICs podem ser excelentes ferramentas de

apoio no processo formativo e a universidade deve abrir as suas portas para estas

tecnologias, pois é através da interação e mediação nos diferentes campos do

conhecimento que o acadêmico poderá ampliar sua gama de informações. Estas por

sua vez serão incorporadas ao cotidiano da sala de aula, a partir do acesso dos

alunos e do uso mediados das mesmas, como recurso pedagógico.

As TICs são recursos didáticos constituídos por diferentes mídias e

tecnologias, síncronas e assíncronas, das quais alunos e professores terão acesso,

tais como ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas,

fóruns eletrônicos, blogs, chats, tecnologias de telefonia, teleconferências,

videoconferências, TV convencional, TV digital e interativa, rádio, programas

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305

específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos

disponibilizados em suportes tradicionais (livros) ou em suportes eletrônicos (CD,

DVD, Memória Flash, etc.), entre outros.

1.22 Procedimentos de Avaliação dos Processos Ensino-Aprendizagem

O processo de avaliação deve assumir o caráter dinâmico típico da

construção do conhecimento.

Assim, quando falamos de um currículo organizado para a formação de

competência, onde o conteúdo de ensino é tomado em toda a sua complexidade e

multidimensionalidade (conceitos, atitudes e procedimentos), tem um desafio para o

professor, cabendo a substituição da lógica tradicional de avaliar, por outra

racionalidade que a conceba muito mais como um instrumento de diagnóstico da

aprendizagem, do que um fim em si mesma. Está nova lógica, como já alertamos,

deve, portanto, considerar o caráter dialógico e processual da aprendizagem e por

extensão o caráter também dialógico e processual do próprio desenvolvimento das

competências.

Therrien e Loiola (2001) afirmam que “[...] ser competente é ser capaz de

utilizar e de aplicar procedimentos práticos apropriados em uma situação de trabalho

concreta”. Na visão de Brandão (2009), os processos cognitivos ou a aquisição de

conhecimento, habilidades e atitudes são oriundos da inserção e interação do

indivíduo no meio social. Desta forma, a competência pode ser definida como

desempenho profissional ou social expressa pelo sujeito, de seus conhecimentos,

habilidades e atitudes, em um contexto específico (Brandão, 2009). Segundo

Desaulniers (1997),a competência é inseparável da ação, e os conhecimentos

teóricos são utilizados de acordo com a capacidade de executar as decisões que ela

(a ação) sugere.

A competência se constrói, portanto, na articulação entre um saber e um

contexto; além disso, o profissional é capaz de transpor a aprendizagem para outros

contextos. Assim, ser competente é:

a) saber agir com competência;

b) saber mobilizar saberes e conhecimentos em um contexto profissional;

c) saber integrar ou combinar saberes múltiplos e heterogêneos;

d) saber transpor;

e) saber aprender e aprender, a saber; e

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306

f) saber envolver-se.

O profissionalismo e a competência resultam não somente de um saber

agir, mas de um querer agir e de um poder agir; e, associados à competência, estão

os aspectos cognitivos, afetivos e sociais inerentes à motivação humana (Le Boterf,

2000).

Avaliar competência “[...] não se trata de avaliar o indivíduo, mas seu agir

profissional em um determinado contexto” (Rosa, Cortivo & Godoi, 2006, p. 82). Com

base nesta proposta, o processo avaliativo da disciplina deve ser estruturado para

que conhecimentos, habilidade e atitudes sejam avaliadas em equilíbrio

evidenciando as competências desenvolvidas no interior de cada disciplina, no

período letivo e por fim o conjunto das mesmas previstas no perfil do egresso.

Neste sentido, os cursos devem utilizar a tabela abaixo para identificar que

conhecimentos, quais habilidades e quais atitudes previamente definidas serão

objeto de avaliação sistemática dos professores. Esta matriz de competências deve

guardar observância com os conteúdos previstos, o objetivo da disciplina e por fim o

objetivo do próprio curso, devendo ainda estabelecer os instrumentos avaliativos

alinhados ao que se deseja de fato avaliar, tendo em vista que a avaliação de um

conhecimento de natureza conceitual é deveras distinta da avaliação de uma

habilidade (ainda que reconheçamos que estes conteúdos se dão articuladamente)

há de se considerar algumas distinções e especificidades para as quais os

instrumentos avaliativos devem observar.

A matriz de competências para fins de avaliação é parte integrante do

planejamento da disciplina.

E como podemos promover uma avaliação das competências? Primeiro é

preciso retomar alguns conceitos que já indicamos na metodologia de ensino. Por

competência consideramos a capacidade do aluno de mobilizar conceitos, atitudes e

procedimentos para a solução ou superação de uma determinada situação. Dizemos

que o sujeito é uma pessoa competente quando reconhecemos nele a capacidade

de resolver situações complexas e estas soluções serão tão mais eficazes, quando

for à capacidade de articulação de conhecimentos de diferentes ordens e fontes.

É precisamente por esta razão que os processos avaliativos devem ser

planejados e organizados em termos de instrumentos avaliativos ou atividades de

avaliação diversificadas e integradas, auxiliando o professor e principalmente o

aluno no ajuste e gerenciamento de suas aprendizagens. Outro ponto fundamental

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307

é reconhecer que determinados conteúdos requerem modelos diferenciados de

avaliação, como veremos a seguir.

Não é razoável pensar que um conteúdo de natureza eminentemente prático

ou procedimental possa ser avaliado da mesma maneira como avaliamos o domínio

de um conceito. Ou ainda que, podemos avaliar a aquisição ou desenvolvimento de

uma atitude apenas perguntando ao aluno como ele se comportaria no plano teórico

a partir de uma prova fechada de perguntas e respostas, onde, frequentemente o

aluno é chamado a descrever um procedimento, ou memorizar um conceito.

Convenhamos que a descrição de um procedimento, não garante que os

alunos sejam capazes de realizá-lo. Ou ainda que a transcrição de um conceito em

uma prova de perguntas e respostas garanta que os alunos sejam capazes de

articular conceitos ou de retomá-los, quando precisarem tomar uma decisão.

Na direção de avaliar competências algumas alternativas metodológicas têm

sido assumidas por professores, uma dela é a avaliação por portfólio realizada com

base numa coletania organizada de trabalhos e reflexões produzidas pelo aluno,

visando fornecer um registro a médio/longo prazo da evolução do rendimento e da

evolução das suas atitudes.

Assim, o portfólio permite uma avaliação mais concreta e fiel das

competências desenvolvidas pelo estudante, ao longo de um determinado processo,

porque inclui para além de testes aos seus conhecimentos de fatos, de conceitos, de

teorias e de regras, outros elementos, nomeadamente, aqueles que revelam o

próprio desenrolar do processo. Por outro lado, como o portfólio deve incluir um

conjunto variado de realizações dos alunos, permite evidenciar que competências

foram efetivamente desenvolvidas pelo aluno e os respectivos níveis de

desempenho por ele alcançados.

Como instrumento de avaliação permite operacionalizar a avaliação

formativa, contínua e sistemática, consignada na legislação em vigor que

regulamenta o desenvolvimento curricular e a avaliação interna, permite, ainda

operacionalizar não só a avaliação formativa, mas também concretizar efetivamente

os efeitos de uma avaliação formativa, isto é, gerar medidas de diferenciação

pedagógica adequadas às características dos alunos e às aprendizagens e

competências a desenvolver.

Assim como permite concretizar os objetivos da avaliação formativa,

nomeadamente a regulação do ensino e da aprendizagem, recorrendo a uma

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308

variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo com a natureza das

aprendizagens e dos contextos em que ocorrem. Pensando desta maneira, as

avaliações formativas e somativas devem propor avaliar a aprendizagem e o

conhecimento construído a partir de uma visão interdisciplinar e transversal.

Assim, a avaliação das Unidades Curriculares será de natureza Formativa e

Somativa.

a) Avaliação Formativa: se dará no desenvolver do processo ensino-

aprendizagem quando os sujeitos serão os próprios reguladores da ação

educativa, tendo a oportunidade de rever a adequação da dinâmica e

metodologias adotadas, viabilizando os próprios reguladores da ação

educativa, tendo a oportunidade de rever a adequação da dinâmica e

metodologias adotadas, viabilizando o redirecionamento das atividades

educativas planejadas, no sentido de adquirir as competências estabelecidas.

b) Avaliação Somativa; tem como objetivo conferir notas, tendo como referência

as normas e exigências institucionais, acompanhará a avaliação formativa

através da auto avaliação discente e avaliação do moderador da

aprendizagem.

A verificação do rendimento escolar se fará ao longo do ano letivo, em cada

componente curricular, compreendendo:

1. Apuração de freqüência às atividades escolares;

2. Avaliação do aproveitamento escolar.

O rendimento escolar será aferido com base no cômputo da freqüência e dos

resultados do aproveitamento nas atividades didático-pedagógicas previstas na

programação do componente curricular, sob orientação acadêmica. A avaliação do

aproveitamento escolar deve ser entendida como instrumento de acompanhamento

contínuo e de caráter construtivo, visando a melhoria da qualidade da aprendizagem

através de um processo formativo, permanente e de progressão continuada.

Será considerado aprovado no componente curricular o aluno que obtiver:

1. Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) às atividades

didático-pedagógicas programadas em cada componente curricular;

2. Média aritmética das notas obtidas nos componentes curriculares, igual ou

superior a 5 (cinco);

Aos componentes curriculares semestrais serão atribuídas 2 notas com no

mínimo 2 atividades de avaliação. No final de cada semestre letivo, o aluno que

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309

obtiver média inferior a 5 (cinco) estará reprovado. A média final em cada Unidade

Curricular é obtida mediante a seguinte fórmula:

MN1 +MN2

2

Onde:

M = Média;

N1 = corresponde a 1a nota;

N2 = corresponde a 2a nota;

Fica assegurado ao aluno o direito de revisão do resultado da avaliação,

que será regulamentado em norma específica. Terá direito a matricular-se na série

seguinte, o aluno aprovado nos componentes curriculares da série na qual está

matriculado. O aluno reprovado em 50% (igual e superior) dos componentes

curriculares fará matrícula na série seguinte em regime de progressão parcial. Em

caso de nova reprovação, será vedado a matrícula na série subsequente, devendo o

aluno cursar apenas os componentes curriculares que determinaram à progressão

parcial.

1.22.1 Metodologia de Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem na

Medicina

O que se pretende avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a

capacidade de acioná-lo e de buscar outros para realizar o que é proposto. Avaliar

as competências e habilidades é verificar não apenas se o aluno adquiriu os

conhecimentos necessários, mas também se, quanto e como fazem uso deles para

resolver situações-problema (reais ou simuladas) relacionadas, de alguma forma,

com o exercício da profissão.

Para tanto, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos,

compartilhados com os alunos, uma vez que o que é objeto de avaliação representa

uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a orientação dos

estudos como para a identificação dos aspectos considerados mais relevantes para

a formação, em cada momento do curso.

A avaliação do aproveitamento acadêmico deve ser entendida como

instrumento de acompanhamento contínuo e de caráter construtivo, visando a

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310

melhoria da qualidade da aprendizagem através de um processo formativo,

permanente e de progressão continuada.

Tradicionalmente a responsabilidade de avaliar tem ficado a cargo do

professor/preceptor/orientador. No entanto, atualmente cresce a compreensão de

que “quem aprende” precisa desenvolver a capacidade de fazer julgamento sobre o

seu próprio trabalho e o trabalho dos membros da sua equipe. Essa capacidade de

auto avaliação e a avaliação dos pares são fundamentais para que o aprendiz se

torne um profissional capaz de aprender continuamente em seu próprio ambiente de

trabalho.

Assim, os procedimentos de avaliação dos processos de ensino-

aprendizagem propostos para o Curso Medicina da FAMETRO estão embasados em

um modelo tridimensional que contempla as competências esperadas pelas

Diretrizes Curriculares Nacionais.

Na primeira dimensão estão as competências que precisam ser

desenvolvidas e avaliadas; na segunda, o nível de avaliação que é requerido para

aquela competência, contendo os quatro níveis do aprendizado: “saber”; “saber

como”; “demonstrar” e “fazer"; e a terceira o estágio de desenvolvimento em que se

encontra o indivíduo que será avaliado.

1.22.1.1 Métodos e instrumentos de avaliação qualitativa e quantitativa

baseada em conhecimentos, habilidades, atitudes e conteúdos curriculares

No. UCs/ Semes tre

Unidades Curriculares

Ativividades Curriculares Alinhamento dos Instrumentos Avaliação à

Aprendizagem

Instrumentos de Avaliação

3 UCs.LONGITUDI

NAIS

SITUAÇÕES PROBLEMA

AV. FORMATIVA (AF)

– AV.PROCESSO

APRENDIZAGEM

(APA) /Portfólio

APA (2)

Portfolio (2)

ACD (2)

AV.SOMATIVA (AS)-

AVALIAÇÃO

COGNITIVA

DISSERTATIVA(ACD)

PRÁTICAS

LAB.MORFOFUNCIONAL

AF- APA/Portifólio

AS- ACD

APRENDIZAGEM

BASEADA EM EQUIPES/

TBL

AF- APA/Portifólio

AS- ACD

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311

1 HABILIDADES MÉDICAS

ESTAÇÕES CLÍNICAS

AF- APA/Portifólio APA/Portfólio (2)

M.CEX (8), OSCE

(1)

AS- MiniCiEX/OSCE

SAÚDE BASEADA EM

EVIDÊNCIAS

AF – Portifólio Portfólio (1))

ACD (1) AS- ACD

1 IESC

PRÁTICAS NAS RAS

SUS

AF-GR /Portfólio

Global rating (2)

REFLEXÃO DA PRÁTICA AF- APA/Portifólio APA (2) Porfolio

(2)

1 CORE CURRIC.

METODOLOGIA

CIENTÍFICA

AF – Portifólio

Portfólio (1)

ACD (1)

AS- ACD

ANTROPOLOGIA E

DIREITO SAÚDE

AF- Portifólio

AS - ACD

GESTÃO EM SAÚDE AF- Portifólio Portfólio (1)

ACD (1) AS- ACD

LIBRAS AF- Portifólio

AS- ACD

1.22.1.2 Métodos e instrumentos diversificados de avaliação do processo

ensino aprendizagem de metodologias ativas

A avaliação, para atingir sua finalidade educativa, deve ser coerente com os

princípios psicopedagógicos e sociais do processo de ensino-aprendizagem

adotados. Para tanto, a avaliação dos processos de ensino-aprendizado do

estudante do Curso de Medicina da FAMETRO será feita utilizando os seguintes

instrumentos na perspectiva da AVALIAÇÃO PROGRAMÁTICA, ou seja, alinhando

as competências e desempenhos esperados às oportunidades de aprendizagem

propostas no currículo do curso e por fim, alinhando também aos instrumentos de

avaliação mais adequados a cada desempenho proposto ao estudante:

Avaliações formativas:

1. Autoavaliação Escrita: onde cada estudante avalia o próprio desempenho

nas atividades de ensino-aprendizagem, com o intuito de desenvolver o senso de

autocrítica e de responsabilidade pela aprendizagem;

2. “Feedback”: que consiste no relato do docente ao aluno do seu

desempenho em atividades, reforçando comportamentos positivos e apontando os

erros;

3. Teste de Progresso: que objetiva promover a autoavaliação dos estudantes

ao longo de sua formação;

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312

4. Portfólio: onde os estudantes apresentam de forma sistematizada o

conjunto de reflexões pessoais sobre as vivências e práticas oportunizadas pelo

curso.

Avaliações somativas:

1-Avaliação Cognitiva – AC: envolvendo exercícios com questões de múltipla

escolha e dissertativas;

2- Avaliação de Desempenho Profissional – ADP: estações simuladas, nas

quais o estudante deve realizar e fundamentar determinadas ações da prática

profissional, à luz do perfil de competência estabelecido;

3- Exercício Baseado em Problemas – EBP: que avalia a capacidade

individual do estudante de identificar necessidades de saúde, formular o(s)

problema(s) do paciente/familiares e propor um plano de cuidado diante de um

determinado contexto e situação-problema;

4- Mini-CEX (Mini Clinical Evaluation Exercise): método de observação direta

da prática profissional mediante uma ficha estruturada e com “feedback” imediato ao

estudante, utilizando pacientes reais em vários momentos e por vários

observadores;

5- OSCE (Objective Structured Clinical Examination): que consiste na

observação de componentes de um atendimento clínico simulado, utilizando-se uma

sequência de 6-12 estações de avaliação, com duração de 6 a 15 minutos, sendo as

habilidades testadas através de tarefas específicas.

1.22.1.3 Métodos de instrumentos da avaliação das atividades práticas

Para as atividades práticas em cenários reais e/ou simulados aliam-se

estratégias de avaliação somativa e formativa.

Para as atividades do IESC junto às Redes de Cuidados de Manaus os

estudantes serão avaliados da seguinte forma :

a) Avaliação Formativa :

- Portfólio Reflexivo das Atividades de Campo : serão 2 avaliações dialogadas

com os supervisores/semestre ao longo dos 8 semestres do Curso;

- Avaliação Global ou “Global Rating”- formato de avaliação critério

referenciado, com 10 critérios de avaliação de competências envolvendo:

profissionalismo, habilidades profissionais e conhecimentos. Esse instrumento é

aplicado semanalmente por toda equipe de supervisão e orientação do IESC.

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313

b) Avaliação Somativa :

- Formato de Avaliação do Processo de Aprendizagem. Aplicado 2 vezes no

semestre pelos facilitadores da Reflexão da Prática.

Para as atividades das Habilidades Médicas desenvolvidas nos ambulatórios

especializados :

a) Avaliação Formativa :

- Aplicação do Mini- CEX , mini exame clínico.

- Global Rating

- Portfólio

b) Avaliação Somativa:

- Aplicação do Mini- CEX , mini exame clínico.

- OSCE – aplicado ao final de cada semestre do curso.

1.22.2 Formas de Acesso ao Curso

O ingresso de alunos a qualquer curso ministrado pela FAMETRO se dá,

conforme exigência da legislação em vigor, sempre através de um processo seletivo.

O ingresso em um curso de graduação se dará através de:

a) Processo Seletivo;

b) Transferência;

c) Portador de Diploma de Curso Superior;

d) Re-opção;

e) ENEM.

1.22.2.1 Do Processo Seletivo

O Processo Seletivo é um exame seletivo e classificatório a que se submetem

aqueles que concluíram o ensino médio ou equivalente e que desejam ingressar em

curso de graduação. O Processo Seletivo será aberto por edital e será elaborado

em articulação com o ensino médio, sem ultrapassar este nível de complexidade.

A classificação dos candidatos aprovados obedece a ordem decrescente de

pontos obtidos, até o preenchimento das vagas definidas para cada curso e turno da

preferência do candidato registrados no ato de sua inscrição. O Processo Seletivo,

com validade exclusiva para o ano ao qual se destina, será realizado antes do início

de cada ano letivo, sob a responsabilidade do Diretor Acadêmico.

a) Do Processo Seletivo Contínuo

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O Processo Seletivo Contínuo é um processo seletivo sequenciado

destinado aos estudantes que ainda estão cursando o ensino médio e que

pretendem, após sua conclusão, ingressar em curso de graduação.

O Processo Seletivo Contínuo, aberto por edital, só terá validade para o

estudante que se submeter aos três exames correspondentes a 1ª, 2ª e 3ª

ano do ensino médio e terá validade exclusiva para o ano imediatamente

subsequente ao ano de conclusão do ensino médio.

A média final do aluno que se submeter ao Processo Seletivo Contínuo

corresponde à média aritmética dos resultados dos três exames mencionados

no parágrafo anterior.

A classificação dos candidatos para o preenchimento das vagas definidas

pelo Conselho Maior para o Processo Seletivo Contínuo obedecerá à ordem

decrescente das médias obtidas na forma do parágrafo anterior.

O Processo Seletivo contínuo será planejado e coordenado pelo Diretor

Acadêmico.

1.22.2.2 Transferência

Transferência é a forma de admissão de estudantes oriundos de outra

Instituição de Ensino Superior - IES no decorrer de um curso de graduação. A

transferência facultativa depende da existência de vaga no curso ou curso afim e

sua autorização está condicionada ao atendimento das exigências das normas

estabelecidas pelo Conselho Maior, mediante processo seletivo. O processo de

transferência facultativa inicia-se com o pedido de declaração de vaga.

A FAMETRO, ao deferir o pedido de declaração de vaga, deverá solicitar da

IES de origem do candidato a respectiva guia de transferência acompanhada da

seguinte documentação:

Histórico escolar completo do aluno a ser transferido, no qual conste

inclusive o semestre e ano letivo em que foi aprovado no processo seletivo;

Currículo pleno do curso, com a indicação do programa e carga horária de

cada disciplina cursada;

Regime ou critério de aprovação.

1.22.2.3 Do Portador de Diploma de Curso Superior

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O Portador de Diploma de Curso Superior poderá ser admitido em curso de

graduação da FAMETRO em vagas remanescentes do Processo Seletivo. O

Conselho Maior estabelecerá os critérios para o processo seletivo dos candidatos

em normas complementares.

1.22.2.4 Da Re-opção

Re-opção é transferência interna de um curso de graduação para outro da

mesma área permitida a alunos regulares da FAMETRO, através de seleção. Os

critérios exigidos para o deferimento do pedido de re-opção são:

Existência de vaga no curso pretendido;

Comprovação de regularidade de matrícula no curso de origem; e

Comprovação de que o estudante já tenha cursado, pelo menos, dois

semestres do curso de origem.

1.22.2.5 Enem

Através do resultado do ENEM, o candidato concorre às vagas sem precisar

fazer o vestibular, desde que obtenha média igual ou superior a 450

(QUATROCENTOS E CINQUENTA PONTOS).

1.22.2.6 Matrícula

A primeira matrícula institucional é o cadastramento do candidato selecionado

por uma das formas de admissão a um curso de graduação ou pós-graduação,

tornando-se por este ato, um aluno regular vinculado ao Curso a FAMETRO.

Por ocasião do cadastramento o aluno recebe um número permanente no

curso, o qual indica o ano de seu ingresso, o código da área de estudo e a

sequência numérica do curso.

A matrícula institucional é feita pela secretaria Acadêmica no prazo fixado no

calendário acadêmico, salvo por motivo de força maior, devidamente comprovado e

aceito pelo Conselho Superior.

A não efetivação da primeira matrícula institucional, expirados todos os

prazos de chamada, implica na perda do direito a vaga.

A solicitação de matrícula institucional é feita em formulário próprio pelo

acadêmico ou seu representante legal, anexando a esta, a seguinte documentação:

I- certificado de conclusão do ensino médio ou equivalente;

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316

II- histórico escolar do ensino médio;

III- diploma do ensino superior;

IV- título de eleitor;

V- comprovante de estar quites com o serviço militar, para os homens;

VI- uma foto ¾.

Os itens I e II são exigidos para os cursos de graduação e os itens III e IV

para os cursos de pós-graduação ou cursos de graduação com ingresso como

portador de diploma de nível superior.

A solicitação de matrícula institucional, sem qualquer exceção só poderá ser

feita à vista de toda documentação exigida. Será anulada a matrícula efetuada

quando não tenham sido observadas todas as exigências legais e regimentais, o que

deve ser notificado.

1.23 Número De Vagas

Considerando a disponibilidade de serviços assistenciais do município de

Manaus o curso está pleiteando 150 vagas anuais a serem distribuídas 70 vagas no

1°semestre e 80 vagas no 2°semestre.

1.25 Integração do Curso com o Sistema Local e Regional de Saúde/Sus-

Relação Alunos/Docentes ou Preceptor

O curso proposto oferece oportunidade de ensino-aprendizagem na rede de

saúde e na comunidade aos alunos desde o seu início , através da Unidade

Curricular denominada IESC – Interação em Saúde na Comunidade – possibilitando

aos estudantes papel ativo, com atividades nas equipes de saúde sob supervisão,

com tempo e apoio adequados para o desenvolvimento da relação aluno-equipe e

médico-paciente.

A IESC pretende colocar o aluno precocemente em contato com atividades de

atenção à saúde na comunidade, fazê-lo conhecer uma Unidade Básica de Saúde e

observar como se desenvolve a rotina de uma Equipe de Saúde da família adscrito.

A partir do desenvolvimento do estudante, irá aumentar a complexidade de

sua participação na produção do cuidado à saúde à população e o estabelecimento

de vínculos com a equipe e com a comunidade em articulação com os outros

serviços da rede de saúde.

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317

Os estudantes desenvolverão as atividades da IESC em um período por

semana (4 horas), durante todo o semestre, perfazendo um total de 80 horas por

semestre.

Esta unidade educacional é Transversal, passa por todo o currículo e ocorre

nos 8 (oito) primeiros semestres do curso.

Os professores participantes da IESC terão a função de instrutores e são

responsáveis por grupos de aproximadamente 6 (seis) alunos que são distribuídos

em 2 grupos de 3 alunos para cada Equipe de Saúde da Família.

Os grupos contam com a colaboração do pessoal das Equipes de Saúde da

Família, principalmente dos coordenadores.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento da Unidade IESC é a

denominada Pedagogia da Problematização. Essa metodologia foi expressa

graficamente por Charles Maguerez como “Método do Arco” e compõe os seguintes

passos:

1º - Interação grupal e trabalho em grupo;

2º - Profissional de saúde e a equipe multiprofissional;

3º - Conhecimento da realidade;

4º - Escolha do problema a ser estudado;

5º - Teorização; e,

6º - Hipóteses de solução e aplicação à realidade.

O IESC, considerando os pressupostos relativos aos interesses dos parceiros,

deve contemplar alguns pontos importantes como: o que saber sobre o Serviço de

Saúde, o que fazer e quais as Relações com a Comunidade. Os principais enfoques

são:

1. Como é a USF e qual a sua dinâmica;

2. Os programas de saúde e suas características e aplicabilidade;

3. Capacidade de Atendimento da Demanda extra programática; e,

4. Conhecimento da Comunidade e Relações dos Alunos e dos Serviços com a

Comunidade. A avaliação da IESC se dará da seguinte forma:

a) auto avaliação, esse processo envolve a auto avaliação do aluno, a avaliação

do aluno pelo instrutor e a avaliação do instrutor pelo aluno;

b) avaliação do instrutor;

c) avaliação do trabalho escrito pela comissão externa formada por instrutor,

consultor e profissionais da equipe. Essas avaliações serão expressas por

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318

meio do portfólio do aluno e do “conceito global”(global rating) aferido por toda

equipe de saúde envolvida no processo de ensino-aprendizagem.

Os cenários de prática para o desenvolvimento do IESC e todos os outros

módulos do curso se desenvolverão no município de Manaus.

O atendimento primário irá ocorre no Sistema Municipal de Saúde de

Manaus- SEMSA está integrado ao SUS, que preconiza a regionalização na

prestação dos serviços de saúde e a hierarquização das atribuições, onde cada

esfera governamental deve cumprir funções e competências específicas, porém

articuladas entre si. A rede de Atenção à Saúde de Manaus está organizada em 100

Unidades Básicas de Saúde com 200 Equipes de Saúde da Família.

O setor público em Manaus está representado em toda a cadeia de valor da

prestação de serviços. A Estratégia de Saúde da Família é o modelo assistencial da

Atenção Básica, que se fundamenta no trabalho de equipes multiprofissionais em

um território adstrito e desenvolve ações de saúde a partir do conhecimento da

realidade local e das necessidades de sua população.

O atendimento secundário irá ocorrer na rede de saúde da SUSAM sendo

prestado por 36 hospitais: 18 deles são hospitais gerais, dos quais oito públicos;

mais 18 hospitais especializados, dos quais quinze são públicos. Essa rede é

complementada por outras unidades prestadoras de serviços de saúde, tanto em

diagnóstico, como em apoio à terapêutica médica.

A partir do 5o. semestre, soma-se às atividades do IESC na atenção básica, a

atuação dos estudantes em ambulatórios secundários e atenção especializada, com

ênfase nas grandes áreas como : Pediatria, Saúde Mental, Cirurgia Geral ,

Ginecologia – Obstetrícia e Clínica Médica , nas especialidades de Cardiologia,

Endocrinologia, Pneumologia, Nefrologia, Gastroenterologia, Hematologia,

Neurologia e Oncologia. Nessa fase os alunos atuarão até o 8o. semestre em

sistema rotativo nos ambulatórios, por 2 períodos semanais , sendo estas atividades

partes integrantes das Unidades Curriculares intituladas “Habilidades Profissionais V

a VIII. Esses ambulatórios fazem parte da RAS de Manaus ligados a SUSAM.

Durante os semestres de 8o. a 12o os estudantes estarão inseridos em

cenários de prática ainda mais diversificados, incluindo espaços de produção da

saúde de maior complexidade. Os estágios rotativos do internato estarão

propiciando oportunidades de aprendizagem aos alunos nas seguintes estruturas :

ligados à SUSAM os alunos passarão no CAIC, CAIME, Serviço de Pronto

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319

Atendimento do bairro São Raimundo e PS 28 de Agosto, PS João Lúcio,

Maternidade Ana Braga e Maternidade Balbina Mestrinho e policlínicas pela SEMSA

estarão disponíveis outras UBS como da Vila da Prata e UBS Monselhor Bulbol .

Para o ensino da Infectologia a FAMETRO conta com a parceria da Fundação de

Medicina Tropical e suas unidades ambulatoriais e de internação hospitalar.

1.25.1 Processo de desenvolvimento da formação do aluno em espaços do

SUS como cenários de aprendizagem

O IESC coloca o aluno precocemente em contato com atividades de atenção

à saúde na comunidade desde o início do Curso de Medicina, em atividades de

complexidade crescente até o último semestre da graduação. A partir do 5o.

semestre, soma-se às atividades do IESC na atenção básica, a atuação dos

estudantes em ambulatórios secundários e atenção especializada, com ênfase nas

grandes áreas como: Pediatria, Saúde Mental, Cirurgia Geral , Ginecologia –

Obstetrícia e Clínica Médica , nas especialidades de Cardiologia, Endocrinologia,

Pneumologia, Nefrologia, Gastroenterologia, Hematologia, Neurologia e Oncologia.

Nessa fase os alunos atuarão até o 8o. semestre em sistema rotativo nos

ambulatórios, por 2 períodos semanais, sendo estas atividades partes integrantes

das Unidades Curriculares intituladas “Habilidades Profissionais V a VIII. Esses

ambulatórios fazem parte da RAS de Manaus ligados a SUSAM.

Durante os semestres de 8o. a 12o os estudantes estarão inseridos em

cenários de prática ainda mais diversificados, incluindo espaços de produção da

saúde de maior complexidade. Os estágios rotativos do internato estarão

propiciando oportunidades de aprendizagem aos alunos nas seguintes estruturas:

ligados à SUSAM os alunos passarão no CAIQUE, CAIME, Serviço de Pronto

Atendimento do bairro São Raimundo e PS 28 de Agosto, PS João Lúcio,

Maternidade Ana Braga e Maternidade Balbina Mestrinho e pela SEMSA estarão

disponíveis outras UBS como da Vila da Prata e UBS Margô Bulbol . Para o ensino

da Infectologia a FAMETRO conta com a parceria da Fundação de Medicina Tropical

e suas unidades ambulatoriais e de internação hospitalar.

A vivência contínua junto às comunidades, o desenvolvimento de atividades

concomitantes junto à Rede de Cuidados de Manaus em níveis de complexidade

distintos, a diversidade de cenários, contextos e situações problematizadoras reais,

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320

produzem amadurecimento e desenvolvimento consistentes e progressivos dos

estudantes de medicina expostos a essas oportunidades de aprendizagem.

1.25.2 Convênios do curso com a Secretaria de Saúde A FAMETRO por meio do seu Curso de Medicina estabeleceu Termos de

Convenio vigentes com a Fundação de Medicina Tropical HVD, a SEMSA

(Secretaria Municipal de Saúde) e com a SUSAM (Secretaria de Estado da Saúde)

no sentido de garantir amplo acesso dos estudantes aos cenários de prática

pertencentes à Rede de Cuidados de Manaus. Essa inserção na rede propiciará

vivências dos estudantes para o conjunto necessidades, demandas e problemas de

saúde das diversas comunidades de Manaus.

1.25.3 Articulação do Curso com os Conselhos de Saúde e Instâncias Gestoras

do SUS

Com a participação dos acadêmicos nas atividades do IESC junto à atenção

básica dos serviços de saúde de Manaus procurar –se- á estabelecer núcleos de

gestão compartilhada das ações previstas nos planos de trabalho junto à Secretaria

Municipal de Saúde de Manaus (SEMSA) e a FAMETRO, enquanto os mecanismos

de gestão previstos na Portaria Interministerial Nº10, de 20 de agosto de 2014.

1.25.4 Atividades Previstas em Convênio

No âmbito local, as ações decorrentes da parceria estabelecida em contrato

deverão ser monitoradas e acompanhadas por um comitê local de integração de

ensino-serviços, constituído em cogestão e participação de membros da FAMETRO,

da SEMSA e do Conselho Municipal de Saúde.

Para estabelecer o planejamento estratégico do futuro comitê de integração

de ensino-serviços, representantes da FAMETRO deverão propor, em reunião

preliminar de organização e articulação desta integração, uma série de oficinas de

trabalho cuja pauta abrangerá temas de variada complexidade visando a

implementação dos seus objetivos. Para essas oficinas a FAMETRO propõe a

participação ampliada de diversos atores sociais da comunidade local e regional, tais

como: trabalhadores da saúde, Ministério Público, Conselho Regional de Medicina

do Amazonas, sindicatos do setor saúde, Departamento Regional de Saúde da

SEMSA, dirigentes, docentes e discentes das Instituições de Ensino Superior (IES)

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321

da área da saúde e membros do Conselho Municipal de Saúde. Dentre os principais

temas a serem inicialmente tratados nas oficinas de planejamento participativo

destacam-se:

A relação entre as Instituições de Ensino Superior (IES) sediadas no município

de Manaus e a SEMSA, gestora do SUS, incluindo aspectos, como: a forma

pela qual o município deverá se organizar para contemplar as IES que

utilizam seus equipamentos de saúde como cenários da prática médica; quais

os aspectos éticos da parceria entre as IES e a SEMSA; quais as formas de

participação da comunidade nessas decisões; a pertinência da delimitação

geográfica da atuação das diversas IES em Distritos de Saúde-Escola.

Necessidade de investimentos para adequação tecnológica e arquitetônica da

Rede de Saúde- Escola;

Necessidade de definição do modelo de inserção dos alunos nos cenários de

prática;

Participação do usuário no envolvimento e na compreensão desse novo arranjo

assistencial e de ensino, e de suas repercussões sobre a assistência à sua

saúde;

Remuneração dos trabalhadores de saúde nas atividades de ensino e

orientação de estudantes;

Participação ampliada de novos atores sociais na Gestão Colegiada em toda a

Rede de Saúde sob Gestão Municipal e também no âmbito das IES na

Gestão dos Cursos, da área da saúde em seus colegiados.

1.25.5 Diagnóstico situacional e Levantamento Epidemiológico de Risco

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

SANEAMENTO BÁSICO

Em setembro de 2014, o prefeito de Manaus aprovou o “Plano Municipal de

Saneamento Básico da Cidade de Manaus” (PMSB) nos vetores água e

esgotamento sanitário. O PMSB atende as exigências da Lei Federal Nº 11.445, de

5 de janeiro de 2007, elaborado em um esforço conjunto de técnicos da Prefeitura

de Manaus e consultores da Fundação Getúlio Vargas. Sua metodologia para

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322

elaboração incluiu audiências públicas coordenadas pela Unidade Gestora de Água

e Esgotamento Sanitário (UGP–Água); um diagnóstico de situação; uma análise dos

impactos da situação encontrada para a vida da população e para o ambiente; uma

lista de prováveis causas e as possíveis soluções. Os dois principais órgãos

municipais para a execução e acompanhamento do PMSB são a Secretaria

Municipal de Limpeza e Serviços Públicos e a Secretaria Municipal de Infraestrutura.

O PMSB passa a partir da sua provação a ser uma referência para a cidade,

pois contém as diretrizes e metas para o seu saneamento básico. O plano dispõe de

objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para universalização do

saneamento básico na cidade, admitidas soluções graduais e progressivas e

observando a compatibilidade com os demais planos setoriais. O PMSB recomenda

os programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas

elencados, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros

planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento.

Além disso, o plano prevê ações de emergência e contingência, com mecanismos e

procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações

programadas. O Plano Municipal de Saneamento da Cidade de Manaus tem prazo

indeterminado e suas projeções alcançam 20 anos, devendo ser atualizado e revisto

a cada quatro anos. É um instrumento técnico de planejamento de longo prazo que

faltava na cidade.

