PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · 2012. 2. 10. · de expansão e desenvolvimento para a juventude...
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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 1 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
AREA METROPOLITANA NORTE
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
RIO BRANCO DO SUL
2011
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 2 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 04
2 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................ 05
3 MARCO SITUACIONAL ..................................................................................... 06
3.1 PERFIL DA DA COMUNIDADE ATENDIDA PELO COLÉGIO ....................... 06
3.2 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES ................................................... 07
3.3 QUADRO PESSOAL ....................................................................................... 09
3.4 ABRANGÊNCIA ............................................................................................... 11
3.5 CAPACIDADE FACE A DEMANDA ................................................................ 13
3.6 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS SERVIDORES ........................ 14
3.7 EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 15
3.8 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE .............................................................. 16
3.9 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS ................................................ 17
3.10 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM .................................................. 17
3.11 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS (DEVOLUTIVA)
................................................................................................................................ 23
3.12 REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA ................................................................. 24
3.13 CONSELHO DE CLASSE ............................................................................. 25
3.14 PRÓJETOS PEDAGÓGICOS ....................................................................... 26
4 MARCO CONCEITUAL ...................................................................................... 27
4.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS-CONCEPÇÕES NORTEADORAS .......... 28
4.2 REPENSAR A ORGANIZAÇÃO DOS SABERES ESCOLARES .................... 35
4.3 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ............................. 36
4.4 PRÍNCIPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA NO ESTADO .......... 37
4.5 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL DOS PROFISSIONAIS .............. 39
4.6 TRABALHO COLETIVO .................................................................................. 50
5 MARCO OPERACIONAL ................................................................................... 52
5.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
................................................................................................................................ 53
5.2 TIPOS DE GESTÃO ........................................................................................ 62
5.3 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
................................................................................................................................ 70
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 3 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.4 CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................................... 72
5.5 ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVO ................... 72
5.6 ORGANIZAÇÃO DO CURRICULO ................................................................. 73
5.7 ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ ................................................ 74
5.8 CONCEPÇÃO E DIRETRIZES GERAIS DE AVALIAÇÃO ............................. 75
5.9 ESTRATÉGIAS PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE . 80
5.10 ACOMPANHAMENTO-AVALIAÇÃO DO PPP .............................................. 83
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 122
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 123
ANEXOS ................................................................................................................ 125
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 4 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS
Ensino Fundamental e Médio
1 APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico visa sintetizar as diretrizes de trabalho do
Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamenta e Médio, que se caracteriza como
Escola do Campo, dado que se localiza a cerca de 40 km da sede de Rio Branco do Sul,
na localidade de Açungui, em plena área rural e atende diversas comunidades menores
que estão no seu entorno.
O desafio desta instituição é desenvolver uma proposta de trabalho que permita
ao aluno integrar-se ao contexto tecnológico e científico da sociedade globalizada e a
partir desse conhecimento, interferir de forma construtiva, critica e preservacionista em
sua realidade, sem alterar os traços das culturas locais e sem desvirtuar a realidade da
vida no campo, reconhecendo-a como indispensável para o desenvolvimento sustentável
rural e urbano.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 5 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
2.1 NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamental e Médio
2.2 ENDEREÇO
Zona Rural
Localidade: Açungui
Rio Branco do Sul – PR CEP – 83.545-970
Telefone: (41) 3652-1078 (Publico)
E-mail: [email protected]
Site: rbljoselias.seed.pr.gov.br
2.3 ENTIDADE MANTENEDORA
Secretaria do Estado da Educação
Município: Código: 2240
NRE A.M. Norte / Código: 01363
2.4 ATO DO RECONHECIMENTO DO COLÉGIO
Autorização de Funcionamento do Colégio, Resolução nº 886/91, publicado no
D.O.E. De 20 de Março de 1991.
Resolução de Funcionamento Ensino Médio: nº 592/02, publicado no D.O.E. 23 de
Abril de 2002.
Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 1141/03, publicado no D.O.E
23/05/2003.
Parecer no NREAM-Norte de Aprovação do Regimento Escolar: Ato Administrativo
nº 402/2002, e parecer nº 140/2002.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 6 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
2.4 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamental e Médio está situado na
localidade do Açungui, município de Rio Branco do Sul.
A comunidade em que está inserida é essencialmente rural, tendo como principal
atividade produtiva econômica a agricultura e a pecuária e fica localizada a 40 km da zona
urbana deste município. Sua clientela provém das diversas localidades existentes na
região na sua grande maioria esses alunos cursam de 1ª a 4ª série do Ensino
Fundamental em Escolas rurais municipais em séries multisseriadas.
Após o término de 1ª a 4ª série esses alunos enfrentavam o problema não dar
continuidade aos estudos ou, os que tinham condições, deixava a zona rural em busca de
dar continuidade aos seus estudos.
Com a Implantação do Ensino Médio, sanou-se esse problema, garantindo a tão
importante permanência do homem do campo e com expectativa de uma melhor
qualidade de vida.
Hoje nosso Colégio funciona em três turnos e conta com aproximadamente 624
alunos, sendo 122 alunos no turno da manhã, 297 no turno da tarde e 208 alunos no turno
da noite, atendendo alunos de baixa renda que sobrevivem basicamente da agricultura
familiar. A chegada a escola é realizada através do transporte escolar pois a maior parte
dos alunos residem em localidades afastadas do Colégio.
3 - MARCO SITUACIONAL
3.1 PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA PELO COLÉGIO
O vinculo entre a sociedade desenvolvida e os jovens vindos das comunidades
rurais que integram o núcleo educacional do Açungui, é feito pelo Colégio Estadual José
Elias, que, a rigor, tem em sua clientela preferencial: crianças, jovens e adultos oriundos
de famílias de baixo poder aquisitivo que tiram seu sustento da lida da terra, o que
caracteriza esta instituição como uma escola do campo.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 7 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
3.2 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES
As comunidades atendidas pelo colégio Estadual José Elias compreendem nas
localidades de Açungui, Jacaré, Ribeirinha, Corriolinha, Poço Bonito, Ribeira dos Costa,
Taquaral, Areias do Rosário, Bromado e Pinta, tradicionalmente voltadas ao trabalho
agrícola (agricultura familiar e subsistência), em propriedade de médio e pequeno porte.
Sendo comunidade de área rural, cujo centro de referencia é a localidade de Açungui –
distante cerca de 40 km da sede de Rio Branco do Sul, estão presente no dia-a-dia da
região dificuldades relacionadas à infraestrutura deficiente.
Há carência na oferta de transporte com maior frequência e de melhor qualidade
para o usuário, além da necessidade de intensificar os trabalhos de conservação das
estradas principais e vicinais que interligam as localidades limítrofes e a sede do
município.
Também há ausência de serviço de telefonia (fixa ou celular) e o atendimento
médico e odontológico limitados aos horários de funcionamento do posto de saúde
(regime comercial: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira).
Por outro lado, o desenvolvimento sócio econômico também esta limitado. Não
existe indústrias instalada na região e o comercio é pequeno, restrito a alguns armazéns
(pequenos mercados que vendem desde gêneros alimentícios a produtos agropecuários);
de forma que a oferta de emprego é limitada e esse contexto não apresenta possibilidades
de expansão e desenvolvimento para a juventude local, que – em sua maioria – apresenta
perfil de grande interesse pela educação, conhecimento e profissionalização, contrapondo
-se a tendência local de pouca escolaridade por parte de pais avós.
Esse horizonte diferenciado que os jovens da área rural almejam, precisa ser
considerado no planejamento, nos investimentos e nas ações de responsabilidade das
autoridades locais, como foram de assegurar condições de oportunidades de
desenvolvimento social a todos os jovens do município, onde quer que elas estejam.
A região do Açungui já teve uma sub-sede da Prefeitura Municipal de Rio Branco
do Sul, mas esse modelo administrativo não foi repetido nas gestões que se seguiram e
as comunidades no entorno sofrem com descaso e com a desatenção por parte das
autoridades que, na verdade, concentram-se em seus próprios interesses.
A religiosidade está presente na sociedade, polarizada entre Católicos e
Evangélicos, sendo este em número maior. Não há local para lazer ou recreação, nem
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 8 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
espaços culturais institucionalizados onde a comunidade possa usufruir a arte e a cultura.
