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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
5º COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ASSIS BRASIL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2007
PELOTAS
1
Sumário
I. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 2
II. BREVE HISTÓRICO DA REALIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ... 3
III. ANÁLISE DA REALIDADE ........................................................................................... 3
1. Identidade ...................................................................................................................... 3
2. Caracterização ................................................................................................................ 4
2.1 Do Estabelecimento .................................................................................................. 4
3. Alunos que temos ........................................................................................................... 4
3.1 Do corpo discente do Ensino Fundamental e Médio .................................................. 4
3.2 Do corpo discente noturno ........................................................................................ 5
4. A Escola que temos ........................................................................................................ 5
4.1 Dificuldades apresentadas pela escola ....................................................................... 5
4.1.1 Ensino Fundamental e Médio................................................................................. 5
5. Pressupostos Ético-antropológicos Educacionais ............................................................ 6
6. Pressupostos Espistêmico-pedagógicos .......................................................................... 7
7. Perfil Docente ................................................................................................................ 8
7.1 O professor que queremos ........................................................................................ 8
8. Linha Metodológica ....................................................................................................... 8
9. Operacionalização ........................................................................................................ 10
9.1 Educação Infantil .................................................................................................... 10
9.2 Ensino Fundamental (séries iniciais) ....................................................................... 10
9.3 Ensino Fundamental (séries finais) ......................................................................... 11
9.4 Ensino Médio ......................................................................................................... 11
9.5 Educação de Jovens e Adultos ................................................................................ 11
9.6 Curso Normal ......................................................................................................... 11
10. Avaliação ................................................................................................................... 12
III. CURSO NORMAL ........................................................................................................ 13
1. O atual Curso Normal apresenta-se estruturado da seguinte maneira:............................ 13
2. Caracterização .............................................................................................................. 14
2.1 Do Curso Normal ................................................................................................... 14
2.2 Do corpo docente.................................................................................................... 14
2.3 Do corpo discente ................................................................................................... 15
3. FILOSOFIA DO INSTITUTO ..................................................................................... 16
4. PRINCÍPIOS ESPISTEMOLÓGICOS ......................................................................... 16
5. METODOLOGIA DO ENSINO ................................................................................... 17
6. DURAÇÃO DO CURSO ............................................................................................. 18
6.1 Curso Normal ......................................................................................................... 18
6.2 Aproveitamento de estudos ..................................................................................... 18
7. INFRAESTRUTURA .................................................................................................. 19
8. FORMA DE INGRESSO ............................................................................................. 19
9. CLASSES DE APLICAÇÃO ....................................................................................... 19
10. ESTÁGIO PROFISSIONAL ...................................................................................... 20
11. FORMAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE ........................................... 20
12. AVALIAÇÃO DOS DISCENTES ............................................................................. 21
13. ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO .............................................................................. 22
2
I. APRESENTAÇÃO
O Instituto Estadual de Educação Assis Brasil tem seu Projeto Político Pedagógico
elaborado a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, e referenciais oferecidos pela 5º Coordenadoria Regional de Educação.
O trabalho desenvolvido para a elaboração do referido projeto constou de várias etapas,
nas quais foram consultados todos os segmentos da comunidade escolar em relação a dois
aspectos principais a considerar:
- o papel da escola em uma visão pedagógica e,
- o papel da escola inserida em um determinado ou em vários contextos sociais.
Foi um trabalho coletivo que envolveu professores/as, funcionários/as, alunos/as,
pais/mães e/ou responsáveis.
O processo caracteriza-se por ser uma reflexão teórica constante, abrangendo as
diferentes concepções de mundo, educação, escola e sociedade. Esta possibilidade de reflexão
vem desafiando em primeira instância, o grupo responsável por sistematizar os pensamentos da
comunidade, tornando-o mediador de informações primordiais para a existência de uma prática
pedagógica coerente com o pensar e sentir desta comunidade e, exigindo um olhar mais atento
do processo ensino-aprendizagem e das relações estabelecidas neste processo, repensando-as e
avaliando-as tantas vezes quantas se tornar necessário. Em segunda instância, a forma através
da qual vem se desenvolvendo a proposta de construção do documento, instiga a um
encaminhamento democrático das dificuldades e realizações que envolvem alunos e professores
tornando a todos responsáveis diretos pelos sucessos e/ou insucessos do trabalho desenvolvido.
É essa amplidão que nos faz, constantemente, avançar na busca e construção de uma
escola democrática, ouvindo com mais atenção todos os segmentos que compõem a
comunidade escolar e, originando também uma consciência coletiva de resguardo, cuidado,
respeito de proteção da escola, da sua filosofia e do seu papel formador em todos os âmbitos.
Consideramos importante salientar que o Instituto Estadual de Educação Assis Brasil,
resguardado pelas diretrizes da educação nacional, compromete-se através deste documento a
promover as condições necessárias para que possa ser efetivado o trabalho pedagógico com
vistas a alcançar as ideias da Educação Nacional consolidando os aspectos inerentes a um
Projeto Político Pedagógico de flexibilidade e participação.
