PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º...

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1 COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSORA MARIA DE JESUS PACHECO GUIMARÃES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO GUARÁ 2017

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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSORA MARIA DE JESUS PACHECO GUIMARÃES – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GUARÁ 2017

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AGRADECIMENTOS

Aos Pais, Alunos, Professores e Funcionários do Colégio Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães, que colaboraram para a construção deste Projeto Político Pedagógico.

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1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................................ 7

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................................................................................ 7

2.1. Histórico da Escola ........................................................................................................................................ 7

2.2. Modalidades De Ensino ................................................................................................................................ 9

3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO ...................................................................................................................................... 9

3.1. Organização Escolar ................................................................................................................................... 10

4. QUADRO FUNCIONAL ....................................................................................................................................................... 10

4.1 Espaço Físico ................................................................................................................................................ 13

4.2 Bens Materiais ............................................................................................................................................... 13

4.3 Condições Físicas e Pedagógicas ............................................................................................................. 14

4.4 Resultados Educacionais ............................................................................................................................. 17

4.5 Formação Continuada .................................................................................................................................. 18

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................................................... 18

5.1 Concepção de Mundo .................................................................................................................................. 21

5.2 Concepção de Homem ................................................................................................................................. 21

5.3 Concepção de Sociedade ............................................................................................................................ 22

5.4 Concepção de Cidadania ............................................................................................................................. 22

5.5 Concepção de Escola ................................................................................................................................... 23

5.6 Concepção de Conhecimento ..................................................................................................................... 23

5.7 Concepção de Formação Humana ............................................................................................................ 24

5.8 Concepção de Ensino Aprendizagem........................................................................................................ 24

5.9 Concepção de Educação e Educação do Campo ................................................................................... 26

5.10 Concepção de Alfabetização e Letramento ............................................................................................ 27

5.11 Concepção de Cuidar e Educar................................................................................................................ 27

5.12 Concepção de Infância e Adolescência .................................................................................................. 28

5.13 Concepção de Educação Inclusiva .......................................................................................................... 29

5.14 Concepção de Diversidade ....................................................................................................................... 29

5.15 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico ........................................................................................ 30

5.16 Concepção de trabalho .............................................................................................................................. 30

5.17 Concepção de Cultura e Tecnologia........................................................................................................ 32

5.18 Concepção de Formação Continuada ..................................................................................................... 33

5.19 Concepção de Currículo ............................................................................................................................ 34

5.20 Concepção de Avaliação ........................................................................................................................... 35

5.21 Gestão Escolar ............................................................................................................................................ 35

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6. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ................................................................................................................................................ 36

6.1 Avaliação ........................................................................................................................................................ 37

6.2 Recuperação Concomitante ........................................................................................................................ 38

6.3 Conselho De Classe ..................................................................................................................................... 39

6.4 Hora Atividade .............................................................................................................................................. 40

6.5 Equipe Multidisciplinar .................................................................................................................................. 41

6.6 Sala De Recursos ......................................................................................................................................... 41

6.7 Atividades Complementares Curriculares De Contra Turno ................................................................. 42

6.8 Núcleos Setoriais ......................................................................................................................................... 43

6.9 6.9 Estágio obrigatório e não obrigatório .................................................................................................. 46

6.10 Calendário Escolar ..................................................................................................................................... 47

6.10.1 Torneio De Integração Colégios Do Campo ..................................................................................................... 47

6.11 Rede de Proteção ....................................................................................................................................... 48

6.12 Ensino Médio Inovador .............................................................................................................................. 48

6.13 Conectados 2.0 ........................................................................................................................................... 49

6.14 Plano De Trabalho Docente ................................................................................................................... 50

6.15 Conselho Escolar ..................................................................................................................................... 50

6.16 A.P.M.F. ........................................................................................................................................................ 51

6.17 Temas Socioeducacionais ......................................................................................................................... 51

6.17.1 Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena ...................................................................................................... 51

6.17.2 Educação Ambiental ............................................................................................................................................. 52

6.17.3 Enfrentamento a Violência ................................................................................................................................... 52

6.17.4 Prevenção ao uso indevido de Drogas .............................................................................................................. 53

6.17.5 Gênero, diversidade sexual e sexualidade ....................................................................................................... 53

6.17.6 Educação do Campo ............................................................................................................................................ 53

6.17.7 Programa de Brigadas Escolares ....................................................................................................................... 54

6.17.8 Estatuto do Idoso .................................................................................................................................................. 55

6.17.9 Educação para o Trânsito.................................................................................................................................... 56

7. PLANO DE AÇÃO ............................................................................................................................................................. 57

7.1 Plano de Ação da Direção .......................................................................................................................... 58

7.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica ..................................................................................................... 63

7. MATRIZ CURRICULAR ....................................................................................................................................................... 66

8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................ 67

9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL..................................................................... 73

9.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ARTE ........................................................ 73

9.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - CIÊNCIAS ............................................... 84

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9.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - EDUCAÇÂO FÍSICA ............................. 91

9.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ENSINO RELIGIOSO ............................ 96

9.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- GEOGRAFIA .......................................... 100

9.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - HISTÓRIA ............................................. 108

9.7 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ENS FUND – INGLÊS ............................................................ 111

9.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - LÍNGUA PORTUGUESA ..................... 118

9.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- MATEMÁTICA ........................................ 129

10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO MÉDIO.............................................................................. 142

10.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENS MÉDIO - ARTE ............................................... 142

10.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - BIOLOGIA .......................................... 147

10.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - EDUCAÇAO FÍSICA ........................ 159

10.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FILOSOFIA ....................................... 163

10.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FÍSICA ............................................... 177

10.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- GEOGRAFIA ...................................... 196

10.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - HISTÓRIA .......................................... 203

10.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA EST ENS MÉDIO – INGLÊS .................. 206

10.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - MATEMÁTICA ................................... 215

10.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- LÍNGUA PORTUGUESA ................ 227

10.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - QUÍMICA .......................................... 241

10.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - SOCIOLOGIA .................................. 249

11 PROGRAMAS DE ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO DE JORNADAS PEDAG - EMPRENDEDORISMO .............. 255

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“O que é necessário não é a vontade de

acreditar, mas o desejo de descobrir; que

é justamente o oposto”.

Bertrand Russel

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1. INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da escola, se articula e se

concretiza com a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo educativo,

visando a formação de cidadãos participativos conscientes de seus direitos e

responsabilidades. Constitui-se num instrumento pedagógico de mudança, com ações

voltadas para a melhoria de qualidade do ensino, e consequentemente a transformação

social.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual do Campo Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães -

Ensino Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará, Município de

Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01, CEP 85.110-000.

Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected] Esta instituição faz parte do

Núcleo Regional de Educação de Guarapuava tendo como mantenedora o Governo do

Estado do Paraná.(SEED Secretaria de Estado da Educação)

2.1. Histórico da Escola O Colégio iniciou suas atividades no ano de 1951, com o nome de Escola

Isolada de Guará. Era uma sala de aula com 40 alunos em um terreno de 3.564,0 m²,

doado pela Sra. Sofia Horst.

No ano de 1970, foi denominada Escola Rural de Guará; em 1980 passou a

funcionar pelo regime da Lei 5692/71, de 1ª a 4ª série, com a denominação de Escola

Rural Martins Pena, através do decreto nº 033/80. Em 1981, funciona através do Decreto

nº 098/81, com a denominação de Escola Martins Pena – Ensino de 1º Grau.

A Resolução nº 3951/83, muda a denominação de escola Rural Martins Pena

para Escola Municipal Martins Pena. Em 27 de janeiro de 1989, pelo Decreto 010/89, o

nome da Escola é novamente alterado, passando a denominar Escola Municipal Sofia

Horst. A Resolução nº 878/91, de 08 de março de 1991, autoriza o funcionamento das

turmas de 5ª a 8ª série.

Em 19 de outubro de 1992, pela resolução 3440/92, é autorizado o

funcionamento do Ensino Pré – Escolar, passando a denominar Escola Municipal Sofia

Horst, Ensino Pré Escolar e de 1º Grau.

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Pela Resolução nº 1702/96, de 22 de abril de 1996, foram cessadas, em caráter

definitivo, as atividades escolares, relativas ao ensino de 5ª a 8ª séries do 1º grau. Pelo

parecer 234/96 de 23 de janeiro de 1996 e a resolução 531/96 de 05 de fevereiro de 1996,

foram criados e autorizados a funcionar o ensino de 5º a 8º série do 1º grau, passando a

denominar - se Escola Estadual Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino de 1º

Grau.

Pelo parecer nº 3106/02 de 10 de outubro de 2002, a coordenação da estrutura

e funcionamento da SEED, reconhece o Curso de Ensino Fundamental e a Escola passa

a denominar Escola Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino

Fundamental.

O parecer 1072/02 do Conselho Estadual de Educação ratifica a decisão da

Coordenação de estrutura e funcionamento da SEED, concedendo o reconhecimento do

Ensino Fundamental.

Através do requerimento datado de 26 de setembro de 2002, o Diretor da

Escola solicita a autorização para o funcionamento do Ensino Médio e, pelo parecer

37987/2002, a coordenação de Estrutura e funcionamento da SEED, propõe a resolução

de autorização para funcionamento do Ensino Médio.

Em 29 de novembro de 2002, o Diretor Geral da SEED, pela resolução

4724/2002, autoriza o funcionamento do Ensino Médio iniciando no ano de 2003.

Pela mesma resolução, a Escola Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco

Guimarães – Ensino Fundamental, passa a denominar - se Colégio Estadual Professora

Maria de Jesus Pacheco Guimarães - Ensino Fundamental e Médio. Esta unidade de

ensino leva o nome da Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães, primeira professora a

lecionar no Distrito do Guará.

Natural de Guarapuava, "Dona Mariquinha" , como era chamada, chegou no

Distrito de Guará, no ano de 1950, precedendo a preparação para a implantação da sede

distrital do Guará.

Por já estar exercendo a sua profissão na localidade de Marrecas de Cima,

começou a trabalhar, naquele mesmo ano e fixaram a sua residência neste Distrito,

juntamente com seu marido Samuel Amaral Guimarães primeiro cartorário, e suas três

filhas: Maria da Conceição, Maria José e Circéia Terezinha.

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Trabalhou até o ano de 1965, quando se aposentou, mulher de fibra, austera e

caracterizada por uma personalidade forte. Comandou a educação de muitos educandos

no Distrito de Guará e no ano de 1986, no dia 26 de maio, já cansada e doente a "dona

Mariquinha", deixa de existir. O dia da patronesse é comemorado no dia 22 de outubro.

2.2. Modalidades De Ensino

O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, e Ensino Médio.

3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a 25

Km de Guarapuava. Atende 25% dos educandos residentes na sede do Distrito de Guará

e 75% dos educandos dispersos por 643 km². A comunidade escolar atendida pelo

Colégio na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo, com renda mensal familiar de até

um salário mínimo, ou tem como principal fonte de renda a Bolsa Família; Grande parte do

alunado é composta por filhos de agricultores assentados, proprietários de pequenas e

médias propriedades rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns filhos de

comerciantes e funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos educandos são

provenientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês Ribas, Europa, José

Dias e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã, Aroeira), além de

povoados localizados, em média, 12km de distância da sede (Alto da Serra,Boa

Esperança, Rio das Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão, Faxinal dos Elias, Colônia dos

Vitos e Chimarrão 81). Estes dependem exclusivamente do transporte escolar para o

deslocamento até o Colégio.

As faltas dos educandos são constantes, devido ao transporte escolar, pois a

situação das estradas é precária, os transportadores não cumprem os contratos

assumidos com a Prefeitura Municipal. Estes problemas dificultam a aprendizagem dos

mesmos.

Os educandos trazem expectativas de que o Colégio ofereça condições que

viabilizem o acesso ao mundo do trabalho, bem como acesso às tecnologias práticas

esportivas variadas, e conhecimentos em diversas áreas para atuarem como cidadãos.

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3.1. Organização Escolar

O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, nos períodos: matutino

vespertino e noturno, e Ensino Médio nos períodos matutino e noturno. Atende

aproximadamente 520 educandos, distribuídos em 19 turmas regulares, 1 turma do

Programa de Complementação Curricular Empreendedorismo que atende 25 educandos

do ensino médio no contra turno, 1 Sala de Recurso no período da tarde.

A organização curricular do estabelecimento tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio segue a Base Nacional Comum constituída por disciplinas.

4. QUADRO FUNCIONAL

O quadro de funcionários neste ano letivo é composto por 36 professores, 01 secretária e

04 Agentes Educacionais II, 08 Agentes Educacionais I, 01 diretor, 01 diretora auxiliar e 03

pedagogas.

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PROFESSORES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

LUIZ ALBERTO OGIBOWSKI História Desenvolvimento e Integração da América Latina e Gestão e Supervisão Educacional.

JOANA ADRIANE DALZOTO Pedagogia Administração, Supervisão e Orientação Educacional/Psicopedagogia Institucional e Clínica

MÁRCIA STRUZ ARAÚJO Pedagogia Administração, Supervisão e Orientação Educacional/ Psicopedagogia Institucional e Clínica

CRISTINA DO ROCIO PEDROSO Pedagogia/ Filosofia Gestão Escolar/ Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia

ADEMIR REMPEL Geografia e Pedagogia Educação Ambiental.

ANDRESSA NAVARRO Química Educação do Campo e Mestre em Química Aplicada

CRISTIANO JOSÉ CORRÊA Letras/Inglês

EDINÉIA MOREIRA DE SOUZA Matemática Educação do Campo e Educação Especial

ELIZABETE ODILA SIMÃO PORTELA Biologia Gestão Escolar e Gestão Ambiental

ELOÁ VIEIRA DOS SANTOS Letras/Literatura Educação do Campo e Educação Especial

EZINEIDE DE LIMA SANTOS Matemática Educação do Campo, Educação Especial e neuro pedagogia

GERSON HUCHAK Geografia

GISELLE SCHEIFFER MUNHOZ Letras/ Espanhol Educação do Campo e Educação Especial

GUIOMAR DUBIELA LUY Matemática Ensino da Matemática

HELOISE DE ALMEIDA LIMA Arte educação Interdisciplinaridade; Educação Especial.

JUVENAL BENTO MORÃO Letras/ Espanhol

LEONARDO ERTHAL CHAGAS Geografia Manejo e Conservação Ambiental

LETÍCIA BRUNO ASSUNÇÃO Ciências Biológicas Educação do Campo Educação Ambiental,EJA

LETÍCIA CASTILHO Letras/Inglês Ensino da Língua Inglesa

LUCAS DARIEL GUIMARÃES RIBEIRO Filosofia Educação do Campo

LUIZ GUSTAVO CEZAR História Geografia

LUIZA CEZAR Ed. Física Dança Educacional

MARA APª BRAZ Matemática Educação do Campo, Educação Especial e Diversidade Escolar

MÁRCIA LÍGIA MAIER FARIAS Matemática Ensino de Matemática/Gestão Escolar

MARIA ROSELI K. AMÂNCIO História Ensino De História: Economia América Latina.

MARIANA GOMES BENTO DE MELLO Português/ Inglês Literatura e Contemporaneidade, Estudos de Linguagem

MARTA ROSELI WOLF MATOSO Ciências Experiência em Ciências

MAURÍCIO STRAPAÇÃO Arte - Educação Educação do Campo, Educação Especial

PABLO AUDA Química Educação do Campo, Educação Ambiental, Educação Matemática, Gestão Escolar

RAQUEL CORDEIRO PAZ Letras/Anglo Metodologia do Ensino da Língua Inglesa

RENAN ANTUNES SANTOS Ed. Física

ROBSON PRESTES Ed. Física Ensino de Matemática

VIVIANE DE LARA Ciências Sociais Ensino Sociologia,Ensino Religioso,Famílias e Práticas Profissionais

ZENEIDE GORNASKI RIBEIRO Matemática Física Ensino - CEFET

FUNCIONÁRIOS GRADUAÇÃO PÓS – GRADUAÇÃO

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VIVIANE Mª BRUSNICKI LUCANTÔNIO Letras- Português/Espanhol Gestão, Supervisão e Orientação Educacional.

DANIELI APª FERREIRA HARDT Ensino Médio

ADRIANA CORPOLATO Matemática

CRISTINA DE BELEM LACOSKI Administração

MARIA EMILIA PIMPÃO Pedagogia Atendimento às necessidades especiais

ANA CLAUDIA CORPOLATO Ensino Médio

CLEUSA APª PEDROSO Ensino Médio

EDNA HEINE C. B. LEINECHER MACHADO Ensino Médio

EDICLANE APª MACHADO Ensino Médio

ELIANE APª CORPOLATO Ensino Médio

GLACI DE FÁTIMA PILAR DE SOUZA Ensino Médio

JOCERLI SCHWEIGERT NEVES Ensino Médio

ROSELI PEREIRA DA SILVA Ensino Médio

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4.1 Espaço Físico

O estabelecimento possui 3200 m² de área construída dividido em 4 blocos, 1

quadra de esporte e uma casa permissionário.

Bloco A Bloco B Bloco C Bloco D

Secretaria, sala dos

professores; da equipe

pedagógica; da direção

auxiliar; direção, sala de

reuniões com cômodo para

despejo, sala de apoio,

laboratório de informática

com cômodo para despejo,

sala de arquivos e 2

banheiros.

BIblioteca com

cômodo para

despejo e

laboratório de

ciências com

cômodo para

despejo.

Cozinha, depósito de

merenda, lavanderia,

depósito para material de

limpeza, almoxarifado,

refeitório, 1 banheiro com

chuveiro, 1 banheiro

feminino com 4 sanitários e

1 masculino com 4 sanitários

e 4 mictórios e 1 banheiro

adaptado.

8 salas de aulas

divididas em 2 pisos, 1

banheiro masculino com

2 sanitários e 2

mictórios, 1 banheiro

feminino com 4

sanitários, 2 banheiros

adaptados, elevador e

1 cômodo para despejo.

Quadra Poliesportiva coberta com arquibancadas e casa para permissionário com 4

dependências; este espaço é utilizado para sala de recursos.

4.2 Bens Materiais

Secretaria: 2 mesas para microcomputador 5 cadeiras giratórias, 2 escrivaninhas com

gavetas, 2 armários de aço, 2 arquivos, 6 computadores, 1 multifuncional,2 impressoras, 1

telefone com fax.

Sala dos professores: mesas, sofá, escaninho e armários individuais, TV .

Laboratório de informática: 18 mesas, 20 cadeiras giratórias e 20 microcomputadores

(Paraná Digital) e 15 microcomputadores (Proinfo).

Sala de reuniões: 31 cadeiras, 1 mesa, 38 carteiras, 2 estantes, 2 armários de aço, 1

mesa som com 2 caixas acústica, 2 microfone sem fio,2 rádios, 4 DVDs, 2 mimeógrafos, 1

vídeo cassete, 1 retroprojetor, 3 data show,1 filmadora, 1 câmera fotográfica, 1

impressora .

Salas da direção e equipe pedagógica: escrivaninhas, armários e arquivos,

microcomputador e not book.

Sala de arquivos: armários, prateleiras, materiais de arte, de matemática e esportivos,

fantoches, jogos didáticos.

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Biblioteca: 13 mesas, 12 estantes, 1 computador, 1 escrivaninha, armários, porta mapas,

aproximadamente 4.100 livros, mapas e 2 globos terrestres.

Laboratório de Ciências: 1 TV, 1 microscópio eletrônico,1 microscópio estereoscópio, 2

armários e 1 prateleira de aço, 37 banquetas, materiais de Química, Física e Biologia

(mapas , reagentes, vidraria, balança eletrônica, estadiômetro, torso humano, etc...),

estufa, terrário.

Salas de Aula: 40 carteiras, 1 mesa para o professor, 1 TV LCD, e ventilador em cada

sala.

Cozinha: 2 geladeiras, 2 freezers, fogão industrial, exaustor, 1 armário de aço, 6 armários

com 3 cubas, 2 liquidificadores, 1 batedeira, 1 centrífuga de frutas e utensílios

domésticos, 1 forno elétrico, 1 forno a gás, 1 micro- ondas, 1 cílindro para massas.

Lavanderia: 1 máquina de lavar, 1 centrífuga,1 Wap.

Almoxarifado: 4 botijões cilíndricos, depósito para lixos.

Refeitório: 5 bebedouros, 13 mesas, 26 bancos, 2 mesas de tênis de mesa, 1 mesa de

pebolim.

Outros: suporte para bandeiras, lixeiras recicláveis, 7 bebedouros, instrumentos para

fanfarra, antena parabólica.

Sala de Recurso: mesas, cadeiras, armário, microcomputador e impressora, jogos

didáticos.

4.3 Condições Físicas e Pedagógicas

O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação

conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar.

Assim, Luck (org.) afirma que:

O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa.

Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos

objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego

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adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da

organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por

seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.

Segundo Marques (1987, p. 69), "à participação de todos, nos diferentes níveis

de decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para assegurar o eficiente

desempenho da organização”. É processo dinâmico e interativo que vai muita além da

tomada de decisão, a participação é caracterizada pelo inter apoio na convivência do

cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e

limitações e do cumprimento de sua finalidade social.

Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, Direção,

equipe pedagógica, professores, agentes I e II, discutam e analisem os problemas que

vivenciam em interação com a organização escolar e que, a partir dessa análise,

determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem mais carentes de

atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada a partir do

respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e

compromisso.

A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno

desenvolvimento do educando; em um mesmo contexto escolar sempre haverá uma

diversidade de dificuldades entre os educandos. É essa variedade, a partir da realidade

social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a

todos os educandos; considerando o atendimento das necessidades educacionais com

ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.

Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do

processo de Educação inclusiva, estamos considerando a

diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de

equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às

pessoas em situação de deficiência e aos de altas

habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender,

aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.

(CARVALHO, 2005).

Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,

dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos alunos, e

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professores comprometidos com seu trabalho; garantindo o que é básico para a escola: a

aprendizagem com qualidade e equidade. O trabalho do professor precisa desenvolver

relações cooperativas, que busquem o bem estar coletivo, efetivando a aprendizagem de

forma crítica e consciente, valorizando seus saberes e ampliando os conhecimentos,

promovendo desse modo a formação omnilateral dos educandos.

Neste contexto a hora atividade é um momento de extrema importância,

reservado aos professores para preparar suas aulas, fazer leitura de textos, realizar

correções de atividades e avaliações, pré conselho, confecção de material didático;

planejamento de atividades, atender alunos no contra turno para tirar dúvidas sobre

conteúdo; entre outros.

Estudos, reflexões e trocas de experiências com pedagogas e outros

professores, enriquecem e fortalecem a prática dos professores, permitindo pensar mais

sobre os conteúdos, objetivos e procedimentos, promovendo momentos de auto-

avaliação permanente. Sempre que possível a hora atividade é organizada por disciplinas.

As práticas desenvolvidas no estabelecimento têm como função,

fundamentalmente, garantir a todos que se tornem cidadãos competentes, informados e

cientes de seus direitos. As inovações tecnológicas, propiciam aos educandos acesso a

novas tecnologias, nem sempre possíveis fora do ambiente escolar. A forma de

organização escolar segue algumas normas inerentes à escola do campo, com horário de

entrada e saída diferenciados, para evitar atrasos devido aos educandos que necessitam

de transporte escolar. Os espaços escolares fora da sala de aula, possuem pastas de

agendamento prévio, estes devem ser feitos com 48 horas de antecedência evitando

tumultos e aglomerações nos mesmos (laboratórios, sala de reuniões, biblioteca).Durante

o recreio são desenvolvidas pelos Núcleos Setoriais algumas atividades diferenciadas

como campeonatos esportivos, jogos diversos, músicas entre outros.

A relação teoria e prática não se resume à sala de aula; o processo formativo

deve considerar os objetivos educativos, conteúdos de ensino, trabalho, auto-

organização, permitindo aos educandos a apropriação e produção de conhecimento

diretamente relacionados ao enfrentamento das questões e contradições da realidade

atual.

Um obstáculo comum que provoca entraves físicos e pedagógicos: o

tratamento padrão, padronizado à todas as escolas feito pela mantenedora. Esse é um

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problema tanto pedagógico quanto físico, pois as escolas são diferentes, possuem

características diferentes, profissionais, público, estrutura física, pedagógica e geográfica

diferentes, portanto não podem ser tratadas de forma padrão.

Como entraves físicos podemos citar o caso dos recursos financeiros, cujo

cálculo é o mesmo para as escolas urbanas, no entanto uma escola do campo gasta

muito mais em material de limpeza devido às estradas sem pavimentação. Também o

mau funcionamento do transporte escolar, que compromete o aprendizado pois o

educando falta demasiadamente, e como única justificativa usam a situação das estradas.

Nesse caso não se observa nenhuma ação por parte do poder público para solucionar a

negligência do transporte escolar e a situação das estradas. Outro entrave físico é o

tempo que o educando permanece no transporte escolar todos os dias. Isso faz com que

seu rendimento seja comprometido pois, em qualquer turno que estude, precisam sair

muito cedo de sua casa causando – lhe cansaço e falta de atenção.

Quanto aos entraves pedagógicos, podemos citar a falta de pessoal para

trabalhar com biblioteca e laboratório de informática, o que acaba comprometendo a

possibilidade de um aprendizado atualizado, visto que, o educando precisa ter acesso a

multimeios para complementar e incrementar as informações que recebem em sala de

aula, nesse caso a pesquisa não pode ser feita por não ter alguém para orientá-los.

Também é importante evidenciar a falta de um sistema de internet que funcione pois, o

nosso sistema é precário e ineficiente, temos 39 computadores mas não conseguimos

usar pois a internet não funciona se ligar mais de uma máquina, obstruindo o trabalho da

secretaria. A falta de vontade de alguns professores e a falta de perspectiva dos

educandos é um fator que compromete o pedagógico da escola.

4.4 Resultados Educacionais

O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) sintetiza dois

conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de

desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado

a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de

desempenho nas avaliações do Saep, o Saeb e a Prova Brasil. O índice é medido a cada

dois anos desde 2005.

Este estabelecimento de ensino iniciou sua participação na prova Brasil em

18

2009, com os seguintes resultados:

2009:

● Matemática – 247,87

● Português – 248,65

● IDEB – 4,0

2011:

● Matemática – 258,00

● Português – 246,1

● IDEB – 4,2

METAS PROJETADAS:

2011 2013 2015 2017 2019 2021

4,2 4,5 4,8 5 5,3 5,5

4.5 Formação Continuada

A SEED oferta cursos para formação dos professores em todas as disciplinas:

simpósios, DEB Itinerante, GTR (Grupo de Trabalho em Rede), Jornada Pedagógica,

PDE, Cursos Educação Fiscal, oficinas CRTE, entre outros. A escola colabora para a

saída do professor para os cursos de capacitação, onde sempre se aprende algo novo

que pode ser utilizado em sala de aula. É importante que a formação continuada se

estenda a todos os profissionais envolvidos no processo educativo. Nas reuniões

pedagógicas realizadas no âmbito escolar procura -se reunir o número máximo de

profissionais que trabalham no Colégio, a troca de experiências e busca de soluções de

problemas que ocorrem no dia a dia são amplamente discutidas sempre buscando a

aprendizagem com qualidade.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pensando na função social da escola e do trabalho educativo, enquanto

docentes, precisamos entender a sociedade em que estamos inseridos, pois está

configurada pelas experiências individuais do homem as quais dependem das relações

interpessoais, estruturais e institucionais. “A sociedade configura todas as experiências

individuais do homem, transmite resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no

passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e

19

que oferece a sua comunidade” (Pinto, 1994).

Uma sociedade democrática pressupõe a possibilidade de participação do

conjunto de membros da mesma em todos os processos decisórios, que dizem respeito a

sua vida (casa, escola, bairro, cidade, etc.). Segundo Boff (2000, p.77). Faz-se necessário

desenvolver uma educação que abra para uma democracia integral, capaz de produzir

um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Cabe à educação proporcionar ao educando e a comunidade, instrumentos

adequados para pensar a sua prática individual e social e atingir uma visão global da

realidade que possa orientá- lo em sua vida; bem como a apropriação do conhecimento

científico, político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir

a satisfação de suas necessidades, seja no campo ou na cidade, e realizar suas

aspirações, através do conhecimento acumulado, e acrescentar novos conhecimentos.

Uma escola de qualidade é um direito do educando, e para tanto é fundamental

que os professores estejam atualizados buscando qualificação; que resulta em melhoria

do trabalho pedagógico, ampliando seu saber fazer; repensando a prática pedagógica

para combater a discriminação, a exclusão e consequentemente a evasão escolar.

Segundo a LDB 9394/96 Art.2º A educação, dever da família e do Estado,

inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho. Os significados dessas palavras precisam

ser compreendidos na sua amplitude.

A palavra trabalho, por exemplo, não pode ser limitada a ideia de emprego, serviço para

garantir a sobrevivência. Acima de tudo o trabalho deve ser destinado ao

desenvolvimento das potencialidades do ser humano, para proporcionar prazer, melhorar

sua vida e a vida de toda a sociedade. Os conceitos utilizados no Projeto Político

Pedagógico são baseados na LDB a qual prevê que o ensino deve ser ministrado com

base nos seguintes princípios:

● Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

● Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o

saber;

● Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

20

● Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

● Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

● Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

● Valorização do profissional da educação escolar;

● Gestão democrática do ensino público, na forma de lei e da legislação dos sistemas de

ensino;

● Garantia do padrão de qualidade;

● Valorização da experiência extraescolar;

● Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

● Garantir estágio não obrigatório, para os profissionais quando necessário.

A escola como espaço de educação formal fundamenta-se em princípios que

ofereçam ao educando a formação necessária para a transformação da realidade social,

econômica e política de seu tempo. Temos o compromisso de oferecer ao educando

oportunidades de desenvolver a autonomia, a criatividade, e a criticidade vivenciando o

respeito, a cooperação, a afetividade e a responsabilidade como valores essenciais para

si e para o grupo a qual pertence.

Nessa perspectiva objetivamos promover o desenvolvimento global dos alunos

considerando a realidade do educando (do campo) como ponto de partida do trabalho

pedagógico: construir conceitos, que levem o educando a ler cientificamente a realidade,

pesquisar, tomar posição diante de diferentes ideias; formar identidades de camponês,

trabalhador, membro da comunidade, cultura, povo; desenvolver a confiança e o

comprometimento da comunidade escolar; proporcionar um ambiente favorável à

formação integral do educando para a construção do conhecimento; desenvolver e

incentivar a disciplina em sala de aula, através de trabalhos significativos para os

educandos; estimular a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado,

valorizando a qualidade, o bem estar coletivo, a sutileza, as formas lúdicas e alegóricas

de conhecer o mundo; oportunizar a formação de um cidadão crítico, que se identifique

com as grandes questões da humanidade, visando a transformação social; analisar os

diversos valores presentes na sociedade, bem como as situações conflituosas existentes

21

nas relações humanas que envolvem a moral e princípios que regem as condutas dos

sujeitos sociais(desafios contemporâneos, ética e cidadania).

Realizar uma gestão democrática com um trabalho efetuado em parceria,

visando o benefício coletivo; somar esforços pela melhoria de qualidade do ensino

ofertado pelo estabelecimento; reforçar os laços de relacionamento entre a comunidade

escolar e a comunidade, rumo a uma gestão participativa e democrática que leve a

construção da cidadania, promovendo contínua interação entre os membros.

5.1 Concepção de Mundo

O homem é um ser social, que atua e interfere na sociedade, utilizando toda a

bagagem de conhecimento, as competências desenvolvidas e os valores escolhidos para

orientar as suas atitudes, sejam elas nas relações familiares, comunitárias, produtivas e

também na organização política; garantindo assim sua participação ativa e criativa nas

diversas esferas da sociedade.

Para que o cidadão se enxergue como sujeito de sua história, ele precisa se

apropriar da riqueza cultural produzida pela humanidade. Cabe a escola capacitar os

educandos para que, de modo crítico, escolham o mundo e as circunstâncias em que

querem viver, reforçando a construção de uma sociedade de inclusão universal, com

responsabilidade política para interferir conscientemente na realidade.

5.2 Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele

envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência destas, produz conhecimentos. Sua ação é intencional e

planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não -materiais que são

apropriados de diferentes formas pelo homem. Dessa forma, Saviani (1992) afirma, “O

homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de

se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá -la pelo

trabalho”.

Partindo do pressuposto que o homem constitui -se um ser histórico, é

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,

22

antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

5.3 Concepção de Sociedade

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir

das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis

naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Cabe à escola desenvolver o ser social em todas as dimensões, no econômico,

no cultural, no político, inserindo – o no mundo do trabalho e da produção de bens e

serviços; para que cumpra seu papel social, vista a uma sociedade mais justa, humana e

solidária.

5.4 Concepção de Cidadania

Embora em nosso país os poderes coloniais, elites proprietárias, e o próprio

Estado reafirmem as desigualdade, acentuando consideravelmente as exclusões; o

grande desafio histórico é dar condições ao sujeito de se tornar cidadão consciente e

participativo do processo de construção político-social e cultural. É condição essencial da

cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente dos sujeitos. Para

Martins “[...] a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de

consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos

e deveres.”

Nesta perspectiva, a educação é um dos principais instrumentos de formação

da cidadania, em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; nas

questões do trabalho como princípio educativo produção/apropriação de conhecimento, e

não apenas mera operação mecânica; levando os educandos à uma interpretação

dialética da realidade atual, capaz de integrar seu projeto pessoal com o coletivo,

consciente de ser construtor da história pessoal e coletiva, que valoriza o patrimônio

coletivo, que cuida da preservação do ambiente, que saiba resolver conflitos com diálogo,

que aceita as diferenças, que expresse opinião construída pelo estudo consciente da

23

questão ou do contexto para tomar posição baseada em argumentos, que tenha

consciência de sua identidade complexa e de sua identidade comum a todos os outros

humanos.

5.5 Concepção de Escola

Local de apropriação de conhecimentos científicos construídos historicamente

pela humanidade e local de produção de conhecimentos em relações que se dão entre o

mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os povos do campo querem que a escola

seja o local que possibilite a ampliação dos conhecimentos; portanto, os aspectos da

realidade podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de

chegada. Ter isto claro ajuda na forma de expressão e implementação da proposta de

educação que se pretende alcançar.

A educação do campo precisa ser uma educação específica e diferenciada, isto é, alternativa. Mas sobretudo deve ser educação, no sentido amplo de processo de formação humana, que constrói referências culturais e políticas para intervenção das pessoas e dos sujeitos sociais na realidade, visando a uma humanidade mais plena e feliz (ARROYO, 2004, p.23).

O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos

locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes

momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos nas relações sociais do

mundo capitalista e elas precisam ser desveladas na escola.

5.6 Concepção de Conhecimento

O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações

sociais mediadas pelo trabalho.

Segundo Saviani, aprender e ensinar são processos inseparáveis (1995, p. 17).

Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais

necessários a sua formação e a sua humanização.

A aquisição do conhecimento não acontece de maneira isolada e individual,

mas é fruto das relações humanas que se concretizam num contexto sociocultural, que se

modifica no tempo. Acontece no social gerando mudanças internas e externas no cidadão

24

e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.

Contextualizando, o conhecimento é um conceito dinâmico, que reconhece a

herança cultural da humanidade, em toda a sua diversidade, configurando as dinâmicas

históricas que representam as necessidades do homem em cada tempo, levando

necessariamente a uma nova forma de ver a realidade, um novo modo de atuação, diante

dos avanços das diversas ciências e está aberto a toda manifestação que preserva e

melhora a vida das pessoas. Pensando na escola e especificamente nos vários

momentos da aula, como espaço onde se dá a produção e apropriação do conhecimento

pelo educando, é imprescindível que a ação do professor possibilite ao aluno construir

conhecimentos de forma dinâmica, partindo da realidade que o cerca e ao mesmo tempo

superando a reprodução de modelos prontos e limitados, levando o educando a pensar e

repensar a sociedade e o tempo em que vive.

5.7 Concepção de Formação Humana

A base formativa da escola precisa ter como referência uma perspectiva

omnilateral de educação, que busca levar em conta “todas as dimensões que constituem

a especificidade do ser humano e as condições objetivas e subjetivas reais para seu

pleno desenvolvimento histórico”( Frigotto ,2012, P.165).

O conhecimento nessa perspectiva é entendido como uma produção do

pensamento que surge da atividade humana e busca uma interpretação da realidade que

permite ao ser humano transformá- la; mediante processos educativos que re afirmem os

valores de justiça, solidariedade, cooperação, igualdade e o desenvolvimento de

conhecimentos que concorram para qualificar a vida de cada ser humano.

O desafio do desenvolvimento humano omnilateral, é a partir das

desigualdades que são dadas pela realidade social, desenvolver processos pedagógicos

que garantam, ao final do processo educativo, o acesso efetivo ao conhecimento na sua

mais elevada universalidade.

5.8 Concepção de Ensino Aprendizagem

O conhecimento social e historicamente produzido pela humanidade deve ser

apresentado a nova geração, não como simples transmissão, estático e acabado, mas de

maneira viva, que possibilite ser reconstruído dentro de cada indivíduo, dando- lhe a

25

oportunidade de desenvolver princípios, valores e competências essenciais para assumir

a construção da sua vida pessoal, e ao mesmo tempo garanta a continuidade da

construção da história humana.

A educação é determinada pela sociedade. Contudo, essa determinação é relativa e, na forma de ação, é recíproca. O determinado também reage sobre o determinante. (Saviani, 1991)

Se a educação traz a perspectiva clara de reconstrução social, as práticas

escolares devem acompanhá-la. Organizar e planejar coletivamente é uma meta,

considerando a organização do trabalho pedagógico de forma interdisciplinar, através de

eixos caracterizados como porções da realidade, pensados a partir da natureza dos

conteúdos a serem apropriados, da realidade do entorno da escola, das questões da

atualidade, através de uma ação contínua, compartilhada, que leve os educandos a

entender e participar das lutas de seu tempo, contribuindo para a transformação da

sociedade. O envolvimento dos professores é fundamental, para garantir a qualidade de

aproximação disciplinar, sem perder de vista que o ato de planejar é um ato intencional e

faz parte da história humana.

A construção do conhecimento é sempre mediada no âmbito das relações

interpessoais, levando-se em conta os saberes da experiência trazidos pelos alunos,

somados aos conhecimentos específicos de cada área de atuação dos professores. O

planejamento coletivo traz a possibilidade de diálogo entre os professores mesmo em

disciplinas distintas, e a possibilidade de aproveitamento e aprofundamento de conteúdos

em séries diferentes. O direcionamento interdisciplinar possibilita um trabalho pedagógico

que leve em conta todas as dimensões que constituem as especificidades do ser humano,

para seu pleno desenvolvimento intelectual, cultural, educacional, psicossocial, afetivo,

estético e lúdico, preconizando a educação omnilateral; pois o desenvolvimento que se

expressa em cada ser humano não advém de uma essência humana abstrata, mas é um

processo em que o sujeito constitui -se socialmente, por meio do trabalho; que se

constrói, portanto, dentro de determinadas condições histórico-sociais.