Neste sentido o Colégio Estadual José Elias, localizado em Açungui a maior das
localidades da região – procura oportunizar essas comunidades momentos de interação
com as atividades culturais desenvolvidas pelos alunos/professores ou trazidas pela
escola. (Exemplos: gincanas, oficinas de trabalhos artesanais, festas típicas da
região, festival de talentos (envolvendo apresentações de música, poesia, etc.).
Poderão ser realizadas durante o período da “Semana Cultural”
Não há oferta de educação não formal, sendo que as iniciativas se limitam à
atuação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, do Governo Federal (PETI),
que procura encampar em suas ações as famílias das crianças atendidas, de forma a
proporcionar-lhes alguma capacitação e garantir-lhes condições de sustentabilidade. -
favorecendo o desenvolvimento de habilidades específicas, como: motricidade fina e
ampla, atenção, raciocínio lógico, etc., de forma a preparar o aluno não só para o
aprendizado acadêmico formal, mas para outras atividades da vida diária.
Pretendesse também promover encontros com profissionais ligados a áreas de
interesse da zona rural (como: agrônomos, veterinários, pecuaristas, etc.), e estimular
pesquisas nessas áreas, incluindo as famílias dos alunos.
O laboratório de informática da escola comporta apenas os alunos matriculados e
em regime de escola, para atender a todos, de forma que ainda não é possível estender
esse serviço para a comunidade, e não há região , escola de computação ou outra
capacitação que viabilize a população local melhores condições de competitividade no
mercado de trabalho formal na própria sede do município vizinhos.
A rigor, ainda não existe na comunidade, presença de instituições externas que
intervêm ou interferem na comunidade de forma significativa, o que detona a necessidade
de um novo olhar político-administrativo (em todos os níveis de governo), para as
comunidades de áreas rurais.
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3.3 QUADRO DE PESSOAL
3.3.1 Equipe Diretiva
Nome Função Formação
Renato Geffer Direção Matemática
Wilson Fabiano Moura Vice-Diretor Educação Física
Derci Costa Bomfim Pedagoga Pedagogia /Geografia
Izolete Wendrechovski Costa Pedagoga Pedagogia
3.3.2 Professores
Nome Função Formação
Adair Turin de Miranda Professor Matemática
Adriana Cristina Freitas Professora Matemática
Alessandro Wanderley Bach Professor Educação Física
Ari Costa Professor Biologia
Arilda Bonfim Carneiro Professora História
Carlos Eduardo Porfirio Professor Matemática
Celiane Formes Dalazuana Professora Matemática
Daniele Bedin Bueno Professora Comercio Exterior Letras Espanhol Português ( cursando )
Danieli Ribeiro Professora Matemática
Danusa Bedin Professora Comercio Exterior Letras Espanhol/ Português ( cursando)
Derci Costa Bomfim Professora Geografia/ Pedagogia
Diogine de Assis Carneiro Professor História
Edenilson Pereira de Santana Professor Educação Física
Emilene de Faria Professora Comunicação Social
Eliane do Rocio Johnsson Professora Letras/Inglês
Elisete Stocchero Wendrechovski Professora Matemática
Etelvino Cavalcanti Neto Professor Química
Fernanda Bittencourt de Goes Professora Letras
Isis Gonçalves Botelho Antoniacomi Professora Geografia
Giovana Cavalli Professora Fisioterapia
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 10 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Josias Cordeiro Professor Matemática
Liliane Geffer Professora Geografia
Lucimara Cordeiro da Silva Professora Letras
Maria Helena Costa Professora Ciências Biológicas
Marli Terezinha Rocha Professora Letras
Nabson Bonfim Carneiro Professor História
Neuza Terezinha Romano Professora Geografia
Paula Danielle Pedroso Ferreira Professora Artes
Sandra Mara Slitingg de Faria Professora Português/ Inglês
Sirlene Aparecida Carneiro Professora História
Sirlene Martins Coimbra Scheneider Professora Artes
3.3.3 Demais Funcionários
Funcionários Função Formação
Adjair Machado dos Santos Agente de Apoio Ens. Médio
Elizabete de Souza Machado Agente de Apoio Ensino Fundamental
Emerson Luciano Tec. Administrativo Ens. Sup.
Euza Antonia Fonseca Agente de Apoio Ensino Fund. Incomp.
Evanilde Stresser Tec. Administrativo Magist. Sup.
Hélida Vanessa O. Rutes de Castro Secretária Magist. Sup.
Iraide de Bonfim Faria Agente de Apoio Ensino Fundamental
Ivonete Apª Santos Scheneider Agente de Apoio Ensino Fund. Incomp.
Janete Faria Abrão Agente de Apoio Ens. Médio
Nadir Portes de Barros Agente de Apoio Ensino Fundamental
Nazira Geffer Abrão Martins Agente de Apoio Ensino Fundamental
Ronilda Abrão de Meira Agente de Apoio Ens. Médio
Rosa Ferreira Rutes Agente de Apoio Ensino Fundamental
Rosilda de Bonfim Machado Tec. Administrativo Ens. Médio
Samuel Stresser Agente de Apoio Ens. Médio
Sara Martinson Stresser Agente de Apoio Ens. Fundamental
Sezelda Faria Abrão Agente de Apoio Ensino Fund. Incomp.
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3.4 ABRANGÊNCIA
3.4.1 Ensino Fundamental
Diurno
Matutino: 4 turmas assim distribuídas
5ªA 6ªA 7ªA 8ªA
Vespertino: 10 (dez) turmas assim distribuídas
5ªA 5ªB 5ªC
6ªA 6ªB 6ªC
7ªA 7ªB
8ªA 8ªB
3.4.2 Ensino Médio
Noturno: 7(sete) turmas assim distribuídas:
1ªA 1ºB 1ºC 2ªA 2ªB 3ºA 3ºB
3.4.3 Grade Disciplinar
As Grades curriculares do Ensino Fundamental e do Ensino Médio seguem as
determinações da SEED, conforme demonstrado na sequência:
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 12 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
3.4.3.1 Ensino Fundamental
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª SÉRIE
NRE: - ÁREA METROPOLITANA NORTE MUNICÍPIO: RIO BRANCO DO SUL
ESTABELECIMENTO:
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 5/8 SÉRIE TURNO: DIURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANA
BASE
NACIONAL
COMUM
5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
Ciências 3 3 3 3
Arte 2 2 2 2
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso * 1 1 0 0
Geografia 4 4 4 4
História 4 4 4 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
SUB- TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
Inglês 2 2 2 2
SUB - TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 13 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
3..4.3.2 Ensino Médio
NRE: (02) – ÁREA METROPOLITANA NORTE MUNICÍPIO: 2240 – RIO BRANCO DO SUL
ESTABELECIMENTO: 01363 – JOSÉ ELIAS, C E – FUND MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS /SÉRIE 1º 2º 3º
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTE
BIOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTORIA
LINGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
2
2
2
2
0
2
2
3
4
2
2
2
0
2
2
2
2
3
4
4
0
2
0
2
2
2
2
2
2
3
4
2
2
SUB-TOTAL 23 23 23
PD
L.E.M. - INGLES *
L.E.M. - ESPANHOL
0
2
0
2
0
2
SUB-TOTAL 25 25 25
TOTAL GERAL 25 25 25
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3.5 CAPACIDADE FACE A DEMANDA
As instalações da escola e seus recursos não atendem a demanda local, a oferta
de salas é inferior à necessidade atual do Colégio.
3.6 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS SERVIDORES
A missão da Escola que atende comunidades rurais está para além daquelas
atribuições das escolas localizadas na área rural urbana. Isso porque, nesses centros
mais desenvolvidos, os educandos estão inseridos no contexto tecnológico e
informatizado presente no seu dia-a-dia, de forma que o nível de esclarecimento é maior
em função das inúmeras interações decorrentes das características culturais do seu grupo
familiar. O que já não acontece nos núcleos educacionais rurais, onde as interações com
os grandes centros e seus recursos de faz de maneira mais esporádica e descontinuada.
