PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º...
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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSORA MARIA DE JESUS PACHECO GUIMARÃES – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GUARÁ 2017
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AGRADECIMENTOS
Aos Pais, Alunos, Professores e Funcionários do Colégio Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães, que colaboraram para a construção deste Projeto Político Pedagógico.
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1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................................ 7
2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................................................................................ 7
2.1. Histórico da Escola ........................................................................................................................................ 7
2.2. Modalidades De Ensino ................................................................................................................................ 9
3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO ...................................................................................................................................... 9
3.1. Organização Escolar ................................................................................................................................... 10
4. QUADRO FUNCIONAL ....................................................................................................................................................... 10
4.1 Espaço Físico ................................................................................................................................................ 13
4.2 Bens Materiais ............................................................................................................................................... 13
4.3 Condições Físicas e Pedagógicas ............................................................................................................. 14
4.4 Resultados Educacionais ............................................................................................................................. 17
4.5 Formação Continuada .................................................................................................................................. 18
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................................................... 18
5.1 Concepção de Mundo .................................................................................................................................. 21
5.2 Concepção de Homem ................................................................................................................................. 21
5.3 Concepção de Sociedade ............................................................................................................................ 22
5.4 Concepção de Cidadania ............................................................................................................................. 22
5.5 Concepção de Escola ................................................................................................................................... 23
5.6 Concepção de Conhecimento ..................................................................................................................... 23
5.7 Concepção de Formação Humana ............................................................................................................ 24
5.8 Concepção de Ensino Aprendizagem........................................................................................................ 24
5.9 Concepção de Educação e Educação do Campo ................................................................................... 26
5.10 Concepção de Alfabetização e Letramento ............................................................................................ 27
5.11 Concepção de Cuidar e Educar................................................................................................................ 27
5.12 Concepção de Infância e Adolescência .................................................................................................. 28
5.13 Concepção de Educação Inclusiva .......................................................................................................... 29
5.14 Concepção de Diversidade ....................................................................................................................... 29
5.15 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico ........................................................................................ 30
5.16 Concepção de trabalho .............................................................................................................................. 30
5.17 Concepção de Cultura e Tecnologia........................................................................................................ 32
5.18 Concepção de Formação Continuada ..................................................................................................... 33
5.19 Concepção de Currículo ............................................................................................................................ 34
5.20 Concepção de Avaliação ........................................................................................................................... 35
5.21 Gestão Escolar ............................................................................................................................................ 35
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6. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ................................................................................................................................................ 36
6.1 Avaliação ........................................................................................................................................................ 37
6.2 Recuperação Concomitante ........................................................................................................................ 38
6.3 Conselho De Classe ..................................................................................................................................... 39
6.4 Hora Atividade .............................................................................................................................................. 40
6.5 Equipe Multidisciplinar .................................................................................................................................. 41
6.6 Sala De Recursos ......................................................................................................................................... 41
6.7 Atividades Complementares Curriculares De Contra Turno ................................................................. 42
6.8 Núcleos Setoriais ......................................................................................................................................... 43
6.9 6.9 Estágio obrigatório e não obrigatório .................................................................................................. 46
6.10 Calendário Escolar ..................................................................................................................................... 47
6.10.1 Torneio De Integração Colégios Do Campo ..................................................................................................... 47
6.11 Rede de Proteção ....................................................................................................................................... 48
6.12 Ensino Médio Inovador .............................................................................................................................. 48
6.13 Conectados 2.0 ........................................................................................................................................... 49
6.14 Plano De Trabalho Docente ................................................................................................................... 50
6.15 Conselho Escolar ..................................................................................................................................... 50
6.16 A.P.M.F. ........................................................................................................................................................ 51
6.17 Temas Socioeducacionais ......................................................................................................................... 51
6.17.1 Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena ...................................................................................................... 51
6.17.2 Educação Ambiental ............................................................................................................................................. 52
6.17.3 Enfrentamento a Violência ................................................................................................................................... 52
6.17.4 Prevenção ao uso indevido de Drogas .............................................................................................................. 53
6.17.5 Gênero, diversidade sexual e sexualidade ....................................................................................................... 53
6.17.6 Educação do Campo ............................................................................................................................................ 53
6.17.7 Programa de Brigadas Escolares ....................................................................................................................... 54
6.17.8 Estatuto do Idoso .................................................................................................................................................. 55
6.17.9 Educação para o Trânsito.................................................................................................................................... 56
7. PLANO DE AÇÃO ............................................................................................................................................................. 57
7.1 Plano de Ação da Direção .......................................................................................................................... 58
7.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica ..................................................................................................... 63
7. MATRIZ CURRICULAR ....................................................................................................................................................... 66
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................ 67
9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL..................................................................... 73
9.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ARTE ........................................................ 73
9.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - CIÊNCIAS ............................................... 84
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9.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - EDUCAÇÂO FÍSICA ............................. 91
9.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ENSINO RELIGIOSO ............................ 96
9.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- GEOGRAFIA .......................................... 100
9.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - HISTÓRIA ............................................. 108
9.7 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ENS FUND – INGLÊS ............................................................ 111
9.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - LÍNGUA PORTUGUESA ..................... 118
9.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- MATEMÁTICA ........................................ 129
10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO MÉDIO.............................................................................. 142
10.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENS MÉDIO - ARTE ............................................... 142
10.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - BIOLOGIA .......................................... 147
10.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - EDUCAÇAO FÍSICA ........................ 159
10.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FILOSOFIA ....................................... 163
10.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FÍSICA ............................................... 177
10.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- GEOGRAFIA ...................................... 196
10.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - HISTÓRIA .......................................... 203
10.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA EST ENS MÉDIO – INGLÊS .................. 206
10.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - MATEMÁTICA ................................... 215
10.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- LÍNGUA PORTUGUESA ................ 227
10.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - QUÍMICA .......................................... 241
10.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - SOCIOLOGIA .................................. 249
11 PROGRAMAS DE ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO DE JORNADAS PEDAG - EMPRENDEDORISMO .............. 255
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“O que é necessário não é a vontade de
acreditar, mas o desejo de descobrir; que
é justamente o oposto”.
Bertrand Russel
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1. INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da escola, se articula e se
concretiza com a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo educativo,
visando a formação de cidadãos participativos conscientes de seus direitos e
responsabilidades. Constitui-se num instrumento pedagógico de mudança, com ações
voltadas para a melhoria de qualidade do ensino, e consequentemente a transformação
social.
2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual do Campo Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães -
Ensino Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará, Município de
Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01, CEP 85.110-000.
Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected] Esta instituição faz parte do
Núcleo Regional de Educação de Guarapuava tendo como mantenedora o Governo do
Estado do Paraná.(SEED Secretaria de Estado da Educação)
2.1. Histórico da Escola O Colégio iniciou suas atividades no ano de 1951, com o nome de Escola
Isolada de Guará. Era uma sala de aula com 40 alunos em um terreno de 3.564,0 m²,
doado pela Sra. Sofia Horst.
No ano de 1970, foi denominada Escola Rural de Guará; em 1980 passou a
funcionar pelo regime da Lei 5692/71, de 1ª a 4ª série, com a denominação de Escola
Rural Martins Pena, através do decreto nº 033/80. Em 1981, funciona através do Decreto
nº 098/81, com a denominação de Escola Martins Pena – Ensino de 1º Grau.
A Resolução nº 3951/83, muda a denominação de escola Rural Martins Pena
para Escola Municipal Martins Pena. Em 27 de janeiro de 1989, pelo Decreto 010/89, o
nome da Escola é novamente alterado, passando a denominar Escola Municipal Sofia
Horst. A Resolução nº 878/91, de 08 de março de 1991, autoriza o funcionamento das
turmas de 5ª a 8ª série.
Em 19 de outubro de 1992, pela resolução 3440/92, é autorizado o
funcionamento do Ensino Pré – Escolar, passando a denominar Escola Municipal Sofia
Horst, Ensino Pré Escolar e de 1º Grau.
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Pela Resolução nº 1702/96, de 22 de abril de 1996, foram cessadas, em caráter
definitivo, as atividades escolares, relativas ao ensino de 5ª a 8ª séries do 1º grau. Pelo
parecer 234/96 de 23 de janeiro de 1996 e a resolução 531/96 de 05 de fevereiro de 1996,
foram criados e autorizados a funcionar o ensino de 5º a 8º série do 1º grau, passando a
denominar - se Escola Estadual Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino de 1º
Grau.
Pelo parecer nº 3106/02 de 10 de outubro de 2002, a coordenação da estrutura
e funcionamento da SEED, reconhece o Curso de Ensino Fundamental e a Escola passa
a denominar Escola Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino
Fundamental.
O parecer 1072/02 do Conselho Estadual de Educação ratifica a decisão da
Coordenação de estrutura e funcionamento da SEED, concedendo o reconhecimento do
Ensino Fundamental.
Através do requerimento datado de 26 de setembro de 2002, o Diretor da
Escola solicita a autorização para o funcionamento do Ensino Médio e, pelo parecer
37987/2002, a coordenação de Estrutura e funcionamento da SEED, propõe a resolução
de autorização para funcionamento do Ensino Médio.
Em 29 de novembro de 2002, o Diretor Geral da SEED, pela resolução
4724/2002, autoriza o funcionamento do Ensino Médio iniciando no ano de 2003.
Pela mesma resolução, a Escola Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco
Guimarães – Ensino Fundamental, passa a denominar - se Colégio Estadual Professora
Maria de Jesus Pacheco Guimarães - Ensino Fundamental e Médio. Esta unidade de
ensino leva o nome da Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães, primeira professora a
lecionar no Distrito do Guará.
Natural de Guarapuava, "Dona Mariquinha" , como era chamada, chegou no
Distrito de Guará, no ano de 1950, precedendo a preparação para a implantação da sede
distrital do Guará.
Por já estar exercendo a sua profissão na localidade de Marrecas de Cima,
começou a trabalhar, naquele mesmo ano e fixaram a sua residência neste Distrito,
juntamente com seu marido Samuel Amaral Guimarães primeiro cartorário, e suas três
filhas: Maria da Conceição, Maria José e Circéia Terezinha.
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Trabalhou até o ano de 1965, quando se aposentou, mulher de fibra, austera e
caracterizada por uma personalidade forte. Comandou a educação de muitos educandos
no Distrito de Guará e no ano de 1986, no dia 26 de maio, já cansada e doente a "dona
Mariquinha", deixa de existir. O dia da patronesse é comemorado no dia 22 de outubro.
2.2. Modalidades De Ensino
O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, e Ensino Médio.
3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a 25
Km de Guarapuava. Atende 25% dos educandos residentes na sede do Distrito de Guará
e 75% dos educandos dispersos por 643 km². A comunidade escolar atendida pelo
Colégio na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo, com renda mensal familiar de até
um salário mínimo, ou tem como principal fonte de renda a Bolsa Família; Grande parte do
alunado é composta por filhos de agricultores assentados, proprietários de pequenas e
médias propriedades rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns filhos de
comerciantes e funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos educandos são
provenientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês Ribas, Europa, José
Dias e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã, Aroeira), além de
povoados localizados, em média, 12km de distância da sede (Alto da Serra,Boa
Esperança, Rio das Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão, Faxinal dos Elias, Colônia dos
Vitos e Chimarrão 81). Estes dependem exclusivamente do transporte escolar para o
deslocamento até o Colégio.
As faltas dos educandos são constantes, devido ao transporte escolar, pois a
situação das estradas é precária, os transportadores não cumprem os contratos
assumidos com a Prefeitura Municipal. Estes problemas dificultam a aprendizagem dos
mesmos.
Os educandos trazem expectativas de que o Colégio ofereça condições que
viabilizem o acesso ao mundo do trabalho, bem como acesso às tecnologias práticas
esportivas variadas, e conhecimentos em diversas áreas para atuarem como cidadãos.
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3.1. Organização Escolar
O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, nos períodos: matutino
vespertino e noturno, e Ensino Médio nos períodos matutino e noturno. Atende
aproximadamente 520 educandos, distribuídos em 19 turmas regulares, 1 turma do
Programa de Complementação Curricular Empreendedorismo que atende 25 educandos
do ensino médio no contra turno, 1 Sala de Recurso no período da tarde.
A organização curricular do estabelecimento tanto no Ensino Fundamental
quanto no Ensino Médio segue a Base Nacional Comum constituída por disciplinas.
4. QUADRO FUNCIONAL
O quadro de funcionários neste ano letivo é composto por 36 professores, 01 secretária e
04 Agentes Educacionais II, 08 Agentes Educacionais I, 01 diretor, 01 diretora auxiliar e 03
pedagogas.
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PROFESSORES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
LUIZ ALBERTO OGIBOWSKI História Desenvolvimento e Integração da América Latina e Gestão e Supervisão Educacional.
JOANA ADRIANE DALZOTO Pedagogia Administração, Supervisão e Orientação Educacional/Psicopedagogia Institucional e Clínica
MÁRCIA STRUZ ARAÚJO Pedagogia Administração, Supervisão e Orientação Educacional/ Psicopedagogia Institucional e Clínica
CRISTINA DO ROCIO PEDROSO Pedagogia/ Filosofia Gestão Escolar/ Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia
ADEMIR REMPEL Geografia e Pedagogia Educação Ambiental.
ANDRESSA NAVARRO Química Educação do Campo e Mestre em Química Aplicada
CRISTIANO JOSÉ CORRÊA Letras/Inglês
EDINÉIA MOREIRA DE SOUZA Matemática Educação do Campo e Educação Especial
ELIZABETE ODILA SIMÃO PORTELA Biologia Gestão Escolar e Gestão Ambiental
ELOÁ VIEIRA DOS SANTOS Letras/Literatura Educação do Campo e Educação Especial
EZINEIDE DE LIMA SANTOS Matemática Educação do Campo, Educação Especial e neuro pedagogia
GERSON HUCHAK Geografia
GISELLE SCHEIFFER MUNHOZ Letras/ Espanhol Educação do Campo e Educação Especial
GUIOMAR DUBIELA LUY Matemática Ensino da Matemática
HELOISE DE ALMEIDA LIMA Arte educação Interdisciplinaridade; Educação Especial.
JUVENAL BENTO MORÃO Letras/ Espanhol
LEONARDO ERTHAL CHAGAS Geografia Manejo e Conservação Ambiental
LETÍCIA BRUNO ASSUNÇÃO Ciências Biológicas Educação do Campo Educação Ambiental,EJA
LETÍCIA CASTILHO Letras/Inglês Ensino da Língua Inglesa
LUCAS DARIEL GUIMARÃES RIBEIRO Filosofia Educação do Campo
LUIZ GUSTAVO CEZAR História Geografia
LUIZA CEZAR Ed. Física Dança Educacional
MARA APª BRAZ Matemática Educação do Campo, Educação Especial e Diversidade Escolar
MÁRCIA LÍGIA MAIER FARIAS Matemática Ensino de Matemática/Gestão Escolar
MARIA ROSELI K. AMÂNCIO História Ensino De História: Economia América Latina.
MARIANA GOMES BENTO DE MELLO Português/ Inglês Literatura e Contemporaneidade, Estudos de Linguagem
MARTA ROSELI WOLF MATOSO Ciências Experiência em Ciências
MAURÍCIO STRAPAÇÃO Arte - Educação Educação do Campo, Educação Especial
PABLO AUDA Química Educação do Campo, Educação Ambiental, Educação Matemática, Gestão Escolar
RAQUEL CORDEIRO PAZ Letras/Anglo Metodologia do Ensino da Língua Inglesa
RENAN ANTUNES SANTOS Ed. Física
ROBSON PRESTES Ed. Física Ensino de Matemática
VIVIANE DE LARA Ciências Sociais Ensino Sociologia,Ensino Religioso,Famílias e Práticas Profissionais
ZENEIDE GORNASKI RIBEIRO Matemática Física Ensino - CEFET
FUNCIONÁRIOS GRADUAÇÃO PÓS – GRADUAÇÃO
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VIVIANE Mª BRUSNICKI LUCANTÔNIO Letras- Português/Espanhol Gestão, Supervisão e Orientação Educacional.
DANIELI APª FERREIRA HARDT Ensino Médio
ADRIANA CORPOLATO Matemática
CRISTINA DE BELEM LACOSKI Administração
MARIA EMILIA PIMPÃO Pedagogia Atendimento às necessidades especiais
ANA CLAUDIA CORPOLATO Ensino Médio
CLEUSA APª PEDROSO Ensino Médio
EDNA HEINE C. B. LEINECHER MACHADO Ensino Médio
EDICLANE APª MACHADO Ensino Médio
ELIANE APª CORPOLATO Ensino Médio
GLACI DE FÁTIMA PILAR DE SOUZA Ensino Médio
JOCERLI SCHWEIGERT NEVES Ensino Médio
ROSELI PEREIRA DA SILVA Ensino Médio
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4.1 Espaço Físico
O estabelecimento possui 3200 m² de área construída dividido em 4 blocos, 1
quadra de esporte e uma casa permissionário.
Bloco A Bloco B Bloco C Bloco D
Secretaria, sala dos
professores; da equipe
pedagógica; da direção
auxiliar; direção, sala de
reuniões com cômodo para
despejo, sala de apoio,
laboratório de informática
com cômodo para despejo,
sala de arquivos e 2
banheiros.
BIblioteca com
cômodo para
despejo e
laboratório de
ciências com
cômodo para
despejo.
Cozinha, depósito de
merenda, lavanderia,
depósito para material de
limpeza, almoxarifado,
refeitório, 1 banheiro com
chuveiro, 1 banheiro
feminino com 4 sanitários e
1 masculino com 4 sanitários
e 4 mictórios e 1 banheiro
adaptado.
8 salas de aulas
divididas em 2 pisos, 1
banheiro masculino com
2 sanitários e 2
mictórios, 1 banheiro
feminino com 4
sanitários, 2 banheiros
adaptados, elevador e
1 cômodo para despejo.
Quadra Poliesportiva coberta com arquibancadas e casa para permissionário com 4
dependências; este espaço é utilizado para sala de recursos.
4.2 Bens Materiais
Secretaria: 2 mesas para microcomputador 5 cadeiras giratórias, 2 escrivaninhas com
gavetas, 2 armários de aço, 2 arquivos, 6 computadores, 1 multifuncional,2 impressoras, 1
telefone com fax.
Sala dos professores: mesas, sofá, escaninho e armários individuais, TV .
Laboratório de informática: 18 mesas, 20 cadeiras giratórias e 20 microcomputadores
(Paraná Digital) e 15 microcomputadores (Proinfo).
Sala de reuniões: 31 cadeiras, 1 mesa, 38 carteiras, 2 estantes, 2 armários de aço, 1
mesa som com 2 caixas acústica, 2 microfone sem fio,2 rádios, 4 DVDs, 2 mimeógrafos, 1
vídeo cassete, 1 retroprojetor, 3 data show,1 filmadora, 1 câmera fotográfica, 1
impressora .
Salas da direção e equipe pedagógica: escrivaninhas, armários e arquivos,
microcomputador e not book.
Sala de arquivos: armários, prateleiras, materiais de arte, de matemática e esportivos,
fantoches, jogos didáticos.
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Biblioteca: 13 mesas, 12 estantes, 1 computador, 1 escrivaninha, armários, porta mapas,
aproximadamente 4.100 livros, mapas e 2 globos terrestres.
Laboratório de Ciências: 1 TV, 1 microscópio eletrônico,1 microscópio estereoscópio, 2
armários e 1 prateleira de aço, 37 banquetas, materiais de Química, Física e Biologia
(mapas , reagentes, vidraria, balança eletrônica, estadiômetro, torso humano, etc...),
estufa, terrário.
Salas de Aula: 40 carteiras, 1 mesa para o professor, 1 TV LCD, e ventilador em cada
sala.
Cozinha: 2 geladeiras, 2 freezers, fogão industrial, exaustor, 1 armário de aço, 6 armários
com 3 cubas, 2 liquidificadores, 1 batedeira, 1 centrífuga de frutas e utensílios
domésticos, 1 forno elétrico, 1 forno a gás, 1 micro- ondas, 1 cílindro para massas.
Lavanderia: 1 máquina de lavar, 1 centrífuga,1 Wap.
Almoxarifado: 4 botijões cilíndricos, depósito para lixos.
Refeitório: 5 bebedouros, 13 mesas, 26 bancos, 2 mesas de tênis de mesa, 1 mesa de
pebolim.
Outros: suporte para bandeiras, lixeiras recicláveis, 7 bebedouros, instrumentos para
fanfarra, antena parabólica.
Sala de Recurso: mesas, cadeiras, armário, microcomputador e impressora, jogos
didáticos.
4.3 Condições Físicas e Pedagógicas
O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação
conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar.
Assim, Luck (org.) afirma que:
O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa.
Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos
objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego
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adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da
organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por
seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.
Segundo Marques (1987, p. 69), "à participação de todos, nos diferentes níveis
de decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para assegurar o eficiente
desempenho da organização”. É processo dinâmico e interativo que vai muita além da
tomada de decisão, a participação é caracterizada pelo inter apoio na convivência do
cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e
limitações e do cumprimento de sua finalidade social.
Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, Direção,
equipe pedagógica, professores, agentes I e II, discutam e analisem os problemas que
vivenciam em interação com a organização escolar e que, a partir dessa análise,
determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem mais carentes de
atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada a partir do
respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e
compromisso.
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno
desenvolvimento do educando; em um mesmo contexto escolar sempre haverá uma
diversidade de dificuldades entre os educandos. É essa variedade, a partir da realidade
social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a
todos os educandos; considerando o atendimento das necessidades educacionais com
ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do
processo de Educação inclusiva, estamos considerando a
diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de
equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às
pessoas em situação de deficiência e aos de altas
habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender,
aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.
(CARVALHO, 2005).
Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,
dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos alunos, e
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professores comprometidos com seu trabalho; garantindo o que é básico para a escola: a
aprendizagem com qualidade e equidade. O trabalho do professor precisa desenvolver
relações cooperativas, que busquem o bem estar coletivo, efetivando a aprendizagem de
forma crítica e consciente, valorizando seus saberes e ampliando os conhecimentos,
promovendo desse modo a formação omnilateral dos educandos.
Neste contexto a hora atividade é um momento de extrema importância,
reservado aos professores para preparar suas aulas, fazer leitura de textos, realizar
correções de atividades e avaliações, pré conselho, confecção de material didático;
planejamento de atividades, atender alunos no contra turno para tirar dúvidas sobre
conteúdo; entre outros.
Estudos, reflexões e trocas de experiências com pedagogas e outros
professores, enriquecem e fortalecem a prática dos professores, permitindo pensar mais
sobre os conteúdos, objetivos e procedimentos, promovendo momentos de auto-
avaliação permanente. Sempre que possível a hora atividade é organizada por disciplinas.
As práticas desenvolvidas no estabelecimento têm como função,
fundamentalmente, garantir a todos que se tornem cidadãos competentes, informados e
cientes de seus direitos. As inovações tecnológicas, propiciam aos educandos acesso a
novas tecnologias, nem sempre possíveis fora do ambiente escolar. A forma de
organização escolar segue algumas normas inerentes à escola do campo, com horário de
entrada e saída diferenciados, para evitar atrasos devido aos educandos que necessitam
de transporte escolar. Os espaços escolares fora da sala de aula, possuem pastas de
agendamento prévio, estes devem ser feitos com 48 horas de antecedência evitando
tumultos e aglomerações nos mesmos (laboratórios, sala de reuniões, biblioteca).Durante
o recreio são desenvolvidas pelos Núcleos Setoriais algumas atividades diferenciadas
como campeonatos esportivos, jogos diversos, músicas entre outros.
A relação teoria e prática não se resume à sala de aula; o processo formativo
deve considerar os objetivos educativos, conteúdos de ensino, trabalho, auto-
organização, permitindo aos educandos a apropriação e produção de conhecimento
diretamente relacionados ao enfrentamento das questões e contradições da realidade
atual.
Um obstáculo comum que provoca entraves físicos e pedagógicos: o
tratamento padrão, padronizado à todas as escolas feito pela mantenedora. Esse é um
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problema tanto pedagógico quanto físico, pois as escolas são diferentes, possuem
características diferentes, profissionais, público, estrutura física, pedagógica e geográfica
diferentes, portanto não podem ser tratadas de forma padrão.
Como entraves físicos podemos citar o caso dos recursos financeiros, cujo
cálculo é o mesmo para as escolas urbanas, no entanto uma escola do campo gasta
muito mais em material de limpeza devido às estradas sem pavimentação. Também o
mau funcionamento do transporte escolar, que compromete o aprendizado pois o
educando falta demasiadamente, e como única justificativa usam a situação das estradas.
Nesse caso não se observa nenhuma ação por parte do poder público para solucionar a
negligência do transporte escolar e a situação das estradas. Outro entrave físico é o
tempo que o educando permanece no transporte escolar todos os dias. Isso faz com que
seu rendimento seja comprometido pois, em qualquer turno que estude, precisam sair
muito cedo de sua casa causando – lhe cansaço e falta de atenção.
Quanto aos entraves pedagógicos, podemos citar a falta de pessoal para
trabalhar com biblioteca e laboratório de informática, o que acaba comprometendo a
possibilidade de um aprendizado atualizado, visto que, o educando precisa ter acesso a
multimeios para complementar e incrementar as informações que recebem em sala de
aula, nesse caso a pesquisa não pode ser feita por não ter alguém para orientá-los.
Também é importante evidenciar a falta de um sistema de internet que funcione pois, o
nosso sistema é precário e ineficiente, temos 39 computadores mas não conseguimos
usar pois a internet não funciona se ligar mais de uma máquina, obstruindo o trabalho da
secretaria. A falta de vontade de alguns professores e a falta de perspectiva dos
educandos é um fator que compromete o pedagógico da escola.
4.4 Resultados Educacionais
O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) sintetiza dois
conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de
desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado
a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de
desempenho nas avaliações do Saep, o Saeb e a Prova Brasil. O índice é medido a cada
dois anos desde 2005.
Este estabelecimento de ensino iniciou sua participação na prova Brasil em
18
2009, com os seguintes resultados:
2009:
● Matemática – 247,87
● Português – 248,65
● IDEB – 4,0
2011:
● Matemática – 258,00
● Português – 246,1
● IDEB – 4,2
METAS PROJETADAS:
2011 2013 2015 2017 2019 2021
4,2 4,5 4,8 5 5,3 5,5
4.5 Formação Continuada
A SEED oferta cursos para formação dos professores em todas as disciplinas:
simpósios, DEB Itinerante, GTR (Grupo de Trabalho em Rede), Jornada Pedagógica,
PDE, Cursos Educação Fiscal, oficinas CRTE, entre outros. A escola colabora para a
saída do professor para os cursos de capacitação, onde sempre se aprende algo novo
que pode ser utilizado em sala de aula. É importante que a formação continuada se
estenda a todos os profissionais envolvidos no processo educativo. Nas reuniões
pedagógicas realizadas no âmbito escolar procura -se reunir o número máximo de
profissionais que trabalham no Colégio, a troca de experiências e busca de soluções de
problemas que ocorrem no dia a dia são amplamente discutidas sempre buscando a
aprendizagem com qualidade.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pensando na função social da escola e do trabalho educativo, enquanto
docentes, precisamos entender a sociedade em que estamos inseridos, pois está
configurada pelas experiências individuais do homem as quais dependem das relações
interpessoais, estruturais e institucionais. “A sociedade configura todas as experiências
individuais do homem, transmite resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no
passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e
19
que oferece a sua comunidade” (Pinto, 1994).
Uma sociedade democrática pressupõe a possibilidade de participação do
conjunto de membros da mesma em todos os processos decisórios, que dizem respeito a
sua vida (casa, escola, bairro, cidade, etc.). Segundo Boff (2000, p.77). Faz-se necessário
desenvolver uma educação que abra para uma democracia integral, capaz de produzir
um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Cabe à educação proporcionar ao educando e a comunidade, instrumentos
adequados para pensar a sua prática individual e social e atingir uma visão global da
realidade que possa orientá- lo em sua vida; bem como a apropriação do conhecimento
científico, político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir
a satisfação de suas necessidades, seja no campo ou na cidade, e realizar suas
aspirações, através do conhecimento acumulado, e acrescentar novos conhecimentos.
Uma escola de qualidade é um direito do educando, e para tanto é fundamental
que os professores estejam atualizados buscando qualificação; que resulta em melhoria
do trabalho pedagógico, ampliando seu saber fazer; repensando a prática pedagógica
para combater a discriminação, a exclusão e consequentemente a evasão escolar.
Segundo a LDB 9394/96 Art.2º A educação, dever da família e do Estado,
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Os significados dessas palavras precisam
ser compreendidos na sua amplitude.
A palavra trabalho, por exemplo, não pode ser limitada a ideia de emprego, serviço para
garantir a sobrevivência. Acima de tudo o trabalho deve ser destinado ao
desenvolvimento das potencialidades do ser humano, para proporcionar prazer, melhorar
sua vida e a vida de toda a sociedade. Os conceitos utilizados no Projeto Político
Pedagógico são baseados na LDB a qual prevê que o ensino deve ser ministrado com
base nos seguintes princípios:
● Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
● Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
● Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
20
● Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
● Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
● Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
● Valorização do profissional da educação escolar;
● Gestão democrática do ensino público, na forma de lei e da legislação dos sistemas de
ensino;
● Garantia do padrão de qualidade;
● Valorização da experiência extraescolar;
● Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
● Garantir estágio não obrigatório, para os profissionais quando necessário.
A escola como espaço de educação formal fundamenta-se em princípios que
ofereçam ao educando a formação necessária para a transformação da realidade social,
econômica e política de seu tempo. Temos o compromisso de oferecer ao educando
oportunidades de desenvolver a autonomia, a criatividade, e a criticidade vivenciando o
respeito, a cooperação, a afetividade e a responsabilidade como valores essenciais para
si e para o grupo a qual pertence.
Nessa perspectiva objetivamos promover o desenvolvimento global dos alunos
considerando a realidade do educando (do campo) como ponto de partida do trabalho
pedagógico: construir conceitos, que levem o educando a ler cientificamente a realidade,
pesquisar, tomar posição diante de diferentes ideias; formar identidades de camponês,
trabalhador, membro da comunidade, cultura, povo; desenvolver a confiança e o
comprometimento da comunidade escolar; proporcionar um ambiente favorável à
formação integral do educando para a construção do conhecimento; desenvolver e
incentivar a disciplina em sala de aula, através de trabalhos significativos para os
educandos; estimular a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado,
valorizando a qualidade, o bem estar coletivo, a sutileza, as formas lúdicas e alegóricas
de conhecer o mundo; oportunizar a formação de um cidadão crítico, que se identifique
com as grandes questões da humanidade, visando a transformação social; analisar os
diversos valores presentes na sociedade, bem como as situações conflituosas existentes
21
nas relações humanas que envolvem a moral e princípios que regem as condutas dos
sujeitos sociais(desafios contemporâneos, ética e cidadania).
Realizar uma gestão democrática com um trabalho efetuado em parceria,
visando o benefício coletivo; somar esforços pela melhoria de qualidade do ensino
ofertado pelo estabelecimento; reforçar os laços de relacionamento entre a comunidade
escolar e a comunidade, rumo a uma gestão participativa e democrática que leve a
construção da cidadania, promovendo contínua interação entre os membros.
5.1 Concepção de Mundo
O homem é um ser social, que atua e interfere na sociedade, utilizando toda a
bagagem de conhecimento, as competências desenvolvidas e os valores escolhidos para
orientar as suas atitudes, sejam elas nas relações familiares, comunitárias, produtivas e
também na organização política; garantindo assim sua participação ativa e criativa nas
diversas esferas da sociedade.
Para que o cidadão se enxergue como sujeito de sua história, ele precisa se
apropriar da riqueza cultural produzida pela humanidade. Cabe a escola capacitar os
educandos para que, de modo crítico, escolham o mundo e as circunstâncias em que
querem viver, reforçando a construção de uma sociedade de inclusão universal, com
responsabilidade política para interferir conscientemente na realidade.
5.2 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele
envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrência destas, produz conhecimentos. Sua ação é intencional e
planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não -materiais que são
apropriados de diferentes formas pelo homem. Dessa forma, Saviani (1992) afirma, “O
homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de
se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá -la pelo
trabalho”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui -se um ser histórico, é
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,
22
antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
5.3 Concepção de Sociedade
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir
das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis
naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
Cabe à escola desenvolver o ser social em todas as dimensões, no econômico,
no cultural, no político, inserindo – o no mundo do trabalho e da produção de bens e
serviços; para que cumpra seu papel social, vista a uma sociedade mais justa, humana e
solidária.
5.4 Concepção de Cidadania
Embora em nosso país os poderes coloniais, elites proprietárias, e o próprio
Estado reafirmem as desigualdade, acentuando consideravelmente as exclusões; o
grande desafio histórico é dar condições ao sujeito de se tornar cidadão consciente e
participativo do processo de construção político-social e cultural. É condição essencial da
cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente dos sujeitos. Para
Martins “[...] a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de
consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos
e deveres.”
Nesta perspectiva, a educação é um dos principais instrumentos de formação
da cidadania, em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; nas
questões do trabalho como princípio educativo produção/apropriação de conhecimento, e
não apenas mera operação mecânica; levando os educandos à uma interpretação
dialética da realidade atual, capaz de integrar seu projeto pessoal com o coletivo,
consciente de ser construtor da história pessoal e coletiva, que valoriza o patrimônio
coletivo, que cuida da preservação do ambiente, que saiba resolver conflitos com diálogo,
que aceita as diferenças, que expresse opinião construída pelo estudo consciente da
23
questão ou do contexto para tomar posição baseada em argumentos, que tenha
consciência de sua identidade complexa e de sua identidade comum a todos os outros
humanos.
5.5 Concepção de Escola
Local de apropriação de conhecimentos científicos construídos historicamente
pela humanidade e local de produção de conhecimentos em relações que se dão entre o
mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os povos do campo querem que a escola
seja o local que possibilite a ampliação dos conhecimentos; portanto, os aspectos da
realidade podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de
chegada. Ter isto claro ajuda na forma de expressão e implementação da proposta de
educação que se pretende alcançar.
A educação do campo precisa ser uma educação específica e diferenciada, isto é, alternativa. Mas sobretudo deve ser educação, no sentido amplo de processo de formação humana, que constrói referências culturais e políticas para intervenção das pessoas e dos sujeitos sociais na realidade, visando a uma humanidade mais plena e feliz (ARROYO, 2004, p.23).
O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos
locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes
momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos nas relações sociais do
mundo capitalista e elas precisam ser desveladas na escola.
5.6 Concepção de Conhecimento
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações
sociais mediadas pelo trabalho.
Segundo Saviani, aprender e ensinar são processos inseparáveis (1995, p. 17).
Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais
necessários a sua formação e a sua humanização.
A aquisição do conhecimento não acontece de maneira isolada e individual,
mas é fruto das relações humanas que se concretizam num contexto sociocultural, que se
modifica no tempo. Acontece no social gerando mudanças internas e externas no cidadão
24
e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.
Contextualizando, o conhecimento é um conceito dinâmico, que reconhece a
herança cultural da humanidade, em toda a sua diversidade, configurando as dinâmicas
históricas que representam as necessidades do homem em cada tempo, levando
necessariamente a uma nova forma de ver a realidade, um novo modo de atuação, diante
dos avanços das diversas ciências e está aberto a toda manifestação que preserva e
melhora a vida das pessoas. Pensando na escola e especificamente nos vários
momentos da aula, como espaço onde se dá a produção e apropriação do conhecimento
pelo educando, é imprescindível que a ação do professor possibilite ao aluno construir
conhecimentos de forma dinâmica, partindo da realidade que o cerca e ao mesmo tempo
superando a reprodução de modelos prontos e limitados, levando o educando a pensar e
repensar a sociedade e o tempo em que vive.
5.7 Concepção de Formação Humana
A base formativa da escola precisa ter como referência uma perspectiva
omnilateral de educação, que busca levar em conta “todas as dimensões que constituem
a especificidade do ser humano e as condições objetivas e subjetivas reais para seu
pleno desenvolvimento histórico”( Frigotto ,2012, P.165).
O conhecimento nessa perspectiva é entendido como uma produção do
pensamento que surge da atividade humana e busca uma interpretação da realidade que
permite ao ser humano transformá- la; mediante processos educativos que re afirmem os
valores de justiça, solidariedade, cooperação, igualdade e o desenvolvimento de
conhecimentos que concorram para qualificar a vida de cada ser humano.
O desafio do desenvolvimento humano omnilateral, é a partir das
desigualdades que são dadas pela realidade social, desenvolver processos pedagógicos
que garantam, ao final do processo educativo, o acesso efetivo ao conhecimento na sua
mais elevada universalidade.
5.8 Concepção de Ensino Aprendizagem
O conhecimento social e historicamente produzido pela humanidade deve ser
apresentado a nova geração, não como simples transmissão, estático e acabado, mas de
maneira viva, que possibilite ser reconstruído dentro de cada indivíduo, dando- lhe a
25
oportunidade de desenvolver princípios, valores e competências essenciais para assumir
a construção da sua vida pessoal, e ao mesmo tempo garanta a continuidade da
construção da história humana.
A educação é determinada pela sociedade. Contudo, essa determinação é relativa e, na forma de ação, é recíproca. O determinado também reage sobre o determinante. (Saviani, 1991)
Se a educação traz a perspectiva clara de reconstrução social, as práticas
escolares devem acompanhá-la. Organizar e planejar coletivamente é uma meta,
considerando a organização do trabalho pedagógico de forma interdisciplinar, através de
eixos caracterizados como porções da realidade, pensados a partir da natureza dos
conteúdos a serem apropriados, da realidade do entorno da escola, das questões da
atualidade, através de uma ação contínua, compartilhada, que leve os educandos a
entender e participar das lutas de seu tempo, contribuindo para a transformação da
sociedade. O envolvimento dos professores é fundamental, para garantir a qualidade de
aproximação disciplinar, sem perder de vista que o ato de planejar é um ato intencional e
faz parte da história humana.
A construção do conhecimento é sempre mediada no âmbito das relações
interpessoais, levando-se em conta os saberes da experiência trazidos pelos alunos,
somados aos conhecimentos específicos de cada área de atuação dos professores. O
planejamento coletivo traz a possibilidade de diálogo entre os professores mesmo em
disciplinas distintas, e a possibilidade de aproveitamento e aprofundamento de conteúdos
em séries diferentes. O direcionamento interdisciplinar possibilita um trabalho pedagógico
que leve em conta todas as dimensões que constituem as especificidades do ser humano,
para seu pleno desenvolvimento intelectual, cultural, educacional, psicossocial, afetivo,
estético e lúdico, preconizando a educação omnilateral; pois o desenvolvimento que se
expressa em cada ser humano não advém de uma essência humana abstrata, mas é um
processo em que o sujeito constitui -se socialmente, por meio do trabalho; que se
constrói, portanto, dentro de determinadas condições histórico-sociais.