Segundo GRAMSCI,(1978),a humanidade que se reflete em cada

individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os outros seres

humanos e com a natureza. Então os valores, hábitos, gostos, religião ou crenças e os

conhecimentos incorporados não são realidades naturais, mas uma produção histórica. É

26

a vivência da historicidade e a busca de superar as contradições presentes no movimento

da realidade que permite ao ser humano crescer como sujeito, participando da própria

intencionalidade de sua formação.

5.9 Concepção de Educação e Educação do Campo

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado,

pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Segundo Saviani (1989), a

educação é própria dos seres humanos, é exigência do e para o processo de trabalho,

sendo ela própria um processo de trabalho.

O processo educacional tem dimensão histórica por representar a própria

história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um processo

constitutivo do ser humano. É um fato social pelas relações e pelos valores que movem a

sociedade, num movimento de reprodução do presente e da expectativa de transformação

do futuro. É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de

homem.

A finalidade da educação é formar o cidadão capaz de analisar, compreender e

intervir na realidade, visando o bem estar do homem nos planos pessoal e coletivo. Vista

como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas

finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir

-se e transformar a realidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96, estabelece orientações

para atender a realidade do campo. Em seu artigo 28, a LDB estabelece as seguintes

normas para a educação do campo: Na oferta da educação básica para população rural,

os sistemas de ensino proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às

peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:

I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e interesses

dos alunos da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do

ciclo agrícola e as condições climáticas;

III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.

A educação do campo tem sido historicamente marginalizada. Suas demandas

27

e sua especificidade raramente têm sido objeto de pesquisa no espaço da academia e na

formulação de currículos nos diferentes níveis e modalidades de ensino. A educação para

os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo essencialmente urbano e, quase

sempre, deslocado das necessidades e da realidade do campo.

A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do

campo raramente são tomados como referência para o trabalho pedagógico, bem como

para organizar o sistema de ensino, a formação de professores e a produção de materiais

didáticos. Cabe aos docentes que trabalham nas escolas do campo tomar para si e

transmitir estes saberes para que as escolas do campo tenham suas reais necessidades

atendidas sem exclusão ou discriminação.

5.10 Concepção de Alfabetização e Letramento

O objetivo da alfabetização vai além da decodificação, pois ler e escrever tem

como fim último promover a compreensão: compreender o que se lê; o que se fala; como

funciona o mundo. É correto dizer, como sugere a professora Marisa Lajolo, que se deve

“partir do mundo da leitura do mundo”, e que não basta decodificar, é preciso

compreender o sentido da palavra e do texto no contexto (BATISTA, 2006, p.19).

Nesse sentido alfabetizar letrando significa orientar a criança em seu processo

de aquisição do seu ato de ler e de escrever de forma a conduzi -la a uma convivência de

práticas reais de leitura e de escrita utilizando os mais diversos gêneros textuais

possíveis, bem como levá-la a uma compreensão de mundo; pois é por esses meios que

a criança passa a participar diretamente do mundo, no exercício de suas funções sociais,

tornando se um cidadão consciente, com domínio do código convencional da leitura e da

escrita em suas práticas sociais.

5.11 Concepção de Cuidar e Educar

Quando se fala em educação de crianças, educar e cuidar são pontos ao

mesmo tempo distintos e complementares.

Educar é proporcionar à criança a oportunidades de desenvolver suas

capacidades e habilidades. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil

descreve que: Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e

aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o

28

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal e de ser e estar com os

outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas

crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (1998 p.24).

Cabe à escola e aos educadores oportunizar um ambiente acolhedor e

estimulador, para que a ação educativa seja constante, permitindo o desenvolvimento

cognitivo, afetivo, criativo, corporal e social do educando.

Cuidar significa auxiliar a criança em seu desenvolvimento. O cuidar não é

restrito ao aspecto biológico do corpo, mas também diz respeito à dimensão afetiva, pois

a criança precisa de segurança e apoio para construir relações com a coletividade, é

através dessa interação que a criança vai se apropriando de elementos que contribuem

para o seu processo de formação.

5.12 Concepção de Infância e Adolescência

O conceito de infância e adolescência historicamente sofreu transformações,

que se evidenciam tanto na literatura pedagógica, como na legislação.

Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas

que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar -se com o

mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que

exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e auto cuidados; o intenso

desenvolvimento físico motor; a ação simbólica sobre o mundo o desenvolvimento de

múltiplas linguagens; o brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a

construção da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais afetivos (FARIA &

SALLES,2007).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky(2007) que, ao

analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas. Em outras palavras, nos

tornamos humanos a partir da interação com outras pessoas. Portanto é “a partir de sua

inserção num dado contexto cultural, de sua interação com membros de seu grupo e de

sua participação em práticas sociais historicamente construídas, que a criança incorpora

ativamente as formas de comportamento já consolidadas na experiência

humana”(REGO,1995,p.55). A criança apresenta um pensamento sincrético, ou seja, não

29

separa os conhecimentos em campos específicos e se apropria do mundo por meio de

diferentes linguagens, expressando -se através do movimento, da oralidade, do desenho

e da escrita. Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades

encadeadas e que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a

ludicidade, eixo integrador na educação infantil, se efetive também nos anos finais do

ensino fundamental.

5.13 Concepção de Educação Inclusiva

Na escola inclusiva todos os alunos, independente de suas condições

físicas, intelectuais,sociais, linguísticas, religiosas, sexuais entre outras, têm direito de

acesso, de permanência e de sucesso na escola.

De acordo com Carvalho (2000, p. 120), uma escola inclusiva é aquela

escola que inclui a todos, que reconhece a diversidade e não tem preconceito contra as

diferenças, que atende às necessidades de cada um e que promove a aprendizagem.

Segundo Gadotti (1992, p. 21), “A escola que se insere nessa perspectiva

procura abrir os horizontes de seus alunos para a compreensão de outras culturas, de

outras linguagens e modos de pensar, num mundo cada vez mais próximo, procurando

construir uma sociedade pluralista.”

Garantir o acesso e os recursos de infra estrutura e técnicos, é necessário

porém não suficiente para promoção de uma aprendizagem real, permitindo aos

educandos superarem obstáculos pessoais, subjetivos, relacionais e sociais durante o

processo de aprendizagem.

5.14 Concepção de Diversidade

Um dos aspectos a ser desenvolvido em nossos educandos é o respeito às

diferenças. Cada ser é único, portanto, tem suas características particulares que merecem

ser consideradas por todos na escola; por ser um espaço em que a diversidade humana

se faz presente.

Quando falamos sobre diversidade em educação é preciso pensar formas de

dar oportunidades a todos os educandos de acesso e permanência na escola, com as

mesmas igualdades de condições, respeitando as diferenças; independente das

condições étnicas e culturais, religiosas, de gênero, com necessidades especiais ou

30

desigualdades socioeconômicas, entre outras que compõem os diversos grupos sociais.

A Declaração Mundial sobre Educação para todos (1990), no seu Artigo 3º,

declara que: é necessário universalizar o acesso à educação e promover a equidade,

melhorando sua qualidade, bem como tomar medidas efetivas para reduzir as

desigualdades.

Considerando que os educandos que compõem nossas salas de aula não são

iguais e que, portanto, não é possível desenvolver uma ação pedagógica única e

homogênea, é preciso que se diversifique a prática pedagógica, buscando atender as

características e as necessidades de cada aluno, criando contextos educacionais que

permitam atender as especificidades de todos.

5.15 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico

A organização social do tempo é um elemento que simultaneamente reflete

e constitui as formas organizacionais da sociedade. Ao longo do processo histórico que

envolve o ensino-aprendizagem, organizado sob o formato escolar, a gestão dos tempos

e dos espaços escolares tem grande relevância entre as especificidades de cada

realidade escolar sejam elas do campo ou da cidade.

Nas experiências organizativas dentro da escola abre um campo de

possibilidades formativas juntamente com a aprendizagem escolar, um tempo em que o

educando ao ingressar na escola, também aprende o seu significado; um espaço o qual

irão perceber, pensar e agir, dentro de limites, gerados por adultos, que precisam garantir

uma estabilidade de ações, algumas cristalizadas por costumes ou hábitos, que são

necessários para vida em sociedade.

5.16 Concepção de trabalho

O trabalho define o modo humano de ser, criando e recriando o ser humano em

qualquer tempo histórico. É o trabalho que faz com que o indivíduo demonstre ações,

iniciativas, desenvolva habilidades. Nesse sentido o trabalho educativo deve buscar um

desenvolvimento humano mais pleno, baseados na igualdade, na justiça e no respeito à

diversidade entre os seres humanos e com a natureza.

Partindo dessa concepção, é necessário tomar o trabalho como base

integradora do projeto formativo da escola, seja trabalho real ou material relacionado com

31

o trabalho socialmente produtivo. É preciso uma intencionalidade cuidadosamente

pensada, para que os educandos entendam como funciona o trabalho assalariado, a

extração da mais-valia, e as outras formas de trabalho que tem um sentido mais amplo,

do que ser mercadoria como prega a sociedade capitalista.

O vínculo prático entre escola e trabalho, não é algo dado, mas uma

construção concreta específica a partir de condições objetivas de cada momento e lugar;

bases para politecnia, que se dá através da compreensão histórica e política do trabalho

na sociedade de classes; na apropriação da ciência e da tecnologia contidas no trabalho,

incluindo o aprendizado da técnica, mas principalmente os fundamentos tecnológicos e

científicos que ela detém; é o trabalho que estrutura a vida humana, assim não se pode

pensar o conhecimento, a linguagem, os conceitos independentemente dele.

Se a educação traz a perspectiva clara de reconstrução social, as práticas

escolares devem acompanhá- la. Organizar e planejar coletivamente é uma meta,

considerando a organização do trabalho pedagógico de forma interdisciplinar, através de

eixos caracterizados como porções da realidade, pensados a partir da natureza dos

conteúdos a serem apropriados, da realidade do entorno da escola, das questões da

atualidade, através de uma ação contínua, compartilhada, que leve os educandos a

entender e participar das lutas de seu tempo, contribuindo para a transformação da

sociedade. O envolvimento dos professores é fundamental, para garantir a qualidade de

aproximação disciplinar, sem perder de vista que o ato de planejar é um ato intencional e

faz parte da história humana.

A construção do conhecimento é sempre mediada no âmbito das relações

interpessoais, levando -se em conta os saberes da experiência trazidos pelos alunos,

somados aos conhecimentos específicos de cada área de atuação dos professores. O

planejamento coletivo traz a possibilidade de diálogo entre os professores mesmo em

disciplinas distintas, e a possibilidade de aproveitamento e aprofundamento de conteúdos

em séries diferentes. O direcionamento interdisciplinar possibilita um trabalho pedagógico

que leve em conta todas as dimensões que constituem as especificidades do ser humano,

para seu pleno desenvolvimento intelectual,cultural, educacional, psicossocial,afetivo,

estético e lúdico, preconizando a educação omnilateral; pois o desenvolvimento que se

expressa em cada ser humano não advém de uma essência humana abstrata, mas é um

processo em que o sujeito constitui -se socialmente, por meio do trabalho; que se

32

constrói, portanto, dentro de determinadas condições histórico-sociais.

Segundo GRAMSCI,(1978),a humanidade que se reflete em cada

individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os outros seres

humanos e com a natureza. Então os valores, hábitos, gostos, religião ou crenças e os

conhecimentos incorporados não são realidades naturais, mas uma produção histórica. É

a vivência da historicidade e a busca de superar as contradições presentes no movimento

da realidade que permite ao ser humano crescer como sujeito, participando da própria

intencionalidade de sua formação.

5.17 Concepção de Cultura e Tecnologia

As transformações que ocorrem na sociedade produz mudanças nos sistemas

de produção,nas relações sociais e, por conseguinte podem provocar conflitos e o

surgimento de novos modelos culturais. Essas mudanças culturais representam muitas

vezes as próprias adaptações dos indivíduos ao seu meio.

Para (Ferreira,1999) entende-se por cultura o complexo dos padrões de

comportamento, crenças valores e hábitos transmitidos coletivamente e características de

uma sociedade. A tecnologia é um dos principais fatores desencadeadores dos processos

adaptativos. Não é necessário muito esforço para percebermos a rapidez com que as

mudanças de cunho tecnológico vêm ocorrendo em nossa sociedade nas últimas

décadas. “sociedade” do conhecimento, sociedade da informação entre outras

expressões são utilizados para características a sociedade pós industrial. Uma sociedade

que exige de seus indivíduos uma nova maneira de ser, de pensar de produzir onde todos

estão reaprendendo a se comunicar, a interagir o humano o tecnológico, o grupal e o

social.

Neste contexto a cultura passa por significativas mudanças em que novas

formas de comportamento e de relacionamento entre os indivíduos são necessárias para

que atuem na realidade que está em constante mudanças.

A cultura tecnológica traz novos comportamentos que mudam os aspectos

sociais, e em função dessa evolução tecnológica, também os valores e concepções

passam por mudanças. No Século XX surgiu a concepção de diversidade cultural, e a

cultura passou a ser vista como dimensão social, um conjunto de regras comuns a um

grupo (GONH, 2001).

33

O estudo da cultura de massa, cultura nacional, política, cultura regional; nas

últimas. décadas com a vinda das novas tecnologias da informação, ou tecnologias

digitais surgiram novas expressões como cultura da mídia, cultura virtual etc.

O conceito de cultura também é associado ao nível de escolaridade; as artes

(cinema pintura) às tradições, folclore, mitos etapas históricas, formas de vestir -se etc,

caracterizando o modo de vida de um grupo, ou de uma sociedade.

Estas demandas culturais e tecnológicas impõem à escola demandas que

possibilitem emancipação humana para além das contradições sociais e diversidade

cultural, com conteúdos fundamentados em diferentes metodologias que permitam dos

professores e estudantes conscientizarem- se a necessidade de uma transformação

emancipadora independente do pertencimento cultural promovendo a aprendizagem dos

conhecimentos que cabe à escola ensinar para todos.

5.18 Concepção de Formação Continuada

O conhecimento, está em constante processo de construção, e a formação

como um caminho de diversas possibilidades, permite que os acontecimentos possam ser

observados e explicados construindo relações que levam os envolvidos neste processo a

compreender e ampliar seus conhecimentos e os dos que o cercam. Assim, a formação

docente é uma contínua caminhada dos profissionais da educação, em que atuam todas

as suas dimensões individuais e coletivas de caráter histórico, biopsicossocial, político,

cultural.

No caso dos docentes, estes se desenvolvem principalmente nos contextos de

seu trabalho exercido na instituição escolar onde criam relações alicerçadas em

estruturas complexas que as sustentam ou permitem sua alteração.

Apoiando-se em Freire, escrevem Benincá e Caimi (2002, p. 100-101): A

formação continuada, no pensamento de Paulo Freire, tem como pressuposto a existência

de um processo político-pedagógico e, ao mesmo tempo, de uma antropologia

fenomenológico-hermenêutica. Isto implica um passado que se faz história, um presente

em permanente transformação e um futuro a ser construído. O passado se faz história e

realidade, embora seja sempre uma determinada leitura dos acontecimentos e textos já

construídos. O futuro, porém, é sempre um presente em transformação, enquanto desejo

e utopia. Nesse sentido, a formação continuada deve contribuir com a manutenção,

34

criação e alteração das relações estruturantes e estruturadoras do desenvolvimento

profissional do coletivo docente na instituição escolar.

A construção da formação docente envolve toda a trajetória dos profissionais,

suas concepções de vida, de sociedade, de escola, de educação, seus interesses,

necessidades, habilidades e também seus medos, dificuldades e limitações.

Os docentes podem formar -se mediante seu próprio exercício profissional,

partindo da análise de sua própria realidade e de confrontos com a universalidade de

outras realidades que também têm fatos do cotidiano, situações políticas, experiências,

concepções, teorias e outras situações formadoras.

5.19 Concepção de Currículo

É na representação gráfica do currículo definido pela escola, que são

estabelecidas as disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, com suas

respectivas cargas horárias, turnos e séries. A matriz curricular é utilizada como

instrumento gerencial para o sistema e dela decorre o registro da vida escolar do aluno.

Cada escola é responsável pela elaboração de sua matriz curricular, cumprindo

as exigências legais. A carga horária total do ensino fundamental deve, obrigatoriamente,

ser de 3.200 horas, enquanto do ensino médio é de 2.400 horas, conforme a Deliberação

014/99 do Conselho Estadual de Educação. A matriz elaborada pela escola é analisada

pelo NRE, que atesta sua legalidade.

O Colégio propõe a flexibilidade do currículo, o que abrange uma proposta de

conteúdos a partir da realidade da Instituição e da comunidade; nesse aspecto, a escola

deve realizar uma interpretação da realidade que considere as relações mediadas pelo

trabalho no campo, como produção material e cultural da existência humana. A partir

desta perspectiva, deve construir conhecimentos que promovam novas relações de

trabalho e de vida para os povos no e do campo. Os conteúdos escolares são

selecionados a partir do significado que têm para comunidade escolar. Tal seleção requer

procedimentos de investigação por parte do professor, de forma que possa determinar

quais conteúdos contribuem nos diversos momentos pedagógicos para a ampliação dos

conhecimentos dos educandos. Estratégias metodológicas dialógicas, nas quais a

indagação seja frequente, exigem do professor muito estudo, preparo das aulas e

possibilitam relacionar os conteúdos científicos aos do mundo da vida que os educandos

35

trazem para a sala de aula.

5.20 Concepção de Avaliação

Processo contínuo e realizado em função dos objetivos propostos para cada

momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual. Pode ser feita de diversas

maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos de campo, elaboração de

textos, criação de atividades que possam ser um “diagnóstico” do processo pedagógico

em desenvolvimento. A informação obtida deve levar a um replanejamento de objetivos e

conteúdos e até mesmo para rever as questões de relacionamento entre

professor/educando e entre estes e o professor. Segundo Hoffmann (2000), avaliar nesse

novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento

permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de

aprendizado, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e

participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.

Muito mais do que uma verificação para fins de notas, a avaliação é um

diagnóstico do processo pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos

objetivos, e da apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz

emergir os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.

5.21 Gestão Escolar

O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação

conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar.

Assim, Luck (2002) afirma que:

O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa. (LUCK 2002, p.15)

Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos

objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego

adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da

organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por

36

seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.

Segundo Marques (1987, p. 69), "à participação de todos, nos diferentes níveis

de decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para assegurar o eficiente

desempenho da organização”. É processo dinâmico e interativo que vai muita além da

tomada de decisão, a participação é caracterizada pelo inter apoio na convivência do

cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e

limitações e do cumprimento de sua finalidade social.

Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, discutam e

analisem os problemas que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a

partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem

mais carentes de atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada

a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e

compromisso.

Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,

dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos educandos e

professores comprometidos com seu trabalho, transparência na administração.

6. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

A concepção de escola verdadeiramente voltada para a cidadania precisa gerar

um espaço de busca, construção, diálogo e confrontando prazer, conquista de espaço,

possibilidades, perspectivas sem esquecer a dimensão ética e política de todo processo

educativo. Pois todos os segmentos da escola são responsáveis pela aprendizagem e

pela transformação do educando em verdadeiro cidadão.

Nessa perspectiva a avaliação institucional e de desempenho do pessoal, (a

qual pensamos precisa ser revista) como instrumento didático - pedagógico é fator

elementar no processo ensino-aprendizagem, pois é por meio dela que se sustenta a

qualidade do ensino, carregando as condições para o real exercício da cidadania, levando

em conta critérios dinâmicos de competência técnica que devem incorporar valores

culturais, éticos, filosóficos, sociais, psicológicos, valores humanos. É uma ação que

ocorre durante o todo o processo educativo incidindo sobre aspecto relativo ao

desempenho dos educandos e as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores.

A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes

37

básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso

assumido por professores, funcionários, representantes de pais e educandos e líderes

comunitários em torno do mesmo projeto educacional.

O papel da escola é gerar conhecimento pressupondo as concepções de

homem, de mundo e das condições sociais com as quais convivemos, configurando as

dinâmicas históricas, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo

modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando assim a forma de intervir na

realidade.

A organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura, a pluralidade de

espaços, tempo, linguagens e também contemplar os Programas socioeducacionais, os

quais devem não somente serem reconhecidos, mas também promovidos.

A educação é energia da vida de crescimento humano e de construção social

no sentido de formar pessoas capazes de serem sujeitos de suas vidas, conscientes de

suas opções, valores, projetos de referência e atores sociais comprometidos com um

projeto de sociedade e humanidade.

A escola é e deve ser cada vez mais um lugar de valorização das

necessidades de diferentes contextos, entre eles a consciência ambiental ética, valores e

atitudes, técnicas e comportamentos, visando a construção de uma nova realidade,

incorporando uma visão crítica que leve a questionar a quem beneficia determinada visão

dos fatos e a quem marginaliza. As ações seguem descritas nos itens abaixo citados:

6.1 Avaliação

A verificação do Rendimento Escolar compreende a avaliação e a apuração da

assiduidade, atendendo as diretrizes e as normas contidas na Lei 9.394/96, Deliberação

Nº 007/99 do Conselho Estadual da Educação; Deliberação 005/98 do Conselho Estadual

de Educação e Instrução Normativa 008/98-SEED.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através dela

qual o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

com a finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

educandos, em procedimentos que permitam verificar em que medida os mesmos se

apropriaram dos conteúdos específicos.

38

A avaliação deve ser um processo sistemático, contínuo, permanente,

concomitante e cumulativo, e, por ser diagnóstico, deve ser consequente, com

direcionamento específico, buscando identificar os conhecimentos construídos e as

dificuldades de uma forma dialógica. É necessário que venha a incorporar todos os

resultados obtidos durante o período letivo e possa expressar uma totalidade, tomada na

sua melhor forma.

Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de

aprendizagem, onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os quantitativos,

devendo ser oportunizados ao aluno diferentes experiências de aprendizagem.

O educando deve ser avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem,

visando sua formação integral e respeitando as diferenças individuais, priorizando o

raciocínio e interpretação sobre a memorização, a avaliação não pode ser simplesmente

um instrumento classificatório.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões, no trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo

pedagógico, planejar e propor encaminhamentos que superem as dificuldades

constatadas, proporcionando dados que permitam aos professores promover a

reformulação do plano de trabalho docente, adequação dos conteúdos e métodos de

ensino, possibilitando novas alternativas de aprendizagem.

Em consonância com o corpo docente serão utilizadas técnicas e instrumentos

de avaliação:diversificados: provas escritas, trabalhos, debates, seminários, produções de

textos, pesquisas, avaliação oral, jogos didáticos, totalizando 10,00 no trimestre. Será

aprovado o aluno com Média Anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), sendo a

fórmula da Média Anual;

MA = 1º trimestre +2º trimestre + 3º trimestre = 6,0

3

A média mínima para aprovação definida pela mantenedora é 6,0 (seis vírgula

zero).

6.2 Recuperação Concomitante

A Recuperação de Estudos, de acordo com o Regimento deste

estabelecimento, visa estabelecer mecanismos de recuperação concomitante ao processo

39

de aprendizagem que atendam as reais necessidades dos educandos, em consonância

com a Proposta Curricular do Colégio, com a Deliberação nº 07/1999, aprovada em

09/04/99,e a Instrução nº01/2017 que normatiza a recuperação de estudos.

a) A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo de ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período (trimestre),assegurando

ao educando novas oportunidades de aprendizagem dos conteúdos não assimilados,

ficando vedada a aplicação de novo instrumento de reavaliação sem a retomada dos

conteúdos

b) A recuperação de estudos, bem com a sua ofertas, é direito de todos (as) os

(as) estudantes, independente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, sendo

sua oferta obrigatória

c) É vedado oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo do

período de avaliação (trimestre), considerando que o processo visa recuperar 100%, ou

seja a totalidade dos conteúdos trabalhados.

d) Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante

o período letivo, constituindo - se em mais um componente do aproveitamento escolar,

sendo obrigatória a sua anotação no Registro de Classe Online.

Tendo em vista estes aspectos, os professores trabalham a recuperação de

estudos utilizando instrumentos diversificados e observando o desempenho dos

educandos dia após dia; pois o erro deve ser visto como um passo para que a

aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo, que não é linear, não

acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para todos os educandos. Quando as

intervenções não são suficientes, ou não deram certo, os professores, pedagogos e

direção, reúnem -se para buscarem novas alternativas de ensino para recuperar a

aprendizagem desses alunos.

Diante de todas as dificuldades de aprendizagem e de problemas sociais e

econômicos que se enfrenta, é importante estar em busca cada vez mais de melhorias,

garantindo assim, o direito de todos os educandos a uma educação de qualidade.

6.3 Conselho De Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado presente na organização da

escola, em que a Direção, equipe pedagógica e professores das diversas disciplinas,

reúnem – se para refletir, analisar e debater todos os componentes da aprendizagem dos

40

alunos. O Conselho tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando

alternativas que busquem garantir o processo ensino e aprendizagem para intervir em

tempo hábil na aprendizagem, oportunizando aos alunos formas diferenciadas de

apropriar -se dos conteúdos. Como instrumento democrático na instituição escolar,

garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação. Para que a aprendizagem com

qualidade se efetive o Conselho de Classe é dividido em três momentos:

Pré – Conselho realizado durante as horas – atividades dos professores e registrado em

ficha própria, são relatados casos de dificuldade de aprendizagem, educandos faltosos,

casos de indisciplina entre outros fatos relevantes; este é o ponto de partida para análise

de vários fatores que influenciam positiva ou negativamente na aprendizagem dos

educandos, como o seu cotidiano, a metodologia utilizada pelo professor, os instrumentos

de avaliação, etc.

Conselho de Classe realizado ao final de cada trimestre com todos os professores

presentes, é o momento de discussão e de sugestões de ações coletivas concretas para

sanar os problemas detectados no pré conselho, entre elas: acompanhamento individual

para o educando com dificuldade de aprendizagem nas horas – atividade dos

professores no contra turno; mudança da metodologia utilizada com a turma; a avaliação

do desempenho do aluno durante o conselho de classe é um instrumento de

acompanhamento de construção da aprendizagem, bem como de revisão do trabalho do

professor objetivando a aprendizagem com qualidade, as decisões tomadas durante o

conselho de classe são registradas em ata; e repassadas aos pais.

Pós - Conselho momento de retorno para os alunos, das decisões tomadas, por meio

dos professores representantes de turma e equipe pedagógica; e para os pais em reunião

específica, das sugestões e possíveis soluções para que os objetivos da aprendizagem

sejam atingidos.

6.4 Hora Atividade

É o momento reservado aos professores para preparar suas aulas, fazer leitura

de textos e livros didáticos, realizar correção de atividades e avaliações, realizar pré

conselho, entre outros. Através de estudos, reflexões e trocas de experiências com as

pedagogas durante a hora - atividade é que se procura enriquecer e fortalecer a prática

de nossos professores, permitindo pensar mais sobre os conteúdos, objetivos e

41

procedimentos, promovendo momentos de auto- avaliação permanente. Sempre que

possível a hora atividade é organizada por disciplina. As atividades mais frequentes dos

nossos docentes são:

Leitura e estudo de textos educativos; preparação de aulas; correção das

atividades produzidas pelos educandos; confecção de material didático; planejamento de

atividades extracurriculares; atender pais ou com informações sobre a vida escolar;

atender educandos no contra turno para tirar dúvida sobre conteúdo. preenchimento de

documentos pertinentes à função docente.

6.5 Equipe Multidisciplinar

Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade, da consolidação

da política educacional e da construção de uma cultura escolar que conhece, reconhece,

valoriza e respeita a diversidade étnico -racial; as Equipes Multidisciplinares tem como

prerrogativa articular os segmentos profissionais da educação, instâncias colegiadas e

comunidade escolar.

Estas são instâncias do trabalho escolar oficialmente legitimadas pelo Artigo

26A da LDB, Lei n.º 9394/96, pela Deliberação n.º 04/06 CEE/PR, pela Instrução nº.

017/06 SUED/SEED, pela Resolução n.º 3399/10 SUED/SEED e a Instrução n.º 010/10

SUED/SEED.

Seguindo a legislação vigente busca -se o desenvolvimento de ações de

formação continuada e práticas pedagógicas que fundamentam os avanços e

aprofundamento dos compromissos educacionais e sociais com a educação das relações

étnico – raciais, buscando ampliar o diálogo para que professores, gestores, pedagogos

agentes educacionais, estudantes e comunidade estejam envolvidos nessa construção,

garantindo um trabalho efetivo e transformador nos seus respectivos segmentos e

espaços de atuação.

6.6 Sala De Recursos Para que a aprendizagem dos educandos com deficiência intelectual seja

eficiente, é imprescindível um planejamento pedagógico individualizado e adequado. A

observação do comportamento do educando abrange diversos aspectos: formas de

42

explorar o meio, maneira de relacionar -se com pessoas e com objetos, nível de interação

em situação não estruturada, alterações motoras entre outras. O trabalho desenvolvido na

sala de recurso, ajuda a sanar algumas dificuldades de aprendizagem dos alunos

encaminhados através de laudo para a referida sala. Os educandos que necessitam deste

atendimento são matriculados no ensino regular no período da manhã, para serem

atendidos no contra turno; com horário específico conforme a necessidade de

aprendizagem de cada educando.

O planejamento do número de educandos matriculados no ensino regular,

nas salas que possuem educandos com dificuldade intelectual, é definido pelo coletivo

escolar sendo o máximo de 25 educando em cada sala, visando os objetivos de cada

etapa de ensino, aumentando as possibilidades e oportunidades de uma aprendizagem

com qualidade a todos educandos.

6.7 Atividades Complementares Curriculares De Contra Turno

De acordo com a LDBEN Nº 9394/96, são finalidades do ensino médio: A

formação da pessoa de maneira a desenvolver valores e competências necessários à

integração do seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa.

O aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

A preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho

com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam

acompanhar as mudanças características do nosso tempo.

O Programa empreendedorismo, amparado pela instrução nº 004/2011 –

SUED/SEED, faz parte das atividades complementares curriculares de contraturno, no

macro campo: Mundo do Trabalho e Geração de Rendas. Tendo como princípio

educativo, a metodologia da problematização como instrumento de incentivo à pesquisa,

à curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas

didáticas; articulando teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades

práticas experimentais.

Nesse contexto, a proposta de inserção do empreendedorismo, como atividade

complementar, é compreendida como tema integrador, pois o conteúdo abordado

43

potencializa o desenvolvimento humano e favorece a construção de novos

conhecimentos, estimula a criatividade, tornando o jovem mais autônomo e protagonista

de seus sonhos e futuro.

O (a) professor(a) da atividade é contratado pela SEED, respeitando sua

formação acadêmica, para área de atuação. A atividade é desenvolvida em contra turno,

em um dia da semana (quinta –feira), em 4 horas aula, participam 25 educandos do

ensino médio, (manhã e noite) conforme disponibilidade de transporte escolar.

6.8 Núcleos Setoriais

A implementação dos Núcleos Setoriais inicia em meados de 2014, após um

período de estudo e pesquisa sobre o tema, com um grupo de alunos do ensino

fundamental e médio, orientados por professores, os quais foram precursores dessa

concepção no Colégio. Este estudo foi fundamentado na obra de Pistrak, que defendia a

auto- organização dos educandos como uma grande transformação a ser feita na escola

através da constituição de coletivos infantis e juvenis partindo da necessidade de realizar

determinadas ações práticas, que podem começar com a preocupação de garantir a

higiene da escola, e chegar à participação efetiva no Conselho Escolar, ajudando a

elaborar os planos de vida da escola; objetivando educar para a participação social

igualmente consciente e ativa.

Ensinar os alunos trabalhar a partir de coletivos é um mecanismo significativo

de formação e aproximação das funções que a escola pode vir a ter nos processos de

transformação social. Além de contribuir significativamente na construção da autonomia

dos educandos formando outra postura política e pedagógica no coletivo escolar, em que

educandos e professores são sujeitos do processo.

A transformação histórica a ser feita na escola depende da participação

autônoma, coletiva, ativa e criativa dos educandos, de acordo com as condições de

desenvolvimento de cada idade, nos processos de estudo, de trabalho e de gestão da

escola. Através das atividades desenvolvidas nos núcleos setoriais, vão aprendendo

habilidades, comportamentos e posturas necessárias ao seu desenvolvimento humano e

a sua inserção social.

Não se trata de ignorar a institucionalidade vigente, suas leis e dispositivos;

mas sim criar mecanismos participativos que exercitem a capacidade de organização e de

44

decisão dos estudantes.

A auto- organização dos estudantes é pensada como fio condutor da formação e gestão da escola do campo. É assumir na concretude o que se defende sobre “ser sujeito do processo”. Ninguém se faz sujeito se não “põe a mão na massa”. E jamais alguém se torna sujeito esperando ou aceitando que os outros façam por ele. Tornamo -nos sujeitos na ação. A estrutura orgânica da escola está apoiando nos núcleos de base e na formação de coletivos ou equipes disso, é possível levar nossos estudantes e professores a compreenderem que há momentos de coordenar e outros de serem coordenados, entendendo a importância de propor, avaliar e tomar decisões coletivas sobre o processo (CAMINI, 2009, p. 227).

Alguns passos são necessários, para implantação dos Núcleos Setoriais:

estabelecer critérios para formação dos mesmos; elo entre os turnos; número de alunos

por turma; observar igualdade de gênero; manter os conteúdos das disciplinas em dia,

quando houver reunião, etc.

ASPECTOS ORGANIZACIONAIS DOS NÚCLEOS SETORIAIS

- A Primeira instância é a Assembleia Escolar composta por todos os membros da escola.

- A segunda instância é a Comissão executiva da Assembleia, composta pelos

estudantes- líderes dos Núcleos Setoriais que se encarregam de aspectos específicos da

vida escolar.

- Terceira instância – Núcleos Setoriais- a escola deve identificar que aspectos da vida

necessitam da intervenção real dos estudantes e organizar o número necessário de

núcleos encarregados destes aspectos. O Núcleo Setorial adquire funções específicas, e

também adquire a qualidade de discutir o todo da escola; com momento previsto, para

que as questões discutidas nos núcleos sejam pautadas na comissão executiva, e

perpassem pelo todo da escola.

A comissão executiva deve deliberar /pautar as discussões de questões nos

núcleos. Este processo deve ser intencionalizado e com objetivos definidos.

Os líderes dos N. S. não são permanentes e devem ser trocados

semestralmente ou anualmente, para que tenham a experiência de liderar e ser liderados,

garantindo a participação política efetiva dos estudantes tornando o processo mais

democrático.

45

A assembleia geral da escola se reúne obrigatoriamente no começo e no final

dos semestres, podendo ser convocada pela Comissão Executiva em outras

oportunidades consideradas importantes.

Nas assembleias de final de semestre, a Comissão Executiva presta contas do

que foi realizado. A assembleia deve ser entendida como o acontecimento mais

importante da gestão da escola, com participação de todos os envolvidos, incluindo a

comunidade.

46

6.9

47

6.9 Estágio obrigatório e não obrigatório

De acordo com a Lei 11,788/08, o Colégio deve garantir o acompanhamento de

estágio não remunerado aos educandos quando necessário. O estágio é ato educativo

escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação

para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular nesta

instituição. O estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,

acrescida à carga horária regular e obrigatória no histórico escolar. Ambos os estágios

não criarão vínculos empregatícios, bastando que se cumpram os termos de

compromissos assinados pelos alunos, a empresas ou entidades que ofereçam os

estágios e os estabelecimentos de ensino.

6.10 Calendário Escolar

O Calendário Escolar para rede pública estadual de Educação Básica, define o

início e término do ano letivo, férias escolares, recessos escolares, feriados oficiais,

semana de planejamento, de capacitação e semana cultural.

O calendário do Colégio é dividido por bimestre atendendo as normas

dispostas pela LDB 9394/96, considerando os duzentos dias letivos, com a carga horária

mínima de oitocentas horas, respeitando o calendário da Escola Municipal, pois

dependemos do transporte da mesma.

O controle de frequência segue a LDB nº 9394/96, exigida a frequência mínima

de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para a aprovação.

6.10.1 Torneio De Integração Colégios Do Campo

O esporte é um dos meios interativos que mais fornecem subsídios para

compreensão e adequação ao meio. Estes vão desde a contribuição para o bem-estar

individual e coletivo, a comunicação e interação entre os seus participantes incluindo

outras vantagens; como aprender a trabalhar em equipe, ter disciplina e aumentar o

convívio social.

Nesse sentido o Torneio de Integração (Jogos da Primavera) é uma

excelente oportunidade de intercâmbio esportivo, reunindo atletas de futsal masculino e

feminino do Colégio, e de instituições de ensino do Campo; favorecendo a troca de

48

experiências entre algumas instituições de ensino, que mesmo sendo intituladas “do

campo”, possuem realidades diferentes, as quais são peculiares da comunidade em que

estão inseridas.

O Torneio acontece desde 2014, em meados de outubro, e consta no

calendário escolar.

6.11 Rede de Proteção

A Rede de Proteção tem como objetivo, implementar políticas públicas de

prevenção e combate ao abandono escolar efetivando o direito ao acesso, permanência e

sucesso no sistema de ensino. Envolve a ação de várias instituições governamentais ou

não, visando atuar em questões sociais complexas,que buscam estratégias para a

prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e adolescentes em

situação de risco.

A escola como instituição, integra a Rede de Proteção e tem a

responsabilidade, junto aos outros agentes da rede, de identificar, notificar, atender e

manter uma atitude vigilante, de acordo com a necessidade e gravidade do caso, com a

proposição de ações preventivas. Também fazem parte da Rede de Proteção as áreas da

saúde, da assistência social e da segurança pública, que, por meio de seus atores,

articulam ações no sentido de combater a violência contra a criança e o adolescente, bem

como garantir os seus direitos.

6.12 Ensino Médio Inovador

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,

de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio, fomentando,

propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio

técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico,

flexível e que atenda às demandas da sociedade contemporânea. Garantindo o direito ao

ensino médio de qualidade para todos, bem como as condições necessárias, através da

ampliação da universalização de atendimento a população, consolidando a função social

desta etapa da Educação Básica.

Assim o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), integra as ações do Plano

de Desenvolvimento da Educação (PDE), como estratégia do Governo Federal para

49

induzir o redesenho dos currículos do Ensino Médio, compreendendo que as ações

propostas inicialmente vão sendo incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola

e a diversidade de práticas pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos

estudantes do ensino médio.

