PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Órgão Subordinado: Núcleo Regional de Educação de...

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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO FOZ DO IGUAÇU 2011

Transcript of PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Órgão Subordinado: Núcleo Regional de Educação de...

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO

Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

FOZ DO IGUAÇU

2011

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 4

2 IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................... 5

3 MARCO HISTÓRICO ............................................................................... 5

4. MARCO SITUACIONAL ........................................................................... 7

4.1 Organização da escola ........................................................................... 7

4.2 Características ........................................................................................ 9

4.3 Perfil do aluno ......................................................................................... 9

5. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................... 10

5.1 Diagnóstico e descrição da realidade brasileira ................................. 11

5.2 Diagnóstico do estabelecimento .......................................................... 13

6. INCLUSÃO- Um desafio a ser enfrentado pela escola ........................ 14

7. CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ........................................ 15

8. MARCO CONCEITUAL ........................................................................... 16

8.1 Concepção de Mundo, Sociedade e Cultura ....................................... 16

8.2 Concepção de Homem e Cidadania ..................................................... 17

8.3 Concepção de Tecnologia..................................................................... 19

8.4 Concepção de Ensino Aprendizagem .................................................. 19

8.5 Concepção de Educação, Tempo e Espaço ........................................ 20

8.6 Concepção de Conhecimento ............................................................... 21

8.7 Concepção de Escola ............................................................................ 22

8.8 Concepção de Currículo ....................................................................... 23

8.9 Concepção de gestão democrática ...................................................... 24

8.11 Concepção de Avaliação ....................................................................... 25

8.12 Hora Atividade ........................................................................................ 27

9.0 MARCO OPERACIONAL ........................................................................ 27

9.1 Projeto Político-Administrativo-Pedagógico ....................................... 27

9.2 Eleição de Diretores .............................................................................. 28

9.3 Trabalho Família/Escola ........................................................................ 28

9.4 Formação Continuada ........................................................................... 28

9.5 Intervenções Pedagógicas .................................................................... 29

10. GESTÃO ESCOLAR ............................................................................... 30

3

10.1 Equipe Diretiva ....................................................................................... 30

10.2 Atribuições do Diretor e da Direção Auxiliar ....................................... 30

10.3 Instâncias Colegiadas: APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar

................................................................................................................. 31

10.4 Atribuições da Equipe Pedagógica ...................................................... 32

10.5 Organização dos segmentos ................................................................ 33

10.5.1 Corpo Docente ..................................................................................... 33

10.5.1 Corpo Discente .................................................................................... 34

10.6 Equipe Multidisciplinar .......................................................................... 34

10.7 Atribuições específicas – Serviços de secretaria ............................... 35

10.8 Atribuições específicas – Serviços gerais .......................................... 36

11. MATRÍCULA ............................................................................................ 36

12. TRANSFERÊNCIA .................................................................................. 36

13. ESTÁGIO ................................................................................................. 37

13.1 Estágio obrigatório ................................................................................ 37

13.2 Estágio não obrigatório ......................................................................... 37

14. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ........................ 38

15. REGIMENTO ESCOLAR ......................................................................... 39

16. CALENDÁRIO ESCOLAR ...................................................................... 39

17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 39

ANEXOS .................................................................................................. 42

4

1. INTRODUÇÃO

A construção do Projeto Político Pedagógico parte do princípio de que o

mesmo se concretiza na participação coletiva quando de sua elaboração e

efetivação. Essa participação coletiva se faz por meio do envolvimento de toda a

comunidade escolar no processo de construção, sendo assim todos são co-autores

dessa elaboração.

O Projeto Político Pedagógico possui a função de romper o isolamento dos diferentes segmentos da escola, buscando pela participação coletiva e efetiva dos alunos, pais, funcionários e comunidade, não só na sua elaboração, mas constantemente, na sua observação crítica do cotidiano escolar. (LONGHI & BENTO, 2006).

Pensar a escola por meio desse Projeto Político e Pedagógico é pensar no

próprio projeto histórico de cada sujeito, ou seja, professor, aluno, funcionário,

direção, pais e comunidade.

A estrutura de organização desse documento inicia por apresentar a realidade

da escola a partir de seu contexto histórico, político e social. Em seguida

fundamentar quais concepções nortearão a analise dessa realidade para então

projetar ações a serem desenvolvidas no seu interior.

O entendimento de que a escola possui identidade própria é a principal

justificativa sobre a importância da constituição deste documento, sendo instrumento

de diagnóstico e transformação da realidade escolar. Nesse sentido, constitui-se em

um documento que permite verificar seu contexto e intencionalidade social histórica,

sistematizando a organização das atividades educativas.

O Colégio Estadual Barão do Rio Branco está inserido numa sociedade que

se transforma e evolui constantemente levando o aluno a ter consciência do

processo social no qual está inserido, desafiando-o a assumir uma postura política

que, ao mesmo tempo em que denuncia as injustiças sociais, propõe alternativas

baseadas no conhecimento.

Baseados nessa visão propomos uma escola estruturada na liberdade de

pensamento, que trabalhe e respeite a individualidade do aluno, para que assim ele

possa, efetivamente, construir sua autonomia e que saiba agir com a

responsabilidade necessária ao convívio social.

5

2. IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Barão do rio Branco- Ensino

Fundamental, Médio, Normal e Profissional.

Endereço: Rua Silvino Dal Bó nº 85 – Pólo Centro – Foz do Iguaçu – Paraná Cep:

85863-759

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação – SEED - Governo do

Paraná

Telefone Fax: (45) 3522 3734 Email: barã[email protected]

Diretor do Estabelecimento de Ensino : Ivanir Maria Polla (Gestão 2009-2011)

Porte da Escola: 7

3. MARCO HISTÓRICO

O Colégio Estadual Barão do Rio Branco foi criado pela resolução nº 4650/78

de 20 /02/78, com o nome de Escola Estadual Unidade Polo.

No ano de 1981 foi reconhecido o I Grau pela resolução nº 10081/79, até

então funcionando como escola polivalente, com Educação Geral, Especial e

Técnicas para o Trabalho.

Neste mesmo ano é reconhecida a Habilitação do Magistério, mantido pelo

Governo do Estado do Paraná, modalidade esta que ainda hoje apresenta grande

procura pela comunidade e que tem formado com competências profissionais para

atuarem em Escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental – séries iniciais.

No ano de 1986 foi reconhecido o Curso de II Grau, hoje Ensino Médio, pela

Resolução 2042/86 de 02/05/86.

Estas mudanças foram possíveis graças ao trabalho de equipe que vem

sendo realizado, visando ofertar à comunidade um ensino de qualidade e que

sempre procurou acompanhar o ritmo das mudanças sociais, econômicas, políticas

e culturais do país.

Neste sentido tem tido o constante apoio da comunidade que participa

ativamente das decisões, progressos e atividades realizadas pela escola.

As modificações profundas dos quadros tradicionais da existência humana

colocam-nos perante o dever de compreender melhor o outro e o mundo e esta é

uma das tarefas da escola democrática.

O Colégio Barão do Rio Branco pauta-se no princípio de formação de alunos

solidários, ativos, criativos, responsáveis, que buscam o bem comum e a

6

convivência pacífica. Que através do domínio de conhecimentos científicos

produzidos social e historicamente, consigam compreender e atuar no mundo em

que vivem de forma crítica.

Partindo do pressuposto que nenhum ser humano sobrevive sem a educação

e que a escola é local privilegiado de troca de vivências e crescimento.

A construção do Projeto Político Pedagógico contou com a participação de

representantes dos segmentos que compõe o universo escolar, foram reuniões de

estudo, discussões, trocas para contemplar as reais aspirações da comunidade

escolar.

A década de 90 foi marcada pela luta em defesa da permanência do curso de

Magistério, ofertado pelo colégio. O Governo do Estado determinou o fechamento do

curso que, segundo sua visão, deixou de ser necessário no Paraná. A comunidade

uniu-se e por anos seguidos fez várias manifestações, buscou apoio junto a

segmentos significativos da sociedade e conseguiu continuar ofertando,

provisoriamente o curso.

Somente em 2004, o Governo do Estado autorizou, em caráter definitivo, a

continuidade da oferta do Curso Formação de Docentes em Nível Médio, bem como

o início da oferta do Curso Formação de Docentes com aproveitamento de Estudos,

destinado aqueles alunos que já possuem o Ensino Médio completo.

Em 2006 a instituição passa a sediar o programa Profuncionário, que trata-se

da formação em serviço destinada especificamente aos funcionários administrativos,

Agentes Educacionais I e II (profissionais dos serviços gerais como limpeza,

manutenção e cozinha; profissionais da secretaria escolar respectivamente). Sendo

um curso organizado semipresencial, com duração de dois anos, é disposto em

regime de tutoria, com aulas presenciais aos sábados e calendário específico.

Considerando que este curso trata especificamente da rotina de trabalho, ele é

organizado em Módulos da Formação Pedagógica e Instrucionais e Módulos de

Formação Técnica e Específica que objetivam a habilitação do cursista. A primeira

turma formada foi em Gestão Escolar (Agentes Educacionais II) tendo como tutora a

Professora Pedagoga Claudimery Dzierva Chagas, atualmente o curso conta com

nove turmas dispostas em Secretaria Escolar, Multimeios Didáticos e

Biblioteconomia (Agentes Educacionais II) e Infraestrutura Escolar e Alimentação

Escolar (Agentes Educacionais I).

7

A partir de 2008, a instituição iniciou a oferta do Curso Técnico em Segurança

do Trabalho na modalidade PROEJA, no período noturno, com duração de três

anos; em 2010 o curso passou a ser oferecido na modalidade subsequente, com

duração de um ano e meio.

4. MARCO SITUACIONAL 4.1 Organização da escola

Ensino Médio Formação de Docentes

Turno Turmas N°

alunos

Turno Turmas N°

alunos

Matutino 1º anos A / B /C

2º anos A / B/ C

3º anos A / B/ C

104

81

111

Matutino 1º anos A / B / C/ D

2º anos A / B / C

3º anos A / B / C

4º anos A / B / C

147

95

65

73

Noturno 1º anos D

2º anos D

3º anos C

27

23

32

Vespertino 1º anos E

2º anos D

3º anos C

4º anos -

33 12 13

Técnico em Segurança do Trabalho

- EJA

Técnico em Segurança do Trabalho -

Subsequente

Turno Turmas N°

alunos

Turno Turmas N° alunos

Noturno 1º semestre

2º semestre

3º Semestre

4º Semestre

5º Semestre

6º Semestre

18

07

18

07

12

10

Noturno 1º semestre

2º semestre

3º Semestre

44

61

57

Ensino Fundamental

Formação de Docentes com

Aproveitamento de Estudos

8

Turno Turmas N°

alunos

Turno Turmas N°

alunos

Vespertino 5ª séries A / B / C

6ª séries A / B / C

7ª séries A / B / C

8ª séries A / B / C

79

82

83

74

Noturno 1º semestre

2º semestre

3º semestre

3º ano

45

17

35

40

Celem – Espanhol Básico Celem – Inglês Básico

Turno Turmas N°

alunos

Turno Turmas N°

alunos

Matutino 1º ano

2º ano

24

16

Matutino - -

Vespertino 1º ano

2º ano

40

15

Vespertino 1º ano

2º ano

18

06

Noturno 1º ano

2º ano

40

18

Noturno - -

Oferta de Ensino:

Ensino Fundamental – 2º Segmento

Ensino Médio

Ensino Profissional – Formação de Docentes Integrado; Formação de Docentes com

Aproveitamento de Estudos; Técnico em Segurança do Trabalho-Subsequente;

Técnico em Segurança do Trabalho- PROEJA; Profuncionário, CELEM

Horário: turnos matutino, vespertino e noturno.