3
II. BREVE HISTÓRICO DA REALIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico desenvolvido pela escola, representa um grande passo no
processo democrático do ensino público. Conforme prevê a legislação vigente e com o objetivo
de proporcionar à escola pública maior autonomia pedagógica e administrativa, busca ampliar
o envolvimento de toda a comunidade escolar e propor um encontro de grupos ou segmentos
que pelas suas características específicas, permitam a construção de um documento que reflita
seu perfil; uma escola pública que se sinta representada em todos os aspectos e que registre com
veracidade suas propostas administrativas, estruturais e pedagógicas.
Entretanto, intensificadas as reflexões, análises e discussões, cabe salientar a evidência
de que algumas realizações e intenções já existem na escola e se efetivaram através de seu Plano
Integrado.
A sistematização desse projeto foi sendo estruturada na medida em que foram
acontecendo encontros, discussões e, a partir deles, foram sendo retiradas conclusões resultando
em marcos reveladores do empenho por parte dos presentes para que, a partir deste referencial,
fossem apontadas novas práticas e encaminhamentos construídos coletivamente.
Tendo em vista a importância que assumiu este projeto, onde forma expressos
depoimentos de grande significado para a dinâmica do Instituto Estadual de Educação Assis
Brasil e com o propósito de ampliar a socialização das ideias, tem-se registro, através de atas e
questionários em que houve a participação de toda comunidade escolar. Esses encontros deram
continuidade aos trabalhos com uma conotação mais ampla às propostas que nos levaram às
modificações das práticas e da aplicabilidade dos planos de estudo deste estabelecimento.
III. ANÁLISE DA REALIDADE 1. Identidade
1.1 Vínculo com o Estado
1.2 Comprometimento com a legislação vigente
1.3 Respeito às Diretrizes e Bases da Educação Básica
Destas relações, decorrem as seguintes exigências:
a. ensino gratuito;
b. desenvolvimento do sujeito visando o crescimento de um consciência mais crítica e solidária;
4
c. educação popular, baseada nos princípios de responsabilidade, respeitando as diferenças
sociais, culturais, étnicas e religiosas;
d. resgatar as práticas de forma que se relacionem ao modelo de desenvolvimento econômico,
político, social e cultural;
e. participação de todas as esferas da comunidade escolar no processo educativo.
2. Caracterização
2.1 Do Estabelecimento
O Instituto Estadual de Educação Assis Brasil está localizado no perímetro urbano da
cidade de Pelotas, a rua Antônio dos Anjos, nº 296.
O estabelecimento exerce grande importância no contexto onde está inserido, uma vez
que recebe alunos de diferentes pontos da cidade e até de outros municípios, sendo a única
escola estadual que oferece Curso Normal – Formação de professores para atuarem nas Quatro
Séries Iniciais do Ensino Fundamental e Formação de Professores em Educação Infantil, assim
como, também o Curso de Aproveitamento de Estudos para alunos que já terminaram seus
estudos em nível médio com Formação para as Quatro Séries Iniciais do Ensino Fundamental
e Educação Infantil.
Por ser uma escola considerada de grande porte para a realidade do nosso município,
apresenta diversas modalidades, envolvendo Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino
Médio, Curso Normal e Educação de Jovens e Adultos em nível médio, atendendo assim ao seu
compromisso para com a comunidade escolar, o qual faz jus, desde quando fundada no ano de
1920.
3. Alunos que temos
3.1 Do corpo discente do Ensino Fundamental e Médio
O aluno do IEEAB caracteriza-se por buscar a permanência na escola, criando com isto
vínculos de respeito e carinho com colegas, professores e funcionários, o mesmo se dando com
as famílias que, ainda não se tratando de sua totalidade, participa de uma forma ou de outra do
desenvolvimento escolar dos filhos e acodem a ela quando convidados a participar de eventos
e atividades extracurriculares.
5
No aspecto pedagógico, tendo em vista a diversidade socioeconômica e cultural di
público alvo, constatam-se casos de alunos que apresentam defasagem na sua formação, mais
precisamente no que diz respeito à formação pessoal: a falta de hábitos, postura e limites.
Busca-se a superação destas dificuldades com um trabalho coletivo que envolve, além
do aluno e do professor, a família e os setores de orientação pedagógica e educacional, se
fazendo necessário, por vezes, a intervenção do departamento jurídico da mantenedora (5ª
CRE).
O aluno do IEEAB apresenta desde cedo conhecimento do papel que lhe cabe, seus
direitos e deveres, na escola e fora dela. Tal postura é entendida como um importante passo
para o despertar do cidadão que tanto almeja formar.
3.2 Do corpo discente noturno
O aluno do noturno está na faixa dos 14 a 70 anos. O público alvo se caracteriza pela
defasagem com a seriação, justificada pelos aspectos socioeconômicos e familiares, o que
frequentemente provoca desinteresse. A falta de escolaridade se vê acompanhada de baixa
autoestima, falta de hábitos de sociabilidade e carência afetiva.
Nestas circunstâncias, a escola, na figura dos professores, serviços de orientação
educacional e pedagógico e direção, desenvolvem um trabalho técnico e humano, retomando
aspectos significativos da formação integral do aluno. Prioriza o crescimento dos alunos através
da retomada de conceitos significativos para a vida profissional do público alvo, assim como
propõe espaço para a discussão e construção da cidadania, requisito primordial para a sua re-
adequação socioeconômica e familiar.
