PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · Este documento norteará nossa escola, na construção de um...
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COLÉGIO ESTADUAL
NESTOR VÍCTOR
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
ANO 2012
1
ESCOLA
O TRABALHO É PELA GLÓRIA OU PELO PÃO?
SÃO OS OSSOS DO OFÍCIO OU O OFÍCIO DA
CONSTRUÇÃO?
QUANDO O SILÊNCIO ESTALA, A VOZ NÃO CALA...
E A VIDA HUMANA FLUI SOB AS PALAVRAS.
ALGUNS JAZEM ESTÁTICOS.
OUTROS EXPRESSAM-SE FRENÉTICOS.
MAS À LUZ DE TODAS AS CONSIDERAÇÕES:
A VIDA É A ESCOLA E A ESCOLA É A
EXISTÊNCIA HUMANA.
AQUI SE COLHE AS SEARAS MADURAS
SEMEADAS NO PASSADO.
SE LANÇA AS SEMENTES DO FUTURO
E SE SABOREIA O PRESENTE,
PORQUE NESTE LUGAR
O ALIMENTO PRINCIPAL É O SABER!
Professora: Deolinda Cornicelli Buosi
APRESENTAÇÃO
2
Este documento norteará nossa escola, na construção de um trabalho coletivo, no
qual estaremos imbuídos em oferecermos uma aprendizagem de qualidade, praticando a
equidade, para alcançarmos a educação para todos, sem exceção e, assim obter o
ideário educacional almejado.
Neste sentido, compreendemos que as expectativas, por uma educação de
qualidade, são alavancas que oportunizarão aos educandos conhecimentos significativos,
funcionais e sua formação como ser humano. Essas buscas permeiam a construção
desse Projeto Político-Pedagógico.
O Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente, envolvendo toda
comunidade escolar (alunos, pais, professores, funcionários, pedagogos, direção e órgãos
colegiados). Foi formada uma comissão, com a participação paritária de cada segmento,
que coordenaram os trabalhos. A participação efetiva dos nossos alunos, pais,
professores e funcionários foi de indispensável relevância, através de respostas a
questionários, reuniões por séries (alunos e pais) e por setores. Consideramos todas as
opiniões, propiciamos embasamento aos grupos sobre temas pertinentes a escola e
refletimos conjuntamente repensando a nossa realidade escolar, propondo soluções.
Neste Projeto estamos, expondo nossas dificuldades e angústias, para superá-las,
propomos ações pautadas na coerência da nossa realidade educacional.
IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental, Médio e Normal (00021),
de acordo com a Minuta de Resolução expedida pelo Secretário Estadual da Educação –
2011 enquadra-se no porte 6, é administrado em regime de gestão democrática, está
situado na Avenida Passos, nº 188, zona urbana, município de Pérola, Estado do Paraná,
Telefones: (44) 36361172 e 36361679, e-mail: [email protected].
O município de Pérola localiza-se a 50 km do Núcleo Regional de Educação de
Umuarama, na região Noroeste do Paraná. Possui 10.208 habitantes (Censo 2010). Sua
economia gira em torno do comércio, empresas (facções de roupas), fábricas de roupas,
pecuária e outros.
O Colégio Estadual Nestor Víctor - Ensino Fundamental e Médio, foi criado pelo
Decreto nº 4506/78 do dia 03/Janeiro/1978, de acordo com a Lei nº 4.978 de
3
05/Dezembro/1964, e publicado no Diário Oficial de 09/Janeiro/1978, com a denominação
de Escola Normal de Grau Ginasial de Pérola.
Passou a denominar-se Ginásio Estadual de Pérola pelo de COLÉGIO ESTADUAL
NESTOR VÍCTOR – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL Decreto nº 8.131,
sob a Lei 4.978 de 05/Dezembro/1964 e as Resoluções nº 26/65 e 46/67 do Conselho
Estadual de Educação.
Pelo Decreto nº 18540 de 12/Março/1970, publicado a 16/Março/1970, passou a
denominar-se Ginásio Estadual Nestor Víctor.
Pelo Decreto nº 4.506 de 03/Janeiro/1978, passou a fazer parte do Complexo
Escolar Braga Couto, com a denominação de Escola Nestor Víctor – Ensino de 1o Grau.
Ficou autorizado a funcionar com a denominação de Colégio Estadual Nestor
Víctor – Ensino de 1o e 2o Graus e autorizado a ministrar as habilitações: Plena de
Contabilidade, Magistério e Básico em Química pela Resolução nº 3.429/81 e o Complexo
Escolar Professor Oscar Braga Couto – Ensino de 1o Grau passa a denominar-se
Complexo Escolar Professor Oscar Braga Couto – Ensino de 1o e 2o Graus.
Pela Resolução nº 244/82 de 28/janeiro/1982 ficou reconhecido o curso de 1o Grau
de 1a a 8a série.
Pela Resolução nº 7448 de 22/Outubro/1984 ficou reconhecido os Cursos de 2o
Grau: Habilitação Profissional Plena de Contabilidade, Magistério e Habilitação Básica em
Química.
Pela Resolução nº 2156/86 de 13/Maio/1986 foi autorizado o funcionamento do
Curso de 2o Grau Regular – Propedêutico, com efeito retroativo ao ano letivo de 1.983.
Pela Resolução nº 672/87 de 24/Fevereiro/1987 – D.O.E. (Diário Oficial do Estado)
de 11/Março/1987 ficou reconhecido o Curso de 2o Grau Regular – Propedêutico.
Através da Resolução nº 2577 de 30/Junho/83 o Complexo Escolar Professor
Oscar Braga Couto, passou a ter nova denominação, sendo então “Complexo Escolar
Estadual Professor Oscar Braga Couto – Ensino de 1o e 2o Graus e o Colégio Nestor
Víctor – Ensino de 1o e 2o Graus passa a denominar-se Colégio Estadual Nestor Víctor –
Ensino Fundamental de 1o e 2o Graus.
Pela Resolução 4608/92 de 11/Dezembro/1992 foram suspensas em caráter
definitivo as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (04) primeiras séries do
4
1o Grau, do Colégio Estadual Nestor Víctor.
Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 publicada no Diário Oficial no dia
11/Setembro/98, página doze (12), o Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino de 1 o e 2o
Grau passou a denominar-se Colégio Estadual Nestor Víctor - Ensino Fundamental e
Médio.
Os Cursos profissionalizantes Técnico em Contabilidade e Magistério foram
cessados respectivamente pelas Resoluções nº 3.189/99 – SEED(Secretaria de Estado
da Educação do Paraná) e nº 4.445/02 – SEED(Secretaria de Estado da Educação do
Paraná).
O Colégio Estadual Nestor Víctor - Ensino Fundamental, Médio e Normal, é
mantido pelo Governo do Estado do Paraná, pertence ao Núcleo Regional de Educação
de Umuarama, mantêm o Ensino Fundamental Resolução nº 244/82 – Parecer nº 805/02
– CEF-Conselho de Educação Federal/SEED-Secretaria de Estado da Educação do
Paraná em oito anos (regular), séries finais (5ª a 8ª séries) no turno diurno , o Ensino
Médio, Resolução nº 672/87 – Parecer nº 965/2002 – CEF-Conselho de Educação
Federal/SEED- Secretaria de Estado da Educação do Paraná e Formação de Docentes
da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na modalidade Normal,
Nível Médio – Resolução 5289/08 de 18/11/2008 – Parecer 180/08 DET - Departamento
de Educação e Trabalho/SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná nos turnos
diurno e noturno, ambos em regime anual.
Ensino Fundamental: Ato da Renovação de Reconhecimento do Curso Resolução
nº5962/06 DOE 31/01/2007.
Ensino Médio: Ato da Renovação de Reconhecimento do Curso Resolução nº
5959/06 DOE – Diário Estadual do Paraná 31/01/2007.
Educação Especial: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, art. 58, 59 e
60; DCE-Diretrizes Curriculares Nacionais – Educação Especial; DCE-Diretrizes
Curriculares da Educação Básica – versão preliminar; Deliberação 02/03 Paraná;
Instrução Normativa 05/04 Sala de Recursos.
Em decorrência da Resolução nº 3712/06–DOE – Diário Oficial do Estado.
28/08/2006, o Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental e Médio passa a
denominar-se Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental Médio e Normal.
E, em 2008, o Regimento Escolar foi aprovado com Ato Administrativo de nº
0341/08.
5
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
Ao final de cada ano letivo este Estabelecimento de Ensino faz uma previsão do
número de turmas para o ano subsequente, sendo que esta distribuição de turmas e
matrículas obedece a Resolução nº 864/01 – SEED – Secretaria de Estado da Educação
do Paraná e uma Instrução Normativa expedida anualmente pelo Departamento
de Infra-Estrutura da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, que orienta a
matrícula nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica.
: As turmas são compostas da seguinte forma:
Os alunos que moram na zona rural e dependem de transporte escolar
deverão matricular-se no horário em que o mesmo é oferecido, sendo Ensino
Fundamental no período vespertino e Ensino Médio no período noturno.
Para os demais alunos as matrículas serão de acordo com as vagas
oferecidas por este Estabelecimento de Ensino.
Para alunos novos será respeitado o fluxo entre os
Estabelecimentos de Ensino e o georreferenciamento.
No Regimento escolar, aprovado pelo ato administrativo nº 0341/08 do Núcleo
Regional de Educação, referente à oferta do Ensino Médio, Organizado em dois Blocos
de Disciplinas Semestrais e ao Centro de Línguas Estrangeiras Moderna – CELEM.
Adendo Regimental de Alteração e de Acréscimo nº 001/2010 organiza por série,
no Ensino Médio, Organizado em dois Blocos de Disciplinas Semestrais e para o Curso
de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino
Fundamental, em nível médio, na modalidade normal; (NR)
Matriz curricular
2012
Ensino Fundamental:
6
Base Nacional Comum
Artes
Ciências
Educação Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Ensino Religioso
Parte Diversificada Língua Estrangeira
Moderna - Inglês
Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais:
Bloco 1 Bloco 2
Biologia
Educação Física
Filosofia
História
Língua E. Moderna-Inglês
Língua Portuguesa
Arte
Física
Geografia
Matemática
Sociologia
Química
Formação de Docentes: (1ª série)
Base Nacional Comum
Arte
Biologia
Educação Física
Filosofia
Geografia
História
Língua Portuguesa e Literatura
Matemática
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Sociologia
Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Formação Específica Prática de Formação
Fundamentos Históricos da Educação
Fundamentos Psicológicos da Educação
Organização do Trabalho Escolar
Formação de Docentes: (2ª série)
Base Nacional Comum
Biologia
Educação Física
Geografia
História
Língua Portuguesa e Literatura
Matemática
Sociologia
Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Formação Específica Concepções Norteadoras da Educação Especial
Prática de Formação
Fundamentos Históricos e Políticos da Ed. Infantil
Fundamentos Sociológicos da Educação
Organização do Trabalho Pedagógico
Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
Formação de Docente: (3ª série)
Base Nacional Comum
Língua Portuguesa e Literatura
Língua Estrangeira Moderna- Inglês
Matemática
Educação Física
Física
Química
Formação Específica
Prática de Formação
Fundamentos filosóficos da educação
Literatura Infantil
8
Metodologia do Ensino de Matemática
Metod. do Ensino de Português e Alfab.
Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
Formação de Docente: (4ª série)
Base Nacional Comum
Língua Portuguesa e literatura
Educação Física
Matemática
Física
Química
Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Formação Específica Prática de Formação
Metod. do Ens. de Português e Alfabetização
Metodologia do Ensino de História
Metodologia do Ensino de Geografia
Metodologia do Ensino de Ciências
Metodologia do Ensino de Arte
Metodologia do Ensino de Educação Física
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental, Médio e Normal dispõe:
18 salas de aula
01 laboratório de Ciências
01 laboratório de informática (Paraná Digital e Proinfo-Programa
Nacional de Informática na Educação)
01 sala dos professores
01 sala de direção e vice-direção
01 sala de secretária
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01 sala para Equipe Pedagógica
01 secretaria
02 almoxarifado
01 biblioteca
01 sala de multiuso
01 cozinha
01 quadra de esportes coberta
01 quadra de esportes descoberta
02 depósitos de alimentos
01 depósito de materiais de Educação Física
01 sala de Teatro
01 pátio coberto
01 Sanitário feminino no 1º pavilhão com 06 cabines, sendo uma adaptada para
aluna cadeirante
01 Sanitário masculino no 1º pavilhão com 06 cabines, sendo uma adaptada para
aluno cadeirante
01 Sanitário feminino 2º pavilhão com 04 cabines
01 Sanitário feminino na quadra de esportes com 02 cabines
01 Sanitário masculino na quadra de esportes com 02 cabines
01 Sanitário feminino para professoras e funcionárias
01 Sanitário masculino para professores e funcionários
01 Sanitário para funcionários da cozinha
RECURSOS MATERIAIS
Recursos MateriaisQuantidades
2012
Laboratório de Ciências:- conjunto de Termologia- conjunto de Ótica Ondas- Leis de Hom- microscópio Esteroscópio- conjunto de Mov. Cinemática e Dinâmica- torso Humano Anatômico- luneta astronômica
01010101010101
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- balança de plataforma digital- estadiometro portátil- agitador magnético- manta aquecedora balão 250 ml- medidor de PH digital- suporte universal- balão fundo chato 250 ml- balão volumétrico 250 ml- bastão de vidro- copo becker vidro- erlenmeyer de vidro 250 ml- funil de vidro 150 ml- funil de separação 250 ml- pipeta de vidro graduada 10 ml
Materiais Pedagógicos:- sólidos geométricos- flauta doce soprano- baqueta de madeira- mesa para tênis de mesa completo- cones- colchonete- bolas de borracha- kit pancake- relógio didático- tangram em madeira- torre Hanói – 1 base c/ 6 círculo- jogo alfabético silábico 372 peças- jogo dominó assoc. Ideias 28 pç.- jogo vamos formar palavras 60 pç.- jogo seqüência lógica 16 peças.- fantoche família branca- jogo de memória c/ antônimos- conjunto barras de medida- blocos lógicos c/ 48 em madeira- conjunto números e sinais 40 peças- dominó educ. subtração- dominó educ. multiplicação- escala cuisinare c/294 peças madeira- conjunto dourado 611 peças madeira- conjunto réguas numéricas 61 reg.
Acervo Bibliográfico Ensino Fundamental:Antologia textos filosóficosAtlas do BrasilTradição e Cult.Coz.QuilombolaAcervo temas paranaense 27 tit.Coletânea Ciências humanasLiteraturaPoesia
0101010101040404060806050505
20404001103020040102030806060620100101020202020202
3501010201
949168
11
ContosEnsino ReligiosoLíngua PortuguesaBiografiasHistória do ParanáHistória do BrasilHistória GeralInglêsEspanholO.S.P.B.MatemáticaEducação ArtísticaCiênciasMeio AmbienteEducação FísicaGeografiaSaúdeEnciclopédiasDireitoDicionáriosLíngua EstrangeiraLiteratura InfantilMitos e LendasTeatro BrasileiroCrônicasFísica
Acervo Bibliográfico Ensino Médio:Antologia textos filosóficosAtlas do BrasilTradição e Cult.Coz.QuilombolaAcervo temas paranaense 27 tit.Coletânea Ciências humanasLiteratura EstrangeiraLiteratura BrasileiraPoesiaContosEnsino ReligiosoPsicologiaLíngua PortuguesaSociologiaFilosofiaPedagogiaBiografiasHistória do ParanáHistória do BrasilHistória GeralInglêsEspanhol
1470205
249204226604703-
461642122720791214
12723010619
1304704
3501010201
200478277322417637065830
249204226604703
12
O.S.P.B.MatemáticaArteLiteratura GeralContabilidadeEducação FísicaGeografiaFísicaQuímicaBiologiaSaúdeEnciclopédiasDireitoDicionáriosColeção Paulo CoelhoZíbia GasparettoMonteiro LobatoMitos e LendasTeatro BrasileiroTeatro InfantilCrônicasLíngua e LiteraturaEducação EspecialEducaçãoPeriódicos
Biblioteca do ProfessorPedagogiaLíngua PortuguesaGeografiaAtlasMapasHistóriaCiênciasMatemáticaEducação FísicaArtePsicologiaBiologiaEnsino ReligiosoLíngua EstrangeiraFilosofiaSociologiaFísicaQuímica
Recursos TecnológicosAntena Parabólica 1,50 m.LNBF Monoponto Banda c/ extendidaReceptor digital ZINWELL
741305951-
27100652939791260
127100377246667
1289821
16464
790512020315101508150510040418061512
010101
13
Televisor “20”Televisor pendrive “29”Vídeo casseteFotocopiadoraDVDKit – TV EscolaComputadorImpressoraData showRetroprojetorRádioMimeógrafoInternet AmplificadorLupa eletrônica
021401010301370601010501020201
QUADRO GERAL DE PESSOAL
CORPO DOCENTE
Professor R.G. Formação Superior Função Atual
Ademair Terassani 2.137.759-7 Ciências/Biologia Professor
Ana Gláucia Zirondi Estel 4.568.658-2 Letras Professora
Alaine de Moura Lino 9.224.415-6 Química Professora
Alan Mackert dos Santos 6.079.042-6 Educação Física Professor
Anderson da Fonseca Sapucaia 9.060.388-4 Ciências Professor
Ângela Mércia Pipino 1.605.135-7 Pedagogia Pedagoga
Aparecida de Fatima Santos 3.294.422-1 Ciências/Matemática Professora
Cecília Marques Kmiecik 3.802.691-7 Letras Professora
Celi Cristina Piccirilo 4.199.755-9 Matemática Professora
Celina Aparecida Belini Marques 5.502.239-9 Pedagogia Professora
Cileide Paião Schiapati 6.126.059-5 Letras Professora
Cleide Ap. Bocchi Biaca 3.360.048-8 Biologia/Mat./Física Diretora Auxiliar
Cleyde de Lourdes Fabbri 2.186.932-5 Letras Professora
Deolinda Cornicelli Buosi 4.307.447-4 Geog./Pedag./Ed.Art. Professora
Deusenir Bazan de Souza 4.324.419-1 Letras Professora
Edna Rosa da Silva Silveira 5.267.925-7 História Professora
Edson Lanza 4.949.914-0 Educação Física Professora
Elisangela Manzoli Carvalho 9.144.307-4 Ciências Professora
Erceli Adelia Cotrin da Silva 1.013.950-3 Letras Professora
Fernanda Cristina Trentim 9.218.833-7 Matemática Professora
14
Gilmar Borges Celeri 7.309.832-7 Matemática Professora
Gislaine L. Gasparoto Ferla 7.350.075-3 Matemática Professora
Graciele Hatsumi Obana 4.481.526-5 Letras Professora
Graice Apª de O. Braguetto 8.058.602-7 Ciências/Física Professora
Hericles Fernando Silveira 6.456.333-5 Letras Professor
Iara Cristina Zaffalon 8.955.367-9 Educação Física Professora
Ivania Baesso Guizilini 7.923.662-4 História Professora
Janete Elen Saldanha Gazim 4.232.029-8 Geografia Professora
Jislaine Pizzi 4.384.986-7 Ciências e Biologia Diretora Auxiliar
José Aparecido dos Santos 2.195.040-8 Esquema II Disc.Técnica
José Augusto Antunes 1.668.527-5 Filosofia Professor
José Maria do Couto 1.037.411-1 Física Professor
Leila Pereira Fraga Rodrigues 4.716.424-9 Educação Física Professora
Luzia Arboléia Rissato 1.596.600-9 Geografia Professora
Magali Silveira da Silva 5.916.002-8 Pedagogia Professora
Maria Apª C. Martins Casini 2.230.987-0 Ed. Artística Professora
Maria Critina Petenucci 2.048.317-2 Pedagogia Pedagoga
Maria Fátima de França 4.017.857-0 Letras Professora
Maria Fernanda Moura Favero 9.762.010-5 Matemática Professora
Maria Selise Palatinsk 0.904.910-0 História Professora
Maria Zélia Nunes da Paz 6.575.589-0 Química Professora
Mirlene Ianegitz Ramos 10.726.937-8 Ciências Biológicas Professora
Nadir Fernandes de Faria 3.687.695-6 Geografia Professora
Patrícia Perdomo Varago 9.704.190-3 Letras Professora
Reginaldo Piccirilo 4.187.483-0 Matemática/Ciências Professor
Roberto dos Santos Viana 9.336.143-1 História Professor
Rodrigo Favero Maróstica 8.128.327-3 Educação Física Professor
Rosária dos Santos Sgrignoli 3.836.503-7 Pedagogia Professora
Roseli Aparecida Bressan 3.441.434-3 História Professora
Roseli Silva Minzon 7.372.574-7 Ciências Sociais Professora
Rosiele Cordeiro André 8.718.400-5 Biologia Professora
Rosilene Bressan 4.238.826-2 Ciências e Biologia Profª da Lei 15308/06
Sandra Aparecida Silvestre 3.461.337-0 Ed. Física Professora
Sandra Maria Fuentes Lopes 4.458.078-0 Pedagogia Pedagoga
Senise Cristine C. Duarte Mari 3.150.448-1 Pedagogia Profª/Pedagoga
Silvana Regina Fernandes 3.336.817-8 Ed. Física Professora
Silvania Formagio 6.002.443-0 Educação Especial Professora
15
Solange de Fátima André 3.652.174-0 Ciências/Matemática Profª da Lei 15308/06
Sonia Apª Miquelini J. Silva 4.428.123-6 Pedagogia Pedagoga
Sônia de Lira Rodrigues 3.938.655-0 Matemática Diretora
Sueli Aparecida Maqueda 4.170.061-0 Letras Professora
Tatiane Apª Mendonça Pinto 11.038.330-4 Letras Professora
Ticyana Gosalan Sumeira 9.474.706-6 Pedagogia Professora
Valdir Paulino Leite 1.490.794-7 Letras Professor
Valéria Apª Piovesan Santos 6.964.568-2 Biologia Professora
Wilson José Leandro Stefani 1.641.116-7 Ed. Física Professor
Zenilde Mª Daniel Odorizzi 1.873.779-5 Geografia Professora
Escola Descentralizada – São Jorge do Patrocínio
Professor R.G. Formação Superior Função Atual
Claudinei Leonel 2.159.029-0 Matemática Professor
Evandro Cesar de Almeida 6.329.191-9 Educação Física Professor
Genicreia Tejada Carreira 5.786.027-8 Letras Professora
Graice Ap.ª de Oliveira Braguetto 8.058.602-7 Ciências/Física Professora
Leila P. Fraga Rodrigues 4.716.424-9 Educação Física Professora
Marcia Regina dos Santos Fagundes 6.018.514-0 Pedagogia Professora
Nilva Pascoalina Salesse 4.605.281-1 História Professora
Patricia Simões Carraro 10.281.856-3 Química Professora
Rosangela Galiotti de Freitas Souza 4.956.665-4 Pedagogia Professora
Rosimeyri Dorigani Arrais 4.568.590-0 Química Professora
Sonia Maria Leonel Guido 3.019.017-3 Pedagogia Professora
Vera Lúcia Rossafa Palmieri 4.017.766-3 Pedagogia Coordenadora/Curso
Escola Descentralizada – Altônia
Professor R.G. Formação Superior Função Atual
Ana Maria Trevizan 1.874.957-2 Pedagogia Coordenadora/Estágio
Dirlene Maciel 6.198.755-0 Pedagogia/Libras Profª Intérp.
Emilia Kondo Matsumura 2.001.770-8 Matemática Professora
Fábio dos Santos Oliveira 10.034.958-2 Nm,.;/Pedagogia Coordenador/Curso
Fernanda Gamberini 9.174.681-6 Química Professora
16
Junia Aparecida da Silva 5.092.672-9 História Professora
Magali Greghi 5.916.002-8 Pedagogia Professora
Silvana Rodrigues R. da Mata 5.088.602-6 Educação Física Professora
Simone Lorena Tobbin 6.697.909-1 Pedagogia Professora
QUADRO DE APOIO
Funcionários RG Função Graduação
Alda de Siqueira 3.943.016-9 Ag. Educacional II Ensino Superior
Ana Célia Nicolau Ferreira 5.267.972-9 Ag. Educacional I Ensino Fund.
Angela Maria Souza 8.825.145-8 Ag. Educacional II Ensino Médio
Deyse Bariani 5.647.158-8 Ag. Educacional II Ensino Superior
Edinéia Ap. Pereira da Silva 11.038.080-1 Ag. Educacional II Ensino Superior
Ides Aparecida dos Santos 3.138.481-8 Ag. Educacional I Ensino Médio
Ivone Olivoto 4.237.493-8 Ag. Educacional II Ensino Superior
Ivor Neri 4.199.778-8 Ag. Educacional I Ensino Médio
José Milton de Souza 2.231.339-8 Ag. Educacional I Ensino Fund.
Lucinda Divina Caliani 3.211.066-5 Ag. Educacional I Ensino Médio
Luzia Aparecida Zanon 3.973.448-6 Ag. Educacional I Ensino Médio
Malvina Goes 1.701.159-6 Ag. Educacional II Ensino Médio
Márcia Elaine Bimbato 5.702.631-6 Ag. Ed. Secretária Ensino Médio
Marcinda Garcia da Silva 4.989.648-4 Ag. Educacional I Ensino Fundamental
Margarete da Silva Trinque 5.857.932-7 Ag. Educacional II Ensino Médio
Maria Ap. Mattos Mira 4.245.610-1 Ag. Educacional II Ensino Superior
Maria Inês C. da Silva 4.599.816-9 Ag. Educacional I Ensino Médio
Maria Luiza Kuboski Neri 8.040.854-4 Ag. Educacional I Ensino Fundamental
Maria Rosalina C. Casini 6.500.378-3 Ag. Educacional I Ensino Médio
Mariza Matias da Silva 3.827.940-8 Ag. Educacional II Ensino Superior
Neuseli de F .de O. França 4.568.287-0 Ag. Educacional I Ensino Médio
Neuza Souza de Oliveira 7.854.123-6 Ag. Educacional I Ensino Médio
Odete Ferreira 2.194.874-8 Ag. Educacional I Ensino Médio
Rosana Galina 6.455.956-7 Ag. Educacional I Ensino Médio
Do Processo de Classificação
17
Art. 87 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais,
podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série anual ou os
Blocos de Disciplinas Semestrais da respectiva série ou fase anterior, na mesma escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar
o aluno na série anual, no Bloco de Disciplinas Semestral da respectiva série, no ciclo, na
disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos
por meios formais ou informais.
Art. 88 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola
para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;A disciplina
escolar é um conjunto de conhecimentos, elaborados levando-se conta a
especificidade de cada um deles, assim como sua contextualização política,
econômica, social e cultural, identificado e dotado de organização própria para o
estudo. Esses conhecimentos, ao vincularem-se à escola, estabelecem novas
relações de saber a partir das atividades de seus agentes principais, ou seja, de
professores e alunos.
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
18
Art. 89 - A Classificação para o Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade
Normal é permitida apenas para a 1ª série, sendo vedada nas demais séries.
Do Processo de Reclassificação
Art. 90 - A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
Art. 91 - O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço
de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na
série/ano/blocos de disciplinas semestrais/disciplina(s), deverá notificar o NRE para que
este proceda orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das
normas que fundamentam o processo de Reclassificação.
Parágrafo Único – Os alunos, quando maiores, ou seus responsáveis, poderão
solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à
escola aprová-lo ou não.
Art. 92 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo de reclassificação a ser
iniciado, a fim de obter o devido consentimento.
Art. 93 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e
documentos que comprovem a necessidade da reclassificação.
Art. 94 - Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
19
Art. 95 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art. 96 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
Art. 97 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
Secretaria de Estado da Educação.
Art. 98 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Art. 99 – É vedada a Reclassificação para o Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na
Modalidade Normal, pois o aluno deve cursar série a série.
Da Progressão Parcial
Art. 107 - A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,
não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente às séries seguintes.
Art. 108 - O estabelecimento de ensino oferta matrícula com Progressão Parcial ao
aluno que não obtiver êxito em uma disciplina.
Art. 109 - A disciplina em dependência será cursada, pelo aluno, em turno contrário
ao da série anual, etapas, fases ou por Blocos de Disciplinas Semestrais da respectiva
série em que foi matriculado.
§ 1º - O regime de Progressão Parcial exige, para aprovação na dependência, a
frequência determinada em lei e o aproveitamento escolar estabelecido no Regimento.
§ 2º - Havendo incompatibilidade de horário, será estabelecido plano especial de
20
estudos para a disciplina em dependência, registrando-se em relatório, o qual integrará a
pasta individual do aluno.
Art. 110 - É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio e no Curso de Formação
de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível
Médio, na Modalidade Normal, ao aluno com dependência de disciplina no Ensino
Fundamental.
Art. 111 - A expedição de Certificado ou Diploma de conclusão do curso ocorrerá
depois de atendida à carga horária mínima exigida em lei.
Parágrafo Único – Ao final do curso, havendo disciplina em dependência, o aluno
será matriculado na série, para cursar somente a(s) disciplina(s) em dependência(s) e o
Certificado ou Diploma será expedido após a sua conclusão.
Art. 112 - É vedada a matrícula de alunos em regime de Progressão Parcial no
curso de Formação de Docentes.
ORGANIZAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL NESTOR VÍCTOR
O Colégio Estadual Nestor Víctor situa-se na cidade de Pérola/Paraná. Possui o
Ensino Fundamental de 6º a 9º anos nos períodos matutinos e vespertino e Ensino Médio
e Formação de Docentes no período matutino e noturno.
No ano letivo de 2012 este estabelecimento conta com 1.374 alunos matriculados;
1 diretora; 1 diretora auxiliar, 1 secretária; 4 pedagogas; 1 coordenadora de curso
(Formação de Docentes) e estágio; 81 docentes, sendo 2 readaptados; 8 funcionários na
função de apoio técnico administrativo e 15 funcionários na função de auxiliar de serviços
gerais.
Este Estabelecimento de Ensino oferece e administra 21 turmas de Ensino
Fundamental Regular, sendo 08 turmas no período matutino e 13 no período vespertino;
07 turmas de Ensino Médio organizado por blocos de disciplinas semestrais no período
matutino e 07 turmas no período noturno. Ofertamos 04 turmas do Curso de Formação
de Docentes no período noturno, 02 turmas no Município de São Jorge do Patrocínio no
período noturno e 02 turmas no Município de Altônia no período matutino; 01 Sala de
21
Recursos no período matutino de 6ª e 9ª anos na área de Deficiência Mental e Distúrbio
da Aprendizagem; 1 Centro de Atendimento Especializado de Deficiência Visual no
período vespertino e Sala de Apoio à Aprendizagem nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática dos 6º e 9º anos no período matutino e vespertino. Além disto,
possui três Atividades Complementares (Treinamento de Futsal, Vôlei e aula de Teatro). E
o Projeto Segundo Tempo.
Distribuídas nos três turnos conforme abaixo:
Período da Manhã:
Ensino Fundamental: 240 ALUNOS
Série Turmas Total de Alunos
6º 02 59
7º 02 59
8º 02 70
9º 02 52
Sala de Recursos 01 06
Ensino Médio: 209 ALUNOS
Ano Turmas Total de Alunos
1º 03 95
2º 02 63
3º 02 51
Formação de Docentes – Altônia: 63 ALUNOS
Ano Turmas Total de Alunos
2º 01 28
3º 01 35
Período da Tarde:
22
Ensino Fundamental: 349 ALUNOS
Ano Turmas Total de Alunos
6º 04 113
7º 04 106
8º 03 78
9º 02 52
Centro de Atendimento - DV 01 04
Período da Noite:
Ensino Médio: 222 ALUNOS
Ano Turmas Total de Alunos
1º 02 74
2º 02 77
3º 03 71
Formação de Docentes: 87 ALUNOS
Ano Turmas Total de Alunos
1ª 01 40
2ª 01 20
3ª 01 15
4ª 01 12
Formação de Docentes
SÃO JORGE PATROCÍNIO: 40 ALUNOS - Noturno
Ano Turmas Total de Alunos
3º 01 23
4º 01 17
Quanto à distribuição de aulas para os professores das turmas neste ano letivo
(2012), foi obedecida a Resolução nº 5779/2011 – SEED(Secretaria de Estado da
Educação do Paraná).
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
23
O Colégio Estadual Nestor Víctor, funciona nos seguintes horários:
• Período matutino: início 7:35h e término 12:00h, (com 5 aulas de 50 minutos).
• Período vespertino: início 13:00h e término 17:25h, (com 5 aulas de 50 minutos).
• Período noturno: início 18:50h e término 23:00h, (com 3 aulas de 50 minutos e 2
aulas de 45 minutos).
A Carga Horária mínima do ano letivo, para o Ensino Fundamental, Médio e Nor-
mal, será de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um número mínimo de 200 (duzen-
tos) dias de efetivo trabalho escolar (LDB – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional - nº 9394/96).
O controle da frequência contabilizará a presença do aluno nas atividades escola-
res programadas, sendo obrigado a participar de pelo menos 75% (setenta e cinco por
cento) do total das horas previstas para aprovação. (LDB - Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional- 9394/96).
PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
É oferecido por este estabelecimento o atendimento descentralizado do curso de
Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, em
nível médio, na modalidade normal integrado, aos municípios de São Jorge do Patrocínio
desde 2008, e Altônia a partir de 2010. Estes municípios comportam uma demanda de
alunos para o funcionamento do curso por tempo determinado, não dando condições de
continuidade, condição necessária para a autorização e implantação do curso nestes
municípios.
O Corpo Docente deste estabelecimento de ensino conta com a maioria de
professores QPM ( Quadro Próprio do Magistério) e PSS ( Processo seletivo Simplificado)
os quais desenvolvem um trabalho responsável e contínuo.
O Corpo Discente do estabelecimento de ensino é constituído por uma grande
diversidade de alunos, com idade entre 10 a 20 anos, filhos de pais de classe
assalariadas, urbana e rurais, com diferentes origens étinicas e culturais, com direitos a
ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade por meio dos conteúdos
disciplinares.
Um número razoável das famílias são economicamente desfavorecidas, apesar de
ter melhorado muito com a ampliação da oferta de trabalho às famílias perolenses. Em
24
consequência desta oferta, as mães saem para trabalharem deixando as crianças
sozinhas, sem orientação de nenhum adulto. No espaço escolar é que nossos educandos
tem oportunidade de adquirir os conhecimentos historicamente acumulados, sendo este,
fator preponderante no processo de tomada de consciência, para a formação do cidadão
e sua emancipação.
Culturalmente seu perfil é restrito, pois as famílias não têm acesso à quase nenhum
instrumento de lazer que envolva a área social. Nossos educandos encontram na escola o
acesso a livros, revistas, internet, etc. O nosso município possui biblioteca pública, mas os
educandos utilizam com mais frequência a biblioteca da escola que possui um bom
acervo bibliográfico.
OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, DO ENSINO MÉDIO
E DA FORMAÇÃO DE DOCENTES
Propiciar a todos os alunos e alunas sem discriminação, o saber
sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao processo de tomada de
consciência, à emancipação e à formação do cidadão. No curso profissionalizante
essencialmente, preparar o educando para exercer com proficiência a sua função.
Promover atividades que estimulem a consciência dos valores universais:
ética, respeito, dignidade e solidariedade.
Garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo
educacional a todos os sujeitos que, historicamente encontram-se excluídos no
processo de escolarização.
Permitir ao educando ser sujeito de sua própria história, construindo sua
identidade como cidadão, para atuar e transformar a sociedade existente.
Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos, possibilitando o
prosseguimento de estudos. (LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -
1996)
Desenvolver a autonomia intelectual e o pensamento crítico do educando
como pessoa humana, incluindo a formação ética. (LDB - Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional-1996)
Compreender o ambiente natural e social, do sistema político da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. (LDB - Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional-1996)
25
Preparar o aluno para uma sociedade em constante mudança, a fim de que
ele tome conhecimento dos recursos históricos, científicos e tecnológicos do mundo
que o rodeia.
Oportunizar o uso das tecnologias de informação e comunicação nas
práticas educacionais estabelecendo um constante processo de reflexão crítica nas
novas formas de ver, ler e escrever o mundo.
Assegurar aos alunos um ambiente escolar favorável, propiciando a
aquisição do conhecimento a todos os educandos, oportunizando-lhes novas
perspectivas evitando a evasão escolar e a repetência.
Aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem dando ênfase ao Projeto
Político Pedagógico, reelaborando-o quando necessário, sempre com a participação
efetiva de toda comunidade escolar.
Propiciar condições para que a ação de professores, funcionários e alunos
sejam emergente no cotidiano escolar e comunitário.
Socializar decisões e informações, envolvendo a participação dos pais,
alunos, professores, funcionários e órgãos colegiados na administração escolar
(Gestão Democrática).
Propiciar atividades culturais e esportivas envolvendo pais, alunos,
professores, funcionários e comunidade geral, integrando assim a escola à sociedade.
Propiciar formação continuada para a comunidade escolar, através de
reuniões (Conselho escolar, APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários,
Grêmio Estudantil, etc.)
MARCO SITUACIONAL
POSSIBILIDADES E AVANÇOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Na prática pedagógica os educadores buscam resolver os desafios enfrentados
como indisciplina e a evasão por meio de novas metodologias, com atividades
diferenciadas que a maioria das vezes ficam comprometidas pela superlotação das salas
de aula, às vezes sem espaço até para o professor, dificultando um trabalho
individualizado com os alunos que necessitam dessa intervenção.
Os docentes desenvolvem um trabalho comprometido com o processo ensino-
26
aprendizagem, mas que ainda precisa ser aprimorado. A equipe pedagógica vem há dois
anos tentando conscientizar os docentes da importância do Método Dialético na
construção do conhecimento. Já houve progressos mais há um caminho longo para ser
percorrido, encontramos várias dificuldades como: rotatividade de professores, falta de
conhecimento, receio de mudança e das inovações metodológicas de alguns docentes.
O processo avaliativo começa a ser desenvolvido com mais coerência, havia muita
dificuldade de alguns docentes diferenciarem critérios de instrumentos de avaliação. Após
um trabalho contínuo da Equipe Pedagógica, acompanhando a elaboração do Plano de
Trabalho Docente, já houve grandes avanços. A recuperação concomitante ao processo
também é outra dificuldade, porém a maioria já consegue efetuá-la com êxito, a Equipe
Pedagógica continua trabalhando com os que ainda não internalizaram esses princípios.
Um grande entrave para a continuidade das ações pedagógicas é a falta de
substituto para os pedagogos e funcionários de serviços gerais e administrativo quando
saem de licença especial ou médica, comprometendo a qualidade do trabalho que estava
sendo desenvolvido.
EVASÃO ESCOLAR
A evasão escolar no colégio ocorre no período noturno, principalmente na primeira
série do Ensino Médio, isto não quer dizer que não há temos nas segundas e terceiras
séries, mais seu percentual é bem menor.
Em nossa escola o trabalho é a principal causa do abandono, pois em nosso
município a inserção do jovem ao mercado de trabalho passa a ser uma exigência
continua e, esses jovens são chamados cedo, a ingressarem nesse mundo. Muitos destes
tentam conciliar o estudo com o trabalho, na perspectiva de adquirirem um melhor
emprego e, consequentemente, maior remuneração. Entretanto, o cansaço físico, as
exigências do trabalho, entre outros motivos, termina por influenciar fortemente a decisão
de abandonar à escola. Muitas vezes, esse jovens veem-se obrigados a optar por
trabalhar em lugar de estudar, devido a necessidade de contribuir para o sustento da
família ou o seu próprio.
INDISCIPLINA
27
A ausência de disciplina e a falta de organização nos estudos começam a aparecer
quando o aluno começa a perder a vontade intrínseca de querer aprender, que com o
passar do tempo, deixa de ser vontade e passa a ser quase um sacrifício.
A indisciplina está sendo um dos problemas graves em nossa escola hoje, não só
na sala de aula, mas em todo os espaço escolar e manifesta-se de diversas formas.
Alguns dos fatores que ocasionam a indisciplina são: falta de limites por parte dos pais;
hiperatividade; desinteresse pelo estudo ou por algumas disciplinas em particular; o
"insucesso" escolar, não se referindo exclusivamente às notas nas disciplinas, mas
também em certos valores que o aluno não vê refletidos nele, como aspectos físicos e
intelectual, que podem ocasionar agressividade, apatia, desmotivação, desatenção e
imaturidade; o não acompanhamento das aulas, por faltas, ocasiona o não entendimento
dos conteúdos e leva ao desinteresse pelas aulas e pelos conteúdos trabalhados.
No cotidiano escolar observa-se que o comportamento do aluno também é reflexo
das experiências vividas no meio familiar. Porém não se pode atribuir esse fator como
sendo a única causa do problema. É importante perceber que cada indivíduo responde
diferentemente aos estímulos provindos do meio.
Sendo assim, o assunto indisciplina é muito relevante, pois interfere diretamente no
processo de ensino aprendizagem.
GESTÃO ESCOLAR
A Gestão democrática é o resultado de um processo pedagógico coletivo que
envolve, o conhecimento da legislação e também a participação das instâncias colegiadas
como Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres e Funcionários - APMF e o Grêmio
Estudantil que contribuem de maneira eminente para a autonomia da escola. As
Instâncias Colegiadas deste colégio tem uma boa participação, alguns estão sempre nas
reuniões quando convocados, mas infelizmente não temos a participação de todos os
representantes nas reuniões. Temos um excelente relacionamento entre todos(as) da
comunidade escolar, pois trabalhamos em conjunto, em equipe.
APRENDIZAGEM
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A Aprendizagem vem acontecendo, com alguns avanços, mas ainda percebemos
os resquícios da concepção tradicional, onde os professores desenvolvem os
conteúdos e avaliam os alunos fora do contexto, ou seja, da totalidade dos quais
deveriam ser focados os conteúdos escolares.
PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A participação dos pais na vida escolar dos alunos ainda é um grande desafio a
ser enfrentado por todos: educadores, equipe pedagógica e direção, não só a participação
em reuniões, mas um acompanhamento efetivo no processo ensino aprendizagem. Muitos
pais acham que por mandar o(a) filho(a) para a escola já estão fazendo a parte deles. Mas
por meio de convocações individuais ou em reuniões, a direção, equipe pedagógica e
professores vêm trabalhando a questão do acompanhamento por parte dos responsáveis,
por meio do diálogo e conscientização da necessidade e importância desse
acompanhamento efetivo na vida escolar de seus filhos(as).
À FORMAÇÃO INICIAL
Alguns professores recém-graduados chegam na escola para atuarem em sua
disciplina de habilitação com o embasamento teórico recebido na graduação e pós-
graduação. Inicia-se a prática pedagógica que na maioria das vezes é conturbada, porque
a realidade da escola pública, com a qual eles se deparam não é apresentada nos bancos
das universidades. Nossa realidade é de superação de problemas todos os dias, como
salas superlotadas, alunos desinteressados, falta de compromisso dos responsáveis.
Diante desta realidade o professor iniciante muitas vezes não consegue conciliar o
conteúdo a ser trabalhado com o domínio da turma, e a aprendizagem fica comprometida,
crescendo ainda mais o número de alunos indisciplinados e que tumultuam as aulas.
Esses professores chegam sem muita noção de quais conteúdos devem ser trabalhados,
a metodologia adequada a ser utilizada, sem conhecer as Diretrizes Curriculares, como
fazer o Plano de Trabalhado Docente, com dificuldades de preenchimento do livro registro
de classe.
FORMAÇÃO CONTINUADA
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A Formação continuada é oferecida pela SEED – Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, em vários momentos durante o ano letivo em: Reuniões
Pedagógicas, Replanejamentos e estudos na hora atividade, para todos os profissionais
da educação.
É ofertada no início do ano letivo e no início do segundo semestre, no próprio
estabelecimento onde atua o profissional, também são ofertados grupos de estudos para
todos os segmentos, professores, funcionários, APMF - Associação de Pais Mestres e
Funcionários, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil. E ainda cursos por instrumentos on-
line para todas as áreas. Temos a Formação em Ação, para todas as áreas em forma de
oficinas.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO
O Colégio Estadual Nestor Víctor se organiza com salas ambientes, para que o
aluno tenha oportunidade de interagir com um maior número possível de recursos,
materiais pedagógicos e humanos, propiciando o enriquecimento e a contextualização
dos conteúdos. Nessa forma de organização são os alunos e não os professores que
trocam de sala, a cada aula.
A sala de aula deve apresentar um ambiente acolhedor para favorecer o
desenvolvimento da aprendizagem. O professor deverá caracterizar sua sala de aula com
autenticidade, apreço e empatia; tem que confiar na capacidade construtora dos alunos e
do grupo; tem que demonstrar interesse e valorizar o aluno como ser humano,
estabelecer um relacionamento amigável de respeito e companheirismo, onde a
aprendizagem possa transformar sua prática social.
A escola tem que estar conectada aos anseios da comunidade escolar que atende.
ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR ANO 2011
No Colégio Estadual Nestor Víctor já é prática há alguns anos, no início do período
letivo retomar os dados estatísticos de anos anteriores, dados de todas as Turmas, Prova
Brasil e ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Onde juntos direção, equipe
pedagógica, funcionários e todo o corpo docente analisam os resultados, e a partir destes
30
dados são propostos os encaminhamentos para o próximo ano letivo.