Dias letivos: 200 Horas: 800 Em atendimento a Lei de Diretrizes e Bases Nacionais.

Comunidade Escolar: Alunos residentes em bairros diversos e áreas circunvizinhas

à escola.

Órgão Subordinado: Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu

Instância Colegiada: Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, APMF.

Recursos Financeiros: Fundo Rotativo, PDDE, Associação de Pais , Mestres e

Funcionários – APMF

9

Recursos Físicos: O Colégio possui sala para direção, secretaria, sala de

professores, coordenação, duas quadras de esportes, sendo uma coberta, sala de

Jogos para Educação Física, cozinha, vinte e duas salas de aula permanentes,

dentre estas, sala de estágio para o Curso Formação de Docentes, sala do Celem –

Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, Laboratório de Ciências Químicas e

Biológicas, Laboratório de Informática, Mini auditório e Biblioteca. A escola conta

também com banheiros para professores e alunos (feminino e masculino), sala para

hora atividade inclusive uma sala de hora atividade específica para os professores

tutores do curso ProFuncionário, Mini palco, cantina, refeitório coberto, xérox e

almoxarifado.

Recursos Humanos:

Direção Geral e Direção auxiliar 3

Equipe Pedagógica e Coordenações de Curso 10

Professores 133

Agentes Educacionais I 18

Agentes Educacionais II 14

Recursos Materiais, Pedagógicos e Tecnológicos: Livro Didático Público para as

disciplinas do Ensino Fundamental e Médio; Laboratório de informática com acesso

assistido aos alunos; Biblioteca com aproximadamente 5.200 livros; vinte e quatro

TVs Pen Drive e quadros branco em todas as salas de aula. A escola possui ainda

um aparelho de Multimídia com Notebook e dois aparelhos de DVD para uso em

sala de aula.

4.2 Características

O Colégio Estadual Barão do Rio Branco conta com um grande número de

alunos trabalhadores, muitos oriundos do Paraguai e de diversos bairros da cidade.

Essa diversidade oportuniza a realização de trabalhos pluriculturais proporcionando

o desenvolvimento de projetos de cunho social.

4.3 Perfil do aluno

Tem a finalidade de formar um homem livre, capaz de analisar criticamente e

exercitar sua cidadania assumindo seu papel de elemento propulsor de uma nova

sociedade apoiada no respeito e na dignidade humana.

10

Dessa forma, a escola experimentará realizar o exercício de uma nova

sociedade quando os educandos:

Despertem para a existência do seu próprio espaço, desenvolvendo seu

senso crítico, tornando-se sujeitos da história;

Experimentem e escolham ações que os levem a desenvolver noções de

liberdade, de criatividade, de participação e respeito de forma a construir

sua própria identidade e optem por escolhas responsáveis;

Aprofundem seus estudos, construam seus conhecimentos através de

estratégias que levem a auto-realização e ao exercício consciente da

cidadania;

Comprometam-se com a promoção da justiça e da dignidade humana.

5.0 REFERENCIAL TEÓRICO

Entendendo que a escola e sua função social não estão desprendidas

dos condicionantes da organização econômica, e que ela não trabalha de forma

neutra, o materialismo histórico dialético investiga a origem do desenvolvimento do

sistema, das relações sociais e do desenvolvimento da produção material buscando

compreender de forma histórica o movimento social atual, a educação e a escola

pública.

Nesse sentido,

Pedagogia Histórico-Crítica é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. (SAVIANI, 2003.p.102).

O materialismo histórico dialético afirma que os fenômenos sociais são

processos históricos, dinâmicos e que, portanto estão em constante aprimoramento

e ou desenvolvimento, descartando o dito materialismo como essência mecanicista,

de partículas que combinam entre si de modo inerente. Desta forma, é entendida

como a concepção que melhor atende aos filhos da classe dos trabalhadores na

escola pública, com o objetivo da integração social através da apropriação do

conhecimento elaborado de forma crítica, e por tanto utilizado como base teórica

deste estabelecimento de ensino.

11

5.1 Diagnóstico e descrição da realidade brasileira

No Brasil, embora a gestão democrática da educação figure como norma

jurídica desde a Constituição Federal de 1988, sua regulamentação tem sugerido

uma diversidade de interpretações que variam segundo o lugar e os agentes

envolvidos. A década de 90 tem se apresentado como um momento ímpar nas

formulações de propostas no campo educacional, mais especificamente, da gestão

da educação. Antigas tensões que em outros momentos marcaram a história da

educação brasileira vêm sendo resgatadas e, em certa medida, recuperadas e

(re)significadas com o mesmo vigor do passado.

São propostas que comportam preocupações em torno dos objetivos, meios e

fins aos quais a educação pública deve atender. Essas discussões abarcam um

grande conjunto de problemas e questões da gestão da educação que não se

restringe aos aspectos e características do ensino formal e regular, mas extrapolam

esses limites, contemplando também o ensino informal e aqueles considerados não-

regulares (OLIVEIRA, 2002).

A sociedade capitalista atual adota um modelo liberal de produção e

administração que se consolidou nas ultimas décadas e tem se constituído em um

elemento altamente excludente. Grande parte da população mundial não tem acesso

às condições mínimas para garantir uma existência digna. Isso se refere à moradia,

segurança, saúde e educação. Ao mesmo tempo em que as camadas majoritárias

lutam pela sobrevivência os grandes empresários e empresas dominam o mercado

mundial e vendem seus produtos nos mais remotos cantos do mundo, alcançando

altas taxas de lucratividade.

Neste contexto a escola tem sido vista como a responsável pela preparação

dos indivíduos para atuar nesta sociedade e “adaptar-se” a ela. Assim, a escola

torna-se uma mera reprodutora do sistema. Por outro lado, para as classes

trabalhadoras a escola se constitui em uma possibilidade de mudança da estrutura

social ao criar condições de acesso aos saberes elaborados histórica e socialmente

pela humanidade.

Hoje há razões suficientes para afirmar que outro mundo é necessário, onde

os seres humanos possam viver com dignidade, tendo acesso aos bens e

conhecimentos que produzem. A sociedade que se busca deve estar pautada na

justiça, na democracia e na ética.

12

O Brasil tem avançado nos últimos anos, no que se refere aos índices sociais,

vem conseguindo diminuir a pobreza, o analfabetismo, através de diversos

programas de atendimento às populações mais carentes, muito embora figure entre

os países que apresentam as mais injustas distribuições de renda do mundo. Neste

universo a educação passa a ter uma importância fundamental como possibilidade

da melhoria das condições de vida e, neste sentido, temos hoje cerca de 97% das

crianças e jovens dos sete aos quatorze anos frequentando o ensino fundamental,

obrigatório. O que é um avanço significativo, embora a Educação Básica ainda não

seja um direito garantido a todos.

A década de 90, no Estado do Paraná, foi marcada pela adoção de políticas

neoliberais que se evidenciaram nas decisões das secretarias de Estado, inclusive

da Educação, que atendia as determinações do Banco Mundial e de outros

organismos internacionais e aos interesses do capital.Isso se evidenciou com o

fechamento dos cursos profissionalizantes, abrindo espaço para a iniciativa privada.

A partir de 2002 o encaminhamento dado à educação no Estado do Paraná

passa a ser outro. O governo autoriza a continuidade e a retomada dos cursos

profissionalizantes, adota medidas e políticas mais condizentes aos interesses da

classe trabalhadora, quando estabelece uma linha teórica critica para embasar o

trabalho educativo-pedagógico.

A realidade educacional do município, no qual a sociedade está inserida, é

agravado por problemas sócio-econômicos da comunidade, embora vários

programas governamentais tenham minimizado os elevados índices de evasão e

repetência. O município tem características atípicas dos demais da região, com uma

economia baseada no comercio e no turismo e que sofre grande influencia da tríplice

fronteira. Isso contribui para que muitas pessoas se dediquem a atividades

econômicas informais, por falta de opção e de qualificação profissional. Sendo o

Colégio Estadual Barão do Rio Branco, uma escola de formação de profissionais da

educação é primordial que desenvolva um trabalho competente, comprometido com

as camadas majoritárias da população, para que possa gerar mudanças estruturais

assegurando a todos que estão inseridos nessa realidade um ensino de qualidade.

Pedagogicamente a escola esta estruturada em uma linha teórica crítica,

buscando desenvolver uma educação democrática, libertadora e ética. Em termos

de aplicabilidade social, hoje, o Colégio situa-se entre as mais conceituadas

instituições da região por sua participação expressiva nos eventos, cursos e

13

campanhas de apoio social, sendo que a partir das discussões propostas a

comunidade compreende a escola como sendo um espaço de luta.

5.2 Diagnóstico do estabelecimento

Faz-se necessário destacar algumas inquietações, enquanto necessidade de

avanço da prática pedagógica...

Uma questão que consideramos primordial esta relacionada ao entendimento

de qualidade de ensino que se vincula a concepção tradicional e conservadora de

educação, cuja qualidade é medida mediante provas e exames individuais que não

consideram o processo e sim os resultados finais, desconsiderando as condições de

escola (salas de aula lotadas, espaço físico por vezes inadequado, pouca

segurança), currículo, avaliação, as condições de trabalho (falta de professores e

funcionários, salários insuficientes) e a formação dos profissionais em educação

dentre outros.

Ainda em relação aos padrões mínimos de qualidade de ensino, é preciso

compreender que estes estão diretamente ligados com a gestão democrática na

medida em que são necessárias na adequação de recursos e pessoal para dar

conta dos objetivos da escola pública (PARO, 2001). É mister entender também que

a participação da comunidade escolar na gestão não pode ser resumida na

comunicação aos pais do andamento das atividades, nem tão pouco na escolha dos

diretores, mesmo sabendo que estes ainda são considerados um avanço

significativo em relação a participação dos pais e comunidade na escola. Logo, a

direção da escola não pode ficar concentrada exclusivamente no diretor da

instituição, com demarcações exclusivas aos ditames do Estado e sim atuar

segundo os interesses de seus pares, em beneficio a uma educação de qualidade

que priorize a formação da cidadania.