Ao professor que atende essa clientela advinda de comunidades rurais, além da
formação mínima obrigatória prevista na legislação pertinente, compete ainda articular
seus conhecimentos e sua prática pedagógica para despertar nesses alunos o desejo de
transpor os limites circunstanciais de desenvolvimento a que estão submetidos,
instigando-lhes o gosto pelo aprender, o interesse pela atualização constante.
No Colégio Estadual José Elias, é consenso entre diretores e professores, a
importância de diminuir a distância entre a realidade de sociedade dinâmica,
informatizada, tecnológica e competitiva e a realidade de carências e de ausências de
infraestrutura com a qual convivem esses jovens no seu dia - a- dia.
Por essa razão, a equipe diretiva empenha-se na reciclagem da prática
educacional, desenvolvida de forma coletiva, compreendendo um exame critico e
cuidadoso do papel da educação e da prática especifica no projeto social e político mais
abrangente.
O incentivo à reflexão subsidiando a prática pedagógica e sobre a própria prática
é fator fundamental e presente em todas as discussões e sua exigência enseja a
necessidade de continuidade da formação.
A rigor, a formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva
crítica – reflexiva que possibilite a busca de um investimento pessoal, livre e criativo e
uma identidade profissional. Esta formação não se faz somente por acumulações teóricas
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 15 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
adquiridas em curso, mas também por interações pessoais e troca de experiências
partilhadas entre os próprios docentes.
Grupo de estudo onde os professores se reúnem mensalmente, com o objetivo de
atualizar os conhecimentos, e viabilizar a troca de experiências pedagógicas, e implantar
experiências inovadoras que possibilitem a consolidação de projetos interdisciplinares, por
outro lado, a capacitação profissional dos professores é uma pratica que vem sendo
incentivada neste Colégio: cursos internos e externos, atualização profissional,
participação em congressos e seminários vem sendo oportunizado pela SEED, com
resposta cada vez mais positivas no que diz respeito à adesão de nossos profissionais.
Além disso, o próprio professor vem buscando por intermédio do ensino superior, maior
atualização e especialização.
3.7 EQUIPAMENTOS
O Colégio Estadual José Elias possui os seguintes equipamentos para suporte à
ação pedagógica:
01 Mimeografo;
04 Aparelho de DVD;
03 impressoras multifuncional;
01 guilhotina;
02 câmeras digital;
01 mesa ping-pong;
1 mesa de pebolim;
22 ventiladores para as salas de aula;
01 Torso humano;
1 esqueleto (85 cm);
34 computadores;
4 impressoras;
1 Retroprojetor;
1 Aparelho de Multimídia;
1 Tela de Projeção;
1 Notebook;
1 Caixa de Som Amplificada;
1 Amplificador, com 12 caixas de som ambiente;
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 16 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
12 Tv Pendrive;
Mapa Geográfico;
Globo Geográfico;
Atlas Geográfico.
4 Radio Gravador.
E, para dar suporte às necessidades dos professores em sua prática pedagógica
e visando melhorar a oferta de recursos materiais para elevar a qualidade do ensino
oferecido aos alunos, a escola precisa ainda, dos seguintes equipamentos:
Quadro Branco;
Gravador de Áudio;
Gravador de CD/ DVD;
3.8 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
3.8.1 Associação de pais, Mestre e Funcionários (APMF)
A APMF reúne - se mensalmente ou em caráter extraordinário quando houver
necessidade.
3.8.2 Conselho Escolar
Os encontros do conselho Escolar se dão a cada bimestre ou caráter
extraordinário sempre que houver necessidade.
3.8.3 Conselho Tutelar
Em geral, casos de indisciplina são resolvidos na própria Escola, com o auxilio da
Orientação e do Conselho Escolar.
Até então não há registros de situações graves envolvendo alunos da instituição,
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 17 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
contudo, há um acordo com o Conselho Tutelar para contar com esse suporte em caso
de necessidade.
3.8.4 Reunião com Pais
O encontro com os pais, coordenado pela Direção do Colégio, acontece bimestral
ou sempre que houver necessidade de resolver assuntos referentes ao comportamento,
notas, metodologia que os professores aplicam, comentários referentes ao andamento da
escola, métodos de avaliação, entre outros. Há espaço para que os professores possam
relatar os resultados de cada bimestre, cobrar itens indispensáveis como: higiene,
material escolar, entre outros.
3.9 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
O Colégio Estadual José Elias, é uma escola de porte médio/grande, e atende,
hoje, 623 alunos, distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite.
O critério para organização das turmas se dá pela idade dos alunos e pela
adequação de suas atividades(trabalho) com horários das aulas.
3.9.1 Horário das Aulas
O Colégio Estadual José Elias, atende os alunos nos seguintes horários:
• Manhã: das 7:50 às 12:10 horas
• Tarde: das 13:00 às 17:20 horas
• Noite: das 18:00 às 22:10 horas
3.10 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM
Na perspectiva da educação, o ato de avaliar deve estar sempre atrelado ao
compromisso com qualidade dos procedimentos que norteiam o ensino aprendizagem,
onde a base analítica precisa ser constantemente revista, de forma crítica e construtiva,
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 18 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
pela comunidade escolar, sem temer pelas mudanças que venham a se revelar
necessárias.
A equipe diretiva do Colégio Estadual José Elias, parte do principio que
desenvolvimento é inerente aos seres vivos, assim como a aprendizagem é uma
constante, portanto não se afirma que “o aluno não aprendeu”. Antes sim, pode-se afirmar
que existem dificuldades no seu processo de desenvolvimento, que ela está deficitária ou
aquém das expectativas, motivada, em geral, pelas características do meio social onde o
aluno cresce e passa a interagir.
Por isso os professores são orientados a compreender que é importante
considerar que a avaliação não pode ser estabelecida a partir de um “marco zero”. Há
sempre um conhecimento preexistente sobre o assunto, seja ele exato ou parcial, tendo
em vista, principalmente, que todos os indivíduos têm a habilidade de questionar e
procurar respostas usando a inteligência, ou melhor, todas as inteligências.
Há, pois, o cuidado por parte da direção deste colégio na sensibilização de seu
corpo docente para a compreensão de que o processo de desenvolvimento cognitivo do
indivíduo se faz numa sequência lógica e a qualidade da apropriação do conhecimento,
assim como a velocidade na assimilação e uso dessas competências decorre das
interações com o meio social.
Neste Colégio, efetivamente é dada especial atenção à avaliação, principalmente
porque a clientela atendida deriva de localidades distintas, com comportamentos
diferenciados entre si e embora a maioria esteja adequada em termos de idade/série,
alguns apresentam maturidades diferentes no trato de determinadas questões do que
outros.
É preciso esclarecer, no entanto, que isso não quer um (a) aluno(a) seja mais
inteligente que outros (a), apenas que este(a) aluno(a) pode ter desempenho melhor que
outros numa determinada disciplina.
E, da mesma forma, outro (a) aluno (a) que antes tirava notas abaixo da média,
possa, a partir de um certo momento, demonstrar um índice maior de aproveitamento em
relação às suas próprias notas, mesmo que ainda se mantenha em níveis medianos.
Essa percepção é libertadora e sua aplicação no universo educacional é
altamente positiva, notadamente em instituições onde a evasão escolar é grande em
função da demanda do trabalho rural (agricultura familiar) e da falta de perspectivas
desses jovens para o futuro, dando ao seu despreparo para o mercado de trabalho e
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 19 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
insegurança face ao nível de competitividade do mercado.
Nessa ótica, é importante que se tire o maior proveito das habilidades individuais,
auxiliando o educando a desenvolver suas capacidades intelectuais, e, para tanto, ao
invés de usar a avaliação apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou reprovar
os alunos, ela deve ser usada para informar os alunos e as alunas sobre a sua
capacidade e informar o professor sobre o quanto esta sendo aprendido, sem perder de
vista que o conhecimento e aprendizagem ocorrem de formas individuais, variando de
aluno para aluno.
Com base nessas diretrizes, a avaliação da aprendizagem se desenvolve nos
níveis Fundamental e Médio neste Colégio, com base instrumentos como o livro registro
de classe, os resultados de aproveitamento expresso em pesquisa, testes e provas
realizadas de forma sistemática.
A opção pelo registro através de notas que serão apontadas no espaço próprio do
livro registro de classe se justifica pelo fato de que as avaliações devem ser contínuas
priorizando sempre a qualidade das mesmas.