Segundo GRAMSCI,(1978),a humanidade que se reflete em cada
individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os outros seres
humanos e com a natureza. Então os valores, hábitos, gostos, religião ou crenças e os
conhecimentos incorporados não são realidades naturais, mas uma produção histórica. É
26
a vivência da historicidade e a busca de superar as contradições presentes no movimento
da realidade que permite ao ser humano crescer como sujeito, participando da própria
intencionalidade de sua formação.
5.9 Concepção de Educação e Educação do Campo
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado,
pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Segundo Saviani (1989), a
educação é própria dos seres humanos, é exigência do e para o processo de trabalho,
sendo ela própria um processo de trabalho.
O processo educacional tem dimensão histórica por representar a própria
história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um processo
constitutivo do ser humano. É um fato social pelas relações e pelos valores que movem a
sociedade, num movimento de reprodução do presente e da expectativa de transformação
do futuro. É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de
homem.
A finalidade da educação é formar o cidadão capaz de analisar, compreender e
intervir na realidade, visando o bem estar do homem nos planos pessoal e coletivo. Vista
como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas
finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir
-se e transformar a realidade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96, estabelece orientações
para atender a realidade do campo. Em seu artigo 28, a LDB estabelece as seguintes
normas para a educação do campo: Na oferta da educação básica para população rural,
os sistemas de ensino proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às
peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e interesses
dos alunos da zona rural;
II – organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do
ciclo agrícola e as condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.
A educação do campo tem sido historicamente marginalizada. Suas demandas
27
e sua especificidade raramente têm sido objeto de pesquisa no espaço da academia e na
formulação de currículos nos diferentes níveis e modalidades de ensino. A educação para
os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo essencialmente urbano e, quase
sempre, deslocado das necessidades e da realidade do campo.
A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do
campo raramente são tomados como referência para o trabalho pedagógico, bem como
para organizar o sistema de ensino, a formação de professores e a produção de materiais
didáticos. Cabe aos docentes que trabalham nas escolas do campo tomar para si e
transmitir estes saberes para que as escolas do campo tenham suas reais necessidades
atendidas sem exclusão ou discriminação.
5.10 Concepção de Alfabetização e Letramento
O objetivo da alfabetização vai além da decodificação, pois ler e escrever tem
como fim último promover a compreensão: compreender o que se lê; o que se fala; como
funciona o mundo. É correto dizer, como sugere a professora Marisa Lajolo, que se deve
“partir do mundo da leitura do mundo”, e que não basta decodificar, é preciso
compreender o sentido da palavra e do texto no contexto (BATISTA, 2006, p.19).
Nesse sentido alfabetizar letrando significa orientar a criança em seu processo
de aquisição do seu ato de ler e de escrever de forma a conduzi -la a uma convivência de
práticas reais de leitura e de escrita utilizando os mais diversos gêneros textuais
possíveis, bem como levá-la a uma compreensão de mundo; pois é por esses meios que
a criança passa a participar diretamente do mundo, no exercício de suas funções sociais,
tornando se um cidadão consciente, com domínio do código convencional da leitura e da
escrita em suas práticas sociais.
5.11 Concepção de Cuidar e Educar
Quando se fala em educação de crianças, educar e cuidar são pontos ao
mesmo tempo distintos e complementares.
Educar é proporcionar à criança a oportunidades de desenvolver suas
capacidades e habilidades. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
descreve que: Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
28
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal e de ser e estar com os
outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas
crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (1998 p.24).
Cabe à escola e aos educadores oportunizar um ambiente acolhedor e
estimulador, para que a ação educativa seja constante, permitindo o desenvolvimento
cognitivo, afetivo, criativo, corporal e social do educando.
Cuidar significa auxiliar a criança em seu desenvolvimento. O cuidar não é
restrito ao aspecto biológico do corpo, mas também diz respeito à dimensão afetiva, pois
a criança precisa de segurança e apoio para construir relações com a coletividade, é
através dessa interação que a criança vai se apropriando de elementos que contribuem
para o seu processo de formação.
5.12 Concepção de Infância e Adolescência
O conceito de infância e adolescência historicamente sofreu transformações,
que se evidenciam tanto na literatura pedagógica, como na legislação.
Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas
que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar -se com o
mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que
exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e auto cuidados; o intenso
desenvolvimento físico motor; a ação simbólica sobre o mundo o desenvolvimento de
múltiplas linguagens; o brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a
construção da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais afetivos (FARIA &
SALLES,2007).
A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção
histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky(2007) que, ao
analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da
inteligência e das características essencialmente humanas. Em outras palavras, nos
tornamos humanos a partir da interação com outras pessoas. Portanto é “a partir de sua
inserção num dado contexto cultural, de sua interação com membros de seu grupo e de
sua participação em práticas sociais historicamente construídas, que a criança incorpora
ativamente as formas de comportamento já consolidadas na experiência
humana”(REGO,1995,p.55). A criança apresenta um pensamento sincrético, ou seja, não
29
separa os conhecimentos em campos específicos e se apropria do mundo por meio de
diferentes linguagens, expressando -se através do movimento, da oralidade, do desenho
e da escrita. Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades
encadeadas e que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a
ludicidade, eixo integrador na educação infantil, se efetive também nos anos finais do
ensino fundamental.
5.13 Concepção de Educação Inclusiva
Na escola inclusiva todos os alunos, independente de suas condições
físicas, intelectuais,sociais, linguísticas, religiosas, sexuais entre outras, têm direito de
acesso, de permanência e de sucesso na escola.
De acordo com Carvalho (2000, p. 120), uma escola inclusiva é aquela
escola que inclui a todos, que reconhece a diversidade e não tem preconceito contra as
diferenças, que atende às necessidades de cada um e que promove a aprendizagem.
Segundo Gadotti (1992, p. 21), “A escola que se insere nessa perspectiva
procura abrir os horizontes de seus alunos para a compreensão de outras culturas, de
outras linguagens e modos de pensar, num mundo cada vez mais próximo, procurando
construir uma sociedade pluralista.”
Garantir o acesso e os recursos de infra estrutura e técnicos, é necessário
porém não suficiente para promoção de uma aprendizagem real, permitindo aos
educandos superarem obstáculos pessoais, subjetivos, relacionais e sociais durante o
processo de aprendizagem.
5.14 Concepção de Diversidade
Um dos aspectos a ser desenvolvido em nossos educandos é o respeito às
diferenças. Cada ser é único, portanto, tem suas características particulares que merecem
ser consideradas por todos na escola; por ser um espaço em que a diversidade humana
se faz presente.
Quando falamos sobre diversidade em educação é preciso pensar formas de
dar oportunidades a todos os educandos de acesso e permanência na escola, com as
mesmas igualdades de condições, respeitando as diferenças; independente das
condições étnicas e culturais, religiosas, de gênero, com necessidades especiais ou
30
desigualdades socioeconômicas, entre outras que compõem os diversos grupos sociais.
A Declaração Mundial sobre Educação para todos (1990), no seu Artigo 3º,
declara que: é necessário universalizar o acesso à educação e promover a equidade,
melhorando sua qualidade, bem como tomar medidas efetivas para reduzir as
desigualdades.
Considerando que os educandos que compõem nossas salas de aula não são
iguais e que, portanto, não é possível desenvolver uma ação pedagógica única e
homogênea, é preciso que se diversifique a prática pedagógica, buscando atender as
características e as necessidades de cada aluno, criando contextos educacionais que
permitam atender as especificidades de todos.
5.15 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico
A organização social do tempo é um elemento que simultaneamente reflete
e constitui as formas organizacionais da sociedade. Ao longo do processo histórico que
envolve o ensino-aprendizagem, organizado sob o formato escolar, a gestão dos tempos
e dos espaços escolares tem grande relevância entre as especificidades de cada
realidade escolar sejam elas do campo ou da cidade.
Nas experiências organizativas dentro da escola abre um campo de
possibilidades formativas juntamente com a aprendizagem escolar, um tempo em que o
educando ao ingressar na escola, também aprende o seu significado; um espaço o qual
irão perceber, pensar e agir, dentro de limites, gerados por adultos, que precisam garantir
uma estabilidade de ações, algumas cristalizadas por costumes ou hábitos, que são
necessários para vida em sociedade.
5.16 Concepção de trabalho
O trabalho define o modo humano de ser, criando e recriando o ser humano em
qualquer tempo histórico. É o trabalho que faz com que o indivíduo demonstre ações,
iniciativas, desenvolva habilidades. Nesse sentido o trabalho educativo deve buscar um
desenvolvimento humano mais pleno, baseados na igualdade, na justiça e no respeito à
diversidade entre os seres humanos e com a natureza.
Partindo dessa concepção, é necessário tomar o trabalho como base
integradora do projeto formativo da escola, seja trabalho real ou material relacionado com
31
o trabalho socialmente produtivo. É preciso uma intencionalidade cuidadosamente
pensada, para que os educandos entendam como funciona o trabalho assalariado, a
extração da mais-valia, e as outras formas de trabalho que tem um sentido mais amplo,
do que ser mercadoria como prega a sociedade capitalista.
O vínculo prático entre escola e trabalho, não é algo dado, mas uma
construção concreta específica a partir de condições objetivas de cada momento e lugar;
bases para politecnia, que se dá através da compreensão histórica e política do trabalho
na sociedade de classes; na apropriação da ciência e da tecnologia contidas no trabalho,
incluindo o aprendizado da técnica, mas principalmente os fundamentos tecnológicos e
científicos que ela detém; é o trabalho que estrutura a vida humana, assim não se pode
pensar o conhecimento, a linguagem, os conceitos independentemente dele.
Se a educação traz a perspectiva clara de reconstrução social, as práticas
escolares devem acompanhá- la. Organizar e planejar coletivamente é uma meta,
considerando a organização do trabalho pedagógico de forma interdisciplinar, através de
eixos caracterizados como porções da realidade, pensados a partir da natureza dos
conteúdos a serem apropriados, da realidade do entorno da escola, das questões da
atualidade, através de uma ação contínua, compartilhada, que leve os educandos a
entender e participar das lutas de seu tempo, contribuindo para a transformação da
sociedade. O envolvimento dos professores é fundamental, para garantir a qualidade de
aproximação disciplinar, sem perder de vista que o ato de planejar é um ato intencional e
faz parte da história humana.
A construção do conhecimento é sempre mediada no âmbito das relações
interpessoais, levando -se em conta os saberes da experiência trazidos pelos alunos,
somados aos conhecimentos específicos de cada área de atuação dos professores. O
planejamento coletivo traz a possibilidade de diálogo entre os professores mesmo em
disciplinas distintas, e a possibilidade de aproveitamento e aprofundamento de conteúdos
em séries diferentes. O direcionamento interdisciplinar possibilita um trabalho pedagógico
que leve em conta todas as dimensões que constituem as especificidades do ser humano,
para seu pleno desenvolvimento intelectual,cultural, educacional, psicossocial,afetivo,
estético e lúdico, preconizando a educação omnilateral; pois o desenvolvimento que se
expressa em cada ser humano não advém de uma essência humana abstrata, mas é um
processo em que o sujeito constitui -se socialmente, por meio do trabalho; que se
32
constrói, portanto, dentro de determinadas condições histórico-sociais.
Segundo GRAMSCI,(1978),a humanidade que se reflete em cada
individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os outros seres
humanos e com a natureza. Então os valores, hábitos, gostos, religião ou crenças e os
conhecimentos incorporados não são realidades naturais, mas uma produção histórica. É
a vivência da historicidade e a busca de superar as contradições presentes no movimento
da realidade que permite ao ser humano crescer como sujeito, participando da própria
intencionalidade de sua formação.
5.17 Concepção de Cultura e Tecnologia
As transformações que ocorrem na sociedade produz mudanças nos sistemas
de produção,nas relações sociais e, por conseguinte podem provocar conflitos e o
surgimento de novos modelos culturais. Essas mudanças culturais representam muitas
vezes as próprias adaptações dos indivíduos ao seu meio.
Para (Ferreira,1999) entende-se por cultura o complexo dos padrões de
comportamento, crenças valores e hábitos transmitidos coletivamente e características de
uma sociedade. A tecnologia é um dos principais fatores desencadeadores dos processos
adaptativos. Não é necessário muito esforço para percebermos a rapidez com que as
mudanças de cunho tecnológico vêm ocorrendo em nossa sociedade nas últimas
décadas. “sociedade” do conhecimento, sociedade da informação entre outras
expressões são utilizados para características a sociedade pós industrial. Uma sociedade
que exige de seus indivíduos uma nova maneira de ser, de pensar de produzir onde todos
estão reaprendendo a se comunicar, a interagir o humano o tecnológico, o grupal e o
social.
Neste contexto a cultura passa por significativas mudanças em que novas
formas de comportamento e de relacionamento entre os indivíduos são necessárias para
que atuem na realidade que está em constante mudanças.
A cultura tecnológica traz novos comportamentos que mudam os aspectos
sociais, e em função dessa evolução tecnológica, também os valores e concepções
passam por mudanças. No Século XX surgiu a concepção de diversidade cultural, e a
cultura passou a ser vista como dimensão social, um conjunto de regras comuns a um
grupo (GONH, 2001).
33
O estudo da cultura de massa, cultura nacional, política, cultura regional; nas
últimas. décadas com a vinda das novas tecnologias da informação, ou tecnologias
digitais surgiram novas expressões como cultura da mídia, cultura virtual etc.
O conceito de cultura também é associado ao nível de escolaridade; as artes
(cinema pintura) às tradições, folclore, mitos etapas históricas, formas de vestir -se etc,
caracterizando o modo de vida de um grupo, ou de uma sociedade.
Estas demandas culturais e tecnológicas impõem à escola demandas que
possibilitem emancipação humana para além das contradições sociais e diversidade
cultural, com conteúdos fundamentados em diferentes metodologias que permitam dos
professores e estudantes conscientizarem- se a necessidade de uma transformação
emancipadora independente do pertencimento cultural promovendo a aprendizagem dos
conhecimentos que cabe à escola ensinar para todos.
5.18 Concepção de Formação Continuada
O conhecimento, está em constante processo de construção, e a formação
como um caminho de diversas possibilidades, permite que os acontecimentos possam ser
observados e explicados construindo relações que levam os envolvidos neste processo a
compreender e ampliar seus conhecimentos e os dos que o cercam. Assim, a formação
docente é uma contínua caminhada dos profissionais da educação, em que atuam todas
as suas dimensões individuais e coletivas de caráter histórico, biopsicossocial, político,
cultural.
No caso dos docentes, estes se desenvolvem principalmente nos contextos de
seu trabalho exercido na instituição escolar onde criam relações alicerçadas em
estruturas complexas que as sustentam ou permitem sua alteração.
Apoiando-se em Freire, escrevem Benincá e Caimi (2002, p. 100-101): A
formação continuada, no pensamento de Paulo Freire, tem como pressuposto a existência
de um processo político-pedagógico e, ao mesmo tempo, de uma antropologia
fenomenológico-hermenêutica. Isto implica um passado que se faz história, um presente
em permanente transformação e um futuro a ser construído. O passado se faz história e
realidade, embora seja sempre uma determinada leitura dos acontecimentos e textos já
construídos. O futuro, porém, é sempre um presente em transformação, enquanto desejo
e utopia. Nesse sentido, a formação continuada deve contribuir com a manutenção,
34
criação e alteração das relações estruturantes e estruturadoras do desenvolvimento
profissional do coletivo docente na instituição escolar.
A construção da formação docente envolve toda a trajetória dos profissionais,
suas concepções de vida, de sociedade, de escola, de educação, seus interesses,
necessidades, habilidades e também seus medos, dificuldades e limitações.
Os docentes podem formar -se mediante seu próprio exercício profissional,
partindo da análise de sua própria realidade e de confrontos com a universalidade de
outras realidades que também têm fatos do cotidiano, situações políticas, experiências,
concepções, teorias e outras situações formadoras.
5.19 Concepção de Currículo
É na representação gráfica do currículo definido pela escola, que são
estabelecidas as disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, com suas
respectivas cargas horárias, turnos e séries. A matriz curricular é utilizada como
instrumento gerencial para o sistema e dela decorre o registro da vida escolar do aluno.
Cada escola é responsável pela elaboração de sua matriz curricular, cumprindo
as exigências legais. A carga horária total do ensino fundamental deve, obrigatoriamente,
ser de 3.200 horas, enquanto do ensino médio é de 2.400 horas, conforme a Deliberação
014/99 do Conselho Estadual de Educação. A matriz elaborada pela escola é analisada
pelo NRE, que atesta sua legalidade.
O Colégio propõe a flexibilidade do currículo, o que abrange uma proposta de
conteúdos a partir da realidade da Instituição e da comunidade; nesse aspecto, a escola
deve realizar uma interpretação da realidade que considere as relações mediadas pelo
trabalho no campo, como produção material e cultural da existência humana. A partir
desta perspectiva, deve construir conhecimentos que promovam novas relações de
trabalho e de vida para os povos no e do campo. Os conteúdos escolares são
selecionados a partir do significado que têm para comunidade escolar. Tal seleção requer
procedimentos de investigação por parte do professor, de forma que possa determinar
quais conteúdos contribuem nos diversos momentos pedagógicos para a ampliação dos
conhecimentos dos educandos. Estratégias metodológicas dialógicas, nas quais a
indagação seja frequente, exigem do professor muito estudo, preparo das aulas e
possibilitam relacionar os conteúdos científicos aos do mundo da vida que os educandos
35
trazem para a sala de aula.
5.20 Concepção de Avaliação
Processo contínuo e realizado em função dos objetivos propostos para cada
momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual. Pode ser feita de diversas
maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos de campo, elaboração de
textos, criação de atividades que possam ser um “diagnóstico” do processo pedagógico
em desenvolvimento. A informação obtida deve levar a um replanejamento de objetivos e
conteúdos e até mesmo para rever as questões de relacionamento entre
professor/educando e entre estes e o professor. Segundo Hoffmann (2000), avaliar nesse
novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento
permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de
aprendizado, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e
participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.
Muito mais do que uma verificação para fins de notas, a avaliação é um
diagnóstico do processo pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos
objetivos, e da apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz
emergir os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.
5.21 Gestão Escolar
O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação
conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar.
Assim, Luck (2002) afirma que:
O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa. (LUCK 2002, p.15)
Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos
objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego
adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da
organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por
36
seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.
Segundo Marques (1987, p. 69), "à participação de todos, nos diferentes níveis
de decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para assegurar o eficiente
desempenho da organização”. É processo dinâmico e interativo que vai muita além da
tomada de decisão, a participação é caracterizada pelo inter apoio na convivência do
cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e
limitações e do cumprimento de sua finalidade social.
Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, discutam e
analisem os problemas que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a
partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem
mais carentes de atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada
a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e
compromisso.
Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,
dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos educandos e
professores comprometidos com seu trabalho, transparência na administração.
6. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
A concepção de escola verdadeiramente voltada para a cidadania precisa gerar
um espaço de busca, construção, diálogo e confrontando prazer, conquista de espaço,
possibilidades, perspectivas sem esquecer a dimensão ética e política de todo processo
educativo. Pois todos os segmentos da escola são responsáveis pela aprendizagem e
pela transformação do educando em verdadeiro cidadão.
Nessa perspectiva a avaliação institucional e de desempenho do pessoal, (a
qual pensamos precisa ser revista) como instrumento didático - pedagógico é fator
elementar no processo ensino-aprendizagem, pois é por meio dela que se sustenta a
qualidade do ensino, carregando as condições para o real exercício da cidadania, levando
em conta critérios dinâmicos de competência técnica que devem incorporar valores
culturais, éticos, filosóficos, sociais, psicológicos, valores humanos. É uma ação que
ocorre durante o todo o processo educativo incidindo sobre aspecto relativo ao
desempenho dos educandos e as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores.
A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes
37
básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso
assumido por professores, funcionários, representantes de pais e educandos e líderes
comunitários em torno do mesmo projeto educacional.
O papel da escola é gerar conhecimento pressupondo as concepções de
homem, de mundo e das condições sociais com as quais convivemos, configurando as
dinâmicas históricas, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo
modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando assim a forma de intervir na
realidade.
A organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura, a pluralidade de
espaços, tempo, linguagens e também contemplar os Programas socioeducacionais, os
quais devem não somente serem reconhecidos, mas também promovidos.
A educação é energia da vida de crescimento humano e de construção social
no sentido de formar pessoas capazes de serem sujeitos de suas vidas, conscientes de
suas opções, valores, projetos de referência e atores sociais comprometidos com um
projeto de sociedade e humanidade.
A escola é e deve ser cada vez mais um lugar de valorização das
necessidades de diferentes contextos, entre eles a consciência ambiental ética, valores e
atitudes, técnicas e comportamentos, visando a construção de uma nova realidade,
incorporando uma visão crítica que leve a questionar a quem beneficia determinada visão
dos fatos e a quem marginaliza. As ações seguem descritas nos itens abaixo citados:
6.1 Avaliação
A verificação do Rendimento Escolar compreende a avaliação e a apuração da
assiduidade, atendendo as diretrizes e as normas contidas na Lei 9.394/96, Deliberação
Nº 007/99 do Conselho Estadual da Educação; Deliberação 005/98 do Conselho Estadual
de Educação e Instrução Normativa 008/98-SEED.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através dela
qual o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,
com a finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
educandos, em procedimentos que permitam verificar em que medida os mesmos se
apropriaram dos conteúdos específicos.
38
A avaliação deve ser um processo sistemático, contínuo, permanente,
concomitante e cumulativo, e, por ser diagnóstico, deve ser consequente, com
direcionamento específico, buscando identificar os conhecimentos construídos e as
dificuldades de uma forma dialógica. É necessário que venha a incorporar todos os
resultados obtidos durante o período letivo e possa expressar uma totalidade, tomada na
sua melhor forma.
Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de
aprendizagem, onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os quantitativos,
devendo ser oportunizados ao aluno diferentes experiências de aprendizagem.
O educando deve ser avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem,
visando sua formação integral e respeitando as diferenças individuais, priorizando o
raciocínio e interpretação sobre a memorização, a avaliação não pode ser simplesmente
um instrumento classificatório.
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões, no trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo
pedagógico, planejar e propor encaminhamentos que superem as dificuldades
constatadas, proporcionando dados que permitam aos professores promover a
reformulação do plano de trabalho docente, adequação dos conteúdos e métodos de
ensino, possibilitando novas alternativas de aprendizagem.
Em consonância com o corpo docente serão utilizadas técnicas e instrumentos
de avaliação:diversificados: provas escritas, trabalhos, debates, seminários, produções de
textos, pesquisas, avaliação oral, jogos didáticos, totalizando 10,00 no trimestre. Será
aprovado o aluno com Média Anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), sendo a
fórmula da Média Anual;
MA = 1º trimestre +2º trimestre + 3º trimestre = 6,0
3
A média mínima para aprovação definida pela mantenedora é 6,0 (seis vírgula
zero).
6.2 Recuperação Concomitante
A Recuperação de Estudos, de acordo com o Regimento deste
estabelecimento, visa estabelecer mecanismos de recuperação concomitante ao processo
39
de aprendizagem que atendam as reais necessidades dos educandos, em consonância
com a Proposta Curricular do Colégio, com a Deliberação nº 07/1999, aprovada em
09/04/99,e a Instrução nº01/2017 que normatiza a recuperação de estudos.
a) A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo de ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período (trimestre),assegurando
ao educando novas oportunidades de aprendizagem dos conteúdos não assimilados,
ficando vedada a aplicação de novo instrumento de reavaliação sem a retomada dos
conteúdos
b) A recuperação de estudos, bem com a sua ofertas, é direito de todos (as) os
(as) estudantes, independente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
sua oferta obrigatória
c) É vedado oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo do
período de avaliação (trimestre), considerando que o processo visa recuperar 100%, ou
seja a totalidade dos conteúdos trabalhados.
d) Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante
o período letivo, constituindo - se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória a sua anotação no Registro de Classe Online.
Tendo em vista estes aspectos, os professores trabalham a recuperação de
estudos utilizando instrumentos diversificados e observando o desempenho dos
educandos dia após dia; pois o erro deve ser visto como um passo para que a
aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo, que não é linear, não
acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para todos os educandos. Quando as
intervenções não são suficientes, ou não deram certo, os professores, pedagogos e
direção, reúnem -se para buscarem novas alternativas de ensino para recuperar a
aprendizagem desses alunos.
Diante de todas as dificuldades de aprendizagem e de problemas sociais e
econômicos que se enfrenta, é importante estar em busca cada vez mais de melhorias,
garantindo assim, o direito de todos os educandos a uma educação de qualidade.
6.3 Conselho De Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado presente na organização da
escola, em que a Direção, equipe pedagógica e professores das diversas disciplinas,
reúnem – se para refletir, analisar e debater todos os componentes da aprendizagem dos
40
alunos. O Conselho tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando
alternativas que busquem garantir o processo ensino e aprendizagem para intervir em
tempo hábil na aprendizagem, oportunizando aos alunos formas diferenciadas de
apropriar -se dos conteúdos. Como instrumento democrático na instituição escolar,
garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação. Para que a aprendizagem com
qualidade se efetive o Conselho de Classe é dividido em três momentos:
Pré – Conselho realizado durante as horas – atividades dos professores e registrado em
ficha própria, são relatados casos de dificuldade de aprendizagem, educandos faltosos,
casos de indisciplina entre outros fatos relevantes; este é o ponto de partida para análise
de vários fatores que influenciam positiva ou negativamente na aprendizagem dos
educandos, como o seu cotidiano, a metodologia utilizada pelo professor, os instrumentos
de avaliação, etc.
Conselho de Classe realizado ao final de cada trimestre com todos os professores
presentes, é o momento de discussão e de sugestões de ações coletivas concretas para
sanar os problemas detectados no pré conselho, entre elas: acompanhamento individual
para o educando com dificuldade de aprendizagem nas horas – atividade dos
professores no contra turno; mudança da metodologia utilizada com a turma; a avaliação
do desempenho do aluno durante o conselho de classe é um instrumento de
acompanhamento de construção da aprendizagem, bem como de revisão do trabalho do
professor objetivando a aprendizagem com qualidade, as decisões tomadas durante o
conselho de classe são registradas em ata; e repassadas aos pais.
Pós - Conselho momento de retorno para os alunos, das decisões tomadas, por meio
dos professores representantes de turma e equipe pedagógica; e para os pais em reunião
específica, das sugestões e possíveis soluções para que os objetivos da aprendizagem
sejam atingidos.
6.4 Hora Atividade
É o momento reservado aos professores para preparar suas aulas, fazer leitura
de textos e livros didáticos, realizar correção de atividades e avaliações, realizar pré
conselho, entre outros. Através de estudos, reflexões e trocas de experiências com as
pedagogas durante a hora - atividade é que se procura enriquecer e fortalecer a prática
de nossos professores, permitindo pensar mais sobre os conteúdos, objetivos e
41
procedimentos, promovendo momentos de auto- avaliação permanente. Sempre que
possível a hora atividade é organizada por disciplina. As atividades mais frequentes dos
nossos docentes são:
Leitura e estudo de textos educativos; preparação de aulas; correção das
atividades produzidas pelos educandos; confecção de material didático; planejamento de
atividades extracurriculares; atender pais ou com informações sobre a vida escolar;
atender educandos no contra turno para tirar dúvida sobre conteúdo. preenchimento de
documentos pertinentes à função docente.
6.5 Equipe Multidisciplinar
Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade, da consolidação
da política educacional e da construção de uma cultura escolar que conhece, reconhece,
valoriza e respeita a diversidade étnico -racial; as Equipes Multidisciplinares tem como
prerrogativa articular os segmentos profissionais da educação, instâncias colegiadas e
comunidade escolar.
Estas são instâncias do trabalho escolar oficialmente legitimadas pelo Artigo
26A da LDB, Lei n.º 9394/96, pela Deliberação n.º 04/06 CEE/PR, pela Instrução nº.
017/06 SUED/SEED, pela Resolução n.º 3399/10 SUED/SEED e a Instrução n.º 010/10
SUED/SEED.
Seguindo a legislação vigente busca -se o desenvolvimento de ações de
formação continuada e práticas pedagógicas que fundamentam os avanços e
aprofundamento dos compromissos educacionais e sociais com a educação das relações
étnico – raciais, buscando ampliar o diálogo para que professores, gestores, pedagogos
agentes educacionais, estudantes e comunidade estejam envolvidos nessa construção,
garantindo um trabalho efetivo e transformador nos seus respectivos segmentos e
espaços de atuação.
6.6 Sala De Recursos Para que a aprendizagem dos educandos com deficiência intelectual seja
eficiente, é imprescindível um planejamento pedagógico individualizado e adequado. A
observação do comportamento do educando abrange diversos aspectos: formas de
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explorar o meio, maneira de relacionar -se com pessoas e com objetos, nível de interação
em situação não estruturada, alterações motoras entre outras. O trabalho desenvolvido na
sala de recurso, ajuda a sanar algumas dificuldades de aprendizagem dos alunos
encaminhados através de laudo para a referida sala. Os educandos que necessitam deste
atendimento são matriculados no ensino regular no período da manhã, para serem
atendidos no contra turno; com horário específico conforme a necessidade de
aprendizagem de cada educando.
O planejamento do número de educandos matriculados no ensino regular,
nas salas que possuem educandos com dificuldade intelectual, é definido pelo coletivo
escolar sendo o máximo de 25 educando em cada sala, visando os objetivos de cada
etapa de ensino, aumentando as possibilidades e oportunidades de uma aprendizagem
com qualidade a todos educandos.
6.7 Atividades Complementares Curriculares De Contra Turno
De acordo com a LDBEN Nº 9394/96, são finalidades do ensino médio: A
formação da pessoa de maneira a desenvolver valores e competências necessários à
integração do seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa.
O aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
A preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho
com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam
acompanhar as mudanças características do nosso tempo.
O Programa empreendedorismo, amparado pela instrução nº 004/2011 –
SUED/SEED, faz parte das atividades complementares curriculares de contraturno, no
macro campo: Mundo do Trabalho e Geração de Rendas. Tendo como princípio
educativo, a metodologia da problematização como instrumento de incentivo à pesquisa,
à curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas
didáticas; articulando teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades
práticas experimentais.
Nesse contexto, a proposta de inserção do empreendedorismo, como atividade
complementar, é compreendida como tema integrador, pois o conteúdo abordado
43
potencializa o desenvolvimento humano e favorece a construção de novos
conhecimentos, estimula a criatividade, tornando o jovem mais autônomo e protagonista
de seus sonhos e futuro.
O (a) professor(a) da atividade é contratado pela SEED, respeitando sua
formação acadêmica, para área de atuação. A atividade é desenvolvida em contra turno,
em um dia da semana (quinta –feira), em 4 horas aula, participam 25 educandos do
ensino médio, (manhã e noite) conforme disponibilidade de transporte escolar.
6.8 Núcleos Setoriais
A implementação dos Núcleos Setoriais inicia em meados de 2014, após um
período de estudo e pesquisa sobre o tema, com um grupo de alunos do ensino
fundamental e médio, orientados por professores, os quais foram precursores dessa
concepção no Colégio. Este estudo foi fundamentado na obra de Pistrak, que defendia a
auto- organização dos educandos como uma grande transformação a ser feita na escola
através da constituição de coletivos infantis e juvenis partindo da necessidade de realizar
determinadas ações práticas, que podem começar com a preocupação de garantir a
higiene da escola, e chegar à participação efetiva no Conselho Escolar, ajudando a
elaborar os planos de vida da escola; objetivando educar para a participação social
igualmente consciente e ativa.
Ensinar os alunos trabalhar a partir de coletivos é um mecanismo significativo
de formação e aproximação das funções que a escola pode vir a ter nos processos de
transformação social. Além de contribuir significativamente na construção da autonomia
dos educandos formando outra postura política e pedagógica no coletivo escolar, em que
educandos e professores são sujeitos do processo.
A transformação histórica a ser feita na escola depende da participação
autônoma, coletiva, ativa e criativa dos educandos, de acordo com as condições de
desenvolvimento de cada idade, nos processos de estudo, de trabalho e de gestão da
escola. Através das atividades desenvolvidas nos núcleos setoriais, vão aprendendo
habilidades, comportamentos e posturas necessárias ao seu desenvolvimento humano e
a sua inserção social.
Não se trata de ignorar a institucionalidade vigente, suas leis e dispositivos;
mas sim criar mecanismos participativos que exercitem a capacidade de organização e de
44
decisão dos estudantes.
A auto- organização dos estudantes é pensada como fio condutor da formação e gestão da escola do campo. É assumir na concretude o que se defende sobre “ser sujeito do processo”. Ninguém se faz sujeito se não “põe a mão na massa”. E jamais alguém se torna sujeito esperando ou aceitando que os outros façam por ele. Tornamo -nos sujeitos na ação. A estrutura orgânica da escola está apoiando nos núcleos de base e na formação de coletivos ou equipes disso, é possível levar nossos estudantes e professores a compreenderem que há momentos de coordenar e outros de serem coordenados, entendendo a importância de propor, avaliar e tomar decisões coletivas sobre o processo (CAMINI, 2009, p. 227).
Alguns passos são necessários, para implantação dos Núcleos Setoriais:
estabelecer critérios para formação dos mesmos; elo entre os turnos; número de alunos
por turma; observar igualdade de gênero; manter os conteúdos das disciplinas em dia,
quando houver reunião, etc.
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS DOS NÚCLEOS SETORIAIS
- A Primeira instância é a Assembleia Escolar composta por todos os membros da escola.
- A segunda instância é a Comissão executiva da Assembleia, composta pelos
estudantes- líderes dos Núcleos Setoriais que se encarregam de aspectos específicos da
vida escolar.
- Terceira instância – Núcleos Setoriais- a escola deve identificar que aspectos da vida
necessitam da intervenção real dos estudantes e organizar o número necessário de
núcleos encarregados destes aspectos. O Núcleo Setorial adquire funções específicas, e
também adquire a qualidade de discutir o todo da escola; com momento previsto, para
que as questões discutidas nos núcleos sejam pautadas na comissão executiva, e
perpassem pelo todo da escola.
A comissão executiva deve deliberar /pautar as discussões de questões nos
núcleos. Este processo deve ser intencionalizado e com objetivos definidos.
Os líderes dos N. S. não são permanentes e devem ser trocados
semestralmente ou anualmente, para que tenham a experiência de liderar e ser liderados,
garantindo a participação política efetiva dos estudantes tornando o processo mais
democrático.
45
A assembleia geral da escola se reúne obrigatoriamente no começo e no final
dos semestres, podendo ser convocada pela Comissão Executiva em outras
oportunidades consideradas importantes.
Nas assembleias de final de semestre, a Comissão Executiva presta contas do
que foi realizado. A assembleia deve ser entendida como o acontecimento mais
importante da gestão da escola, com participação de todos os envolvidos, incluindo a
comunidade.
47
6.9 Estágio obrigatório e não obrigatório
De acordo com a Lei 11,788/08, o Colégio deve garantir o acompanhamento de
estágio não remunerado aos educandos quando necessário. O estágio é ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação
para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular nesta
instituição. O estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória no histórico escolar. Ambos os estágios
não criarão vínculos empregatícios, bastando que se cumpram os termos de
compromissos assinados pelos alunos, a empresas ou entidades que ofereçam os
estágios e os estabelecimentos de ensino.
6.10 Calendário Escolar
O Calendário Escolar para rede pública estadual de Educação Básica, define o
início e término do ano letivo, férias escolares, recessos escolares, feriados oficiais,
semana de planejamento, de capacitação e semana cultural.
O calendário do Colégio é dividido por bimestre atendendo as normas
dispostas pela LDB 9394/96, considerando os duzentos dias letivos, com a carga horária
mínima de oitocentas horas, respeitando o calendário da Escola Municipal, pois
dependemos do transporte da mesma.
O controle de frequência segue a LDB nº 9394/96, exigida a frequência mínima
de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para a aprovação.
6.10.1 Torneio De Integração Colégios Do Campo
O esporte é um dos meios interativos que mais fornecem subsídios para
compreensão e adequação ao meio. Estes vão desde a contribuição para o bem-estar
individual e coletivo, a comunicação e interação entre os seus participantes incluindo
outras vantagens; como aprender a trabalhar em equipe, ter disciplina e aumentar o
convívio social.
Nesse sentido o Torneio de Integração (Jogos da Primavera) é uma
excelente oportunidade de intercâmbio esportivo, reunindo atletas de futsal masculino e
feminino do Colégio, e de instituições de ensino do Campo; favorecendo a troca de
48
experiências entre algumas instituições de ensino, que mesmo sendo intituladas “do
campo”, possuem realidades diferentes, as quais são peculiares da comunidade em que
estão inseridas.
O Torneio acontece desde 2014, em meados de outubro, e consta no
calendário escolar.
6.11 Rede de Proteção
A Rede de Proteção tem como objetivo, implementar políticas públicas de
prevenção e combate ao abandono escolar efetivando o direito ao acesso, permanência e
sucesso no sistema de ensino. Envolve a ação de várias instituições governamentais ou
não, visando atuar em questões sociais complexas,que buscam estratégias para a
prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e adolescentes em
situação de risco.
A escola como instituição, integra a Rede de Proteção e tem a
responsabilidade, junto aos outros agentes da rede, de identificar, notificar, atender e
manter uma atitude vigilante, de acordo com a necessidade e gravidade do caso, com a
proposição de ações preventivas. Também fazem parte da Rede de Proteção as áreas da
saúde, da assistência social e da segurança pública, que, por meio de seus atores,
articulam ações no sentido de combater a violência contra a criança e o adolescente, bem
como garantir os seus direitos.
6.12 Ensino Médio Inovador
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,
de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio, fomentando,
propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio
técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico,
flexível e que atenda às demandas da sociedade contemporânea. Garantindo o direito ao
ensino médio de qualidade para todos, bem como as condições necessárias, através da
ampliação da universalização de atendimento a população, consolidando a função social
desta etapa da Educação Básica.
Assim o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), integra as ações do Plano
de Desenvolvimento da Educação (PDE), como estratégia do Governo Federal para
49
induzir o redesenho dos currículos do Ensino Médio, compreendendo que as ações
propostas inicialmente vão sendo incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola
e a diversidade de práticas pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos
estudantes do ensino médio.