Em relação a escola seriada, compreende-se que de certo modo limita o

tempo, quando estabelece um período determinado para assimilação dos

conteúdos. Esse sistema padrão, somado ao tempo reduzido das disciplinas (horas

aulas semanais), corre o risco de gerar uma aprendizagem artificial, pois com o

tempo demarcado, a prioridade está em produzir e não em entender.

Para Paro (2001), um “elemento teórico de importância essencial que parece

faltar entre os educadores escolares é a concepção progressista de educação”. Ou

seja, os trabalhadores em educação, em especial, precisam ter o entendimento da

14

visão de homem, como ser histórico, social e participe da construção da

humanidade, como também o entendimento de que o fracasso escolar não se deve

a um indivíduo isolado e sim a um conjunto de determinações internas e externas.

A Formação Continuada para os educadores é essencial, principalmente

considerando os vários traços da ideologia capitalista que se instituem na sociedade

como traços da modernização. Estas que ousam através dos meios de comunicação

e de tantas outras armadilhas impor o conformismo e a reprodução da sociedade

classista na qual vivemos. No entanto, toda e qualquer discussão em relação a

Formação dos educadores que fuja a regra da reprodução precisa estar

fundamentada na teoria crítica da educação, enquanto objetivo e organização. Ou

seja, os objetivos não podem estar na reforma do atual modelo social, ao qual a

escola faz parte, e sim do enfrentamento das desigualdades e a busca por novas

condições concretas de desenvolvimento e emancipação humana.

6.0 INCLUSÃO - Um desafio a ser enfrentado pela escola

Toda diferença propõe conflito e instabilidade, sendo que ao instaurar a

discussão sobre inclusão na escola pública é preciso ter o entendimento de que a

condição de igualdade não se concebe a partir de modelos, de que todos os alunos

sejam iguais em tudo, nesse sentido é primordial considerar a questão das

desigualdades naturais e sociais,

A igualdade de oportunidades é perversa, quando garante o acesso, por exemplo, à escola comum de pessoas com alguma deficiência de nascimento ou de pessoas que não têm as mesmas possibilidades das demais, por problemas alheios aos seus esforços, de passar pelo processo educacional em toda a sua extensão. (MANTOAN, 2006.p.16)

A escola corre o risco de agir conforme o modelo educacional elitista e

constituindo-se em um sistema dito igualitário, com o discurso da educação para

todos, tende a ser desigual, pois não consegue atender as diferenças, a diversidade

e as necessidades sociais em sua amplitude. Se faz necessário entender e

reconhecer a igualdade de aprender como ponto de partida e as diferenças no

aprendizado como processo.

Nesse sentido, sabemos que os alunos com deficiência que foram e são

excluídos nas escolas comuns, devem estar inseridos no ensino regular,

principalmente em cumprimento a lei que diz ser obrigatório o acesso e frequência

de todas as crianças e jovens à educação. Segundo Mantoan (2006) “por uma

15

organização pedagógica escolar que se destina a alunos ideais, padronizados por

uma concepção de normalidade e de eficiência arbitrária definida”.

É válido ressaltar que a escola básica precisa reorganizar seu atendimento

para receber os alunos deficientes, e, portanto atender as diferenças, tendo em vista

a presença de intérpretes, tecnologias e outros recursos necessários para o bom

desenvolvimento do aluno, dependendo de sua necessidade, priorizando sempre a

função social da escola. Para tanto, se faz preciso lutar por mudanças necessárias

para esse acesso, a permanência e a continuidade de estudos desses alunos na

escola básica, entendendo a escola como aquela que reconhece e valoriza as

diferenças.

É preciso igualmente considerar os conceitos gerais e o papel social da

escola ao que diz respeito a Educação Sexual e as relações de gênero, classe e

raça/etnia, pensando que:

a educação escolar representa o caminho para o estabelecimento de uma Educação Sexual que visa, ao mesmo tempo que o respeito à livre orientação sexual em consonância com relações igualitárias de gênero, classe, raça\etnia, a construção de um ambiente pedagógico onde os conhecimentos científicos acerca deste assunto possam ser difundidos com domínio e propriedade. (SEED, 2009).

Desta forma, a política de Estado, na qual se embasa este estabelecimento

de ensino, prevê postura de respeito aos direitos humanos e a diversidade na

perspectiva da educação escolar, com discussões frequentes a fim de propor

mudanças significativas.

7. CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

Entendendo que o Brasil fora formado a partir de heranças culturais

europeias, indígenas e africanas e que não contempla de maneira igualitária, essas

três contribuições no sistema educacional – se destacando a visão eurocêntrica.

Esse encaminhamento começou a mudar a partir da aprovação da Lei 10.639/03,

que tornava obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas

escolas de Ensino Fundamental e Médio. Esta foi substituída pela Lei 11.645/08, que

inclui também o ensino de História e Cultura Indígena, como segue:

Art. 26. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

16

§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”

Essas Leis, que alteram a Lei de Diretrizes e Bases têm como principal

objetivo promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade,

comprometida com as origens do povo brasileiro, sendo que os profissionais da

educação precisam objetivar e fundamentar seus encaminhamentos metodológicos

valorizando a diversidade, em busca de uma prática social que inclua os sujeitos

históricos com igualdade de oportunidades, não privilegiando os referenciais elitistas

e racistas pré-estabelecidos.

8. MARCO CONCEITUAL

Base Filosófica: Concepção de Mundo, Sociedade, Cultura; do Homem, Cidadania;

de Educação e de Tempo e Espaço; de Conhecimento; de Escola; de Currículo; de

Ensino Aprendizagem; de Tecnologia e de Gestão Democrática.

8.1 Concepção de Mundo, Sociedade e Cultura

Precisamos ter bastante clareza em que tipo de sociedade vivemos e que

sociedade queremos, é necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade, obviamente que não se trata de leis naturais, mas

sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Como a sociedade não é homogênea, como está permeada de contradições de lutas e antagonismos de classes, a educação se transforma de acordo com o movimento da sociedade, que ao se transformar e ser transformada possibilita uma educação de tipo diferente, adequada a nova realidade.(ORSO,p.54).

Desta forma, se faz primordial que o profissional da educação compreenda a

realidade de seu trabalho, seus limites e a importância da sua ação no interior da

sala de aula enquanto movimento dialético de luta pela transformação social.

Entender a organização social disposta, pois reflete entender as condições e

objetivos da educação em conjunto ao desenvolvimento das forças produtivas e das

17

relações entre as classes sociais, é premissa para o desenvolvimento de uma

educação não alienada, com o objetivo pautado em nova concepção de mundo e

sociedade igualitária.

Para o senso comum a cultura é sinônima de grau educacional ou capacidade

de compreensão e organização de dados e situações, controle de informações,

leituras e títulos, ou seja, sinônimo de inteligência. No entanto, a Cultura para a

Antropologia e Sociologia é a maneira de viver de um grupo, sociedade, país ou

pessoa; tratam-se dos códigos através do qual as pessoas de um grupo pensam,

classificam e modificam o mundo e a si mesmas, permitindo relacionar os indivíduos

entre si e o próprio grupo.

8.2 Concepção de Homem e Cidadania

O homem não nasce homem, pois precisa da educação para se humanizar.

Ao contrario de outros animais, os homens não são apenas seres biológicos

produzidos pela natureza. Os homens são seres culturais que modificam o estado

da natureza. O conhecimento necessário para produção de utensílios e da melhoria

das condições de vida é parte de seu legado social, resultado da tradição acumulada

por muitas gerações e transmitida, não pelo seu sangue, mas através da linguagem.

Nesse sentido, é a linguagem simbólica um dos principais meios para o

desenvolvimento da cultura humana. Os símbolos são inversões humanas por meio

das quais pode lidar abstratamente com o mundo que o cerca. Depois de criados,

entretanto, eles devem ser aceitos por todo o grupo e tornam-se a convenção que

permite o diálogo e o entendimento do discurso do outro. Além disso, com a

linguagem simbólica o homem não está apenas presente no mundo, mas é capaz de

representá-lo.

Desta forma, o ser humano é um produto da natureza e da cultura e, ao

mesmo tempo, um transformador da natureza e da cultura. Criatura e criador do

mundo em que vive, o ser humano criou para si um mundo novo, diferente do

cenário natural originalmente encontrado. Este constitui o espaço construído pelos

conhecimentos e realizações desenvolvidos e compartilhados pelos diferentes

grupos sociais.

E é a partir do trabalho, e da forma como se dá o processo de produção da

vida material dos homens, que todas as outras formas de manifestações humanas

se desenvolveram. Karl Marx (1982) filósofo alemão do século XIX, afirma: “ Pode-se

18

considerar a consciência, a religião e tudo o que quiser como distinção entre os

homens e os animais; porém essa distinção só começa a existir quando os homens

iniciam a produção dos seus meios de vida.” Ao considerar trabalho humano como

toda ação humana, que procede do pensamento, é possível afirmar que o homem

tem capacidade de alterar a natureza por meio de ação consciente, ou seja, com

objetivos pré-estabelecidos.

O conceito de cidadania, que precisa ser compreendido e construído pelo

homem, mesmo relacionado a organização do Estado e à participação em

comunidade, tem sua evolução diretamente relacionada às lutas e conquistas que

foram sendo ampliadas ao longo da história da humanidade.

Nesse sentido, a cidadania só é possível a partir da vigência do regime

democrático pautado na liberdade, na garantia de igualdade de direitos para todos,

direitos estes conquistados historicamente. A cidadania que se almeja na escola é a

que ultrapasse a concepção liberal, garantindo a inclusão social de todos os

indivíduos, independente de diferenças culturais e sociais.

No entanto, para a construção da escola democrática, cuja referência é a

educação pautada nos direitos humanos e na cidadania, sabemos que é necessário

operar uma mudança radical no modelo de formação do educador e,

consequentemente, da escola, sendo que:

a escola deve ser vista como uma instância dentro da engrenagem da

sociedade que poderá contribuir para a educação em direitos humanos e

cidadania, mas ao mesmo tempo, convive com os limites e determinações

da própria sociedade. (SILVA,2000.p.35)

Essas reflexões demonstram que a proposta educacional democrática e que

trabalhe com a formação da cidadania, apenas será concretizada mediante algumas

condições,

Acreditamos que nessa contradição das sociedades capitalistas, que limitam

os direitos e ao mesmo tempo os asseguram legalmente, podemos

encontrar as possibilidades de avançar no fortalecimento da cidadania

democrática. (SILVA, 2000.p.35)

Dentre as condições básicas apontadas por Silva, estão a execução da

educação escolar como direito universal, espaço primeiro de apropriação do

conhecimento historicamente produzido pela humanidade; o direito a liberdade de

expressão e o respeito à diversidade, bem como garantir a gestão democrática dos

19

serviços educacionais em todos os níveis e instâncias do ensino, esta que

ocasionará o continuo dialogo com a sociedade.