No que se refere aos conceitos atribuídos ao aproveitamento dos alunos e suas
efetivas promoções observam-se os seguintes critérios:
Deve ser considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária das séries ou
do período letivo e média anual, igual ou superior a 6,0 (seis) resultante da média
aritmética dos bimestres, nas respectivas disciplinas, como está disposto a seguir:
1 B + 2 B+ 3 B +4 B= 6,0
4
Deve ser considerado reprovado, o aluno que apresenta frequência inferior a 75%
(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária da série ou período letivo,
com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento) e média anual inferior a 6,0 (seis), ao longo da série ou período letivo, deve
ter caso submetido à análise do Conselho de Classe que deve definir pela sua
aprovação ou não.
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3.10 1 Ensino Fundamental
O colégio faz uso de testes através de situações previamente observadas para
verificar se o aluno adquiriu pré-requisitos para a compreensão dos conhecimentos
que virão a seguir;
A avaliação também se fará por meio de pesquisas e trabalhos escritos que
permitam ao aluno a construção própria do seu conhecimento sendo, avaliada
também a apresentação oral pelos alunos, dos conhecimentos adquiridos através
da pesquisa;
O relacionamento professor-aluno, aluno/ aluno e o respeito com a comunidade
escolar como a auto-avaliação, serão consideradas relevantes pois proporciona
uma reflexão mais profunda sobre o sujeito da aprendizagem e o novo saber.
Além dos principais êxitos também serão considerados os possíveis fracasso
quando os pontos positivos serão aproveitados e fornecidos informações para
aumentar a competência do planejamento e tomada de decisões a fim de permitir
que todos possam ver o sucesso do trabalho;
O colégio expressa a nota de forma numérica e está numa constante busca de um
processo mais eficaz que permita uma avaliação compatível com o pensamento
pedagógico.
3.10.2 Ensino Médio
Nesta etapa do crescimento (adolescência e pré – adolescência) devamos
considerar as características físicas, emocionais, em constante mudança, para que a
avaliação seja o mais eficaz possível.
A criatividade deve ser desenvolvida em todos os aspectos para que suas ideias
sejam validas de maneira progressiva e qualitativa, canalizando para que seja uma
pessoa atuante e capaz de tomar decisões de tomar decisões rápidas.
A educação além de favorecer a construção do conhecimento e da interação
social, também deve preparar o aluno para o vestibular e o mercado de trabalho. Para
tanto o papel da escola deve ser o de criar condições para o desenvolvimento de
aptidões para que no futuro o aluno consiga se adequar ao mercado de trabalho com
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mais facilidade, uma vez que este exige um profissional com capacidades de desenvolver
seu trabalho com eficiência.
Assim sendo, a avaliação, num aspecto sequencial ao que se aplica ao Ensino
Fundamental e Médio também é feita por meio de seminários, workshops,
apresentações, feitas e todos os tipos de atividades que oportunizem a aplicação de
aprendizagem num contexto mais dinâmico e atraente para a fase de transição em que
se encontram.
As situações de desafios favorecem este crescimento e ao mesmo tempo
prepara-os para o mercado de trabalho e para a convivência em sociedade.
3.10.3 Proposta Pedagógica da Avaliação Escolar
A avaliação deve verificar como estamos construindo o nosso projeto político-
social, como crítica de percurso, delimitando o grau de cumprimento do projeto educativo.
A rigor, a proposta pedagógica da avaliação escolar tem por finalidade tomar ciência e
amparar o sistema de avaliação e recuperação utilizada, para o bom desempenho e
andamento do estabelecimento e rendimento do aluno. Para isso, estrutura-se nos
seguintes objetivos: conhecimento e prática de todos os professores e equipe pedagógica
de forma a amparar legalmente seus trabalhos e evitar problemas que possam surgir no
decorrer e principalmente, no final do ano letivo.
A avaliação deve ter as qualidades de continuidade, coerência,
compreensibilidade, objetividade, validade e participação ativa do aluno no processo que
tem caráter qualitativo, continuado e cooperativo.
A operacionalização desse processo conta com instrumentos indispensáveis:
Livro Registro de Classe, Folha-Pronto e Livro-Ata, onde são transcritas todas as
ocorrências de carácter significativo para o bom andamento da administração do
estabelecimento de ensino e do trabalho educacional.
3.10.4 Metodologia da Avaliação e Recuperação
A avaliação dos alunos deve possibilitar diagnostico e acompanhamento do seu
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processo de aprendizagem e ao mesmo tempo, para o professor, o diagnostico e a
reorganização do processo de ensino.
Para isso são utilizados como instrumentos avaliados: produções de texto,
trabalhos elaborados individuais e coletivos, sondagem, interpretações orais, provas
escritas, exercícios no caderno do aluno, no quadro de giz com relatórios, entre outros.
O resultado da avaliação é expresso na forma de notas estabelecidas de 0 (zero)
a 10(dez), e o mínimo exigido para cada disciplina, bimestralmente, é 6(seis), sendo que
todas as notas registradas de todas as avaliações do bimestre totalizarão a média
bimestral.
3.10.5 Recuperação Paralela(obrigatória)
Para os alunos que não assimilam os conteúdos proposto, a escola proporciona a
reavaliação dos conteúdos durante as aulas, caracterizando a recuperação paralela de
forma imediata.
As causas de alguns alunos não alcançarem os objetivos proposto podem ser as
mais variadas possíveis: falar de pré-requisito, pouco interesse, problemas sociais ou
pessoais, com esta defasagem o aluno não tem condições de acompanhar a
programação regular. Por isso, há necessidade de atividades especiais para colocá-lo em
condições de seguir regularmente o curso.
Sendo a atividade didática acompanhada por uma avaliação sistemática e
continua, é fácil detectar os problemas que foram surgindo na medida em que se
apresentarem. No momento em que o professor constatar a existência de deficiência de
alguns, ou num grupo, deverá tratar, imediatamente, de recuperar as falhas, para que
estes possam acompanhar normalmente as atividades seguintes. Nisto consiste a
recuperação paralela e imediata, que compreende:
Concentrar mais atenções às dificuldades;
Promover tarefas e estudos individuais;
Organizar e incentivar grupos de estudos;
Atividades extra-classe.
A cada conteúdo trabalhado o aluno é avaliado com notas e prevalecerá sempre a
de maior valor, que vai para o livro registro de classe, após recuperação paralela e
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imediata feita ao aluno.
3.10.6 Recuperação Bimestral.
Mesmo a despeito da sistemática de recuperação paralela, o colégio pode
proporcionar aos alunos a possibilidade de nivelamento dos conhecimentos por meio de
recuperações bimestrais, com revisões de conteúdos tidos pré-requisitos para o
desdobramento das temáticas estudadas, descaracterizado a recuperação pura e simples
dos instrumentos de avaliação, que a rigor é desestimulante, ensejando assim a
socialização dos conhecimentos entre a classe.
3.10.7 Média Anual
O cálculo de média anual será realizado da seguinte forma:
M bimestre 1 + M bimestre 2 + M bimestre 3 + M bimestre 4 = Média Anual
4
3.10.8 Classificação e Reclassificação
Os processos de classificação e de reclassificação seguirá as normas emanadas
da SEED, a legislação vigente e o regimento escolar.
3.11 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS (DEVOLUTIVA)
O colégio adota a sistemática de entrega de boletins dos alunos para seus
responsáveis, como forma de prestar informações e possibilitar o acompanhamento do
desempenho do educando nas várias disciplinas trabalhadas ao longo dos períodos.
Esse repasse de informações se dá durante os encontros com pais/responsáveis,
momento em que eventuais dúvidas são esclarecidas, ocorrem trocas de impressões e
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sugestões entre as partes. A rigor, busca-se nesses momentos, fortalecer os laços entre
pais e mestres, indispensável ao sucesso do processo educativo.
Complementando informações acerca de dinâmica das reuniões de pais, pode-se
observar que além desses encontros previamente estabelecidos, os pais são chamados
sempre que necessário, ou quando há na escola uma programação especial.
Os assuntos a serem abordados no decorrer das reuniões são direcionados pela
direção da escola, sempre destacando: a importância da participação ativa dos pais na
escola, prestação de contas da APMF, desempenho escolar dos alunos e apresentação
dos projetos desenvolvidos pela escola.