Manaus: Proporção de Moradores por Tipo de Abastecimento de Água

Abastecimento Água 1991 2000 2014

Rede geral 86,1 75,5 95

Poço ou nascente (na propriedade) 10,6 13,6 --

Outra forma 3,3 10,8 --

Fontes: DATASUS/Tabnet: Cadernos de Informações Municipais

Na zona urbana de Manaus, segundo informações da imprensa, citando como

fonte a concessionária de água e esgoto da cidade, há 95% de cobertura

populacional para o abastecimento de água tratada. Esse número é distinto segunda

a fonte, que justifica que a população tem o serviço disponível, mas ainda não o

utiliza. De qualquer forma, acesso a água tratada é fundamental para a saúde

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pública e qualidade de vida da população. A tabela abaixo mostra os dados obtidos

no Caderno de Informações Municipais existente no DATASUS para os anos 1991 e

2000. O dado mais atualizado vem de uma entrevista realizada em 2014 com o

responsável pela empresa concessionária de águas e esgotos da cidade.

O sistema de esgotamento sanitário de Manaus é um desafio constate de

todas as administrações municipais. A geografia da cidade e o fato de que é cortada

por inúmeros igarapés encontra muitos anos de negligência do poder público em

oferecer à população soluções práticas para a coleta, tratamento e destinação do

esgotamento sanitário. É de conhecimento geral as graves consequências sanitárias

e ambientais do acúmulo de lixo e dejetos orgânicos nos igarapés da cidade.

Manaus: Proporção de Moradores por Tipo de Instalação Sanitária

Instalação Sanitária 1991 2000 2016*

Rede geral de esgoto ou pluvial 2,0 32,2 25,0

Fossa séptica 47,2 36,5 40,0

Fossa rudimentar 28,4 14,4 25,0

Vala 8,3 3,6 --

Rio, lago ou mar - 7,2 5,0

Outro escoadouro 7,4 1,7 5,0

Não sabe o tipo de escoadouro 0,5 - --

Não tem instalação sanitária 6,3 4,4 --

Fontes: DATASUS/Tabnet; * Números estimativos

O sistema de esgotamento sanitário operado atualmente pela concessionária

possui uma extensão de 478 km de redes coletoras associadas a 60 estações de

tratamento de esgoto e 51 estações elevatórias. Um dos sistemas é integrado e

contempla o centro da cidade e bairros próximos. A concessionária também opera

34 sistemas isolados dispostos existentes na cidade, como é o caso de conjuntos

residenciais e outros. Esses sistemas isolados podem incluir a rede coletora e uma

estação de tratamento, assim como também estações elevatórias. Podem estar

interligados entre si para formar um sistema maior, em caso de estarem próximos e

não terem soluções individuais para o tratamento.

O acesso à coleta de lixo domiciliar, o tratamento e a disposição final do lixo é

imperativo a fim de evitar problemas de saúde, aumentar a qualidade de vida e

promover o asseio da cidade. Em Manaus, o destino final dos resíduos sólidos

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urbanos é um aterro sanitário licenciado, está situado no Km 19 da rodovia AM-010,

ligação Manaus – Itacoatiara em área pertence à Prefeitura de Manaus.

Proporção de Moradores por Tipo de Destino de Lixo em Manaus

Coleta de Lixo 1991 2000 2010

Coletado 77,8 90,8 90,8

Queimado (na propriedade) 9,7 6,0 -

Enterrado (na propriedade) 0,4 0,3 -

Jogado 11,6 2,4 -

Outro destino 0,5 0,4 -

Fonte: DATASUS/Tabnet: Cadernos de Informações Municipais; Plano Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus, 2010.

A coleta dos resíduos sólidos é terceirizada, assim como todos os serviços

que constituem o sistema de limpeza urbana da cidade, coordenada pelo

Departamento de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal de Serviços Públicos,

que também supervisiona o transporte desses resíduos ao aterro sanitário da

cidade.

Em Manaus, o Plano Diretor de Resíduos Sólidos foi elaborado em parceria

da administração municipal com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal

(IBAM), com apoio do governo estadual e do Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID), sendo divulgado em julho de 2010. Seu escopo é amplo e

seus objetivos e metas alcançam o longo prazo, com horizonte ultrapassando 2021.

É um instrumento de planejamento de longo prazo que faltava à cidade. Nele são

encontrados os principais conceitos que a cidade pretende consolidar ao longo da

sua implementação. Não só isso, mas a visão da gestão do resíduo sólido como

essencial para a manutenção da qualidade de vida da população.

DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO

Manaus é a sexta cidade mais rica do país, com um PIB 2014 de mais de 67

bilhões de reais. Este é um resultado muito bom, considerando que a cidade foi

reintegrada economicamente ao país a partir da implementação da Zona Franca de

Manaus (ZFM) em 1967, ou seja, cinquenta anos atrás. Até então, toda tentativa de

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integrar Manaus e a Amazônia ao restante do país fracassa pelas mais variadas e

justificadas razões. Parece impossível quebrar os interesses locais que desejam a

qualquer custo a manutenção do status quo. São os militares que passam ao largo

de ouvir os locais, modelo de atuação que não foi aplicado apenas à Região Norte

do país. Se isso agride ou traumatiza os representantes da Região, pelo menos

desfaz os mitos da distância; da dificuldade da vida humana naquela latitude; da

falta de apoio governamental; da falta de iniciativa privada. Ao contrário, a história

econômica de Manaus parece esperar a implementação, em regime de exceção, da

ZFM para conseguir finalmente sair de várias décadas de estagnação.

O gráfico de massa a seguir mostra a participação proporcional dos setores

econômicos no PIB de Manaus. Em primeiro lugar, nota-se que a agropecuária

representa um setor bastante pequeno na geração da riqueza municipal,

aproximadamente 0,4%.

Atividades Econômicas em Manaus, 2012

Manaus: Participação dos Setores Econômicos no PIB Municipal, 2013

Setor R$ 1.000 %

Agropecuária 206.316 0,4

Indústria 21.677.025 40,7

Serviços 31.422.174 58,9

Fonte: IBGE Cidades

O agronegócio, que move a economia de outro estado da região amazônica

que é Rondônia, ainda não chegou a Manaus. Apesar de uma pequena produção de

frutas e hortaliças, o enorme potencial da região, com terras férteis e abundância de

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água, ainda não foi explorado, resultado em uma inexpressiva participação do setor

primário na geração de riqueza da cidade. Manaus importa parte dos alimentos que

necessita e sua população fica limitada à produção de uma cultura local de

alimentos que resiste à mudança.

Já o setor secundário é o motor atrás da ZFM, representando 40,7% do seu

PIB, com os valores revisados do IBGE para 2014. A industrialização de Manaus foi

muito recente, a partir da implementação da ZFM, e ocorreu de forma desordenada,

evoluindo de acordo com o investimento realizado em produção incentivada, mais

que movida pelo mercado. As áreas de transportes e comunicações foram as

pioneiras, que tinham isenção fiscal específica, com regras claras de funcionamento.

Um dos mais importantes incentivos para uma indústria instalar-se e produzir

na ZFM é o nível do ICMS – o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços,

estabelecido em 12%. Esse é um imposto que em outras regiões fica abaixo de 4%,

existindo municípios do Sudeste e Sul que baixam ainda mais a alíquota do ICMS

como incentivo à fixação da indústria local. No entanto, na ZFM não se pagam: o

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS/PASEP e a Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social (COFINS) . Além disso, o incentivo alcança o

imposto de renda, na ZFM 75% menor que nas demais regiões do país. Desde o seu

início, a SUFRAMA, Superintendência da Zona Franca de Manaus, uma autarquia

federal, administra os negócios da ZFM.

O maior cliente das exportações da ZFM é a Argentina. Venezuela, Colômbia

e México são outros dos países que mais importam produtos do centro industrial.

Em 2010, Índia, Hungria, Alemanha e Países Baixos foram os países fora do

continente americano que mais registraram importações de produtos fabricados na

ZFM.

Manaus possui cerca de 650 mil veículos, metade disso sendo automóveis e

quase 8 mil ônibus, o que torna o transporte na cidade um desafio constante. A

cidade produz motocicletas, o que também é responsável pela cultura desenvolvida

nesse tipo de transporte, que somam quase 150 mil unidades.

O transporte público da cidade é feito principalmente por linhas de ônibus

operadas por empresas concessionárias, em um sistema hierárquico desenvolvido

com conhecimento do ir e vir da população. O governo anunciou planos para a

construção de um BRT, sistema leve e rápido de transporte de superfície, já

implantado em algumas capitais brasileiras.

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Como é de esperar, o transporte hidroviário é muito importante para a cidade

de Manaus, que possui o maior porto flutuante do planeta. O porto atende a toda a

região amazônica e é muito antigo. É capaz de operar quatro navios ao mesmo

tempo e mais três na época as cheias. Apesar de algum investimento no porto, nota-

se uma ausência relativa da parceria público-privada nessa área remota do país. O

porto pode ser ampliado rapidamente mas até hoje os planos não saem do papel.

Há também o Chibatão, um porto cargueiro para movimentação de cargas gerais e

containers.

Para completar a área de infraestrutura em transportes, a cidade conta com

um aeroporto internacional, denominado Aeroporto Internacional de Manaus –

Eduardo Gomes, localizado a 14 quilômetros do centro. O aeroporto tem capacidade

para 18 milhões de passageiros por ano e funciona com 15 a 20% da sua

capacidade. É o terceiro aeroporto do país em volume de carga movimentada. Os

principais destinos internacionais são Miami e Buenos Aires. Dentre os destinos

nacionais não regionais, destacam-se São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza

e Belém. Manaus tem mais um dois aeroportos: a base aérea e o aeroclube.

O turismo é um setor importante para a cidade, que é o oitavo destino turístico

mais visitado por estrangeiros, principalmente norte-americanos e alemães, muitos

deles chegando em navios cruzeiro, já que o Rio Amazonas permite a navegação

desses enormes meios de transporte turístico. Um dos fenômenos muito conhecidos

e visitados é o “Encontro das Águas”, justo ao lado da cidade, quando o Rio

Amazonas com água caracteristicamente barrenta encontra o Rio Negro e suas

águas de densidade menor, de coloração negra e límpida. As águas não se

misturam na superfície por até seis quilômetros de extensão, oferecendo um

espetáculo naturalmente incomum, que serve como atração turística.

A Educação em Manaus tem recebido investimento público e privado.

Segundo dados da Secretaria Municipal da Educação, Manaus conta com mais de

700 escolas de nível básico, 360 delas mantidas pelo município, 190 estaduais e as

outras particulares.

Funciona na cidade um dos doze Colégios Militares do país, o Colégio Militar

de Manaus, bastante prestigiado. O governo federal também mantém um instituto

educacional na cidade voltado ao ensino técnico e tecnológico ou superior de curta

duração.

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328

A penetração do ensino superior na cidade não chega a 11%, o que mostra

uma demanda potencial para os próximos anos na cidade, principalmente tratando-

se de uma cidade demograficamente jovem. A única universidade federal do Estado

é a Universidade Federal do Amazonas, tido como a mais antiga do país, por

remontar a uma coleção de cursos livres criados em 1909. Em 2001, foi criada outra

universidade pública, a Universidade do Estado do Amazonas.

O espaço da educação superior está sendo gradualmente ocupado por

instituições privadas de ensino superior. Os nomes presentes são: Universidade

Luterana do Brasil, Universidade Paulista, Centro Universitário Nilton Lins,

Faculdade Metropolitana de Manaus, Centro Integrado de Ensino Superior do

Amazonas, Faculdades Marta Falcão, Faculdades Táhiri, Faculdades La Salle,

Faculdade Salesiana Dom Bosco e o Centro Universitário do Norte.

INDICADORES DE MORBIMORTALIDADE

MORTALIDADE GERAL

O gráfico a seguir, mostra a taxa de mortalidade geral (TMG), também

conhecida como taxa bruta de mortalidade, expressa por mil residentes na cidade de

Manaus, em uma série histórica de dez anos, que inicia no ano 2005 e termina no

ano 2014. A TMG mede o risco de morte para o total da população, independente de

sexo, idade ou causa de óbito.

Pelo gráfico desenhado a seguir, Manaus tem TMG com tendência levemente

descendente na década estudada. Independente das causas da mortalidade,

Manaus tem uma população jovem, conforme representado em seção anterior deste

documento, situação na qual se espera uma diminuição da TMG desde que

asseguradas as condições gerais de higiene e saúde para a população. No início da

série, em 2005, a TMG foi de 6,1 óbitos por mil habitantes. A série finaliza em 2014

com 5,3 óbitos por mil habitantes dos residentes na cidade. Um cálculo matemático

que possa aferir o grau dessa queda é a taxa média anual composta de crescimento

ou diminuição (TACC) observada ao longo desses dez anos. A TMG em Manaus

diminuiu a uma TACC de 1,4% ao ano durante os dez anos observados.

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Manaus: Taxa de Mortalidade Geral por 1.000 habitantes, 2005-2014

Fonte: DATASUS / Tabnet: Estatísticas Vitais

Mas de que morrem os residentes na cidade de Manaus? Além dos fatores

individuais, há várias doenças que são determinadas por fatores sócio ambientais.

Portanto, uma série histórica da ocorrência da mortalidade na cidade pode oferecer

evidências importantes para o planejamento de saúde. A seguir, identificaram-se as

causas de óbitos em Manaus em uma série histórica de dez anos, entre 2005 e

2014, por causas evitáveis, na população de 5 a 74 anos. Para isso foi acessada a

base de dados existente no DATASUS / TABNET, que contém as informações do

atestado de óbito dos residentes na cidade, classificadas segundo a Classificação

Internacional das Doenças, 10ª revisão ou CID-10.

A tabela a seguir contém o total dos óbitos, ordenados pela frequência, da

maior para a menor, e classificados pela CID-10.

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Manaus: Causas de Óbitos por Doenças Evitáveis População de 5 a 74 anos, 2006 a 2015

Capítulo CID-10

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

IX. Ap circulatório

1.346 1.321 1.538 1.463 1.535 1.601 1.604 1.604 1.684 1.765

II. Neoplasias 1.184 1.306 1.368 1.416 1.436 1.561 1.812 1.704 1.735 1.798

XX. Caus externas

1.166 1.130 1.305 1.308 1.555 1.730 1.772 1.657 1.723 1.954

XVIII. Sint e sinais

1.067 944 981 1.023 902 1.004 1.065 1.200 1.178 1.346

X. Ap respiratório

615 640 689 701 706 752 715 727 877 886

I. D. infec parasit

407 452 461 477 535 546 525 561 637 619

IV. D. endócrinas

305 362 408 458 455 511 515 554 612 611

XI. Ap digestivo

306 382 377 337 350 394 373 375 360 406

XVI. Afec perinatal

333 304 319 333 263 268 267 276 285 277

XVII. Malf cong

182 182 180 179 184 191 202 230 219 192

XIV. Ap. Gen.urin

131 155 156 165 133 151 168 167 208 258

VI. D. sist nervoso

102 89 128 113 125 131 157 157 183 168

XIII. D. osteom

42 31 33 50 47 49 41 44 49 65

III. D. sang hemat

41 36 40 38 47 59 37 42 26 39

V. Transt mentais

32 35 40 35 33 22 23 27 21 25

XV. Grav part puer

18 27 19 39 31 20 23 28 43 23

XII. D. pel tec subc

14 26 16 17 21 23 12 4 6 16

VIII.D.ouv e apóf

- - 1 3 6 2 4 1 2 3

Total 7291 7422 8059 8155 8364 9015 9315 9358 9848 10451

Fonte: Ministério da Saúde/Tabnet

As seis principais causas de óbito em Manaus, durante o período

compreendido entre os anos de 2005 e 2014, por capítulo da CID-10 foram

respectivamente: Capítulo IX – Doenças do Aparelho Circulatório; Capítulo II –

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Neoplasias (Tumores); Capítulo XX – Causas Externas de Morbidade e Mortalidade;

Capítulo XVIII – Sintomas, Sinais e Achados Anormais de Exames Clínicos e de

Laboratório, não classificados em outra parte; Capítulo X – Doenças do Aparelho

Respiratório e Capítulo I – Doenças infecciosas e parasitárias.

Nos quatro primeiros anos dessa série histórica as doenças circulatórias são

a causa mais frequente de óbitos em Manaus. No entanto, a partir de 2010, o

cenário muda e as causas externas assumem a liderança, seguidas pelas

neoplasias. Hoje, Manaus tem como causa primeira de mortalidade as causas

externas, aí incluídas todas as formas de violência urbana, que marcam a vida

contemporânea em nosso país, não importando a coordenada geográfica. Em dez

anos, as causas externas sobem de menos de 1.200 óbitos anuais para quase 2 mil.

O gráfico a seguir mostra a evolução no tempo dessas seis principais causas

de óbitos na cidade.

Manaus: Seis Principais Causas de Óbitos, CID-10, 2006-2015

Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS/Tabnet

Manaus tem um perfil de transição epidemiológica, no qual as causas de

mortalidade mais frequentes combinam-se com as doenças crônicas e

degenerativas, como causas externas, e doenças preveníveis, como é o caso das

infecciosas e parasitárias. Nota-se o comportamento dos óbitos por causas externas

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que sai da terceira colocação no início da série histórica e segue assim por quatro

anos, para ultrapassar todas as outras causas.

Em segundo lugar estão as doenças classificadas como neoplasias ou

tumores, agrupadas no Capítulo II da CID-10. Nota-se também que esse grupo de

doenças assume a segunda posição como causa de óbito até 2012, quando torna-se

a primeira causa nos dois anos seguintes. Em 2015, perde para o Capítulo XX –

Causas Externas de Morbidade e Mortalidade, que então predomina sobre as outras

causas. As neoplasias estão relacionadas aos hábitos de vida, alimentação e grau

de sedentarismo, além dos fatores individuais. Esse tipo de doença exige um

sistema de saúde capacitado para o seu diagnóstico precoce. A maioria dos casos

de tumores diagnosticados no Brasil está em estágio muito adiantado para permitir a

remissão ou a cura completa, o que traz muito sofrimento para o paciente e sua

família, além do alto custo do tratamento.

Em relação às causas de óbitos agrupadas no Capítulo XX da CID-10 que

são as Causas Externas de Morbidade e Mortalidade é importante levantar algumas

questões importantes, devido ao seu comportamento em Manaus. Essas causas

saíram do terceiro lugar em 2006 para o primeiro lugar em 2015. Aí estão as

consequências de todos os traumas, acidentes e violência. As cidades brasileiras

em geral estão a enfrentar esse desafio atual e suas consequências. Como esse

grupo de causas atinge principalmente homens jovens, uma das causas mais

frequentes são os acidentes com motocicletas, que representam pelo menos um

terço dos acidentes de trânsito em geral.

Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, em seu Plano Municipal de Saúde

2014 – 2017 reconhece o papel desse grupo de causas. Segundo o PMS, em 2002

ocorreram 933 óbitos por causas externas com o coeficiente de 62,7 por 100.000

habitantes. Dez anos mais tarde, em 2012, foram 1.771 óbitos com o coeficiente de

95,1 por 100.000 habitantes, um aumento de mais que 50% no período. Destacados

entre essas causas estão os homicídios, com taxa de mortalidade de 25,9 óbitos por

100 mil habitantes Em 2002 e 56,4 por 100 mil habitantes em 2012, mais que o

dobro de aumento. Dentre seus objetivos está o da redução desse grupo de causas

de óbito.

É preciso lembrar que a integração ensino serviço, no caso particular de

Manaus é muito útil. Neste sentido, a função dos serviços de saúde qualificados pelo

contato acadêmico são direcionados a desenvolver um vínculo humanizado e

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profundo com o usuário do SUS, que permita o levantamento completo e ordenado

do seu histórico médico, da sua história familiar e dos seus hábitos pessoais.

MORTALIDADE INFANTIL

Segundo o Plano Municipal de Manaus, versão 2014 - 12017 com acesso via

site da prefeitura da cidade, o declínio da mortalidade infantil teve início na década

de 70 e persiste numa trajetória de decréscimo. Neste documento, levantou-se uma

série histórica de 15 anos, iniciando em 2.000 e terminando em 2.014. Nos anos de

2008, 2009 e 2013 as taxas de mortalidade infantil ficaram fora da curva da

distribuição polinomial com R2=0,9576, para cima, ou seja nesses anos específicos

alguma coisa ocorreu para diminuir a tendência de queda observada nos outros

anos da série. Uma explicação encontrada no Plano Municipal de Saúde de Manaus

2014-2017 é a melhoria das condições para notificação do óbito infantil. Em outras

palavras, os óbitos infantis passam a ser conhecidos, enquanto na situação anterior,

muitas famílias não declaravam nem o nascimento, nem o óbito da criança.

O CMI tem sido mundialmente usado para avaliar o nível global de saúde, as

condições de vida de uma população e a eficácia dos serviços de saúde. O CMI se

divide em dois componentes, o neonatal (0 a 28 dias) e o pós-neonatal (29 dias a 1

ano de idade). O Coeficiente Neonatal por sua vez, abrange o Coeficiente Neonatal

Precoce (0 a 7dias) e o Coeficiente Neonatal Tardio (8 a 28 dias). O Coeficiente

Neonatal é um indicador muito sensível em relação à qualidade dos cuidados

obstétricos e neonatais, enquanto o componente pós-neonatal mede o risco de uma

criança vir a morrer antes de completar o primeiro ano de vida.

Em 2014, o Coeficiente de Mortalidade Infantil em Manaus atingiu 13,9 óbitos

infantis por 1.000 nascidos vivos. O gráfico a seguir mostra a série histórica do CMI

nos 15 anos compreendidos entre 2000 e 2014.

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334

Coeficiente de Mortalidade Infantil, Manaus 2000 – 2014

Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS/Tabnet

Das métricas utilizadas para planejamento e gestão dos serviços de saúde, o

CMI é uma medida tradicional e útil já que serve para o acompanhamento dos

eventos na própria região medida, ou comparações intra regionais e internacionais,

sempre em séries históricas. No Brasil, a qualidade desse indicador tem melhorado

com o registro adequado do óbito infantil e a anotação correta da residência dos pais

da criança. Sabe-se que muitos óbitos que ocorrem no primeiro ano de vida são de

pessoas que não residem em Manaus, mas é onde o óbito é registrado. A

notificação dos óbitos infantis de pais não residentes no município, desde que no

momento da declaração do óbito, por alguma razão, omitam o fato de residirem fora

do município pode causar uma visão distorcida desse indicador.

Entre 2000 e 2014, a mortalidade infantil em Manaus caiu de 30,1 para 13,9

óbitos infantis por mil nascidos, ou seja, uma redução à metade do nível observado

no início da série histórica, o que é notável. A variabilidade nos resultados ano a ano

é pequena, tanto no coeficiente como nos números absolutos. Para observar a

tendência dessa dispersão de valores, desenhamos uma linha de tendência

polinomial, que é a linha que melhor se ajusta entre os dados encontrados na série

histórica, obtendo R2 próximo da unidade, ou seja, uma forte tendência à

continuidade da redução do CMI.

Em Manaus houve, nos 15 anos retratados na série histórica, um total de

10.469 óbitos infantis. A análise da mortalidade infantil na cidade mostra que 50%

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335

das mortes ocorrem nos primeiros 7 dias de vida (mortalidade neonatal precoce),

20% entre 7–27 dias (mortalidade neonatal tardia) e 30% de 28–364 dias

(mortalidade pós-neonatal). Esse quadro aponta para a necessidade de melhoria

permanente da qualidade da atenção pré-natal, do planejamento familiar e da

atenção hospitalar, além da terapia intensiva aos recém-nascidos de risco. Dentre as

causas diretas da mortalidade neonatal, a sepse, as infecções graves, a asfixia e o

parto prematuro são responsáveis pela maioria dos óbitos nos primeiros 7 dias de

vida. Historicamente, a mortalidade perinatal é o principal componente da

mortalidade infantil e suas causas são as mais difíceis de prevenir e controlar. O

período perinatal começa nas 22 semanas completas (154 dias; 5 meses e meio) e

termina no sétimo dia completo após o nascimento.

Na análise feita pelo Plano Municipal de Saúde de Manaus 2014 – 2017, fica

demonstrada a necessidade da continuidade das ações programáticas para as

crianças ainda nos seus primeiros dias de vida. Uma iniciativa que pode trazer

melhorias a esta situação é a revisão completa das ações na rotina realizadas,

desde os exames realizados durante a assistência pré-natal, com a finalidade de

certificar os processos e ações. Em seguida, algo difícil de controlar por profissionais

de saúde, que é a melhoria das condições socioeconômicas das famílias

(alimentação adequada, instrução suficiente, condições otimizadas de higiene e

moradia, dentre outras). Entretanto, mesmo difícil, o profissional de saúde que tenha

o enfoque familiar e de comunidade pode influenciar a melhoria das escolhas que as

pessoas fazem, em geral pessoas que tiveram um pequeno rol de oportunidades na

vida e mesmo assim algumas delas não foram assumidas como desafio, por alguma

razão. Daí o vínculo longitudinal, com comprometimento à família e à comunidade,

que podem acrescentar a qualidade esperada e melhorar ainda mais o CMI na

cidade.

MORTALIDADE MATERNA

Em 1997, a Organização Mundial da Saúde define morte materna como: “...

morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o

término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez,

devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas

em relação a ela, porém não devida às causas acidentais ou incidentais”.

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Desta forma, tem-se que a morte materna acontece quando uma mulher

morre por alguma dificuldade relacionada à gestação ou ao parto, desde o momento

da internação para dar à luz até o final do puerpério, devido às causas internas ou à

assistência prestada nesse período, como por exemplo quando adquire uma

infecção hospitalar.

O desenho dos números referentes à mortalidade materna em Manaus,

durante uma série histórica de 14 anos consta do gráfico abaixo. A dispersão dos

números é muito grande e como resultado, a curva de tendência obtida reflete essa

dispersão com R2 = 0,2286.

Razão de Mortalidade Materna, Manaus 2000 – 2014

Fonte: Tabnet DATASUS

A razão de mortalidade materna (RMM) é calculada a partir das estatísticas

vitais que criam um grupo à parte, de acordo com a definição aceita para esse

evento. No Brasil, os dados são organizados pelo Ministério da Saúde que os

acompanha por meio do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna. A RMM,

também chamada taxa ou coeficiente de mortalidade materna, é calculada dividindo-

se o número de óbitos maternos, pelos nascidos vivos, ambos por local de

residência e período correspondentes, sendo sempre expressa por 100 mil nascidos

vivos. Os nascidos vivos são adotados como uma aproximação do total de mulheres

grávidas, ou seja, o universo a ser considerado.

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Em Manaus houve 361 óbitos maternos nos 14 anos que compõem a série

histórica analisada, entre 2001 e 2014. A RMM é um indicador útil para o

planejamento, controle e avaliação das ações programáticas a nível local pois reflete

a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas de mortalidade materna

estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo,

desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal, até a assistência ao parto e

ao puerpério.

O Plano Municipal de Saúde de Manaus 2014-2017 comenta que a RMM

ainda está elevada, acima dos valores preconizados pela Organização Mundial da

Saúde. O Plano indica a necessidade de manutenção e incremento das ações de

monitoramento e vigilância da mortalidade materna e infantil, com vistas à redução

de mortes evitáveis.

No entanto, o indicador em Manaus é bastante volátil, variando de valores

acima de 98 para os menores, nunca abaixo dos 34 óbitos maternos por 100 mil

nascidos vivos. A variação observada não deveria ocorrer. É recomendável que haja

investigação de todos os casos de óbitos maternos, como atualmente ocorre em

Manaus. Essa é uma área prioritária não só para o planejamento da saúde local; é

um tipo de métrica que indica como funcionam os serviços de saúde para esta

população vulnerável.

Além da vigilância do óbito materno, Manaus faz parte da “Rede Cegonha”,

ambas frentes de trabalho apoiadas pelo governo federal, com o objetivo de

aprofundar o entendimento das causas e circunstâncias da mortalidade materna. A

mortalidade materna pode e deve ser evitada e seu entendimento profundo oferece

uma série de informações a serem utilizadas pelo planejamento local da saúde.

MORBIDADE HOSPITALAR

Capítulo CID-10

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

XV. Grav. parto

32.798 31.519 31.917 34.655 36.242 35.946 35.724 37.566

XI. Ap. digestivo

9.594 10.156 10.375 12.340 12.583 11.245 9.973 11.958

X. Ap. respiratório

6.910 9.405 10.985 11.123 12.119 11.829 10.359 10.106

I. D. infec parasit

8.549 8.260 8.012 10.307 8.266 7.464 6.402 7.250

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Diagnósticos de internação-SUS em Manaus, 2008 – 2015 Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS (TABNET), Informações de Saúde, Epidemiológicas e de Morbidade

O estudo da morbidade hospitalar por meio das internações nos leitos SUS de

Manaus é uma aproximação confiável do perfil da morbidade que ocorre na cidade;

são agravos à saúde não resolvidos em ambulatório. Entretanto, como Manaus

concentra muitos dos recursos hospitalares do Estado inclusive 92% dos médicos, a

distribuição dos diagnósticos das pessoas internadas na cidade, é um reflexo da

ocorrência de doenças na comunidade. Associando o perfil de morbidade hospitalar

ao perfil de mortalidade é possível formular hipóteses de solução para as questões

IX. Ap. circulatório

7.073 6.384 6.774 7.115 7.454 6.781 6.399 7.116

XIX. Les.c. externas

4.705 4.666 4.961 6.981 7.763 7.309 5.892 7.308

XIV.Ap. geniturin

4.280 5.021 4.905 5.967 6.136 5.743 4.934 5.930

II. Neoplasias 6.389 6.366 6.629 5.522 4.773 4.410 3.188 3.855

XVI. Afec perinatal

5.457 1.842 2.086 2.342 2.061 1.253 1.522 1.793

VI. D. sist. nervoso

1.531 1.527 1.608 1.935 1.942 1.805 1.576 1.876

IV. D. endócrinas

1.247 1.418 1.458 1.685 2.379 2.074 1.210 1.678

XXI. Cont s saúde

5.017 1.917 1.249 1.152 1.156 1.051 728 813

XII. D. pele subcut

703 989 1.230 1.437 2.022 1.998 1.557 2.167

XIII.D. sist osteom

1.495 1.472 1.285 917 757 863 640 755

XVII.Malf cong

715 694 668 781 755 748 791 1.112

V. Transt mentais

711 741 786 625 675 668 643 724

XVIII.Sint sinais ach

789 409 476 570 753 835 626 786

III.D.sangue hemat

511 449 461 428 453 399 352 488

VII. D. olho anexos

25 33 297 134 80 206 232 498

VIII.D. ouvido apóf

108 120 126 145 110 109 110 163

XX.Causas extern

23 39 26 44 38 17 8 4

Total 98.630 93.427 96.314 106.205 108.517 102.753 92.866 103.946

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levantadas, colaborando desta forma com o planejamento dos serviços de saúde

locais.

Partindo de uma série histórica que registra as internações hospitalares em

leitos do SUS (públicos e privados contratados) no município de Manaus, nos oito

anos compreendidos entre 2008 e 2015, é possível ver de maneira clara as causas

mais frequentes das internações na cidade.

Como podem ser vistas na tabela, as cinco principais causas de internação

hospitalar em Manaus são: Capítulo XV. Gravidez, Parto e Puerpério; Capítulo XI.

Doenças dos Aparelho Digestivo; Capítulo X. Doenças do Aparelho Respiratório;

Capítulo I. Doenças infecciosas e parasitárias; e Capítulo IX. Doenças do Aparelho

Circulatório.

O principal grupo de causas de internação para beneficiários do SUS em

Manaus, assim como também ocorre na maioria dos municípios brasileiros do

mesmo porte, e destacando-se das demais é o Capítulo XV Gravidez, Parto e

Puerpério. Foram 276.367 internações em oito anos de observação, ou média de

34.546 internações por este grupo de diagnósticos por ano.

Manaus: Cinco Principais Causas de Internação Hospitalar-SUS, 2008-2015

Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS (TABNET), Informações de Saúde, Epidemiológicas e de

Morbidade

O gráfico apresentado imediatamente acima retira da tabela de todas as

causas de internações na cidade de Manaus, apenas os cinco principais

diagnósticos, que correspondem a 70,5% de todas as internações SUS do período.

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Manaus: Cinco Principais Causas de Internação Hospitalar Porcentagem do Total das Internações SUS no Período 2008 a 2015

Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS (TABNET), Informações de Saúde, Epidemiológicas e de Morbidade

Ao longo dos oito anos considerados, as doenças dos aparelhos digestivo e

respiratório, esses dois grandes grupos que ocupam o segundo e terceiro lugar na

ordem de frequência das internações na cidade, além de muito próximos no número

total de internações e também na proporção do total de internações, têm perfil de

ocorrência semelhante, algumas vezes trocando de posição entre si.

É importante lembrar neste ponto que as consequências das causas externas

e as neoplasias são as duas mais importantes causas de mortalidade em Manaus.

Em termos de internação hospitalar, não chegam aos cinco principais diagnósticos.

Aparentemente, as internações por neoplasia estão sendo classificadas nos

sistemas orgânicos correspondentes, ou seja, digestivo, respiratório, aparelho

reprodutor feminino, gênito-urinário. Portanto, aqui encontram-se dois dos principais

desafios da cidade: efetivar a estratégia de controle desses agravos.

O quarto grupo de causas mais frequentes nas internações da cidade de

Manaus, que tem perdido seu lugar, mas na série histórica não é possível negar sua

relevância são as condições classificadas no capítulo I da CID-10, ou seja, as

doenças infecciosas e parasitárias. Existe tendência à diminuição das internações

por essas doenças que foram responsáveis por um total de 64.510 internações na

cidade de Manaus nos oito anos da série histórica, ou 8.064 internações por ano em

média, o que resulta em uma posição relativa dessas doenças de 7,9% de todas as

internações.

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O quinto grupo de causas de internações hospitalares em Manaus é o

Capítulo IX. Doenças do Aparelho Circulatório que totalizaram 55.096 internações

nos oito anos considerados na série histórica, ou uma média de 6.887 internações

anuais.

MORBIDADE POR DOENÇAS INFECCIOSAS

Segundo o Plano Municipal de Saúde de Manaus (PMSM) 2014-2017, a

“notificação de doenças e agravos transmissíveis tem sido uma das principais

ferramentas de que dispõe o serviço de saúde para controle da cadeia de

transmissão de doenças” Em Manaus os esforços das equipes municipais de saúde

pública na área de notificação de doenças têm surtido resultado. Em 2007, foram

notificados 13.570 casos suspeitos de doenças transmissíveis. Em 2013, esse

mesmo número foi 41.760 casos, o que indica uma adesão grande das equipes de

saúde municipais à necessidade de notificar o sistema de informações

correspondente do Ministério da Saúde, o SINAN.

Esta seção do documento tem o objetivo de levantar as informações

existentes no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), desde 2007,

para a situação enfrentada por Manaus quanto a essas doenças, chamadas

“doenças de notificação”. O SINAN registra, armazena, prepara, processa e divulga

dados brutos e relatórios sobre agravos de notificação em todo o território nacional,

contribuindo para o planejamento e a tomada de decisão em nível municipal,

estadual e federal. Evidentemente, as notificações refletem parte da situação

encontrada, já que nem todas as doenças estão disponíveis nesse sistema. Para

isso, complementa-se esta seção com dados obtidos do PMSM 2014-2017.

MALÁRIA

A malária é uma doença aguda, causada pelo Plasmodium, um protozoário

transmitido aos seres humanos pela picada das fêmeas infectadas dos mosquitos

anofelinos. Seu diagnóstico diferencial deve ser feito com outras doenças

infecciosas agudas febris, inclusive a febre tifóide, a febre amarela, a leptospirose,

as hepatites virais, entre outras.

No ano de 2010, o estado do Amazonas notificou 74.130 casos de malária,

dos quais 98,8% autóctones, que correspondem a um quinto do total de casos

notificados na Amazônia Legal. Este número foi 27% menor que o número de casos

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notificados no ano anterior. Manaus está entre os municípios que contribuem com

80% dos casos totais.

A malária é uma das doenças endêmicas de Manaus, um sério problema de

saúde pública desde 1993, quando ocorreu a primeira das três grandes epidemias,

com a situação repetindo-se em 1997 e 1999. Em 2001 houve uma redução da

ordem de 72,5% dos casos quando comparado ao igual período de 2000. No

entanto, em 2003, foram notificados 68.373 casos, quatro vezes mais que no ano

anterior. Em 2004 houve nova epidemia, com o registro de 54.701 casos e em 2005

esse número dobrou.