O Redesenho Curricular deverá atender às reais necessidades das unidades
escolares, com foco na promoção de melhorias significativas que busquem garantir o
direito à aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes, com ações que articulem
os conhecimentos à vida dos estudantes, seus contextos e realidades, a fim de atender
suas necessidades e expectativas, considerando as especificidades daqueles que são
trabalhadores, tanto urbanos como do campo. Nessa perspectiva, as metodologias de
ensino inovadoras, são de extrema importância, as quais devem oferecer ao estudante a
oportunidade de uma atuação ativa, interessada e comprometida no processo de
aprendizagem, contextualizando a experimentação, as vivências e convivência em
tempos e espaços escolares e extraescolares.
Desse modo, dentre os grandes desafios do Ensino Médio, está o de organizar
formas de enfrentar a diferença de qualidade reinante nos diversos sistemas
educacionais, garantindo uma escola de qualidade para todos. Os princípios e ações
deverão ser articulados em torno da proposição do Trabalho, da Ciência, da Cultura e da
Tecnologia como dimensões indissociáveis da formação humana, contemplando a
integração curricular.
6.13 Conectados 2.0
O projeto CONECTADOS 2.0 foi planejado com vistas a atender as Diretrizes
para uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia Educacional 2017-2021, e a
pesquisa realizada na rede estadual de educação do Paraná intitulada Guia Edutec.
Dentre as ações previstas para o uso de tecnologias educacionais, está a renovação do
parque tecnológico nos estabelecimentos de ensino, para facilitar a utilização de
tecnologias digitais por parte da gestão e dos professores das escolas. O projeto também
prevê a formação continuada para professores e alunos, adequada a realidade de cada
estabelecimento de ensino. A ênfase do projeto é Educação na Cultura Digital, abordando
o conceito de Cultura Digital e suas relações com a escola, o currículo e a sociedade; por
50
ser um tema essencial na educação do nosso tempo, para atingir as crianças e jovens
estudantes que estão inseridos neste contexto.
6.14 Plano De Trabalho Docente
O PTD é desenvolvido com o propósito de oportunizar a ampliação dos
conhecimentos de forma crítica e consciente para que o educando possa intervir no seu
meio social, promovendo mudança positiva no mesmo. Os conteúdos são adequados a
cada série, de forma sequencial, sendo importante que haja uniformidade dos mesmos
aplicados em todas as escolas estaduais, pois se um aluno for transferido, não terá
dificuldades quanto ao conteúdo.
O PTD apresenta todos os itens a serem trabalhados pelo professor,
conteúdos, objetivos, metodologia, recursos, avaliação e referências. O mesmo é flexível
e poderá sofrer alterações no seu desenvolvimento; conforme a especificidade de cada
turma trabalhada pelo professor. Ele precisa estar adequado com o contexto em que o
aluno está inserido. Determinados temas educacionais se revelam no ambiente escolar
conforme a realidade local; os Temas sócio - educacionais: (Sexualidade, Enfrentamento
à violência na escola, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido
de drogas, História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena, Direitos Humanos)
devem integrar as disciplinas curriculares para uma melhor compreensão das múltiplas
determinações que produzem e explicam os fatos sociais.
6.15 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, formado por todos os segmentos da
comunidade escolar, tornando - se canal de participação e instrumento de gestão da
própria escola. Por meio da função deliberativa o conselho obtêm maior força de atuação
e de poder na escola. A função financeira diz respeito aos procedimentos para
estabelecer prioridades na aplicação de verbas escolares. A função do conselho é
revestida de grande relevância, pois garante que as ações que contribuem para a solução
dos problemas de natureza pedagógica, administrativa ou financeira da escola sejam
apreciadas de forma democrática.
51
6.16 A.P.M.F.
A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é um órgão de
representação, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos,
não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros.
A APMF com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles
envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação da
Escola Pública que objetiva dar apoio à Direção de escolas, primando pelo entrosamento
entre pais, educandos, professores, funcionários e toda a comunidade, com atividades
sócio - educativas, culturais e desportivas.
Entende - se que a gestão escolar deve ser participativa, centrada no
desenvolvimento do trabalho coletivo e na dinâmica das relações entre comunidade
escolar interna e externa. É nessa linha de trabalho que se atribui nossas conquistas.
6.17 Temas Socioeducacionais
Os desafios educacionais se revelam no contexto escolar conforme a
especificidade local e embora não sejam especificados no currículo, esses temas são
abordados em vários momentos, impostos pelo cotidiano escolar. Representam
necessidades sociais e reais dos sujeitos que se relacionam na escola e fora dela.
Estes temas dizem respeito ao momento histórico presente, exigindo que
os mesmos sejam inseridos nas disciplinas do currículo. Ao se abordar o conteúdo da
disciplina é preciso analisá - lo em suas múltiplas determinações para que haja
compreensão do conhecimento nas questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e
culturais que podem e devem ser tratadas. Neste contexto os Temas Sócio educacionais(
Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas Escolas, História e
Cultura Afro - Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso Indevido de Drogas ,
Sexualidade e direitos humanos),viabilizam condições de compreensão do conhecimento
em suas múltiplas manifestações, dando ênfase à memória da sociedade, resgatando a
vital importância que o representa no ambiente escolar, conhecendo a especificidade de
cada uma das demandas citadas.
6.17.1 Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena
52
As leis 10.639/03 e 11.645/08 alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira ao acrescentarem os artigos 26-A e 79-B. Assim, a inclusão no
currículo escolar das temáticas Afro-brasileira e Indígena é para ser cumprida pelos e nos
sistemas de ensino, sob a responsabilidade de todas as instâncias administrativas,
técnicas e pedagógicas, tendo os professores papel fundamental a desempenhar. A lei
define que os estabelecimentos de ensino trabalhem os conteúdos: História da Àfrica e
dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação
da sociedade brasileira, a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e
política pertinente à História do Brasil. A lei 11.645/08 ratifica a obrigatoriedade de História
e Cultura Afro - Brasileira, e determina a inclusão de História e Cultura Indígena,e
acrescenta como conteúdos: a luta dos povos indígenas brasileiros, o índio na formação
da sociedade nacional e respectivas contribuições em diferentes áreas. A abordagem
destes temas deve formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos, e sejam capaz
inserção cidadã e transformadora na sociedade.
Cabe a escola propor aprendizagens entre brancos negros e indígenas, troca
de conhecimentos, combate ao racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e
racial, é necessário que a escola se constitua em espaço democrático de produção e
divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade justa.
6.17.2 Educação Ambiental
A questão ambiental, visa implementar a Lei 9795/99 e promover o
desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de
busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade
de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio, e problemas
relacionados a estes fatores. Esta instituição de ensino desenvolve projetos em parceria
com a UNICENTRO.
6.17.3 Enfrentamento a Violência
Ao trabalhar esse desafio, buscar -se- á a ampliação da compreensão e formar
uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola em espaço onde
o conhecimento toma o lugar da força.
53
6.17.4 Prevenção ao uso indevido de Drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer
tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido
de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e
educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a
esse desafio, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogas,
vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência,
influência da mídia, entre outros.
6.17.5 Gênero, diversidade sexual e sexualidade
Ao se pensar no ambiente escolar e na convivência de diferentes grupos
sociais, fica evidente o surgimento de conflitos e ideias contrastantes a respeito de
assuntos ligados aos variados grupos. Muitas vezes estas ideias baseiam -se em
conceitos dogmáticos, especulativos, preconceituosos, limitados e conservadores.
LOURO,(1997) aponta que é preciso, também, problematizar as teorias que
orientam nosso trabalho. Temos que estar atentos, sobretudo, para nossa linguagem,
procurando perceber o sexismo, o racismo e o etnocentrismo que ela frequentemente
carrega e institui.(p.64)
Assim, o trabalho com sexualidade, gênero e diversidade pode ser pensado em
primeiro lugar como uma disposição política por parte dos professores; desenvolvendo o
trabalho educativo por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, considerando os referenciais dos
cadernos temáticos da diversidade.
6.17.6 Educação do Campo
Historicamente, a educação esteve presente em todas as constituições
brasileiras. Mas somente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, há o reconhecimento da diversidade do campo, em vários artigos que
estabelecem orientações para atender a essa realidade, como a organização escolar e
questões pedagógicas.
54
No Estado do Paraná, durante muitos anos, a educação dos povos do campo
foi precária, repetindo todos os problemas encontrados no restante do país.
Em 2002, foi criada na SEED a Coordenação da Educação do Campo que
passou a ser um espaço de articulação entre o poder público e a sociedade civil
organizada; tendo como desafio considerar a cultura dos povos do campo em sua
dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de apropriação e
elaboração de novos conhecimentos.
O conceito de cultura como práxis guarda relação com a compreensão da
história como processo coletivo de auto criação do homem, sob a possibilidade de criar
uma ordem social de maior liberdade e justiça. (SCHELLING, 1991, p. 37-38).
A produção cultural no campo deve se fazer presente na escola. Estes
conhecimentos precisam ser levados em consideração, constituindo ponto de partida das
práticas pedagógicas na escola do campo.
Nesta perspectiva, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que
considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e
cultural da existência humana. Portanto, deve construir conhecimentos que promovam
novas relações de trabalho e de vida para os povos no e do campo.
6.17.7 Programa de Brigadas Escolares
Algumas ações do homem sobre o ambiente têm acarretado sérias
consequências para a população. Nos últimos tempos nosso país têm sofrido as
consequências de mudanças climáticas, e tem registrado ocorrências como enchentes de
grandes proporções, que provocam deslizamentos de encostas, inundações de cidades;
incêndios provocados pela seca, entre outras que causam perdas materiais e mortes.
Estes eventos se potencializam quando não há uma cultura preventiva que
mantenha as pessoas preparadas para agir diante de uma ocorrência desastrosa. Não se
pode evitar a ação da natureza, mas sim minimizar seus efeitos danosos, sejam
humanos, materiais ou ambientais, quando se enfrentam as ocorrências de uma forma
mais organizada.
A prevenção e preparação são fundamentais para que a resposta e a
recuperação sejam eficientes e eficazes para redução de danos e possibilidade de novos
eventos. Assim, nos períodos de normalidade se faz necessário diagnosticar e adequar os
55
ambientes ocupados ou não pelo ser humano para melhor planejar ações a fim de evitar
ou minimizar a possibilidade de eventos danosos e particularmente da ocorrência de
vítimas humanas.
O programa visa promover a conscientização e capacitação da Comunidade
Escolar do Estado do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos
danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações
emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança dessa população,
proporcionando aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres.
Cabe aos integrantes Brigada Escolar desenvolverem ações no sentido de:
Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar; Garantir
a implementação do Plano de Abandono por meio da execução de exercícios simulados,
no mínimo semestralmente; Promover revisões periódicas do Plano de Abandono.
Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em livro ata específico ao Programa;
Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências
necessárias.
6.17.8 Estatuto do Idoso
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
sem prejuízo da proteção integral, assegurando -se -lhe, por lei ou por outros meios,
todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e
seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade.
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
56
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação,
violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão,
será punido na forma da lei. É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos
do idoso. Direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores,
ideias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. Todos devem zelar pela dignidade
do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante,
vexatório ou constrangedor.
6.17.9 Educação para o Trânsito
A Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro foi instituída objetivando
medidas e ações que visem a redução das mortes e lesões no trânsito das cidades e
rodovias brasileiras e para a definição de uma Política Nacional de Trânsito com os
seguintes princípios:
- Efetivar e ampliar a educação de trânsito;
- Apoiar e incentivar a participação da sociedade organizada em movimentos voltados à
segurança e à cidadania no trânsito;
- Divulgar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e promover debates, estudos e projetos
para o seu aperfeiçoamento;
- Intensificar a fiscalização relativa à regularidade de condutores e veículos;
Realizar obras nas vias urbanas e rodovias que favoreçam à segurança dos condutores e
a redução das mortes e lesões no trânsito;
- Aprimorar a sinalização de trânsito;
- Efetivar a punição correta dos infratores;
- Aprimorar a qualidade das informações e os estudos científicos sobre mortes e lesões
de trânsito;
- Implantar ações de proteção aos pedestres e aos portadores de necessidades especiais;
Implantar ações de proteção aos ciclistas e para a construção de ciclovias;
- Promover agilidade e eficiência no atendimento às vítimas de trânsito;
Garantir boas condições de fluidez de tráfego e de acessibilidade ao cidadão;
- Desenvolver ações de apoio ao sistema de transporte coletivo urbano;
57
- Promover a atuação integrada dos órgãos e entidades executivos de trânsito e
rodoviários com os órgãos municipais de planejamento e desenvolvimento urbano e
territorial, bem como com os órgãos gestores do transporte público urbano;
- Fortalecer e Desenvolver as Organizações do Sistema Nacional de Trânsito;
Efetivar a aplicação do prêmio do seguro obrigatório de danos pessoais causados por
veículos automotores de via terrestre – DPVAT;
- Intensificar a fiscalização das infrações que mais afetam a segurança de trânsito: o
excesso de velocidade;
- As ultrapassagens indevidas nas rodovias;
- O não uso do cinto de segurança nos bancos dianteiro e traseiro;
- O não uso do capacete pelos condutores e passageiros de motocicletas;
- O avanço do sinal vermelho do semáforo;
- O desrespeito ao pedestre nas áreas a ele destinadas;
- A ingestão de bebidas alcoólicas e uso de outras substâncias entorpecentes ou que
determinem dependência física ou psíquica do condutor.
- As ações para educação no trânsito acontecerão nas disciplinas sempre que o conteúdo
disponibilizar que a ação seja implementada.
7. PLANO DE AÇÃO
É o processo de reflexão de tomada de decisão sobre a ação visando a
concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas. É preciso ter os
pés no chão, o olhar nas estrelas, para atingir o ideal, para diminuir a distância entre a
realidade existente e o que se deseja, estabelecendo a concepção de sociedade,
educação e homem a ser formado. É o plano de ação que vai levar a escola a atingir as
metas desejadas, sendo o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre
recursos e objetivos. Buscando sempre o melhor para os educandos. Para construir uma
escola baseada nos princípios da democracia e da participação, necessita - se abrir a
escola para a comunidade e seus problemas; debatendo as questões sociais que a
envolvem , fazendo do ambiente escolar um lugar de encontro de todos os segmentos
que constroem a Comunidade. O ambiente Escolar deve estar à disposição dos
educandos. Dispor esse ambiente para a prática esportiva e intelectiva fará com que o
aluno desenvolva o orgulho e o respeito pelo lugar em que estuda.
58
A escola que se preocupa somente com suas causas internas é omissa aos
problemas que determinam o seu insucesso. Essa escola então terá que abdicar dos seus
princípios de cobrança rigorosa do aprendizado, pois quando a escola não estende o seu
raio de ação para as causas comunitárias, se fechando em si mesma, deixa de considerar
que grande parte do insucesso do educando vem de causas sociais, externas à escola.
Sendo assim o ambiente escolar bem como seu direcionamento pedagógico e
administrativo devem considerar um aprofundamento no conhecimento das causas que
levam o educando a engrossar os índices de repetência e evasão. Fornecendo a ele
todas as condições necessárias para que tenha uma formação completa.
Tornando o Colégio Maria de Jesus um centro de debates da realidade do
Distrito onde está inserido, o corpo docente ao chegar no estabelecimento toma
conhecimento da realidade dos seus educandos, podendo assim direcionar suas práticas
pedagógicas. Nas semanas pedagógicas são discutidas questões pertinentes ao projeto
político pedagógico.
A realização de qualquer projeto de melhoria de qualidade do ensino passará
necessariamente pela provisão de condições físicas e pedagógicas. Não se faz uma
escola forte pedagogicamente sem a estrutura física que permita desenvolver as
potencialidades de pesquisa e extensão.
7.1 Plano de Ação da Direção
Identificação da instituição de ensino
O Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães
- Ensino Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará, Município de
Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01, CEP 85.110-000.
Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected] Esta instituição faz parte do
Núcleo Regional de Educação de Guarapuava tendo como mantenedora o Governo do
Estado do Paraná.
Caracterização da instituição de ensino
O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a 25
Km de Guarapuava. Atende 25% dos educandos residentes na sede do Distrito de Guará
e 75% dos educandos dispersos por 643 km². A comunidade escolar atendida pelo
59
Colégio na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo, com renda mensal familiar de
até um salário-mínimo, ou tem como principal fonte de renda a Bolsa Família; Grande
parte dos educandos é composta por filhos de agricultores assentados, proprietários de
pequenas e médias propriedades rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns
filhos de comerciantes e funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos
educandos são provenientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês
Ribas, Europa, José Dias e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã,
Aroeira), além de povoados localizados, em média, 12 km de distância da sede (Alto da
Serra, Boa Esperança, Rio das Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão, Faxinal dos Elias,
Colônia dos Vitos e Chimarrão 81).
Estes dependem exclusivamente do transporte escolar para o deslocamento
até o Colégio. São 30 rotas que percorrem aproximadamente 2500 Km diariamente, por
estradas mal conservadas. Em períodos de chuva as faltas dos transportes são
constantes e consequentemente dos alunos também.
Justificativa
A educação é um dos fatores mais significativos para a promoção do ser
humano. A qualidade do ensino e do aprendizado são as principais metas deste plano
ação, e o caminho para que se efetive na prática, deve contemplar o envolvimento da
comunidade escolar como um todo. Para isso é importante contar com os órgãos
colegiados participativos, sendo indispensável que todos os que integram a escola
permaneçam atentos, contribuindo para que esta cumpra seu papel de apropriação e
elaboração do conhecimento, de uma forma que seja compatível com nossos objetivos
de democracia, igualdade e justiça social.
Objetivos
- Investir os recursos recebidos em consonância com APMF e Conselho Escolar
priorizando o que é realmente necessário contemplando a conservação do patrimônio
público, tornando os espaços mais acolhedores agradáveis para o tempo de permanência
do aluno na Escola, bem como o ambiente mais propício à aprendizagem.
- Implantar uma cultura de responsabilização dos educadores, educandos e suas famílias
pelos resultados, especialmente os de aprendizagem, assumindo a tarefa de analisá -los
e compará -los com os índices externos (IDEB, Prova Brasil, SAEB, ENEM) para
60
promover adequação de práticas e processos em busca de melhoria permanente dos
mesmos.
- Garantir que a equipe de educadores esteja afinada e comprometida com o Projeto
Político Pedagógico.
Metas
- A cada uma das prioridades estão associadas metas específicas, ações, cronograma e
distribuições de responsabilidades, que serão cuidadosamente acompanhadas durante a
vigência deste plano. Ao final de cada ano as metas serão medidas e re avaliadas
fornecendo subsídios para re adequação se necessário.
- Buscar parcerias com as universidades locais, visando a capacitação de professores e
funcionários e a interação dos alunos com metodologias diferenciadas e alinhadas à
concepção de educação presente no Projeto Político Pedagógico.
Ações/estratégias - Gestão democrática
O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação
conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar.
Assim, Luck, afirma que: O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou
indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de
problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e
avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é
imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa.
Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos
objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego
adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da
organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por
seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.
Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, discutam e
analisem os problemas que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a
partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem
mais carentes de atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada
a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, disciplina,
61
equidade e compromisso.
Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,
dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos educandos, e
professores comprometidos com seu trabalho, transparência na administração.
Avaliação
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do Ensino, através da
qual o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,
com a finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
educandos, em procedimentos que permitam verificar em que medida os mesmos se
apropriaram dos conteúdos específicos.
Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de
aprendizagem, onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os quantitativos,
devendo ser oportunizados ao aluno diferentes experiências de aprendizagem. O
educando deve ser avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem, visando sua
formação integral e respeitando as diferenças individuais, priorizando o raciocínio e
interpretação sobre a memorização, a avaliação não pode ser simplesmente um
instrumento classificatório. Para alcançar esse objetivo é necessário trabalhar a mudança
de postura do professor com relação a avaliação: Na hora atividade, nas reuniões
pedagógicas e sempre que for pertinente; levar o professor a entender que a
responsabilidade de ensinar é sua; investir na construção dos resultados que se pretende
alcançar. Chegar a meta de 90% aprovação ao final do segundo ano de mandato,
melhorando ou mantendo esse índice pelos próximos.
Práticas pedagógicas
A prática pedagógica e uma prática social específica, de caráter histórico e
cultural que vai além da prática docente, relacionando as atividades didáticas dentro da
sala de aula, abrangendo os diferentes aspectos do PPP da escola e as relações desta
com a comunidade e a sociedade. Pressupõe uma análise e tomada de decisões em
processos, beneficiando -se do trabalho coletivo e da gestão democrática. Busca -se
assim a totalidade do conhecimento que consiste em respeitar a especificidade na síntese
dialética das disciplinas ou seja a interdisciplinaridade instaurando novo nível de
62
linguagem uma nova forma de pensar e agir, caracterizado por relações de conceitos e
metodologias. Para que se efetive na prática a parceria com a universidade é
imprescindível tanto na formação do professor quanto na reestruturação do Planejamento,
trabalho que já está sendo desenvolvido junto ao laboratório de Educação do Campo da
Unicentro.
Acesso permanência e sucesso na escola
Segundo a LDBEN nº9394/96, em seu artigo 1º, “A educação abrange os
processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações
da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Considerando dessa forma a dimensão
abrangente do fenômeno educativo. A garantia de acesso é essencial, mais é necessário
também que todos os educandos que ingressam na escola tenham condições de
permanecer com sucesso, que ele possa aprender de forma significativa os
conhecimentos indispensáveis a vida em sociedade.
Reconhecer que os educandos têm capacidades individuais e criativas é uma
importante iniciativa para fazer com que permaneçam na escola. É necessário ouvi -lo,
conhecer sua história; sua realidade; desmistificando e desconstruindo ideias que rotulem
esses alunos como fracassados. Os problemas relacionados à evasão escolar muitas
vezes são tratados pelos órgãos governamentais como sendo responsabilidade do aluno,
atribuindo a eles e a escola a culpa por suas dificuldades de aprendizagem e fracasso
escolar.
Segundo ARROYO (2003), fala -se de aluno evadido, não de aluno excluído,
do fracasso do aluno, não do fracasso da escola. Nessa perspectiva quando o estado
responsabiliza o educando pelo seu fracasso, considerando somente as questões
individuais esquecem que estas são ocasionadas por fatores de ordem sócioeconômica
que evidenciam ainda mais as desigualdades, e estas sim, são determinantes para
evasão ou fracasso escolar.
Ambiente físico e educativo
A gestão do ambiente físico e a formação de um ambiente favorável a
convivência, corresponde desafios para os gestores escolares, um deles é a utilização
63
dos recursos disponíveis para a criação e manutenção de um espaço escolar que
favoreça a aprendizagem e a interação da comunidade escolar. Nesta tarefa, todos
devem ser envolvidos especialmente os professores que nem sempre estão atentos na
importância que a organização espacial da sala de aula tem para a aprendizagem escolar.
É importante entender que o espaço de aprendizagem vai além da sala de aula incluindo
espaço que podem oferecerem experiências significativas de aprendizagem para os
educandos saída de campo entre outros.
Cabe, então a equipe gestora enfrentar o desafio de utilizar da melhor maneira
possível, os recursos existentes para constituir a escola como espaço agradável
receptível e acolhedor para comunidade escolar.
Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola
Sempre que necessário a escola colabora com a saída do professor para os
cursos de capacitação, onde sempre se aprende algo novo que pode ser utilizado em sala
de aula. É importante que a formação continuada se estenda a todos os profissionais
envolvidos no processo educativo. Nas reuniões pedagógicas realizadas no âmbito
escolar procura -se reunir o número máximo de profissionais que trabalham no Colégio,
sempre buscando parceria com as Universidades, levando -os a refletir sobre a prática
docente para a tomada de decisão, a fim de reconstruir suas ações oportunizando ao
professor desenvolver- se como profissional, consolidando valores, princípios e atitudes
na construção do conhecimento.
Avaliação do plano de ação
A avaliação do Plano de ação será contínua, onde as ações serão discutidas
nas reuniões do Colegiado visando prioridades para que os objetivos sejam alcançados.
7.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica
A educação é um dos fatores mais significativos para a promoção do ser
humano. Ao educar de forma organizada e sistemática, articulando e intervindo,
auxiliando e complementando, motivando e promovendo estaremos mediando
pedagogicamente o trabalho educacional na busca de qualidade do ensino.
Objetivos:
64
- Apoiar a Direção no desenvolvimento do plano de ação do Colégio;
- Promover, colaborar e propiciar mecanismos para promoção e desenvolvimento integral
do educando;
- Mediar junto aos professores, pais e educandos, a busca de soluções, superando
dificuldades e facilitando a participação de todos na vida escolar;
- Realizar um trabalho preventivo para evitar a evasão e repetência junto aos
professores, pais e alunos;
- Desenvolver temas emergentes extra -curriculares que venham informar, esclarecer,
prevenir e preparar os educandos para o exercício consciente da cidadania;
- Participar dos programas de formação continuada para Pedagogos;
- Contribuir para um bom relacionamento humano e na comunidade escolar;
- Integrar uma ação conjunta dando suporte a todos os elementos participantes da ação
educativa: Escola, Família e Comunidade;
- Sensibilizar a comunidade escolar na importância da “inclusão”, objetivando o
desenvolvimento sócio -cultural -afetivo dos educandos;
- Acompanhar normas de conduta dos alunos – direitos/ deveres e/ ou procedimentos
disciplinares do Colégio Estadual Maria de Jesus Pacheco Guimarães de acordo com o
Regimento e Regulamento Interno;
- Encaminhamento da ficha FICA (Ficha de Comunicação de Aluno Ausente);
- Controle, atendimento e orientações aos educandos, quanto às ausências e chegadas
atrasadas;
- Atendimento individual de educandos encaminhados pelos professores;
- Atendimento, informação e orientações aos pais sobre aspectos disciplinares e
rendimento escolar;
- Encaminhamento de educandos que necessitam de atendimento especial (sala de
recursos, psicóloga, ou psicopedagogo quando possível);
- Encaminhamento de educandos que apresentam conduta insatisfatória,a Patrulha
Escolar, Conselho Tutelar; etc.;
- Acompanhamento da prática pedagógica dos professores, e dos livros de Registros de
Classe visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem;
- Acompanhamento das atividades dos laboratórios de Química, Física, Biologia e
Informática;
65
- Promover ações pedagógicas para superação de todas as formas de preconceito,
discriminação racial e exclusão social;
- Participação da organização pedagógica da biblioteca;
- Acompanhamento do trabalho docente, quanto a reposição de aula;
- Controle e acompanhamento dos professores na Hora -atividade;
- Elaboração de gráficos do rendimento escolar procedendo análise dos mesmos de
forma a desencadear um processo de reflexão sobre eles junto a comunidade escolar;
- Organização, elaboração e acompanhamento dos Exercícios Domiciliares, coordenação
e acompanhamento durante o desenvolvimento;
- Projetos Internos e externos do Colégio;
- Organização, preparação e coordenação das Reuniões Pedagógicas;
- Organização e acompanhamento dos Conselhos de Classe, efetivando as propostas de
intervenções decorrentes do mesmo;
- Organização e acompanhamento dos Grupos de Estudos/ debates, oficinas
pedagógicas, troca de experiências, etc;
- Organização e acompanhamento das Adaptações Curriculares;
- Organização e coordenação na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola,
bem como sua efetivação na prática;
- Orientação Profissional aos alunos do Ensino Médio;
- Participação do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
discussões do mesmo quanto ao trabalho pedagógico escolar;
- Desenvolver palestras e atividades referentes aos temas: Sexualidade e DSTs(doenças
sexualmente transmissíveis);Gravidez na Adolescência; Primeiros Socorros; Drogas; Auto
-estima; Hábitos de Estudos; Valores; Meio Ambiente.
66
7. MATRIZ CURRICULAR
Curso: Ensino Fund 6/9 Ano Serie - Turno: Manhã - Ano de Implantação: 2013 - Simultanea
Curso: Ensino Medio - Turno: Manhã - Ano de Implantação: 2011 - Simultanea
Disciplina Composição Curricular Carga horária semanal por série
Disciplina Composição Curricular Carga Horária Semanal Por Série
6o. 7o. 8o. 9o.
1o. 2o. 3o.
Arte Base Nacional Comum 2 2 2 2
Arte Base Nacional Comum 2
Ciencias Base Nacional Comum 3 3 3 3
Biologia Base Nacional Comum 2 2 2
Educacao Fisica
Base Nacional Comum 2 2 2 2
Educacao Fisica
Base Nacional Comum 2 2 2
Geografia Base Nacional Comum 2 3 3 3
Filosofia Base Nacional Comum 2 2 2
Historia Base Nacional Comum 3 2 3 3
Fisica Base Nacional Comum 2 2 2
Lingua Portuguesa
Base Nacional Comum 5 5 5 5
Geografia Base Nacional Comum 2 2 2
Matematica Base Nacional Comum 5 5 5 5
Historia Base Nacional Comum 2 2 2
Ensino Religioso *
Base Nacional Comum 1 1
Lingua Portuguesa
Base Nacional Comum 3 3 4
L e M-Ingles Parte Diversificada 2 2 2 2
Matematica Base Nacional Comum 4 2 3
Carga Horária Total 25 25 25 25
Quimica Base Nacional Comum 2 2 2
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9.394/96.
Sociologia Base Nacional Comum 2 2 2
* Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular.
L e M-Ingles Parte Diversificada 2 2 2
L e M-Espanhol *
Parte Diversificada 4 4 4
Carga Horária Total 29 29 29
67
8. REFERÊNCIAS
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68
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós – estruturalista. 8ª ed. Petrópolis. Vozes, 2007. LÜCK, Heloisa. A escola participativa: O trabalho do gestor escolar. RJ: dp&a. 1998. MAKARENKO, A S. Problemas da educação escolar – experiência do trabalho pedagógico. Moscovo: Edições Progresso, 1986. MARQUES, Juracy C. Administração Participativa. Porto Alegre: Draga, 1987. MARTINS, Rosilda Baron. Educação para a Cidadania: O Projeto Político Pedagógico como Elemento Articulador. In VEIGA, Ilma Passos A. & RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de. (Orgs.). Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. 7a.Edição. Campinas: Papirus, 2003. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. A fundamentação filosófica. Brasília, Distrito Federal. Novembro de 2004. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Conselho Escolar e o respeito e a valorização do saber e da cultura do estudante e da comunidade. Brasília, Distrito Federal. Novembro 2004. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor Brasília, Distrito Federal. Novembro 2004. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico -Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro -Brasileira e Africana. Brasília, Distrito Federal. Novembro 2004. PASSOS, M. O. de Abreu. Fundamentos da Educação Especial. PARO, V.H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática:, 1997. PINTO, M.J. As marcas linguísticas da enunciação. Rio de Janeiro: Numen, 1994. PISTRAK,M.M. Fundamentos da escola do trabalho, 3.ed., São Paulo: Expressão Popular, 2011. REGO, T.C. Vygotski: uma perspectiva histórico- cultural da educação. Petrópolis, RJ: vozes, 1995 SAVIANI, DERMEVAL. Pedagogia histórico -crítica - primeiras aproximações – polêmicas do nosso tempo. – 6ª ed. – Campinas: Autores Associados, 1994. _______________. Ed: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Ed. E Autores Associados, 1989. ( coleção educação contemporânea).
69
SCHELLING, Vivian. A presença do povo na cultura brasileira. Campinas: Editora da UNICAMP,1991. UNICEF, PNUD, INEP, MEC (Coordenadores). Indicadores da qualidade na educação/Ação Educativa. São Paulo: Ação Educativa, 2004. VASCONCELLOS, Celso dos. S. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico. São Paulo: Libertad 2005. ( Cadernos Pedagógicos do Libertad; v. 3) VEIGA, ILMA P. A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas, São Paulo: Papirus, 2005. VIGOTSKI, L.S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes,2007. SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 11ª ed. rev. São Paulo: Autores associados. 1991. (coleção educação contemporânea).
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1984.
MÉSZÁROS, I. A Educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.
PISTRAK, M. Fundamentos da escola do trabalho. 4. ed. São Paulo: Expressão Popular.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
APRESENTAÇÃO
A Proposta Pedagógica Curricular é um conjunto pela dimensão histórica das
disciplinas. Ela orienta quais os rumos a ser tomados no trabalho pedagógico. Portanto é
um documento que traz em bojo o alicerce da escola e traça estratégias norteadoras do
trabalho do professor e para que se efetive a apropriação do conhecimento no educando.
Para um melhor desenvolvimento da vida escolar do educando o Colégio
Estadual do Campo Maria de Jesus Pacheco Guimarães, trabalha com a concepção das
porções da realidade.
70
CONCEPÇÃO DAS PORÇÕES DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Para atingir os objetivos propostos para uma educação com qualidade, que
pretende atender as reais necessidades dos sujeitos do campo, é necessário considerar
que o universo dessa população é muito diversificado, e cada espaço apresenta
características que compõe uma identidade única. Assim, é dever da escola ter esse
aspecto muito claro ao planejar que ensino se quer e que sujeito pretende formar;
devendo incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, que
valorize concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que permitam aos
professores e estudantes se conscientizarem da necessidade de uma transformação
emancipadora.
A Proposta Pedagógica Curricular precisa agregar e abordar assuntos
relacionados a comunidade do educando, articulando com as áreas em que o
conhecimento/saberes da comunidade sejam valorizados; contribuindo assim, para um
avanço significativo na aprendizagem por parte do educando, tornando o conteúdo
trabalhado significativo, ampliando então o conteúdo meramente teórico para um conteúdo
prático.
Os conteúdos estruturantes presentes nas disciplinas são frutos de uma
construção que tem sentido social como formação humana, ou seja, existe uma porção de
conhecimento que é produto da cultura e deve ser apropriado, dominado e usado de
forma contextualizada. A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de
contextualização sócio – histórica como princípio integrador do currículo. Nesse sentido, a
educação é pensada no plano da formação omnilateral que em síntese abrange a
educação e a emancipação de todos os sentidos humanos, e se constrói, dentro de
determinadas condições histórico – sociais.
Gramsci (1978) descreve que a humanidade que se reflete em cada
individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os seres humanos e
com a natureza. Assim os conhecimentos que incorporamos não são realidades naturais,
mas uma produção histórica.
A partir do inventário da realidade, foram definidos complexos temáticos
elencados em quatro porções da realidade: Produção de alimentos; Movimentos sociais e
71
lutas; Trabalho e renda e Cultura e lazer. Seguindo a opção construída por Pistrak:
Trata-se de organizar o ensino através de temas socialmente significativos, e através deles estudar a dinâmica e as relações existentes entre aspectos diferentes de uma mesma realidade, educando assim os estudantes para uma interpretação dialética da realidade atual (Pistrak, 2011 pag. 13).
Para facilitar a visualização do universo de opções que as porções da realidade
oferecem e para “conectar” seu conteúdo a determinada porção, foi criado um diagrama
representativo denominado “Girassol da Realidade”. Tendo certo que facilitará o trabalho
do professor, não deve ser entendido como um modelo limitante da criatividade própria de
cada envolvido no processo, tendo em vista que é um trabalho conjunto, no qual o avanço
individual caracteriza um ganho coletivo.
FIGURA 1 - Diagrama formulado
pela equipe do Colégio Estadual
do Campo Professora Maria de
Jesus Pacheco Guimarães.
Fonte: Arquivo do Colégio
Estadual do Campo Professora
Maria de Jesus Pacheco
Guimarães.
FIGURA 2 - Diagrama
formulado pela equipe do
Colégio Estadual do Campo
Professora Maria de Jesus
Pacheco Guimarães. Fonte:
Arquivo do Colégio Estadual do
Campo Professora Maria de
Jesus Pacheco Guimarães.
72
FIGURA 3 - Diagrama
formulado pela equipe do
Colégio Estadual do
Campo Professora Maria
de Jesus Pacheco
Guimarães. Fonte:
Arquivo do Colégio
Estadual do Campo
Professora Maria de
Jesus Pacheco
Guimarães.
FIGURA 4 - Diagrama
formulado pela equipe do
Colégio Estadual do Campo
Professora Maria de Jesus
Pacheco Guimarães.
Fonte: Arquivo do Colégio
Estadual do Campo
Professora Maria de Jesus
Pacheco Guimarães.
73
9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL
9.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ARTE FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade
criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a
realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa
visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais.
No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma
dimensão ampliada, enfatizada a associação da arte com a cultura e da arte com a
linguagem. A arte é um elemento indispensável no desenvolvimento da expressão pessoal,
social e cultural do aluno. São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção.
Elas perpassam as vidas das pessoas, trazendo novas perspectivas, formas e densidades
ao ambiente e à sociedade em que se vive. A vivência artística influencia o modo como se
aprende, como se comunica e como se interpretam os significados do cotidiano. Desta
forma, contribui para o desenvolvimento de diferentes competências e reflete-se no modo
como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento. A arte permite
participar em desafios coletivos e pessoais que contribuem para a construção da identidade
pessoal e social, exprimem e conformam a identidade nacional, permitem o entendimento
das tradições de outras culturas e são áreas de eleição no âmbito da aprendizagem ao longo
da vida.
O desenvolvimento da capacidade humana de percepção é justamente um dos
grandes desafios presentes no ensino de arte. É fundamental entender o aperfeiçoamento
do olhar e a necessidade de construção da identidade de cada indivíduo. Pela arte, o ser
humano torna-se consciente da sua existência individual e social, ele se percebe e se
interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas
relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se
desenvolveram. Nessa introdução dos fundamentos teórico- metodológicos, serão
abordadas as formas como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de
ensino e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituá-la. Tal abordagem se
embasará nos campos de estudos da estética, da história e da filosofia. (DCE Arte)
No estudo de arte pode-se situar historicamente a produção artística,
74
compreendendo-a no contexto em que está inserida, é preciso destacar as razões que nos
levam a estudá-la: “Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um
cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e
principalmente imagens. Se temos que conviver diariamente com essa produção infinita,
melhor será aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua forma e seu conteúdo, o
que exige o uso de nossa sensibilidade estética. Só assim poderemos deixar de ser
observadores passivos para nos tornarmos espectadores críticos, participantes e
exigentes.”(COSTA,199, p.09)
O ensino da arte nesses últimos anos tem sofrido transformações significativas.
Hoje, faz-se necessário que o professor organize um trabalho consistente, através de
atividades como: ver, ouvir, mover, sentir, perceber, pensar, descobrir, fazer, expressar, etc.,
a partir dos elementos da natureza e da cultura, analisando-os e transformando-os:
“Segundo Ferraz e Fusari: Para desenvolver um bom trabalho de Arte o professor precisa
descobrir quais são os interesses, vivências, linguagens, modos de conhecimento de arte e
prática de vida de seus alunos. Conhecer os estudantes na sua relação com a própria
região, com Brasil e com o mundo, é um ponto de partida imprescindível para um trabalho
de educação escolar em Arte que realmente mobilize uma assimilação e uma apreensão de
informações na área artística. O professor pode organizar um mapeamento cultural da área
em que atua, bem como das demais, próximas e distantes. É nessa relação com o mundo
que os estudantes desenvolvem as suas experiências estéticas e artísticas, tanto com as
referentes de cada um dos assuntos abordados no programa de Arte, quanto com as áreas
da linguagem desenvolvida pelo professor.” (Ferraz, Fusari, 1992, p. 71).