Em geral, as famílias participam voluntariamente das atividades da escola.
3.12 REFLEXÃO TEÓRICO – PRÁTICA
Objetivando uma maior orientação da prática pedagógica, são realizadas semanal
e mensalmente, reuniões de professores por área e por segmento, para trocas de
experiências.
Mensalmente, ocorrem conversações pedagógicas, sob a orientação da
coordenação do Colégio e sua Equipe Diretiva. Nesses momentos os professores têm
acesso a textos didáticos publicados e materiais divulgados pela internet; avaliam
experiências positivas realizadas em outros estabelecimentos de ensino debatem
questões de interesse comum, estudam mais detalhamentos determinados conteúdos e
estabelecem projetos em parceria; discutem sobre novas estratégias, metodologias e,
ainda, sobre aperfeiçoamento profissional permanente, progressão funcional baseada na
titulação, qualificação e na competência dos profissionais.
Semanalmente, os professores usufruem de uma carga horária chamada hora-
atividade: quando são organizadas e preparadas as atividades sob orientação de ao
menos um pedagogo.
Ricos para a troca de experiências, esses encontros subsidiam, inclusive, os
temas a serem trabalhados nas Reuniões Pedagógicas.
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3.13 CONSELHO DE CLASSE
O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e de
deliberação em assuntos didático-pedagógicos, com a atuação restrita a cada classe de
estabelecimento de Ensino, portanto existem tantos conselhos quanto ao numero de
turmas da escola. Esse conselho objetiva avaliar o processo-ensino-aprendizagem na
relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso e tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor na Direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano
curricular;
Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;
Analisar os resultados de aprendizagem na relação com o desenho da turma,
com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.
O conselho de classe é constituído pelo Diretor, Diretor - Auxiliar, Pedagogos e
pelos Professores que atuam na mesma classe; sendo que a presidência do Conselho
esta a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento, é substituído pelo Diretor –
Auxiliar ou pelo Pedagogo. O conselho da escola reúne-se bimestralmente ou de acordo
com as necessidades apresentadas. Esses conselhos são orientados pelo corpo diretivo
da escola e contam com a participação de todos os professores que nela atuam cujo
objetivo é avaliar o processo ensino aprendizagem na relação professor-aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
3.13.1 Atribuições do Conselho de Classe
Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem
respondendo a consulta do Diretor e da Equipe Pedagógica;
Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processos de avaliação que afetem o rendimento escolar;
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Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista
o respeito e cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;
Estabelecer planos variáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o
plano curricular do estabelecimento de ensino;
Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de
adaptação dos alunos transferidos, quanto necessários;
Decidir sobre a aprovação do aluno que, após a apuração dos resultados finais,
não atinjam o mínimo solicitado, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno
até então.
A rigor, as reuniões de conselho de classe são lavradas em ata pelo Secretário
em livro próprio, para registro e divulgação aos interessados.
3.14 PROJETOS PEDAGÓGICOS
O Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamental e Médio, incorporou em
suas atividades pedagógicas a sistemática de Trabalho com Projetos.
Essas propostas preveem o envolvimento de alunos, professores, pais e
comunidade, na realização de ações conjuntas, ensejando a troca de conhecimentos e
visando a ampliação da discussão de questões de interesse da coletividade.
Esse processo construtivo de cunho participativo favorece a reflexão sobre as
ampliações de temáticas – por vezes polêmica e/ou complexas – na realidade local, ao
passo que instiga a comunidade à conscientização acerca da necessária transformação
da sociedade para um nível mais humanizado e saudável para se viver.
Estão em desenvolvimento neste colégio, os seguintes projetos, que são tratados
de forma interdisciplinar:
Educação do Campo:
Disciplinas relacionadas: História, Artes, Português, Ciências, Biologia e
Geografia;
Cultura Afro-Brasileira e Indígena:
Disciplinas relacionadas: História, Artes, Português e Geografia;
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Educação Ambiental:
Disciplinas relacionadas: Ciências, Biologia, Química;
Inclusão Social :
Disciplinas relacionadas: Biologia e Química;
Projeto “Viva a Escola”;
Fera Com Ciência;
Sala de Apoio a Aprendizagem;
“Ler e Pensar” (Gazeta do Povo);
ETEC Brasil - /Curso Profissionalizante;
Candomblé e o Uso da Plantas:
Disciplinas relacionadas: Biologia, Ciências e História.
Intervalo Direcionado – Ensinando a Cuidar da Escola.
4 - MARCO CONCEITUAL (Referencial Teórico)
O Colégio Estadual José Elias tem por objetivo central e norteador de suas ações,
o desenvolvimento das comunidades atendidas, em todos os seus segmentos : a
participação efetiva dos profissionais de educação no processo de sua formação
continuada e no seu empenho pessoal para a elevação de qualidade na mediação
exercida na aprendizagem de seus educandos; e, ainda na oportunizarão de situações de
valorização dos cidadãos.
Esse objetivo compreende o desenvolvimento de professores, funcionários, pais e
alunos num processo construtivo que estende benefícios para todos os indivíduos
inseridos na proposta.
Como resultado dessa proposição e das ações dela decorrentes, está a
edificação de pessoas participativas, consciente, conhecedoras de seus direitos e deveres
para consigo mesmas, com a sociedade e com a felicidade. Deste modo este
estabelecimento de ensino infere-se como uma mola propulsora positiva para o
desenvolvimento das comunidades de sua área de abrangência.
O principal foco desse propósito é o aluno, em seu direito de aprender e
desenvolver-se com liberdade e criatividade, interagindo em sua comunidade de forma
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construtiva e transformadora, ao lado dos seus. Sendo assim, ao término de seu período
escolar e em seu curso, o aluno será capaz de:
Tornar-se sujeito e não objeto de seu processo educativo, formal ou não;
Inteirar-se, analisar, relacionar, criticar, escolher, e participar das ações que
acontecem dentro e fora da escola;
Perceber-se parte de seu meio ambiente, ecológico e social, assumindo
responsabilidade por sua condição bem como o ônus que pode advir de sua
omissão;
Exercitar o pensar sua realidade e sua existência, de modo a procurar por si
mesmo, soluções para sua realidade, assim como para sua comodidade, de
forma ética e estética.
4.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS – CONCEPÇÕES NORTEADORAS DO PPP
O Colégio Estadual José Elias está inserido em uma comunidade rural e atende
parte do interior do município de Rio Branco do Sul. Nesta região, as crianças e os pais
não dispõem de outros recursos de informações e formação, de forma que a escola é o
centro da vida social e cultural da comunidade.
Por essa razão, é necessário que ele se torne um pólo onde todos possam
crescer aprender, melhorar seus recursos, enfim, exercitar a cidadania.
Assim sendo, a abrangência deste Projeto Político Pedagógico é ampla: todas as
comunidades rurais do entorno atendidas serão beneficiadas direta ou indiretamente com
a implementação da proposta: os alunos, deverão dispor de uma melhor qualidade de
ensino e contarão com a presença dos pais que, a seu turno, terão a possibilidade de
participar da escola e da educação formal dos filhos.
4.1.1 Concepções de Educação
Todo o direcionamento pedagógico que norteará as ações do Colégio Estadual
José Elias é concebido a partir de uma perspectiva irrefutável: educar os alunos para que
esses adquiram conhecimento suficiente para buscar formação superior e condições de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 29 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
transformar a realidade sócio-econômica de sua localidade rural de origem, sem interferir
na sua cultura encontrando meios de valorizá-la, preservá-la e resgatá-la sempre que
necessário.
O modelo educacional adotado nas escolas rurais do país segue as premissas da
Educação do Campo, uma tendência que se expande rapidamente, em função,
principalmente, de sua concepção pedagógica voltada a formação do individuo do campo
sem afastá-lo de sua realidade.
E nesse ponto reside a necessidade de estruturar o encaminhamento pedagógico
para atender as necessidades educacionais dessas comunidades, numa perspectiva que
contemple o homem, o mundo, a sociedade, o professor, o aluno, a escola e a educação.