Neste ano 2012 após análise, percebeu-se um avanço em relação as reprovas do
ano anterior 2010/2011 e evasão escolar, discutiu-se quais ações realizadas foram boas e
deram resultados positivos e quais ações precisam ser melhoradas neste ano. Segue
quadro com os dados:
Ensino Fundamental:
6º ano
Matriculados 177 alunos
Aprovados 81,92%
Aprovados por Conselho 9,60%
Reprovados 1,69%
Abandono 0%
Transferidos 6,77%
7ºano
Matriculados 151 alunos
Aprovados 78,80%
Aprovados por Conselho 11,25%
Reprovados 2,65%
Abandono 0%
Transferidos 7,28%
8º ano
Matriculados 133 alunos
Aprovados 73,68%
Aprovados por Conselho 8,27%
Reprovados 3,76%
Abandono 1,50%
Transferidos 12,78%
9º ano
Matriculados 167 alunos
31
Aprovados 79,04%
Aprovados por Conselho 6,58%
Reprovados 0, 59%
Abandono 0%
Transferidos 13,77%
Ensino Médio – 2º semestre 2011
1ª série Bloco 1
Matriculados 69 alunos
Transferidos 1,44%
Sem Frequência 0%
Concluintes 53 alunos
Aprovados 72,46%
Aprovados por Conselho 4,34%
Reprovados 2,89%
Abandono 18,84%
1ª série Bloco 2
Matriculados 75 alunos
Transferidos 1,33%
Sem Frequência 0%
Concluintes 62 alunos
Aprovados 76%
Aprovados por Conselho 6,66%
Reprovados 4%
Abandono 12%
2ª série Bloco 1
Matriculados 63 alunos
Transferidos 3,17%
Sem Frequência 0%
Concluintes 55 alunos
Aprovados 82,54%
Aprovados por Conselho 3,17%
32
Reprovados 1,58%
Abandono 7,93%
2ª série Bloco 2
Matriculados 65 alunos
Transferidos 4,61%
Sem Frequência 0%
Concluintes 54 alunos
Aprovados 78,46%
Aprovados por Conselho 4,61%
Reprovados 3,07%
Abandono 9,23%
3ª série Bloco 1
Matriculados 58 alunos
Transferidos 3,44%
Sem Frequência 0%
Concluintes 55 alunos
Aprovados 87,93%
Aprovados por Conselho 6,89%
Reprovados 0%
Abandono 1,72%
3ª série Bloco 2
Matriculados 59 alunos
Transferidos 1,69%
Sem Frequência 0%
Concluintes 53 alunos
Aprovados 89,83%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 8,47%
Formação de Docente:
33
1ª série (Pérola)
Matriculados 38 alunos
Aprovados 50%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 13,15%
Transferidos
Sem Frequência
15,78%
21,05%
2ª série (Altônia)
Matriculados 38 alunos
Aprovados 94,73%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 0%
Transferidos 5,26%
1ª série (Altônia)
Matriculados 35 alunos
Aprovados 77,14%
Aprovados por Conselho 11,42%
Reprovados 2,85%
Abandono 0%
Transferidos 8,57%
2ª série (Pérola)
Matriculados 17 alunos
Aprovados 88,23%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 0%
Transferidos 5,88%
2ª série (São Jorge do Patrocínio)
Matriculados 25 alunos
34
Aprovados 92%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 4%
Transferidos 4%
3ª série (Pérola)
Matriculados 14 alunos
Aprovados 92,85%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 0%
Transferidos 7,14% Sem frequência 5,88
3ª série (São Jorge do Patrocínio)
Matriculados 19 alunos
Aprovados 100%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 0%
Transferidos 0%
4ª série (Pérola)
Matriculados 17 alunos
Aprovados 88,23%
Aprovados por Conselho 0%
Reprovados 0%
Abandono 0%
Transferidos 5,88% Sem frequência 5,88%
DIVERSIDADE
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Na escola as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à
diversidade é o eixo norteador para uma educação de qualidade para todos,
desmistificando rótulos e preconceitos. É necessário construir um espaço dialógico no
qual as diferenças sejam respeitadas, e não sejam fatores de exclusão.
O exercício da cidadania prevê o respeito, o reconhecimento, a aceitação e a
valorização das diversidades étnicas, religiosas, físicas, mentais, culturais, sócio-
econômicas, linguísticas, de capacidades, que formam os grupamentos humanos de
cunho democrático.
É papel da escola um local acessível a todos sem distinção. Ela deve garantir e
assegurar o acesso e permanência de qualquer criança, adolescente, jovem ou adulto,
para se apropriarem dos bens culturais historicamente acumulados pela humanidade,
construindo assim conhecimentos realmente significativos. Oportunizando o acesso,
a permanência e o sucesso de todos os educandos.
RELAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA ESCOLA E OS DISCENTES
No colégio a relação professor aluno ainda é um problema a ser enfrentado por todos,
o cotidiano escolar está cada vez mais angustiante, são grandes os desafios a serem
enfrentados pelos educadores em sala de aula em nosso estabelecimento. O
comportamento agitado dos educandos, a falta de interesse pelas aulas, o uso de
palavrões entre eles, a agressividade, vem dificultando a ação docente, chegando para
alguns ao frustramento da profissão, com carga horária excessiva, muitas turmas, salas
com um número grande alunos, sem espaço as vezes até para o professor, etc. Embora a
prática de alguns desses educadores continua embasada em tendências tradicionais . No
colégio a dois anos a equipe pedagógica realiza um trabalho de orientação e
acompanhamento da Pedagogia Histórico-Crítica e do Plano de Trabalho Docente, foi
ministrado um grupo de estudos de 40 horas, embasado no trabalho PDE - Plano de
Desenvolvimento Educacional, da pedagoga Maria Cristina Petenucci – 2008.
Quanto aos funcionários da educação, estes sempre foram vistos como
cumpridores de tarefa, esta é uma realidade historicamente construída, hoje encontram
uma realidade mais favorável, onde enfrentam o desafio de serem vistos também como
educadores, visto que a educação não é adquirida apenas dentro da sala de aula, a
dificuldade encontrada está no fato de que é muito difícil mudar algo que implica a
36
mudança do conceito das pessoas, porém estamos todos caminhando para que os
funcionários, também sejam valorizados como educadores. Professores, equipe
pedagógica e direção já demonstram maior aceitação. Não eximindo também a culpa de
alguns dos funcionários que devem mudar o seu comportamento e ser um educador.
EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS
Quanto aos equipamentos físicos o Colégio possui alguns em boas condições,
outros precisam de manutenção e outros de reforma.
Na estrutura física esse estabelecimento precisa de muitas melhoras para que o
trabalho pedagógico possa ser melhor desenvolvido em todos os ambientes. Uma das
quadras não oferece condições adequadas para as aulas, por falta de cobertura; a
biblioteca tem um bom acervo bibliográfico, mas o espaço físico é inadequado para
leituras e pesquisas, o acervo precisa ser informatizado; o laboratório de informática
precisa de um ADM local para atender professores, alunos, a comunidade e a
manutenção dos equipamentos é primordial; o laboratório de Ciências, Física, Química e
Biologia precisa também de manutenção dos equipamentos e mobiliário adequado.
Precisamos de um refeitório, este espaço na escola é insuficiente pelo número de
alunos que atendemos em cada período, pois os alunos ficam pelo pátio com pratos na
mão. Outro fator agravante é que o refeitório fica em frente aos banheiros feminino e
masculino.
A escola necessita urgentemente de um anfiteatro, pois este espaço é de
primordial importância para desenvolvermos em nossos educandos a cultura, a arte, a
cidadania.
As salas de aula do nosso colégio não comportam o número de alunos
estabelecido pela Seed, elas possuem 49 metros quadrados, porém para que o aluno
visualize o quadro é preciso deixar as carteiras no mínimo, 2 metros distante deste,
teremos que descontar então 14 metros quadrados, se o espaço por aluno é de 1,20m,
temos espaço somente para 29 alunos.
Esse estabelecimento necessita da construção de no mínimo 05 salas, pois
algumas salas de aula foram ocupadas com a implantação de programas como Sala de
Recursos, Deficiência Visual - DV, Apoio Pedagógico, outras com Laboratório de
Informática e Ciências, Equipe Pedagógica e sala dos professores. Alguns dos programas
ainda não tem sala para o atendimento, estão funcionando em espaços organizados pela
37
escola, que não são ideais. Estas salas oportunizarão condições mais favoráveis para o
processo de desenvolvimento de nossos educandos.
ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
A hora-atividade deste estabelecimento de ensino, consta no livro ponto juntamente
com a hora-aula, tendo a mesma necessidade de cumprimento e assinatura do professor.
A verificação do cumprimento da hora-atividade é de responsabilidade do Diretor do
Estabelecimento de Ensino.
A maioria dos docentes tem disponibilidade de estar cumprindo a hora-atividade
dentro dos dias determinados pela SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná,
um dia da semana para cada área, mas ainda temos uma parcela de docentes que por
trabalhar em vários estabelecimentos não conseguem atender a essa determinação.
Neste momento quando necessário, a equipe pedagógica utiliza esse espaço
também para destacar pontos positivos e negativos quanto ao Projeto Político
Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, com o
objetivo de fazer os ajustes e as mudanças que forem necessárias. Essas inferências
ocorrem quando são extremamente necessárias, pois o período da hora-atividade já é
insuficiente para as atividades disciplinares do professor.
MARCO CONCEITUAL
CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser histórico, construído através de suas relações com o mundo na-
tural e social. Ele difere das outras espécies pela capacidade de transformar a natureza
através de seu trabalho, por meio de instrumentos por ele criados e aperfeiçoados ao lon-
go do desenvolvimento histórico-humano.
O homem é um ser que é determinado por sua historicidade, esta história inicia-se
com o ato de seu nascimento.
O homem está em contato com o mundo que o cerca a partir de circunstâncias, neces-
38
sidades e da cultura onde se insere. As abordagens religiosas, do senso comum, filosófi -
cas, artísticas, científicas, etc, são parte integrante da vida do ser humano. A realidade vi-
venciada pelo homem, não se limita aos objetos naturais ou artificiais, consistentes fisica-
mente, ela é o próprio significado resultante das relações sociais dentro de um contexto
determinado. Ao contradizê-la, ele projeta um futuro em que outra realidade será construí-
da.
Segundo Saviani (1980), o homem deve ser compreendido como um ser concreto
“síntese de múltiplas determinações”. Ele “está no centro do processo educativo e deve
educar-se para o convívio social como um sujeito capaz de tomar decisões, de avaliar, de
fazer opções, comprometer-se por elas, e por aqueles que vivem ao seu lado”, pois “é um
ser essencialmente histórico”.
CONCEPÇÃO DE MUNDO
É no mundo que ocorrem as interações homem-homem e homem-meio social, ca-
racterizado pelas diversas culturas e pelo conhecimento. O mundo concebido é resultado
do processo de estabelecimento das relações entre a subjetividade individual do homem e
a realidade objetiva. É na integração destas duas dimensões da natureza humana que o
indivíduo vai se permitir e conseguir viver com a grandiosidade da pluralidade da sua ca-
pacidade, transcendendo sua subjetividade.
Mas devido a rapidez do processo de produção das informações e pela globaliza-
ção torna-se necessário proporcionar ao homem condições para que ele alcance objetivos
materiais, políticos, culturais e espirituais, que venham ao encontro da extinção das injus-
tiças, das diferenças, das distinções, das divisões e de todos os entraves que o detém na
sua jornada de aperfeiçoamento, na tentativa de se formar o ser humano que se imagina
e deseja. É neste ponto que a escola pode ser um espaço que contribua para a efetiva
mudança social.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Vivemos em uma sociedade capitalista, onde o acúmulo de bens materiais é valori -
zado, enquanto que o bem-estar coletivo é secundário. A sociedade capitalista é dividida
em classes, onde o trabalhador troca sua força de trabalho pelo salário, que é suficiente
39
apenas para ele e sua família se manterem, enquanto que o capitalista acumula capital
(lucro), que é o símbolo maior de poder, de prestígio e status social.
Para que ocorra mudanças na sociedade atual é preciso que a população se aproprie
do saber erudito para então expressar de forma elaborada os seus interesses, que são os
populares.
É através da educação podemos almejar esta superação da sociedade. Saviani -
1991, coloca que a escola é a instituição cujo papel consiste na socialização do saber
elaborado, sistematizado e a cultura erudita. A escola surge com a intenção de passar
para as próximas gerações os conhecimentos produzidos ao longo da história. É daí que
surge a necessidade de se saber ler e escrever, para que os alunos possam acessar o
saber sistematizado da cultura erudita, a apropriação deste saber propiciará subsídios aos
educandos para atuarem conscientemente na sociedade para transformá-la.
Uma educação de qualidade considera como compromisso promover o desenvolvi-
mento do aluno como ser humano completo, que pensa, se sensibiliza, se relaciona e
atua no mundo. Só a vivência cotidiana sadia dos valores humanos pode estimular os jo-
vens a darem mais valor às relações e qualidades humanas e à cultura, que aos bens
materiais e ao consumo. Para nos tornarmos sociedade sustentável, o paradigma cultural
do sucesso e da felicidade pessoal precisa ser mudado do TER para o SER, assim, pro-
vavelmente conseguiremos educar uma nova geração que consiga viver melhor e ser feliz
consumindo menos. Acreditamos ser possível formar um cidadão que sabe mediar confli-
tos, propondo soluções criativas em favor da solidariedade humana e do equilíbrio ambi-
ental. Para tanto esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão sistêmi-
ca da realidade.
A sociedade ideal é aquela na qual todos os homens têm a possibilidade de desenvo-
lver seu potencial de forma plena, em diferentes aspectos, fazendo do ser humano um ser
integral. (MARX-2002). Uma sociedade inclusiva e solidária, onde haja lugar digno para
todos e todas, sem discriminação de classe social, origem étnica, gênero, idade, condição
física ou mental; que estimule a participação e o protagonismo popular; que fomenta pro-
cessos emancipatórios e transformadores.
CONCEPÇÃO DE CULTURA
A cultura é considerada tudo que o homem por meio da sua racionalidade, mais
40
precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e socieda-
des possuem cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos
adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.
Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religiões,
crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências,
invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).
A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem
tem a capacidade de desenvolvê-la. Ela teve seu início quando o homem na
transformação da natureza, como realidade concreta e material produziu o movimento
histórico, portanto a cultura é produto do trabalho.
CONCEPÇÃO DE MÚSICA
A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e
comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e
relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as
culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos,
manifestações cívicas, políticas etc. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo
que, já na Grécia antiga, era considerada como fundamental para a formação dos futuros
cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia.
A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim
como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à
linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só
justifica sua presença no contexto da educação.
De acordo com a lei Federal 11.769/08 a música deverá ser conteúdo obrigatório,
mas não exclusivo da Educação Básica. Pesquisas científicas já produzidas
demonstraram os efeitos positivos que as músicas podem produzir sobre as ondas
elétricas cerebrais.
O ensino da música na Educação Básica, desta forma, deve contribuir na formação
de crianças sempre mais saudáveis e equilibradas.
CONCEPÇÃO DE GESTÃO E ÓRGÃOS COLEGIADOS
Processo político no qual as pessoas que atuam na escola identificam problemas,
41
discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o con-
junto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução dos
problemas.
Esse processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no reconhecimento às
especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola, tem como base a
participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas
coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de
amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
A Gestão Democrática, é uma prática político-pedagógica e administrativa, onde o
gestor, através da articulação entre os diversos segmentos da unidade escola, modifica
as relações de poder, transformando-as em ações colegiadas, transparentes e
autônomas. É por meio da gestão democrática que os indivíduos avançam na conquista
da cidadania, pois à medida que tomam decisões em conjunto, percebem e vivenciam
seus direitos e deveres, aprendendo a respeitar limites e conviver com ideias divergentes
(BORGUETTI, 2000, p. 115)
Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados de
representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e
Regulamentos próprios.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ou similar, pessoa jurídica
de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída
por prazo indeterminado.
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-Pedagógico da escola e
no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais,
42
indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e
aprendizagem.
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O currículo é o resultado das escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso
conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade. Deverá conter uma seleção de
conteúdos essenciais na formação da consciência de classe, tendo como objetivo a luta
cotidiana contra o capitalismo e cultivando os valores de uma sociedade onde a distribui -
ção de renda seja mais igualitária, onde todos tenham os mesmos acessos e oportunida-
des.
Por meio do currículo a escola organiza sua prática e se responsabiliza em disponi-
bilizá-las aos alunos, com objetivo que estes socializem conhecimentos, sendo este o eixo
central do currículo. Este é organizado por disciplinas, que apesar de serem diferentes na
abordagem, estruturam-se nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como
os mecanismos conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que or-
ganizam a relação do conhecimento com as orientações para a vida prática social.
O currículo deve ser embasado nas dimensões científica, artística e filosófica do co-
nhecimento, possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade
do conhecimento e sua relação com o cotidiano. Tornando a escola em um espaço da
contradição e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e o senso comum.
Seu papel é relevante na formação humana do educando, ele deve prever conheci-
mentos que possibilitem o seu desenvolvimento integral, oportunizando tornar-se um cida-
dão crítico, participativo, reflexivo, autônomo e que seja capaz de atuar na sociedade para
transformá-la.
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento é construído na interação sujeito-objeto a partir de ações
socialmente mediadas.
Segundo o Método Dialético, o conhecimento constrói-se, fundamentalmente, a
partir da base material (prática social dos homens e processos de transformação da
43
natureza por eles forjados); porém as organizações culturais, artísticas, políticas,
econômicas, religiosas, jurídicas etc., também são expressões sociais que inferem na
construção do conhecimento. Portanto, é a existência social dos homens que gera o
conhecimento, pois resulta do trabalho humano no processo histórico de transformação
do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esse processo. O conhecimento,
como fato histórico e social supõe sempre continuidades, rupturas, reelaborações,
reincorporações, permanências e avanços (GASPARIN, 2005).
CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR
O cuidar e o educar, indissociáveis funções da escola, resultarão em ações
integradas que buscam articular-se, pedagogicamente, no interior da própria instituição, e
também externamente, com os serviços de apoio aos sistemas educacionais e com as
políticas de outras áreas, para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o
desenvolvimento do aluno em todas as suas dimensões (Resolução 07/2010, CNE, art.
23).
O cuidar e o educar devem caminhar juntos, considerando de forma democrática
as diferenças individuais e, ao mesmo tempo, a natureza complexa da criança. O ato de
educar significa propiciar situações de cuidados e brincadeiras organizadas em função
das características infantis, de forma a favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem.
Compreender a indissociabilidade entre educar e cuidar implica em promover uma
ação pedagógica respaldada em uma visão integrada acerca do desenvolvimento
humano, respeitando as peculiaridades de cada indivíduo e oportunizando situações de
aprendizagem significativas e prazerosas. Assim, é preciso refletir como educar e cuidar
pode auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento da
criança em relação a si e ao mundo.
As situações de educar remetem às situações de cuidado, auxiliando o
desenvolvimento das capacidades cognitivas, bem como das potencialidades afetivas,
emocionais, sociais, corporais, estéticas e éticas.
CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
A concepção de criança é uma noção historicamente construída e
consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma
homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época.
44
A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura,
em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em
que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica ou não, um
ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que
estabelece com outras instituições sociais.
No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam as mais
diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses
originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o
conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o
meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim,
fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.
A adolescência é um processo de construção sob condições histórico-culturais
específicas (OZELLA, 2003, p. 20). Isso significa pensar que a adolescência deve ser
vista e compreendida como uma categoria construída socialmente, a partir das
necessidades sociais e econômicas dos grupos sociais, que lhe constituem como
pessoas, enquanto são constituídas por elas.
A adolescência, portanto, deve ser compreendida como um processo de transição
biopsicossocial da infância para a idade adulta, onde estão presentes influências
históricas e culturais na constituição do sujeito. As modificações subjetivas dos
adolescentes ocorrem através da reformulação de fatores psicológicos internalizados,
mas com uma forte influência dos aspectos culturais e sociais referentes ao modelo
difundido na sociedade e, principalmente na mídia, além dos papéis atribuídos a cada
gênero pela cultura. Portanto, a adolescência é um processo estruturante da identidade
corporal, social, sexual e afetiva.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A descoberta da escrita, pela criança, em uma sociedade instruída, ocorre muito
antes do ingresso escolar: ela desenvolve noções de letramento da mesma forma que
desenvolve outras aprendizagens significativas. Aprende a significar por escrito o idioma
falado. À medida que a criança interage com eventos de letramento de sua cultura, ela
elabora hipóteses sobre a função da escrita a partir do conhecimento que tem da língua
oral. (DI NUCCI in LEITE (org.), 2001: 62)
Desta maneira, alfabetizar nas atuais concepções deve favorecer às crianças (dentre
outros aprendizados) a possibilidade de uso e aprimoramento da língua escrita e oral.
Tudo isso aponta para um processo de alfabetização que deva assegurar desde o início
45
que as crianças passem a ter contato com a materialidade da língua escrita (a
compreensão da organização do sistema de escrita em si) por meio de textos
significativos (escritos, lidos, falados, ouvidos).
Portanto, letramento é o conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso
de diferentes tipos de material escrito (HOUAISS, 2004), e alfabetização é um processo
dentro do letramento, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever. Ambos os
processos são interdependentes e indissociáveis.
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
As novas tecnologias têm o intuito de reforçarem os trabalhos pedagógicos e didáti-
cos, permitindo serem criadas situações de aprendizagens ricas, complexas e diversifica-
das, porém sua utilização deve ser propiciada em situações desafiadoras. Elas ampliam
as opções de ação didática dos professores, com o objetivo de desenvolver no educando
a postura crítica, a curiosidade, a observação, a análise, a troca de ideias, de forma que
este tenha autonomia no seu processo de aprendizagem, buscando e ampliando seus co-
nhecimentos.
É fundamental que o professor tenha conhecimento sobre as múltiplas
possibilidades de cada recurso tecnológico, para utilizá-lo como instrumento provocador
de aprendizagem. Caso contrário, não é possível saber como o recurso pode auxiliar no
processo de aprendizagem. Ele não precisa se tornar um especialista, mas é necessário
conhecer as potencialidades de cada instrumento e saber utilizá-los para aperfeiçoar a
sua prática em sala de aula.
CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM
O processo ensino aprendizagem deve ser desenvolvido através do Método Dialé-
tico, onde o aluno constrói o seu conhecimento, através do movimento da Síncrise para a
Síntese, mediado pela Análise. O aluno quando chega à escola já traz um conhecimento
baseado em experiências anteriores. Esse conhecimento informal e fragmentado (sincréti-
co) deverá ser trabalhado pelo professor, buscando despertar-lhe o interesse em rever
sua posição preliminar, dando início à construção do conhecimento (análise); através da
elaboração das múltiplas relações de significados, vai se aproximando cada vez mais do
46
conhecimento elaborado (síntese). Portanto, o método dialético em sala de aula consiste
na construção do conhecimento a partir de informações desconexas, até um pensamento
organizado e coerente.
A aprendizagem consiste na apropriação e reconstrução do conhecimento. É um
processo mediatizado que deve ocorrer entre professor/ conhecimento/aluno, compreen-
de dois momentos; o primeiro que é interpessoal, e o segundo que é intrapessoal. O pri-
meiro momento é decisivo e primordial, é onde acontece a mediação do conhecimento
pelo professor, para que ocorra o segundo momento que é a aprendizagem.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser uma prática transformadora, para que isso ocorra, ela deve
propiciar ao aluno ser o sujeito fundamental dessa transformação, como alguém que
requer formas de acompanhamento pedagógico. Para formarmos alunos conscientes no
sentido amplo, devemos nos embasar no ideal de homem, de sociedade, de educação,
de ensino e de aprendizagem.
A avaliação está intrinsecamente ligada ao processo ensino aprendizagem, desde
o seu planejamento. Esta deve ser mediadora entre o ensino e a aprendizagem, ser
diagnóstica, contínua e processual, de forma contextualizada para detectar os avanços
dos alunos e da turma.
Avaliar é investigar para intervir. Para tanto deverão ser utilizados os mais variados
instrumentos, esses deverão ser elaborados e adequados às suas finalidades. Devem
ser planejados e elaborados com certos requisitos metodológicos da ciência, só assim
coletarão verdadeiramente os dados da aprendizagem dos educandos, o que garantirá,
por sua vez, um juízo qualitativo correto sobre a aprendizagem dos educandos e sua
reorientação, caso seja necessário.
A seleção de conteúdos com os quais trabalhamos é indissociável dos critérios de
avaliação, e da expectativa de aprendizagem. O docente deve saber discernir quais
instrumentos são mais apropriados para avaliar cada conteúdo. É esta compreensão que
vai nortear o peso que daremos a cada instrumento utilizado.
O critério é a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado à expectativa de
aprendizagem, e define, de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se avalia.
No processo avaliativo a recuperação paralela é fator preponderante, pois é o
47
esforço de retomar, de voltar o conteúdo, para garantir, no mínimo, a possibilidade de
aprendizagem. A avaliação incide, sobre a recuperação de conteúdos, e
consequentemente a de notas.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A cidadania está em permanente construção, é um referencial de conquista da
humanidade. Aqueles que não se conformam com as formas de dominações arraigadas
na sociedade e sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias
individuais e coletivas são o exemplo de cidadão. Cidadania pressupõe também deveres.
O cidadão deve ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de
um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom
funcionamento todos devem dar sua parcela de contribuição. Ser cidadão, é ter
consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à
igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. É também participar no destino da
sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. É sentir-se integrado a um todo maior,
a uma comunidade.
ARTICULAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA, ANOS INICÍAIS, ANOS FINAIS
E ENSINO MÉDIO
A família é o núcleo social de maior importância. É uma instituição permeada de
tradição, da qual se extrai o fundamento social e moral, aspectos que determinam o
interesse da sociedade. E é justamente por ser algo tão complexo que abordar aspectos
da relação pais e filhos fundados no ambiente escolar também se torna uma tarefa difícil.
Ainda mais na atualidade, quando nos deparamos com novas organizações familiares e,
também, com a crise pela qual essa instituição vem passando.
Sem dúvidas, criar filhos, educá-los, prepará-los para agir com responsabilidade e
com segurança no conturbado mundo em que vivemos é uma tarefa exigente e
desafiadora. Não podemos deixar de lado o fato de que a família e escola são pontos de
apoio e de formação na vida do cidadão. Quanto maior for a parceria entre ambos, mais
positivos e significativos serão os resultados. Por isso, jamais a escola poderá assumir a
função da família na vida do aluno.
É importante que pais, professores e alunos entendam e trabalhem as questões do
dia a dia, buscando compreender com clareza cada situação vivida no ambiente escolar;
48
o que, sem dúvida alguma, não é tarefa fácil. Por isso, cabe à escola, em parceria com
os pais cumprir a cada dia a preciosa tarefa de transformar as crianças e os jovens em
cidadãos atuantes, participativos e conscientes de seus direitos e deveres. Somente desta
maneira é que conseguiremos atingir com êxito o nosso primordial objetivo de educar.
A articulação entre família e escola se dá através de reuniões, discussões, diálogo,
gráficos mostrando a situação da escola e, principalmente neste início de 2012, diálogo
constante explicando a mudança do Ensino Fundamental de 9 anos. Esclarecer aos pais
que os alunos permanecerão mais tempo na escola, 5 anos nas séries iniciais e 4 anos
nas séries finais do Ensino Fundamental.
A escola primando pela continuidade do processo de formação no todo do Ensino
Fundamental e Médio, no decorrer da reconstrução da Proposta Pedagógica Curricular,
dará sequência e coerência entre os conteúdos propostos, com vistas à organização de
encaminhamentos metodológicos coerentes com os objetivos de cada etapa de ensino.
CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO
A jornada escolar obedece ao calendário que é elaborado anualmente pelo Esta-
belecimento de Ensino, atende ao disposto na legislação vigente, bem como, às normas
baixadas em Instrução específica pela Secretaria de Estado da Educação e submetido à
apreciação e homologação do Núcleo Regional de Educação.
O espaço e tempo escolares estão relacionados ao currículo, prática pedagógica,
inovações didático-metodológicas, relações que se estabelecem no processo de ensino e
aprendizagem no interior da sala de aula, organização das séries, ano letivo, uso do
tempo nas atividades em sala de aula, diversidade dos tempos da escola (tempo
pedagógico, tempo do professor, tempo dos educandos, etc.) entre outros.
O espaço considera o lugar e o tempo como um símbolo social resultante de um
longo processo de aprendizagem humana. Conforme Vinhão Frago (1998), o que qualifica
o espaço físico e o constitui como lugar é a sua ocupação, sua utilização.
A ocupação do espaço, sua utilização, supõe sua constituição como
lugar. O “salto qualitativo” que leva do espaço ao lugar é, pois, uma construção. O
espaço se projeta ou se imagina; o lugar se constrói. Constrói-se “a partir do fluir
da vida” e a partir do espaço como suporte; o espaço, portanto, está sempre
disponível e disposto para converter-se em lugar, para ser construído.
(VIÑAO FRAGO, 1998, p.61)
49
Nesta perspectiva, o espaço, assim como o tempo, não podem ser entendidos
como neutros pois, sendo uma construção social expressam as relações sociais que
neles se desenvolvem.
Se entendemos que a organização do tempo e do espaço escolares é construção
humana que foi elaborada no decorrer da história e que, portanto, expressa as relações
sociais que aí se estabelecem, podemos vislumbrar a possibilidade de mudanças na
estrutura espaço-temporal das escolas de modo a se tornarem espaços que favoreçam o
processo de desenvolvimento e formação dos educandos, respeitando-os como sujeitos.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada dos professores e dos agentes educacionais I e II é essen-
cial para o seu aprimoramento profissional. Sempre acrescenta conhecimentos novos, de-
vem estar em consonância com as dificuldades atuais da escola, que ofereçam sugestões
aplicáveis quanto as metodologias. Devem estar vinculadas a SEED - Secretaria de Esta-
do da Educação do Paraná e Instituições Superiores credenciadas com o objetivo de tra-
zer subsídios teóricos e práticos para os profissionais atuarem com eficiência.
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL,
MÉDIO E NORMAL
INTRODUCÃO
A escola pública passou a atender nas últimas décadas um número maior de
alunos vindos das classes populares (DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica,
2008).
Para isso, os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral
oriundos das classes assalariadas, urbanas e rurais, de diversas regiões e com diferentes
origens étnicas e culturais (FRIGOTTO,2004), devem ter acesso ao conhecimento
produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas
escolares. Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de
socialização do conhecimento, os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola,
de modo contextualizado, propondo nesta perspectiva que tais conhecimentos contribuam
para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da
50
sociedade contemporânea (DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008).
As disciplinas escolares são um conjunto de conhecimentos, são elaborados
levando-se em conta a especificidade de cada um deles, assim como sua
contextualização política, econômica, social e cultural. Identificado e dotado de
organização própria para o estudo. Esses conhecimentos, ao vincularem-se à escola,
estabelecem novas relações de saber a partir das atividades de seus agentes principais,
ou seja, de professores e alunos.
As Propostas Pedagógicas Curriculares focam o conhecimento como um processo
de interação entre sujeito e objeto, comprometido com as necessidades sócio-culturais.
No campo da prática pedagógica, propondo um novo sentido para a relação ensino e
apredizagem, redescobrindo o vínculo entre a sala de aula e a realidade social. Os
conhecimentos que se constroem na escola só têm sentido quando são o resultado de
uma interação entre o saber escolar e os outros saberes, ou seja, entre o que o aluno
aprende na escola e o que ele traz para a escola.
ARTE
APRESENTAÇÃO:
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, inclusive onde hoje se
situa o Estado do Paraná, ocorreu a primeira forma registrada de arte na educação. A
congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma
educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.
Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com os
ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança,
pintura, escultura e artes manuais. Em todos os lugares onde a companhia de Jesus se
radicou, promoveu essas formas artísticas, não somente cultivando as formas Ibéricas, da
alta idade média e renascentista, como assimilando também as locais. Esse trabalho
perdurou aproximadamente por 250 anos (1500-1759).
Por volta do séc. XVIII, buscou-se a efetiva superação do modelo teocêntrico
medieval, de modo que se voltou ao projeto conhecido com Iluminista, cuja característica
principal era a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela
ciência.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil,uma série de obras e
51
ações foram iniciadas para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte
portuguesa, assim chegou um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da
Academia de Belas Artes, na qual, os alunos poderiam aprender as artes e ofícios
artísticos.
Esse grupo ficou conhecido conhecido com Missão Artística Francesa e obedecia ao estilo
neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica, com exercícios centrados na cópia
e reprodução de obras consagradas, que caracterizavam a pedagogia da escola
tradicional. Esse padrão entrou em conflito estético com a arte colonial barroca, que era
de origem brasileira e composta por artistas simples e que não recebiam remuneração
pelo trabalho que desenvolviam.
Neste período surgem as escolas de belas artes e música para a formação estética e o de
artes manuais.
Neste contexto, foi feita a primeira reforma educacional no Brasil República, em
1890. Essa proposta educacional procurava atender o modo de produção capitalista,
caracterizado pelo início da industrialização no Brasil. Em alguns momentos de nossa
história, essa concepção de ensino esteve presente, como no período do Governo de
Getúlio Vargas (1930- 1945) com a generalização do ensino profissionalizante nas
escolas públicas; na ditadura militar (1964-1985) com o direcionamento às habilidades e
técnicas; e na segunda metade da década de 1990, com a pedagogia das competências e
habilidades que fundamentaram os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana
de Arte Moderna em1922, que influenciou muitos artistas brasileiros.
Em cantraposição às formas anteriores de ensino da arte que impunham os
modelos que não correspondiam à cultura dos alunos, como a arte medieval e
renascentista dos jesuítas, sobre a arte indígena; ou neoclássica da Missão Francesa
sobre uma arte colonial e barroca, com características brasileiras, procurou-se valorizar a
cultura nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava métodos de
ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: nas artes plásticas, com Bienais e movimentos contrários a ela; na música,
com a bossa nova e os festivais; no teatro, com o teatro de rua, teatro oficina e o teatro da
arena de Augusto Boal, e no cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses
Movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e,
gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.
52
O ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de Comunicação e
Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos que instituíram
a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes
manuais e técnicas, na música, enfatizou-se a execução de hinos pátrios e de festas
cívicas.
No final da década de 1980 os professores recebem os PCNs, que foram produzidos e
distribuídos. Na década de 1990 é elaborado o Currículo Básico... Os professores se
reúnem em seminários, simpósios e surgem as Diretrizes. Assim, surgem as
capacitações profissionais no Paraná, na qual delibera a DCE, que têm como referência
visar o pensar do aluno como um sujeito histórico e social a disciplina de Arte para o
Ensino Fundamental e Médio tem como elementos basilares, a arte, a cultura e a
linguagem.
A arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos,
artísticos e contextualizandos.
Portanto a arte não é uma produção fragmentada ou fruto de módulos aleatórios ou
apartados do contexto social nem tão pouco mera contemplação, é sim uma área de
conhecimento que interagi nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e
econômicas, pois os sujeitos são construções históricas e influem e são influenciados pelo
pensar, fazer e fluir Arte.
A arte viabiliza a integração das diferentes linguagens artísticas a manifestações
culturais entendendo os educadores como sujeitos que constroem e são construídos
historicamente, possibilitando e ampliando as oportunidades para as exigências estéticas
a partir dos conteúdos, instigar a memória, percepção e as possíveis associações com a
realidade/cotidiano do educando.
Possibilita o estudo da arte como campo de conhecimento, construindo saberes
específicos envolvendo as manifestações culturais locais, regionais e globais. O contexto
histórico-social e o repertório de conhecimento do próprio educando, onde o objeto de
estudo deve ser ressaltado, isto é, a construção do saber e o conhecimento estético e
artístico de forma contextualizada. (O que, para que e para quem).
Assim, o ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no Sistema Educacional e passa
a se preocupar também com o conhecimento estético, artístico e o desenvolvimento do
sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.
53
CONTEÚDOS:
Ensino Fundamental- Anos Finais
6ºANO
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO:
Ritmo
Melodia
Escalas: diatômica, pentafônia cromática,
maior, menor, improvisação...
Gêneros: erudito e popular
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Greco-romana
Oriental
Ocidental
Idade Média
Música Popular (Folclore)
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de
diferentes ritmos e escalas musicais.
Teoria da música.
Produção e execução de instrumentos rítmicos.
Prática coral e cânone rítmico e melódico.
54
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o
movimento artístico no qual se originou.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e
harmônicos.
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS:
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa/abstrato Geométrico
Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...
Gêneros: Paisagem, retrato e cenas da mitologia.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Idade Média
Arte Popular (Folclore)
Arte Pré-Histórica
Renascimento
Barroco.
55
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição,
movimentos e períodos das artes visuais.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação
com o movimento artístico no qual se originou.
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem
Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Técnicas: Jogos teatrais, teatro indireto, improvisação, manipulação e máscara.
Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro.
Espaço cênico, circo e adereços.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Greco-Romana
Teatro oriental
Africano
Teatro Medieval
Renascimento
Teatro Popular
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Estudo das estruturas teatrais:
Personagem, ação dramática, espaço cênico e sua articulação com formas de
composição em movimentos e períodos onde se originam.
56
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com
movimentos artísticos nos quais se originam.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimento corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Eixo
Deslocamento
Ponto de apoio
Formação
Técnica: improvisação
Gênero: Circular
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Idade Média
Arte Popular (Folclore).
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de
composição, movimentos e períodos da dança.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o
movimento artístico no qual se originou.
7ºANO
57
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO:
Ritmo
Melodia
Escalas
Estrutura
Gêneros: Folclórico, popular e étnico.
Técnicas: Vocal, instrumental, mista e improvisação.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Música popular e étnica (Ocidental e Oriental)
Brasileira
Paranaense
Africana
Renascimento
Neoclássica
Caipira/Sertanejo e Raiz.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer música através de diferentes formas musicais.
Pesquisa da paisagem sonora
Teorias da música
Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da
paisagem sonora.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
58
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa/abstrata geométrica
Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira
Paranaense
Abstracionismo
Expressionismo
Impressionismo
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura desses povos.
Teoria das artes visuais
59
Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular,
relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem
Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Representação, leitura dramática, cenografia.
Gêneros: Rua, comédia, arena, caracterização
Técnicas: Jogos dramáticos e teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Comédia dell'arte
Teatro popular
Teatro popular brasileiro e paranaense.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.
Teorias do teatro
Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas
origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais, presentes no
60
cotidiano.
8ºANO:
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO:
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos
Técnicas: Vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.
Sonoplastia
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno, Sertanejo pop
Vanguardas e Clássica.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias (vídeo, TV e
computador)
Teorias sobre música e indústria cultural.
Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
61
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social
e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias;
relacionadas a produção, divulgação e consumo.
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas: Pintura
Desenho
Fotografia
Audiovisual
Gravura...
Gêneros:
Natureza morta
Retrato
62
Paisagem.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Indústria Cultural
Arte Digital
Vanguardas
Arte Contemporânea
Arte Cinética
Op Art
Pop Art
Classicismo
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
Teoria das Artes Visuais e mídias
Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão das artes visuais no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais
nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)
Texto dramáticos Cenografia
Maquiagem
Sonoplastia
63
Roteiro
Enredo
Técnicas: Jogos teatrais
Sombra
adaptação cênica
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Indústria cultura
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Vanguardas
Classicismo
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.
Teorias da representação no teatro e mídias
Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão das diferentes formas de representação no cinema e nas mídias, sua
função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação
nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimentos Corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Direções
Dinâmicas
64
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural, Espetáculo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Clássica
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
Teoria da dança de palco e em diferentes mídias.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias, sua
função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas
mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
9º ANO
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
65
COMPOSIÇÃO:
Ritmo
Melodia
Harmonia
Estrutura
Técnicas: Vocal, Instrumental e mista
Gênero: Popular, folclórico, étnico.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Música engajada
Música popular brasileira
Música contemporânea
Hip Hop, Rock, Punk e Romantismo.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer música e sua funçaõ social.
Teoria da música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com
enfoque na Arte Engajada.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:
Compreensão da música como fator de transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
66
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Geométrica
Figura fundo
Perspectiva
Semelhanças
Contraste
Ritmo visual
Cenografia
Técnicas: Pintura, desenho, performance...
Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Realismo
Dadaísmo
Arte Engajada
Muralismo
Pré-colombiana
Grafite (Hip Hop)
Romantismo
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
Teorias das artes visuais.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte
Engajada.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
67
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem
Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio.
Teatro Fórum
Teatro Imagem
Representação
Roteiro
Enredo
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
MOVIMENTOS E PEÍODOS:
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do absurdo
Romantismo.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na
Arte Engajada.
68
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de
transformação social.
Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
DANÇA:
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Ponto de apoio
Níveis (Alto, médio e baixo)
Rotação
Deslocamento
Gênero:
Salão, espetáculo, moderna e coreografia.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Arte Engajada
Vanguardas
Dança
Contemporânea
Romantismo.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer dança
e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com
enfoque na Arte Engajada.
69
ENSINO MÉDIO:
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO:
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modal, Tonal e Fusão de ambos.
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.
Improvisação.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Música popular brasileira, paranaense, popular.
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-americana.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e
erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Teoria da música
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com
70
enfoque na música de diversas culturas.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a
sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e
mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e
esculturas...
Gêneros:
71
Paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Engajada
Arte Contemporânea
Arte Digital
Arte Latino Americana.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e
mídias.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com
enfoque nas diversas culturas.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação
com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas
culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
72
Personagem
Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio.
Teatro Fórum
Roteiro
Encenação
Leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, drama e Épico.
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia
Sonoplastia
Figurino
Iluminação
Direção.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Teatro Greco Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do oprimido
Teatro Pobre
Teatro Vanguarda
73
Teatro Renascentista
Teatro Latino Americano
Teatro Realista
Teatro simbologista.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico, sua articulação com os
elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque
na Arte Engajada.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o
movimento artístico no qual se originou.
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação
nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais.
DANÇA:
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Eixo
74
Dinâmica
Aceleração
Ponto de apoio
Salto e queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, Indústria cultural, étnica, folclórica,
circular, populares, salão, moderna, contemporânea...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Pré-história
Greco-romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Arte Engajada
Vanguardas
Dança Contemporânea
ABORDAGEM PEDAGÓGICA:
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de
composição, movimentos e períodos da dança.
75
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e
executada.
Teoria da dança.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o
movimento artístico no qual se originou.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Compreensão das diferentes formas da dança no cinema, musicais e nas mídias, sua
função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas
mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental (5o a 8o séries/ 6o ao 9o ano)
gradativamente abandona a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando
de forma superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.
No Ensino Médio a prioridade para a História da Arte, com raros momentos de prática
artística, centrando no estudo de movimentos e períodos artísticos e na leitura de obras
de arte.
Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do
conhecimento em Arte, percorrendo um arco que se inicia nos elementos formais, com
atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios
cognitivos, abstratos (Ensino Médio).
Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica,
76
que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente
abordando metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são interdependentes,
possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como
ideologia e como trabalho criador, proposto nesta Diretriz.
Nas aulas de Arte será abordada a unidade dos conteúdos estruturantes, com um
encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição
artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as
séries da Educação Básica.
Na preparação das aulas, será considerado para quem elas serão ministradas, como,
por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento.
Dessa forma, será contemplada, na metodologia do ensino da arte, três momentos da
organização pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos ;
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte;
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte .
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno
tenha vivenciado cada um deles.
3.1 Teorizar
Teorizar a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em que a
racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.
Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes
elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais,
Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da
metodologia são trabalhados.
É imprescindível o professor considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos e
que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.
Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem produzir
significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra. Além disso,
77
é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do conhecimento em
arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas
diferentes sociedades e modos de produção.
Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a
obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do
trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.
4.2 Sentir e perceber
No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,
Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção
artística. Trata de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da
cultura em uma dimensão estética.
A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos. De
fato, a fruição a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as
experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.
O trabalho do professor será de possibilitar o acesso e mediar a percepção e
apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras,
transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua
dimensão singular e social.
Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo de
composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o
seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito
histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social.
4.3 Trabalho Artístico
A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da
imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver
essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma
abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se
familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três
aspectos metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber .
Os Desafios Educacionais Contemporâneos que estão de acordo com as Leis Federais
nº 10645/08 que delineia a Educação Indígena e a Lei nº10639/03 da Educação Afro
brasileira e Africana, serão efetivadas atividades pertinentes a estas temáticas dentro do
contexto pedagógico ressaltando aspectos culturais e históricos de forma prática e teórica.
78
4. AVALIAÇÃO:
A avaliação da disciplina de Arte será contínua, diagnóstica e processual. Através de
trabalhos em sala, apresentações de trabalhos artísticos, trabalhos em grupo, análise de
textos, pesquisas, aulas expositivas, multimídia e seminários.
Será Contínua de forma que haja necessidade de avaliação diária, semanal, quinzenal ou
mensal. Contemplando os conteúdos desenvolvidos.
Será diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os
alunos;
Será processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a
avaliação do professor através de trabalhos em sala, apresentações de trabalhos
artísticos, trabalhos em grupo, análise de textos, pesquisas, aulas expositivas, multimídia,
seminários e auto avaliação do aluno.
De acordo com a LDB, a avaliação contínua e cumulativa terá prevalecia dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais. Assim sendo, segundo o Conselho Estadual de Educação, a
avaliação almeja o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e sua participação nas
atividades realizadas.