No decorrer dos últimos anos, Manaus apresentou considerável redução do

número de casos e manutenção dos resultados. O Plano Municipal Plurianual de

Combate à Malária tem contribuído efetivamente para o controle, uma vez que está

baseado em ações intersetoriais e inter institucionais. A cidade tem conseguido ficar

com números abaixo de 1.300 casos por mês em média, enquanto nas epidemias

esse número pode chegar a ser 7 vezes maior.

Os números relatados, bem como sua análise, foram registrados durante a

elaboração do PMSM 2014 – 2017. Os dados do TABNET / DATASUS para a

malária no município não estão disponíveis à consulta pública.

No Brasil, estima-se a ocorrência de 200 a 400 mil casos anuais da doença

nos estados componentes da Amazônia legal, nos quais ocorrem a maioria das

notificações da doença ao SINAN. Em ordem alfabética, os seguintes estados

brasileiros apresentam as maiores frequências: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão,

Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

DENGUE

A dengue é uma doença que representa um desafio para a saúde pública em

todo país e tem causado preocupação particular para as autoridades sanitárias de

Manaus. O perfil de ocorrência da doença foi desenhado no gráfico a seguir, com os

dados das notificações dos casos confirmados entre 2007 e 2014 no Sistema de

Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Nota-se que a dengue começou a

série histórica com 1.989 casos confirmados notificados, o que não caracteriza uma

epidemia em uma cidade do porte de Manaus. No ano seguinte houve 5.975

notificações, mas aparentemente houve controle da situação.

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Manaus: Casos Notificados de Dengue, 2007-2012

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

Em 2011, 54.342 casos de dengue foram notificados ao SINAN, uma

epidemia. Nesse ano, a taxa de incidência de dengue foi de 2.966 casos

confirmados por 100 mil habitantes, uma clara epidemia, que desencadeou ações de

controle bastante intensivas.

De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue, que define os

parâmetros de incidência da doença e estuda a doença no país, as áreas de

ocorrência podem ser classificadas em três níveis: baixa taxa de incidência (menor

que 100 casos), média taxa de incidência (100 a 300 casos) e alta taxa de incidência

(maior que 300), indicadores sempre expressos por 100 mil habitantes.

AIDS

O tratamento atual da doença possibilita o aumento da sobrevida dos

portadores do vírus da imunodeficiência humana, tornando esta doença mais uma

das várias afecções crônicas que existem no país. A observação epidemiológica

mais recente da doença no país mostra um ressurgimento da incidência

predominante no sexo masculino, como é o caso também em Manaus, onde pelo

menos o dobro dos casos notificados são ocorrências em homens. A tabela a seguir

mostra os casos novos de AIDS notificados na cidade entre 2007 e 2013.

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Manaus: Casos Novos Notificados AIDS, 2007-2013

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

Nos sete anos que constituem a série histórica foram notificados um total de

4567 caos, ou seja, 652 casos novos notificados por ano em média. Como já

mencionado, há predomínio de casos novos no sexo masculino em todos os anos,

em geral o dobro da ocorrência que no sexo feminino.

TUBERCULOSE

O número de casos novos de tuberculose (todas as formas) notificados no

município de Manaus entre os anos 2006 e 2015 mostra uma tendência de aumento,

como se pode notar do gráfico a seguir.

Manaus: Casos Novos de Tuberculose, 2006-2015

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

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No entanto, os dados do SINAN não correspondem aos dados do PMSM

2014-2017, que analisa uma situação de diminuição da incidência. A tuberculose em

Manaus é reconhecida como uma doença endêmica, persistente, condicionada aos

determinantes sociais. A maior razão para o tratamento não surtir efeito é a não

adesão ou abandono. É frequente a ocorrência de retratamentos, o que promove o

desenvolvimento de resistência bacteriana aos antibióticos e ou quimioterápicos

mais comumente utilizados em seu tratamento.

A taxa de incidência de casos novos de tuberculose em Manaus também é

preocupante, já que atinge 130 casos por 100 mil habitantes em 2015, praticamente

quatro vezes a taxa do Brasil, que está em torno de 33 casos por 100 mil habitantes,

mantendo Manaus como uma das cinco capitais com as maiores taxas de incidência

de tuberculose.

Taxa de Incidência de Tuberculose em Manaus, 2006-2015 (por 100 mil habitantes)

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

Durante a série histórica considerada, a taxa de incidência da tuberculose

mais baixa de 107,4 casos por 100 mil habitantes inicia a série em 2006. Todos os

nove anos a seguir ou mantiveram ou aumentaram essa taxa de incidência. Em

termos comparativos, vale indicar que a taxa de incidência da tuberculose nos EUA

é de 8,7 por 100 ml habitantes e no Canadá é de 7 casos por 100 mil habitantes. É

recomendável que as autoridades sanitárias de Manaus observem com lupa o

desenvolvimento da situação retratada, ativando os mecanismos da vigilância

epidemiológica municipal.

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346

HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença associada às precárias condições de vida da

população. O Brasil é o 2º país do mundo em incidência e prevalência de casos de

hanseníase. O diagnóstico precoce é a melhor forma de controle desta doença e

muda o seu prognóstico.

O Amazonas encontra-se em 17º lugar no país no ranking de casos novos da

doença. A cidade de Manaus concentra 40% desses casos. Em 2012 ocorreu uma

incidência de 15 por 100.000 habitantes. A série histórica levantada inicia em 2006

com notificação de 396 casos. A partir daí há uma tendência à diminuição do

número de casos notificados, o que é demonstrado pelo último número da série, de

2015, com 224 casos novos, uma redução para praticamente a metade. Segundo

dados do PMSM 2014-2017 a Secretaria Municipal de Saúde passa a partir de 2007

a intensificar as ações de diagnóstico, combate e prevenção dessa doença. Hoje o

Município desenvolve Ações de Controle da Hanseníase em cerca de 80 Unidades

de Saúde e tem uma taxa de abandono de tratamento de 4% o que está adequado

para casos semelhantes.

Manaus: Casos Novos de Hanseníase, 2006-2015

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

HEPATITES

As hepatites virais, conhecidas como hepatites B, C e D são produzidas por

vírus que têm afinidade ao tecido hepático, mas seus sintomas são inespecíficos e

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347

discretos. Como consequência há dano ao fígado e tornam-se doenças crônicas, em

alguns casos podendo evoluir para câncer hepático. Sua ocorrência é paralela à das

doenças sexualmente transmissíveis (DST), em particular AIDS.

Em Manaus sua ocorrência é alta e tem sido enfrentada pela cidade como um

problema de saúde pública sério. Na série histórica levantada para demonstrar a

relevância do agravo para a população da cidade, o registro inicial de 2007 foi de

412 casos novos. A série termina oito anos após, em 2014 com 1.635 casos,

praticamente quatro vezes o valor inicial. O gráfico a seguir mostra a evolução das

hepatites virais na cidade de Manaus.

Manaus: Incidência das Hepatites Virais, 2007-2014

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

Ao longo dos oito anos levantados na série histórica foram notificados um

total de 7.861 casos novos de hepatites virais em Manaus, o que dá uma média em

torno de 982 casos novos por ano. São doenças cujos sintomas são inespecíficos,

atingem uma população jovem e produtiva, e têm alto custo do seu tratamento.

Portanto, a prevenção é a abordagem a ser utilizada neste caso: vacinação contra a

hepatite B e campanhas educativas.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Em Manaus, nos últimos nove anos foram notificados 7.193 casos de

leishmaniose tegumentar americana. Como se pode ver no gráfico a seguir, a

variação das notificações ano a ano é muito grande, o que pode significar algum

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348

problema no processo de notificação dessa doença, desde a falta de diagnóstico à

perda do dado. No ano de 2011 registrou-se um aumento no número de casos,

quase três vezes comparado ao mesmo período do ano anterior. A série histórica foi

levantada junto ao SINAN e alguns dos dados são divergentes daqueles divulgados

pelo PMSM 2014 – 2017.

Manaus: Casos Confirmados de LTA, 2007-2015

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

LEPTOSPIROSE

A leptospirose é uma doença causada pela Leptospira, uma bactéria

transmitida pela urina de ratos infectados. O diagnóstico tradicional é o teste de

Weil, mas sua confirmação é sorológica, via método ELISA. O gráfico a seguir

mostra a distribuição de casos novos de leptospirose entre 2007 e 2015.

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349

Manaus: Casos Confirmados de Leptospirose, 2007-2015

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

Os dados utilizados para o desenho do gráfico apresentado são do SINAN, e

mostram um total de 485 casos de leptospirose notificados em nove anos, ou uma

média de 54 casos por ano, com uma variação grande no número de casos

reportados, que vai do valor mais baixo de 32 casos em 2010 ao mais alto 71 casos

em 2014.

MENINGITES

As meningites são doenças que atingem as meninges podendo ter etiologia

viral ou bacteriana, na maior parte das vezes. Nos oito anos da série histórica

levantada no SINAN, entre 2007 e 2014, foram notificados 2.074 casos de

meningites em Manaus, um número médio de 260 casos por ano. O gráfico a seguir

retrata a situação, calculada a taxa de incidência para o mesmo período.

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350

Manaus: Taxa de Incidência de Meningite, 2007-2014 (por 100 mil habitantes)

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

Os acidentes com animais peçonhentos são muito frequentes nas cidades

brasileiras. Ocorrem pela injeção de veneno das serpentes, aranhas, escorpiões,

abelhas, formigas e outros no ser humano. Em Manaus, nos últimos oito anos,

houve notificação de 2.604 acidentes com animais peçonhentos de todo tipo, o que

dá uma média de 326 casos mensais. Esse tipo de acidente pode ser até mais

frequente do que o notificado pela autoridade sanitária local, sendo muitas vezes

negligenciado por tratar-se de agravo pequeno, ou pelo aumento da carga

burocrática de equipes de atendimento já no limite da sua capacidade. O gráfico a

seguir mostra que Manaus notifica cada ano mais esse tipo de acidente,

provavelmente com a conscientização gradativa de que esse dado é fundamental

para o planejamento dos recursos necessários aos cuidados prestados a esses

casos.

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351

Manaus: Notificações de Acidentes com Animais Peçonhentos, 2007-2014

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: SINAN

A forma mais adequada de tratar esse tipo de acidente é a utilização de

antivenenos, que desta forma previnem danos mais graves à saúde da pessoa. Os

antivenenos são disponibilizados pelas autoridades federais e distribuídos em todos

os estados, de acordo com a demanda. O SINAN é a fonte principal de dados para

informar ao Ministério da Saúde as necessidades das cidades, daí a importância da

notificação, para garantir o suprimento adequado.

Nesses casos, em particular, é de fundamental importância o trabalho dos

agentes comunitários de saúde (ACS), pois realizam visitas domiciliares com maior

frequência que os outros profissionais das equipes de saúde da família. Os ACS

devem orientar a comunidade em geral como proceder em casos de acidentes com

animais peçonhentos. Alguns desses acidentes podem ser graves e causar dano

permanente à pessoa, daí a necessidade da adequada intervenção do serviço de

saúde.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E/OU OUTRAS FORMAS

Os dados do gráfico a seguir foram retirados do PMSM 2014-2017.

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Manaus: Notificações de Violência, 2009-2012

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, Informação em Saúde, TABNET

Nos quatro anos compreendidos entre 2009 e 2012, Manaus notificou quase

dez mil casos de violência doméstica, sexual e outras formas de violência na cidade,

o que são sete casos por dia. O comportamento agressivo que no final resulta em

violência geralmente inicia com os aspectos mais simples da convivência diária:

comida, limpeza da casa, cuidados dos filhos, presença de outros familiares adultos

no mesmo ambiente em que convive o casal. Um avanço conseguido nos últimos

anos foi a aprovação da lei 10.778 de 2003, que estabeleceu a notificação

obrigatória, em todo o território do país, da violência contra a mulher.

IMUNIZAÇÃO E DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS

O Programa Nacional de Imunizações é uma referência mundial na

implantação das políticas de prevenção por meio de imunobiológicos. As

recomendações do Programa são seguidas na rede assistencial de Manaus, que

tem conseguido cobertura ampla e consistente da população assistida, para todas

as vacinas disponíveis: BCG; hepatite A; hepatite B; penta / DTP; VIP/VOP (pólio

oral); rotavírus humano; meningocócica C; febre amarela; tríplice viral (SCR);

tetravalente (DPT/Hib); HPV; dupla adulto; dTpa; influenza. Um retrato dessa

atividade pode ser visto na tabela a seguir, que mostra a cobertura vacinal na cidade

em 2016.

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Manaus: Cobertura Vacinal por Imunobiológico, 2016

Imunobiológico Cobertura (%)

BCG 110,59

Hepatite B em < 1 mês 106,59

Rotavírus Humano 86,54

Meningococo C 92,78

Hepatite B 130,28

Penta 96,23

Pneumocócica 99,51

Poliomielite 88,02

Febre Amarela 90,17

Febre Amarela 4 anos 156,49

Hepatite A 75,60

Pneumocócica (1º ref) 92,68

Meningococo C (1º ref) 98,39

Poliomielite(1º ref) 81,97

Tríplice Viral D1 93,44

Tríplice Viral D2 85,31

Tetra Viral(SRC+VZ) 83,99

DTP (Tetra\Penta) 96,25

Tríplice Bacteriana (DTP)(1º ref) 46,83

Fonte: MS/DATASUS/Tabnet: Assistência à Saúde – Imunizações

A cobertura vacinal é calculada a partir da estimativa populacional para a

faixa etária considerada. Às vezes ocorre que as coberturas ultrapassam 100%,

como é o caso em Manaus para vários imunobiológicos. Isto ocorre por

subestimativa populacional, ou porque os serviços de saúde vacinaram pessoas fora

da faixa etária correspondente.

VIGILÂNCIA EM SAÚDE

A Vigilância em Saúde no município de Manaus tem como principal objetivo

reduzir os riscos de agravos à saúde da população por meio do trabalho nas

grandes áreas de: promoção da saúde; vigilância epidemiológica; vigilância sanitária

e vigilância ambiental e promoção da saúde do trabalhador. Este último conta com o

CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, uma unidade modelo

na cidade. Estas grandes áreas de trabalho também constituem o desenho funcional

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/ organograma dessa importante atribuição da Secretaria Municipal de Saúde. Além

dessas, a Vigilância em Saúde analisa projetos físico funcionais de obras que

tenham interesse para a Saúde Municipal.

Também é papel da Vigilância em Saúde na cidade a assessoria aos

profissionais dos serviços de saúde na prevenção e controle de infecções

relacionadas à assistência a saúde, bem como investigar as notificações de desvios

de qualidade de produtos, serviços e a ocorrência de surtos epidêmicos e

acontecimentos incomuns de interesse da saúde.

Em Manaus, o Sistema Municipal de Vigilância em Saúde tem uma estrutura

que é o resultado de anos de experiência e trabalho na área. O modelo funciona de

forma descentralizada nas suas ações, por meio das Unidades Básicas de Saúde,

Unidades de Saúde da Família e Policlínicas. As unidades de saúde têm

responsabilidades delegadas pela Vigilância em Saúde e interagem com as equipes

respectivas, nos processos de investigação, notificação, adoção de medidas de

controle e acompanhamento de situações de risco.

A seguir, listamos as principais atividades funcionais de cada Departamento

deste fundamental campo técnico para o funcionamento do sistema municipal de

saúde de Manaus.

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL

Segundo a Lei 8080/90, a Vigilância Epidemiológica é definida como “um

conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção

de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde

individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de

prevenção e controle das doenças ou agravos”.

Seguindo os princípios legais, a Vigilância Epidemiológica em Manaus tem os

seguintes objetivos principais:

1. Coleta de dados sobre agravos e doenças;

2. Processamento dos dados coletados;

3. Análise e interpretação dos dados processados;

4. Recomendação das medidas de controle de agravos e doenças;

5. Promoção das ações de controle indicadas;

6. Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;

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355

Esta área da Vigilância em Saúde atua no acompanhamento das doenças

transmissíveis de maior relevância para o município, que contemplam ações

especiais ou programas para o seu monitoramento, prevenção e controle.

São exemplos das suas ações:

Esclarecimento e orientação sobre as normas, rotinas e procedimentos para

atuação em vigilância epidemiológica, no âmbito do município;

Identificação e análise dos fatores condicionantes dos meios biológicos e

ambientais na propagação das doenças;

Apoio técnico e operacional para o desenvolvimento de programas, projetos e

atividades de vigilância epidemiológica;

Organização dos dados e dos inquéritos epidemiológicos, sobretudo nas

doenças de notificação;

Acompanhamento das ações de prevenção das doenças transmissíveis,

inclusive cobertura vacinal;

Articulação inter e intra institucional para garantir as metas de cobertura vacinal.

A Vigilância Ambiental em Manaus, que também faz parte do mesmo

Departamento, segue as instruções normativas do Ministério da Saúde. O trabalho

em saúde ambiental visa o conhecimento, a detecção, a prevenção e o controle de

qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente,

que interferem na saúde humana. Desta forma, desenvolve ações para a vigilância

do ar; da água para consumo humano; do uso solo e do uso do som; bem como

políticas de saneamento básico, como o abastecimento de água para a população

da cidade; o esgotamento sanitário; a gestão de resíduos sólidos e a drenagem de

águas pluviais.

A área de Vigilância Ambiental tem como atribuições:

Produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando disponibilizar às

unidades constituintes do sistema de saúde municipal instrumentos para o

planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da

saúde, de prevenção e controle das doenças relacionadas ao meio ambiente;

Estabelecer os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações

relacionadas à vigilância em saúde ambiental;

Identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores ambientais

condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde;

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356

Intervir com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandar ações

para outros setores, com vistas a eliminar os principais fatores ambientais de

risco à saúde humana;

Promover junto aos órgãos afins ações de proteção à saúde humana

relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente;

Conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e

desenvolvimento, visando ao fortalecimento da participação da população na

promoção da saúde e qualidade de vida.

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A Vigilância Sanitária atua com profissionais e práticas tradicionais em Saúde

Pública. Suas principais atribuições são:

Monitoramento: os profissionais da vigilância sanitária periodicamente recolhem

amostras de produtos disponíveis ao consumo da população para a

realização de análises, inclusive laboratoriais, bem como a verificação da

qualidade dos serviços de saúde disponíveis.

Atendimento às denúncias, que podem ser feitas pelos munícipes que

encontram irregularidades em algum produto adquirido, nos serviços

prestados ou nos locais frequentados.

Orientação sanitária: as fiscalizações realizadas são sempre acompanhadas de

ações educativas e de orientação, para que as irregularidades sejam

corrigidas e mantidas com entendimento dos envolvidos.

Autorização de funcionamento: o objetivo desta ação de fiscalização é a

elaboração de um relatório técnico para compor a documentação a ser

entregue pelo interessado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária do

Ministério da Saúde.

Cadastro de prescritores e controle de receituários: tradicional controle sanitário

dos receituários para prescrição de medicamentos sujeitos a controle

especial.

Assessoria técnica para prevenção e controle de infecção em serviços de

saúde: dirigida aos profissionais de serviços de saúde para a implantação de

ações que previnam a infecção e intervenção nos casos de surtos.

Autorização específica para medicamentos de controle especial: controle

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357

sanitário de estabelecimentos de comércio, para a dispensação ou uso de

determinados medicamentos sujeitos aos controles determinados pelas

normas vigentes.

Comunicação do risco sanitário: publicação de alertas sanitários, notas/informes

técnicos e material educativo para profissionais e população em geral que

divulgue os riscos sanitários inerentes aos produtos, serviços, ambientes

sujeitos à vigilância sanitária.

As atribuições da Vigilância Sanitária estão canalizadas para três áreas

principais:

Vigilância Sanitária de Alimentos;

Vigilância de Estabelecimentos de Saúde e de Interesse à Saúde;

Vigilância Sanitária de produtos químicos de interesse à saúde.

SAÚDE DO TRABALHADOR

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Manaus tem como

objetivos principais:

Capacitar a rede de serviços de saúde no que diz respeito à saúde do

trabalhador;

Apoiar as investigações de maior complexidade que envolvam o conhecimento

da sua área específica;

Assessorar a realização de convênios de cooperação técnica;

Subsidiar a formulação de políticas públicas;

Apoiar a estruturação da assistência de média e alta complexidade para

atender aos acidentes de trabalho e agravos contidos na Lista de Doenças

Relacionadas ao Trabalho.

1.25.6 Diagnóstico situacional e Levantamento no Cuidado de Saúde em todos

os níveis de atenção

REDE MUNICIPAL DE ATENÇÃO À SAÚDE

A composição da rede de unidades de saúde de Manaus, o perfil da oferta de

serviços, sua organização e gestão são referências para a Região Norte do país. A

rede de serviços do sistema local de saúde é composta por unidades de saúde

próprias, conveniadas e contratadas, abrangendo os três níveis de atenção de forma

organizada e hierarquizada. Uma inovação são as parcerias público privadas nas

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unidades de saúde onde são disponibilizadas. Em Manaus, as unidades de saúde

desenvolvem a maioria das atividades do sistema municipal, que não necessitam de

maior densidade tecnológica. O sistema municipal também oferece outros tipos de

unidade de saúde para demandas específicas na área de saúde mental; reabilitação;

assistência farmacêutica; odontologia, inclusive especializada; fisioterapia; nutrição;

psicologia; enfermagem especializada; assistência social; fonoaudiologia; entre

outras.

Manaus vem organizando sua rede de atenção à saúde desde antes da

existência do Sistema Único de Saúde. A partir dos anos 90, segue os princípios do

SUS, que são universalidade, integralidade, equidade, descentralização e

participação social. O site da Prefeitura Municipal de Manaus / Secretaria Municipal

de Saúde disponibiliza de forma transparente os principais documentos sobre o

sistema, sua organização e gestão, financiamento, estatísticas, entre outros.

Do ponto de vista de distribuição geográfica, a cidade de Manaus vem

regionalizando seus serviços tendo como base o diagnóstico geoespacial e

demográfico dos bairros e vizinhanças da qual é composta. Há distintas situações de

risco em cada local, o que expõe sua população a graus de vulnerabilidade também

muito diferentes. Ao final, a organização macro das suas unidades de saúde é o

distrito sanitário, cuja ação deve ser suportada por um conjunto de unidades de

serviço que atenda a demanda distrital. Desta forma, a cidade tem cinco distritos por

onde são distribuídas as unidades prestadoras de serviço, a saber: Norte, Sul, Leste,

Oeste e Rural. Assim, o conjunto de unidades desenha espacialmente a estrutura do

sistema de saúde do município, com a finalidade de promover e executar as políticas

e diretrizes municipais de saúde, conforme o PMSM 2014-2017, segundo os

princípios do SUS.

O modelo assistencial manauara, que segue conceitualmente a lógica do SUS

de hierarquização da atenção, tem três níveis de atenção, a saber:

Atenção Básica: este é o nível no qual os usuários do SUS têm acesso inicial e

mais frequente com o sistema municipal de saúde. As ações de saúde

realizadas neste nível são individuais ou em grupo e abrangem tanto a

prevenção, como o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a promoção da

saúde, até ações educativas. As práticas assistenciais em geral são

realizadas por meio de equipes multiprofissionais. O município de Manaus foi

construindo ao longo dos anos uma rede espacialmente regionalizada para

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cobrir os cinco distritos que compõem o seu território. Segundo o PMSM

2014-2017, os cinco distritos sanitários possuem 200 Equipes de Saúde da

Família distribuídas em mais de 200 unidades de saúde. A tabela a seguir

mostra a distribuição das Unidades nos distritos urbanos da cidade.

Rede Urbana de Atenção Básica em Manaus, 2016

Zona UBSF PPP*

Norte 61 41

Sul 54 5

Leste 49 8

Oeste 49 13

Total 213 67

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Manaus; *PPP Parceria Público Privada

Atenção de média complexidade: este é o nível que visa a atender os principais

problemas de saúde da população, cuja complexidade demanda a presença

de especialistas e a utilização mais intensiva de tecnologia para atingir seus

resultados. Neste nível estão os Serviços de Pronto Atendimento (SPAs),

UPA e os Pronto Socorros (PS) na atenção às urgências e emergências,

Os serviços prestados nos SPAs são: pronto atendimento em clínica médica,

pediatria, traumatologia, cirurgia e odontologia. Também são realizados exames de

apoio diagnóstico de imagem e laboratório, dentre outros. Nos SPAs existem leitos

para observação, sala de emergência e sala para pequenas intervenções cirúrgicas.

As Policlínicas realizam atendimento ambulatorial de várias especialidades como

ortopedia e traumatologia, psiquiatria, urologia, gastro-enterologia,

otorrinolaringologia, endocrinologia, dermatologia, cardiologia, angiologia, nefrologia,

neurologia, fisioterapia, odontologia, nutrição, fonoaudiologia e serviço social,

Também são realizados exames de apoio diagnóstico de imagem e laboratório,

dentre outros.

Abaixo estão listados os serviços de urgência: SPAs,UPA e PSs encontrados

nos distritos urbanos de Manaus:

1. SPA Alvorada

2. SPA Coroado

3. SPA Zona Sul

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4. SPA Joventina Dias

5. SPA Eliameme Mady

6. SPA São Raimundo

7. SPA José Lins

8. SPA e Maternidade Chapot Prevost

9. UPA Campos Salles

10. PS 28 de Agosto

11. PS Dr. João Lúcio Machado

12. PS Platão Araújo

13. PS Delphina Aziz

14. PS da Criança da Zona Leste

15. PS da Criança da Zona Sul

16. PS da Criança da Zona Oeste

A seguir as Unidades de Atendimento ambulatorial especializado:

Policlínicas:

1. Policlínica Antonio Aleixo

2. Policlínica Codajás

3. Policlínica Cardoso Fontes

4. Policlínica João dos Santos Braga

5. Policlínica Zeno Lanzini

6. Policlínica Gilberto Mestrinho

7. SPA e Policlínica Danilo Correa

8. SPA e Policlínica José Lins

Atenção de alta complexidade: este é o nível de maior densidade de tecnologia,

tanto nos recursos utilizados para a prestação dos serviços, quanto nas

habilidades profissionais requeridas. Aí estão disponíveis os serviços mais

qualificados da rede, que na lógica do SUS devem ser integrados, num

modelo de referência e contra referência das informações dos casos

atendidos, quando esses casos necessitam de movimentos que perpassam

os níveis assistenciais. Abaixo segue a lista dos hospitais públicos gerais e

especializados de Manaus.

Hospitais Públicos: Gerais ou Especializados :

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1. Fundação Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado

2. Fundação Hospital Adriano Jorge

3. Hospital e Pronto Socorro Dr. Aristóteles Platão

4. Hospital Geraldo da Rocha

5. Hospital e PS João Lúcio P. Machado

6. Hospital e PS 28 de Agosto

7. Hospital Universitário Getulio Vargas

8. Hospital e Maternidade Chapot Prevost ( Aleiixo)

9. Fundação Centro de Controle de Oncologia-FCECOM

10. Hospital e PS da Criança Zona Leste

11. Hospital e PS da Criança Zona Oeste

12. Hospital e PS da Criança Zona Sul

13. Hospital Infantil Dr. Fajardo

14. Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro(em desativação)

15. Hospital Universitário Francisca Mendes

16. Instituto da Mulher Dona Linda

17. Instituto da Criança do Amazonas ICAM

18. Maternidade Azilda da Silva Marreiro

19. Maternidade Balbina Mestrinho

20. Maternidade da Alvorada

21. Maternidade Ana Braga

22. Maternidade Dona Nazira Daou

23. Maternidade Dr. Moura Tapajós

Há também os órgãos de regulação e controle, que completam a rede

assistencial e dão estrutura à gestão dos serviços disponíveis em Manaus:

1. Centro de Controle de Zoonoses Carlos Durand

2. Centro de Informações Estratégicas da Vigilância em Saúde

3. Núcleo de Tuberculose e Hanseníase

4. Núcleo de Controle de Malária

5. Núcleo de Controle de DST, AIDS e Hepatites Virais

6. Núcleo de Entomologia de Controle Vetorial

7. Núcleo de Controle da Dengue

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362

8. Núcleo de Educação Permanente em Urgência do SAMU

Manaus tem uma rede hospitalar com 36 hospitais: 18 deles são hospitais

gerais, dos quais oito públicos; mais 18 hospitais especializados, dos quais quinze

são públicos. Essa rede é complementada por outras unidades prestadoras de

serviços de saúde, tanto em diagnóstico, como em apoio à terapêutica médica. O

setor público em Manaus está representado em toda a cadeia de valor da prestação

de serviços.

A tabela a seguir mostra os hospitais gerais privados em Manaus. São dez

unidades, nove delas com finalidade lucrativa e uma filantrópica. São 880 leitos

gerais, com 154 leitos para cuidados intensivos. Os hospitais privados em Manaus,

em geral não oferecem leitos ao SUS, com exceção do Hospital Santa Júlia e do

Hospital Português que em conjunto oferecem 146 leitos ao SUS. Há outros 112

leitos privados contratados pelo setor público para complementar a oferta de leitos

na cidade. Esses são leitos privados mais especializados ou em hospitais menores,

como é o caso dos leitos de retaguarda para cirurgias eletivas de baixa

complexidade. Desta forma, o setor privado contribui com um total de 262 leitos para

o SUS.

Hospitais Gerais Privados e Número de Leitos em Manaus, 2016

HOSPITAL Natureza Leitos Leitos

UTI

Leitos

SUS

Clínica São Lucas Fim lucrativo 53 12 0

Hospital e Maternidade UNIMED Fim lucrativo 120 20 0

Hospital Adventista de Manaus Fim lucrativo 98 14 0

Hospital Prontocord UNIMED Fim lucrativo 51 10 0

Hospital Rio Negro Fim lucrativo 62 10 0

Hospital Santa Júlia Fim lucrativo 209 46 61

Hospital Português Filantrópico 135 10 85

Hospital Maternidade Santo Alberto Fim lucrativo 52 0 4

Hospital Unimed Parque Laranjeiras Fim lucrativo 90 22 0

Sagrat Cor Hospital Fim lucrativo 10 10 0

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363

Outros leitos disponíveis ao SUS Fim lucrativo 112

Total 880 154

262

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

A próxima tabela mostra os hospitais públicos com leitos de natureza geral

existentes na cidade de Manaus. São oito unidades hospitalares, que oferecem

1.368 leitos para a cidade nas várias especialidades clínicas e cirúrgicas que

somados aos especializados totaliza 2.818 leitos.

Hospitais Gerais Públicos e Leitos Disponíveis ao SUS em Manaus, 2016

HOSPITAL Leitos SUS

Fundação Medicina Tropical 127

Fundação Hospital Adriano Jorge 221

Hospital e PS Dr. Aristóteles Platão 186

Hospital Geraldo da Rocha 80

Hospital e PS João Lúcio P. Machado 210

Hospital e PS 28 de Agosto 331

Hospital Universitário Getulio Vargas 159

Hospital e Maternidade Chapot Prevost 54

Total 1368

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

O setor privado em Manaus mantém três hospitais especializados de pequeno

porte nas áreas de cardiologia, ortopedia e pequenas cirurgias, totalizando 47 leitos

especializados privados, conforme resumo na tabela a seguir.

Hospitais Especializados Privados e Número de Leitos em Manaus, 2016

HOSPITAL Natureza Leitos Leitos

SUS

INCOR Amazonas Privada 8 0

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364

Centro Ortopédico Ana Rosa Privada 3 0

Checkup Hospital Ltda. Privada 36 0

Total 47 0

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

O setor público vem construindo ao longo dos anos uma série de hospitais

especializados, principalmente orientados à saúde da mulher e da criança. São seis

maternidades públicas, distribuídas pelos distritos sanitários da cidade, que

oferecem em conjunto 580 leitos obstétricos, com uma parcela deles dedicados à

ginecologia cirúrgica. Da mesma forma, são cinco hospitais especializados na

população infantil, distribuídos pelos distritos sanitários, que em conjunto oferecem

411 leitos para internação de crianças.

A tabela a seguir resume os hospitais e correspondentes leitos totais em

hospitais especializados públicos na cidade de Manaus. Pela tabela pode-se ter uma

ideia da amplitude da oferta de leitos públicos na cidade, que alcança o número de

1450.

Hospitais Especializados Públicos e Número de Leitos em Manaus, 2016

HOSPITAL Natureza Leitos

SUS

Fundação CECOM Público 191

Hospital e PS da Criança Zona Leste Público 84

Hospital e PS da Criança Zona Oeste Público 65

Hospital e PS da Criança Zona Sul Público 74

Hospital Infantil Dr. Fajardo Público 58

Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro Público 28

Hospital Universitário Francisca Mendes Público 155

Instituto da Mulher Dona Linda Público 157

Instituto da Criança do Amazonas Público 130

Maternidade Azilda da Silva Marreiro Público 81

Maternidade Balbina Mestrinha Público 121

Maternidade da Alvorada Público 33

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365

Maternidade Ana Braga Público 214

Maternidade Dona Nazira Daou Público 66

Maternidade Dr. Moura Tapajós Público 65

Total 1450

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

Até aqui vê-se que a cidade de Manaus tem uma rede hospitalar extensa, na

qual predominam hospitais públicos, tanto em número de unidades quanto em

número de leitos, que atuam em graus distintos de complexidade tecnológica.

Segundo levantamento realizado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Saúde (CNES) para o ano de 2016, Manaus possui um total de 3.851 leitos

públicos e privados ou seja, 1,5 leitos por habitante, índice calculado também

tomando-se a estimativa populacional da cidade para o mesmo ano. Desse

total de leitos, 2.818 são leitos públicos, mais 262 leitos contratados pelo SUS,

mais 50 leitos do Hospital Delfina Aziz e 56 leitos dos SPAs com um total de

3.186 leitos disponíveis ao SUS. Um resumo da situação dos leitos existentes na

cidade pode ser visto na tabela a seguir.

Manaus: Resumo Geral dos Leitos Hospitalares, 2016

Leitos Públicos Privados Total

Exist Exist SUS Exist SUS

Hospitais Gerais 1.234 464 250 1.94

8

1.48

4

Hosp. Especializados 1.450 47 0 1.49

7

1.45

0

Leitos de UTI 134 154 12 300 146

Total 2.818 665 262 3.13

9

3.08

0

Fontes: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

É interessante qualificar esses leitos pela população que deles se utiliza.

Manaus tem 665 leitos privados para oferecer a uma população de 528.529

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366

beneficiários de planos de saúde privados na cidade, segundo dados da Agência

Nacional de Saúde Suplementar. Em outras palavras, Manaus tem 1,25 leitos

privados por mil habitantes beneficiários de planos de saúde privados.

Em relação aos leitos públicos, Manaus tem um total de 3080 leitos

disponíveis ao SUS para uma população de usuários SUS estimada em 1.565.862

habitantes dependentes do SUS, ou seja 2 leitos por 1.000 habitantes dependentes

do SUS. Para o calcula desse indicador, foi utilizado como denominador a estimativa

populacional de Manaus para 2016, que é de 2.094.391, dos quais foram subtraídos

os beneficiários dos planos privados de saúde, ou seja, 528.529 pessoas. Desta

forma vê-se que a população SUS dependente tem mais leitos disponíveis que a

população privada como resultado do investimento público na construção de leitos

hospitalares na cidade nos últimos 30 anos.

É preciso lembrar que tanto o setor público, quanto o setor privado atraem

uma demanda maior que a cidade, ou mesmo que a região metropolitana. Dados

encontrados na imprensa local dão conta de pessoas de áreas remotas do Estado

do Amazonas que vêm a Manaus buscar atendimento médico e também de outros

estados da Região Norte, carentes em leitos e profissionais também procuram a

capital do Amazonas para atendimento em regime de internação. Neste momento

também a imprensa relata pacientes de outros países, em particular da Venezuela,

que vêm a Manaus exclusivamente em busca de atendimento médico nos hospitais

da cidade.

A situação caracterizada na RMM é ideal para a implementação de ações

programáticas baseadas na Estratégia de Saúde da Família, na qual a atenção

básica é qualificada como porta de entrada para ordenar o acesso e percurso do

usuário SUS através da rede de serviços. Uma parceria com uma instituição de

ensino superior, que promova a integração ensino serviço pode otimizar os recursos

existentes, tornando-os mais resolutivos.

COMPLEXO MUNICIPAL DE REGULAÇÃO

O Complexo Municipal de Regulação (CMR) tem a missão:

“de organizar a oferta assistencial de saúde ajustando-a às necessidades da

população usuária, de forma equânime, resolutiva, oportuna e racional, viabilizando

e melhorando o acesso às ações e serviços e de, garantido com a utilização de

Page 368: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

367

recursos institucionais, tecnológicos, estruturais e humanos, de modo eficiente e

eficaz, em cada nível de complexidade.”