4.1.1.1 Homem
O homem é um ser provido de qualidades físicas e psíquicas, que interage em
diversas situações de acordo com sua vivencia e sua cultura. Dotado de grande bagagem
cultural e sentimentos enraizados desde sua origem, é agente transformador, criativo e
capaz de solucionar problemas.
Trata-se de um ser diferenciado pelas suas ideias que, cumulativas, formam a
sociedade na qual vive e interfere de forma construtiva ou não, contudo, há que se
considerar essa interferência antrópica para se uma perfeita noção do papel das
responsabilidades humanas na terra, isso porque, de acordo com as necessidades
impostas pelo meio, o homem pode, e poderá modificar a realidade em prol de uma vida
mais tranquila, mas precisa e deve estar atento as consequências desses atos.
Ou seja, cabe a cada ser manter o equilíbrio emocional, para que o seu próprio
mundo seja preservado e sua espécie não seja extinta.
4.1.1.2 Mundo
O mundo é um grande laboratório capaz de proporcionar infinitas descobertas que
podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas
potencialidades. Quanto mais trouxer este laboratório para a sala de aula, e quanto mais a
educação se estender para o ambiente natural, tanto mais será possível estar em sintonia
com o meio envolvente. Até porque, mais importante que pôr escolas no mundo é saber
pôr o mundo dentro das escolas. Então, fundamental reconhecer esse mundo como um
grande e vasto laboratório onde o que conta é descobrir e o descobrir-se nele.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 30 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Somente na medida em que os homens criam o seu mundo, que mundo humano
e o criam com seu trabalho transformador, eles se realizam. E a realização dos homens
enquanto homem está, pois na realização deste mundo. (FREIRE, 1970).
O educador tem para si, de forma clara que sua função é “conscientizar os alunos
da grandeza que ignoram trazer em si” e direcionar a prática desta descoberta para o
bem comum.
4.1.1.3 Sociedade
Pensar em termos de sociedade é estabelecer que o homem demanda uma
convivência em grupo, convivência que é permeada por um senso comum, regras
comuns, interações colhidas por um todo que servem a um único propósito, a
sobrevivência do mesmo.
As regras, os preceitos que emanam do pensar coletivo, são postas para o
surgimento de uma cultura única, que determinam a solidificação no momento em que o
grupo a elege como tal.
O ser social é regido pelos seus próprios dogmas, preceitos e interdições, por esta
manifestação ele se estrutura como particular e cria sua identidade. Desde o milagre de
seu nascimento o indivíduo percebe o seu funcionamento e procedimento, o qual
direciona sua convivência em sociedade.
4.1.1.4 Professor
É elemento do processo a quem cabe o papel de organizador da ação pedagógica
que visa à produção do conhecimento, entendida com o estabelecimento da relação entre
o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido.
As diferenças entre o Professor e o Aluno se dão numa relação em que a liberdade
do aluno é proibida de exercer-se. Essa opção não é, na verdade, pedagógica, mas
política, o que faz o Professor um político e um artista e não uma pessoa neutra.
O “modelo” de professor e o aluno se dão uma relação em que a liberdade do
aluno é proibida de exercer-se. Essa opção não é, na verdade, pedagógica, mas política,
o que se faz do Professor um político e um artista e não uma pessoa neutra.
O “modelo” de professor que hoje se aplica na escola faz parte de toda uma
indumentária passada, interagindo com todo o processo pedagógico, cientifico e psíquico
que o professor tem hoje em referencia a seus alunos, vendo-o como um todo e atuante
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 31 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
no processo de ensino-aprendizagem.
Neste processo, alunos e professores estão abertos a aprender. O professor passa
a ser um instrumento “pronto” para ser usado, lapidado, melhorado e, acima de tudo,
agindo como uma ponte, que pode ou não tornar um rio transponível. Sua paixão pelo
ensino é que tornará concreta essa ponte de vidro, que deixa seu aluno caminhar por ela,
dando-lhe oportunidade de ter uma visão do todo que está à sua volta.
Na verdade, não se ensina coisa alguma a outrem, ao contrário: os alunos é que
aprendem se tiverem suas mentes abertas. Nessa ótica, educar é mais do que
simplesmente passar o conhecimento: é um ato de amor.
O professor é um canal de comunicação através do qual vai fluir conhecimento. A
postura do professor para tanto, é muito importante. E, então, cabe a pergunta: Que
valores passar aos alunos?
Nas mãos do professor, muitas vezes, encontra-se a decisão que o aluno pode
tomar, que venha a modificar toda a sua vida. Por isso, o verdadeiro professor é aquele
que desenvolve cuidadosamente os elementos positivos que se encontram nos alunos,
harmonizando-os com os negativos e construindo assim a maravilha da individualidade
cósmica do homem integrado.
Finalizando, é preciso vigiar, refletir sistematicamente sobre a própria prática
pedagógica, porque nenhum Mestrado ou Doutorado fará a realidade de um trabalho
árduo e necessário: não garantirão a retidão do aprendizado do assunto em pauta,
somente o abandono da ilusão de ensinar – e a visão de que o universo é um grande
corpo, onde todos – trarão a luz o compromisso. Este sim, tão prazeroso e vital, quanto
um amplexo de amigo, de pai para filho.
4.1.1.5 Aluno
Já estão distantes as teorias e conceitos que colocavam o aluno e seu
conhecimento construído como produto final de uma cadeia produtiva rígida e impessoal
que descartava aqueles que não atendiam à conformidade.
As concepções pedagógicas humanistas reconhecem o aluno como agente do seu
próprio saber. Nessa ótica, o educando deixa de ser um mero receptor de informações e
conteúdos transmitidos por alguém, para ser um construtor de uma nova interpretação do
conhecimento proposto e, desta forma, um agente transformador da sociedade.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 32 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
É, pois, sujeito ativo no processo de ensino aprendizagem. Sujeito que inova que
transforma e adquire meio, pela educação, de refazer o que já está feito, de forma mais
ampla e útil.
O aluno deve ser um questionador do mundo, do homem, da sociedade e de si
mesmo, com o objetivo de compreender, trabalhar e perpetuar a cultura a qual está
inserido. É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e precisa
de mediação e auxilio para a construção de seus conhecimentos.
Deve apropriar-se de conhecimentos científicos, interpretá-los e adequá-los à sua
realidade e desenvolver seu senso crítico por meio das relações professor/aluno e
aluno/professor.
Em outras palavras, é o agente modificador da trajetória da educação e do mundo.
Cultivador de meios que levam a um progresso ativo, dinâmico e sustentador da vida
humana.
4.1.1.6 Escola
É um espaço social rico em possibilidades de trabalho cooperativo, intelectual e
criatividade onde o aluno, visto como cidadão constrói e adquire o seu conhecimento.
É o local de estímulo e construção do saber, seja ele o saber técnico que capacita
o individuo para o mercado de trabalho, seja o saber relacional, vivencial que prepara o
indivíduo a interagir com o meio em que vive.
A escola não se limita somente ao espaço físico, mas age e transforma em
conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram na construção do saber,
integrando-os, da origem do próprio saber à sua elaboração.
É através da escola que se envolve e estimula a educação transformadora,
através de seu dinamismo em renovar, inovar e experiência o saber, que não deve ser
estático, pronto.
O papel da escola como agente de transformação é ampliar a liberdade e a
compreensão do mundo de cada cidadão. Cabe, então, à Escola proporcionar o
questionamento de seu papel conscientizado e libertador de suas ações, das relações da
tríade escola – sociedade – família, oferecendo condições para que haja a exploração do
ambiente, inventando, descobrindo e direcionando o ser humano às finalidades de caráter
social e renovador.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 33 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
4.1.1.7 Educação
É desenvolver a capacidade de saber pensar, de ser capaz de enfrentar situações
novas, de dominar problemas inesperados, de não temer o desconhecimento. É cultivar o
“aprender a aprender”, conjugando reciprocamente teoria e prática, traduzindo o saber
pensar em condições sempre renovadas de intervir.
É saber avaliar-se e avaliar a realidade, como forma de consciência critica sempre
alerta de procedimento metodológico necessário para qualquer intervenção inovadora. É
unir qualidade formal e política, ou seja, procedimentos metodológicos com ética, saber e
transformar, inovar e participar.