A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de
conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, serão utilizados vários
instrumentos de verificação tais como:
• trabalhos artísticos individuais e em grupo;
• pesquisas bibliográfica e de campo;
• debates em forma de seminários e simpósios;
• provas teóricas e práticas;
• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às
seguintes expectativas de aprendizagem:
• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação
com a sociedade contemporânea;
• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade
singular e social;
79
• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
REFERÊNCIAS:
LDB, Lei de Diretrizes e Bases.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica. Arte. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
REGIMENTO ESCOLAR, Colégio Estadual Nestor Víctor-Pérola-PR.
DCN, Diretrizes Curriculares Nacionais.
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida.
Na construção das diferentes concepções sobre o fenômeno Vida e suas
implicações para o ensino, buscou na História da Ciência os contextos históricos nos
quais as pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças
conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.
A importância de se estudar a Biologia está no fato de que se trata de um tema
relacionado com as origens de tudo o que existe no Universo e os caminhos percorridos
pelos seres vivos até os dias atuais. Desperta a curiosidade do homem, encontra
respostas pra muitas questões e proporciona um melhor entendimento sobre a sua
própria existência.
É importante, também, pois leva o ser humano a refletir sobre a necessidade de
garantir sua sobrevivência, respeitando a natureza e entendendo que os benefícios
historicamente conquistados pela humanidade deve beneficiar a todos e não apenas a
uma pequena minoria.
A disciplina de Biologia direciona ao estudo e compreensão do fenômeno VIDA
com base em conceitos das diversas áreas de conhecimento que a compõe,
desenvolvendo o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem, o
significado, a estrutura orgânica, as relações do objeto de estudo da disciplina para
entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais, numa busca constante de
80
compreender o fenômeno vida.
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio têm
por finalidade permitir ao homem moderno que detenha o conhecimento de si próprio,
bem como do ambiente que o cerca, de forma harmônica.
HISTÓRICO DE BIOLOGIA
Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida, desde seu surgimento,
composição, constituição, até mesmo sua história evolutiva, aspectos comportamentais,
relação com outros organismos e com o ambiente.
Desde a antiguidade o homem caçador, coletor, através de suas observações,
contribuiu para explicar o fenômeno VIDA. Através de pensadores como Aristóteles,
Robert Hooke, Darwin, Avery e outros que contribuíram para o desenvolvimento de
inovações tecnológicas e científicas interferindo no pensamento biológico e evolutivo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Organização dos seres vivos.
Mecanismos biológicos.
Biodiversidade.
Manipulação genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenétcos.
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
• Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
• Teorias evolutivas.
• Transmissão das características hereditárias.
• Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente.
• Organismos Geneticamente Modificados.
81
Obs.: Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e as
Diversidades serão trabalhados integrados ao conteúdo, como a Lei referente a
história e cultura afro-brasileira e africana (10.639/03), a história e cultura dos povos
indígenas (11.645/08) e a lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental
(9.795/99). Os experimentos serão amparados pela Lei 14.037/03: Código Estadual
de Proteção aos Animais, Lei de Biossegurança, Resoluções do Conama/MMA
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) e Política Nacional da Biodiversidade.
METODOLOGIA:
É muito importante que os conteúdos tenham sequência e relação, servindo como
ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo apenas
chegada, mas caminho.
Abordar sempre o conteúdo de forma significativa para o aluno, incentivando a
refletir sobre a situação problema que envolve a discussão do tema, despertando no
aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas
resolutivas para a questão em pauta.
Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos,
a Diversidades, a Cultura Afro Brasileira e Indígena serão trabalhados integrados,
contínuos e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos, possibilitando
que os alunos tenham um posicionamento crítico da realidade, para compreendê-la e
nela intervirem.
• Propiciar ao aluno situações de estudos;
• Debates, leituras de rótulos e embalagens;
• Troca de experiências;
• Pesquisa de campo: coletas de animais, vegetais e fungos.
• Uso de vídeos;
• Uso do laboratório de informática;
• Pesquisa na internet, youtube, livros, revistas, jornais e etc.
• Tv multimídia.
• Visitas a Universidades, Rios, Matas ciliares, Parques, Aterro Sanitário:
82
• Relatórios das visitas e práticas de laboratório.
• Palestras.
AVALIAÇÃO:
- Prática emancipatória;
-Instrumento para obtenção de informações necessárias sobre o desenvolvimento
da prática pedagógica.
- Instrumento reflexivo.
A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo
que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este
processo. As práticas avaliativas deverão superar as práticas classificatórias e
autoritárias, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma
sociedade justa e mais humana.
A avaliação será diagnóstica, continua e cumulativa, utilizando vários instrumentos,
valorizando o conhecimento já adquirido pelo aluno, propiciando condições para o seu
avanço no processo de ensino-aprendizagem.
Em Biologia, a avaliação será voltada para o sucesso no processo ensino-
aprendizagem, através de testes escritos, relatórios, trabalhos em grupos, debates,
pesquisas, seminários e outros, considerando todo o processo de construção.
Os experimentos realizados serão avaliados através de relatórios e participação de
cada aluno no memento da realização das experiências.
Recuperação paralela: Será realizada no decorrer das aulas por orientações de
ensino e atividades diversas adaptadas à dificuldade de cada aluno, será feita também
através de aulas extras para os alunos que apresentam uma dificuldade mais acentuada e
que requer mais contato com a disciplina.
Como instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para a
retomada dos conteúdos a serem trabalhados, para que assim professores e alunos
trabalhem em cima destas dificuldades a fim de superar os obstáculos existentes e
obterem um avanço no processo de ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
FAVARETTO, José Arnaldo e MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Vol. Único. Ed.
Moderna, 2005.
83
AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. Vol. 1, 2 e 3. Ed.
Moderna, 2004.
SILVA JÚNIOR, César da e SASSON, Sezar. Biologia. 8ª edição. Ed. Saraiva, 2005.
LOPES, Sônia e ROSSO, Sergio. Biologia. Vol. Único. Ed. Saraiva, 2005.
LAURENCE, J. Biologia. Vol. Único. Ed. Nova Geração, 2005. ( Livro didático público)
Biologia / vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006. (Livro didático público)
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Nestor Víctor.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Secretaria de Estado da
Educação, 2.008.
CENTRO DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE VISUAL – DV
APRESENTAÇÃO:
A linguagem, a comunicação e as múltiplas formas de expressão cultural ou
artística se constituem de imagens e apelos visuais cada vez mais complexos e
sofisticados. Os conteúdos escolares privilegiam a visualização em todas as áreas de
conhecimento, de um universo permeado de símbolos gráficos, imagens, letras e
números. Assim, necessidades decorrentes de limitações visuais não devem ser
ignoradas, negligenciadas ou confundidas com concessões ou necessidades fictícias.
Para que isso não ocorra, devemos ficar atentos em relação aos nossos conceitos,
preconceitos, gestos atitudes e posturas com abertura e disposição para rever as práticas
convencionais, conhecer, reconhecer e aceitar as diferenças como desafios positivos e
expressão natural das potencialidades humanas.
O Centro de Atendimento Especializado/DV, é um serviço de apoio especializado
de natureza pedagógica, ofertado nos estabelecimentos do ensino regular para Educação
Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. As
atividades são desenvolvidas com atendimento por cronograma, em turno contrário ao
84
frequentado no ensino regular, atendendo alunos com deficiência visual.
( Governo do Paraná/SEED/SUP. DA ED./DEEIN)
OBJETIVO GERAL:
Propiciar através da utilização de recursos e ações pedagógicas específicas à
apropriação e produção do conhecimento científico, bem como acesso às informações de
maneira, que o aluno com deficiência visual adquira independência e autonomia para sua
inclusão social.
OBJETIVOS:
Proporcionar através de atividades prazer e motivação, o que leva à intencionalidade e
esta desenvolve a iniciativa e a autonomia, que são objetivos primordiais da
estimulação visual.
Provocar a conduta de utilizar a visão para executar todo tipo de tarefas,
- Despertar o interesse na utilização da visão potencial, desenvolver a eficiência
visual, estabelecer conceitos de permanência dos objetos, e facilitar a exploração
dirigida e organizada.
- Estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes,
tais como: tato, olfato, audição, percepção vestibular, visão residual, pontos de
referência, pistas no decorrer do trajeto, bengala longa, cão guia, mapa braille, etc.
- Proporcionar ao deficiente visual autonomia na locomoção, auto-confiança, aumento
da auto-estima e independência, elementos estes, facilitadores na sua integração social.
- Proporcionar atividades que desenvolva as potencialidades, adquirindo equilíbrio
emocional, autoconfiança, desenvolvendo sua criatividade e condições essenciais para
sua integração no meio em que vive, exercendo direitos e deveres de cidadão.
- Propor ao aluno com cegueira total, condições para que aprenda a escrita e a leitura
em Braille, desenvolva o raciocínio e adquira independência nas atividades cotidianas.
- Oferecer ao aluno com cegueira total e parcial condição para que conheça caminhos
para chegar à lugares que deseja, facilitando e assegurando sua locomoção e
85
independência.
- Estimular a visão para que aprenda utilizar o resíduo visual existente, realizando
correções de uso inadequado da visão.
- Promover o desenvolvimento psicomotor, sensorial e cognitivo do aluno, promovendo
sua socialização e interação com o meio.
CONTEÚDOS:
• Escrita e leitura em Braille;
• Sistema matemático/ sorobã;
• Orientação e mobilidade;
• Coordenação motora global e fina;
• Orientação espacial e temporal;
• AVAS;
• Socialização;
• Linguagem oral e escrita;
• Estímulos sensoriais;
ATIVIDADES:
Braille ( atividades preparatórias)
• reconhecer formas;
• seguir linhas em alto relevo;
• deslizar dedos sobre caminhos, caminhos interrompidos e linhas horizontais e
verticais.
• Percorrer labirintos, explorando-os com as pontas dos dedos e indicar verbalmente
o ponto encontrado;
• associar a posição dos pontos Braille com a lateralidade ( direita e esquerda)
• formular imagens através das informações táteis;
• separação de grãos variados;
• nomeação dos pontos Braille;
• uso adequado da reglete, punção e prancha;
• encaixes variados;
86
• fazer bolinhas de diferentes tamanhos;
• discriminar e identificar objetos de diferentes tamanhos;
• perfuração
BRAILLE
Escrita e leitura em Braille;
Uso da punção;
Uso da reglete:
Alfabeto Braille;
Silabas, palavras, frases e textos:
SISTEMA DE NUMERAÇÃO: SOROBÃ
manuseio do sorobã;
cálculos e operações matemáticas;
manuseio de números em Braille e a tinta;
relação número e quantidade;
ordenar, seriar;
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE:
• Cognitivos: Atividades proposta ao aluno para adquirir e concretizar conceitos, a
natureza e função dos objetos, solução de problemas, abstração, retenção e
transferência.
• Psicomotores: Proporcionar ao aluno experiências que venham desenvolver
capacidades perceptivas movimentos básicos fundamentais, capacidades físicas,
destrezas motoras e comunicação não verbal.
• Emocionais: Ajudar ao aluno aumentar sua autoconfiança, autoestima, motivação,
valores e autoimagem.
• Treinamento dos sentidos remanescentes: Utilização da visão residual da forma
mais eficiente, para as pessoas de visão subnormal.
• Desenvolvimento de interpretação de pistas e estabelecimento de pontos de
referência captados pelos sentidos remanescentes. Ex: Uma farmácia, o cheiro de
87
remédios lhe informam que está passando por ela. O cheiro é uma pista e a
farmácia pode ser um ponto de referência. Relação do espaço de ação e com
objetos significativos do ambiente pela utilização dos sentidos remanescentes.
• Técnicas com guia vidente: São técnicas utilizadas com o deficiente visual para o
mesmo andar com máxima segurança, quando estiver acompanhado. Observa-se
desde a postura correta de segurá-lo, dentre outras, como: Mudança de direção,
passagens estreitas, troca de lado, subir e descer escadas, aceitar e recusar ajuda,
sentar-se (cadeiras/bancos) e passagens por portas.
• Técnicas de autoproteção: São técnicas utilizadas pelo aluno, onde o mesmo usa
apenas seu corpo como recurso de proteção e segurança. Entre elas temos:
Proteção superior, proteção inferior, rastreamento com a mão, enquadramento,
tomada de direção, método de pesquisa.
• Desenvolvimento da orientação: Sabemos que a locomoção é uma atitude nata do
indivíduo, isto é, se não apresentar distúrbios psicomotores e não for estimulado
corretamente. Para o deficiente visual ter uma mobilidade segura é importante e
necessária uma boa orientação, que é decorrente de alguns fatores, tais como:
Ponto de referência, pistas, sistema de numeração externa e interna, medição,
pontos cardeais, auto familiarização com o ambiente.
• Técnicas com bengala longa: Dentre os recursos utilizados pelos deficientes
visuais para locomoção, a bengala longa apresenta-se como um dos mais seguros,
isto é, quando manipulado corretamente. Para esse manuseio correto da bengala é
necessário destreza motora, boa percepção tátil-cinestésico, vivências pré-
bengala, conhecimento e manipulação com a bengala para introduzir-se as
técnicas que são: Varredura, técnica diagonal (utilizada somente em ambientes
internos), detecção de objetos, passagem por portas, rastreamento com técnica
diagonal, subir e descer escadas, técnicas de toque, técnica de toque e deslize,
técnica de deslize, rastreamento com técnica de toque, rastreamento em três
pontos.
• Ao final desta etapa em ambientes internos, o aluno já terá o domínio dessas
diversas técnicas. O mesmo receberá agora instruções em ambientes externos,
88
onde colocará em prática seus conhecimentos. Nesta fase, precisará de muita
atenção, concentração, iniciativa para transpor várias situações, pois não terá
somente contato com o público (sociedade), mais também com vários tipos de
ambientes, obstáculos, calçadas, ruas, cruzamentos, avenidas, veículos, comércio
(lojas, shopping, mercearias, etc.), espaços físicos mais variados possíveis.
COORDENAÇÃO GLOBAL:
caminhada;
pular com um pé só;
chutar bola;
andar sobre corda;
andar na ponta dos pés;
pegar e soltar a bola;
COORDENAÇÃO MOTORA FINA:
virar páginas alternando as folhas;
dobrar papel;
separar e juntar objetos;
manusear massa de modelagem;
encaixes variados,
amassar papéis;
brincar com bolas com guizo;
enfiar contas;
89
colocar sementes dentro do vidro;
fazer bolinhas de papel;
identificar grãos;
dar nó e laço.
ORIENTAÇÃO ESPACIAL:
Orientar-se no espaço, em direção, localização e tempo.
Identificar e efetuar movimentos em diferentes velocidades e trajetórias.
Andar pela sala explorando o ambiente e os objetos, inicialmente de olhos abertos
e depois de olhos fechados.
Montar quebra-cabeças.
Jogar amarelinha.
Responder onde está o céu, o teto, o chão, a lâmpada, com palavras como: em
cima, atrás, etc.
Andar pela sala e pelo pátio seguindo a direção indicada por setas pintadas no
chão.
ORIENTAÇÃO TEMPORAL:
Ouvir histórias, ou músicas que contenham histórias, e depois contar a sequência
dos fatos.
Ordenar cartões com figuras e formas e recompor uma história com início, meio e
fim.
Observar animais (mosca, lesma, lagartixa, gato, tartaruga, etc.) e dizer quais são
os mais velozes e os mais lentos.
90
Mover carrinhos rápida e lentamente, seguindo instruções do professor.
Plantar feijões e observar o seu crescimento. Posteriormente, o professor e as
crianças desenharão a história da vida do feijão, passando pelas etapas do seu
desenvolvimento, da semente até a planta adulta.
calendário;
estações do ano;
dias da semana;
organização dos dias de atendimento,
noção de antes e depois;
dia e noite;
manhã, tarde e noite;
AVAS;
Realizar atividades como: lavar as mãos, secá-las, utilizar o banheiro
adequadamente;
passar creme pelo corpo, batom;
pentear os cabelos, prendê-los;
identificar roupa no direito e no avesso;
entrar e sair de automóveis;
alimentar-se corretamente;
comer frutas retirando a casca quando necessária;
vestir-se e despir-se;
91
colocar tênis, sandálias e sapatos sem ajuda;
tomar banho sozinho;
utilizar utensílios domésticos, identificando sua utilidade.
SOCIALIZAÇÃO;
Brincar com outras crianças;
participar de festas na escola e na comunidade;
passeio pelo comércio e em outros locais de interesse do aluno,
hábitos de cortesia;
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA:
interpretação de pequenos textos;
relatar fatos e histórias;
dar e receber recados;
ouvir e cantar música;
escrita a tinta e em Braille;
formar pequenos textos ( orais e escritos)
ESTÍMULOS SENSORIAIS;
perceber, discriminar e reconhecer frutas, legumes, alimentos produtos de limpeza
e outros produtos através de cheiro e sabor;
perceber odores agradáveis e desagradáveis;
perceber diferentes sabores;
reconhecer locais pelo cheiro como: farmácia, açougue, padaria, fábricas e lojas de
92
móveis;
perceber e reconhecer os sons dos animais e sons produzidos no meio ambiente;
perceber a direção e posição do som (lado direito, esquerdo, em cima, embaixo)
orientando-se em sua locomoção.
METODOLOGIA:
O atendimento oferecido ocorrerá em horário oposto da Sala de Ensino Regular,
por meio de atendimento coletivo ou individual ocorrendo 2 vezes por semana com
duração de 45 minutos por atendimento. O serviço prestado reúne recursos e estratégias
que buscam promover o interesse do aluno, bem como oportunidade de acesso a bens e
serviços, informações e relações no ambiente em que vive. Este suporte tende a
favorecer a autonomia, a produtividade, a integração e a funcionalidade no ambiente
escolar e comunitário.
O trabalho do CAE/DV será vinculado ou não ao ensino comum, com
estimulações/adaptações voltadas a indivíduos cegos, alunos com baixa visão ou
decorrentes de algum tipo de comprometimento visual, com ênfase no desenvolvimento
da percepção tátil e auditiva, orientação e mobilidade e atividades de vida autônoma e
social e atividades de estimulação visual. Caso esse aluno tenha outros
comprometimentos associados à deficiência visual, deverão ser encaminhados aos
centros especia1izados para receber outros tipos de atendimentos.
A metodologia de trabalho será assim organizada por cronograma de atendimentos:
segunda-feira terça-
feira
quarta-feira quinta-feira sexta-feira
Tarde
13:00-kAUAN
13:45-
LUCIANA
14:30-
PEDRO H.
13:00-ADILSON
13:45-ADILSON
14:30- KAUAN
15:15-
INTERVALO
13:00-
ITINERÂNCIA
13:45-
ITINERÂNCIA
14:30-
13:00-PEDRO H.
13:45-LUIZ
FELIPE
14:30- H.A
15:15-
93
15:15-
INTERVALO
15:30-
APARECIDA
16:15-
APARECIDA
15:30-LUCIANA
16:15-LUIZ
FELIPE
ITINERÂNCIA
15:15-
INTERVALO
15:30-
ITINERÂNCIA
16:10-H.A
INTERVALO
15:30- H.A
16:15- H.A
AVALIAÇÃO:
O encaminhamento de educandos com baixa visão, cegueira ou problemas
relacionados a visão ao CAE/DV será feita após consulta com profissional de
oftalmologia que indicará a necessidade de frequentar o Centro. Este será vinculado a
entrevistas e preenchimento de fichas ( anamnese) pela equipe pedagógica da Escola
que sedia o CAE/DV, e posteriormente o educando fará parte do programa de
atendimento.
A avaliação efetuada pelo professor será diagnóstica, contínua e formativa, através
de relatórios semestrais, que constará as evoluções ou retrocessos do aluno tanto
pedagógicos como orgânicos, com assessoria da equipe pedagógica ou do profissional de
oftalmologia.
O desligamento do aluno do CAE/DV, acontecerá quando os objetivos propostos forem
alcançados ou quando completados 7 anos de idade ( idade máxima para estimulação
visual no caso de estrabismo.)
CIÊNCIAS
1- APRESENTAÇÃO:
A disciplina de ciências, no ensino fundamental, se constitui historicamente
por um conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para
compreender o conhecimento científico, que resulta da investigação da natureza, objeto
de estudo desta disciplina.
94
Através da mesma os alunos terão oportunidade de conhecer e
compreender o mundo natural e o não natural e ver - se como integrante dos mesmos. O
conhecimento de ciências sempre se fez presente no universo desde os tempos mais
remotos e tem como objetivo a ideia reducionista de Ciências como transmissão de
conceitos prontos e acabados, entendendo que a construção do conhecimento científico
é um processo histórico e coletivo, portando, deve considerar os aspectos históricos,
culturais, éticos, políticos, sociais e tecnológicos entre outros, que marcaram o
desenvolvimento científico.
A influência cada vez maior da ciência e da tecnologia em nossas vidas e a
rapidez com que surgem as inovações nesses campos torna necessária a presença da
disciplina de ciências na Educação Básica.
O ensino de ciências deve despertar o espírito crítico no estudante e
estimulá - lo a questionar afirmações gratuitas e falaciosas, além de incentivá - lo a buscar
evidências.
O ensino de ciências constitui, portanto, um meio importante de preparar o
estudante para os desafios que surgem em uma sociedade, preocupada em integrar, mais
e mais, as descobertas científicas ao bem-estar dos indivíduos.
A ciência aborda os conceitos científicos escolares para o entendimento de
questões sobre os conteúdos estruturantes e suas relações com o objeto de estudo desta
disciplina.
Esses conceitos científicos possibilitam ao educando aperfeiçoar técnicas,
desenvolver e fabricar novos instrumentos, armazenando o excesso de suas produções,
desenvolvendo formas teóricas e noções de cálculos. Outros fatos significativos direciona
o pensamento do educando e consequentemente promovem mudanças na sua forma de
pensar e entender o mundo cientifico.
A disciplina de ciências deve proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa
ou seja os conteúdos escolares devem atribuir ao aluno significado como elemento central
do processo ensino-aprendizagem.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Os conteúdos da disciplina de ciências são fundamentais para compreensão de
seu objeto de estudo e ensino. São construídos a partir da historicidade do conceito
cientifico visando superar a fragmentação do currículo, alem de promover uma
estruturação da disciplina.
95
A seleção dos conteúdos de ciências considera a relevância para o entendimento
do mundo no atual período histórico, devem valorizar conhecimentos científicos das
diferentes ciências – Biologia, Física, Químicas entre outros.
I. Astronomia
II. Matéria
III. Sistemas Biológicos
IV. Energia
V. Biodiversidade
3- CONTEÚDOS BÁSICOS:
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Origem e evolução do universo
Gravitação universal
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
Níveis de organização celular
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Formas de energia
Transmissão de energia
Conversão de energia
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
Origem da vida
Sistemática
Interações ecológicas
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OBS:
Os conteúdos referentes a história e cultura afro-brasileira, indígena e os relacionados
aos desafios Educacionais Contemporâneas, serão trabalhados de forma integrada com
os conteúdos básicos.
4- METODOLOGIA:
Tão importante quanto escolher conteúdos para se trabalhar é a
metodologia usada para tal processo,a escolha de abordagens,estratégias e recursos
adequados para o processo pedagógico contribui para que os educandos adquiram
conceitos científicos mais significativos e o professor crie critérios e instrumentos de
avaliação. Os conteúdos serão trabalhados integrando os conceitos científicos e
valorizando o pluralismo metodológico, superando práticas pedagógicas centradas em um
único método, deste modo valorizando as experiências de vida dos alunos para, a partir
daí aprofundar os conteúdos a fim de que a aprendizagem se torne mais significativa,
formando sujeitos mais críticos e atuantes na sociedade na qual vivem.
Serão estabelecidas relações entre os diversos conteúdos estruturantes e
outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas e relações entre os conteúdos
estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas que
fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de
ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos
escolares.
*PROBLEMATIZAÇÃO: Serve de motivação para levar o educando a buscar
conhecimentos científicos. Situações vivenciadas pelos mesmos, são usadas de forma
problematizada pelo professor para que os mesmos cheguem a sua resolução através do
conhecimento científico.
*CONTEXTUALIZAÇÃO: Os conteúdos científicos devem ser aproximados o máximo
possível das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outros....
*INTERDISCIPLINARIEDADE: É a busca de conteúdos específicos de outras disciplinas
para entender o objeto de estudo de ciências.
*PESQUISA: Estratégia que visa a construção do conhecimento . Começa com a procura
do material, passa pela sua interpretação e chega a construção de atividades. Neste
elemento os estudantes superam atos de leitura e repetição, compreende criticamente o
conteúdo pesquisado e explicita sua interpretação.
97
*LEITURA CIENTÍFICA: Permite a aproximação entre educando e educador, provocando
aprofundamento dos conteúdos.
*ATIVIDADE EM GRUPO: Esta atividade aproxima a disciplina de ciências com
problemas reais, contribuindo para aprendizagem significativa. O educando tem a
oportunidade de trocar experiências, ideias, desenvolver atitude de equipe e colaboração.
*OBSERVAÇÃO: A observação possibilita a construção de hipóteses e faz o aluno
superar a simples constatação de resultados. Também permite ao professor perceber as
dificuldades individuais de interpretação, a falta de atenção e as lacunas teóricos
conceituais.
*ATIVIDADE EXPERIMENTAL: Este elemento desenvolve o interesse nos estudantes e
cria situações de investigação para formação de conceitos, devendo ser mediado pelo
professor. A atividade experimental deve proporcionar discussões, interpretações e
debates. Não deve somente ser momento de comprovação de leis e teorias ou meras
ilustrações de aulas teóricas.
*RECURSOS INSTRUCIONAIS: Na análise dos conteúdos científicos escolares, no
trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem esses recursos podem
e devem ser utilizados( mapas conceituais, organogramas, mapa,de relação, diagrama V,
gráficos, tabelas, infográficos, entre outros....). Estes recursos se fundamentam na
aprendizagem significativa e subsidiam o professor, porque são compostos por
observação, atividades experimentais, relações conceituais e interdisciplinariedade.
*LÚDICO: Permite uma maior interação entre os assuntos abordados entre sí, e do
estudante e estes, sendo que, quanto maior for esta interação, maior será o nível de
percepção e reestruturação cognitiva realizada pelo estudante. Este elemento de prática
pedagógica promove a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse.
ASPECTOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
A – HISTÓRIA DA CIÊNCIA
A história da ciência propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares
prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e
como fonte de estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos
científicos, assim, enriquecendo suas estratégias de ensino.
B – DIVULGAÇÃO CIENTIFÍCA
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Na utilização de um texto de divulgação cientifica será observado que este tipo de
material não foi produzido originalmente para ser utilizado em sala de aula e, por
isso, requer uma adequação didática, o professor observará também a qualidade
desses materiais, pois o uso de materiais inadequados compromete o ensino e
prejudica a aprendizagem.
C – AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
As atividades experimentais contribuem para a superação de obstáculos na
aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações,
discussões e confronto de ideias entre os estudantes, mas também pela natureza
investigativa, superando o entendimento que as atividades experimentais sempre
devem apresentar resultados verdadeiros e de que há uma dicotomia irreversível
entre aula teórica e pratica.
O encaminhamento metodológico não ficará restrito a um único método.
Entre as possibilidades destacam - se:
- Exposição através de fatos cotidianos como noticias de jornais e outros;
- Aulas expositivas;
- Leituras de textos complementares, análise, e interpretação de dados,
gráficos, imagens, gravuras, tabelas e esquemas;
- Resolução e elaboração de problemas;
- Estudo de caso e problemas sociais;
- Uso do vídeo, DVD, retroprojetor, torso e TV pendrive, computador e
microscópio;
- Montagem de maquetes;
- Relatórios;
- Trabalhos individuais e em grupo;
- Palestras com profissionais da área da saúde e outros;
- Pesquisas bibliográficas, entrevistas e outros;
- Visitas a postos de saúde, SANEPAR, Horto florestal da UNIPAR, entre
outras.
- Discutir a importância do IAP, IBAMA, CORIPA, CIBAX;
- Debates;
- Cartazes;
- Produção de textos;
99
- Observação e trabalho de campo;
- Problematização, contextualização e interdisciplinariedade;
-Pesquisa, leitura, atividades em grupo, observação, atividades experimentais,
recursos instrucionais e o lúdico.
5 – AVALIAÇÃO:
Será utilizada como um instrumento importante no processo ensino-
aprendizagem, pois propiciará o momento de interação e construção de significados, no
qual os estudantes aprendem. Para que ocorra essa ação de maneira significativa, à que
se refletir e planejar procedimentos a serem utilizados de maneira a superar a avaliação,
para que a mesma, não permaneça tão somente classificatória e excludente. A avaliação
deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano,
envolvendo recursos pedagógicos e instrucionais diversos. Os estabelecimentos de
ensino e os professores, devem prover meios para a recuperação dos alunos de menor
rendimento, os conteúdos deverão ser retomados constantemente de forma a superar as
dificuldades dos estudantes, estabelecendo-se desta forma, mecanismos para se realizar
recuperação de conteúdos, de forma paralela. De acordo com o artigo 24 da LDB nº
9394/96, a avaliação deve ser contínua e cumulativa, em relação à aprendizagem do
estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Instrumentos para avaliação:
- Provas ( não classificatórias )
- Pesquisas bibliográficas
- Debates
- Pesquisas em grupos
- Trabalhos em grupos
- Elaboração de murais
- Auto-avaliação
- Leituras
- Produção de texto
- Interpretações
- Tarefas de casa
Tornando imprescindível, a coerência entre o planejamento, o
encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, tendo a finalidade de que os
100
instrumentos de avaliação estejam ligados ao propósito do processo pedagógico.
Levando em conta a série que a turma se encontra, observando o nível cognitivo dos
alunos.
Tendo os alunos diferentes formas de apropriação dos conteúdos
específicos a partir do planejamento e das ações pedagógicas desenvolvidas durante as
aulas, atendendo a essas especificidades por meio de recursos científicos e tecnológicos
envolvidos no cotidiano dos alunos.
Referências Bibliográficas:
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios
educacionais Contemporâneos: educação Ambiental. Curitiba: SEED: 2008.
PPP – Projeto Politico Pedagógico - Colégio Estadual Nestor Víctor.
CIÊNCIAS NATURAIS: aprendendo com o cotidiano, Eduardo Canto Leite. Ed. Moderna,
2009 SP.
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Apresentação
A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a
escolarização como privilégio de um grupo, uma exclusão que foi legitimada nas políticas
e práticas educacionais reprodutoras da ordem social. A partir do processo de
democratização da escola, evidencia-se o paradoxo inclusão/exclusão quando os
sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos
considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola. Assim, sob formas distintas,
a exclusão tem apresentado características comuns nos processos de segregação e
integração, que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.
No final do século XIX os alunos com necessidades especiais eram tidos como
indignos de educação escolar. No século XX ocorreu o atendimento a esses alunos em
instituições apropriadas. A partir da década de 60, surgiram as políticas públicas e, mais
tarde, as classes especiais dentro das escolas comum. na década de 70, ocorreu a fase
de integração, permitindo, nas escolas comuns, a aceitação das crianças ou alunos com
101
necessidades educacionais especiais, mais foi a partir do final da década de 80, que
intensificou-se a atenção à necessidades de educar esses alunos no ensino regular
A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado
no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma
identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação e
produção das desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de
distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e
linguísticas, entre outras, estruturantes do modelo tradicional de educação escola.
A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional
especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões,
terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas,
escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de
normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico-terapêuticos
fortemente ancorados nos testes psicométricos que, por meio de diagnósticos, definem as
práticas escolares para os alunos com deficiência.
Esta disciplina é importante no curso de formação de docentes porque a educação
especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e
modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e
serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas
turmas comuns do ensino regular. É uma disciplina que contribui para o conhecimento
das leis que regem a educação especial a fim de aplicá-las em sua caminhada escolar.
O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e
organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As
atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se
daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização.
Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à
autonomia e independência na escola e fora dela.
A disciplina de CNEE tem como objetivo proporcionar conhecimentos sobre A
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que
objetiva o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas
regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades
educacionais especiais. Portanto faz-se necessário oferecer possibilidades para que o
102
aluno se beneficie das aulas da disciplina visando a compreensão da educação inclusiva
que constitui uma proposta educacional que reconhece e garante o direito de todos os
alunos de compartilhar um mesmo espaço escolar, sem discriminações de qualquer
natureza. Promove a igualdade e valoriza as diferenças na organização de um currículo
que favoreça a aprendizagem de todos os alunos e que estimule transformações
pedagógicas das escolas, visando à atualização de suas práticas como meio de atender
às necessidades dos alunos durante o percurso educacional. Compreende uma inovação
educacional, ao romper com paradigmas que sustentam a maneira excludente de ensinar
e ao propor a emancipação, como ponto de partida de todo processo educacional.
Nesse sentido é fundamental que a inclusão escolar de todas as crianças tenha
início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção
do conhecimento e seu desenvolvimento global. É essencial saber que o atendimento
educacional especializado tem como objetivo assegurar a inclusão, disponibilizando
meios para o acesso ao currículo, que proporcione a independência para a realização das
tarefas e a construção da autonomia. Constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino
e deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na sala de recursos da própria
escola onde o aluno está matriculado, em outra escola da rede pública ou em centros
especializados que realizem esse serviço educacional. Diferencia-se das atividades
desenvolvidas na sala de aula comum, não sendo substitutivo à escolarização.
Conteúdos
• Conceitos, legislação, fundamentos históricos, sócio-políticos e éticos;
• Proposta de inclusão;
• Serviços de apoios especializados e formas de atendimentos da Educação
Especial nos sistemas de deficiência;
• A ação do educador junto à comunidade em relação à inclusão;
• Prevenção de deficiências;
• As especificidades do atendimento educacional aos alunos com
necessidades educacionais especiais, apoio pedagógico especializado;
• Avaliação no contexto escolar;
• O currículo e a Educação Especial (flexibilização e adaptação);
• Áreas de deficiência;
Metodologia
103
As ações pedagógicas da disciplina devem estar pautadas na construção do
conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a
relação teórico-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação
dos conteúdos.
Portanto através de encaminhamento metodológico fundamentados numa
concepção histórico-critica,onde o desenvolvimento da disciplina envolverá instrumento e
signos necessários ao processo de ensino e aprendizagem favorece a pesquisa e a
socialização do conhecimento através da diversificação da metodologia que busca
sistematizar o objeto de estudo. O conteúdo abordado oportunizarão a análise de todo o
processo de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento integral do aluno.
A metodologia a ser trabalhada visa assegurar de forma qualitativa uma visão
ampla dos conteúdos, utilizando técnicas como:
A técnica GVGO (grupo verbalizador e observador);
Discussão em grupo/circular;
Aulas expositivas;
Pesquisas;
Relatórios;
Trabalho individualizado;
Filmes e relatórios referentes;
Estudos de Casos;
Avaliação
O trabalho de avaliação será entendido como um processo contínuo cujo objetivo
não é apenas a atribuição de notas aos alunos, mas também uma possibilidade de
reflexão sobre a própria prática pedagógica. Através dessa atitude, é possível detectar
problemas e buscar soluções para eles.
O aluno não será avaliado por um único trabalho que tenha executado, mas pelo
conjunto de atividades realizadas, o que possibilitará observar o desenvolvimento de sua
aprendizagem.
A avaliação pedagógica como processo dinâmico considera tanto o conhecimento
prévio e o nível atual de desenvolvimento do aluno quanto às possibilidades de
aprendizagem futura, configurando uma ação pedagógica processual e formativa que
analisa o desempenho do aluno em relação ao seu progresso individual, prevalecendo na
avaliação os aspectos qualitativos que indiquem as intervenções pedagógicas do
104
professor. No processo de avaliação, o professor criará estratégias considerando que
alguns alunos podem demandar ampliação do tempo para a realização dos trabalhos e o
uso da língua de sinais, de textos em Braille, de informática ou de tecnologia assistiva
como uma prática cotidiana.
De acordo com o regimento escolar será aplicada a cada conteúdo discutido uma
avaliação paralela, caso o aluno não tenha assimilado o conteúdo terá uma nova
oportunidade. Sendo que as avaliações escritas valerão 60 pontos e os demais trabalhos
em grupo, individuais, pesquisas, etc. 40 pontos; somando um total de 100 pontos na
média semestral.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB
4.024, de 20 de dezembro de 1961.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB
5.692, de 11 de agosto de 1971.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº. 7.853, de 24
de outubro de 1989.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de
1990.
BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para satisfazer
as necessidades básicas de aprendizagem.
UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas
especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de
Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB
9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto nº 3.298, de
20 de dezembro de 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -
105
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Proposta Pedagógica Curricular
do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba. SEED – Pr., 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO
-DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teórico-metodológicos
das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes
Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,
2008. - 242 P.
PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental
Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física, optou-se, nestas
Diretrizes Curriculares, por retratar transformações sociais pelas quais o Brasil passava a
partir do século XIX, o que coincidiu com o momento em que a Educação Física tornou-se
componente curricular. Entre estas transformações, pode-se citar o fim da exploração
escrava e as políticas de incentivo a imigração ; o crescimento das cidades e a
instauração de uma ordem social que se adaptasse ao modo de vida na nova
configuração econômica.
A nova ordem social implicou, entre outros fatores, em medidas para aplicar
preceitos de moralidade, entre as quais a ginástica teve lugar de destaque. Neste primeiro
momento, desta forma, a Educação Física confundiu-se com a prática da ginástica.
Com a Proclamação da República, entre as muitas propostas de mudança, veio a
tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais praticadas
pelo antigo regime. Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa, deputado geral do Império,
emitiu um parecer sobre o projeto denominado Reforma do Ensino Primário e várias
instituições complementares da Instrução Pública, no ano de 1882, quando entre outras
conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação, equiparando-a, em
categoria e autoridade as demais disciplinas.
A partir de então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos
currículos escolares.
106
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente
influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX.
Por não existir um plano nacional de Educação Física a prática nas escolas se
dava pelo método francês de ginástica, adotado pelas Forças Armadas e tornado
obrigatório a partir de 1931. Ainda na década de 1930 o esporte começou a se popularizar
confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com
o intuito de promover políticas nacionalistas pensadas para o país. Uma série de medidas
foi adotada para ressaltar o sentimento de valorização patriótica, por meio dos esportes.
Assim, a Educação Física se consolidou no contexto escolar, a partir da
Constituição de 1937, com forte ênfase no desenvolvimento de uma disciplina corporal
que objetivava doutrinar para o patriotismo, a hierarquia e a ordem.
Os chamados esportes olímpicos – Vôlei, Basquete, Handebol e Atletismo, entre
outros foram priorizados para formar atletas que representasse o país em competições
internacionais.
A Educação Física continuou de caráter obrigatório na escola, com a promulgação
da lei 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo Decreto 69450/71. Assim, a disciplina
passou a ter legislação específica e foi integrada como atividade escolar regular
obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis de sistema de ensino.
Com a evolução das tecnologias houve grandes alterações nas atividades diárias
das pessoas. Os trabalhos que anteriormente, na sua maioria, eram manuais, hoje são
realizados por máquinas. Essa realidade tornou o homem um ser sedentário. Em virtude
dessa inatividade as pessoas começaram a ter doenças, que até então, eram exclusivas
dos idosos. Hoje, a humanidade, especialmente os jovens carece de atividades físicas
para terem qualidade de vida. A Educação Física na escola visa possibilitar o
conhecimento sobre os fatos passados e atuais que interferem negativa ou positivamente
no movimento humano, buscando criticidade e ações de melhoria na realidade de cada
um.
Dar um novo significado às aulas, superando a dimensão meramente motriz por
uma dimensão histórica, cultural e social, rompendo com as ideias de que o corpo se
restringe ao biológico, ao mensurável.
Faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e
contextualizada,o que é possível por meio dos elementos articuladores:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
107
IV. ESPORTE
GINÁSTICA
DANÇA
JOGOS E BRINCADEIRAS
LUTAS
CONTEÚDOS BÁSICOS
• ESPORTE
Coletivos, individuais e radicais.
• JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro,
jogos cooperativos e jogos dramáticos.
DANÇA
Danças folclóricas, danças de rua, danças criativas e danças circulares.
GINÁSTICA
Ginástica rítmica, ginástica circense e ginástica geral.
LUTAS
Lutas de aproximação , capoeira com afastamento e com elementos mediados
Os Desafios Educacionais Contemporâneos que estão de acordo com as Leis
Federais n 0645/08 que delineia a Educação Indígena e a Lei n 10639/03 da
Educação Afro brasileira e Africana, serão efetivadas atividades pertinentes e estas
temáticas dentro do contexto pedagógico ressaltando aspectos culturais e
históricos de forma prática e teórica.
METODOLOGIA
Através dos conteúdos estruturantes das diretrizes curriculares do Estado do
Paraná, esportes, danças, lutas, ginástica, jogos e brincadeiras, através da disciplina
Educação Física, os alunos devem apropriar-se do conhecimento acerca do seu corpo,
suas limitações e funções, além de refletirem criticamente sob suas práticas corporais.
Portanto através do objetivo de estudo do conhecimento da Educação Física que é
a cultura corporal, o professor de Educação Física deve propor atividades que tentem ao
108
máximo superar o tecnicismo exagerado, e a reprodução do modo competitivo que vemos
todos os dias nos mais diversos ambientes relacionados à prática da atividade física de
uma forma geral, sempre observando o ambiente em que está inserida esta
escola(comunidade, cidade, estado).
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo
“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a
construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a
expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a
reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade
crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental
quanto no Ensino Médio.
Assim sendo, o professor deverá lançar o conteúdo estruturante a ser desenvolvido
em aula e, observar o que os alunos já sabem, conhecem deste determinado assunto,
para após esse primeiro mapeamento, ir subsidiando as informações necessárias para o
aprendizado efetivo dos alunos, através de informações sistematizadas e regulares que
possibilitem essa apropriação.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências
objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,
sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
AVALIAÇÃO
Quanto falamos em avaliação em Educação Física, não conseguimos chegar a um
consenso, onde em sua grande maioria a avaliação acaba sendo como forma de
observação da prática e ou até mesmo a própria participação ou não nas aulas.
Portanto os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o
comprometimento e o envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Quando falamos
em comprometimento e envolvimento, queremos dizer se os alunos entregaram as
atividades propostas e tiverem ou não apropriação do conhecimento com as atividades
desenvolvidas.
O aluno deve conseguir recriar jogos e regras a fim de modificar as estruturas de
ações dos jogos, assim a participação efetiva dos alunos é fator preponderante nesse
processo.
109
Dessa forma a avaliação poderá ser:
• Avaliação contínua e diagnóstica;
• Observação contínua do professor nos trabalhos e pesquisas desenvolvidas pelos
alunos; o que foi proposto e seu conceito produzido a partir das discussões nas
aulas, bem como os acréscimos no conhecimento;
• Provas práticas e teóricas;
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão
revisitar o processo desenvolvido até então, para identificar lacunas no processo de
ensino aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem à
superação das dificuldades encontradas.
A avaliação serve de parâmetro para saber o que tem que retomar com os alunos e
como retomar. Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho visando às diversas manifestações corporais,
evidenciadas nas formas de ginástica, esporte, jogos e brincadeiras, lutas e danças,
possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de
construir uma suposta relação com o mundo.
Recuperação de estudos acontecerá concomitante com o processo de ensino
aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CARLINI, Alda Luiza. A Educação e a Corporalidade do Educando. Discorpo. São
Paulo, n.04, p. 41-60. 1995.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a História que não se conta. 2.
ed. Campinas: Papirus, 1991.
COLETIVOS DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
DARIDO, S.C. e RANGEL, I.C. Educação Física na Escola: implicação para a prática
pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
110
DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ DE EDUCAÇÃO FÍSICA –
ENSINO FUNDAMENTAL – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED, 2006.
ESCOBAR. M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. in: Revista
Motrivivência, n.08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
NANNI, Dionísia. Dança-Educação: Pré-escola à Universidade. Rio de Janeiro. Editora
Sprint- 1995.
REVISTA CONFEF. Sistema CONFEF/CREFs. Conselho Federal e Regional de
Educação Física.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Colégio Estadual Nestor Victor- Ensino
Fundamental e Médio.
REGIMENTO ESCOLAR,Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO
O Ensino Religioso pauta-se historicamente no ensino do catolicismo que
expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da
república, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico.
Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos escolares,
devido ao poder da Igreja católica junto ao Estado brasileiro.
Tal influência pode ser constatada nas Constituições do Brasil, nas quais o Ensino
Religioso foi citado, com a representatividade hegemonicamente cristã no processo de
definição dos preceitos legais. Em consequência desde a época do Império a doutrina
cristã tem sido contemplada na organização do currículo de Ensino Religioso.
A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a se admitido como
disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa, nas demais constituições, o
Ensino Religioso foi mantido como matéria do currículo, de frequência livre para o aluno, e
de caráter confessional de acordo com o credo da família. Somente a partir das
111
discussões da LDBEN 9.394/96, incentivadas pela sociedade civil organizada, o Ensino
Religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar. Em decorrência desse
processo, sua instituição nas escolas públicas do país foi regulamentada.
A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas
catequéticas já não corresponde ao sentido dessa disciplina na escola.
No momento, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a
necessária, reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,
diante das demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla da
diversidade cultural.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, destacamos:
- A necessária superação das tradicionais aulas de religião.
- A inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações:
religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais
políticas e econômicas de que são empregadas, as formas diversas de religiosidades.
A disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito as diferentes
expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos bem como possibilitar o
acesso às diferentes fontes da cultura sobre o sagrado com foco do fenômeno Religioso,
por contemplar todas as manifestações religiosas.