4. A Escola que temos
4.1 Dificuldades apresentadas pela escola
4.1.1 Ensino Fundamental e Médio
Em termos gerais apresenta, nos aspectos organizacionais e pedagógicos, algumas
dificuldades próprias da sua situação de Escola Pública, portanto, gestionada com recursos
materiais abaixo do ideal para um trabalho realizado com qualidade e representada em última
6
instância por um professor mal remunerado, desgastado psicológica e fisicamente desacreditado
como profissional, assim como sobrecarregado de horas/aula sem hora/atividade remunerada.
Dificultando a situação e, apesar do esforço da escola de atrair e manter a família
envolvida no desenvolvimento de seus filhos, resulta significativo registrar a dificuldade
encontrada em partilhar – escola e família – a responsabilidade por tal desenvolvimento. Esta
realidade traz problemas disciplinares e de aproveitamento por parte dos alunos criando, por
vezes, um clima perigosamente contagioso de desmotivação com o trabalho escolar.
5. Pressupostos Ético-antropológicos Educacionais
O Instituo Estadual de Educação Assis Brasil, busca a formação do sujeito reflexivo,
social, participativo, com potencial cognitivo ampliado, capaz de compreender a relação
existente entre o saber historicamente construído, criticamente aprendido e a sua participação
cultural, política e econômica na sociedade em que está inserido.
A construção do conhecimento humano e do poder são concomitantes. Há em todo o
conhecimento humano, desde sua origem, uma intencionalidade que tem por base o desejo de
intervenção do homem sobre a natureza com o intuito de dominá-la e de colocá-la a seu serviço.
Essa atitude constitui a estrutura elementar do poder humano no mundo, através do qual ele
passa a ser domínio do homem.
A forma de desenvolvimento do poder na história da humanidade revela íntima relação
entre o poder e o saber. Ambos se indeterminam e se mantém. Quando isto não ocorre, a ordem
instituída entra em crise promovendo por vezes o fim do modelo existente.
O questionamento sobre a função política da educação surge no momento em que entra
em crise o modelo social vigente. Neste contexto, a escola passa a ser um espaço de disputa
entre interesses de grupos ou de classes sociais divergentes. Isto tem feito emergir as mais
diversas crises na educação, explicitadas através dos dados objetivos como a reprovação, a
evasão escolar, a violência contra a escola, a ineficiência do professor e a sistemática
deteriorização do sistema de ensino tradicional. Cabe destacar que o problema não está nas
contradições da sociedade, mas na forma como os diversos segmentos de poder enfrentam tal
situação.
A complexidade social não permite que haja um único modelo de escola, um único
currículo, um única forma de ensinar, uma única forma de avaliar, uma única finalidade
universal e absoluta da educação.
7
A função política da escola no contexto atual configura-se como colaboradora no
processo de construção da consciência da cidadania. Cabe-lhe colaborar na construção de um
poder popular que ajude os indivíduos e os grupos sociais menos privilegiados a se constituírem
como grupos sociais de poder, que tenham voz e vez de se pronunciarem sobre a realidade
vivenciada, que denunciem injustiças cometidas contra eles, que reconheçam seus limites e que
se responsabilizem pelo seu processo de libertação.
Neste contexto, o processo ensino-aprendizagem é norteado pelos princípios de
liberdade e igualdade, associados a noção de direitos, responsabilidade e ética.
Somente o sujeito que interfere ativamente na construção do mundo em que vive, é
capaz de perceber a dimensão da liberdade pessoal como algo intransferível e reconhece no
outro este direito.
A multiculturalidade sem preconceitos de classes sociais, crenças, gênero, etnia e
características individuais, vê a promoção do sujeito no exercício pleno da cidadania.
6. Pressupostos Espistêmico-pedagógicos
O resgate da historicidade da Escola em processo de análise e confronto com o contexto
social, político, econômico que a criou é fator importante devendo constituir ponto de partida
para reflexões sobre identidade da Escola.
Mudanças abrangentes e significativas não ocorrem de forma imediata. Desprezar as
construções históricas dos indivíduos ou dos grupos, põe em risco a estabilidade das ações. As
verdadeiras mudanças que provocam transformações estruturais, são históricas e ocorrem de
maneira processual em sequencialidade, observando o desenvolvimento do sujeito e de seu
meio social.
Nesse sentido temos clareza de nosso papel enquanto escola.
Há um ideal a ser alcançado: o respeito ao nosso principal objetivo que busca a
socialização do saber nas ciências, nas letras, nas artes, nas técnicas e na política.
Mas, há um ponto que não pode ser ignorado: as experiências e realidades da vida
daqueles a quem a Escola atende.
A busca da cultura pelo sujeito é fator decisivo em sua formação, bem como o grupo a
que pertence.
8
As práticas educativas formativas decorrem do conhecimento e compromisso político
do coletivo com a construção do conhecimento da capacitação responsável, do grau de interação
mediados pelo Projeto Político Pedagógico como processo contínuo de autoformação.
A formação deve ser sentida e vista como processo pessoal que caracteriza-se como
trabalho coletivo, crítico, sobre os percursos e os projetos próprios, construtores da identidade
pessoal, profissional e coletiva.
A formação valoriza os saberes da experiência, do conhecimento e da capacidade de
produzir novas formas de existência.