O Redesenho Curricular deverá atender às reais necessidades das unidades

escolares, com foco na promoção de melhorias significativas que busquem garantir o

direito à aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes, com ações que articulem

os conhecimentos à vida dos estudantes, seus contextos e realidades, a fim de atender

suas necessidades e expectativas, considerando as especificidades daqueles que são

trabalhadores, tanto urbanos como do campo. Nessa perspectiva, as metodologias de

ensino inovadoras, são de extrema importância, as quais devem oferecer ao estudante a

oportunidade de uma atuação ativa, interessada e comprometida no processo de

aprendizagem, contextualizando a experimentação, as vivências e convivência em

tempos e espaços escolares e extraescolares.

Desse modo, dentre os grandes desafios do Ensino Médio, está o de organizar

formas de enfrentar a diferença de qualidade reinante nos diversos sistemas

educacionais, garantindo uma escola de qualidade para todos. Os princípios e ações

deverão ser articulados em torno da proposição do Trabalho, da Ciência, da Cultura e da

Tecnologia como dimensões indissociáveis da formação humana, contemplando a

integração curricular.

6.13 Conectados 2.0

O projeto CONECTADOS 2.0 foi planejado com vistas a atender as Diretrizes

para uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia Educacional 2017-2021, e a

pesquisa realizada na rede estadual de educação do Paraná intitulada Guia Edutec.

Dentre as ações previstas para o uso de tecnologias educacionais, está a renovação do

parque tecnológico nos estabelecimentos de ensino, para facilitar a utilização de

tecnologias digitais por parte da gestão e dos professores das escolas. O projeto também

prevê a formação continuada para professores e alunos, adequada a realidade de cada

estabelecimento de ensino. A ênfase do projeto é Educação na Cultura Digital, abordando

o conceito de Cultura Digital e suas relações com a escola, o currículo e a sociedade; por

50

ser um tema essencial na educação do nosso tempo, para atingir as crianças e jovens

estudantes que estão inseridos neste contexto.

6.14 Plano De Trabalho Docente

O PTD é desenvolvido com o propósito de oportunizar a ampliação dos

conhecimentos de forma crítica e consciente para que o educando possa intervir no seu

meio social, promovendo mudança positiva no mesmo. Os conteúdos são adequados a

cada série, de forma sequencial, sendo importante que haja uniformidade dos mesmos

aplicados em todas as escolas estaduais, pois se um aluno for transferido, não terá

dificuldades quanto ao conteúdo.

O PTD apresenta todos os itens a serem trabalhados pelo professor,

conteúdos, objetivos, metodologia, recursos, avaliação e referências. O mesmo é flexível

e poderá sofrer alterações no seu desenvolvimento; conforme a especificidade de cada

turma trabalhada pelo professor. Ele precisa estar adequado com o contexto em que o

aluno está inserido. Determinados temas educacionais se revelam no ambiente escolar

conforme a realidade local; os Temas sócio - educacionais: (Sexualidade, Enfrentamento

à violência na escola, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido

de drogas, História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena, Direitos Humanos)

devem integrar as disciplinas curriculares para uma melhor compreensão das múltiplas

determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

6.15 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, formado por todos os segmentos da

comunidade escolar, tornando - se canal de participação e instrumento de gestão da

própria escola. Por meio da função deliberativa o conselho obtêm maior força de atuação

e de poder na escola. A função financeira diz respeito aos procedimentos para

estabelecer prioridades na aplicação de verbas escolares. A função do conselho é

revestida de grande relevância, pois garante que as ações que contribuem para a solução

dos problemas de natureza pedagógica, administrativa ou financeira da escola sejam

apreciadas de forma democrática.

51

6.16 A.P.M.F.

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é um órgão de

representação, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos,

não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

A APMF com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles

envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação da

Escola Pública que objetiva dar apoio à Direção de escolas, primando pelo entrosamento

entre pais, educandos, professores, funcionários e toda a comunidade, com atividades

sócio - educativas, culturais e desportivas.

Entende - se que a gestão escolar deve ser participativa, centrada no

desenvolvimento do trabalho coletivo e na dinâmica das relações entre comunidade

escolar interna e externa. É nessa linha de trabalho que se atribui nossas conquistas.

6.17 Temas Socioeducacionais

Os desafios educacionais se revelam no contexto escolar conforme a

especificidade local e embora não sejam especificados no currículo, esses temas são

abordados em vários momentos, impostos pelo cotidiano escolar. Representam

necessidades sociais e reais dos sujeitos que se relacionam na escola e fora dela.

Estes temas dizem respeito ao momento histórico presente, exigindo que

os mesmos sejam inseridos nas disciplinas do currículo. Ao se abordar o conteúdo da

disciplina é preciso analisá - lo em suas múltiplas determinações para que haja

compreensão do conhecimento nas questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e

culturais que podem e devem ser tratadas. Neste contexto os Temas Sócio educacionais(

Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas Escolas, História e

Cultura Afro - Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso Indevido de Drogas ,

Sexualidade e direitos humanos),viabilizam condições de compreensão do conhecimento

em suas múltiplas manifestações, dando ênfase à memória da sociedade, resgatando a

vital importância que o representa no ambiente escolar, conhecendo a especificidade de

cada uma das demandas citadas.

6.17.1 Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena

52

As leis 10.639/03 e 11.645/08 alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Brasileira ao acrescentarem os artigos 26-A e 79-B. Assim, a inclusão no

currículo escolar das temáticas Afro-brasileira e Indígena é para ser cumprida pelos e nos

sistemas de ensino, sob a responsabilidade de todas as instâncias administrativas,

técnicas e pedagógicas, tendo os professores papel fundamental a desempenhar. A lei

define que os estabelecimentos de ensino trabalhem os conteúdos: História da Àfrica e

dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação

da sociedade brasileira, a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e

política pertinente à História do Brasil. A lei 11.645/08 ratifica a obrigatoriedade de História

e Cultura Afro - Brasileira, e determina a inclusão de História e Cultura Indígena,e

acrescenta como conteúdos: a luta dos povos indígenas brasileiros, o índio na formação

da sociedade nacional e respectivas contribuições em diferentes áreas. A abordagem

destes temas deve formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que

compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos, e sejam capaz

inserção cidadã e transformadora na sociedade.

Cabe a escola propor aprendizagens entre brancos negros e indígenas, troca

de conhecimentos, combate ao racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e

racial, é necessário que a escola se constitua em espaço democrático de produção e

divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade justa.

6.17.2 Educação Ambiental

A questão ambiental, visa implementar a Lei 9795/99 e promover o

desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de

busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade

de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio, e problemas

relacionados a estes fatores. Esta instituição de ensino desenvolve projetos em parceria

com a UNICENTRO.

6.17.3 Enfrentamento a Violência

Ao trabalhar esse desafio, buscar -se- á a ampliação da compreensão e formar

uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola em espaço onde

o conhecimento toma o lugar da força.

53

6.17.4 Prevenção ao uso indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer

tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido

de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e

educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a

esse desafio, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogas,

vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência,

influência da mídia, entre outros.

6.17.5 Gênero, diversidade sexual e sexualidade

Ao se pensar no ambiente escolar e na convivência de diferentes grupos

sociais, fica evidente o surgimento de conflitos e ideias contrastantes a respeito de

assuntos ligados aos variados grupos. Muitas vezes estas ideias baseiam -se em

conceitos dogmáticos, especulativos, preconceituosos, limitados e conservadores.

LOURO,(1997) aponta que é preciso, também, problematizar as teorias que

orientam nosso trabalho. Temos que estar atentos, sobretudo, para nossa linguagem,

procurando perceber o sexismo, o racismo e o etnocentrismo que ela frequentemente

carrega e institui.(p.64)

Assim, o trabalho com sexualidade, gênero e diversidade pode ser pensado em

primeiro lugar como uma disposição política por parte dos professores; desenvolvendo o

trabalho educativo por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, considerando os referenciais dos

cadernos temáticos da diversidade.

6.17.6 Educação do Campo

Historicamente, a educação esteve presente em todas as constituições

brasileiras. Mas somente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº

9394/96, há o reconhecimento da diversidade do campo, em vários artigos que

estabelecem orientações para atender a essa realidade, como a organização escolar e

questões pedagógicas.

54

No Estado do Paraná, durante muitos anos, a educação dos povos do campo

foi precária, repetindo todos os problemas encontrados no restante do país.

Em 2002, foi criada na SEED a Coordenação da Educação do Campo que

passou a ser um espaço de articulação entre o poder público e a sociedade civil

organizada; tendo como desafio considerar a cultura dos povos do campo em sua

dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de apropriação e

elaboração de novos conhecimentos.

O conceito de cultura como práxis guarda relação com a compreensão da

história como processo coletivo de auto criação do homem, sob a possibilidade de criar

uma ordem social de maior liberdade e justiça. (SCHELLING, 1991, p. 37-38).

A produção cultural no campo deve se fazer presente na escola. Estes

conhecimentos precisam ser levados em consideração, constituindo ponto de partida das

práticas pedagógicas na escola do campo.

Nesta perspectiva, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que

considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e

cultural da existência humana. Portanto, deve construir conhecimentos que promovam

novas relações de trabalho e de vida para os povos no e do campo.

6.17.7 Programa de Brigadas Escolares

Algumas ações do homem sobre o ambiente têm acarretado sérias

consequências para a população. Nos últimos tempos nosso país têm sofrido as

consequências de mudanças climáticas, e tem registrado ocorrências como enchentes de

grandes proporções, que provocam deslizamentos de encostas, inundações de cidades;

incêndios provocados pela seca, entre outras que causam perdas materiais e mortes.

Estes eventos se potencializam quando não há uma cultura preventiva que

mantenha as pessoas preparadas para agir diante de uma ocorrência desastrosa. Não se

pode evitar a ação da natureza, mas sim minimizar seus efeitos danosos, sejam

humanos, materiais ou ambientais, quando se enfrentam as ocorrências de uma forma

mais organizada.

A prevenção e preparação são fundamentais para que a resposta e a

recuperação sejam eficientes e eficazes para redução de danos e possibilidade de novos

eventos. Assim, nos períodos de normalidade se faz necessário diagnosticar e adequar os

55

ambientes ocupados ou não pelo ser humano para melhor planejar ações a fim de evitar

ou minimizar a possibilidade de eventos danosos e particularmente da ocorrência de

vítimas humanas.

O programa visa promover a conscientização e capacitação da Comunidade

Escolar do Estado do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos

danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações

emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança dessa população,

proporcionando aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres.

Cabe aos integrantes Brigada Escolar desenvolverem ações no sentido de:

Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar; Garantir

a implementação do Plano de Abandono por meio da execução de exercícios simulados,

no mínimo semestralmente; Promover revisões periódicas do Plano de Abandono.

Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em livro ata específico ao Programa;

Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

6.17.8 Estatuto do Idoso

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,

sem prejuízo da proteção integral, assegurando -se -lhe, por lei ou por outros meios,

todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e

seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e

dignidade.

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público

assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à

alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à

56

liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação,

violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão,

será punido na forma da lei. É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos

do idoso. Direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e

moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores,

ideias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. Todos devem zelar pela dignidade

do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante,

vexatório ou constrangedor.

6.17.9 Educação para o Trânsito

A Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro foi instituída objetivando

medidas e ações que visem a redução das mortes e lesões no trânsito das cidades e

rodovias brasileiras e para a definição de uma Política Nacional de Trânsito com os

seguintes princípios:

- Efetivar e ampliar a educação de trânsito;

- Apoiar e incentivar a participação da sociedade organizada em movimentos voltados à

segurança e à cidadania no trânsito;

- Divulgar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e promover debates, estudos e projetos

para o seu aperfeiçoamento;

- Intensificar a fiscalização relativa à regularidade de condutores e veículos;

Realizar obras nas vias urbanas e rodovias que favoreçam à segurança dos condutores e

a redução das mortes e lesões no trânsito;

- Aprimorar a sinalização de trânsito;

- Efetivar a punição correta dos infratores;

- Aprimorar a qualidade das informações e os estudos científicos sobre mortes e lesões

de trânsito;

- Implantar ações de proteção aos pedestres e aos portadores de necessidades especiais;

Implantar ações de proteção aos ciclistas e para a construção de ciclovias;

- Promover agilidade e eficiência no atendimento às vítimas de trânsito;

Garantir boas condições de fluidez de tráfego e de acessibilidade ao cidadão;

- Desenvolver ações de apoio ao sistema de transporte coletivo urbano;

57

- Promover a atuação integrada dos órgãos e entidades executivos de trânsito e

rodoviários com os órgãos municipais de planejamento e desenvolvimento urbano e

territorial, bem como com os órgãos gestores do transporte público urbano;

- Fortalecer e Desenvolver as Organizações do Sistema Nacional de Trânsito;

Efetivar a aplicação do prêmio do seguro obrigatório de danos pessoais causados por

veículos automotores de via terrestre – DPVAT;

- Intensificar a fiscalização das infrações que mais afetam a segurança de trânsito: o

excesso de velocidade;

- As ultrapassagens indevidas nas rodovias;

- O não uso do cinto de segurança nos bancos dianteiro e traseiro;

- O não uso do capacete pelos condutores e passageiros de motocicletas;

- O avanço do sinal vermelho do semáforo;

- O desrespeito ao pedestre nas áreas a ele destinadas;

- A ingestão de bebidas alcoólicas e uso de outras substâncias entorpecentes ou que

determinem dependência física ou psíquica do condutor.

- As ações para educação no trânsito acontecerão nas disciplinas sempre que o conteúdo

disponibilizar que a ação seja implementada.

7. PLANO DE AÇÃO

É o processo de reflexão de tomada de decisão sobre a ação visando a

concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas. É preciso ter os

pés no chão, o olhar nas estrelas, para atingir o ideal, para diminuir a distância entre a

realidade existente e o que se deseja, estabelecendo a concepção de sociedade,

educação e homem a ser formado. É o plano de ação que vai levar a escola a atingir as

metas desejadas, sendo o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre

recursos e objetivos. Buscando sempre o melhor para os educandos. Para construir uma

escola baseada nos princípios da democracia e da participação, necessita - se abrir a

escola para a comunidade e seus problemas; debatendo as questões sociais que a

envolvem , fazendo do ambiente escolar um lugar de encontro de todos os segmentos

que constroem a Comunidade. O ambiente Escolar deve estar à disposição dos

educandos. Dispor esse ambiente para a prática esportiva e intelectiva fará com que o

aluno desenvolva o orgulho e o respeito pelo lugar em que estuda.

58

A escola que se preocupa somente com suas causas internas é omissa aos

problemas que determinam o seu insucesso. Essa escola então terá que abdicar dos seus

princípios de cobrança rigorosa do aprendizado, pois quando a escola não estende o seu

raio de ação para as causas comunitárias, se fechando em si mesma, deixa de considerar

que grande parte do insucesso do educando vem de causas sociais, externas à escola.

Sendo assim o ambiente escolar bem como seu direcionamento pedagógico e

administrativo devem considerar um aprofundamento no conhecimento das causas que

levam o educando a engrossar os índices de repetência e evasão. Fornecendo a ele

todas as condições necessárias para que tenha uma formação completa.

Tornando o Colégio Maria de Jesus um centro de debates da realidade do

Distrito onde está inserido, o corpo docente ao chegar no estabelecimento toma

conhecimento da realidade dos seus educandos, podendo assim direcionar suas práticas

pedagógicas. Nas semanas pedagógicas são discutidas questões pertinentes ao projeto

político pedagógico.

A realização de qualquer projeto de melhoria de qualidade do ensino passará

necessariamente pela provisão de condições físicas e pedagógicas. Não se faz uma

escola forte pedagogicamente sem a estrutura física que permita desenvolver as

potencialidades de pesquisa e extensão.

7.1 Plano de Ação da Direção

Identificação da instituição de ensino

O Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães

- Ensino Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará, Município de

Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01, CEP 85.110-000.

Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected] Esta instituição faz parte do

Núcleo Regional de Educação de Guarapuava tendo como mantenedora o Governo do

Estado do Paraná.

Caracterização da instituição de ensino

O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a 25

Km de Guarapuava. Atende 25% dos educandos residentes na sede do Distrito de Guará

e 75% dos educandos dispersos por 643 km². A comunidade escolar atendida pelo

59

Colégio na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo, com renda mensal familiar de

até um salário-mínimo, ou tem como principal fonte de renda a Bolsa Família; Grande

parte dos educandos é composta por filhos de agricultores assentados, proprietários de

pequenas e médias propriedades rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns

filhos de comerciantes e funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos

educandos são provenientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês

Ribas, Europa, José Dias e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã,

Aroeira), além de povoados localizados, em média, 12 km de distância da sede (Alto da

Serra, Boa Esperança, Rio das Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão, Faxinal dos Elias,

Colônia dos Vitos e Chimarrão 81).

Estes dependem exclusivamente do transporte escolar para o deslocamento

até o Colégio. São 30 rotas que percorrem aproximadamente 2500 Km diariamente, por

estradas mal conservadas. Em períodos de chuva as faltas dos transportes são

constantes e consequentemente dos alunos também.

Justificativa

A educação é um dos fatores mais significativos para a promoção do ser

humano. A qualidade do ensino e do aprendizado são as principais metas deste plano

ação, e o caminho para que se efetive na prática, deve contemplar o envolvimento da

comunidade escolar como um todo. Para isso é importante contar com os órgãos

colegiados participativos, sendo indispensável que todos os que integram a escola

permaneçam atentos, contribuindo para que esta cumpra seu papel de apropriação e

elaboração do conhecimento, de uma forma que seja compatível com nossos objetivos

de democracia, igualdade e justiça social.

Objetivos

- Investir os recursos recebidos em consonância com APMF e Conselho Escolar

priorizando o que é realmente necessário contemplando a conservação do patrimônio

público, tornando os espaços mais acolhedores agradáveis para o tempo de permanência

do aluno na Escola, bem como o ambiente mais propício à aprendizagem.

- Implantar uma cultura de responsabilização dos educadores, educandos e suas famílias

pelos resultados, especialmente os de aprendizagem, assumindo a tarefa de analisá -los

e compará -los com os índices externos (IDEB, Prova Brasil, SAEB, ENEM) para

60

promover adequação de práticas e processos em busca de melhoria permanente dos

mesmos.

- Garantir que a equipe de educadores esteja afinada e comprometida com o Projeto

Político Pedagógico.

Metas

- A cada uma das prioridades estão associadas metas específicas, ações, cronograma e

distribuições de responsabilidades, que serão cuidadosamente acompanhadas durante a

vigência deste plano. Ao final de cada ano as metas serão medidas e re avaliadas

fornecendo subsídios para re adequação se necessário.

- Buscar parcerias com as universidades locais, visando a capacitação de professores e

funcionários e a interação dos alunos com metodologias diferenciadas e alinhadas à

concepção de educação presente no Projeto Político Pedagógico.

Ações/estratégias - Gestão democrática

O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação

conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar.

Assim, Luck, afirma que: O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou

indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de

problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e

avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é

imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa.

Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos

objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego

adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da

organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por

seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.

Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, discutam e

analisem os problemas que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a

partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem

mais carentes de atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada

a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, disciplina,

61

equidade e compromisso.

Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,

dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos educandos, e

professores comprometidos com seu trabalho, transparência na administração.

Avaliação

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do Ensino, através da

qual o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

com a finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

educandos, em procedimentos que permitam verificar em que medida os mesmos se

apropriaram dos conteúdos específicos.

Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de

aprendizagem, onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os quantitativos,

devendo ser oportunizados ao aluno diferentes experiências de aprendizagem. O

educando deve ser avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem, visando sua

formação integral e respeitando as diferenças individuais, priorizando o raciocínio e

interpretação sobre a memorização, a avaliação não pode ser simplesmente um

instrumento classificatório. Para alcançar esse objetivo é necessário trabalhar a mudança

de postura do professor com relação a avaliação: Na hora atividade, nas reuniões

pedagógicas e sempre que for pertinente; levar o professor a entender que a

responsabilidade de ensinar é sua; investir na construção dos resultados que se pretende

alcançar. Chegar a meta de 90% aprovação ao final do segundo ano de mandato,

melhorando ou mantendo esse índice pelos próximos.

Práticas pedagógicas

A prática pedagógica e uma prática social específica, de caráter histórico e

cultural que vai além da prática docente, relacionando as atividades didáticas dentro da

sala de aula, abrangendo os diferentes aspectos do PPP da escola e as relações desta

com a comunidade e a sociedade. Pressupõe uma análise e tomada de decisões em

processos, beneficiando -se do trabalho coletivo e da gestão democrática. Busca -se

assim a totalidade do conhecimento que consiste em respeitar a especificidade na síntese

dialética das disciplinas ou seja a interdisciplinaridade instaurando novo nível de

62

linguagem uma nova forma de pensar e agir, caracterizado por relações de conceitos e

metodologias. Para que se efetive na prática a parceria com a universidade é

imprescindível tanto na formação do professor quanto na reestruturação do Planejamento,

trabalho que já está sendo desenvolvido junto ao laboratório de Educação do Campo da

Unicentro.

Acesso permanência e sucesso na escola

Segundo a LDBEN nº9394/96, em seu artigo 1º, “A educação abrange os

processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no

trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações

da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Considerando dessa forma a dimensão

abrangente do fenômeno educativo. A garantia de acesso é essencial, mais é necessário

também que todos os educandos que ingressam na escola tenham condições de

permanecer com sucesso, que ele possa aprender de forma significativa os

conhecimentos indispensáveis a vida em sociedade.

Reconhecer que os educandos têm capacidades individuais e criativas é uma

importante iniciativa para fazer com que permaneçam na escola. É necessário ouvi -lo,

conhecer sua história; sua realidade; desmistificando e desconstruindo ideias que rotulem

esses alunos como fracassados. Os problemas relacionados à evasão escolar muitas

vezes são tratados pelos órgãos governamentais como sendo responsabilidade do aluno,

atribuindo a eles e a escola a culpa por suas dificuldades de aprendizagem e fracasso

escolar.

Segundo ARROYO (2003), fala -se de aluno evadido, não de aluno excluído,

do fracasso do aluno, não do fracasso da escola. Nessa perspectiva quando o estado

responsabiliza o educando pelo seu fracasso, considerando somente as questões

individuais esquecem que estas são ocasionadas por fatores de ordem sócioeconômica

que evidenciam ainda mais as desigualdades, e estas sim, são determinantes para

evasão ou fracasso escolar.

Ambiente físico e educativo

A gestão do ambiente físico e a formação de um ambiente favorável a

convivência, corresponde desafios para os gestores escolares, um deles é a utilização

63

dos recursos disponíveis para a criação e manutenção de um espaço escolar que

favoreça a aprendizagem e a interação da comunidade escolar. Nesta tarefa, todos

devem ser envolvidos especialmente os professores que nem sempre estão atentos na

importância que a organização espacial da sala de aula tem para a aprendizagem escolar.

É importante entender que o espaço de aprendizagem vai além da sala de aula incluindo

espaço que podem oferecerem experiências significativas de aprendizagem para os

educandos saída de campo entre outros.

Cabe, então a equipe gestora enfrentar o desafio de utilizar da melhor maneira

possível, os recursos existentes para constituir a escola como espaço agradável

receptível e acolhedor para comunidade escolar.

Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola

Sempre que necessário a escola colabora com a saída do professor para os

cursos de capacitação, onde sempre se aprende algo novo que pode ser utilizado em sala

de aula. É importante que a formação continuada se estenda a todos os profissionais

envolvidos no processo educativo. Nas reuniões pedagógicas realizadas no âmbito

escolar procura -se reunir o número máximo de profissionais que trabalham no Colégio,

sempre buscando parceria com as Universidades, levando -os a refletir sobre a prática

docente para a tomada de decisão, a fim de reconstruir suas ações oportunizando ao

professor desenvolver- se como profissional, consolidando valores, princípios e atitudes

na construção do conhecimento.

Avaliação do plano de ação

A avaliação do Plano de ação será contínua, onde as ações serão discutidas

nas reuniões do Colegiado visando prioridades para que os objetivos sejam alcançados.

7.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica

A educação é um dos fatores mais significativos para a promoção do ser

humano. Ao educar de forma organizada e sistemática, articulando e intervindo,

auxiliando e complementando, motivando e promovendo estaremos mediando

pedagogicamente o trabalho educacional na busca de qualidade do ensino.

Objetivos:

64

- Apoiar a Direção no desenvolvimento do plano de ação do Colégio;

- Promover, colaborar e propiciar mecanismos para promoção e desenvolvimento integral

do educando;

- Mediar junto aos professores, pais e educandos, a busca de soluções, superando

dificuldades e facilitando a participação de todos na vida escolar;

- Realizar um trabalho preventivo para evitar a evasão e repetência junto aos

professores, pais e alunos;

- Desenvolver temas emergentes extra -curriculares que venham informar, esclarecer,

prevenir e preparar os educandos para o exercício consciente da cidadania;

- Participar dos programas de formação continuada para Pedagogos;

- Contribuir para um bom relacionamento humano e na comunidade escolar;

- Integrar uma ação conjunta dando suporte a todos os elementos participantes da ação

educativa: Escola, Família e Comunidade;

- Sensibilizar a comunidade escolar na importância da “inclusão”, objetivando o

desenvolvimento sócio -cultural -afetivo dos educandos;

- Acompanhar normas de conduta dos alunos – direitos/ deveres e/ ou procedimentos

disciplinares do Colégio Estadual Maria de Jesus Pacheco Guimarães de acordo com o

Regimento e Regulamento Interno;

- Encaminhamento da ficha FICA (Ficha de Comunicação de Aluno Ausente);

- Controle, atendimento e orientações aos educandos, quanto às ausências e chegadas

atrasadas;

- Atendimento individual de educandos encaminhados pelos professores;

- Atendimento, informação e orientações aos pais sobre aspectos disciplinares e

rendimento escolar;

- Encaminhamento de educandos que necessitam de atendimento especial (sala de

recursos, psicóloga, ou psicopedagogo quando possível);

- Encaminhamento de educandos que apresentam conduta insatisfatória,a Patrulha

Escolar, Conselho Tutelar; etc.;

- Acompanhamento da prática pedagógica dos professores, e dos livros de Registros de

Classe visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem;

- Acompanhamento das atividades dos laboratórios de Química, Física, Biologia e

Informática;

65

- Promover ações pedagógicas para superação de todas as formas de preconceito,

discriminação racial e exclusão social;

- Participação da organização pedagógica da biblioteca;

- Acompanhamento do trabalho docente, quanto a reposição de aula;

- Controle e acompanhamento dos professores na Hora -atividade;

- Elaboração de gráficos do rendimento escolar procedendo análise dos mesmos de

forma a desencadear um processo de reflexão sobre eles junto a comunidade escolar;

- Organização, elaboração e acompanhamento dos Exercícios Domiciliares, coordenação

e acompanhamento durante o desenvolvimento;

- Projetos Internos e externos do Colégio;

- Organização, preparação e coordenação das Reuniões Pedagógicas;

- Organização e acompanhamento dos Conselhos de Classe, efetivando as propostas de

intervenções decorrentes do mesmo;

- Organização e acompanhamento dos Grupos de Estudos/ debates, oficinas

pedagógicas, troca de experiências, etc;

- Organização e acompanhamento das Adaptações Curriculares;

- Organização e coordenação na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola,

bem como sua efetivação na prática;

- Orientação Profissional aos alunos do Ensino Médio;

- Participação do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as

discussões do mesmo quanto ao trabalho pedagógico escolar;

- Desenvolver palestras e atividades referentes aos temas: Sexualidade e DSTs(doenças

sexualmente transmissíveis);Gravidez na Adolescência; Primeiros Socorros; Drogas; Auto

-estima; Hábitos de Estudos; Valores; Meio Ambiente.

66

7. MATRIZ CURRICULAR

Curso: Ensino Fund 6/9 Ano Serie - Turno: Manhã - Ano de Implantação: 2013 - Simultanea

Curso: Ensino Medio - Turno: Manhã - Ano de Implantação: 2011 - Simultanea

Disciplina Composição Curricular Carga horária semanal por série

Disciplina Composição Curricular Carga Horária Semanal Por Série

6o. 7o. 8o. 9o.

1o. 2o. 3o.

Arte Base Nacional Comum 2 2 2 2

Arte Base Nacional Comum 2

Ciencias Base Nacional Comum 3 3 3 3

Biologia Base Nacional Comum 2 2 2

Educacao Fisica

Base Nacional Comum 2 2 2 2

Educacao Fisica

Base Nacional Comum 2 2 2

Geografia Base Nacional Comum 2 3 3 3

Filosofia Base Nacional Comum 2 2 2

Historia Base Nacional Comum 3 2 3 3

Fisica Base Nacional Comum 2 2 2

Lingua Portuguesa

Base Nacional Comum 5 5 5 5

Geografia Base Nacional Comum 2 2 2

Matematica Base Nacional Comum 5 5 5 5

Historia Base Nacional Comum 2 2 2

Ensino Religioso *

Base Nacional Comum 1 1

Lingua Portuguesa

Base Nacional Comum 3 3 4

L e M-Ingles Parte Diversificada 2 2 2 2

Matematica Base Nacional Comum 4 2 3

Carga Horária Total 25 25 25 25

Quimica Base Nacional Comum 2 2 2

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9.394/96.

Sociologia Base Nacional Comum 2 2 2

* Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular.

L e M-Ingles Parte Diversificada 2 2 2

L e M-Espanhol *

Parte Diversificada 4 4 4

Carga Horária Total 29 29 29

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8. REFERÊNCIAS

ARANHA, Mª.L. de A.; MARTINS, Mª.H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2ª edição revista e atualizada. BENINCÁ e CAIMI, F. E. (Org) Formação de Professores: um diálogo entre a teoria e a prática. Passo Fundo: UPF, 2002. BRASIL, Secretaria de educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 6º ed. São Paulo: Scipione, 1993. CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G. Dicionário da Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular, 2012. CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para a Aprendizagem. Educação Inclusiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. ______. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para satisfazer as necessidades básicas da aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990. DICIONÁRIO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Organizado por Roseli Salete Caldart, Isabel Brasil Pereira, Paulo Alentejano e Gaudêncio Frigotto. – Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2010 ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba, Secretaria de Estado da Educação, 2010. GADOTTI, Moacir. Diversidade Cultural e Educação para Todos. Rio de Janeiro: Graal,1992. GONH, Maria da Glória. Movimentos sociais e lutas sociais na História do Brasil. São Paulo: Loyola, 2001. GRAMSCI, Antônio. Obras escolhidas. Tradução Manuel Cruz; revisão Nei da Rocha Cunha. São Paulo: Martins Fontes, 1978. GRUPPI, Luciano. O conceito de hegemonia em Gramsci. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Graal, 1978. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista 29ª ed. Porto Alegre: Mediação,2000.

68

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69

SCHELLING, Vivian. A presença do povo na cultura brasileira. Campinas: Editora da UNICAMP,1991. UNICEF, PNUD, INEP, MEC (Coordenadores). Indicadores da qualidade na educação/Ação Educativa. São Paulo: Ação Educativa, 2004. VASCONCELLOS, Celso dos. S. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico. São Paulo: Libertad 2005. ( Cadernos Pedagógicos do Libertad; v. 3) VEIGA, ILMA P. A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas, São Paulo: Papirus, 2005. VIGOTSKI, L.S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes,2007. SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 11ª ed. rev. São Paulo: Autores associados. 1991. (coleção educação contemporânea).

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

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MÉSZÁROS, I. A Educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

PISTRAK, M. Fundamentos da escola do trabalho. 4. ed. São Paulo: Expressão Popular.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

APRESENTAÇÃO

A Proposta Pedagógica Curricular é um conjunto pela dimensão histórica das

disciplinas. Ela orienta quais os rumos a ser tomados no trabalho pedagógico. Portanto é

um documento que traz em bojo o alicerce da escola e traça estratégias norteadoras do

trabalho do professor e para que se efetive a apropriação do conhecimento no educando.

Para um melhor desenvolvimento da vida escolar do educando o Colégio

Estadual do Campo Maria de Jesus Pacheco Guimarães, trabalha com a concepção das

porções da realidade.

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CONCEPÇÃO DAS PORÇÕES DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Para atingir os objetivos propostos para uma educação com qualidade, que

pretende atender as reais necessidades dos sujeitos do campo, é necessário considerar

que o universo dessa população é muito diversificado, e cada espaço apresenta

características que compõe uma identidade única. Assim, é dever da escola ter esse

aspecto muito claro ao planejar que ensino se quer e que sujeito pretende formar;

devendo incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, que

valorize concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que permitam aos

professores e estudantes se conscientizarem da necessidade de uma transformação

emancipadora.

A Proposta Pedagógica Curricular precisa agregar e abordar assuntos

relacionados a comunidade do educando, articulando com as áreas em que o

conhecimento/saberes da comunidade sejam valorizados; contribuindo assim, para um

avanço significativo na aprendizagem por parte do educando, tornando o conteúdo

trabalhado significativo, ampliando então o conteúdo meramente teórico para um conteúdo

prático.

Os conteúdos estruturantes presentes nas disciplinas são frutos de uma

construção que tem sentido social como formação humana, ou seja, existe uma porção de

conhecimento que é produto da cultura e deve ser apropriado, dominado e usado de

forma contextualizada. A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de

contextualização sócio – histórica como princípio integrador do currículo. Nesse sentido, a

educação é pensada no plano da formação omnilateral que em síntese abrange a

educação e a emancipação de todos os sentidos humanos, e se constrói, dentro de

determinadas condições histórico – sociais.

Gramsci (1978) descreve que a humanidade que se reflete em cada

individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os seres humanos e

com a natureza. Assim os conhecimentos que incorporamos não são realidades naturais,

mas uma produção histórica.

A partir do inventário da realidade, foram definidos complexos temáticos

elencados em quatro porções da realidade: Produção de alimentos; Movimentos sociais e

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lutas; Trabalho e renda e Cultura e lazer. Seguindo a opção construída por Pistrak:

Trata-se de organizar o ensino através de temas socialmente significativos, e através deles estudar a dinâmica e as relações existentes entre aspectos diferentes de uma mesma realidade, educando assim os estudantes para uma interpretação dialética da realidade atual (Pistrak, 2011 pag. 13).

Para facilitar a visualização do universo de opções que as porções da realidade

oferecem e para “conectar” seu conteúdo a determinada porção, foi criado um diagrama

representativo denominado “Girassol da Realidade”. Tendo certo que facilitará o trabalho

do professor, não deve ser entendido como um modelo limitante da criatividade própria de

cada envolvido no processo, tendo em vista que é um trabalho conjunto, no qual o avanço

individual caracteriza um ganho coletivo.

FIGURA 1 - Diagrama formulado

pela equipe do Colégio Estadual

do Campo Professora Maria de

Jesus Pacheco Guimarães.

Fonte: Arquivo do Colégio

Estadual do Campo Professora

Maria de Jesus Pacheco

Guimarães.

FIGURA 2 - Diagrama

formulado pela equipe do

Colégio Estadual do Campo

Professora Maria de Jesus

Pacheco Guimarães. Fonte:

Arquivo do Colégio Estadual do

Campo Professora Maria de

Jesus Pacheco Guimarães.

72

FIGURA 3 - Diagrama

formulado pela equipe do

Colégio Estadual do

Campo Professora Maria

de Jesus Pacheco

Guimarães. Fonte:

Arquivo do Colégio

Estadual do Campo

Professora Maria de

Jesus Pacheco

Guimarães.

FIGURA 4 - Diagrama

formulado pela equipe do

Colégio Estadual do Campo

Professora Maria de Jesus

Pacheco Guimarães.

Fonte: Arquivo do Colégio

Estadual do Campo

Professora Maria de Jesus

Pacheco Guimarães.

73

9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

9.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ARTE FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade

criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a

realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa

visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais.

No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma

dimensão ampliada, enfatizada a associação da arte com a cultura e da arte com a

linguagem. A arte é um elemento indispensável no desenvolvimento da expressão pessoal,

social e cultural do aluno. São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção.

Elas perpassam as vidas das pessoas, trazendo novas perspectivas, formas e densidades

ao ambiente e à sociedade em que se vive. A vivência artística influencia o modo como se

aprende, como se comunica e como se interpretam os significados do cotidiano. Desta

forma, contribui para o desenvolvimento de diferentes competências e reflete-se no modo

como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento. A arte permite

participar em desafios coletivos e pessoais que contribuem para a construção da identidade

pessoal e social, exprimem e conformam a identidade nacional, permitem o entendimento

das tradições de outras culturas e são áreas de eleição no âmbito da aprendizagem ao longo

da vida.

O desenvolvimento da capacidade humana de percepção é justamente um dos

grandes desafios presentes no ensino de arte. É fundamental entender o aperfeiçoamento

do olhar e a necessidade de construção da identidade de cada indivíduo. Pela arte, o ser

humano torna-se consciente da sua existência individual e social, ele se percebe e se

interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.

As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas

relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se

desenvolveram. Nessa introdução dos fundamentos teórico- metodológicos, serão

abordadas as formas como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de

ensino e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituá-la. Tal abordagem se

embasará nos campos de estudos da estética, da história e da filosofia. (DCE Arte)

No estudo de arte pode-se situar historicamente a produção artística,

74

compreendendo-a no contexto em que está inserida, é preciso destacar as razões que nos

levam a estudá-la: “Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um

cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e

principalmente imagens. Se temos que conviver diariamente com essa produção infinita,

melhor será aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua forma e seu conteúdo, o

que exige o uso de nossa sensibilidade estética. Só assim poderemos deixar de ser

observadores passivos para nos tornarmos espectadores críticos, participantes e

exigentes.”(COSTA,199, p.09)

O ensino da arte nesses últimos anos tem sofrido transformações significativas.

Hoje, faz-se necessário que o professor organize um trabalho consistente, através de

atividades como: ver, ouvir, mover, sentir, perceber, pensar, descobrir, fazer, expressar, etc.,

a partir dos elementos da natureza e da cultura, analisando-os e transformando-os:

“Segundo Ferraz e Fusari: Para desenvolver um bom trabalho de Arte o professor precisa

descobrir quais são os interesses, vivências, linguagens, modos de conhecimento de arte e

prática de vida de seus alunos. Conhecer os estudantes na sua relação com a própria

região, com Brasil e com o mundo, é um ponto de partida imprescindível para um trabalho

de educação escolar em Arte que realmente mobilize uma assimilação e uma apreensão de

informações na área artística. O professor pode organizar um mapeamento cultural da área

em que atua, bem como das demais, próximas e distantes. É nessa relação com o mundo

que os estudantes desenvolvem as suas experiências estéticas e artísticas, tanto com as

referentes de cada um dos assuntos abordados no programa de Arte, quanto com as áreas

da linguagem desenvolvida pelo professor.” (Ferraz, Fusari, 1992, p. 71).