Desta forma, a proposta pedagógica, metodológica do trabalho escolar

descrita nos conteúdos curriculares precisa ter como eixo norteador a temática dos

direitos humanos e da cidadania, priorizando o debate, a problematização e a

formação crítica. Modelo este em que se articule com o contínuo exercício da

cidadania, o qual o aluno é produtor de conhecimento e o professor agente mediador

entre o aluno e o conhecimento historicamente sistematizado.

8.3 Concepção de Tecnologia

Atualmente têm-se à disposição diferentes instrumentos para manter a

memória das civilizações e a segurança do acervo cultural alcançado, garantindo a

continuidade histórica. O acesso a esses instrumentos, que são os registros da

evolução da humanidade, é proporcionado em vários ambientes, como a escola, que

oportuniza através da habilitação à leitura e a escrita o conhecimento cultural

acervado por tantas gerações. Na escola, que tem como um dos seus objetivos a

“formação comum indispensável para o exercício da cidadania” (Art.22, Lei n.º

9394/96), todas as ciências estão presentes, tendo no professor o mediador que,

com uso de diferentes metodologias, explora com os aprendizes todo o

conhecimento desenvolvido e acumulado pelo homem ao longo de sua história.

Desta forma, é necessário salientar que os recursos para a aquisição de

conhecimento e informação estão transformando as relações de tempo e espaço. O

educador que possui esta nova concepção, em sala de aula utiliza novas

ferramentas, cria um novo ambiente de ensino-aprendizagem, construindo uma nova

articulação entre tecnologia e educação.

É necessário querer, ousar, ver o mundo de um outro modo. Perceber que

hoje o mundo exige um cidadão mais preparado, com conhecimento e informação,

para que possa agir como sujeito e não como objeto de sua história, que saiba fazer

uma leitura crítica das transformações que ocorrem em escala mundial.

8.4 Concepção de Ensino Aprendizagem

O aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente

pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não

é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que

20

cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para

que isto possa ser mais bem cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos

alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.

O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da

absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania

do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a conscientização do

professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas

experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os

sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à autorrealização.

De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é

entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do

conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor

consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a

atividade construtiva para assimilação. Segundo FREIRE,

o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas. (FREIRE, 1996.p.32).

O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é

expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura. A ação do

professor em sala de aula colabora para a aprendizagem dos alunos, reflete os

valores e padrões sociais a serem desenvolvidos.

8.5 Concepção de Educação e Tempo e Espaço

A educação é uma atividade especificamente humana. Só o homem por

intermédio das relações que estabelece com a natureza e com seus pares, pode

transmitir algo, o que o diferencia dos demais animais que realizam atividades

puramente instintivas.

A educação estando historicamente relacionada à forma como os homens

produzem a sua existência está inserida em um campo das possibilidades. Podendo

servir à reprodução das relações sociais de produção, como pode contribuir para

transformá-las.

21

No atual momento histórico, de desenvolvimento da sociedade capitalista,

compreendemos que a educação formal, sob responsabilidade do Estado, tem

servido para reproduzir e difundir os interesses (valores, leis, normas) da classe que

detém hegemonia dos meios de produção e da superestrutura social.

Nesse sentido, torna-se fundamental problematizarmos a concepção que a

escola tem em relação ao tempo e espaço e suas implicações no cotidiano. O tempo

é, portanto espaço de construção e desenvolvimento do ser e se faz elemento

essencial no processo de educação.

Compreender o tempo como diferença, construção e desenvolvimento do

ser é buscar propostas de ensino que proporcionem em sua organização

curricular um espaço de tempo mais flexível procurando desenvolver

competências e respeitar a fase de desenvolvimento de cada indivíduo.

(MENEZES, 2010. p.1191)

É mister pensar no tempo e qual a sua relação com a educação no contexto

em que vivemos, pois o tempo é um elemento constitutivo do ser humano, de sua

individualidade, ou seja, é fundamental pensarmos uma educação que respeite o

processo individual e a história de cada aluno.

A escola e sua organização institucional não podem pensar no tempo de

forma linear, fechado em si mesmo, propõe-se aqui respeitar os diferentes tempos

de aprendizagem considerando a produção do conhecimento, estabelecendo uma

organização curricular que permita a mobilidade dos conteúdos não aprendidos e

um processo de avaliação do desempenho do aluno que seja gradativo e não

classificatório.

8.6 Concepção de Conhecimento

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem em cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para a

obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade.

Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a

socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações,

conforme Veiga (1995).

22

Segundo Freire (1996), “o conhecimento é sempre conhecimento de alguma

coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”.

Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como

destaca Severino, “educar contra - ideologicamente é utilizar, com devida

competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que

efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua

existência real”.

Sendo a educação um fenômeno próprio dos seres humanos ela é um

processo de trabalho, não-material. É a produção do saber que não se separa do

consumo, ou seja, ela não se reduz ao ensino. O professor produz o ato de dar aula

e ao mesmo tempo o aluno a consome.

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto dos homens. O objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação

dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie

humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à

descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.

8.7 Concepção de escola

É a escola quem tem o compromisso de propiciar às novas gerações o

conhecimento historicamente acumulado pelo homem. No entanto, não estamos

falando em qualquer saber ou do senso comum, e sim do conhecimento

sistematizado de forma específica e científica, organizado pela instituição escolar em

seu Currículo e Planejamento Docente.

É este saber elaborado, enquanto especificidade da educação, que precisa

ser priorizado, e organizado de forma intencional, sendo que a valorização da escola

apenas será possível com uma pedagogia articulada com os interesses das classes

populares, diante de seu empenho em métodos de ensino eficazes, favorecendo o

diálogo dos alunos entre si, com os professores e principalmente, com a cultura

historicamente acumulada. Esta escola que precisa levar em conta os interesses dos

alunos, os diferentes ritmos de aprendizagem e a sistematização lógica do

conhecimento é a escola aqui idealizada enquanto partícipe do processo de

transformação social. SAVIANI (2000).

23

8.8 Concepção de currículo

Currículo é inseparável da cultura. A que se dizer que tanto a

concepção educacional tradicional quanto a concepção educacional crítica vêem no

currículo uma forma institucionalizada de transmitir a cultura de uma sociedade. Sem

esquecer que, nesse caso, há um envolvimento político, pois o currículo, como a

educação, está ligado à política cultural.

Esse encontro entre ideologia e cultura se dá em meio a relações de poder

na sociedade, sendo que o currículo se torna um elemento propício para a

transformação ou manutenção das relações de poder e, portanto, das mudanças

sociais.

Podemos afirmar, portanto, que o currículo é um campo permeado de

ideologia, cultura e relações de poder. Por ideologia, segundo Moreira e Silva

(1997), pode-se afirmar: “é a veiculação de ideias que transmitem uma visão do

mundo social vinculada aos interesses dos grupos situados em uma posição de

vantagem na organização social”. Ou seja, é um dos modos pelos quais a linguagem

produz o mundo social; por isso, o aspecto ideológico deve ser considerado nas

discussões sobre currículo.

O currículo escolar tem ação direta na formação e desenvolvimento dos

alunos e futuros professores. Assim, é fácil perceber que a ideologia, cultura e poder

nele configurados são determinantes no resultado educacional que se produzirá.

Devemos, ainda, considerar que o currículo se refere a uma realidade

histórica, cultural e socialmente determinada, e se reflete em procedimentos

didáticos, administrativos, perpassando pelo processo ensino aprendizagem. Sendo

que sua elaboração é um processo social, não surge do nada, e se depara com os

determinantes históricos, sociais, de poder, culturais, conflitos de interesses, sem

esquecer os ligados à classe, raça, etnia e gênero.

Cabe a escola segundo esta premissa, questionar que forças fazem com que

o currículo oficial seja hegemônico e que forças fazem com que esse currículo aja

para produzir identidades sociais que ajudam a prolongar as relações de poder

existentes. Identificando assim, que as forças vão desde o poder dos grupos e

classes dominantes corporificado no Estado – uma fonte central de poder em uma

educação estatalmente controlada, fazendo com que o currículo escolar estabeleça

24

as relações étnicas, de gênero, que contribuam significativamente às classes

populares, verificando qual o papel e os objetivos da escola e a quem ela realmente

deve servir.

8.9 Concepção de gestão democrática

A opção pela gestão democrática se fez a partir de objetivos transformadores,

ou seja, articulados aos interesses dos trabalhadores, pois a escola só poderá

desempenhar um papel transformador se estiver junto com os interessados, se

organizar para atender aos interesses das camadas às quais essa transformação

favorece, ou seja, das camadas trabalhadoras. Assim, cada escola deverá constituir-

se em um núcleo de pressão a exigir o atendimento dos direitos das camadas

trabalhadoras e defender seus interesses em termos educacionais.

Para isso a gestão democrática instalada na escola, deve buscar a autonomia

do diretor com relação às instâncias superiores a escola. Se falta autonomia para o

diretor no interior da escola, então isso sintetiza a falta de autonomia dentro da

própria escola, se a escola é impotente é o próprio trabalhador, enquanto usuário

que fica privado de uma das instâncias por meio das quais ele poderia apropriar-se

do saber e da consciência crítica.

Significa que conferir autonomia à escola deve consistir em conferir poder e

condições concretas para que ela alcance objetivos educacionais articulados com os

interesses das classes trabalhadoras. Essa autonomia só se dará como conquista

das camadas trabalhadoras, por isso é preciso, buscar a reorganização da

autoridade no interior da escola.

A função de diretor, que é visto como autoridade máxima dentro da escola, se

faz como um obstáculo que precisa ser transposto. Para transpor esta visão do

administrador é necessário lutar contra o papel do diretor autoritário, centralizador e,

sim aquele que distribui a autoridade entre os vários setores da escola, dividindo

responsabilidades, e aí o poder estará nas mãos da própria escola, nesse sentido,

A atuação do diretor escolar e do coordenador pedagógico se dá como autêntica coordenação do trabalho humano coletivo que se desenvolve em todas as esferas da escola. Para que esse trabalho não se degrade numa práxis meramente burocratizada (Adolfo Sánchez Vázquez, Filosofia da práxis.2.ed.Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977), é preciso que tanto as atividades-meio quanto as atividades-fim não se constituam nunca em fins em si próprias, mantendo sua necessária característica de estar a serviço dos fins educativos que se buscam com a ação escolar (PARO,2000.p.120).