OBJETIVOS
O objetivo de estudo da disciplina fundamenta-se no desenvolvimento dos
princípios e valores e das competências gerais, consideradas essenciais e estruturantes
onde elas:
Promovem o desenvolvimento integral do indivíduo, pondo em ação capacidades
afetivas, cognitivas e sinestésicas;
Afirmar a singularidade de cada um, promovendo e facilitando sua expressão por
meio das linguagens artísticas;
Proporcionar ao indivíduo, por meio de práticas e o processo criativo, a
oportunidade de desenvolvimento de sua personalidade de forma autônoma e crítica, numa
75
permanente interação com o mundo;
Mobilizar a partir da prática, todos os saberes que o indivíduo detém, auxiliando-o
no desenvolvimento de novos saberes, conferindo significados aos seus conhecimentos;
Facilitar a comunicação entre culturas de diferentes povos, promovendo a
aproximação entre as pessoas e os povos.
O conhecimento artístico, aliado aos dados procedentes da experiência humana,
são elementos que permitem a construção de referenciais necessários para a leitura,
observação, interpretação e criação tanto do contexto quanto da produção artística como um
todo. Desta forma, o objetivo primordial é levar aos alunos o contato com a experiência
artística e estética, instrumentalizando-os à apreciação dos bens culturais das diversas
linguagens da arte tanto os de sua própria comunidade onde estão inseridos como os
universais.
Destaca-se também a necessidade da familiarização cultural pela aprendizagem
dos códigos e elementos formais presentes nas linguagens artísticas, os quais possibilitam a
construção de novos significados por meio de informações obtidas na leitura de textos
históricos, filosóficos, estéticos e de crítica de arte.
Elementos Formais;
Composição;
Movimentos e Períodos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO.
MÚSICA:
Elementos Formais:
Altura, Intensidade,Timbre, Duração.
Composição
Ritmo, Melodia;
Escalas: Diatônica, pentatônica, cromática, Improvisação.
Movimentos e Períodos
Greco-Romana, Oriental, Ocidental, Africana.
ARTES VISUAIS
76
Elementos formais:
Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz
Composição:
Bidimensional, Figurativa, Geométrica, simetria,
Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...
Gêneros: cenas da mitologia...
Movimentos e Períodos:
Arte Greco- Romana , Arte Africana, Arte Oriental, Arte Pré-histórica.
TEATRO
Elementos Formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, Ação, Espaço;
Composição:
Enredo, roteiro, Espaço Cênico, Adereços ;
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Movimentos e Períodos:
Greco-Romana, Teatro Oriental, Teatro Medieval, Renascimento.
DANÇA
Elementos formais:
Movimento Corporal, Tempo, Espaço;
Composição:
Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos articulares,Fluxo (livre e interrompido), Rápido
e lento, Formação Níveis (alto, médio e baixo), Deslocamento (direto e indireto),Dimensões
(pequeno
e grande);
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Movimentos e Períodos:
Pré-história, Greco-Romana, Renascimento, Dança Clássica.
7º ANO.
77
MÚSICA
Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade,
Composição:
Ritmo, Melodia, Escalas;
Gêneros: folclórico; indígena, popular e étnico;
Técnicas: vocal, instrumental e mista, Improvisação;
Movimentos e Períodos:
Música popular e étnica (ocidental e oriental);
ARTES VISUAIS:
Elementos formais:
Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz;
Composição: Proporção, Tridimensional, Figura e fundo, Abstrata, Perspectiva,
Técnicas: Pintura, escultura,modelagem, gravura;
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.
Movimentos e Períodos: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense,
Renascimento, Barroco.
TEATRO
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação, Espaço.
Composição:
Representação, Leitura dramática, Cenografia;
Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas;
Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Movimentos e Períodos:
Comédia dell’, arte,Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense, Teatro Africano.
DANÇA:
Elementos formais:
Movimento Corporal, Tempo, Espaço.
Composição:
Ponto de Apoio, Rotação, Coreografia, Salto e queda, Peso (leve e pesado), Fluxo (livre,
78
interrompido e conduzido), Lento, rápido e moderado, Níveis (alto, médio e baixo),
Formação, Direção.
Gênero: Folclórica, popular e étnica
Movimentos e Períodos:
Dança Popular, Brasileira , Paranaense, Africana, Indígena.
8º ANO.
MÚSICA
Elementos Formais:
Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.
Composição:
Ritmo, Melodia, Harmonia,Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Movimentos e Períodos:
Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno.
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz .
Composição:
Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Estilização, Deformação;
Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.
Movimentos e Períodos:
Indústria Cultural, Arte no Séc. XX, Arte Contemporânea.
TEATRO
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação, Espaço.
Composição:
Representação no Cinema e Mídias;
Texto dramático, Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro;
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.
Movimentos e Períodos:
Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo, Cinema Novo.
79
DANÇA
Elementos formais:
Movimento Corporal, Tempo e Espaço;
Composição:
Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e desaceleração;
Direções (frente, atrás, direita e esquerda);
Improvisação, Coreografia, Sonoplastia;
Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Movimentos e Períodos:
Hip Hop, Musicais; Expressionismo, Indústria Cultura, Dança Moderna.
9º ANO.
MÚSICA
Elementos Formais:
Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.
Composição:
Ritmo, Melodia, Harmonia;
Técnicas: vocal, instrumental e mista;
Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Movimentos e Períodos:
Música Engajada, Música Popular, Brasileira.
Música Contemporânea.
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz;
Composição:
Bidimensional, Tridimensional, Figura-fundo;
Ritmo Visual;
Técnica: Pintura,grafite, performance.
Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.
Movimentos e Períodos:
80
Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-Americana;
Hip Hop.
TEATRO
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação, Espaço.
Composição:
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum, Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação, Figurino.
Movimentos e Períodos:
Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguardas.
DANÇA
Elementos formais:
Movimento Corporal, Tempo e Espaço
Composição:
Kinesfera;
Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão (perto e longe);
Coreografia, Deslocamento;
Gênero: Performance e moderna.
Movimentos e Períodos:
Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea.
MÚSICA
Elementos Formais:
Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.
Composição:
Ritmo, Melodia, Harmonia;
Escalas: Modal, Tonal e fusão de ambos;
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop.
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, Improvisação.
81
Movimentos e Períodos:
Música Popular, Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria Cultural, Engajada, Vanguarda,
Ocidental, Oriental, Africana e Latino-Americana.
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
Ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz;
Composição:
Bidimensional, Tridimensional, Figura e fundo, Figurativo, Abstrato, Perspectiva,
Semelhanças,
Contrastes, Ritmo Visual, Simetria,Deformação, Estilização,
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura, história em quadrinhos;
Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia.
Movimentos e Períodos:
Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Arte Popular,
Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte Contemporânea, Arte Latino-Americana.
TEATRO
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação, Espaço.
Composição:
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum;
Roteiro, Encenação e leitura dramática;
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico;
Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia, sonoplastia, figurino e
iluminação, Direção e Produção.
Movimentos e Períodos:
Teatro Greco- Romano, Teatro Medieval, Teatro Brasileiro, Teatro Paranaense, Teatro
Popular;
Indústria Cultura, Teatro Engajado, Teatro Dialético, Teatro Essencial, Teatro do Oprimido;
Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda, Teatro Renascentista, Teatro Latino-Americano, Teatro
82
Realista, Teatro Simbolista.
DANÇA
Elementos formais:
Movimento Corporal, Tempo, Espaço.
Composição:
Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Salto e Queda, Giro, Rolamento, Movimentos articulares,
Lento, rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis, Deslocamento, Direções,
Planos,
Improvisação, Coreografia.
Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.
Movimentos e Períodos:
Pré-história, Greco-romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica, Dança Popular,
Brasileira,
Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Indústria Cultural, Dança Moderna, Vanguardas e
Dança Contemporânea.
METODOLOGIA
A prática pedagógica em Arte contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e
o Teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a sociedade.
Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o valor
educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa conhecer,
produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio artístico
cultural presente na comunidade e região.
Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção artística,
seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas
interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus
modos de expressão e comunicação.
Através da articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado,
possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus
elementos constitutivos.
Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através de
atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais utilizados
83
e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de interação com mundo
artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas, possibilitando que
sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.
Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao aluno
compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos artísticos, nas
áreas em que for possível pelas condições de formação do professor e materiais da escola,
fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando seminários, pesquisas,
produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.
Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão
trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a
Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente
8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13
História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº
11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação
Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 1318/01 e
Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 –
CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos
conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino
do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados
conforme o calendário escolar pré-definidos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnostica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada
pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso
implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada
momento.
Será valorizada a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas,
culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc.) de cada aluno, pois é
necessário conhecer o processo pessoal de cada um em sua relação com as atividades
desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superá-los observando os
trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos, desenhos e outros).
84
No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal
de todos os alunos é fator fundamental para aprendizagem em arte, área em que a marca
pessoal é fonte de criação e desenvolvimento.
BIBLIOGRAFIA BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei no 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo, Educ/Fasep/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MARQUES, I. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999. 9.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - CIÊNCIAS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do pensamento do
ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. Sendo assim a que se
levar em conta a medida que o homem busca satisfazer suas necessidades
automaticamente, passa a observar e à buscar respostas a suas indagações.
85
A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir daí o
homem assume outras descobertas e torna - se ainda mais atento a respeito das dinâmicas
da natureza. Na escola pública a trajetória do ensino de ciências sempre foi determinado por
um momento histórico, político e social. Momentos estes que influenciaram os modelos
curriculares de cada época e causaram fortes mudanças nas concepções de ciência.
Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no decorrer de
sua história a disciplina se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários
para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no meio. Para
que isso aconteça são estabelecidas relações entre os diferentes conhecimentos físicos,
químicos e biológicos e o cotidiano do aluno, ou seja, sua prática social.
A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação a
saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem com fatos, são
elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para saber se posicionar crítica e
construtivamente, diante de diferentes questões.
OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA
Esta disciplina é importante, no contexto escolar pela necessidade humana de
compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos fenômenos na natureza, nos
seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina oportuniza a compreensão dos eventos que
ocorrem com a água, o solo, o ar e o fogo interferindo na saúde humana. Propicia a
compreensão das inter-relações entre os seres vivos e o meio ambiente, demonstrando a
interdependência que há entre eles.
De forma científica, o educando é levado a conhecer seu próprio corpo, do seu
semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes entre as mais
diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceitos sexuais dos raciais da xenofobia,
bem como daqueles que apresentam necessidades especiais temporárias ou permanentes.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a
contradição, a diversidade, o questionamento superando o tratamento curricular dos
conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua função social.
OBJETIVOS
Integrar os conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de astronomia,
transformação e interação da matéria, energia e saúde que implica na melhoria da qualidade
86
de vida. Compreender os conceitos históricos de ciências que tratam das questões
dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e acabadas, bem como buscar explicações e
construir a parte científica que convive com a dúvida, que é falível e intencional, utilizando -
se de métodos que buscam as explicações dos fenômenos naturais: físicos, químico,
biológicos, geológicos, que recebem influências dos fatores: sociais, econômicos, políticos,
etc.
Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim os
conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método investigativo, acompanhado
pelo professor, contextualizando os conteúdos estudados com os fenômenos da natureza.
Sendo um modelo construtivista da educação.
Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos
produtos científicos e tecnológicos, com os quais convive reconhecendo o processo de
produção, distribuição e consumo, bem como os problemas decorrentes, buscando
soluções.
Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e
culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e/ou tecnológicos inerentes ao
processo de produção, aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e inter-
relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Astronomia
− Matéria
− Sistemas biológicos
− Energia
− Biodiversidade
O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é levado a compreensão dos
alunos sobre os fenômenos naturais nessa etapa de escolarização que são: os
conhecimentos de astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade
contemplados na disciplina, com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre
essas ciências ditas naturais, no processo pedagógico.
De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina sob os
seguintes aspectos:
87
− Astronomia: numa abordagem histórica traz as discussões sobre os
modelos geocêntricos e heliocêntrico, métodos e instrumentos científicos, conceitos e
modelos que expliquem tais discussões. Possibilita também explicar os fenômenos
celestes, o movimento dos astros, estações do ano, viagens espaciais, origem do
universo e gravitação universal.
− Matéria: abordam conteúdos que privilegiem o estudo da constituição
dos corpos, entendidos como objetos materiais quaisquer, permitindo o entendimento
não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo
além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Compreendidos
como constituição da matéria e propriedades da matéria.
− Sistemas Biológicos: aborda a constituição dos sistemas do
organismo, suas características, funcionamento desde os componentes celulares até o
funcionamento dos sistemas que constituem os grupos dos seres vivos. Considerando o
organismo como um sistema integrado, que amplia a discussão para uma visão
evolutiva, comparando os seres vivos entre si a fim de compreender o funcionamento de
cada sistema e das relações que integram o organismo vivo. Apresenta também
conceitos científicos para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos e
funcionamento dos seres vivos referentes aos níveis de organização, célula, morfologia e
fisiologia dos seres vivos e o mecanismo da herança genética.
− Energia: apresentam-se conteúdos básicos que envolvam conceitos
científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a
transformação de uma forma de energia em outra, para a compreensão do objeto de
estudo como formas, conservação, conversão e transmissão de energia.
− Biodiversidade: visa a compreensão do conceito de biodiversidade e
demais conceitos inter-relacionados, envolvendo a diversidade de espécies atuais e
extintas, as relações ecológicas entre as espécies como o ambiente ao qual se
adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies
têm sofrido transformações. Apresenta-se ainda alguns conteúdos básicos que envolvam
conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a
compreensão do objeto do estudo da disciplina de ciências tais como: organização dos
seres vivos, sistemática, ecossistemas, interações ecológicas, origem da vida e evolução
dos seres vivos.
88
CONTEÚDOS BÁSICOS
6ºANO 7ºANO 8ºANO 9ºANO
ASTRONOMIA
Universo
Sistema Solar
Movimentos
terrestres e celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da
matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de
organização
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de
energia
Transmissão de
energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos
seres vivos
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos
terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA
Constituição da
matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
morfologia e
fisiologia
dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Transmissão de
energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos
seres vivos
Sistemática
ASTRONOMIA
Origem e evolução
do universo
MATÉRIA
Constituição da
matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia filosofia
dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres
vivos
ASTRONOMIA
Astros
Gravitação universal
MATÉRIA
Propriedades da
matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e
fisiologia dos seres
vivos
Mecanismos de
herança genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de
energia
BIODIVERSIDADE
Interações
ecológicas.
89
Ecossistemas
Evolução dos seres
vivos
METODOLOGIA
Os conteúdos devem ser entendidos em sua complexidade de relações
conceituais e numa perspectiva crítica e histórica dos conhecimentos de astronomia,
matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade. Tratar os conteúdos estruturantes
não como conhecimento acabado, mas cujos conhecimentos científicos sejam passíveis de
alterações ao longo do tempo. Pois os conhecimentos tidos como acabados, podem ser
reinterpretados, pois outras áreas do conhecimento humano podem contribuir
significativamente para o estudo, a explicação e a compreensão de tais conhecimentos
científicos.
Estabelecer uma contextualização dos conteúdos interdisciplinares programados
de uma série como os demais de ensino fundamental. Tratar os conteúdos, respeitando os
níveis cognitivos dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, usando material
didáticos de acordo com sua faixa etária como prevê a Lei 11525/07 do Direito da Criança e
Adolescente, adiantando uma linguagem coerente a cada faixa etária e nível de
conhecimento, fazendo uso de diferentes formas de abordagens, estratégias e recursos
buscando gradativamente o aprofundamento dos conteúdos.
Provocar uma reflexão sobre o atual momento histórico, social, científico -
tecnológico, propiciando um entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a
vida do ser humano, dos seres vivos e do ambiente.
Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão
trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a
Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente
8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13
História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº
11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação
Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e
Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 –
90
CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos
conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino
do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados
conforme o calendário escolar pré-definidos.
ATIVIDADES
SALA DE AULA: debates, seminários e entrevistas com profissionais utilizando pesquisas
para ampliar o conhecimento, através do despertar da curiosidade do aluno;
VISITAS: em parques municipais, laboratórios da universidade, com objetivo de realizar
intercâmbio com outras formas de ambiente;
SAÍDAS A CAMPO: elaborar o tema a ser trabalhado, favorecendo ao aluno que o mesmo
perceba a importância de suas atitudes no ambiente em que vive;
AULAS PRÁTICAS: serão realizadas no laboratório onde o aluno através da construção do
experimento observará e entenderá os fenômenos da natureza:
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das
atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer
uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção de
seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os estudantes e
desta com a produção científica - tecnológico.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, portanto,
precisamos primeiramente nos libertar da ideia de que o senso comum é suficiente para
julgarmos um desempenho, essa liberação permite estabelecer parâmetros para uma
avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do aluno, pois a
avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto -avaliativa, diagnostica para
verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integralmente, pois considera o
aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mas
igualmente os comportamentais e a habilidade psicomotora.
Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo
fatores como a série a ser avaliada o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos
conteúdos.
A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do
91
que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com recuperação
concomitante que se apresenta como importante elemento para o professor rever e articular
o processo de ensino, em busca de sua superação.
Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como: relatórios de
pesquisa, visitas de campo, palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo
(dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições,
avaliações individuais, experiências em laboratório, análise de trechos de filmes pertinentes
ao conteúdo.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
MEC/SEB – ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL-Brasília, 2003.
Ciências/Carlos Barros, Wilson Roberto Paulino. 3ªEd. Reformada - São Paulo: Ártica; 2009.
Biologia/José Mariano Amábis, Gilberto Rodrigues Martho-2ªEd. - São Paulo: Moderna; 2004.
Biologia. Cesar da Silva Junior, Sezar Sasso. 7ª Ed. São Paulo: Saraiva; 2005.
Projeto Arariba. Ciências/Obra coletiva concebida e produzida pela editora Moderna. Editor responsável José Luiz Carvalho Cruz – 1ª Ed. - São Paulo; Moderna; 2006.
Ciências Naturais: Aprendendo Com o Cotidiano/Eduardo Leite Canto- 2ªed. - São Paulo: Moderna; 2004.
Ciências e Vida/Maria Hilda de Paiva Andrade, Marta Bouissou Morais, Alexandre Alex Barbosa Xavier, Marciana David – 1ª Ed. Belo Horizonte: Dimensão, 2006. 9.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - EDUCAÇÂO FÍSICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de cidadãos. Vivemos
um momento em que a competição e a qualificação estão interligados aos avanços
tecnológicos e as constantes modificações pelas quais passa a humanidade neste momento
92
histórico.
Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja compreendida
no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de forma isolada, solta no
meio escolar, mas sim como parte integrante de uma totalidade, fazendo parte de um
conjunto de disciplinas que interagem estabelecendo relações com o social e com a cultura
dos povos.
Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma
a completar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a
inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a esse
novo mundo, que exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos vividos.
Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos
conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de construção
de conhecimento a partir da reelaboração de ideias e práticas que intensificam a
compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a
vida e influência na comunidade.
Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as
necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na
valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e
experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.
Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permite
entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas
dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da
natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, está
articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensinos próprios,
e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando exposto, defende-se que as
aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares,
nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.
Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente
escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como todos os
professores, é com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação
humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo
como objetivo formar a atitude crítica perante a Educação Física, Cultura Corporal, exigindo
93
domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.
É partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como
objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a
formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes.
A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas
e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão
corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões
podem ser identificadas como
formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem
(COLETIVO DE AUTORES, 1992).
OBJETIVOS
● Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania,
no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando
atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.
● Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando
hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de
convívio.
● Estimular o gosto pela prática de atividades voltadas ao bem comum.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O Ensino Fundamental da Educação Física fundamenta-se nos conteúdos estruturantes
definidos como os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que organizam
os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para
compreender seu objeto de estudo/ensino. Devem ser abordados de forma crescente,
respeitando os níveis de ensino, as diferenças de experiências dos alunos em relação ao
conhecimento sistematizado. Estabelecendo assim uma relação mais evidente com a
expressivamente corporal, o reconhecimento do corpo e suas diferentes possibilidades de
ações.
Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física são:
− Esporte
− jogos, brincadeiras e brinquedos
− ginástica
− dança
− lutas
94
CONTEÚDOS DE FORMA SERIADA.
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeira
s
Resgate dos jogos e brincadeiras
jogos cooperativos jogos de tabuleiros
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
jogos de tabuleiros Brincadeiras e
cantigas de roda Jogos cooperativos
Esportes
Atletismo Handebol
basquetebol voleibol futsal
esportes radicais
Jogos Jogos de tabuleiro,
dramáticos e cooperativos.
Esportes
Futsal Handebol
basquetebol atletismo
Esportes
Atletismo handebol
basquetebol futsal
Dança Expressão corporal danças regionais
lateralidade Esportes
Basquetebol handebol voleibol
atletismo tênis de mesa
futsal
Ginásticas Ginástica geral
Ginástica rítmica Dança
Danças folclóricas,de rua,
criativas e circulares Expressão corporal
Jogos
Jogos e brincadeiras
populares, jogos de tabuleiro,dramáticos
e cooperativos
Ginástica Ginástica rítmica e geral
Dança Danças folclóricas, de rua e criativas
Lutas Lutas de
aproximação Capoeira
Lutas Lutas com
instrumento mediador.
Lutas capoeira
Luta Lutas de
aproximação, capoeira
Ginástica Ginástica geral Ginástica Ginástica geral,
rítmica,circense. Dança Criativas, circulares
95
METODOLOGIA
Para que ocorra a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina será necessário
uma organização da aula em três fases: proposição do que vai ser executado, execução do
que foi proposto e reflexão sobre o que foi executado.
Tanto na prática como na teoria, cabe ao professor um cuidado especial para
garantir a participação de todos, respeitando suas individualidades e limites, sejam eles
motores ou emocionais.
Através de debates ou palestras colocar os Temas Articular os conhecimentos
artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos
pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal
11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal
9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana -
Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução
07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção
ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos
Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão
abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados.
Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei
12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.
O professor apresenta a possibilidade do desenvolvimento corporal e a
construção da saúde num caráter social, físico e moral. Pretendendo abordar a relação do
corpo também com o mundo do trabalho, focando inclusive o trabalho na área esportiva,
suas dificuldades e vitórias. As atividades que contemplarão os desafios contemporâneos,
serão trabalhados conforme o andamento do PTD.
Essa construção se dará através de aulas totalmente orientadas, com teorias e
práticas trabalhadas simultaneamente, utilizando dos espaços físicos como: quadra de
esporte, refeitório, pátio da escola, laboratórios, sala de uso múltiplo e arredores da escola.
Os materiais necessários previamente providenciados (bolas, coletes, cones, tabuleiros em
geral, cordas, colchonetes, halteres, caneleiras, kit bete ombro, jogos de mesa, kit tênis de
mesa, mesa de pebolim e tênis de mesa), trabalhos em grupo e individuais, vídeos
educativos, tv pendrive, pesquisas, gincanas, debates. Sendo observado o processo
96
aprendizagem durante o ano letivo.
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
Primeiramente a avaliação deverá ser colocada a serviço da aprendizagem de
todos os alunos, de modo que envolva o conjunto das ações pedagógicas. Está vinculada ao
Projeto Político Pedagógico (PPP), com critério estabelecido de forma clara, priorizando a
qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, conforme as Diretrizes Curriculares da
Educação (DCE), o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas
também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica, sendo,
processual e cumulativa, identificando dessa forma o progresso qualitativo do aluno durante
o ano letivo.
O processo de verificação de aprendizagem será feito através de avaliações
práticas e teóricas, trabalhos escritos, pesquisas,seminários e debates.
Para recuperação da aprendizagem, serão oportunizadas atividades diferenciadas
do mesmo conteúdo e contexto, supervisionadas pelo professor e equipe pedagógica, em
época determinada pelo professor,visando a aquisição do conhecimento por parte dos
alunos que por ventura demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de
encontro com as orientações da Proposta Pedagógica Curricular ( PPC).
BIBLIOGRAFIA DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Educação Física, Secretaria do Estado de Educação, 2008. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995. BRACHT, Valter. A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. In:Cadernos Cedes, ano XIX, n. 48, agosto/99 9.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - ENSINO RELIGIOSO FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de ensino religioso deve orientar-se para apropriação dos valores
sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com
outros campos do conhecimento.
A disciplina de ensino religioso deve oferecer subsídios para que os estudantes
97
entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
sagrado.
O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades e étnico-religiosas,
para garantir o direto constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por
consequência, o direito a liberdade individual e politica. Desta forma atenderá um dos
objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da
cidadania.
O desafio mais eminente da nova abordagem do ensino religioso é. Portanto,
superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de
preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe
um modo adequado de agir e pensar de forma heteronema e excludente, ela impede o
exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de novos
valores.
A disciplina de ensino religioso deve propiciar a compreensão, comprarão e
analise das diferentes manifestações do sagrado com vistas a interpretação dos seus
múltiplos significados. Ainda, subsidiará os educandos na compreensão de conceitos
básicos no campo religioso e na forma como as sociedades são influenciadas pelas
tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na negação do Sagrado.
O Ensino Religioso, destinado para as escolas estaduais publicas do Paraná, atende a
LDBEN (9394/96), art. 33, o qual sofreu alteração em redação com a promulgação da Lei n.
9475/97, conforme segue:
“Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do
cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas publica de Educação básica
assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas
de proselitismo.
§ 1 º - Os sistemas de Ensino regulamentarão os procedimentos para definição dos
conteúdos do ensino Religioso e estabelecerão as normas para à habilitação e admissão
dos professores.
§ 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso.”
Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também, para superar a
desigualdade étnico-religiosa, e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e
expressão, conforme artigo V, inciso VI, da constituição brasileira, que por sua vez adere ao
98
Laicismo, que assegura a liberdade de expressão cultural e religiosa.
Desta forma é importante parafrasear Costella, In: DCE para o ensino religioso
(p.21):
O primeiro é atribuído à pluralidade social num estado não -confessional, Laico e
que garante por meio da constituição a Liberdade religiosa.
O Segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,
devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia da educação da
comunicação.
E terceiro fator traço característico da cultura ocidental mostra uma profunda
reviravolta nas concepções, em especial no século XIX.
Assim, o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade étnico religiosa e
garante o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. Também contribui para
que, no dia a dia da escola, o respeito a diversidade sejam construído e consolidado.
Nesse sentido faz - se necessário mudar a prática pedagógica e concepções em
torno da disciplina a qual busca superar as tradicionais aulas de religião, passando a
compreende - la como processo pedagógico cujo enfoque são “entendimento cultural sobre
o sagrado e a diversidade religiosa”. DCE (p.25).
Para atingir tais transformações são importante que o professor compreenda, que
no ambiente escolar as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas
aulas de ensino religioso, por meio dos estudos das manifestações religiosas que delas
decorrem e as constituem. O que sugere que todas as religiões podem ser tratadas como
conteúdo, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, e faz parte do
modelo de organizações de diferentes sociedades.
OBJETIVOS
Promover uma oportunidade para que os educandos se tornem capazes de
entender os movimentos específicos das diversas culturas, e que o substantivo religioso
represente um elemento de colaboração na constituição do sujeito.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa;
Universo Simbólico Religioso;
Texto sagrado.
99
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano
Organizações Religiosas;
Formas de manifestação cultural do sentimento religioso na pré-histórias, idade média,
moderna, contemporânea;
Manifestação do sagrado em espaços socioculturais específicos;
Métodos utilizados pelas diferentes tradições religiosas no relacionamento com os
transcendentes, e com o mundo;
Textos Sagrados (orais ou escritos nas diferentes culturas religiosas;
Símbolos Religiosos ( ritos, mitos, cotidiano). Arquitetura, mantras, paramentos e objetos.
7º ano
Temporalidade Sagrada: ritos festas, tradições, nascimentos, calendários;
Festas religiosas: peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas;
Ritos: passagem, mortuários, propiciatórios e outros;
Vida e morte: diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o Sagrado.
METODOLOGIA
Para atingir os objetivos da disciplina é importante, dinamizar trabalho com textos,
ilustrando com filmes, símbolos, músicas, e contextualizando com a realidade local.
Proporcionar debates, produções individuais e coletivas. As aulas serão conduzidas de
maneira desmistificadas para proporcionar análise imparcial e científica das manifestações
do sagrado em diferentes contextos históricos e culturais. Haverá diálogo mediado por
instrumentação teórica e respeito a diversidade de pensamento e comportamento dos
diversos segmentos , cultos e ritos religiosos. No decorrer das aulas, durante o período
letivo, serão abordados temas como: cultura afro e indígena, direitos da criança e do
adolescente, prevenção do uso das drogas e violência nas escolas ,além de educação
sexual e fiscal com atividades de recortes de filmes, textos ,pesquisas , trabalhos em grupos
e individuais.
AVALIAÇÃO
100
O ensino religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não
terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo da disciplina. Com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos
elementos integrantes do processo educativo na disciplina do ensino religioso. Mesmo que
não haja atribuição de notas ou conceitos que implique na reprovação ou aprovação dos
alunos, o professor deverá adotar instrumentos que identifiquem os progressos obtidos na
disciplina através de documentos escritos, desenhos, produção de textos entre outros
recursos. Espera - se que os alunos estabeleçam discussões sobre o Sagrado na
perspectiva laica, desenvolva uma cultura de respeito a diversidade religiosa e cultural e
reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo
social. No caso do Ensino Religioso proceder-se-á a partir da observação cognitiva do aluno
e sua produção oral, escrita e atitudinal, interpretação, elaboração de textos, atividades em
sala de aula e a participação nas aulas.
A recuperação será concomitante com retomadas de conteúdo sempre que
for necessário.
BIBLIOGRAFIA BIACA,Valmir et al.O sagrado no ensino religioso,SEED,2006. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Ensino Religioso, Secretaria do Estado de Educação, 2008. FIGUEIREDO, A. P. Ensino Religioso – Perspectivas Pedagógicas. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1994. OLENIKI, M. L. R; DALDEGAN, V. M. Encantar – Uma Prática Pedagógica no Ensino Religioso. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
9.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- GEOGRAFIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de
estudo da geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região,
território, natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado
pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.
Cabe à geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social
do espaço e à escola subsidiar os educandos no enriquecimento e sistematização dos
101
saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo
que os cerca. Ao professor cabe a postura investigativa e de pesquisa evitando visão
receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos educandos conhecimentos específicos da
geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as
diversas temáticas geográficas.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo
têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.
O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a
compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre as
questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço
geográfico.
Considerando que os educandos são agentes da construção do espaço, por isso,
é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade.
A Geopolítica deve possibilitar ao educando a compreensão do espaço que ele
está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os
territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de
forças sociais e políticas. É necessário que os educandos compreendam as relações de
poder que os envolvem e determinam. Considerando fundamental para os estudos
geográficos no atual período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim
remete à necessidade de espacializá-los e especificar o olhar geográfico para o mesmo.
A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade e sim compreender
que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à
problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.
É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto a sua
transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do
espaço geográfico. Não se trata apenas de questões da natureza, mas ambiente pelos
aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do
preconceito e das diferenças culturais.
Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e
culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica.
As manifestações culturais perpassam gerações, cria objetos geográficos e são
partes do espaço, registros importantes para a geografia. Deve contribuir para a
compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,
102
pessoas e modos de vida.
Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes
sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas territórios e produzem novas
territorialidades e com as relações político-econômicas que influenciam essa dinâmica.
OBJETIVOS
● Ler e interpretar criticamente o espaço;
● Compreender o estudo do espaço histórico na formação das sociedades humanas;
● Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a
partir do espaço geográfico;
● Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo
globalizado;
● Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os
processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos contemporâneos
conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na
organização e no conteúdo do espaço e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da
Geografia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objetivo de estudo da Geografia para a educação básica é o espaço geográfico.
Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos
estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os campos
de estudos da Geografia.
Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam.
A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos.
Os conteúdos Estruturantes são:
● Dimensão econômica do espaço geográfico;
● Dimensão política do espaço geográfico;
● Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
● Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de
transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a
103
ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses educandos são
agentes da construção do espaço.
Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser
considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico,
possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para
refletir sobre as questões ambientais.
Dimensão econômica do espaço geográfico
Articula-se com os demais conteúdos estruturantes, pois a apropriação da
natureza e sua transformação em produtos para o consumo humano envolvem as
sociedades em relações geopolíticas, ambientais e culturais, fortemente direcionadas por
interesses socioecômicos locais, regionais, nacionais e globais.
Dimensão política do espaço geográfico;
Engloba os interesses relativos aos territórios e as relações de poder, que os
envolvem. É o conteúdo estruturante originalmente constitutivo de um dos principais campos
do conhecimento da Geografia.
Dinâmica cultural e demográfica
A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os
estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais
contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,
pessoas e modos de vida.
Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de história e
cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em
qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.
Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental –
6º ano
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção
A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
104
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos – Geografia 7º ano
Formação do território brasileiro.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
A mobilidade populacional e a manifestação socioespacial da diversidade cultural.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.
Conteúdos Básicos – Geografia 8º ano
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
105
Os movimentos migratórios e suas motivações.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.
Conteúdos Básicos – Geografia 9º ano
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização
do espaço geográfico.
A formação, localização, exploração dos recursos naturais.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
METODOLOGIA
De acordo com as DCEs, os conteúdos estruturantes devem ser abordados de
forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria, prática e a realidade estejam interligados
em coerência com os fundamentos teórico-metodológicos.
Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se
necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-
espaciais nas diferentes escalas (local, regional e global).
Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.
No processo de construção do conhecimento e análise de categorias serão
realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos,
vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros.
Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos,
106
produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de
informações e pesquisas em diversos fontes, como recursos para a confirmação da ação
pedagógica.
Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques:
Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da
Produção do /no espaço e a Geopolítica.
Atendendo as leis nº 10,639/03 e lei nº 11,645/08 que tratam respectivamente
sobre História Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena o trabalho será voltado em levar o
educando a compreender as contribuições que ambas as culturas trouxeram a formação da
cultura do povo brasileiro e a colaboração na atual organização espacial do território
brasileiro.
O tema Meio ambiente estará constantemente presente nas atividades
pedagógicas tanto devido a dimensão socioambiental quanto a localização geográfica do
colégio, que possibilita um enriquecimento no debate sobre as questões ambientais.
A Educação Tributária e Fiscal estará atrelada ao trabalho com os conteúdos
específicos da disciplina. Sendo também a metodologia usada para trabalhar com os
Programas Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso
indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual), tais
metodologias estarão plenamente descrita no Plano de Trabalho docente do professor.
Outras leis serão trabalhadas no decorrer do ano com; Execução do Hino
Nacional – Lei 12031/09 ;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do
Idoso – Lei 10741/03; Educação para o trânsito – Lei 9503/97; Educação Alimentar e
Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 CNE/CP; Hasteamento e
execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12; História do Paraná _Lei 13181/01 e 07/06;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12
Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica
e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante
com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a
aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação
seja mais do que a definição de uma nota de um conceito. É necessário que seja contínua e
que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas no
107
processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça.
A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos
visando a contemplação das diversas formas de expressão do aluno como a leitura e
interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas ,produção de maquetes,
murais, desenhos , textos , pesquisas em diversos fontes, apresentação de sentimentos de
seminários, relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e
avaliação formal oral e escrita. Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada
conteúdo e objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de
entendimento sócio espacial.
Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações
estaremos atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do
conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua
formação social, crítica, participava e responsável.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na
aprendizagem deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade
por não ter compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive
avaliações e notas.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,1992. CHRISTOFOLETTI, A. (ORG.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,1992. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Àtica, 1986. MENDONÇA, F. Geografia socioambiental. In: Revista Terra livre, nº16. AGB Nacional, 2001, p.113. MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. Geografia Crítica – A valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. IDEOLOGIAS GEOGRAFICAS. São Paulo: Hucitec,1991 PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2006.
108
PEREIRA, R.M.F. Do A. Da Geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec,1986. 9.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - HISTÓRIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Partindo do ponto de que a História, em princípio, não pode ser considerada uma
ciência pronta e definitiva e que tem como objeto de estudo os processo históricos relativos
às ações busca o domínio das diferenças, semelhantes, transformações e permanências
das gerações passadas e que serve como base aos nossos dias atuais.
Quanto o fato histórico deixa de ser uma ação individual e os grandes eventos
políticos passam a ser compreendido através da ação coletiva. O agente social responsável
pela construção do processo histórico é o grupo, as classes sociais, o coletivo, mesmo não
percebendo com clareza a sua atuação. O tempo histórico não pode estar desvinculado do
conhecimento das formas de vida e sobrevivência dos povos.
O ensino de História pode estimular a visão crítica ao fornecer ao educando um
instrumental que auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele, também dota ao
educando de espírito participativo, qualidade que ele deve ter tanto na vida escolar quanto
familiar, mais tarde no trabalho, na administração de seu município, estado e país. Na
disciplina de História para o ensino fundamental, as dimensões da vida humana constituem
enfoques significativos para o conhecimento da História, assim os conteúdos estruturantes
para esse nível de ensino através da dimensão política, econômico-social e cultural. Serão
trabalhados para formar educandos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas
pessoas que cercam e pelo futuro que vão legar às novas gerações.
OBJETIVOS
A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos ás ações e
as relações humanas praticadas no tempo , bem como a respectiva significação atribuída
pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.
As correntes historiográficas apresentadas nas diretrizes curriculares são
estruturadas por meio da matriz disciplinar da História proposta por Rusen, segundo ele, a
aprendizagem é um das dimensões e manifestações da consciência histórica. A narrativa
histórica é a forma de apresentação desse conhecimento e se refere à comunicação entre
109
os sujeitos. Para os educandos, esta narrativa precisa ser plausível.
Através das diretrizes curriculares, as contribuições advindas das correntes da
Nova História, Nova História Cultural e Nova esquerda Inglesa, a partir da proposta de
Rusen, o professor contribui para a formação da consciência histórica nos educandos a
partir de uma racionalidade histórica não-linear e multi-temporal.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
A experiência humana no tempo.
As relações de propriedade.
História das relações da humanidade com
o trabalho
A constituição das instituições sociais.
Os sujeitos e suas relações com o outro
no tempo.
A constituição histórica do mundo
do campo e do mundo da cidade.
Trabalho e a vida em sociedade
A formação do Estado.
Relações históricas entre o campo e a
cidade.