7. Perfil Docente
7.1 O professor que queremos
Citando trechos do artigo retirado da Revista Nova Escola de setembro de 2004, escrito
por Guiomar Namo de Melo – diretora executiva da Fundação Victor Civita, que leva por título:
“Educar para a cidadania, sim. Mas com conteúdo”.
“... Aprender a mobilizar conhecimentos para fazer intervenções solidárias na realidade
é um direito de todos os nossos alunos. Respeitá-los como cidadãos é franquear a eles a porta
do universo cognitivo e afetivo: o conhecimento significativo”, caracteriza-se o perfil do
docente com o qual queremos contar.
O professor que queremos é aquele que se propõe a buscar tal propósito,
comprometendo-se com a formação do aluno considerando a sua singularidade em termos
humanos e cognitivos, reafirmando assim o objetivo primeiro da educação.
Um profissional ético, responsável com sua opção e capaz de desenvolver seu trabalho
com competência e dignidade.
Um professor comprometido com a instituição de ensino e a filosofia adotada pela
mesma, capaz de compreender a dinâmica escolar nos seus altos e baixos e atuar em prol do
instituto, seus profissionais, sua comunidade escolar e, principalmente o seu público alvo.
8. Linha Metodológica
A escola atual se vê confrontada com alguns problemas que definem profundamente o
campo e o alcance de sua ação. Apresentam-se no seu interior, situações que vão desde as
atribuições do seu papel social a questões que envolvem as relações de ensino-aprendizagem
no seu dia a dia.
9
A complexidade do momento atual, o avanço dos movimentos sociais na luta pelos
direitos de participação, da justiça, de igualdade, o processo de democratização e a abertura
exigida para o pluralismo teórico-prático, constitui um desafio para a escola contemporânea.
Em termos metodológicos, o Instituto Estadual de Educação Assis Brasil opta por
organizar-se de forma a proporcionar a seus docentes, espaços para desenvolvimento de um
trabalho pedagógico que envolva um conjunto de práticas planejadas com o propósito de
contribuir para que os alunos se apropriem de maneira crítica e construtiva de determinados
conteúdos sociais e culturais, considerados essenciais ao seu meio e desenvolvimento.
Respeita as singularidades do educador e apoia no seu trabalho, partindo do pressuposto
que por ser educador, na escola, o segmento que mais conhece o aluno e suas potencialidades,
assim como suas limitações, cabe a ele a responsabilidade de definir-se metodologicamente da
forma mais adequada para alcançar seus objetivos e os objetivos da escola.
A oferta do Ensino Fundamental com nove anos de duração, com matrícula obrigatória
a partir dos 6 anos de idade, deve atingir a universalização, sob a responsabilidade do Poder
Público. O direito ao ensino fundamental não se refere apenas ao acesso à matrícula, mas a
permanência e ao ensino de qualidade, com a criação de condições para a aprendizagem dessa
faixa etária. Na 1ª série do ensino fundamental é dado início a alfabetização, desenvolvendo o
processo de aprendizagem de forma lúdica, com atividades múltiplas, respeitando a idade, a
unidade e a lógica da criança em seus aspectos físicos, psicológicos e intelectual.
Para que o trabalho se efetive respeitando as concepções de aprendizagem dos
professores e suas individualidades, é preciso estruturar um mapeamento geral que sirva como
diretriz da ação pedagógica comum a todos.
* desenvolvimento de competências humanas e técnicas por meio de processos construtivos e
reconstrutivos;
* ofertas alternativas que conduzam a experiência da participação coletiva e abrindo
possibilidades a uma maior socialização entre os grupos;
* reconstruir o fazer pedagógico e didático através de processo coletivo numa perspectiva de
real interação entre quem ensina e quem aprende;
* valorização do sujeito aluno, a partir de sua bagagem histórica e cultural;
* procurar parcerias com vistas ao desenvolvimento partindo da Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Curso Normal, EJA;
* predisposição a avaliação, entendida como um processo permanente que visa aproximar
propósitos e resultados e que constitui-se em indispensável procedimento de identificação e de
apoio à qualidade institucional, permitindo que a escola repense suas práticas de forma crítica
10
e comprometida. Além disso, a avaliação representa o compromisso da escola com a qualidade
social e cultural da comunidade interna e externa;
* a definição de política da função social da escola, retratada na definição de seus objetivos
enquanto estabelecimento de ensino e a filosofia da ação.
9. Operacionalização
Com a intenção de explanar com mais clareza as formas através das quais busca-s
alcançar os objetivos do Instituto, os relatos serão realizados especificando cada nível e
modalidade de ensino.
O trabalho realizado com os docentes organiza-se com reuniões sistematizadas durante
o ano letivo em todos os níveis e modalidade de ensino.
9.1 Educação Infantil
Reuniões pedagógicas. Abordagens:
* Questões pedagógicas vinculando teoria e prática;
* Determinações expressas na legislação vigente;
* Temas transversais;
* Organização de eventos extracurriculares;
* Outros.
9.2 Ensino Fundamental (séries iniciais)
Reuniões pedagógicas. Abordagens:
* Questões pedagógicas vinculando teoria e prática;
* Determinações expressas na legislação vigente;
* Temas transversais;
* Organização de eventos extracurriculares;
* Seminários e encontros de formação;
* Sistematização de aulas de reforço de conteúdos para alunos;
* Outros...