O Ensino Religioso contribuiu também para superar a desigualdade étnico-religioso
e garantir o direito conforme art. 5º, inciso VI, da Constituição brasileira, ela busca
propiciar oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento e de
aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade.
O Ensino Religioso permite que os educandos possam refletir e entender como os
grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, e ainda
possibilita compreender suas trajetórias e manifestações no espaço escolar, e estabelecer
relações entre culturas, espaços e diferenças. Ao compreender tais elementos, o
educando passa a elaborar o seu saber e a entender a diversidade de nossa cultura,
marcada também pela religiosidade.
Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da
humanidade, e em conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto. O
Ensino Religioso em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a oportunidade
do processo de escolarização fundamental para se tornar capazes se entender os
movimentos religiosos específicos de cada cultura possuir o substrato religioso, de modo
a colaborar com a formação da pessoa.
112
Na perspectiva de trabalhar o Ensino Religioso superando a tradicional aula de
religião e consolidar a proposta de uma disciplina que possibilite a identificação, o
conhecimento e o entendimento da diversidade cultural e religiosa do ser humano, nas
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso apresentam como objeto de estudo o Sagrado.
Tal concepção de Sagrado apresentado nas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso
possibilita ao professor trabalhar as diferentes manifestações religiosas inclusive com as
religiões que não se organizam como instituições.
“Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latim sacrátus e do ato
sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime inviolável e puro”.
(DCE, 2008p. 48).
Para Eliade, que fundamenta teoricamente as Diretrizes Curriculares de Ensino
Religioso, o Sagrado, uma experiência denominada de hierofania, ou seja, “a
manifestação de algo “diferente” – de uma realidade que não pertence ao nosso mundo –
em objetos que fazem parte integrante do nosso mundo “natural”, “profano”. (ELIADE,
2001 p. 17).
Assim, ao definir o Sagrado como objeto de estudo, o professor tratará as
manifestações religiosas como conhecimento e a sua função nos diversos grupos
humanos, pois, a religião contribui para o processo civilizatório da humanidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- Paisagens Religiosas
- Universo Simbólico Religioso.
- Textos Sagrados
CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º ANO
- Organizações religiosas
- Lugares Sagrados
- Textos sagrados orais ou escritos
- Símbolos Religiosos.
7º ANO
- Temporalidade Sagrada
- Festas Religiosas
- Ritos
113
- Vida e morte.
Em relação à Lei 10639/03 referente à História e a Cultura Afro-brasileira e
Africana, e a 11645/2008 e aos conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais
contemporâneos serão trabalhados de forma articulada com os conteúdos específicos na
medida que os mesmos possibilitem, por meio de aulas expositivas e dialogadas, vídeos
temáticos, leituras de textos diversos, bem como outras atividades.
METODOLOGIA
O trabalho pedagógico será encaminhado na perspectiva da superação das
práticas tradicionais que tem marcado o ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento
metodológico baseado na aula dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de
seus conhecimentos prévios para em seguida apresentar o conteúdo que será trabalhado.
Os conteúdos serão orientados a partir das manifestações religiosas ou expressões
do Sagrado conhecidas pelos alunos, para que depois sejam trabalhados os conteúdos
relativos às manifestações religiosas menos comuns, do universo cultural da comunidade.
O professor exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e
os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, fazendo um levantamento de
questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem o
quanto já conhecem a respeito do conteúdo, evidenciando-se assim, que qualquer
assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos
alunos.
Num segundo momento o conteúdo, será problematizado através de questões que
articulem o conteúdo em estudo à vida do educando. Tendo o aluno construído o
conhecimento, pressupõe sua contextualização, pois o conhecimento só faz sentido
quando associado ao contexto histórico, político e social.
Se tratando da metodologia a ser desenvolvida nas aulas de ensino religioso, o
estudo do Sagrado se dará por meio de: aulas expositivas e dialogadas, debates e
pesquisas temáticas, apresentação de trabalhos (individual e grupo), confecção de
cartazes temáticos, amostras de vídeos e filmes temáticos, debates, músicas,
interpretação de imagens, textos e músicas dentre outras possibilidades.
Para efetivar o processo de aprendizagem com êxito, cada expressão do Sagrado
será abordada do ponto de vista laico, não religioso, respeitando o direito à liberdade de
consciência e a opção religiosa do educando, efetivando-se assim o processo pedagógico
114
na disciplina de Ensino Religioso.
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento
de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora,
uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas
também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Na disciplina de Ensino Religioso, a avaliação terá como objetivo principal levar o
educando a expressar uma relação de respeito para com a diversidade religiosa, e
compreender os aspectos que envolvem o sagrado. Nessa orientação os processos
avaliativos se darão por meio de: Apresentação de trabalhos temáticos, pesquisas,
amostras culturais, confecção de cartazes e mural, interpretação de textos, músicas e
imagens.
REFERÊNCIAS
Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino Religioso. SEED.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Religioso,
Secretaria de Estado da Educação, Curitiba, 2008.
ELIADE, Mircea. O SAGRADO E O PROFANO. A essência das religiões. São Paulo:
Cultrz, 2001.
JUNQUEIRA, Sérgio; Wagner, Raul (orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba –
Champagnat, 2004.
Periódico: Mundo Jovem: um jornal de idéias. PUCRS, Porto Alegre.
Colégio Estadual Nestor Victor – PPP – 2011.
115
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO
A Filosofia é a mais antiga das disciplinas do Ocidente. Criada na Grécia em torno
do século VII a C. inicialmente na região da jônia (Ásia Menor) e posteriormente
espalhando-se por toda a Hélade ate o século II a C. se caracterizou por ser uma
habilidade de refinamento educacional do cidadão capaz de empreender a formação
básica (Homero e Hesíodo) de maneira particular, uma vez que se é possível referenciar
algum tipo de educação publica na cidade-estado (polis), a única referencia é a relativa ao
teatro, financiado pelas famílias mais ricas. Durante o período Helenístico, a Filosofia
como processo de formação cívica foi estendido até as fronteiras do reino de Alexandre
da Macedônia (do Egito e Grécia a Índia) enxertando de maneira simbiótica, os elementos
diversificados da cultura Ocidental e Oriental que virão a caracterizar um novo estilo
filosófico doravante sob a tutela de dois estilos culturais diferenciados, a saber, no
Ocidente, o Império Romano no conhecido mare nostrum (nosso mar) e a continuidade do
pensamento filosófico grego, miscigenado a diversidade cultural asiática. Nos exteriores
do então dividido Império Romano (do Ocidente e do Oriente) já na ocasião, cristão, e na
franca ascensão de um novel estilo filosófico Oriental, sob o influxo religioso muçulmano
surge, em torno do século VI d C. a Filosofia árabe e Judaica, delimitando a disciplina
comum processo de reflexão levado a efeito pelas elites, afastando-se o exercício
filosófico dos campos pertinentes aos interesses populares. Através da consolidação do
chamado Império Muçulmano que se estendia do Oeste da Índia até a Península Ibérica
no Emirado de El Andaluz e a todo o Norte Africano na desorganizada estruturação dos
vários reinos bárbaros europeus, representando o pensamento filosófico cristão acuado
pelo avanço árabe e o então sitiado Império Romano do Oriente representante de certa
continuidade do pensamento filosófico greco-romano, percebe-se que a filosofia se
constitui como certa tecnologia circunscrita aos membros dessas sociedades que eram
alfabetizados e de origem social elevada (nobres e religiosos), caracterizando-se por
especializada e refinadas informações de diversificadas origens, a saber, biológicos,
matemáticos, geométricos, lógico-argumentativo, dialéticos, anatômicos, físicos,
metafísicos e outros, profundamente utilizados pela cultura muçulmana que fertilizava a
estagnada cultura Ocidental. Dadas as importantes e profundas permutas técnico-
culturais entre cristão, muçulmanos e judeus nos emirados Ibéricos, o Ocidente teve
116
acesso a importantes obras filosóficas perdidas até então, em especial, dos filósofos
Platão e Aristóteles, revitalizando então, o decadente Ocidente. Anos após os trabalhos
do filosofo e médico espanhol muçulmano Averróis, que realizou as traduções das obras
de Aristóteles, os reinos cristãos europeus começam a se organizarem e durante o
processo de reconquista a Filosofia Muçulmana é absorvida pelo mundo cristão
culturalmente alfabetizado (elites e religiosos) e as tecnologias desenvolvidas pelos
Árabes revolucionaram a estrutura educacional da Igreja que na época incentivava a
formação de escolas de alfabetização e a criação das primeiras Universidades,
influenciando profundamente a estrutura curricular das então escolas paróquias através
do trivium e do quadrivium, nelas constando as disciplinas superiores de Direito, Teologia
e Filosofia. Consolidada a Reconquista e, em especial, a estruturação do Reino de
Portugal e em torno do século XV d C. e a tomada de Celta pelos portugueses, anos
após, iniciam-se as navegações e como os descobrimentos iniciou-se uma tremenda
renovação nas linhas de pensamento filosófico, oriunda das rupturas engendradas
através do movimento renascentista onde o movimento estabelece rupturas com a
filosofia tradicional e os fundamentos do mundo filosófico-religioso cristão soa
profundamente abalados com os contatos antropológicos realizados com novas culturas,
o questionamento da autoridade da Igreja, o surgimento de uma nova metodologia de
conhecimento do mundo e da natureza, denominada Ciência, ainda rudimentar, culminam
filosófica e politicamente através dos movimentos sucessivos da Reforma e da Contra-
Reforma no seio da cristandade. É nesse rico e policrômico contexto historiográfico que a
Filosofia aporta a terras brasileiras através da previdente ação missionária jesuítica de
caráter tomista em 1572, ressaltando que na colônia portuguesa, apenas os que
desejavam contrair os votos religiosos católico-romanos ou os raros filhos de fazendeiros
desejosos de alguma educação e com capacidade financeira necessária para sustentar o
estudante nas universidades portuguesas ou européias é que tinha acesso à formação
filosófica dentre outras do trivium e do quadrivium. Desde o século XV d.C. até o inicio do
século XX e as propostas educacionais de ensino publico e escolarização laica, a
disciplina de Filosofia se constituiu como importante ferramenta de inserção cultural e
política dos cidadãos a vida publica, envolvendo a população letrada e com formação
media, em termos comparativos a nossos dias, nas tensões e ações políticas da primeira
metade do século em nosso pais. Com Lei 5.692 de 1971 a disciplina foi suprimida das
escolas brasileiras retomando apenas em 1982 através da Lei 7.044 como conhecimento
que objetivava a formação integral do jovem. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
117
9.394 de 1996 destaca que o Currículo do Ensino Médio observara o domínio dos
conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania como conhecimento
transversal. O que fora reforçado através da Resolução n. 3 de 1998. A mencionada
Resolução esteve sob discussão entre fevereiro e junho de 2006 no Conselho Nacional
de Educação e em agosto de 2006, através do Parecer CNE n. 38 de 2006 a disciplina de
Filosofia se tornou obrigatória para o Ensino Médio. Tal obrigatoriedade se justifica tenha
visto a atual necessidade social que exige que o cidadão possua formação cultural
diversificada e abrangente, bem como tenha desenvolvidos as capacidades de reflexão
critica e participativa de maneira à bem se entrosar com os avanços científico-
tecnológicos e as demandas sócio-políticas cada vez mais abrangentes e delicadas. Uma
vez que a Filosofia privilegia a ordenação do raciocínio lógico-argumentativo e estimula a
curiosidade pela pesquisa, a aprendizagem constante e transdisciplinar e análise crítico-
reflexivo do entorno social e as dimensões de sua constituição-realidade.
2-1.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Mito e Filosofia
• 2.2.1Conteúdos básicos
• Saber mítico;
• Saber filosófico;
• Relação Mito e Filosofia;
• Atualidade do mito;
• O que é Filosofia?
2.3.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Utilidade da filosofia
Cosmologia e teogonia
Do mito ao saber filosófico
A origem da filosofia
Os filósofos pré-socráticos
Filosofia e natureza
118
Maiêutica e dialética
Os sofistas e o mundo prático
A filosofia helenística
Teoria do conhecimento
2.1.2 CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Teoria do conhecimento
• 2.2.2 Conteúdos básicos
• Possibilidade do conhecimento;
• As formas de conhecimento
• O problema da verdade;
• A questão do método;
• Conhecimento e lógica.
2.3.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Senso-comum, bom-senso
Platão: mundo sensível/mundo inteligível
Aristóteles: metafísica e causalidade
O ceticismo
O racionalismo
O empirismo
O ceticismo
2.1.3 CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Ética
• 2.2.3 Conteúdos básicos
• Ética e moral;
• Pluralidade ética;
• Ética e violência;
• Razão, desejo e vontade;
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
119
2.3.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1.1Ética e moral
Liberdade e determinismo.
Ação e verdade
Ética no período clássico;
Aristóteles e o eudaimonismo.
Ética crista
Razão e fé
A moralidade em Kant> o imperativo categórico
O utilitarismo
A ética contemporânea
Ética do discurso
Questões da ética contemporânea
A bioética
1.7.2.1.1Tecnologia genética
1.7.2.1.2Meio ambiente
Direitos humanos
Responsabilidade social
2.1.4 CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Filosofia política
• 2.2.4 Conteúdos básicos
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa
2.3.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2.1 A polis e a formação do cidadão
120
2.2 Ética e política em Aristóteles
2.3 Políticas medievais
Contratual ismo clássico
Republicanismo
Direito públicos e privado
2.7. Estado e sociedade civil
2.7.1 Socialismo/liberalismo
2.1. 5 CONTEUTOS ESTRUTURANTES
Filosofia da Ciência
• 2.2..5 Conteúdos básicos
• Concepções de ciência;
• A questão do método científico;
• Contribuições e limites da ciência;
• Ciência e ideologia;
• Ciência e ética.
2.3.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Objetividades e falseabilidade
Método indutivo e dedutivo
Percepção e experiência
Observação e hipótese
A Ciência na Historia
A ciência na antiguidade
Alquimia e os mistérios científicos (medieval idade)
Matemática e mecânica (modernidade)
As revoluções cientificas
Lógica e pensamento
Ciência e poder
Os mitos da ciência
O positivismo
Linguagem e cultura
121
Escola de Frankfurt
Indústria cultural
2.1.6 CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Estética
• 2.2.6 Conteúdos básicos
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade
2.3.6 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conceitos fundamentais da Estética
Imitação e expressão
Juízo de gosto e teorias do gênio
O belo e o sublime
A Indústria cultural
A Estética na História
a tradição da mimeses
O naturalismo clássico e renascentista
Iluminismo e a estética normativa
O romantismo e o sistema das artes
Arte e verdade
O pós-modernismo
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos
dar-se-á em quatro momentos:
• a mobilização para o conhecimento;
122
• a problematização;
• a investigação;
• a criação de conceitos.
O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de uma
imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São
inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e
motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser
desenvolvido. A isso se denomina, nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.
A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e
a criação de conceitos, o que não significa dizer que mobilização não possa ocorrer
diretamente a partir do conteúdo filosófico.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e
estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É
importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização − filme, música, texto
e outros − podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem.
Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se faz
por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência
filosófica. É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos
filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes
maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais
orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é
importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com uma
análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua própria
realidade. Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados a partir da História da
Filosofia, do estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o
estudante do Ensino Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O
texto filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o
problema em questão será trazido para o presente com o objetivo de entender o que
ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa
sociedade. Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a
elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideias e conceitos de
caráter criativo e de socializá-los. A atividade filosófica própria do Ensino Filosofia Médio,
a criação de conceitos, encerra-se basicamente no desenvolvimento dessas condições.
123
Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não está
implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,
de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de
raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico. É imprescindível que o ensino de
Filosofia seja permeado por atividades investigativas individuais e coletivas que
organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.
Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento que
inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a
investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos. Ao trabalhar
determinado conteúdo a partir de problemas significativos para estudantes do Ensino
Médio, é importante evitar a superficialidade e o reducionismo e possibilitar as mediações
necessárias para realizar o processo de ensino proposto nestas Diretrizes. Nessa
perspectiva, sabe-se de onde se parte no ensino de Filosofia e é possível se surpreender
com os resultados obtidos ao final do processo. O planejamento deve impedir que as
aulas caiam no vazio e nos prováveis desastres do espontaneísmo.
O Livro Didático Público de Filosofia desenvolve conteúdos básicos a partir de recortes
dos conteúdos estruturantes propostos por estas Diretrizes, e possibilita o trabalho com
os quatro momentos do ensino de Filosofia: a mobilização para o conhecimento, a
problematização, a investigação e a criação de conceitos. Esse livro, que tem como
objetivo auxiliar professores e estudantes para que o ensino de Filosofia se faça com
conteúdo filosófico, foi concebido para ser um ponto de partida e nunca um fim em si
mesmo. Além dele, muitos outros recursos poderão ser aproveitados para enriquecer a
investigação filosófica, como, por exemplo, a consulta ao acervo da Biblioteca.
AVALIAÇÃO
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e
especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar
os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,
Ética, filosofia da ciência. Elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados
com a problematização e investigação, o estudante desenvolvera atividade filosófica com
os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de
forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser
124
construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo
próprio estudante e pelo professor.
A avaliação será diagnostica e contínua segundo os critérios propostos na metodologia
dos conteúdos, sendo acumulativos e avaliando sempre a participação e progresso do
aluno durante as atividades designadas.
Serão aplicadas provas escritas; objetivas/subjetivas atividades, produção de textos,
criação de conceitos.
REFERENCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 4. Ed. São Paulo; Martins Fontes, 2000
ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. – Filosofando – introdução a Filosofia, São
Paulo; Moderna 1999.
____________temas de Filosofia, São Paulo. Moderna, 2005
CHAUI, Marilena, Convite a Filosofia; São Paulo; Ática, 1999
CORDI, S. etalli. Para filosofar, AÁO PAULO; Scipione, 2003.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Filosofia – Ensino Médio. Estado do
Paraná. Curitiba, 2006.
PPP – Projeto Político Pedagógico da Escola.
DCEB – Diretrizes Curriculares da Educação Básica
FÍSICA
Apresentação
Em tempos remotos, a humanidade precisando resolver problemas e de garantir a
sua subsistência, começou a observar e compreender a natureza. A partir das
observações vieram as sistematizações dos Gregos, que interessavam em explicar as
variações cíclicas observadas nos céus. Estes registros deram origem à astronomia e
consequentemente início ao estudo dos movimentos.
A ciência que nascia evoluía com muitas contribuições dos mais diversos povos,
porém as explicações em cada época a respeito do universo mudam de acordo com o
que se conhece sobre ele.
As inconsistências e insuficiências dos modelos explicativos do Universo exigiram
novos estudos que produziram novos conhecimentos físicos. Estes estudos foram
125
estimulados pelas mudanças econômicas, políticas e culturais iniciadas no final do século
XV com a ampliação da sociedade comercial. Estes acontecimentos acentuaram-se ao
longo dos séculos seguintes e abriram caminho para a Revolução Industrial do século
XVIII.
Nesse contexto histórico, GALILEU GALILEI inaugurou a Física que conhecemos
hoje.
Portanto, o objeto de estudo desta ciência é o Universo, sua evolução, suas
transformações e as interações que nele ocorrem.
A Física como ciência se fez e faz presente em toda a evolução cósmica, sempre
investigando e desenvolvendo novos produtos e tecnologias. Desta forma, incorporada à
cultura e integrada como instrumento tecnológico, esse conhecimento tornou-se
indispensável à formação de uma cultura cientifica específica efetiva que permita ao
indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais situando e
dimensionando a interação do ser humano com a natureza levando-o a investigação, a
manipulação, a compreensão e a transformação do conjunto de equipamentos e
procedimentos técnicos e tecnológicos do cotidiano doméstico, social e profissional, sento
assim, a capacidade de avaliar riscos e benefícios desses processos.
A Física vem proporcionar as novas gerações à apropriação crítica dos
conhecimentos físicos e desenvolvendo habilidades como: ler, interpretar, sintetizar,
expressar a linguagem Física, elaborar hipótese, observar, comparar, testar novas
tecnologias, avaliar e analisar previsões e aplicações, incorporando assim o patrimônio
científico cultural, que permita, desse modo, que os indivíduos envolvidos possam
desenvolver-se de forma autônoma e cidadã, dando as novas gerações à possibilidade de
serem os construtores de sua história de forma consciente e livre.
Entende-se então, que a Física deve educar para a cidadania contribuindo para
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica
ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para
o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que
percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as
estruturas que representam esses aspectos.
126
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Estes são os conteúdos estruturantes que compõem os campos de estudo da
física: movimento, termodinâmica e eletromagnetismo. Estes conteúdos foram e são
importantes para o entendimento de fenômenos físicos ligados ao conhecimento do
universo e fazem parte da cultura científica de nosso tempo, portanto pertencem á
humanidade, é um direito dos estudantes conhecê-los.
Movimento:
Momentum e inércia;
Conservação da quantidade de movimento (Momentum);
Variação da quantidade de movimento – Impulso;
2ª Lei de Newton;
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
Energia e o Princípio da Conservação da Energia;
Gravitação.
Termodinâmica:
VI. Leis da Termodinâmica:
VII. Lei Zero da Termodinâmica;
VIII. 1ª Lei da Termodinâmica;
IX. 2ª Lei da Termodinâmica.
Eletromagnetismo:
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
Força eletromagnética;
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/ Lei de Coulomb, Lei de
Ampere, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday;
A natureza da luz e suas propriedades.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
127
• Através do diálogo, questionamentos e debates proporcionados pelo professor (a)
levantar o conhecimento prévio trazido pelos alunos;
• Abordar a parte histórica dos conteúdos através de slide, pequenos vídeos, textos
científicos entre outros;
• Através de textos científicos, não científicos e pesquisas nas diversas multimídias
mostrar a história da não neutralidade da produção cientifica, suas relações externas,
sua interdependência com os sistemas produtivos, os aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais dessa ciência;
• Utilizar a linguagem matemática, os modelos de equações matemáticas através de
exemplos e demonstrações de exercícios resolvidos e também para resolver, debates,
com o intuito de levar o aluno a compreender mais facilmente as teorias físicas, chegando
assim ao conhecimento científico;
• Recorrer à experimentação para facilitar a formação de um conceito científico
levando os alunos a discussão e reflexão do fenômeno em questão, solicitando também
relatório individual, questões abertas ou uma síntese da experiência que viu para verificar
a aprendizagem dos alunos e obter subsídios para intervir no processo pedagógico;
• Trabalhar com leituras de textos trazidos pelo professor, científicos ou não, que
após a leitura em grupo, individual ou pelo professor seja debatido por todos, ou com
questões abertas,
• Para enriquecimento de ensino a Física deverá ser trabalhada em conjunto, ou
seja, fazer acontecer entre professor/aluno e aluno/aluno a troca de experiência como
aula expositiva, dinâmicas de grupos, estudos de textos complementares relacionados
aos conteúdos trabalhados, vídeos que mostrem a evolução tanto cientifica como
tecnológica do mundo que nos rodeia, praticas laboratoriais e pesquisas diversas e não
deixando de lado a leitura cientifica, o uso do DVD, internet, Datashow, retoprojetor e
demais recursos tecnológicos para que o estudante mergulhe cada dia mais neste vasto
universo de conhecimento.
• Em relação à Cultura Afro, solicitar uma pesquisa sobre as danças, principalmente
capoeira e os movimentos em Física. Também os sons (músicas). Apresentar o resultado
das pesquisas no mural do Colégio e escolher algumas músicas para apresentar,
inclusive movimentos de capoeira.
• Dentro dos desafios contemporâneos, explicitar e trabalhar em grupo através de
textos, DVDs, slides, entre outros os conhecimentos necessários para entender as
relações entre homem e natureza e a termodinâmica, as possibilidades de intervenção no
128
processo de organização social e econômica. As produções finais de cada grupo deverão
ser expostas oralmente ou através de cartazes aos demais grupos.
• Em relação à diversidade sexual na escola, o ensino de Física, deverá nos tempos
apropriados, abrir caminho para o estabelecimento de uma orientação que visa o respeito
a livre orientação sexual em consonância com relações igualitárias de gênero, classe,
raça/etnia, construindo um ambiente pedagógico onde os conhecimentos científicos
acerca deste assunto possam ser difundidos com domínio e propriedade.
• Valorizar e dar ênfase a educação do campo principalmente onde se relaciona
força, massa, roldanas, temperatura, equilíbrio, mecânica e principalmente o
eletromagnetismo, considerando que todo o trabalho praticado no campo tem relação
direta com os eixos principais do ensino da Física.
Avaliação
• Considerar a apropriação dos objetivos de estudos da Física;
• Considerar o progresso dos alunos quanto aos aspectos históricos, conceituais e
culturais;
• Buscar uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só para
verificar a apropriação do conteúdo, mas encontrar subsídios para o professor
intervir;
• Os alunos deverão ser avaliados continuamente;
• Faz-se necessário uma avaliação diagnostica e cumulativa, utilizando os seguintes
instrumentos:
- observação direta quanto à resolução e participação das atividades em sala de
aula, bem como das mudanças de atitude após aquisição de novos conhecimentos;
- formulação, resolução e apresentação de situação problema;
- apresentação de relatório de pesquisa e experimentos;
- apresentação de proposta de solução das problematizarão estudadas;
- aplicação de teste.
• A recuperação concomitante ao processo ensino e aprendizagem vai acontecer a
partir dos conteúdos selecionados, onde as estratégias e recursos utilizados devem ser
129
ofertados além dos trabalhados nas avaliações, modificando os encaminhamentos
metodológicos retomando os conteúdos a fim de assegurar a possibilidade de
aprendizagem.
REFERÊNCIAS
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nestor Víctor;
Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio.
Livro Didático Público – Secretaria de Estado de Educação 2006.
GREF. Grupo de Reelaboraçao do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo: EDUSP,
1985;
GONÇALVES FILHO, A; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2002.
MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione. 1987;
Biblioteca do Professor
www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br
www.sbfisica.org.br/rbef
www.ufsem.br/cienciaeambiente
www.scielo.br
www.saladefisica.com.br
www.fsc.ufsc.br/ccef/
www.ifi.unicamp.br/~ghtc
130
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Apresentação
A disciplina Filosofia da educação, ao longo da sua história, contribuiu para
esclarecer um a serie considerável de dúvidas, o que ajudou nas transformações
qualitativas na sociedade. Assim é necessário retomar e discutir o sentido do filosofar nos
cursos de formação de professores, para que os novos mestres possam atribuir novos
significados às práticas docentes.
A Filosofia se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a
compreensão da realidade, de investigar a respeito do conhecimento de qualquer
natureza, no sentido de se ter uma compreensão, um conhecimento em sua totalidade, ou
o mais próximo da verdade.
No contexto filosófico da Educação faz-se, um questionamento sobre a escola,
suas verdades, seus métodos, sua essência, enfim, reflete os elementos que a compõe,
provocando transformações no professor e futuro educador através da busca por articular
o espaço temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.
Portanto o trabalho pedagógico voltado para essa disciplina tem por objetivo
compreender o que é filosofia e como ela se distingue da ciência e de outros
empreendimentos intelectuais que também a refletem, despertando no aluno a percepção
da necessidade de elucidar e avaliar suas convicções e pressuposições básicas,
refletindo especificamente sobre a educação e os problemas que a envolvem.
Conteúdos Estruturantes
Pensar filosoficamente (criticamente) o ser social, a produção do conhecimento e
a educação, fundados no princípio histórico-social. Introdução à Filosofia da Educação
norteada pela reflexão com base nas categorias de totalidade, historicidade e dialética.
Principais prensadores da Filosofia da Educação moderna e contemporânea:
• Locke (1632-1704) e o papel da experiência na produção do conhecimento.
• Comenius(1592-1670) e Herbart(1776-1841): a expressão pedagógica de uma
visão essencialista do homem.
• Rousseau (1712-1831): oposição à pedagogia da essência.]
• Pestalozzi(1749-1827) e Decroly(1871-1932); pedagogias centradas no
desenvolvimento da criança.
131
• Dewey (1859-1952: o pragmatismo)
• Marx e Gramsci: a concepção histórico-crítica de educação.
Encaminhamento Metodológico.
As aulas devem ser sempre embasadas teoricamente com leitura de textos e
esquemas no quadro; as aulas expositivas deverão ser contextualizadas buscando-se
fazer as relações entre os temas trabalhados, esclarecendo dúvidas sempre que
necessário.
A proposta que permeia as reflexões que se seguem podem ser definidas como
uma forma de ação educativa que pretende através de um direcionamento específico,
proporcionar aos educandos a aquisição de entendimento, de tal forma que não venha
ser tão somente uma ilustração teórica, mas uma forma permanente de vivência e prática.
O encaminhamento metodológico para a disciplina visa assegurar
qualitativamente uma visão ampla dos conhecimentos a serem apropriados, utilizando-se
para isso, de técnicas como:
1- Discussão em grupo
2- Dinâmica de grupo
3- Pesquisas
4- Aulas expositivas
5- Debates em sala de aula
6- Utilização de diferentes mídias na abordagem dos temas propostos (TV
Pendrive/Datashow, entre outras.)
Avaliação
De acordo com a L.D.B. 93.94/96, a avaliação será: diagnóstica, contínua,
formativa e comutativa visando o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Deve ter como critério considerar o aluno como sujeito
histórico, capaz de estabelecer relações entre o passado e o presente, buscando dessa
forma apropriar-se de conhecimento que permitam sua atuação no mundo.
Portanto, apresenta um caráter diagnóstico, realizado de forma contínua e
inclusiva, integrada às práticas pedagógicas, priorizando a especificidade dos processos
formativos dos alunos. Para tanto, acontecerá através da utilização de instrumentos
diversificados, onde os alunos serão avaliados em vários momentos e de diferentes
132
maneiras como:
• Avaliações escritas (individual, dupla, trio...)
• Apresentações orais e debates;
• Exercícios individuais e grupais;
• Avaliação com consulta;
As notas serão distribuídas semestralmente, sendo 60 pontos avaliações escritas
e orais e 40 pontos com trabalhos ou atividades em sala, sendo que essas atividades
serão diversificadas conforme o conteúdo.
No decorrer de cada semestre serão aplicados no mínimo 2 avaliações no valor
de 30 pontos uma(prova teórica) ou (prática) e duas atividades (trabalhos, exercícios,
etc...) no valor de 20 pontos cada:
A recuperação de estudos ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a
fim de que ocorra a aprendizagem. Será ofertado uma nova oportunidade avaliativa no
final de cada bimestre aos alunos que não alcançarem a média estabelecida e a todos
que desejarem melhorar seu desempenho escolar, sendo portanto proporcionado
avaliações escritas e/ou trabalhos, com o intuito de reforçar os educandos com maiores
dificuldades, a fim de que todos progridam em sua aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ALVES, G. L. A produção da escola pública contemporânea. Campinas: Autores
Associados, 2001.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13ª. Ed. São Paulo: Ática, 2003.
ENGELS, F. A dialética da natureza. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
GADOTTI, M. Concepão dialética da Educação.São Paulo. Cortez, 1983.
LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.9394/96.
LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994. Coleção Magistério
Segundo Grau. Série Formação de Professores.
MAO T. Sobre a prática e sobre a contradição. São Paulo: Expressão Popular, 1999.
MARX, K., ENGELS, F. A IDEOLOGIA ALEMÃ. 10ª. ED. SÃO Paulo: Hucitec, 1996.
MARX, K. Para a crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1996.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores
Associados, 2003.
SILVA, I. L. F. A formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino
133
fundamental, em nível médio, no Estado do Paraná – 2003.
SUCHODOLSKI, B. A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosóficas. Lisboa: Livros
Horizontes, 1984.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUAÇÃO SUPERITENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFICIONAL. Proposta Pedagógica Curricular
do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino
Fundamental, em nível médio, na modalidade normal. Curitiba, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUAÇÃO SUPERITENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO. Fundamentos-metodológicos das
disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes-
Normal, em nível médio. Curitiba: PR, 2008.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Apresentação
A disciplina fundamentos históricos da Educação tem como principal objetivo
propor reflexões e apontar sugestões ao tratamento pedagógico que deve merecer a
disciplina,prevendo como primeiro tópico a temática: o que é e para que serve a história e
a história da educação,refletindo sobre a relevância do conhecimento histórico e da
disciplina na formação de professores. Temos que destacar as implicações de
concepções para o campo educacional.
Esta disciplina contem um roteiro da história da educação no Brasil, com a
intenção de oferecer ao estudante oportunidade para que possa:
• Adquirir informações básicas sobre nosso passado educacional;
• Exercitar seu espírito crítico em relação ao conteúdo estudado;
• Capacitar-se a contribuir teórica e praticamente para a transformação
da educação brasileira, em especial no que diz respeito ao cotidiano da
escola pública;
CONTEÚDOS
• Concepções de história e historiografia
134
• Educação ao longo da história e recorte e metodologia.
• O renascimento e o iluminismo;
• O iluminismo e sua influência na educação brasileira;
• A educação humanista e a reforma;
• A educação Jesuítica;
• A reforma pombalina;
• As pedagogias dominantes e não dominantes;
• As escolas teóricas: Religiosas (confessionais), Tradicionais,
Libertárias e Progressistas;
• O sistema educacional brasileiro;
• Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional;
• O sistema educacional Paranaense;
• Currículo básico;
• Diretrizes estaduais;
• Pluralidade cultural/ diversidade;
• Educação no período de 1930 a 1982: liberalismo econômico,
escolanovismo e tecnicismo.
• As temáticas da lei 11,645 de 2008.
METODOLOGIA
Os conteúdos a serem trabalhados, visam assegurar de forma qualitativa
uma visão ampla dos conteúdos utilizando diversas técnicas, como:
• Aula expositiva;
• Dinâmica de grupo;
• Pesquisa;
• Trabalho em grupo;
• Trabalho individual;
• Discussão circular;
• Técnica GVGO;
• Vídeos;
135
Avaliação
A avaliação da aprendizagem é semestral,no valor de 10,0. distribuídos em
avaliações teóricas e/ou práticas no valor de 6,0 ou 7,0 e atividades
diversificadas(trabalhos,pesquisas,entrevistas,entre outras) no valor de 3,0 ou 4,0 de
acordo com a especificidade de cada disciplina.
O aluno será avaliado ao longo do processo ensino-aprendizagem em vários
momentos.
A recuperação de conteúdos é feita permanentemente e concomitante,retomando
as dificuldades apresentadas pelos educandos ao longo do processo. esta terá no
semestre o valor 10,0, sendo substituída, prevalecendo a de maior valor.
A nota do semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação,sendo valores cumulativos em várias aferições,na
sequencia e ordenação de conteúdos.
REFERÊNCIAS
GHIRALDELLI Jr. Paulo – história da Educação – Editora Cortez, 1991.
RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da Educação Brasileira: a organização escolar. 12ª
ed. São Paulo: Cortez: Autores associados, 1992. (coleção educação contemporânea).
FREITAS, Barbosa. Escola, estado e sociedade. São Paulo: Moraes, 1986.
SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Teoria educacional crítica em tempos. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1993. Pós-modernos.
SAVIANE. Dermeval. Escola e democracia. 33ª ed. Revista Campinas: Autores
Associados, 2000.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
APRESENTAÇÃO
136
A disciplina de Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil no curso
de Formação de Docentes têm como proposta contribuir para formação do professor de
Educação Infantil, buscando problematizar as questões das crianças. Nesta disciplina
objetiva-se promover uma ampliação de nossa compreensão acerca da infância dando
visibilidade às experiências culturais mais diversas, seja ao longo da história seja no que
se refere às crianças do presente.
É fundamental que na disciplina de Fundamentos Históricos Políticos da
Educação os alunos (as) possam adquirir mais conhecimentos nos estudos históricos.
Estabeleçam a diferença entre valores positivos e negativos do processo
educacional da infância no Brasil.
A presente disciplina utiliza a contribuição referencial curricular do curso de
formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental e
Diretrizes Curriculares da Educação, como base para orientação no desenvolvimento do
processo ensino X aprendizagem da educação infantil.
Esta experiência colabora tanto na re - significação de teorias como na
recondução da análise reflexiva de suas práticas cotidianas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A proposta nas diretrizes curriculares do Ensino de Formação de Docentes
na disciplina de (Fundamentos Históricos Políticos Da Educação Infantil) tem como base:
- A necessidade da infância.
- Grumetes, pajens, órfãs do rei... E outras crianças migrantes.
- Infância e educação no Brasil nascente .
- O cuidado às crianças pequenas no Brasil nascente.
- Reconhecimento social da infância no Brasil: da menoridade à cidadania.
- Orientação curricular para a educação infantil: Referencial Curricular Nacional e
Diretrizes Curriculares Nacionais.
- Infâncias e políticas de educação infantil: inicio do século XXI.
METODOLOGIA
137
A metodologia a ser trabalhada visa assegurar de forma qualificativa uma
visão ampla dos conteúdos, utilizando técnicas como:
- Discussão em grupo;
- Dinâmica de grupo;
- Pesquisa;
- Trabalho em grupo;
- Trabalho individualizado;
- Aulas expositivas;
- Debates em sala;...
AVALIAÇÃO:
Os alunos serão avaliados em vários aspectos através de:
- Avaliações escritas (individual, dupla, trio...);
- Apresentações orais e debates;
- Exercícios individuais e grupais;
- Avaliação com consulta;
A avaliação da aprendizagem é semestral,no valor de 10,0. distribuídos em
avaliações teóricas e/ou práticas no valor de 6,0 ou 7,0 e atividades
diversificadas(trabalhos,pesquisas,entrevistas,entre outras) no valor de 3,0 ou 4,0 de
acordo com a especificidade de cada disciplina.
O aluno será avaliado ao longo do processo ensino-aprendizagem em vários
momentos.
A recuperação de conteúdos é feita permanentemente e concomitante,retomando
as dificuldades apresentadas pelos educandos ao longo do processo. esta terá no
semestre o valor 10,0,sendo substituída, prevalecendo a de maior valor.
A nota do semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada
instrumento de avaliação,sendo valores cumulativos em várias aferições,na sequencia e
ordenação de conteúdos.
REFERÊNCIAS
VASCONCELOS, Vera Maria Ramos de Educação da infância : historia e política.
138
Rio de Janeiro: DPSA, 2005.
PRIORE, Mary Del (og). Historia da criança no Brasil terceira ed. São Paulo: contexto
1995. Coleção Caminhos da Historia.
NOVA, Escola n. 153. Revista do Professor: A Educação Infantil que faz sentido.
Fundação Victor Civita. 2002.
Diretrizes Curriculares para Educação Básica.
D.C.E. Diretrizes Curriculares Estaduais.
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
Apresentação
Todo ser que trabalha necessita se reconhecer no que resulta do processo criador,
transformando atos e objetos no processo de formar, ensinar, aprender e produzir
conhecimento. Os alunos deverão estar comprometidos com o processo de aprendizagem
porque estão se preparando para um trabalho especial: a educação de crianças. Nos
conteúdos que irão aprender deverão reconhecer que a Psicologia da Educação é um dos
alicerce responsável para o desenvolvimento necessário para a Formação Docente da
Educação Infantil, Fundamental, Escola Especial, valorizando e analisando os teóricos
propostos por autores com Darwin, Piaget, Vygostsksi e outros.
Na práxis educativa corrente na maioria das escolas e em algumas instituições
educativas há dificuldades, limitações nas propostas , nos autores, psicologias e
tendências. Nos autores da Psicologia Sócio-Histórica o método dialético é fundamental.
Para Vigostski (1984) ele se traduz em três pontos básicos:
a) Entender o objeto de estudo como processo e não com fato;
b) Explicar e essência de tais processos e não ficar na sua aparência ; e
c) Estudar os processos já formados pelo entendimento de sua gênese.
A Psicologia Sócio-Histórica, é uma proposta de construção de uma ciência social
ampla e unificada . Da mesma forma que a psicologia vigotskiana não pode se reduzir à
Pedagogia , uma pedagogia crítica é voltada ao contexto da sociedade brasileira e de seu
139
sistema educacional também não se pode se reduzir à psicologia sócio-históricas.
Na proposta psicanalítica, remete ao professor à posição de um dos modelos
fundamentais para a formação dos alunos, pessoa sobre a qual incidem os mecanismos
inconscientes de identificação e projeção, numa relação transferencial . Segundo Bruner,a
proposta psicanalítica coloca o professor numa posição de terapeuta, cuja função é
proteger a criança, resgatando-a do trama familiar e das hipocrisias sociais.
Para Freud, é a internalização do social que gera a cultura ,sendo que este social é
um contexto à relação familiar,triádica, do complexo de Édipo,é uma relação estrutural
que se repetedo contexto histórico.
As concepções de Vigotski e Piaget, apresentam pelo menos dois pontos
fundamentais de distinção: a) a importância da linguagem na formação dos processos
psicológicos complexos(ou superiores); e b) o significado e a posição das relações sociais
no curso do desenvolvimento da criança.
Além de Vigostski e Piaget, destaca-se Henri Wallon ,em sua concepção muito se
aproxima das ideias de Vigostski , pois avança no desenvolvimentodas relações sociais
da criança e no seu desenvolvimento infantil.
Portanto, educador é aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de
interação com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus momentos de
discussão entre seus colegas de trabalho em busca de uma política justa, formando
cidadãos transformadores.
CONTEÚDOS
Introdução ao estudo da Psicologia
Introdução à Psicologia da educação
Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia
comtemporânia:Skinner e a psicologia comportamental
Psicanálise e educação
O sócio construtivismo:Piaget,Vygotsky,Wallon
Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente
Desenvolvimento da criança e do adolescente
Desenvolvimento humano e sua relação com aprendizagem
A linguagem os aspectos sócias,culturais e afetivos da criança e a cognição
140
METODOLOGIA
Os conteúdos serão ministrados de forma produtiva através de aulas expositivas
pelo educador pelo educador e docentes. Também serão empregadas técnicas criativas
tais como G.V.G.O. , simpósios e micro-aulas sempre aproveitando a oportunidade de
treinar o futuro educador.
AVALIAÇÃO
Será feita de maneira diversificada com avaliações escritas e desenvolvimento de
temas que serão apresentados por duplas de alunos para os colegas de classe , trabalhos
individuais e coletivos.
A avaliação além de ser contínua é diagnóstica , acumulativa e semestral, sendo
que o valor total é 5,0 pontos; distribuídos em 2,0 para trabalhos e pesquisas e 3,0 para
avaliações escritas no decorrer do semestre. Sempre haverá uma recuperação paralela a
cada conteúdo ministrado quando não acontecer o processo ensino-aprendizagem e
também àqueles que requererem uma nova oportunidade de realimentação de conteúdo e
nota.
REFERÊNCIAS
BAQUEIRO, R. Vygostsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas,
2001.
BRUNER, J. Concepciones de la Infancia: Freud, Piaget, Vygotsky. In: Bruner, J. E
Linaza, J. L. Acción, Pensamiento y Lenguaje. Madri: Alianza, 1984.
Libâneo, J. C. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-social dos
conteúdos. São Paulo: Loyola, 1986.
Vigotski, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Vigotski, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
141
WALLON. H. As etapas da personalidade da criança. In: WALLON, H. Objectivos e
métodos da psicologia. Lisboa: Estampa, 1975.
WEREBE, M. G. E NADEL-BRULFERT, J. N. ( Org.) Henri Wallon. São Paulo:
Ática, 1986.
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
1 – APRESENTAÇÃO
A disciplina Fundamentos Sociológicos da Educação, tem como principal
objetivo a efetividade do ensino de Sociologia da educação, fazer o aluno compreender,
problematizar, debater ou alimentar o debate das questões sociológicas nas escolas e na
sociedade. Cabe ao professor produzir uma socialização com os alunos em relação à
Sociologia da Educação.
A Sociologia compõe o arsenal teórico que ajudará aos professores das séries
iniciais e do ensino fundamental a se orientarem, juntamente é claro com as demais
disciplinas, mas que oferece aos futuros professores, um olhar a sociedade e a escola
diferenciado em seu contexto macro social e político.
Fundamentos Sociológicos da Educação vem a oferecer aos alunos o acúmulo
de conhecimento científico necessário da disciplina, levar os alunos as reflexões, mas
para isso o professor deverá saber fazer muito bem recortes, escolhas, delimitações de
conteúdos, de teorias e não passar somente conceitos sobre determinados assuntos,
deve-se, ser criteriosos na cientificidade da Sociologia, apesar do fato de estarmos
inseridos e comprometidos com a classe social trabalhadora, por isso exige ainda mais
rigor cientifico.
A Sociologia da Educação deverá ajudar os alunos a perceberem as
determinações sociais, da sua prática profissional, da configuração do sistema
educacional no país, da sua inserção na estrutura de classes do capitalismo, do
significado da educação no capitalismo, entre outros. Nesse sentindo, a disciplina uma
existência histórica que coincide com a historicidade da educação nas sociedades
modernas e que deve ser compreendida dessa forma, como um instrumento científico que
altera os olhares e, consequentemente, a prática pela práxis educativa.
142
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• A educação como um fenômeno que é estudado pelas Ciências Sociais,
especialmente pela Sociologia.
• Os diferentes olhares sobre a educação.
• A educação e o funcionalismo de Emile Durkheim.
• A pedagogia e a vida moral.
• A educação como fato, com as características de coerção, exterioridade e
generalidade.
• Indivíduo e consciência coletiva.
• A educação em diferentes formações sociais.
• A educação republicana, laica e de acordo com o desenvolvimento da divisão do
trabalho social.
• Os sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos a partir dessa teoria, tais
como Fernando de Azevedo e Lourenço Filho.