Trabalho e as contradições da
modernidade Sujeitos, guerras e
revoluções As culturas locais e a
cultura comum.
Conflitos e resistências e
produção cultural campo/cidade
Trabalhadores e as conquistas de direito
METODOLOGIA
As aulas serão voltadas para a participação de todos os alunos procurando
desenvolver o senso crítico sobre o mundo em que vive. O trabalho pedagógico através dos
conteúdos estruturantes, porções da realidade, básicos e específicos tem a finalidade de
110
formar o pensamento histórico dos estudantes.
A grande parte do segredo de “gostar” de estudar história está na forma, na
dinâmica proposta para a aula, a partir de aula bem fundamentada em conteúdos utilizando
recursos audiovisuais, livro didático, aulas expositivas, textos complementares, jogos
didáticos, charges, debates, pesquisas, mapas históricos ,filmes e outros.
Ao trabalhar com vestígios na aula de história, é indispensável ir além dos
documentos escritos, com iconográficos, registros orais, testemunhos de história local e
documentos contemporâneos (cinema, quadrinhos, fotografia e informática).
O livro didático é um documento pedagógico popular, mas o encaminhamento
deve ser: leitura, identificar e analisar imagens, estabelecer relações de causalidade e
identificar as ideias principais e secundárias do texto.
O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que através das porções
da realidade, enriquece e inova a relação de conteúdos a serem abordados, permite uma
investigação da região e outras localidades. No decorrer das aulas será abordado os temas
que se referem a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena-Lei 11.645/08
, História do Paraná Lei 13181/03 e Deliberação07/06,Hasteamento e execução do Hino do
Paraná –instrução 13/12,Brigadas Escolares-decreto 4837/12,Violência contra a criança e o
adolescente-Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90,Educação
Ambiental-Lei federal 9795/99,Decreto4281/02 e Deliberação 04/13,Música-
Lei11769/08,Resolução 07/10 e 02/12,Educação Fiscal e Educação Tributária-
Decreto1143/99,portaria413/02,hino do Paraná-Lei 13181/01,Estatuto do Idoso-
lei10741/03,Sexualidade Humana-Lei 11733/97,Educação Alimentar e Nutricional-Lei
11947/09,Prevenção ao uso de drogas-Lei 11343/06,Educação do Trânsito –
Lei9503/97,Direitos Humanos-Resolução 01/12.
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
A avaliação da aprendizagem poderá se realizar por meio de diversos recursos,
de forma continuada e não apenas em momentos específicos. Deve ser caracterizado como
acompanhamento contínuo da aprendizagem dos educandos visando o diagnóstico do que
aprenderam e suas dificuldades.
Os elementos para avaliação acontecerão através de atividades em duplas, em
grupos, sem dispensar as individuais, orais e escritos, pesquisa, elaboração de textos,
debates e análise de filmes e outras atividades que permitam avaliar o educando.
111
Caso o educando apresente rendimento inferior ao objetivo proposto será
oportunizado uma retomada dos conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa recuperar a
meta proposta.
BIBLIOGRAFIA SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica, nova geração. SP, 2ª ed. 2002. DIVALTE, Garcia Figueira, História, série Ensino Médio, editora Ática, volume único, 2001. RODRIGUES, Joelza Ester. História em documento. FTD, São Paulo, 2009. DREGUER, Ricardo. História: cotidiano e mentalidades, atual. São Paulo, 1995. PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida, Ática. volume 4, 1989. COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. Saraiva, São Paulo, 2000. PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2008. PEDRO, Antônio, História por eixos limáticos. São Paulo, FTD, 2002. DREGUER, Ricardo. Contatos entre civilizações do séc. V ao XVI, 2ª ed. São Paulo, Atual, 2000. Internet: UOL escola, webcola, histórianet
9.7 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ENS FUND – INGLÊS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA:
O ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sofreu
constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo
da história. Neste contexto as propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender
as expectativas contemporâneas.
...aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa que afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática (Giroux, 2004).
Desta forma, esta diretriz fundamenta-se na teoria do Círculo de Bakhtin, que
concebe a língua como discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos. Para
112
Bakhtin, cada palavra transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda
enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do outro. É
no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos.
Neste sentido podemos afirmar que a Língua Inglesa é concebida como discurso, não como
estrutura ou código a ser decifrado. Constrói significados e não apenas os transmite.
Sendo assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica (DCE,2008) a Língua Estrangeira Moderna/Inglês apresenta-se como espaço para
ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos
da construção da realidade, considerando a imensa quantidade de informações que circulam
na sociedade.
Isso implica em participar dos processos sociais de construção de linguagem e de
seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido
aos textos. O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma
possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois
permite às comunidades escolares a definição a ser ensinada. Assim, ao tomar a língua
como interação verbal, como espaço de produção de sentido, o conteúdo estruturante
discurso, como prática social, a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura,
da oralidade e da escrita.
O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência
sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Segundo as
DCEs, “ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas
implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua
materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e
cognitiva.”
Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades
linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se
considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem
sua cultura e mais especificamente neste contexto escolar de “escola do campo”, como tal,
devem ser respeitadas.
Ao estudar uma Língua Estrangeira/Inglês, o aluno/sujeito aprende também como
atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do
outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará
sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.
113
Em consonância com as DCEs e o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo
de ensinar a Língua Estrangeira Moderna/Inglês na escola não é apenas linguístico, mas
ensinar e aprender uma Língua Estrangeira é também ensinar e aprender percepções de
mundo, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive.
No contexto educacional de “escola do campo” espera-se que o alunado
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social. Esta escola, e consecutivamente esta
disciplina – Inglês, tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas
para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, visto que,
esta escola encontra-se na posição de ser (quase que) o único meio de conhecimento
científico historicamente acumulado para este alunado. É na escola onde a maioria destes
estudantes tem seu primeiro contato com uma Língua Estrangeira/Inglês, tornando-se,
portanto uma oportunidade única para se aprender uma segunda língua configurando uma
perspectiva de ampliação de conhecimento. O ensino da Língua Estrangeira Moderna
amplia as possibilidades de ingresso, deste alunado, no mercado de trabalho além de
também criar novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.
OBJETIVOS Com o objetivo de resgatar o valor educativo, a função social e o respeito à
diversidade (cultural, identitária e linguística) desta disciplina, dentro do Currículo da
Educação Básica, busca uma nova concepção teórico-metodológica que corresponde a este
objetivo.
O ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um meio de
se construir sentidos, desempenha um importante papel como dos saberes essenciais, pois
permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade reconhecidamente diversa e
complexa e os insere como participantes ativos, não limitados às suas comunidades locais,
mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS:
114
Leitura ● Identificação do tema; ● Intertextualidade; ● Intencionalidade; ● Léxico; ● Coesão e coerência; ● Funções das classes gramaticais no texto; ● Elementos semânticos; ● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens); ● Marcas linguísticas: particularidade da língua,pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); ● Variedade linguística; ● Acentuação gráfica; ● Ortografia. Escrita ● Interlocultor; ● Tema do texto; ● Finalidade do texto; ● Intencionalidade do texto; ● Intertextualidade; ● Condições de produção; (informação necessária para coerência do texto)
● Léxico
● Coesão e coerência; ● Função das classes gramaticais no texto; ● Elementos semânticos; ● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens); ● Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); ● Variedade linguística; ● Ortografia; ● Acentuação gráfica.
Oralidade ● Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc; ● Adequação do discurso ao gênero; ● Turnos de fala; ● Variações linguísticas; ● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. ● Pronúncia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As atividades propostas priorizam o desenvolvimento da capacidade discursiva
aliada à construção do significado priorizando o desenvolvimento das capacidades de ouvir,
falar, escrever, interpretar situações, discutir, pensar criticamente ea ampliar possibilidades
de interação. Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o
grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, a
115
gramática em si. A leitura, as produções de textos serão através do contato com outros
textos, experiências e o conhecimento adquirido dos alunos que servirão de apoio e
ampliarão as possibilidades de expressão e interesse dos mesmos. Para tanto se organiza a
atividade didática pedagógica por meio de textos, diálogos, exercícios de descobertas de
regras e do funcionamento da língua, e descoberta de sons por meio de atividades fonéticas.
Assim o professor busca em sala de aula um espaço de desenvolvimento de atividades
significativas, usando todos os recursos didáticos possíveis como: exposição dialógica (Vice-
Versa), exposição via televisão TV-PENDRIVE, DVD de filme, documentário, clipe, etc.
Exposição de transparências via retro projetor, TV multimídia elaboração de fichamentos,
resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, utilização de
recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, DVD), a fim de que o aluno vincule o que é
estudado com a sua realidade.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História Cultura Afro-Brasileira e
Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio Ambiente (Lei nº
9.795/99 e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Direitos Humanos
(Resolução 01/12 – CNE/CEB) além dos temas como consumismo, sexualidade (Lei
11733/97), Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525 e Estatuto da Criança e
do Adolescente 8069/90), Prevenção do uso de drogas (Lei 11343/06), Estatuto do Idoso
(Lei 1074/03), Educação para o Trâansito (Lei 9503/97), Educação Alimentar e Nutricional
(Lei 11947/09) que serão abarcados nos diversos gêneros textuais que serão apresentados
e articulados em cada série. E espera-se que os alunos se apropriem de significados
construídos historicamente e que isto lhes possibilite integrar-se no mundo atual,
compreendendo a grande diversidade cultural.
AVALIAÇÃO
A avaliação procura acompanhar o desenvolvimento das atividades de forma
processual e contínua, verificando todos os passos do processo ensino- aprendizagem de
cada aluno. Trata–se de um processo que visa orientar o trabalho pedagógico, nas medidas
em que fornece a visão e o resultado das estratégias utilizadas nas aulas como mecanismo
de ensino. As atividades produzidas em sala de aula construirão diagnósticos em torno do
desempenho da turma, e do estudante em particular, procurando aperfeiçoar as técnicas
quando os objetivos não forem constatados.
Entende-se que a avaliação necessita cumprir seu verdadeiro significado,
116
assumindo a função de subsidiar a construção da aprendizagem. Partindo desse princípio, a
avaliação precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da aprendizagem
de conteúdos, uma vez que ela é parte do processo e tem como objetivo principal subsidiar
discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no
processo ensino-aprendizagem.
Nessa perspectiva o envolvimento dos alunos na construção do significado nas
práticas discursivas será a base para a organização das avaliações ao longo do processo da
aprendizagem.
Leitura
Espera-se que o aluno:
● Realize leitura compreensiva do texto;
● Identifique a ideia principal do texto;
● Identifique o conteúdo temático;
● Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
● Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
● Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
● Analise as intenções do autor;
● Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
● Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
● Amplie seu léxico e as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos
culturais.
Oralidade
Espera-se que o aluno:
● Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
● Apresente suas ideias com clareza, coerência;
● Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
● Organize a sequência de sua fala;
● Respeite os turnos de fala;
117
● Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
● Exponha seus argumentos;
● Compreenda os argumentos no discurso do outro;
● Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
● Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
Escrita
Espera-se que o aluno:
● Expresse suas ideias com clareza;
● Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
– Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
– À continuidade temática;
● Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
● Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, etc;
● Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio,etc;
● Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
● Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
atrelados aos gêneros trabalhados;
● Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Em consonância com a concepção metodológica proposta nas DCE e no PPP
desta escola a recuperação de estudos se fará na retomada de conteúdos durante o
processo de ensino e aprendizagem, permitindo assim que todos os alunos tenham
oportunidades de apropriar-se do conhecimento, por meio de metodologias diversificadas e
participativas, portanto ela estará intrinsecamente ligada ao ensino.
A recuperação de estudos será concomitante ao processo letivo, e terá por
lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de
118
avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão as vias para que o
professor perceba os conteúdos que não foram apreendidos e que serão retomados no
processo de recuperação de estudos.
BIBLIOGRAFIA
AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
______. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio – Versão preliminar – 2009. ______. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba: SEED/DEF,2008. COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001. GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, 1999. L PAIVA, V.L.M. O lugar da leitura na aula de Língua Estrangeira. Disponível em:< > LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998. PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São Paulo: Moderna, 2000. ROJO, R.H.R.; MOITA LOPES, L.P.M. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: SEB/ MEC (org.) Orientações Curriculares do Ensino Médio. 1 ed. Brasília: MEC/ seb, 2004.
9.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND - LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o
aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de
modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e
evolui consideravelmente.
119
Portanto, o professor deve assumir uma postura profissional e pessoal
diferenciada para se colocar diante desse desafio, usando metodologias inovadoras que
propiciem ao educando produzir o conhecimento necessário e indispensável para que ele
possa evoluir e participar ativamente do meio em que vive.
É no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o
estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência linguística,
garantindo, então, uma inserção ativa e crítica na sociedade. Logo, é na escola que o
educando, e mais especificamente o da escola pública, deve encontrar o espaço para as
práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes
circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar,
o educando aprende a ter voz e usufruir, com competência linguística, da palavra, numa
sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. É no processo de interação social
que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV,1999,
P.109). Isso implica dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles
“penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham
nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula Bakhtin
1999,p.108). Nesse sentido, ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que
se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o
contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados são social e
historicamente construídos.
Nessa perspectiva, o ensino aprendizagem de Língua Portuguesa visa lapidar os
conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles compreendam os
discursos que os cercam e tenham condições de interagir com tais discursos. Para isso, é
relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se
defrontam, manifestando múltiplas opiniões. Desse modo, é primordial que a escola se torne
um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o
letramento do educando, para que ele se envolva nas práticas do uso da língua, quer seja
de leitura, oralidade e escrita.
Assim, a Língua Portuguesa como fonte inesgotável de recursos tanto na
oralidade como na escrita, deve ampliar o universo do educando, tornando-o cidadão culto e
conhecedor das regras que envolvem a dinâmica da nossa língua, como objeto de estudo e
aprendizado da língua.
120
OBJETIVOS
A disciplina de Língua Portuguesa visa desenvolver saberes que permitam ao
educando interagir nas mais diversas situações de uso da língua portuguesa, bem como que
ele encare a língua como instrumento de comunicação e formação pessoal. Além disso, terá
também não só uma fonte de conhecimento, mas sobretudo um mecanismo que permite
assumir uma postura crítica diante das situações e problemas do dia a dia.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSÍCOS:
Leitura, oralidade e escrita.
Conteúdos Básicos 6ºANO
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Argumentos do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem.
ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
121
Divisão do texto em parágrafo;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no teto, pontuação,
recursos gráficos, figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, recursos semânticos.
Conteúdos Básicos 7º ANO
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem.
122
ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas, Coerência e coesão textual, função as classes gramaticalismo texto,
pontuação, recursos gráficos ( Como aspas, travessão, negrito), Figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal;
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias;
Semânticas.
Conteúdos Básicos 8º ANO
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presente no texto;
123
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos;
Semântica;
Ambiguidade;
Operadores argumentativos;
Sentido figurado;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Contexto de produção;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas, Coerência e coesão textual, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( Como aspas, travessão, negrito);
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do
texto;
Semântica;
Ambiguidade;
Operadores argumentativos;
Sentido figurado;
Expressões que denotam ironia e humor no texto;
Significado das palavras.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
124
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...,
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras)
Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias;
Elementos Semânticos;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);
Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.
Conteúdos Básicos 9º ANO
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectiva do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas travessão e negritos;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Polissemia;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
125
Conteúdo temático;
Contexto de produção;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectiva do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas travessão e negrito;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica: operadores, argumentativos, modalizadores, polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);
Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito;
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do
texto.
126
METODOLOGIA
Os professores têm o papel de promover o amadurecimento do domínio
discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que isso se efetue na prática, as
atividades propostas serão orientadas pelas práxis mencionadas abaixo:
● Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
● Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
● Inferências de informações implícitas ;
● Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos;
● Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
● Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;
● Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
● Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
● Contação de histórias;
● Narração de fatos reais ou fictícios;
● Discussão sobre o tema a ser produzido;
● Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
● Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
● Produção textual;
● Revisão textual;
● Reestruturação textual;
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de: gêneros selecionados para
leitura ou audição; textos produzidos pelos alunos; dificuldades apresentadas pela turma.
Recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos que serão utilizados: ( TV pen
drive, rádio, cd player, retroprojetor, data -show, jornais, revistas, quadro de giz...);
É mister que a escola visa à cidadania e formação total do educando, para isso é
imprescindível que determinados assuntos façam parte do cotidiano escolar, mas que não
se tornem conteúdos com fins avaliativos. Esses assuntos além de serem uma proposta de
letramento voltada à realidade do educando, permitem-lhe que seja visto como pessoa e
respeitada em sua especificidade, pois ele possui uma história de vida a qual é única. Além
disso, o educando já tem uma bagagem cultural, social e cognitiva que se utilizadas em sala
tornarão as aulas dinâmicas, desencadeando, desse modo, ações que fomentem discussões
127
e consequentemente permitirão que os educandos produzam seus próprios conhecimentos
e utilizem no seu meio em que vive.
Portanto, para o melhor exercício da cidadania, os temas serão contemplados de
forma: a resgatar valores, a cultura local e regional e a sensibilidade do educando; acabar
com preconceito e incutir a ideia de que se deve valorizar e respeitar o conhecimento dos
idosos; despertar no educando o discernimento sobre a função social do tributo, visando a
formação da consciência tributária, bem como o exercício da cidadania, direcionando-o,
então, no tocante a competência e habilidades a serem construídas; Instigar nos educandos
que todos têm direito à vida, à liberdade, à opinião, à expressão, ao trabalho e à educação,
independente de qualquer condição e sem discriminação; suscitar no educando que a
alimentação é fundamental na formação de hábitos e atitudes saudáveis; persuadir no
educando que a educação para o trânsito é uma questão de cidadania, educação e direitos
humanos. Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação
pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto
11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90);
Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99,
Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação
04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação
Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP);
Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08
e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).
No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a
história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08),
ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº
11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na
Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei
11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos
desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das
diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o
educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e
sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo
ainda mais o aspecto cultural do nosso país.
128
AVALIAÇÃO
A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional,
permitiu criar condições legais para que cada escola organizasse dentro de seu alcance os
objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação. Tais metas espelham o
anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por
medidas de não-exclusão dos educandos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas
ou pela efetivação de uma aprendizagem bem sucedida.
A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a
organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma ampla
competência básica a ser dominada por todos os educandos em um determinado período de
tempo. Possibilitando a eles um aprendizado eficiente de acordo com a série que cursou
durante certo período escolar. Sendo que a sua progressão deve acontecer de forma a
garantir o seu acesso à série seguinte com domínio de conteúdos para o seu efetivo avanço
em sua vida escolar.
No processo avaliativo serão usados instrumentos para avaliar o educando tais
como: seminários, apresentação de trabalhos, debates, trabalhos, discussões, provas,
produção textual, etc.
A recuperação de estudos será ofertada a todos (as) os (as) educandos (as),
independente dos resultados por eles (as) obtidos e que os (as) educandos (as) terão a cada
atividade realizada a oportunidade de recuperar notas e conteúdos por período trimestre,
conforme previsto por lei e determinada no Regimento Escolar.
Assim, se espera que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas no texto;
Emita opiniões a respeito do que leu;
Amplie o horizonte de expectativas;
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);
Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas;
Expresse suas ideias com clareza;
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor,
finalidade...);
Diferencie a linguagem formal da informal;
Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos
129
pronomes...
Amplie o léxico.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. DCE's - Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná. ZUIN,Poliana Bruno; REYES,Cláudia Raimundo. O Ensino da Língua Materna - Dialogando com Vygotsky, Baktin e Paulo Freire. 2012. Ideias & Letras. KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1990; PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: versão preliminar; Curitiba: 2006. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 22. ed. São Paulo: Cortez, 1996. SILVA, Tomaz T.; MOREIRA, Antônio F. (org.). Territórios Contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis, Vozes, 1995. SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
9.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS FUND- MATEMÁTICA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos
que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de
que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser
classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a
respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da
comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período
demarcou o nascimento da Matemática.
Contudo, como campo do conhecimento, a Matemática emergiu somente mais
tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios
lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as
primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação
das pessoas.
Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades
130
comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos
conhecimentos e ensino voltaram -se às atividades práticas.
O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento,
denominado de matemática de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos
estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria
das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987).
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,
construções de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido
em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que
contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino
com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos
últimos séculos.
As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX procuravam
trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das
engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das
demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas explorações,
indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática
(SCHUBRING, 2003).
Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do
século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a se
multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir
da década de 1970.
No encaminhamento metodológico é importante que o professor reflita sobre
sua concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento, levando em consideração
dois aspectos:
● pode -se conceber a Matemática como algo pronto e acabado tal como nos livros
didáticos que se encadeiam de forma linear, sequencial e sem contradições;
● pode -se conceber a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração,
de modo a levantar questionamentos, dúvidas e contradições.
A Educação Matemática é um campo de estudos que possibilita ao professor
131
balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como
atividade humana em construção.
Pela Educação Matemática, almeja -se um ensino que possibilite aos educandos
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende
-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para
que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o
desenvolvimento da sociedade.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,
para compreender e elaborar ideias. É necessário que o educando aprenda a expressar-se
verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,
diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre
outros. Compreendendo o caráter simbólico desta linguagem e valendo -se dela como
recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender
que enquanto sistema de códigos e regras, a matemática é um bem cultural que permite
comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída, e reconstruída,
influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por
meio de ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador
precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando
meios para sua superação de desafios.
OBJETIVO
A Matemática tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de habilidades
no sentido de observar e analisar regularidades matemáticas; centrado na prática
pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem o conhecimento
matemático e outras áreas do conhecimento, visando a formação global do cidadão,
mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias,
das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
132
Geometrias
Funções
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conteúdos Básicos:
Sistema de Numeração Decimal e Não Decimal.
Números Naturais;
Números Fracionários
Números Decimais.
Potenciação e Radiciação.
Múltiplos e divisores
GRANDEZAS E MEDIDAS
Conteúdos Básicos:
Medidas de comprimento
Medidas de massa
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de tempo
Medidas de ângulo
Sistema monetário.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Conteúdos Básicos:
Dados, Tabelas e gráficos
Porcentagem
GEOMETRIAS
Conteúdos Básicos:
133
Geometria Plana
Geometria Espacial.
7ºANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conteúdos Básicos:
Números inteiros
Números racionais.
Equação de 1º Grau com uma incógnita.
Inequações do 1º grau
Razão e proporção
Regra de três simples
GRANDEZAS E MEDIDAS
Conteúdos Básicos:
Medidas de ângulos
Medidas de temperatura;
GEOMETRIAS
Conteúdos Básicos:
Geometria Plana
Geometria Espacial.
Geometrias Não -Euclidianas;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Conteúdo Básico:
Pesquisa Estatísticas
Média Aritmética
Moda e Mediana
Juros simples
134
8º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conteúdos Básicos:
Números racionais
Números irracionais
Equação do 1º grau
Sistema de equação do 1º grau
Potências
Monômios e polinômios
Produtos notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Conteúdos Básicos:
Medida de comprimento;
Medida de área;
Medidas de ângulos.
Medidas de volume
GEOMETRIAS
Conteúdos Básicos:
Geometria Plana
Geometria Espacial.
Geometria Analítica;
Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Conteúdos Básicos:
Tabelas, gráficos e informação;
População e amostra.
9º ANO
135
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conteúdos Básicos:
Números reais
Propriedades da potenciação e radiciação;
Equação do 2º Grau;
Equações biquadradas;
Sistemas de equações do 2º Grau;
Inequações do 2º Grau;
Sistemas de inequações do 2º Grau;
Teorema de Pitágoras;
Regra de três composta.
Equações irracionais
GRANDEZAS E MEDIDA
Conteúdos Básicos:
Relações métricas no triângulo retângulo.
Trigonometria no Triângulo Retângulo;
FUNÇÕES
Conteúdos Básicos:
Noção intuitiva de Função Afim .
Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
Conteúdos Básicos:
Geometria Plana
Geometria Espacial.
Geometria Analítica;
Geometria Não -Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Conteúdos Básicos:
Noções de Análise Combinatória;
136
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
METODOLOGIA
Articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações
de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar
abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em áreas distintas e
sem vínculos.
Os conteúdos propostos bem como o Programa Nacional de Educação Fiscal
(Portaria 413/2002) serão abordados por meio de tendências metodológicas da Educação
Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:
● Resolução de problemas;
● Modelagem matemática;
● Mídias tecnológicas;
● etnomatemática;
● História da Matemática;
● Investigações matemáticas.
As tendências metodológicas têm grau de importância similar entre si e
complementam -se umas às outras.
Na resolução de problemas, o educando tem oportunidade de aplicar
conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão
proposta. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem
sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses
e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem a
conclusão final.
Segundo Polya (2006), as etapas da resolução de problemas são: compreender o
problema, destacar informações, dados importantes do problema para a sua resolução,
elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova
estratégia, se necessário, até chagar a uma solução aceitável.
Resolver problema é mais que uma frase; é o feito específico da inteligência é
dom específico do homem. A maior parte de nossos pensamentos conscientes está ligada a
137
problemas: quando nos satisfazemos é simples meditações ou devaneios, nossos
pensamentos estão dirigidos para um fim. Resolver problema caracteriza a natureza
humana, e para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática.
A opção metodológica do resultado de problemas, garante a elaboração de
conjecturas, a busca de regularidades a generalização de padrões e exercício da
argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do
conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão
da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da
resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação à aquilo que está sendo
estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar
hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob esta
perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução,
permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que
conduzi ao resultado.
A etonomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan
D'Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas
produzidas pelas diferentes culturas.
Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva
etnomatemática, o ensino ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo
perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em
situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na
cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e
social na qual estão inseridas.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas
vários e distintos conhecimentos e todos são importantes.
A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um
problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de
um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e
representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem
matemática como estratégia de ensino e aprendizagem oferece contribuições que vão além
da possibilidade de interação da matemática com a realidade (ALMEIDA e BRITO, 2003).
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,
138
biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas
do mundo.
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do
educando nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, encontrar
modelos matemáticos que respondam essas questões.
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico.
Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da
Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado
formas de resolução de problemas.
O uso de mídias tecnológicas existentes e em condições de produzi-las e/ou usá-
las, enquanto mídia educativa, torna o ato de estudar mais agradável e interessante. Esses
recursos podem propiciar interesse no estudo e ampliar as condições de análise no
educando. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um
aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o
pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é
um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problemas,
na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. A história
deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática.
A prática pedagógica de investigações matemáticas podem ser desencadeadas a
partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas.
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma
diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é
explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por
exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de
investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação
distintos por diferentes grupos de alunos.
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de
processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no educando a
capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando
confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a
139
formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Os Desafios
Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº
10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99,
Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13), Violência contra a criança e o adolescente(Lei nº
11525/07), Música (Lei nº 11769/08, resolução 07/10 e 02/12), Educação Fiscal e Tributária
(Decreto 1143/99, Portaria 413/02), História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação 07/06),
Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03), Sexualidade Humana (Lei 11733/97), Educação para o
Trânsito (Lei 9503/97), Prevenção ao uso de Drogas ( Lei 11343/06), Educação Alimentar e
nutricional ( Lei 11947/09), Direitos Humanos ( Resolução 01/12 – CNE/CP), Brigadas
Escolares ( Decreto 4837/12) serão abordados em diversos momentos conforme forem
pertinentes, nos conteúdos trabalhados.
Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução do
Hino Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definido.
A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos
oferecidos pela mantenedora para compor a Brigada escolar. Há previsto em calendário dias
para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente
diante de uma situação de incêndio no prédio escolar. (Decreto 4837/12).
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata -se que ela é um
recurso útil para a verificação de resultados, correção de erro, favorece a busca de
percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução
de situações-problemas, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,
mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.
Nenhuma dessas tendências metodológicas apresentadas esgota todas as
possibilidades para realizar com eficácia o processo de ensinar e aprender Matemática, por
isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre elas.
AVALIAÇÃO
As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão
sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas
têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da
aprendizagem (LUCKESI, 2002).
Com o objetivo de superar tal prática, considera- se que a avaliação deve
140
acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos
metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a
relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão
alcançada por ele.
Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de
procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as
consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na
aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para
ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao
professor a reorganização do processo de ensino.
Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao
professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que
podem exigir formas diferenciadas de atendimento alterações de várias naturezas na rotina
cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus
avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.
Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de
constante observação e registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse
registro, para que tanto o professor como o aluno, possam ter uma visão do próprio
crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as produções dos alunos e o
parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível partilhar com
eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e
dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre produto final, mas
sobre o que aconteceu no caminho percorrido.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor se o aluno:
● comunica -se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
● compreende por meio da leitura, o problema matemático;
● elabora um plano que possibilita a solução do problema;
● encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
● realiza o retrospecto da solução de um problema.
Os instrumentos avaliativos na Matemática podem ser diversos: prova escrita,
listas de exercícios debatidas em sala de aula, montagem e resolução de problemas
(desafios) do cotidiano, maquetes, trabalhos em grupos ou individuais, entre outros.
141
A recuperação de estudos é feita concomitantemente com as atividades
avaliativas, detectando na avaliação o que o educando não aprendeu e retomando o
conteúdo de forma diferenciada.
BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, L. M. W e BRITO, D.S. Modelagem matemática na sala de aula: algumas implicações para o ens. e aprendizagem da mat. Anais do XI CIAEM, Blumenal, Rs, 2003. BURIASCO, R.L.C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 12 agosto de 2010. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimental da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pró-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p. 13-44. MIGUEL, A. MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonteç: Autêntica, 2004. MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995. 218.f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdades de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993. PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e consequências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993.
142
PONTE, J. P. et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997. POLYA, G. A arte de Resolver problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos.In: Escola Técnica de Saúde Joaquim Venâncio (org). Temas de Ensino Médio: Trilhos da Identidade. 1 ed. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2004, v.1, p.65-76. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997. SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W.R. (org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p.11-45.
10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO MÉDIO
10.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENS MÉDIO - ARTE
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,
ampliando o repertório cultural do aluno à partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e
culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,
apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizada através da
percepção, da análise, da criação/produção e contextualização histórica.
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade
criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a
realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa
visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais.
No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a
linguagem.
No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte com o
conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.
OBJETIVO GERAL
Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o
143
valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa
conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio
artístico cultural presente na comunidade e região.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais
Movimentos e períodos
Tempo e espaço
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Artes Visuais - Arte Primitiva
Arte das primeiras civilizações
Arte greco-romana
Dança - conscientização corporal: corpo, tempo e espaço.
Música - Música Primitiva
ritmo, altura, intensidade, densidade.
Teatro -textos dramáticos
Personagens e ação
Artes Visuais – Colagem, assemblagem e instalação.
Dança - Improvisação coreográfica
Música – Gêneros musicais do século XX.
Teatro – Teatro Político, improvisação, teatro invisível e jogos teatrais.
Artes Visuais -Vanguardas:
Cubismo, fauvismo, dadaísmo, surrealismo, Expressionismo, abstracionismo, Pop Art, Op
Art
Dança - Dança moderna.
Música - Música Moderna
Dodecafonismo, música serial.
Teatro - Teatro Moderno
Teatro do Oprimido
144
Artes Visuais - Arte Contemporânea
Instalação
Cinema
Dança - Improvisação coreográfica
Dança
Teatro contemporâneo
Música - Música Contemporânea erudita
Sons simultâneos, harmonia vocal
Teatro - Performance
Jogos teatrais
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Artes visuais, música, teatro e dança
Arte pré-histórica Realismo
Arte no Antigo Impressionismo
Egito Expressionismo
Arte Grecoromana Fauvismo, Cubismo
Arte Précolombiana Abstracionismo, Dadaismo
Arte Oriental Construtivismo, Surrealismo
Arte Africana Op-art
Arte Medieval Pop-art
Renascimento
Neoclassicismo
Teatro pobre
Teatro do oprimido Teatro do absurdo
Musical serial
Musica eletrônica
Rap, Funk, Tecnologia
Musica
Minimalista
Arte- engajada
Hip-Hop
145
Dança moderna
Dança Contemporânea
Vanguardas
Artísticas
Arte Naif
Arte Popular
Arte brasileira
Arte Paranaense
Indústria cultural
METODOLOGIA
A prática pedagógica em Artes contemplará as Artes visuais, a dança, a
música e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a
sociedade.
Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção
artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas
interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus
modos de expressão e comunicação.
Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,
possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus
elementos constitutivos.
Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através
de atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais
utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos da interação com
o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas,
possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.
Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão
trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a
Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente
8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13
História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº
11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação
Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e
146
Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 –
CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos
conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino
do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados
conforme o calendário escolar pré-definidos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada
pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso
implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada
momento. Será valorizado a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas,
culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc.) de cada aluno, pois é
necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as atividades
desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a separá-los, observando os
trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos desenhos e outros).
O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e
criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte, reconhecendo a
ação do homem em sociedade através de produções artísticas.
No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de
todos os alunos é fator fundamental para aprendizagem em arte, área em que a marca
pessoal é fonte de criação e de desenvolvimento.
A disciplina pretende: Utilizando seminários, debates, pesquisas, provas,
produção de textos, trabalhos em grupo e individual com apresentações ,criar formas
singulares de pensamento, apreender e expandir potencialidades, perceber, analisar e
contextualizar a produção/criação artística, expressão, manifestação e comunicação por
meio das linguagens artísticas.
BIBLIOGRAFIA BARBOSA, A. M. (org) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
147
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo, Educ/Faepsp/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MARQUES, I. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006. REGO, L. M. S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
10.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - BIOLOGIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidades
de conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde a curiosidade
e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a observação dos diferentes tipos de
seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento.
Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seres
vivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentes
concepções de vida.
É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vida
sofreram a influência do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas,
políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimento da
ciência biológica e de todos os seus ramos.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino
148
Médio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas em
modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam o esforço de
entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua
diversidade de manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a reflexão
de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos naturais e a
utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente,
levando -se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.
É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade social
e o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimento
biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentos de
forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e em que época.
É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacando
os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitos
oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio
num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do significado dos conteúdos
para a formação do aluno neste nível de ensino.
OBJETIVOS
● Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para
problemas existentes e incitando à responsabilidade.
● Estimular o posicionamento consciente dos alunos dos alunos diante de situações de
seu cotidiano.
● Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e
apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem
atemporal.
● Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes para sua vida.
● Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá -las a situações
diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os conteúdos
149
biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.
Tomando por base as DCEs - Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos como tais
os seguintes:
● Organização dos seres vivos
● Mecanismos biológicos
● Biodiversidade
● Manipulação genética.
● Conforme Lei 11645/08 referente aos desafios contemporâneos faz-se necessário na
disciplina de Biologia destacar que os mesmos fazem parte dos conteúdos estruturantes e
básicos, bem como Drogas, Sexualidade, violência, Cultura Afro e Indígena.
Organização dos Seres Vivos.
Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão
geral de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os seres
vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.
Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco, ancestrais
comuns.
Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes
zoológicas e botânicas.
Mecanismos Biológicos.
Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas
orgânicos tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo
da bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de complexidade,
aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no organismo como um todo.
Biodiversidade - Ecologia.
Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão
inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de forma simbiótica
como de forma deletéria.
As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para
os processos de seleção, evolução e adaptações.
As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento
150
de reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais
precisam ser bem apropriados e entendidos como condição fundamental para a preservação
das espécies, principalmente a humana.
Manipulação Genética.
A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das
ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências não
previstas a curto e médio prazo.
Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e
eutanásia, o embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais vigentes.
CONTEÚDOS BÁSICOS
● Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
● Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
● Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
● Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
● Teorias evolutivas.
● Transmissão das características hereditárias.
● Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com
o ambiente.
● Organismos geneticamente modificados.
1º SÉRIE
1º TRIMESTRE
Introdução ao estudo da Biologia e seus ramos
Características gerais dos seres vivos:
A química das células
Ecologia: conceitos básicos, população, comunidade, ecossistema, biosfera, habitat, nicho
ecológico, componentes bióticos e abióticos.
Níveis tróficos (produtores, consumidores, decompositores, cadeia alimentar e teia
alimentar).
Fluxo de matéria e energia: pirâmides ecológicas.
151
Relações entre os seres vivos: inter e intraespecíficas.
2º TRIMESTRE
Divisão da Biosfera: noções de biomas e principais tipos de biomas brasileiros.
Dinâmicas de populações: fatores que caracterizam uma população e fatores extrínsecos;
Noções e tipos de sucessões ecológicas. - Desequilíbrios ecológicos e impacto humano na
biosfera
Origem da vida
Introdução à Citologia
Composição química dos seres vivo
Formas e constituições celulares
Medidas usadas em citologia
Observação de células(animal e vegetal)
Estruturas celulares e suas funções
3 º TRIMESTE
Metabolismo energético da célula
Núcleo e Divisão celular (mitose e meiose)
Embriologia animal
Histologia animal
2ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
Biodiversidade
Classificação dos seres vivos
Taxonomia e sistemáticas noções fundamentais;
Vírus - características e tipos de doenças.
Reino monera – características e tipos principais de doenças;
Reino protista – características, algas, filo Protozoa (características e endemias)
Reino Fungi – características, importância e liquens;
2º TRIMESTRE
Reino plantae - características fundamentais e aspectos evolutivos dos grupos Vegetais;
Noções gerais de reproduções do reino plantae – aspectos evolutivos e ciclos Reprodutivos
(haplobiontes, diplobiontes e haplodiplobiontes);
152
Algas suas características;
Briófitas - características;
Pteridófitas - características;
Gimnospermas, Angiospermas e suas características;
Morfologia externa e fisiologia da raiz, caule, folha, flor, fruto e semente.
3º TRIMESTRE
Reino animal: classificação geral
Distribuição dos animais em grupos (organização morfológica e funcional, habitat, endemias,
importância, representantes dos filos).
Filo porífera, Cnidária, Plathelmintes, Nematoda,Molusca, Arthropoda, Echinodermata,
Chordata.
Vertebrados (características morfológicas, habitat, importância e principais representantes).
Peixes ósseos e cartilaginosos.
Tetrápoda (Amphibia, Reptília, Aves, Mammalia
Anatomia e fisiologia comparada dos vertebrados (sistema tegumentário, digestório,
circulatório, excretor, nervoso e reprodutor do Chordata); Sistema cardiovascular, Sistema
urinário; Sistema nervoso e endócrino;
Sistema reprodutor;
3 o ANO
1º TRIMESTRE
Evolução humana: Os primeiros hominídeos.
Anatomia e fisiologia humana- Sistema Locomotor.
Fisiologia Humana- Sistema Nervoso
Os sentidos: Tato, Visão, Audição, Paladar e Olfato.
Fisiologia Humana: digestão e nutrição.
Respiração, Circulação e Excreção - Sistema Hormonal e Reprodução.