25

Na medida em que conseguir a participação de todos os setores da escola –

professores, funcionários, alunos e pais – nas decisões sobre seus objetivos e seu

funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões superiores

a dotar a escola de autonomia e de recursos, aí se faz eminente um conselho

escolar ativo e representativo e assim estaremos consolidando uma gestão

democrática.

A gestão democrática se consolidará a partir do momento que a escola

cumprir com sua especificidade que é a de transmitir para as camadas de

trabalhadores o conhecimento da cultura elaborada, fazendo com que estes a

dominem acrescentando esta à cultura popular. A instituição escolar é a mediadora

entre o saber espontâneo e o sistematizado assim ao concretizar tal ato faz com que

a camada da classe trabalhadora tenha a automatização deste saber, assim sendo

livre e buscando a democratização, como também a consolidando no interior da

escola em todos os seus setores.

Para a construção da democracia na escola existem muitos desafios como a

incompatibilidade existente entre modelos burocráticos e práticas democráticas, ou

seja, entre as estruturas administrativas burocratizada,centralizada, verticalizada e

outro que-fazer político-pedagógico; o sistema educacional é hierárquico e

autoritário devendo ser transformado com o princípio da participação dos sujeitos;há

uma distância entre representantes e representados, é preciso aliar as práticas

representativas com práticas de democracia direta, no sentido da ampliação do

espaço de reflexão e de decisão.

A escola deve constituir-se em um espaço público de decisão e de discussão

não tutelado pelo Estado, devendo toda a comunidade escolar lutar, divulgar e

mobilizar para que o Conselho Escolar seja um órgão colegiado e de tomada de

decisões, como também, discussões e estudos no interior da escola, sempre em

busca da realizar os princípios de uma gestão democrática e de superação da

cultura de gestão autoritária.

8.10 Concepção de Avaliação

A escola pretende extinguir com a abordagem avaliativa classificatória,

buscando um projeto transformador em pensar o aluno como parte de um processo

de relações sociais mais abrangentes, como aquele que requer formas de

acompanhamento e de efetividade educativa que não lhe foram proporcionadas,

26

pois precisamos ter clareza que somos a favor de uma escola para todos e, por isso,

precisamos atacar os mecanismos que entravam esta possibilidade.

A aprovação ou reprovação do educando deveria dar-se pela efetiva

aprendizagem dos conhecimentos mínimos necessários, com o consequente

desenvolvimento de habilidades, hábitos e convicções.

Um projeto transformador deve provocar o professor para que ele se constitua

num sujeito consciente da sua ação e do papel que ele pode cumprir, na sala de

aula, ele deve refletir sobre o que deve fazer com os jovens que estão diante de si,

buscando uma relação de companheirismo com os seus alunos. Então se faz

indispensável planejar a atividade pedagógica coletivamente, fazendo um

diagnóstico do trabalho pedagógico que a escola desenvolve, fazendo com que a

prática avaliativa se constitua diagnóstica.

Assim o Conselho de Classe deve ser um espaço colegiado, um instrumento

que muitas vezes se põe a serviço de uma visão burocratizada, rotineira e

classificatória, precisa constituir-se num momento privilegiado de reflexão

pedagógica avaliativa a respeito dos impasses e das diferenças que marcam o

trabalho escolar, deve prevalecer a reflexão pedagógica sobre qualquer outro

aspecto.

A transparência é fundamental no processo avaliativo como também este

deve ser coletivo, esta é tanto mais discriminatória quanto mais ela se oculta por

meio de critérios que não são debatidos, não são criticados e não são

acompanhados, por isso é primordial para este estabelecimento de ensino que se

estabeleça com clareza esta proposta de trabalho, sendo para isso que estamos

caminhando, tentando desmistificar aos poucos todos os mitos que envolvem uma

avaliação classificatória, estabelecendo com clareza e coletivamente a proposta de

trabalho.

Para que se consolide todo este processo se faz necessário buscarmos a

concretização da avaliação institucional, para que esta saia do patamar da avaliação

exclusivamente do aluno, pois o conjunto da atividade educativa deve ser avaliado,

para que este se consolide buscando a ruptura de uma avaliação classificatória,

marca da nossa sociedade.

27

A Recuperação paralela deste estabelecimento de ensino deve ser

encaminhada conforme disposição no Regimento Escolar art.131, sendo direito do

aluno e forma permanente e concomitante ao processo ensino-aprendizagem.

8.11 Hora Atividade

A partir da Lei Estadual n.º 13 807, de 30/09/2002 foram instituídos os 20% de

hora-atividade para todos os professores de Educação Básica, com o objetivo

principal de garantir ao professor maior qualidade de aula e planejamento das

atividades pedagógicas inerentes ao exercício da docência.

A organização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos

professores, priorizando-se segundo a Instrução n° 02/2004 :

- o coletivo de professores que atuam na mesma área do conhecimento e/ou módulos, tendo em vista a implementação do processo de elaboração das diretrizes curriculares para a rede pública estadual de Educação Básica; - o coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), série(s), etapa(s) do ciclo o ano(s) dos diferentes níveis e modalidades de ensino; - a formação de grupos de professores para o planejamento e para o desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas diagnosticadas no interior do estabelecimento; - a correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros assuntos de interesse da) comunidade escolar.

Desta forma, cabe aos professores, sob a coordenação da equipe pedagógica

e direção da escola viabilizar de forma que a execução e o cumprimento da hora

atividade transcorra de forma adequada (espaço adequado, dias planejados para as

disciplinas) e também permita que a comunidade escolar, ou seja, os pais de alunos

possam ser atendidos pelos professores nesses horários.

9.0 MARCO OPERACIONAL

9.1 Projeto Político-Administrativo-Pedagógico

Propõe-se um projeto pedagógico no qual o currículo, em primeiro lugar,

caracterize espaço para análise dentro do âmbito do sistema educativo com seus

determinantes mais imediatos com a finalidade de vê-lo convertido ou modelado de

uma forma particular na prática pedagógica da escola em questão.

Isso porque é fundamental que o currículo seja o direcionamento das

atividades e planejamentos dos professores e comunidade escolar, fazendo com

28

que esse direcionamento possa efetivamente dar conta dos processos de formação

do individuo crítico, capaz de interagir e propor alternativas à realidade, pensando

sempre na emancipação social.

9.2 Eleição de Diretores

Buscamos a elaboração coletiva de propostas político-administrativo-

pedagógicas críticas, pluralistas e inovadoras, não dogmáticas – eficazes tanto na

construção e avaliação do conhecimento. Nesse sentido, uma das mais importantes

ações desenvolvidas na escola pública nos dias atuais, é a eleição para diretores,

que tem como característica o processo de democracia, a participação e o

envolvimento dos sujeitos na condução das ações escolares.

Em anexo, segue o Plano de Ação da Gestão Administrativa atual.

9.3 Trabalho Família/Escola

Em relação à participação da comunidade na escola, as famílias são

recebidas e orientadas por profissionais habilitados que analisam as dificuldades

trabalhando-as conjuntamente com os professores, alunos e pais. As reuniões

pedagógicas e conselhos de classe são práticas circunscritas ao processo de

investigação e participação de todos que compõem a escola no conjunto de

atividades desenvolvidas. Os trabalhos interdisciplinares geram conhecimento,

valores e uma progressiva mudança ética dos alunos em todos os níveis.

9.4 Formação Continuada

A formação de um profissional deve se concentrar na busca de uma

mediação da vida social efetiva, das expectativas e do desejo coletivo da

comunidade que requer que seus membros sejam integrados à vida social mundial,

com todas as possibilidades. Ela também entende a necessidade da formação

humana relacionada diretamente com a emancipação do indivíduo social e sujeito

histórico.

O profissional da educação precisa ter sua formação centrada em um forte

compromisso com o conteúdo e significado das políticas educacionais e com a

garantia do processo que se realiza na escola. Implica, também, compreender que o

processo científico que se realiza na escola não é individual, mas coletivo,

envolvendo todo o corpo docente e técnico – administrativo e comunidade no

29

planejamento, organização e desenvolvimento de um projeto político pedagógico

que deverá ter uma direção que garanta a qualidade estabelecida pelo conjunto dos

educadores.

O Colégio Estadual Barão do Rio Branco têm como política de formação

continuada grupos de estudos e seminários, sempre buscando integrar a

comunidade escolar, como exemplo, temos o Seminário de Educação direcionado

para os 4º anos do Ensino Normal, o qual também abrange o corpo docente,

administrativo e serviços gerais. Os grupos de estudos são organizados por área de

conhecimento para que se alargue o conhecimento científico do corpo docente.

Estamos comprometidos com a construção de uma educação democrática,

baseada na liberdade de pensamento, que respeite e trabalhe a individualidade de

cada um, promovendo a comunhão participativa de toda a comunidade escolar.

No efetivo exercício dessa democracia, ter-se-á uma escola aberta a ideias,

propostas educativas e transformações, o que fará com que alunos e professores

sintam-se motivados a ser agentes de transformação, enfim, uma escola onde todos

participam de um mesmo objetivo, de forma dialógica, assumindo seus

compromissos.

9.5 Intervenções Pedagógicas

Nossa escola oferta sala de apoio em Língua Portuguesa e Matemática para

alunos de 5ª série, em contraturno.

Para alunos dos 1º, 2º e 3º anos do Curso Formação de Docentes são

ofertadas palestras de acordo com o currículo dessas séries. Para os 4º anos do

mesmo curso realiza-se desde 1996 o Seminário de Educação, o qual é resultado de

uma iniciativa da Equipe Pedagógica deste estabelecimento, contando com parceria

permanente da UNIOESTE e, sempre que possível, da APP-Sindicato.

A escola realiza ainda o Projeto Construindo a Agenda 21 escolar que tem

como principal objetivo desenvolver na comunidade escolar a formação da

consciência ambiental aliada ao desenvolvimento sustentável.

O Conselho de Classe Participativo é um projeto desenvolvido pela escola

que tem como premissa básica a maior participação dos alunos nas ações e

encaminhamentos pedagógicos, com o principal objetivo de oportunizar a avaliação

do desenvolvimento escolar, desde a estrutura física até o encaminhamento

30

pedagógico dos docentes, vislumbrando assim as dificuldades e consequentemente

novos encaminhamentos.

Segue em anexo estes dois projetos completos.

10. GESTÃO ESCOLAR

10.1 Equipe Diretiva

A Direção escolar é composta pelo diretor e diretores auxiliares, escolhidos

democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme

legislação em vigor.