(Extraído do Regulamento Operacional das Centrais de Regulação de

Consultas e Exames Especializados em Manaus, Governo do Estado e Prefeitura d

Manaus, 2006)

Suas atividades partem dos procedimentos disponibilizados de média e alta

complexidade nos diferentes estabelecimentos de assistência à saúde de acordo

com critérios estabelecidos. O acesso a estes serviços é pautado pelos princípios da

equidade e da integralidade. Procura-se evitar a perda ou duplicação, organizando

as listas de espera por risco e vulnerabilidade. O Complexo Regulador tem como

objetivos elaborar, implantar e implementar protocolos de regulação; orientar fluxos

de assistência; construir e viabilizar grades de referência e contra referência;

capacitar equipes; e subsidiar ações de planejamento, controle, avaliação e auditoria

em saúde.

O CMR contempla as seguintes ações, dirigidas aos prestadores de serviços

de saúde públicos e privados:

1. Contratação - formaliza as relações pactuadas entre a SMS e prestadores de

serviços, estabelecendo obrigações recíprocas (contrato ou convênio) que se

torna o instrumento a ser usado nas atividades de regulação.

2. Controle assistencial - cadastro dos estabelecimentos, habilitação dos

prestadores para determinados serviços; visitas de vistoria técnica;

elaboração da programação orçamentária por estabelecimento; autorização

de procedimentos de alta complexidade; supervisão técnica dos

estabelecimentos; e controles financeiros.

3. Regulação do acesso - implica em relações que consideram a política

assistencial e os protocolos de cuidado, consistindo assim em “um conjunto

de tecnologias (relacionais, saberes, instrumentos, etc) e ações que

intermedeiam a demanda dos usuários por serviços de saúde e o acesso a

estes”. Pauta-se pelos princípios que regem o SUS. Visa a otimizar a

utilização dos recursos, não com uma lógica financeira, mas focada na

qualidade e utilidade.

4. Avaliação da atenção à saúde – conjunto de operações que buscam medir a

resolubilidade, qualidade, humanização, satisfação do usuário, entre outros.

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368

Significa comparar o realizado com o esperado, definindo um padrão que

orienta as ações de planejamento.

CONCLUSÃO

A cidade de Manaus começou o século XXI integrada ao Brasil, terminando

um ciclo de estagnação que durou pelo menos 80 anos. Antes da época áurea da

borracha, a cidade era um lugar exótico e remoto mesmo para os brasileiros. O

despertar nacional para a riqueza da biodiversidade existente na região amazônica

foi estimulado pelos estrangeiros, sempre fascinados pela enormidade das terras e

das águas, pelo relativo desconhecimento e distância da civilização, situação

mantida por uma economia de subsistência com poucas alternativas. Essa situação

mudou com a implantação da Zona Franca de Manaus na década de 1970, em

regime de exceção ditada pelos militares, com um discurso nacionalista que via a

ameaça iminente de uma invasão estrangeira para tomar essas terras dos

brasileiros. A estratégia funciona e Manaus cresce de forma acelerada e

desordenada.

Hoje é um dos municípios mais importantes do país, comandando a região

amazônica e a Zona Franca, que hoje está ampliada. Sua industrialização é rápida e

sustentada por multinacionais atraídas pelos incentivos fiscais de uma época que

precedeu a globalização da economia. O setor industrial que representa um quarto

do PIB municipal, a cidade conta com estradas de rodagem, um aeroporto

internacional forte na área de cargas e um grande porto flutuante que ainda pode ser

ampliado.

A caracterização de Manaus permite identificar oportunidades existentes para

a entrada de uma instituição de ensino superior médico.

1. Do ponto de vista demográfico, Manaus é uma cidade jovem, que teve nos

últimos 20 anos um crescimento acelerado e desordenado, sobre uma

geografia incomum, dominada pelos igarapés, o que representa um desafio

enorme para a Saúde Pública.

2. Manaus tem uma longa tradição de trabalho em Saúde Pública, tanto em

termos de produção local quanto em colaboração internacional com

universidade e centros de pesquisa de outros países sempre interessados no

potencial e riqueza da Região. No entanto, apesar do discurso oficial de

Page 370: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

369

território estratégico e valorizado, a infraestrutura permanece atrasada em

relação a outras capitais do mesmo porte e importância.

3. Um exemplo claro de carência em infraestrutura é a situação do saneamento

básico da cidade. Apenas recentemente o Plano Municipal de Saneamento

Básico foi elaborado e aprovado pelo governo municipal. A crise econômica

atingiu a cidade, como atingiu todo o país, e o ritmo do investimento público

hoje atinge essa área tão importante para o desenvolvimento da cidade.

4. A situação de saúde da cidade, no que diz respeito à análise das principais

causas de morbidade e mortalidade, mostra o papel importante das grandes

endemias ainda a assolar Manaus. Dentre elas, destaca-se a malária, que se

apresenta como uma das mais sérias doenças a atingir a população da

cidade. Apesar do perfil da morbidade hospitalar ter as mesmas linhas gerais

das grandes cidades brasileiras, nas quais as doenças do aparelho

circulatório e as neoplasias assumem um papel destacado, nota-se ainda uma

demanda relativamente alta das internações por doenças infecciosas e

parasitárias. Como consequência, os serviços de saúde locais devem estar

preparados para atender e manejar essa demanda de forma integral e

resolutiva. A parceria com instituições formadoras de recursos para o setor,

em particular, de médicos generalistas é fundamental. Esse recurso

estratégico na rede de serviços de saúde pode organizar a demanda e

aumentar a eficácia dos cuidados de saúde oferecidos. Com isso espera-se

uma contribuição inestimável para a melhoria dos níveis de saúde da

população manauara.

5. Para além das endemias (malária, tuberculose, hanseníase, hepatites virais,

entre outras), a violência urbana e doméstica são questões modernas que

desafiam o planejamento de saúde da cidade. As Causas Externas de

mortalidade já assumem um papel destacado na epidemiologia da cidade,

assim como a violência doméstica, que passa a ser notificada com mais

frequência a cada ano que passa. Novamente neste caso, a parceria com

uma instituição de nível superior, com alunos e preceptores atuando junto à

população, pode ter um impacto positivo e enorme na melhoria dos serviços

oferecidos.

6. A rede de serviços públicos de saúde disponível na cidade deve ser

observada com cuidado, já que representa um ativo municipal incomum nas

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370

capitais brasileiras. São mais de 200 unidades básicas de saúde, muitas

delas desenvolvidas com um protocolo de parcerias público-privadas. Nelas

atuam mais de 200 equipes de Saúde da Família, uma estratégia federal

assumida há anos pelos serviços municipais. Essa rede pode receber a

colaboração de estudantes de medicina que atuem em projeto pedagógico

moderno, orientado para a formação de médicos humanizados e generalistas,

conforme as mais recentes diretrizes nacionais dos cursos de medicina. Por

isso, a integração ensino serviço numa cidade com a dimensão de unidades

de saúde conseguida por Manaus deve enriquecer não só a experiência

universitária, mas principalmente deve contribuir para a melhoria da prestação

dos serviços.

7. A rede hospitalar presente na cidade é ampla e diversificada, no entanto tem

um viés claro para a mulher e a criança. Provavelmente hoje encontram-se

internadas na rede de hospitais públicos de Manaus pessoas em estágios das

doenças que poderiam ter sido evitados com a revisão das ações

programáticas já oferecidas na rede de unidades básicas de saúde. As

doenças infecciosas e parasitárias não devem mais ocupar leitos de

internação, na dimensão atual. Para que esta situação seja controlada é

necessária uma melhor gestão de leitos e também uma melhoria no

funcionamento da rede de referência e contra referência municipal.

8. O estudante de medicina pode contribuir e muito para a melhoria da situação

de saúde encontrada em Manaus. Em primeiro lugar, pelo melhor

entendimento da situação de saúde das populações atendidas nos seus

distritos sanitários. Pelos dados levantados, a população vive questões de

saúde comuns, que podem ser manejadas por equipes de saúde na

estratégia de saúde da família. Essa é a situação ideal para a abordagem

preventiva, que não é tão fácil de introduzir na cultura dos serviços existentes,

que trata mais facilmente do que previne. Por outro lado, a fixação do médico

na cidade pode também contribuir para que o conhecimento local seja

ampliado e aprofundado.

Enfim, a estratégia da saúde da família, já amplamente utilizada na cidade, é

a estratégia ideal para o enfrentamento dos problemas de saúde encontrados em

Manaus. A parceria com uma faculdade de medicina certamente amplia a atuação

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371

das autoridades sanitárias municipais e pode contribuir efetivamente para a melhoria

das condições de vida e saúde da população manauara.

1.25.7 Diagnóstico e Levantamento da Humanização do Cuidado

A Política de Humanização da assistência à Saúde aponta diferentes

parâmetros para a humanização da assistência hospitalar em três grandes áreas:

Acolhimento e atendimento dos usuários.

Trabalho dos profissionais.

Lógicas de gestão e gerência.

A Política Nacional de Humanização (PNH) foi formulada a partir da

sistematização de experiências do SUS que dá certo e reconhece que Estados,

Municípios e serviços de saúde estão implantando práticas de humanização nas

ações de atenção e gestão com bons resultados. Isso contribui para a legitimação

do SUS como política pública.

Instituída pelo Ministério da Saúde em 2003, a Política Nacional de

Humanização – PNH tem o objetivo de efetivar os princípios do SUS no cotidiano

das práticas de atenção e de gestão e fomentar trocas solidárias entre gestores,

trabalhadores e usuários para a produção de saúde e produção de sujeitos.

No município de Manaus, o Projeto Humaniza SUS Manaus foi aprovado pelo

Conselho Municipal de Saúde por meio da Resolução n.º 001 de 18 de janeiro de

2007 com o objetivo de instituir a Política de Humanização como eixo norteador e

articulador da organização do processo de trabalho da Rede de Saúde do Município

de Manaus.

A Política Humaniza SUS Manaus em consonância com a PNH é um

compromisso coletivos e busca que seus princípios e diretrizes sejam efetivados,

enfatizando os direitos dos protagonistas do processo de produção da saúde –

usuários, gestores e trabalhadores, com a potencialização da capacidade de criação

que constitui o humano, valorizando sua autonomia numa configuração coletiva dos

processos de atenção e gestão.

O curso de medicina da FAMETRO pretende contribuir para a continuidade da

implementação do PHAS no âmbito da Rede de Cuidados de Manaus por meio de

ações que envolvem a atualização do diagnóstico situacional e o apoio ao controle

por meio da monitorização do processo através dos seguintes parâmetros

estabelecidos no Programa em Manaus :

Page 373: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

372

Parâmetros para a humanização do atendimento dos usuários

Condições de acesso e presteza dos serviços:

Sistema de marcação de consultas

Tempo de espera para atendimento

Acesso de acompanhantes e visitas

Sistema de internação

Sistema de marcação, realização e resultados de exames.

Qualidade das instalações, equipamentos e condições ambientais:

Adequação/criação de áreas de espera

Sinalização das áreas e serviços

Instalações físicas e aparência

Equipamentos

Refeições

Meios para efetivação de queixas e sugestões

Espaço de recreação e convivência dos pacientes

Clareza das informações oferecidas aos usuários:

Identificação dos profissionais

Informações aos familiares sobre o atendimento do usuário

Informações sobre prevenção de doenças e educação em saúde

Informações sobre outros serviços de saúde e serviços sociais disponíveis

na comunidade

Qualidade da relação entre usuários e profissionais:

Eficiência, gentileza, interesse e atenção

Compreensão das necessidades dos usuários

Informações, aos usuários, sobre o diagnóstico, tratamento e

encaminhamento

Privacidade no atendimento

Parâmetros para humanização do trabalho dos profissionais

Page 374: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

373

Gestão e participação dos profissionais:

Oportunidades de discussão da qualidade dos serviços prestados

Oportunidades de discussão das dificuldades na execução do trabalho de

atendimento aos usuários

Manutenção de mecanismos de coleta de sugestões para a melhoria do

trabalho

Oportunidades de reconhecimento e resolução de conflitos e divergências

Aplicação sistemática de normas de trabalho

Condições de trabalho na instituição:

Áreas de conforto

Segurança / Higiene

Equipamentos e materiais

Condições de apoio aos profissionais:

Transporte, estacionamento e condições de acesso

Refeitório

Área de descanso e convivência

Atividades recreativas e/ou sociais

Programas de atendimento às necessidades psicossociais dos

profissionais

Cursos ou treinamentos para aprimoramento profissional

Cursos ou treinamentos para melhoria da relação com os usuários

Qualidade da comunicação entre os profissionais:

Canais de informação e resolução de problemas e necessidades

Canais de informações oficiais da administração

Canais de informação e comunicação interna sobre programas e atividades

Relacionamento interpessoal no trabalho:

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374

Confiança

Integração grupal

Cooperação

Valorização do trabalho e motivação profissional:

Respeito

Reconhecimento

Motivação

Realização

Satisfação

1.25.8 Plano de Trabalho a ser desenvolvido com o aluno relacionando os

conteúdos curriculares relativos às Políticas Públicas de Saúde com base nos

princípios do SUS no Cuidado de Saúde em todos os níveis de atenção

Os alunos do curso de medicina da FAMETRO serão envolvidos desde o

início do curso em oficinas de significação do Projeto Pedagógico do Curso com

vistas a ampliar o engajamento dos estudantes no PPC do curso. Para tanto planeja-

se paras as oficinas de trabalho coletivo a construção de uma matriz de

competências com os desempenhos previstos nas DCNs e as Unidades Curriculares

a serem vivenciadas no curso como oportunidades de aprendizagem. Poderá dessa

forma se mapear todas as atividades propostas no curso enquadrando-as na matriz

de competências propostas pelas DCNs, tal como o quadro apresentado abaixo.

Grande Área: Atenção à Saúde

Sub área: (I) - Atenção às necessidades individuais de saúde

A. Ação-Chave: Identifica necessidades de saúde

Desempenho:

a. Realiza história clínica

Estabelece uma relação profissional ética no contato com as pessoas sob seus cuidados, familiares e/ou responsáveis.

Identifica situações de emergência, desde o início do contato, atuando de modo a preservar a saúde e a integridade física e mental das pessoas sob cuidado.

Orienta o atendimento às necessidades de saúde das pessoas sob seus cuidados.

Usa linguagem compreensível, estimulando o relato espontâneo e

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375

cuidando da privacidade e conforto da pessoa sob seus cuidados.

Favorece a construção de vínculo, valorizando as preocupações, expectativas, crenças e os valores relacionados aos problemas trazidos pela pessoa sob seu cuidado e responsáveis.

Identifica motivos ou queixas, evitando a explicitação de julgamentos, e considera o contexto de vida e os elementos biológicos, psicológicos e socioeconômico-culturais relacionados ao processo saúde-doença.

Orienta e organiza a anamnese, utilizando o raciocínio clínico-epidemiológico e a técnica semiológica.

Investiga sinais e sintomas, repercussões da situação, hábitos, fatores de risco, condições correlatas e antecedentes pessoais e familiares.

Registra os dados relevantes da anamnese no prontuário de forma clara e legível.

b. Realiza exame físico

Esclarece os procedimentos, manobras ou técnicas do exame físico ou exames diagnósticos e obtém consentimento da pessoa sob seu cuidado ou responsável.

Cuida da segurança, privacidade e conforto dessa pessoa, ao máximo possível.

Mostra postura ética e destreza técnica na inspeção, palpação, ausculta e percussão, com precisão na aplicação das manobras e procedimentos do exame físico geral e específico, considerando a história clínica, a singularidade étnico-racial, gênero, orientação sexual e linguístico-cultural e identidade de gênero.

Esclarece à pessoa ou responsável, os sinais verificados e registra as informações no prontuário, de modo legível.

c. Formula hipóteses e prioriza

problemas

Estabelece hipóteses diagnósticas mais prováveis, relacionando os dados da história e dos exames clínicos.

Formula e prioriza os problemas da pessoa sob seus cuidados, considerando os contextos pessoal, familiar, do trabalho, epidemiológico, ambiental e outros pertinentes.

Informa e esclarece suas hipóteses de forma ética e humanizada, considerando dúvidas e questionamentos da pessoa sob cuidados, familiares e responsáveis.

Solicita exames complementares com base nas melhores evidências científicas, avaliando a possibilidade de acesso da pessoa sob seu cuidado aos testes necessários.

d. Promove investigação diagnóstica

Avalia condições de segurança para essa pessoa, bem como a eficiência e efetividade dos exames.

Interpreta e relaciona os resultados dos exames realizados, considerando as hipóteses diagnósticas, a condição clínica e o contexto da pessoa sob seus cuidados.

Registra e atualiza, no prontuário, a investigação diagnóstica, de forma clara e objetiva.

B. Ação-Chave: Desenvolve e avalia planos terapêuticos

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376

a. Elabora e implementa planos

terapêuticos

b. Acompanha e avalia os planos

terapêuticos

Sub área: (II)- Atenção às necessidades coletivas de saúde

A. Ação-Chave: Investiga problemas de saúde coletiva

Analisa as necessidades de saúde de grupos e as condições de vida e de saúde de comunidades, a partir de dados demográficos, epidemiológicos, sanitários e ambientais, considerando as dimensões de risco, vulnerabilidade, incidência e prevalência das condições de saúde.

Acessa e utiliza dados secundários ou informações que incluam o contexto cultural, socioeconômico, ambiental e das relações, movimentos e valores de populações, em seu território, visando ampliar a explicação de causas, efeitos e determinantes no processo saúde-doença.

Relaciona os dados e as informações obtidas, articulando os aspectos biológicos, psicológicos e socioeconômico-culturais relacionados ao adoecimento e à vulnerabilidade de coletivos.

Estabelece diagnósticos de saúde e prioriza problemas segundo sua magnitude, existência de recursos para o seu enfrentamento e importância técnica, cultural e política da situação.

B. Ação-Chave: Desenvolve e avalia projetos de intervenção coletiva

Participa da discussão e construção de projetos de intervenção em coletivos, de modo orientado à melhoria dos indicadores de morbidade e mortalidade e à redução de riscos, danos e vulnerabilidades.

Estimula a inclusão da perspectiva de outros profissionais e representantes de segmentos sociais envolvidos na elaboração dos projetos.

Promove o desenvolvimento de planos orientados aos problemas priorizados.

Participa da implementação de ações, considerando metas, prazos, responsabilidades, orçamento e factibilidade.

Participa da avaliação dos projetos, prestando contas e promovendo ajustes, orientados à melhoria da saúde coletiva.

Gestão em saúde

A. Ação-Chave: Organiza o trabalho em saúde

Desempenho:

a. Identifica problemas no processo de

trabalho

Identifica oportunidades e desafios na organização do trabalho em saúde, considerando as diretrizes do SUS.

Utiliza diversas fontes para identificar problemas no processo de trabalho, incluindo a perspectiva dos profissionais e dos usuários, de modo a identificar risco e vulnerabilidade de pessoas, famílias e grupos sociais, bem como a análise de indicadores e do modelo de gestão.

Participa da priorização de problemas, identificando relevância, magnitude e urgência, as implicações imediatas e potenciais, a estrutura e os recursos disponíveis.

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377

Mostra abertura para ouvir opiniões diferentes da sua e respeita a diversidade de valores, de papéis e de responsabilidades no cuidado à saúde.

Trabalha de modo colaborativo em equipes de saúde, respeitando normas institucionais dos ambientes de trabalho e agindo com compromisso ético-profissional.

b. Elabora e implementa planos

de intervenção

Participa da elaboração de planos de intervenção para o enfrentamento dos problemas classificados prioritariamente, visando melhorar a organização do processo de trabalho e da atenção à saúde.

Apoia a criatividade e a inovação na construção de planos de intervenção.

Participa da implementação das ações, favorecendo a tomada de decisão baseada em evidências científicas, na eficiência e efetividade do trabalho em saúde.

Participa da negociação de metas para os planos de intervenção, considerando os colegiados de gestão e de controle social.

B. Ação-Chave: Acompanha e avalia o trabalho em saúde

a. Gerencia o cuidado em saúde

Promove a integralidade da atenção à saúde individual e coletiva, articulando as ações de cuidado, no contexto dos serviços próprios e conveniados ao SUS.

Utiliza as melhores evidências e os protocolos e diretrizes cientificamente reconhecidos para promover o máximo benefício à saúde das pessoas e coletivos, segundo padrões de qualidade e de segurança na atenção à saúde.

Favorece a articulação de ações, profissionais e serviços, apoiando a implantação de dispositivos e ferramentas que promovam a organização de sistemas integrados de saúde.

b. Monitora planos e avalia o trabalho

em saúde

Participa de espaços formais para reflexão coletiva sobre o processo de trabalho em saúde e os planos de intervenção.

Monitora a realização de planos, identificando conquistas e dificuldades.

Avalia o trabalho em saúde, utilizando indicadores e relatórios de produção, ouvidoria, auditorias e processos de acreditação/certificação.

Utiliza os resultados para promover ajustes e novas ações, mantendo os planos permanentemente atualizados e o trabalho em saúde em constante melhoria.

Faz e recebe críticas, de modo respeitoso, valorizando o esforço de cada um e favorecendo a construção de um ambiente solidário de trabalho.

Estimula o compromisso de todos com a transformação das práticas e da cultura organizacional, no sentido da defesa da cidadania e do direito à saúde.

Educação em Saúde

A. Ação-Chave: Identifica necessidades de aprendizagem individuais e coletivas

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378

Estimula a curiosidade e o desenvolvimento da capacidade de aprender com todos os envolvidos,

em todos os momentos do trabalho em saúde.

Identifica necessidades de aprendizagem próprias, das pessoas sob seus cuidados e dos

responsáveis, dos cuidadores, familiares, da equipe multiprofissional de trabalho, de grupos sociais

ou da comunidade, a partir de uma situação significativa e respeitando o conhecimento prévio e o

contexto sociocultural de cada um.

B. Ação–Chave: Promove a construção e socialização de conhecimento

Mostra postura aberta à transformação do conhecimento e da própria prática.

Orienta e compartilha conhecimentos com as pessoas sob seus cuidados, responsáveis,

familiares, grupos e outros profissionais, respeitando o desejo e o interesse desses, no sentido de

construir novos significados para o cuidado à saúde.

Estimula a construção coletiva de conhecimento em todas as oportunidades do processo de

trabalho, favorecendo espaços formais de educação continuada e participando da formação de

futuros profissionais.

C. Ação-Chave: Promove o pensamento científico e crítico e apoia a produção de novos conhecimentos

Utiliza os desafios do trabalho para estimular e aplicar o raciocínio científico, formulando

perguntas e hipóteses, buscando dados e informações.

Analisa criticamente fontes, métodos e resultados, no sentido de avaliar evidências e práticas no

cuidado, na gestão do trabalho e na educação de profissionais de saúde, pessoa sob cuidados,

famílias e responsáveis.

Identifica a necessidade de produção de novos conhecimentos em saúde e em medicina, a partir

do diálogo entre sua própria prática e a produção científica, além de levar em consideração o

desenvolvimento tecnológico disponível.

Favorece ou participa do desenvolvimento científico e tecnológico voltado para atenção das

necessidades de saúde individuais e coletivas, por meio da disseminação das melhores práticas e

do apoio à realização de pesquisas de interesse da sociedade.

1.25.9 Plano de Trabalho de Equipe a ser desenvolvido com o aluno com

outros profissionais de saúde

O programa de inserção na USF, chamado “Programa de Integração em

Saúde na Comunidade” (IESC), propoe como objetivo ambientar o aluno desde o

início de seu curso na Atenção Primária em Saúde (APS) nos primeiros 4 anos de

forma contínua, para o conhecimento, vivência e entendimento sobre o

funcionamento de uma Unidade de Saúde da Família – USF. O programa visa

alcançar seu objetivo por meio da interação dos alunos com as Equipes de Saúde

da Família (ESF), na rede de Atenção Primária à saúde do Município de Manaus.

Desta forma, os alunos vivenciam e desenvolvem diferentes habilidades e

competências importantes para o processo de trabalho na APS. Dentre as

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379

competências da APS que são objetivo de desenvolvimento estão: o enfoque

integral (vida, gênero, culturas, indivíduo, família, comunidade); o trabalho em

equipe; a coordenação entre níveis de atenção; a abordagem clínica; a

comunicação; a gestão do conhecimento; a saúde pública e promoção de saúde, e a

área de gestão (gerenciamento, liderança).

O programa IESC propõe utilizar, em seu processo de aprendizagem, a

problematização, trabalhando com problemas reais e concretos identificados pelos

profissionais de saúde e a comunidade com vistas a produzir um processo

participativo de resolução dos mesmos. Os preceptores/docentes, também são de

diferentes profissões (psicologia, medicina, biomedicina, física, enfermagem,

odontologia), respondendo aos problemas identificados, que usualmente requerem

uma diversidade de abordagens, conhecimentos e habilidades, exigindo uma ação

interprofissional e, em algumas situações, ação intersetorial.

O processo de aprendizagem e de avaliação do programa prevê o uso de

narrativas para “reflexão da prática” a partir das vivências do processo de trabalho

nas unidades de saúde do SUS. Essas são construídas a partir de “situações

vivenciadas no território”, sendo utilizadas em todos os semestres e em todos os

grupos.

1.26 Integração do Curso com o Sistema Local e Regional de Saúde/Sus

Relação Alunos/Usuários.

O curso de Medicina da FAMETRO pautado pela superação da dicotomia

entre a teoria e a prática, e com o objetivo de inserir o estudante de medicina no

Sistema Único de Saúde desde o início da formação e em cooperação com o

município de Manaus possibilitará aos estudantes vivenciar todos os âmbitos da

atenção à saúde do município.

Os estudantes serão inseridos nos territórios adscritos de cada Unidade de

Saúde da Família. A proposta do curso prevê a valorização do trabalho articulado

com os serviços de saúde e atuação no SUS municipal em todas as unidades de

saúde (Unidade de Saúde da Família, urgência e emergência, atenção

especializada, atenção hospitalar e de saúde mental) de forma territorializada a

depender das necessidades de saúde de cada indivíduo e o(s) coletivo(s) que o

mesmo está inserido.

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380

O Sistema Municipal de Saúde de Manaus está integrado ao SUS, que

preconiza a regionalização na prestação dos serviços de saúde e a hierarquização

das atribuições, onde cada esfera governamental deve cumprir funções e

competências específicas, porém articuladas entre si.

O PPC foi elaborado de forma que expresse integração com ensino-serviço e

ênfase na atenção primaria e secundaria, assim, a organização curricular foi

desenvolvida de forma a acompanhar o processo de trabalho nos vários pontos que

compõem a rede de saúde de Manaus (Saúde da Família, Urgência e Emergência,

Saúde Mental, Reabilitação, Ambulatorial Especializada e Hospitalar), na

perspectiva da continuidade do cuidado de saúde, ou seja, o estudante estará

inserido em uma Equipe de Saúde da Família localizada em uma Unidade de Saúde

da Família que tem um território adscrito e a partir da necessidade de saúde deste

usuário e sua família, o mesmo percorrerá o sistema de saúde municipal em todos

os pontos da rede que for necessário.

O estudante desde o primeiro semestre estará inserido em uma Equipe de

Saúde da Família, aonde gradualmente irá se apropriar do território adscrito (dados

demográficos, epidemiológicos, socioeconômico e cultural) e vivenciará a partir de

visitas domiciliares e a equipamentos públicos e não públicos (escolas, creches,

igrejas, associações de moradores, supermercados, mercearias, bares, etc.).

Adotará famílias que ficarão sob a responsabilidade dos estudantes para o

acompanhamento das necessidades de saúde e tomará decisão junto com a Equipe

de saúde da família em todas as situações que forem necessárias.

O estudante será estimulado a exercer sua capacidade de compreensão,

estruturação dos problemas e busca por soluções. A vivência com os usuários e sua

família permitirá a construção do olhar crítico sobre a realidade, atuando com o

professor como facilitador para que o aprendizado se dê em articulação com a

equipe de saúde da família e seus colegas de curso.

O estudante terá a possibilidade de vivenciar ações de promoção à saúde,

prevenção de doenças, diagnóstico precoce, recuperação e reabilitação dos agravos

mais prevalentes à saúde do indivíduo, família e comunidade.

A inserção do estudante na atenção primária a saúde favorece lidar com

diferentes aspectos da vida e seus ciclos, na sua complexidade clínica e cultural. E

esta atuação a partir da atenção primária em saúde procurará se produzir a

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381

articulação dos conhecimentos na saúde coletiva, na clínica ampliada e no conceito

de saúde.

O estudante vivenciará o processo de trabalho na atenção primaria e sua

equipe multiprofissional, atenção programática para crianças, adolescentes,

mulheres, homens, idosos e agravos de grande frequência como a hipertensão,

diabetes mellitus, etc.

Participará de visitas domiciliares para acamados, gestantes, situações de

risco e faltosos. Participará em atividades de Educação em Saúde na unidade e na

comunidade como escolas, creches e outros. Acompanhará ações em gestão do

cuidado em saúde, monitoramento e acompanhamento de prioridades em saúde. O

estudante acompanhará a continuidade do cuidado na atenção primária e na

atenção secundária.

1.26.1 Processo de desenvolvimento da formação do aluno na relação com o

usuário do SUS

Para que os profissionais sejam formados para atender aos diversos tipos de

demandas da população, ou seja, para a busca da integralidade da assistência, é

preciso que todas as tecnologias sejam valorizadas pelas universidades. Para tanto,

faz-se necessário a união de esforços, tanto das universidades quanto do sistema

de saúde que é o espaço onde as necessidades da população emergem, para o

investimento na qualidade da formação dos profissionais de saúde. Merhy ao longo

de sua produção, realiza uma discussão sobre as tecnologias empregadas na

saúde, propondo a valorização daquelas que não estão diretamente relacionadas às

máquinas e equipamentos, o que é supervalorizado pelo modelo biomédico. Trata-

se de uma reflexão importante sobre as mudanças no campo da assistência à

saúde, bem como sobre a necessidade de formação do profissional que considere a

tecnologia das relações, assunto detalhado mais adiante. Partindo da premissa de

que um saber não exclui o outro, a formação do profissional de saúde deve incluir

desenvolvimento de certas habilidades e competências que o preparem para as

relações pessoais, a formação de vínculos e a convivência humanizada com os

pacientes e com a equipe de saúde, lembrando que o vínculo pode ser peça-chave

no restabelecimento da saúde, pois envolve aposta no tratamento, fortalecimento da

auto-estima e participação ativa do paciente. Enfim, trata-se de desenvolver as

tecnologias relacionadas aos vínculos, intrínsecas a cada estudante. O aluno é

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382

preparado, ao longo de seu percurso universitário, para a prática profissional; recebe

informações teórico-práticas acumulativas, com o objetivo de contribuir para o

desenvolvimento das capacidades necessárias para lidar com situações de saúde.

Mas, quando ele conclui sua formação e entra no mercado, depara-se com seu

paciente que lhe pede ajuda para solucionar um problema de saúde. A sós,

profissional e paciente, sem a presença de qualquer professor, há uma tarefa a

cumprir: desvendar um diagnóstico, dispondo de recursos como a memória sobre o

conhecimento técnico-científico adquirido e as decisões que só cabem a ele naquele

momento.

1.26.2 Modelo de Protocolo de Fluxo de Pacientes

FLUXOGRAMA - ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA

REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

INTRODUÇÃO

O termo TRIAGEM significa “seleção”, “estratificação de risco”. Este sistema

foi introduzido pelos militares, durante a II Guerra Mundial, para escolher soldados

feridos em batalha e estabelecer prioridades no tratamento. O objetivo era devolver,

o mais rápido possível, soldados para os campos de batalha.

Nos anos 50, o Sistema de Saúde dos Estados Unidos passou por algumas

mudanças, o que ocasionou em um aumento da demanda dos atendimentos nos

Prontos Socorros, gerando longas filas e demora pelo atendimento médico.

No Brasil, em 2004, o Ministério da Saúde lançou a proposta de Acolhimento

com Classificação de Risco nas Unidades de Urgências e Emergências (PNH) com o

objetivo de organizar o fluxo e reduzir o tempo de espera dos pacientes com

urgência médica.

O atendimento nos serviços de urgência e emergência é um grande problema

identificado no Sistema Único de Saúde (SUS). As UPAs e os P.S evidenciam que

grande parte dos cidadãos que demandam estes serviços apresentam problemas de

saúde de baixa gravidade, que deveriam ser resolvidos na UBS.

Os profissionais da Central de Regulação apontam a falta de um protocolo de

Classificação de Risco para priorização dos casos de maior gravidade. Apontavam

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383

também da falta de cobertura do SAMU em toda a macrorregião, pois este serviço

só era prestado no município. Estes problemas motivaram a Secretaria Estadual e

as Secretarias Municipais de Saúde da macrorregião a organizar a rede de atenção

à urgência e emergência.

Como estratégia para a organização desta rede, os gestores optaram pela

implantação de um protocolo de classificação de risco unificado em todos os pontos

de atenção dos níveis primário, secundário e terciário.

O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco é um processo

dinâmico de identificação das condições dos usuários que necessitam de tratamento

imediato, de acordo com o seu potencial de risco, agravos à saúde ou grau de

sofrimento; o profissional de saúde deverá ouvir as queixas, medos e expectativas

do usuário, humanizando o atendimento e oferecendo resolutividade para o

problema apresentado.

PROTOCOLO

Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco nas Unidades de

Pronto Atendimento (UPAS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192

Regional), Hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS e UBSF).

ESPECIALIDADE

Urgências e Emergências em adultos

POPULAÇÃO ALVO E GRUPO DE RISCO

Cidadãos que se encontram em agravos de urgência ou emergência e que

procuram o Serviço de Emergência das UPAS, SAMU 192 Regional, Hospitais, UBS

e UBSF.

CONCEITOS

De acordo com o conselho federal de enfermagem o enfermeiro possui

competências legais, determinadas pelo artigo 11, inciso I e alíneas da Lei 7.498/86,

regulamentada pelo Decreto 94.406/87, conforme segue:

“Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem,

cabendo-lhe:

I - privativamente:

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384

a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da

instituição de saúde, pública ou privada e chefia dos serviços de

Enfermagem;

b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades

técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;

c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos

serviços de assistência de Enfermagem;

d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matérias de

Enfermagem;

e) consulta de enfermagem;

f) prescrição da assistência de Enfermagem;

g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;

h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam

conhecimentos de base cientifica e capacidade de tomar decisões imediatas;

II - como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de

saúde;

b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais

de saúde”.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) na Resolução 145/95 define

URGÊNCIA como “ocorrência imprevista de agravo à saúde com sem risco de vida,

cujo portador necessita de assistência médica imediata”; EMERGÊNCIA como “

constatação médica de agravo à saúde que implique em risco iminente de vida ou

sofrimento intenso, exigindo, portanto,o tratamento imediato”

CRITÉRIO PARA CLASSIFICAR O RISCO NAS UPAs, UBSs e HOSPITAIS

Avaliar e classificar o risco pressupõe a determinação de agilidade no

atendimento, a partir da análise do grau da necessidade do usuário, com base em

protocolos pré-estabelecidos, centrada no nível de complexidade e não na ordem de

chegada.

Para classificar o risco, o Enfermeiro deverá considerar a apresentação

atual da doença, resposta emocional, sinais de alerta, situação/queixa, sinais vitais,

saturação de O2, Escala de dor, Escala de Coma de Glasgow, Glicemia, Escala de

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Queimados (Regra dos 9); estes dados serão registrados em impresso próprio, com

o carimbo e assinatura do profissional.

A prioridade da assistência médica e de enfermagem será categorizada

através das cores:

COR VERMELHO: prioridades 1 - Condições em que o usuário apresenta

risco de morte ou sinais de deteriorização do quadro clínico que ameaçam à vida -

RESSUCITAÇÃO/EMERGÊNCIA.

COR LARANJA: prioridades 2 - Condições que potencialmente, ameaçam à

vida e requer rápida intervenção médica e de enfermagem – URGÊNCIA.

COR AMARELO: prioridade 3 - Condições que podem evoluir para um

problema sério, se não forem atendidas rapidamente - URGÊNCIA.

COR VERDE: prioridade 4 - Condições que apresentam um potencial para

complicações - SEMI-URGÊNCIA.

COR AZUL: prioridade 5 - Condições não agudas, não urgentes ou

problemas crônicos, sem alterações dos sinais vitais - NÃO URGÊNCIA.