11
9.3 Ensino Fundamental (séries finais)
Reuniões pedagógicas. Abordagens:
* Questões pedagógicas vinculando teoria e prática;
* Determinações expressas na legislação vigente;
* Temas transversais;
* Organização de eventos extracurriculares;
* Seminários e encontros de formação;
* Sistematização de aulas de reforço de conteúdos para alunos;
* Outros...
9.4 Ensino Médio
Reuniões pedagógicas. Abordagens:
* Questões pedagógicas vinculando teoria e prática;
* Determinações expressas na legislação vigente;
* Temas transversais;
* Organização de eventos extracurriculares;
* Seminários e encontros de formação;
* Sistematização de aulas de reforço de conteúdos para alunos;
* Outros...
9.5 Educação de Jovens e Adultos
Reuniões pedagógicas. Abordagens:
* Questões pedagógicas vinculando teoria e prática;
* Determinações expressas na legislação vigente;
* Temas transversais;
* Organização de eventos extracurriculares;
* Seminários e encontros de formação;
* Análise da Educação para Jovens e Adultos – contextualização e planejamento;
* Outros...
9.6 Curso Normal
12
Reuniões pedagógicas. Abordagens:
* Questões pedagógicas vinculando teoria e prática;
* Determinações expressas na legislação vigente;
* Temas transversais;
* Organização de eventos extracurriculares;
* Seminários e encontros de formação;
* Grupos de estudos: formação continuada. Abordagem específica em Educação Infantil;
* Organização das práticas de ensino;
* Montagem de projetos interdisciplinares;
* Outros...
10. Avaliação
A questão da avaliação escolar e, mais especificamente, com a avaliação da
aprendizagem do aluno, tem direcionado as reflexões em busca de alternativas no sentido de
romper com as práticas autoritárias e conservadoras que atribuem ao ensino e a educação um
valor de troca necessário à continuidade dos estudos ou à inserção do sujeito no mercado de
trabalho.
O insucesso nessa tarefa remete a uma reflexão de outra ordem, buscando rupturas
fundamentais para que se operem mudanças significativas nas práticas avaliativas. Trata-se de
uma mudança que esteja inscrita numa dimensão mais ampla que apenas mudar um elemento
do currículo, envolver às bases teórico-conceituais que sustentam a organização do currículo e
a estrutura administrativo-burocrática da escola.
Em termos quânticos, é considerada a avaliação como um processo contínuo devendo
ser valorizada em todas as etapas.
Na 1ª série do Ensino Fundamental de nove anos, a avaliação é diagnóstica voltada para
o acompanhamento do desenvolvimento do aluno em seu processo de alfabetização de forma
contínua e sistemática expressa em parecer descritivo, sem a retenção do aluno.
O ano letivo é organizado em três trimestres com avaliação por somatório, sendo o
mínimo exigido para aprovação dos/as alunos/as 60 (sessenta) pontos ao final do ano letivo.
Quadro demonstrativo:
TRIMESTRE PONTOS
13
1º TRI 30 PONTOS
2º TRI 30 PONTOS
3º TRI 40 PONTOS
FINAL DO ANO LETIVO 100 PONTOS
O aluno que não alcançou o mínimo necessário para aprovação ao findar o terceiro
trimestre do ano letivo, é oferecido o exame final.
O exame final terá o valor de 100 pontos, sendo que o cálculo a ser realizado é o
seguinte:
N.A + E.F. = 50
2
N.A. = somatória do aluno durante o ano letivo.
E.F. = exame final.
O aluno deverá atingir no mínimo 50% de aproveitamento para ser aprovado.
Desta forma fica garantido ao aluno, o reconhecimento dos pontos atingidos durante
todo o ano letivo.
III. CURSO NORMAL
1. O atual Curso Normal apresenta-se estruturado da seguinte maneira:
* Curso Normal – Formação de professores para atuar nas quatro séries iniciais do Ensino
Fundamental, oferecido em quatro séries de aulas teórico-práticas e complementando pelo
estágio supervisionado realizado em um semestre nas escolas campo da cidade;
* Curso Normal – Formação de professores para atuar na Educação Infantil, oferecido em
quatro séries de aulas teórico-práticas, complementado pelo estágio supervisionado realizado
em um semestre nas escolas campo da cidade;
* Aproveitamento de Estudos – Formação de professores para atuar nas quatro séries iniciais
do Ensino Fundamental, oferecido em quatro séries de aulas teórico-práticas e complementando
pelo estágio supervisionado realizado em um semestre nas escolas campo da cidade. Esse curso
é oferecido para alunos com ensino médio concluído;
14
* Aproveitamento de Estudos – Formação de professores para atuar na Educação Infantil,
oferecido em quatro séries de aulas teórico-práticas, complementado pelo estágio
supervisionado realizado em um semestre nas escolas campo da cidade. Esse curso é oferecido
para alunos com ensino médio concluído.
2. Caracterização
2.1 Do Curso Normal
O Curso Normal do Instituto Estadual de Educação Assis Brasil adota a aplicação de
uma prova escrita classificatória para o ingresso dos alunos interessados para todas as
modalidades oferecidas.