OBJETIVOS

O objetivo de estudo da disciplina fundamenta-se no desenvolvimento dos

princípios e valores e das competências gerais, consideradas essenciais e estruturantes

onde elas:

Promovem o desenvolvimento integral do indivíduo, pondo em ação capacidades

afetivas, cognitivas e sinestésicas;

Afirmar a singularidade de cada um, promovendo e facilitando sua expressão por

meio das linguagens artísticas;

Proporcionar ao indivíduo, por meio de práticas e o processo criativo, a

oportunidade de desenvolvimento de sua personalidade de forma autônoma e crítica, numa

75

permanente interação com o mundo;

Mobilizar a partir da prática, todos os saberes que o indivíduo detém, auxiliando-o

no desenvolvimento de novos saberes, conferindo significados aos seus conhecimentos;

Facilitar a comunicação entre culturas de diferentes povos, promovendo a

aproximação entre as pessoas e os povos.

O conhecimento artístico, aliado aos dados procedentes da experiência humana,

são elementos que permitem a construção de referenciais necessários para a leitura,

observação, interpretação e criação tanto do contexto quanto da produção artística como um

todo. Desta forma, o objetivo primordial é levar aos alunos o contato com a experiência

artística e estética, instrumentalizando-os à apreciação dos bens culturais das diversas

linguagens da arte tanto os de sua própria comunidade onde estão inseridos como os

universais.

Destaca-se também a necessidade da familiarização cultural pela aprendizagem

dos códigos e elementos formais presentes nas linguagens artísticas, os quais possibilitam a

construção de novos significados por meio de informações obtidas na leitura de textos

históricos, filosóficos, estéticos e de crítica de arte.

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e Períodos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO.

MÚSICA:

Elementos Formais:

Altura, Intensidade,Timbre, Duração.

Composição

Ritmo, Melodia;

Escalas: Diatônica, pentatônica, cromática, Improvisação.

Movimentos e Períodos

Greco-Romana, Oriental, Ocidental, Africana.

ARTES VISUAIS

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Elementos formais:

Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz

Composição:

Bidimensional, Figurativa, Geométrica, simetria,

Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia...

Movimentos e Períodos:

Arte Greco- Romana , Arte Africana, Arte Oriental, Arte Pré-histórica.

TEATRO

Elementos Formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, Ação, Espaço;

Composição:

Enredo, roteiro, Espaço Cênico, Adereços ;

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...

Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Movimentos e Períodos:

Greco-Romana, Teatro Oriental, Teatro Medieval, Renascimento.

DANÇA

Elementos formais:

Movimento Corporal, Tempo, Espaço;

Composição:

Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos articulares,Fluxo (livre e interrompido), Rápido

e lento, Formação Níveis (alto, médio e baixo), Deslocamento (direto e indireto),Dimensões

(pequeno

e grande);

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Movimentos e Períodos:

Pré-história, Greco-Romana, Renascimento, Dança Clássica.

7º ANO.

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MÚSICA

Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade,

Composição:

Ritmo, Melodia, Escalas;

Gêneros: folclórico; indígena, popular e étnico;

Técnicas: vocal, instrumental e mista, Improvisação;

Movimentos e Períodos:

Música popular e étnica (ocidental e oriental);

ARTES VISUAIS:

Elementos formais:

Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz;

Composição: Proporção, Tridimensional, Figura e fundo, Abstrata, Perspectiva,

Técnicas: Pintura, escultura,modelagem, gravura;

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

Movimentos e Períodos: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense,

Renascimento, Barroco.

TEATRO

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação, Espaço.

Composição:

Representação, Leitura dramática, Cenografia;

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas;

Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Movimentos e Períodos:

Comédia dell’, arte,Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense, Teatro Africano.

DANÇA:

Elementos formais:

Movimento Corporal, Tempo, Espaço.

Composição:

Ponto de Apoio, Rotação, Coreografia, Salto e queda, Peso (leve e pesado), Fluxo (livre,

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interrompido e conduzido), Lento, rápido e moderado, Níveis (alto, médio e baixo),

Formação, Direção.

Gênero: Folclórica, popular e étnica

Movimentos e Períodos:

Dança Popular, Brasileira , Paranaense, Africana, Indígena.

8º ANO.

MÚSICA

Elementos Formais:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.

Composição:

Ritmo, Melodia, Harmonia,Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Movimentos e Períodos:

Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno.

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz .

Composição:

Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Estilização, Deformação;

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.

Movimentos e Períodos:

Indústria Cultural, Arte no Séc. XX, Arte Contemporânea.

TEATRO

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação, Espaço.

Composição:

Representação no Cinema e Mídias;

Texto dramático, Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro;

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

Movimentos e Períodos:

Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo, Cinema Novo.

79

DANÇA

Elementos formais:

Movimento Corporal, Tempo e Espaço;

Composição:

Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e desaceleração;

Direções (frente, atrás, direita e esquerda);

Improvisação, Coreografia, Sonoplastia;

Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Movimentos e Períodos:

Hip Hop, Musicais; Expressionismo, Indústria Cultura, Dança Moderna.

9º ANO.

MÚSICA

Elementos Formais:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.

Composição:

Ritmo, Melodia, Harmonia;

Técnicas: vocal, instrumental e mista;

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Movimentos e Períodos:

Música Engajada, Música Popular, Brasileira.

Música Contemporânea.

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz;

Composição:

Bidimensional, Tridimensional, Figura-fundo;

Ritmo Visual;

Técnica: Pintura,grafite, performance.

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.

Movimentos e Períodos:

80

Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-Americana;

Hip Hop.

TEATRO

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação, Espaço.

Composição:

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum, Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação, Figurino.

Movimentos e Períodos:

Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguardas.

DANÇA

Elementos formais:

Movimento Corporal, Tempo e Espaço

Composição:

Kinesfera;

Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão (perto e longe);

Coreografia, Deslocamento;

Gênero: Performance e moderna.

Movimentos e Períodos:

Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea.

MÚSICA

Elementos Formais:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.

Composição:

Ritmo, Melodia, Harmonia;

Escalas: Modal, Tonal e fusão de ambos;

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop.

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, Improvisação.

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Movimentos e Períodos:

Música Popular, Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria Cultural, Engajada, Vanguarda,

Ocidental, Oriental, Africana e Latino-Americana.

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

Ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz;

Composição:

Bidimensional, Tridimensional, Figura e fundo, Figurativo, Abstrato, Perspectiva,

Semelhanças,

Contrastes, Ritmo Visual, Simetria,Deformação, Estilização,

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e

esculturas, arquitetura, história em quadrinhos;

Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia.

Movimentos e Períodos:

Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Arte Popular,

Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte Contemporânea, Arte Latino-Americana.

TEATRO

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação, Espaço.

Composição:

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum;

Roteiro, Encenação e leitura dramática;

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico;

Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia, sonoplastia, figurino e

iluminação, Direção e Produção.

Movimentos e Períodos:

Teatro Greco- Romano, Teatro Medieval, Teatro Brasileiro, Teatro Paranaense, Teatro

Popular;

Indústria Cultura, Teatro Engajado, Teatro Dialético, Teatro Essencial, Teatro do Oprimido;

Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda, Teatro Renascentista, Teatro Latino-Americano, Teatro

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Realista, Teatro Simbolista.

DANÇA

Elementos formais:

Movimento Corporal, Tempo, Espaço.

Composição:

Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Salto e Queda, Giro, Rolamento, Movimentos articulares,

Lento, rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis, Deslocamento, Direções,

Planos,

Improvisação, Coreografia.

Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Movimentos e Períodos:

Pré-história, Greco-romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica, Dança Popular,

Brasileira,

Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Indústria Cultural, Dança Moderna, Vanguardas e

Dança Contemporânea.

METODOLOGIA

A prática pedagógica em Arte contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e

o Teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a sociedade.

Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o valor

educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa conhecer,

produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio artístico

cultural presente na comunidade e região.

Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção artística,

seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas

interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus

modos de expressão e comunicação.

Através da articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado,

possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus

elementos constitutivos.

Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através de

atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais utilizados

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e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de interação com mundo

artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas, possibilitando que

sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.

Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao aluno

compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos artísticos, nas

áreas em que for possível pelas condições de formação do professor e materiais da escola,

fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando seminários, pesquisas,

produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.

Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão

trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a

Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente

8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13

História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº

11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação

Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 1318/01 e

Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97;

Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06;

Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 –

CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos

conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino

do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados

conforme o calendário escolar pré-definidos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é diagnostica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada

pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso

implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada

momento.

Será valorizada a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas,

culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc.) de cada aluno, pois é

necessário conhecer o processo pessoal de cada um em sua relação com as atividades

desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superá-los observando os

trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos, desenhos e outros).

84

No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal

de todos os alunos é fator fundamental para aprendizagem em arte, área em que a marca

pessoal é fonte de criação e desenvolvimento.

BIBLIOGRAFIA BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei no 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo, Educ/Fasep/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MARQUES, I. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999. 9.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - CIÊNCIAS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do pensamento do

ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. Sendo assim a que se

levar em conta a medida que o homem busca satisfazer suas necessidades

automaticamente, passa a observar e à buscar respostas a suas indagações.

85

A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir daí o

homem assume outras descobertas e torna - se ainda mais atento a respeito das dinâmicas

da natureza. Na escola pública a trajetória do ensino de ciências sempre foi determinado por

um momento histórico, político e social. Momentos estes que influenciaram os modelos

curriculares de cada época e causaram fortes mudanças nas concepções de ciência.

Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no decorrer de

sua história a disciplina se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários

para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no meio. Para

que isso aconteça são estabelecidas relações entre os diferentes conhecimentos físicos,

químicos e biológicos e o cotidiano do aluno, ou seja, sua prática social.

A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação a

saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem com fatos, são

elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para saber se posicionar crítica e

construtivamente, diante de diferentes questões.

OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA

Esta disciplina é importante, no contexto escolar pela necessidade humana de

compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos fenômenos na natureza, nos

seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina oportuniza a compreensão dos eventos que

ocorrem com a água, o solo, o ar e o fogo interferindo na saúde humana. Propicia a

compreensão das inter-relações entre os seres vivos e o meio ambiente, demonstrando a

interdependência que há entre eles.

De forma científica, o educando é levado a conhecer seu próprio corpo, do seu

semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes entre as mais

diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceitos sexuais dos raciais da xenofobia,

bem como daqueles que apresentam necessidades especiais temporárias ou permanentes.

Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a

contradição, a diversidade, o questionamento superando o tratamento curricular dos

conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua função social.

OBJETIVOS

Integrar os conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de astronomia,

transformação e interação da matéria, energia e saúde que implica na melhoria da qualidade

86

de vida. Compreender os conceitos históricos de ciências que tratam das questões

dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e acabadas, bem como buscar explicações e

construir a parte científica que convive com a dúvida, que é falível e intencional, utilizando -

se de métodos que buscam as explicações dos fenômenos naturais: físicos, químico,

biológicos, geológicos, que recebem influências dos fatores: sociais, econômicos, políticos,

etc.

Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim os

conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método investigativo, acompanhado

pelo professor, contextualizando os conteúdos estudados com os fenômenos da natureza.

Sendo um modelo construtivista da educação.

Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos

produtos científicos e tecnológicos, com os quais convive reconhecendo o processo de

produção, distribuição e consumo, bem como os problemas decorrentes, buscando

soluções.

Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e

culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e/ou tecnológicos inerentes ao

processo de produção, aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e inter-

relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

− Astronomia

− Matéria

− Sistemas biológicos

− Energia

− Biodiversidade

O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é levado a compreensão dos

alunos sobre os fenômenos naturais nessa etapa de escolarização que são: os

conhecimentos de astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade

contemplados na disciplina, com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre

essas ciências ditas naturais, no processo pedagógico.

De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina sob os

seguintes aspectos:

87

− Astronomia: numa abordagem histórica traz as discussões sobre os

modelos geocêntricos e heliocêntrico, métodos e instrumentos científicos, conceitos e

modelos que expliquem tais discussões. Possibilita também explicar os fenômenos

celestes, o movimento dos astros, estações do ano, viagens espaciais, origem do

universo e gravitação universal.

− Matéria: abordam conteúdos que privilegiem o estudo da constituição

dos corpos, entendidos como objetos materiais quaisquer, permitindo o entendimento

não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo

além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Compreendidos

como constituição da matéria e propriedades da matéria.

− Sistemas Biológicos: aborda a constituição dos sistemas do

organismo, suas características, funcionamento desde os componentes celulares até o

funcionamento dos sistemas que constituem os grupos dos seres vivos. Considerando o

organismo como um sistema integrado, que amplia a discussão para uma visão

evolutiva, comparando os seres vivos entre si a fim de compreender o funcionamento de

cada sistema e das relações que integram o organismo vivo. Apresenta também

conceitos científicos para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos e

funcionamento dos seres vivos referentes aos níveis de organização, célula, morfologia e

fisiologia dos seres vivos e o mecanismo da herança genética.

− Energia: apresentam-se conteúdos básicos que envolvam conceitos

científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a

transformação de uma forma de energia em outra, para a compreensão do objeto de

estudo como formas, conservação, conversão e transmissão de energia.

− Biodiversidade: visa a compreensão do conceito de biodiversidade e

demais conceitos inter-relacionados, envolvendo a diversidade de espécies atuais e

extintas, as relações ecológicas entre as espécies como o ambiente ao qual se

adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies

têm sofrido transformações. Apresenta-se ainda alguns conteúdos básicos que envolvam

conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a

compreensão do objeto do estudo da disciplina de ciências tais como: organização dos

seres vivos, sistemática, ecossistemas, interações ecológicas, origem da vida e evolução

dos seres vivos.

88

CONTEÚDOS BÁSICOS

6ºANO 7ºANO 8ºANO 9ºANO

ASTRONOMIA

Universo

Sistema Solar

Movimentos

terrestres e celestes

Astros

MATÉRIA

Constituição da

matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Níveis de

organização

ENERGIA

Formas de energia

Conversão de

energia

Transmissão de

energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos

seres vivos

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos

terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da

matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Célula

morfologia e

fisiologia

dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

Transmissão de

energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida

Organização dos

seres vivos

Sistemática

ASTRONOMIA

Origem e evolução

do universo

MATÉRIA

Constituição da

matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia filosofia

dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres

vivos

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação universal

MATÉRIA

Propriedades da

matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Morfologia e

fisiologia dos seres

vivos

Mecanismos de

herança genética

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de

energia

BIODIVERSIDADE

Interações

ecológicas.

89

Ecossistemas

Evolução dos seres

vivos

METODOLOGIA

Os conteúdos devem ser entendidos em sua complexidade de relações

conceituais e numa perspectiva crítica e histórica dos conhecimentos de astronomia,

matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade. Tratar os conteúdos estruturantes

não como conhecimento acabado, mas cujos conhecimentos científicos sejam passíveis de

alterações ao longo do tempo. Pois os conhecimentos tidos como acabados, podem ser

reinterpretados, pois outras áreas do conhecimento humano podem contribuir

significativamente para o estudo, a explicação e a compreensão de tais conhecimentos

científicos.

Estabelecer uma contextualização dos conteúdos interdisciplinares programados

de uma série como os demais de ensino fundamental. Tratar os conteúdos, respeitando os

níveis cognitivos dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, usando material

didáticos de acordo com sua faixa etária como prevê a Lei 11525/07 do Direito da Criança e

Adolescente, adiantando uma linguagem coerente a cada faixa etária e nível de

conhecimento, fazendo uso de diferentes formas de abordagens, estratégias e recursos

buscando gradativamente o aprofundamento dos conteúdos.

Provocar uma reflexão sobre o atual momento histórico, social, científico -

tecnológico, propiciando um entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a

vida do ser humano, dos seres vivos e do ambiente.

Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão

trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a

Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente

8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13

História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº

11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação

Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e

Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97;

Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06;

Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 –

90

CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos

conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino

do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados

conforme o calendário escolar pré-definidos.

ATIVIDADES

SALA DE AULA: debates, seminários e entrevistas com profissionais utilizando pesquisas

para ampliar o conhecimento, através do despertar da curiosidade do aluno;

VISITAS: em parques municipais, laboratórios da universidade, com objetivo de realizar

intercâmbio com outras formas de ambiente;

SAÍDAS A CAMPO: elaborar o tema a ser trabalhado, favorecendo ao aluno que o mesmo

perceba a importância de suas atitudes no ambiente em que vive;

AULAS PRÁTICAS: serão realizadas no laboratório onde o aluno através da construção do

experimento observará e entenderá os fenômenos da natureza:

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das

atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer

uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção de

seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os estudantes e

desta com a produção científica - tecnológico.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, portanto,

precisamos primeiramente nos libertar da ideia de que o senso comum é suficiente para

julgarmos um desempenho, essa liberação permite estabelecer parâmetros para uma

avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do aluno, pois a

avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto -avaliativa, diagnostica para

verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integralmente, pois considera o

aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mas

igualmente os comportamentais e a habilidade psicomotora.

Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo

fatores como a série a ser avaliada o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos

conteúdos.

A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do

91

que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com recuperação

concomitante que se apresenta como importante elemento para o professor rever e articular

o processo de ensino, em busca de sua superação.

Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como: relatórios de

pesquisa, visitas de campo, palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo

(dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições,

avaliações individuais, experiências em laboratório, análise de trechos de filmes pertinentes

ao conteúdo.

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

MEC/SEB – ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL-Brasília, 2003.

Ciências/Carlos Barros, Wilson Roberto Paulino. 3ªEd. Reformada - São Paulo: Ártica; 2009.

Biologia/José Mariano Amábis, Gilberto Rodrigues Martho-2ªEd. - São Paulo: Moderna; 2004.

Biologia. Cesar da Silva Junior, Sezar Sasso. 7ª Ed. São Paulo: Saraiva; 2005.

Projeto Arariba. Ciências/Obra coletiva concebida e produzida pela editora Moderna. Editor responsável José Luiz Carvalho Cruz – 1ª Ed. - São Paulo; Moderna; 2006.

Ciências Naturais: Aprendendo Com o Cotidiano/Eduardo Leite Canto- 2ªed. - São Paulo: Moderna; 2004.

Ciências e Vida/Maria Hilda de Paiva Andrade, Marta Bouissou Morais, Alexandre Alex Barbosa Xavier, Marciana David – 1ª Ed. Belo Horizonte: Dimensão, 2006. 9.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - EDUCAÇÂO FÍSICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de cidadãos. Vivemos

um momento em que a competição e a qualificação estão interligados aos avanços

tecnológicos e as constantes modificações pelas quais passa a humanidade neste momento

92

histórico.

Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja compreendida

no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de forma isolada, solta no

meio escolar, mas sim como parte integrante de uma totalidade, fazendo parte de um

conjunto de disciplinas que interagem estabelecendo relações com o social e com a cultura

dos povos.

Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma

a completar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a

inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a esse

novo mundo, que exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos vividos.

Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos

conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de construção

de conhecimento a partir da reelaboração de ideias e práticas que intensificam a

compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a

vida e influência na comunidade.

Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e

experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.

Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permite

entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas

dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da

natureza.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, está

articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensinos próprios,

e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando exposto, defende-se que as

aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares,

nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.

Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente

escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como todos os

professores, é com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação

humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo

como objetivo formar a atitude crítica perante a Educação Física, Cultura Corporal, exigindo

93

domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.

É partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como

objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a

formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes.

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas

e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão

corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões

podem ser identificadas como

formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem

(COLETIVO DE AUTORES, 1992).

OBJETIVOS

● Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania,

no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando

atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.

● Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando

hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de

convívio.

● Estimular o gosto pela prática de atividades voltadas ao bem comum.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O Ensino Fundamental da Educação Física fundamenta-se nos conteúdos estruturantes

definidos como os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que organizam

os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para

compreender seu objeto de estudo/ensino. Devem ser abordados de forma crescente,

respeitando os níveis de ensino, as diferenças de experiências dos alunos em relação ao

conhecimento sistematizado. Estabelecendo assim uma relação mais evidente com a

expressivamente corporal, o reconhecimento do corpo e suas diferentes possibilidades de

ações.

Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física são:

− Esporte

− jogos, brincadeiras e brinquedos

− ginástica

− dança

− lutas

94

CONTEÚDOS DE FORMA SERIADA.

6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Jogos e brincadeira

s

Resgate dos jogos e brincadeiras

jogos cooperativos jogos de tabuleiros

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

jogos de tabuleiros Brincadeiras e

cantigas de roda Jogos cooperativos

Esportes

Atletismo Handebol

basquetebol voleibol futsal

esportes radicais

Jogos Jogos de tabuleiro,

dramáticos e cooperativos.

Esportes

Futsal Handebol

basquetebol atletismo

Esportes

Atletismo handebol

basquetebol futsal

Dança Expressão corporal danças regionais

lateralidade Esportes

Basquetebol handebol voleibol

atletismo tênis de mesa

futsal

Ginásticas Ginástica geral

Ginástica rítmica Dança

Danças folclóricas,de rua,

criativas e circulares Expressão corporal

Jogos

Jogos e brincadeiras

populares, jogos de tabuleiro,dramáticos

e cooperativos

Ginástica Ginástica rítmica e geral

Dança Danças folclóricas, de rua e criativas

Lutas Lutas de

aproximação Capoeira

Lutas Lutas com

instrumento mediador.

Lutas capoeira

Luta Lutas de

aproximação, capoeira

Ginástica Ginástica geral Ginástica Ginástica geral,

rítmica,circense. Dança Criativas, circulares

95

METODOLOGIA

Para que ocorra a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina será necessário

uma organização da aula em três fases: proposição do que vai ser executado, execução do

que foi proposto e reflexão sobre o que foi executado.

Tanto na prática como na teoria, cabe ao professor um cuidado especial para

garantir a participação de todos, respeitando suas individualidades e limites, sejam eles

motores ou emocionais.

Através de debates ou palestras colocar os Temas Articular os conhecimentos

artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos

pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal

11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal

9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana -

Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução

07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;

História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03;

Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção

ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos

Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão

abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados.

Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei

12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.

O professor apresenta a possibilidade do desenvolvimento corporal e a

construção da saúde num caráter social, físico e moral. Pretendendo abordar a relação do

corpo também com o mundo do trabalho, focando inclusive o trabalho na área esportiva,

suas dificuldades e vitórias. As atividades que contemplarão os desafios contemporâneos,

serão trabalhados conforme o andamento do PTD.

Essa construção se dará através de aulas totalmente orientadas, com teorias e

práticas trabalhadas simultaneamente, utilizando dos espaços físicos como: quadra de

esporte, refeitório, pátio da escola, laboratórios, sala de uso múltiplo e arredores da escola.

Os materiais necessários previamente providenciados (bolas, coletes, cones, tabuleiros em

geral, cordas, colchonetes, halteres, caneleiras, kit bete ombro, jogos de mesa, kit tênis de

mesa, mesa de pebolim e tênis de mesa), trabalhos em grupo e individuais, vídeos

educativos, tv pendrive, pesquisas, gincanas, debates. Sendo observado o processo

96

aprendizagem durante o ano letivo.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Primeiramente a avaliação deverá ser colocada a serviço da aprendizagem de

todos os alunos, de modo que envolva o conjunto das ações pedagógicas. Está vinculada ao

Projeto Político Pedagógico (PPP), com critério estabelecido de forma clara, priorizando a

qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, conforme as Diretrizes Curriculares da

Educação (DCE), o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas

também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica, sendo,

processual e cumulativa, identificando dessa forma o progresso qualitativo do aluno durante

o ano letivo.

O processo de verificação de aprendizagem será feito através de avaliações

práticas e teóricas, trabalhos escritos, pesquisas,seminários e debates.

Para recuperação da aprendizagem, serão oportunizadas atividades diferenciadas

do mesmo conteúdo e contexto, supervisionadas pelo professor e equipe pedagógica, em

época determinada pelo professor,visando a aquisição do conhecimento por parte dos

alunos que por ventura demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de

encontro com as orientações da Proposta Pedagógica Curricular ( PPC).

BIBLIOGRAFIA DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Educação Física, Secretaria do Estado de Educação, 2008. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995. BRACHT, Valter. A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. In:Cadernos Cedes, ano XIX, n. 48, agosto/99 9.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ENSINO RELIGIOSO FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A disciplina de ensino religioso deve orientar-se para apropriação dos valores

sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com

outros campos do conhecimento.

A disciplina de ensino religioso deve oferecer subsídios para que os estudantes

97

entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

sagrado.

O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades e étnico-religiosas,

para garantir o direto constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por

consequência, o direito a liberdade individual e politica. Desta forma atenderá um dos

objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da

cidadania.

O desafio mais eminente da nova abordagem do ensino religioso é. Portanto,

superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de

preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe

um modo adequado de agir e pensar de forma heteronema e excludente, ela impede o

exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de novos

valores.

A disciplina de ensino religioso deve propiciar a compreensão, comprarão e

analise das diferentes manifestações do sagrado com vistas a interpretação dos seus

múltiplos significados. Ainda, subsidiará os educandos na compreensão de conceitos

básicos no campo religioso e na forma como as sociedades são influenciadas pelas

tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na negação do Sagrado.

O Ensino Religioso, destinado para as escolas estaduais publicas do Paraná, atende a

LDBEN (9394/96), art. 33, o qual sofreu alteração em redação com a promulgação da Lei n.

9475/97, conforme segue:

“Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do

cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas publica de Educação básica

assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas

de proselitismo.

§ 1 º - Os sistemas de Ensino regulamentarão os procedimentos para definição dos

conteúdos do ensino Religioso e estabelecerão as normas para à habilitação e admissão

dos professores.

§ 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso.”

Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também, para superar a

desigualdade étnico-religiosa, e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e

expressão, conforme artigo V, inciso VI, da constituição brasileira, que por sua vez adere ao

98

Laicismo, que assegura a liberdade de expressão cultural e religiosa.

Desta forma é importante parafrasear Costella, In: DCE para o ensino religioso

(p.21):

O primeiro é atribuído à pluralidade social num estado não -confessional, Laico e

que garante por meio da constituição a Liberdade religiosa.

O Segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,

devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia da educação da

comunicação.

E terceiro fator traço característico da cultura ocidental mostra uma profunda

reviravolta nas concepções, em especial no século XIX.

Assim, o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade étnico religiosa e

garante o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. Também contribui para

que, no dia a dia da escola, o respeito a diversidade sejam construído e consolidado.

Nesse sentido faz - se necessário mudar a prática pedagógica e concepções em

torno da disciplina a qual busca superar as tradicionais aulas de religião, passando a

compreende - la como processo pedagógico cujo enfoque são “entendimento cultural sobre

o sagrado e a diversidade religiosa”. DCE (p.25).

Para atingir tais transformações são importante que o professor compreenda, que

no ambiente escolar as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas

aulas de ensino religioso, por meio dos estudos das manifestações religiosas que delas

decorrem e as constituem. O que sugere que todas as religiões podem ser tratadas como

conteúdo, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, e faz parte do

modelo de organizações de diferentes sociedades.

OBJETIVOS

Promover uma oportunidade para que os educandos se tornem capazes de

entender os movimentos específicos das diversas culturas, e que o substantivo religioso

represente um elemento de colaboração na constituição do sujeito.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico Religioso;

Texto sagrado.

99

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ano

Organizações Religiosas;

Formas de manifestação cultural do sentimento religioso na pré-histórias, idade média,

moderna, contemporânea;

Manifestação do sagrado em espaços socioculturais específicos;

Métodos utilizados pelas diferentes tradições religiosas no relacionamento com os

transcendentes, e com o mundo;

Textos Sagrados (orais ou escritos nas diferentes culturas religiosas;

Símbolos Religiosos ( ritos, mitos, cotidiano). Arquitetura, mantras, paramentos e objetos.

7º ano

Temporalidade Sagrada: ritos festas, tradições, nascimentos, calendários;

Festas religiosas: peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas

comemorativas;

Ritos: passagem, mortuários, propiciatórios e outros;

Vida e morte: diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o Sagrado.

METODOLOGIA

Para atingir os objetivos da disciplina é importante, dinamizar trabalho com textos,

ilustrando com filmes, símbolos, músicas, e contextualizando com a realidade local.

Proporcionar debates, produções individuais e coletivas. As aulas serão conduzidas de

maneira desmistificadas para proporcionar análise imparcial e científica das manifestações

do sagrado em diferentes contextos históricos e culturais. Haverá diálogo mediado por

instrumentação teórica e respeito a diversidade de pensamento e comportamento dos

diversos segmentos , cultos e ritos religiosos. No decorrer das aulas, durante o período

letivo, serão abordados temas como: cultura afro e indígena, direitos da criança e do

adolescente, prevenção do uso das drogas e violência nas escolas ,além de educação

sexual e fiscal com atividades de recortes de filmes, textos ,pesquisas , trabalhos em grupos

e individuais.

AVALIAÇÃO

100

O ensino religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não

terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo da disciplina. Com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos

elementos integrantes do processo educativo na disciplina do ensino religioso. Mesmo que

não haja atribuição de notas ou conceitos que implique na reprovação ou aprovação dos

alunos, o professor deverá adotar instrumentos que identifiquem os progressos obtidos na

disciplina através de documentos escritos, desenhos, produção de textos entre outros

recursos. Espera - se que os alunos estabeleçam discussões sobre o Sagrado na

perspectiva laica, desenvolva uma cultura de respeito a diversidade religiosa e cultural e

reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo

social. No caso do Ensino Religioso proceder-se-á a partir da observação cognitiva do aluno

e sua produção oral, escrita e atitudinal, interpretação, elaboração de textos, atividades em

sala de aula e a participação nas aulas.

A recuperação será concomitante com retomadas de conteúdo sempre que

for necessário.

BIBLIOGRAFIA BIACA,Valmir et al.O sagrado no ensino religioso,SEED,2006. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Ensino Religioso, Secretaria do Estado de Educação, 2008. FIGUEIREDO, A. P. Ensino Religioso – Perspectivas Pedagógicas. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1994. OLENIKI, M. L. R; DALDEGAN, V. M. Encantar – Uma Prática Pedagógica no Ensino Religioso. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

9.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- GEOGRAFIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de

estudo da geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado

pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.

Cabe à geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social

do espaço e à escola subsidiar os educandos no enriquecimento e sistematização dos

101

saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo

que os cerca. Ao professor cabe a postura investigativa e de pesquisa evitando visão

receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos educandos conhecimentos específicos da

geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as

diversas temáticas geográficas.

A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo

têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.

O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a

compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre as

questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço

geográfico.

Considerando que os educandos são agentes da construção do espaço, por isso,

é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade.

A Geopolítica deve possibilitar ao educando a compreensão do espaço que ele

está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os

territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de

forças sociais e políticas. É necessário que os educandos compreendam as relações de

poder que os envolvem e determinam. Considerando fundamental para os estudos

geográficos no atual período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim

remete à necessidade de espacializá-los e especificar o olhar geográfico para o mesmo.

A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade e sim compreender

que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à

problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.

É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto a sua

transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do

espaço geográfico. Não se trata apenas de questões da natureza, mas ambiente pelos

aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do

preconceito e das diferenças culturais.

Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e

culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica.

As manifestações culturais perpassam gerações, cria objetos geográficos e são

partes do espaço, registros importantes para a geografia. Deve contribuir para a

compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,

102

pessoas e modos de vida.

Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes

sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas territórios e produzem novas

territorialidades e com as relações político-econômicas que influenciam essa dinâmica.

OBJETIVOS

● Ler e interpretar criticamente o espaço;

● Compreender o estudo do espaço histórico na formação das sociedades humanas;

● Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a

partir do espaço geográfico;

● Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo

globalizado;

● Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os

processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos contemporâneos

conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na

organização e no conteúdo do espaço e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da

Geografia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objetivo de estudo da Geografia para a educação básica é o espaço geográfico.

Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos

estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os campos

de estudos da Geografia.

Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam.

A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos.

Os conteúdos Estruturantes são:

● Dimensão econômica do espaço geográfico;

● Dimensão política do espaço geográfico;

● Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

● Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de

transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a

103

ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses educandos são

agentes da construção do espaço.

Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser

considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico,

possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para

refletir sobre as questões ambientais.

Dimensão econômica do espaço geográfico

Articula-se com os demais conteúdos estruturantes, pois a apropriação da

natureza e sua transformação em produtos para o consumo humano envolvem as

sociedades em relações geopolíticas, ambientais e culturais, fortemente direcionadas por

interesses socioecômicos locais, regionais, nacionais e globais.

Dimensão política do espaço geográfico;

Engloba os interesses relativos aos territórios e as relações de poder, que os

envolvem. É o conteúdo estruturante originalmente constitutivo de um dos principais campos

do conhecimento da Geografia.

Dinâmica cultural e demográfica

A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os

estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais

contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,

pessoas e modos de vida.

Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de história e

cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em

qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.

Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental –

6º ano

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

A formação, localização e exploração dos recursos naturais.

104

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a

(re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos – Geografia 7º ano

Formação do território brasileiro.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

A mobilidade populacional e a manifestação socioespacial da diversidade cultural.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.

Conteúdos Básicos – Geografia 8º ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

105

Os movimentos migratórios e suas motivações.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.

Conteúdos Básicos – Geografia 9º ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização

do espaço geográfico.

A formação, localização, exploração dos recursos naturais.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

METODOLOGIA

De acordo com as DCEs, os conteúdos estruturantes devem ser abordados de

forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria, prática e a realidade estejam interligados

em coerência com os fundamentos teórico-metodológicos.

Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se

necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-

espaciais nas diferentes escalas (local, regional e global).

Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.

No processo de construção do conhecimento e análise de categorias serão

realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos,

vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros.

Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos,

106

produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de

informações e pesquisas em diversos fontes, como recursos para a confirmação da ação

pedagógica.

Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques:

Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da

Produção do /no espaço e a Geopolítica.

Atendendo as leis nº 10,639/03 e lei nº 11,645/08 que tratam respectivamente

sobre História Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena o trabalho será voltado em levar o

educando a compreender as contribuições que ambas as culturas trouxeram a formação da

cultura do povo brasileiro e a colaboração na atual organização espacial do território

brasileiro.

O tema Meio ambiente estará constantemente presente nas atividades

pedagógicas tanto devido a dimensão socioambiental quanto a localização geográfica do

colégio, que possibilita um enriquecimento no debate sobre as questões ambientais.

A Educação Tributária e Fiscal estará atrelada ao trabalho com os conteúdos

específicos da disciplina. Sendo também a metodologia usada para trabalhar com os

Programas Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso

indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual), tais

metodologias estarão plenamente descrita no Plano de Trabalho docente do professor.

Outras leis serão trabalhadas no decorrer do ano com; Execução do Hino

Nacional – Lei 12031/09 ;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do

Idoso – Lei 10741/03; Educação para o trânsito – Lei 9503/97; Educação Alimentar e

Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 CNE/CP; Hasteamento e

execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12; História do Paraná _Lei 13181/01 e 07/06;

Brigadas Escolares – Decreto 4837/12

Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica

e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante

com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a

aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação

seja mais do que a definição de uma nota de um conceito. É necessário que seja contínua e

que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas no

107

processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça.

A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos

visando a contemplação das diversas formas de expressão do aluno como a leitura e

interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas ,produção de maquetes,

murais, desenhos , textos , pesquisas em diversos fontes, apresentação de sentimentos de

seminários, relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e

avaliação formal oral e escrita. Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada

conteúdo e objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de

entendimento sócio espacial.

Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações

estaremos atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do

conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua

formação social, crítica, participava e responsável.

Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na

aprendizagem deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade

por não ter compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive

avaliações e notas.

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,1992. CHRISTOFOLETTI, A. (ORG.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,1992. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Àtica, 1986. MENDONÇA, F. Geografia socioambiental. In: Revista Terra livre, nº16. AGB Nacional, 2001, p.113. MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. Geografia Crítica – A valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. IDEOLOGIAS GEOGRAFICAS. São Paulo: Hucitec,1991 PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2006.

108

PEREIRA, R.M.F. Do A. Da Geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec,1986. 9.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - HISTÓRIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Partindo do ponto de que a História, em princípio, não pode ser considerada uma

ciência pronta e definitiva e que tem como objeto de estudo os processo históricos relativos

às ações busca o domínio das diferenças, semelhantes, transformações e permanências

das gerações passadas e que serve como base aos nossos dias atuais.

Quanto o fato histórico deixa de ser uma ação individual e os grandes eventos

políticos passam a ser compreendido através da ação coletiva. O agente social responsável

pela construção do processo histórico é o grupo, as classes sociais, o coletivo, mesmo não

percebendo com clareza a sua atuação. O tempo histórico não pode estar desvinculado do

conhecimento das formas de vida e sobrevivência dos povos.

O ensino de História pode estimular a visão crítica ao fornecer ao educando um

instrumental que auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele, também dota ao

educando de espírito participativo, qualidade que ele deve ter tanto na vida escolar quanto

familiar, mais tarde no trabalho, na administração de seu município, estado e país. Na

disciplina de História para o ensino fundamental, as dimensões da vida humana constituem

enfoques significativos para o conhecimento da História, assim os conteúdos estruturantes

para esse nível de ensino através da dimensão política, econômico-social e cultural. Serão

trabalhados para formar educandos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas

pessoas que cercam e pelo futuro que vão legar às novas gerações.

OBJETIVOS

A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos ás ações e

as relações humanas praticadas no tempo , bem como a respectiva significação atribuída

pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As correntes historiográficas apresentadas nas diretrizes curriculares são

estruturadas por meio da matriz disciplinar da História proposta por Rusen, segundo ele, a

aprendizagem é um das dimensões e manifestações da consciência histórica. A narrativa

histórica é a forma de apresentação desse conhecimento e se refere à comunicação entre

109

os sujeitos. Para os educandos, esta narrativa precisa ser plausível.

Através das diretrizes curriculares, as contribuições advindas das correntes da

Nova História, Nova História Cultural e Nova esquerda Inglesa, a partir da proposta de

Rusen, o professor contribui para a formação da consciência histórica nos educandos a

partir de uma racionalidade histórica não-linear e multi-temporal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ano

7º ano

8º ano

9º ano

A experiência humana no tempo.

As relações de propriedade.

História das relações da humanidade com

o trabalho

A constituição das instituições sociais.

Os sujeitos e suas relações com o outro

no tempo.

A constituição histórica do mundo

do campo e do mundo da cidade.

Trabalho e a vida em sociedade

A formação do Estado.

Relações históricas entre o campo e a

cidade.

Trabalho e as contradições da

modernidade Sujeitos, guerras e

revoluções As culturas locais e a

cultura comum.