• A educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade.
• A educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da
democracia.
3- METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico da disciplina visa assegurar de forma
qualitativa uma visão ampla dos conteúdos, utilizando-se de instrumentos diversificados
para a apropriação dos conhecimentos, de forma a traduzir em termos mais concretos e
operacionais o alcance dos objetivos propostos.
No desenvolvimento das aulas, prevê-se o envolvimento dos alunos no
processo ensino-aprendizagem, assegurando qualitativamente os conhecimentos a serem
apropriados, utilizando-se para isso, de instrumentos como:
• Discussão em grupo.
• Dinâmica de grupo.
• Pesquisas.
• Trabalho em grupo e individualizado.
• Aulas expositivas.
143
• Debates em sala de aula.
• Utilização de diferentes mídias para o desenvolvimento dos temas propostos.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, dialógica, processual e formativa, visando subsidiar a
apropriação dos conteúdos propostos, de modo a apontar falhas e alternativas de
melhorias ao processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, os critérios avaliativos estarão de acordo com os objetivos propostos no
Regimento Escolar do estabelecimento de ensino, assegurando a apropriação dos
conteúdos pelos envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Para tanto, serão utilizados diferentes instrumentos avaliativos, como provas orais
e escritas, resenhas, trabalhos individuais e em grupo, prevalecendo os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Essas avaliações serão expressas em forma de notas semestrais, perfazendo um
total de 10,0 conforme instruções previstas no Regimento Escolar do Estabelecimento de
Ensino.
A recuperação de estudos ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a fim
de que ocorra aprendizagem. Aos alunos que não alcançarem a média estabelecida,
serão proporcionadas avaliações escritas e/ou trabalhos a fim de que progridam em sua
aprendizagem.
6- REFERÊNCIAS:
Fundamentos teóricos-metodológicos das disciplinas da proposta pedagógica curricular,
do curso de formação de docentes – curso de formação de docentes – normal, em nível
médio/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento
de Educação e Trabalho. – Curitiba : SEED – PR., 2008. – 242 p.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – Sociologia.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO - Secretaria de Educação do Estado do Paraná –
Sociologia.
OLIVEIRA, P. Da S. - Introdução à Sociologia: série Brasil. São Paulo, Ática, 2006.
144
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO
A Geografia é uma ciência, que tem como objeto de estudo o espaço geográfico
produzido ou transformado pela sociedade humana, além do espaço criado pela própria
natureza, ou seja, os processos e estruturas da superfície terrestre. O objetivo da
Geografia é explicar e compreender as relações entre a sociedade e a natureza, e como
ocorre a apropriação de uma ou da outra. O educando vai progressivamente construindo
o espaço geográfico no plano da sua cognição, isto é, na esfera do seu conhecimento.
Conhecer o espaço geográfico para melhor agir no processo de sua construção:
“Aprender é (re) construir pela descoberta” Paulo Freire.
A geografia é umas das disciplinas que vêm oferecendo conceitos diversificados ao
longo da história da humanidade. Possibilitando, através de mudanças tecnológicas,
auxiliar o homem em relação ao meio em que vive.
Para nós, seres humanos, viver implica produzir a existência. Isso significa que
precisamos realizar inúmeras ações para atender às nossas necessidades, aspirações e
conveniências.
Como não vivemos sozinhos, a produção da existência é feita por um conjunto de
ações coletivas e interligada, que constituem o processo social do trabalho.
Por meio do trabalho os homens se apropriam da natureza e utilizam os recursos
que lhes oferecem. Para conduzir sua existência, eles vêm modificando e transformando
a natureza desde sua primeira forma de organização, como: observar as estações do ano,
conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, direção e dinâmica dos ventos, os movimentos
das marés e as correntes marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância
entre período seco e período chuvoso, fatores esses essenciais para os povos
agricultores na antiguidade, os quais sempre foram realizados através da sabedoria
popular.
Assim, o papel da geografia no sistema escolar atual é integrar o educado ao meio,
propiciando uma reflexão sobre a realidade e aspiração de mudanças, desde o espaço
em que vive até o planeta como um todo.
A geografia favorece na formação do educado, pela variedade de assuntos que
comporta e pela análise que exige que se faça a realidade, pela possibilidade que abre
para o universo cultural. O ensino da Geografia deve formar cidadão consciente de sua
145
identidade assim como lhe dar a dimensão do que é ser cidadão.
Para sabermos Geografia, precisamos ser alfabetizados na leitura dos lugares,
reconhecer as influências, as interações que lugares e paisagens têm com o nosso
cotidiano.
A Geografia é uma ciência social. Ao ser estudada, tem de considerar o aluno e a
sociedade em que vive. Não pode ser uma coisa alheia, distante, desligada da realidade.
A Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele perceba como participante do
espaço que estuda, onde os fenômenos que ali acorrem são resultados da vida e do
trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. O aluno
poderá produzir um conhecimento que expresse a compreensão da realidade local e
mundial.
O conhecimento não brota da realidade, mas todo o aluno tem um conhecimento
que vem da casa, e a função da escola e da Geografia é fazer com que ele sugere o
senso comum, ao fazer confrontação da sua realidade concreta com conhecimento
cientificamente produzido. (CASTROGEOVANNI, Antônio Carlos)
O objetivo do ensino da Geografia é propiciar e contribuir para conceber o espaço
como uma totalidade na qual se passar todas as relações cotidianas. Orientando o
educado para uma percepção dos acontecimentos naturais e relações sociais ligadas ao
seu espaço, conferindo autonomia na construção de seu conhecimento e de sua
identidade como um cidadão, necessário para expressar sua responsabilidade como
sujeito de sua historia e do meio em que vive. É possível perceber que o estudo da
linguagem cartográfica vem, cada vez mais, reafirmando sua importância desde o início
da escolaridade. O estudo das representações cartográficas contribui não apenas que o
educando compreenda os mapas, mas também desenvolvam capacidades relativas à
percepção do espaço.
Entende para a formação dos alunos, o ensino da Geografia deve assumir ao
quadro conceitual das teorias críticas, que incorporou os conflitos e as contradições
sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço, sendo
capaz de compreender o mundo que cerca, e ter uma atitude para transformar.
Desenvolver o raciocínio geográfico através do estudo do Espaço Geográfico e sua
composição conceitual de lugar, paisagem, território (relação de poder), redes região,
sociedade e natureza.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
146
- Dimensão econômica do espaço geográfico;
- Dimensão política do espaço geográfico;
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias,
exploração e produção.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re) organização do espaço geográfico.
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A mobilidade populacional e as manifestações socio-espaciais da diversidade
cultural
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
7º ANO
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
- As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
147
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico.
− A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
−
CONTEÚDOS BÁSICOS
8º ANO
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- O comércio em suas implicações socio-espaciais.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A transformação demográfica a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
9º ANO
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- A revolução técnico- científico- informacional e os novos arranjos no espaço
da produção.
- O comércio mundial e as implicações socio-espaciais.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.
148
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
− O espaço em rede: produção, transportes e comunicações a atual
configuração territorial.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ensino médio
_ A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
A formação, localização exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técno-científica informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socio-espaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socio-espaciais do processo de mundialização.
149
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
METODOLOGIA
O ensino de Geografia propõe-se que os conteúdos estruturantes são
norteadores do trabalho com os conteúdos específicos. Ambos – estruturantes e
específicos – devem ser tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise –
relações espaço temporais, relações sociedade-natureza e relações de poder – e do
quadro conceitual de referência.
Segundo Paulo Freire. “aprender é reconstruir pela descoberta”.
O papel do professor é sistematizar esses conhecimentos, correlacionando-os
aos conteúdos propostos e dando-lhes uma fundamentação científica, atuando como
mediador, desafiador e questionador, de modo quem os alunos tenham uma visão mais
ampla dos conteúdos em análise. As aulas de geografia devem ser de campos, recursos
áudio visuais e outros.
A compreensão a educação as relações étnicas racionais que impõe
aprendizagens entre brancos, negros e indígenas trocas de conhecimentos, para
construção de uma sociedade justa.
Deve-se refletir sobre o trabalho e as manifestações culturais, os movimentos
populacionais, seus usos e costumes. A ocupação física, social e temporal do espaço nos
dando ideia de quem foi e a contribuição dos habitantes do nosso estado. Conforme as
leis : ( nº 10.639/ 03 e nº 11.645/08).
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, por
meio de interação com os alunos, levando em consideração os conhecimentos prévios
que os alunos possuem sobre determinados conteúdos. A avaliação é parte do processo
pedagógico, deve acompanhar a aprendizagem dos alunos quando nortear o trabalho do
professor.
É de suma importância que a avaliação seja mais do que a definição de uma
nota ou um conceito. É necessário que a avaliação formativa seja contínuo, diagnóstico
priorize a qualidade de aprendizagem.
Quando à leitura, será proposto aos alunos questões abertas, discussões,
150
debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias utilizadas durante a
aula, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como
valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Com relação à escrita, ter-se-á o
texto como uma fase do processo de produção e nunca como um produto final.
Ainda por meio de instrumentos avaliativos diversificados, como: leitura e
interpretação de fatos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas bibliográficas,
relatórios de aulas de campo, etc. Avaliar os avanços que os alunos podem apresentar
em relação à aprendizagem, tendo com base à medida que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, analisam, justificam, posicionam-se e argumentam defendendo o
próprio ponto de vista, a fim de participar como sujeitos históricos e participativos.
O professor deve observar, então, se os alunos formam os conceitos
geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-
natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
BIBLIOGRAFIA
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Espaço e Vivência 1° Edição – 2001. S.P. Editora Atual.
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Editora Scipione.
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151
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Láercio de Mello e Nelci Lopes
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO
Na década de setenta, o ensino de História era predominantemente tradicional. A
prática do professor era marcada pelas aulas expositivas e cabia aos alunos a
memorização e repetição do que era ensinado. O ensino não tinha espaço para analise
crítica e interpretação dos fatos.
A partir da lei 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e segundo
grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada à
preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho. O ensino de história tinha
prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.
Na segunda metade da década de 80 e no início dos anos 90, cresceram os
debates em torno das reformas democráticas na área educacional, processo que
repercutiu nas novas propostas do ensino de história, defendido pelos professores
universitários de História (ANPUH).
No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica de
História ao ensino desta disciplina no primeiro grau, fundamentada na pedagogia
histórico-crítica, por meio do Currículo Básica para a Escola Pública do Estado do Paraná
(1990).
152
Para o primeiro grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do
Brasil e História Geral. A História do Paraná e da América Lática apareciam como estudos
de caso, deslocados dos grades blocos de conteúdos.
Durante as reformas educacionais da década de 90, o Ministério da Educação
divulgou entre os anos 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e Médio. Os PCNs tem como preocupação forma cidadãos preparados para
exigências científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são
necessárias à preparação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.
Outros encontros destinados à formação de professores estavam à serviço de
projetos específicos como a correção de fluxo, que tinha por finalidade ajustar a série de
estudo à idade do aluno.
Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública estadual,
tanto no ensino fundamental como no médio, até o final de 2002. Essa realidade começou
a ser superada em 2003 com a elaboração das Diretrizes Curriculares para o ensino de
história (DCE p. 41, 42).
Por meio destas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na educação
básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,
culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e da produção do
conhecimento histórico.
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas
fundamentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas.
Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos
sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de futuro.
O Ensino de História é a formação de um pensamento histórico a partir da
produção do conhecimento que se modificam temporalmente, os diferentes contextos
espaço-temporais das diversas sociedades.
Os objetivos do estudo de história, pressupõe que o aluno participe ativa e
criticamente do processo, tornando-se capaz de: compreender os fatos passados de
forma que possa entender o presente através de suas raízes históricas; perceber a
ligação entre a sociedade contemporânea e os fatos históricos; compreender a
temporalidade dos acontecimentos históricos; entender que, enquanto cidadãos, somos
agentes ativos do processo de construção da História; entender o processo histórico
como resultado de fatores sócios-culturais; desmistificar a idéia de que a História é
construída somente por grandes heróis, como a História tradicional e factual sempre
153
privilegiou; estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos
da História do cotidiano e da História cultural. Identificando no próprio cotidiano, nas
relações sociais e nas ações políticas da atualidade a continuidade de elementos do
passado, reforçando o diálogo passado – presente; valorizar o direito de cidadania dos
indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da
democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e à luta contra as desigualdades;
contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é um
espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias; conhecer e
compreender a História dos povos latino-americanos, especialmente a História do Brasil,
do Paraná e a História local.
A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a
respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.
As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas
sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,
instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Na disciplina de História para o Ensino Fundamental, as relações da vida humana
constituem enfoques significativos para o conhecimento da História. Assim, os conteúdos
estruturantes para esse nível de ensino são:
- Relações de trabalho;
- Relações de Poder;
- Relações de Cultura.
Com relação à disponibilidade de material didático é feito a nível Federal. Nós do
Paraná já estamos em uma nova caminhada onde as DCE's - História, norteará o nosso
trabalho. Portanto, temos que buscar (pesquisar) os conteúdos que não constam nos
livros (didáticos) para nos adequarmos as DCE's.
Conteúdos Básicos – Ensino Fundamental
6ºANO
- A experiência humana no tempo;
- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
- As culturas locais e a cultura comum.
154
7º ANO
- As relações de propriedade;
- A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
- As relações entre o campo e a cidade.
- Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
8º ANO
- História das relações da humanidade com o trabalho;
- O trabalho e a vida em sociedade;
- O trabalho e as contradições da modernidade;
− Os trabalhadores e as conquistas de direito.
9º ANO
- A constituição das instituições sociais;
- A formação do Estado;
- Sujeito, guerras e revoluções.
• Em relação às Leis 11.645/08 e a Lei 13.381/08, que tratam respectivamente
da História e Cultura Afro Brasileiro e Indígena, e História do Paraná e Desafios
Educacionais Contemporâneos, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio,
ambas temáticas serão trabalhados de forma articulada com os conteúdos específicos na
medida em que os conteúdos básicos possibilitem a inserção, por meio de: textos, vídeos
e aulas expositivas e dialogadas.
METODOLOGIA
Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe-se, nestas Diretrizes, que os
conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e
comparações com a história mundial.
Ao realizar o seu trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e
específicos, o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles, retomar
constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, como
este é produzido a partir do trabalho de um pesquisador (que utiliza um método de
pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações em
documentos produzidos sobre seu objeto de pesquisa).
Considerando que, em seu trabalho, o historiador tem como objeto de estudo os
155
processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, consideramos importante há necessidade em
sala de aula, da utilização de diferentes métodos de investigação histórica, dentre os
quais:
Aulas expositivas e dialogadas;
Análise de textos;
Análise de interpretação de documentos históricos, bem como de outras fontes
históricas, inclusive a fonte oral;
Análise e interpretação de imagens;
Análise e interpretação de filmes e músicas;
Análise e interpretação de mapas históricos e geográficos;
Debates, teatros, gincanas culturais, jogos educativos, e seminários temáticos.
Por meio da utilização dos seguintes recursos tecnológicos:
Laboratório de Informática;
TV Pen-drive;
Data-show;
Dvd.
Portanto, consideramos que por meio da utilização dessas metodologias e dos
recursos tecnológicos disponíveis no espaço escolar, o educando, ao concluir a Educação
Básica, compreenda que não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são
produzidas a partir evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas
em fontes diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização
social, política e cultural em cada momento histórico.
AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
Considerando que a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a
este processo. Refutamos aqui, as práticas avaliativas que priorizem o caráter
classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função de aprendizagem, e materializa o
modelo excludente de escolarização e de sociedade, pois, compreendemos que a
avaliação tem por finalidade a democratização do ensino,e seu papel consiste, em levar o
educador a tomada de decisões quanto a fazer com que o educando avance no processo
de aprendizagem.
Em sua prática avaliativa, o professor recorrerá a diferentes instrumentos e
156
critérios diversificados, tais como: atividades que permitam desenvolver a capacidade de
síntese e redação de uma narrativa histórica, por meio de análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos, pesquisas bibliográficas, sistematização
de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros, sempre valorizando
três aspectos importantes, complementares e indissociáveis:
- Investigação e apropriação de conceitos históricos pelos estudantes.
- A compreensão das relações da vida humana.
- O aprendizado dos conteúdos básicos.
Quanto à recuperação de estudos, a mesma deve acontecer a partir de uma lógica
simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do
aluno, então, é preciso investir em diversas metodologias e recursos possíveis para que
ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo ensinado.
Partindo dessa concepção de avaliação, deseja-se que, ao final do trabalho na
disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos históricos,
reconhecer criticamente as relações de poder neles existente, bem como intervirem no
mundo histórico em que vivem de modo a se fazerem sujeitos da própria história.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
157
Brasileira”, e dá outras providências.
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Recursos tecnológicos disponíveis: Paraná Digital, TV – Pendrive, DVD.
158
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO
Na década de setenta, o ensino de História era predominantemente tradicional. A
prática do professor era marcada pelas aulas expositivas e cabia aos alunos a
memorização e repetição do que era ensinado. O ensino não tinha espaço para analise
crítica e interpretação dos fatos.
A partir da lei 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e segundo
grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada à
preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho. O ensino de história tinha
prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.
Na segunda metade da década de 80 e no início dos anos 90, cresceram os
debates em torno das reformas democráticas na área educacional, processo que
repercutiu nas novas propostas do ensino de história, defendido pelos professores
universitários de História (ANPUH).
No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica de
História ao ensino desta disciplina no primeiro grau, fundamentada na pedagogia
histórico-crítica, por meio do Currículo Básica para a Escola Pública do Estado do Paraná
(1990).
Para o primeiro grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do
Brasil e História Geral. A História do Paraná e da América Lática apareciam como estudos
de caso, deslocados dos grades blocos de conteúdos.
Durante as reformas educacionais da década de 90, o Ministério da Educação
divulgou entre os anos 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e Médio. Os PCNs tem como preocupação forma cidadãos preparados para
exigências científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são
necessárias à preparação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.
Outros encontros destinados à formação de professores estavam à serviço de
projetos específicos como a correção de fluxo, que tinha por finalidade ajustar a série de
estudo à idade do aluno.
Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública estadual,
tanto no ensino fundamental como no médio, até o final de 2002. Essa realidade começou
159
a ser superada em 2003 com a elaboração das Diretrizes Curriculares para o ensino de
história (DCE p. 41, 42).
O ensino de História na Educação busca-se despertar reflexões a respeito de
aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da
disciplina e a produção do conhecimento histórico.
A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os
processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem
como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas
ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar,
imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
Os objetivos centrais do ensino de História no Ensino Médio prendem-se a
formação da consciência de cidadania, de modo a construir no aluno através da
incorporação, conhecimentos científicos, a capacidade de inserção e intervenção claras e
consequentes em sua realidade.
Deseja-se que ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos sejam
capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder
neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de
modo a se fazerem também sujeitos da própria História.
Para tanto, espera-se que ao concluir essa etapa da vida escolar, o aluno seja
capaz de: Reconhecer-se como parte de um grupo social que se articula a outros grupos
sociais; Organizar repertórios histórico-culturais que sejam capazes de contribuir na
compreensão de alguns processos históricos próximos e distantes; Reconhecer e
respeitar as diversas manifestações culturais nas suas diversas temporalidades;
Conhecer, analisar e discutir a realidade social na qual está inserido, atuando
conscientemente nela; Caracterizar e distinguir relações de trabalho, de poder e culturais
em diferentes contextos históricos; Desenvolver habilidades de leitura e decodificação dos
variados registros históricos; Conhecer e respeitar o patrimônio sócio-cultural da
humanidade; Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intragrupos
sociais; Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas
produzem na vida das sociedades; Localizar acontecimentos no tempo, e dominar
padrões de medida e noções para distingui-los por critérios de anterioridade,
posterioridade e simultaneidade; Debater ideias e expressa-las por escrito e por outras
formas de comunicação; Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e
160
políticas de realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania;
Contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é
um espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias; Entender e
valorizar a contribuição dos africanos, indígenas e afro-descendentes na construção da
nação brasileira; Compreender a História do Paraná e valorizar a identidade cultural do
estado; Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares; Ter iniciativa e autonomia
na realização de trabalhos individuais e coletivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O estudo da História no Ensino Médio se fará a partir de temas, que serão
abordados a partir dos conteúdos estruturantes: relações de Trabalho, relações de Poder
e relações Culturais, articulados às categorias de análise tempo e espaço.
Conteúdos Básicos
1º Ano
- Trabalho Escravo, servil, Assalariado e o Trabalho Livre;
- Urbanização e Industrialização.
2 ºAno
- O Estado e as relações do poder;
X. Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
3º Ano
- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
Cultura e Religiosidade.
Em relação às Leis 11.645/08 e a Lei 13.381/08, que tratam respectivamente da
História e Cultura Afro Brasileira e Indígena, e História do Paraná e Desafios
Educacionais Contemporâneos, as temáticas serão trabalhados de forma articulada com
os conteúdos específicos na medida em que os conteúdos básicos possibilitem a
inserção, por meio de: textos, vídeos e aulas expositivas e dialogadas.
METODOLOGIA
Ao realizar o seu trabalho, o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles,
retomar constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento
histórico, como este é produzido a partir do trabalho de um pesquisador (que utiliza um
método de pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações
161
em documentos produzidos sobre seu objeto de pesquisa).
Considerando que, em seu trabalho, o historiador tem como objeto de estudo os
processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, o que nos remete a diferentes interpretações
de um mesmo acontecimento histórico.
A proposta é de um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos (básicos
e específicos) terão como finalidade a discussão e a busca de solução para um
tema/problema previamente proposto.
O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos
tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso se dá
quando professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas pesquisas escolares, os
métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas desses sujeitos.
Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em diferentes fontes (livros,
cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc.), sendo que os historiadores se
utilizam destas fontes para construírem suas narrativas históricas.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser
fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos
manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos referenciais. Espera-
se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma verdade
histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir evidências que organizam
diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a
consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada
momento histórico.
As correntes historiográficas utilizadas para o ensino de História no Ensino Médio
serão a Nova Esquerda Inglesa, a partir de sua matriz materialista histórica dialética e a
Nova História Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História.
O trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto
quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.
Para tanto, aplicar-se-ão os seguintes métodos:
• Aulas expositivas e dialogadas;
• Análise de textos;
• Análise de interpretação de documentos históricos, bem como de outras fontes
históricas, inclusive a fonte oral;
162
• Análise e interpretação de imagens;
• Análise e interpretação de filmes e músicas;
• Análise e interpretação de mapas históricos e geográficos;
• Debates, teatros, gincanas culturais, jogos educativos, e seminários temáticos.
Por meio da utilização dos seguintes recursos tecnológicos:
• Laboratório de Informática;
• TV Pen-drive;
• Data-show;
• Dvd.
AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
A avaliação do processo ensino e aprendizagem pode realizar-se por meio de
instrumentos e critérios diversificados. É importante que o professor, adote os que julgar
mais adequados às suas propostas e às características de seus alunos.
De acordo com a DCE História, a avaliação será efetivada de forma contínua,
diagnóstica, formativa, somativa e permitindo assim, um retrato do conjunto do aluno e da
classe.
De acordo com LUCKESI (2002), a avaliação deverá ser assumida como um
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,
tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu
processo de aprendizagem, fazendo a retomada do conteúdo conforme a necessidade de
acordo com GIROUX (1997, p. 71).
Ao longo do Ensino Médio, o aluno deverá entender que as relações de trabalho,
as relações de poder e as relações culturais articulam e constituem o processo histórico.
A avaliação do ensino de História no Ensino Médio levará em conta alguns
aspectos importantes:
- a apropriação de conceitos históricos;
- a compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos
estruturantes); e
- o aprendizado dos conteúdos básicos e específicos.
Sendo que esses três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis. O professor recorrerá a diferentes instrumentos e critérios diversificados,
163
tais como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos
históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de
conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros.
Será efetivada a recuperação paralela, oferecendo aos alunos oportunidades
para superar as dificuldades demonstradas, diante de tais dificuldades o professor e
alunos discutirão e colocarão em prática novos métodos de ensino-aprendizagem e
avaliação, sempre em consonância com as Diretrizes Curriculares de História e Projeto
Político Pedagógico da Escola.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de
investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a
clareza dos instrumentos e dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do
ensino, diversificados possibilitando aos estudantes variadas oportunidades e maneiras
de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos
seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então,
é preciso investir em diversas metodologias e recursos possíveis para que ele aprenda. A
recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar
os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de
conteúdo.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação / recuperação que permeia o
currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação /
recuperação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe
pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico
relevante para a formação dos alunos.
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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERMA - INGLÊS
APRESENTAÇÃO
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado a partir da assinatura do
decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de inglês e francês no governo de D. João
VI em 1809. O objetivo deste decreto foi o de melhorar a instrução pública e de atender às
demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. A partir daí, o cenário do ensino
de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes
mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da
história. As propostas curriculares e as metodologias de ensino precisavam atender as
expectativas e demandas sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.
Na década de 1970, iniciou-se no Brasil, a discussão das teorias de Piaget sobre a
abordagem cognitiva e construtivista. De acordo com esta abordagem, a aquisição da
língua era entendida como resultado da interação entre o organismo e o ambiente, em
assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência. Neste
mesmo período, educadores brasileiros passaram a tomar contato com os estudos de
Vygotsky no campo da aquisição da linguagem. Para Vygotsky, o desenvolvimento da
linguagem ocorre em duas instâncias, primeiramente externa ao indivíduo (acontece nas
trocas sociais) e depois interna (as trocas sociais exercem um movimento de
interiorização).
A abordagem comunicativa começou a ser discutida no Brasil na década de 80.
Nesta abordagem, a língua é concebida como instrumento de comunicação ou de
166
interação social, pautando-se no cognitivismo para desenvolver a competência
comunicativa. Desta forma, o professor deixa de ser o centro do ensino e passa à
condição de mediador do processo pedagógico.
Em 1996, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, determinou a
oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamenta,
a partir da quinta série,cuja escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar,
conforme suas possibilidades de atendimento (Art.26,§5º). Para o Ensino Médio, a lei
determina ainda que seja incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina
obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo,
dentro das disponibilidades da instituição (Art.36,§3º).
Ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as
questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que
o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.
A importância de aprender um LEM é primordial para a formação crítica do
educando, para a percepção de si mesmo, para a interação com o outro e para o
crescimento individual. Desta forma, busca-se que o aluno analise as questões da nova
ordem global, suas implicações e que desenvolva uma consciência crítica a respeito do
papel das línguas na sociedade. Também, espera-se que o educando reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
Desta forma, espera-se que o aluno:
• Amplie a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos mais críticos e
reflexivos.
• Perceba a importância da sua própria cultura por meio do conhecimento da cultura
de outros povos;
• Tenha uma consciência mais abrangente sobre o papel das línguas na sociedade;
• Conheça formas variadas de comunicação estabelecendo relações entre ações
individuais e coletivas;
• Propicie aos alunos oportunidades de vivenciar a língua em situações
significativas;
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
167
No ensino de Língua Estrangeira, a língua deve ser o principal objeto de estudo,
pois propicia as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade. Como toda
língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação, envolve,
portanto, a presença de pelo menos duas vozes, a do eu e a do outro. A língua constrói
significados, por meio de engajamento discursivo com o outro e de acordo com os
diferentes contextos socioculturais e históricos. Desta forma, a língua se apresenta como
espaço de construções discursivas, onde os sujeitos constituem -se socialmente,
percebendo-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos devem se articular com os conteúdos estruturantes da
disciplina, com a abordagem teórico-metodológico e estar fundamentados de acordo com
as Diretrizes Curriculares. É a partir dos gêneros discursivos que serão explorados os
conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.
O trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística será
desenvolvido com os gêneros discursivos de acordo com suas esferas sociais de
circulação.
Estas práticas serão aplicadas de forma contextualizada e estarão em constante
processo de construção, visando a interação dos sujeitos com o discurso e tornando-os
capazes de comunicar-se em diferentes formas discursivas.
Os diversos gêneros discursivos permearão os conteúdos específicos de todas as
séries do ensino fundamental,e médio contemplando os discursos sociais, de acordo com
o nível de complexidade de cada série.
Conteúdos para a prática de Leitura:
6º ANO
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
168
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
7º ANO
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
8º ANO
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
169
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
9º ANO
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas;
Conteúdos para a prática da Escrita:
170
6º ANO
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
7º ANO
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
8º ANO
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
171
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
9º ANO
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas;
Conteúdos para a prática da Oralidade:
172
6º ANO
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ANO
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas;
8º ANO
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual;
173
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Sugestões de gêneros discursivos : história em quadrinhos, piadas, poemas, diálogos,
comercial de TV, diário, bilhetes, imagens, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de
compras, avisos, música, entrevista, notícia, tiras, propagandas, charges, provérbios,
174
diário, cartoon, narrativa, reportagem, slogan, sinopse de filmes, anúncio publicitário,
outdoor, blog, depoimento, etc.
A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena serão contempladas em diversos
momentos por meio de leitura de textos diversos.
Conteúdos Básicos para o Ensino Médio
1- Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), diferentes gêneros;
• Léxico.
2- Escrita:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
175
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia.
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
3- Oralidade
Conteúdos
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal, gestos e
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
176
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;
3- METODOLOGIA
A aula de LEM deve ser um espaço de construção de atitudes cidadãs, pois as
línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de
entender o mundo e de construir significados. Portanto, o ponto de partida da aula de
Língua Estrangeira será o texto, verbal e não-verbal, contemplando os vários gêneros
textuais, em atividades diversificadas, suas respectivas funções, a intertextualidade, os
recursos coesivos, coerência e por último a gramática em si. É necessário proporcionar
nas aulas de LEM, uma reflexão sobre o uso destes gênero considerando seu contexto de
uso bem como os seus interlocutores. Por isso, o uso dos gêneros discursivos são tão
importantes neste processo, pois estão presentes nas diversas práticas sociais. Estes
momentos de discussão e debates podem ampliar a visão de opiniões, e sobretudo
propor desenvolvimento de atitudes que levem nossos alunos a construção de sua
autonomia.
O trabalho com a LEM fundamenta-se na diversidade de Gêneros textuais
buscando alargar a compreensão dos diversos usos de linguagem, observando que texto
e leitura são elementos indissociáveis, pois um complementa o outro. A leitura estabelece
diferentes relações entre o sujeito e o texto. Dessa forma, o trabalho enfocado nesta
proposta está pautado na perspectiva de uma leitura crítica, extrapolando a relação entre
leitor e unidades de sentido na construção de significados possíveis, superando uma
visão da leitura condicionada apenas à extração de informações.
A leitura propiciará ao aluno contato com uma ampla variedade de textos,
produzidos em diferentes práticas sociais, proporcionando o desenvolvimento de uma
atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e ainda, a uma
atitude responsiva diante deles. Os textos devem ser flexíveis e trabalhados de acordo
177
com o contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre, envolvendo
a análise e crítica das relações entre textos, língua, poder, grupos sociais e práticas
sociais.
A leitura de imagens, fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais,
serão contempladas como adjuvantes no processo da compreensão leitora, auxiliando os
educandos a interferir sobre o tema e sentido do texto, buscando alargar a compreensão
dos diversos usos de linguagem e desenvolvendo a criticidade.
A prática de produção escrita deve ser desenvolvida de maneira integrada às
outras práticas e atuar como forma de consolidação de conhecimentos , estruturas e
vocabulário. É importante que o professor planeje a produção textual a partir da
delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, estimule a ampliação de leituras sobre o
tema e gênero propostos, acompanhe a produção e reescrita textual, analise a coesão e
coerência textual e conduza o aluno a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos da língua.
A oralidade deve ser entendida como uma prática de apoio para o desenvolvimento
das outras práticas, em especial a leitura, desenvolvendo estratégias que lhe são comuns,
tais como: utilizar conhecimento prévio, formular hipóteses, selecionar informações,
inferir, deduzir e tirar conclusões. O desenvolvimento desta prática é importante , pois
propicia a exploração das marcas linguísticas da oralidade em seu uso formal e informal ,
viabiliza várias possibilidades de leitura e abre espaços para a familiarização com os sons
específicos da língua.
Recomenda-se que seja explorado o aspecto lúdico e uma gradação de atividades
que se proponham a desenvolver a compreensão auditiva, ampliar o vocabulário, as
funções e as estruturas apresentadas no texto e a produção oral.
Portanto, a metodologia deve estar em constante transformação, ser coerente com
a realidade que enfrentamos no dia a dia da sala de aula, com o perfil do aluno, com o
material didático disponível e de acordo com as capacitações oferecidas aos professores.
A metodologia será desenvolvida através de aulas expositivas, dinâmicas de
grupos, jogos pedagógicos e recursos variados como:livros didáticos e
paradidáticos,dicionários, jornais, revistas, vídeos, filmes, documentários, música e
outros, possibilitando despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática
analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos favorecendo uma aprendizagem mais
178
efetiva e permitindo elaborar um novo modo de ver a realidade.
Da mesma forma, a produção de texto deve-se partir do contato com outros textos
que direcionarão e ampliarão as possibilidades de criação dos alunos. Quanto à
oralidade, poderá a princípio ser desenvolvida em língua materna, pois nem todos
possuem facilidade em se expressar em Língua Estrangeira, principalmente em séries
iniciais. Consequentemente o desenvolvimento de uma prática oral em Língua Estrangeira
ocorrerá por meio da ampliação de seus conhecimentos linguísticos- culturais. O trabalho
com a análise linguística deve estar relacionado ao conhecimento discursivo, sendo
decorrente das necessidades específicas dos alunos.
Sendo assim, esta metodologia deverá levar em conta os seguintes itens:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no
texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras
leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado;
c) Variedade Linguística: formal ou informal;
d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série.
4– AVALIAÇÃO
Como a LEM representa um espaço para o conhecimento de outras maneiras de
pensar, agir e interpretar, é necessário que a avaliação seja um processo a ser construído
ao longo do ano, pois requer do professor ampla observação em relação ao crescimento e
desenvolvimento dos alunos, respeitando acima de tudo as diferenças individuais
encontradas.
Para que haja realmente um aprendizado que vise a construção do sujeito é
necessário que o professor oportunize sempre que possível, momentos e temáticas que
abram espaços para que todos participem e sejam ouvidos. E, através desse confronto,
aconteça a interiorização de novas ideias e essas ideias sejam assimiladas por cada
indivíduo de acordo com a sua vivência social, observando seu desempenho, interesse e
participação nas atividades. O envolvimento dos alunos na construção do significado nas
179
práticas discursivas deve ser a base para o planejamento das avaliações de
aprendizagem, desta forma tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o
percurso desenvolvido, identificar dificuldades, bem como propor outros
encaminhamentos para aquisição dos conhecimentos.
Desta forma, as práticas de oralidade, leitura e escrita serão avaliadas em
conjunto, verificando o engajamento discursivo na sala de aula através da interação
verbal, participação dos alunos e assimilação na construção dos significados com os
textos e produções textuais. A avaliação consiste no acompanhamento do
desenvolvimento das ações educativas do aluno, valorizando os conhecimentos prévios
dos alunos, propondo-se a acompanhar as etapas de interação desenvolvidas a partir da
relação estabelecida entre professor e alunos, alunos e alunos, auxiliando-os no
aperfeiçoamento de todo o processo de ensino-aprendizagem. Através dos critérios
citados, os instrumentos utilizados para a avaliação deverão estar conectados com as
atividades propostas em sala de aula, como: observação na interação entre os alunos,
atividades desenvolvidas pelos alunos de leitura, análise dos gêneros textuais
selecionados por série, análise das principais características desses gêneros , produção
de outros gêneros, atividades em duplas ou grupos de pesquisa sobre os gêneros
abordados e atividades de análise linguística. Também poderão ser incluídas atividades
como relatórios ou comentários das atividades desenvolvidas, trabalhos extraclasse de
pesquisa de campo e trabalhos com artes visuais.( cartazes, murais, ilustrações, etc...)
5- REFERÊNCIAS:
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Secretaria de Estado da Educação, 2008
PARANÁ, Governo, Livro Didático Público, 2007.
PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Nestor Victor – Ensino Fundamental,
Médio e Normal. Pérola, 2009.
LÍNGUA PORTUGUESA
1- APRESENTAÇÃO:
180
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor
dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
O ensino da Língua Portuguesa manteve sua característica elitista e a partir de
1967 sofreu um processo de democratização com a multiplicação de alunos, as condições
escolares e pedagógicas diferenciadas e as novas necessidades e exigências culturais
presentes em toda a sociedade.
O ensino de Língua Portuguesa, neste contexto, não poderia dispensar propostas
pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos
para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e padrões culturais
diferentes dos até então admitidos na escola.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino da
Língua Portuguesa pautava-se então em exercícios estruturais, técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura, que contribuíram para fazer frente à pedagogia
tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional do
ensino da Língua deu espaço a novos paradigmas envolvendo questões de uso
contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.
Desde que a preocupação com a formação dos professores emergiu no campo dos
ensino, pôde-se observar um movimento que procurava se libertar do ensino normativo
inicial. Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas acerca do
ensino da língua com enfoque nas práticas discursivas, o que se percebe é que houve
uma apropriação, por grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso
se refletisse na mudança efetiva de sua prática.
No currículo do Paraná, a partir de 2006, a discussão das Diretrizes Curriculares
criou novos posicionamentos sobre o ensino da Língua Portuguesa e da Literatura.
De fato, toda língua tem um conjunto de regras que merecem ser compreendidas
por quem as estuda. Como todo organismo vivo, porém, as línguas e suas regras são
passíveis de nascer, evoluir e morrer. As constantes trocas sociais encarregam-se de
propor novos vocábulos, subverter estruturas linguísticas e desgastar expressões.
Pretender engessar a língua num conjunto de regras imutáveis é negar a dinâmica
natural dessa instituição cultural que, como as demais criadas pelo homem, pode ser
revista e atualizada.
Nesse sentido, a tentativa de manter a língua numa redoma de uma variedade-
181
padrão, evitando que o oral contamine a escrita, parece ser o principal responsável pelo
abismo que se vai formando entre essas duas modalidades da língua. É portanto, papel
da escola dar atenção também ao desenvolvimento voltado tanto para a língua-padrão
escrita quanto para a prática da oralidade, analisando a intencionalidade do discurso em
sua totalidade.
Por sua vez, a apropriação que um sujeito faz de sua língua materna costuma estar
associada ao seu nível de escolaridade. Sabe-se, porém, que estar alfabetizado ou,
mesmo ter cursado vários anos de escola, infelizmente, não é garantia certa de
apropriação da oralidade, leitura e escrita: nem sempre o sujeito que sabe ler e escrever
participa com sucesso das diferentes situações de interação que vivencia em seu círculo
social ou trabalho.
Pensar o ensino da Língua Portuguesa significa pensar numa realidade que
permeia todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha
onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que
estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos sobre ele. É via
linguagem que nos construímos enquanto sujeitos. É a linguagem a responsável pela
comunicação humana. Assim, o objeto de estudo dessa disciplina é a língua.
Assim, a Língua Portuguesa está presente em todas as disciplinas viabilizando o
ensino aprendizagem do aluno.
Cumpre-se então, dentro do ensino da Língua Portuguesa são os seguintes
objetivos:
− Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade, aplicando
as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros
contextos relevantes da vida;
− Empregar a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, adequando-as ao
contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discurso do
cotidiano, proporcionando a possibilidade de um posicionamento diante deles de
acordo com as DCEs;
− Desenvolver o uso da língua em situações discursivas realizadas por meio de práticas
sociais, considerando-se os interlocutores e seus objetivos, o assunto tratado, os
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção da leitura
− Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipos de
182
textos, assim como os elementos gramaticais empregados em sua organização;
− Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e
a sensibilidade estética dos alunos através da Literatura, a constituição de um espaço
para o diálogo, que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da
oralidade, da leitura e da escrita;
− Destacar a importância da leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios que
permitem fazer previsões e interferências sobre o texto;
− Possibilitar ao educando a ampliação do uso das linguagens verbais e não-verbais
através do contato direto com textos dos mais variados gêneros engendrados pelas
necessidades humanas;
− Criar oportunidades para o educando refletir, construir e levantar hipóteses, a partir da
leitura e da escrita de diferentes textos a fim chegar à compreensão de como a língua
funciona e à decorrente competência textual;
− Possibilitar ao educando, reconhecer que a gramática constitui-se em um documento
de consulta para muitas das dúvidas e como agir em relação aos padrões normativos
exigidos pela escrita.
2- CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
3- CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º ano
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e
com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
183
• Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito), figuras de
linguagem.
Escrita
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Processo de formação de Palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância Verbal e Nominal;
Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos;
• Entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
184
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ano
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e
com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações implícitas e explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de
linguagem.
Escrita
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
185
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de
linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal e nominal.
Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos;
• Entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
8º ano
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e
com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
186
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;;
• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de
linguagem;
• Semântica – operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado,
expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de
linguagem;
• Concordância verbal e nominal;
• Pepel sintático e estilísticos dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Semântica – operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado,
expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
187
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos;
• Entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.
9º ano
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e
com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
188
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Semântica – operadores argumentativos, polissemia, expressões que denotam
ironia e humor no texto.
Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Concordância verbal e nominal;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação das palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica – operadores argumentativos, modalizadores e polissemia.
Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
189
• Elementos extralinguísticos;
• Entonação, expressão facial, corporal, gestual e pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, conectivos, recursos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO MÉDIO
1º ANO
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e figuras de linguagem.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
190
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
191
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
2º ANO
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e figuras de linguagem.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
192
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3º ANO
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
193
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e figuras de linguagem.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;
194
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
4- METODOLOGIA
A metodologia de Língua Portuguesa e Literatura levará em conta o aprimoramento
do domínio discursivo da oralidade, leitura e escrita para que os alunos compreendam e
interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e à prática de linguagem
imprescindíveis ao convívio social.
Serão abordados temas variados através da leitura de textos diversificados,
depoimentos significativos, debates, troca de opiniões, leitura de imagens e produção de
textos em diversos gêneros. Também se analisará estes textos conforme as intenções e
as condições da sua produção, adaptando-os às diferentes situações de uso, visando à
195
construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico.
É importante que o professor planeje a produção textual a partir da delimitação do
tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero, o uso adequado de
palavras e expressões para estabelecer a referência textual, conduza à utilização
adequada dos conectivos, estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero
proposto, acompanhe a produção do texto, instigue o uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo, estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero, incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto, encaminhe à re-escrita textual: revisão dos argumentos,
das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de
opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a
linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.), analise se a produção
textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a
linguagem está adequada ao contexto e conduza, na re-escrita, a uma reflexão dos
elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
As questões de Literatura em Língua Portuguesa buscarão identificar no aluno
conhecimentos adquiridos no que se refere à capacidade de identificar e de interpretar um
texto literário relacionando-o com o contexto histórico-social em que se insere, por meio
de autores e de obras reconhecidas e as principais características dos períodos literários,
desde o Barroco à época atual relacionando e observando as semelhanças entre os
diversos períodos da Literatura em Língua Portuguesa.
Na oralidade, é fundamental que o professor organize apresentações de textos
produzidos pelos a alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade finalidade do texto, que proponha reflexões sobre os argumentos
utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto, oriente sobre o contexto social de uso
do gênero oral selecionado, prepare apresentações que explore as marcas linguísticas
típicas da oralidade em seu uso formal e informal, estimule contação de histórias de
diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação,
expressões faciais, corporal e gestual, pausas e outros, que selecione discursos de outros
para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-
juvenis, entrevistas e reportagens entre outros.
As diferentes culturas existentes em nosso país serão abordadas de forma ampla
e valorizadas através da análise e uso de materiais como textos, filmes, músicas e outras
196
manifestações culturais. Também o regionalismo e a valorização da produção, as
características, as riquezas populares serão contempladas por meio de textos lidos,
analisados e coproduzidos.
O estabelecimento do diálogo em sala de aula proporcionará a clareza das metas
educacionais e assim trará a oportunidade de ouvir a voz do outro e suas experiências,
fazendo cumprir assim o papel primordial da língua que é a comunicação.
5- AVALIAÇÃO
Considerando o aluno como indivíduo com ritmo e processo diferenciado de
aprendizagem a avaliação será formativa e somativa tendo como alvo a análise do
educando ao longo do ano letivo, possibilitando a reflexão sobre os caminhos a seguir
para que a aprendizagem se efetive.
Assim, especifica-se:
Oralidade: será avaliada tendo em foco a adequação do discurso quanto aos
interlocutores e situações. Estas situações surgirão naturalmente ou serão
naturalmente criadas em forma de: debates, seminários, entrevistas, relatos de
histórias, apresentações teatrais e nestas atividades o professor considerará a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, sua fluência, naturalidade
e argumentação.
Leitura: Ao ser avaliado a leitura, o professor deverá considerar as estratégias
empregadas, a compreensão do texto, a análise crítica, a sublimação e a
intertextualidade. Também efetivará a avaliação por meio de discussões, debates e
críticas.
Escrita: O trabalho com a língua pressupõe o conhecimento da mesma. Assim, os
alunos serão avaliados continuamente e sua produção escrita também servirá para
análise e construção de seu próprio pensamento. Seu texto poderá ser re-
estruturado para aprofundamento dos conhecimentos linguísticos e adequação ao
gênero do discurso ora analisado.
A avaliação da análise linguística será enfocada na demonstração de que a língua
197
é um sistema de relações para produção de sentido e colocá-lo em contato com a
língua, de forma sistematizada, levando-o a verificar as diferentes variedades.