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* Por meio de contato telefônico com a gerente da Unidade Básica de Saúde ou Unidade

Básica Saúde da Família ou enfermeiro do acolhimento e impresso próprio.

EMERGÊNCIA

ACESSO DO USUÁRIO AO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL/UPA/UBS

Enfermeiro da Classificação de Risco

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O SAMU 192 Regional, realiza o atendimento de urgência e emergência em

qualquer local da cidade: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é

feito após chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por

técnicos na Central de Regulação que identificam a emergência e, imediatamente,

transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o

diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o

paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.

*Regulação Médica:

OBJETIVOS

1. Avaliar o usuário, logo na sua chegada, identificando, rapidamente, as

condições de ameaça à vida e de urgência – 10 minutos após o Boletim de

Atendimento.

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2. Agilizar o atendimento médico e de enfermagem, fazendo com que o usuário

seja visto precocemente, de acordo com sua gravidade, diminuindo os riscos

que possam surgir com a espera do atendimento.

3. Humanizar o atendimento – Ouvir a queixa, medos e expectativas do usuário.

4. Organizar o fluxo dos usuários.

5. Descongestionar as Unidades de Pronto Atendimento, encaminhando os

usuários que não necessitam de atendimento de urgência/emergência para as

Unidades Básicas de Saúde.

6. Informar tempo de espera e retornar informações aos familiares.

7. Aumento da satisfação dos profissionais e cidadãos, com melhoria das

relações interpessoais.

8. Padronização de dados para estudo e planejamento de ações.

9. Garantia de atendimento em todas as unidades com estabelecimento de

atribuições e competências.

10. Garantir uma escuta médica permanente a toda demanda de atendimento de

urgência.

11. Determinar e desencadear a resposta mais adequada a cada caso, evitando

intervenções inúteis, hospitalizações desnecessárias.

12. Assegurar a disponibilidade dos meios de assistência pública ou privada

adequada ao estado do paciente, levando em conta o respeito de livre

escolha, a grade de regionalização e hierarquização do Sistema.

13. Gerando o acesso aos serviços de urgência de uma maneira eficiente e

equânime.

14. Primar pelo interesse público (do cidadão).

15. Qualificar e ordenar fluxos oferecendo respostas individualizadas, por

necessidade, complexidade disponível e proximidade segundo critérios de

regionalização.

ESTRUTURA NECESSÁRIA

1. Pessoal qualificado para realizar o acolhimento.

2. Acesso de comunicação direta com a área de Acolhimento.

3. A área física deve possibilitar a visão dos que esperam pelo atendimento.

4. Disponibilidade de macas e cadeiras de rodas em áreas subjacentes.

5. Material e equipamento para atendimento emergência e de urgência.

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6. Aparelho de glicosímetro, aparelho de pressão, estetoscópio, termômetro e

monitor de oximetria de pulso.

7. Mobiliário: mesa, cadeiras e escadinha.

1.26.3 Modelo de Protocolo de Acolhimento de Usuários

Protocolo de acolhimento para Unidade de Saúde – organização do fluxo do

cuidado à saúde aos usuários

Como profissionais da saúde, devemos acolher os usuários de modo a

conhecê- los pelo nome, procurando saber os motivos de sua vinda à unidade de

saúde. O simples fato de darmos boas-vindas estará abrindo um leque para o

usuário relatar com confiança suas necessidades reais de saúde.

Diante do exposto, proponho que o acolhimento seja iniciado na recepção,

local de primeiro contato do usuário com a Unidade de Saúde. Neste primeiro

momento e nos demais encontros usuários-profissionais da saúde devem acontecer

de forma respeitosa, educada, de escuta qualificada para que se possa resolver o

problema trazido pelo usuário/família. Não ainda atendendo a necessidade deste

usuário/família, estes deverão ser orientados a se dirigirem aos demais setores da

Unidade de Saúde de acordo com a demanda trazida.

Em alguns momentos estes usuários serão direcionados aos serviços

complementares como sala de vacinas, farmácia, odontologia, fisioterapia e em

outros. Nessa ocasião, deverão passar pela triagem para que sejam encaminhados

aos demais setores da Unidade de Saúde de forma organizada e sistemática,

evitando que haja fluxo desordenado de usuários no interior da Unidade.

Em diversas situações o profissional da equipe, na recepção, deverá ter a

sensibilidade e atenção para perceber quando o usuário necessita de atendimento

imediato pelo profissional médico e/ou de enfermagem. Neste caso, o usuário não

passará pela sala de triagem ou outro procedimento como curativo, medicação,

nebulização ou sutura, este será referenciado ao profissional específico na sala

adequada.

Outro ponto importante deste fluxograma refere-se à responsabilidade no

acolhimento pelos profissionais médicos, enfermeiros e outros profissionais que

deverão acolhê-los conforme a necessidade do usuário/família. Este pode ser um

atendimento programado, de demanda, de urgência. Quando o usuário precisar dar

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continuidade ao atendimento realizado faz-se imperioso encaminhá-lo de forma

responsável.

Quanto ao ambiente físico da Unidade de Saúde, necessário se faz organizá-

lo, tornando-o humanizado e acolhedor, sinalizando e identificando as salas e

setores para que o usuário possa orientar-se adequadamente.

O protocolo também deve ser um instrumento dinâmico, com mudanças

cabíveis quando necessário. Desta forma, toda a equipe deverá participar do

processo de acolhimento, portanto, deverá estar continuamente sendo capacitada

para tal.

Finalmente, após o acolhimento é essencial registrar a atividade realizada

neste atendimento. Com relação ao registro do acolhimento, esta é uma parte

importante, uma vez que é a partir dele que a equipe pode compartilhar informações

sobre o usuário, identificando aspectos familiares que possam estar intervindo no

seu processo saúde- doença e possibilitar a continuidade e o acompanhamento da

assistência prestada (Fracolli e Zoboli, 2004).

Quadro1: Fluxograma de acolhimento da Unidade de Saúde

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1.26.4 Modelo de Protocolo de Observação e Análise do Atendimento ao

Usuário

DO ACOLHIMENTO: “Inclui a recepção do usuário, desde sua chegada,

responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo sua queixa, permitindo que ele

expresse suas preocupações, angústias, garantindo atenção resolutiva e a

articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência

quando necessário” (Brasil, 2004)

Acolhimento não é Triagem Triagem – caracteriza uma ação pontual, focada

no evento clínico (na queixa-clínica), limitando-se à divisão: quem não deverá ser

atendido x quem deverá ser atendido. O foco está na doença, e, neste caso, a

coordenação do cuidado, a vinculação e a responsabilização das equipes pelo

acompanhamento contínuo do usuário nos diferentes momentos do processo saúde-

doença-cuidado não se constitui como base do trabalho. Outro aspecto importante

relaciona o modo como a triagem foi incorporada no funcionamento dos serviços de

saúde, em algumas realidades, não sendo incomum critérios como: nº de vagas na

agenda (definidos previamente) e ordem de chegada (independente da necessidade

clínica) definir o acesso do paciente ao serviço. É fato encontrar a triagem setorizada

e realizada por funcionários administrativos. Acolhimento – como diretriz, caracteriza

um processo dinâmico, contínuo, que integra ações, profissionais, serviços,

ferramentas e tecnologias para o alcance do melhor nível de resolubilidade às

necessidades das pessoas usuárias, envolvendo todas as etapas da produção do

cuidado. Organiza-se sob orientação decididamente inclusiva, de modo que, ao

abordar o usuário e escutá-lo em sua demanda põe em trabalho: O que usuário

busca? Qual é a sua necessidade (o que inclui uma escuta qualificada, uma

avaliação técnica)? Como será atendido em sua necessidade? Em que tempo?

Como a equipe (e cada profissional dentro da área de sua competência) vai

participar? Que oferta de cuidado constitui a melhor resposta à necessidade

apresentada? O que pode ser potencializado no encontro com o usuário para além

do que se coloca em evidência na situação apresentada? Que outras necessidades

e possibilidades podem ser identificadas e trabalhadas? Todo usuário que busca

atendimento na Unidade de Atenção Primária sem estar agendado (programado),

portanto, caracterizando demanda espontânea, encaminhado de outro ponto de

atenção ou por conta própria, deve ser atendido no mesmo dia e receber a resposta

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pertinente à sua necessidade, no tempo adequado, o que pode refletir em consulta

ou em outra oferta de cuidado, no mesmo dia ou a ser agendada. Idosos, gestantes,

crianças, portadores de necessidades especiais, outros usuários em situação de

maior vulnerabilidade, sofrimento, e risco devem ser priorizados. Não é por ordem de

chegada, e sim de necessidade. A resolubilidade aqui está em ser escutado,

avaliado, compreendido e atendido em sua necessidade, em receber uma resposta

que, se não resulta na solução imediata, inicia o processo para tal alcance. O

positivo não está necessariamente em atender exatamente ao que é pedido. Em

alguns casos, não responder ao que foi inicialmente endereçado pode repercutir o

necessário cuidado. O que não significa negar a legitimidade do pedido, mas

compartilhar com o usuário o entendimento e a construção da solução adequada,

respeitando seus direitos e seu poder de decisão, bem como o compromisso

profissional de proteger a vida. Como dispositivo clínico (clínica ampliada), busca

garantir a equidade. Para tal, compreende avaliação baseada em critérios clínicos,

incluindo, entre outros recursos, a avaliação do risco e da vulnerabilidade para a

definição de prioridade.

OBJETIVOS: Garantir acesso, avaliação e cuidado resolutivos Organizar o

atendimento à demanda não-programada (demanda espontânea) definindo

prioridades por meio de critérios clínicos, e não por ordem de chegada ou vaga na

agenda. Avaliar queixas clínicas mais frequentes, comuns, presentes no cotidiano

dos serviços, e o atendimento a situações de urgência menores na Atenção

Primária. Desenvolver a escuta qualificada e o atendimento humanizado, centrado

na pessoa e na família. Coordenar a Agenda de modo a garantir o acesso

qualificado e equânime para demanda programada e a para a demanda não-

programada (demanda espontânea).

RESULTADOS ESPERADOS: Ampliação da resolubilidade dos problemas de

saúde na Atenção Primária. Qualificação do atendimento. Redução do tempo de

espera Detecção precoce dos casos que se agravarão Organização e simplificação

do processo de trabalho Aumento do grau de satisfação dos usuários e profissionais

de saúde

PRESSUPOSTOS: Organizar o processo de trabalho, a linha de produção do

cuidado; Operar a gestão da clínica Inovar e simplificar a prestação de cuidados

Adequar os perfis de oferta Estruturar a rede para garantia do acesso e da

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continuidade do cuidado nos três níveis de atenção; Transformar à relação

trabalhador - usuário baseado em parâmetros éticos e de solidariedade

DA ORGANIZAÇÃO OPERACIONAL DO PROCESSO DE TRABALHO: Toda

Unidade de Atenção Primária deve ter o seu Plano de Acolhimento elaborado,

discutido e validado por todos os trabalhadores da Unidade, com fluxos bem

definidos, protocolos discutidos e validados pela Equipe. Deve estar conciliado

sempre às necessidades da População, e, para tal, cabe atualizá-lo sempre que

necessário. Quanto à elaboração, orienta-se colocar em análise o percurso do

usuário: Como se dá o acesso do usuário, em suas necessidades de saúde, ao

atendimento em seu Serviço? Ao chegar à Unidade, a quem ou para onde o usuário

se dirige? Quem o recebe? De que modo? Qual o caminho que o usuário faz até ser

atendido? O que se configura como necessidade de atendimento no serviço? Quem

a define? O que não é atendido e por quê? Como você percebe a escuta à demanda

do usuário? Que profissionais participam desse processo? Que tipo de agravos à

saúde são imediatamente atendidos? Em quanto tempo? O que os define como

prioritários? Como é feito o encaminhamento dos casos não atendidos na Unidade?

Que procedimentos são realizados e quem responde por eles? Há articulação com a

rede de serviços de saúde (sistema de referência e contra referência)?

Estas questões (BRASIL, 2004) podem ser potencializadas no uso de uma

ferramenta importante para o planejamento, em especial do acesso, o Fluxograma

Descritor (Franco e Merhy, 2003; 2009), porque possibilita analisar, a partir da

perspectiva do usuário, todas as etapas do processo de trabalho e do cuidado ao

usuário. Esta análise pode subsidiar a construção de fluxos, regras, dinâmicas de

trabalho mais funcionais, resolutivas e equitativas às necessidades da população.

Recomenda-se que o Plano de Acolhimento seja discutido com os usuários

vinculados à Unidade, para que possam conhecer a proposta, compreender,

esclarecer suas dúvidas, e agregar suas colaborações. É fundamental que a Equipe

esteja sensibilizada para abordar questões relativas a estigmas, preconceitos e

situações de discriminação promovendo inclusão e possibilitando ao usuário

condições para a melhor utilização dos serviços disponíveis na Unidade de Saúde e

em outros setores, grupos e instituições. Os usuários, seus familiares e/ou

acompanhantes devem ser sempre avisados sobre o tempo de espera para qualquer

consulta, procedimento ou exame. As condutas terapêuticas adotadas devem ser

informadas, e todas as dúvidas dos usuários e de seus familiares e/ou

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acompanhantes devem ser esclarecidas, bem como as orientações pertinentes ao

cuidado Os casos de urgência não podem ser dispensados sem avaliação mé- dica,

o que não deve ser definido pela agenda do médico, e sim pela situação clínica. Não

atender a esta orientação pode implicar em omissão de socorro. O tempo médio de

espera pelos serviços deve ser monitorado pela Equipe, e sempre adequado a sua

necessidade.

ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA: O Agente Comunitário acolhe,

realiza a 1ª escuta, avalia a necessidade do usuário, define prioridade e a resposta

adequada (dentro de sua área de competência, considerando o conjunto de

atribuições discutidas e validadas pela equipe). Resolve ou prioriza o atendimento

do Enfermeiro ou do Médico ou do Cirurgião Dentista ou a participação em outra

modalidade de cuidado. Deve incluir outros profissionais da Equipe sempre que

avaliar necessário e a situação exigir. Não cabe ao Agente Comunitário fazer

avaliação clínica e classifica- ção de risco. As queixas clínicas associadas a eventos

agudos deverão incluir a avaliação do Enfermeiro ou do Médico ou do Cirurgião

Dentista (risco odontológico), o que não exclui a possibilidade de escuta/avaliações

conjuntas. Ao Enfermeiro, cabe acolher, fazer a avaliação clínica, classificar o risco e

vulnerabilidade (com base em Protocolo), identificar a possibilidade de agravamento,

definir prioridade, condutas e o tempo terapêutico adequado. Resolve ou prioriza

encaminhamento para consulta médica ou do cirurgião dentista ou para outra

modalidade de cuidado. Pode identificar a necessidade de encaminhamento para

outro ponto de atenção, o que, neste caso, deverá incluir avaliação e decisão

médica.

Ao avaliar pertinência técnica, realiza a consulta de enfermagem. O Técnico

de Enfermagem acolhe, realiza procedimentos, como aferição de sinais vitais,

resolve dentro de sua área de competência e/ou prioriza o atendimento do

enfermeiro ou médico ou participação em outra modalidade de cuidado. O médico

acolhe, realiza a consulta conforme prioridade identificada pela Equipe (o que o

inclui). Na ausência do enfermeiro ou quando se avaliar pertinente, o Mé- dico

poderá acolher, fazer a avaliação clínica, classificar o risco e vulnerabilidade (com

base em Protocolos), identificar a possibilidade de agravamento, definir prioridade,

condutas e tempo terapêutico adequado. Resolve dentro de sua competência, o que

pode incluir encaminhamento para outro ponto de atenção.

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No acolhimento deve-se potencializar o encontro com o usuário, e, uma vez

que não se reduz ao evento agudo e a consulta médica como única possibilita:

Orientar o usuário sobre o fluxo do atendimento;

Agendar consultas; visitas domiciliares; outras atividades;

Iniciar ações de cuidado (previstas em Protocolos e outras);

Orientar sobre hábitos saudáveis;

Prestar informações que possibilitem melhor utilização dos serviços (Carteira de

Serviços);

Atualizar o cadastro; Incluir em ações programáticas;

Orientar sobre os direitos e deveres dos Usuários;

Informar e encaminhar para outros equipamentos que envolvam ações;

Intersetoriais, quando necessário.

Ainda que o processo circunscreva uma engrenagem na produção do

cuidado, ele é e deve ser sustentado como um processo dinâmico, sendo de

extrema importância compreender que, o fato de cada profissional ter sua

capacidade resolutiva potencializada (o médico - priorizado para a realização das

consultas que se fizerem necessárias, sendo importante retaguarda para os demais

profissionais; o enfermeiro - para os eventos agudos que precisam de avaliação; o

técnico de enfermagem - para os procedimentos...), não significa, em hipótese

alguma, que este fluxo não possa comportar mudanças sensíveis ao contexto de

cuidado, ou que cada profissional tenha o seu repertório reduzido. Traduz, isto sim,

uma organização que se mostra funcional, na medida em que não está centralizada

na consulta médica, valorizando todas as práticas de cuidado e a capacidade

resolutiva de todas as categorias profissionais, e da Equipe.

O Agente Comunitário tem recursos para priorizar uma consulta, na medida

em que a demanda espontânea não se reduz aos eventos agudos. E mesmo alguns

casos, dada a urgência, podem seguir direto para o médico. E pode resolver a

questão do usuário sem precisar incluir outros profissionais, o que não quer dizer

que não vá compartilhar as decisões nas reuniões de mine equipes ou no momento

de decidir. A 1ª escuta é realizada pelo Agente, mas pode ser conjunta com outro

profissional ou ser realizada por outro profissional. O que vai qualificar este processo

é o trabalho em equipe; o conhecimento dos usuários; de seus projetos de cuidado,

de suas necessidades, e a organização serviço e do processo de trabalho. Este

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trabalho envolve tecnologias de alta complexidade e refinamento, e de baixa

densidade. As tecnologias leves, relacionais, e mesmo as leves-duras que incluem

os instrumentos de desenvolvimento e normatização do trabalho, todas constituem a

base do gestão do cuidado.

Quem faz? O acolhimento deve estar organizado de forma a possibilitar a

participação de toda a equipe, e requer uma abordagem multiprofissional. O fato de

todos participarem, não dispensa a definição clara da atribuição de cada profissional,

dentro de sua área de competência, no processo, e a integração de todos na

produção do cuidado. A Equipe Técnica deve ser referência para avaliar a

necessidade de saúde do usuário através da escuta qualificada. Nas Clínicas da

Família e em toda ESF, em atenção ao vínculo, responsabilidade pelo

acompanhamento contínuo, o acolhimento à demanda espontânea deve ser

realizado por Equipe, não sendo recomendado definir um médico e / ou enfermeiro

para realizar o acolhimento de todas as Equipes. Nas Unidades cujas Equipes não

estão estruturadas nos moldes da ESF, recomenda-se a organização de uma escala

por turno / dia dos profissionais responsáveis pelo acolhimento à demanda

espontânea, de modo que se constitua uma referência para os usuários, e se

garanta o acolhimento durante todo o horário de funcionamento da Unidade. É

importante que os profissionais organizem suas agendas de forma a manter a

participação em outras atividades. Em atenção a Carteira de Serviços da Atenção

Primária (2010): Deve-se garantir um turno semanal para reunião de equipe.

Orienta-se que na reunião, além de rever a programação, a equipe discuta a

organização do processo de trabalho, recolhendo e analisando os efeitos dos

acertos e do que precisa ser aprimorado na organização do acesso. Recomenda-se,

ainda, que sejam realizados encontros diários, no início e no final do dia, para

compartilhar o planejamento das ações cotidianas e pactuar a tomada de algumas

decisões.

Quando faz? Cabe às Equipes organizar as agendas de forma a garantir o

acolhimento durante todo o horário de funcionamento da Unidade.

É importante que as Unidades de Atenção Primária possibilitem horários

diferenciados para o atendimento de usuários e famílias que não podem comparecer

durante o período habitual de funcionamento, uma das razões que justificam o

horário expandido de algumas Unidades. Não pode haver limitação de horários para

o acolhimento à demanda espontânea.

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397

Onde faz? Nas salas, consultórios, não sendo recomendado restringir o

acolhimento a uma única sala, sob pena de que seja reduzido a um setor, e não a

uma tecnologia de cuidado, e mesmo a fim de que não concentre o fluxo, gerando

fila e tempo de espera inadequados. Nas Clínicas da Família, por exemplo, o

acolhimento por equipe direciona o fluxo para os consultórios, não cabendo

centralizá-lo em uma sala. É fundamental que a avaliação que o acolhimento

compreende seja feita de modo que o usuário tenha sua privacidade preservada,

acomodação adequada,e que o profissional tenha condições de realizar o

atendimento, a avaliação, o que inclui o exame físico geral.

Da Avaliação para definição de prioridade, orienta-se:

Buscar sempre a integralidade na abordagem;

Não reduzir a escuta ao binômio queixa–conduta, ainda que faça parte da

avaliação;

Preservar a abordagem individualizada de cada caso;

Considerar situação e nível de vulnerabilidade do paciente e de sua família,

bem como o nível de sofrimento expresso pelo paciente;

Realizar o Acolhimento por Equipe em atenção ao vínculo que deve ser

preservado;

1.26.5 Previsão da Oferta de Cursos, Atividades de Integração e Utilização de

espaços educativos compartilhados pela IES e Serviço de Saúde para

educação permanente dos profissionais de saúde

Programa de Educação Permanente para os Tutores e Preceptores

Reconhecendo a Educação Permanente (EP) enquanto uma estratégia para o

desenvolvimento de profissionais de saúde no contexto do serviço de saúde, está

programada sessão de EP com os tutores (orientador de campo) e preceptores, com

os seguintes objetivos:

Instituir um espaço de aprendizagem a partir da reflexão da prática do

tutor/preceptor;

Processar problemas do processo de trabalho do tutor/preceptor de origem

pedagógica e do cuidado à saúde

Avaliar os resultados da EP por meio do impacto positivo do desempenho

do tutor/preceptor.

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O Processo de EP será desenvolvido por meio de um movimento ativo de

ação-reflexão-ação, tomando-se como disparador do processo reflexivo, as

práticas e os problemas da realidade para desencadear a aprendizagem.

Assim, para instituir esse processo reflexivo os seguintes momentos serão

considerados: vivência da prática, reflexão da prática vivenciada, busca

qualificada de informação que fundamentam a prática quando necessário e

reflexão da prática com a intenção de transformá-la.

Entendendo que os sujeitos da aprendizagem são ativos e interativos, a EP

se realizará num coletivo de tutores/preceptores considerando a relevância de

aprender junto em relação intra e interpessoal. Assim o trabalho de EP será

desenvolvido em pequenos grupos, o qual oportunizará o reconhecimento dos

próprios limites, o respeito a diversidade, a cooperação, a conduta ética, a

postura empática e o profissionalismo. A avaliação dos momentos de EP

ocorrerá na perspectiva formativa e se constituirá em um elemento formador e

integrador.

O processo da EP será facilitado por docentes da FAMETRO com

experiência na mediação de processo ensino-aprendizagem que utiliza

metodologia ativa e a aprendizagem significativa, em pequenos grupos.

1.27 Atividades Práticas de Ensino

O curso de Medicina da FAMETRO tem o objetivo de inserir o estudante de

medicina no Sistema Único de Saúde desde o início da graduação através da

parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do município de Manaus e Secretaria

de Estado do Amazonas em todos os âmbitos da atenção à saúde do município e

região metropolitana. O Sistema Municipal de Saúde de Manaus está integrado ao

SUS, que preconiza a regionalização na prestação dos serviços de saúde e a

hierarquização das atribuições, onde cada esfera governamental deve cumprir

funções e competências específicas, porém articuladas entre si.

Os estudantes ao longo de 8 semestres e durante o internato estarão

inseridos nas UBS/USF com Equipe de Saúde da Família, participando de todas as

atividades da equipe em articulação com as equipes da atenção especializada,

saúde mental, atenção domiciliar, hospitalar e apoiadores, com ênfase nas práticas

de Medicina Geral de Família e Comunidade e Saúde Coletiva na atenção básica; e

nas áreas de clínica médica, cirurgia, pediatria, saúde mental, ginecologia e

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obstetrícia e saúde coletiva em ambientes ambulatoriais especializados, urgência e

emergência e unidades de internação. As atividades serão em sua totalidade,

supervisionadas por docentes da FAMETRO.

É de suma importância preparar o egresso do curso de medicina para se

inserir nos serviços de saúde estando apto a trabalhar no Programa Saúde da

Família. Ao longo dos 6 anos do curso de Medicina o estudante se insere na Rede

de Atenção à Saúde em caráter progressivo, a medida que vai adquirindo mais

competências para desempenhar suas atividades. Essas práticas são assim

distribuídas ao longo dos 6 anos de formação:

1ª a 4ª etapas: os estudantes ficam vinculados a uma unidade básica de saúde

com Estratégia de Saúde da Família. Esses estudantes acompanharão a

mesma equipe até o final do curso.

5ª a 8ª etapas: além de sua permanência nas UBSs, neste momento os

estudantes passam também a ser inseridos nos serviços de atenção

secundária (ambulatório de especialidades médicas, saúde da mulher, saúde

da criança, saúde do homem, saúde do adolescente), vigilância em saúde

(SAE, CTA, Dermatologia e Pneumologia Sanitária), reabilitação (Atenção a

pessoa com deficiência), saúde mental (CAPS Adulto, CAPS Infanto Juvenil,

CAPS Álcool e Outras Drogas, Ambulatório de Saúde Mental), urgência

(Pronto Atendimento, Pronto Socorro, SPA).

9ª a 12ª etapas: no período do internato o estudante percorrerá toda a Rede de

Atenção a Saúde do Município. Estará na UBS, nos serviços de atenção

secundária, na atenção pré-hospitalar através do Pronto Socorro (urgência e

emergência) e nos Hospitais Gerais e Especializados, em especial, o Hospital

Infantil e Maternidade.

As diferenças e, em muitos casos, a complementaridade entre o nível

secundário do município e a faculdade, justificam, um esforço que objetive ampliar a

inserção do estudante na rede de atenção a saúde para além da rede básica. A

vivência nos serviços de atenção primária, secundária e terciária constitui uma

oportunidade única para o graduando ampliar o seu olhar sobre a integralidade da

atenção e prepará-lo para uma prática clínica em sintonia com realidade do Sistema

de Saúde.

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400

1.27.1 Plano de Atividades Práticas a ser realizado com o aluno

O Plano de Atividades Práticas a ser realizado com o aluno é detalhado no

Caderno do Aluno e Caderno do Tutor, entregue a cada semestre do curso contendo

todas as atividades vivenciadas pelos estudantes semana a semana. As atividades

práticas de laboratório são descritas na parte intitulada: Roteiro de Práticas no

Laboratório Morfofuncional, Roteiro de Práticas Funcionais e Atividades do IESC. As

Habilidades Médicas são descritas aula a aula em Caderno Específico das

Habilidades. Esses Cadernos constam como documentos em anexo ao PPC do

Curso.

1.27.2 Modelo do Plano de Ensino de Atividades Práticas a ser preenchido pelo

docente

Os Planos de Ensino de Atividades Práticas constam no formato de Roteiros

de Práticas nos Cadernos do Aluno e do Tutor em anexo ao PPC.

1.27.3 Modelo de Portfólio para Registro das Atividades Práticas a ser

preenchido pelo Aluno

1. Quadro síntese – Estrutura do portfólio

Item do portfólio Resultados esperados

Linha de Base (trajetória pessoal e expectativas)

Iniciar o processo de reflexão – como eu entrei no curso, como estou e como sairei

Reflexão sobre o aprendizado das atividades educacionais selecionadas ou indicadas pelos docentes responsáveis

Melhoria no seu aprendizado com identificação de pontos a melhorar. Identificação das atividades que lhe proporcionou maior aprendizado, compreensão de seu processo de aprendizagem (individual, em grupo, leitura, buscas de informações, elaboração de resumos, sínteses, entre outros).

Avaliações Reflexão sobre seu desempenho a partir das informações e notas das avaliações realizadas, compreensão dos critérios e notas atribuídas.

Autoavaliação Reflexão sobre seu desempenho no curso, identificação, compreensão e conscientização dos pontos a melhorar.

Demais itens: documentos, Reflexão sobre o seu processo

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artigos, poemas, figuras, esquemas, músicas, filmes, entre outros

de aquisição de conhecimento – como eu aprendo?

1.30 Educação em Saúde 1.30.1 Processo de desenvolvimento da formação do aluno na Educação em

Saúde

A articulação entre conhecimentos, habilidades e atitudes no desenvolvimento

de competências, requeridas do egresso, para o exercício do futuro profissional da

medicina, desdobrar-se-á na formação no momento da graduação nas seguintes

áreas: atenção à saúde, gestão em saúde e educação em saúde. Na Educação em

Saúde, o graduando deverá ser corresponsável e sujeito da aprendizagem e da sua

formação inicial, continuada e em serviço, visando autonomia intelectual,

responsabilidade social, ao tempo em que se compromete com a formação das

futuras gerações de profissionais de saúde, e o estímulo à mobilidade acadêmica e

profissional, objetivando:

I - aprender a aprender, como parte do processo de ensino-aprendizagem,

identificando conhecimentos prévios, desenvolvendo a curiosidade e formulando

questões para a busca de respostas cientificamente consolidadas, construindo

sentidos para a identidade profissional e avaliando, criticamente, as informações

obtidas, preservando a privacidade das fontes;

II - aprender com autonomia e com a percepção da necessidade da educação

continuada, a partir da mediação dos professores e profissionais do Sistema Único

de Saúde, desde o primeiro ano do curso;

III - aprender interprofissionalmente, com base na reflexão sobre a própria

prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e outras áreas

do conhecimento, para a orientação da identificação e discussão dos problemas,

estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à saúde;

IV - aprender em situações e ambientes protegidos e controlados, ou em

simulações da realidade, identificando e avaliando o erro, como insumo da

aprendizagem profissional e organizacional e como suporte pedagógico;

V - comprometer-se com seu processo de formação, envolvendo-se em

ensino, pesquisa e extensão e observando o dinamismo das mudanças sociais e

científicas que afetam o cuidado e a formação dos profissionais de saúde, a partir

dos processos de auto avaliação e de avaliação externa dos agentes e da

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instituição, promovendo o conhecimento sobre as escolas médicas e sobre seus

egressos;

VI - propiciar a estudantes, professores e profissionais da saúde a ampliação

das oportunidades de aprendizagem, pesquisa e trabalho, por meio da participação

em programas de Mobilidade Acadêmica e Formação de Redes Estudantis,

viabilizando a identificação de novos desafios da área, estabelecendo compromissos

de corresponsabilidade com o cuidado com a vida das pessoas, famílias, grupos e

comunidades, especialmente nas situações de emergência em saúde pública, nos

âmbitos nacional e internacional;

VII - dominar língua estrangeira. A instituição estimulará por meio de leitura de

artigos na língua inglesa, para manter-se atualizado com os avanços da Medicina

conquistados no país e fora dele, bem como para interagir com outras equipes de

profissionais da saúde em outras partes do mundo e divulgar as conquistas

científicas alcançadas no Brasil.

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1.30.2 Plano de Ensino de Atividades de Educação em Saúde a ser desenvolvido com o aluno

Área de Competência Educação em Saúde

Identificação de Necessidades de Aprendizagem Individual e Coletiva

Promoção da Construção e Socialização do Conhecimento

Promoção do Pensamento Científico e Crítico e Apoio à Produção de Novos Conhecimentos.

Desempenho Descritores Desempenho Descritores Desempenho Descritores

I - estímulo à curiosidade e ao desenvolvimento da capacidade de aprender com todos os envolvi- dos, em todos os momentos do trabalho em saúde.

a) Participação em projetos de pesquisa

b) Identificação de situações problemas a partir da realidade

c) Participação em atividades.

I - postura aberta à transformação do conhecimento e da própria prática;

I - utilização dos desafios do trabalho para estimular e aplicar o raciocínio científico, formulando perguntas e hipóteses e buscando dados e informações;

II - identificação das necessidades de aprendizagem próprias, das pessoas sob seus cuidados e responsáveis, dos cuidadores, dos familiares, da equipe multiprofissional de trabalho, de grupos sociais

II - escolha de estratégias interativas para a construção e socialização de conhecimentos, segundo as necessidades de aprendizagem identificadas, considerando idade, escolaridade e inserção sociocultural das

II - análise crítica de fontes, métodos e resultados, no sentido de avaliar evidências e práticas no cuidado, na gestão do trabalho e na educação de profissionais de saúde, pessoa sob seus cuidados, famílias e responsáveis;

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ou da comunidade, a partir de uma situação significa- tiva e respeitando o conhecimento prévio e o contex- to sociocultural de cada um.

pessoas;

III - orientação e compartilhamento de conhecimentos com pessoas sob seus cuidados, responsáveis, familiares, grupos e outros profissionais, levando em conta o interesse de cada segmento, no sentido de construir novos significados para o cuidado à saúde;

III - identificação da necessidade de produção de novos conhecimentos em saúde, a partir do diálogo entre a própria prática, a produção científica e o desenvolvimento tecnológico disponíveis;

IV - estímulo à construção coletiva de conhecimento em todas as

IV - favorecimento ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para a atenção das

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oportunidades do processo de trabalho, propiciando espaços formais de educação continuada, participando da formação de futuros profissionais.

necessidades de saúde individuais e coletivas, por meio da disseminação das melhores práticas e do apoio à realização de pesquisas de interesse da sociedade.

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1.30.3 Modelo de Portfólio para Registro das Atividades de Educação em

Saúde a serem realizadas pelo Aluno

Quadro síntese – Estrutura do portfólio

Item do portfólio Resultados esperados

Linha de Base (trajetória pessoal e expectativas)

Iniciar o processo de reflexão – como eu entrei no curso, como estou e como sairei

Reflexão sobre o aprendizado das atividades educacionais selecionadas ou indicadas pelos docentes responsáveis

Melhoria no seu aprendizado com identificação de pontos a melhorar. Identificação das atividades que lhe proporcionou maior aprendizado, compreensão de seu processo de aprendizagem (individual, em grupo, leitura, buscas de informações, elaboração de resumos, sínteses, entre outros).

Avaliações Reflexão sobre seu desempenho a partir das informações e notas das avaliações realizadas, compreensão dos critérios e notas atribuídas.

Autoavaliação Reflexão sobre seu desempenho no curso, identificação, compreensão e conscientização dos pontos a melhorar.

Demais itens: documentos, artigos, poemas, figuras, esquemas, músicas, filmes, entre outros

Reflexão sobre o seu processo de aquisição de conhecimento – como eu aprendo?

1.31 Gestão em Saúde

1.31.1 Processo de desenvolvimento da formação do aluno na Gestão em

Saúde

A articulação entre conhecimentos, habilidades e atitudes no desenvolvimento

de competências, requeridas do egresso, para o exercício do futuro profissional da

medicina, desdobrar-se-á na formação no momento da graduação nas seguintes

áreas: atenção à saúde, gestão em saúde e educação em saúde. Na Gestão em

Saúde, a Graduação em Medicina visa à formação do médico capaz de

compreender os princípios, diretrizes e políticas do sistema de saúde, e participar de

ações de gerenciamento e administração para promover o bem estar da

comunidade, por meio das seguintes dimensões:

I - Gestão do Cuidado, com o uso de saberes e dispositivos de todas as

densidades tecnológicas, de modo a promover a organização dos sistemas

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integrados de saúde para a formulação e desenvolvimento de Planos Terapêuticos

individuais e coletivos;

II - Valorização da Vida, com a abordagem dos problemas de saúde

recorrentes na atenção básica, na urgência e na emergência, na promoção da saúde

e na prevenção de riscos e danos, visando à melhoria dos indicadores de qualidade

de vida, de morbidade e de mortalidade, por um profissional médico generalista,

propositivo e resolutivo;

III - Tomada de Decisões, com base na análise crítica e contextualizada das

evidências científicas, da escuta ativa das pessoas, famílias, grupos e comunidades,

das políticas públicas sociais e de saúde, de modo a racionalizar e aperfeiçoar a

aplicação de conhecimentos, metodologias, procedimentos, instalações,

equipamentos, insumos e medicamentos, de modo a produzir melhorias no acesso e

na qualidade integral à saúde da população e no desenvolvimento científico,

tecnológico e inovação que retroalimentam as decisões;

IV - Comunicação, incorporando, sempre que possível, as novas tecnologias

da informação e comunicação (TICs), para interação à distância e acesso a bases

remotas de dados;

V - Liderança exercitada na horizontalidade das relações interpessoais que

envolvam compromisso, comprometimento, responsabilidade, empatia, habilidade

para tomar decisões, comunicar-se e desempenhar as ações de forma efetiva e

eficaz, mediada pela interação, participação e diálogo, tendo em vista o bem-estar

da comunidade;

VI - Trabalho em Equipe, de modo a desenvolver parcerias e constituição de

redes, estimulando e ampliando a aproximação entre instituições, serviços e outros

setores envolvidos na atenção integral e promoção da saúde;

VII - Construção participativa do sistema de saúde, de modo a compreender o

papel dos cidadãos, gestores, trabalhadores e instâncias do controle social na

elaboração da política de saúde brasileira;

VIII - Participação social e articulada nos campos de ensino e aprendizagem

das redes de atenção à saúde, colaborando para promover a integração de ações e

serviços de saúde, provendo atenção contínua, integral, de qualidade, boa prática

clínica e responsável, incrementando o sistema de acesso, com equidade,

efetividade e eficiência, pautando-se em princípios humanísticos, éticos, sanitários e

da economia na saúde.