Conflitos e resistências e

produção cultural campo/cidade

Trabalhadores e as conquistas de direito

METODOLOGIA

As aulas serão voltadas para a participação de todos os alunos procurando

desenvolver o senso crítico sobre o mundo em que vive. O trabalho pedagógico através dos

conteúdos estruturantes, porções da realidade, básicos e específicos tem a finalidade de

110

formar o pensamento histórico dos estudantes.

A grande parte do segredo de “gostar” de estudar história está na forma, na

dinâmica proposta para a aula, a partir de aula bem fundamentada em conteúdos utilizando

recursos audiovisuais, livro didático, aulas expositivas, textos complementares, jogos

didáticos, charges, debates, pesquisas, mapas históricos ,filmes e outros.

Ao trabalhar com vestígios na aula de história, é indispensável ir além dos

documentos escritos, com iconográficos, registros orais, testemunhos de história local e

documentos contemporâneos (cinema, quadrinhos, fotografia e informática).

O livro didático é um documento pedagógico popular, mas o encaminhamento

deve ser: leitura, identificar e analisar imagens, estabelecer relações de causalidade e

identificar as ideias principais e secundárias do texto.

O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que através das porções

da realidade, enriquece e inova a relação de conteúdos a serem abordados, permite uma

investigação da região e outras localidades. No decorrer das aulas será abordado os temas

que se referem a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena-Lei 11.645/08

, História do Paraná Lei 13181/03 e Deliberação07/06,Hasteamento e execução do Hino do

Paraná –instrução 13/12,Brigadas Escolares-decreto 4837/12,Violência contra a criança e o

adolescente-Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90,Educação

Ambiental-Lei federal 9795/99,Decreto4281/02 e Deliberação 04/13,Música-

Lei11769/08,Resolução 07/10 e 02/12,Educação Fiscal e Educação Tributária-

Decreto1143/99,portaria413/02,hino do Paraná-Lei 13181/01,Estatuto do Idoso-

lei10741/03,Sexualidade Humana-Lei 11733/97,Educação Alimentar e Nutricional-Lei

11947/09,Prevenção ao uso de drogas-Lei 11343/06,Educação do Trânsito –

Lei9503/97,Direitos Humanos-Resolução 01/12.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação da aprendizagem poderá se realizar por meio de diversos recursos,

de forma continuada e não apenas em momentos específicos. Deve ser caracterizado como

acompanhamento contínuo da aprendizagem dos educandos visando o diagnóstico do que

aprenderam e suas dificuldades.

Os elementos para avaliação acontecerão através de atividades em duplas, em

grupos, sem dispensar as individuais, orais e escritos, pesquisa, elaboração de textos,

debates e análise de filmes e outras atividades que permitam avaliar o educando.

111

Caso o educando apresente rendimento inferior ao objetivo proposto será

oportunizado uma retomada dos conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa recuperar a

meta proposta.

BIBLIOGRAFIA SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica, nova geração. SP, 2ª ed. 2002. DIVALTE, Garcia Figueira, História, série Ensino Médio, editora Ática, volume único, 2001. RODRIGUES, Joelza Ester. História em documento. FTD, São Paulo, 2009. DREGUER, Ricardo. História: cotidiano e mentalidades, atual. São Paulo, 1995. PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida, Ática. volume 4, 1989. COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. Saraiva, São Paulo, 2000. PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2008. PEDRO, Antônio, História por eixos limáticos. São Paulo, FTD, 2002. DREGUER, Ricardo. Contatos entre civilizações do séc. V ao XVI, 2ª ed. São Paulo, Atual, 2000. Internet: UOL escola, webcola, histórianet

9.7 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ENS FUND – INGLÊS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA:

O ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sofreu

constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo

da história. Neste contexto as propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender

as expectativas contemporâneas.

...aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa que afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática (Giroux, 2004).

Desta forma, esta diretriz fundamenta-se na teoria do Círculo de Bakhtin, que

concebe a língua como discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos. Para

112

Bakhtin, cada palavra transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda

enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do outro. É

no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos.

Neste sentido podemos afirmar que a Língua Inglesa é concebida como discurso, não como

estrutura ou código a ser decifrado. Constrói significados e não apenas os transmite.

Sendo assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica (DCE,2008) a Língua Estrangeira Moderna/Inglês apresenta-se como espaço para

ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos

da construção da realidade, considerando a imensa quantidade de informações que circulam

na sociedade.

Isso implica em participar dos processos sociais de construção de linguagem e de

seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido

aos textos. O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma

possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois

permite às comunidades escolares a definição a ser ensinada. Assim, ao tomar a língua

como interação verbal, como espaço de produção de sentido, o conteúdo estruturante

discurso, como prática social, a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura,

da oralidade e da escrita.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência

sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Segundo as

DCEs, “ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas

implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua

materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e

cognitiva.”

Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades

linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se

considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem

sua cultura e mais especificamente neste contexto escolar de “escola do campo”, como tal,

devem ser respeitadas.

Ao estudar uma Língua Estrangeira/Inglês, o aluno/sujeito aprende também como

atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do

outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará

sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.

113

Em consonância com as DCEs e o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo

de ensinar a Língua Estrangeira Moderna/Inglês na escola não é apenas linguístico, mas

ensinar e aprender uma Língua Estrangeira é também ensinar e aprender percepções de

mundo, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive.

No contexto educacional de “escola do campo” espera-se que o alunado

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social. Esta escola, e consecutivamente esta

disciplina – Inglês, tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas

para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, visto que,

esta escola encontra-se na posição de ser (quase que) o único meio de conhecimento

científico historicamente acumulado para este alunado. É na escola onde a maioria destes

estudantes tem seu primeiro contato com uma Língua Estrangeira/Inglês, tornando-se,

portanto uma oportunidade única para se aprender uma segunda língua configurando uma

perspectiva de ampliação de conhecimento. O ensino da Língua Estrangeira Moderna

amplia as possibilidades de ingresso, deste alunado, no mercado de trabalho além de

também criar novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.

OBJETIVOS Com o objetivo de resgatar o valor educativo, a função social e o respeito à

diversidade (cultural, identitária e linguística) desta disciplina, dentro do Currículo da

Educação Básica, busca uma nova concepção teórico-metodológica que corresponde a este

objetivo.

O ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um meio de

se construir sentidos, desempenha um importante papel como dos saberes essenciais, pois

permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade reconhecidamente diversa e

complexa e os insere como participantes ativos, não limitados às suas comunidades locais,

mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS:

114

Leitura ● Identificação do tema; ● Intertextualidade; ● Intencionalidade; ● Léxico; ● Coesão e coerência; ● Funções das classes gramaticais no texto; ● Elementos semânticos; ● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens); ● Marcas linguísticas: particularidade da língua,pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); ● Variedade linguística; ● Acentuação gráfica; ● Ortografia. Escrita ● Interlocultor; ● Tema do texto; ● Finalidade do texto; ● Intencionalidade do texto; ● Intertextualidade; ● Condições de produção; (informação necessária para coerência do texto)

● Léxico

● Coesão e coerência; ● Função das classes gramaticais no texto; ● Elementos semânticos; ● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens); ● Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); ● Variedade linguística; ● Ortografia; ● Acentuação gráfica.

Oralidade ● Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc; ● Adequação do discurso ao gênero; ● Turnos de fala; ● Variações linguísticas; ● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. ● Pronúncia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As atividades propostas priorizam o desenvolvimento da capacidade discursiva

aliada à construção do significado priorizando o desenvolvimento das capacidades de ouvir,

falar, escrever, interpretar situações, discutir, pensar criticamente ea ampliar possibilidades

de interação. Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o

grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, a

115

gramática em si. A leitura, as produções de textos serão através do contato com outros

textos, experiências e o conhecimento adquirido dos alunos que servirão de apoio e

ampliarão as possibilidades de expressão e interesse dos mesmos. Para tanto se organiza a

atividade didática pedagógica por meio de textos, diálogos, exercícios de descobertas de

regras e do funcionamento da língua, e descoberta de sons por meio de atividades fonéticas.

Assim o professor busca em sala de aula um espaço de desenvolvimento de atividades

significativas, usando todos os recursos didáticos possíveis como: exposição dialógica (Vice-

Versa), exposição via televisão TV-PENDRIVE, DVD de filme, documentário, clipe, etc.

Exposição de transparências via retro projetor, TV multimídia elaboração de fichamentos,

resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, utilização de

recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, DVD), a fim de que o aluno vincule o que é

estudado com a sua realidade.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História Cultura Afro-Brasileira e

Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio Ambiente (Lei nº

9.795/99 e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Direitos Humanos

(Resolução 01/12 – CNE/CEB) além dos temas como consumismo, sexualidade (Lei

11733/97), Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525 e Estatuto da Criança e

do Adolescente 8069/90), Prevenção do uso de drogas (Lei 11343/06), Estatuto do Idoso

(Lei 1074/03), Educação para o Trâansito (Lei 9503/97), Educação Alimentar e Nutricional

(Lei 11947/09) que serão abarcados nos diversos gêneros textuais que serão apresentados

e articulados em cada série. E espera-se que os alunos se apropriem de significados

construídos historicamente e que isto lhes possibilite integrar-se no mundo atual,

compreendendo a grande diversidade cultural.

AVALIAÇÃO

A avaliação procura acompanhar o desenvolvimento das atividades de forma

processual e contínua, verificando todos os passos do processo ensino- aprendizagem de

cada aluno. Trata–se de um processo que visa orientar o trabalho pedagógico, nas medidas

em que fornece a visão e o resultado das estratégias utilizadas nas aulas como mecanismo

de ensino. As atividades produzidas em sala de aula construirão diagnósticos em torno do

desempenho da turma, e do estudante em particular, procurando aperfeiçoar as técnicas

quando os objetivos não forem constatados.

Entende-se que a avaliação necessita cumprir seu verdadeiro significado,

116

assumindo a função de subsidiar a construção da aprendizagem. Partindo desse princípio, a

avaliação precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da aprendizagem

de conteúdos, uma vez que ela é parte do processo e tem como objetivo principal subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no

processo ensino-aprendizagem.

Nessa perspectiva o envolvimento dos alunos na construção do significado nas

práticas discursivas será a base para a organização das avaliações ao longo do processo da

aprendizagem.

Leitura

Espera-se que o aluno:

● Realize leitura compreensiva do texto;

● Identifique a ideia principal do texto;

● Identifique o conteúdo temático;

● Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

● Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

● Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

● Analise as intenções do autor;

● Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

● Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

● Amplie seu léxico e as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos

culturais.

Oralidade

Espera-se que o aluno:

● Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);

● Apresente suas ideias com clareza, coerência;

● Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

● Organize a sequência de sua fala;

● Respeite os turnos de fala;

117

● Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

● Exponha seus argumentos;

● Compreenda os argumentos no discurso do outro;

● Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em

língua materna);

● Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

Escrita

Espera-se que o aluno:

● Expresse suas ideias com clareza;

● Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo:

– Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

– À continuidade temática;

● Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

● Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, etc;

● Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio,etc;

● Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em

conformidade com o gênero proposto;

● Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

atrelados aos gêneros trabalhados;

● Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

Em consonância com a concepção metodológica proposta nas DCE e no PPP

desta escola a recuperação de estudos se fará na retomada de conteúdos durante o

processo de ensino e aprendizagem, permitindo assim que todos os alunos tenham

oportunidades de apropriar-se do conhecimento, por meio de metodologias diversificadas e

participativas, portanto ela estará intrinsecamente ligada ao ensino.

A recuperação de estudos será concomitante ao processo letivo, e terá por

lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de

118

avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão as vias para que o

professor perceba os conteúdos que não foram apreendidos e que serão retomados no

processo de recuperação de estudos.

BIBLIOGRAFIA

AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

______. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio – Versão preliminar – 2009. ______. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba: SEED/DEF,2008. COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001. GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, 1999. L PAIVA, V.L.M. O lugar da leitura na aula de Língua Estrangeira. Disponível em:< > LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998. PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São Paulo: Moderna, 2000. ROJO, R.H.R.; MOITA LOPES, L.P.M. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: SEB/ MEC (org.) Orientações Curriculares do Ensino Médio. 1 ed. Brasília: MEC/ seb, 2004.

9.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o

aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de

modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios

pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e

evolui consideravelmente.

119

Portanto, o professor deve assumir uma postura profissional e pessoal

diferenciada para se colocar diante desse desafio, usando metodologias inovadoras que

propiciem ao educando produzir o conhecimento necessário e indispensável para que ele

possa evoluir e participar ativamente do meio em que vive.

É no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o

estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência linguística,

garantindo, então, uma inserção ativa e crítica na sociedade. Logo, é na escola que o

educando, e mais especificamente o da escola pública, deve encontrar o espaço para as

práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes

circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar,

o educando aprende a ter voz e usufruir, com competência linguística, da palavra, numa

sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. É no processo de interação social

que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV,1999,

P.109). Isso implica dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles

“penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham

nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula Bakhtin

1999,p.108). Nesse sentido, ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que

se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o

contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados são social e

historicamente construídos.

Nessa perspectiva, o ensino aprendizagem de Língua Portuguesa visa lapidar os

conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles compreendam os

discursos que os cercam e tenham condições de interagir com tais discursos. Para isso, é

relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se

defrontam, manifestando múltiplas opiniões. Desse modo, é primordial que a escola se torne

um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o

letramento do educando, para que ele se envolva nas práticas do uso da língua, quer seja

de leitura, oralidade e escrita.

Assim, a Língua Portuguesa como fonte inesgotável de recursos tanto na

oralidade como na escrita, deve ampliar o universo do educando, tornando-o cidadão culto e

conhecedor das regras que envolvem a dinâmica da nossa língua, como objeto de estudo e

aprendizado da língua.

120

OBJETIVOS

A disciplina de Língua Portuguesa visa desenvolver saberes que permitam ao

educando interagir nas mais diversas situações de uso da língua portuguesa, bem como que

ele encare a língua como instrumento de comunicação e formação pessoal. Além disso, terá

também não só uma fonte de conhecimento, mas sobretudo um mecanismo que permite

assumir uma postura crítica diante das situações e problemas do dia a dia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSÍCOS:

Leitura, oralidade e escrita.

Conteúdos Básicos 6ºANO

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Argumentos do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

figuras de linguagem.

ESCRITA

Contexto de produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

121

Divisão do texto em parágrafo;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no teto, pontuação,

recursos gráficos, figuras de linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, recursos semânticos.

Conteúdos Básicos 7º ANO

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Ambiguidade;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

figuras de linguagem.

122

ESCRITA

Contexto de produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas, Coerência e coesão textual, função as classes gramaticalismo texto,

pontuação, recursos gráficos ( Como aspas, travessão, negrito), Figuras de linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal;

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias;

Semânticas.

Conteúdos Básicos 8º ANO

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presente no texto;

123

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos;

Semântica;

Ambiguidade;

Operadores argumentativos;

Sentido figurado;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Contexto de produção;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas, Coerência e coesão textual, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( Como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do

texto;

Semântica;

Ambiguidade;

Operadores argumentativos;

Sentido figurado;

Expressões que denotam ironia e humor no texto;

Significado das palavras.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

124

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...,

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias;

Elementos Semânticos;

Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);

Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.

Conteúdos Básicos 9º ANO

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectiva do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas travessão e negritos;

Semântica;

Operadores argumentativos;

Polissemia;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

125

Conteúdo temático;

Contexto de produção;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectiva do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas travessão e negrito;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica: operadores, argumentativos, modalizadores, polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);

Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do

texto.

126

METODOLOGIA

Os professores têm o papel de promover o amadurecimento do domínio

discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que isso se efetue na prática, as

atividades propostas serão orientadas pelas práxis mencionadas abaixo:

● Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

● Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

● Inferências de informações implícitas ;

● Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para

interpretação de textos;

● Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

● Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;

● Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

● Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

● Contação de histórias;

● Narração de fatos reais ou fictícios;

● Discussão sobre o tema a ser produzido;

● Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

● Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

● Produção textual;

● Revisão textual;

● Reestruturação textual;

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de: gêneros selecionados para

leitura ou audição; textos produzidos pelos alunos; dificuldades apresentadas pela turma.

Recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos que serão utilizados: ( TV pen

drive, rádio, cd player, retroprojetor, data -show, jornais, revistas, quadro de giz...);

É mister que a escola visa à cidadania e formação total do educando, para isso é

imprescindível que determinados assuntos façam parte do cotidiano escolar, mas que não

se tornem conteúdos com fins avaliativos. Esses assuntos além de serem uma proposta de

letramento voltada à realidade do educando, permitem-lhe que seja visto como pessoa e

respeitada em sua especificidade, pois ele possui uma história de vida a qual é única. Além

disso, o educando já tem uma bagagem cultural, social e cognitiva que se utilizadas em sala

tornarão as aulas dinâmicas, desencadeando, desse modo, ações que fomentem discussões

127

e consequentemente permitirão que os educandos produzam seus próprios conhecimentos

e utilizem no seu meio em que vive.

Portanto, para o melhor exercício da cidadania, os temas serão contemplados de

forma: a resgatar valores, a cultura local e regional e a sensibilidade do educando; acabar

com preconceito e incutir a ideia de que se deve valorizar e respeitar o conhecimento dos

idosos; despertar no educando o discernimento sobre a função social do tributo, visando a

formação da consciência tributária, bem como o exercício da cidadania, direcionando-o,

então, no tocante a competência e habilidades a serem construídas; Instigar nos educandos

que todos têm direito à vida, à liberdade, à opinião, à expressão, ao trabalho e à educação,

independente de qualquer condição e sem discriminação; suscitar no educando que a

alimentação é fundamental na formação de hábitos e atitudes saudáveis; persuadir no

educando que a educação para o trânsito é uma questão de cidadania, educação e direitos

humanos. Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação

pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto

11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90);

Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99,

Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação

04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação

Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP);

Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08

e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).

No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a

história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08),

ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº

11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na

Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei

11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos

desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das

diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o

educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e

sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo

ainda mais o aspecto cultural do nosso país.

128

AVALIAÇÃO

A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional,

permitiu criar condições legais para que cada escola organizasse dentro de seu alcance os

objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação. Tais metas espelham o

anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por

medidas de não-exclusão dos educandos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas

ou pela efetivação de uma aprendizagem bem sucedida.

A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a

organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma ampla

competência básica a ser dominada por todos os educandos em um determinado período de

tempo. Possibilitando a eles um aprendizado eficiente de acordo com a série que cursou

durante certo período escolar. Sendo que a sua progressão deve acontecer de forma a

garantir o seu acesso à série seguinte com domínio de conteúdos para o seu efetivo avanço

em sua vida escolar.

No processo avaliativo serão usados instrumentos para avaliar o educando tais

como: seminários, apresentação de trabalhos, debates, trabalhos, discussões, provas,

produção textual, etc.

A recuperação de estudos será ofertada a todos (as) os (as) educandos (as),

independente dos resultados por eles (as) obtidos e que os (as) educandos (as) terão a cada

atividade realizada a oportunidade de recuperar notas e conteúdos por período trimestre,

conforme previsto por lei e determinada no Regimento Escolar.

Assim, se espera que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explícitas no texto;

Emita opiniões a respeito do que leu;

Amplie o horizonte de expectativas;

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas;

Expresse suas ideias com clareza;

Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor,

finalidade...);

Diferencie a linguagem formal da informal;

Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos

129

pronomes...

Amplie o léxico.

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. DCE's - Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná. ZUIN,Poliana Bruno; REYES,Cláudia Raimundo. O Ensino da Língua Materna - Dialogando com Vygotsky, Baktin e Paulo Freire. 2012. Ideias & Letras. KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1990; PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: versão preliminar; Curitiba: 2006. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 22. ed. São Paulo: Cortez, 1996. SILVA, Tomaz T.; MOREIRA, Antônio F. (org.). Territórios Contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis, Vozes, 1995. SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

9.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- MATEMÁTICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos

que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de

que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser

classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a

respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da

comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período

demarcou o nascimento da Matemática.

Contudo, como campo do conhecimento, a Matemática emergiu somente mais

tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios

lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as

primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação

das pessoas.

Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades

130

comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos

conhecimentos e ensino voltaram -se às atividades práticas.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento,

denominado de matemática de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos

estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria

das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987).

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,

desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar

engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,

construções de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido

em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que

contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino

com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos

últimos séculos.

As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX procuravam

trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das

engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das

demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas explorações,

indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática

(SCHUBRING, 2003).

Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do

século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a se

multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir

da década de 1970.

No encaminhamento metodológico é importante que o professor reflita sobre

sua concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento, levando em consideração

dois aspectos:

● pode -se conceber a Matemática como algo pronto e acabado tal como nos livros

didáticos que se encadeiam de forma linear, sequencial e sem contradições;

● pode -se conceber a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração,

de modo a levantar questionamentos, dúvidas e contradições.

A Educação Matemática é um campo de estudos que possibilita ao professor

131

balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como

atividade humana em construção.

Pela Educação Matemática, almeja -se um ensino que possibilite aos educandos

análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende

-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para

que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o

desenvolvimento da sociedade.

A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,

para compreender e elaborar ideias. É necessário que o educando aprenda a expressar-se

verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,

diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre

outros. Compreendendo o caráter simbólico desta linguagem e valendo -se dela como

recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender

que enquanto sistema de códigos e regras, a matemática é um bem cultural que permite

comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.

A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída, e reconstruída,

influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por

meio de ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador

precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando

meios para sua superação de desafios.

OBJETIVO

A Matemática tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de habilidades

no sentido de observar e analisar regularidades matemáticas; centrado na prática

pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem o conhecimento

matemático e outras áreas do conhecimento, visando a formação global do cidadão,

mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias,

das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

132

Geometrias

Funções

Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

Sistema de Numeração Decimal e Não Decimal.

Números Naturais;

Números Fracionários

Números Decimais.

Potenciação e Radiciação.

Múltiplos e divisores

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos:

Medidas de comprimento

Medidas de massa

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de tempo

Medidas de ângulo

Sistema monetário.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básicos:

Dados, Tabelas e gráficos

Porcentagem

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos:

133

Geometria Plana

Geometria Espacial.

7ºANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

Números inteiros

Números racionais.

Equação de 1º Grau com uma incógnita.

Inequações do 1º grau

Razão e proporção

Regra de três simples

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos:

Medidas de ângulos

Medidas de temperatura;

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos:

Geometria Plana

Geometria Espacial.

Geometrias Não -Euclidianas;

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico:

Pesquisa Estatísticas

Média Aritmética

Moda e Mediana

Juros simples

134

8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

Números racionais

Números irracionais

Equação do 1º grau

Sistema de equação do 1º grau

Potências

Monômios e polinômios

Produtos notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos:

Medida de comprimento;

Medida de área;

Medidas de ângulos.

Medidas de volume

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos:

Geometria Plana

Geometria Espacial.

Geometria Analítica;

Geometrias não-euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básicos:

Tabelas, gráficos e informação;

População e amostra.

9º ANO

135

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

Números reais

Propriedades da potenciação e radiciação;

Equação do 2º Grau;

Equações biquadradas;

Sistemas de equações do 2º Grau;

Inequações do 2º Grau;

Sistemas de inequações do 2º Grau;

Teorema de Pitágoras;

Regra de três composta.

Equações irracionais

GRANDEZAS E MEDIDA

Conteúdos Básicos:

Relações métricas no triângulo retângulo.

Trigonometria no Triângulo Retângulo;

FUNÇÕES

Conteúdos Básicos:

Noção intuitiva de Função Afim .

Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos:

Geometria Plana

Geometria Espacial.

Geometria Analítica;

Geometria Não -Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básicos:

Noções de Análise Combinatória;

136

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

METODOLOGIA

Articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações

de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar

abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em áreas distintas e

sem vínculos.

Os conteúdos propostos bem como o Programa Nacional de Educação Fiscal

(Portaria 413/2002) serão abordados por meio de tendências metodológicas da Educação

Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:

● Resolução de problemas;

● Modelagem matemática;

● Mídias tecnológicas;

● etnomatemática;

● História da Matemática;

● Investigações matemáticas.

As tendências metodológicas têm grau de importância similar entre si e

complementam -se umas às outras.

Na resolução de problemas, o educando tem oportunidade de aplicar

conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão

proposta. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem

sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses

e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem a

conclusão final.

Segundo Polya (2006), as etapas da resolução de problemas são: compreender o

problema, destacar informações, dados importantes do problema para a sua resolução,

elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova

estratégia, se necessário, até chagar a uma solução aceitável.

Resolver problema é mais que uma frase; é o feito específico da inteligência é

dom específico do homem. A maior parte de nossos pensamentos conscientes está ligada a

137

problemas: quando nos satisfazemos é simples meditações ou devaneios, nossos

pensamentos estão dirigidos para um fim. Resolver problema caracteriza a natureza

humana, e para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática.

A opção metodológica do resultado de problemas, garante a elaboração de

conjecturas, a busca de regularidades a generalização de padrões e exercício da

argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do

conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão

da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da

resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação à aquilo que está sendo

estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar

hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob esta

perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução,

permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que

conduzi ao resultado.

A etonomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan

D'Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas

produzidas pelas diferentes culturas.

Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva

etnomatemática, o ensino ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo

perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em

situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na

cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e

social na qual estão inseridas.

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas

vários e distintos conhecimentos e todos são importantes.

A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um

problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de

um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e

representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem

matemática como estratégia de ensino e aprendizagem oferece contribuições que vão além

da possibilidade de interação da matemática com a realidade (ALMEIDA e BRITO, 2003).

Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,

138

biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas

do mundo.

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do

educando nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, encontrar

modelos matemáticos que respondam essas questões.

No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos

informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico.

Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da

Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado

formas de resolução de problemas.

O uso de mídias tecnológicas existentes e em condições de produzi-las e/ou usá-

las, enquanto mídia educativa, torna o ato de estudar mais agradável e interessante. Esses

recursos podem propiciar interesse no estudo e ampliar as condições de análise no

educando. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um

aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos

sociais e políticos, às circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o

pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é

um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problemas,

na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. A história

deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática.

A prática pedagógica de investigações matemáticas podem ser desencadeadas a

partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas.

Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma

diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é

explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por

exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de

investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação

distintos por diferentes grupos de alunos.

Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de

processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no educando a

capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando

confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a

139

formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da

harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Os Desafios

Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº

10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99,

Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13), Violência contra a criança e o adolescente(Lei nº

11525/07), Música (Lei nº 11769/08, resolução 07/10 e 02/12), Educação Fiscal e Tributária

(Decreto 1143/99, Portaria 413/02), História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação 07/06),

Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03), Sexualidade Humana (Lei 11733/97), Educação para o

Trânsito (Lei 9503/97), Prevenção ao uso de Drogas ( Lei 11343/06), Educação Alimentar e

nutricional ( Lei 11947/09), Direitos Humanos ( Resolução 01/12 – CNE/CP), Brigadas

Escolares ( Decreto 4837/12) serão abordados em diversos momentos conforme forem

pertinentes, nos conteúdos trabalhados.

Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução do

Hino Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definido.

A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos

oferecidos pela mantenedora para compor a Brigada escolar. Há previsto em calendário dias

para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente

diante de uma situação de incêndio no prédio escolar. (Decreto 4837/12).

Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata -se que ela é um

recurso útil para a verificação de resultados, correção de erro, favorece a busca de

percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução

de situações-problemas, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,

mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.

Nenhuma dessas tendências metodológicas apresentadas esgota todas as

possibilidades para realizar com eficácia o processo de ensinar e aprender Matemática, por

isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre elas.

AVALIAÇÃO

As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão

sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas

têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da

aprendizagem (LUCKESI, 2002).

Com o objetivo de superar tal prática, considera- se que a avaliação deve

140

acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos

metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a

relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão

alcançada por ele.

Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de

procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as

consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na

aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para

ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao

professor a reorganização do processo de ensino.

Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao

professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que

podem exigir formas diferenciadas de atendimento alterações de várias naturezas na rotina

cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus

avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.

Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de

constante observação e registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse

registro, para que tanto o professor como o aluno, possam ter uma visão do próprio

crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as produções dos alunos e o

parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível partilhar com

eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e

dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre produto final, mas

sobre o que aconteceu no caminho percorrido.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.

Essas práticas devem possibilitar ao professor se o aluno:

● comunica -se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

● compreende por meio da leitura, o problema matemático;

● elabora um plano que possibilita a solução do problema;

● encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

● realiza o retrospecto da solução de um problema.

Os instrumentos avaliativos na Matemática podem ser diversos: prova escrita,

listas de exercícios debatidas em sala de aula, montagem e resolução de problemas

(desafios) do cotidiano, maquetes, trabalhos em grupos ou individuais, entre outros.

141

A recuperação de estudos é feita concomitantemente com as atividades

avaliativas, detectando na avaliação o que o educando não aprendeu e retomando o

conteúdo de forma diferenciada.

BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, L. M. W e BRITO, D.S. Modelagem matemática na sala de aula: algumas implicações para o ens. e aprendizagem da mat. Anais do XI CIAEM, Blumenal, Rs, 2003. BURIASCO, R.L.C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 12 agosto de 2010. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimental da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pró-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p. 13-44. MIGUEL, A. MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonteç: Autêntica, 2004. MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995. 218.f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdades de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993. PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e consequências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993.

142

PONTE, J. P. et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997. POLYA, G. A arte de Resolver problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos.In: Escola Técnica de Saúde Joaquim Venâncio (org). Temas de Ensino Médio: Trilhos da Identidade. 1 ed. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2004, v.1, p.65-76. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997. SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W.R. (org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p.11-45.

10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO MÉDIO

10.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENS MÉDIO - ARTE

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,

ampliando o repertório cultural do aluno à partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e

culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,

apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizada através da

percepção, da análise, da criação/produção e contextualização histórica.

A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade

criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a

realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa

visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais.

No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma

dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a

linguagem.

No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte com o

conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.

OBJETIVO GERAL

Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o

143

valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa

conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio

artístico cultural presente na comunidade e região.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais

Movimentos e períodos

Tempo e espaço

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Artes Visuais - Arte Primitiva

Arte das primeiras civilizações

Arte greco-romana

Dança - conscientização corporal: corpo, tempo e espaço.

Música - Música Primitiva

ritmo, altura, intensidade, densidade.

Teatro -textos dramáticos

Personagens e ação

Artes Visuais – Colagem, assemblagem e instalação.

Dança - Improvisação coreográfica

Música – Gêneros musicais do século XX.

Teatro – Teatro Político, improvisação, teatro invisível e jogos teatrais.

Artes Visuais -Vanguardas:

Cubismo, fauvismo, dadaísmo, surrealismo, Expressionismo, abstracionismo, Pop Art, Op

Art

Dança - Dança moderna.

Música - Música Moderna

Dodecafonismo, música serial.

Teatro - Teatro Moderno

Teatro do Oprimido

144

Artes Visuais - Arte Contemporânea

Instalação

Cinema

Dança - Improvisação coreográfica

Dança

Teatro contemporâneo

Música - Música Contemporânea erudita

Sons simultâneos, harmonia vocal

Teatro - Performance

Jogos teatrais

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Artes visuais, música, teatro e dança

Arte pré-histórica Realismo

Arte no Antigo Impressionismo

Egito Expressionismo

Arte Grecoromana Fauvismo, Cubismo

Arte Précolombiana Abstracionismo, Dadaismo

Arte Oriental Construtivismo, Surrealismo

Arte Africana Op-art

Arte Medieval Pop-art

Renascimento

Neoclassicismo

Teatro pobre

Teatro do oprimido Teatro do absurdo

Musical serial

Musica eletrônica

Rap, Funk, Tecnologia

Musica

Minimalista

Arte- engajada

Hip-Hop

145

Dança moderna

Dança Contemporânea

Vanguardas

Artísticas

Arte Naif

Arte Popular

Arte brasileira

Arte Paranaense

Indústria cultural

METODOLOGIA

A prática pedagógica em Artes contemplará as Artes visuais, a dança, a

música e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a

sociedade.

Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção

artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas

interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus

modos de expressão e comunicação.

Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,

possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus

elementos constitutivos.

Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através

de atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais

utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos da interação com

o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas,

possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.

Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão

trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a

Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente

8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13

História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº

11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação

Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e

146

Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97;

Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06;

Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 –

CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos

conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino

do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados

conforme o calendário escolar pré-definidos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada

pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso

implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada

momento. Será valorizado a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas,

culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc.) de cada aluno, pois é

necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as atividades

desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a separá-los, observando os

trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos desenhos e outros).

O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e

criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte, reconhecendo a

ação do homem em sociedade através de produções artísticas.

No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de

todos os alunos é fator fundamental para aprendizagem em arte, área em que a marca

pessoal é fonte de criação e de desenvolvimento.

A disciplina pretende: Utilizando seminários, debates, pesquisas, provas,

produção de textos, trabalhos em grupo e individual com apresentações ,criar formas

singulares de pensamento, apreender e expandir potencialidades, perceber, analisar e

contextualizar a produção/criação artística, expressão, manifestação e comunicação por

meio das linguagens artísticas.

BIBLIOGRAFIA BARBOSA, A. M. (org) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.

147

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo, Educ/Faepsp/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MARQUES, I. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006. REGO, L. M. S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

10.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - BIOLOGIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidades

de conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde a curiosidade

e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a observação dos diferentes tipos de

seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento.

Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seres

vivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentes

concepções de vida.

É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vida

sofreram a influência do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas,

políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimento da

ciência biológica e de todos os seus ramos.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

148

Médio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas em

modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam o esforço de

entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua

diversidade de manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a reflexão

de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos naturais e a

utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente,

levando -se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.

É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade social

e o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimento

biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentos de

forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e em que época.

É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacando

os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitos

oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio

num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do significado dos conteúdos

para a formação do aluno neste nível de ensino.

OBJETIVOS

● Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para

problemas existentes e incitando à responsabilidade.

● Estimular o posicionamento consciente dos alunos dos alunos diante de situações de

seu cotidiano.

● Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e

apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem

atemporal.

● Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em

outros contextos relevantes para sua vida.

● Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá -las a situações

diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os conteúdos

149

biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.

Tomando por base as DCEs - Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos como tais

os seguintes:

● Organização dos seres vivos

● Mecanismos biológicos

● Biodiversidade

● Manipulação genética.

● Conforme Lei 11645/08 referente aos desafios contemporâneos faz-se necessário na

disciplina de Biologia destacar que os mesmos fazem parte dos conteúdos estruturantes e

básicos, bem como Drogas, Sexualidade, violência, Cultura Afro e Indígena.

Organização dos Seres Vivos.

Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão

geral de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os seres

vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.

Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco, ancestrais

comuns.

Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes

zoológicas e botânicas.

Mecanismos Biológicos.

Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas

orgânicos tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo

da bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de complexidade,

aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no organismo como um todo.

Biodiversidade - Ecologia.

Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão

inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de forma simbiótica

como de forma deletéria.

As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para

os processos de seleção, evolução e adaptações.

As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento

150

de reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais

precisam ser bem apropriados e entendidos como condição fundamental para a preservação

das espécies, principalmente a humana.

Manipulação Genética.

A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das

ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências não

previstas a curto e médio prazo.

Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e

eutanásia, o embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais vigentes.

CONTEÚDOS BÁSICOS

● Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

● Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

● Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

● Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

● Teorias evolutivas.

● Transmissão das características hereditárias.

● Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com

o ambiente.

● Organismos geneticamente modificados.

1º SÉRIE

1º TRIMESTRE

Introdução ao estudo da Biologia e seus ramos

Características gerais dos seres vivos:

A química das células

Ecologia: conceitos básicos, população, comunidade, ecossistema, biosfera, habitat, nicho

ecológico, componentes bióticos e abióticos.

Níveis tróficos (produtores, consumidores, decompositores, cadeia alimentar e teia

alimentar).

Fluxo de matéria e energia: pirâmides ecológicas.

151

Relações entre os seres vivos: inter e intraespecíficas.

2º TRIMESTRE

Divisão da Biosfera: noções de biomas e principais tipos de biomas brasileiros.

Dinâmicas de populações: fatores que caracterizam uma população e fatores extrínsecos;

Noções e tipos de sucessões ecológicas. - Desequilíbrios ecológicos e impacto humano na

biosfera

Origem da vida

Introdução à Citologia

Composição química dos seres vivo

Formas e constituições celulares

Medidas usadas em citologia

Observação de células(animal e vegetal)

Estruturas celulares e suas funções

3 º TRIMESTE

Metabolismo energético da célula

Núcleo e Divisão celular (mitose e meiose)

Embriologia animal

Histologia animal

2ª SÉRIE

1º TRIMESTRE

Biodiversidade

Classificação dos seres vivos

Taxonomia e sistemáticas noções fundamentais;

Vírus - características e tipos de doenças.

Reino monera – características e tipos principais de doenças;

Reino protista – características, algas, filo Protozoa (características e endemias)

Reino Fungi – características, importância e liquens;

2º TRIMESTRE

Reino plantae - características fundamentais e aspectos evolutivos dos grupos Vegetais;

Noções gerais de reproduções do reino plantae – aspectos evolutivos e ciclos Reprodutivos

(haplobiontes, diplobiontes e haplodiplobiontes);

152

Algas suas características;

Briófitas - características;

Pteridófitas - características;

Gimnospermas, Angiospermas e suas características;

Morfologia externa e fisiologia da raiz, caule, folha, flor, fruto e semente.

3º TRIMESTRE

Reino animal: classificação geral

Distribuição dos animais em grupos (organização morfológica e funcional, habitat, endemias,

importância, representantes dos filos).

Filo porífera, Cnidária, Plathelmintes, Nematoda,Molusca, Arthropoda, Echinodermata,

Chordata.

Vertebrados (características morfológicas, habitat, importância e principais representantes).

Peixes ósseos e cartilaginosos.

Tetrápoda (Amphibia, Reptília, Aves, Mammalia

Anatomia e fisiologia comparada dos vertebrados (sistema tegumentário, digestório,

circulatório, excretor, nervoso e reprodutor do Chordata); Sistema cardiovascular, Sistema

urinário; Sistema nervoso e endócrino;

Sistema reprodutor;

3 o ANO

1º TRIMESTRE

Evolução humana: Os primeiros hominídeos.

Anatomia e fisiologia humana- Sistema Locomotor.

Fisiologia Humana- Sistema Nervoso

Os sentidos: Tato, Visão, Audição, Paladar e Olfato.

Fisiologia Humana: digestão e nutrição.

Respiração, Circulação e Excreção - Sistema Hormonal e Reprodução.

2º TRIMESTE

Introdução ao estudo da Genética: conceitos e histórico

Primeira Lei de Mendel : cruzamentos, probabilidades e genealogias.

Ausência de dominância.