A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser
digno e consciente de suas ações. É através da Educação que se constrói a sua
cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar a sua vida e
sociedade.
Cabe aos educadores, neste momento, buscar novos caminhos para a Educação,
desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-lo um instrumento real de
construção e transformação do indivíduo e da sociedade.
4.1.2 Escola do Campo
A Educação do Campo surge em função de alguns fatores: a reivindicação dos
movimentos sociais organizados, que possuem várias experiências educativas no campo;
uma Política de Governo que busca universalização da educação básica e a
democratização do conhecimento, com respeito à diversidade sócio-cultural e, enfim, uma
demanda que a realidade do campo nos coloca: ao longo da história, e ainda hoje, nega-
se aos trabalhadores do campo o acesso a Educação.
Historicamente essa proposta de trabalho vem se construindo a partir do
processo de ação e reflexão dos envolvidos com a realidade do campo. Em 1998 surge o
novo paradigma, a Educação do Campo que segundo Fernandes & Molina (2004), supera
a concepção de educação e educação rural, cuja referência é o campo somente como
lugar da produção de mercadoria e não como espaço de vida.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 34 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
4.1.2.1 Concepção de Educação do Campo
A educação do campo é compreendida a partir dos sujeitos que tem o campo
como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação que deve ser no e do seu
campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação que deve ser no e
do campo. No, porque o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive. Do, pois o
povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais (CALDART, 2002, p.
26).
Nesta concepção de campo, é entendido como o lugar de vida onde as pessoas
produzem conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Há uma produção
cultural no campo que deve se fazer presente na escola. Os conhecimentos desses povos
precisam ser levados em consideração e esta compreensão de campo vai além de uma
definição jurídica, configurando-se como um conceito político, ao considerar as
especialidades dos sujeitos e não apenas sua localização espacial e geográfica (VEIGA,
2003).
Os sujeitos que compõem esses campos, reconhecidos como espaços de
produção agrícola e pecuária, são, em sua maioria, as populações ribeirinhas, pequenos
agricultores, quilombolas, pescadores, camponeses – nas mais diferentes denominações.
Toda diversidade, presente em todos os estados da união, sinaliza um fato que não pode
ser deixado de lado: as escolas do campo terão presente no seu interior está conflituosa –
por isso rica – heterogeneidade.
Cabe destacar que a educação no campo não pode estar desvinculada de um
projeto de desenvolvimento do campo que se pretende construir, que tenha como
elemento fundamental o ser humano: o que significa dizer que a escola deve ser
redimensionada a partir da diversificação de produtos, de utilização de recursos naturais,
da agro ecologia, das sementes crioulas, da agricultura familiar, da reforma agrária, da
pesca ecologicamente sustentável do preparo natural do solo, entre outras.
Contudo, para que a compreensão plena da acepção social da Escola do Campo
seja alcançada, é necessidade iniciar uma reflexão sobre sua instituição, valorizando os
sujeitos que a ela compõem: a identidade destes alunos, sejam crianças, adolescentes,
jovens ou adultos.
A maioria dessas escolas possui características do campo, na produção, no
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 35 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
trabalho, na diversão; enfim, no modo de vida. E esta forma própria de viver produz
saberes, acumulado ao longo de experiências vividas pelos sujeitos do campo.
Assim, para que escola do campo tenha um significado é preciso que esses
saberes estejam presentes nas práticas e na organização do trabalho pedagógico escolar
e a escolar deve estar inserida nas comunidades, até porque, a escola vai além de um
local de produção e socialização do conhecimento, sendo também espaço de convívio
social, onde acontece reuniões, festas, celebrações religiosas, atividades comunitárias
como: bazar, vacinação,plantação e colheita em regime de mutirão etc, possibilitando a
permanente construção de uma identidade cultural.
Outro ponto importante a ser considerado é que a Escola do Campo deve
corresponder à necessidade da formação integral dos sujeitos do campo. Precisa
possibilitar o acesso a todos os níveis e modalidades de ensino(Educação Infantil, Ensino
Fundamental – 1º e 2º Ciclo, Ensino Médio Profissionalizante, Educação de Jovens e
Adultos e Educação Especial), e não apenas se restringir.
4.1.2.2 Valorização da Cultura dos Povos do Campo
É entendida como toda produção humana aquilo que se constrói a partir das
relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo. Assim, valorizar a cultura
dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade gerando um sentimento
de pertença de onde se vive. Isto possibilita a criação de uma identidade cultural que leve
o aluno a compreender o mundo e transformá-lo de forma sustentável.
4.2 REPENSAR A ORGANIZAÇÃO DOS SABERES ESCOLARES
No que concerne aos conteúdos a serem trabalhados, cabe aos educadores o
desafio de experiências para uma construção coletiva que venha ressignificar a educação
voltada para as necessidades do campo.
Outro aspecto fundamental é pensar em formas alternativas de como encaminhar
as práticas pedagógicas tais como: horta escolar, jardinagem, alimentação saudável,
remédios caseiros, plantio de mata ciliar entre tantos outros. Sempre tratados de formas
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 36 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
participativas e coletivas, desligando-se da forma isolada e desarticulada, em que os
trabalhos ficam limitados às aulas expositivas do professor.
Nas pesquisas, muitas vezes deixa-se de aproveitar as ricas diversidades
encontradas no entorno da escola, ficando apenas no espaço da sala de aula. Estas
outras possibilidades de encaminhamentos metodológicos ensejam o questionamento
sobre a necessidade de repensar tempos e espaços escolares.
4.2.1 Repensar os Tempos e Espaços Pedagógicos
Os espaços escolares são recursos a serem utilizados nas mais diferentes
disciplinas, criando e desenvolvendo atividades que levem em conta as possibilidades de
viabilizá-las na prática.
Ainda que se considerar toda a dinâmica da vida do campo, com os seus ciclos
produtivos, período de pesca e turismo, época de chuvas, entre outros que devem ser
considerados na elaboração do calendário escolar, evitando assim a evasão ou um
número excessivo de faltas de alunos em determinados períodos do ano – encontrando-
se, portanto, em processo de permanente construção.
É preciso, pois, debatê-los nas escolas como intuito de orientar a formulação de
novos planejamentos e de aprimoramento dos projetos políticos pedagógicos.
4.3 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA NA ESCOLA
Os pressupostos ideológicos e pedagógicos adotados para o Colégio Estadual
José Elias estão pautados sobre princípios que valorizam a relação do homem com a
natureza, tendo como base os conceitos desenvolvimentistas construtivas e
interacionistas, estruturados à luz das teorias humanista como a holística, das
inteligências múltiplas, da complexidade e a pedagogia da terra.
Essa base conceitual possibilitará a implementação de uma proposta de trabalho
pedagógico que compreenda e valorize o ser humano em sua diversidade; em sua
relação com o ambiente natural; que oportunize condições de desenvolvimento de suas
potencialidades latentes, mas, e principalmente, que o reconheça integrante de um todo
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 37 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
que necessita do empenho da coletividade para garantir a segurança nutricional para esta
e para as próximas gerações.
Numa escola cujo contexto social está intimamente ligado à vida rural e que os
jovens que se distanciam de sua cultura em busca de oportunidades se deparam com
horizontes incertos é preciso desenvolver estratégias que levem os alunos a se
identificarem com a sua cultura, valorizando e preservando suas raízes, buscando
conhecimento e formação técnica para assegurar sua permanência no campo e contribuir
ativa e prazerosamente no processo de desenvolvimento sustentável.
Sob essa ótica, este Colégio prima por uma educação voltada à realidade do
campo, colocando-se na condição de instrumento de humanização e de interação social,
em que pese valorizar as múltiplas inteligências, estabelecer práticas diferenciadas de
ensino tendo por objetivo a na qualidade de vida e nas relações humanas da população
que vive no meio rural e incentivar a permanência do jovem no campo.
Mas, e principalmente, educar para formar lideranças, para incentivar a geração
de trabalho e renda dentro desse contexto rural, favorecer a inclusão social e o resgate da
cidadania, proporcionar qualidade de vida digna com a continuidade dos jovens do campo
dentro de um projeto profissional e de vida.