No período agendado pela Secretaria de Educação para inscrições é publicado Edital o
qual estabelece as normas definidas no que corresponde à aplicação da prova escrita
classificatória, número de vagas oferecidas pela escola em cada modalidade, data e hora de
aplicação, documentação necessária e demais normas necessárias à organização e
sistematização da referida prova.
Conforme diretrizes próprias para tal modalidade, organiza-se de forma diferenciada ao
restante da escola conforme consta no Regimento Parcial Escolar.
O Curso Normal é oferecido a alunos que terminaram o Ensino Fundamental,
apresentando na sua estrutura curricular a formação em nível geral correspondente ao Ensino
Médio e a formação pedagógica específica própria ao curso. O Curso Normal – Aproveitamento
de Estudos é oferecido a aqueles que já concluíram o Ensino Médio e buscam a formação
pedagógica para atuarem como professores no Ensino Fundamental – Séries Iniciais e/ou
Educação Infantil.
2.2 Do corpo docente
O corpo docente do Curso Normal pode ser identificado pela representação de três
segmentos que, mantendo suas peculiaridades, se complementam e, apesar das dificuldades
geradas pelo grande número de alunos/as e turmas, buscam formas de trabalhar com relativa
consonância sob a coordenação do serviço de orientação pedagógica.
15
Em termos estruturais os Cursos, Normal e Aproveitamento de Estudos, são atendidos
pelo grupo de docentes da formação geral, da formação didático-pedagógica e pelo grupo de
supervisão de estágio, responsável pelo período de estágio supervisionado.
Sendo imprescindível a integração destes grupos em todos os momentos da formação
dos alunos e, apesar das dificuldades administrativas para que o trabalho seja realizado com um
mínimo de unidade, o desenvolvimento do trabalho, tem se dado graças ao comprometimento
dos educadores com seus alunos.
Estes organizam-se em grupos de estudo semanais, participam das decisões que
envolvem o Curso e organizam as primeiras experiências pedagógicas das Normalistas, as quais
realizam atividades práticas com orientação, em escolas de aplicação da cidade.
Levando em conta a realidade do Curso Normal do Instituto Estadual de Educação Assis
Brasil, caracterizado pelo número de alunos e turmas, surgem situação que retardam o
desenvolvimento de um trabalho pedagógico de significativa qualidade, na conquista da
unidade pedagógica ideal, dada a rotatividade de docentes, principalmente na formação geral e,
a mudança de ano em ano dos professores responsáveis pelos adiantamentos, bem como os
componentes curriculares.
Buscando suprir tais dificuldades, os professores do Curso Normal preocupados com a
boa formação do profissional da educação em nível médio, encontram formas alternativas para
alcançar os objetivos do Curso. Para tal fim, se faz necessário o acerto de uma parceria entre os
grupos que formam os segmentos administrativo e pedagógico, sendo que, somente com
diálogo e bom senso podem ser superadas as dificuldades e minimizadas questões relevantes
tais como as preocupações com a formação continuada e, o que é comum à categoria, com a
desvalorização da carreira, efetivada pelo descaso das autoridades responsáveis com o padrão
de vida dos profissionais da educação.
2.3 Do corpo discente
O corpo discente do Curso Normal apresenta-se de forma heterogênea.
Vindo de diferentes contextos culturais e socioeconômicos, os alunos do Curso, na sua
maioria, provêm de grupos sociais menos favorecidos, o que por vezes é motivo para a escolha
do mesmo. Por ser este, profissionalizante em nível médio, resulta numa alternativa concreta
de segurança financeira para a sua vida profissional.
Um dos fatores que ainda leva os candidatos a procurarem o Curso Normal é a influência
familiar. Nestes casos os alunos, normalmente, acabam por solicitar a ajuda da escola para que
16
os segmentos envolvidos – professores, serviço de orientação educacional e pedagógica –
medeiem o diálogo entre a família e o aluno, buscando analisar as questões que levam a família
a exigir esta formação sendo que o aluno não a deseja.
Ainda assim, é significativo o número de alunos que buscam a formação de professores
no Curso Normal por “vocação”. Esta situação se explicita, principalmente, nas turmas de
Aproveitamento de Estudos e, se revela durante o período de realização das práticas de ensino.
Algumas características:
* a procura pelo Curso se dá especialmente por pessoas do sexo feminino;
* a evasão acontece ainda no 1º ano do curso.
3. FILOSOFIA DO INSTITUTO
O Instituto Estadual de Educação Assis Brasil, busca a formação do educando e a sua
caminhada como cidadão com potencial ampliado, capaz de aprender e, a compreender a
relação existente entre o saber o saber historicamente construído inter-relacionado com a
construção do conhecimento.
O processo aprender a aprender é norteado pelos princípios da liberdade buscando a
socialização e o respeito a diversidade, associados aos direitos e responsabilidades, pela
participação de todos e pelas sua transparência.
Somente o sujeito que interfere ativamente na construção do mundo é capaz de perceber
a dimensão da sua liberdade e a correlação existente do seu eu junto com outro.
Busca à multiplicidade sem preconceitos de classes, crenças, gênero, étnica,
características individuais como formação do exercícios pleno da cidadania.
4. PRINCÍPIOS ESPISTEMOLÓGICOS
O Curso Normal busca a formação de um profissional reflexivo, social, participativo,
capaz de compreender a relação existente entre o saber historicamente construído, criticamente
aprendido e a sua participação cultural, política e econômica na sociedade em que está inserido.