Genes letais, codominância, alelos múltiplos. - Segunda Lei de Mendel-diibridismo,

triibridismo e poliibridismo;

Polialelia: alelos múltiplos; genes letais; sistema ABO, fator Rhesus; -Grupos sanguíneos do

153

sistema MN;

Herança do sexo: cromossomos sexuais, herança ligada ao sexo, herança restrita ao sexo,

herança influenciada pelo sexo e alguns casos de alterações cromossomiais.

Interação gênica- epistasia, herança quantitativa e pleiotropía.

3º TRIMESTRE

Linkagen e mapeamento genético.

Evolução: mecanismos evolutivos; evidências da evolução; genética das populações.

Biotecnologia: enzima de restrição, Identificação de pessoas, mapeamento dos

cromossomos; DNA recombinante e organismos transgênicos; clonagem de DNA e

organismos multicelulares; terapia gênica, vacinas gênicas.

Ecologia – conceitos

TEMAS SÓCIO EDUCACIONAIS

Segue em anexo as Leis referentes aos temas Sócio-educacionais, as quais

serão trabalhadas a medida que o conteúdo exija:

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei no 11.645/08);

Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência

contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal

n.°11525/07); Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.°1143/99 - Portaria n.°

413/02); Educação Ambiental (Lei Federal n.°9795/99 - Decreto n.° (4281/02 ); História do

Paraná. (Lei n.°13.181/01); Música (Lei n.°11769/08 );Estatuto do Idoso(Lei

10741/03):conteúdos voltados ao envelhecimento , ao respeito e a valorização do idoso, de

forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria; Educação para

o Trânsito(Lei 9503/97-Código de Trânsito Brasileiro), Brigadas Escolares ( Decreto

4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos ( somente para as estaduais) -

Instrução no 013/2012 SUED/SEED e Lei no 12.031 de 21/09/2009, Educação Alimentar e

Nutricional e Educação em Direitos humanos - Lei no 11.947 de 16/06/2009, Resolução no

01/2012 – CNE/CP Os chamados “Temas Sócio educacionais” devem passar pelo currículo

como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da

intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreender como

parte da realidade concreta e explicitar nas múltiplas determinações que produzem e

explicam os fatos sociais, tais como :Cidadania e direitos humanos: Educação Ambiental(Lei

nº 9.795/99). Educação Tributária e Fiscal (Lei 11.43/99 portaria 413/02); Enfrentamento a

154

Violência e Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei 9.970 de 17.05.2000, 11.343 de

23.08.2006), Direito das Crianças e dos Adolescente (Lei 11.525de 25.09.2007), Educação

Sexual, Gênero e Diversidade sexual, Saúde na Escola, Historia e Cultura Afro-Brasileira

(Lei nº 10639/03) e Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08). Dengue (Lei Federal – 12235 e Lei

Estadual: 17675)

Essas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das

contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos

sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de

grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,

práticas, representações e identidades dos educando e educadores.

Os “Temas Sócio educacionais” correspondem as questões importantes, urgentes

e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos

temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua dinâmica,

dando a mesma importância das áreas convencionais, é necessário que a escola trate de

questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se vêm confrontados no seu

dia a dia.

Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela

democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a

aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações

visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.

Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso

ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, mas

isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as

diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de

todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.

Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares,

trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados, negras e negros,

povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.

Bem como, assumir a continuidade das discussões étnico raciais. Para isso,

nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes coletivas, as quais

devem ser constantes, pois são de grande significado para todos os profissionais da

educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educando e educadores) e os

condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso escolar, de forma que

possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos preconceitos existentes e

155

garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo educacional.

Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações

Étnico raciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro Brasileira, Africana e

Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino

assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de

uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.

METODOLOGIA

Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim, a

uma ideia atribui valor quando ela pode ser frequentemente usada como resposta a

questões postas.

Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões

formativas, pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico bem

como a aprendizagem científica.

Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os

conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento histórico

social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano em cada

momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua interferência, neles interferiu. A

metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um

conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.

É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada

novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de outro já conhecido.

Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para demonstrar o

conhecimento adquirido ou para construir um novo . O método experimental promove a

investigação, a formulação de hipóteses, a problematização e a argumentação através de

experiências empíricas. O laboratório do CE Maria de Jesus permite a realização de

diversas atividades práticas, experimentais e investigativas, possibilitando o

desenvolvimento das habilidades descritas acima. Através de provas objetivas e subjetivas;

relatórios de práticas de laboratório de Biologia; apresentação de seminários; apresentação

de pesquisas através da Internet; relatórios de visitas em Parques ecológicos e Usinas

hidrelétricas; relatórios de Filmes afins; participação com amostras na Semana cultural,

Ações de sensibilização e divulgação sobre Saúde e Meio Ambiente. Bem como a utilização

das tecnologias e recursos didáticos: como uso da TV pendrive , Data-Show, microscópios

156

ópticos ,computadores, leitor de CD, revistas cientificas, livros didáticos; etc).

O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam os conceitos

produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e os

resultados obtidos.

Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções

anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve propiciar um entendimento

sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente,

provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico social científico - tecnológico.

AVALIAÇÃO

A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias,

sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos

de aprendizagem.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de

conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.

A avaliação na Disciplina de Biologia, será contínua e constante, seja ela de

forma escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que

caracterize uma apreensão do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e aluno,

permite ao educador notar e perceber o desenvolvimento do conhecimento cognitivo,

apresentado pelo educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada a

capacidade cognitiva gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando apresenta

na compreensão das relações dos conhecimentos, envolvido em cada fenômeno, cada fato

ou cada ato.

Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno,

considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários,

bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele

não sistematizado, etc.

Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais

diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na

aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar produzir

textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de

vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em

157

consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar

o seu conhecimento.

No processo avaliativo será realizado da seguinte forma: no mínimo duas

avaliações bimestrais e atividades diversificadas como pesquisas, experiências laboratoriais,

leitura de textos de jornais e revistas, debates, produção textual, análise de filmes.

O processo de avaliação visa a julgar como e quanto dos objetivos iniciais

definidos, no plano de trabalho do professor foi cumprido. Necessariamente, deve estar

estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de

revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte do

professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados

quanto na análise do processo de aprendizado.

A avaliação é elemento integrador do processo ensino e aprendizagem, visando o

aperfeiçoamento, a confiança e naturalidade do processo, como um instrumento que

possibilita identificar avanços e dificuldades, levando a buscar caminhos para solucionar.

O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o

conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e

interpretar textos, fazendo uso das representações físicas como tabelas, gráficos, equações

sistemas de unidades, etc.

Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno foi

modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode gerar uma

discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se avalia o

quanto, como e por que o aprendizado se deu.

Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a todas

as ações do aluno, levando em conta os pressupostos teórico-metodológicos da disciplina;

deverá também ser diversificada, para contemplar as diferentes habilidades apresentadas

pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no

decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes instrumentos de

avaliação:

● Prova escrita

● Trabalhos individuais e em grupo

● Experiências

● Pesquisa bibliográfica

● Testes orais e escritos

158

● Criatividade observada nos trabalhos

● Produção nas aulas práticas

● Auto avaliação

● Debates e seminários

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Verificar assimilação de conteúdos de forma continuada e paralela através da

escrita, oralidade, observação, pratica e trabalhos que busquem a critica sobre temas

envolvidos e outros que possam estar relacionados aos mencionados em sala de aula.

Sempre que possível ouvir opiniões sobre as aulas e assuntos abordados ou

escrever opiniões próprias do assunto para que se expressem.

Finalizando o trabalho para que realmente, os alunos consigam construir os

resultados necessários da aprendizagem.

● Avaliação através de trabalhos individuais e em grupos;

● Avaliação do desempenho, interesse e participação em sala de aula;

● Apresentação de resolução de exercícios, trabalhos de pesquisa e aplicação dos

conteúdos;

● Avaliação através de provas individuais e descritivas.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

O professor deverá fazer recuperação de todos os conteúdos apresentados,

concomitantemente para os alunos que não se apropriarem desse conhecimento,

verificando-se as dúvidas e deficiências de aprendizado, procurando trabalhar os conteúdos

de uma forma diferenciada e oportunizando nova avaliação, considerando que devemos

respeitar o crescimento individual de cada aluno.

BIBLIOGRAFIA AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São Paulo Moderna, 1974 e 1990. BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002. CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. (

159

Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDES, 2001. CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossa Curitiba. Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de Educação. Curitiba, 1998. CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único. FAVORETTO, José Arnaldo. Biologia .Volume único. FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologia volume único. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico -crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de Ciências. Uma proposta de intervenção. JUNQUEIRA E CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular. LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova Geração 2002. LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3. LOPES, Sônia. Biologia. Volume único. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macro regionais da Agenda 21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar. Curitiba. 2004. PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion – Socioeducativo. Narcea, Madrid, 1991. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único. SAVIANI, D. Pedagogia histórico - crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação – SEED. 2008 BIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba SEED- PR, 2008

10.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - EDUCAÇAO FÍSICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

160

Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica,

antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente

por sua constituição interdisciplinar.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve

estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana.

Deve-se considerar que a Educação Física abrange todas as áreas propiciando

uma educação voltada para a consciência crítica, oportunizando ao aluno dar novo

significado aos seus valores como cidadão.

Dessa forma espera-se que por meio da Educação Física os alunos aprendam a

reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras de crescimento coletivo, dialogando,

refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

A Educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais,

destacando:

● A ampliação para além das abordagens centrada na motricidade

● Conteúdos que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade do aluno

● As práticas pedagógicas corporais devem primar o desenvolvimento do sujeito

unilateral

● Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo

● Integrar no processo pedagógico a formação humana do aluno

A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do

corpo, considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo

critérios para aqueles que apresentam dificuldades em realizar as atividades propostas pelo

grupo.

Pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o

diferente e sejam capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos

contextos sociais em que estão inseridos.

OBJETIVOS

Compreender a Educação Física como participação social e exercício de

cidadania, no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho,

adotando atitudes de respeito, solidariedade e cooperação e estimulando todas as formas de

manifestações e linguagem corporais, valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de

qualidade de vida e melhoria do ambiente de convívio.

161

CONTEÚDOS

1º ano 2º ano 3º ano Conteúdos

Estruturantes Conteúdos Básicos

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos

Estruturantes Conteúdos Básicos

Esportes

Futsal Atletismo Handebol Voleibol

Basquetebol

Esportes

Tênis de mesa Handebol Voleibol

Basquetebol

Esportes

Handebol voleibol

Basquetebol punhobol

Ginástica

Atividade física e qualidade de vida condicionamento

físico.

Ginástica

Ginástica artística/olímpica, condicionamento

físico.

Ginástica Alongamento

aeróbica localizada

Dança Danças do folclore

paranaense,salão e de rua.

Lutas Lutas com

aproximação, com distância, copoeira.

Lutas Jiu jitsu

taekwondo esgrima

jogos Jogos de salão,

dramáticos e cooperativos.

Dança Folclóricas, de salão e de rua.

Dança Hip hop

expressão corporal

Jogos Jogos adaptados,

de rua Jogos

Xadrez mímica

construção de brinquedos

METODOLOGIA

No decorrer dos períodos históricos, a Educação Física passou por influências de

várias correntes de pensamento e por muitas transformações que desencadearam

mudanças de comportamento e atitudes no fazer pedagógico e na aprendizagem do

educando.

No Ensino Médio os alunos já possuem a capacidade de compreensão de sua

expressividade corporal. Uma contribuição valiosa são os elementos articuladores: a

desportivização, a mídia, a saúde, o corpo, a tática e a técnica, o lazer e a diversidade que

terão o compromisso de transformar e fazer da disciplina uma prática pedagógica efetiva.

Através de debates ou palestras colocar os Temas: Articular os conhecimentos

artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos

pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal

11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal

9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana -

Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução

07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;

História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03;

Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção

162

ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos

Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão

abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados.

Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei

12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.

Portanto, se faz necessária a compreensão da Educação Física como disciplina

de integração, área de conhecimento que integra o aluno às práticas corporais e forma um

cidadão capaz de entender o meio, interpretar as ações sociais e políticas e reescrever

através de seus movimentos as novas linguagens e concepções a serem apresentadas para

o mundo na atualidade. Este ser crítico precisa saber utilizar o seu corpo como instrumento

de comunicação, expressão de sentimentos de sentimentos e emoções, de lazer, de

trabalho, e também para a melhoria da saúde. É fundamental oportunizar o desenvolvimento

de suas potencialidades individuai e no coletivo para crescimento para crescimento do ser

em sua totalidade no meio escolar e na comunidade em que vive.

AVALIAÇÃO

Historicamente e termo avaliação, vem sendo discutido por professores, mestres,

e comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê mais segurança na

ampliação e na medição de desempenho e das capacidades físicas.

Primeiramente a avaliação deverá ser colocada a serviço da aprendizagem de

todos os alunos, de modo que envolva o conjunto das ações pedagógicas. Está vinculada ao

Projeto Político Pedagógico (PPP), com critério estabelecido de forma clara, priorizando a

qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, conforme as Diretrizes Curriculares da

Educação (DCE), o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas

também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica, sendo,

processual e cumulativa, identificando dessa forma o progresso qualitativo do aluno durante

o ano letivo.

O processo de verificação de aprendizagem será feito através de avaliações

práticas e teóricas, trabalhos escritos, pesquisas, seminários e debates.

Para recuperação da aprendizagem, serão oportunizadas atividades diferenciadas

do mesmo conteúdo e contexto, supervisionadas pelo professor e equipe pedagógica, em

época determinada pelo professor, visando a aquisição do conhecimento por parte dos

alunos que por ventura demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de

163

encontro com as orientações da Proposta Pedagógica Curricular ( PPC).

BIBLIOGRAFIA BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:Cortez, 1992. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de Eduação Física na escola básica? Pensar e prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Diretrizes curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba: SEED/DEM, 2008. SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2001.

10.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FILOSOFIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e epistemológicos,

a filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender ideias fundamentais. A filosofia

gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua história, os

quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões promissoras e criativas que

desencadeiam ações e transformações. É por essa razão que eles permanecem atuais.

A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado como

significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento de ações e

transformações.

Essa linha de argumentação está na Declaração de Paris para a Filosofia,

aprovada nas jornadas internacionais, quando sublinha:

“(...) ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas (...)”.

164

Considera-se que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente

nenhuma ideia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em

verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros –

permite a cada um aprender e pensar por si mesmo (...)

Neste sentido entende-se que, pelo menos, três atitudes caracterizam o

pensamento filosófico:

Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos sagrados,

mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.

Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber

criando uma fratura entre o mundo do sujeito res cogita e o mundo da extensão res extensa.

A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando uma noção de totalidade.

O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A

racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade argumentativa.

Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental para o

desenvolvimento de pessoas capazes de se auto - determinar, de interpretar a realidade de

maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e

de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva, possibilitando a formação de

sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.

Baseado nestes apontamentos entende-se a importância do ensino de Filosofia

na Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a complexidade do

mundo contemporâneo.

OBJETIVOS

Oferecer um suporte fundamental para o desenvolvimento de pessoas capazes

de se auto determinar, de interpretar a realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar

criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e de reelaborar o saber de maneira

pessoal e construtiva, possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em

sua cidadania.

Olhar a Filosofia como uma experiência de pensar ligada à vida individual e

social, na perspectiva de sujeitos críticos, conscientes, competentes e comprometidos,

sujeitos para e com os outros.

A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de

provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da

165

investigação, da análise e da criação de conceitos. o ensino de filosofia como criação de

conceitos deve abrir espaço para que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o

vivido, a fim de que consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar

conceitos.

Essa ideia de criação de conceitos como resultado da atividade filosófica no Ensino Médio

não deve ser confundida com a perspectiva acadêmica de alta especialização, ou seja, o

que se pretende é o trabalho com o conceito na dimensão pedagógica.

- Proporcionar espaço para debates e diálogos sobre a Origem do pensamento racional,

bem como a leitura de textos clássicos da Literatura e da Filosofia, com o objetivo de

despertar a reflexão crítica e a participação cidadã.

- Propiciar um contato com a Filosofia naquilo que ela tem de específico, a partir de seus

principais problemas e autores.

- Desenvolver um aparato conceitual filosófico;

- Reelaborar conceitos;

- Problematizar situações discursivas; de argumentar filosoficamente;

- Formular raciocínio lógico, coerente e crítico; de desmistificar a realidade;

- Fazer um elo entre a teoria e a pratica, o abstrato e o empírico.

- Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, reconhecendo momentos de realização pessoal,

superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da sua existência enquanto ser

humano;

- Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem apontar uma

hierarquia de valores sem apontar uma referência, mas sim dentro do seu próprio contexto.

- Conhecer a origem e os conceitos filosóficos;

- Mostrar as principais características, os métodos, o pensamento e a influência dos

principais filósofos em todas as etapas da história da filosofia;

- Apresentar os textos clássicos da mitologia grega;

Compreender os conteúdos programáticos: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,

Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

3.1 - Mito e Filosofia:

Relação Mito e Filosofia: - Ordem e desordem; O mito e a Origem de todas as

166

coisas; O nascimento da Filosofia; A vida cotidiana na sociedade Grega; A razão filosófica e

consciência mítica e perspectiva filosófica – narrativas míticas. Atualidade do Mito e o mito

hoje.

Saber Mítico e Saber Filosófico - O deserto do Real:- Das sombras ao logos: Mito

da caverna (república, livro VII); Do senso comum ao senso filosófico; Racionalização do

mito: A questão do conhecimento; Reflexão filosófica e razão científica; Ciência e senso

comum.

O que é filosofia?- Ironia e Maiêutica: - Ironia e Filosofia;; Filosofia como exercício

da Ironia; Missão de Sócrates; Ironia na história da Filosofia; Ironia Moderna; Ironia na

Música; Ironia em Machado de Assis e Alienação e ironia.

3.2 - Teoria do Conhecimento:

A Possibilidade e o Problema do Conhecimento: - “Conhecimento” como

Justificação teórica; Teoria e prática; As fontes do conhecimento; Platão e Protágoras:

relativismo e racionalismos; Filosofia e história; Filosofia e matemática; As formas de

Conhecimento: Conhecer para transformar;

A Questão do Método - Filosofia e Método: - As Críticas de Aristóteles a Platão; A

lógica aristotélica; Descartes e as regras para bem conduzir a razão; Filosofia e Matemática;

História: o contexto de descartes;

Perspectiva do Conhecimento: - Penso, logo existo; Hume e a experiência no

processo de conhecimento; Kant e a crítica da razão; Crítica da Razão pura; Kant e o

iluminismo; Kant e a física.

O Conhecimento e a Lógica: Lógica formal, informal, proposição e os tipos de

lógica.

3.3 – Ética:

Ética e Moral - A virtude em Aristóteles e Sêneca – Ética e felicidade; A polis e a

felicidade; como atingir a felicidade; felicidade e virtude; Sêneca e a felicidade.

Pluralidade Ética: Contemporânea, Antiga, moderna e medieval, etc.

Razão, desejo e vontade relacionados à dimensão da ética e moral.

Amizade – Amizade como questão para a Ética; A amizade e a justiça; A amizade

é algo humano; O determinante da Amizade; Amizade e sociedade; O homem: animal

racional.

167

Liberdade – O que é liberdade; Liberdade: a contribuição de Guilherme de

Ockham; discussão em torno da liberdade; Liberdade: contribuição de Etienne de La Boétie;

Por que os homens entregam sua liberdade? O homem e a liberdade; Os limites da

liberdade (Brasil 1968).

Liberdade: Autonomia do sujeito e a necessidades das normas - Liberdade em

Satre – Jean-Paul Satre e a liberdade; a existência precede a essência; O homem e a

liberdade; O homem é o que ele faz e senso comum ético e a responsabilidade.

Ética e Sexualidade no mundo contemporâneo.

Ética e o problema da violência nas suas diversas formas. Como superar?

3.4 – Filosofia Política:

Em busca da essência do Político: - Preconceito contra a política e a política de

fato; O ideal político; os Gregos e a esfera pública; A democracia e o surgimento; a

importância da retórica Ateniense; vida pública e a autoridade.

Relações entre Comunidade e Poder;

Liberdade e igualdade política;

Esfera Pública e Privada;

Política e Ideologia;

Cidadania formal e/ou participativa;

A Política em Maquiavel – A questão do poder; Ética e política; Virtù e fortuna; O

Estado; Maquiavel e a história como método.

Política e Violência – O Estado como detentor do o monopólio da violência;

Origem; O contrato social; Relação entre violência e poder; Desigualdades sociais e

violência no Brasil; Direitos sociais e Violência.

A Democracia em questão – Modernidade e individualismo; A concepção liberal

de política; Propriedade privada (Loke); Concepções de liberdade em Benjamim Constant; A

representação política; Liberalismo e socialismo; A crítica de Marx ao liberalismo; Marx e o

marxismo X emancipação humana; Feuerbasch e o conceito de alienação; A essência do

cristianismo; Marx e a liberdade; republicanismo e a liberdade antes do liberalismo; A lei

como garantia da liberdade; Cidadania ativa; Orçamento participativo e a criação de um

novo espaço público.

3.5 - Filosofia da Ciência:

168

Concepção de Ciência o progresso da ciência – 0 que é ciência? Filosofia e ciência, senso

comum e ciência; O universo de Ptolomeu; Galileu e o novo espírito cientifico; Descobertas.

Ciência e Ideologia;

Ciência e Ética;

Contribuições e limites da ciência;

A questão do método Científico;

Pensar a Ciência – Filosofia da Ciência; Diferença entre ciência comum e revolucionária;

Revoluções científicas; Progresso na Ciência; As conseqüências sociais e políticas de uma

nova ciência;

Bioética – Conceito o que é; Bioética Geral, especial, clínica ou de decisão; Tendências na

Bioética; Dimensão histórica da Bioética; Aborto e a Bioética; Educação sexual.

3.6 – Estética:

Pensar a Beleza – Busca da beleza; Necessidade da estética; A estética entre os

gregos: Platão, Sócrates e Aristóteles; A estética no renascimento, no mundo Moderno,

Contemporâneo; surgimento do belo e as principais idéias dos filósofos a respeito da

Estética. Cultura da estética e o belo hoje.

Filosofia e Arte;

Estética e Sociedade;

Categorias Estéticas – feio, belo, sublime, cômico, grotesco, gosto, etc.;

A Universalidade do gosto – O mercado do gosto; Gosto como um fato social; o

Juízo do gosto na Filosofia, na arte; David Hume, Kant o que pensam sobre o belo;

Universalização e exigência do gosto e do belo; Belo clássico; Materialismo histórico.

A Arte – A necessidade da Arte; Arte e sociedade; pensamento de Karl Mannheim

e Ernst Fischer; Hegel e o espírito absoluto; A arte e a manifestação do espírito; As diversas

formas de arte para Hegel;

Orientações Importantes: Além desses conteúdos – procura-se dar uma visão de

toda a filosofia, suas correntes, pensamentos, os principais filósofos, seus métodos, teorias

e ideias, bem como Questões temáticas atuais, para que o educando possa chegar ao final

de cada etapa consciente de ter obtido uma filosofia de qualidade. Serão contemplados os

conteúdos básicos referente aos desafios contemporâneos dentro de cada conteúdo

estruturante.

Os conteúdos acima serão todos abordados, porém, cada série terá seus

169

conteúdos Estruturantes, seus conteúdos Básicos, Objetivos, Metodologia e Avaliação

correspondente. Em cada Escola, procura-se adequar os planos de trabalho docente de

acordo com a proposta curricular de sua disciplina. Conforme a grade escolar algumas

turmas deverão adaptar os seus conteúdos para que possa contemplar no final do ensino

médio os conteúdos propostos pela disciplina. A proposta dos três anos do Ensino Médio

relativo aos conteúdos Estruturantes: 1ª Série: Mito e Filosofia; Teoria do conhecimento. 2ª

Série Ética e Filosofia Política. 3ª Série: Filosofia da Ciência e Estética.

METODOLOGIA

A abordagem teórica metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para

o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá

dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte,

história, cultura – a fim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes e seus

conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os

textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Quanto à metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos aqui a sugestão de

Deleuze e Guattari; o método consistirá:

Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto; para tanto serão

utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que possam vir a ser

utilizados; Só pensamos quando somos instigados a isso por problemas. Pensar é uma

necessidade vital motivada pelos problemas; portanto, não basta que o professor apresente

aos estudantes problemas artificiais, mas sim que sejam vividos pelos alunos. Através da

sensibilização acima proposta o aluno possa fazer o movimento do pensamento e assim

possa despertar o interesse por um determinado tema. Em outras palavras iluminação com

recursos gerais.

PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema,

evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme, quadro, livro, etc.

Também na problematização se verifica o conceito importante envolvidos no problema;

Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais elementos a classe e cada

educando terão para produzir sua própria experiência de pensamento.

Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a cabo

uma INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses problemas. Aqui

o professor faz uso da história da filosofia, recorrendo a filósofos que em sua época e em

170

seu contexto pensaram sobre o tema que está sendo abordado. A história da filosofia e os

filósofos, tomados como ferramentas para compreender melhor aquele tema ou problema

que está sendo investigado, ganham um sentido e um significado especial, não sendo

apenas mais um conteúdo a ser abordado simplesmente.

Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a formulação

e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto lógico e metodologicamente

estruturado.

Esta etapa também chamada de CONCEITUAÇÃO consiste no exercício da

experiência filosófica propriamente dita. O Educando recria os conceitos estudando,

refazendo ele mesmo o pensamento que levou à sua criação, desde o problema inicial, ou

ainda ele é estimulado a criar um novo conceito, que ofereça uma outra forma de equacionar

o problema enfrentado. Concluindo: É esse tipo de autonomia e liberdade de pensamento

que as aulas de filosofia no ensino médio de modo especial nestes primeiros anos podem

oportunizar os estudantes ao entendimento e o gosto em filosofar, formando assim jovens

conscientes.

Além destas quatro dimensões será utilizada recursos didático-pedagógicos e

tecnológicos como uma forma metodológica que contemple todo o processo filosófico de

uma forma coerente: Será utilizado o livro didático Iniciação à Filosofia de autoria da filósofa

Marilena Cauí, pois, o mesmo é completo, prático, objetivo e conteúdo são básicos e

fundamentais. A metodologia utilizada será constituída também de aulas expositivas, leitura,

análise e interpretação de textos clássicos, Laboratório informática, Pesquisas, trabalho

individuais em grupo, apresentações; será utilizada também a música, CD, DVD, TV - Rádio,

poesia, xérox, livros de referência Projeto e Pesquisas, Tv pen-drive, jornais, revistas,

quadro de giz. Neste processo metodológico contemplarei todos estes aspectos e estarei

aberto a novas propostas seja dos alunos, Equipe Pedagógica, Ensino e Direção.

Enquanto conhecimento do mundo que cerca o educando o conteúdo deverá ser proposto a partir

do cotidiano escolar em sua miscigenação e diversidade. Para tal serão abordadas temáticas como o respeito

ao indivíduo como um todo sem raça credo ou posição política. Serão incorporados textos e pesquisa sobra a

história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08), ao Meio Ambiente (

Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11.525/07), sobretudo quando o assunto

estiver relacionado a ética. A Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99 – Portaria nº 413/02), será

incorporada em forma de texto e discussões em Filosofia Política. Serão também trabalhados Lei 11645/08 -

que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura Indígena; Serão trabalhados ainda - História do Paraná.

( Lei 13181/01); obrigatoriedade do ensino da Música (Lei 11769/08); execução do hino nacional (Lei

12031/09); Estatuto do idoso (Lei 10741/03); Sexualidade humana (Lei 11733/97); Hasteamento e execução do

171

hino do Paraná – instrução 13/12; Resolução 01/12 – CNE/CP; Educação para o transito (Lei 9503/97);

Prevenção ao uso de drogas (Lei 11343/06); Educação alimentar e nutricional (Lei 11947/09); e Brigadas

escolares – Decreto 4837/12.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também observa a idade em

que os alunos estão sendo inseridos para então definir o encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade. Corresponde ao

período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas, cognitivas, sociais e afetivas. As

mudanças sofridas pelo adolescente têm consequências ao nível do seu relacionamento

interpessoal, familiar, escolar e social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica que ele

chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no período da

adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente incutido. O jovem que teve

a oportunidade de ter uma referência de autoridade positiva na infância tem mais facilidade

em integrar-se socialmente, ou seja, em acatar as regras necessárias para viver em

sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades da

idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e necessidades,

favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na melhora do processo

ensino aprendizagem.

Temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola;

Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual Gênero e Diversidade Sexual. Os

temas serão motivo de pesquisa e projetos desenvolvidos nas atividades escolares como

forma de conscientização e valorização das diferenças existentes em nosso meio,

abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o nosso educando entenda que por trás

das diferenças existe um ser humano com seus valores e sua concepção de vida, que faz

dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo ainda mais o aspecto cultural do

nosso país.

AVALIAÇÃO

172

Na complexidade do mundo contemporânea com suas múltiplas particularidades

e especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar os

conteúdos básicos do conteúdo estruturante diversos elaborando respostas aos problemas

suscitados e investigados. Com a problematização e investigação o estudante desenvolverá

a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quanto

toma posição e de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá

condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode

ser avaliado pelo próprio estudante e professor.

A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem finalidade em

si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no

processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores

estudantes e a própria instituição de ensino está construindo coletivamente. Sendo assim,

apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se

resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história

da filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade

de tratar deste ou daquele tema. A avaliação será harmônica com a metodologia de

trabalho, contínua e dar-se-á por meio da participação nas atividades e em grupo,

apresentações de seminários, testes escritos e orais, relatórios, auto-avaliações, elaboração

de textos filosóficos, pesquisas Laboratório informática levando em conta a capacidade de

leitura e interpretação, assim como a produção e o desenvolvimento de conceitos na ação

educacional. Portanto, a avaliação estará presente em todos os momentos no processo

ensino-aprendizagem, como processo contínuo, gradual e permanente que representa um

instrumento, eficiente, eficaz, prático, possibilitando democratizar e auto avaliar os

conteúdos educacionais, pois, deverá ser levando em conta a participação em todos os seus

aspectos.

RECUPERAÇÃO

A recuperação será feita após a retomada de conteúdos que não foram

apropriados pelos alunos. Mesmo que os alunos tenham atingido a média, será feita

retomada de conteúdos. Será oportunizado ao aluno a recuperação de 100% do valor

avaliado.

A recuperação tem por objetivo retomar o conteúdo e elevar o nível de

173

compreensão dos textos para o além da nota em si. Assim, quando da retomada dos textos

tal avaliação já se dá quantificada no teor das discussões e enquanto quantificada na

totalidade da nota recebida. Caso não haja qualificação consequentemente a quantificação

será prejudicada podendo o aluno ser classificado enquanto indivíduo que não adquiriu

determinado conhecimento. Contudo, em filosofia, mesmo que o aluno não seja capaz de

produzir “conhecimento quantificado e não é esse o objetivo da filosofia no ensino médio”, o

mesmo poderá ao menos se fazer valer da transformação individual em nível de

comportamento humano em uma sociedade participativa dentro de uma moral, dita

habermasiana.

1º ANO DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Mito

Filosofia

Teoria do Conhecimento

CONTEÚDOS BÁSICOS

O mito e a origem de todas as coisas.

Saber mítico.

Relação Mito e Filosofia.

O que é filosofia.

Diferença entre o filosofar e o aprender filosofia.

Para que Filosofia?

O Problema do Conhecimento.

Possibilidades de conhecimentos.

As formas e perspectivas do conhecimento.

O Problema da verdade.

Conhecimento e lógica.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS.

O ensino da Filosofia.

O que é um mito.

174

Racionalização do Mito.

Alegoria da Caverna de Platão.

Mito e filosofia.

Diferença entre filosofia e Mito.

Funções do mito.

Deuses gregos.

Mito Hoje.

Atitudes filosóficas.

O nascimento da filosofia.

Principais características da filosofia nascente.

O conceito e a utilização da razão em filosofia.

Filosofia e os autores Gregos.

O despertar filosófico na história do homem atual.

Campos de investigação da Filosofia

A atividade racional

Um problema chamado conhecimento.

As fontes do conhecimento.

Sujeito e Objeto.

A Verdade.

Nascimento da lógica.

Elementos da lógica.

O conhecimento como justificativa teórica;

Racionalismo e Relativismo;

2º ANO DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Ética

Filosofia Política.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ética e moral.

Pluralidade ética.

175

Consciência Moral.

Razão, desejo e vontade.

Liberdade.

A ética Aristótelica.

A ética Kantiana.

Concepções éticas.

Relação entre comunidade e poder.

Isonomia.

Política e Ideologia.

Esfera pública e privada.

Cidadania formal e participativa.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Moral e ética.

Os valores.

Juízos de fato e valor.

Responsabilidade.

Caráter pessoal e moral.

Estrutura do ato moral.

A moral na historia.

Virtude.

História e virtude.

Ética e felicidade;

Estrutura híbrida;

Apriorismo;

Vontade.

Liberdade.

A tipologia das três formas de poder.

O ideal político.

Pensamento político em Platão e Aristóteles.

As formas de governo.

Maquiavel.

Estado e natureza, contrato social, Estado civil.

176

Liberalismo: Francês e inglês

Autonomia dos poderes (Montesquieu)

A concepção de Estado (Hegel)

3º ANO DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Estética.

Filosofia da ciência.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Natureza da Arte.

Filosofia e arte.

Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, trágico, cômico, grotesco, gosto,

etc.

Estética e sociedade.

A evolução dos paradigmas epistemológicos.

A questão da ciência e a crítica ao positivismo.

O problema da relação entre ciência e técnica: a racionalidade instrumental.

Ciência, técnica e tecnologia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Estética: conceito vulgar, em arte e em filosofia.

O que é belo?

A imaginação.

Funções da arte.

Concepções estéticas.

O senso comum.

Características do senso comum.

A técnica.

A atitude cientifica.

As três principais concepções da ciência.

O conhecimento cientifico.

177

Filosofia e Ciência.

Método Cientifico.

BIBLIOGRAFIA

ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe, grego-português. Tradução Antonio C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998. ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 2000. CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único. São Paulo: Ática, 2010. BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans). HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (col. Os Pensadores). KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução, apresentação e notas de Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de Lisboa, 1985. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005. PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores). MARÇAL, JAIRO- org. Antologia de textos filosóficos,736 p.- Curitiba, Seed- PR, 2009.

10.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A ciência surge em função da necessidade do ser humano em decifrar o universo

que o rodeia, e pela necessidade da resolução dos problemas que surgem em determinados

períodos da sua trajetória vivencial.

Como ciência, a Física é histórica e busca uma visão do universo em que

vivemos, procurando expressar através de modelos, conceitos e definições, amparando-se

178

em teorias aceitas por uma comunidade científica, mediante rigorosos processos de

validação. As teorias depois de validadas tornam-se leis universais que possibilitam a

estabelecer um conhecimento definitivo sobre um determinado fenômeno.

Sendo a ciência que estuda os fenômenos naturais, e como a natureza está em

constante evolução, essa ciência não tem caráter estagnado e definitivo, e acompanha as

transformações do pensamento humano, evoluindo através de novas tecnologias e teorias

científicas. Sua evolução não ocorre apenas no âmbito científico, abrange também um

caráter filosófico, pois possibilita questionar as “verdades” ou dogmas instituídos pelo

conhecimento empírico.

A Física corresponde a um conjunto de conhecimentos estruturados,

sistematizados, reconhecidos pela sociedade em geral e, especialmente, pela comunidade

científica. O ensino da Física, no Ensino Médio, deve contribuir para a formação de uma

cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e

processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza,

como parte da própria natureza em transformação. É fundamental apresentar uma física

com a qual o aluno possa perceber seu significado no momento em que aprende, não num

momento posterior do aprendizado. O conhecimento deve ser voltado a fenômenos

significativos com utilização do saber adquirido.

O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar as notícias

científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está sendo tratado e

promovendo meios para a interpretação de seus significados. A física contemporânea deve

apresentar-se em forma culturalmente significativa e contextualizada, transcendendo

naturalmente os domínios disciplinares escritos.

É fundamental ressaltarmos a importância de levar em conta os conhecimentos já

adquiridos pelos alunos, suas concepções acerca do mundo em que vivem. A interação

entre professor-aluno, o diálogo entre aluno-professor-ciência é indispensável na construção

do conhecimento pelo próprio aluno.

Enfim, a aprendizagem deve ser considerada uma produção cultural, que irá

transformar o cidadão, propiciando ao educando uma visão científica e crítica da realidade e

das tecnologias em que ele interage, libertando o educando das vendas do universo

empírico.

JUSTIFICATIVA

179

O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive,

explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este

aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração, observação, confronto,

dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste processo o

aluno apropriar-se-á da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela física,

utilizando-a para sua comunicação oral e escrita.

Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse

conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea.

Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a articulação

de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do

que nosso entorno material imediato, capaz, portanto, de transcender nossos limites de

tempo e espaço.

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como

conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de

desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma abrangente.

Não se pode negar, aos estudantes, condições para que contemplem a beleza, a

elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por meio do

modelo de Newton, em que a força aparece variando com o inverso do quadrado da

distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder

perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar

alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma concepção

de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou, movido pela

necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.

Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio assume o

caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do Paraná

constroem essas orientações curriculares, ressaltando a importância de um enfoque

conceitual que não leve em conta apenas a equação matemática, mas que considere o

pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana

com significado histórico e social.

Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam

capazes de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é

importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da

Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas

180

decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção

histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.

OBJETIVOS:

A Física sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos naturais

deve preconizar os seguintes objetivos:

● Trabalhar a Física além da matemática aplicada, pois esta é uma linguagem e não um

fim, construindo os conceitos físicos através da compreensão do universo, sua evolução,

suas transformações e as interações que nele se apresentam.

● Saber matemática não pode ser um pré-requisito para ensinar Física , ainda que a

linguagem matemática seja uma ferramenta para a Física. Entendemos que precisamos

permitir aos estudantes de Física que se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos

aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

● Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas

experiências de vida em seu contexto social e que na escola, se fazem presentes no

momento em que se inicia o processo. Enfatizando, particularmente, as concepções

alternativas apresentadas pelos estudantes, a respeito de alguns conceitos, as quais

acabam por influenciar a aprendizagem desses conceitos do ponto de vista científico.

● Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos,

enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.

● Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a Física

como ciência em processo de construção.

● Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, por

proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos, contribuindo

para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes, dentro de um contexto especial

que é a escola.

● Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que possibilite a

formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até

suas implicações históricas.

● Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a

interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, especialmente na questão de meio

ambiente, pois é uma das situações impostas neste trabalho, situando e dimensionando a

interação do ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em

181

transformação.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA

Os três conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E ELETROMAGNETISMO)

foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos de estudo da Física que, a

partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam garantir os objetivos de estudo

da disciplina da forma mais abrangente possível.