Literatura: Análise de obras literárias e transformação das mesmas em
apresentação de peças teatrais, exposição oral de síntese de obras lidas
contemplando vários gêneros discursivos.
6- OBSERVAÇÕES
Em todas as séries, as práticas de leitura, escrita e oralidade estarão presentes de
maneira diversificada.
Apesar da Proposta Pedagógica Curricular estar organizada por série, sempre que
possível, será feita a articulação dos conteúdos com outras séries e também na própria
série.
A Proposta Pedagógica Curricular não é fechada na série, essa foi somente uma
maneira para organizá-la.
Os conteúdos não serão trabalhados necessariamente de forma linear, mas de
acordo com as necessidades.
7- REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim
TV Escola/Salto para o Futuro. Brasília, março/2004
DELMANTO, Dileta; Casto, Maria da Conceição. Português: Ideias & Linguagens 12
ed. Reform. São Paulo: Saraiva.
FREDERICO, Ened Yalsuda; OSAKABE, Hakira. PCNEM. Literatura. Análise crítica. In
MEE/SEB
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA / vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.
AMARAL, Emília, outros autores, Português, Novas Palavras: literatura, gramática,
redação – São Paulo: FTD, 2000.
198
MAIA, João Domingues, Português Maia volume único, São Paulo: Editora Ática, 2000.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PPP – Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino
funadmental, Médio e Normal – Pérola – Paraná.
TERRA, Ernani, e DE NICOLA, José, Gramática, literatura e produção de texto para o
ensino médio: curso completo – São Paulo: Scipione, 2002
PARANÁ – Diretrizes Curriculares da Rede Pública do Estado do Paraná: Língua
Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação, 2007.
PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Nestor Víctor- Ensino Fundamental,
Médio e Normal. Pérola, 2009.
LITERATURA INFANTIL
Apresentação
A literatura infantil é essencial para a formação acadêmica do educando do curso
de Formação de Docentes, pois desperta no mesmo o mundo imaginário, no contexto do
universo, do aprendizado da natureza poética, mitos, lendas que transformam a criação
do faz-de-conta da criança.
Na tradição brasileira, literatura infantil e escola mantiveram sempre relação de
dependência mútua. A escola conta com a literatura infantil – ataviados pelo envolvimento
da narrativa, ou pela força encantatória dos versos – sentimentos, conceitos, atitudes e
comportamentos que lhe compete inculcar em sua clientela. E os livros para crianças não
deixaram nunca de encontrar na escola entreposto seguro, quer como material de leitura
obrigatória, quer como complemento de outras atividades pedagógicas, quer como prêmio
aos melhores alunos.
A criação literária, seja para adultos, seja para crianças, atende a alguns critérios
que definem procedimentos metodológicos que resultem em conhecimentos mais seguro
199
e em estratégias mais adequadas para a formação de leitores na escola.
Buscando o desenvolvimento da leitura de livros da literatura infantil, aumentando a
curiosidade, ampliando o leitor / escritor de todos os textos, assim deverá o futuro
educador sentir-se preparado para exercer sua profissão.
Segundo Glória Kirinus, ...“o mundo é uma enorme página aberta, escancara céus,
vales, mares, montanhas e desertos como primeira oferta de leitura”... Partindo desse
pensamento é possível perceber a importância da Literatura Infantil na vida da criança e
de todos que conseguem enxergar o mundo com olhos poéticos.
Conteúdos
• Contexto histórico da Literatura Infanto-Juvenil.
• A primeira leitura.
• Natureza mito poética na infância da humanidade e na infância do homem.
• Narrativa oral – o mundo simbólico dos contos de fadas.
• A importância do contador de histórias; Universo da poesia para crianças: Cecília
Meireles e Sidónia Muralfa e outros.
• Criança e poesia na pedagogia de Freinet.
• Literatura infantil na escola.
• Os clássicos reinventados e o pensamento atual na narrativa e na poesia.
• Monteiro Lobato: realidade imaginária.
• A formação do conceito de infância no educador: Lygia Bojunga Nunes, Ana Maria
Machado e outros.
Metodologia
É necessário que o futuro educador tenha um bom embasamento teórico para que
venha de encontro com sua formação pedagógica.
Para Vygotsky, é a linguagem que ajuda a criança a direcionar o pensamento. Ou
seja, uma criança que fala pouco, que não desenha ou utiliza outro tipo de linguagem não
tem os pensamentos bem organizados. Logo, é importante que ela tenha estímulos para
desenvolver sua linguagem, alimentar seus pensamentos e sua imaginação. A palavra é
ação, não surge dela nem é uma representação a parte. Em consequência, ao ao tomar
contato com a literatura infantil, a criança aprenderá não apenas a familiarizar-se com a
linguagem escrita. Muito mais do que isso, a criança estará formando o modo de pensar,
200
os valores ideológicos, os padrões de comportamento e sua sociedade e, em especial,
estará alimentando seu imaginário.
Os conteúdos serão desenvolvidos ou seja; unir a teoria e a prática, através dos
clássicos da literatura infantil; discussões entre professor e alunos.
Haverá o momento da leitura com livros da literatura infantil, com apresentações de
trabalhos em grupos, teatros, filmes e dramatizações dos clássicos dos principais autores
da literatura infantil. Apresentação do livro: “A Bolsa Amarela”.
Avaliação
A avaliação será contínua, coletiva e individual com textos escritos. Também na
oralidade alguns clássicos de Monteiro Lobato, Ruth Rocha e outros; onde os educandos
irão dramatizá-los através de apresentações de teatros, fantoches para as crianças que
cursam a Educação Infantil. Produções de gêneros textuais; parlenda, crônicas, poesias e
outros.
A cada conteúdo avaliado haverá uma recuperação paralela, caso o conteúdo não
tenha sido assimilado. O valor a avaliação será de 100 pontos; distribuídos 60 pontos
para testes orais e escritos; 40 pontos serão atribuídos à leitura de livros, entrevistas,
pesquisas...
Referências
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1991.
CALVINO. I. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
KIRINUS, G. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, 1998.
RAMOS, A. C. Nos Bastidores do Imaginário: Criação e Literatura Infantil e Juvenil.
DCL.
RODARI, G. Gramática da fantasia. São Paulo: Summus Editorial, 1987.
ZILBERMAN, R. A. Literatura infantil na escola. 11 ed. São Paulo: Global, 2003
PPP. Projeto Político Pedagógico – Nestor Victor, Ensino Fundamental Médio e Normal,
Pérola – PR
DCE. Diretrizes Curriculares da Rede Publica de Educação Básica do Estado do
Paraná. Língua Portuguesa e Literatura. Curitiba, 2006.
SEED – Proposta Pedagógica curricular do curso de Formação de docentes da
Educação Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
modalidade Normal. Curitiba, 2006.
201
COSTA, M. M. Metodologia do Ensino da Literatura Infantil. Ibpex, Curitiba, 2007.
LAJOLA, M. No Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. Atica, São Paulo, 1994.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO
A Matemática é uma ciência em constante construção, que se desenvolve en-
quanto é experimentada, no processo de investigação e resolução de problemas, deixan-
do de lado a possibilidade de ser vista de forma estática, abrindo portas para a criação.
A matemática faz parte da história do homem, foi construída por ele ao longo
dos séculos e está viva em constante transformação. Ao revelar a matemática como cons-
trução humana ao longo da história da humanidade e não como conhecimento pronto e
acabado, mostrando diferentes necessidades e preocupações de diversas culturas, em di -
ferentes momentos históricos, criamos condições para uma aprendizagem mais significati-
va para os alunos.
Assim, é necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua
constituição como campo científico e como disciplina. Os povos das antigas civilizações
desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida
hoje, onde o nascimento da Matemática foi demarcado pelos babilônios (2000 a.C.) acu-
mularam registros de álgebra elementar, que deram origem as configurações físicas e ge-
ométricas, da comparação das formas, tamanho e quantidade.
Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais
tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios
lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as pri-
meiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação
das pessoas.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles,
instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pen-
samento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de
hoje (STRUIK, 1998).
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a
202
partir do século I a. C., desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e as-
tronomia. O ensino da geometria e da aritmética ocorria de acordo com o pensamento eu-
clidiano, fundado no rigor das demonstrações. A partir do século II d.C., o ensino da arit -
mética teve outra orientação e privilegiou uma exposição mais completa de seus concei-
tos.
No Oriente, ocorreram produções matemáticas entre os hindus, árabes, persas e
chineses que se configuraram em importantes avanços relativos ao conhecimento algébri-
co (MIORIM, 1998).
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o
surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Surgiam as primeiras
ideias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar en-
genheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,
construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática
da guerra. Com a Revolução Industrial, evidenciaram-se diferenças entre classes sociais
e a necessidade de educação para essas classes, Matemática de modo a formar traba-
lhadores e dirigentes do processo produtivo.
Como a Matemática escolar era uma importante disciplina para atender tal de-
manda, demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência que da-
ria a base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática (VALENTE,
1999).
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discuti-
do em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que
contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensi -
no com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos
últimos séculos.
Neste contexto, temos a tendência histórico crítica, fundamentada no materialis-
mo histórico, que busca a construção sócio individualizada do conhecimento. Na Matemá-
tica é expressada como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender
as necessidades sociais, econômicas e teóricas. A aprendizagem da Matemática consis-
te em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às
ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, anali-
sar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habili -
203
dades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas
de exercícios.
A matemática não é apenas uma disciplina, é uma forma de pensar que deve
estar ao alcance de todos. Sendo assim, somos capazes de aprender matemática, inde-
pendente do meio social que estamos inseridos, uma vez que é parte integrante de nos-
sas raízes culturais.
O ensino da Matemática deverá contribuir para aquisição de conhecimentos
matemáticos, visando o desenvolvimento intelectual dos alunos e auxiliando na formação
de cidadãos conscientes promovendo sua autonomia, trabalhando a leitura e interpreta-
ção de textos matemáticos, ensinando-os a expressar-se através da matemática, incenti-
vando estratégias variadas de resolução de problemas, habituando-se à procura do por-
que dos fatos matemáticos, estimulando a argumentação.
Embora o objeto de estudo da educação matemática, encontra-se em processo
de construção pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática,
de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimen-
to matemático, contribuindo para generalizações e apropriação de linguagem adequada
para descrever e interpretar fenômenos matemáticos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTS E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
6º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números
e
Álgebra
- Sistemas de Numeração
- Números Naturais
- Múltiplos e Divisores
- Potenciação e Radiciação
- Números Fracionários
- Números Decimais
Grandezas
e
- Medidas de Comprimento
- Medidas de Massa
204
Medidas - Medidas de Área
- Medidas de Volume
- Medidas de Tempo
- Medidas de Ângulos
- Sistema Monetário
Geometrias- Geometria Plana e Geometria Espacial
Tratamento
da
Informação
- Dados, Tabelas e Gráficos
- Porcentagem
7º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números
e
Álgebra
- Números Inteiros
- Números Racionais
- Equação e Inequação do 1º grau
- Razão e Proporção
- Regra de Três
Grandezas
e
Medidas
- Medidas de Temperatura
- Medidas de Ângulos
Geometrias
- Geometria Plana e Espacial
- Geometrias não – Euclidianas
Tratamento
da
- Pesquisa estatística
- Média aritmética, moda e mediana
205
Informação - Juro simples
8º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números
e
Álgebra
- Números Racionais e Irracionais
- Sistemas de Equações do 1º Grau
- Potências
- Monômios e Polinômios
- Produtos Notáveis
Grandezas
e
Medidas
- Medidas de Comprimento
- Medidas de Área
- Medidas de Volume
- Medidas de Ângulos
Geometrias
- Geometrias: Plana, Espacial, Analítica e não –
Euclidianas
Tratamento
da
Informação
- Gráfico e Informação
- População e amostra
9º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números
e
Álgebra
- Números Reais
- Propriedades dos Radicais
- Equação do 2º Grau
- Teorema de Pitágoras
- Equações Irracionais
- Equações Biquadradas
- Regra de Três Composta
Grandezas
e
- Relações Métricas no triângulo retângulo
- Trigonometria no triângulo retângulo
206
Medidas
Funções - Noção intuitiva de Função Afim
- Noção Intuitiva de Função Quadrática
Geometrias
- Geometrias: plana, espacial, analítica e não –
Euclidianas
Tratamento
da
Informação
- Noções de Análise Combinatória
- Noções de Probabilidade
- Estatística
- Juros compostos
Conteúdos Básicos do Ensino Médio
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números
e
Álgebra
- Números Reais
- Números Complexos
- Sistemas Lineares
- Matrizes e Determinantes
- Polinômios
- Equações e Inequações Exponenciais,
Logarítmicas e Modulares
Grandezas
e
Medidas
- Medidas de: Área, Volume, Grandezas
Vetoriais, Informática e Energia
- Trigonometria
Funções- Funções: Afim, Quadrática, Polinomial,
Exponencial, Logarítmica, Trigonométrica e
Modular
207
- Progressão Aritmética e Geométrica
Geometrias
- Geometrias: Plana, Espacial, Analítica e Não –
Euclidianas
Tratamento
da
Informação
- Análise Combinatória
- Binômio de Newton
- Estudo das Probabilidades
- Estatística
- Matemática Financeira
METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos dessa escola propiciarão a apropriação de
conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos básicos do
mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos básicos de conteúdos estruturantes dife-
rentes, de forma que suas significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas.
A opção nesta Proposta Pedagógica Curricular conforme as DCEs, é pela Edu-
cação Matemática na qual algumas tendências devem fundamentar as metodologias para
a prática docente. São elas:
• Resolução de problemas – trata-se de uma metodologia pela qual, o estudante terá
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos em novas situa-
ções de modo a resolver a questão proposta, tornando as aulas mais dinâmicas e
não restringindo o ensino de Matemática a modelos clássicos. Assim, possibilitará
a compreensão dos argumentos matemáticos e ajudará vê-los como um conheci-
mento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendi-
zagem.
• Etnomatemática – reconhecer e registrar questões de relevância social que produ-
zem o conhecimento matemático.
• Modelagem matemática – problematizar situações do cotidiano, possibilitando a in-
tervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,
contribuindo para sua formação crítica.
208
• Mídias tecnológicas – os softwares, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da
Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencia-
lizado formas de resolução de problemas.
• História da matemática – é um elemento orientador na elaboração de atividades,
na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender
melhor os conceitos matemáticos. A história da matemática usada em sala de aula
destaca as relações entre ela e as outras ciências. Por exemplo, nas artes, na cul-
tura e na vida dos povos, podemos observar os conhecimentos de geometria da
época nas construções de templos e pirâmides, o uso das razões áureas pelos gre-
gos e, na arte renascentista, a utilização da astronomia para a elaboração de ca-
lendários e para o planejamento das viagens marítimas, etc. Esse estudo contribui
também para os alunos compreenderem o modo como se deram a evolução das
ideias matemáticas e procurar produzir nas aulas como ocorreram as passagens
dessa evolução. Afinal, a matemática está sendo construída novamente pelo aluno
que aprende
• Investigação matemática – é uma questão para qual o aluno precisa estabelecer
uma estratégia, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução
imediata, envolvendo, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações
matemáticas.
A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturan-
te pode ocorrer em diferentes momentos e, quando novas situações de aprendizagem
possibilitarem, pode ser retomada e aprofundada.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade, serão contempla-
do articulados aos conteúdos, sempre que possível.
AVALIAÇÃO:
A avaliação acontece ao longo do processo do ensino-aprendizagem,
fundamentada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para
interpretação e discussão, considerando a relação do aluno com o conteúdo trabalhado e
o significado deste conteúdo para o aluno.
A função da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para
aprender, melhorar e refletir sobre seu próprio trabalho, e também oferecer dados sobre
as dificuldades de cada aluno.
No processo avaliativo, o professor fará uso da observação sistemática para
209
diagnosticar as dificuldades dos alunos, criando oportunidades diversificadas para que
possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades incluirão provas escritas, orais
e de demonstração, trabalhos em classe e extra-classe individual e/ou em grupos,
pesquisas, entre outros.
A partir dos resultados será realizada a recuperação da aprendizagem. Será um
processo contínuo e concomitante com o processo ensino-aprendizagem, onde serão
ministradas atividades diversificadas.
REFERÊNCIAS:
ANDRINI, A.; VASCONCELLOS, M. J. Novo Praticando Matemática. São Paulo: Brasil,
2002.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.
DANTE, L. R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, 2002.
D'AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:
Scipione, 1988.
D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo:
Ática, 1998.
Diretrizes Curriculares de Matemática da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. Curitiba. 2009.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. O profissional em educação matemática. Disponível
em:
<http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/matematica/O_profissional_em_Educacao_M
atematica-Erica2108.pdf>
IMENES, L. M.; LELLIS, M. Matemática. São Paulo: Scipione, 1998.
LINS, R. C. Álgebra. Revista Nova Escola.ed.166 outubro de 2003. Disponível em:
http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_out03/html/algebra
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios.
Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE
APRESENTAÇÃO
A arte é uma das manifestações mais antigas da humanidade. Estudando
210
registros deixados pelos povos antigos, como pintura rupestre, as pinturas egípcias, etc.
Percebemos que ela nos conta o modo de vida, as crenças e os ideais dos povos. Arte é
cultura. Por meio das manifestações artísticas de um povo e de suas relações
socioculturais, tomamos conhecimentos de sua cultura.
Acredita-se que o homem primitivo se expressa por meio de danças,
desenhos rupestres, de sons em forma de música, etc. Nossas crianças, quando brincam,
desenvolvem atividades rítmicas, melódicas, dançam, fantasiam-se de adulto, inventam
histórias, produzem desenhos de maneira lúdica. Conclui-se, então, que o homem sempre
se expressou com o corpo, com os sentimentos e com emoções, para exteriorizar sua
realidade sociocultural. A Arte é, portanto, uma manifestação muito importante, um
processo de formação integral.
Partindo-se do principio de que o conhecimento é o maior bem que o homem
pode ter, a Arte Visual é sua grande aliada.
JUSTIFICATIVA
No curso Formação de Docentes, o ensino da Arte deve ser desenvolvido
dando continuidade os conhecimentos adquiridos na Educação Infantil e Fundamental
em Música, Artes Visuais, Dança e Teatro, ampliando saberes para outras
manifestações.
É fundamental que na disciplina de Arte os alunos possam dar continuidade
aos conhecimentos práticos e teóricos aprendidos em níveis anteriores da Escola Básica
e em sua vida cotidiana. Com isso estarão ampliando os saberes sobre produção e
apreciação, desenvolvendo conhecimentos estéticos e artísticos, com parceria das
disciplinas trabalhadas na área, Linguagens e Códigos nas demais áreas dos
conhecimentos presentes na Escola Média.
O ensino da Arte no Curso de Formação de Docentes, deve ser bem
articulado com as demais disciplinas para que possa haver uma forte contribuição para a
formação da identidade e de uma nova cidadania do jovem que se educa, onde ele
confronta seus valores culturais e artísticos no mundo em que esta inserido.
A Arte contribui para o fortalecimento da experiência sensível e criativa dos
estudantes, no exercício da cidadania e da ética, pois é considerada pelos aspectos
estéticos, como conhecimento humano articulado no âmbito sensível, cognitivo, onde
manifestam-se a sensibilidade, modo de criação, e comunicação sobre o mundo da
natureza e da cultura.
211
A Arte envolve uma rede de percepções, presente em diversas práticas do
conhecimento humano. Produzir a apreciar saberes artísticos em múltiplas linguagens,
embasadas em contextos socioculturais, faz com que as pessoas experimentem suas
criações e percepções estéticas de maneira intensa e diferenciada. A Arte desenvolve a
sabedoria de expor sensibilidades e ideias estéticas, envolvendo relações interpessoais,
inter grupais e s diversidade sociocultural. As emoções e os pensamentos são
elaborados, sintetizados, expressos por pessoas produtoras de Arte, que mobilizam as
cognições de seus apreciadores. Esses saberes são praticados e aprendidos na
educação escolar. A Arte faz com que os alunos envolvam-se em decisões estéticas,
saberes culturais, códigos da Arte da comunicação, onde as aulas serão feitas de tal
forma que os mesmos aprendam as elaborações estéticas presentes nos produtos
artísticos de Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.
A disciplina de Arte objetiva uma educação transformadora e responsável,
preocupada com a humanização dos sentidos.
OBJETIVOS
Através dos conteúdos de Arte, pretende-se que o educando ao longo do
ano letivo desenvolva ser potencial para habilidade, sensibilidade, criatividade,
desempenho, envolvimento coletivo e individual, adquirindo através das atividades a
coordenação motora, noções de tempo e espaço, ritmo, bem como, atitudes de respeito e
conhecimento das diversas manifestações artísticas e formas de expressão das artes em
geral.
CONTEÚDOS
A) ARTES VISUAIS:
A.1) IMAGEM:
• Cartaz;
• Tangram;
• Desenho de letras e números;
• Ilustração de textos;
A.2) FORMA
• Textura;
• Desenho;
• Pintura;
212
• Gravura;
• Colagem;
• Escultura;
• Modelagem;
• Ponto e Linha:
A.3) LUZ:• Cores - Primárias;
- Secundárias;- Terciárias;
• Sombra:• Intensidade;
A.4) MÚSICA:
• Sons - Sons naturais;
- Sons artificiais;
- Intensidade do som;
- Duração do som;
- Criando sons com harmonia;
- Explorando a música infantil;
- A música como auxilio na aprendizagem;
- Cantigas de roda;
- Brincadeiras infantis;
- Cadernos de músicas infantis:
- Cantigas infantis:
- Brincadeiras;
- Contos;
- Poesias;
A.5) TEATRO
• Técnicas - Técnicas de criatividade;
- Teatro;
- Jogos dramáticos;
- Aprendizagem das técnicas de expressão;
- Improvisação coletiva;
- Recitação / coral;
- Poema;
213
A.6) DANÇA:
• Movimento;
• Espaço pessoal (saltar)
• Danças populares (Festa junina e danças infantis);
• Lateralidade;
• Relacionamento (proximidade e afastamento);
• Expressão corporal, gestual e facial;
A.7) – Confecção de trabalhos artísticos feitos com com diferentes materiais.
METODOLOGIA
A Arte permite uma comunicação eficaz entre a obra de arte e o observador,
pois ela o atinge sem necessidade de uma explicação dos fatos. Para criar, é necessário
conhecer. O conhecimento das obras e sua relação com diferentes contextos históricos
mostram que ela é flexível, passível de mudanças a cada momento, por isso é capaz de
transformar continuamente a existência. A partir da aquisição do conhecimento da arte,
nosso mundo é observado com mais intensidade pelas pessoas que conseguem
compreendê-la como uma nova visão de mundo.
Objetivando que o aluno adquira um domínio do conhecimento artístico e
estético e saiba situar a produção de arte, os conteúdos estão situados de modo que
favoreçam:
A compreensão da arte como cultura, do aluno como ser social e dos alunos
como produtores e apreciadores;
As manifestações artísticas de povos e culturas de diferentes épocas e
locais, incluindo a contemporaneidade da arte brasileira;
Os três eixos norteadores da aprendizagem em Arte (produzir, apreciar e
contextualizar);
Um grau crescente de elaboração e aprofundamento nos três eixos.
Não podemos separar os conteúdos em ciclos, pois a arte tende a uma
aprendizagem contínua, em que a compreensão do conteúdo será revisada a cada leitura
de imagem ou a cada produção do aluno.
AVALIAÇÃO:
214
A avaliação é um processo contínuo que envolve professor e alunos. A
observação e a análise de produções feitas por artistas ou pelos próprios alunos, em
conjunto, são uma maneira de ensinar e avaliar o grau de apreensão de conteúdos.
Pensar a avaliação como o processo de reflexão sobre a aprendizagem dos
educandos e a ampliação da educação dos sentidos, da apropriação cultural, da leitura de
mundo em busca de autonomias relativas.
Portanto a avaliação será desenvolvida através de trabalhos individuais
produzidos pelos alunos;
Confecções de materiais, música e dança.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA. A. A imagem do ensino de arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo:
Perspectiva, 2ª ed., 1996.
BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura da imagem do ensino da arte. São Paulo:
Iluminuras, 2ª ed. 1999.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. H. 3ª ed. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez,
1993.
PILLAR, A. D. (org.) A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre:
Mediação, 1999.
LDB – Lei de Diretrizes e Bases;
ARTE, LINGUAGEM VISUAL – Bruna Renata Cantele e Ângela Cantele Leonardi –
Editora Ibep. Coleção Horizontes:
VIVER COM ARTE – Natália Xavier e Albano Agner.
PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação
Básica, Arte, Curitiba: SEED/DEB, 2008.
METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS
1 – Apresentação
A escola, hoje, deve ir além de garantir que os alunos aprendam a ler, a escrever e
a contar. Porém ela deve ser um espaço que permite pensar, aprender e agir para
enfrentar e resolver problemas que se colocam diante das mudanças que ocorrem na
215
escola e na sociedade.
A finalidade do ensino é contribuir para a formação integral das pessoas para que
sejam capazes de compreender a sociedade e intervir nela com o objetivo de melhorá-la.
Dessa forma, o ensino das Ciências naturais busca compreender o ambiente em sua
complexidade, desvelar a ciência e a tecnologia, apresentando-as como atividades
humanas historicamente produzidas, e gerar representações de como o ser humano
entende o universo, o espaço, o tempo, a matéria e a vida.
Para pensar sobre o ensino de Ciências naturais, o conhecimento cientifico é
fundamental, mas não é suficiente. Partiremos de uma visão de ensino que considere o
desenvolvimento cognitivo dos alunos relacionando à suas experiências, sua idade, sua
identidade cultural e social: tornando o aluno crítico, responsável e consciente na
construção de conhecimentos elaborados cientificamente, a fim de que possa participar
da sociedade e desenvolver a tecnologia numa dimensão que abre caminhos para a
evolução cultural da humanidade e todas as implicações pertinentes.
No curso de formação de docentes a disciplina Metodologia do Ensino de Ciências
tem como objetivo a formação e capacitação dos educandos em futuros educadores da
educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, tornando-os formadores de
opiniões, competentes na área de atuação, capazes de desenvolver os conteúdos
essenciais aos seus alunos, promovendo assim a iniciação do pensamento cientifico e a
cultura tecnológica nas crianças.
Assegurar a interatividade no processo de ensino, aprendizagem e a construção de
conceitos de forma significativa fazendo uso de conceitos científicos informais, farás de
Ciências e as atividades experimentais.
2- Conteúdos
• O ensino de Ciências e a construção de cultura científica que possibilita ao cidadão
comparar as diferentes explicações sobre o mundo.
• A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.
• A aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das
relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania.
• A construção dos conceitos científicos, através da História da Ciência.
• O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de Ciências.
216
• Conteúdos básicos de livros didáticos de Ciências dos anos iniciais do ensino
fundamental.
• As temáticas da Lei 11.645 de 10/03/2008, referente à História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena e os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais
Contemporâneos devem permear os conteúdos e não serem tratadas em forma de
projetos ( Instrução nº 17/06), mas nenhum deles deve ser considerado como
conteúdo específico da disciplina de Ciências(ex: Sexualidade, Drogas, Lixo etc).
• A necessidade de integração com outras áreas do currículo ( ativ. Matemática,
música, literatura, dramatização).
3- Metodologia
Os conteúdos serão trabalhados por meio das atividades, aulas práticas, projetos,
experiências, indo além do espaço físico escolar, podendo o professor utilizar-se de
inúmeros recursos, como por exemplo: a utilização do computador, leitura cientifica,
análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, resolução de problemas,
entrevistas, debates, palestras, etc. No decorrer das atividades poderão ser utilizados os
recursos pedagógicos e tecnológicos: internet, slides, DVD's, CD's, CD-ROM's
educativos, softwares e livros.
Toda as atividades e os recursos utilizados visam expandir as ideias, pesquisando,
trabalhando situações-problemas que criem condições de contextualização do
conhecimento produzido, oportunizando ao futuro professor contato com o objetivo de
estudo das ciências da natureza de forma significativa.
Portanto, o Curso de Formação de Docentes tem um papel fundamental na
formação inicial apontando as possibilidades de aprofundamento de estudos que os
jovens poderão escolher ao longo de sua escolarização. Os eixos que constitui as
trajetórias de formação: Noções de Astronomia; Transformação e Interação Matéria e
Energia; Saúde e melhoria da qualidade de vida, possibilita a escolha da área como forma
de dedicação mais especializada que poderão seguir futuramente. Considerando que
encaminhamos esses jovens para a profissão de educador, propomos um Currículo que
possa formá-los solidamente nas diferentes Ciências e Artes, especificamente nas
Ciências da educação.
4- Avaliação
217
A avaliação é semestral, porém contínua, através de atividades escritas, pesquisas,
trabalhos em grupo, experimentações, micro-aula ministradas pelos educandos, sempre
com intervenções coerentes na prática pedagógica a fim de ampliar e melhorar o
desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
A avaliação será distribuída em 6,0 (seis pontos) avaliações escritas: e de 4,0
(quatro pontos) trabalhos, pesquisas e micro-aula. No final de cada assunto abordado
haverá uma recuperação paralela, realimentação dos conteúdos de maneira diversificada
tanto na oralidade como na escrita, recuperando o conteúdo e automaticamente a nota.
De acordo com o regimento escolar será aplicada a cada conteúdo discutido uma
avaliação paralela. Sendo que os textos orais e escritos valerão 60 pontos e os demais
trabalhos 40 pontos, somando um total de 100 pontos na média semestral.
5- Referências
SEED – Proposta Pedagógica Curricular do curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade
Normal. Curitiba, 2006.
ASTOLFI, J.P. A Didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1990.
GASPARIN, J.L. Uma didática para à pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2005.
HARLAN, J.D.; RIVKIN, M.S. Ciências na educação infantil: uma abordagem
integrada. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PPP – Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor.
SEED – Secretaria do Estado da Educação, Currículo Básico para escola pública do
Estado do Paraná. Curitiba, 1990.
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
1-Apresentação
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil, optou-se,
nas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a constituíram como
componente curricular.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais
218
recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de
conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,
principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a
formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modele de prática corporal pautava-se em
prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas
como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação de caráter,
da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento
patriótico.
O conhecimento da medicina configurou um outro modelo para a sociedade
brasileira, o que contribuiu para a construção de uma nova ordem econômica, política e
social. “Nesta nova ordem, na qual os médicos higienistas irão ocupar lugar destacado,
também se coloca a necessidade de construir, para o Brasil, um novo homem, sem o qual
a nova sociedade idealizada não se tornaria realidade”
Neste contexto, a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico
disciplinado era exigência de nova ordem em formação. A educação do físico confundia-
se com a prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos escolares e as políticas
educacionais.
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação
Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de
idade e para ambos os sexos.
No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e, não por acaso,
passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física.
Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um incentivo às práticas
desportivas como a criação de grandes centros esportivos, a importação de especialistas
que dominavam as técnicas de algumas modalidades esportivas e a criação do Conselho
Nacional dos Desportos, em 1941 instituído pelo governo brasileiro com o intuito de
orientar, fiscalizar e incentivar a prática desportiva em todo o pais.
Com as reformas educacionais especialmente a Reforma Capanema. A Educação
Física tornou-se uma prática educativa obrigatória, desta vez com carga horária
estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para meninas, tanto no ensino
secundário quanto no industrial, e com duração de 30 a 45 minutos por sessão.
Na década de 70 manteve-se o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física
nas escolas, passando a ter uma legislação especifica e sendo integrada com atividade
escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de
219
ensino.
A metodologia do ensino de Educação Física deve destacar a dimensão social da
disciplina e possibilitar a consolidação de um novo entendimento em relação ao
movimento humano com expressão de identidade corporal, como prática social e como
uma forma do homem se relacionar com o mundo, valorizando a produção histórica e
cultural dos povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e as atividades
que correspondem às características regionais.
Portanto a escola precisa preparar o aluno e entendê-lo como uma pessoa inteira,
com sua afetividade, suas percepções, sua expressão, seus sentimentos, seu sentidos,
suas ações, sua crítica, sua criatividade... A educação tem a responsabilidade com o
educando de ampliar seus referenciais de mundo e de trabalhar simultaneamente com
todas as linguagens escritas, sonora, dramáticas, lógica, corporal, etc.
Para ocorrer uma mudança substancial no processo de ensino, no que diz respeito
à integração das áreas, não basta mudar o discurso sobre ele, atribuído ao futuro
professor uma nova visão desse processo: é preciso alterá-lo na prática, de tal modo que,
os agentes, (futuros professores) vivencie esse novo processo reflitam acerca dele e o
sistematizem coletivamente.
Tal prática deve ser centrada na concepção histórico-crítica de educação, que
tenha uma base científica, e principalmente que seja voltada para o aluno, respeitando
seus interesses, sua maturação e sua experiência anteriormente adquirida.
Assim, entendemos que é necessário desenvolver uma concepção de Educação
Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal, ao invés de se confrontar, se
harmoniza de forma a melhor integrarem o ser humano no seu relacionamento consigo
mesmo, com as coisas, com o outro e com o mundo.
Para se efetivar a concepção de Educação Física que pretendemos, devemos ter
uma proposta baseada no corpo em movimento, que por usa vez se apresenta: no corpo
livre, no corpo criativo e no corpo lúdico.
Para que o aluno de formação de docentes compreenda que o movimento não é
apenas um suporte que permite ao educando adquirir conceitos abstratos, mas também
desenvolva as sensações e percepções que ele proporciona e, ao concluir o curso possa
adequar-se aos princípios básicos da formação do homem e seu meio natural, cumprir as
leis da formação, ou seja, lei do desenvolvimento biológico, da aprendizagem, da
evolução psico-espiritual, da formação social e a lei da adequação à concepção do mundo
cultural de sua época e, como futuro docente entenda e encaminhe o processo de ensino-
220
aprendizagem de acordo com as características das crianças nas diferentes faixas etárias
numa dimensão de totalidade, fundamentando-se numa concepção de mundo, de
sociedade, de homem de corpo, expressando uma direção política de transformação e
mudanças.
Portanto faz-se necessário que o docente trabalhe de forma a encaminhas o
processo ensino-aprendizagem numa dimensão de totalidade, fundamentando-se numa
concepção de mundo, de sociedade, de homem de corpo, expressando uma direção,
política de transformação e mudanças, levando o discente a compreender que o
movimento não é apenas um suporte que permite ao educando adquirir conceitos
abstratos, mas também desenvolver as sensações e percepções que ele proporciona
conhecimento disto e complexo instrumento que é corpo, e por meio dele, o conhecimento
da realidade que o cerca, que compreenda a escola como centro de sistematização do
conhecimento, vinculando a um contexto cultural mais amplo, entendendo-o através da
dialética existente nas inter-relações e entenda que o homem é concreto e precisa ser
visto a luz da visão histórica e cultural, entendendo que ele não se situa a nível de objeto,
mas existe como sujeito participante, e que entenda a Educação Física como um direito e
não como um dever, enfatizando que a atividade física não se esgota na prática, mas
extrapola para a vida.
2- Conteúdos
O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor,
cognitivo e afetivo-social do ser humano.
Desenvolvimento motor e aprendizagem motora.
A Educação Física como componente curricular.
A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão.
A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a expressão de
criatividade.
3-Metodologia
A metodologia a ser utilizada na disciplina de Metodologia do Ensino de Educação
Física baseia-se nas relações entre corpo e mente no contexto cultural, tendo como
princípio a diversificação propiciando a igualdade de oportunidades para todos os alunos
e o objetivo de desenvolver as potencialidades, no processo democrático e não seletivo.
Assim, nas aulas o professor deverá sempre contextualizar a prática de aula,
221
considerando suas várias dimensões de aprendizagem, priorizando uma ou mais delas e
possibilitando que todos os seus alunos possam aprender a se desenvolver.
Deve servir, portanto, para favorecer a troca de conhecimento que leve a
compreensão dos procedimentos da resolução de problemas de um movimento, fazendo
uso de varias formas de organização, o professor pode dividir o grupo usando os mais
hábeis como “cabeça de chave”, distribuindo-os entre grupos. Nessa situação, a natureza
da aprendizagem estará vinculada a troca de informações e a cooperação, e na tentativa
de se superar, enfrentando o desafio, os alunos podem avançar com suas conquistas
através de:
• Jogos, motores, sensoriais, criativos...
• Ginásticas natural, rítmicas, formativa...
• Trabalhos individuais, em duplas, trios e grupos...
• Gincana escolar (curso FD)
• Vídeos que enriquecem os conteúdos
• Elaboração de planos de aula
• Recreio dirigido (Educação Infantil e Ensino Fundamental séries iniciais)
Portanto a diversificação dos trabalhos em que a operação seja fundamental é algo
valioso para se perceber que todos, sem exceção, têm algum tipo de conhecimento.
Todas atividades e os recursos utilizados visam expandir as idéias, pesquisando,
trabalhando situações problemas que criem condições de contextualização do
conhecimento produzido, oportunizando ao futuro professor contato com o objeto de
estudo da Educação Física de forma significativa.
4 - Avaliação
Entendendo a avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,
descentralizado e calentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,
podemos dizer que ela representa um instrumento de reflexão, de diagnostico, de
realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.
A avaliação deve estar em sintonia direta com os princípios, conteúdos e objetivos,
que expressam por sua vez, uma concepção de Educação Física numa perspectiva
histórico-crítica, visando fornecer o corpo docente da escola, informações que permitam
compreender melhor a cada aluno entendê-lo nas suas ações.
222
A avaliação por critérios que representa a forma de avaliar estabelecendo o que é
mais relevante e significativo para um aluno a nível de atenção e de conhecimento. O
professor ao propor os objetivos do processo ensino-aprendizagem levantará
determinadas expectativas, que selecionadas, considerando em sua significação e
relevância, atuarão como elemento mediador na formação de critérios.
A avaliação por critérios se apresenta diferente da avaliação por padrões pré-
estabelecidos, estando voltada diretamente para o aluno e norteada pelos conteúdos
essenciais propostos. Essa forma de avaliação deve fornecer aprendizagem, acarretando
uma dinâmica de ações que diagnostifique as necessidades dos alunos, e
consequentemente conduzam à realimentação de conteúdos e a uma nova proposta de
ação.
Serão adotados vários instrumentos de verificação de aprendizagem como
dinâmicas, debate, apresentação de trabalhos, brincadeiras, elaboração de planos de
aulas, provas...
As avaliações serão realizadas de forma contínua para diagnóstico e
acompanhamento formativo do processo dos alunos, ao mesmo tempo servir de ponto de
referência ao professor sobre como ele está conduzindo o seu trabalho.
• Para atribuição de notas, considerar o desempenho participativo dos alunos nas
atividades de grupo, exposição de trabalhos, pesquisas... sempre partir de critérios
claros e previamente concebidos e combinados com a turma de forma que as
mesmas possa: Compreender e sistematizar como ocorre a relação do movimento
humano com o desenvolvimento.
• Analisar criticamente e reconhecer a importância do desenvolvimento motor,
aprendizagem motora.
• Reconhecer a importância da Educação Física como competente currículo.
• Discriminar na cultura corporal de movimentos as semelhanças e diferenças entre
ação, reflexão.
• Reconhecer os procedimentos para o resgate do lúdico e da expressão criativa e
compreender que o efetivo resgate depende da qualidade do ensino, sendo direito
da criança de se apropriar do conhecimento cultural e científico que ao longo da
historia, humanidade acumulou.
5- Referências
223
ALMEIDA, P. N. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola,
1987.
BORGES, C. J. Educação Física para a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1987.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
COSTA, V. L. M. Prática da Educação Física no primeiro grau: modelo de reprodução ou
perspectiva de transformação? São Paulo: IBRASA, 1987.
DARIO, S.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para a prática
pedagógica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005.
DIEM, L. Brincadeiras e esportes no jardim de infância. Rio de Janeiro: ao Livro Técnico,
1981.
FREIRE, J. B.; SCAGLIA, A. J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione,
2003.
MEDINA, J. P. S. Educação Física cuida do corpo e “mente”: bases para a renovação e
transformação da educação física. Campinas: Papirus, 1989.
Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do ensino fundamental, em nível Médio, na modalidade normal/ Secretaria
de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR, 2006.
BRASIL. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. lei nº 9694/96 de 20 de
dezembro. Brasília, 1996.
PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental
Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2010.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em www.googlo.com.br/acesso em
19/08/2011 às 23:50 min.
METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO
A Geografia é uma ciência rica em seu conteúdo, sendo o espaço geográfico o
campo de abrangência. Assim, cabe aos educadores aprimorarem suas metodologias,
proporcionando a reflexão da realidade e sua integração com a totalidade do espaço.
224
Com o objetivo de explicitar as mudanças e as finalidades do ensino, os conteúdos
metodológicos devem proporcionar subsídios para uma prática pedagógica mais efetiva,
possibilitando aos alunos a prática de pensar os fatos e os acontecimentos, tornando-os
capazes de compreenderem sua posição no mundo e de realizarem intervenções, que
ocorrem por meio do trabalho humano, pois as ações humanas geram, transformam o
espaço geográfico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Concepções de geografia.
• A geografia como ciência.
• Compreensão do espaço produzido pela sociedade (espaço relacional).
• Aspectos teóricos- metodológicos de ensino da geografia;
• Objetivos e finalidades do ensino da geografia na proposta curricular do curso de
Formação de docentes da Educação Infantil e anos iniciais do ensino
fundamental,atendendo as especificidades do Estado do Paraná
(quilombolas,indígenas campo e ilhas)
• Relação entre conteúdos:
• Método de avaliação
• Os conteúdos básicos de geografia na educação Infantil e anos iniciais;
• Diferentes tendencias da Geografia como ciência:
• Análise Critica e elaboração de recursos didáticos para Educação Infantil e Anos
iniciais,
• Análise critica dos livros didáticos dos anos iniciais.
METODOLOGIA
Os conteúdos que compõem a estrutura da disciplina serão desenvolvidos através
das seguintes metodologias:
* aulas expositivas e dialogadas;
* leituras reflexivas de textos;atividades individuais e em grupo;
* estudos dirigidos;
* seminários e palestras sobre os assuntos estudados;
225
* teatros,dramatizações,música;
* dinâmicas e técnicas que facilitem a compreensão dos temas abordados;
* elaboração de relatórios sobre filmes assistidos;
* oficinas de confecção de materiais didáticos;
* Orientação na elaboração de planos de aula e apresentação prática dos mesmos.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem por objetivo a verificação da aprendizagem, realizada através de
ações diagnósticas, numa visão inclusiva, priorizando a especificidade dos processos
formativos dos alunos.
Será desenvolvida através de instrumentos diversificados como; relatórios
individuais sobre os temas estudados, elaboração e apresentação de projetos de
confecção de materiais pedagógicos; análise dos planos de aula e verificação do
desempenho do aluno nas aulas práticas com critérios diversificados.
A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a fim de que
ocorra aprendizagem aos alunos que não alcançaram a totalidade dos conteúdos
trabalhados, proporcionando retomadas dos conteúdos e oportunizando avaliações a fim
de que progridam em sua aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO,A,L,P. considerações sobre as perspectivas para a pesquisa em Geografia
escolar e educação: o exemplo do ensino da geomorfologia.
In:NUNES,F,G(Org).Caminhos da Geografia para o século
XXI.Cascavel:Edunioeste,2002.p.73-80.
CARVALHO,A.L,P.Geomorfologia e Geografia escolar: o ciclo goegrafico davisiano nos
manuais de metodologia do ensino (1925-1993).Centro de Filosofia e Ciencias
Humanas,Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis,1999.
CARVALHO,A.L,P.Metodologia do ensino geografico: Petropolis: Typografia das
vozes de Petropolis,1925.
226
GABAGLIA,R.Praticas de geografia.Rio de Janeiro: Livraria Francisco alves,1930
SAVIANI,N.Saber escolar,Curriculo e Didática: problemas da unidade conteúdo/
método no processo pedagógico.4. ed. Campinas: Autores Associados,2003
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO
Ensinar História para crianças não é tarefa das mais fáceis. Principalmente por ser esta a disciplina que encontra maior resistência entre os alunos do ensino fundamental. As questões mais frequentes são: porque devo estudar o que já passou? Para que guardar todas estas datas? O que tem a ver com minha vida estes fatos? Existe uma comunidade de sentidos no que se refere à disciplina História.
Este mal estar é fruto dos rumos tomados pelo ensino de História desde sua implantação como disciplina autônoma em 1837.Deste momento em diante,o ensino de História passou a servir a determinados objetivos políticos e seu método era baseado na memorização de datas e na repetição oral de textos escritos.
A disciplina de Metodologia do ensino de História tem como objetivo a reflexão a respeito das formas de ensinar história na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino fundamental. Para tanto, faz-se necessário que os professores desenvolvam seu trabalho integrando os conteúdos das áreas de conhecimento,entendo sua inter – relação na realidade em que vive.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• História e memória social• As finalidades do ensino da história na sociedade brasileira contemporânea.• A transposição didática da história e a construção da compreensão e explicação
histórica.• Relação entre a construção da noção de tempo e espaço e leitura do mundo pela
criança.• O trabalho em fontes históricas.• Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do ensino
Fundamental.• Planejamento,seleção e avaliação em história• Análise crítica do material didático.