Será responsável pela direção e coordenação do trabalho coletivo, e tem

como funções articular, propor, problematizar, mediar, operacionalizar e acompanhar

o pensar-fazer político-pedagógico-administrativo.

A equipe diretiva é responsável pela efetivação da gestão democrática e

organização do cotidiano escolar, buscando alcançar os objetivos educacionais

definidos pelo coletivo escolar em consonância com a política educacional e

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

10.2 Atribuições do Diretor e da Direção Auxiliar

As atribuições da Equipe de Direção estão dispostas no Art. 18 do Regimento

Escolar deste estabelecimento de ensino, dentre elas:

Participar nas discussões, elaboração e implementação do Projeto Político

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

Garantir espaços para o planejamento, para a discussão, para a reflexão,

para possibilitar estudos e cursos que oportunizem a formação permanente

dos educadores, almejando o aprimoramento do trabalho pedagógico da

escola.

Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e as determinações de órgãos

superiores.

Divulgar as informações entre os diversos segmentos da escola.

31

Assinar expedientes e documentos da escola e, juntamente com o secretário

da escola, assinar toda a documentação relativa à vida escolar do aluno.

Aplicar as penalidades previstas em lei a seus professores e demais

funcionários.

Responsabilizar-se pelos atos administrativos, bem como pela veracidade das

informações prestadas pela escola.

Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público.

10.3 Instâncias Colegiadas: APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar

Este estabelecimento de ensino tem instituído como instância colegiada o

Grêmio Estudantil, o Conselho Escolar e a APMF.

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes, tem

Estatuto próprio, o qual institui suas atribuições e organização, com objetivo de

defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura

literária, artística e desportiva de seus membros. Todos os alunos devidamente

matriculados neste estabelecimento de ensino podem compor o Grêmio Estudantil,

apto após escolha democrática entre os alunos desta instituição.

O Conselho Escolar se constituiu conforme orientações contidas do Projeto

do Conselho Escolar fornecido pela SEED. O Conselho Escolar conta com dois

professores e alunos representantes de cada seguimento de ensino.

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) também é regida por

Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral, sendo órgão de

representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem

caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, sendo que não há

remuneração aos seus dirigentes e conselheiros. A APMF gestão 2009/2010 é

composta pelos seguintes membros:

DIRETORIA:

PRESIDENTE: Andreia Aparecida Brecher

VICE-PRESIDENTE: Catarina Stupp

1° SECRETÁRIO: Rosangela Gomes dos Santos

2° SECRETÁRIO: Elsa Salete Biachetto

1° TESOUREIRO: Pedro Donizetti Rubio

32

2° TESOUREIRO: Érico Figueiredo

1° DIRETOR SOCIAL: Alcindo Jonas Bonho

10.4 Atribuições da Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação, no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas

neste documento e Regimento Escolar, sendo que, dentre as principais atribuições

destacadas no Art. 32 no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino,

estão:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de ação do estabelecimento de ensino;

Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

Participar e intervir, junto a direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico

visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino

para todos;

Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais

da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais

e Estaduais;

Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-

ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de

ensino;

Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso,

33

quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos

funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão escolar.

Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a

serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino.

10.5 Organização dos segmentos

10.5.1 Corpo Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados, sendo que dentre as suas atribuições destacadas no Art. 40 do

Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, estão:

Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

Elaborar, junto a Equipe Pedagógica, a proposta Pedagógica Curricular em

consonância com este Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

Desenvolver as atividades em sala de aula, tendo em vista a apreensão

crítica do conhecimento pelo aluno;

Proceder a reposição dos conteúdos, carga horária e dias letivos aos alunos

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,

resguardando o direito do aluno;

Proceder a avaliação continua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas

neste Projeto Político Pedagógico;

Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os

alunos estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem,

no decorrer do período letivo;

Participar de reuniões sempre que convocado pela direção; assegurar que, no

âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de

34

diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia,

condição sociocultural, entro outras;

Participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo

educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões

tomadas;

10.5.2 Corpo Discente

O Corpo Discente é formado por todos os educandos matriculados nesta

unidade de ensino sendo que dentre as suas atribuições destacadas no Art. 40 do

Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, estão:

Participar na elaboração dos princípios de convivência da turma e da escola

em conjunto com os demais segmentos.

Responsabilizar-se pela conservação de todos os espaços físicos, bem como

de materiais existentes na escola.

Comprometer-se com o seu processo de aprendizagem no que se refere ao

aprofundamento do conhecimento, assiduidade, realização de tarefas diárias

e de utilização e conservação de material de uso pessoal.

Conhecer e cumprir o disposto no presente projeto.

Cumprir as demais atribuições disciplinadas no plano político-administrativo-

pedagógico da escola.

10.6 Equipe Multidisciplinar

Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução

da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 –

CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações

relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo. As Equipes

Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das disciplinas da Base

Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Nacionais para a Educação

das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afro

35

descendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o aluno

negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da

cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

Sendo o Colégio Estadual Barão do Rio Branco e uma instituição escolar que

prima pela emancipação humana, valorização e promoção da diversidade cultural,

propõe-se, através deste plano de ação da Equipe Multidisciplinar, desenvolver

atividades em conjunto com o coletivo escolar, visando primeiramente à reflexão, o

diálogo permanentemente claro, aberto e principalmente, ético, com intuito de que

todos os envoltos no processo educativo participem da construção e efetivação de

um ensino verdadeiramente fiel às nossas raízes étnico-raciais.

Para que a Equipe Multidisciplinar corrobore com o ensino emancipatório que

pensamos enquanto escola pública, sua constituição, em acordo com o estabelecido

pela RESOLUÇÃO 3399/2010 GS/SEED, será:

Pedagogo(a)- Sandra Maria da Silva Fernandes

Agente Educacional: Sandra Regina Severo

Representante das Instâncias Colegiadas: Robson Fragoso Sobral

Professor(a) área de Humanas: Leila Elias de Barros, Mauricio Antonio Haus

da Silva, Telma Regina Pereira Nakasoni Corte , Evori Santina kaminski, Olga

Beatriz Sandoval e Lori Rauber Petter

Professor(a) Exatas: Eugênia Maria Galuch

Professor(a) de Biológicas: Lúcia Celina Silvério

10.7 Atribuições específicas – Serviços de secretaria

A função de Agente Educacional II é exercida por profissionais que atuam nas

áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática e de Ciências, sendo que

dentre as suas atribuições destacadas no Art. 43 do Regimento Escolar deste

estabelecimento de ensino, estão:

Organizar e manter atualizada a escrituração, coletânea de legislação,

resoluções, instruções, normativas, ordem de serviços e demais

documentação e arquivos escolares;

Responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do

aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

36

Organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo,

de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da

regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos

escolares;

Cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a

vida legal do estabelecimento de ensino;

Encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

10.8 Atribuições específicas – Serviços gerais

Os profissionais denominados Agentes Educacionais I têm a seu encargo os

serviços de conservação, manutenção, preservação, segurança e alimentação, no

âmbito escolar, sendo que dentre as suas atribuições destacadas no Art. 50 do

Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, estão:

Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas entalações, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária vigente, zelando pela

conservação do patrimônio escolar;

Auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de

início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos

estudantes, quando solicitado pela direção;

Participar dos eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por

iniciativa própria, visando o aprimoramento profissional;

Solicitar, com a devida antecedência, o material necessário à manutenção da

limpeza.

Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem {a especificidade de sua função;

11. MATRÍCULA

A matrícula é a vinculação do aluno à escola e será efetuada conforme este

regimento, diretrizes e época fixada pela Secretaria de Educação e legislação

vigente, sendo que a matrícula na escola compreende:

Admissão de alunos novos;

37

Rematrículas de alunos já existentes;

Admissão de alunos por transferência.

O ingresso de alunos se dá em qualquer época, respeitando a

construção de seu conhecimento, a capacidade física da escola e o presente

regimento.

12. TRANSFERÊNCIA

A matrícula por transferência ocorre quando o aluno, ao se desvincular de um

estabelecimento de ensino, vincula-se, ato continuo, a outro, para prosseguimento

dos estudos em curso. Serão admitidas matrículas por transferência aos alunos que

se desvincularam de outro, devidamente integrado ao sistema de ensino, mediante

apresentação de documentação de transferência, com aproveitamento e

assiduidade do aluno, observando a proximidade residencial em todo ano letivo

observando a legislação vigente.

13. ESTÁGIO

O Estágio é ato educativo escolar supervisionado, que tem como principal

objetivo à preparação dos educandos matriculados no ensino regular de todas as

modalidades para o trabalho e o desenvolvimento da vida cidadã. No entanto, ele

pode ser obrigatório e não obrigatório, conforme disposto em Lei:

Art. 2ºO estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. §1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. §2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. (Lei 11.788).

13.1 Estágio obrigatório

Os cursos de Formação de Docentes, tanto na modalidade Integrado quanto

na modalidade Subsequente, e de Técnico em Segurança no Trabalho têm no

Projeto Pedagógico do Curso o estágio supervisionado com objetivo de integrar o

educando a atividade profissional. As atividades de estágio que incluem carga

horária, fundamentação teórica e conteúdos específicos estão previstas e

38

organizadas em documento próprio contextualizados com a grade curricular do

curso divididos por série.

A parte prática de formação (Estágio Supervisionado), instituída desde o inicio

do curso, tem a duração de 800h/aula, divididas igualmente e transversaliza as

demais áreas curriculares, associando teoria e prática. Teoria esta que investiga a

prática sobre a qual retroage mediante os conhecimentos adquiridos e

sistematizados. Assim, considera-se que a prática é o ponto de partida do

conhecimento, ou seja, a base da teoria, que tem por efeito desta, tornar-se prática

orientada conscientemente. “Essa relação de reciprocidade entre teoria e prática é

uma relação onde uma contempla a outra”. (PIMENTA, 1995).

Desta forma, entende-se que enquanto ato educativo o aluno não cria vínculo

empregatício com a instituição a qual esteja realizando estágio, sendo que precisa

ser acompanhado pelo professor orientador e pelo coordenador da instituição de

ensino, com a garantia de que desenvolvam atividades compatíveis às propostas

pela disciplina de estágio e prescritas no termo de compromisso.

Plano de Estágio do Curso Formação de Docentes Integrado em anexo.

13.2 Estágio não obrigatório

Os estágios não obrigatórios podem ser oferecidos por pessoas jurídicas de

direito privado, órgãos públicos, bem como profissionais liberais de nível superior,

desde que proporcionem ao educando atividades de integração social, profissional e

cultural. Da mesma forma, se faz importante a indicação de um funcionário, do

quadro próprio, com experiência e formação profissional na área de conhecimento

do curso do estagiário, para orientação e supervisão continua.