182

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Momentum e inércia Conservação e quantidade de movimentos (momentum) Variação da quantidade de movimento = Impulso 2a Lei de Newton 3a Lei de Newton e condições de equilíbrio

Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se: • O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época; • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos • o reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, consideram-se prioritários os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois se entende que, para ensinar uma teoria a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições vice-versa; presentes na teoria e sua linguagem presentes na teoria e sua linguagem. • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • o contexto social dos estudantes, seu

Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade. Espera-se que o estudante: • formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente; • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da Incerteza); • perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória; • compreenda o conceito de massa (nas translações) encontrados; como uma construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação); • compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação). Ou seja, que a diminuição do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da velocidade de um

183

cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano; • as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores. Propõe-se uma discussão em conjunto com o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecânica, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a • textos de divulgação científica,

objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia; • entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes o referencial e de natureza vetorial; • perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear • compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais; • perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais; • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1a lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável. • reconheça e represente as forças de ação e reação física clássica; nas mais diferentes situações. literários, etc.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere: • o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada

Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos

184

Energia e o Princípio da Conservação da energia

época . • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os da obstáculos epistemológicos encontrados; • o campo teórico da Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • textos de divulgação científica, literários, etc • o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações.

externos à Física. Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele: • conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, potencial gravitacional; • perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia; • compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.

Gravitação Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere: • O contexto histórico-social, discutindo a

Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos

185

construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada. • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica; a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • Textos de divulgação científica, literários, etc; • O modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.

celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e época movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até Newton. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele. • Associe a gravitação com as leis de Kepler; • Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista clássico. • Compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - TERMODINÂMICA

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

Leis da Termodinâmica Lei zero da Termodinâmica 1a Lei da Termodinâmica 2a Lei da

A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar: • o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana sujeita ao contexto de cada época;

Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: • compreenda a Teoria Cinética dos Gases com um modelo

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Termodinâmica • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos: conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera se prioritário os conceitos e ideias fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • Utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e ideias • Textos de divulgação científica, literários, etc.

construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das ideias na termodinâmica; • Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas; • Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; • Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a importância para a Revolução Industrial a partido entendimento do • Associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor. • Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente; • Identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia; • Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;

187

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICO CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas. Força eletromagnética Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar: • O contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época; • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • O reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações; • Textos de divulgação científica, literários, etc; • Experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.

Espera-se que o estudante • Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam. • Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga. • Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e contribuem para aproximar mediador da interação entre cargas; • Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia os obstáculos epistemológicos carga e o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais; • Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; • Conheça as propriedades elétricas dos materiais, • Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • Conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • Entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; • Reconheça as interações elétricas como as responsáveis

188

pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica; • Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. • Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico; • Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação de energia elétrica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

A natureza da luz e suas propriedades

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar: • que o estudo da ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânicas, pois no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato. • o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes

A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quanta). Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele • entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; • conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria; • entenda os processos de desvio da luz, a refração que

189

de cada época; • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações; • textos de divulgação científica, literários, etc; • experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.

pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio; • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorsão da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco- íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron.

190

Para 1ª Série

CONTEÚDOS GERAIS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Introdução ao estudo da Física 1. Evolução da Física 2. Partes da Física

2. Sistemas de Medidas 2.1 O Sistema Internacional de Unidades 2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de tempo

3. Cinemática Escalar 3.1 Conceitos básicos 3.2 Deslocamento escalar 3.3 Velocidade escalar média 3.4 Emprego do conhecimento físico e das fórmulas na resolução de problemas

4. Movimento Retilíneo Uniforme 4.1 Função Horária 4.2 Encontro entre dois carros 4.3 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas

5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado

5.1 Aceleração 5.2 Funções Horárias 5.3 Equação de Torricelli 5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas 5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na resolução de problemas 5.6 Queda livre

6. Lançamento Oblíquo e Horizontal

6.1 Características do lançamento 6.2 Equações dos lançamentos 6.3 Alcance máximo e trajetórias reais

7. Gravitação Universal 7.1 Campo Gravitacional 7.2 Leis de Kepler 7.3 Intensidade do campo gravitacional

8. Força 8.1 Conceito de Força 8.2 Componentes perpendiculares de uma Força 8.3 Força resultante

9.Massa e Peso 9.1 Diferenças entre massa e peso 9.2 Cálculo do peso de um corpo

10. Leis de Newton 10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ªLei de Newton 10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton. 10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton 10.4 Aplicações das leis de Newton.

11. Movimento Circular Uniforme 11.1 determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU 11.2 Apresentar as grandezas período, frequência e velocidade angular.

191

11.3 Relações entre essas grandezas. 11.4 Aplicações do MCU

12. Energia e trabalho 12.1 Energia mecânica 12.2 Trabalho de uma força constante e variável 12.3 Trabalho do peso e da força elástica 12.4 Conservação da energia mecânica; 12.5 Potência e Rendimento; 12.6 Quantidade de movimento e impulso; 12.7 Conservação da quantidade de movimento; 12.8 Colisão frontal.

13. Hidrostática

13.1 Densidade de um corpo 13.2 Pressão média 13.3 Pressão atmosférica 13.4 Teorema de Stevin 13.5 Experiência de Torricelli Princípio de Arquimedes

Para 2ª Série

14. Termometria

14.1 Conceitos básicos 14.2 Equilíbrio térmico 14.3 Escalas de temperatura 14.4 Conversão de temperaturas 14.5 Relação entre as escalas

15. Dilatação dos sólidos

15.1 Dilatação linear 15.2 Dilatação superficial 15.3 Dilatação Volumétrica

16. Calorimetria

16.1 Relação entre calor, temperatura e energia 16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais 16.3 Princípio das trocas de calor 16.4 Mudanças de fase 16.5 Calor latente 16.6 Diagrama de fases 16.7 Cálculo das calorias nos alimentos 16.8 Transmissão de calor

17. Estudo dos gases Termodinâmica

17.1 Mudanças de estado físico 17.2 Transformações gasosas 17.3 Equação de Clapeyron 17.4 Leis da termodinâmica 17.5 Aplicação das leis da termodinâmica

18. Óptica geométrica

18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica 18.2 Princípios da Óptica geométrica 18.3 Eclipses do sol e da lua 18.4 Espelhos planos e esféricos 18.5 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção 18.6 Construção das imagens nos espelhos

192

18.7 Óptica da visão – partes do olho 18.8 Defeitos e doenças da visão

19. Ondulatória

19.1 Introdução ao estudo das ondas 19.2 Velocidade de propagação das ondas 19.3 Fenômenos ondulatórios 19.4 Ondas estacionários

Para 3ª Série

20. Acústica

20.1 Velocidade de propagação do som 20.2 Qualidade do som 20.3 Fenômenos sonoros 20.4 Efeito Doppler 20.5 Tubos sonoros

21. Eletricidade

21.1 Princípios da eletricidade 21.2 Processos de eletrização 21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb 21.4 Vetor campo elétrico e Potencial Elétrico 21.5 Energia potencial eletrostática 21.6 Capacitância ou capacidade Elétrica 21.7 Corrente elétrica e seus efeitos 21.8 Intensidade da corrente elétrica 21.9 Resistência elétrica e Leis de Ohm 21.10 Associação de resistores 21.11 Potência elétrica e energia elétrica 21.12 Geradores e receptores 21.13 Circuitos elétricos

22. Eletromagnetismo

22.1 Imãs – conceituação e propriedades 22.2 Princípios do magnetismo 22.3. Noções de geomagnetismo 22.4 Vetor indução magnética 22.5 Força Magnética

METODOLOGIA O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar

problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar

procedimentos simples mas que exijam a participação efetiva do aluno.

O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo

maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com

qualidade na dinâmica social em que está inserido.

O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição quantitativa dos

fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos que o “quantitativo” não

pode ser entendido simplesmente como e repasse ao aluno de fórmulas prontas, com o

devido treino para a resolução de questões numéricas.

193

A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o aluno

a reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico mais

interessante e compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura das

concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um

paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das ideias e suas relações

econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da realidade

transformando a física em algo compreensível, iniciando uma ruptura, com uma metodologia

própria do senso comum, fazendo a ponte entre as ideias espontâneas e o conhecimento

científico.

O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento prévio

do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico.

Sendo o objetivo principal entre professores e estudantes compartilhar a busca

da aprendizagem que ocorre na interação com o conhecimento prévio do sujeito e,

simultaneamente, adicionam, diferenciam, interam, modificam e enriquecem o saber já

existente.

Para melhor contextualização dos conteúdos serão proporcionados aos alunos,

cabe ao professor, propiciar ao aluno a apropriação do respectivo conteúdo através de

exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos, demonstrações, seminários,

palestras, textos interdisciplinares, estudo dirigido e aulas práticas em laboratórios,

utilizando-se, quando possível, dos recursos tecnológicos disponíveis.

Durante todo o ano estarão contemplados os chamados “Programas

Socioeducacionais” devem passar pelo currículo como condições de compreensão do

conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na

disciplina, isto significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas

múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena abrangendo toda a Educação para as Relações

Etnicorraciais ( Lei n.º11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei nº 11.343, de

23/08/06) e, Sexualidade Humana - Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento à

Violência contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal

nº 11525/07); Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741 de 1/10/03; Educação Alimentar e

Nutricional e Educação para a Cidadania e Direitos Humanos (Lei nº 11947 de 16/06/2009,

Resolução nº 01/2012 – CNE/CP, Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99 – Decreto nº

4281/02); Educação Fiscal e Tributária (Decreto nº 1.143/99 – Portaria nº 413/02);

194

Educação para o trânsito – Lei nº 9.503 de 23/09/97 – Código de Trânsito Brasileiro);

História do Paraná (Lei nº 13.181/01); Música (Lei nº 11769/08); Brigadas Escolares

(Decreto 4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos (Instrução nº

013/2012 SUED/SEED e Lei nº 12031 de 21/09/2009); Serão trabalhados durante os 3

bimestres, integrando-se aos conteúdos básicos.

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das

contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos

sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de

grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,

práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.

Os Temas dos Programas Socioeducacionais correspondem a questões

importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto

articulado e aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua

complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais,

sendo necessário que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e

com os quais se veem confrontados no seu dia a dia.

AVALIAÇÃO

Dentro do processo de ensino–aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de

novo, adquirir o que perdeu, e não pode ser entendido como um processo unilateral,

lembremos que a LDB – Lei 9394/96 – recoloca o assunto na letra “e” do inciso V do art. 24

– “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,

para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de

ensino em seus regimentos”.

O Plano de Trabalho Docente de Física está fundamentado na LDB, no PPP, na

PPC e no RE desta escola, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar o aluno e

nosso trabalho docente, isto é, a recuperação de estudos/avaliação/recuperação paralela

que se dará de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

É através da avaliação que se proporciona aos alunos oportunidades diferentes

para aprender e aos professores, coleta de dados sobre as dificuldades na relação ensino–

aprendizagem. Assim, nesse processo, se fará o uso da observação sistemática a fim de

diagnosticar as dificuldades dos alunos e oportunizar momentos diferenciados para que eles

195

possam expressar seu conhecimento e crescimento.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua

vivência, de modo a relaciona-las com os novos conhecimentos bordados nas aulas de

Física. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do

exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem. (Diretrizes

Curriculares da Educação Básica – Física)

Quadro Negro

● Calculadora

● Apostila

● TV

● Pen drive

● Cartazes

● Jornais, folhetos e revistas

● Material concreto (embalagens recicláveis)

● Prova escrita

● Trabalhos individuais e em grupo

● Experiências

● Pesquisa bibliográfica

● Testes orais e escritos

● Criatividade observada nos trabalhos

● Produção nas aulas práticas

● Autoavaliação

● Debates e seminários

● Recuperação de conteúdos e notas bimestralmente, avaliações escritas.

BIBLIOGRAFIA

ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004, p. 3. BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96. BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.

196

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da Natureza, atemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002. KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED/ DEF, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006.

10.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- GEOGRAFIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de

estudo da Geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade, entre outros; O espaço geográfico é produzido e apropriado

pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.

Cabe à Geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social

do espaço, e a escola subsidiar os educando no enriquecimento e sistematização dos

saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo

que os cerca. Ao professor cabe a postura investigatória e de pesquisa evitando visão

receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos educandos conteúdos específicos da

Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as

diversas temáticas geográficas.

A relevância da Geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo

têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.

O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a

compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista, para que reflita sobre as

questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço

geográfico. Considerando que os educando são agentes da construção do espaço, por isso,

é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade.

A Geopolítica deve possibilitar ao educando a compreensão do espaço em que

está inserido, a partir do entendimento da construção e das relações estabelecidas entre os

territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de força

197

sociais e políticas. É necessário que os educandos compreendam as relações de poder que

os envolvem e determinam. Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual

período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de

espacializá-lo e especificar o olhar geográfico para o mesmo.

A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim,

compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos

à problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.

É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua

transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do

espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos

aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do

preconceito e das diferenças culturais.

Permite a análise do espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e

culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As

manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e são parte do

espaço, registros importante para a Geografia.

Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de

informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modo de vida.

Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes

sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem

novas territorialidades e com as relações político-econômicas que influenciam essa

dinâmica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço

geográfico.

Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos

estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os campos

de estudo da Geografia.

Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se se separam.

A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos.

198

Os Conteúdos Específicos são:

● Dimensão econômica da produção do/no espaço;

● Dimensão Geopolítica;

● Dimensão socioambiental

● Dinâmica Cultural e Demográfica

Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de

transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a

ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses alunos são

agentes da construção do espaço.

Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser

considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico,

possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista, para

refletir sobre as questões ambientais.

Dimensão Geopolítica

Os conteúdos estruturantes na área da Geopolítica tem como proposta a reflexão

dos fatos históricos, para que os educandos ampliem sua compreensão a respeito do mundo

real, em âmbito local, regional e global.

Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma abordagem mais

profunda, visto que o educando teve noções no Ensino Fundamental. O trabalho pedagógico

deve abordar o local e o global, levando em consideração a interpretação históricas das

relações geopolíticas em estudo.

Dimensão Socioambiental

A questão socioambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas a

interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais,

etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.

Dinâmica cultural e demográfica

A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os

estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais

contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,

199

pessoas e modos de vida.

Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de história e

cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em

qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

(Educação Fiscal);

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a

(re)organização do espaço geográfico

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias, das drogas e das informações

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente. (Enfrentamento a violência).

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço. (Enfrentamento a

violência)

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural e a

questão da sexualidade.

A formação, localização e exploração dos recursos naturais.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações no espaço nas diversas regiões da cultura afro-brasileira e indígena.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

200

OBJETIVOS

Ler e interpretar criticamente o espaço;

● Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades humanas;

● Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a partir

do espaço geográfico;

● Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo globalizado;

● Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os processos

históricos, construídos em diferentes tempos, s processos contemporâneos, conjuntos de

práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no

conteúdo do espaço compreendendo e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da

Geografia.

METODOLOGIA

De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino de geografia, os

conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a

teoria, prática e a realidade estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico-

metodológicos.

Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se

necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-

especiais nas diferentes escalas (local, regional e global).

Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.

No processo de construção do conhecimento e análise de categorias serão

realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos,

vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros.

Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos,

produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de

informações e pesquisas em diversas fontes, como recursos para a confirmação da ação

pedagógica.

Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques:

Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da

Produção do /no espaço e a Geopolítica.

201

Atendendo as leis nº 10.639/03 e lei nº 11.645/08 que tratam respectivamente

sobre História Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena o trabalho será voltado em levar o

educando a compreender as contribuições que ambas as culturas trouxeram a formação da

cultura do povo brasileiro e a colaboração na atual organização espacial do território

brasileiro.

O tema Meio ambiente estará constantemente presente nas atividades

pedagógicas tanto devido a dimensão socioambiental quanto a localização geográfica do

colégio, que possibilita um enriquecimento no debate sobre as questões ambientais.

A Educação Tributária e Fiscal estará atrelada ao trabalho com os conteúdos

específicos da disciplina. Sendo também a metodologia usada para trabalhar com os

Programas Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso

indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual), tais

metodologias estarão plenamente descrita no Plano de Trabalho docente do professor.

Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica

e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante

com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.

Outras leis serão trabalhadas no decorrer do ano com; Execução do Hino

Nacional – Lei 12031/09 ;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do

Idoso – Lei 10741/03; Educação para o trânsito – Lei 9503/97; Educação Alimentar e

Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 CNE/CP; Hasteamento e

execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12; História do Paraná _Lei 13181/01 e 07/06;

Brigadas Escolares – Decreto 4837/12

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a

aprendizagem do educando e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a

avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. É necessário que

seja contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de

diagnosticar falhas no processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica

aconteça.

A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos

visando a contemplação das diversas formas de expressão do educando como a leitura e

interpretação de texto, fotos, imagens, gráfico, tabelas, mapas; produção de maquetes,

202

murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de seminários,

relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal

oral e escrita.

Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo

de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio espacial.

Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliação estaremos

atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do

conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para sua

formação social, crítica, participava e responsável.

Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na

aprendizagem deverá ser oportunizado ao educando sempre que demonstrar necessidade

por não ter compreendido e/o assimilado os conteúdos estudados, retomando inclusive

avaliações e notas.

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectiva da Geografia. São Paulo: Difel, 1992. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática 1986. MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra livre, nº 16. AGB Nacional, 2001, p. 113. MNORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. __________Geografia Crítica – A Valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. __________Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departemento de ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba SEED/DEM, 2006. PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à genese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. __________Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.

203

VESENTINI, José W. Gegrafia, natureza e sociedade . São Paulo: Contexto, 1997.

10.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - HISTÓRIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Estudar historia é a oportunidade de melhor entender o mundo em que vivemos

isto porque os estudos históricos em geral abordam as ações humanas construídas em

diferentes sociedades, épocas e lugares. Também compreender o fenômeno dos fatos

ocorridos nos mais diversos acontecimentos sociais ao longo do tempo, desde o cidadão

anônimo até os personagens mais detectados da história. De tal forma que o aluno perceba

devidamente com os conhecimentos adquiridos, que ele é um sujeito social que contribui

para a construção e o exercício pleno da cidadania, para que possa ser defensor de seus

direitos e tomando consciência dos desafios do mundo atual.

OBJETIVOS

Oportunizar o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de se expressar,

estimulando a interpretação do pensamento histórico e possibilitando noções de tempo e

espaço contextualizados.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho, de Poder e Culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

● O conceito de trabalho – livre e explorado

● O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado escravo

e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas

● Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado

● O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades

humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas

● As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a comum a de Paris,

os soviético russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos; educação física.

● As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa

204

medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas

● Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas

sociedades ocidentais, africanas e orientais

● Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo

● A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços; educação

ambiental; enfrentamento a violência na escola.

● As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa

medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas

● Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas

sociedades ocidentais, africanas e orientais

● Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo

● A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços; violência

- Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade

grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos

● Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma

● Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos,

mulheres, hereges e doentes

● Relações de resistência na sociedade ocidental moderna

● As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa

● Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro .

● As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)

● Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do

sindicalismo

● A América portuguesa e as revoltas pela independência

● As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano

● As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria

● As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina

● Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina

● Os Estados africanos e as guerras étnicas

● A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na

América Latina

● A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas. Os sujeitos,

as revoltas e as guerras

205

● Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na A formação

das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos:

xamanismo, totens, animismo

● os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo,

budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo

● Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista

● Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais

● O modernismo brasileiro

● Cultura e ideologia no governo Vargas

● Representação dos movimentos sociais políticos e culturais por meio da arte

brasileira

● As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas

As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão,

romaria de São Gonçalo

METODOLOGIA

● Estimular os alunos a utilizar materiais lúdicos e pedagógicos referentes aos

conteúdos de História.

● O ensino de História será trabalhado com diferentes fontes históricas, sejam elas

orais, visuais ou escritas.

● Fazer debates destacando os paralelos sobre as problematizações existentes entre

as dimensões econômico-social, política e cultura.

● Pesquisas orientadas em sala de aula envolvendo as ações e relações humanas no

tempo e espaço, interligando e relacionando como trabalho poder e cultura.

● Explicações orais e discussões da ordenação através da narração, reconstituindo o

processo histórico relativo às mudanças e transformações.

● Leitura, explicação do contexto histórico abordado buscando as causas e as origens

de determinadas ações e relações humanas.

● Trabalhos individuais e coletivos envolvendo imagens, objetivos, materiais, oralidade

e diversos documentos escritos.

● Utilizar vídeos referentes ao conteúdo trabalhado para despertar o seu interesse e

esclarecer melhor o assunto.

● Produções de textos e conclusões pessoais dos conteúdos trabalhados através de

206

análises dos temas, problematizando as relações de trabalho e cultura, interligando ao

espaço tempo.

● Serão utilizados: aulas expositivas, pesquisas bibliográficas envolvendo documentos

formativos e informativos.

● Explicações de mapas que contém nos conteúdos.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação dar-se-á de forma contínua e diagnóstica, através de

prova escrita, apresentação de trabalho oral e escrito, relatórios, pesquisas, análises de

texto, resumos e outras atividades que permitam avaliar o educando. Caso o educando

apresente rendimento inferior ao objetivo proposto será oportunizado uma retomada dos

conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa recuperar a meta proposta.

BIBLIOGRAFIA

SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica, nova geração, SP, 2ª ed. 2002.

DIVALTE, Garcia Figueira. História, série Ensino Médio. Editora Ática, volume único, 2001.

RODRIGUES, Joelza Ester. História em documento, FTD, São Paulo, 2009.

DREGUER, Ricardo, História: cotidiano e mentalidades, atual, São Paulo, 1995.

PILETTI, Nelson e Claudino, História e Vida, Ática, volume 4, 1989.

COTRIM, Gilberto, História e Consciência do Mundo, Sraiva, 2000, São Paulo.

PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de História. Curitiba: SEED/DEM,2008.

PEDRO, Antônio, História por eixos limáticos, São Paulo, FTD, 2002.

DREGUER, Ricardo. Contatos entre civilizações do séc. V ao XVI, 2ª ed. São Paulo,

Atual, 2000.

10.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA EST ENS MÉDIO – INGLÊS

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sofreu

constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo

da história. Neste contexto as propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender

as expectativas contemporâneas.

207

... aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa que afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática. (Giroux, 2004)

Desta forma, esta diretriz fundamenta-se na teoria do Círculo de Bakhtin, que

concebe a língua como discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos. Para

Bakhtin, cada palavra transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda

enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do outro. É

no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos.

Neste sentido podemos afirmar que a Língua Inglesa é concebida como discurso, não como

estrutura ou código a ser decifrado. Constrói significados e não apenas os transmite.

Pennycook (apud MASCIA, 2003, p. 220) considera que

[...] a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas também uma expansão de um conjunto de discursos que fazem circular ideias de desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização [...]. (Afirma ainda que) hoje, poderíamos dizer que as várias facetas do Comunicativo se desenvolveram com o objetivo principal de difusão do inglês como língua internacional.

Sendo assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica (DCE) a Língua Estrangeira Moderna/Inglês apresenta-se como espaço para ampliar

o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos da

construção da realidade, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na

sociedade. (DCE, 2008, p. 23)

Isso implica em participar dos processos sociais de construção de linguagem e de

seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido

aos textos. O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma

possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois

permite as comunidades escolares a definição a ser ensinada. Assim, ao tomar a língua

como interação verbal, como espaço de produção de sentido, o conteúdo estruturante

discurso, como prática social, a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura,

da oralidade e da escrita.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência

sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Segundo as

DCEs, “ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas

208

implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua

materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e

cognitiva.” (p.21)

Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades

linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se

considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem

sua cultura e mais especificamente neste contexto escolar de “escola do campo”, como tal,

devem ser respeitadas.

Ao estudar uma Língua Estrangeira/Inglês, o aluno/sujeito aprende também como

atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do

outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará

sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.

Em consonância com as DCEs e o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo

de ensinar a Língua Estrangeira Moderna/Inglês na escola não é apenas linguístico, mas

ensinar e aprender uma Língua Estrangeira é também ensinar e aprender percepções de

mundo, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive.

Neste contexto escolar de “escola do campo” espera-se que o alunado

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social. Esta escola, e consecutivamente esta

disciplina – Inglês, tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas

para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, visto que,

esta escola encontra-se na posição de ser (quase que) como o único meio de conhecimento

científico historicamente acumulado para este alunado. É na escola onde a maioria destes

estudantes tem seu primeiro contato com uma Língua Estrangeira/Inglês, tornando-se,

portanto uma oportunidade única para se aprender uma segunda língua dando perspectiva

de melhoria no currículo. O ensino da Língua Estrangeira Moderna amplia as possibilidades

de ingresso, deste alunado, mercado de trabalho além de também criar novas maneiras de

construir sentidos do e no mundo.

OBJETIVOS

O ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um meio de

se construir sentidos, desempenha um importante papel como dos saberes essenciais, pois

209

permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade reconhecidamente diversa e

complexa e os insere como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais,

mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura

● Identificação do tema;

● Intertextualidade;

● Intencionalidade;

● Vozes sociais presentes no texto;

● Léxico;

● Coesão e coerência;

● Marcadores do discurso;

● Funções das classes gramaticais no texto;

● Elementos semânticos;

● Discurso direto e indireto;

● Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens);

● Marcas linguísticas: particularidade da língua,pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

● Variedade linguística;

● Acentuação gráfica;

● Ortografia.

Escrita

● Interlocutor;

● Tema do texto;

● Finalidade do texto;

● Intencionalidade do texto;

● Intertextualidade;

● Condições de produção;

● Informatividade (informação necessária para coerência do texto);

210

● Vozes sociais presentes no texto;

● Vozes verbais;

● Discurso direto e indireto;

● Léxico;

● Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

● Coesão e coerência;

● Função das classes gramaticais no texto;

● Elementos semânticos;

● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens);

● Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

● Variedade linguística;

● Ortografia;

● Acentuação gráfica;

Oralidade

● Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc;

● Adequação do discurso ao gênero;

● Turnos de fala;

● Vozes sociais presentes no texto;

● Variação linguística;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

● Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito;

● Adequação da fala ao contexto;

● Pronuncia.

METODOLOGIA

As atividades propostas priorizam o desenvolvimento da capacidade discursiva

aliada à construção do significado priorizando o desenvolvimento das capacidades de ouvir,

falar escrever, interpretar situações, discutir, pensar criticamente a ampliar possibilidades de

interação. Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o

grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, a

211

gramática em si. A leitura, as produções de textos serão através do contato com outros

textos, experiências e o conhecimento adquirido dos alunos que servirão de apoio e

ampliarão as possibilidades de expressão e interesse dos mesmos. Para tanto se organiza a

atividade didática pedagógica por meio de textos, diálogos, exercícios de descobertas de

regras e do funcionamento da língua, e descoberta de sons por meio de atividades fonéticas.

Assim o professor busca em sala de aula um espaço de desenvolvimento de atividades

significativas, usando todos os recursos didáticos possíveis como: exposição dialógica (Vice-

versa), exposição via televisão TV-PENDRIVE, DVD de filme, documentário, clipe, etc.

Exposição de transparências via retro projetor, TV multimídia elaboração de fichamentos,

resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, utilização de

recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, DVD), a fim de que o aluno vincule o que é

estudado com a sua realidade.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História Cultura Afro-Brasileira e

Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio Ambiente (Lei nº

9.795/99 e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Direitos Humanos

(Resolução 01/12 – CNE/C) além dos temas como consumismo, sexualidade (Lei 11733/97),

Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525 e Estatuto da Criança e do

Adolescente 8069/90), Prevenção do uso de drogas (Lei 11343/06), Estatuto do Idoso (Lei

1074/03), Educação para o Transito (Lei 9503/97), Educação Alimentar e Nutricional

(Lei11947/09) que serão abarcados nos diversos gêneros textuais que serão apresentados e

articulados em cada série. E espera-se que os alunos se apropriem de significados

construídos historicamente e que isto lhes possibilite integrar-se no mundo atual,

compreendendo a grande diversidade cultural.

Também será feito o hasteamento e execução do Hino Nacional (Lei 12031/09)

assim como hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) de acordo com a

programação escolar.

A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos

oferecidos pela mantenedora para compor a brigada escolar. Há previsto em calendário

dias para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente

diante de uma situação de incêndio no prédio da escola. (Decreto 4837/12)

AVALIAÇÃO

A avaliação procura acompanhar o desenvolvimento das atividades de forma

212

processual e contínua, verificando todos os passos do processo ensino- aprendizagem de

cada aluno. Trata–se de um processo que visa orientar o trabalho pedagógico, nas medidas

em que fornece a visão e o resultado das estratégias utilizadas nas aulas como mecanismo

de ensino. Assim, rejeita- se a avaliação estanque e artificial das provas de final de bimestre,

para a realização constante por meio das atividades produzidas em sala de aula construir

diagnósticos em torno do desempenho da turma, e do estudante em particular, procurando

aperfeiçoar as técnicas quando os objetivos não forem constatados.

Entende-se que a avaliação necessita cumprir seu verdadeiro significado,

assumindo a função de subsidiar a construção da aprendizagem. Partindo desse princípio a

avaliação precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da aprendizagem

de conteúdos, uma vez que ela é parte do processo e tem como objetivo principal subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no

processo ensino-aprendizagem.

Nessa perspectiva o envolvimento dos alunos na construção do significado nas

práticas discursivas será a base para a organização das avaliações ao longo do processo da

aprendizagem.

Leitura

Espera-se que o aluno:

● Realize leitura compreensiva do texto;

● Identifique a ideia principal do texto;

● Identifique o conteúdo temático;

● Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

● Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

● Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

● Analise as intenções do autor;

● Identifique e reflita sobra as vozes sociais presentes no texto;

● Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

● Amplie seu léxico e as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos

culturais.

Oralidade

Espera-se que o aluno:

213

● Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);

● Apresente suas ideias com clareza, coerência;

● Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

● Organize a sequência de sua fala;

● Respeite os turnos de fala;

● Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

● Exponha seus argumentos;

● Compreenda os argumentos no discurso do outro;

● Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua

materna);

● Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições

orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

Escrita

Espera-se que o aluno:

● Expresse suas ideias com clareza;

● Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo:

– às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

– à continuidade temática;

● Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

● Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, etc;

● Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio,etc;

● Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em

conformidade com o gênero proposto;

● Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

atrelados aos gêneros trabalhados;

● Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

Recuperação de estudos

Em consonância com a concepção metodológica proposta nas DCE e no PPP

desta escola a recuperação de estudos se fará na retomada de conteúdos durante o

processo de ensino e aprendizagem, permitindo assim que todos os alunos tenham

214

oportunidades de apropriar do conhecimento , por meio de metodologias diversificadas e

participativas, portanto ela estará intrinsecamente ligada ao ensino.

A recuperação de estudos, portanto será concomitante ao processo letivo, e terá

por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de

avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão as vias para que o

professor perceba os conteúdos que não foram apreendidos e que serão retomados no

processo de recuperação de estudos. Este processo se fará concomitantemente e ocorrerá

de duas formas:

− A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de

avaliação.

− A reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula. (De acordo com as Diretrizes

e Bases da Educação nº 9394/96).

BIBLIOGRAFIA

AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO PARANÁ

BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_____. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio – Versão preliminar – 2009.

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COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001.

GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, 1999.

L PAIVA, V.L.M. O lugar da leitura na aula de Língua Estrangeira. Disponível em:<www.veramenezes.com>

LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998.

PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São Paulo: Moderna, 2000.

ROJO, R.H.R.;MOITA LOPES, L.P.M. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: SEB/ MEC (org.) Orientações Curriculares do Ensino Médio. 1 ed. Brasília: MEC/ seb, 2004.

215

10.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - MATEMÁTICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos

que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de

que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser

classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a

respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da

comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período

demarcou o nascimento da Matemática.

Contudo, como campo do conhecimento, a Matemática emergiu somente mais

tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios

lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as

primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação

das pessoas.

Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e

enciclopédica e o ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números

naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição.

Já no século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino teve

caráter estritamente religioso. A Matemática era ensinada para atender cálculos do

calendário litúrgico e determinar as datas religiosas.

Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades

comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos

conhecimentos e ensino voltaram-se às atividades práticas.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste

conhecimento, denominado de matemática de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte

influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e

integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987).

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,

desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar

engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,

construções de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi

216

discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que

contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino

com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos

últimos séculos.

O início da modernização do ensino da Matemática no Brasil aconteceu num

contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento

da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as ideias que agitavam o

cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial. Assim, as novas propostas

educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura de educação artificial e

verbalizada (MIORIM, 1998).

As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões

do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção

empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante

em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista)

influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino até

hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista moderna,

tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI, 1995).

Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que

valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, o ensino era centrado no professor e

enfatizava o uso preciso da linguagem Matemática.

No decorrer da década de 1970, o método de aprendizagem enfatizado era a

memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação

de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista

não se centrava no professor ou no educando, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos

e nas técnicas de ensino.

A partir das décadas de 1960 e 1970, surgiu no Brasil a tendência

construtivista, onde o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas

dos educandos no ambiente ou nas atividades pedagógicas. A ênfase estava no processo e

menos ao produto do conhecimento.

A tendência pedagógica socioetnocultural onde os aspectos socioculturais da

Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na

Etnomatemática. Privilegiava a troca de conhecimentos e atendia à iniciativa dos problemas

217

significativos no seu contexto cultural.

A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através

de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do

conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na

“dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI,

1997, p.76). Na matemática , essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico,

construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um

determinado período histórico.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam

ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se

capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o

ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou

fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.

As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX

procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele

proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no

rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas

explorações, indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação

Matemática (SCHUBRING, 2003).

Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do

século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a se

multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir

da década de 1970.

No encaminhamento metodológico é importante que o professor reflita sobre

sua concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento, levando em consideração

dois aspectos:

● Pode-se conceber a Matemática como algo pronto e acabado tal como nos livros

didáticos que se encadeiam de forma linear, sequencial e sem contradições;

● Pode-se conceber a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração,

de modo a levantar questionamentos, dúvidas e contradições.

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado

tanto para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso

218

implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu

fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los (MEDEIROS,

1987).

Torna-se necessária a decisão política de uma definição da educação, em

sentido lato, como área decisiva para o desenvolvimento, com a consequente atribuição de

fundos que permitam a sua implementação, e compatibilizar essa decisão com iniciativas

que tornem possível uma maior capitalização da discussão e da comunicação teóricas de

modo a viabilizar o aprofundamento da investigação sobre processos de aprendizagem e de

ensino e da sua consequente interligação, sobre os conteúdos matemáticos, sobre o papel

das novas tecnologias da informação, sobre novos instrumentos de avaliação, entre outros

temas.

A necessidade de comunicação científica torna-se particularmente urgente

num país como o nosso em que uma grande parte dos professores teve um contacto muito

fugaz com a Educação Matemática. O alargamento e o aprofundamento dessa comunicação

poderiam possibilitar o seu envolvimento em projetos de investigação na sala de aula

desenvolvidos com base no indispensável suporte teórico.

A Educação Matemática é um campo de estudos que possibilita ao professor

balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como

atividade humana em construção.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos

educandos análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de

ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas

teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte,

contribua para o desenvolvimento da sociedade.

A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar

informações, para compreender e elaborar ideias. É necessário que o educando aprenda a

expressar-se verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos,

tabelas, diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas,

entre outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como

recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender

que enquanto sistema de códigos e regras, a matemática é um bem cultural que permite

comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.

A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída, e

219

reconstruída, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua

existência por meio de ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um

educador precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada,

potencializando meios para sua superação de desafios.

OBJETIVOS

A Matemática tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento de

habilidades no sentido de observar e analisar regularidades matemáticas; fazer

generalizações e apropriar-se de linguagem adequada para resolver problemas e situações

ligadas a matemática e outras áreas do conhecimento, visando a formação global do

cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das

tecnologias, das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está

inserido.

Conteúdos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO

1ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Conjuntos Numéricos.

Teoria dos conjuntos.

Potencialização e Radiciação.

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

FUNÇÕES

Conteúdos Básicos:

Função Afim.

Função quadrática.

220

Função Polinomial.

Função exponencial.

Função logarítmica.

Função modular.

Progressão aritmética.

Progressão geométrica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico:

Matemática financeira.

2ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

Matrizes.

Determinantes.

Sistemas Lineares.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básicos:

Análise combinatória.

Probabilidade

binômio de Newton.

Estatística.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos:

Trigonometria

221

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

FUNÇÕES

Conteúdo Básico:

Funções trigonométricas.

3ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos:

Medidas de área;

Medidas de Volume;

Medidas de Grandezas Vetoriais;

Medidas de Informática;

Medidas de Energia;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

GEOMETRIA

Conteúdos Básicos:

Geometria plana.

Geometria espacial.

Geometria analítica.

Noções básicas da geometria não-euclidiana.

CONTEÚDO ESTRURANTE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

Polinômios.

Números complexos.

222

METODOLOGIA

Articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações

de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar

abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em áreas distintas e

sem vínculos.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos:

● Resolução de problemas;

● Modelagem matemática;

● Mídias tecnológicas;

● Etnomatemática;

● História da Matemática;

● Investigações matemáticas.

As tendências metodológicas têm grau de importância similar entre si e

complementam-se umas às outras.

Na resolução de problemas, o educando tem oportunidade de aplicar

conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão

proposta. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem

sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses

e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem a

conclusão final.

Segundo Polya (2006), as etapas da resolução de problemas são: compreender o

problema, destacar informações, dados importantes do problema para a sua resolução,

elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova

estratégia, se necessário, até chagar a uma solução aceitável.

Resolver problema é mais que uma frase; é o feito específico da inteligência é

dom específico do homem. A maior parte de nossos pensamentos conscientes está ligada a

problemas: quando nos satisfazemos é simples meditações ou devaneios, nossos

pensamentos estão dirigidos para um fim. Resolver problema caracteriza a natureza

humana, e para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática.

223

A opção metodológica do resultado de problemas, garante a elaboração de

conjecturas, a busca de regularidades a generalização de padrões e exercício da

argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do

conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão

da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da

resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação à aquilo que está sendo

estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar

hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob esta

perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução,

permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que

conduzi ao resultado.

A etonomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan

D'Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas

produzidas pelas diferentes culturas.

Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva

etnomatemática, o ensino ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo

perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em

situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na

cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e

social na qual estão inseridas.

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas

vários e distintos conhecimentos e todos são importantes.