METODOLOGIA
Os conteúdos que compõem a estrutura da disciplina serão desenvolvidos através
227
das seguintes metodologias:* aulas expositivas e dialogadas;* leituras reflexivas de textos;atividades individual e em grupo;* estudos dirigidos;* seminários e palestras sobre os assuntos estudados;* teatros,dramatizações,musica;* dinâmicas e técnicas que facilitem a compreensão dos temas abordados;* elaboração de relatórios sobre filmes assistidos;* oficinas de confecção de materiais didáticos;* Orientação na elaboração de planos de aula e apresentação prática dos mesmos.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem por objetivo a verificação da aprendizagem,realizada através de ações diagnósticas,numa visão inclusiva,priorizando a especificidade dos processos formativos dos alunos.
Será desenvolvida através de instrumentos diversificados como; relatórios individuais sobre os temas estudados,participação em seminários,elaboração e apresentação de projetos de confecção de materiais pedagógicos; análise dos planos de aula e verificação do desempenho do aluno nas aulas práticas com critérios diversificados.
A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a fim de que ocorra aprendizagem aos alunos que não alcançaram a média estabelecida,serão proporcionados retomadas dos conteúdos e oportunizados avaliações a fim de que progridam em sua aprendizagem.
REFERÊNCIAS
Brasil. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de docentes de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental,em nível médio na modalidade normal.Curitiba: SEED – PR; 2006 – 100 p.
CARDOSO, C,F,S, Uma introdução à história. São Paulo: brasiliense,1988.CITRON,S.Ensinar a história hoje: a memória perdida e encontrada.
Lisboa: Livros Horizonte,1990.LE GOFF,J.História e memória. São Paulo: Unicamp,1992.PENTEADO,H,D. Metodologia de ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez,1991.SCHIMIDT,M,A.O uso escolar do documento histórico. Caderno de história:Ensino e Metodologia,Curitiba,n.2. 1997.
METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA
228
Apresentação
A história da matemática revela que os povos das antigas civilizações (babilônios,
gregos) conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que
vieram a compor a matemática que se conhece hoje.
As primeira propostas de ensino de matemática baseadas em práticas pedagógicas
ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O
objetivo desse grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria dominar a
arte da persuasão. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da matemática, o
seu valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos. A
matemática ensinada se baseava nos conhecimentos de aritmética, geometria, música e
astronomia. Com suas metodologias introduziam uma educação com caráter de
intelectualidade e valor científico.
No Brasil, através dos jesuítas, a matemática passou a fazer parte das disciplinas
do currículo da escola brasileira, entretanto não alcançou destaque nas práticas
pedagógicas.
Já no século XVIII, marcado pelas Revoluções Francesas e Industrial e pelo inicio
da intervenção estatal na educação, com os novos moldes de economia e de política
capitalista, a pesquisa matemática se direcionou a atender os processos de
industrialização e no Brasil se ministrava um ensino de matemática de caráter técnico.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes em que
apenas o conhecimento da matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes para a atuação profissional, pois envolve o estudo dos fatores
que influem, direta ou indiretamente sobre os processos de ensino e de aprendizagem em
matemática.
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático envolve o estudo de processos que investigam como o
estudante compreende e se apropria da própria Matemática, investigam também como o
aluno, por intermédio do conhecimento matemático desenvolve valores e atitudes de
natureza diversa, visando a sua formação como cidadão. Aborda o conhecimento
matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados,
discutidos, construídos e reconstruídos, influenciados na formação do pensamento do
aluno.
229
É necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriações de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras
áreas de conhecimentos.
Portanto faz-se necessário que o ensinar matemática o docente deverá ter
presente o compromisso com aqueles conhecimento, no sentido de que eles serão
ensinados pelos futuros professores das crianças de 0 à 10 anos de idade. Os alunos, por
sua vez, deverão esta comprometidos com o processo de aprendizagem porque estão se
preparando para um trabalho com características especiais a educação das crianças.
No entanto a Metodologia do ensino da matemática deve proporcionar ampliação e
aprofundamento da matemática de modo que os alunos consigam identificar
regularidades, estabelecer generalizações e apropriar-se da linguagem matemática para
descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e outras áreas de conhecimento.
Conteúdos
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais
destacamos:
• Concepções de Ciência e de Conhecimento Matemático das Escolas Tradicional,
Nova, Tecnicista;
• Construtiva e Pedagógica Histórico-Crítica;
• Pressuposto teórico-metodológicos do ensino e aprendizagem de matemática e/ou
tendências em Educação Matemática;
• Conceitos Matemáticos, Linguagem Matemática e suas Representações;
• Cálculo e/ou algoritmos;
• Resolução de Problemas;
• Etnomatemática;
• Modelagem Matemática;
• Alfabetização Tecnológica;
• História da Matemática;
• Jogos e Desafios;
• Pressuposto teóricos Metodológicos da Alfabetização matemática.
O trabalho com a Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, a educação do
230
campo, inclusão, uso indevido de drogas, sexualidade, diversidade serão desenvolvidas
articulados aos conteúdos sempre que possível.
Metodologia
Nesta disciplina propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos
específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de
forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino
existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de
cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do
modo como se articulam”.
Portanto, o docente deverá traduzir em termos mais concretos e operacionais o
que fará em sala de aula para conduzir os discentes a alcançar os objetivos educacionais.
Os conteúdos serão trabalhados através de exposições orais, leituras de textos
pelos alunos e professores, assim com exemplos concretos e relatos de experiências.
atividade prática na sala de aula com materiais pedagógicos, análise de textos e debates,
trabalho em grupo, estudo dirigido, onde o professor seleciona um bom texto e após
leitura individual em sala faz-se perguntas sobre o mesmo.Os alunos deverão marcar no
texto os pontos mais importantes e sintetizar os parágrafos que são também relevantes.
Assim trabalha-se a aprendizagem efetiva, onde exige atividade do aluno.
Através de encaminhamento metodológico fundamentados numa concepção
histórico-crítica, onde o desenvolvimento da disciplina envolverá instrumentos e signos
necessários ao processo de ensino-aprendizagem. Assim favorece a pesquisa e a
socialização do conhecimento através da diversificação da metodologia que busca
sistematizar o objeto de estudo. Os conteúdos abordados oportunizarão a análise de todo
o processo de desenvolvimento e aprendizagem do educando.
Avaliação
A avaliação será coerente com o enfoque dados ao princípios básicos da disciplina.
Se encararmos o ensino da metodologia do ensino da matemática sob um ponto de vista
dinâmico, então teremos que adotar, diante da avaliação, uma postura que considere os
caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe
são propostos e a partir do diagnostico de suas dificuldades procurar ampliar a sua visão,
o seu saber sobre o conteúdo em estudo.
Nessa escola este processo se desenvolverá ao longo do processo ensino-
aprendizagem através da observação de trabalhos em sala de aula e extraclasse, testes
231
escritos, apresentações de trabalhos, miniaulas para subsidiar a análise do professor,
buscando, se necessário, a retomada de conteúdos, não assimilados pelos alunos,
através de recuperação.
As avaliações serão em grupos e individuais no decorrer do semestre, registradas
através de notas conforme o Regime Escolar do estabelecimento.
Referências
Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná. Curitiba, 1990.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PUBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ. Matemática. Curitiba, 2009.
ALVES, J. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA & EXCLUSÃO SOCIAL. Brasília: Plano Editora,
2002.
BIBUDO, M. A. V., (org) Pesquisa em Educação Matemática> Concepções e
Perspectivas, São Paulo: UNESP, 1999.
BICUDO, M. A. V. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e
reflexos na educação matemática. Pesquisa em educação matemática: concepções e
perspectivas, São Paulo: UNESP, 1999.
COLEGIO ESTADUAL NESTOR VICTOR – Projeto Político Pedagógico – 2008.
DANTE, L. R. Didática da resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989.
FIORENTINI, D.; MIORIN, M. A. Por trás da porta, que matemática acontece?
Campinas, São Paulo: Graf. FE/Unicamp-cempem. 2001.
KLINE, M. O fracasso da matemática moderna. São Paulo, Ibrasa, 1976.
LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. Iniciação à inverstigação em educação
matemática. Campinas: CEMPEM/COPEMA, 1999.
MACHADO, S. D. A. et al. Educação matemática uma introdução. São Paulo: EUD.
1999. (Série Trilhas)
MOYSÉS, L. Aplicaçoes de Vygosky à Educação Matemática. Campinas. Papirus.
1997. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.
SEED – Proposta pedagógica curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Inicial do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade
Normal. Curitiba, 2006.
SOUZA, A. C. C. Tendência em educação matemática nos anos 90. IV Semana de
Matemática, UTP.
232
SCHEFFER, N. F. Modelagem Matemática. Educação Matemática em revistas – RS,
Rio Grande do Sul, / (I): 11-15. JUN. 1999.
SILVA, C. P. da. A matemática no Brasil – uma história de seu desenvolvimento. São
Leopoldo: UNISINOS, 1999.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teórico-metodológicos
das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes
Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,
2008. - 242 P.
PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental
Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.
METODOLOGIA DO ENSINO DE PORTUGUÊS E ALFABETIZAÇÃO
APRESENTAÇÃO
A linguagem oral e escrita está presente no cotidiano da sociedade e na
prática das instituições da educação infantil, à medida que todos que dela participam:
crianças e adultos, falam, se comunicam entre si, expressando sentimentos e ideias.
No decorrer da história da humanidade,os acidentes geográficos,as manifestações
físicas da natureza,a opção do homem em crescer em comunidade, defendendo-se dos
obstáculos e transportando-os, fez com que houvesse uma preocupação com o
conhecimento. Em princípio,individual e depois coletivamente de tal modo que viram
obrigados a sistematizá-los para uma melhor compreensão e utilização.
Neste contexto histórico inseriu-se a linguagem como indispensável e sem a qual
não há desenvolvimento,pois permeia todas as demais ciências dando o suporte
necessário ás transformações sociais em todas ás áreas do conhecimento que a
humanidade está submetida, em busca incessante de uma melhor qualidade de vida.
Nesse sentido,contribui para que a sociedade pense sobre a vida revendo a história para
compreender o presente e pensar no futuro.
No mundo contemporâneo,se faz cada vez mais necessário,indivíduos criativos e
versáteis,capazes de entender as transformações sociais,fazer uma leitura crítica da
sociedade e nortear a sua vida de maneira autônoma.
A metodologia do ensino de Português e Alfabetização têm a intenção de trazer até
233
o aluno, professor o trabalho com as diversidades textuais,histórias e experiencias que
muitas vezes situam-se em vertentes teóricas distintas, mas são amarradas pelo desejo
de proporcionar reflexões e decisões. A posição do aluno – professor será de
pesquisador, uma vez que ele terá que compreender, comparar, interpretar a história do
outro para enfim, escrever a sua própria história.
O objetivo da disciplina é propor ao aluno – professor o compromisso com a
formação humana e o acesso à cultura geral,bem como o respeito à diversidade
cultural,posicionando de maneira crítica,responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando a linguagem como forma de mediar e tomar decisões.
O futuro educador,hoje aluno do curso de formação de docentes,deverá receber
conhecimentos especiais na sua qualificação de professor alfabetizador,um dos caminhos
para o desenvolvimento deste trabalho está centrado em diferentes propostas de
alfabetização e ensino da língua portuguesa,analisando os procedimentos de cada
proposta,evidenciando os pressupostos teóricos que sustentem a concepção de ensino e
aprendizagem,a concepção da língua escrita e a corrente psicológica a que estão
atrelados.
CONTEÚDOS
3 º Ano
* Linguagem e sociedade;
* Concepção de linguagem,de linguagem escrita,de alfabetização e de letramento;
* Concepção de ensino e de Aprendizagem;
* Teoria sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e escrita;
* Concepção da variação linguística:
• Conceito de texto,de leitura e de escrita;
• Padrões silábicos da língua;
• Tipologia textual e funções de linguagem;
• Processo de avaliação;
• História da Escrita;
• Análise crítica dos processos de alfabetização;
• Noções básicas e fonéticas;
4º Ano
234
• características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;
• Procedimentos metodológicos;
• Leitura e interpretação;
• Produção e reescrita de textos;
• Análise linguística;
• Atividades de sistematização para o domínio do código:
• Análise crítica dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Referencia Curricular
Nacional para Educação Infantil e Diretrizes Curriculares da Educação;
• Analise crítica dos diferentes programas de alfabetização desenvolvidos no Brasil;
• Analise crítica de materiais didáticos de alfabetização e ensino da Língua
Portuguesa ;
• O papel da escola como promotora de alfabetização e letramento: Como alfabetizar
letrando.
Tudo isso a partir do regimento escolar,do P.P.P e das Diretrizes Curriculares
Estaduais desta disciplina.
METODOLOGIA
As ações pedagógicas da metodologia da língua Portuguesa devem estar pautadas
na construção do conhecimento de forma crítica,reflexiva,engajada na realidade,de modo
a privilegiar a relação teórico-prática,na busca da apreensão das diferentes formas de
apresentação dos conteúdos.
A prática da oralidade será desenvolvida através de:
• Debates ( sobre os temas propostos ou outros do interesse do grupo;
• Júris simulados (sobre a atitude de um determinado personagem,havendo aqueles
que concordam e outros que discordam);
• Relatos críticos (de acontecimentos próximos aos alunos,como algum fato que
tenha ocorrido na escola,bairro,cidade ou pais);
• Teatro (encenação de textos teatrais,novelas,história que conheçam, comerciais de
rádio e TV);
• Entrevistas (quando o desenvolvimento de alguma atividade realmente a exigir).
• Instruções(quando for necessário a um aluno explanar os procedimentos da
235
execução de uma tarefa ao grupo ou à sala toda);
• Produção oral de :poesia, textos
narrativos,classificados,instrucionais,lúdicos,informativos,correspondência,humoríst
icos,gráficos.
• Dinâmica de grupo.
• A prática da leitura será desenvolvida através e:
• Diferentes gêneros textuais: textos
lúdicos,jornalísticos,didáticos,científicos,literários,parlendas,anúncios,etc.
• Leitura de imagens como fotos,cartazes,propagandas,etc.
• A prática da produção de texto será desenvolvida através de :
• Relatos críticos, bilhete, carta, cartazes, avisos(textos pragmáticos);
• Poemas,contos e crônicos(textos literários);
• Notícias, editoriais, carta de leitor e entrevistas(textos imprensa);
• relatório, resumos de artigos e verbetes da enciclopédia(textos de divulgação
científica).
• Análise linguística (produções de textos e interpretações).
AVALIAÇÃO
O trabalho de avaliação deve ser entendido como um processo contínuo cujo
objetivo não é apenas a atribuição de notas aos alunos,mas também uma possibilidade
de reflexão sobre a própria prática pedagógica. Através dessa atitude,é possível detectar
problemas e buscar soluções para eles.
O aluno não deve ser avaliado por um único trabalho que tenha executado,mas
pelo conjunto de atividades realizadas,o que possibilitará observar o desenvolvimento de
sua aprendizagem.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário,num debate,numa troca informa de
ideias,numa entrevista,num relato de histórias. O aluno também deve se posicionar como
avaliador de textos orais com os quais convive: noticiários, discursos políticos,programas
televisivos,etc.
A leitura será avaliada através de questões abertas,discussões,debates e outras
atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
236
A escrita será avaliada nos seus aspectos textuais e gramaticais,através de textos
produzidos e reestruturados e testes escritos.
De acordo com o regimento escolar será aplicada conteúdo discutido uma
avaliação paralela,caso o aluno não tenha assimilado o conteúdo terá uma nova
oportunidade. Sendo que os textos orais escritos valerão 60 pontos e os demais trabalhos
40 pontos;somando um total de 100 pontos na média semestral.
REFERÊNCIAS
DRAMAR,SAlfabetização,leitura e escrita: formação de professores em curso.Rio de
Janeiro:Escola de Professores,1995.
JOLIBERT,Josette e colaboradores.Formando crianças leitoras.Porto Alegre: Artes
Médicas:1994.
JOLIBERT,Josette e colaboradores.Formando crianças produtoras de textos.Porto Alegre:
Artes Médicas:1994.
GAGLIARI,Luiz Carlos.Alfabetização e Linguística.Editora Scipione – São Paulo,1995
FREIRE,Paulo.A Importância do ato de ler. São Paulo,cortez.Autores
Associados,1982.E.Macedo.
SMOLKA,Ana Luiza Bustamanta.A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como
processo discursivo.Editora da Unicamp,S.P.988.
VYGOTSKY,L.S Formação social da Mente. São Paulo: Martins fontes,1991.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua
Portuguesa.
Colégio Estadual Nestor Victor - Projeto Político Pedagógico.2008.
Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infântil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental,em nível médio,na modalidade norma – Curitiba : SEED - .2006.
ANTUNES, Celso. Alfabetização Emocional. (Pontos Básicos – Carmem Sigwalt).
237
BETTELHEIM B.; ZELAN, K. Psicanálise da Alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.
BRASLAVSKI, Berta. Escola e Alfabetização. (Pontos Básicos levantados por Carmem Sigwalt).
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador. Ática, 2005
.
CHARTIER, A.M. et al. Ler e Escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
APRESENTAÇÃO:
É fundamental que a disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico,
neste curso de Formação de Docentes tenha como função primordial oportunizar a
reflexão sobre a situação do nosso ensino, discutindo seus problemas e as formas de
como resolvê-los.
A grande valia dessa reflexão objetivará entre outras esclarecer de forma
mais ampla, quais são as responsabilidades que: governo, escola, professores, alunos,
comunidade têm no trabalho de transformação da educação brasileira.
O ensino dessa disciplina objetiva - se em analisar o sistema escolar
brasileiro e sua estrutura administrativa do ensino.
Na primeira série do ensino de Formação de Docentes, as práticas pedagógicas se
concentrarão nos sentidos e significados do trabalho do professor educador em diferentes
modalidades e dimensões, como observação do trabalho docente pelos alunos. Isso
implicará visitas as creches que tenham maternal e pré- escola e escolas
preferencialmente nas 1ª série e 2ª série do ensino fundamental.
É fundamental que a disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico
faça parte da grade curricular do curso de formação de docentes, pois a mesma só irá
acrescentar aos educandos uma visão mais ampla da organização Trabalho e Políticos
Educacionais, por efetivar uma abordagem mais ampla sobre organização formal da
escola, funções e atribuições dos que integram o contexto escolar.
238
Durante esse trabalho abordaremos leis que regem a educação no Brasil
como as Diretrizes curriculares da Educação Estadual.
Pretende-se neste 2ºano colocar os alunos em contato com situações
problemas no âmbito de algumas modalidades específicas e de experiências
educacionais extra escolares “a pluralidade cultural, as diversidades as desigualdades e a
educação será o norte principal em torno do qual os professores irão organizar e
encaminhar as atividades junto com os alunos essas observações ocorrerão em Centro
de Educação Infantil e escolas, APAES, etc...”
Conteúdos
1º Ano
Os conteúdos a serem trabalhados são de grande valia para Formação de
Docentes, pois os mesmos visam esclarecer de forma bem clara.
- A organização do Ensino Brasileiro.
. O que é sistema
. O que é Sistema Escolar?
- Sistema Escolar Brasileiro
. Níveis de ensino
. Modalidades de Ensino (Educação infântil,Ensino fundamental,médio e normal)
. Funcionamento do Sistema Escolar
. Direitos e Deveres
- Estrutura Administrativa do Ensino Brasileiro
. Princípios Orientadores
. Níveis administrativos
. Recursos financeiros
- O Ensino Fundamental
. A escolaridade obrigatória nas instituições Brasileiras
. A extensão da escolaridade obrigatória
. O ensino fundamental
- Princípios e Finalidade
. Princípios do Ensino
. Finalidades da Educação
. Objetivos do ensino Fundamental e a Educação Infântil.
239
- Currículo Escolar
. O que é currículo
. Base comum e parte diversificada
. Parâmetros Curriculares Nacionais
. Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação.
- Avaliação, Recuperação e Promoção.
. Rendimento escolar
. O processo de avaliação
. Aprovação ou reprovação?
- Modalidades Especiais de Educação
. Educação Especial
. Educação Profissional
. Educação Jovem e adulta
. Educação povos indígenas
. Educação à distância
. Educação de campo
2º ano
Unidade III-A Escola de Ensino Fundamental
Capitulo 9 - Organização Formal da Escola
1.A escola como organização
2.Estrutura administrativa da escola
3.Direção de escola
4.Orientação educacional e pedagógica
Capítulo 10 - Relações Humanas na Escola
1.Relações internas
2.Relações externas
Texto: Freire e Axé ensinam crianças a sonhar – Fernando Rossetti 144 Recursos
Materiais
1.O terreno
2.O prédio da escola
3.A sala de aula
4.Dependências Comuns
5.Regime de trabalho
240
Capitulo 12 – Organizações Auxiliares da Escola
1.Programas suplementares
2.Associação de Pais e Mestres e Funcionários (A.P.M.F)
3.Conselho Escolar e organização estudantil.
Unidade IV – Profissionais da Educação
Capitulo 13 – O educador e a lei
1.Formação
2.Aperfeiçoamento e atualização
3.Valorização dos educadores
Capítulo 14 – A Valorização do Educador
1.Condições de trabalho
. Participação assiduamente dentro das Politicas Educacionais do nosso País .
.
Metodologia
A metodologia a ser trabalhada nesta disciplina de Organização do Trabalho
Pedagógico será Formação de Docentes busca assegurar de forma qualitativa uma visão
mais ampla dos conteúdos, utilizando – se de técnicas como:
. Discussão em grupo
. Dinâmica de grupo
. Pesquisas
. Trabalho em grupo
. Trabalho individualizado
. Leitura de textos complementar (revistas)
. Debates em sala
Todo esse trabalho visará atender as necessidades individuais de cada aluno (a) e
estimulando sempre a oralidade / a reflexão e visão crítica.
AVALIAÇÃO
De acordo com a L.D.B. 93.94/96, a avaliação será: contínua e cumulativa visando
o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
241
Os alunos serão avaliados em vários momentos e de diferentes maneiras como:
•Avaliações escritas ,oral
•Apresentações orais e debates;
•Exercícios individuais e grupais;
A avaliação tem por objetivo a verificação da aprendizagem,realizada através de
ações diagnósticas,numa visão inclusiva,priorizando a especificidade dos processos
formativos dos alunos.
A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados,a fim de que
ocorra aprendizagem aos alunos que não alcançaram a totalidade dos conteúdos
trabalhados,proporcionando retomadas dos conteúdos e oportunizando avaliações a fim
que progridam em sua aprendizagem.
As notas serão distribuídas semestralmente, sendo 60 pontos avaliações
escritas e orais e 40 pontos com trabalhos ou atividades em sala, sendo que essas
atividades serão diversificadas conforme o conteúdo.
No decorrer de cada semestre serão aplicados no mínimo 2 avaliações no
valor de 30 pontos uma (prova teórica) ou (prática) e duas atividades
(trabalhos,exercícios, etc...) no valor de 20 pontos cada.
REFERÊNCIAS
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SOUZA, Clarilza Prado de. & outros. Avaliação do rendimento escolar. Campinas:
Papirus, 1991.
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. Editora Autores Associados, São Paulo, 1995.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola Pública. São Paulo: Ática, 1997.
PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo:
Ática 1998.
Proposta Pedagógica Curricular do Curso de formação de Docentes da Educação
infantil e anos iniciais do Ensino fundamental, em nível médio, na modalidade Normal –
Curitiba: SEED – PR. 2006
242
PRÁTICA DE FORMAÇÃO
APRESENTAÇÃO
As práticas pedagógicas se constituem no eixo articulador dos saberes
fragmentados nas disciplinas. São o mecanismo que garantirá um espaço e um tempo
para a realização da relação e contextualização entre saberes e os fenômenos comuns,
objetos de estudo de cada ciência ou área de conhecimento específico. O objeto de
estudo e de intervenção comum é a educação. Contudo, esse fenômeno geral será
traduzido em problemas de ensino-aprendizagem contemporâneos, a partir dos
pressupostos que orientam o curso e dos objetivos de formação.
A prática de formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição fruto de seu
projeto político pedagógico. Nesse sentido todos os professores responsáveis pela
formação teórico-prática do seu aluno. A disciplina tem por objetivo:
● articular os conhecimentos entre as disciplinas, garantindo um espaço e um
tempo para a contextualização entre os saberes e a prática pedagógica,
oportunizando ao aluno uma aproximação com a realidade educacional.
● desenvolver o processo de vivência e reflexão sobre a ação docente,
favorecendo a construção dos saberes pedagógicos.
● proporcionar o estudo da relação teoria-prática que permeia o espaço escolar
e as relações culturais e sociais que interferem e/ou influenciam a gestão nos
diferentes setores da instituição de ensino.
● conhecer as diferentes modalidades de ensino, compreendendo as
diversidades sociais, culturais, étnicas, religiosas, estéticas, de gênero e suas
especificidades educacionais implícitas, bem como o processo de inclusão destas
diferenças no sistema de ensino e na prática docente.
Na primeira série, as práticas pedagógicas se concentrarão nos sentidos e
significados do trabalho do professor/educador, em diferentes modalidades e dimensões.
Será oportunizado aos alunos a observação do trabalho docentes nas instituições de
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental (1ª e 2ª séries).
Na segunda série, pretende-se colocar os alunos em contato com situações
243
problemas no âmbito de algumas modalidades específicas e de experiências
educacionais extra-escolares. O foco principal será as observações voltadas a pluralidade
cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação. Será oportunizado aos alunos
em formação a observação da prática do contexto educacional de alunos portadores de
necessidades educacionais especiais , nas creches, APAES, projetos alternativos de
educação popular, bem como projetos voltados para a educação indígena e/ou educação
do campo.
Na terceira série, o foco de todo o trabalho estará voltado para os fundamentos
da Educação Infantil: as concepções de infância, de família e de educação em confronto
na sociedade. Outro elemento importante para a prática será o conhecimento das artes,
brinquedos, crianças e a educação nas diferentes instituições.
Na quarta série os alunos iniciarão suas experiências nas práticas de ensinar,
através da contextualização dos conteúdos desenvolvidos nas aulas das disciplinas.
Terão a oportunidade de vivenciar as práticas pedagógicas nas escolas, possibilitando
aos mesmos a elaboração de materiais didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o
desenvolvimento de técnicas de ensino adequadas ás crianças. Na primeira etapa os
alunos deverão fazer o estágio com crianças de 0 a 5 anos e, na segunda etapa, com
crianças de 6 a 9 anos, completando assim todo o ciclo dessa fase da educação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 1ª SÉRIE
● Conhecer o sentido e significado do trabalho pedagógico na Educação Infantil
● Vivenciar o tempo, espaço e organização do trabalho pedagógico nas
instituições de Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental;
O eixo de todo o trabalho estará focado nona observação do trabalho docente
pelos alunos através de visitas às creches, maternal e pré-escola e 1º e 2º anos do
Ensino Fundamental.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 2ª SÉRIE
● Conhecer as diferentes modalidades de educação compreendendo as
diversidades sociais, culturais, étnicas e as diversidades e desigualdades
existentes no meio educacional;
● Observação e investigação do trabalho pedagógico nas instituições: creches,
244
escolas regulares, Apaes, projetos alternativos, como também projetos voltados à
Educação indígena, de campo e de Jovens e Adultos.
O eixo de todo o trabalho estará centrado na observação da dinâmica do
trabalho pedagógico, voltada aos alunos portadores de necessidades educacionais
especiais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 3ª SÉRIE
● Compreender a concepção de infância e da família no Brasil;
● Conhecer os fundamentos que norteiam a Educação Infantil: cuidar e educar;
● Analisar as práticas pedagógicas docentes no cotidiano escolar;
● Confeccionar, compreender e saber utilizar na prática docente elementos
pedagógicos, como: brinquedos, danças, música, teatro, literaturas infantis e a arte
de contar estórias;
O eixo de todo o trabalho estará centrado na produção de pesquisas e
observações em instituições educacionais, tendo como foco concepções de
infância, família e educação em confronto na sociedade. Outro elemento a
ser enfatizado será a importância da arte na Educação Infantil, seus fundamentos
sócio-psicológicos e suas funções no desenvolvimento das crianças.
Compreender a concepção de infância e da família no Brasil;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 4ª SÉRIE
● Fundamentação teórica quanto a questões ligadas a aprendizagem, disciplina,
utilização adequada de materiais didáticos.
● Desenvolvimento de práticas pedagógica e educativa através dos estudos
realizados ao longo do curso através de questões norteadoras do eixo temático “
Práticas Pedagógicas “. Manejo de turma,utilização de recursos didáticos,
conteúdos científicos a serem desenvolvidos com os alunos em cada etapa, às
metodologias adequadas a cada área do conhecimento e ao acompanhamento do
processo de aprendizagem do aluno. A ação docente deve garantir que os alunos
contextualizem os conteúdos desenvolvidos nas aulas, através das disciplinas com
a prática social, e também vivenciam as práticas pedagógicas nas escolas de 1º ao
5º ano do Ensino Fundamental com mais autonomia intelectual e condução das
245
tarefas educativas.
● O trabalho com a Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação do Campo, A
Inclusão, uso indevido de Drogas, Sexualidade, Diversidade Cultural serão
dimensionados através da relação conteúdo prática social.
METODOLOGIA
A metodologia a ser aplicada é a que fundamenta a práxis pedagógica na visão
da Pedagogia Histórico-Crítico: prática social
inicial/teoria/prática social final, isto é, transformada pela teoria e de caráter dialético, pois
o conhecimento está em constante movimento com isto devemos trabalhar com nossos
alunos em constante instigação, sempre perguntando, exemplificando, construindo junto
com eles, dessa maneira tornará o aprendizado muito mais produtivo e envolvente.
No primeiro ano o trabalho deverá centrar-se no sentido de possibilitar o
aprofundamento do que é o trabalho do professor no Centro de Educação Infantil e nas
escolas. A aproximação com essa realidade poderá se dar através de pesquisas já
existentes, reflexões teóricas metodológicas mais consistentes e de realização de
pequenas pesquisas(levantamentos)em instituições próximas dos alunos para que os
mesmos possam investigar e refletir sobre o trabalho do professor.]
No segundo ano o trabalho deverá centrar-se na observação, reflexão e análise
sobre a pluralidade cultural, diversidades e desigualdades na educação. As visitas se
centrarão nas instituições que trabalham com Educação Especial e outras instituições que
trabalham com projetos alternativos em educação como ONGs, e demais órgãos que
trabalham com políticas de inclusão.
No terceiro ano o trabalho se centrará na reflexão e análise sobre os
condicionantes da infância no Brasil e os fundamentos da Educação Infantil, através de
estudos e observações sobre a concepção desses temas. Outro elemento a ser
trabalhado, e utilizado será a confecção de brinquedos, resgate de jogos, músicas,
literaturas infantil, teatros. Todo esse trabalho será realizado em consonância com a
teoria e a prática em sala de aula.
246
A utilização desses materiais acontecerão em micro aulas pelos alunos tendo
sempre em vista explicar os objetivos de cada material, música ou brinquedo.
O trabalho do professor terá como base a explicação oral, leitura de textos,
trabalho em grupos, apresentação de micro- aulas para professora, e em sala de aula da
Educação Infantil e Séries Iniciais.
No quarto ano o trabalho se desenvolverá através de práticas pedagógicas com
ênfase no planejamento das aulas, uso adequado de material didático, orientações sobre
manejo de sala e métodos adequados para os conteúdos, responsabilidade com o seu
trabalho: ética profissional e conhecimentos sobre psicologia da aprendizagem, educação
especial e inclusão. O trabalho com a Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação do
Campo, a Inclusão, Uso indevido de Drogas, Sexualidade, Diversidade Cultural serão
dimensionados através da relação conteúdo prática social.
AVALIAÇÃO
A avaliação da Prática de Formação deve ser processual e diagnóstica, ou seja
desta forma ela assume caráter integrador, no sentido de estar presente em todo o
processo de ensino x aprendizagem. Se dará numa perspectiva de caráter formativo e
inclusivo, buscando orientar, reorientar e recuperar os conhecimentos não aprendidos.
Dessa forma, o aluno terá oportunidades de extrapolar todas as suas capacidades
cognoscitivas de aprendizagem no sentido de sua formação como Docente de Educação
Infantil e Séries Iniciais da Educação Básica.
Toda a dinâmica avaliativa ocorrerá através da utilização dos seguintes
instrumentos: trabalhos individual ou em grupo, leituras, análise, discussão e elaboração
de relatórios referentes aos temas propostos nas aulas práticas, apresentação de
trabalhos, pesquisas, palestras, análise de filmes, visitas às escolas para observação da
prática docente, oficinas de material didático e regência de classe na Educação Infantil e
séries iniciais do Ensino Fundamental.
Essas avaliações serão expressas em forma de notas semestrais, perfazendo
um total de 10,0, conforme instruções previstas no Regimento Escolar do
Estabelecimento de Ensino.
A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados. Aos alunos que
não alcançarem a média estabelecida e aos que desejarem ampliarem o rendimento
escolar, serão proporcionados meios que permitirá o progresso na aprendizagem.
247
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRZEZINSKI, I. A formação e a carreira de profissionais da educação na LDB
9.394/96: possibilidades e perplexidades. In: BRZEZINSKI, I. (org). LDB interpretada:
diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997. p. 141 – 158
GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
PICONEZ, Stela C. B. (org) A prática de Ensino e o Estágio Supervisionado.
Campinas, São Paulo: Papirus, 1994.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores-unidade, teoria e prática?
São Paulo: Cortez, 1995.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Proposta Pedagógica Curricular
do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba. SEED – Pr., 2006.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teóricos-metodológicos
das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes
Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,
2008. - 242 P.
PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental
Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.
QUÍMICA
248
Apresentação
Desde o domínio do fogo, uma das mais antigas descobertas, a química estava
presente. No Ocidente os gregos foram os primeiros a teorizar sobre a composição da
matéria, foram deles a ideia de átomo (Leúcipo e Demócrito 400 a. c.) (VIDAL, 1986, p.
09).
Do século III da era cristã até a idade média surgiu a alquimia, um misto de ci -
ência, religião e magia, buscava a riqueza, cura de doenças e vida eterna. No final do sé-
culo XIV com o fim do feudalismo houve a preocupação em relação a mão de obra produ-
tiva e os estudos sobre substâncias minerais para a cura de doenças. Na transição dos
séculos XV-XVI os estudos de Paraselso ( Phillipus Auredus Theophrastus Bambastus
Von Hohenhein.) possibilitou o nascimento da Iatroquímica (biogeoquímica), que empre-
gando este conhecimentos faz uma leitura cosmológica dos fenômenos, relacionados a
religião. Neste mesmo século ocorreu com a expansão da indústria, do comércio, da
navegação e das técnicas militares, em Paris, Berlim, Florença e Bolonha, nesta época
foi criada então em Paris a, Academie de Scienes subordinada ao Estado, também foi
criada em Londres a Royal Society sem qualquer relação com o Estado, mesmo assim a
estratégia era permanecer em silêncio, pois alguns consideravam as pesquisas meramen-
te especulativa e intuitiva.
Ainda no século XVII ocorreu a revolução química com a incorporação de al-
guns elementos empíricos da alquimia, onde o mágico cedeu lugar ao cientifico.
(CHAUÍ, 2005, in ALFONSO-GOLDFARB, 2005, p. 11-12). No século seguinte aconteceu
então o grande desenvolvimento na experimentação química como o isolamento dos ele-
mentos gasosos(nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) além de elementos como cobal -
to, platina,zinco,níquel, bismuto,manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre. Na re-
volução industrial com a substituição da força humana por máquinas nasce a industria
química, este mesmo momento foi marcado por Antonie Laurent Lavoisier com a elabora-
ção do tratado Elementar da química(Traité Elementaire de Chimie) que propôs uma no-
menclatura universal para todos os compostos químicos, sendo aceita internacionalmen-
te.
O período no qual a ciência moderna se consolidou e passou a deixar marcas
na caminhada da humanidade foi o século XIX com a teoria atômica de John Dalton afir-
mando que a matéria era constituída de pequenas partículas esféricas maciças e indivi -
síveis denominadas átomos ( matéria e sua natureza). Com o surgimento dos laborató-
rios de pesquisas no final do século XIX , a química se consolidou como a principal dis-
249
ciplina associada aos efetivos resultados na industria. Desta forma desde o final do século
XX até hoje passamos a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas, e com o
aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, constituindo assim uma era de
transformações nas ciências.
O domínio do fogo representa, sem dúvida, uma das mais antigas descobertas
químicas e aquela que mais profundamente revolucionou a vida do homem. Já no paleolí-
tico, há cerca de 400.000 anos, o homem conservava lareiras em alguns dos seus habitá-
culos na Europa e na Ásia. [...] No neolítico, o fogo foi utilizado para cozer a argila desti-
nada ao fabrico de cerâmica. Mais tarde, graças aos conhecimentos que terão sido adqui-
ridos pelo artífice na prática da combustão e da construção dos fornos, irá permitir a meta-
lurgia. [...] A tinturaria é uma indústria muito antiga. Não é possível fixar-lhe as origens.
Utilizavam-se, na Antiguidade, sucos vegetais tirados da garança, do ingueiro. As mulhe-
res das regiões do Nilo recorriam à malaquite para pintar o rosto. Utilizado como pintura,
servia aos gregos para betumar os seus navios a fim de proteger a madeira
Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal
(prática de transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses procedimentos,
mas agiam de modo hermético, ocultista, uma vez que a sociedade da época era contra
essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria: Ao longo dos séculos XVII e XVIII,
com o estudo da química pneumática (Boyle, Priestley, Cavendish) e com o rigor metodo-
lógico de Lavoisier, definiu-se um novo saber, que passou a ser conhecido como química,
o qual foi dividido em diferentes ramificações procedimentais, dentre elas: alquimia, boti -
cários, iatroquímica e estudos dos
gases. O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da
Química dos séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações. Dentre as realizações dos
químicos, nesse período, destacaram-se o isolamento de algumas substâncias gasosas
(nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de muitos outros elementos me-
tálicos: cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto, manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio
e cobre. Com a Revolução Industrial, o modo de produção capitalista expandiu-se, o que
teve como uma, dentre outras consequências, o impulso ao desenvolvimento da indústria
química. (CHASSOT, 2004, p. 119).
Com o estreitamento gerado por interesses econômicos e pelas instâncias do po-
der resultou, entre outros fatores, na eclosão das duas guerras mundiais do século XX e
no estabelecimento de discussões a respeito da ética na ciência e de seus impactos na
sociedade. Passou-se a questionar a utilização do saber científico tanto para o progresso
250
da humanidade quanto para seu possível aniquilamento.
Depois da Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo desenvolveram-
se ainda mais. O bombardeio de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção
de novos elementos químicos, bem como o desenvolvimento de diferentes materiais,
como, por exemplo, cerâmicas, ligas metálicas e semicondutores. Isso ocorre em função
do advento da mecânica quântica, que resultou nas bombas .
Deste modo a química participa do desenvolvimento científico tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance econômico, so-
cial e político. A sociedade e seu cidadão interagem com o conhecimento científico mais
avançado possibilitando compreender e repensar a realidade a qual se insere. Trabalhar
com os conteúdos que, embora relacionados indiretamente ao seu cotidiano, são de rele-
vância nas condições de vida, e acompanhamento das transformações informativas num
processo de trabalho coletivo oportunizando as descobertas de diferentes instrumentos. O
tratamento será desenvolvido, destacando a crença que o conhecimento não é transmiti-
do, mas construído pelos alunos levando em conta aquilo que o aluno sabe.
A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências, em um
processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um. Os conteúdos
estruturantes do ensino de Química no ensino médio está calcado em : MATÉRIA E SUA
NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SÍNTÉTICA. Seu objeto de estudo é:
substâncias e materiais, sustentados pela tríade: Composição, propriedades e
transformação.
Matéria e sua Natureza: A abordagem da história da química é necessária para a
compreenção de teorias e, em especial, dos modelos atômicos , uma vez que a
concepção de átomo é imprescindível para que se possam entender os aspectos
macróscopiops dos materiais com que o ser humano está em contato diário e perceber o
que ocorre no interior dessas substâncias, ou seja o comportamento microscópio.
Biogeoquímica: A química sempre esteve associada a natura a sua finalidade na
vida das pessoas, seja ela na velocidade com que se processa uma fermentação para
transformar uva em vinho, seja ela na digestão que auxiliada pelo ácido clorídrico
existente no estômago, seja ela no oxigênio que do mar vai para a terra,,vai para o ar e
retorna ao mar. Essas questões estão relacionadas aos processos que ocorrem com os
seres vivos e com o nosso planeta.
251
Química Sintética: O avanço das tecnologias permitiu que o homem tivesse cada vez
mais conforto no seu cotidiano, sendo assim desenvolveram-se fertilizantes para um
maior aproveitamento das plantações, a fibra óptica que permite que a comunicação se
torne ágil, os conservantes para que os alimentos não pereçam rapidamente.
Deste modo a química participa do desenvolvimento cientifico com importantes
contribuições especificas, cujas às decorrências tem alcance econômico, social e político.
A sociedade e seu cidadão interagem com o conhecimento cientifico mais avançado
possibilitando compreender e repensar a realidade a qual se insere.
Trabalhar com os conteúdos que embora relacionados indiretamente ao seu
cotidiano, são de relevância nas condições de vida, e acompanhamento das
transformações informativas num processo de trabalho coletivo oportunizando as
descobertas de diferentes instrumentos. O tratamento será desenvolvido, destacando a
crença que o conhecimento não é transmitido, mas construído pelos alunos levando em
conta aquilo que o aluno sabe.
O ensino de química tem como objetivo despertar no aluno a vontade e o interesse
pela pesquisa científica, a descoberta e a redescoberta, enfatizando sua relação com a
vida cotidiana, através de experimentos. Formar um aluno que se aproprie dos
conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual.
O conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos
isolados, prontos e acabados, mais sim uma construção da mente humana, em continua
mudança. O ensino de química deve possibilitar ao aluno a compreensão do processo e
elaboração desse conhecimento com seus avanços, erros e conflitos.
Conteúdos Estruturantes
Matéria e sua Natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
Conteúdos Básicos
Solução
Velocidade das reações
Constituição da Matéria
Estados de agregação
252
Natureza Elétrica da matéria
Modelos atômicos
Estudo dos metais
Tabela Periódica
Substância simples e compostas
Misturas
Métodos de separação
Solubilidade
Concentração
Forças Intermoleculares
Temperatura e pressão
Densidade
Dispersão e suspensão
Tabela periódica
Reações químicas
Lei das reações químicas Representação das reações químicas
Condições fundamentais para ocorrência das reações
Fatores que interferem na velocidade das reações
Lei da velocidade das reações
tabela periódica
Equilíbrio Químico
Ligação Química
Reações Químicas
Reações químicas reversíveis
Concentração
Relações matemáticas e o equilíbrio químico
Deslocamento químico
Equilíbrio químico em meio aquoso
Tabela periódica
Tabela periódica
Propriedades dos metais
Tipos de ligações químicas
253
Solubilidade e as ligações químicas
Interações moleculares
Ligação de hidrogênio
Ligação metálica
Ligação sigma e pi
Ligações polares e apolares
Alotropia
Reações de oxi-redução
reações exotérmicas e endotérmicas
Diagramas das reações
exo- endotérmicas
Variação da entalpia
Calorias
Equações termoquímicas
Princípios termodinâmicos
Lei de Hess
Entropia e energia livre
Calorimetria
Tabela periódica
Radioatividade
Gases
Funções Orgânicas
Modelos atômicos
Elementos químicos
Tabela Periódica
Reações químicas
Velocidade das reações
Emissões radioativas
Leis da radioatividade
Cinética das reações químicas
Fenômenos radioativos
Estados físicos da matéria
tabela periódica
254
Propriedades dos gases
Modelos de partículas para materiais gasosos
Misturas gasosas
Diferença entre vapor e gás
Lei dos gases
Funções Orgânicas
Funções inorgânicas
Tabela periódica
Metodologia
Será abordado o ensino de química voltado a construção/reconstrução de significados
dos conceitos científicos na sala, ampliando a compreensão do conhecimento científico e
tecnológico para além do domínio estrito dos conhecimentos de química, o aluno ter
contato com o objeto de estudo da matéria e suas transformações, numa relação de
dialogo onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realize no sentido da
organização do conhecimento científico. A Química será tratada com o aluno de modo a
possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele. O ensino-aprendizagem
na disciplina de química será baseada nas interações aluno-aluno, aluno-professor e
aluno-professor-objeto do conhecimento. E para que essas interações ocorram com
sucesso, será utilizado os seguintes recursos:
- Leitura de textos, onde o importante será a discussão de ideias;
- Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório e visando a
construção e ampliação de conceitos;
- Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior
discussões relacionadas com o conteúdo trabalhado.
- Estudo do meio, através do qual se pode ter ideia interdisciplinar dos campos do
conhecimento(visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);
- Aulas dialógicas, na qual será instigado o dialogo sobre o objeto de estudo;
- Áudio-visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de
discussão pré e pós atividade áudio-visual e deve facilitar a construção e a ampliação dos
conceitos;
-Informática, como fonte de dados e informações;
255
- uso da biblioteca, como fonte de dados e informações;
- Acesso à Internet;
- Temáticas
• Educação Ambiental
• Prevenção e uso indevido de drogas
• Relação Étnico- Raciais
• Sexualidade
• Violência na escola, serão trabalhados permeando os conteúdos Básicos sempre que
for possível.