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1.31.2 Plano de Ensino de Atividades de Gestão em Saúde a ser desenvolvido com o aluno

Área de Competência Gestão em Saúde

Organização do Trabalho em Saúde Acompanhamento e Avaliação do Trabalho em Saúde

Desempenho Descritores Desempenho Descritores

I. Identificação do Processo de Trabalho

a) identificação da história da saúde, das políticas públicas de saúde no Brasil, da Reforma Sanitária, dos princípios do SUS e de desafios na organização do trabalho em saúde, considerando seus princípios, diretrizes e políticas de saúde; b) identificação de oportunidades e de desafios na organização do trabalho nas redes de serviços de saúde, reconhecendo o conceito ampliado de saúde, no qual todos os cenários em que se produz saúde são ambientes relevantes e neles se deve assumir e propiciar compromissos com a qualidade, integralidade e continuidade da atenção; c) utilização de diversas fontes para identificar problemas no processo de trabalho, incluindo a perspectiva dos profissionais e dos usuários e a análise de indicadores e do modelo de gestão, de modo a identificar risco e vulnerabilidade de pessoas, famílias e grupos sociais; d) incluir a perspectiva dos usuários, família e comunidade, favorecendo sua maior autonomia na decisão do plano terapêutico, respeitando seu processo de planejamento e de decisão considerando-se, ainda, os seus valores e crenças; e) trabalho colaborativo em equipes de saúde, respeitando normas institucionais dos

I. Gerenciamento do Cuidado em Saúde:

a) promoção da integralidade da atenção à saúde individual e coletiva, articulando as ações de cuidado no contexto dos serviços próprios e conveniados ao SUS; b) utilização das melhores evidências e dos protocolos e diretrizes cientificamente reconhecidas, para promover o máximo benefício à saúde das pessoas e coletivos, segundo padrões de qualidade e de segurança; e c) favorecimento da articulação de ações, profissionais e serviços, apoiando a implantação de dispositivos e ferramentas que promovam a organização de sistemas integrados de saúde.

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ambientes de trabalho e agindo com compromisso ético-profissional, superando a fragmentação do processo de trabalho em saúde; f) participação na priorização de problemas, identificando a relevância, magnitude e urgência, as implicações imediatas e potenciais, a estrutura e os recursos disponíveis; e g) abertura para opiniões diferentes e respeito à diversidade de valores, de papéis e de responsabilidades no cuidado à saúde.

II. Elaboração e Implementação de Planos de Intervenção

a) participação em conjunto com usuários, movimentos sociais, profissionais de saúde, gestores do setor sanitário e de outros setores na elaboração de planos de intervenção para o enfrentamento dos problemas priorizados, visando melhorar a organização do processo de trabalho e da atenção à saúde; b) apoio à criatividade e à inovação, na construção de planos de intervenção; c) participação na implementação das ações, favorecendo a tomada de decisão, baseada em evidências científicas, na eficiência, na eficácia e na efetividade do trabalho em saúde; e d) participação na negociação e avaliação de metas para os planos de intervenção, considerando as políticas de saúde vigentes, os colegiados de gestão e de controle social.

II. - Monitoramento de Planos e Avaliação do Trabalho em Saúde:

a) participação em espaços formais de reflexão coletiva sobre o processo de trabalho em saúde e sobre os planos de intervenção; b) monitoramento da realização de planos, identificando conquistas e dificuldades; c) avaliação do trabalho em saúde, utilizando indicadores e relatórios de produção, ouvidoria, auditorias e processos de acreditação e certificação; d) utilização dos resultados da avaliação para promover ajustes e novas ações, mantendo os planos permanentemente atualizados e o trabalho em saúde em constante aprimoramento; e) formulação e recepção de críticas, de modo respeitoso, valorizando o esforço de cada um e favorecendo a construção de um ambiente solidário de trabalho; e f) estímulo ao compromisso de todos com a transformação das práticas e da cultura organizacional, no sentido da defesa da cidadania e do direito à saúde.

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1.31.3 Modelo de Portfólio para Registro das Atividades de Gestão em Saúde a

serem realizadas pelo Aluno

O portfólio é uma estratégia pedagógica que tem caráter obrigatório e

transversal no Projeto Pedagógico do Curso de Medicina da FAMETRO. Para tanto

a sua implantação de forma sistêmica deve permear todas as atividades do curso .

Isso requer desenvolvimento de capacitação específica de docentes, que terão

papel fundamental de implementar os processos de avaliação formativa. O portfólio

é instrumento fundamental na composição das diversas ferramentas utilizadas no

processo de avaliação programática do Curso. A literatura aponta para uma

polissemia de conceitos e aplicações do portfólio nos processos de construção da

aprendizagem e da avaliação dos estudantes, No sentido de facilitar e promover o

alinhamento dentre essas diversas visões e aplicações do portfólio a FAMETRO

elaborou um termo de referência que dará a sustentação para o processo de

capacitação dos docentes e discentes no uso mais adequado do portfólio.

Termo de Referência: Portfólio do estudante

do Curso de Graduação de Medicina da FAMETRO.

1. Apresentação

O portfólio é um instrumento educacional que proporciona aos estudantes e

docentes evidências de seu processo de aprendizagem, com ênfase nas fortalezas e

conquistas do processo de aprendizagem e na identificação de lacunas e

fragilidades, com a formulação de planos de melhoria e acompanhamento. Além

disso, seu processo de elaboração e o feedback do docente proporcionam ao

estudante o protagonismo no seu processo de aprendizagem pela autoria do produto

do seu aprendizado, estimulando a autonomia na construção do seu saber.

2. Contexto

Em alinhamento com os princípios da metodologia ativa de ensino

aprendizagem e com as propostas das Diretrizes Curriculares 2014, o programa da

Medicina FAMETRO considera que o aprendizado é um processo ativo, que

considera o contexto no qual o conhecimento não é absorvido passivamente, e sim

construído pelos estudantes, sendo esse processo de aquisição do conhecimento

individual e idiossincrático, ao mesmo tempo que socialmente construído,

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considerando fundamental considerar os saberes e as experiências prévias de cada

estudante.

Nesse sentido, as atividades educacionais do programa são elaboradas a

partir do perfil de competência do profissional médico ao final do curso (Resolução

nº 3, de 20 de junho de 2014, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do

Curso de Graduação em Medicina), considerando suas três grandes áreas de

competência: educação, gestão e atenção à saúde.

É importante destacar que a complexidade da prática médica deve considerar

olhar integrado sobre o processo saúde e doença, ou seja, as atividades

educacionais devem considerar essa integração, isto é, devem contemplar a

diversidade de olhares, disciplinas e áreas em uma mesma atividade educacional.

Nesse sentido, é sempre desejável que o estudante consiga estabelecer as

interligações entre as diversas atividades desenvolvidas, ou seja, no sentido da

integração, e não da fragmentação.

3. Finalidades do portfólio

Embora o portfólio seja uma importante fonte de informação para o

aperfeiçoamento das práticas educacionais dos docentes, a principal finalidade do

portfólio no curso é potencializar o aprendizado do estudante. Ou seja, o portfólio é

um documento reflexivo, e não uma descrição, tampouco um checklist de atividades

propostas.

O norteador da reflexão deve considerar as capacidades desenvolvidas em

determinado período do curso ou módulo, a partir das intencionalidades

educacionais das atividades, que, como já mencionado, são elaboradas a partir do

perfil do profissional médico esperado.

Para tanto, é necessário que o estudante realize um movimento de coletar

informações, selecionar aprendizados significativos e refletir sobre o aprendizado, ou

seja, o estudante mobiliza ações de análise, síntese e avaliação sobre o seu

processo individual de aprendizagem.

É importante destacar que o portfólio não deve ser visto como mais um

trabalho individual que não proporcione nenhum significado para o aprendizado do

estudante, por esse motivo, os estudantes, apoiados pelos docentes, devem

encontrar o melhor formato, ou seja, o mais potente segundo a forma de aprender

de cada estudante.

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4. Estrutura do portfólio

A. ORGANIZAÇÃO

O portfólio do curso de Medicina será único, ou seja, todas as atividades

educacionais: IESC, Reflexão da prática, Tutoria, Morfofuncional, Habilidades e Core

comporão um único arquivo. Por esse motivo, é importante que o estudante

identifique as atividades educacionais que considerou mais relevante no período

para seu aprendizado e consiga estabelecer as conexões entre o seu aprendizado

individual e o esperado (por meio do perfil do egresso e da intencionalidade

educacional das atividades).

B. ITENS GERAIS

2. Linha de Base

O portfólio marca o início do registro do percurso no estudante no curso. Por

esse motivo, é importante que o mesmo seja iniciado com uma narrativa sobre sua

trajetória até o presente momento e suas expectativas em relação ao Curso de

Medicina.

Orientação: o estudante deverá registrar em no máximo 3 páginas sua

trajetória (o que ele considerar relevante narrar) até o presente momento e suas

expectativas.

3. Reflexão das atividades educacionais desenvolvidas

Como já mencionado anteriormente, é importante o movimento de

identificação dos momentos e atividades que proporcionaram uma aprendizagem

significativa para o estudante. Esse movimento não inviabiliza que o docente possa

sugerir a inserção de algumas reflexões específicas de algumas atividades

educacionais. Por exemplo, os docentes da reflexão da prática do IESC podem

sugerir a inserção das sínteses individuais a partir do processamento das narrativas,

mas estas devem ser dialogadas nos encontros individuais de portfólio entre docente

e aluno, para verificar se essa inserção proporcionou realmente melhorias no

aprendizado do estudante.

No que tange à forma, deve ser totalmente livre para o estudante, para que

este exercite sua criatividade, de forma a motivar seu aprendizado. Tomando o

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exemplo anterior, o estudante pode optar por elaborar sua síntese individual por

meio de um esquema, desenho, poema, música, entre outros. Ao docente cabe

dialogar com o estudante como aquele formato representa o aprendizado adquirido

e se realmente esse formato proporciona o melhor aprendizado individual.

Pode ser uma opção de o estudante incluir, além da reflexão, uma descrição

das atividades desenvolvidas, ou apresentar documentos, pesquisas, figuras, fotos,

entre outros que considerou importante durante seu aprendizado. No entanto, a

inserção desses documentos deve obedecer a mesma lógica anteriormente

mencionada, e o estudante deve ter claro e conseguir explicar para o docente o

porquê da inserção dos documentos e a relevância para seu aprendizado.

Em síntese, não será imposto um formato rígido das reflexões

(linhas/questões), desde que estejam evidentes para o estudante e este consiga

explicar de forma clara para o docente.

4. Avaliações realizadas durante o curso

Considerando que as avaliações proporcionam importantes deslocamentos

nos processos de aprendizagem, é importante que façam parte do portfólio do

estudante. Tais avaliações serão dialogadas com os docentes responsáveis para

elaboração de planos de melhoria.

5. Autoavaliação do estudante

Embora seja esperado que o portfólio seja elaborado continuamente, como

um registro de seu aprendizado durante todo o curso, o arquivo será solicitado em

dois momentos durante cada etapa: no meio do semestre e ao final do semestre, de

preferência após o período das avaliações, para que planos de melhoria sejam

elaborados e acompanhados pelos docentes. Para tanto, cada estudante deverá

realizar uma autoavaliação do seu desempenho no curso durante o período, que

deverá compor o portfólio e para ser dialogado com os docentes do curso.

6. Avaliação do portfólio

Considerando que o aprendizado é individual e se dá em diferentes

momentos, a avaliação do portfólio do curso de Medicina utilizará dois conceitos no

meio do semestre: satisfatório ou precisa melhorar, com feedback individual. Ao final

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do semestre, será atribuído o conceito satisfatório ou insatisfatório, com feedback

individual alinhado com os pontos apontados na avaliação anterior. É importante

destacar que, como o portfólio é um instrumento que reflete a trajetória do estudante

no curso, seu conceito deve estar alinhado com as demais avaliações realizadas e

com a autoavaliação do estudante.

7. Quadro síntese – Estrutura do portfólio

Item do portfólio Resultados esperados

Linha de Base (trajetória pessoal e expectativas)

Iniciar o processo de reflexão – como eu entrei no curso, como estou e como sairei

Reflexão sobre o aprendizado das atividades educacionais selecionadas ou indicadas pelos docentes responsáveis

Melhoria no seu aprendizado com identificação de pontos a melhorar. Identificação das atividades que lhe proporcionou maior aprendizado, compreensão de seu processo de aprendizagem (individual, em grupo, leitura, buscas de informações, elaboração de resumos, sínteses, entre outros).

Avaliações Reflexão sobre seu desempenho a partir das informações e notas das avaliações realizadas, compreensão dos critérios e notas atribuídas.

Autoavaliação Reflexão sobre seu desempenho no curso, identificação, compreensão e conscientização dos pontos a melhorar.

Demais itens: documentos, artigos, poemas, figuras, esquemas, músicas, filmes, entre outros

Reflexão sobre o seu processo de aquisição de conhecimento – como eu aprendo?

8. Encontros com os docentes – Avaliação do portfólio

Cada tipo de atividade (habilidades, tutoria, IESC, práticas, morfofuncional e

core) pactuarão os momentos e formas para feedback para o estudante.

9. Orientações por grupo de atividade

Os quadros abaixo apresentam as solicitações específicas de cada grupo

para inclusão no portfólio

Tutoria Síntese individual do processamento

O que aprendi com a atividade

O que tive dificuldade e preciso aprender

Opinião/reflexão (considerando a minha formação como médico)

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Sugestão para melhorar a atividade

Como foi a integração entre as várias atividades do módulo

Habilidades (todas)

Síntese a ser elaborada ao final de cada atividade

Descrição da atividade

O que aprendi com a atividade

O que tive dificuldade e preciso aprender

Opinião/reflexão (considerando a minha formação como médico)

Sugestão para melhorar a atividade

Morfofuncional

O que aprendi com a atividade

O que tive dificuldade e preciso aprender

Opinião/reflexão (considerando a minha formação como médico)

Sugestão para melhorar a atividade

Como foi a integração entre as várias atividades do módulo

Core Curriculum O que aprendi com a atividade

O que tive dificuldade e preciso aprender

Opinião/reflexão (considerando a minha formação como médico)

Sugestão para melhorar a atividade

IESC Sínteses individuais dos processamentos (narrativa/problemas)

O que aprendi com a atividade

O que tive dificuldade e preciso aprender

Opinião/reflexão (considerando a minha formação como médico)

Sugestão para melhorar a atividade

9. DESCRITORES PARA AVALIAÇÃO DO PORTFÓLIO

1. Apresenta organização das atividades (datas e atividades)

2. É um instrumento que demonstra o alcance dos objetivos de aprendizagem previstos pela etapa/série/semestre

3. Serve como referência para pesquisa em momentos posteriores

4. Foi utilizado como instrumento de aprendizado (aluno soube usar o portfólio para otimizar seu aprendizado)

5. Apresenta inclusão do material que serviu para construir aprendizado

7. Apresenta análise crítica/ reflexiva sobre o material de estudo incluído (comentários sobre os textos)

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8. Apresenta articulação de conhecimentos teóricos e práticos

9. Reflete sobre a evolução de seu desempenho prático

10. Incluiu reflexões sobre atividades práticas realizadas em campo, sabendo articular conhecimentos teóricos e práticos.

11. Apresenta o produto de seus estudos na busca de maiores informações (que julgou que precisava saber mais)

12. Apresenta reflexão sobre seu desempenho nas atividades do grupo

13. Apresenta reflexão sobre o desempenho do grupo nas atividades práticas

14. Apresenta estética e organização que facilita aprendizagem/compreensão

15. PF reflete ter sido construído ao longo da etapa

16. Fecha o PF com uma reflexão do semestre

1.32 Articulação entre a Graduação em Medicina e os Programas de Residência

Próprios e/ou em Parceria

O Plano de Implantação de Programas de Residência Médica no Município de

Manaus terá, na FAMETRO e na Secretaria Municipal de Saúde e na Secretaria

Estadual de Saúde a configuração de dois grandes parceiros, que darão conta da

missão de criar e implantar programas de residência médica, que possam responder

às necessidades apontadas pela Rede de Serviços e Cuidados em Saúde da

Região.

O Plano para implantação de Residência Médica da FAMETRO, conforme

apresentado na TABELA 1, prevê, já para o primeiro ano de funcionamento do curso

de graduação em medicina, a abertura de 14 novas vagas de Residência Médica,

sendo incialmente 10 em Medicina de Família e Comunidade, 02 em Clínica Médica

e 02 em Pediatria. Ao todo, ao final dos 5 primeiros anos de implantação do curso

de medicina, a FAMETRO pretende oferecer a ampliação de 55 novas vagas de

Residência Médica, sendo 39 vagas em Medicina de Família e Comunidade, 08

vagas em Clínica Médica e 08 vagas em Pediatria, áreas essas de maior

necessidade para o desenvolvimento do SUS local e para a garantia do acesso à

população em áreas consideradas essenciais de atendimento às demandas.

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TABELA 1- CURSO DE MEDICINA - PLANO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

QUADRO DE VAGAS E BOLSAS – INÍCIO DE IMPLANTAÇÃO EM 2019

ANO DE IMPLANTAÇÃO

VAGAS

BOLSAS

ESPECIALIDADES

M.F.C. = Medicina de Família e Comunidade

C.M. = Clínica Médica

P. = Pediatria

R-1 R-2

1º 14 -- 14 10 M.F.C. 02 C.M. 02 Ped.

2º 14 14 28 10+ 10 = 20 M.F.C. 02+ 02 = 04 C.M. 02+ 02 = 04 Ped.

3º 14 14 28 10+ 10 = 20 M.F.C. 02+ 02 = 04 C.M. 02+ 02 = 04 Ped.

4º 28 14 42 10 + 20 = 30 M.F.C. 02 + 04 = 06 C.M. 02 + 04 = 06 Ped.

5º 27 28 55 20 + 19 = 39 M.F.C. 04 + 04 = 08 C.M. 04 + 04 = 08 Ped.

6º 28 27 55 19 + 20 = 39 M.F.C. 04 + 04 = 08 C.M. 04 + 04 = 08 Ped.

7º 27 28 55 20 + 19 = 39 M.F.C. 04 + 04 = 08 C.M. 04 + 04 = 08 Ped.

8º 28 27 55 19 + 20 = 39 M.F.C. 04 + 04 = 08 C.M. 04 + 04 = 08 Ped.

Valor da Bolsa de Residência Médica (determinado pela Portaria Ministerial nº 09/2013):R$ 3.300,00

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1.32.1 Previsão de articulação entre os Programas de Residência reconhecidos

pela CNRM em parceria e Previsão de Vagas de Residência em Medicina Geral

da Família e Comunidade e mais duas áreas prioritárias do SUS para o

equivalente ao número de egressos

Tendo por base o que estabelece a Lei nº 12.871/2013, no seu art. 5º, a

mantenedora da FAMETRO, pretende apresentar o Plano de Implantação de

Residência Médica contendo a descrição das ações a serem desenvolvidas e o

cronograma de execução, prevendo a implantação anual de Programas de

Residência em Medicina da Família e Comunidade e duas outras áreas prioritárias

em proporção ao número de vagas anuais de graduação em medicina.

O plano completa a oferta de 55 vagas de Residência Médica já a partir do

5o. ano do curso de graduação em medicina sendo 39 vagas para Residência em

Medicina da Família e Comunidade, 08 vagas para Clínica Médica e 08 vagas para

Pediatria.

1.33 Responsabilidade Social

O conceito de responsabilidade social da escola médica foi definido em 1995

e teve princípios reafirmados e estabelecidas por novas diretrizes no Consenso

Global sobre a Responsabilidade Social das Faculdades de Medicina (Boelen,C,

2011), realizado na África do Sul, em 2010. O relatório da reunião propôs que as

escolas socialmente responsáveis sejam capazes de ordenar suas atividades de

ensino, pesquisa e extensão na direção das preocupações prioritárias em saúde, as

quais tenham impacto na comunidade, na região e na nação às quais têm o dever

de servir. A responsabilidade social enfatiza que as prioridades devem ser eleitas

conjuntamente pelos governos, profissionais de saúde e representantes da

comunidade (Calderon et al., 2011).

A aplicação desse conceito implica que a Instituição de Ensino Superior (IES)

deve investir no desenvolvimento do compromisso social de seus produtos, dentre

eles: os estudantes graduados, as pesquisas desenvolvidas e o modelo assistencial

proposto. Mais do que isso, a instituição deve direcionar todo o esforço para que

esses produtos contribuam para a melhora de qualidade, equidade, relevância e

custo-efetividade das intervenções na área da saúde e da educação.

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Para que esses objetivos sejam atingidos é premissa fundamental que haja o

engajamento dos estudantes, professores, dirigentes acadêmicos e gestores dos

serviços de saúde no projeto de construção de uma escola médica mais

comprometida com os movimentos de transformação e implementação de mudanças

curriculares, com o trabalho de inserção junto à comunidade e com a produção de

pesquisa por meio da iniciação científica, desde o início do curso.

A agenda mundial aponta para a necessária formação médica, comprometida

com o desenvolvimento social, abrindo espaços para a produção de talentos que

unam a competência técnica, formação crítica, reflexiva e humanística, bem como a

curiosidade científica, a disposição e a atitude para ser um aprendiz permanente ao

longo de toda a vida.

1.34 Integração do Curso com Comunidade Locorregional

Para se implantar o ensino baseado na comunidade, é preciso abordar a

complexidade do trinômio ensino-serviço comunidade e dos segmentos extra

acadêmicos com os quais estudantes e docentes devem interagir. Não é simples

propor esta interação, dada a resistência a este modelo. Primeiramente, há o

estranhamento decorrente do confronto dos diferentes interesses postos em contato.

Afinal, o docente e o estudante de medicina de uma universidade privada transitam

num espaço, não raro, distante daquele dos trabalhadores em saúde. Estes, por sua

vez, apesar de atuarem numa comunidade, nem sempre se identificam com as

necessidades e aspirações desta. Fazer confluírem pontos convergentes destes três

universos tão distintos é tarefa desafiadora, cujo roteiro de execução deve ser

construído a partir de cada situação concreta, sem esquemas preconcebidos que

possam prejudicar a percepção da realidade. Outra dificuldade são as diferentes

vertentes culturais em confronto, expressas tanto no plano organizacional, já que a

interação se dá por intermédio de distintas instituições, com seus respectivos

códigos, regimentos, finalidades e cultura institucional, como no plano individual,

com pessoas portando bagagens culturais diversificadas, interesses específicos —

em síntese, biografias postas em contato por força do IESC, o que, em tese, pode

desaguar em conflito. Finalmente, há a incipiência do modelo e a inexistência de

parâmetros consagrados, capazes de dotar o planejamento e execução das

atividades educativas com a segurança das práticas calcadas na tradição. Embora

possam ocorrer equívocos no ensino tradicional, porque nem todas as variáveis do

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processo ensino-aprendizagem podem ser totalmente controladas o tempo todo,

eles já são previsíveis e, ao acontecerem, são equacionados com alguma facilidade.

Não é o caso de programas inéditos, cujos desdobramentos têm de ser

acompanhados pari passu à sua ocorrência, avaliados de imediato, para corrigir

eventuais distorções ainda no curso do processo, visto que uma tentativa de

correção a posteriori poderá ser inexequível.

1.35 Segurança do Usuário do Sus

1.35.1 Ações previstas de parceria entre o curso e o serviço do SUS

objetivando a segurança do usuário

O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído

pela Portaria GM/MS nº 529/2013, objetiva contribuir para a qualificação do cuidado

em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.

A Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado, e

tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias,

gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência

segura.

Os incidentes associados ao cuidado de saúde, e em particular os eventos

adversos (incidentes com danos ao paciente), representam uma elevada morbidade

e mortalidade nos sistemas de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS)

demonstrando preocupação com a situação, criou a World Alliance for Patient

Safety( Aliança Mundial pela Segurança do Paciente) que tem como objetivos

organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor

medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos.

As ações do PNSP articulam-se com os objetivos da Aliança Mundial e

comtemplam demais políticas de saúde para somar esforços aos cuidados em redes

de atenção à saúde.

A RDC/Anvisa nº 36/2013 institui ações para a segurança do paciente em

serviços de saúde e dá outras providências. Esta normativa regulamenta aspectos

da segurança do paciente como a implantação dos Núcleos de Segurança do

Paciente, a obrigatoriedade da notificação dos eventos adversos e a elaboração do

Plano de Segurança do Paciente.

Os protocolos básicos de segurança do paciente são instrumentos para

implantação das ações em segurança do paciente. A Portaria GM/MS nº 1.377, de

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9 de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam os

protocolos básicos de segurança do paciente. Nesse sentido, o Curso de Medicina

da FAMETRO propõe em seu projeto Pedagógico , que docentes do Curso de

Medicina e preceptores da Rede de Cuidados de Manaus que estiverem em

orientação dos estudantes de medicina em atividades previstas do IESC, promovam

reflexões entorno dos protocolos básicos de segurança, e criem significado para sua

prática, utilizando de forma “viva” os conceitos da qualidade do cuidado no

atendimento aos usuários. Os temas relacionados à segurança do paciente do SUS

deverão ter caráter transversal e serão processados sob a metodologia

problematizadora, encima de casos reais, ao longo dos 8 semestres de duração do

IESC e nos estágios rotativos durante o internato, em todos os serviços de saúde

que compõem os campos de estágio na Rede de Cuidados de Manaus.

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2 DIMENSÃO: CORPO DOCENTE

2.1 Atuação do Núcleo Docente Estruturante- NDE

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) constitui-se de um grupo de docentes,

com atribuições acadêmicas no processo de concepção, implantação,

acompanhamento, consolidação e contínua atualização do projeto pedagógico do

curso.

O NDE é constituído por membros do corpo docente do curso, que exerçam

liderança acadêmica no âmbito do mesmo, percebida na produção de

conhecimentos na área, no desenvolvimento do ensino, e em outras dimensões

entendidas como importantes pela instituição, e que atuem sobre o desenvolvimento

do curso.

O NDE do curso de Medicina da FAMETRO é composto por 9 docentes,

sendo um deles, a Coordenadora do Curso. Os membros que compõe o NDE foram

indicados pelo Coordenador de Curso com aprovação da Direção Geral, levando em

consideração a atuação no curso e a legislação vigente, perfazendo um total de 100

% dos docentes do NDE com titulação stricto sensu e 100% com regime parcial ou

integral.

Qde. Componentes do NDE Titulação Regime de trabalho

1 Maria das Graças Costa Alecrim DOUTORA PARCIAL

2 Márcia Almeida de Araújo Alexandre DOUTORA PARCIAL

3 Wilson Duarte Alecrim MESTRE INTEGRAL

4 Silvio Cesar Pereira Fragoso MESTRE PARCIAL

5 Ana Carolina de Moraes Cruz MESTRE INTEGRAL

6 Juliana Coutinho Borges MESTRE INTEGRAL

7 Leila Cristina Ferreira da Silva DOUTORA PARCIAL

8 Marianna Facchinetti Brock DOUTORA PARCIAL

9 Rodrigo de Souza Leitão MESTRE PARCIAL

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Proposta de atuação do NDE:

I. Elaborar o Projeto Pedagógico do Curso, definindo sua concepção e

fundamentos, zelando pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais e

outras diretrizes emanadas do CNE e do MEC;

II. Estabelecer o perfil e contribuir para a consolidação do perfil profissional do

egresso do Curso, zelando pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais;

III. Zelar pela integralização curricular interdisciplinar, horizontal e vertical,

entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo, respeitando os

eixos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e o projeto pedagógico

do curso;

IV. Privilegiar no currículo do curso a integração ensino-serviço-comunidade

com propostas pedagógicas de atividades discentes desde o início do curso;

V. Privilegiar no currículo do curso atividades pedagógicos que permitam a

atuação biopsicossocial para integração do acadêmico nesse contexto;

VI. Analisar os planos de ensino dos componentes curriculares que integram

a matriz curricular do Curso, a fim de contemplar a atuação nas áreas médica e

biopsicossocial;

VII. Supervisionar as formas de avaliação e acompanhamento do curso e das

disciplinas que integram a matriz curricular, respeitando as diretrizes da Comissão

Própria de Avaliação (CPA);

VIII. Indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e

extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de

trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas ao Curso de Medicina;

IX. Participar das discussões referentes às avaliações do curso, em todos os

níveis, sendo proponente e executor de ações para a melhoria da qualidade do

curso;

X. Participar das discussões relativas a distribuição e definição de perfil

profissional para alocação de vaga docente, redistribuição e remoção de docente;

XI. Atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do Curso de Graduação

em Medicina.

O NDE reunir-se-á, ordinariamente, por convocação de seu Coordenador, 2

(duas) vezes por semestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo

Coordenador ou pela maioria de seus membros. O registro das reuniões é realizado

em atas. As reuniões ordinárias do NDE serão estabelecidas para cada semestre

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424

curricular. A pauta da reunião do NDE deverá ser encaminhada por seu

Coordenador no prazo mínimo de 5 (cinco) dias úteis antes da próxima reunião. As

decisões do NDE serão tomadas por maioria simples de votos com base no número

de presentes em reunião formalmente agendada.

2.2 Atuação do Coordenador de Curso

A FAMETRO entende que coordenar um curso no Ensino Superior requer

responsabilidades cada vez mais abrangentes dentro do processo de transformação

pelas quais as instituições passam atualmente. Por isso tem definido claramente

qual o perfil que deseja de seus coordenadores e por consequência as suas

atribuições.

O perfil de atuação do coordenador que se deseja é de alguém que seja mais

que um simples mediador entre alunos e professores, ou seja, deseja-se um gestor

para promover as alterações e introduzir propostas inovadoras no ambiente

universitário. Sendo capaz de transformar, diariamente, conhecimento em

competência.

A atuação do coordenador de curso é definida pelas seguintes competências:

1. Reconhecer as necessidades da área em que atua;

2. Tomar decisões que possam beneficiar toda a comunidade acadêmica;

3. Atender as exigências legais do Ministério da Educação;

4. Gerir e executar o projeto político-pedagógico do curso;

5. Operar novas tecnologias;

6. Avaliar o trabalho dos docentes;

7. Estar comprometido com a missão, crença e valores da instituição;

8. Estar atento às mudanças impostas pelo mercado de trabalho a fim de

adequar e modernizar o curso com foco na garantia de qualidade;

9. Gerir equipes e processos, pensando e agindo estrategicamente;

10. Colaborar com o desenvolvimento dos alunos e com o crescimento da

instituição em que trabalha.

Assim, ser coordenador de curso pressupõe possuir competências nos

aspectos: legal, mercadológico, científico, organizacional e de liderança.

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425

Trata-se não apenas de competência técnica, centrada no saber fazer de

modo operacional, mas no conhecer, no saber ser e no saber viver junto, ou seja, o

conhecimento dos dados isolados é insuficiente; é preciso articulá-los à iniciativa, a

motivação para o trabalho, às relações interpessoais, aliando saberes sócio afetivos

e cognitivos.

No que compete a representatividade do coordenador nas instâncias

colegiadas institucionais, possuindo acento no Conselho Maior da Instituição, sendo

ainda, presidente nato do colegiado de curso e membro do Núcleo Docente

Estruturante.

Do ponto de vista normativo a Coordenação de Curso é o órgão responsável

pela execução das deliberações do Colegiado de Curso e pelo cumprimento e

fiscalização das normas estabelecidas pelas DCNs do Curso, Regimento Geral,

Regulamentos Institucionais e Regulamento Específicos do Curso de Graduação em

Medicina, além de outras determinações oriundas do Conselho Superior (CONSUP).

O Coordenador faz parte do corpo docente do curso, sendo indicado pela

Direção Geral para atuar como organizador dos elementos pedagógicos e

administrativos do curso, promovendo a ligação entre:

a) Ensino, Pesquisa, Extensão e a rede de saúde dos municípios de atuação do

curso;

b) discente, docente e preceptores dos serviços de saúde.

Para o desenvolvimento do elo entre os elementos envolvidos no curso, é

necessário o planejamento, ao longo do curso de Graduação em Medicina, de ações

que contemplem as questões das áreas temática básicas da Medicina, bem como, a

relação biopsicossocial com a comunidade dos municípios envolvidos.

Para o planejamento, realização, acompanhamento e avaliação dessas

ações, a Coordenação do Curso possui como suporte os membros docentes

pertencentes ao NDE e ao Núcleo de Apoio Pedagógico do Curso.

A Coordenação do Curso apresenta portaria de nomeação, sendo

representada no CONSUP, órgão com funções de natureza normativa, consultiva e

deliberativa em matéria acadêmico-administrativa e disciplinar, por dois (2)

Coordenadores de Curso de Graduação eleitos pelo voto direto dos Coordenadores

de Cursos de Graduação da Instituição. A representativa no colegiado superior pode

ser comprovada nos registros das atas de reuniões do CONSUP. Cabe ainda ao

Coordenador de Curso a presidência do Colegiado de Curso e do NDE.

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426

2.3 Experiência do Coordenador do Curso

Dra. Maria das Graças Costa Alecrim

Graduação: em Medicina pela UFAM. Residência em Clínica Médica

Mestrado: em Medicina Tropical pela UNB

Doutorado: em Medicina Tropical pela UNB

Diretora-presidente da FMT - Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor

Vieira Dourado há 06 anos

Pesquisadora titular da FMT - Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor

Vieira Dourado

Experiência profissional: 43 anos

Experiência de magistério superior: 30 anos

Experiência de gestão acadêmica de curso: 10 anos de graduação e 10

anos de Pós-graduação.

2.4 Regime de Trabalho e Carga Horária do Coordenador de Curso

O regime de trabalho do coordenador do curso é parcial e sua carga horária é

de 32 horas semanais.

2.5 Carga Horária de Coordenação de Curso

A coordenadora do curso tem regime parcial, contratada por 32 horas

semanais de trabalho, sendo que destas, 24 horas dedicadas exclusivamente à

Coordenação do Curso, 04 horas no NDE, 04h no NAPED.

2.6 Titulação do Corpo Docente

O Corpo Docente é constituído por todos os professores permanentes da

FAMETRO e que tenham sido admitidos conforme as normas estabelecidas pela

Coordenação de Ensino.

Os professores são contratados pela Entidade Mantenedora, conforme as

normas do Regulamento da Carreira Docente, aprovadas pelo Conselho Superior e

referendadas pela Entidade Mantenedora, e segundo o regime das leis trabalhistas,

na forma seguinte:

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427

Professores Integrados no Quadro de Carreira Docente;

Professores Visitantes ou Colaboradores.

Os professores que atuarão no Curso de Medicina serão contratados

mediante a realização de processo seletivo, executado por comissão designada para

esse fim, e que incluiu os seguintes passos:

Análise do currículo dos candidatos previamente selecionados na "banca de

currículos" da Faculdade ou dos que apresentarem, mediante divulgação do

processo seletivo, em edital publicado em jornal de grande circulação desta

capital.

Banca de avaliação de uma aula dos candidatos sobre um tema relacionado à

disciplina em questão;

Entrevista com o candidato;

Argumentação oral sobre um tema relacionado à disciplina para cuja vaga o

candidato estiver concorrendo.