A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um

problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de

um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e

representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem

matemática como estratégia de ensino e aprendizagem oferece contribuições que vão além

da possibilidade de interação da matemática com a realidade (ALMEIDA e BRITO, 2003).

Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,

biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas

do mundo.

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do

224

educando nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, encontrar

modelos matemáticos que respondam essas questões.

No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos

informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico.

Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da

Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado

formas de resolução de problemas.

O uso de mídias tecnológicas existentes e em condições de produzí-las e/ou

usá-las, enquanto mídia educativa, torna o ato de estudar mais agradável e interessante.

Esses recursos podem propiciar interesse no estudo e ampliar as condições de análise no

educando. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um

aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos

sociais e políticos, às circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o

pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é

um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na

busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. A história deve

ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática.

A prática pedagógica de investigações matemáticas podem ser

desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução

de problemas. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem

de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser

investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser

indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda

o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de

investigação distintos por diferentes grupos de alunos.

Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de

processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a capacidade

de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e

desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma

visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o

desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um

225

recurso útil para a verificação de resultados, correção de erro, favorece a busca de

percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução

de situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,

mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.

Nenhuma dessas tendências metodológicas apresentadas esgota todas as

possibilidades para realizar com eficácia o processo de ensinar e aprender Matemática, por

isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre elas.

AVALIAÇÃO

As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão

sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas

têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da

aprendizagem (LUCKESI, 2002).

Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve

acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos

metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a

relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão

alcançada por ele.

Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de

procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as

consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na

aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para

ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao

professor a reorganização do processo de ensino.

Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao

professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que

podem exigir formas diferenciadas de atendimento alterações de várias naturezas na rotina

cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus

avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.

Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de

constante observação e registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse

registro, para que tanto o professor como o aluno, possam ter uma visão do próprio

crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as produções dos alunos e o

226

parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível partilhar com

eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e

dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre produto final, mas

sobre o que aconteceu no caminho percorrido.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.

Essas práticas devem possibilitar ao professor se o aluno:

● Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

● Compreende por meio da leitura, o problema matemático;

● Elabora um plano que possibilita a solução do problema;

● Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

● Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Os instrumentos avaliativos na Matemática podem ser diversos: prova escrita,

listas de exercícios debatidas em sala de aula, montagem e resolução de problemas

(desafios) do cotidiano, maquetes, trabalhos em grupos ou individuais, entre outros.

A recuperação de estudos é feita concomitantemente com as atividades

avaliativas, detectando na avaliação o que o educando não aprendeu e retomando o

conteúdo de forma diferenciada.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, L. M. W e BRITO, D.S. Modelagem matemática na sala de aula: algumas implicações para o ens. e aprendizagem da mat. Anais do XI CIAEM, Blumenal, Rs, 2003. BURIASCO, R.L.C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2006. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 12 agosto de 2010. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimental da Faculdade

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10.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o

aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de

modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios

pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e

evolui consideravelmente.

228

Portanto, o professor deve assumir uma postura profissional e pessoal

diferenciada para se colocar diante desse desafio, usando metodologias inovadoras que

propiciem ao educando produzir o conhecimento necessário e indispensável para que ele

possa evoluir e participar ativamente do meio em que vive.

É no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o

estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência linguística,

garantindo, então, uma inserção ativa e crítica na sociedade. Logo, é na escola que o

educando, e mais especificamente o da escola pública, deve encontrar o espaço para as

práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes

circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar,

o educando aprende a ter voz e usufruir, com competência linguística, da palavra, numa

sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. É no processo de interação social

que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKH TIN/VOLOCHINOV,1999,

P.109). Isso implica dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles

“penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham

nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula

Baktin/Volochinov (1999,p.108). Nesse sentido, ensinar a língua materna, a partir dessa

concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está

inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados

são social e historicamente construídos.

Nessa perspectiva, o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa visa lapidar

os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles compreendam os

discursos que os cercam e tenham condições de interagir com tais discursos. Para isso, é

relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se

defrontam, manifestando múltiplas opiniões. Desse modo, é primordial que a escola se torne

um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o

letramento do educando, para que ele se envolva nas práticas do uso da língua, quer seja

de leitura, oralidade e escrita.

Assim, a Língua Portuguesa como fonte inesgotável de recursos tanto na

oralidade como na escrita, deve ampliar o universo do educando, tornando-o cidadão culto e

conhecedor das regras que envolvem a dinâmica da nossa língua, como objeto de estudo e

aprendizado da língua.

229

OBJETIVOS

A disciplina de Língua Portuguesa visa desenvolver saberes que permitam ao

educando interagir nas mais diversas situações de uso da língua portuguesa, bem como que

ele encare a língua como instrumento de comunicação e formação pessoal. Além disso, terá

também não só uma fonte de conhecimento, mas sobretudo um mecanismo que permite

assumir uma postura crítica diante das situações e problemas do dia a dia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BASÍCOS:

Leitura, oralidade, escrita e análise linguística.

LEITURA

● Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-

verbais;

● Identifica o tema/tese do texto;

● Identifica as informações principais e secundárias no texto;

● Localiza informações explícitas no texto;

● Realiza inferência de informações implícitas no texto;

● Realiza inferência do sentido de palavras ou expressões no texto;

● Identifica as vozes sociais presentes no texto;

● Reconhece a intertextualidade e seu objetivo de uso;

● Reconhece os efeitos de sentidos decorrentes do uso das classes gramaticais,

percebendo a função que exercem no texto;

● Reconhece os efeitos de sentidos decorrentes do uso de recursos estilísticos

no texto (figuras de linguagem, repetição de palavras e/ou expressões, de sílabas, de

vogais etc.);

● Identifica as condições de produção do gênero trabalhado (enunciador;

interlocutor, finalidade, época, suporte, esfera de circulação etc.);

● Reconhece o grau de formalidade e informalidade da linguagem em diferentes

textos, considerando as variantes linguísticas.

230

ESCRITA:

● Atende à situação de produção proposta (condições de produção, elementos

composicionais do gênero, tema, estilo);

● Organiza o texto, considerando aspectos estruturais (apresentação do texto,

paragrafação);

● Utiliza recursos textuais de informatividade e intertextualidade;

● Utiliza de forma pertinente elementos linguístico-discursivos (coesão,

coerência, concordância etc.).;

● Utiliza adequadamente os recursos linguístico-expressivos e gráficos no texto

(pontuação, uso e função das classes gramaticais);

● Emprega palavras e/ou expressões no sentido conotativo, incluindo as figuras

de linguagem;

● Utiliza as normas ortográficas e de acentuação;

● Utiliza adequadamente a linguagem formal ou informal, de acordo com a

situação de produção.

ORALIDADE:

● Emprega adequadamente os conectivos de acordo com a situação

comunicativa;

● Faz a adequação do discurso à situação de produção (formal/informal);

● Expressa suas ideias com clareza, coerência e fluência;

● Utiliza recursos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, expressões

faciais, postura etc.);

● Lê com fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação;

● Respeita os turnos de fala;

● Reconhece e utilize os elementos composicionais dos diferentes gêneros

discursivos orais (argumentatividade, contra-argumentação, elementos da narrativa

etc.);

● Organiza a sequência da fala;

● Reconhece e utilize a forma composicional pertencente a cada gênero

(elementos da narrativa, argumentatividade, contra-argumentação, exposição etc.);

● Identifica a ideologia presente nos diferentes discursos.

1º ano – Ensino médio

231

LEITURA:

● Uso de informações, interpretação textual, observando: conteúdo temático,

interlocutores, marcas linguísticas;

● Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

● Registros formais e informais do texto;

● Discurso ideológico presente no texto;

● Denotação e conotação;

● Leitura de gêneros diversos;

● Linguagem literária e não-literária;

● Figuras de linguagem;

● Noções de historicidade da Literatura;

● Estética do texto literário;

● Intertextualidade de obras literárias;

● Literatura Brasileira, Portuguesa e Africana;

● Escolas Literárias: Trovadorismo, Classicismo, Quinhentismo, Barroco e

Arcadismo.

ORALIDADE:

● Variação linguística;

● Pronúncia das palavras;

● Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,

pausas;

● Adequação do discurso ao gênero;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos;

● Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc);

● Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ESCRITA:

● Adequação ao gênero: Conteúdo temático; Contexto de produção, Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

● Informatividade; Intertextualidade;

● Vozes sociais presente no texto;

● Referência textual;

● Ideologia presente no texto;

● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

232

● Produção de diversos gêneros: resenhas, resumos, análise literária textual da

obra,

● Coesão e coerência textual.

ANÁLISE LINGUÍSTICA:

● Fonética - Sons e letras;

● Dificuldades ortográficas;

● Novas regras de ortografia e acentuação e gráfica;

● Estrutura e formação das palavras;

● Morfologia: Classes de Palavras (substantivo, adjetivo, artigo, numeral) ;

● Semântica: operadores, argumentativos, Modalizadores, figuras de linguagem;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência , função das classes gramaticais no

texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

● Vícios de linguagem;

● Concordância verbal e nominal;

● Sintaxe de regência;

● Função das conjunções e preposições;

● Discurso direto e indireto.

2º ano – Ensino médio

Leitura:

● Leitura

● Conteúdo temático;

● Interlocutor;

● Finalidade do texto;

● Intencionalidade;

● Argumentos do texto;

● Contexto de produção;

● Intertextualidade;

● Discurso ideológico presente no texto;

● Vozes sociais presente no texto;

● Elementos composicionais do gênero;

● Contexto de produção de obra literária;

● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

233

● Partículas conectiva do texto;

● Progressão referencial;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas travessão e negritos;

● Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Modalizadores;

- Figuras de linguagem

● ORALIDADE

● Conteúdo temático;

● Finalidade;

● Argumentos;

● Papel do locutor e interlocutor;

● Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,

pausas;

● Adequação do discurso ao gênero;

● Turnos de fala;

● Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras);

● Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos;

● Semântica:

● Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ESCRITA

● Conteúdo temático;

● Contexto de produção;

● Interlocutor;

● Intencionalidade do texto;

● Informatividade;

● Intertextualidade;

● Vozes sociais presente no texto;

● Elementos composicionais do gênero;

● Referência textual;

● Ideologia presente no texto;

234

● Progressão referencial;

● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

● Semântica: operadores, argumentativos, Modalizadores, figuras de linguagem;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência , função das classes gramaticais no

texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

● Vícios de linguagem;

● Sintaxe de concordância;

● Sintaxe de regência.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

● Adequação do discurso ao gênero;

● Turnos de fala;

● Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

● Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);

● Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

3º ano – Ensino médio

Leitura:

● Conteúdo temático;

● Interlocutor;

● Finalidade do texto;

● Aceitabilidade do texto;

● Informatividade;

● Situacionalidade;

● Intertextualidade;

● Temporalidade;

● Elementos composicionais do gênero;

● Discurso ideológico presente no texto;

● Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

● Partículas conectivas do texto;

● Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

● Semântica:

- operadores argumentativos;

235

- modalizadores;

- figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo

ORALIDADE:

● Conteúdo temático;

● Finalidade;

● Aceitabilidade do texto;

● Informatividade;

● Papel do locutor e do interlocutor:

● Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual;

● Adequação do discurso ao gênero;

● Turnos de fala;

● Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

● Elementos semânticos;

● Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

● Diferenças entre o discurso oral e o escrito.

ESCRITA:

conteúdo temático:

● Interlocutor;

● Finalidade do texto;

● Informatividade;

● Situacionalidade;

● Intertextualidade;

● Temporalidade;

● Referência textual;

● Vozes sociais presentes no texto;

● Ideologia presente no texto;

● Elementos composicionais do gênero;

● Progressão referencial;

● Partículas conectivas;

● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

● Semântica:

236

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- sentido conotativo e denotativo;

- figuras de linguagem;

● Marcas linguísticas:

- coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

● Vícios de linguagem;

● Sintaxe de concordância;

● Sintaxe de regência.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

● Coesão e coerência textual;

● Conotação e denotação

● Vícios de linguagem;

● Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

● Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao

que diz, como: felizmente, comovedoramente...)

● Semântica;

● Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

● Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

● A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

● Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

● Acentuação gráfica

● Estrangeirismos, neologismos, gírias

● Procedimentos de concordância verbal e nominal

● Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

● A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

● Coordenação e subordinação nas orações do texto

RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS:

237

Serão utilizados textos variados entre eles fábulas, contos, lendas, propagandas

de revistas e jornais. Também serão usados recursos tecnológicos como: Internet, aparelho

de som, TV pendrive, Data show, rádio, CD player, DVD player, revistas, jornais, quadro de

giz etc.

METODOLOGIA:

Os professores têm o papel de promover o amadurecimento do domínio

discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que isso se efetue na prática, as

atividades desenvolvidas serão: práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

consideração dos conhecimentos prévios; inferências sobre informações implícitas no texto;

discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor; relato de experiências significativas

relacionadas ao assunto do texto; leitura de vários textos para a observação das relações

dialógicas; exposição oral de trabalhos/textos produzidos, dramatização de textos;

apresentação de seminários, debates, entrevistas etc; seleção de discurso de outros, como:

reportagem, seminário, entrevista etc; análise dos recursos próprios da oralidade; orientação

sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; discussão sobre o tema a ser

produzido; seleção do gênero, finalidade, interlocutores, orientação sobre o contexto social

de uso do gênero trabalhado; produção textual; revisão textual; reestrutura e reescrita

textual.

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de: gêneros selecionados para

leitura ou escuta ; textos produzidos pelos alunos; das dificuldades apresentadas pela turma

e entre outros.

É mister que a escola visa à cidadania e formação total do educando, para isso é

imprescindível que determinados assuntos façam parte do cotidiano escolar, mas que não

se tornem conteúdos com fins avaliativos. Esses assuntos além de serem uma proposta de

letramento voltada à realidade do educando, permitem-lhe que seja visto como pessoa e

respeitada em sua especificidade, pois ele possui uma história de vida a qual é única. Além

disso, o educando já tem uma bagagem cultural, social e cognitiva que se utilizadas em sala

tornarão as aulas dinâmicas, desencadeando, desse modo, ações que fomentem discussões

e consequentemente permitirão que os educandos produzam seus próprios conhecimentos

e utilizem no seu meio em que vive.

Portanto, para o melhor exercício da cidadania, os temas serão contemplados de

forma: a resgatar valores, a cultura local e regional e a sensibilidade do educando; acabar

238

com preconceito e incutir a ideia de que se deve valorizar e respeitar o conhecimento dos

idosos; despertar no educando o discernimento sobre a função social do tributo, visando a

formação da consciência tributária, bem como o exercício da cidadania, direcionando-o,

então, no tocante a competência e habilidades a serem construídas; Instigar nos educandos

que todos têm direito à vida, à liberdade, à opinião, à expressão, ao trabalho e à educação,

independente de qualquer condição e sem discriminação; suscitar no educando que a

alimentação é fundamental na formação de hábitos e atitudes saudáveis; persuadir no

educando que a educação para o trânsito é uma questão de cidadania, educação e direitos

humanos.

Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação

pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto

11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90);

Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99,

Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação

04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação

Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP);

Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08

e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).

No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a

história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08),

ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº

11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na

Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei

11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos

desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das

diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o

educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e

sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo

ainda mais o aspecto cultural do nosso país.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO:

A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional,

permitiu criar condições legais para que cada escola organizasse dentro de seu alcance os

239

objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação. Tais metas espelham o

anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por

medidas de não-exclusão dos educandos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas

ou pela efetivação de uma aprendizagem bem sucedida.

A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a

organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma ampla

competência básica a ser dominada por todos os educandos em um determinado período de

tempo. Possibilitando a eles um aprendizado eficiente de acordo com a série que cursou

durante certo período escolar. Sendo que a sua progressão deve acontecer de forma a

garantir o seu acesso à série seguinte com domínio de conteúdos para o seu efetivo avanço

em sua vida escolar.

Conforme deliberação do CEE/07/99 a avaliação deverá estar coerente com as

DCEs, o PPP e o Regimento Escolar.

No processo avaliativo serão usados instrumentos para avaliar o educando tais

como: seminários, apresentação de trabalhos, debates, trabalhos, discussões, provas,

produção textual, etc.

A recuperação de estudos será ofertada a todos (as) os (as) educandos (as),

independente dos resultados por eles (as) obtidos e que os (as) educandos (as) terão a cada

atividade realizada a oportunidade de recuperar notas e conteúdos por período trimestre,

conforme previsto por lei e determinada no Regimento Escolar.

Assim, se espera que o aluno:

● Realize leitura compreensiva do texto;

● Localize informações explícitas no texto;

● Emita opiniões a respeito do que leu;

● Amplie o horizonte de expectativas;

● Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

● Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas;

● Expresse suas ideias com clareza;

● Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...);

● Diferencie a linguagem formal da informal;

● Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,

dos pronomes;

240

● Amplie o léxico.

BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. BAKHTIN,M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2009. MARCHIORO, Marina Z. A análise linguística e o texto dissertativo-argumentativo: um olhar sobre o ensino de língua portuguesa. Ponta Grossa: Uniletras, 2010. v.32, nº1. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/2525> PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba: 2008. ___________. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Paraná: Curitiba:2006 ___________. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Paraná – Curitiba: SEED – PR, 2006. 110.Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011. __________. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001. ________. Lei11.733, de 28 de maio de 1997. Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculados nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo grau do Estado do Paraná. BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004. ________.Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011.

241

10.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - QUÍMICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Sobre a ciência, cabe destacar que o conhecimento químico não é algo pronto,

acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A ciência não é mais

considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que

por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios.

A Química é uma ciência natural, que visa o estudo das substâncias, da sua

composição, estrutura e propriedades.

Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos professores e

abordados durante os séculos conforme a necessidade dos alunos e da população.

Atualmente o ensino da Química é norteado pela construção/reconstrução de significados

dos conceitos científicos, vinculada aos conceitos históricos, políticos, econômicos, sociais e

culturais.

A apropriação desta ciência e de conhecimentos químicos deve acontecer por

meio do contato do aluno com a matéria e suas transformações. Os conceitos científicos

devem contribuir para a formação de indivíduos que compreendam e questionem a ciência

atual.

A experimentação, por exemplo, favorece a apropriação efetiva dos conceitos

químicos pois tem caráter investigativo e auxilia o aluno na explicação, problematização e

discussão da significação destes conceitos.

O professor deve criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense

criticamente, reflita sobre as razões das problemáticas atuais e relacione conhecimentos

cotidianos aos científicos.

Portanto, baseado nas DCEs , as tendências desta disciplina visam uma

formação mais abrangente do estudante, com a inclusão, nos currículos institucionais, de

temas que propiciem a reflexão sobre caráter, ética, solidariedade, responsabilidade e

cidadania, pregando-se conceitos de “matéria” e “interdisciplinaridade”.

OBJETIVOS GERAIS

● Identificar, compreender e utilizar os conhecimentos adquiridos;

● Relacionar a química química às suas aplicações e implicações, no ambiente, na

242

economia, na política e principalmente na vida dos indivíduos;

● Aplicar conceitos teóricos químicos básicos de acordo com os conteúdos básicos;

● Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas transformações em

linguagens discursivas e traduzi-las em outras formas de linguagem como: gráficos,

tabelas, etc., para o entendimento dos conteúdos científicos aplicados;

● Identificar produtos naturais utilizados no cotidiano;

● Resgatar conceitos base de aplicações e benefícios da Química;

● Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

● Analisar a abundância e desperdícios de materiais primordiais da natureza;

● Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o

indivíduo se veja como agente de transformação;

● Aprimorar os conceitos e respeitar à periculosidade de manuseio de materiais.

CONTEÚDOS ESTRUTRANTES

De acordo com as DCE´s concebe-se que os estruturantes para o ensino de

Química

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos estruturantes da Química devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos tratados no dia-a-dia da sala de aula nas diferentes realidades regionais onde se localizam as escolas da rede estadual de ensino. (SEED, 2008, p.58)

São eles:

● Matéria e sua natureza;

● Biogeoquímica

● Química sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

MATÉRIA

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

243

Alotropia;

Métodos de Separação;

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr...);

Distribuição eletrônica;

Tabela periódica.

LIGAÇÃO QUÍMICA

Propriedade dos materiais;

Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;

Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;

Ligação iônica;

Ligação covalente;

Ligações de Hidrogênio;

Ligação metálica;

Ligações polares e apolares.

FUNÇÕES INORGÂNICAS

Ácidos;

Bases;

Sais;

Óxidos.

REAÇÕES QUÍMICAS

Adição;

Subtração;

Simples troca;

Dupla troca.

SOLUÇÃO

Dispersão;

Forças intermoleculares;

Solubilidade;

244

Temperatura e pressão;

Concentração;

Densidade;

Diluição;

Mistura.

TERMOQUÍMICA

Princípios da termodinâmica;

Calorias;

Calorimetria;

Reações exotérmicas e endotérmicas;

Variação de entalpia;

Equações termoquímicas;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas.

CINÉTICA QUÍMICA

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas;

Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas.(natureza dos reagentes,

contato entre os reagentes, teoria de colisão)

Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura,

catalisador, concentração dos reagentes) ;

Lei da velocidade das reações químicas;

Inibidores das reações químicas.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

Reações químicas reversíveis;

Concentração;

Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

Equilíbrio homogêneo e heterogêneo;

245

Deslocamento de equilíbrio ( de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito

dos ;

Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).

RADIOATIVIDADE

Modelos Atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioativos);

Tabela Periódica;

Reações químicas;

Velocidades das reações;

Emissões radioativas;

Leis da radioatividade;

Cinética das reações químicas;

Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).

ÓXIDO-REDUÇÃO

Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...);

Ligações metálicas (elétrons semi-livres);

Reações Químicas;

Número de oxidação;

Balanceamento de reações de óxido-redução;

Reações de óxido-redução.

HIDROCARBONETOS

Química do carbono;

Alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, ...

Benzeno.

FUNÇÕES OXIGENADAS

Álcool;

Fenol;

Éter;

Ácido carboxílico e seus derivados.

246

FUNÇÕES NITROGENADAS

Aminas;

Amidas;

Nitrilas.

POLÍMEROS

Borracha;

Plástico.

ISOMERIA

Plana;

Geométrica;

Ótica.

METODOLOGIA

A abordagem teórico metodológica mobilizará para o estudo da Química

presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma

repetição de fórmulas, números e unidades de medida.

Quando a abordagem for relacionada ao conteúdo estruturante Biogeoquímica

é preciso dialogar com a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na abordagem com o conteúdo

estruturante Química Sintética, o foco é a produção de novos materiais e com o conteúdo

estruturante Matéria e sua natureza deve-se relacionar o comportamento macroscópico e

microscópico da matéria. Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química

Sintética a sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens histórica,

sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos. Mas para

o conteúdo estruturante matéria e sua natureza tais abordagens são limitadas, pois pela sua

origem, apenas a abordagem representacional como as fórmulas químicas, modelos

podem ser exploradas amplamente.

Para que a apropriação dos conteúdos seja eficaz utilizar-se-á de equipamentos

como vídeo, TV, computador, natureza, experimentação em laboratório, leituras científicas,

etc.,que possibilitará a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações

247

entre os alunos. Além disso, propor aos alunos leituras que vão além dos conceitos didáticos

dos livros para que os auxiliem na construção de pensamento científico crítico,

enriquecendo-os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas atuais, para

em um próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de grande

importância.

Portanto, quando os estudantes chegam, estão desprovidos de certos

conhecimentos e têm diferentes costumes, tradições e ideias que dependem das suas

origens, onde o professor deve de modo contextualizado abordar com os conteúdos

estruturantes os temas que envolvam a cultura afro-brasileira, cultura dos povos indígenas,

política nacional de educação ambiental, educação sexual e diversidade sexual e outros

temas que porventura se faça importante no decorrer do ano letivo.

Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação

pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto

1143/99 Portaria n° 413/02); Violência contra a Criança e Adolescente (Lei Federal

11525/07) e ECA (8069/90); Execução do Hino Nacional (Lei 12031/09); Educação

Ambiental (Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná

(Lei 13181/01 e Deliberação 04/13); Estatuto do Idoso (Lei 10741/03); Educação para o

trânsito (Lei 9503/97); Educação Alimentar e Nutricional (Lei 11947/09); Direitos Humanos

(resolução 01/12 CNE/CP); Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional

(12031/09); Música (Lei 11769/08 e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares

(Decreto 4837/12).

No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa a

história e Cultura Afro-brasileira (Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena (Lei nº 11.645./08), ao

Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente (Lei nº

11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na

Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas(Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei

11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos

desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das

diferenças existentes em nosso meio.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob

248

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre de interações

recíprocas, no dia a dia, no transcorrer da próxima aula e não apenas de modo pontual;

portanto está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, a avaliação

formativa e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor,

em busca de assegurar qualidade do processo educacional no coletivo da escola.

Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos

conceitos científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica

influente dos conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos

fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Ao invés de avaliar apenas por meio de

provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e

interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios das aulas em

laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem ser

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem

claros também para os alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que

contribuam para transformar a própria realidade, o mundo em que vivem, havendo a

recuperação concomitante com os conteúdos trabalhados. Lembrando que a cada conteúdo

trabalhado e avaliado deve ser feita a recuperação paralela, fazendo se necessário rever

alguns métodos de abordagem dos conteúdos e das maneiras de avaliar, podendo variar

entre os conteúdos abordados e até mesmo de cada aluno pela diversidade de condições

existentes na nossa sociedade.

BIBLIOGRAFIA Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química, 2008.

ALLINGER, N. L. Química Orgânica: volume único; 2 ed. Rio de Janeiro: LTD; 1976. COVRE, G. J. Química Total: volume único. São Paulo: FTD, 2001. RUSSEL, J. B. Química Geral. 2 ed., São Paulo: Makron Books, vol. 2, 1994. SEED, Diretrizes curriculares de Educação Básica no Ensino de Química do Estado do Paraná, 2008; PERUZZO, T. M. Química: volume único. 2 ed., São Paulo: Moderna, 2003.

249

SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. UTIMURA, T. Y.; LINGUANOTO, M. Química Fundamental: volume único. São Paulo: FTD, 1998. USBERCO, J. SALVADOR, E. Química: volume único. São Paulo: Saraiva, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais: ensino médio. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, 2002. FELTRE, R. Fundamentos de Química: volume único. São Paulo: Moderna, 1996. MALDANER, O. A. A. Formação Inicial e Continuada de Professores de Química: professor pesquisador. 2 ed. Ijuí: Unijuí, 2003. CARVALHO G. C.; SOUZA, C. L. Química: volume único. São Paulo: Scipione, 2003. SILVA, E. R.; O. S.; SILVA, R. H. Química. São Paulo: Ática, 2001. SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático Público de Química.

10.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - SOCIOLOGIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais

que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta

encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a

clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade

do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que

porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos

acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los.

Em verdade, as transformações provocadas nas esferas política, social e cultural

da sociedade moderna têm raízes muito próximas e não podem ser imputadas apenas aos

acontecimentos externos, uma vez que se tratam de revoluções, movimentos inovadores de

longo curso e profundidade nas alterações de comportamentos. Alimentada pelos

iluministas, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, é o

documento simbólico do mundo moderno e ainda hoje embasa os Estados democráticos.

Assolado por crises sociais, o capitalismo liberal confirma os empresários industriais e o

proletariado urbano em posições sociais distintas. Em mútua influência, os acontecimentos

250

provocam e são provocados por movimentos nas ideias, nas artes, nos costumes sociais,

fazendo com que o Iluminismo, o racionalismo e o positivismo delineassem uma ciência da

sociedade, como uma necessidade histórica.

Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo, o

período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção

do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição

dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade

passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a

consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição

gradativa da atividade artesanal em manufatureira.

Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de

trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes

interesses na sociedade. Todas as mudanças que se processaram, resultaram de

desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições

de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social

acerca das condições de vida, embora não explícita nem extensiva.

Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz

emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução

pelos primeiros pensadores sociais, – Comte, Durkheim, Weber e Marx. A Sociologia surgiu,

portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição

deste processo.

Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e ainda os

faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade europeia da sua época,

valendo-se da ciência para compreender o sentido da crise que a acometia. Cada qual lhe

lançou um olhar: Marx analisou a dinâmica das relações sociais presentes no capitalismo;

por sua vez, vale-se da metodologia funcionalista para explicar o princípio da integração

social.; e Weber persegue o princípio da racionalização social buscando o significado das

ações sociais, no entendimento de que a subjetividade é um momento necessário do

processo objetivo de conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Proporcionar uma compreensão aprimorada do mundo social, pautada na

251

sociologia crítica que analisa a realidade em sua perspectiva de prática e de crítica social,

buscando reconstruir com o aluno os conhecimentos que ele já dispõem, de maneira que

alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas

nas quais se situa, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas.

A finalidade desta disciplina tem como pressuposto teórico contribuir para a formação e o

conhecimento sobre os diversos modos que a sociedade está constituída, onde o educando

possa interagir no meio qual se encontra, possibilitando assim uma transformação tanto do

próprio indivíduo como também da sociedade como um todo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

Cultura e Indústria Cultural Trabalho, Produção e Classes Sociais

● Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; ● Diversidade cultural; ● Identidade; ● Indústria Cultural; ● Meios de Comunicação de Massa; ● Sociedade de Consumo; ● Indústria Cultural no Brasil; ● Questões de Gênero; ● Culturas afro brasileiras e africanas

● Culturas indígenas; ● O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; ● Desigualdades Sociais: estamentos, castas, classes sociais; ● Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; ● Globalização e Neoliberalismo; ● Relações de Trabalho; ● Trabalho no Brasil.

2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

252

O Processo de Socialização

Instituições Sociais

● Processo de Socialização

● Instituições Sociais: Familiares; Religiosas e Escolares.

● Instituições de Reinserção: Prisões; Manicômios; Educandários, Asilos, etc.

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

Poder, Política e Ideologia

● Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; ● Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo; ● Conceitos de Poder; ● Conceitos de Ideologia; ● Conceitos de dominação e legitimidade; ● As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

METODOLOGIA

Os temas referentes ao estudo da sociologia serão abordados de modo a incitar

os alunos em sua curiosidade em relação ao conteúdo da disciplina, isentando-se o

dogmatismo e/ou doutrinações. Para tanto serão utilizados como recurso didático tais como:

música, jornais, filmes, fotos, vídeos, testos diversificados e livro didático. A metodologia das

aulas estará pautada nas seguintes técnicas: aulas expositivas, TV pendrive, seminários,

estudos dirigidos em sala de aula, atividades escritas e orais em grupo ou individual e dentro

das possibilidades pesquisa de campo.

Dentro deste contexto serão tratadas questões sociais que inclusive são tratadas por leis

específicas e estão diretamente relacionadas com a educação como:

1. Lei 11645/08 - que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura Indígena;

2. Lei 10639/03 - que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira;

3. Lei 9795/99 - que trata da Política Nacional de Educação Ambiental.

4. Lei 11525/07- Direito da Criança e do Adolescente.

5. Lei 13181/01- História do Paraná.

6. Lei 11769/08 – obrigatoriedade do ensino da Música.

7. Decreto 1143/99 – Educação Tributária e Fiscal – Portaria 413/02

8. Lei 12031/09 execução do hino nacional.

9. Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e deliberação 04/03.

253

10. Lei 10741/03 Estatuto do idoso;

11. Lei 11733/97 Sexualidade humana;

12. Lei 9503/97 Educação para o transito;

13. Lei 11343/06 Prevenção ao uso de drogas;

14. Lei 11947/09 Educação alimentar e nutricional;

15. Resolução 01/12 – CNE/CP;

16. Hasteamento e execução do hino do Paraná – instrução 13/12

17. Brigadas escolares – Decreto 4837/12

AVALIAÇÃO

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática

social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência

na exposição de ideias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem verificados no

decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas sociais, a iniciativa

e autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para reverter práticas de

acomodação, e sair do senso comum, são ações que indicam aos professores o alcance e a

importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias

práticas de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que

acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a

produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação de teoria à prática. Enfim

várias podem ser as formas desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las a

clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e

reflexão dos conteúdos pelo aluno.

Partindo do pressuposto de que a avaliação trata-se de um processo contínuo, a

recuperação será feita concomitantemente ao processo de ensino aprendizagem, ao serem

observados problemas relacionados ao não aproveitamento do conteúdo o professor pode

recorrer a outras metodologias para que o objetivo do ensino aprendizagem seja alcançado

BIBLIOGRAFIA APLLE, Michael. Educação e Poder. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989. ARENDT, Hannah, 1905-1075. Origens dos totalitarismos: Arendt Hannah; tradução-

254

Roberto Raposo. – São Paulo. Companhia das letras, 1989. ARON, Ramond. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo, Martins Fontes, 2002. CARVALHO, Leyue Mato Grosso. Ijuí, Unijuí, 2004. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE SOCIOLOGIA – SEED-PR. - 2008. FERNANDES, Florestam. A sociologia numa era de revolução social. São Paulo. Companhia das letras, 2003. GASINO, Wilson J. Histórias Sobre Corrupção e Ganância. Curitiba, 2006. GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre, Artend, 2005. GRUPIONI, Luis Donizete Benzi. São Paulo, Global Editora, 2005. IACOCCA, Liliana e Michele. De Onde Você Veio? Discutindo Preconceitos. São Paulo, Ática, 2005. NAZARI, Rosana Kátia. Sociologia Política e Construção de Cidadania no Paraná. Cascavel, Edunioeste, 2002. Nery, Maria Clara. Sociologia contemporânea. / Maria Clara Nery. – Curitiba: IESDE Brasil, S.A., 2007. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. – Introdução à sociologia: ensino médio, volume único / Pérsio Santos Oliveira. – 2.ed. São Paulo : Ática, 2011. PERIS, Alfredo Fonseca. Estratégias de Desenvolvimento Regional. Região Oeste do Paraná. Cascavel, Edunioeste, 2003. RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. ROLIM, Rivail, Carvalho. O Policiamento e a Ordem. História da Polícia em Londrina. Londrina, UEL, 1999. SILVA BENTO, Maria Aparecida. Cidadania em Preto e Branco. São Paulo, Ed. Ática, 2005. SOCIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES. – Curitiba: SEED-PR. – 2006. SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO. – 1. ed. – São Paulo: Moderna, 2013 – Vários autores. SOCIOLOGIA HOJE: volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado... [et al.]. – 1. Ed São Paulo: Ática, 2013. SOCIOLOGIA: volume único: ensino médio / Silvia Maria de Araújo, Maria Aparecida Bridi, Benilde Lenzi Motim. – ed. – São Paulo: Scipcione, 2013.

255

TOMAZI, Nelson Dacio – sociologia para o ensino médio, volume único / Nelson Dacio tomazi. – 3. Ed. – Saraiva, 2013.

11 PROGRAMAS DE ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO DE JORNADAS PEDAG - EMPRENDEDORISMO

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é um

Programa da Secretaria de Estado da Educação que visa o empoderamento educacional

dos sujeitos envolvidos por meio do contato com os conhecimentos, equipamentos sociais e

culturais existentes na escola ou no território em que esta está situada, com a ampliação de

tempos, espaços e oportunidades educativas. Assim, os espaços externos ao ambiente

escolar podem ser utilizados mediante o estabelecimento de parcerias entre a escola e

órgãos ou entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola.

Para que o Programa alcance os objetivos pretendidos, é fundamental que a

comunidade, alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, famílias, representantes

de órgãos e entidades locais se reúnam com a finalidade de discutir e analisar o contexto

onde a escola está inserida, as diferentes histórias de vida, os diferentes pertencimentos dos

sujeitos: étnico-raciais, de gênero, geracional e religioso e as necessidades

socioeducacionais dessa comunidade, apresentando as proposições de atividades a serem

definidas pela escola. Esse processo de discussão coletiva tem por objetivo a melhoria da

qualidade do ensino, da convivência social, da democratização e acesso ao conhecimento e

aos bens culturais.

A Atividade Complementar Curricular em Contraturno desenvolvida na escola está

inserida no Macrocampo: Mundo do trabalho e geração de renda, Empreendedorismo: a

atividade deve enfocar os conceitos do empreendedorismo, do protagonismo juvenil e da

inovação através de programas voltados ao desenvolvimento do perfil empreendedor e

participativo dos/as estudantes e implementação de novos projetos e negócios corporativos.

É importante abordar perspectivas de economia solidária, de projetos comunitários e

cooperativos de promoção de alternativas coletivas de trabalho e geração de renda. Criar

oportunidades para a juventude desenvolver suas potencialidades empreendedoras voltadas

ao conhecimento necessário à sua formação.

OBJETIVOS

256

● Desenvolver no educando comportamentos cooperativos, coletivos, éticos e

responsáveis.

● Preparar e orientar o aluno acerca dos conteúdos sobre empreendedorismo e

desenvolver suas potencialidades empreendedoras voltadas ao conhecimento necessário à

sua formação.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICO

● Trabalho assalariado e o trabalho livre; (História)

● Urbanização e industrialização; (História)

● Comércio e produção de rendas; (Geografia)

● Relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; (Geografia)

● Relações de trabalho na sociedade; (Sociologia)

METODOLOGIA

Incorporar, como princípio educativo, nas práticas didáticas a metodologia da

problematização como instrumento de incentivo à pesquisa, articulando teoria/prática e

vinculando o trabalho intelectual com atividades práticas experimentais.

Utilizar novas mídias e tecnologias educacionais como processos de dinamização

dos ambientes de aprendizagem.

Oportunizando de forma dinâmica a participação do educando nas atividades

aplicadas, através de palestras, aulas teóricas e práticas, realizando pesquisas de mercado,

desenvolvendo planos de ação e buscando parcerias com empreendedores locais para visar

à concretização dos seus projetos aplicados empreendedores na realização das feiras do

jovem empreendedor.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se por parte do aluno que o mesmo compreenda e consiga aplicar as

competências indispensáveis para um empreendedor, pontuando os quatro pilares

empreendedoras elencados pela Unesco para os alunos do ensino médio que são elas:

competência para conhecer, competência para fazer, competência para ser e competência

para conviver.

AVALIAÇÃO

Os critérios adotados serão processuais, oportunizando ao educando diferentes

257

experiências de aprendizagem sobre as competências de um empreendedor que visam sua

formação integral e respeitando as diferenças individuais e coletivo, priorizando o raciocínio

e sua interpretação com os temas trabalhados sobre o mundo do trabalho e Geração de

Rendas.

BIBLIOGRAFIA DOBAELA, Fernando. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. ________. Quero construir a minha história. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. LOPES, Rose (org.) Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de janeiro: Elsevier, 2010. ALVES, Rubem. Escutatória. Disponível em: <http://www.rubemalves.com.br/10mais_03. php>. Acesso em 20 out.2013. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB n° 2, de 30 de janeiro de 2012. SCHNEIDER, J. O. A doutrina do cooperativismo nos tempos atuais. São Leopoldo: Editora Unisinos / CEDOPE, 1993.