Critérios de Avaliação:
Na perspectiva que se propõe, a avaliação da disciplina de Química vem mediar a
práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os
encaminhamentos metodológicos, onde os erros e acertos deverão servir como meio
de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. A avaliação possui uma
finalidade em si mesmo, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do
professor no processo ensino- aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. A avaliação deve
ultrapassar os limites quantitativos e incorporar quatro dimensões: diagnóstica,
processual/ continua, cumulativa e participativa.
Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica discursiva da aula,
com atividades diversificadas, o processo avaliativo passa a requerer mais do que
nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a participação
do aluno. Os alunos têm que realmente se sentir sujeitos do processo e não apenas
executores de tarefas escolares com objetivo exclusivo de acumular pontos para a
avaliação final.
Serão utilizados diversos instrumentos de avaliação, tais como: Atividade de leitura
e interpretação de textos, projeto de pesquisa bibliográfica produção de textos,
palestras/apresentação oral atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo,
relatórios, seminários, debates, atividades com textos literários, atividades a partir de
recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas e questões objetivas.
Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de
avaliar como objeto de punição e buscar desenvolver no aluno o senso crítico.
256
Referências:
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SARDELLA, A., MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3.ed. São Paulo: Ática,
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GOLDFARB, A.M. Da alquímica à química. São Paulo: Landy, 2001.
BAIRD, C. Química ambiental.2ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
CHASSOT, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ. DCE - QUÍMICA, Curitiba ,2006.
PPP, Projeto Político Pedagógico,
MORTIMER,E.F,; MACHADO,A. H. Química para o ensino médio. São Paulo:
scipicione, 2002.
257
SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO:
Sendo a Língua Portuguesa a principal disciplina capaz de articular-se em toda a comunicação desenvolvida na sociedade, cabe à escola a incumbência de ensinar aos alunos, ler, escrever e interpretar, conferindo a dimensão necessária que esses conhecimentos devem ter na formação do sujeito e cidadão crítico, permitindo que a aventura humana e as incertezas que a envolvem sejam compreendidas em sua complexidade, preparando, quando praticadas conscientemente, para enfrentar problemas e buscar alternativas para superá-los.
Pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa realidade que permeia todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha onde quer que estejamos e é via linguagem que nos construímos enquanto sujeitos. É a linguagem a responsável pela comunicação humana.
Portanto, a Língua Portuguesa está presente em todas as disciplinas proporcionando o ensino aprendizagem do aluno.
A Sala de Apoio à Aprendizagem tem como objetivos:Estender o tempo escolar dos alunos dos 6º e 9º anos com defasagens de aprendizagem na leitura, escrita e oralidade;Transformar as atividades da Sala de Apoio à Aprendizagem em experiências pedagógicas de qualidade, de modo que o tempo de estudar e de aprender ganhe novo sentido, expanda-se renove a cada dia.A indicação dos alunos(as) para a composição das turmas da Sala de Apoio à aprendizagem é realizada pelos professores das turmas dos 6º e 9º anos de acordo com o diagnóstico realizado em sala de aula, levando em conta a defasagem de aprendizagem em conteúdos referentes aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
6º ANOCONTEÚDOS:
ORALIDADE:• Tema do texto;• Finalidade;• Argumentos;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos da fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
LEITURA:• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade;
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• Argumentos do texto;• Discurso direto e indireto;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Discurso direto e indireto; Divisão do texto em parágrafos; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal
9º ANOLEITURA
• Conteúdo temático• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso ideológico presente no texto;• Vozes sociais presentes no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Partículas conectivas do texto;• Progressão referencial do texto;• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto,• pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);• Semântica:operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo
das palavras no texto;expressões que denotam ironia e humor
ESCRITA• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;
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• Vozes sociais presentes no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Partículas conectivas do texto;• Progressão referencial do texto;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,• pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);• Sintaxe de concordância;• Sintaxe de regência• Processo de formação de palavras;• Vícios de linguagem;• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores e polissemia.
ORALIDADE• Conteúdo temático;• Finalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual,• pausas...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos de fala;• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;• Elementos semânticos;• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições);• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
METODOLOGIA:Os conteúdos serão desenvolvidos com aulas expositivas e práticas com atividades
de fixação, jogos de dominó, bingo, cruzadinhas, e demais jogos educativos, práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos e observar a argumentação, a adequação vocabular, a clareza e coerência, proporcionando a aprendizagem da leitura, da oralidade e da escrita.
Apresentação de textos produzidos pelos alunos valorizando a reflexão que ele faz a partir das suas ideias.
Interpretação oral e escrita dos textos estudados levando o aluno a identificar o tema e a intencionalidade presente nos textos, localizar informações explícitas e inferir informações implícitas nos mesmos.
A Coletânea de Textos Língua Portuguesa, Sala de Apoio à Aprendizagem será o material norteador da prática pedagógica do professor.
AVALIAÇÃO:A oralidade será avaliada em função de adequação do discurso/texto aos
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diferentes interlocutores e situações, analisando a participação do aluno nos diálogos, nos relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, etc..
Ao se avaliar a leitura, serão consideradas as estratégias que os estudantes empregam em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta texto. Para isso, serão propostas discussões, questões abertas, debates e outras atividades que permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
A escrita será avaliada a partir dos textos produzidos pelos alunos, tendo em vista as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos usados nas produções dos alunos serão avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto.
A análise linguística será avaliada a partir de atividades que abordem os conteúdos gramaticais, fornecidos pelos textos, procurando enfatizar a reflexão e o uso efetivo da língua, privilegiando os conteúdos trabalhados e as situações concretas de comunicação.
O aluno é desligado do programa mediante acompanhamento da Equipe Pedagógica dos Professores da sala regular e professores da sala de apoio quando da superação das dificuldades apresentadas.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Carmem Silvia; KUTNIKAS, Sarina; PANACHÃO, Débora; SALMASO, Sílvia. Construindo a escrita gramática ortografia. São Paulo: Ática.
DELMANTO, Dileta; CASTRO, Maria da Conceição. Português: Ideias & Linguagens 12 ed. Reform. São Paulo: Saraiva.
INEP, Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira — Língua Portuguesa. Orientações para o professor – SAEB – Prova Brasil, Brasília – 2009.
MARTOS, Cloder Rivas, e AGUIAR, Joana D´Arque Gonçalves, Viver e aprender Português. São Paulo: Saraiva – 2006.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Prova Brasil – Matrizes de Referências, Temas, Tópicos e Descritores. Brasília – 2009.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Pedagógicas: Língua Portuguesa, Sala de Apoio à Aprendizagem. Curitiba: SEED-PR.,2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coletânea de textos: Língua Portuguesa, Sala de Apoio à Aprendizagem. Curitiba: SEED- PR., 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Coletânea de textos. Ciclo Básico de
261
Alfabetização. Departamento de Ensino Fundamental – 2005.
SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM - MATEMÁTICA: 6º e 9º ANO.
1 – APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA:
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de
processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando
confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a
formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e
estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a
atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o aluno veja a Matemática como
um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de idéias e
permite modelar a realidade e interpretá- la.
Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba que as definições,
demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tem a função de construir
novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar
sentido às técnicas aplicadas.
Como disciplina escolar, a processo de ensino e aprendizagem da Matemática pode
possibilitar a atribuição de sentidos aos eventos naturais e científicos e melhorar a
qualidade de vida, ao contemplar atividades que favorecem o desenvolvimento de
estratégias mentais para a identificação de situações problemas e a tomada de decisões
para buscar as soluções.
Fundamentando-se teórica e metodologicamente no campo da Educação
Matemática, que compreende a tríade: ensino, aprendizagem e conhecimento
matemático, o processo de ensino e aprendizagem nessa disciplina vem sendo orientado
por pesquisas que consideram os aspectos epistemológicos, históricos e práticos dessa
disciplina.
No Ensino Fundamental, cabe ao professor a sistematização dos conteúdos
matemáticos que emergem das aplicações no cotidiano, conhecidas dos alunos,
262
superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e de
seu conteúdo, indo além do senso comum.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras
áreas do conhecimento. Assim, a finalidade do ensino de Matemática na escola, é
desenvolver o raciocínio lógico-dedutivo, estimular o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Os conteúdos básicos , recomendados pelas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica do Paraná, encontram-se listados por série, ao longo dessa Proposta Pedagógica
Curricular, sendo observada a articulação dos conteúdos estruturantes conforme
orientação dessas diretrizes
CONTEÚDOS: 6º Ano
Números:
• Leitura dos números;
• Escrita dos números;
• Classificação e seriação;
• Antecessor e sucessor;
• Ordem (crescente e decrescente);
• Organização do S.N.D;
• Valor posicional do algarismo;
• Números naturais;
• Pares e ímpares;
• Igualdade;
• Desigualdades;
• Números decimais;
• Números fracionários.
• Operações Fundamentais
Grandezas e Medidas:
• Comprimento
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• Tempo
• Massa
• Área
• Volume
• Ângulos
• Sistema monetário
Geometria
• Reconhecimento de figuras planas;
• Reconhecimento de figuras espaciais;
• Reconhecimento dos elementos das figuras planas;
• Reconhecimento dos elementos das figuras espaciais.
Tratamento da informação:
• Dados, tabelas e gráficos: Leitura, construção e interpretação.
CONTEÚDOS: 9º Ano
• Números e Álgebra
• Grandezas e Medidas
• Geometria
• Tratamento da Informação
• Funções
• Operações
• Medidas
• Estatística.
2 - OBJETIVOS GERAIS
• Aprofundar o estudo dos números naturais, o sistema de numeração decimal
compreendendo a necessidade de ampliação dos conjuntos numéricos;
• Operar com números reais, identificando as propriedades das diferentes operações;
• Utilizar medidas de comprimento, massa, capacidade, área, volume, temperatura,
tempo e de ângulos, bem como utilizar o sistema monetário brasileiro na solução de
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situações problemas.
• Identificar as principais figuras planas e espaciais e suas propriedades, assim como
calcular perímetros, áreas e volumes;
• Construir tabelas, ler e interpretar gráficos que possibilitem reflexões críticas e
previsões sobre a realidade;
• Interpretar e resolver situações-problema.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICO:
Os Conteúdos específicos de Matemática no Ensino Fundamental serão articulados
aos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná, e os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo
professor deverá garantir ao aluno o avanço dos conhecimentos adquiridos nas séries
iniciais do Ensino Fundamental, além de conteúdos que favoreçam a aplicação dos
conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, da ciência
matemática e de outras ciências.
Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos, e
desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto a abstração, o
raciocínio a resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e
compreensão de fatos matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de
tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a Matemática dispõe para que ele saiba
aprender, pois saber aprender é condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao
longo da vida.
Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse
impacto exigirá do ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva
curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam
ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante
movimento.
Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem
estão sendo influenciados cada vez mais pelos recursos da informática, e que as
calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez mais
presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz
significativas contribuições para que seja
repensado o processo ensino-aprendizagem de matemática, podendo ser usados pelo
menos com as
265
seguintes finalidades:
• Como fonte de informação;
• Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;
• Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que
• possibilitem pensar, refletir e criar situações;
Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de planilhas
eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc.
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso
útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de
regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de
situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,
mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.
A opção metodológica da Resolução de Problemas garante a elaboração de
conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da
argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do
conhecimento matemático.
Resolver um problema que não significa apenas a compreensão da questão proposta,
a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta certa, mas,
sim, uma atitude investigativa em relação àquilo que está sendo estudado; oportuniza ao
aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, discutir,
justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões.
É sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a
forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização
do caminho que conduziu ao resultado.
O uso de diferentes recursos e materiais mostrará ao aluno uma nova face de uma
mesma ideia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige reflexão. A
utilização de revistas e jornais pode ser excelentes fontes de situações problemas através
de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros que provocam
questionamentos contextualizados, pois representam material que possibilita a leitura da
realidade. Por outro lado, uma notícia pode ser motivo para busca de maiores e variados
conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.
A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos
temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais
266
áreas do conhecimento, é que darão a tão importante significativa aos conteúdos
estudados, pois o conhecimento matemático deve ser entendido como parte de um
processo global na formação do aluno, enquanto ser social.
É importante que se estabeleça uma interação aluno-realidade social que possibilite
uma integração real da matemática com o cotidiano e com as demais áreas do
conhecimento. Nesse sentido, a resolução de problemas é uma ferramenta muito útil, pois
possibilita abordagem ampla e que venha se adequar às várias concepções da
matemática.
Resolver problemas é muito mais que uma frase; é o feito específico da inteligência e
inteligência é dom específico do homem. A maior parte dos nossos pensamentos
conscientes está ligada à problemas: quando nos satisfazemos em simples meditações
ou devaneios, nossos pensamentos estão dirigidos para algum fim. Resolver problemas
caracteriza a natureza humana, e para muitos educadores é a principal razão de se
ensinar matemática.
AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
Os alunos serão avaliados durante todas as aulas, através da observação os
trabalhos produzidos, sendo dispensados quando o professor regente e o professor da
sala de apoio, em conjunto, perceberem a evolução dos mesmos.
Dessa forma, poderemos dar oportunidade a outros alunos que necessitam
frequentar a sala de apoio.
REFERÊNCIAS
BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim.5a ä 8a série.São Paulo:
FTD, 2002.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. 5a à 8a a Série. São Paulo: Ática, 2008. (Livro
didático para uso do aluno).
GIOVANNI, José Ruy.CASTRUCCI, Benedito. Giovanni Jr, José Ruy. – A Conquista da
Matemática. – A mais Nova.5a à 8a série São Paulo: ed.FTD, 2002.
GRASSESCHI, Maria Cecília C. PROMAT: Projeto Oficina de Matemática. 5a à 8a série.
São Paulo: FTD, 1999.
HOFMANN, Jussara.Avaliação Mediadora.Porto Alegre:Educação e Realidade,1993.
IMENES &LELIS. Matemática:5a à 8a série. São Paulo: Editora Scipione, 1998.
267
LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível
em:http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/-Erica2108.pdf>Acesso em
23mar.2006.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MACHADO,N.J.Interdisciplinaridade e Matemática.– Proposições. Campinas:Unicamp n.
1[10], p. 25-34, mar. 1993.
MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática com intersubjetividade. In: BICUDO, M.
A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.
MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo
Horizonte: Autêntica, 2004.
MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização.Campinas, 1995. 218f.
Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de
Campinas.
PARANÁ, Coordenação de Desafios Educacionais contemporâneos. Desafios
Educacionais Contemporâneos. Em www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Deliberaçcão 007/99. Conselho Estadual de
Educação. Curitiba, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação
Básica.Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba:
SEED/PR, 2009.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação- Superintendência da
Educação. Estudos para discussão sobre concepção de currículo e organização da
prática pedagógica. In: Orientações para a Organização da Semana Pedagógica
Fevereiro 2009. Em
PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e
conseqüências. Revista Zetetiké.Campinas, ano 1, n. 1, 1993.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986. PONTE, J.
P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do
Ensino Secundário, 1997.
RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas.Moscou: Mir, 1987.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A resolução
de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.
SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em
matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides Roxo e a
modernização do ensino de Matemática no Brasil.São Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45.
268
SOUZA, Maria Helenas Soares de. SPINELLI, Walter. Matemática: Oficina de conceitos.
São Paulo: Editora Ática,2004.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
SALA DE RECURSOS
1- Apresentação:
De acordo com as Diretrizes Nacionais a Sala de Recursos é um serviço de apoio
pedagógico especializado, no qual o professor realiza a complementação ou
suplementação curricular, usando procedimentos e materiais específicos. As atividades
nestas salas seguem uma dinâmica de trabalho condizente com as dificuldades e
necessidades dos alunos e dos recursos a serem adaptados. A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação, nos artigos 58, 59 e 60, dispõe:
“Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
Educação Escolar, oferecida preferencialmente na Rede Regular de Ensino, para
educandos portadores de necessidades especiais”.
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender
às suas necessidades.
Parágrafo Único: O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede
pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste
artigo. ““
O presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação
(CEB/CNE), de conformidade com o disposto no Art. 9o. § 1o, alínea “c”, da Lei Federal
nº. 9.131, de 25 de novembro de 1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58
a 60 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CEB/CNE
nº. 17, de 3 de julho de 2001, homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação
em de julho de 2001, e que a esta se integra:
“A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos
que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, em todas
suas etapas e modalidades”.
O atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil, nas creches
e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se
269
evidencie, mediante avaliação e interação com a família e a comunidade, a necessidade
de atendimento educacional especializado.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas
organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para
todos.
Os sistemas de ensino devem conhecer a demanda real de atendimento a alunos
com necessidades educacionais especiais, mediante a criação de sistemas de informação
e o estabelecimento de interface com os órgãos governamentais responsáveis pelo
Censo Escolar e pelo Censo Demográfico, para atender a todas as variáveis implícitas à
qualidade do processo formativo desses alunos.
Partindo dos princípios básicos de que a Educação Especial não é uma
modalidade com sentido de sistema paralelo, e sim um conjunto contínuo de ajuda ao
Ensino Fundamental, destaca o atendimento em Sala de Recursos como um trabalho
psicopedagógico, cuja finalidade é atender alunos com que apresentam problemas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e
deficiência intelectual e transtornos específicos, e que necessitam de apoio especializado
complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.
A dinâmica da Sala de Recursos é inter-relacional, envolve equipe docente da
escola de origem do aluno, família e apoios especializados, buscando êxito no ensino e
na aprendizagem, visando à melhoria das condições para que esse processo aconteça
sem desvincular o aluno do contexto em que está inserido.
A Sala de Recursos trabalha com as diferenças individuais, oportunizando o
acesso à aprendizagem, mediante atendimento diferenciado, visando o desenvolvimento
das habilidades e potencialidades dos alunos.
Proporciona ao aluno com necessidades educacionais especiais condições de
aprender e crescer através de um conjunto rico e variado de interações, com atividades
dinâmicas que promovem mudanças de atitude e comportamento frente à aprendizagem.
A fim de que a aprendizagem se efetive, é necessário um ambiente propício, que
venha colaborar para mudanças significativas, isto é, um ambiente envolvente e um
professor mediador, motivado, otimista e investigador de potencialidades, que faça uso de
estratégias e intervenções que sejam adequadas, ao desenvolvimento organizado e
sistematizado do aluno, respeitadas as suas necessidades educacionais especiais.
Para tanto, enfatiza-se a necessidade de um trabalho integrador entre todos os
270
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (escola, pais e apoios especializados),
objetivando a flexibilização de estratégias, critérios e procedimentos, com metodologias
que favoreçam os vários estilos de aprendizagem.
Os alunos que as frequentam têm indicação para essa modalidade na avaliação
psicoeducacional e são matriculados regularmente no ensino regular em suas escolas de
origem. A frequência ao atendimento ocorre em turno contrário, mediante matrícula em
formulário próprio, com compromisso formal assinado pelos responsáveis pelo aluno.
A Sala de Recursos atende os alunos de Classe Comum que estejam
apresentando dificuldade no processo de aprendizagem.
Oferece um atendimento diferenciado aos alunos das Classes de Ensino Regular,
pelo enriquecimento de recursos, pela variedade de procedimentos e pela
individualização do ensino.
Promove o aluno, como agente de sua aprendizagem, pela valorização de sua
identidade e pela consciência do valor do conhecimento para uma vida mais plena.
Promove a valorização de outras habilidades e potencialidades do aluno, bem
como a questão da afetividade e de outros caminhos que tragam felicidade, autonomia e
realização.
Apoia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do
Ensino Fundamental de 5º a 8º séries aos alunos que apresentam problemas de
aprendizagem e deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, que
necessitam deste apoio complementar.
Realiza Avaliação no Contexto Escolar, identificando os conhecimentos prévios,
assim como as dificuldades e necessidades individuais do aluno através de entrevistas
(professor, equipe técnico-pedagógica, família e aluno) e da observação direta do aluno,
seu ritmo, estilo, progressão e análise do material escolar.
2- Conteúdos:
O trabalho desenvolvido na sala de recursos deve partir das áreas do
desenvolvimento dos processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários
para apropriação e produção de conhecimentos do aluno, com vistas a subsidiar os
conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem para atingir o currículo
da classe comum organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com os
interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno e aos conteúdos
pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente Língua Portuguesa e
Matemática, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos
271
conteúdos da classe comum.
Com relação às atividades propostas, fica claro que a diversidade utilizada pelo
professor de Salas de Recursos, destaca-se o trabalho de Aquisição da Língua Oral e
Escrita, Interpretação, Produção de Textos, Leitura de Textos, Cálculos, Raciocínio
Lógico, Estatística e Probabilidade, Sistema de Numeração Decimal Posicional, Medidas,
Tratamento da Informação, Área do Desenvolvimento das Habilidades Adaptativas,
Jogos, Praticas Sociais e Conceituais.
3- Metodologia:
Os conteúdos deverão ser trabalhados com metodologias e estratégias
diferenciadas, uma vez que o trabalho com o conteúdo não deve ser confundido com
reforço escolar – repetição de conteúdo da prática educativa da sala de aula.
O planejamento para o trabalho com cada aluno será traçado a partir da Avaliação
Pedagógica no Contexto Escolar.
Será trabalhado o cognitivo junto com o afetivo, criado vínculos que facilitarão e darão
maior sabor à aprendizagem.
O trabalho apoiar-se-á na interrelação dos alunos, em duplas ou em grupos,
porque é sabido que o seu desenvolvimento é facilitado pela mediação estabelecida com
seus pares.
Ajudar o aluno a compreender e a trabalhar com a questão do tempo.
Identificar e utilizar tudo o que é motivador para esse aluno.
Ajudar o aluno a descobrir como ele aprende e como deve estudar para obter
sucesso na escola.
Criar o hábito da auto-avaliação constante, revendo tudo o que é realizado
(elaboração mental).
Contar com material variado que ajude na leitura.
Ler muito para a o aluno variados e significativos tipos de textos.
Estimular trabalhos que envolvam criatividade.
Resgatar sempre a auto-estima, mostrando para o aluno seus avanços,
incentivando-o a prosseguir, melhorando seu desempenho, quer de hábitos sociais, quer
de conteúdos previstos.
Estabelecer, periodicamente, pequenas meta a serem alcançadas, mapeando-as
graficamente, de maneira que o aluno possa acompanhar seu desenvolvimento.
Se houver necessidade, o aluno pode ser encaminhado a outros serviços
272
(fonoaudiológico, psicológico, neurologista).
O horário de atendimento será em período contraria ao que o aluno esta
matriculado. Os atendimentos serão organizados conforme as necessidades
pedagógicas, com atendimento por cronograma, elaborado pelo professor e equipe
pedagógica, quando se fizer necessários com os professores da classe comum. O
cronograma será organizado conforme o numero de atendimento, de duas a quatro vezes
por semana, em duas aulas de 50 minutos, num total de 01h40min diárias.
4- Avaliação:
De acordo com a INSTRUÇÃO Nº. 013/08-SUED/SEED, a avaliação de ingresso
na Sala de Recursos é realizada no contexto do ensino regular pelos professores da
classe comum, professor especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de
uma equipe multiprofissional externa – (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais,
Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento de parcerias, entre outros)
e equipe do NRE, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.
O acompanhamento do aluno é registrado em relatório semestralmente elaborado
pelo professor da Sala de Recursos, e Classe Comum, com assessoria da equipe técnico
pedagógica, onde serão registrados os avanços acadêmicos e complementados se
necessários com dados relevantes.
A reavaliação dos processos de intervenção educacional é periódica com o
propósito de readequar ou modificar a metodologia no processo de ensino e
aprendizagem.
O desligamento do aluno que não necessitar mais do Serviço de Apoio
Especializado, é formalizado por meio do Relatório Pedagógico elaborado pelos
professores da Sala de Recursos, equipe técnico-pedagógica e, sempre que necessário,
com o apoio de professores de Classe Comum, cujo relatório deverá ser arquivado na
Pasta Individual do aluno.
5- Referências:
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Política nacional de educação
Especial. Brasília, DF: MEC: SEESP, 1994_2001.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras de aprendizagem: educação inclusiva. Porto
Alegre: Mediação, 2000. P. 95-125.
GONZÁLEZ, J. A. T. Educação e diversidade: base didática e organizativa. Porto Alegre:
273
Artmed, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento da Educação Especial.
Departamento da Educação Especial. Deliberação CEE/PR nº. 02/03. Curitiba: SEED,
2003.
Instrução nº. 04/04. Curitiba: SEED, 2004.
Instrução nº. 013/08. Curitiba: SUED/SEED, 2008.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N.º 9394/96.
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE N.º
17/01;
Resolução CNE N.° 02/01; e Deliberação N.° 02/03 - CEE – PR,
LDB nº. 9394/96 de 20 de dezembro de 1996.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para construção de Currículos Inclusivos
(Documento Preliminar).
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE nº.
17/01.
SOCIOLOGIA
1 - APRESENTAÇÃO
A consolidação da Sociologia como ciência da sociedade ocorreu no final do século
XIX, no contexto de duas grandes Revoluções: uma política, a Revolução Francesa de
1789, que mudou a maneira de pensar das pessoas, com o iluminismo contrastando a fé
com a razão e a Revolução Industrial que representou a consolidação do capitalismo,
uma nova forma de viver, a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração
de trabalhadores nas cidades. O capitalismo neste período configurava-se como uma
nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho.
As transformações provocadas nas esferas políticas, sociais e culturais da sociedade
moderna têm raízes muito próximas e não podem ser imputadas apenas aos
acontecimentos externos, uma vez que se trata de Revoluções, movimentos inovadores
de longo curso e profundidade nas alterações de comportamentos. Com isso, surgiram
teorias indagativas e explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e
posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa
ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção,
274
organização, domínio, controle e poder, institucionalizados ou não, que resultam em
relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade.
Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem
contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida
e fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um
saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas
da vida social.
A Sociologia tem como objeto de estudo o conhecimento e a explicação da
sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem
em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre diferentes grupos, bem
como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividade.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta e sustenta – se
em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu potencial
explicativo. A sociologia termo empregado pela primeira vez por Augusto Comte em seu
Curso de Filosofia Positiva em 1839, torna-se uma síntese de todo o caminho de uma
humanidade, considera capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais
ciências, logo depois seguindo também a essa corrente positivista, Èmile Durkheim,
pensador que deu cientificidade para a Sociologia através de regras de observação e
procedimentos de investigação, assim, com métodos próprios, a sociologia deixa de ser
apenas uma ideia e ganha status de ciências. Outro pensador importantíssimo para a
Sociologia Max Weber, que propôs a verificação da “intenções”, “motivações” e
“expectativas”, que orientam as ações do individuo na sociedade, Weber desenvolve a
teoria da Sociologia Compreensiva, por último a teoria marxista que é substancialmente
uma critica radical das sociedades capitalistas que não limita só a teoria, Marx se
posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e pratica, Marx se empenhava
em produzir escritas que ajudassem a classe proletária a organizar-se e assim sair de sua
condição de alienação. A Sociologia faz emergir diferentes faces de um mesmo problema
colocado para reflexão e busca de soluções por estes pensadores.
A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a conservação ou para a
transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação humana. Como
disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade – das diferentes
tradições – e, ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese teórica, assim como
encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor.
Conhecer as diversas concepções sociológicas torna – se de importância central
275
na construção do pensamento sociológico, sobretudo no contexto escolar. Por meio de
tais concepções, o professor reflete e orienta criticamente sua ação pedagógica, e, por
sua vez, o aluno do Ensino Médio tem acesso a outros saberes elaborados de forma
rigorosa e crítica, acerca da realidade.
A Sociologia caracteriza-se pelo estudo temático do comportamento social do ser
humano, e tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas
interações sociais e estudar a ação social em suas diversas dimensões.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O processo de Socialização e as Instituições Sociais; Trabalho, Produção e Classes
Sociais; Poder, Política; Ideologia; Direitos Cidadania e Movimentos Sociais; Cultura e
Indústria Cultural.
3- CONTEÚDOS BÁSICOS
3.1 - O processo de Socialização e as Instituições Sociais
Processo de Socialização;
Instituições Sociais: Familiares, Escolares e Religiosas;
Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)
3.2- Trabalho, Produção e Classes Sociais.
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
• Globalização e Neoliberalismo;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil.
3.3 – Poder, Política, Ideologia e Formação do Estado Moderno.
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
276
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
3.4 - Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
• Direitos civis, políticos e sociais;
• Direitos humanos;
• Conceitos de cidadania;
• Movimentos Sociais;
• Movimentos Sociais no Brasil;
• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
• A questão das ONG’S.
3.5 - Cultura e Indústria Cultural:
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas.
4- METODOLOGIA
No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar – se aos objetivos pretendidos de forma coerente
e em conformidade com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto
Político Pedagógico da Escola; e considerando o aluno em suas especificidades,
277
colocando-o como sujeito de seu aprendizado. Encaminhamentos como a leitura
utilizando o Livro Didático Público e temas garimpados da internet, de jornais, de revistas,
reflexões, o debate, seminários, pesquisa de campo, entrevistas, a análise sociológica de
filmes e letras de música, produções de textos críticos sobre variados temas sociológicos
da atualidade, painel integrado, discussões dentre outras dinâmicas em grupo deverão
compor o elenco de procedimentos metodológicos para que o aluno seja constantemente
provocado a relacionar a teoria com o vivido, a entender a diversidade cultural a qual
estamos inseridos direta ou indiretamente, a rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente novos saberes, afim de superar os desafios contemporâneos; enfim, os
professores empenhar-se-ão para contribuir na construção do pensamento científico
proporcionando aos envolvidos no processo ensino-aprendizagem a fundamentação
necessária para compreensão da vida em sociedade.
5- AVALIAÇÃO
As formas de avaliação da disciplina de Sociologia, acompanharão, as práticas de
ensino e de aprendizagem , seja a reflexão crítica nos debates que acompanham os
textos, análise sociológica de músicas ou filmes, seja através da participação nas
pesquisas de campo, dinâmicas diversas, produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim, várias formas avaliativas serão
oportunizadas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná– las , a coerência dos
objetivos que se no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo
aluno. A avaliação será contínua, processual, devendo refletir o desenvolvimento global
do aluno considerando as características individuais. O sistema de avaliação será
bimestral seguindo critérios elaborados em consonância com a organização curricular e
descritos no Projeto Político Pedagógico, assegurando-se o acompanhamento ao
desenvolvimento do aluno, oportunizando a recuperação concomitante quando
necessário. Neste contexto, não só o aluno, mas também o professor e a instituição
devem constantemente se auto – avaliarem, para saber até que ponto os objetivos
propostos estão sendo atingidos e se for preciso, replanejar procedimentos para que o
processo ensino-aprendizagem seja efetivado .
6- REFERÊNCIAS:
278
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – Sociologia.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO - Secretaria de Educação do Estado do Paraná –
Sociologia.
OLIVEIRA, P. Da S. - Introdução à Sociologia: série Brasil. São Paulo, Ática, 2006.
TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Apresentação
Todos nós temos alguma ideia de como é uma criança: ela se arrasta, engatinha,
corre, pula, joga, fantasia, faz e fala coisas que nós adultos nem sempre entendemos. De
qualquer maneira, sua marca característica é a intensidade da atividade motora e a
fantasia.
Atualmente, é inegável a importância do processo de formação humana das
crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade, o que se encontra ratificado em todos os
documentos que tratam sobre o importante tema da Educação Infantil. Em especial os de
ordem política e legal dentro do princípio de que a educação é um direito de todas as
crianças.
Neste contexto é recente a preocupação com a manutenção e desenvolvimento da
Educação Infantil e de uma política de intervenção pedagógica efetiva que priorize, via
formação de profissionais em curso de nível médio fundamentado na pedagogia histórico-
crítica com duração de (4 anos) para maior qualidade na formação de Professores,
superando, portanto, o grave problema da falta de professores para a Educação Infantil
no Estado do Paraná.
Historicamente, o atendimento às crianças de 0 a 5 anos e 11 meses em
instituições públicas sempre foi compreendido como um favor permeado por
características de assistencialismo. Modificar essa representação social não é tarefa fácil,
uma vez que implica assumir uma concepção de infância e de Educação Infantil as quais
não podem ser vistas de forma isolada, mas entendendo a estreita vinculação entre
classes sociais e suas responsabilidades e o papel do Estado na consecução de políticas
afirmativas para a área educacional.
279
Às vezes falta escrúpulos. É difícil explicar a imobilidade a que são submetidas às
crianças quando entram na escola. Mesmo se fosse possível provar (e não é) que uma
pessoa aprende melhor quando está imóvel e em silêncio, isso não poderia ser imposto,
desde o primeiro dia de aula, de forma súbita e violenta.
A expansão da educação infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma
crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a
participação da mulher no mercado do trabalho e as mudanças na organização e
estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais consciente da importância
das experiências na 1ª infância, o que motiva demandas por uma educação institucional
para crianças de zero a cinco anos e 11 meses.
A conjugação desses fatores ensejou um movimento da sociedade civil e de órgão
governamentais para que o atendimento as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade
fosse reconhecido na Constituição Federal de 1988. A partir de então a educação infantil
em creches e pré-escolas passou a ser, ao menos do ponto de vista legal, um dever do
Estado e um direito da criança (artigo 208, Inciso IV). O estatuto da Criança e do
Adolescente, de 1990, destaca também o direito a este atendimento.
A base neste enunciado à proposta está calcada numa visão educacional onde o
trabalho pedagógico é o eixo do processo educativo, porque é através dele que o homem
modifica a natureza e incorpora a própria história da formação humana. Com base nesse
pensamento, faz-se necessário a teoria vivenciando a prática, concretizando assim os
conteúdos relevantes diante da educação infantil, para que o futuro educador tenha o
compromisso sério de propor o crescimento afetivo, emocional e intelectual da criança
através de jogos, brincadeiras, afetividade, corporeidade, linguagens, articulando o cuidar/
a educação, num ser repleto de aprendizagem e interpretações.
Conteúdos 2º ano
• Concepção de desenvolvimento como processo recíproco e conjunto.
• Articulação cuidado/educação
• Concepções de tempo e espaço nas instituições de Educação Infantil.
• O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil.
• Linguagem interações e constituição da subjetividade da criança.
• Relações entre família e instituição de Educação Infantil.
• A educação influenciada na Educação Infantil.
280
Conteúdos 3º ano
• Especificidades em relação à organização e gestão no processo educativo: o
trabalho pedagógico na Educação Infantil.
• Concepção de educação, planejamento, organização curricular, gestão, avaliação.
• Relações entre publico e privado.
• Gestão demográfica, autonomia, descentralização.
• Políticas públicas e financeira da Educação Infantil.
• Propostas pedagógicas para Educação Infantil.
• Legislação, documentos normativos e de apoio, de âmbito federal, estadual e para
a organização do trabalho na Educação Infantil.
Metodologia
Os conteúdos serão trabalhados através de exposições orais, leituras de textos
pelos alunos e professores, assim com exemplos concretos e relatos de experiências.
Através de encaminhamento metodológico fundamentados numa concepção
histórico-crítica, onde o desenvolvimento da disciplina envolverá instrumentos e signos
necessários ao processo de ensino-aprendizagem. Assim favorece a pesquisa e a
socialização do conhecimento através da diversificação da metodologia que busca
sistematizar o objeto de estudo. Os conteúdos abordados oportunizarão a análise de todo
o processo de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento integral da criança de
0 a 5 anos e 11 meses.
Avaliação
Os trabalhos poderão ser avaliados de forma oral ou escrita no total de 60 pontos;
no mínimo duas avaliações; 40 pontos serão distribuídos em pesquisas, entrevistas e
trabalhos em grupo).
A avaliação não será instrumento de medição da apreensão de conteúdos e sim
um instrumento que permitirá aprendizagens socialmente significativas para o aluno.
Incluirá a observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e
dificuldades percebidas em suas produções. Por meio dos instrumentos e critérios de
avaliação bem definidos, se buscará através de discussão das dificuldades e progressos
dos alunos planejar as ações posteriores.
281
Serão adotados vários instrumentos de verificação de aprendizagem como
produção escritas, interações entre sujeitos, debates, provas, apresentação de trabalhos,
dinâmicas, brincadeiras, cantigas...
Referências
ALVES, N.; GARCIA, R. (org.). O sistema da escola. Rio de Janeiro: DP & A. 1999.
BENJAMIN, W. A criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.
BROUGERE, G. Brinquedos e Cultura. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1997.
KRAMER, S. A política da pré-escola no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro:
Achiamé, 1984.
KUHLMANN, J. M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto
Alegre: Mediação, 1998.
CUNHA, N. H. S., Brinquedoteca um mergulho no brincar. 2ª Ed. São Paulo, Maltese.
1994.
ALMEIDA, M. T. P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Rio de Janeiro, Editora
Vozes, 2004.
REDIN, E. O espaço tempo da criança se der tempo a gente brinca. Porto Alegre,
Editora Mediação, 2ª Edição, 1998.
Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do
Desporto Secretaria da Educação, V. 1, Brasília: Mec SEF, 1998.
FREIRE, B. J. Educação de corpo inteiro. Editora Scipione LTDA. 2ª edição, 1991.
ANTUNES, C. O jogo e a educação infantil. Rio de Janeiro: Vozes. 2003.
ROSSINI, M. A. S. Aprender tem que ser gostoso. Rio de Janeiro, vozes, 2003.
VYGOTSKY, L. S. Formação da mente. são Paulo: Martins Fontes, 1989.
Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do ensino fundamental, em nível, na modalidade normal/ Secretaria de
Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR, 2006.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº
22, de 17 de dezembro de 1998, Brasília, 1998.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº
1, de 29 de janeiro de 1999. Brasília, 1999.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº
1, de 7 de abril de 1999. Brasília, 1999.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº
282
2, e 19 de abril de 1999. Brasília, 1999.
CEB nº 4, de 16 de fevereiro de 2000. Brasília, 2000.
BRASIL. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. lei nº 9694/96 de 20 de
dezembro. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Educação infantil no Brasil: situação
atual. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1995.
Resolução 05/09, fixa as Diretrizes para Educação Infantil ( CNE/CEB).
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO
-DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teórico-metodológicos
das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes
Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,
2008. - 242 P.
PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Víctor Ensino Fundamental
Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.
MARCO OPERACIONAL
Serão desenvolvidas as seguintes ações:
Primar (equipe pedagógica, professores e direção) pela continuidade do processo
de formação no todo do Ensino Fundamental e Médio, no decorrer da reconstrução da
Proposta Pedagógica Curricular, dando sequência e coerência entre os conteúdos
propostos, com vistas à organização de encaminhamentos metodológicos coerentes com
os objetivos de cada etapa de ensino.
Propiciar aos docentes embasamento teórico da Pedagogia Histórico-Crítica
(equipe pedagógica), para que estes desenvolvam uma prática docente que realmente
vise a aprendizagem como apropriação e reconstrução do conhecimento, por meio de um
processo que deve ocorrer entre professor / conhecimento / aluno, promovendo assim
uma transformação na vida dos educandos e, consequentemente, na sociedade.
Os profissionais iniciantes em nosso Colégio são orientados pela direção,
equipe pedagógica e até por outros professores que já atuam a mais tempo, quanto ao
funcionamento do colégio. Alguns profissionais são mais acessíveis e outros mais
283
resistentes. A orientação é realizada na hora atividade, e quando necessário em
outros momentos, apresentamos o PPP, a Proposta Pedagógica Curricular, como
fazer o Plano de Trabalho Docente e todos os encaminhamentos que se fazem
necessários conforme o desempenho de cada um, no sentido de que este profissional
realize seu trabalho da melhor forma possível. Para transpormos essas dificuldades
um dos fatores preponderantes é o comprometimento dos Profissionais da Educação
em estudar, aperfeiçoar-se, buscando um aprofundamento dos conhecimentos
teóricos, para que estes iluminem uma prática docente-discente transformadora, onde
professores e alunos possam trabalhar juntos, auspiciando caminhos para transformar
a sociedade, a fim de que ela se torne igualitária para todos os cidadãos.
Oportunizar leituras de textos sobre o processo de avaliação, para a
efetivação da avaliação formativa. Explicitando com maior clareza aos docentes os
critérios e os instrumentos de avaliação. O acompanhamento e assessoramento aos
docentes será realizada pela equipe pedagógica e equipe de ensino do núcleo.
Explicitar aos alunos os objetivos almejados ao apresentar os conteúdos,
possibilitando ao educando saber o caminho pelo qual irá percorrer, dando-lhe
segurança.
Orientar os docentes (equipe pedagógica) sobre o Método Dialético, quanto
ao movimento deste que consiste em: partir da síncrise (real aparente), através da
análise (reflexões), para chegar a síntese (real pensado),tendo como príncipio básico
a contradição. Para que este se efetive na prática pedagógica.
Utilizar diversos instrumentos de avaliação (atividades em sala de aula,
pesquisas, tarefas, observações, trabalhos extraclasse, etc...), a fim de conter a
evasão escolar.
Os desafios educacionais contemporâneos a Cidadania , Direitos Humanos,
Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, a Diversidade e a música deverão ser
introduzidas nas práticas pedagógicas das disciplinas durante o ano letivo, sempre
que o conteúdo propiciar sua inferência, pois todos os conteúdos devem ser
trabalhados em diversas dimensões como: social, política, ambiental, cultural, etc.
Quanto aos profissionais resistentes a mudança, agendar capacitação pelo
CRTE - Centro Regional de Tecnologia Educacional, em horários e dias alternativos,
podendo atender a demanda estabelecimento.
Valorizar os agentes educacionais I e II, de forma a tratá-los e respeitá-los
284
como educadores que educam também dentro do ambiente escolar.
Orientar os docentes (equipe pedagógica) sobre o Método Dialético, quanto
ao movimento deste que consiste em: partir da síncrise (real aparente), através da
análise (reflexões), para chegar a síntese (real pensado), tendo como princípio básico
a contradição. Para que este se efetive na prática pedagógica.
Realizar confraternizações entre alunos, professores, funcionários, etc.,
visando uma maior aproximação e interação dos membros da comunidade escolar,
como por exemplo: gincanas, excursões, sessão de cinema, passeios ecológicos e
culturais, participação em feiras e teatros, etc.
A direção, Equipe Pedagógica e Professores vem trabalhando a questão do
acompanhamento por parte dos responsáveis pelos alunos, através de convocações
individuais ou em reuniões por meio do diálogo, e conscientização da necessidade e
importância participação efetiva destes na vida escolar de seus filhos(as).
Promover atividades recreativas e culturais visando maior participação da
comunidade escolar.
Quanto a indisciplina na sala de aula utilizar metodologias diversificadas,
buscando maior qualidade no processo ensino aprendizagem; aplicando as sansões
do Regimento Escolar.
Após análise da participação dos educandos no ENEM – Exame Nacional
do Ensino Médio, Prova Brasil, nos eventos e programas dos quais a escola participa
(Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Língua Portuguesa, Jocops – Jogos
Colegiais do Paraná, Com Ciência, PAS - Processo de Avaliação Seriado da UEM –
Universidade Estadual do Paraná, etc., divulgar para toda comunidade escolar os
resultados, enfatizando os alunos que conseguiram entrar para o ProUni – Programa
Universidade para Todos.
No início do ano letivo eleger um aluno representante de sala, sendo o
mesmo escolhido pela turma, com a orientação de um professor. Antes da escolha
será realizado um trabalho de conscientização, esse aluno ficará responsável em
participar de formação e tomada de decisões, para efetivar o cumprimento da Gestão
Democrática.
Avaliar os educandos com necessidades especiais dentro do contexto
escolar e encaminhá-los para Sala de Apoio Pedagógico ou Sala de Recursos,
conforme necessidades constatadas pelos professores da turma e pedagogos.
A participação dos pais na escola é de extrema importância, é preciso
285
conscientizá-los através de um trabalho organizado pela escola, envolvendo
profissionais de várias áreas (psicólogo, assistente social, etc.) para que estes
compreendam o desenvolvimento escolar de seus filhos.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político-Pedagógico será realizada anualmente, participarão
da avaliação os professores, pedagogos, funcionários, alunos, pais, direção e órgãos
colegiados (APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e
Grêmio Estudantil) com análise, discussão e reflexão sobre as dificuldades evidenciadas
no contexto escolar e propor ações para superá-las. Apresentar nas reuniões mensais do
Conselho Escolar como as ações propostas no Projeto Político Pedagógico, estão sendo
desenvolvidas e se estas estão a contento, acatando possíveis sugestões para aprimorá-
las.
REFERÊNCIAS
BORGUETTI, Rita de Cássia Teixeira. A municipalização das Escolas de Ensino
Fundamental de Marília (EMEFEs). 2000. 176f. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, ed. Saraiva, 1996.
FRAGO, Antonio V; ESCOLANO, Augustin. Currículo, espaço e subjetividade. A
arquitetura como programa. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.
GASPARIN, J. L. Aprender, Desaprender, Reaprender. 2005. Texto digitalizado.
Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed. Campinas: Autores
Associados, 2005.
286
MARX, Karl. O Capital, livro 1, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
Karl. Manifesto do partido comunista / Karl Marx / c/ Friedrich Engels; tradução
de Sueli Tomazzini Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. SEED, 2008.
PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.
Estatuto do Conselho Escolar. 2005.
PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.
Estatuto da APMF. 2005.
PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.
Estatuto do Grêmio Estudantil. 2005.
PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.
Regimento Escolar. 2009.
PETENUCCI, Maria Cristina. Artigo Científico: Pedagogia Histórico-Crítica: da
Teoria à Prática no Contexto Escolar. Trabalho de conclusão do PDE. SEED.2009.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras
aproximações. 2. ed. São Paulo, Cortez, 1991.
VIGOTSKI, L. S.. A Construção do pensamento e da linguagem. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
287