A Faculdade tem procurado contratar, preferencialmente, profissional com

doutorado ou mestrado concluído ou em andamento, mas leva em conta, também, a

experiência profissional na docência e a produção científica dos candidatos. O

quadro de docentes do curso de Medicina:

COMPONENTE REGIME TITULAÇÃO

1 Adria De Lima Sousa Integral MESTRE em Psicologia

2 Adriana Maria Neves Melo Horista DOUTORA em Oftalmologia

3 Alexandre Lopes Miralha Parcial

MESTRE em Medicina Tropical e Especialista

em Pediatria e Neonatologia

4 Aline Cristiane Corte De Alencar Parcial

MESTRE em Doenças Tropicais

Especialista em Odontopediatria

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428

5 Ana Carolina De Moraes Cruz Integral

MESTRE em Doenças Infecciosas e Parasitárias/

Especialista em Gestão da Clínica dos Hospitais

do SUS/ Especialista em Urgência e

Emergência

6 Andre Correa Catunda De Souza Parcial ESPECIALISTA em

Cirurgia Geral

7 Angélica Marocchio Tavares Horista

ESPECIALISTA em Saúde Pública/

Especialista em Análise de Situação da Saúde e

Enfermagem

8 Bernadino Claudio De Albuquerque Parcial

MESTRE em Doenças Infecciosas e Parasitárias/

Especialista em Medicina do Trabalho

9 Claudia Maques De O. Soeiro Horista

DOUTORA em Doenças Tropicais/ Mestre em Doenças

Tropicais/ Especialista em Ed Médica/ Colposcopia/ Ginecologia/ Obstetrícia

10 Dayson José Jardim Lima Parcial

DOUTOR em Ciências/ Mestre em Ciências

Biológicas/ Especialista em Gestão Ambiental

11 Dulcilene Pereira Martins Parcial

MESTRE em Biotecnologia/

Especialista em Educação Ambiental

12 Emily Dos Santos Franco Parcial

ESPECIALISTA em Saúde da Família/

Especialista em Patologia e Citopalogia

13 Francimeire Gomes Pinheiro Parcial

DOUTORA em Biotecnologia/

MESTRE em Ciências Biológicas ênfase em

Entomologia

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429

14 Jessé David Cavalcante Bessa Parcial

ESPECIALISTA em Psicopedagogia/

Educação Especial e LIBRAS

15 Jorge Augusto De Oliveira Guerra Horista

DOUTOR em Doenças Tropicais e Infecciosas /MESTRE em Medicina Tropical/ Especialista em Medicina Tropical

16 Jorge Roberto Di Tommaso Leão Horista

DOUTOR em Doenças Tropicais e Infecciosas /MESTRE em Doenças Tropicais/ Especialista em Ginecologia/ Ed na

Saúde

17 Juliana Coutinho Borges Integral

MESTRE em Psicologia. Especialista

em Psicologia da Saúde e Intervenção

Comunitária/ Especialista em Saúde

Pública

18 Leila Cristina Ferreira Da Silva Parcial

DOUTORA em Doenças Tropicais/ MESTRE em Saúde Pública/ Especialista

em Gestão do Programa DST/AIDS/

Especialista em Epidemiologia e

Controle de Endemias

19 Leonardo Do Nascimento Rolim Parcial

PÓS-DOUTOR em Ciências Biológicas/

DOUTOR em Biologia de Fungos/ Mestre em

Biologia Molecular

20 Luciana Oliveira Do Valle Carmine Integral

MESTRE em Engenharia da

Produção. Especialista em Logística Empresarial

21 Luciano De Pinho Martins Parcial MESTRE em Ciências Biológicas ênfase em

Zoologia

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430

22 Marco Lourenço Silva Parcial

MESTRE em Ciências Ambientais.

Especialista em Saúde Pública

23 Marcia Almeida de Alexandre Araujo Parcial

DOUTORA em Medicina Tropical

Mestre em Medicina Tropical Especialista em Medicina Tropical

24 Maria das Graças Costa Alecrim Parcial

DOUTORA em Medicina Tropical

Mestre em Medicina Tropical Especialista em Clínica Médica.

Especialista em Medicina Tropical

25 Marianna Facchinetti Brock Parcial

DOUTORA em Doenças Tropicais. Mestre em Doenças

Tropicais. Especialista em Ginecologia e

Obstetrícia

26 Mirelia Rodrigues de Araujo Horista

MESTRE em Saúde, Sociedade e Endemias. Especialista em Saúde

Ambiental

27 Pablo Vinícius S. Feitosa Parcial

MESTRE em Neurologia/

Especialista em Neurologia/Neurofisiolo

gia/Neuroimunologia

28 Rayner Augusto Liborio Dos Santos

Monteiro Parcial

MESTRE em Saúde, Sociedade e Endemias

29 Ricardo Augusto Chaves De

Carvalho Parcial

MESTRE em Patologia Tropical/ Especialista

em Oftalmologia

30 Rodrigo De Souza Leitão Parcial

MESTRE em Medicina Tropical e Especialista

em Gestão de Hemocentros/ Hematologia e Hemoterapia/

Infectologia/ Doenças Infecciosas e Parasitárias

Page 432: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

431

TOTAL: 37 DOCENTES

20 MÉDICOS

17 PROFESSORES DAS DIVERSAS ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO

CURSO

32 % DOUTORES

49 % MESTRES

19 % ESPECIALISTAS

TOTAL STRICTO SENSU 81%

TOTAL PARCIAIS E INTEGRAIS 81 %

31 Silvio Cesar Pereira Fragoso Parcial

MESTRE em Doenças Infecciosas/ Medicina Tropical/ Gestão da

Clínica nas Regiões de Saúde/ Pediatria

Clínica

32 Silvio Murilo Melo Azevedo Integral DOUTOR em Ciências

da Religião

33 Thamara Moterani Rabelo Integral

MESTRE em Biologia Urbana. Especialista

em Fisioterapia respiratória, UTI e

Clínica Médica

34 Thiago Guimarães Mattos De Souza PARCIAL ESPECIALISTA em Oncologia/ Clínica

Geral

35 Vanine De Lourdes Aguiar Lima PARCIAL

ESPECIALISTA em Pediatria/ Pediatria

Clínica/ Medicina da Família

36 Washington Da Silva Bastos PARCIAL ESPECIALISTA em

Metodologia do Ensino Superior

37 Wilson Duarte Alecrim INTEGRAL MESTRE em Medicina Tropical. Especialista

em Clinica Médica

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432

2.7 Percentual de Doutores

34% DOUTORES

2.7 Regime de Trabalho do Corpo Docente do Curso

COMPONENTE REGIME TITULAÇÃO

1 Adria De Lima Sousa Integral MESTRE em Psicologia

2 Adriana Maria Neves Melo Horista DOUTORA em Oftalmologia

3 Alexandre Lopes Miralha Parcial

MESTRE em Medicina Tropical e Especialista

em Pediatria e Neonatologia

4 Aline Cristiane Corte De Alencar Parcial

MESTRE em Doenças Tropicais

Especialista em Odontopediatria

5 Ana Carolina De Moraes Cruz Integral

MESTRE em Doenças Infecciosas e Parasitárias/

Especialista em Gestão da Clínica dos Hospitais

do SUS/ Especialista em Urgência e

Emergência

6 Andre Correa Catunda De Souza Parcial ESPECIALISTA em

Cirurgia Geral

7 Angélica Marocchio Tavares Horista

ESPECIALISTA em Saúde Pública/

Especialista em Análise de Situação da Saúde e

Enfermagem

8 Bernadino Claudio De Albuquerque Parcial

MESTRE em Doenças Infecciosas e Parasitárias/

Especialista em Medicina do Trabalho

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433

9 Claudia Maques De O. Soeiro Horista

DOUTORA em Doenças Tropicais/ Mestre em Doenças

Tropicais/ Especialista em Ed Médica/ Colposcopia/ Ginecologia/ Obstetrícia

10 Dayson José Jardim Lima Parcial

DOUTOR em Ciências/ Mestre em Ciências

Biológicas/ Especialista em Gestão Ambiental

11 Dulcilene Pereira Martins Parcial

MESTRE em Biotecnologia/

Especialista em Educação Ambiental

12 Emily Dos Santos Franco Parcial

ESPECIALISTA em Saúde da Família/

Especialista em Patologia e Citopalogia

13 Francimeire Gomes Pinheiro Parcial

DOUTORA em Biotecnologia/

MESTRE em Ciências Biológicas ênfase em

Entomologia

14 Jessé David Cavalcante Bessa Parcial

ESPECIALISTA em Psicopedagogia/

Educação Especial e LIBRAS

15 Jorge Augusto De Oliveira Guerra Horista

DOUTOR em Doenças Tropicais e Infecciosas /MESTRE em Medicina Tropical/ Especialista em Medicina Tropical

16 Jorge Roberto Di Tommaso Leão Horista

DOUTOR em Doenças Tropicais e Infecciosas /MESTRE em Doenças Tropicais/ Especialista em Ginecologia/ Ed na

Saúde

17 Juliana Coutinho Borges Integral

MESTRE em Psicologia. Especialista

em Psicologia da Saúde e Intervenção

Comunitária/ Especialista em Saúde

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434

Pública

18 Leila Cristina Ferreira Da Silva Parcial

DOUTORA em Doenças Tropicais/ MESTRE em Saúde Pública/ Especialista

em Gestão do Programa DST/AIDS/

Especialista em Epidemiologia e

Controle de Endemias

19 Leonardo Do Nascimento Rolim Parcial

PÓS-DOUTOR em Ciências Biológicas/

DOUTOR em Biologia de Fungos/ Mestre em

Biologia Molecular

20 Luciana Oliveira Do Valle Carmine Integral

MESTRE em Engenharia da

Produção. Especialista em Logística Empresarial

21 Luciano De Pinho Martins Parcial MESTRE em Ciências Biológicas ênfase em

Zoologia

22 Marco Lourenço Silva Parcial

MESTRE em Ciências Ambientais.

Especialista em Saúde Pública

23 Marcia Almeida de Alexandre Araujo Parcial

DOUTORA em Medicina Tropical

Mestre em Medicina Tropical Especialista em Medicina Tropical

24 Maria das Graças Costa Alecrim Parcial

DOUTORA em Medicina Tropical

Mestre em Medicina Tropical Especialista em Clínica Médica.

Especialista em Medicina Tropical

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435

25 Marianna Facchinetti Brock Parcial

DOUTORA em Doenças Tropicais. Mestre em Doenças

Tropicais. Especialista em Ginecologia e

Obstetrícia

26 Mirelia Rodrigues de Araujo Horista

MESTRE em Saúde, Sociedade e Endemias. Especialista em Saúde

Ambiental

27 Pablo Vinícius S. Feitosa Parcial

MESTRE em Neurologia/

Especialista em Neurologia/Neurofisiolo

gia/Neuroimunologia

28 Rayner Augusto Liborio Dos Santos

Monteiro Parcial

MESTRE em Saúde, Sociedade e Endemias

29 Ricardo Augusto Chaves De

Carvalho Parcial

MESTRE em Patologia Tropical/ Especialista

em Oftalmologia

30 Rodrigo De Souza Leitão Parcial

MESTRE em Medicina Tropical e Especialista

em Gestão de Hemocentros/ Hematologia e Hemoterapia/

Infectologia/ Doenças Infecciosas e Parasitárias

31 Silvio Cesar Pereira Fragoso Parcial

MESTRE em Doenças Infecciosas/ Medicina Tropical/ Gestão da

Clínica nas Regiões de Saúde/ Pediatria

Clínica

32 Silvio Murilo Melo Azevedo Integral DOUTOR em Ciências

da Religião

33 Thamara Moterani Rabelo Integral

MESTRE em Biologia Urbana. Especialista

em Fisioterapia respiratória, UTI e

Clínica Médica

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436

34 Thiago Guimarães Mattos De Souza PARCIAL ESPECIALISTA em Oncologia/ Clínica

Geral

35 Vanine De Lourdes Aguiar Lima PARCIAL

ESPECIALISTA em Pediatria/ Pediatria

Clínica/ Medicina da Família

36 Washington Da Silva Bastos PARCIAL ESPECIALISTA em

Metodologia do Ensino Superior

37 Wilson Duarte Alecrim INTEGRAL MESTRE em Medicina Tropical. Especialista

em Clinica Médica

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437

2.9 Experiências do Corpo Docente

Do total de 37 docentes selecionados para os 2 primeiros anos do Curso de

Medicina 89% possuem experiência no mercado de trabalho em suas profissões de

origem superior a 5 anos.

2.10 Experiência de Magistério Superior do Corpo Docente

Do total de 37 docentes selecionados para os 2 primeiros anos do Curso de

Medicina 76% possuem experiência no mercado de trabalho em suas profissões de

origem superior a 3 anos.

2.13 Funcionamento do Colegiado de Curso

O Colegiado de Curso de Graduação é um órgão deliberativo, consultivo e de

assessoramento sobre ensino, pesquisa e extensão, no âmbito do curso. O

Colegiado de Curso é constituído, no mínimo:

I. Pelo Coordenador do Curso;

II. Por 5 (cinco) professores em exercício no respectivo curso;

III. Por 1 (um) representante do corpo discente, matriculado no respectivo

curso, indicado na forma da legislação em vigor, para mandato de 1 (um) ano, não

podendo ser reconduzido.

O Colegiado de Curso será presidido pelo Coordenador do Curso, designado

pelo Diretor Geral, ouvido o Diretor Acadêmico e a Entidade Mantenedora. São

competências do Colegiado:

I. Aprovar os planos de ensino das disciplinas do curso, observadas as

diretrizes gerais para sua elaboração, aprovadas pelo Conselho Superior;

II. Supervisionar os planos e atividades didático-pedagógicas do curso;

III. Cooperar com o coordenador no planejamento, elaboração, execução e

acompanhamento do projeto político pedagógico do curso, propondo, se necessário,

as devidas alterações;

IV. Emitir parecer em projetos de ensino, pesquisa, iniciação científica e

extensão vinculados ao curso;

V. Sugerir medidas que visem ao aperfeiçoamento e desenvolvimento das

atividades da Faculdade bem como opinar sobre assuntos pertinentes que lhe sejam

submetidos pelo Diretor Geral.

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438

VI. Propor ao Diretor Geral a admissão de monitores, segundo as normas

estabelecidas pelo Conselho Superior;

VII. Propor ao Diretor Geral, para encaminhamentos necessários, normas de

funcionamento e verificação do rendimento escolar, trabalho de conclusão e de

disciplinas com características especiais do curso assim como estabelecer as

políticas norteadoras dos estágios e internato segundo a política da Faculdade;

VIII. Propor ao Diretor Geral o plano de capacitação para o corpo docente do

curso;

IX. Avaliar o desempenho docente, discente e técnico-administrativo, segundo

proposta da CPA;

X. Propor, ao Conselho Superior e órgãos da Faculdade, medidas e normas

referentes às atividades acadêmicas, disciplinares, administrativas e didático-

pedagógicas necessárias ao bom desempenho e qualidade do curso;

XI. Deliberar sobre recurso ou representação de acadêmicos a respeito de

matéria didática e de provas e trabalhos acadêmicos;

O Colegiado de Curso reúne-se no mínimo 2 (duas) vezes por semestre, ou

tantas quanto necessárias, sempre que for convocado pelo Coordenador do Curso

2.13.1 Membros do Colegiado do Curso

Os membros do Colegiado do Curso serão eleitos representantes, por seus

pares a mandatos de 2 anos de duração e homologados pela Coordenação do

Curso e Mantenedora.

2.14 Produção Científica, Cultural, Artística ou Tecnológica

Do total de 37 dos docentes selecionados para o curso de medicina 18 (49%)

são docentes que possuem publicações científicas nos últimos 3 anos.

2.18 Responsabilidade Docente pela Supervisão da Assistência Médica

2.18.1 Porcentagem de docentes responsáveis pelas atividades de ensino

envolvendo usuários e pela supervisão da assistência médica vinculada a

essas atividades

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439

No Curso de Medicina da FAMETRO, todas as atividades de ensino

propostas que envolvem pacientes serão supervisionadas por docentes, que

também se responsabilizarão pela supervisão da assistência médica (100% serão

por docentes responsáveis pelas atividades de ensino envolvendo usuários e pela

supervisão da assistência médica vinculada aos serviços de saúde onde essas

atividades se realizam).

Além disso, os docentes que estão vinculados a estas atividades

supervisionarão e serão responsáveis pelos serviços clínico-cirúrgicos frequentados

pelos estudantes. Isso tudo sem contar com o acompanhamento de preceptores,

que são profissionais de saúde vinculados aos serviços médicos conveniados que

terão participação ativa no processo de formação prática dos estudantes de

medicina da FAMETRO.

2.20 Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente

O Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente (NAPED) caracteriza-

se como um órgão de apoio didático-pedagógico, subordinado à Coordenação do

Curso, constituindo-se um instrumento de acompanhamento, orientação, supervisão

e avaliação das práticas pedagógicas do Curso de Medicina. São objetivos do

NAPED:

1. Qualificar os processos educativos em conformidade com o Plano de

Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e as

Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN);

2. Orientar e acompanhar os professores sobre questões de caráter didático-

pedagógico;

3. Promover a formação docente para o aprendizado de inovações metodológicas

educacionais, por meio de cursos permanentes de capacitação docente, levando em

consideração as metodologias pedagógicas centrada no aluno, conforme descrito no

PPC e DCN;

4. Promover o desenvolvimento da pesquisa / iniciação científica em educação

médica;

5. Promover a ampliação do ensino no SUS, particularmente do ensino na

comunidade e na atenção primária à saúde.

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440

6. Contribuir com a Comissão Própria de Avaliação (CPA) nos processos avaliativos

institucionais, por meio da elaboração de proposta de avaliação contínua do ensino

na graduação;

7. Contribuir com o Núcleo Docente Estruturante (NDE) no processo de elaboração,

desenvolvimento e reestruturação do PPC, visando a sua permanente melhoria,

objetivando a efetivação da missão institucional, por meio de apoio técnico e

infraestrutura às mudanças para a melhoria do ensino.

2.20.1 Membros do Núcleo de Apoio Pedagógico

O NAPED do curso de Medicina da FAMETRO é constituído:

Pelo Coordenador do curso de Medicina;

Por um docente de todas as áreas temáticas do curso, sendo elas: ginecologia,

pediatria, clínica médica, cirurgia geral e saúde da família e comunidade;

Por um docente representante das áreas básicas das Ciências Biológicas e da

Saúde;

Por um docente representante da área social e epidemiológica;

Por um docente representante da área psicológica;

Por um pedagogo, não pertencente ao corpo docente do curso, que será

responsável pelo apoio pedagógico dos membros do NAPED.

O NAPED se reunirá ordinariamente duas vezes a cada semestre e,

extraordinariamente, sempre que necessário, mediante convocação da

Coordenação do Núcleo ou da Coordenação do Curso.

Qd. Componentes Titulação Regime de

trabalho Formação

1 Alexandre Lopes Miralha MESTRE PARCIAL PEDIATRIA

2 Bernardino C

Albuquerque MESTRE PARCIAL EPIDEMIOLOGIA

3 Maria das Graças C

Alecrim DOUTORA PARCIAL CLINICA GERAL

4 Thiago G M Souza ESPECIALISTA PARCIAL CIRURGIA E

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441

URGENCIA

EMEREGENCIA

5 Wilson Duarte Alecrim MESTRE INTEGRAL

SAUDE

COLETIVA E

MED FAMILIA

8 Juliana Coutinho Borges MESTRE INTEGRAL SAUDE MENTAL

9 Marianna Facchinetti Brock

DOUTORA PARCIAL GINECOLOGIA

2.21 Mecanismos de Fomento à Integração entre Docentes e Preceptores no

SUS.

A FAMETRO desenvolverá um conjunto de ações de apoio à formação dos

trabalhadores integrantes das equipes de Saúde da Família e das Unidades Básicas

de Saúde envolvidos nos processos de formação dos estudantes de graduação.

Dentre estas ações destacam-se cursos de aprimoramento e atualização e curso de

especialização em Metodologias Ativas e em Processos educacionais em Saúde

para preceptores. Em todas as ações de apoio previstas , planeja-se a oferta de

bolsas de estudo integrais aos participantes como forma de contrapartida à cessão

dos cenários de prática por parte da SEMSA à FAMETRO.

2.21.1 Plano de atividades de integração entre docentes e preceptores no SUS

Com vistas a estabelecer um programa de educação permanente para o

desenvolvimento da docência entre supervisores docentes e preceptores , a

FAMETRO apoiará a realização de reuniões conjuntas de “reflexão da prática” entre

docentes e preceptores. O foco das reuniões será o processamento por meio da

problematização de narrativas das práticas envolvendo a comunidade de usuários e

estudantes e os eventuais incidentes críticos decorrentes das vivências e relações.

2.21.2 Definição das atribuições dos docentes no cenário de prática

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442

Participar e manter representação nos Comitês Gestores Municipal e

Regionais do COAPES;

- Contribuir de forma corresponsável com a gestão dos serviços de saúde,

definindo conjuntamente metas e ações para melhoria dos indicadores de saúde

loco-regionais e da atenção prestada, para atender as necessidades da população;

- Promover atividades de ensino, extensão e pesquisa nos serviços e

comunidades de modo integrado, articulando os fundamentos teóricos e éticos às

situações práticas nas perspectivas interprofissional, interdisciplinar e intersetorial,

com íntima ligação entre as necessidades e demandas de saúde nos territórios;

- Garantir a participação dos estudantes e trabalhadores de saúde no

planejamento e avaliação das atividades que serão desenvolvidas em parceria com

os serviços de saúde;

- Supervisionar efetivamente as atividades desenvolvidas pelos estudantes,

nas redes de atenção à saúde,;

- Contribuir para acordar, junto à gestão municipal do SUS, medidas que

mantenham a atenção ao usuário contínua, coordenada, compartilhada e integral,

evitando descontinuidade do atendimento, superlotação do serviço ou prejuízos à

qualidade da atenção à saúde ao usuário do SUS;

- Garantir a identificação dos demais docentes e preceptores no serviço, que

serão responsáveis pelo atendimento prestado, especialmente no caso dos

estudantes de graduação;

- Ajudar a promover a realização de ações, com foco na melhoria da saúde

das pessoas e da coletividade, com base nas diretrizes, protocolos e normas

técnicas do SUS, bem como contribuir para seu desenvolvimento;

- Contribuir de maneira corresponsável com os trabalhadores da rede de

serviços, gestores, estudantes e usuários para a formulação e desenvolvimento das

ações de formação e qualificação dos trabalhadores para o SUS, a partir do

compromisso com a responsabilidade sanitária do território;

- Oferecer aos trabalhadores da rede de serviços oportunidades de formação

e desenvolvimento que contribuam com a qualificação da assistência, da gestão, do

ensino e do controle social na saúde, com base na Política Nacional de Educação

Permanente em Saúde;

Page 444: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

443

- Desenvolver sistematicamente qualificação e avaliação do preceptor, de

forma compartilhada entre instituições de ensino, programas de residência em saúde

e serviços;

- Fomentar ações de valorização e formação voltadas para os preceptores –

participação em pesquisas, certificação da atividade de preceptoria, estímulo à

carreira, acesso a cursos, congressos, dentre outros – que deverão ser descritas

nos Termos de Parceria das Instituições de Ensino com o COAPES

- Contribuir para a formulação e desenvolvimento de políticas de ciência,

tecnologia e inovação com base nas necessidades loco-regionais;

- Garantir o fornecimento de instrumentos de identificação do seu estudante

combinado no plano de atividades de cada serviço e de acordo com as atividades a

serem desenvolvidas;

2.21.3 Definição das atribuições dos preceptores no cenário de prática

-Participar das reuniões convocadas pela Coordenação do curso e/ou pelos

supervisores;

- Colaborar no diagnóstico e determinação de prioridades de atuação no

território onde exerce a função de preceptor;

- Organizar o espaço físico para realização das atividades locais;

- Contribuir para a formação do estudante, sendo o elo entre o ensino e o

trabalho (vivência profissional);

- Participar ativamente das reuniões de orientação dos estudantes;

- Coordenar, juntamente com o supervisor, as atividades das oficinas de

integração ensino serviço na área de abrangência da unidade de saúde ao qual está

vinculado;

- Receber e supervisionar os estudantes nas atividades de ensino- pesquisa-

extensão seja no ou nas unidades de saúde que integram o Projeto;

- Manter registro atualizado da frequência dos estudantes;

- Participar de equipe multiprofissional de elaboração e implementação,

monitoramento e avaliação do subprojeto, em consonância com o projeto aprovado

e garantindo sua divulgação junto à comunidade do território da USF;

- Manter canal aberto de diálogo com o preceptor, estudante e comunidade,

para avaliação, agenda de eventos e educação permanente;

Page 445: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

444

- Cumprir a carga horária assumida junto ao grupo de tutoria, com um mínimo

de 8h semanais, incluindo eventualmente os sábados;

- Avaliar os alunos, preceptores e a coordenação;

- Planejar coletivamente e supervisionar as atividades orientando os

estudantes de seu grupo;

- Elaborar, juntamente com os tutores e estudantes, indicadores de

avaliação/metas, conforme objetivos estabelecidos no projeto do curso;

- Supervisionar a frequência e participação dos estudantes e preceptores,

incluindo o registro das atividades desenvolvidas;

- Elaborar relatórios das atividades segundo modelo e cronograma

encaminhado pela coordenação.

Page 446: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

445

3 DIMENSÃO: INFRAESTRUTURA

3.1 Gabinetes de Trabalho para Professores Tempo Integral –TI

O curso oferece gabinete de trabalho equipado, na proporção de um gabinete

de trabalho para cada professor de tempo integral lotado na respectiva unidade

acadêmica. Esses gabinetes encontram-se equipados com internet, terminais de

computador para livre acesso dos docentes e atendem, plenamente, aos requisitos

de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, conservação e comodidade

necessária à atividade proposta.

3.2 Espaço de Trabalho para Coordenação de Curso e Serviços Acadêmicos

O gabinete individual do coordenador possui condições adequadas em termo

de dimensão equipamentos e conservação para comportar o gabinete individual do

coordenador e o espaço para a funcionária.

3.3 Sala de Professores

As instalações para docentes (salas de professores) estão equipadas

segundo a finalidade e atendem, plenamente, aos requisitos de dimensão, limpeza,

iluminação, acústica, ventilação, conservação e comodidade necessária à atividade

proposta. Existe ainda uma sala de reunião para uso do Núcleo Docente

Estruturante a qual é utilizada pelo referido Núcleo mediante agendamento.

3.4 Salas de Aula

As salas de aula estão equipadas, segundo a finalidade e atendem, aos

requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, conservação e

comodidade necessária à atividade proposta e contém uma média de 50 cadeiras

estofadas com braço, um quadro branco, ar condicionado, uma mesa de professore

recursos pedagógicos a disposição.

3.5 Acesso dos Alunos aos Equipamentos de Informática

A FAMETRO possui laboratórios de informática com terminais, softwares e

acesso a internet para o uso de professore e alunos mediante sistema de

agendamento. Nos laboratórios os alunos contam com suporte de um técnico de

informática que assessora a utilização dos mesmos.

Page 447: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

446

O funcionamento dos laboratórios é de segunda a sábado 8h às 12h (manhã)

13h30min às 22h (tarde e noite), sempre com a presença de um responsável

qualificado, auxiliando os usuários em suas dúvidas com as bases de dados e

ferramentas de pesquisas disponíveis.

Além de que cada unidade tem 2 carrinhos moveis com laptops

3.6 Bibliografia Básica

Os livros da bibliografia básica são dispostos por unidade curricular

(disciplinas) em número de exemplares por título, proporcional a faixa para o número

de vagas e atendem aos programas das disciplinas em quantidade suficiente, estão

atualizados e tombados junto ao patrimônio da FAMETRO.

3.7. Bibliografia Complementar

Os livros da bibliografia complementar possuem títulos por unidade curricular,

disponíveis, estando tombados e cadastrados junto ao patrimônio da Fametro e ao

sistema da biblioteca.

3.8 Periódicos Especializados

O curso dispõe de periódicos impressos em forma de assinaturas e periódicos

ON LINE (Plataforma Clinical Key) nas principais áreas do curso.

3.9 Laboratórios Didáticos Especializados: Quantidade

Para o desenvolvimento de atividades práticas a unidade onde está localizado

o curso conta com laboratórios básicos e especializados, onde a partir das Unidades

Curriculares ministradas, os alunos podem realizar atividades acadêmicas de

natureza prática. Estes laboratórios estão disponíveis à comunidade acadêmica e

atendem aos alunos de Graduação a partir de agendamento de horários,

respeitando o limite de capacidade dos mesmos, garantindo que todos os alunos

possam ter acesso equipamentos de maneira qualitativa.

Os referidos laboratórios possuem normatização própria que regulam,

normatizam e conferem as normas de segurança para as atividades a serem

realizadas, estão à disposição de alunos e professores nos respectivos laboratórios.

Page 448: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

447

Para a organização e manutenção dos laboratórios estão alocados técnicos

com formação para junto com os professores prever as atividades que ali serão

realizadas e manter o pleno funcionamento dos mesmos.

As turmas serão divididas em 2 subturmas (com no máximo 20 alunos cada)

para a realização de atividades práticas nos laboratórios especializados que

ocorrerão no contraturno do período das disciplinas.

1) Laboratório de Práticas e Habilidades Médicas, Clínicas e Cirúrgicas

2) Laboratórios de Anatomia Humana

3) Laboratório Multifuncional de Citologia/Histologia/Patologia

4) Laboratório Multifuncional de Microbiologia e Parasitologia

5) Laboratório Multifuncional de Imunologia, Genética, Bioquímica

6) Laboratório Multifuncional de Farmacologia e Fisiologia

7) Laboratório Morfofuncional

8) Laboratório de Informática

3.10 Laboratórios Didáticos Especializados: qualidade

Os laboratórios especializados que estão em pleno funcionamento têm as

respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança, e atendem aos

aspectos de adequação, acessibilidade, atualização de equipamentos e

disponibilidade de insumos.

A qualidade dos laboratórios didáticos especializados é mantida por meio de

uma gestão educacional que contempla os aspectos educacionais, de

biossegurança, bioética e dos quesitos legais vigentes.

3.11 Laboratórios Didáticos Especializados: serviços

Os serviços realizados pelos laboratórios especializados do Curso têm se

concentrado em cursos de extensão, os quais tem atendido aos aspectos de apoio

técnico, manutenção de equipamentos e atendimento à comunidade por meio de

equipes multidisciplinares.

3.15 Unidades Hospitalares e Complexo Assistencial Conveniados

A Fametro possui convenio com a rede publica de saúde- SEMSA, com a

rede estadual de saúde SUSAM e com a Fundação de Medicina Tropical.

Page 449: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

448

A atenção de alta complexidade em Manaus é o nível de maior densidade de

tecnologia, tanto nos recursos utilizados para a prestação dos serviços, quanto nas

habilidades profissionais requeridas. Manaus tem uma rede hospitalar com 36

hospitais: 18 deles são hospitais gerais, dos quais oito públicos; mais 18 hospitais

especializados, dos quais quinze são públicos. Essa rede é complementada por

outras unidades prestadoras de serviços de saúde, tanto em diagnóstico, como em

apoio à terapêutica médica.

Segundo o CNES de 2017 existem cadastrados em Manaus 3.186 leitos e

com a RMM somam 3.578 leitos. E o Estado do Amazonas conta com 5.510 leitos.

3.16 Sistema de Referência e Contrarreferência

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 196 define que “a saúde e

direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e

econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao

acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e

recuperação”, e a Lei Federal no. 8.080/1990, que regulamentou o SUS, prevê, em

seu Artigo 7o, como princípios do sistema, entre outros:

I. Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de

assistência;

II. Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo

das ações e dos serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos

para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema; (...).

O Sistema de Referência e Contra-Referencia e o modo de organização dos

serviços configurados em redes sustentadas por critérios, fluxos e mecanismos de

pactuacao de funcionamento, para assegurar a atenção integral aos usuários.

O Sistema de Referência e Contra–Referência em Manaus funciona de

maneira muito satisfatória permitindo ao aluno acompanhar o paciente nos

diferentes níveis de atenção:

1. O Município instalou o SIS-REG do MS na rede de saúde (USBs, ESFs,

Ambulatórios, Policlínicas, Prontos Atendimentos, Hospitais próprios, conveniados e

contratados) com Central de Regulação Ambulatorial e Internação. Essa ferramenta

gerencial permite ao aluno o aprendizado desde a inserção do paciente no sistema e

o acompanhamento do agendamento de sua consulta, observando inclusive o tempo

de espera.

Page 450: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

449

2. Do ponto de vista prático, o SIS-REG é utilizado em vários momentos

durante o aprendizado do aluno:

• IESC – nas oito etapas, com a vinculação do estudante ao território e às

famílias, o sistema estimula o acompanhamento desse usuário de acordo com as

suas necessidades de saúde dentro dos princípios do SUS. À medida que o aluno

avança nas etapas vai conhecendo os serviços da rede, reconhecendo o fluxo dos

pacientes de sua Unidade de Saúde, nos vários níveis do Sistema de Referencia e

contra referência.

• Na pactuação da parceria com Manaus, para cada etapa está previsto o

conhecimento de equipamentos de saúde correlacionado com o foco do

aprendizado, por ex. quando estão enfocando a Saúde da Criança, conhecem um

dos Hospitais Infantis de Manaus, Hospital Municipal da Criança, Banco de Leite

Humano, quando estão enfocando a Saúde Mental, conhecem e participam das

atividades do CAPS e equipes de matriciamento, quando estão estudando e

participando das atividades de Saúde da Mulher, conhecem atividades no

Ambulatório de Alto Risco e uma das diversas Maternidades da cidade.

• Hospitais da rede estadual de saúde do SUS- SUSAM e a Fundação de

Medicina Tropical – Manaus acompanha o paciente em vários ambulatórios de

diversas áreas e especialidades;

• Internato – Na décima segunda etapa (6º ano), no estágio de Saúde da

Família e Comunidade II, o estudante retoma o vínculo com as famílias e pacientes,

e aí com maior disponibilidade de tempo, tem a possibilidade de acompanhar de

forma mais próxima os pacientes nos outros níveis do Sistema de referência e

contra referência.

Além disso, participa das atividades atendendo as emergências nos locais de

ocorrência e levando os pacientes após estabilização aos Pronto Socorros e

Hospitais do Município de acordo com as necessidades da continuidade dos

cuidados ao paciente.

3.17 Cenários de Prática e Redes de Atenção à Saúde

O modelo assistencial manauara, que segue conceitualmente a lógica do SUS

de hierarquização da atenção, tem três níveis de atenção, a saber:

Atenção Básica: este é o nível no qual os usuários do SUS têm acesso inicial e

Page 451: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

450

mais frequente com o sistema municipal de saúde. As ações de saúde

realizadas neste nível são individuais ou em grupo e abrangem tanto a

prevenção, como o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a promoção da

saúde, até ações educativas. As práticas assistenciais em geral são

realizadas por meio de equipes multiprofissionais. O município de Manaus foi

construindo ao longo dos anos uma rede espacialmente regionalizada para

cobrir os cinco distritos que compõem o seu território. Segundo o PMSM

2014-2017, os cinco distritos sanitários possuem 200 Equipes de Saúde da

Família distribuídas em mais de 200 unidades de saúde. A tabela a seguir

mostra a distribuição das Unidades nos distritos urbanos da cidade.

Rede Urbana de Atenção Básica em Manaus, 2016

Zona UBSF PPP*

Norte 61 41

Sul 54 5

Leste 49 8

Oeste 49 13

Total 213 67

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Manaus; *PPP Parceria Público Privada

Atenção de média complexidade: este é o nível que visa a atender os principais

problemas de saúde da população, cuja complexidade demanda a presença

de especialistas e a utilização mais intensiva de tecnologia para atingir seus

resultados. Neste nível estão os Serviços de Pronto Atendimento (SPAs),

UPA e os Pronto Socorros (PS) na atenção às urgências e emergências,

Os serviços prestados nos SPAs são: pronto atendimento em clínica médica,

pediatria, traumatologia, cirurgia e odontologia. Também são realizados

exames de apoio diagnóstico de imagem e laboratório, dentre outros. Nos

SPAs existem leitos para observação, sala de emergência e sala para

pequenas intervenções cirúrgicas. As Policlínicas realizam atendimento

ambulatorial de várias especialidades como ortopedia e traumatologia,

psiquiatria, urologia, gastro-enterologia, otorrinolaringologia, endocrinologia,

dermatologia, cardiologia, angiologia, nefrologia, neurologia, fisioterapia,

Page 452: Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina ... · 1.22.1.1 Métodos E Instrumentos De Avaliação Qualitativa E Quantitativa Baseada Em Conhecimentos, Habilidades, Atitudes

451

odontologia, nutrição, fonoaudiologia e serviço social, Também são

realizados exames de apoio diagnóstico de imagem e laboratório, dentre

outros.