A duração do estágio, segundo a Lei 11.788, não pode exceder dois anos,

sendo que o estagiário poderá receber bolsa que venha a ser acordada, bem como

auxílio-transporte. Nesse caso, aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à

saúde e segurança no trabalho, sendo responsabilidade da parte concedente.

A instituição de ensino precisa receber a cada seis meses um relatório das

atividades desenvolvidas pelo estagiário.

39

14. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Este projeto prevê uma revisão constante tendo em vista que o ambiente

escolar apresenta características dinâmicas. Nesse sentido, este Projeto será revisto

anualmente no mês de maio, com o objetivo principal de vislumbrar melhores

condições e organização da práxis educativa.

15. REGIMENTO ESCOLAR

Aprovado Deliberação N°016/99-CEE.

16. CALENDÁRIO ESCOLAR

Calendário Escolar aprovado, diurno e noturno, em anexo.

40

17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São

Paulo: MG Editores Associados, 1990.

BASTOS, Baptista João (org,). Gestão democrática. Rio de Janeiro: DPEA, 2001.

BENTO, Karla Lucia & LONGHI, Simone Raquel Pagel. Projeto Político

Pedagógico- Uma construção coletiva. Revista do ICPG: Vol. 3, n° 9, jul-

dez/2006.

CARVALHO, Rosita Eddler. Removendo barreiras para a aprendizagem -

Educação Inclusiva. São Paulo: Ed. Mediação, 2002.

DAMATTA, Roberto. Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. Rio de

Janeiro: Rocco, 1986.

FERREIRA, Carapeto Naura S. (org.). Gestão Democrática da Educação: atuais

tendências, novos desafios. São Paulo: Editora Cortez, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática

educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1999.

GROSSI, Esther Pillar. Uma Nova Síntese Sobre Como Acontece a Ensinagem.

Porto Alegre: GEEMPA, 2004.

Lei nº 9.394/96 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Lei Estadual n.º 13 807, de 30/09/2002 – Regulamentação da hora atividade no

Estado do Paraná.

Lei nº 11.645/2008 – Inclusão nas DCNs da Obrigatoriedade do ensino da “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena” na educação básica.

41

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez

Editoa, 1996.

MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Edições Progresso Lisboa - Moscovo, 1982.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. PRIETO, Rosangela Gavioli (orgs). Inclusão

Escolar: pontos e contrapontos. Igualdade e diferenças na escola: como andar

no fio da navalha. São Paulo: Summus, 2006.

MENEZES, Magali Mendes de. Concepções de tempo no espaço escolar a partir

de uma abordagem bergsoniana. Rio Grande do Sul: PUC, 2010.

OLIVEIRA, Andrade Dalila (org.). Gestão Democrática da Educação. Editora

Vozes, 4ª edição, 2000, Petrópolis.

PARO, Victor Henrique. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.

________________. Gestão democrática da Escola Pública. Editora Ática, 3ª

edição, 2002, S.P.

________________. Direção escolar e coordenação pedagógica: práticas e

vivências. Blumenau, Prefeitura Municipal, Furb, 2000, p. 146-149.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de profesores: unidade, teoría

e prática? 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1995.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados,

2000.

Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Sexualidade.

Departamento de Diversidade. Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. – Curitiba:

SEED – Pr., 2009. – 216 p.

42

SILVA e MOREIRA, Antonio e Thomas Tadeu. Currículo, Cultura e Sociedade.

São Paulo: Ed. Cortez, 2001.

SILVA, Alda Maria Monteiro. Escola Pública e a Formação da cidadania:

possibilidades e limites. São Paulo: Faculdade de Educação: 2000.

VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político e Pedagógico da Escola - Uma

Construção Possível. São Paulo: Papirus, 2002.

43

A N E X O S

44

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO

Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional Rua Silvino Dal Bó, 85 – Jardim Polo Centro – CEP:85863-759

Fone/ Fax. (45) 522- 2132 - Foz do Iguaçu - Paraná

PROJETO CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO Justificativa :

Partindo da premissa básica de que todo trabalho educativo pressupõe a

participação ativa e coletiva de seus protagonistas, percebemos a real necessidade

de repensar o Conselho de Classe, da forma como está instituído.

Propomos uma nova leitura deste importante momento pedagógico e a

ruptura com velhas e arcaicas posições, dando conta que os alunos não devam ser

“julgados” mas sim oportunizados a novas mudanças, novas metodologias e

consequentemente novas posturas de enfrentamento das dificuldades que envolvem

o ensinar / aprender.

O Conselho de Classe participativo nesta instância propõe a participação da

turma, do professor coordenador em sala de aula, juntamente com a coordenação

pedagógica da escola, no intuito de que possam ser ouvidos os alunos e professores

e que a partir de seus posicionamentos repensemos coletivamente nossa prática e a

proposição de novos encaminhamentos em relação à turma.

Objetivos :

Ressignificação do Conselho de Classe como forma de maior participação dos

alunos buscando o exercício da cidadania.

Repensar, a partir do levantamento das dificuldades, novas formas de

encaminhamento pedagógico.

Priorizar o trabalho coletivo como forma de tentativa de superação das

dificuldades no relacionamento professor X aluno.

Metodologia:

Serão oportunizadas reuniões por séries com o professor coordenador, a

equipe pedagógica e os alunos para discutir amplamente as dificuldades

encontradas tanto do ponto de vista docente quanto discente, na busca de

alternativas que as solucionem.

45

A reunião será organizada utilizando aulas geminadas, onde o professor

coordenador terá o relatório bimestral e uma ficha para registro do Conselho de

Classe.

Posteriormente estes dados serão trabalhados pela equipe pedagógica com

todos os professores.

Cronograma : todos os bimestres do ano letivo em curso

Avaliação :

A avaliação se dará a partir da retomada com os professores, os posicionamentos

dos alunos sobre seu desempenho escolar.

Reuniões Pedagógicas.

Orientações para o Conselho de Classe

1. Manter sigilo e ética quanto aos assuntos tratados;

2. Falar um por vez e ouvir o que o outro quer falar;

3. Ser sucinto ao expor;

4. Evitar a repetição;

5. Não colocar problemas particulares,

6. Aceitar as sugestões dos colegas em relação à disciplina ou turma;

7. Propor alternativas para a solução dos problemas encontrados;

8. Não ser irredutível nas próprias opiniões;

9. Falar com calma e educadamente

10. “O bem estar de cada um depende do bem estar de todos”

46

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO

Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional Rua Silvino Dal Bó, 85 – Jardim Polo Centro – CEP:85863-759

Fone/ Fax. (45) 522- 2132 - Foz do Iguaçu - Paraná

PROJETO: CONSTRUINDO A AGENDA 21 ESCOLAR

IDENTIFICAÇÃO

Local - Colégio Estadual Barão do Rio Branco

Público alvo - Comunidade escolar: Diretores Equipe Pedagógica Professores Alunos Agentes Educacionais

Beneficiários – Parte física e visual da escola, comunidade escolar e o meio

ambiente.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Desenvolver em nossa comunidade escolar uma formação de consciência ambiental que proporcione maior qualidade de vida aliada ao desenvolvimento sustentável.

Objetivos Específicos

- Motivar a participação de todos na construção de um ambiente escolar mais limpo, gerando melhorias no meio ambiente de forma correta;

- Melhorar o visual do estabelecimento comprometendo toda a comunidade na manutenção e preservação; - Organizar equipes da comunidade escolar que se responsabilizarão pela jardinagem da área externa da Escola; - Captação da água pluvial para ser utilizada na limpeza e jardinagem;

- Realizar parceria com Faculdades (UDC, UNIAMÉRICA), Colégio Agrícola, Prefeitura, Itaipu, empresas, etc. buscando mecanismos que contribuam para a realização deste projeto.

47

EMBASAMENTO TEÓRICO

A Agenda 21 Escolar é um programa de ação baseado num documento que

constitui um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção

ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Trata-se de um documento entre governos e instituições da sociedade civil de

179 países num processo preparatório que durou dois anos e culminou com a

realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992, no Rio de Janeiro, também conhecida por

ECO-92.

Mais do que um documento, a Agenda 21 é um processo de planejamento

participativo que analisa a situação atual e planeja o futuro de forma sustentável.

Esse processo de planejamento deve envolver todos os participantes na

discussão dos principais problemas e na formação de parcerias e compromissos

para a sua solução. Em outras palavras, o esforço de planejar o futuro, com base

nos princípios de Agenda 21, gera produtos concretos, exequíveis e mensuráveis

derivados de compromissos pactuados entre todos, fator esse, que garante a

sustentabilidade dos resultados.

Essa concepção processual e gradativa da validação do conceito implica

assumir que os princípios e as premissas não constituem um rol completo e

acabado: torná-la realidade é antes de tudo um processo social no qual se pactua

paulatinamente novos consensos montando uma Agenda Escolar possível rumo ao

futuro que se deseja sustentável.

Conteúdo:

A Agenda 21 Escolar se desenvolve nos padrões da Agenda 21 que se divide em

quatro abordagens significativas:

dimensões sociais e econômicas (trata das políticas internacional que

podem ajudar na viabilização do desenvolvimento sustentável, das

estratégias de combate à pobreza e à miséria e da necessidade de

introduzir mudanças nos padrões de produção e de consumo);

conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento (trata do

manejo dos recursos naturais e dos resíduos e substâncias tóxicas);

48

fortalecimento do papel dos principais grupos sociais (indica as ações

necessárias para promover a participação, principalmente das ONGs);

meios de implementação (tratando dos mecanismos financeiros e dos

instrumentos jurídicos para a implementação de projetos e programas

com vistas ao desenvolvimento sustentável).

JUSTIFICATIVA

Moacir Gadotti, professor titular da Universidade de São Paulo, diretor do

Instituto Paulo Freire e autor de várias obras, entre elas Diálogos entre as esferas

global e local, coletânea publicada pelo Vitae Civilis onde assina o artigo “Agenda 21

e Carta da Terra’, remete à essência fundamental da Agenda 21:

“Esse documento foi negociado previamente e pactuado entre

as nações, mudando a forma como o tema era tratado até então.

É uma agenda das sociedades e não dos Estados, Transformou-

se num documento estratégico abrangente – em nível planetário,

nacional e local – com o fim de promover um novo padrão de

desenvolvimento que pode conciliar a proteção ambiental com a

justiça social e a eficiência econômica”,

A elaboração da Agenda 21 Escolar envolverá toda a comunidade que

elencará os problemas sócio-ambientais em nossa escola e certamente, não se fará

de forma isolada, mas sim compartilhada com os pais de alunos, pessoas da

comunidade vizinha e parceiros interessados em participar da construção de um

plano de ações que visa melhorar as condições da escola e da comunidade do

entorno.