Desta forma, faz-se imprescindível a formação de um profissional engajando com seu
momentos histórico, visto que a função política da educação surge no momento em que entra
em crise o modelo social vigente, tornando-se a escola espaço de disputa entre interesses de
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grupos ou de classes sociais divergentes. Neste contexto cabe ao educador mediar estas disputas
e discussões, buscando um crescimento humano e social dos mesmos.
A importância da formação profissional é essencial para que o educando consiga optar
e assumir posturas democráticas na sua vida educativa.
A formação dos professores se efetiva num processo dialético entre os referenciais
teóricos e as práticas educativas/formativas que por sua vez, decorrem do compromisso político
e coletivo.
O domínio dos diferentes saberes é alicerce básico para a formação profissional. A
formação vista como um processo pessoal, caracteriza-se como autônoma, criativa, critica,
participativa, solidária, cooperativa, possuidora de direitos e deveres políticos civis e sociais,
que repudia injustiças, discriminações, respeita e faz-se respeitar, relaciona-se e exerce a
cidadania e democracia.
5. METODOLOGIA DO ENSINO
A identidade cultural da escola, construída pelos vários segmentos que a compõe, é parte
integrante da representação do que é SER professor/a. Aqueles/as que ensinam e aprendem tem
uma história que se expressa em todas as suas atitudes, postura profissional e no modo de
ensinar, pensar e aprender.
Ao considerar os princípios éticos e políticos, a escola reconhecer as identidades
pessoais e assegura a reelaboração crítica do conhecimento de si e do seu relacionamento com
os demais durante o processo de formação.
A prática, como eixo central do curso de formação, oportuniza uma construção pessoal
e coletiva de conhecimentos pedagógicos, culminando na atuação profissional. Esse espaço
acontece desde o início da formação, colocando o futuro professor/a em contato real com a
natureza de seu trabalho, através de atividades em que a experiência da docência e das demais
dimensões da atuação profissional tornam-se objeto de análise através de recursos, relatos
escritos e/ou orais, seminários, palestras, oficinas e encontros.
Para que esta formação se efetive é necessário uma concepção interdisciplinar de
currículo, visando reunir-se e entrecruzar áreas diferentes de saber, evitando a fragmentação do
conhecimento e buscando a inter-relação com as ciências e áreas de conhecimento constitutivas
do saber educativo.
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Por isso, o/a professor/a formador/a, independente de sua área de atuação, deverá estar
articulado com outras áreas do conhecimento tendo em vista a finalidade do curso.
Para que o trabalho se efetive respeitando as concepções de aprendizagem dos
professores e suas individualidades, é preciso estruturar um mapeamento geral que sirva como
diretriz da ação pedagógica comum a todos:
* desenvolvimento de competências humanas e técnicas por meio de processos construtivos e
reconstrutivos;
* ofertas alternativas que conduzem a experiência de participação coletiva e abrindo
possibilidades a uma maior socialização entre grupos;
* reconstruir o fazer pedagógico e didático através de processos coletivo numa perspectiva de
real interação entre quem ensina e quem aprende;
* valorização do sujeito aluno, a partir da sua bagagem histórico-cultural;
* predisposição a avaliação, entendida como um processo permanente que visa aproximar
propósitos e resultados e que constitui-se em indispensável procedimento de identificação e de
apoio à qualidade institucional, permitindo que a escola repense suas práticas de forma crítica
e comprometida. Além disso, a avaliação representa o compromisso da escola com a qualidade
social e cultural da comunidade interna e externa;
* a definição política da função social da escola, retratada na definição de seus objetivos
enquanto estabelecimento de ensino e a filosofia da ação.
6. DURAÇÃO DO CURSO
6.1 Curso Normal
O Curso Normal – formação nas quatro séries iniciais do Ensino Fundamental e,
formação em Educação Infantil – têm a duração de quatro anos de aulas teórico-práticas mais
um semestre de estágio supervisionado.
6.2 Aproveitamento de estudos
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O Curso Normal – Aproveitamento de Estudos – formação nas séries iniciais do Ensino
Fundamental e, formação em Educação Infantil – têm a duração de dois anos de aulas teórico-
práticas mais um semestre de estágio supervisionado.
7. INFRAESTRUTURA
O Curso Normal, de forma geral, utiliza-se dos espaços comuns a todas as modalidades
de ensino e ainda:
* Biblioteca: acervo bibliográfico e de recursos didáticos adequados ao trabalho do Curso
Normal (espaço para o material pedagógico utilizado no Curso);
* Sala de desenvolvimento de habilidade para montagem de recursos audiovisuais;
* Sala de reunião de atendimento individualizado de alunos em estágio;
* Sala de informática;
* Sala experimental.
8. FORMA DE INGRESSO
O ingresso no Curso Normal e Curso Normal – Aproveitamento de Estudos se dá através
de Prova Escrita Classificatória conforme o número de vagas oferecidas pelo Instituto e
seguindo o cronograma definido pela Secretaria de Educação do Estado.
9. CLASSES DE APLICAÇÃO
As Classes de Aplicação são destinadas a campo de estudo, orientação e experimentação
pedagógica.