Abaixo estão listados os serviços de urgência: SPAs,UPA e PSs encontrados

nos distritos urbanos de Manaus:

1. SPA Alvorada

2. SPA Coroado

3. SPA Zona Sul

4. SPA Joventina Dias

5. SPA Eliameme Mady

6. SPA São Raimundo

7. SPA José Lins

8. SPA e Maternidade Chapot Prevost

9. UPA Campos Salles

10. PS 28 de Agosto

11. PS Dr. João Lúcio Machado

12. PS Platão Araújo

13. PS Delphina Aziz

14. PS da Criança da Zona Leste

15. PS da Criança da Zona Sul

16. PS da Criança da Zona Oeste

A seguir as Unidades de Atendimento ambulatorial especializado: Policlínicas

17. Policlínica Antonio Aleixo

18. Policlínica Codajás

19. Policlínica Cardoso Fontes

20. Policlínica João dos Santos Braga

21. Policlínica Zeno Lanzini

22. Policlínica Gilberto Mestrinho

23. SPA e Policlínica Danilo Correa

24. SPA e Policlínica José Lins

Atenção de alta complexidade: este é o nível de maior densidade de tecnologia,

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452

tanto nos recursos utilizados para a prestação dos serviços, quanto nas

habilidades profissionais requeridas. Aí estão disponíveis os serviços mais

qualificados da rede, que na lógica do SUS devem ser integrados, num

modelo de referência e contra referência das informações dos casos

atendidos, quando esses casos necessitam de movimentos que perpassam

os níveis assistenciais. Abaixo segue a lista dos hospitais públicos gerais e

especializados de Manaus.

Hospitais Públicos: Gerais ou Especializados

25. Fundação Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado

26. Fundação Hospital Adriano Jorge

27. Hospital e Pronto Socorro Dr. Aristóteles Platão

28. Hospital Geraldo da Rocha

29. Hospital e PS João Lúcio P. Machado

30. Hospital e PS 28 de Agosto

31. Hospital Universitário Getulio Vargas

32. Hospital e Maternidade Chapot Prevost ( Aleiixo)

33. Fundação Centro de Controle de Oncologia-FCECOM

34. Hospital e PS da Criança Zona Leste

35. Hospital e PS da Criança Zona Oeste

36. Hospital e PS da Criança Zona Sul

37. Hospital Infantil Dr. Fajardo

38. Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro(em desativação)

39. Hospital Universitário Francisca Mendes

40. Instituto da Mulher Dona Linda

41. Instituto da Criança do Amazonas ICAM

42. Maternidade Azilda da Silva Marreiro

43. Maternidade Balbina Mestrinho

44. Maternidade da Alvorada

45. Maternidade Ana Braga

46. Maternidade Dona Nazira Daou

47. Maternidade Dr. Moura Tapajós

Há também os órgãos de regulação e controle, que completam a rede

assistencial e dão estrutura à gestão dos serviços disponíveis em Manaus

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453

48. Centro de Controle de Zoonoses Carlos Durand

49. Centro de Informações Estratégicas da Vigilância em Saúde

50. Núcleo de Tuberculose e Hanseníase

51. Núcleo de Controle de Malária

52. Núcleo de Controle de DST, AIDS e Hepatites Virais

53. Núcleo de Entomologia de Controle Vetorial

54. Núcleo de Controle da Dengue

55. Núcleo de Educação Permanente em Urgência do SAMU

Manaus tem uma rede hospitalar com 36 hospitais: 18 deles são hospitais

gerais, dos quais oito públicos; mais 18 hospitais especializados, dos quais quinze

são públicos. Essa rede é complementada por outras unidades prestadoras de

serviços de saúde, tanto em diagnóstico, como em apoio à terapêutica médica. O

setor público em Manaus está representado em toda a cadeia de valor da prestação

de serviços.

A tabela a seguir mostra os hospitais gerais privados em Manaus. São dez

unidades, nove delas com finalidade lucrativa e uma filantrópica. São 880 leitos

gerais, com 154 leitos para cuidados intensivos. Os hospitais privados em Manaus,

em geral não oferecem leitos ao SUS, com exceção do Hospital Santa Júlia e do

Hospital Português que em conjunto oferecem 146 leitos ao SUS. Há outros 112

leitos privados contratados pelo setor público para complementar a oferta de leitos

na cidade. Esses são leitos privados mais especializados ou em hospitais menores,

como é o caso dos leitos de retaguarda para cirurgias eletivas de baixa

complexidade. Desta forma, o setor privado contribui com um total de 262 leitos para

o SUS.

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454

Hospitais Gerais Privados e Número de Leitos em Manaus, 2016

HOSPITAL Natureza Leitos Leitos

UTI

Leitos

SUS

Clínica São Lucas Fim lucrativo 53 12 0

Hospital e Maternidade UNIMED Fim lucrativo 120 20 0

Hospital Adventista de Manaus Fim lucrativo 98 14 0

Hospital Prontocord UNIMED Fim lucrativo 51 10 0

Hospital Rio Negro Fim lucrativo 62 10 0

Hospital Santa Júlia Fim lucrativo 209 46 61

Hospital Português Filantrópico 135 10 85

Hospital Maternidade Santo Alberto Fim lucrativo 52 0 4

Hospital Unimed Parque Laranjeiras Fim lucrativo 90 22 0

Sagrat Cor Hospital Fim lucrativo 10 10 0

Outros leitos disponíveis ao SUS Fim lucrativo 112

Total 880 154

262

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

A próxima tabela mostra os hospitais públicos com leitos de natureza geral

existentes na cidade de Manaus. São oito unidades hospitalares, que oferecem

1.368 leitos para a cidade nas várias especialidades clínicas e cirúrgicas que

somados aos especializados totaliza 2.818 leitos.

Hospitais Gerais Públicos e Leitos Disponíveis ao SUS em Manaus, 2016

HOSPITAL Leitos SUS

Fundação Medicina Tropical 127

Fundação Hospital Adriano Jorge 221

Hospital e PS Dr. Aristóteles Platão 186

Hospital Geraldo da Rocha 80

Hospital e PS João Lúcio P. Machado 210

Hospital e PS 28 de Agosto 331

Hospital Universitário Getulio Vargas 159

Hospital e Maternidade Chapot Prevost 54

Total 1368

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Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

O setor privado em Manaus mantém três hospitais especializados de pequeno

porte nas áreas de cardiologia, ortopedia e pequenas cirurgias, totalizando 47 leitos

especializados privados, conforme resumo na tabela a seguir.

Hospitais Especializados Privados e Número de Leitos em Manaus, 2016

HOSPITAL Natureza Leitos Leitos

SUS

INCOR Amazonas Privada 8 0

Centro Ortopédico Ana Rosa Privada 3 0

Checkup Hospital Ltda. Privada 36 0

Total 47 0

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

O setor público vem construindo ao longo dos anos uma série de hospitais

especializados, principalmente orientados à saúde da mulher e da criança. São seis

maternidades públicas, distribuídas pelos distritos sanitários da cidade, que

oferecem em conjunto 580 leitos obstétricos, com uma parcela deles dedicados à

ginecologia cirúrgica. Da mesma forma, são cinco hospitais especializados na

população infantil, distribuídos pelos distritos sanitários, que em conjunto oferecem

411 leitos para internação de crianças.

A tabela a seguir resume os hospitais e correspondentes leitos totais em

hospitais especializados públicos na cidade de Manaus. Pela tabela pode-se ter uma

ideia da amplitude da oferta de leitos públicos na cidade, que alcança o número de

1450.

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456

Hospitais Especializados Públicos e Número de Leitos em Manaus, 2016

HOSPITAL Natureza Leitos

SUS

Fundação CECOM Público 191

Hospital e PS da Criança Zona Leste Público 84

Hospital e PS da Criança Zona Oeste Público 65

Hospital e PS da Criança Zona Sul Público 74

Hospital Infantil Dr. Fajardo Público 58

Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro Público 28

Hospital Universitário Francisca Mendes Público 155

Instituto da Mulher Dona Linda Público 157

Instituto da Criança do Amazonas Público 130

Maternidade Azilda da Silva Marreiro Público 81

Maternidade Balbina Mestrinha Público 121

Maternidade da Alvorada Público 33

Maternidade Ana Braga Público 214

Maternidade Dona Nazira Daou Público 66

Maternidade Dr. Moura Tapajós Público 65

Total 1450

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

Manaus possui um total de 3.851 leitos públicos e privados ou seja, 1,5 leitos por habitante, índice calculado também tomando-se a estimativa populacional da cidade para o mesmo ano. Desse total de leitos, 2.818 são leitos públicos, mais 262 leitos contratados pelo SUS, mais 50 leitos do Hospital Delfina Aziz e 56 leitos dos SPAs com um total de 3.186 leitos disponíveis ao SUS.

Manaus: Resumo Geral dos Leitos Hospitalares, 2016

Leitos Públicos Privados Total

Exist Exist SUS Exist SUS

Hospitais Gerais 1.234 464 250 1.94

8

1.48

4

Hosp. Especializados 1.450 47 0 1.49 1.45

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457

7 0

Leitos de UTI 134 154 12 300 146

Total 2.818 665 262 3.13

9

3.08

0

Fontes: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

É interessante qualificar esses leitos pela população que deles se utiliza.

Manaus tem 665 leitos privados para oferecer a uma população de 528.529

beneficiários de planos de saúde privados na cidade, segundo dados da Agência

Nacional de Saúde Suplementar. Em outras palavras, Manaus tem 1,25 leitos

privados por mil habitantes beneficiários de planos de saúde privados.

Em relação aos leitos públicos, Manaus tem um total de 3080 leitos

disponíveis ao SUS para uma população de usuários SUS estimada em 1.565.862

habitantes dependentes do SUS, ou seja 2 leitos por 1.000 habitantes dependentes

do SUS. Para o calcula desse indicador, foi utilizado como denominador a estimativa

populacional de Manaus para 2016, que é de 2.094.391, dos quais foram subtraídos

os beneficiários dos planos privados de saúde, ou seja, 528.529 pessoas. Desta

forma vê-se que a população SUS dependente tem mais leitos disponíveis que a

população privada como resultado do investimento público na construção de leitos

hospitalares na cidade nos últimos 30 anos.

É preciso lembrar que tanto o setor público, quanto o setor privado atraem

uma demanda maior que a cidade, ou mesmo que a região metropolitana. Dados

encontrados na imprensa local dão conta de pessoas de áreas remotas do Estado

do Amazonas que vêm a Manaus buscar atendimento médico e também de outros

estados da Região Norte, carentes em leitos e profissionais também procuram a

capital do Amazonas para atendimento em regime de internação. Neste momento

também a imprensa relata pacientes de outros países, em particular da Venezuela,

que vêm a Manaus exclusivamente em busca de atendimento médico nos hospitais

da cidade.

A situação caracterizada na RMM é ideal para a implementação de ações

programáticas baseadas na Estratégia de Saúde da Família, na qual a atenção

básica é qualificada como porta de entrada para ordenar o acesso e percurso do

usuário SUS através da rede de serviços. Uma parceria com uma instituição de

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458

ensino superior, que promova a integração ensino serviço pode otimizar os recursos

existentes, tornando-os mais resolutivos.

3.17 Biotérios

O curso atende a Lei 11.794 / 2008 que dispõe sobre o Biotério.

3.18 Laboratórios de Ensino para a Área de Saúde

3.18.1 Laboratórios específicos e multidisciplinares para abordagem dos

diferentes aspectos celulares e moleculares das ciências da vida

Os laboratórios de ensino (específicos e multidisciplinares) disponíveis para o

curso de Medicina fazem parte da estrutura funcional e gerencial dos Laboratórios

da FAMETRO e seguem padrão de qualidade gerencial e estrutural, considerando

as questões relacionadas à biossegurança, bioética, requisitos legais, política de

atualização e manutenção dos insumos laboratoriais, em consonância com o PPC

do curso de Medicina, visando excelência no processo educacional.

- Laboratórios Multifuncionais e Morfofuncional (que servem a Anatomia,

Biologia Celular, Bioquímica, Farmacologia, Análises Clínicas, Microbiologia,

Imunologia e Parasitologia, Histologia e Patologia);

- Laboratório de Simulação Realística;

3.19 Laboratórios de Habilidades

3.19.1 Relação dos laboratórios de Habilidades

Os laboratórios de habilidades são espaços de aprendizagem simulada que

possibilitam aquisição de um conjunto de saberes voltados para realização da

prática profissional. Nessas atividades contempla-se o indivíduo em todas as suas

abrangências, o que possibilita aprender de forma crítica a partir da experiência dual

como futuro profissional e ou participante da aquisição dos serviços de saúde. Para

o curso de Medicina estão disponíveis os seguintes laboratórios de habilidades:

1) Laboratório de Habilidades Médicas com simuladores de baixa fidelidade

Compõe-se consultórios completos. As atividades são realizadas com uso de

manequins sintéticos ou pacientes atores, quando são desenvolvidas técnicas de

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anamnese e exame físico geral e segmentar. Cada consultório está designado por

estações e contém todo instrumental necessário para aprendizagem de cada tema

específico:

De acordo com o programa de cada semestre, os alunos têm sua habilidade

aprimorada em técnicas de anamnese em diversas situações clínicas onde

entrevista médica com participação de um ator previamente orientado é filmada e

posteriormente são discutidos em sala de aula temas como: atitudes médicas;

relação médico-paciente; orientação da entrevista.

Os casos clínicos têm a sua complexidade aumentada ao longo das

sucessivas etapas com apresentação de situações-problema como presença de

familiares, cuidadores e pacientes com dificuldade de comunicação.

Os alunos são iniciados nas técnicas do exame físico desde a primeira etapa,

colocados em duplas e dispostos nos consultórios do laboratório. Inicia-se pela

demonstração, treinamento e discussão das técnicas de verificação de sinais vitais;

peso; altura; circunferências abdominal e do quadril, sob a supervisão de

professores e participação de monitores selecionados.

Ao longo das etapas os alunos são capacitados no exame segmentar,

mediante caso ilustrativo relatado pelo professor e os mesmos são dispostos em

grupos para práticas.

2) Laboratório de Simulação Realística com simuladores de alta fidelidade

(LabSim)

O LabSim é uma ferramenta educacional que replica rotinas diárias dos

profissionais médicos promovendo uma situação que integra conhecimentos

teóricos, habilidades técnicas e pensamento crítico; permitindo que alunos trabalhem

em um ambiente construído para ser o mais próximo possível de situação clínica

real.

Esta tecnologia permite aos estudantes realizar efetivamente auscultas

cardíacas, pulmonares e intestinais, avaliação neurológica, pupilas que podem ser

modificadas de acordo com o caso, realização de procedimentos como:

descompressão torácica, inserção de dreno torácico, desfibrilação, marcapasso

transcutâneo, verificação de pulsos, intubação orotraqueal , cricotiroidostomia,

sondagem vesical, acesso venoso, aplicação de fármacos etc.

A monitorização hemodinâmica do simulador pode ser avaliada por meio da

FC e ritmo cardíaco, saturação de O2, PA, temp., PA. pulmonar, PIC, DC etc.

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460

É possível caracterizar o simulador para que ele apresente lesões, membros

amputados ou qualquer característica relacionada ao caso.

3.19.2 Normas de funcionamento dos laboratórios

Todos laboratórios de práticas de ensino da FAMETRO possuem

normatização de suas rotinas e de segurança de seus procedimentos, protocolos

para experimentos.

3.19.3 Processo de avaliação dos serviços prestados

Os setores de prestação de serviços e de atendimento à comunidade

possuem acesso ao setor de ouvidoria, presente diuturnamente na Instituição para

atendimento ao usuário.

3.19.4 Laboratórios de Habilidades e Simulação Realística

Os Laboratórios de Habilidades têm como objetivo propiciar conhecimento e

habilidades para treinamento em ambiente especializado e seguro, antes do contato

com o paciente, propiciando segurança e competências necessárias ao exercício da

Medicina.

OS LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS são equipados de acordo

com o procedimento proposto contendo lavatórios, divãs, mesas, balanças,

esfigmomanômetros além de recurso de áudio para comunicação entre docentes e

discentes em todas as salas. Possuem todos os materiais de consumo como

equipamentos de proteção individual e outros específicos dependendo do

procedimento a ser realizado como laringoscópios, lâminas, espéculos entre outros.

Há comunicação direta com recurso áudio visual dos consultórios com a sala de

capacitação geral.

3.20 Simulação Realística

A Simulação Realística é parte integrada ao Laboratório de Habilidades: Um

laboratório de simulação realística contem simuladores de alta fidelidade (com

respiração espontânea) que contemple o atendimento adulto, pediátrico (infantil e

neonatal) e obstétrico. Nas salas são utilizados recursos audiovisuais para posterior

discussão denominado como debriefing. A estrutura física contem espaço adequado

para atendimentos simultâneos, materiais e equipamentos de emergências.

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461

3.21 Protocolos de Experimentos

Os laboratórios de práticas multidisciplinares da FAMETRO, destinados aos

cursos de saúde, dentro das suas funções, tem como propósito a produção e

implementação de protocolos experimentais elaborados pelos professores usuários do

setor, em um processo dinâmico e de atualização permanente, para o atendimento dos

cursos da FAMETRO de acordo com os PPCs dos cursos.

Atualmente a coordenação técnica dos Laboratórios disponibiliza a todos os seus

professores os protocolos de experimento de atividades práticas, das diversas áreas da

saúde. Possibilita ainda a atualização de protocolos já existentes, bem como a criação

de novos, de acordo com a demanda dos cursos e unidades curriculares. A partir do uso

de protocolos experimentais previamente agendados é possível a realização de práticas

que contemplem as disciplinas relacionadas a medicina, ciências da vida, anatomia,

histologia, biofísica, análises clínicas, ciências naturais, além da possibilidade de

realização de atividades práticas multidisciplinares e multicursos.

Os protocolos experimentais dispõem de procedimentos operacionais padrões

(POPs), o que permite rastreamento das ações realizadas e melhor qualidade dos

serviços prestados.

Destaca-se ainda que por meio destes protocolos há também a possibilidade de

avaliações contínua dos serviços prestados e dos procedimentos a serem realizados.

Todos os protocolos seguem normas éticas, de biossegurança em consonância

com legislação vigente e códigos de ética de Nuremberg e Helsinki.

Estas normas são implementadas por meio de um processo educativo e

participativo do corpo docente, discente e administrativo.

A cada atividade prática é informado a necessidade específica dos equipamentos

de proteção individual e os cuidados necessários para a realização da atividade.

3.22 Comitê de Ética em Pesquisa-CEP

A Fametro possui convênio com o CEP da Fundação de Medicina Tropical-

HVD. Os protocolos que envolvem seres humanos têm tratamento exclusivo no CEP

e essa aprovação é absolutamente necessária a qualquer atividade que, direta ou

indiretamente, coleta usa ou manipula dados sobre seres humanos. Essa

prerrogativa é válida para quaisquer formas de pesquisa seja quantitativa ou

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qualitativa, pois o CEP entende que o pesquisador responsável precisa ter, e

demonstrar, ciência da conduta ética.

O CEP tem uma atuação proativa, fornecendo orientação na confecção dos

processos e sugestões para aprimorar o desenho de projetos com o máximo

benefício ao objeto-alvo (individual ou no senso coletivo) da pesquisa. O CEP tem

preocupação em divulgar o mais completo entendimento das diretrizes da Resolução

196 a toda comunidade acadêmica.

O Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) é um órgão

colegiado interdisciplinar, de caráter consultivo, deliberativo e educativo que tem a

finalidade de defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua

integridade e dignidade e contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro dos

padrões éticos.

O CEP é regido pelas Resoluções CNS 466/2012 e CNS 510/15 (para

ciências humanas) e vinculado à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CONEP) e ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde (MS).

Entre suas atividades, além de avaliar e emitir pareceres dos projetos de

pesquisa desenvolvidos pelo CEI e demais instituições de pesquisa e ensino da

região. Todo e qualquer protocolo de pesquisa envolvendo seres humanos como

objeto de pesquisa deverá ser submetido ao CEP e obedecer às recomendações da

Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, de 12 de dezembro de 2012,

e dos documentos citados em seu preâmbulo.

O conteúdo tratado durante todo o procedimento de análise dos protocolos

tramitados no Sistema CEP/CONEP é de ordem estritamente sigilosa; suas reuniões

serão sempre fechadas ao público.

A emissão de parecer consubstanciado dos projetos submetidos à Plataforma

Brasil são realizado pelo CEP. A análise dos projetos de pesquisa culmina na

classificação como uma das seguintes categorias, conforme previsto na Norma

Operacional CNS nº 001/2013:

I. Aprovado: quando o protocolo encontra-se totalmente adequado para

execução.

II. Com pendência: quando a decisão é pela necessidade de correção,

hipótese em que serão solicitadas alterações ou complementações do protocolo de

pesquisa. Por mais simples que seja a exigência feita, o protocolo continua em

“pendência”, enquanto esta não estiver completamente atendida.

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463

III. Não Aprovado: quando a decisão considera que os óbices éticos do

protocolo são de tal gravidade que não podem ser superados pela tramitação em

“pendência”.

IV. Arquivado: quando o pesquisador descumprir o prazo para enviar as

respostas às pendências apontadas ou para recorrer.

V. Suspenso: quando a pesquisa aprovada, já em andamento, deve ser

interrompida por motivo de segurança, especialmente referente ao participante da

pesquisa.

VI. Retirado: quando o Sistema CEP/CONEP acatar a solicitação do

pesquisador responsável mediante justificativa para a retirada do protocolo, antes de

sua avaliação ética. Neste caso, o protocolo é considerado encerrado.

O CEP mantém em arquivo os projetos e os relatórios correspondentes, por

um período de 5 (cinco) anos após o encerramento do estudo, podendo esse

arquivamento processar-se em meio digital.

3.23 Comitê de Ética para Utilização de Animais (CEUA)

A Fametro possui convênio com o CEUA da Fundação de Medicina Tropical-

HVD. Toda atividade que envolve animais segue as recomendações preconizadas

em 1991 pelo Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), hoje

Sociedade Brasileira de Ciências em Animais de Laboratório (SBCAL), cujos

fundamentos foram transformados em lei, a de número 11.794, de 8 de outubro de

2008, conhecida como Lei Arouca.

Esta lei instituiu o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal

(CONCEA), que por sua vez concebeu e concedeu às Comissões de Ética no Uso

de Animais (CEUAs) como órgão institucional que irá tratar de protocolos

envolvendo animais.

Os procedimentos que preveem o uso de animais devem atender aos

quesitos previstos na lei 11.794 o que inclui origem, trato, manipulação e destino.

Biblioteca e Política de Acervo

A FAMETRO possui 01 biblioteca central e 02 setoriais, adota a Classificação

Decimal Universal (CDU) para a classificação de seu acervo. As obras são

catalogadas segundo as Normas do Código Anglo-Americano (AACR2). São

desenvolvidos os seguintes serviços: seleção e aquisição de material bibliográfico,

levantamento bibliográfico, tratamento da informação, serviços técnicos, serviço de

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referência e disseminação da informação. A Biblioteca é informatizada e utiliza o

sistema GNUTECA.

O acervo encontra-se organizado em estantes próprias de ferro. Está

instalado em local com iluminação natural e artificial adequada e as condições para

armazenagem, preservação e a disponibilização atendem aos padrões exigidos.

Este acervo atende apropriadamente às funções de ensino, pesquisa e extensão,

em livros e periódicos (assinaturas correntes). Além do acervo específico de cada

curso, o Sistema de Bibliotecas da FAMETRO possui a disposição livros de

referência, acervo abrangente das outras áreas de conhecimento e biblioteca

eletrônica, que são utilizados nos computadores postos à disposição dos alunos e

que possam contribuir para a formação científica, técnica, geral e humanística da

comunidade acadêmica.

A biblioteca é informatizada, no que se refere à consulta ao acervo, aos

recursos de pesquisa informatizada e ao empréstimo domiciliar. Existe

representação de todo o acervo no sistema informatizado utilizado pela Instituição.

Estão disponíveis para os usuários vários microcomputadores com acesso à

Internet.

A política de aquisição, expansão e atualização do acervo está baseada nas

necessidades dos cursos, seguindo as indicações de aquisição de bibliografia do

corpo docente, discente, coordenações de cursos, direção e funcionários, com base

na bibliografia básica e complementar das disciplinas que integram a matriz

curricular dos cursos.

A aquisição do material bibliográfico ocorre de forma contínua, com base nas

solicitações de aquisição dos cursos e/ou identificação de necessidades por parte da

equipe da biblioteca, e de acordo com o provimento de recursos financeiros da

Instituição.

A biblioteca solicita, semestralmente, ao corpo docente, discente,

coordenações de cursos, direção, e funcionários, indicação de publicações e

materiais especiais, para atualização e expansão do acervo. Os professores

recebem um impresso com dados a serem preenchidos, indicando a bibliografia

básica e complementar a ser adotada durante o semestre letivo seguinte, em

conformidade com os programas previstos. A equipe da biblioteca atualiza, também,

o acervo através de consultas em catálogos de editoras, sites de livrarias e editoras,

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visitas em livrarias e bibliotecas, com finalidade de conhecer os novos lançamentos

do mercado nas diversas áreas de especialidade do acervo.

O horário de funcionamento da biblioteca funciona abrange os três turnos:

Segunda à sexta-feira das 8h às 22h (ininterruptamente)

Sábados das 8h às 16h (ininterruptamente)

A biblioteca disponibiliza os seguintes serviços: consulta local e empréstimo

domiciliar; reserva de livros; levantamento bibliográfico e orientação quanto à

normalização bibliográfica (normas ABNT).

O empréstimo domiciliar é facultado aos professores, aos alunos e aos

funcionários da Instituição.

Alunos e funcionários poderão emprestar, até 03 (três) livros de cada vez, por

um período de 05 (cinco) dias, com direito a renovação por mais 02 (dois) dias.

Sujeito à multa diária no valor de R$ 1,00 por título emprestado, ficando o usuário

suspenso até a quitação de suas dependências.

Professores e alunos de pós-graduação poderão emprestar, até 05 (cinco)

livros de cada vez, por um período de 5 (cinco) dias.

As obras são disponibilizadas no acervo de acordo com a classificação

CDU e numeração respectiva de autoria (Tabela de Cutter), incluindo ainda: número

de volume, número de exemplar e registro do livro no sistema, agilizando-se assim o

atendimento do usuário no Serviço de Referência.

No que se refere à reserva, a mesma deve ser solicitada no balcão de

atendimento, ficando à disposição do aluno para sua retirada desde o momento em

que o livro retorna do empréstimo anterior até a sexta-feira (data em que o material

reservado, geralmente de consulta pode sair, com devolução agendada para a

segunda-feira). Findo este prazo, a reserva perderá a sua validade.

Infraestrutura de Segurança

Nos prédios onde funciona a FAMETRO são atendidas as normas de

segurança no tocante a pessoal e equipamentos. Os prédios foram vistoriados pelo

Corpo de Bombeiros de modo que as suas condições gerais de funcionamento

foram todas aprovadas. Eles estão equipados com extintores, escadas de incêndio,

além de amplas áreas de circulação. Existe controle de acesso aos prédios, além de

funcionários que exercem vigilância nas áreas de circulação interna e externa.

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Todas as instalações físicas são limpas constantemente, estando em perfeito

estado de conservação. A manutenção e a conservação dos equipamentos,

dependendo de sua amplitude, são executadas por funcionários da Instituição ou

através de contratos com os fornecedores dos equipamentos. A atualização dos

equipamentos é feita a partir de uma análise periódica dos funcionários da

Instituição, os quais devem verificar a necessidade de se adquirir novos

equipamentos e/ou atualizar os existentes.

Os equipamentos de informática são atualizados com base em up-grades

periódicos e a substituição é realizada com base nos softwares que se apresentam

mais atualizada. A aquisição de novos equipamentos é conduzida sob a orientação

do técnico responsável pelos laboratórios. Os laboratórios contam com técnicos

especializados nas respectivas áreas, que respondem por toda manutenção básica

dos equipamentos, inclusive com suprimento e assistência. A manutenção é

realizada segundo os preceitos e métodos previstos pela TPM – Total Produtivity

Management, observando o seguinte quadro conforme as etapas a seguir:

Tipologia Frequência

Manutenção Corretiva

Executada conforme demanda, inicialmente com técnicos

próprios e num segundo momento, através de empresas

terceirizadas.

Manutenção Preventiva

A cada seis meses, todos os equipamentos sofrem

manutenção preventiva, que consiste, basicamente, em

limpeza e revisão.

Manutenção Preditiva

Os fornecedores de equipamentos apresentam um quadro

da vida útil dos principais componentes que serão,

periodicamente, substituídos para evitar o custo do desgaste

de peças.

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4 DIMENSÃO : REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS

Dispositivo Legal Justificativa

1 Diretrizes Curriculares

Nacionais (Não se aplica para

os cursos que não tem

Diretrizes Curriculares

Nacionais)

Os componentes previstos na Diretriz Curricular

Nacional do Curso de Medicina, Resolução

CNE/CES N°3, de 20 de junho de 2014, tais como:

objetivo do curso; perfil de competências; eixos de

formação; estágio supervisionado; atividades

complementares, encontram-se dispostos no PPC

na sessão Didático-Pedagógica, em consonância

com o que determina a diretriz e comprovado nos

regulamentos anexos neste PPC.

2 Diretrizes Curriculares

Nacionais da Educação Básica

Não se aplica

3 Diretrizes Curriculares

Nacionais para Educação das

Relações Étnico-Raciais e

para o Ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena

Em atendimento a Lei nº 11.645 de 10/03/2008;

Resolução CNE/CP nº 01 de 17/06/2004, o curso

realiza a Educação das Relações Étnico-Raciais e

para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena por meio da pedagogia

problematizadora dentre os tópicos geradores de

discussão e reflexão que compõem o “Core

Curricullum” oferecido aos estudantes no 1o. Ciclo

do Curso de Medicina, comprovada pela

regulamentação anexa neste PPC na sessão

Didático-Pedagógica e nos projetos e relatórios do

curso.

4 Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação

em Direitos Humanos

Conforme disposto no Parecer CNE/CP nº 8, de

06/03/2012, que originou a Resolução CNE/CP nº 1,

de 30/05/2012, a Educação em Direitos Humanos é

tratada no curso em acordo com o que preconiza o

Art.7º de forma transversal, como conteúdo

específico de uma das disciplinas, de forma mista

ou conforme o que trata o Parágrafo único: “Outras

formas de inserção da Educação em Direitos

Humanos poderão ainda ser admitidas na

organização curricular das instituições educativas

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desde que observadas as especificidades dos níveis

e modalidades da Educação Nacional”. Dessa forma

a Educação para os Direitos Humanos no curso de

Direito da FAMETRO é como conteúdo e tema

transversal integrante da Unidade Curricular

intitulada “Core Curricullum” , que é trabalhada com

os estudantes no 1o. Ciclo do Curso.

5 Proteção dos Direitos da

Pessoa com Transtorno do

Espectro Autista

Considerando a necessidade de assegurar as

pessoas com deficiência física e Proteção dos

Direitos da Pessoa com Transtorno Espectro

Autista: A FAMETRO por meio de sua clinica de

psicologia possui um Programa de Atendimento ao

discente com transtorno espectro autista mediado

por uma equipe multidisciplinar em atendimento ao

disposto na Lei nº 12.764 de 27 de dezembro de

2012. E o NAPA- Núcleo de apoio psicopedagógico

e de acessibilidade nomeado conf.Portaria nº

030/2015, possui inclusive regulamento anexo neste

PPC.

6 Titulação do corpo docente O curso avaliado não possui no seu corpo docente

apenas graduados, mas possui todos os docentes

com titulação de no mínimo especialista, conforme

preconiza o art.66 da Lei nº9.394, de 20/12/1996.

7 Núcleo Docente Estruturante Atendendo a Resolução CONAES nº1 de

17/06/2010, que determina que o NDE deve ser

constituído de no mímimo 5 docentes, sendo pelo

menos 60% de seus membros com pós-graduação

stricto sensu; todos em regime parcial ou integral e

pelo menos 20% em tempo integral.

8 Denominação dos Cursos

Superiores de Tecnologia

Não se aplica

9 Carga Horária mínima, em

horas- para os Cursos

Superiores de Tecnologia.

Não se aplica

10 Carga Horária mínima, em

horas- para Bacharelados e

O curso possui carga de 7.673h. E a legislação

preconiza um mínimo 7.200h conforme a

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Licenciaturas RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE JUNHO DE 2007

11 Tempo de Integralização De acordo com a Resolução CNE/CES nº 03/2014,

que dispõe sobre a carga horária mínima dos cursos

de medicina e procedimentos relativos a

integralização e duração do curso de graduação o

curso avaliado possui a integralização mínima de 6

anos.

12 Condições de Acessibilidade

para Pessoas com Deficiência

ou Mobilidade Reduzida

A Fametro possui um Programa Institucional de

Acessibilidade e Inclusão, observando Decreto nº

5.296/2004, onde as Barreiras de Acessibilidade no

campo das edificações, na dimensão urbanística, de

transportes, de comunicação e de informações

foram retiradas e ainda no campo da acessibilidade

atitudinal e pedagógica para onde convergem todos

os esforços para garantir acesso ao currículo nos

aspectos:

Adequação nos materiais didáticos e

pedagógicos,

Adequação nos mobiliários e equipamentos,

Adequação de objetivos,

Adequação de conteúdos,

Adequação de métodos e didática,

Adequação nas avaliações,

Adequação de tempo.

A IES também possui o NAPA- Núcleo de Apoio

Pedagógico e de Acessibilidade.

13 Disciplina de LIBRAS Segundo o Decreto nº 5.626/2005 para os cursos de

bacharelado, LIBRAS poderá ser ofertada como

disciplina, e no caso do curso de medicina Libras é

uma das disciplinas que compõem a Unidade

Curricular intitulada de “Core Curricullum” oferecida

aos alunos do 1o. Ciclo do curso e encontra-se na

matriz curricular que consta no PPC.

14 Prevalência de Avaliação

Presencial para EAD

Não se aplica

15 Informações Acadêmicas A Fametro disponibiliza todas as informações

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(Portaria nº 40) descritas na Portaria nº 40 de 12/12/2007 Art. 32.

Após a autorização do curso, a instituição

compromete-se a observar, no mínimo, o padrão de

qualidade e as condições em que se deu a

autorização, as quais serão verificadas por ocasião

do reconhecimento e das renovações de

reconhecimento.

§ 1º A instituição deverá afixar em local visível

junto à Secretaria de alunos, mural com as

condições de oferta do curso, informando

especificamente o seguinte:

I - ato autorizativo expedido pelo MEC, com a data

de publicação no Diário Oficial da União;

II - dirigentes da instituição e coordenador de curso

efetivamente em exercício;

III - relação dos professores que integram o corpo

docente do curso, com a respectiva formação,

titulação e regime de trabalho;

IV- matriz curricular do curso;

V - resultados obtidos nas últimas avaliações

realizadas pelo MEC, quando houver;

VI - valor corrente dos encargos financeiros a serem

assumidos pelos alunos, incluindo mensalidades,

taxas de matrícula e respectivos reajustes e todos

os ônus incidentes sobre a atividade educacional.

§ 2º A instituição manterá em página eletrônica

própria, e também na biblioteca, para consulta

dos alunos ou interessados, registro oficial

devidamente atualizado das informações referidas

no §1º, além dos seguintes elementos:

I - projeto pedagógico do curso e componentes

curriculares, sua duração, requisitos e critérios de

avaliação;

II - conjunto de normas que regem a vida

acadêmica, incluídos o Estatuto ou Regimento que

instruíram os pedidos de ato autorizativo junto ao

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MEC;

III - descrição da biblioteca quanto ao seu acervo de

livros e periódicos, relacionada à área do curso,

política de atualização e informatização, área física

disponível e formas de acesso e utilização;

IV - descrição da infra-estrutura física destinada ao

curso, incluindo laboratórios, equipamentos

instalados, infra-estrutura de informática e redes de

informação.

16 Políticas de Educação

Ambiental

Conforme a Lei 9.795 de 27/04/1999 e Decreto nº

4.281 de 25/06/2002, as políticas de Educação

Ambiental são trabalhadas como tópicos geradores

de discussão, reflexão e aprendizagem e constam

como integrantes transversais de todo o currículo do

curso e especificamente na Unidade Curricular

denominada “Doenças Resultantes da Agressão ao

Meio Ambiente” oferecida como Unidade Curricular

obrigatória do 4o.Semetre do Curso, conforme

consta no PPC em sua matriz curricular e conjunto

de ementas. E as atividades transversais sobre

Educação Ambiental constam da tabela a seguir.

ANEXOS