Com uma visão ampla voltada a melhorar a qualidade de vida dentro da

nossa comunidade, buscaremos imaginar como gostaríamos que nosso colégio

estivesse daqui a dez anos, diagnosticando os problemas sócio-ambientais que nos

circundam e paralelamente conscientizando-nos da necessidade de preservação da

natureza.

Este movimento influenciará a definição dos programas de ação para a

localidade e consequentemente a alocação dos recursos municipais.

49

Trabalhar com ações práticas e economicamente viáveis, dentro de um

processo de educação ambiental entrelaçado com criação consciente de

desenvolvimento sustentável no que tange ao meio ambiente do nosso entorno,

atendendo os objetivos da Carta da Terra ou Agenda 21, no aspecto de preservação

ambiental.

Nossa proposta contempla o processo de conhecimento e preservação aliados

ao desenvolvimento e qualidade de vida, processados através de algumas etapas:

1 - abordagem e conhecimento do programa “Agenda 21 Escolar com os

professores e funcionários, alunos e pais e toda a comunidade escolar;

2 - diagnóstico de problemas sócio ambientais visualizando melhor qualidade

de vida;- estabelecimento de metas e ações a serem desenvolvidas buscando

alcançar os objetivos planejados;

3 - flexibilidade, criatividade e consciência de que a Agenda 21 Escolar é um

processo contínuo, que tem data para começar, devendo ser remodelado

sempre que necessário.

ESTRATÉGIAS 1ª etapa – reunião de abordagem e conhecimento do programa Agenda 21 Escolar,

junto com professores e funcionários do Colégio Barão, onde haverá uma reflexão

orientada pelas perguntas abaixo que serão respondidas em grupos:

1. Como é o Barão que eu quero?

2. O que deve ser mudado no aspecto físico da escola?

3. Qual será o eixo central da Agenda 21 Escolar, do Barão?

4. Como implantar e desenvolver a Agenda 21 no colégio inserindo-a no

planejamento?

5. Agenda 21 Escolar será um fator de desenvolvimento e mudança de hábitos da

comunidade escolar?

- cada grupo elegerá um delegado, ou professor coordenador

- Apresentação e debate das respostas pelo grande grupo.

2ª etapa – Reunião em sala de aula, onde cada professor coordenará e passará o

projeto Agenda 21 Escolar para sua turma, culminando depois numa assembleia

50

com os pais e comunidade diagnosticando os problemas sócio-ambientais a serem

abordados.

3ª etapa – Definidos os problemas, segue-se o estabelecimento de metas e ações a

serem desenvolvidas na busca dos objetivos a serem atingidos. Dentre as primeiras

ações a serem desenvolvidas estão as parcerias com órgãos públicos e privados.

Promover ações dentro da escola, com os alunos, na pesquisa das situações

prejudiciais ou degradantes e na elaboração de concursos, como redação e poesia

sobre temas correlatos, gincanas educativas e construtivas, jogos cooperativos,

atividades que possam despertar o sentimento de amor pela comunidade e de

patriotismo, como ações voluntárias de ajuda a doentes, deficientes,

desempregados, etc;

ESTRATÉGIAS EM AÇÃO - Parte física do colégio:

Verificar em cada sala: lixeiras, ventiladores, cortinas, carteiras e cadeiras, chave única para todas as salas, interruptor e tomada, som nas salas, bebedouros.

Jardinagem: Coleta e análise do solo, Correção da acidez do solo, Correção calcárea, Correção com adubo orgânico, Determinar a área a ser plantada, Plantas permanentes, Plantas de ciclo de vida curto, Remoção ou covas, seguido de plantio, Plantas ornamentais em vasos, Regas

Lixo: Conscientização da poluição provocada pelo lixo durante o ano letivo envolvendo todas as disciplinas, Separação do lixo seco do lixo orgânico (úmido), Destinar o lixo seco para a coleta de lixo

Pátio do colégio: Limpeza,

51

Dez caminhões de terra, Corte de doze árvores velhas e doentes (eucalipto, abacateiro, Santa Bárbara), Plantio de 40 (quarenta) mudas de plantas permanentes (frutíferas, nativas e ornamentais), Controle das formigas, Aquisição de uma escada, Construção e embelezamento da entrada incluindo calçada, rampa e escada, Demarcação da área de estacionamento para carros, Iluminação externa, Melhorias na área de Educação Física, Distribuir lixeiras em todo o pátio da escola (cerca de 20 unidades),

CRONOGRAMA O projeto terá duração indeterminada sendo que a implantação efetiva fora em 2006; ORÇAMENTO

O Projeto da Agenda 21 do Colégio Barão será orçado dentro dos parâmetros disponibilizados pelo próprio colégio e as parcerias efetuadas.

BIBLIOGRAFIA

CUNHA, Sandra Baptista da & GUERRA, Antonio José Teixeira. A Questão Ambiental - Diferentes Abordagens. Editora Bertrand Brasil

JR., Arlindo Philippi., ALVES, Alaôr Caffé, ROMÉRO, Marcelo de Andrade e BRUNA, Gilda Collet Meio Ambiente, Direito e Cidadania. Editora Signus. SIMÕES, Luciana Lopes e REIS, Maurício Sedrez dos. Recursos Naturais da Mata Atlântica: Manejo Sustentável e Certificação. Editora Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 2003.

TRIGUEIRO, André. Meio Ambiente no Século XXI. Editora Sextante, 2003.

52

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Barão do Rio Branco

MUNICÍPIO: Foz do Iguaçu

NÚCLEO: Foz do Iguaçu

PLANO DE AÇÃO PARA A ELEIÇÃO DE DIRETORES

TRIÊNIO: 2009/2010/2011

CANDIDATOS:

Diretora: Ivanir Maria Polla

Diretores auxiliares: Amarildo Britzius Redies

Manoel Bueno

FOZ DO IGUAÇU

OUTUBRO - 2008

53

OBJETIVOS GERAIS:

Resgatar e aprofundar os princípios e práticas da GESTÃO DEMOCRÁTICA no interior da escola, valorizando as instâncias representativas dos segmentos que compõem a instituição, tais como o Conselho Escolar, a APMF e o Grêmio Estudantil;

Respeito ao dinheiro público, garantindo a mais ampla transparência na prestação de contas à comunidade escolar;

Defesa constante do princípio da gratuidade e qualidade do ensino;

Priorização dos aspectos pedagógicos, combatendo o burocratismo;

Incentivo à formação continuada dos trabalhadores da educação;

AÇÕES PRIORIZADAS

Divulgação mensal das receitas e despesas da escola com prestação de contas semestrais em assembleias amplamente divulgadas na comunidade escolar e através de edital visível a todos os segmentos da escola;

Decisão coletiva direta (via reuniões e assembleias) ou indiretamente (via Conselho Escolar) sobre as aplicações das verbas da escola;

Eleição para representantes no Conselho Escolar feita democraticamente por cada segmento que tiver direito à vaga;

Lutar incansavelmente, junto aos órgãos competentes, por mais verbas para a educação e por melhorias no espaço físico de nossa escola;

Repensar e se necessário reorganizar o espaço físico de nossa escola (sala para vídeo, sala dos professores, supervisão, direção, xerox, biblioteca, etc.);

Intensificar o já existente relacionamento entre a escola e a UNIOESTE, proporcionando cursos, seminários e estágios e também despertando o interesse de nossos estudantes pelo ensino superior público;

Reuniões pedagógicas ordinárias (bimestralmente), e em outras ocasiões, se necessário, garantindo a participação de todos os trabalhadores da escola e inclusive da comunidade escolar;

Resgatar os conselhos de classe participativos;

Reformular democraticamente o Projeto Político Pedagógico da escola;

Incentivar as atividades extracurriculares, tais como: grupos de teatro, coral, festivais de música, atividades esportivas, que visem à promoção humana e o aprimoramento dos conhecimentos científicos constantes no currículo;

Incentivar e auxiliar grupos de estudos na escola (professores, funcionários, estudantes, pais, comunidade)

Aumentar e atualizar o acervo de livros na biblioteca, proporcionando e incentivando a leitura para toda a comunidade escolar;

Liberdade para o movimento estudantil e sindical se organizar e lutar por seus direitos dentro e fora da escola;

Proporcionar aos estudantes, professores e funcionários palestras e debates que venham a contribuir com o crescimento intelectual e político de nossa comunidade.

Manter e incentivar os projetos já existentes na escola tais como: Baroarte, Festa Junina, Folclore brasileiro;

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Rediscutir a função da cantina (horário de atendimento, produtos a serem vendidos, onde e como empregar o dinheiro);

Projeto “Memória da Escola”, buscando resgatar e registrar os acontecimentos marcantes da trajetória do colégio Barão do Rio Branco.

RESPONSÁVEIS

1. QUESTÕES PEDAGÓGICAS: Direção em conjunto com a equipe

pedagógica 2. QUESTÕES TÉCNICAS: Direção, funcionários técnico-administrativos 3. QUESTÕES GERAIS: Conselho Escolar e demais interessados (professores,

funcionários, pais, estudantes) 4. QUESTÕES ADMINISTRATIVAS E FINANCEIRAS: Direção, Conselho

Escolar, APMF, Grêmio Estudantil e demais interessados.

CRONOGRAMA

Reuniões pedagógicas bimestrais

Assembleias trimestrais para prestação de contas e outras deliberações

Reuniões mensais com o conselho Escolar

Reuniões sempre que necessário para decidir coletivamente assuntos pertinentes ao funcionamento geral da escola

Seminário no primeiro bimestre de cada ano para decidir coletivamente as linhas gerais da escola.

AVALIAÇÃO

Durante as reuniões pedagógicas será garantido um espaço para que todos possam expressar suas críticas e sugestões (oralmente ou por escrito) sobre a forma como está sendo dirigida a escola;

A equipe da direção (diretora e diretores auxiliares) trabalhará em conjunto, estando sempre em sintonia para poder melhor contribuir nas resoluções dos problemas que a escola venha a enfrentar. Cada membro com liberdade para avaliar e criticar se assim achar necessário;

Os encaminhamentos sempre deverão ser dados a partir de discussões coletivas, diretamente com a comunidade escolar e/ou através dos órgãos representativos da comunidade escolar, portanto devemos também nos avaliar coletivamente. Garantiremos isto através de uma avaliação semestral escrita por amostragem, que possa abranger todos os segmentos da comunidade escolar (pais, estudantes, professores e funcionários). Esta avaliação será de caráter diagnóstico e não de caráter punitivo;

No seminário que será realizado no primeiro bimestre do ano será garantido um espaço para avaliação oral ou escrita;

Por fim entendemos que a avaliação deve ser constante tanto dos outros para com a direção quanto da direção para consigo mesma e para com os outros.