2º TRIMESTE
Introdução ao estudo da Genética: conceitos e histórico
Primeira Lei de Mendel : cruzamentos, probabilidades e genealogias.
Ausência de dominância.
Genes letais, codominância, alelos múltiplos. - Segunda Lei de Mendel-diibridismo,
triibridismo e poliibridismo;
Polialelia: alelos múltiplos; genes letais; sistema ABO, fator Rhesus; -Grupos sanguíneos do
153
sistema MN;
Herança do sexo: cromossomos sexuais, herança ligada ao sexo, herança restrita ao sexo,
herança influenciada pelo sexo e alguns casos de alterações cromossomiais.
Interação gênica- epistasia, herança quantitativa e pleiotropía.
3º TRIMESTRE
Linkagen e mapeamento genético.
Evolução: mecanismos evolutivos; evidências da evolução; genética das populações.
Biotecnologia: enzima de restrição, Identificação de pessoas, mapeamento dos
cromossomos; DNA recombinante e organismos transgênicos; clonagem de DNA e
organismos multicelulares; terapia gênica, vacinas gênicas.
Ecologia – conceitos
TEMAS SÓCIO EDUCACIONAIS
Segue em anexo as Leis referentes aos temas Sócio-educacionais, as quais
serão trabalhadas a medida que o conteúdo exija:
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei no 11.645/08);
Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal
n.°11525/07); Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.°1143/99 - Portaria n.°
413/02); Educação Ambiental (Lei Federal n.°9795/99 - Decreto n.° (4281/02 ); História do
Paraná. (Lei n.°13.181/01); Música (Lei n.°11769/08 );Estatuto do Idoso(Lei
10741/03):conteúdos voltados ao envelhecimento , ao respeito e a valorização do idoso, de
forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria; Educação para
o Trânsito(Lei 9503/97-Código de Trânsito Brasileiro), Brigadas Escolares ( Decreto
4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos ( somente para as estaduais) -
Instrução no 013/2012 SUED/SEED e Lei no 12.031 de 21/09/2009, Educação Alimentar e
Nutricional e Educação em Direitos humanos - Lei no 11.947 de 16/06/2009, Resolução no
01/2012 – CNE/CP Os chamados “Temas Sócio educacionais” devem passar pelo currículo
como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da
intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreender como
parte da realidade concreta e explicitar nas múltiplas determinações que produzem e
explicam os fatos sociais, tais como :Cidadania e direitos humanos: Educação Ambiental(Lei
nº 9.795/99). Educação Tributária e Fiscal (Lei 11.43/99 portaria 413/02); Enfrentamento a
154
Violência e Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei 9.970 de 17.05.2000, 11.343 de
23.08.2006), Direito das Crianças e dos Adolescente (Lei 11.525de 25.09.2007), Educação
Sexual, Gênero e Diversidade sexual, Saúde na Escola, Historia e Cultura Afro-Brasileira
(Lei nº 10639/03) e Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08). Dengue (Lei Federal – 12235 e Lei
Estadual: 17675)
Essas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos
sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de
grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades dos educando e educadores.
Os “Temas Sócio educacionais” correspondem as questões importantes, urgentes
e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos
temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua dinâmica,
dando a mesma importância das áreas convencionais, é necessário que a escola trate de
questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se vêm confrontados no seu
dia a dia.
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a
aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações
visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.
Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso
ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, mas
isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as
diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de
todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.
Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares,
trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados, negras e negros,
povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.
Bem como, assumir a continuidade das discussões étnico raciais. Para isso,
nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes coletivas, as quais
devem ser constantes, pois são de grande significado para todos os profissionais da
educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educando e educadores) e os
condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso escolar, de forma que
possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos preconceitos existentes e
155
garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações
Étnico raciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro Brasileira, Africana e
Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino
assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de
uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.
METODOLOGIA
Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim, a
uma ideia atribui valor quando ela pode ser frequentemente usada como resposta a
questões postas.
Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões
formativas, pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico bem
como a aprendizagem científica.
Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os
conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento histórico
social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano em cada
momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua interferência, neles interferiu. A
metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um
conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada
novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de outro já conhecido.
Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para demonstrar o
conhecimento adquirido ou para construir um novo . O método experimental promove a
investigação, a formulação de hipóteses, a problematização e a argumentação através de
experiências empíricas. O laboratório do CE Maria de Jesus permite a realização de
diversas atividades práticas, experimentais e investigativas, possibilitando o
desenvolvimento das habilidades descritas acima. Através de provas objetivas e subjetivas;
relatórios de práticas de laboratório de Biologia; apresentação de seminários; apresentação
de pesquisas através da Internet; relatórios de visitas em Parques ecológicos e Usinas
hidrelétricas; relatórios de Filmes afins; participação com amostras na Semana cultural,
Ações de sensibilização e divulgação sobre Saúde e Meio Ambiente. Bem como a utilização
das tecnologias e recursos didáticos: como uso da TV pendrive , Data-Show, microscópios
156
ópticos ,computadores, leitor de CD, revistas cientificas, livros didáticos; etc).
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam os conceitos
produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e os
resultados obtidos.
Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções
anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve propiciar um entendimento
sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente,
provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico social científico - tecnológico.
AVALIAÇÃO
A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias,
sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos
de aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de
conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.
A avaliação na Disciplina de Biologia, será contínua e constante, seja ela de
forma escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que
caracterize uma apreensão do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e aluno,
permite ao educador notar e perceber o desenvolvimento do conhecimento cognitivo,
apresentado pelo educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada a
capacidade cognitiva gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando apresenta
na compreensão das relações dos conhecimentos, envolvido em cada fenômeno, cada fato
ou cada ato.
Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno,
considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários,
bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele
não sistematizado, etc.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais
diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na
aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar produzir
textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de
vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em
157
consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar
o seu conhecimento.
No processo avaliativo será realizado da seguinte forma: no mínimo duas
avaliações bimestrais e atividades diversificadas como pesquisas, experiências laboratoriais,
leitura de textos de jornais e revistas, debates, produção textual, análise de filmes.
O processo de avaliação visa a julgar como e quanto dos objetivos iniciais
definidos, no plano de trabalho do professor foi cumprido. Necessariamente, deve estar
estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de
revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte do
professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados
quanto na análise do processo de aprendizado.
A avaliação é elemento integrador do processo ensino e aprendizagem, visando o
aperfeiçoamento, a confiança e naturalidade do processo, como um instrumento que
possibilita identificar avanços e dificuldades, levando a buscar caminhos para solucionar.
O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o
conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e
interpretar textos, fazendo uso das representações físicas como tabelas, gráficos, equações
sistemas de unidades, etc.
Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno foi
modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode gerar uma
discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se avalia o
quanto, como e por que o aprendizado se deu.
Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a todas
as ações do aluno, levando em conta os pressupostos teórico-metodológicos da disciplina;
deverá também ser diversificada, para contemplar as diferentes habilidades apresentadas
pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no
decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes instrumentos de
avaliação:
● Prova escrita
● Trabalhos individuais e em grupo
● Experiências
● Pesquisa bibliográfica
● Testes orais e escritos
158
● Criatividade observada nos trabalhos
● Produção nas aulas práticas
● Auto avaliação
● Debates e seminários
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Verificar assimilação de conteúdos de forma continuada e paralela através da
escrita, oralidade, observação, pratica e trabalhos que busquem a critica sobre temas
envolvidos e outros que possam estar relacionados aos mencionados em sala de aula.
Sempre que possível ouvir opiniões sobre as aulas e assuntos abordados ou
escrever opiniões próprias do assunto para que se expressem.
Finalizando o trabalho para que realmente, os alunos consigam construir os
resultados necessários da aprendizagem.
● Avaliação através de trabalhos individuais e em grupos;
● Avaliação do desempenho, interesse e participação em sala de aula;
● Apresentação de resolução de exercícios, trabalhos de pesquisa e aplicação dos
conteúdos;
● Avaliação através de provas individuais e descritivas.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
O professor deverá fazer recuperação de todos os conteúdos apresentados,
concomitantemente para os alunos que não se apropriarem desse conhecimento,
verificando-se as dúvidas e deficiências de aprendizado, procurando trabalhar os conteúdos
de uma forma diferenciada e oportunizando nova avaliação, considerando que devemos
respeitar o crescimento individual de cada aluno.
BIBLIOGRAFIA AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São Paulo Moderna, 1974 e 1990. BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002. CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. (
159
Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDES, 2001. CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossa Curitiba. Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de Educação. Curitiba, 1998. CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único. FAVORETTO, José Arnaldo. Biologia .Volume único. FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologia volume único. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico -crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de Ciências. Uma proposta de intervenção. JUNQUEIRA E CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular. LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova Geração 2002. LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3. LOPES, Sônia. Biologia. Volume único. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macro regionais da Agenda 21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar. Curitiba. 2004. PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion – Socioeducativo. Narcea, Madrid, 1991. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único. SAVIANI, D. Pedagogia histórico - crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação – SEED. 2008 BIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba SEED- PR, 2008
10.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - EDUCAÇAO FÍSICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
160
Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente
por sua constituição interdisciplinar.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve
estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana.
Deve-se considerar que a Educação Física abrange todas as áreas propiciando
uma educação voltada para a consciência crítica, oportunizando ao aluno dar novo
significado aos seus valores como cidadão.
Dessa forma espera-se que por meio da Educação Física os alunos aprendam a
reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras de crescimento coletivo, dialogando,
refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.
A Educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais,
destacando:
● A ampliação para além das abordagens centrada na motricidade
● Conteúdos que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade do aluno
● As práticas pedagógicas corporais devem primar o desenvolvimento do sujeito
unilateral
● Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo
● Integrar no processo pedagógico a formação humana do aluno
A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do
corpo, considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo
critérios para aqueles que apresentam dificuldades em realizar as atividades propostas pelo
grupo.
Pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o
diferente e sejam capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos
contextos sociais em que estão inseridos.
OBJETIVOS
Compreender a Educação Física como participação social e exercício de
cidadania, no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho,
adotando atitudes de respeito, solidariedade e cooperação e estimulando todas as formas de
manifestações e linguagem corporais, valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de
qualidade de vida e melhoria do ambiente de convívio.
161
CONTEÚDOS
1º ano 2º ano 3º ano Conteúdos
Estruturantes Conteúdos Básicos
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos
Estruturantes Conteúdos Básicos
Esportes
Futsal Atletismo Handebol Voleibol
Basquetebol
Esportes
Tênis de mesa Handebol Voleibol
Basquetebol
Esportes
Handebol voleibol
Basquetebol punhobol
Ginástica
Atividade física e qualidade de vida condicionamento
físico.
Ginástica
Ginástica artística/olímpica, condicionamento
físico.
Ginástica Alongamento
aeróbica localizada
Dança Danças do folclore
paranaense,salão e de rua.
Lutas Lutas com
aproximação, com distância, copoeira.
Lutas Jiu jitsu
taekwondo esgrima
jogos Jogos de salão,
dramáticos e cooperativos.
Dança Folclóricas, de salão e de rua.
Dança Hip hop
expressão corporal
Jogos Jogos adaptados,
de rua Jogos
Xadrez mímica
construção de brinquedos
METODOLOGIA
No decorrer dos períodos históricos, a Educação Física passou por influências de
várias correntes de pensamento e por muitas transformações que desencadearam
mudanças de comportamento e atitudes no fazer pedagógico e na aprendizagem do
educando.
No Ensino Médio os alunos já possuem a capacidade de compreensão de sua
expressividade corporal. Uma contribuição valiosa são os elementos articuladores: a
desportivização, a mídia, a saúde, o corpo, a tática e a técnica, o lazer e a diversidade que
terão o compromisso de transformar e fazer da disciplina uma prática pedagógica efetiva.
Através de debates ou palestras colocar os Temas: Articular os conhecimentos
artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos
pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal
11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal
9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana -
Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução
07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção
162
ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos
Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão
abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados.
Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei
12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.
Portanto, se faz necessária a compreensão da Educação Física como disciplina
de integração, área de conhecimento que integra o aluno às práticas corporais e forma um
cidadão capaz de entender o meio, interpretar as ações sociais e políticas e reescrever
através de seus movimentos as novas linguagens e concepções a serem apresentadas para
o mundo na atualidade. Este ser crítico precisa saber utilizar o seu corpo como instrumento
de comunicação, expressão de sentimentos de sentimentos e emoções, de lazer, de
trabalho, e também para a melhoria da saúde. É fundamental oportunizar o desenvolvimento
de suas potencialidades individuai e no coletivo para crescimento para crescimento do ser
em sua totalidade no meio escolar e na comunidade em que vive.
AVALIAÇÃO
Historicamente e termo avaliação, vem sendo discutido por professores, mestres,
e comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê mais segurança na
ampliação e na medição de desempenho e das capacidades físicas.
Primeiramente a avaliação deverá ser colocada a serviço da aprendizagem de
todos os alunos, de modo que envolva o conjunto das ações pedagógicas. Está vinculada ao
Projeto Político Pedagógico (PPP), com critério estabelecido de forma clara, priorizando a
qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, conforme as Diretrizes Curriculares da
Educação (DCE), o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas
também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica, sendo,
processual e cumulativa, identificando dessa forma o progresso qualitativo do aluno durante
o ano letivo.
O processo de verificação de aprendizagem será feito através de avaliações
práticas e teóricas, trabalhos escritos, pesquisas, seminários e debates.
Para recuperação da aprendizagem, serão oportunizadas atividades diferenciadas
do mesmo conteúdo e contexto, supervisionadas pelo professor e equipe pedagógica, em
época determinada pelo professor, visando a aquisição do conhecimento por parte dos
alunos que por ventura demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de
163
encontro com as orientações da Proposta Pedagógica Curricular ( PPC).
BIBLIOGRAFIA BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:Cortez, 1992. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de Eduação Física na escola básica? Pensar e prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Diretrizes curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba: SEED/DEM, 2008. SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
10.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FILOSOFIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e epistemológicos,
a filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender ideias fundamentais. A filosofia
gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua história, os
quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões promissoras e criativas que
desencadeiam ações e transformações. É por essa razão que eles permanecem atuais.
A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado como
significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento de ações e
transformações.
Essa linha de argumentação está na Declaração de Paris para a Filosofia,
aprovada nas jornadas internacionais, quando sublinha:
“(...) ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas (...)”.
164
Considera-se que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente
nenhuma ideia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em
verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros –
permite a cada um aprender e pensar por si mesmo (...)
Neste sentido entende-se que, pelo menos, três atitudes caracterizam o
pensamento filosófico:
Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos sagrados,
mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.
Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber
criando uma fratura entre o mundo do sujeito res cogita e o mundo da extensão res extensa.
A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando uma noção de totalidade.
O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A
racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade argumentativa.
Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental para o
desenvolvimento de pessoas capazes de se auto - determinar, de interpretar a realidade de
maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e
de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva, possibilitando a formação de
sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.
Baseado nestes apontamentos entende-se a importância do ensino de Filosofia
na Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a complexidade do
mundo contemporâneo.
OBJETIVOS
Oferecer um suporte fundamental para o desenvolvimento de pessoas capazes
de se auto determinar, de interpretar a realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar
criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e de reelaborar o saber de maneira
pessoal e construtiva, possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em
sua cidadania.
Olhar a Filosofia como uma experiência de pensar ligada à vida individual e
social, na perspectiva de sujeitos críticos, conscientes, competentes e comprometidos,
sujeitos para e com os outros.
A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de
provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da
165
investigação, da análise e da criação de conceitos. o ensino de filosofia como criação de
conceitos deve abrir espaço para que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o
vivido, a fim de que consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar
conceitos.
Essa ideia de criação de conceitos como resultado da atividade filosófica no Ensino Médio
não deve ser confundida com a perspectiva acadêmica de alta especialização, ou seja, o
que se pretende é o trabalho com o conceito na dimensão pedagógica.
- Proporcionar espaço para debates e diálogos sobre a Origem do pensamento racional,
bem como a leitura de textos clássicos da Literatura e da Filosofia, com o objetivo de
despertar a reflexão crítica e a participação cidadã.
- Propiciar um contato com a Filosofia naquilo que ela tem de específico, a partir de seus
principais problemas e autores.
- Desenvolver um aparato conceitual filosófico;
- Reelaborar conceitos;
- Problematizar situações discursivas; de argumentar filosoficamente;
- Formular raciocínio lógico, coerente e crítico; de desmistificar a realidade;
- Fazer um elo entre a teoria e a pratica, o abstrato e o empírico.
- Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, reconhecendo momentos de realização pessoal,
superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da sua existência enquanto ser
humano;
- Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem apontar uma
hierarquia de valores sem apontar uma referência, mas sim dentro do seu próprio contexto.
- Conhecer a origem e os conceitos filosóficos;
- Mostrar as principais características, os métodos, o pensamento e a influência dos
principais filósofos em todas as etapas da história da filosofia;
- Apresentar os textos clássicos da mitologia grega;
Compreender os conteúdos programáticos: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,
Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
3.1 - Mito e Filosofia:
Relação Mito e Filosofia: - Ordem e desordem; O mito e a Origem de todas as
166
coisas; O nascimento da Filosofia; A vida cotidiana na sociedade Grega; A razão filosófica e
consciência mítica e perspectiva filosófica – narrativas míticas. Atualidade do Mito e o mito
hoje.
Saber Mítico e Saber Filosófico - O deserto do Real:- Das sombras ao logos: Mito
da caverna (república, livro VII); Do senso comum ao senso filosófico; Racionalização do
mito: A questão do conhecimento; Reflexão filosófica e razão científica; Ciência e senso
comum.
O que é filosofia?- Ironia e Maiêutica: - Ironia e Filosofia;; Filosofia como exercício
da Ironia; Missão de Sócrates; Ironia na história da Filosofia; Ironia Moderna; Ironia na
Música; Ironia em Machado de Assis e Alienação e ironia.
3.2 - Teoria do Conhecimento:
A Possibilidade e o Problema do Conhecimento: - “Conhecimento” como
Justificação teórica; Teoria e prática; As fontes do conhecimento; Platão e Protágoras:
relativismo e racionalismos; Filosofia e história; Filosofia e matemática; As formas de
Conhecimento: Conhecer para transformar;
A Questão do Método - Filosofia e Método: - As Críticas de Aristóteles a Platão; A
lógica aristotélica; Descartes e as regras para bem conduzir a razão; Filosofia e Matemática;
História: o contexto de descartes;
Perspectiva do Conhecimento: - Penso, logo existo; Hume e a experiência no
processo de conhecimento; Kant e a crítica da razão; Crítica da Razão pura; Kant e o
iluminismo; Kant e a física.
O Conhecimento e a Lógica: Lógica formal, informal, proposição e os tipos de
lógica.
3.3 – Ética:
Ética e Moral - A virtude em Aristóteles e Sêneca – Ética e felicidade; A polis e a
felicidade; como atingir a felicidade; felicidade e virtude; Sêneca e a felicidade.
Pluralidade Ética: Contemporânea, Antiga, moderna e medieval, etc.
Razão, desejo e vontade relacionados à dimensão da ética e moral.
Amizade – Amizade como questão para a Ética; A amizade e a justiça; A amizade
é algo humano; O determinante da Amizade; Amizade e sociedade; O homem: animal
racional.
167
Liberdade – O que é liberdade; Liberdade: a contribuição de Guilherme de
Ockham; discussão em torno da liberdade; Liberdade: contribuição de Etienne de La Boétie;
Por que os homens entregam sua liberdade? O homem e a liberdade; Os limites da
liberdade (Brasil 1968).
Liberdade: Autonomia do sujeito e a necessidades das normas - Liberdade em
Satre – Jean-Paul Satre e a liberdade; a existência precede a essência; O homem e a
liberdade; O homem é o que ele faz e senso comum ético e a responsabilidade.
Ética e Sexualidade no mundo contemporâneo.
Ética e o problema da violência nas suas diversas formas. Como superar?
3.4 – Filosofia Política:
Em busca da essência do Político: - Preconceito contra a política e a política de
fato; O ideal político; os Gregos e a esfera pública; A democracia e o surgimento; a
importância da retórica Ateniense; vida pública e a autoridade.
Relações entre Comunidade e Poder;
Liberdade e igualdade política;
Esfera Pública e Privada;
Política e Ideologia;
Cidadania formal e/ou participativa;
A Política em Maquiavel – A questão do poder; Ética e política; Virtù e fortuna; O
Estado; Maquiavel e a história como método.
Política e Violência – O Estado como detentor do o monopólio da violência;
Origem; O contrato social; Relação entre violência e poder; Desigualdades sociais e
violência no Brasil; Direitos sociais e Violência.
A Democracia em questão – Modernidade e individualismo; A concepção liberal
de política; Propriedade privada (Loke); Concepções de liberdade em Benjamim Constant; A
representação política; Liberalismo e socialismo; A crítica de Marx ao liberalismo; Marx e o
marxismo X emancipação humana; Feuerbasch e o conceito de alienação; A essência do
cristianismo; Marx e a liberdade; republicanismo e a liberdade antes do liberalismo; A lei
como garantia da liberdade; Cidadania ativa; Orçamento participativo e a criação de um
novo espaço público.
3.5 - Filosofia da Ciência:
168
Concepção de Ciência o progresso da ciência – 0 que é ciência? Filosofia e ciência, senso
comum e ciência; O universo de Ptolomeu; Galileu e o novo espírito cientifico; Descobertas.
Ciência e Ideologia;
Ciência e Ética;
Contribuições e limites da ciência;
A questão do método Científico;
Pensar a Ciência – Filosofia da Ciência; Diferença entre ciência comum e revolucionária;
Revoluções científicas; Progresso na Ciência; As conseqüências sociais e políticas de uma
nova ciência;
Bioética – Conceito o que é; Bioética Geral, especial, clínica ou de decisão; Tendências na
Bioética; Dimensão histórica da Bioética; Aborto e a Bioética; Educação sexual.
3.6 – Estética:
Pensar a Beleza – Busca da beleza; Necessidade da estética; A estética entre os
gregos: Platão, Sócrates e Aristóteles; A estética no renascimento, no mundo Moderno,
Contemporâneo; surgimento do belo e as principais idéias dos filósofos a respeito da
Estética. Cultura da estética e o belo hoje.
Filosofia e Arte;
Estética e Sociedade;
Categorias Estéticas – feio, belo, sublime, cômico, grotesco, gosto, etc.;
A Universalidade do gosto – O mercado do gosto; Gosto como um fato social; o
Juízo do gosto na Filosofia, na arte; David Hume, Kant o que pensam sobre o belo;
Universalização e exigência do gosto e do belo; Belo clássico; Materialismo histórico.
A Arte – A necessidade da Arte; Arte e sociedade; pensamento de Karl Mannheim
e Ernst Fischer; Hegel e o espírito absoluto; A arte e a manifestação do espírito; As diversas
formas de arte para Hegel;
Orientações Importantes: Além desses conteúdos – procura-se dar uma visão de
toda a filosofia, suas correntes, pensamentos, os principais filósofos, seus métodos, teorias
e ideias, bem como Questões temáticas atuais, para que o educando possa chegar ao final
de cada etapa consciente de ter obtido uma filosofia de qualidade. Serão contemplados os
conteúdos básicos referente aos desafios contemporâneos dentro de cada conteúdo
estruturante.
Os conteúdos acima serão todos abordados, porém, cada série terá seus
169
conteúdos Estruturantes, seus conteúdos Básicos, Objetivos, Metodologia e Avaliação
correspondente. Em cada Escola, procura-se adequar os planos de trabalho docente de
acordo com a proposta curricular de sua disciplina. Conforme a grade escolar algumas
turmas deverão adaptar os seus conteúdos para que possa contemplar no final do ensino
médio os conteúdos propostos pela disciplina. A proposta dos três anos do Ensino Médio
relativo aos conteúdos Estruturantes: 1ª Série: Mito e Filosofia; Teoria do conhecimento. 2ª
Série Ética e Filosofia Política. 3ª Série: Filosofia da Ciência e Estética.
METODOLOGIA
A abordagem teórica metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para
o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá
dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte,
história, cultura – a fim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes e seus
conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os
textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Quanto à metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos aqui a sugestão de
Deleuze e Guattari; o método consistirá:
Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto; para tanto serão
utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que possam vir a ser
utilizados; Só pensamos quando somos instigados a isso por problemas. Pensar é uma
necessidade vital motivada pelos problemas; portanto, não basta que o professor apresente
aos estudantes problemas artificiais, mas sim que sejam vividos pelos alunos. Através da
sensibilização acima proposta o aluno possa fazer o movimento do pensamento e assim
possa despertar o interesse por um determinado tema. Em outras palavras iluminação com
recursos gerais.
PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema,
evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme, quadro, livro, etc.
Também na problematização se verifica o conceito importante envolvidos no problema;
Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais elementos a classe e cada
educando terão para produzir sua própria experiência de pensamento.
Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a cabo
uma INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses problemas. Aqui
o professor faz uso da história da filosofia, recorrendo a filósofos que em sua época e em
170
seu contexto pensaram sobre o tema que está sendo abordado. A história da filosofia e os
filósofos, tomados como ferramentas para compreender melhor aquele tema ou problema
que está sendo investigado, ganham um sentido e um significado especial, não sendo
apenas mais um conteúdo a ser abordado simplesmente.
Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a formulação
e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto lógico e metodologicamente
estruturado.
Esta etapa também chamada de CONCEITUAÇÃO consiste no exercício da
experiência filosófica propriamente dita. O Educando recria os conceitos estudando,
refazendo ele mesmo o pensamento que levou à sua criação, desde o problema inicial, ou
ainda ele é estimulado a criar um novo conceito, que ofereça uma outra forma de equacionar
o problema enfrentado. Concluindo: É esse tipo de autonomia e liberdade de pensamento
que as aulas de filosofia no ensino médio de modo especial nestes primeiros anos podem
oportunizar os estudantes ao entendimento e o gosto em filosofar, formando assim jovens
conscientes.
Além destas quatro dimensões será utilizada recursos didático-pedagógicos e
tecnológicos como uma forma metodológica que contemple todo o processo filosófico de
uma forma coerente: Será utilizado o livro didático Iniciação à Filosofia de autoria da filósofa
Marilena Cauí, pois, o mesmo é completo, prático, objetivo e conteúdo são básicos e
fundamentais. A metodologia utilizada será constituída também de aulas expositivas, leitura,
análise e interpretação de textos clássicos, Laboratório informática, Pesquisas, trabalho
individuais em grupo, apresentações; será utilizada também a música, CD, DVD, TV - Rádio,
poesia, xérox, livros de referência Projeto e Pesquisas, Tv pen-drive, jornais, revistas,
quadro de giz. Neste processo metodológico contemplarei todos estes aspectos e estarei
aberto a novas propostas seja dos alunos, Equipe Pedagógica, Ensino e Direção.
Enquanto conhecimento do mundo que cerca o educando o conteúdo deverá ser proposto a partir
do cotidiano escolar em sua miscigenação e diversidade. Para tal serão abordadas temáticas como o respeito
ao indivíduo como um todo sem raça credo ou posição política. Serão incorporados textos e pesquisa sobra a
história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08), ao Meio Ambiente (
Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11.525/07), sobretudo quando o assunto
estiver relacionado a ética. A Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99 – Portaria nº 413/02), será
incorporada em forma de texto e discussões em Filosofia Política. Serão também trabalhados Lei 11645/08 -
que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura Indígena; Serão trabalhados ainda - História do Paraná.
( Lei 13181/01); obrigatoriedade do ensino da Música (Lei 11769/08); execução do hino nacional (Lei
12031/09); Estatuto do idoso (Lei 10741/03); Sexualidade humana (Lei 11733/97); Hasteamento e execução do
171
hino do Paraná – instrução 13/12; Resolução 01/12 – CNE/CP; Educação para o transito (Lei 9503/97);
Prevenção ao uso de drogas (Lei 11343/06); Educação alimentar e nutricional (Lei 11947/09); e Brigadas
escolares – Decreto 4837/12.
Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também observa a idade em
que os alunos estão sendo inseridos para então definir o encaminhamento metodológico.
A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se
caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade. Corresponde ao
período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas, cognitivas, sociais e afetivas. As
mudanças sofridas pelo adolescente têm consequências ao nível do seu relacionamento
interpessoal, familiar, escolar e social.
Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam
sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua
sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica que ele
chamava de operações formais.
Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de
autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no período da
adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente incutido. O jovem que teve
a oportunidade de ter uma referência de autoridade positiva na infância tem mais facilidade
em integrar-se socialmente, ou seja, em acatar as regras necessárias para viver em
sociedade.
Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades da
idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e necessidades,
favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na melhora do processo
ensino aprendizagem.
Temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola;
Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual Gênero e Diversidade Sexual. Os
temas serão motivo de pesquisa e projetos desenvolvidos nas atividades escolares como
forma de conscientização e valorização das diferenças existentes em nosso meio,
abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o nosso educando entenda que por trás
das diferenças existe um ser humano com seus valores e sua concepção de vida, que faz
dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo ainda mais o aspecto cultural do
nosso país.
AVALIAÇÃO
172
Na complexidade do mundo contemporânea com suas múltiplas particularidades
e especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar os
conteúdos básicos do conteúdo estruturante diversos elaborando respostas aos problemas
suscitados e investigados. Com a problematização e investigação o estudante desenvolverá
a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quanto
toma posição e de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá
condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode
ser avaliado pelo próprio estudante e professor.
A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem finalidade em
si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no
processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores
estudantes e a própria instituição de ensino está construindo coletivamente. Sendo assim,
apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se
resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história
da filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade
de tratar deste ou daquele tema. A avaliação será harmônica com a metodologia de
trabalho, contínua e dar-se-á por meio da participação nas atividades e em grupo,
apresentações de seminários, testes escritos e orais, relatórios, auto-avaliações, elaboração
de textos filosóficos, pesquisas Laboratório informática levando em conta a capacidade de
leitura e interpretação, assim como a produção e o desenvolvimento de conceitos na ação
educacional. Portanto, a avaliação estará presente em todos os momentos no processo
ensino-aprendizagem, como processo contínuo, gradual e permanente que representa um
instrumento, eficiente, eficaz, prático, possibilitando democratizar e auto avaliar os
conteúdos educacionais, pois, deverá ser levando em conta a participação em todos os seus
aspectos.
RECUPERAÇÃO
A recuperação será feita após a retomada de conteúdos que não foram
apropriados pelos alunos. Mesmo que os alunos tenham atingido a média, será feita
retomada de conteúdos. Será oportunizado ao aluno a recuperação de 100% do valor
avaliado.
A recuperação tem por objetivo retomar o conteúdo e elevar o nível de
173
compreensão dos textos para o além da nota em si. Assim, quando da retomada dos textos
tal avaliação já se dá quantificada no teor das discussões e enquanto quantificada na
totalidade da nota recebida. Caso não haja qualificação consequentemente a quantificação
será prejudicada podendo o aluno ser classificado enquanto indivíduo que não adquiriu
determinado conhecimento. Contudo, em filosofia, mesmo que o aluno não seja capaz de
produzir “conhecimento quantificado e não é esse o objetivo da filosofia no ensino médio”, o
mesmo poderá ao menos se fazer valer da transformação individual em nível de
comportamento humano em uma sociedade participativa dentro de uma moral, dita
habermasiana.
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Mito
Filosofia
Teoria do Conhecimento
CONTEÚDOS BÁSICOS
O mito e a origem de todas as coisas.
Saber mítico.
Relação Mito e Filosofia.
O que é filosofia.
Diferença entre o filosofar e o aprender filosofia.
Para que Filosofia?
O Problema do Conhecimento.
Possibilidades de conhecimentos.
As formas e perspectivas do conhecimento.
O Problema da verdade.
Conhecimento e lógica.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS.
O ensino da Filosofia.
O que é um mito.
174
Racionalização do Mito.
Alegoria da Caverna de Platão.
Mito e filosofia.
Diferença entre filosofia e Mito.
Funções do mito.
Deuses gregos.
Mito Hoje.
Atitudes filosóficas.
O nascimento da filosofia.
Principais características da filosofia nascente.
O conceito e a utilização da razão em filosofia.
Filosofia e os autores Gregos.
O despertar filosófico na história do homem atual.
Campos de investigação da Filosofia
A atividade racional
Um problema chamado conhecimento.
As fontes do conhecimento.
Sujeito e Objeto.
A Verdade.
Nascimento da lógica.
Elementos da lógica.
O conhecimento como justificativa teórica;
Racionalismo e Relativismo;
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Ética
Filosofia Política.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ética e moral.
Pluralidade ética.
175
Consciência Moral.
Razão, desejo e vontade.
Liberdade.
A ética Aristótelica.
A ética Kantiana.
Concepções éticas.
Relação entre comunidade e poder.
Isonomia.
Política e Ideologia.
Esfera pública e privada.
Cidadania formal e participativa.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Moral e ética.
Os valores.
Juízos de fato e valor.
Responsabilidade.
Caráter pessoal e moral.
Estrutura do ato moral.
A moral na historia.
Virtude.
História e virtude.
Ética e felicidade;
Estrutura híbrida;
Apriorismo;
Vontade.
Liberdade.
A tipologia das três formas de poder.
O ideal político.
Pensamento político em Platão e Aristóteles.
As formas de governo.
Maquiavel.
Estado e natureza, contrato social, Estado civil.
176
Liberalismo: Francês e inglês
Autonomia dos poderes (Montesquieu)
A concepção de Estado (Hegel)
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Estética.
Filosofia da ciência.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Natureza da Arte.
Filosofia e arte.
Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, trágico, cômico, grotesco, gosto,
etc.
Estética e sociedade.
A evolução dos paradigmas epistemológicos.
A questão da ciência e a crítica ao positivismo.
O problema da relação entre ciência e técnica: a racionalidade instrumental.
Ciência, técnica e tecnologia.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Estética: conceito vulgar, em arte e em filosofia.
O que é belo?
A imaginação.
Funções da arte.
Concepções estéticas.
O senso comum.
Características do senso comum.
A técnica.
A atitude cientifica.
As três principais concepções da ciência.
O conhecimento cientifico.
177
Filosofia e Ciência.
Método Cientifico.
BIBLIOGRAFIA
ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe, grego-português. Tradução Antonio C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998. ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 2000. CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único. São Paulo: Ática, 2010. BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans). HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (col. Os Pensadores). KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução, apresentação e notas de Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de Lisboa, 1985. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005. PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores). MARÇAL, JAIRO- org. Antologia de textos filosóficos,736 p.- Curitiba, Seed- PR, 2009.
10.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A ciência surge em função da necessidade do ser humano em decifrar o universo
que o rodeia, e pela necessidade da resolução dos problemas que surgem em determinados
períodos da sua trajetória vivencial.
Como ciência, a Física é histórica e busca uma visão do universo em que
vivemos, procurando expressar através de modelos, conceitos e definições, amparando-se
178
em teorias aceitas por uma comunidade científica, mediante rigorosos processos de
validação. As teorias depois de validadas tornam-se leis universais que possibilitam a
estabelecer um conhecimento definitivo sobre um determinado fenômeno.
Sendo a ciência que estuda os fenômenos naturais, e como a natureza está em
constante evolução, essa ciência não tem caráter estagnado e definitivo, e acompanha as
transformações do pensamento humano, evoluindo através de novas tecnologias e teorias
científicas. Sua evolução não ocorre apenas no âmbito científico, abrange também um
caráter filosófico, pois possibilita questionar as “verdades” ou dogmas instituídos pelo
conhecimento empírico.
A Física corresponde a um conjunto de conhecimentos estruturados,
sistematizados, reconhecidos pela sociedade em geral e, especialmente, pela comunidade
científica. O ensino da Física, no Ensino Médio, deve contribuir para a formação de uma
cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e
processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza,
como parte da própria natureza em transformação. É fundamental apresentar uma física
com a qual o aluno possa perceber seu significado no momento em que aprende, não num
momento posterior do aprendizado. O conhecimento deve ser voltado a fenômenos
significativos com utilização do saber adquirido.
O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar as notícias
científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está sendo tratado e
promovendo meios para a interpretação de seus significados. A física contemporânea deve
apresentar-se em forma culturalmente significativa e contextualizada, transcendendo
naturalmente os domínios disciplinares escritos.
É fundamental ressaltarmos a importância de levar em conta os conhecimentos já
adquiridos pelos alunos, suas concepções acerca do mundo em que vivem. A interação
entre professor-aluno, o diálogo entre aluno-professor-ciência é indispensável na construção
do conhecimento pelo próprio aluno.
Enfim, a aprendizagem deve ser considerada uma produção cultural, que irá
transformar o cidadão, propiciando ao educando uma visão científica e crítica da realidade e
das tecnologias em que ele interage, libertando o educando das vendas do universo
empírico.
JUSTIFICATIVA
179
O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive,
explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este
aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração, observação, confronto,
dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste processo o
aluno apropriar-se-á da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela física,
utilizando-a para sua comunicação oral e escrita.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse
conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea.
Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a articulação
de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do
que nosso entorno material imediato, capaz, portanto, de transcender nossos limites de
tempo e espaço.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como
conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de
desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma abrangente.
Não se pode negar, aos estudantes, condições para que contemplem a beleza, a
elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por meio do
modelo de Newton, em que a força aparece variando com o inverso do quadrado da
distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder
perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar
alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma concepção
de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou, movido pela
necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.
Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio assume o
caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do Paraná
constroem essas orientações curriculares, ressaltando a importância de um enfoque
conceitual que não leve em conta apenas a equação matemática, mas que considere o
pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana
com significado histórico e social.
Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam
capazes de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é
importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da
Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas
180
decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção
histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.
OBJETIVOS:
A Física sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos naturais
deve preconizar os seguintes objetivos:
● Trabalhar a Física além da matemática aplicada, pois esta é uma linguagem e não um
fim, construindo os conceitos físicos através da compreensão do universo, sua evolução,
suas transformações e as interações que nele se apresentam.
● Saber matemática não pode ser um pré-requisito para ensinar Física , ainda que a
linguagem matemática seja uma ferramenta para a Física. Entendemos que precisamos
permitir aos estudantes de Física que se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos
aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.
● Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas
experiências de vida em seu contexto social e que na escola, se fazem presentes no
momento em que se inicia o processo. Enfatizando, particularmente, as concepções
alternativas apresentadas pelos estudantes, a respeito de alguns conceitos, as quais
acabam por influenciar a aprendizagem desses conceitos do ponto de vista científico.
● Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos,
enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.
● Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a Física
como ciência em processo de construção.
● Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, por
proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos, contribuindo
para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes, dentro de um contexto especial
que é a escola.
● Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que possibilite a
formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até
suas implicações históricas.
● Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a
interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, especialmente na questão de meio
ambiente, pois é uma das situações impostas neste trabalho, situando e dimensionando a
interação do ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em
181
transformação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Os três conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E ELETROMAGNETISMO)
foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos de estudo da Física que, a
partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam garantir os objetivos de estudo
da disciplina da forma mais abrangente possível.
182
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Momentum e inércia Conservação e quantidade de movimentos (momentum) Variação da quantidade de movimento = Impulso 2a Lei de Newton 3a Lei de Newton e condições de equilíbrio
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se: • O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época; • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos • o reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, consideram-se prioritários os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois se entende que, para ensinar uma teoria a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições vice-versa; presentes na teoria e sua linguagem presentes na teoria e sua linguagem. • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • o contexto social dos estudantes, seu
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade. Espera-se que o estudante: • formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente; • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da Incerteza); • perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória; • compreenda o conceito de massa (nas translações) encontrados; como uma construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação); • compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação). Ou seja, que a diminuição do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da velocidade de um
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cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano; • as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores. Propõe-se uma discussão em conjunto com o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecânica, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a • textos de divulgação científica,
objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia; • entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes o referencial e de natureza vetorial; • perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear • compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais; • perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais; • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1a lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável. • reconheça e represente as forças de ação e reação física clássica; nas mais diferentes situações. literários, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere: • o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada
Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos
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Energia e o Princípio da Conservação da energia
época . • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os da obstáculos epistemológicos encontrados; • o campo teórico da Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • textos de divulgação científica, literários, etc • o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações.
externos à Física. Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele: • conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, potencial gravitacional; • perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia; • compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.
Gravitação Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere: • O contexto histórico-social, discutindo a
Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos
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construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada. • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica; a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • Textos de divulgação científica, literários, etc; • O modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.
celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e época movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até Newton. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele. • Associe a gravitação com as leis de Kepler; • Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista clássico. • Compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - TERMODINÂMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Leis da Termodinâmica Lei zero da Termodinâmica 1a Lei da Termodinâmica 2a Lei da
A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar: • o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana sujeita ao contexto de cada época;
Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: • compreenda a Teoria Cinética dos Gases com um modelo
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Termodinâmica • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos: conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera se prioritário os conceitos e ideias fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • Utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e ideias • Textos de divulgação científica, literários, etc.
construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das ideias na termodinâmica; • Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas; • Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; • Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a importância para a Revolução Industrial a partido entendimento do • Associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor. • Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente; • Identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia; • Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE - ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICO CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas. Força eletromagnética Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar: • O contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época; • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • O reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações; • Textos de divulgação científica, literários, etc; • Experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.
Espera-se que o estudante • Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam. • Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga. • Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e contribuem para aproximar mediador da interação entre cargas; • Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia os obstáculos epistemológicos carga e o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais; • Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; • Conheça as propriedades elétricas dos materiais, • Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • Conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • Entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; • Reconheça as interações elétricas como as responsáveis
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pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica; • Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. • Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico; • Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação de energia elétrica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
A natureza da luz e suas propriedades
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar: • que o estudo da ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânicas, pois no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato. • o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes
A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quanta). Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele • entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; • conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria; • entenda os processos de desvio da luz, a refração que
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de cada época; • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações; • textos de divulgação científica, literários, etc; • experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.
pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio; • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorsão da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco- íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron.
190
Para 1ª Série
CONTEÚDOS GERAIS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Introdução ao estudo da Física 1. Evolução da Física 2. Partes da Física
2. Sistemas de Medidas 2.1 O Sistema Internacional de Unidades 2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de tempo
3. Cinemática Escalar 3.1 Conceitos básicos 3.2 Deslocamento escalar 3.3 Velocidade escalar média 3.4 Emprego do conhecimento físico e das fórmulas na resolução de problemas
4. Movimento Retilíneo Uniforme 4.1 Função Horária 4.2 Encontro entre dois carros 4.3 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas
5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado
5.1 Aceleração 5.2 Funções Horárias 5.3 Equação de Torricelli 5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas 5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na resolução de problemas 5.6 Queda livre
6. Lançamento Oblíquo e Horizontal
6.1 Características do lançamento 6.2 Equações dos lançamentos 6.3 Alcance máximo e trajetórias reais
7. Gravitação Universal 7.1 Campo Gravitacional 7.2 Leis de Kepler 7.3 Intensidade do campo gravitacional
8. Força 8.1 Conceito de Força 8.2 Componentes perpendiculares de uma Força 8.3 Força resultante
9.Massa e Peso 9.1 Diferenças entre massa e peso 9.2 Cálculo do peso de um corpo
10. Leis de Newton 10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ªLei de Newton 10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton. 10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton 10.4 Aplicações das leis de Newton.
11. Movimento Circular Uniforme 11.1 determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU 11.2 Apresentar as grandezas período, frequência e velocidade angular.
191
11.3 Relações entre essas grandezas. 11.4 Aplicações do MCU
12. Energia e trabalho 12.1 Energia mecânica 12.2 Trabalho de uma força constante e variável 12.3 Trabalho do peso e da força elástica 12.4 Conservação da energia mecânica; 12.5 Potência e Rendimento; 12.6 Quantidade de movimento e impulso; 12.7 Conservação da quantidade de movimento; 12.8 Colisão frontal.
13. Hidrostática
13.1 Densidade de um corpo 13.2 Pressão média 13.3 Pressão atmosférica 13.4 Teorema de Stevin 13.5 Experiência de Torricelli Princípio de Arquimedes
Para 2ª Série
14. Termometria
14.1 Conceitos básicos 14.2 Equilíbrio térmico 14.3 Escalas de temperatura 14.4 Conversão de temperaturas 14.5 Relação entre as escalas
15. Dilatação dos sólidos
15.1 Dilatação linear 15.2 Dilatação superficial 15.3 Dilatação Volumétrica
16. Calorimetria
16.1 Relação entre calor, temperatura e energia 16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais 16.3 Princípio das trocas de calor 16.4 Mudanças de fase 16.5 Calor latente 16.6 Diagrama de fases 16.7 Cálculo das calorias nos alimentos 16.8 Transmissão de calor
17. Estudo dos gases Termodinâmica
17.1 Mudanças de estado físico 17.2 Transformações gasosas 17.3 Equação de Clapeyron 17.4 Leis da termodinâmica 17.5 Aplicação das leis da termodinâmica
18. Óptica geométrica
18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica 18.2 Princípios da Óptica geométrica 18.3 Eclipses do sol e da lua 18.4 Espelhos planos e esféricos 18.5 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção 18.6 Construção das imagens nos espelhos
192
18.7 Óptica da visão – partes do olho 18.8 Defeitos e doenças da visão
19. Ondulatória
19.1 Introdução ao estudo das ondas 19.2 Velocidade de propagação das ondas 19.3 Fenômenos ondulatórios 19.4 Ondas estacionários
Para 3ª Série
20. Acústica
20.1 Velocidade de propagação do som 20.2 Qualidade do som 20.3 Fenômenos sonoros 20.4 Efeito Doppler 20.5 Tubos sonoros
21. Eletricidade
21.1 Princípios da eletricidade 21.2 Processos de eletrização 21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb 21.4 Vetor campo elétrico e Potencial Elétrico 21.5 Energia potencial eletrostática 21.6 Capacitância ou capacidade Elétrica 21.7 Corrente elétrica e seus efeitos 21.8 Intensidade da corrente elétrica 21.9 Resistência elétrica e Leis de Ohm 21.10 Associação de resistores 21.11 Potência elétrica e energia elétrica 21.12 Geradores e receptores 21.13 Circuitos elétricos
22. Eletromagnetismo
22.1 Imãs – conceituação e propriedades 22.2 Princípios do magnetismo 22.3. Noções de geomagnetismo 22.4 Vetor indução magnética 22.5 Força Magnética
METODOLOGIA O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar
problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar
procedimentos simples mas que exijam a participação efetiva do aluno.
O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo
maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com
qualidade na dinâmica social em que está inserido.
O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição quantitativa dos
fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos que o “quantitativo” não
pode ser entendido simplesmente como e repasse ao aluno de fórmulas prontas, com o
devido treino para a resolução de questões numéricas.
193
A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o aluno
a reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico mais
interessante e compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura das
concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um
paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das ideias e suas relações
econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da realidade
transformando a física em algo compreensível, iniciando uma ruptura, com uma metodologia
própria do senso comum, fazendo a ponte entre as ideias espontâneas e o conhecimento
científico.
O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento prévio
do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico.
Sendo o objetivo principal entre professores e estudantes compartilhar a busca
da aprendizagem que ocorre na interação com o conhecimento prévio do sujeito e,
simultaneamente, adicionam, diferenciam, interam, modificam e enriquecem o saber já
existente.
Para melhor contextualização dos conteúdos serão proporcionados aos alunos,
cabe ao professor, propiciar ao aluno a apropriação do respectivo conteúdo através de
exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos, demonstrações, seminários,
palestras, textos interdisciplinares, estudo dirigido e aulas práticas em laboratórios,
utilizando-se, quando possível, dos recursos tecnológicos disponíveis.
Durante todo o ano estarão contemplados os chamados “Programas
Socioeducacionais” devem passar pelo currículo como condições de compreensão do
conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na
disciplina, isto significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas
múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena abrangendo toda a Educação para as Relações
Etnicorraciais ( Lei n.º11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei nº 11.343, de
23/08/06) e, Sexualidade Humana - Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento à
Violência contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal
nº 11525/07); Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741 de 1/10/03; Educação Alimentar e
Nutricional e Educação para a Cidadania e Direitos Humanos (Lei nº 11947 de 16/06/2009,
Resolução nº 01/2012 – CNE/CP, Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99 – Decreto nº
4281/02); Educação Fiscal e Tributária (Decreto nº 1.143/99 – Portaria nº 413/02);
194
Educação para o trânsito – Lei nº 9.503 de 23/09/97 – Código de Trânsito Brasileiro);
História do Paraná (Lei nº 13.181/01); Música (Lei nº 11769/08); Brigadas Escolares
(Decreto 4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos (Instrução nº
013/2012 SUED/SEED e Lei nº 12031 de 21/09/2009); Serão trabalhados durante os 3
bimestres, integrando-se aos conteúdos básicos.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos
sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de
grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.
Os Temas dos Programas Socioeducacionais correspondem a questões
importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto
articulado e aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua
complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais,
sendo necessário que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e
com os quais se veem confrontados no seu dia a dia.
AVALIAÇÃO
Dentro do processo de ensino–aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de
novo, adquirir o que perdeu, e não pode ser entendido como um processo unilateral,
lembremos que a LDB – Lei 9394/96 – recoloca o assunto na letra “e” do inciso V do art. 24
– “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,
para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de
ensino em seus regimentos”.
O Plano de Trabalho Docente de Física está fundamentado na LDB, no PPP, na
PPC e no RE desta escola, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar o aluno e
nosso trabalho docente, isto é, a recuperação de estudos/avaliação/recuperação paralela
que se dará de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
É através da avaliação que se proporciona aos alunos oportunidades diferentes
para aprender e aos professores, coleta de dados sobre as dificuldades na relação ensino–
aprendizagem. Assim, nesse processo, se fará o uso da observação sistemática a fim de
diagnosticar as dificuldades dos alunos e oportunizar momentos diferenciados para que eles
195
possam expressar seu conhecimento e crescimento.
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua
vivência, de modo a relaciona-las com os novos conhecimentos bordados nas aulas de
Física. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do
exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem. (Diretrizes
Curriculares da Educação Básica – Física)
Quadro Negro
● Calculadora
● Apostila
● TV
● Pen drive
● Cartazes
● Jornais, folhetos e revistas
● Material concreto (embalagens recicláveis)
● Prova escrita
● Trabalhos individuais e em grupo
● Experiências
● Pesquisa bibliográfica
● Testes orais e escritos
● Criatividade observada nos trabalhos
● Produção nas aulas práticas
● Autoavaliação
● Debates e seminários
● Recuperação de conteúdos e notas bimestralmente, avaliações escritas.
BIBLIOGRAFIA
ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004, p. 3. BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96. BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
196
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da Natureza, atemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002. KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED/ DEF, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006.
10.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- GEOGRAFIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de
estudo da Geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região,
território, natureza, sociedade, entre outros; O espaço geográfico é produzido e apropriado
pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.
Cabe à Geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social
do espaço, e a escola subsidiar os educando no enriquecimento e sistematização dos
saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo
que os cerca. Ao professor cabe a postura investigatória e de pesquisa evitando visão
receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos educandos conteúdos específicos da
Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as
diversas temáticas geográficas.
A relevância da Geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo
têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.
O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a
compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista, para que reflita sobre as
questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço
geográfico. Considerando que os educando são agentes da construção do espaço, por isso,
é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade.
A Geopolítica deve possibilitar ao educando a compreensão do espaço em que
está inserido, a partir do entendimento da construção e das relações estabelecidas entre os
territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de força
197
sociais e políticas. É necessário que os educandos compreendam as relações de poder que
os envolvem e determinam. Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual
período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de
espacializá-lo e especificar o olhar geográfico para o mesmo.
A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim,
compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos
à problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.
É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua
transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do
espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos
aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do
preconceito e das diferenças culturais.
Permite a análise do espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e
culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As
manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e são parte do
espaço, registros importante para a Geografia.
Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de
informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modo de vida.
Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes
sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem
novas territorialidades e com as relações político-econômicas que influenciam essa
dinâmica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço
geográfico.
Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos
estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os campos
de estudo da Geografia.
Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se se separam.
A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos.
198
Os Conteúdos Específicos são:
● Dimensão econômica da produção do/no espaço;
● Dimensão Geopolítica;
● Dimensão socioambiental
● Dinâmica Cultural e Demográfica
Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de
transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a
ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses alunos são
agentes da construção do espaço.
Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser
considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico,
possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista, para
refletir sobre as questões ambientais.
Dimensão Geopolítica
Os conteúdos estruturantes na área da Geopolítica tem como proposta a reflexão
dos fatos históricos, para que os educandos ampliem sua compreensão a respeito do mundo
real, em âmbito local, regional e global.
Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma abordagem mais
profunda, visto que o educando teve noções no Ensino Fundamental. O trabalho pedagógico
deve abordar o local e o global, levando em consideração a interpretação históricas das
relações geopolíticas em estudo.
Dimensão Socioambiental
A questão socioambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas a
interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais,
etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.
Dinâmica cultural e demográfica
A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os
estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais
contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,
199
pessoas e modos de vida.
Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de história e
cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em
qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.
CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
(Educação Fiscal);
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço geográfico
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias, das drogas e das informações
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
recente. (Enfrentamento a violência).
Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço. (Enfrentamento a
violência)
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural e a
questão da sexualidade.
A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações no espaço nas diversas regiões da cultura afro-brasileira e indígena.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
200
OBJETIVOS
Ler e interpretar criticamente o espaço;
● Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades humanas;
● Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a partir
do espaço geográfico;
● Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo globalizado;
● Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os processos
históricos, construídos em diferentes tempos, s processos contemporâneos, conjuntos de
práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no
conteúdo do espaço compreendendo e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da
Geografia.
METODOLOGIA
De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino de geografia, os
conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a
teoria, prática e a realidade estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico-
metodológicos.
Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se
necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-
especiais nas diferentes escalas (local, regional e global).
Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.
No processo de construção do conhecimento e análise de categorias serão
realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos,
vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros.
Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos,
produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de
informações e pesquisas em diversas fontes, como recursos para a confirmação da ação
pedagógica.
Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques:
Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da
Produção do /no espaço e a Geopolítica.
201
Atendendo as leis nº 10.639/03 e lei nº 11.645/08 que tratam respectivamente
sobre História Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena o trabalho será voltado em levar o
educando a compreender as contribuições que ambas as culturas trouxeram a formação da
cultura do povo brasileiro e a colaboração na atual organização espacial do território
brasileiro.
O tema Meio ambiente estará constantemente presente nas atividades
pedagógicas tanto devido a dimensão socioambiental quanto a localização geográfica do
colégio, que possibilita um enriquecimento no debate sobre as questões ambientais.
A Educação Tributária e Fiscal estará atrelada ao trabalho com os conteúdos
específicos da disciplina. Sendo também a metodologia usada para trabalhar com os
Programas Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso
indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual), tais
metodologias estarão plenamente descrita no Plano de Trabalho docente do professor.
Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica
e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante
com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.
Outras leis serão trabalhadas no decorrer do ano com; Execução do Hino
Nacional – Lei 12031/09 ;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do
Idoso – Lei 10741/03; Educação para o trânsito – Lei 9503/97; Educação Alimentar e
Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 CNE/CP; Hasteamento e
execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12; História do Paraná _Lei 13181/01 e 07/06;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a
aprendizagem do educando e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a
avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. É necessário que
seja contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de
diagnosticar falhas no processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica
aconteça.
A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos
visando a contemplação das diversas formas de expressão do educando como a leitura e
interpretação de texto, fotos, imagens, gráfico, tabelas, mapas; produção de maquetes,
202
murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de seminários,
relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal
oral e escrita.
Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo
de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio espacial.
Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliação estaremos
atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do
conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para sua
formação social, crítica, participava e responsável.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na
aprendizagem deverá ser oportunizado ao educando sempre que demonstrar necessidade
por não ter compreendido e/o assimilado os conteúdos estudados, retomando inclusive
avaliações e notas.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectiva da Geografia. São Paulo: Difel, 1992. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática 1986. MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra livre, nº 16. AGB Nacional, 2001, p. 113. MNORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. __________Geografia Crítica – A Valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. __________Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departemento de ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba SEED/DEM, 2006. PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à genese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. __________Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
203
VESENTINI, José W. Gegrafia, natureza e sociedade . São Paulo: Contexto, 1997.
10.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - HISTÓRIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Estudar historia é a oportunidade de melhor entender o mundo em que vivemos
isto porque os estudos históricos em geral abordam as ações humanas construídas em
diferentes sociedades, épocas e lugares. Também compreender o fenômeno dos fatos
ocorridos nos mais diversos acontecimentos sociais ao longo do tempo, desde o cidadão
anônimo até os personagens mais detectados da história. De tal forma que o aluno perceba
devidamente com os conhecimentos adquiridos, que ele é um sujeito social que contribui
para a construção e o exercício pleno da cidadania, para que possa ser defensor de seus
direitos e tomando consciência dos desafios do mundo atual.
OBJETIVOS
Oportunizar o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de se expressar,
estimulando a interpretação do pensamento histórico e possibilitando noções de tempo e
espaço contextualizados.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho, de Poder e Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
● O conceito de trabalho – livre e explorado
● O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado escravo
e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas
● Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado
● O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades
humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas
● As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a comum a de Paris,
os soviético russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos; educação física.
● As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa
204
medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas
● Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas
sociedades ocidentais, africanas e orientais
● Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo
● A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços; educação
ambiental; enfrentamento a violência na escola.
● As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa
medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas
● Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas
sociedades ocidentais, africanas e orientais
● Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo
● A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços; violência
- Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade
grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos
● Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
● Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes
● Relações de resistência na sociedade ocidental moderna
● As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa
● Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro .
● As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)
● Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do
sindicalismo
● A América portuguesa e as revoltas pela independência
● As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano
● As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria
● As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina
● Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina
● Os Estados africanos e as guerras étnicas
● A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na
América Latina
● A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas. Os sujeitos,
as revoltas e as guerras
205
● Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na A formação
das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos:
xamanismo, totens, animismo
● os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo,
budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo
● Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista
● Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais
● O modernismo brasileiro
● Cultura e ideologia no governo Vargas
● Representação dos movimentos sociais políticos e culturais por meio da arte
brasileira
● As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas
As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão,
romaria de São Gonçalo
METODOLOGIA
● Estimular os alunos a utilizar materiais lúdicos e pedagógicos referentes aos
conteúdos de História.
● O ensino de História será trabalhado com diferentes fontes históricas, sejam elas
orais, visuais ou escritas.
● Fazer debates destacando os paralelos sobre as problematizações existentes entre
as dimensões econômico-social, política e cultura.
● Pesquisas orientadas em sala de aula envolvendo as ações e relações humanas no
tempo e espaço, interligando e relacionando como trabalho poder e cultura.
● Explicações orais e discussões da ordenação através da narração, reconstituindo o
processo histórico relativo às mudanças e transformações.
● Leitura, explicação do contexto histórico abordado buscando as causas e as origens
de determinadas ações e relações humanas.
● Trabalhos individuais e coletivos envolvendo imagens, objetivos, materiais, oralidade
e diversos documentos escritos.
● Utilizar vídeos referentes ao conteúdo trabalhado para despertar o seu interesse e
esclarecer melhor o assunto.
● Produções de textos e conclusões pessoais dos conteúdos trabalhados através de
206
análises dos temas, problematizando as relações de trabalho e cultura, interligando ao
espaço tempo.
● Serão utilizados: aulas expositivas, pesquisas bibliográficas envolvendo documentos
formativos e informativos.
● Explicações de mapas que contém nos conteúdos.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação dar-se-á de forma contínua e diagnóstica, através de
prova escrita, apresentação de trabalho oral e escrito, relatórios, pesquisas, análises de
texto, resumos e outras atividades que permitam avaliar o educando. Caso o educando
apresente rendimento inferior ao objetivo proposto será oportunizado uma retomada dos
conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa recuperar a meta proposta.
BIBLIOGRAFIA
SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica, nova geração, SP, 2ª ed. 2002.
DIVALTE, Garcia Figueira. História, série Ensino Médio. Editora Ática, volume único, 2001.
RODRIGUES, Joelza Ester. História em documento, FTD, São Paulo, 2009.
DREGUER, Ricardo, História: cotidiano e mentalidades, atual, São Paulo, 1995.
PILETTI, Nelson e Claudino, História e Vida, Ática, volume 4, 1989.
COTRIM, Gilberto, História e Consciência do Mundo, Sraiva, 2000, São Paulo.
PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de História. Curitiba: SEED/DEM,2008.
PEDRO, Antônio, História por eixos limáticos, São Paulo, FTD, 2002.
DREGUER, Ricardo. Contatos entre civilizações do séc. V ao XVI, 2ª ed. São Paulo,
Atual, 2000.
10.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA EST ENS MÉDIO – INGLÊS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sofreu
constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo
da história. Neste contexto as propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender
as expectativas contemporâneas.
207
... aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa que afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática. (Giroux, 2004)
Desta forma, esta diretriz fundamenta-se na teoria do Círculo de Bakhtin, que
concebe a língua como discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos. Para
Bakhtin, cada palavra transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda
enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do outro. É
no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos.
Neste sentido podemos afirmar que a Língua Inglesa é concebida como discurso, não como
estrutura ou código a ser decifrado. Constrói significados e não apenas os transmite.
Pennycook (apud MASCIA, 2003, p. 220) considera que
[...] a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas também uma expansão de um conjunto de discursos que fazem circular ideias de desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização [...]. (Afirma ainda que) hoje, poderíamos dizer que as várias facetas do Comunicativo se desenvolveram com o objetivo principal de difusão do inglês como língua internacional.
Sendo assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica (DCE) a Língua Estrangeira Moderna/Inglês apresenta-se como espaço para ampliar
o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos da
construção da realidade, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na
sociedade. (DCE, 2008, p. 23)
Isso implica em participar dos processos sociais de construção de linguagem e de
seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido
aos textos. O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma
possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois
permite as comunidades escolares a definição a ser ensinada. Assim, ao tomar a língua
como interação verbal, como espaço de produção de sentido, o conteúdo estruturante
discurso, como prática social, a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura,
da oralidade e da escrita.
O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência
sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Segundo as
DCEs, “ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas
208
implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua
materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e
cognitiva.” (p.21)
Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades
linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se
considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem
sua cultura e mais especificamente neste contexto escolar de “escola do campo”, como tal,
devem ser respeitadas.
Ao estudar uma Língua Estrangeira/Inglês, o aluno/sujeito aprende também como
atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do
outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará
sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.
Em consonância com as DCEs e o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo
de ensinar a Língua Estrangeira Moderna/Inglês na escola não é apenas linguístico, mas
ensinar e aprender uma Língua Estrangeira é também ensinar e aprender percepções de
mundo, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive.
Neste contexto escolar de “escola do campo” espera-se que o alunado
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social. Esta escola, e consecutivamente esta
disciplina – Inglês, tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas
para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, visto que,
esta escola encontra-se na posição de ser (quase que) como o único meio de conhecimento
científico historicamente acumulado para este alunado. É na escola onde a maioria destes
estudantes tem seu primeiro contato com uma Língua Estrangeira/Inglês, tornando-se,
portanto uma oportunidade única para se aprender uma segunda língua dando perspectiva
de melhoria no currículo. O ensino da Língua Estrangeira Moderna amplia as possibilidades
de ingresso, deste alunado, mercado de trabalho além de também criar novas maneiras de
construir sentidos do e no mundo.
OBJETIVOS
O ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um meio de
se construir sentidos, desempenha um importante papel como dos saberes essenciais, pois
209
permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade reconhecidamente diversa e
complexa e os insere como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais,
mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
● Identificação do tema;
● Intertextualidade;
● Intencionalidade;
● Vozes sociais presentes no texto;
● Léxico;
● Coesão e coerência;
● Marcadores do discurso;
● Funções das classes gramaticais no texto;
● Elementos semânticos;
● Discurso direto e indireto;
● Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens);
● Marcas linguísticas: particularidade da língua,pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
● Variedade linguística;
● Acentuação gráfica;
● Ortografia.
Escrita
● Interlocutor;
● Tema do texto;
● Finalidade do texto;
● Intencionalidade do texto;
● Intertextualidade;
● Condições de produção;
● Informatividade (informação necessária para coerência do texto);
210
● Vozes sociais presentes no texto;
● Vozes verbais;
● Discurso direto e indireto;
● Léxico;
● Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
● Coesão e coerência;
● Função das classes gramaticais no texto;
● Elementos semânticos;
● Recursos estilísticos ( figuras de linguagens);
● Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
● Variedade linguística;
● Ortografia;
● Acentuação gráfica;
Oralidade
● Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc;
● Adequação do discurso ao gênero;
● Turnos de fala;
● Vozes sociais presentes no texto;
● Variação linguística;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
● Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito;
● Adequação da fala ao contexto;
● Pronuncia.
METODOLOGIA
As atividades propostas priorizam o desenvolvimento da capacidade discursiva
aliada à construção do significado priorizando o desenvolvimento das capacidades de ouvir,
falar escrever, interpretar situações, discutir, pensar criticamente a ampliar possibilidades de
interação. Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o
grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, a
211
gramática em si. A leitura, as produções de textos serão através do contato com outros
textos, experiências e o conhecimento adquirido dos alunos que servirão de apoio e
ampliarão as possibilidades de expressão e interesse dos mesmos. Para tanto se organiza a
atividade didática pedagógica por meio de textos, diálogos, exercícios de descobertas de
regras e do funcionamento da língua, e descoberta de sons por meio de atividades fonéticas.
Assim o professor busca em sala de aula um espaço de desenvolvimento de atividades
significativas, usando todos os recursos didáticos possíveis como: exposição dialógica (Vice-
versa), exposição via televisão TV-PENDRIVE, DVD de filme, documentário, clipe, etc.
Exposição de transparências via retro projetor, TV multimídia elaboração de fichamentos,
resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, utilização de
recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, DVD), a fim de que o aluno vincule o que é
estudado com a sua realidade.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História Cultura Afro-Brasileira e
Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio Ambiente (Lei nº
9.795/99 e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Direitos Humanos
(Resolução 01/12 – CNE/C) além dos temas como consumismo, sexualidade (Lei 11733/97),
Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90), Prevenção do uso de drogas (Lei 11343/06), Estatuto do Idoso (Lei
1074/03), Educação para o Transito (Lei 9503/97), Educação Alimentar e Nutricional
(Lei11947/09) que serão abarcados nos diversos gêneros textuais que serão apresentados e
articulados em cada série. E espera-se que os alunos se apropriem de significados
construídos historicamente e que isto lhes possibilite integrar-se no mundo atual,
compreendendo a grande diversidade cultural.
Também será feito o hasteamento e execução do Hino Nacional (Lei 12031/09)
assim como hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) de acordo com a
programação escolar.
A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos
oferecidos pela mantenedora para compor a brigada escolar. Há previsto em calendário
dias para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente
diante de uma situação de incêndio no prédio da escola. (Decreto 4837/12)
AVALIAÇÃO
A avaliação procura acompanhar o desenvolvimento das atividades de forma
212
processual e contínua, verificando todos os passos do processo ensino- aprendizagem de
cada aluno. Trata–se de um processo que visa orientar o trabalho pedagógico, nas medidas
em que fornece a visão e o resultado das estratégias utilizadas nas aulas como mecanismo
de ensino. Assim, rejeita- se a avaliação estanque e artificial das provas de final de bimestre,
para a realização constante por meio das atividades produzidas em sala de aula construir
diagnósticos em torno do desempenho da turma, e do estudante em particular, procurando
aperfeiçoar as técnicas quando os objetivos não forem constatados.
Entende-se que a avaliação necessita cumprir seu verdadeiro significado,
assumindo a função de subsidiar a construção da aprendizagem. Partindo desse princípio a
avaliação precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da aprendizagem
de conteúdos, uma vez que ela é parte do processo e tem como objetivo principal subsidiar
discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no
processo ensino-aprendizagem.
Nessa perspectiva o envolvimento dos alunos na construção do significado nas
práticas discursivas será a base para a organização das avaliações ao longo do processo da
aprendizagem.
Leitura
Espera-se que o aluno:
● Realize leitura compreensiva do texto;
● Identifique a ideia principal do texto;
● Identifique o conteúdo temático;
● Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
● Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
● Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
● Analise as intenções do autor;
● Identifique e reflita sobra as vozes sociais presentes no texto;
● Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
● Amplie seu léxico e as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos
culturais.
Oralidade
Espera-se que o aluno:
213
● Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
● Apresente suas ideias com clareza, coerência;
● Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
● Organize a sequência de sua fala;
● Respeite os turnos de fala;
● Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
● Exponha seus argumentos;
● Compreenda os argumentos no discurso do outro;
● Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua
materna);
● Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições
orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
Escrita
Espera-se que o aluno:
● Expresse suas ideias com clareza;
● Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
– às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
– à continuidade temática;
● Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
● Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, etc;
● Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio,etc;
● Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
● Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
atrelados aos gêneros trabalhados;
● Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Recuperação de estudos
Em consonância com a concepção metodológica proposta nas DCE e no PPP
desta escola a recuperação de estudos se fará na retomada de conteúdos durante o
processo de ensino e aprendizagem, permitindo assim que todos os alunos tenham
214
oportunidades de apropriar do conhecimento , por meio de metodologias diversificadas e
participativas, portanto ela estará intrinsecamente ligada ao ensino.
A recuperação de estudos, portanto será concomitante ao processo letivo, e terá
por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de
avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão as vias para que o
professor perceba os conteúdos que não foram apreendidos e que serão retomados no
processo de recuperação de estudos. Este processo se fará concomitantemente e ocorrerá
de duas formas:
− A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de
avaliação.
− A reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula. (De acordo com as Diretrizes
e Bases da Educação nº 9394/96).
BIBLIOGRAFIA
AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO PARANÁ
BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
_____. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio – Versão preliminar – 2009.
_____. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba:SEED/DEF,2008.
COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001.
GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, 1999.
L PAIVA, V.L.M. O lugar da leitura na aula de Língua Estrangeira. Disponível em:<www.veramenezes.com>
LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998.
PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São Paulo: Moderna, 2000.
ROJO, R.H.R.;MOITA LOPES, L.P.M. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: SEB/ MEC (org.) Orientações Curriculares do Ensino Médio. 1 ed. Brasília: MEC/ seb, 2004.
215
10.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - MATEMÁTICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos
que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de
que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser
classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a
respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da
comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período
demarcou o nascimento da Matemática.
Contudo, como campo do conhecimento, a Matemática emergiu somente mais
tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios
lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as
primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação
das pessoas.
Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e
enciclopédica e o ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números
naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição.
Já no século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino teve
caráter estritamente religioso. A Matemática era ensinada para atender cálculos do
calendário litúrgico e determinar as datas religiosas.
Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades
comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos
conhecimentos e ensino voltaram-se às atividades práticas.
O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste
conhecimento, denominado de matemática de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte
influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e
integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987).
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,
construções de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi
216
discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que
contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino
com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos
últimos séculos.
O início da modernização do ensino da Matemática no Brasil aconteceu num
contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento
da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as ideias que agitavam o
cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial. Assim, as novas propostas
educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura de educação artificial e
verbalizada (MIORIM, 1998).
As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões
do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção
empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante
em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.
Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista)
influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino até
hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista moderna,
tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI, 1995).
Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que
valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, o ensino era centrado no professor e
enfatizava o uso preciso da linguagem Matemática.
No decorrer da década de 1970, o método de aprendizagem enfatizado era a
memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação
de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista
não se centrava no professor ou no educando, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos
e nas técnicas de ensino.
A partir das décadas de 1960 e 1970, surgiu no Brasil a tendência
construtivista, onde o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas
dos educandos no ambiente ou nas atividades pedagógicas. A ênfase estava no processo e
menos ao produto do conhecimento.
A tendência pedagógica socioetnocultural onde os aspectos socioculturais da
Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na
Etnomatemática. Privilegiava a troca de conhecimentos e atendia à iniciativa dos problemas
217
significativos no seu contexto cultural.
A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através
de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do
conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na
“dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI,
1997, p.76). Na matemática , essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico,
construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um
determinado período histórico.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam
ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o
ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou
fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.
As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX
procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele
proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no
rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas
explorações, indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação
Matemática (SCHUBRING, 2003).
Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do
século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a se
multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir
da década de 1970.
No encaminhamento metodológico é importante que o professor reflita sobre
sua concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento, levando em consideração
dois aspectos:
● Pode-se conceber a Matemática como algo pronto e acabado tal como nos livros
didáticos que se encadeiam de forma linear, sequencial e sem contradições;
● Pode-se conceber a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração,
de modo a levantar questionamentos, dúvidas e contradições.
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado
tanto para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso
218
implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu
fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los (MEDEIROS,
1987).
Torna-se necessária a decisão política de uma definição da educação, em
sentido lato, como área decisiva para o desenvolvimento, com a consequente atribuição de
fundos que permitam a sua implementação, e compatibilizar essa decisão com iniciativas
que tornem possível uma maior capitalização da discussão e da comunicação teóricas de
modo a viabilizar o aprofundamento da investigação sobre processos de aprendizagem e de
ensino e da sua consequente interligação, sobre os conteúdos matemáticos, sobre o papel
das novas tecnologias da informação, sobre novos instrumentos de avaliação, entre outros
temas.
A necessidade de comunicação científica torna-se particularmente urgente
num país como o nosso em que uma grande parte dos professores teve um contacto muito
fugaz com a Educação Matemática. O alargamento e o aprofundamento dessa comunicação
poderiam possibilitar o seu envolvimento em projetos de investigação na sala de aula
desenvolvidos com base no indispensável suporte teórico.
A Educação Matemática é um campo de estudos que possibilita ao professor
balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como
atividade humana em construção.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos
educandos análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de
ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte,
contribua para o desenvolvimento da sociedade.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar
informações, para compreender e elaborar ideias. É necessário que o educando aprenda a
expressar-se verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos,
tabelas, diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas,
entre outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como
recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender
que enquanto sistema de códigos e regras, a matemática é um bem cultural que permite
comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída, e
219
reconstruída, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua
existência por meio de ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um
educador precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada,
potencializando meios para sua superação de desafios.
OBJETIVOS
A Matemática tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento de
habilidades no sentido de observar e analisar regularidades matemáticas; fazer
generalizações e apropriar-se de linguagem adequada para resolver problemas e situações
ligadas a matemática e outras áreas do conhecimento, visando a formação global do
cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das
tecnologias, das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está
inserido.
Conteúdos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO
1ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Conjuntos Numéricos.
Teoria dos conjuntos.
Potencialização e Radiciação.
Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
FUNÇÕES
Conteúdos Básicos:
Função Afim.
Função quadrática.
220
Função Polinomial.
Função exponencial.
Função logarítmica.
Função modular.
Progressão aritmética.
Progressão geométrica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
Conteúdo Básico:
Matemática financeira.
2ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conteúdos Básicos:
Matrizes.
Determinantes.
Sistemas Lineares.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Conteúdos Básicos:
Análise combinatória.
Probabilidade
binômio de Newton.
Estatística.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
GRANDEZAS E MEDIDAS
Conteúdos Básicos:
Trigonometria
221
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
FUNÇÕES
Conteúdo Básico:
Funções trigonométricas.
3ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
GRANDEZAS E MEDIDAS
Conteúdos Básicos:
Medidas de área;
Medidas de Volume;
Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de Informática;
Medidas de Energia;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
GEOMETRIA
Conteúdos Básicos:
Geometria plana.
Geometria espacial.
Geometria analítica.
Noções básicas da geometria não-euclidiana.
CONTEÚDO ESTRURANTE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conteúdos Básicos:
Polinômios.
Números complexos.
222
METODOLOGIA
Articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações
de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar
abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em áreas distintas e
sem vínculos.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais
destacamos:
● Resolução de problemas;
● Modelagem matemática;
● Mídias tecnológicas;
● Etnomatemática;
● História da Matemática;
● Investigações matemáticas.
As tendências metodológicas têm grau de importância similar entre si e
complementam-se umas às outras.
Na resolução de problemas, o educando tem oportunidade de aplicar
conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão
proposta. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem
sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses
e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem a
conclusão final.
Segundo Polya (2006), as etapas da resolução de problemas são: compreender o
problema, destacar informações, dados importantes do problema para a sua resolução,
elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova
estratégia, se necessário, até chagar a uma solução aceitável.
Resolver problema é mais que uma frase; é o feito específico da inteligência é
dom específico do homem. A maior parte de nossos pensamentos conscientes está ligada a
problemas: quando nos satisfazemos é simples meditações ou devaneios, nossos
pensamentos estão dirigidos para um fim. Resolver problema caracteriza a natureza
humana, e para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática.
223
A opção metodológica do resultado de problemas, garante a elaboração de
conjecturas, a busca de regularidades a generalização de padrões e exercício da
argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do
conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão
da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da
resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação à aquilo que está sendo
estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar
hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob esta
perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução,
permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que
conduzi ao resultado.
A etonomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan
D'Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas
produzidas pelas diferentes culturas.
Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva
etnomatemática, o ensino ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo
perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em
situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na
cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e
social na qual estão inseridas.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas
vários e distintos conhecimentos e todos são importantes.
A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um
problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de
um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e
representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem
matemática como estratégia de ensino e aprendizagem oferece contribuições que vão além
da possibilidade de interação da matemática com a realidade (ALMEIDA e BRITO, 2003).
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,
biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas
do mundo.
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do
224
educando nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, encontrar
modelos matemáticos que respondam essas questões.
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico.
Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da
Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado
formas de resolução de problemas.
O uso de mídias tecnológicas existentes e em condições de produzí-las e/ou
usá-las, enquanto mídia educativa, torna o ato de estudar mais agradável e interessante.
Esses recursos podem propiciar interesse no estudo e ampliar as condições de análise no
educando. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um
aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o
pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é
um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na
busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. A história deve
ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática.
A prática pedagógica de investigações matemáticas podem ser
desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução
de problemas. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem
de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser
investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser
indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda
o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de
investigação distintos por diferentes grupos de alunos.
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de
processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a capacidade
de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e
desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma
visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o
desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um
225
recurso útil para a verificação de resultados, correção de erro, favorece a busca de
percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução
de situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,
mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.
Nenhuma dessas tendências metodológicas apresentadas esgota todas as
possibilidades para realizar com eficácia o processo de ensinar e aprender Matemática, por
isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre elas.
AVALIAÇÃO
As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão
sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas
têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da
aprendizagem (LUCKESI, 2002).
Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve
acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos
metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a
relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão
alcançada por ele.
Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de
procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as
consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na
aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para
ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao
professor a reorganização do processo de ensino.
Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao
professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que
podem exigir formas diferenciadas de atendimento alterações de várias naturezas na rotina
cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus
avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.
Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de
constante observação e registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse
registro, para que tanto o professor como o aluno, possam ter uma visão do próprio
crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as produções dos alunos e o
226
parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível partilhar com
eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e
dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre produto final, mas
sobre o que aconteceu no caminho percorrido.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor se o aluno:
● Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
● Compreende por meio da leitura, o problema matemático;
● Elabora um plano que possibilita a solução do problema;
● Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
● Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Os instrumentos avaliativos na Matemática podem ser diversos: prova escrita,
listas de exercícios debatidas em sala de aula, montagem e resolução de problemas
(desafios) do cotidiano, maquetes, trabalhos em grupos ou individuais, entre outros.
A recuperação de estudos é feita concomitantemente com as atividades
avaliativas, detectando na avaliação o que o educando não aprendeu e retomando o
conteúdo de forma diferenciada.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, L. M. W e BRITO, D.S. Modelagem matemática na sala de aula: algumas implicações para o ens. e aprendizagem da mat. Anais do XI CIAEM, Blumenal, Rs, 2003. BURIASCO, R.L.C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2006. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 12 agosto de 2010. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimental da Faculdade
227
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10.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO- LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o
aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de
modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e
evolui consideravelmente.
228
Portanto, o professor deve assumir uma postura profissional e pessoal
diferenciada para se colocar diante desse desafio, usando metodologias inovadoras que
propiciem ao educando produzir o conhecimento necessário e indispensável para que ele
possa evoluir e participar ativamente do meio em que vive.
É no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o
estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência linguística,
garantindo, então, uma inserção ativa e crítica na sociedade. Logo, é na escola que o
educando, e mais especificamente o da escola pública, deve encontrar o espaço para as
práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes
circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar,
o educando aprende a ter voz e usufruir, com competência linguística, da palavra, numa
sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. É no processo de interação social
que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKH TIN/VOLOCHINOV,1999,
P.109). Isso implica dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles
“penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham
nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula
Baktin/Volochinov (1999,p.108). Nesse sentido, ensinar a língua materna, a partir dessa
concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está
inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados
são social e historicamente construídos.
Nessa perspectiva, o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa visa lapidar
os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles compreendam os
discursos que os cercam e tenham condições de interagir com tais discursos. Para isso, é
relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se
defrontam, manifestando múltiplas opiniões. Desse modo, é primordial que a escola se torne
um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o
letramento do educando, para que ele se envolva nas práticas do uso da língua, quer seja
de leitura, oralidade e escrita.
Assim, a Língua Portuguesa como fonte inesgotável de recursos tanto na
oralidade como na escrita, deve ampliar o universo do educando, tornando-o cidadão culto e
conhecedor das regras que envolvem a dinâmica da nossa língua, como objeto de estudo e
aprendizado da língua.
229
OBJETIVOS
A disciplina de Língua Portuguesa visa desenvolver saberes que permitam ao
educando interagir nas mais diversas situações de uso da língua portuguesa, bem como que
ele encare a língua como instrumento de comunicação e formação pessoal. Além disso, terá
também não só uma fonte de conhecimento, mas sobretudo um mecanismo que permite
assumir uma postura crítica diante das situações e problemas do dia a dia.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BASÍCOS:
Leitura, oralidade, escrita e análise linguística.
LEITURA
● Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-
verbais;
● Identifica o tema/tese do texto;
● Identifica as informações principais e secundárias no texto;
● Localiza informações explícitas no texto;
● Realiza inferência de informações implícitas no texto;
● Realiza inferência do sentido de palavras ou expressões no texto;
● Identifica as vozes sociais presentes no texto;
● Reconhece a intertextualidade e seu objetivo de uso;
● Reconhece os efeitos de sentidos decorrentes do uso das classes gramaticais,
percebendo a função que exercem no texto;
● Reconhece os efeitos de sentidos decorrentes do uso de recursos estilísticos
no texto (figuras de linguagem, repetição de palavras e/ou expressões, de sílabas, de
vogais etc.);
● Identifica as condições de produção do gênero trabalhado (enunciador;
interlocutor, finalidade, época, suporte, esfera de circulação etc.);
● Reconhece o grau de formalidade e informalidade da linguagem em diferentes
textos, considerando as variantes linguísticas.
230
ESCRITA:
● Atende à situação de produção proposta (condições de produção, elementos
composicionais do gênero, tema, estilo);
● Organiza o texto, considerando aspectos estruturais (apresentação do texto,
paragrafação);
● Utiliza recursos textuais de informatividade e intertextualidade;
● Utiliza de forma pertinente elementos linguístico-discursivos (coesão,
coerência, concordância etc.).;
● Utiliza adequadamente os recursos linguístico-expressivos e gráficos no texto
(pontuação, uso e função das classes gramaticais);
● Emprega palavras e/ou expressões no sentido conotativo, incluindo as figuras
de linguagem;
● Utiliza as normas ortográficas e de acentuação;
● Utiliza adequadamente a linguagem formal ou informal, de acordo com a
situação de produção.
ORALIDADE:
● Emprega adequadamente os conectivos de acordo com a situação
comunicativa;
● Faz a adequação do discurso à situação de produção (formal/informal);
● Expressa suas ideias com clareza, coerência e fluência;
● Utiliza recursos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, expressões
faciais, postura etc.);
● Lê com fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação;
● Respeita os turnos de fala;
● Reconhece e utilize os elementos composicionais dos diferentes gêneros
discursivos orais (argumentatividade, contra-argumentação, elementos da narrativa
etc.);
● Organiza a sequência da fala;
● Reconhece e utilize a forma composicional pertencente a cada gênero
(elementos da narrativa, argumentatividade, contra-argumentação, exposição etc.);
● Identifica a ideologia presente nos diferentes discursos.
1º ano – Ensino médio
231
LEITURA:
● Uso de informações, interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, marcas linguísticas;
● Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
● Registros formais e informais do texto;
● Discurso ideológico presente no texto;
● Denotação e conotação;
● Leitura de gêneros diversos;
● Linguagem literária e não-literária;
● Figuras de linguagem;
● Noções de historicidade da Literatura;
● Estética do texto literário;
● Intertextualidade de obras literárias;
● Literatura Brasileira, Portuguesa e Africana;
● Escolas Literárias: Trovadorismo, Classicismo, Quinhentismo, Barroco e
Arcadismo.
ORALIDADE:
● Variação linguística;
● Pronúncia das palavras;
● Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas;
● Adequação do discurso ao gênero;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos;
● Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc);
● Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ESCRITA:
● Adequação ao gênero: Conteúdo temático; Contexto de produção, Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
● Informatividade; Intertextualidade;
● Vozes sociais presente no texto;
● Referência textual;
● Ideologia presente no texto;
● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
232
● Produção de diversos gêneros: resenhas, resumos, análise literária textual da
obra,
● Coesão e coerência textual.
ANÁLISE LINGUÍSTICA:
● Fonética - Sons e letras;
● Dificuldades ortográficas;
● Novas regras de ortografia e acentuação e gráfica;
● Estrutura e formação das palavras;
● Morfologia: Classes de Palavras (substantivo, adjetivo, artigo, numeral) ;
● Semântica: operadores, argumentativos, Modalizadores, figuras de linguagem;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência , função das classes gramaticais no
texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
● Vícios de linguagem;
● Concordância verbal e nominal;
● Sintaxe de regência;
● Função das conjunções e preposições;
● Discurso direto e indireto.
2º ano – Ensino médio
Leitura:
● Leitura
● Conteúdo temático;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Intencionalidade;
● Argumentos do texto;
● Contexto de produção;
● Intertextualidade;
● Discurso ideológico presente no texto;
● Vozes sociais presente no texto;
● Elementos composicionais do gênero;
● Contexto de produção de obra literária;
● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
233
● Partículas conectiva do texto;
● Progressão referencial;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas travessão e negritos;
● Semântica:
- Operadores argumentativos;
- Modalizadores;
- Figuras de linguagem
● ORALIDADE
● Conteúdo temático;
● Finalidade;
● Argumentos;
● Papel do locutor e interlocutor;
● Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas;
● Adequação do discurso ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras);
● Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos;
● Semântica:
● Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ESCRITA
● Conteúdo temático;
● Contexto de produção;
● Interlocutor;
● Intencionalidade do texto;
● Informatividade;
● Intertextualidade;
● Vozes sociais presente no texto;
● Elementos composicionais do gênero;
● Referência textual;
● Ideologia presente no texto;
234
● Progressão referencial;
● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
● Semântica: operadores, argumentativos, Modalizadores, figuras de linguagem;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência , função das classes gramaticais no
texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
● Vícios de linguagem;
● Sintaxe de concordância;
● Sintaxe de regência.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
● Adequação do discurso ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
● Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
● Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
3º ano – Ensino médio
Leitura:
● Conteúdo temático;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Situacionalidade;
● Intertextualidade;
● Temporalidade;
● Elementos composicionais do gênero;
● Discurso ideológico presente no texto;
● Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
● Partículas conectivas do texto;
● Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
● Semântica:
- operadores argumentativos;
235
- modalizadores;
- figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo
ORALIDADE:
● Conteúdo temático;
● Finalidade;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Papel do locutor e do interlocutor:
● Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual;
● Adequação do discurso ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
● Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
● Elementos semânticos;
● Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
● Diferenças entre o discurso oral e o escrito.
ESCRITA:
conteúdo temático:
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Informatividade;
● Situacionalidade;
● Intertextualidade;
● Temporalidade;
● Referência textual;
● Vozes sociais presentes no texto;
● Ideologia presente no texto;
● Elementos composicionais do gênero;
● Progressão referencial;
● Partículas conectivas;
● Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
● Semântica:
236
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- sentido conotativo e denotativo;
- figuras de linguagem;
● Marcas linguísticas:
- coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);
● Vícios de linguagem;
● Sintaxe de concordância;
● Sintaxe de regência.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
● Coesão e coerência textual;
● Conotação e denotação
● Vícios de linguagem;
● Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
● Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao
que diz, como: felizmente, comovedoramente...)
● Semântica;
● Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
● Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
● A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
● Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
● Acentuação gráfica
● Estrangeirismos, neologismos, gírias
● Procedimentos de concordância verbal e nominal
● Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
● A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
● Coordenação e subordinação nas orações do texto
RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS:
237
Serão utilizados textos variados entre eles fábulas, contos, lendas, propagandas
de revistas e jornais. Também serão usados recursos tecnológicos como: Internet, aparelho
de som, TV pendrive, Data show, rádio, CD player, DVD player, revistas, jornais, quadro de
giz etc.
METODOLOGIA:
Os professores têm o papel de promover o amadurecimento do domínio
discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que isso se efetue na prática, as
atividades desenvolvidas serão: práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
consideração dos conhecimentos prévios; inferências sobre informações implícitas no texto;
discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor; relato de experiências significativas
relacionadas ao assunto do texto; leitura de vários textos para a observação das relações
dialógicas; exposição oral de trabalhos/textos produzidos, dramatização de textos;
apresentação de seminários, debates, entrevistas etc; seleção de discurso de outros, como:
reportagem, seminário, entrevista etc; análise dos recursos próprios da oralidade; orientação
sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; discussão sobre o tema a ser
produzido; seleção do gênero, finalidade, interlocutores, orientação sobre o contexto social
de uso do gênero trabalhado; produção textual; revisão textual; reestrutura e reescrita
textual.
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de: gêneros selecionados para
leitura ou escuta ; textos produzidos pelos alunos; das dificuldades apresentadas pela turma
e entre outros.
É mister que a escola visa à cidadania e formação total do educando, para isso é
imprescindível que determinados assuntos façam parte do cotidiano escolar, mas que não
se tornem conteúdos com fins avaliativos. Esses assuntos além de serem uma proposta de
letramento voltada à realidade do educando, permitem-lhe que seja visto como pessoa e
respeitada em sua especificidade, pois ele possui uma história de vida a qual é única. Além
disso, o educando já tem uma bagagem cultural, social e cognitiva que se utilizadas em sala
tornarão as aulas dinâmicas, desencadeando, desse modo, ações que fomentem discussões
e consequentemente permitirão que os educandos produzam seus próprios conhecimentos
e utilizem no seu meio em que vive.
Portanto, para o melhor exercício da cidadania, os temas serão contemplados de
forma: a resgatar valores, a cultura local e regional e a sensibilidade do educando; acabar
238
com preconceito e incutir a ideia de que se deve valorizar e respeitar o conhecimento dos
idosos; despertar no educando o discernimento sobre a função social do tributo, visando a
formação da consciência tributária, bem como o exercício da cidadania, direcionando-o,
então, no tocante a competência e habilidades a serem construídas; Instigar nos educandos
que todos têm direito à vida, à liberdade, à opinião, à expressão, ao trabalho e à educação,
independente de qualquer condição e sem discriminação; suscitar no educando que a
alimentação é fundamental na formação de hábitos e atitudes saudáveis; persuadir no
educando que a educação para o trânsito é uma questão de cidadania, educação e direitos
humanos.
Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação
pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto
11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90);
Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99,
Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação
04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação
Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP);
Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08
e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).
No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a
história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08),
ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº
11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na
Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei
11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos
desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das
diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o
educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e
sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo
ainda mais o aspecto cultural do nosso país.
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO:
A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional,
permitiu criar condições legais para que cada escola organizasse dentro de seu alcance os
239
objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação. Tais metas espelham o
anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por
medidas de não-exclusão dos educandos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas
ou pela efetivação de uma aprendizagem bem sucedida.
A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a
organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma ampla
competência básica a ser dominada por todos os educandos em um determinado período de
tempo. Possibilitando a eles um aprendizado eficiente de acordo com a série que cursou
durante certo período escolar. Sendo que a sua progressão deve acontecer de forma a
garantir o seu acesso à série seguinte com domínio de conteúdos para o seu efetivo avanço
em sua vida escolar.
Conforme deliberação do CEE/07/99 a avaliação deverá estar coerente com as
DCEs, o PPP e o Regimento Escolar.
No processo avaliativo serão usados instrumentos para avaliar o educando tais
como: seminários, apresentação de trabalhos, debates, trabalhos, discussões, provas,
produção textual, etc.
A recuperação de estudos será ofertada a todos (as) os (as) educandos (as),
independente dos resultados por eles (as) obtidos e que os (as) educandos (as) terão a cada
atividade realizada a oportunidade de recuperar notas e conteúdos por período trimestre,
conforme previsto por lei e determinada no Regimento Escolar.
Assim, se espera que o aluno:
● Realize leitura compreensiva do texto;
● Localize informações explícitas no texto;
● Emita opiniões a respeito do que leu;
● Amplie o horizonte de expectativas;
● Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);
● Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas;
● Expresse suas ideias com clareza;
● Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero,
interlocutor, finalidade...);
● Diferencie a linguagem formal da informal;
● Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,
dos pronomes;
240
● Amplie o léxico.
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. BAKHTIN,M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2009. MARCHIORO, Marina Z. A análise linguística e o texto dissertativo-argumentativo: um olhar sobre o ensino de língua portuguesa. Ponta Grossa: Uniletras, 2010. v.32, nº1. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/2525> PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba: 2008. ___________. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Paraná: Curitiba:2006 ___________. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Paraná – Curitiba: SEED – PR, 2006. 110.Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011. __________. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001. ________. Lei11.733, de 28 de maio de 1997. Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculados nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo grau do Estado do Paraná. BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004. ________.Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011.
241
10.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - QUÍMICA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Sobre a ciência, cabe destacar que o conhecimento químico não é algo pronto,
acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A ciência não é mais
considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que
por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios.
A Química é uma ciência natural, que visa o estudo das substâncias, da sua
composição, estrutura e propriedades.
Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos professores e
abordados durante os séculos conforme a necessidade dos alunos e da população.
Atualmente o ensino da Química é norteado pela construção/reconstrução de significados
dos conceitos científicos, vinculada aos conceitos históricos, políticos, econômicos, sociais e
culturais.
A apropriação desta ciência e de conhecimentos químicos deve acontecer por
meio do contato do aluno com a matéria e suas transformações. Os conceitos científicos
devem contribuir para a formação de indivíduos que compreendam e questionem a ciência
atual.
A experimentação, por exemplo, favorece a apropriação efetiva dos conceitos
químicos pois tem caráter investigativo e auxilia o aluno na explicação, problematização e
discussão da significação destes conceitos.
O professor deve criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense
criticamente, reflita sobre as razões das problemáticas atuais e relacione conhecimentos
cotidianos aos científicos.
Portanto, baseado nas DCEs , as tendências desta disciplina visam uma
formação mais abrangente do estudante, com a inclusão, nos currículos institucionais, de
temas que propiciem a reflexão sobre caráter, ética, solidariedade, responsabilidade e
cidadania, pregando-se conceitos de “matéria” e “interdisciplinaridade”.
OBJETIVOS GERAIS
● Identificar, compreender e utilizar os conhecimentos adquiridos;
● Relacionar a química química às suas aplicações e implicações, no ambiente, na
242
economia, na política e principalmente na vida dos indivíduos;
● Aplicar conceitos teóricos químicos básicos de acordo com os conteúdos básicos;
● Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas transformações em
linguagens discursivas e traduzi-las em outras formas de linguagem como: gráficos,
tabelas, etc., para o entendimento dos conteúdos científicos aplicados;
● Identificar produtos naturais utilizados no cotidiano;
● Resgatar conceitos base de aplicações e benefícios da Química;
● Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
● Analisar a abundância e desperdícios de materiais primordiais da natureza;
● Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o
indivíduo se veja como agente de transformação;
● Aprimorar os conceitos e respeitar à periculosidade de manuseio de materiais.
CONTEÚDOS ESTRUTRANTES
De acordo com as DCE´s concebe-se que os estruturantes para o ensino de
Química
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos estruturantes da Química devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos tratados no dia-a-dia da sala de aula nas diferentes realidades regionais onde se localizam as escolas da rede estadual de ensino. (SEED, 2008, p.58)
São eles:
● Matéria e sua natureza;
● Biogeoquímica
● Química sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
MATÉRIA
Constituição da matéria;
Estados de agregação;
243
Alotropia;
Métodos de Separação;
Natureza elétrica da matéria;
Modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr...);
Distribuição eletrônica;
Tabela periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA
Propriedade dos materiais;
Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
Ligação iônica;
Ligação covalente;
Ligações de Hidrogênio;
Ligação metálica;
Ligações polares e apolares.
FUNÇÕES INORGÂNICAS
Ácidos;
Bases;
Sais;
Óxidos.
REAÇÕES QUÍMICAS
Adição;
Subtração;
Simples troca;
Dupla troca.
SOLUÇÃO
Dispersão;
Forças intermoleculares;
Solubilidade;
244
Temperatura e pressão;
Concentração;
Densidade;
Diluição;
Mistura.
TERMOQUÍMICA
Princípios da termodinâmica;
Calorias;
Calorimetria;
Reações exotérmicas e endotérmicas;
Variação de entalpia;
Equações termoquímicas;
Lei de Hess;
Entropia e energia livre;
Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas.
CINÉTICA QUÍMICA
Reações químicas;
Lei das reações químicas;
Representação das reações químicas;
Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas.(natureza dos reagentes,
contato entre os reagentes, teoria de colisão)
Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura,
catalisador, concentração dos reagentes) ;
Lei da velocidade das reações químicas;
Inibidores das reações químicas.
EQUILÍBRIO QUÍMICO
Reações químicas reversíveis;
Concentração;
Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
Equilíbrio homogêneo e heterogêneo;
245
Deslocamento de equilíbrio ( de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito
dos ;
Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).
RADIOATIVIDADE
Modelos Atômicos (Rutherford);
Elementos químicos (radioativos);
Tabela Periódica;
Reações químicas;
Velocidades das reações;
Emissões radioativas;
Leis da radioatividade;
Cinética das reações químicas;
Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).
ÓXIDO-REDUÇÃO
Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...);
Ligações metálicas (elétrons semi-livres);
Reações Químicas;
Número de oxidação;
Balanceamento de reações de óxido-redução;
Reações de óxido-redução.
HIDROCARBONETOS
Química do carbono;
Alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, ...
Benzeno.
FUNÇÕES OXIGENADAS
Álcool;
Fenol;
Éter;
Ácido carboxílico e seus derivados.
246
FUNÇÕES NITROGENADAS
Aminas;
Amidas;
Nitrilas.
POLÍMEROS
Borracha;
Plástico.
ISOMERIA
Plana;
Geométrica;
Ótica.
METODOLOGIA
A abordagem teórico metodológica mobilizará para o estudo da Química
presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma
repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
Quando a abordagem for relacionada ao conteúdo estruturante Biogeoquímica
é preciso dialogar com a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na abordagem com o conteúdo
estruturante Química Sintética, o foco é a produção de novos materiais e com o conteúdo
estruturante Matéria e sua natureza deve-se relacionar o comportamento macroscópico e
microscópico da matéria. Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química
Sintética a sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens histórica,
sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos. Mas para
o conteúdo estruturante matéria e sua natureza tais abordagens são limitadas, pois pela sua
origem, apenas a abordagem representacional como as fórmulas químicas, modelos
podem ser exploradas amplamente.
Para que a apropriação dos conteúdos seja eficaz utilizar-se-á de equipamentos
como vídeo, TV, computador, natureza, experimentação em laboratório, leituras científicas,
etc.,que possibilitará a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações
247
entre os alunos. Além disso, propor aos alunos leituras que vão além dos conceitos didáticos
dos livros para que os auxiliem na construção de pensamento científico crítico,
enriquecendo-os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas atuais, para
em um próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de grande
importância.
Portanto, quando os estudantes chegam, estão desprovidos de certos
conhecimentos e têm diferentes costumes, tradições e ideias que dependem das suas
origens, onde o professor deve de modo contextualizado abordar com os conteúdos
estruturantes os temas que envolvam a cultura afro-brasileira, cultura dos povos indígenas,
política nacional de educação ambiental, educação sexual e diversidade sexual e outros
temas que porventura se faça importante no decorrer do ano letivo.
Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação
pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto
1143/99 Portaria n° 413/02); Violência contra a Criança e Adolescente (Lei Federal
11525/07) e ECA (8069/90); Execução do Hino Nacional (Lei 12031/09); Educação
Ambiental (Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná
(Lei 13181/01 e Deliberação 04/13); Estatuto do Idoso (Lei 10741/03); Educação para o
trânsito (Lei 9503/97); Educação Alimentar e Nutricional (Lei 11947/09); Direitos Humanos
(resolução 01/12 CNE/CP); Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional
(12031/09); Música (Lei 11769/08 e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares
(Decreto 4837/12).
No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa a
história e Cultura Afro-brasileira (Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena (Lei nº 11.645./08), ao
Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente (Lei nº
11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na
Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas(Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei
11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos
desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das
diferenças existentes em nosso meio.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob
248
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre de interações
recíprocas, no dia a dia, no transcorrer da próxima aula e não apenas de modo pontual;
portanto está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, a avaliação
formativa e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor,
em busca de assegurar qualidade do processo educacional no coletivo da escola.
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos
conceitos científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica
influente dos conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos
fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Ao invés de avaliar apenas por meio de
provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de
expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e
interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios das aulas em
laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem ser
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem
claros também para os alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que
contribuam para transformar a própria realidade, o mundo em que vivem, havendo a
recuperação concomitante com os conteúdos trabalhados. Lembrando que a cada conteúdo
trabalhado e avaliado deve ser feita a recuperação paralela, fazendo se necessário rever
alguns métodos de abordagem dos conteúdos e das maneiras de avaliar, podendo variar
entre os conteúdos abordados e até mesmo de cada aluno pela diversidade de condições
existentes na nossa sociedade.
BIBLIOGRAFIA Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química, 2008.
ALLINGER, N. L. Química Orgânica: volume único; 2 ed. Rio de Janeiro: LTD; 1976. COVRE, G. J. Química Total: volume único. São Paulo: FTD, 2001. RUSSEL, J. B. Química Geral. 2 ed., São Paulo: Makron Books, vol. 2, 1994. SEED, Diretrizes curriculares de Educação Básica no Ensino de Química do Estado do Paraná, 2008; PERUZZO, T. M. Química: volume único. 2 ed., São Paulo: Moderna, 2003.
249
SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. UTIMURA, T. Y.; LINGUANOTO, M. Química Fundamental: volume único. São Paulo: FTD, 1998. USBERCO, J. SALVADOR, E. Química: volume único. São Paulo: Saraiva, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais: ensino médio. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, 2002. FELTRE, R. Fundamentos de Química: volume único. São Paulo: Moderna, 1996. MALDANER, O. A. A. Formação Inicial e Continuada de Professores de Química: professor pesquisador. 2 ed. Ijuí: Unijuí, 2003. CARVALHO G. C.; SOUZA, C. L. Química: volume único. São Paulo: Scipione, 2003. SILVA, E. R.; O. S.; SILVA, R. H. Química. São Paulo: Ática, 2001. SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático Público de Química.
10.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENS MÉDIO - SOCIOLOGIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais
que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta
encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a
clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade
do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que
porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos
acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los.
Em verdade, as transformações provocadas nas esferas política, social e cultural
da sociedade moderna têm raízes muito próximas e não podem ser imputadas apenas aos
acontecimentos externos, uma vez que se tratam de revoluções, movimentos inovadores de
longo curso e profundidade nas alterações de comportamentos. Alimentada pelos
iluministas, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, é o
documento simbólico do mundo moderno e ainda hoje embasa os Estados democráticos.
Assolado por crises sociais, o capitalismo liberal confirma os empresários industriais e o
proletariado urbano em posições sociais distintas. Em mútua influência, os acontecimentos
250
provocam e são provocados por movimentos nas ideias, nas artes, nos costumes sociais,
fazendo com que o Iluminismo, o racionalismo e o positivismo delineassem uma ciência da
sociedade, como uma necessidade histórica.
Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo, o
período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção
do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição
dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade
passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a
consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição
gradativa da atividade artesanal em manufatureira.
Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de
trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes
interesses na sociedade. Todas as mudanças que se processaram, resultaram de
desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições
de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social
acerca das condições de vida, embora não explícita nem extensiva.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz
emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução
pelos primeiros pensadores sociais, – Comte, Durkheim, Weber e Marx. A Sociologia surgiu,
portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição
deste processo.
Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e ainda os
faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade europeia da sua época,
valendo-se da ciência para compreender o sentido da crise que a acometia. Cada qual lhe
lançou um olhar: Marx analisou a dinâmica das relações sociais presentes no capitalismo;
por sua vez, vale-se da metodologia funcionalista para explicar o princípio da integração
social.; e Weber persegue o princípio da racionalização social buscando o significado das
ações sociais, no entendimento de que a subjetividade é um momento necessário do
processo objetivo de conhecimento.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Proporcionar uma compreensão aprimorada do mundo social, pautada na
251
sociologia crítica que analisa a realidade em sua perspectiva de prática e de crítica social,
buscando reconstruir com o aluno os conhecimentos que ele já dispõem, de maneira que
alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas
nas quais se situa, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas.
A finalidade desta disciplina tem como pressuposto teórico contribuir para a formação e o
conhecimento sobre os diversos modos que a sociedade está constituída, onde o educando
possa interagir no meio qual se encontra, possibilitando assim uma transformação tanto do
próprio indivíduo como também da sociedade como um todo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
Cultura e Indústria Cultural Trabalho, Produção e Classes Sociais
● Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; ● Diversidade cultural; ● Identidade; ● Indústria Cultural; ● Meios de Comunicação de Massa; ● Sociedade de Consumo; ● Indústria Cultural no Brasil; ● Questões de Gênero; ● Culturas afro brasileiras e africanas
● Culturas indígenas; ● O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; ● Desigualdades Sociais: estamentos, castas, classes sociais; ● Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; ● Globalização e Neoliberalismo; ● Relações de Trabalho; ● Trabalho no Brasil.
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
252
O Processo de Socialização
Instituições Sociais
● Processo de Socialização
● Instituições Sociais: Familiares; Religiosas e Escolares.
● Instituições de Reinserção: Prisões; Manicômios; Educandários, Asilos, etc.
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
Poder, Política e Ideologia
● Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; ● Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo; ● Conceitos de Poder; ● Conceitos de Ideologia; ● Conceitos de dominação e legitimidade; ● As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
METODOLOGIA
Os temas referentes ao estudo da sociologia serão abordados de modo a incitar
os alunos em sua curiosidade em relação ao conteúdo da disciplina, isentando-se o
dogmatismo e/ou doutrinações. Para tanto serão utilizados como recurso didático tais como:
música, jornais, filmes, fotos, vídeos, testos diversificados e livro didático. A metodologia das
aulas estará pautada nas seguintes técnicas: aulas expositivas, TV pendrive, seminários,
estudos dirigidos em sala de aula, atividades escritas e orais em grupo ou individual e dentro
das possibilidades pesquisa de campo.
Dentro deste contexto serão tratadas questões sociais que inclusive são tratadas por leis
específicas e estão diretamente relacionadas com a educação como:
1. Lei 11645/08 - que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura Indígena;
2. Lei 10639/03 - que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira;
3. Lei 9795/99 - que trata da Política Nacional de Educação Ambiental.
4. Lei 11525/07- Direito da Criança e do Adolescente.
5. Lei 13181/01- História do Paraná.
6. Lei 11769/08 – obrigatoriedade do ensino da Música.
7. Decreto 1143/99 – Educação Tributária e Fiscal – Portaria 413/02
8. Lei 12031/09 execução do hino nacional.
9. Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e deliberação 04/03.
253
10. Lei 10741/03 Estatuto do idoso;
11. Lei 11733/97 Sexualidade humana;
12. Lei 9503/97 Educação para o transito;
13. Lei 11343/06 Prevenção ao uso de drogas;
14. Lei 11947/09 Educação alimentar e nutricional;
15. Resolução 01/12 – CNE/CP;
16. Hasteamento e execução do hino do Paraná – instrução 13/12
17. Brigadas escolares – Decreto 4837/12
AVALIAÇÃO
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática
social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência
na exposição de ideias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem verificados no
decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas sociais, a iniciativa
e autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para reverter práticas de
acomodação, e sair do senso comum, são ações que indicam aos professores o alcance e a
importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que
acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a
produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação de teoria à prática. Enfim
várias podem ser as formas desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las a
clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e
reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Partindo do pressuposto de que a avaliação trata-se de um processo contínuo, a
recuperação será feita concomitantemente ao processo de ensino aprendizagem, ao serem
observados problemas relacionados ao não aproveitamento do conteúdo o professor pode
recorrer a outras metodologias para que o objetivo do ensino aprendizagem seja alcançado
BIBLIOGRAFIA APLLE, Michael. Educação e Poder. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989. ARENDT, Hannah, 1905-1075. Origens dos totalitarismos: Arendt Hannah; tradução-
254
Roberto Raposo. – São Paulo. Companhia das letras, 1989. ARON, Ramond. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo, Martins Fontes, 2002. CARVALHO, Leyue Mato Grosso. Ijuí, Unijuí, 2004. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE SOCIOLOGIA – SEED-PR. - 2008. FERNANDES, Florestam. A sociologia numa era de revolução social. São Paulo. Companhia das letras, 2003. GASINO, Wilson J. Histórias Sobre Corrupção e Ganância. Curitiba, 2006. GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre, Artend, 2005. GRUPIONI, Luis Donizete Benzi. São Paulo, Global Editora, 2005. IACOCCA, Liliana e Michele. De Onde Você Veio? Discutindo Preconceitos. São Paulo, Ática, 2005. NAZARI, Rosana Kátia. Sociologia Política e Construção de Cidadania no Paraná. Cascavel, Edunioeste, 2002. Nery, Maria Clara. Sociologia contemporânea. / Maria Clara Nery. – Curitiba: IESDE Brasil, S.A., 2007. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. – Introdução à sociologia: ensino médio, volume único / Pérsio Santos Oliveira. – 2.ed. São Paulo : Ática, 2011. PERIS, Alfredo Fonseca. Estratégias de Desenvolvimento Regional. Região Oeste do Paraná. Cascavel, Edunioeste, 2003. RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. ROLIM, Rivail, Carvalho. O Policiamento e a Ordem. História da Polícia em Londrina. Londrina, UEL, 1999. SILVA BENTO, Maria Aparecida. Cidadania em Preto e Branco. São Paulo, Ed. Ática, 2005. SOCIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES. – Curitiba: SEED-PR. – 2006. SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO. – 1. ed. – São Paulo: Moderna, 2013 – Vários autores. SOCIOLOGIA HOJE: volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado... [et al.]. – 1. Ed São Paulo: Ática, 2013. SOCIOLOGIA: volume único: ensino médio / Silvia Maria de Araújo, Maria Aparecida Bridi, Benilde Lenzi Motim. – ed. – São Paulo: Scipcione, 2013.
255
TOMAZI, Nelson Dacio – sociologia para o ensino médio, volume único / Nelson Dacio tomazi. – 3. Ed. – Saraiva, 2013.
11 PROGRAMAS DE ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO DE JORNADAS PEDAG - EMPRENDEDORISMO
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é um
Programa da Secretaria de Estado da Educação que visa o empoderamento educacional
dos sujeitos envolvidos por meio do contato com os conhecimentos, equipamentos sociais e
culturais existentes na escola ou no território em que esta está situada, com a ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas. Assim, os espaços externos ao ambiente
escolar podem ser utilizados mediante o estabelecimento de parcerias entre a escola e
órgãos ou entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola.
Para que o Programa alcance os objetivos pretendidos, é fundamental que a
comunidade, alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, famílias, representantes
de órgãos e entidades locais se reúnam com a finalidade de discutir e analisar o contexto
onde a escola está inserida, as diferentes histórias de vida, os diferentes pertencimentos dos
sujeitos: étnico-raciais, de gênero, geracional e religioso e as necessidades
socioeducacionais dessa comunidade, apresentando as proposições de atividades a serem
definidas pela escola. Esse processo de discussão coletiva tem por objetivo a melhoria da
qualidade do ensino, da convivência social, da democratização e acesso ao conhecimento e
aos bens culturais.
A Atividade Complementar Curricular em Contraturno desenvolvida na escola está
inserida no Macrocampo: Mundo do trabalho e geração de renda, Empreendedorismo: a
atividade deve enfocar os conceitos do empreendedorismo, do protagonismo juvenil e da
inovação através de programas voltados ao desenvolvimento do perfil empreendedor e
participativo dos/as estudantes e implementação de novos projetos e negócios corporativos.
É importante abordar perspectivas de economia solidária, de projetos comunitários e
cooperativos de promoção de alternativas coletivas de trabalho e geração de renda. Criar
oportunidades para a juventude desenvolver suas potencialidades empreendedoras voltadas
ao conhecimento necessário à sua formação.
OBJETIVOS
256
● Desenvolver no educando comportamentos cooperativos, coletivos, éticos e
responsáveis.
● Preparar e orientar o aluno acerca dos conteúdos sobre empreendedorismo e
desenvolver suas potencialidades empreendedoras voltadas ao conhecimento necessário à
sua formação.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICO
● Trabalho assalariado e o trabalho livre; (História)
● Urbanização e industrialização; (História)
● Comércio e produção de rendas; (Geografia)
● Relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; (Geografia)
● Relações de trabalho na sociedade; (Sociologia)
METODOLOGIA
Incorporar, como princípio educativo, nas práticas didáticas a metodologia da
problematização como instrumento de incentivo à pesquisa, articulando teoria/prática e
vinculando o trabalho intelectual com atividades práticas experimentais.
Utilizar novas mídias e tecnologias educacionais como processos de dinamização
dos ambientes de aprendizagem.
Oportunizando de forma dinâmica a participação do educando nas atividades
aplicadas, através de palestras, aulas teóricas e práticas, realizando pesquisas de mercado,
desenvolvendo planos de ação e buscando parcerias com empreendedores locais para visar
à concretização dos seus projetos aplicados empreendedores na realização das feiras do
jovem empreendedor.
RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se por parte do aluno que o mesmo compreenda e consiga aplicar as
competências indispensáveis para um empreendedor, pontuando os quatro pilares
empreendedoras elencados pela Unesco para os alunos do ensino médio que são elas:
competência para conhecer, competência para fazer, competência para ser e competência
para conviver.
AVALIAÇÃO
Os critérios adotados serão processuais, oportunizando ao educando diferentes
257
experiências de aprendizagem sobre as competências de um empreendedor que visam sua
formação integral e respeitando as diferenças individuais e coletivo, priorizando o raciocínio
e sua interpretação com os temas trabalhados sobre o mundo do trabalho e Geração de
Rendas.
BIBLIOGRAFIA DOBAELA, Fernando. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. ________. Quero construir a minha história. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. LOPES, Rose (org.) Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de janeiro: Elsevier, 2010. ALVES, Rubem. Escutatória. Disponível em: <http://www.rubemalves.com.br/10mais_03. php>. Acesso em 20 out.2013. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB n° 2, de 30 de janeiro de 2012. SCHNEIDER, J. O. A doutrina do cooperativismo nos tempos atuais. São Leopoldo: Editora Unisinos / CEDOPE, 1993.