São, conforme a necessidade do Curso, constituídas de:
* turma de Educação Infantil do IEEAB;
* turmas das Séries Iniciais do Ensino Fundamental do IEEAB;
* turmas de Educação Infantil das escolas municipais conveniadas;
* turmas de Educação Infantil da rede estadual;
* turmas das Séries Iniciais do Ensino Fundamental de estabelecimentos de ensino estaduais.
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As Classes de Aplicação recebem orientação pedagógica do IEEAB em parceria com
professores titulares e coordenação pedagógica das escolas de campo.
10. ESTÁGIO PROFISSIONAL
O Estágio Profissional é realizado após a conclusão satisfatória dos Componentes
Curriculares previstos no Plano de Estudos do Curso, com duração de 400h distribuídas ao
longo de um semestre letivo em escolas de Ensino Fundamental ou escolas de Educação Infantil
conveniadas, conforme a opção feita na matrícula.
O prazo para realizar o estágio deve ser cumprido conforme a legislação vigente, até
dois anos após a conclusão do Curso.
É considerado/a aprovado/a o/a aluno/a que obtiver, no mínimo, 60 pontos ao final do
estágio.
O acompanhamento dos/as estagiários/as durante a sua prática, é realizado por uma
“Comissão de Estágio Profissional” composta por professores/as, orientadores/as e um/a
coordenador/as, escolhido/a por seus pares.
11. FORMAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE
Formação continuada entendida como elemento inerente ao exercício do professor.
São necessárias algumas condições para o bom desempenho do professor formador, tais
como:
* aperfeiçoamento profissional a partir de estudos e discussões sobre questões relativas à
educação e à ação pedagógica;
* participação em cursos, seminários, encontros, etc.;
* intercâmbio com profissionais de outras escolas e/ou de outras áreas que venham proporcionar
a reflexão sobre as relações estabelecidas no processo ensino-aprendizagem-ensino: práxis;
* espaço na escola para estudos sistematizados numa perspectiva interdisciplinar.
Considerando o sistema educacional vigente e as condições em que trabalha o docente
nas escolas públicas, um dos aspectos que tem sido bastante desconsiderado, é a efetiva
formação do profissional da educação.
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Dadas as circunstâncias, o profissional da educação tem buscado a sua formação de
forma individualizada, dando continuidade à sua vida acadêmica ou, em iniciativas próprias da
Instituição de ensino que organiza, anualmente, uma semana de formação para alunos do Curso
Normal e professores, na qual é dada oportunidade ao docentes para o estudo de temas
prioritários na educação e produção de trabalhos pedagógicos.
Cabe ressaltar o trabalho que, no ano em curso, vem sendo desenvolvido pela 5º
Coordenadoria de Educação no que diz respeito ao oferecimento de Cursos de Formação
continuada nas diferentes áreas de conhecimento. Trata-se de um esforço coletivo para sanar as
dificuldades existentes em relação a este tema e, por entender que temos ainda muito caminho
a percorrer na referida questão.
12. AVALIAÇÃO DOS DISCENTES
A avaliação deve ser um processo contínuo, valorizando todas as etapas que envolvem
a aprendizagem e não apenas o resultado final.
Os instrumentos de avaliação usados pelo/a professor/a, constam nos Planos de
Trabalho, sendo necessário a realização de no mínimo dois instrumentos.
A questão da avaliação escolar e, mais especificamente, com a avaliação da
aprendizagem do aluno, tem direcionado as reflexões em busca de alternativas no sentido de
romper com as práticas autoritárias e conservadoras que atribuem ao ensino e a educação um
valor de troca necessário à continuidade dos estudos ou à inserção do sujeito no mercado de
trabalho.
O insucesso nessa tarefa remete a uma reflexão de outra ordem, buscando rupturas
fundamentais para que se operem mudanças significativas nas práticas avaliativas. Trata-se de
uma mudança que esteja inscrita numa dimensão mais ampla que apenas mudar um elemento
do currículo, envolver as bases teórico-conceituais que sustentam a organização do currículo e
a estrutura administrativo-burocrática da escola.
Em termos quânticos, é considerada a avaliação como um processo contínuo devendo
ser valorizada em todas as etapas. O ano letivo é organizado em três trimestres com avaliação
por somatório, sendo o mínimo exigido para aprovação dos/as alunos/as 60 (sessenta) pontos
ao final do ano letivo.
Quadro demonstrativo:
TRIMESTRE PONTOS
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1º TRI 30 PONTOS
2º TRI 30 PONTOS
3º TRI 40 PONTOS
FINAL DO ANO LETIVO 100 PONTOS
13. ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO
É oferecido aos/as alunos/as oportunidades dentro do trimestre, de recuperar os
conteúdos que ficam defasados, de acordo com critérios estabelecidos pelo/a professor/a nos
Planos de Trabalho.
Ao aluno que não alcançou o mínimo necessário para aprovação ao findar o terceiro
trimestre do ano letivo, é oferecido o exame final.
O exame final terá o valor de 100 pontos, sendo que o cálculo a ser realizado é o
seguinte:
N.A + E.F. = 50
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N.A. = somatória do aluno durante o ano letivo.
E.F. = exame final.
O aluno deverá atingir no mínimo 50% de aproveitamento para ser aprovado.
Desta forma fica garantido ao aluno, o reconhecimento dos pontos atingidos durante
todo o ano letivo.