À luz dessas diretrizes, a escola procura alinhar suas necessidades ditadas pelos
traços culturais locais aos padrões de organização estabelecidos pelo Estado e conduzir
o encaminhamento pedagógico de forma a alcançar os objetivos específicos estabelecido
para o processo de formação de seus alunos.
4.4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
A Escola Pública do Estado do Paraná segue os princípios político-administrativos
da gratuidade da educação, da qualidade do ensino ofertado, e da acessibilidade a todos
os cidadãos, e, ainda, de respeito e valorização das culturas presentes em cada
comunidade. E sua operacionalização se desenvolve de forma participativa, por meio da
gestão democrática.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 38 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
4.4.1 Princípios da gestão Democrática
Partimos do princípio de que a comunicação deve ser clara objetiva, atendendo
as necessidades dos diferentes segmentos da comunidade escolar: pais e responsáveis,
professores, equipe pedagógica, direção, funcionários administrativos, serviços gerais e
alunos. O processo decisório está amparado num diálogo contínuo, lidando com os
diferentes conflitos, de forma acolhedora e solidária.
4.4.2 Acesso
Além de assegurar a prática democrática no processo de gestão, o conceito de
escola aberta à comunidade se infere na realidade local e torna-a (a escola), um
referencial social, o que, em outras palavras significa ampliar o acesso ao seu ingresso,
afastando-se da conotação de obrigatoriedade da educação, alcançando o
reconhecimento de ser local de oportunidade para o desenvolvimento.
4.4.3 Permanência
Quando as questões e temas estudados e tratados no ambiente educacional têm
íntima relação com a realidade dos alunos, a dificuldade presente na imaterialidade se
esvai e o educando passa a correlacionar os conteúdos trabalhados com os elementos
presentes em seu meio envolvente. Num estágio inferior, apenas questões mais óbvias,
explícitas podem ser compreendidas e interpretadas sob uma ótima coerente. Adiante, o
nível de reflexão se amplia e questões mais subjetivas passam a integrar o processo de
análise e a possibilitar as identificações de questões de ordem social e política, por
exemplo.
Quando não há essa ligação tão próxima com a realidade o processo de
abstração e reflexão se faz de forma parcial, tornando-se. Ao longo de curto espaço de
tempo, tão somente uma referência, um conteúdo a mais para trabalhar e não uma
questão presente no seu dia-a-dia. Esse distanciamento acaba se concretizando de fato,
e o aluno não conseguem identificar-se com as temáticas discutidas, incorrendo em
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 39 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
desconcentração, desinteresse e, por vezes, em evasão.
A gestão democrática deve, pois, pautar - se pelo principio da permanente
observância do encaminhamento pedagógico sobre as questões relacionadas à realidade
do aluno e assegurar a participação da comunidade, pois a escola deverá ser o espelho
dessa comunidade e não um elemento exógeno, administrado por pessoas de formação
cultural alheia à realidade local.
4.4.4 Qualidade de ensino- aprendizagem
Intimamente relacionada ao cunho pedagógico da proposta, a qualidade do
ensino exige permanente reflexão, tendo em vista que muitos professores que atuam nas
escolas do campo não são oriundos daqueles territórios e, portanto, sua práxis estará, de
forma indelével, marcada pela sua própria historicidade, de formação e experiências
vivenciadas ao longo de carreira profissional.
Nessas situações, o professor deve articular sua bagagem de conhecimentos
ditos “urbanos” e/ou “exógenos à realidade local” com as características da realidade
local, sem, contudo, interferir nos traços culturais.
Respeitados os limites e definidos os parâmetros de atuação, se estará
garantindo a qualidade do ensino especifico a essas comunidades, e, por conseguinte,
ensejando que a aprendizagem ocorra de forma satisfatória para ambos: professor e
alunos.
4.5 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL DOS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO
4.5.1 Direção
Promover ações condizentes com um sistema de ação integrada e cooperativa,
estimulando a inovação e a melhoria do processo educacional e liderar a escola-
comunidade de maneira democrática, articulando e controlando recursos humanos e
financeiros, num processo de comunicação clara e aberta entre os membros da escola e
entre a escola e a comunidade.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 40 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
4.5.3 Caracterização da função do Pedagogo
O Pedagogo é responsável pela coordenação, implantação e implementação das
Diretrizes Pedagógicas emanadas da SEED, e pela orientação aos alunos em situação de
déficit de aprendizagem.
São atribuições do Pedagogo:
Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organizar
da classe, do horário semanal e distribuição de aulas;
Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento de Ensino, em
consonância com as diretrizes Pedagógicas da SEED;
Assessorar e avaliar a implementação dos Programas de Ensino e dos projetos
pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino;
Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar e orientar o seu funcionamento, em
conjunto com o responsável;
Acompanhar o processo de ensino, atuando juntos aos alunos e pais, no sentido
de analisar os resultados da aprendizagem para sua melhoria;
Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações sobre os
serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do Trabalho
Escolar com os dados e informações sobre os serviços de ensino prestados pelo
Estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;
Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudos e trabalhos para o
aperfeiçoamento constante do pessoal envolvido nos serviços de ensino;
Elaborar com o corpo docente os Planos de recuperação aos alunos que obtiverem
resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;
Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de
transferências, de acordo com a legislação vigente;
Propor a implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem
desenvolvidos pelo Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;
Coordenar o processo de seleção de livros didáticos, se adotados pelo
Estabelecimento, obedecendo as Diretrizes e os critérios Estabelecidos pela
SEED;
Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do
Estabelecimento, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 41 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
egressos, de consultas e levantamento junto à comunidade;
Participar, sempre que convocado, de cursos, seminário, reuniões, encontros,
grupo de estudos e outros eventos;
Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento e no que concerne à
especificidade de cada função;
Orientar o professor para que possíveis correções ou alterações sejam registradas
no campo de observações, datadas e assinadas;
Estabelecer relação entre o planejamento, a prática e o Registro de Classe,
auxiliando o professor sempre que necessário;
Registrar em documento próprio da Equipe Pedagógica e frequência dos alunos,
as atividades e/ou conteúdos aplicados quando da ausência do professor, dando-
lhes ciências das ações tomadas para que proceda ao devido assentamento no
Livro Registro de Classe, a fim de garantir o cumprimento da Carga Horária e Dias
Letivos;
Garantir o corpo discente a reposição de conteúdos que não venham a ser
trabalhados, por ausência do professor, estabelecendo formas didaticamente
viáveis para esse procedimento;
Informar aos professores que a legislação vigente, em caso especial, contempla o
amparo dos alunos às suas faltas;
Garantir aos alunos amparados pela legislação vigente, como compensação da
ausência às aulas, exercícios domiciliares com acompanhamento da escola;
Instruir o professor para que a falta do aluno, quando justificada, implique em
oportunizar situações de aprendizagem, apresentação de trabalhos e realização de
avaliações;
Orientar os professores quanto ao preenchimento dos campos próprios quando se
trata de alteração do calendário escolar (reposição) motivado por paralisação,
greve, intempérie, imprevistos. Nesses casos orientar o professor como calcular e
como registrar as horas/aulas da época em que ocorreu o imprevisto;
Orientar o professor para que nas quadriculas de registro de frequência sejam
utilizados apenas “C” (comparecimento) ou “F” (falta), não sendo permitido o uso
em outros símbolos ou caracteres;
Dar ciência ao professor e salientar ao aluno que o cumprimento de no mínimo
75% de frequência do total de horas ofertadas no período letivo é obrigatório, e que
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 42 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
a legislação vigente prevê o máximo de 25%, observados o conteúdo da lei, para
eventuais faltas (Lei 9394/96, 20/09/96);
Ao receber da Secretaria a cada bimestre, trimestre, semestre, módulo e/ou
período os espelhos atualizados quanto à movimentação escolar dos alunos,
informar ao corpo docente e afixar em edital essas informações, a fim de que estes
possam atualizar seus registros;
Orientar os professores no preenchimento dos registros pertinentes às atividades
pedagógicas;
Vistar periodicamente o Livro de Registro de Classe.
4.5.4 Caracterização da função da Equipe Docente
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.
Compete aos docentes:
participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e
as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros
e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se
de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 43 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do
período letivo;
participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos
com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com
vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,
no processo de ensino e aprendizagem;
participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao
professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem,
da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou modificações
no processo de intervenção educativa;
estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais
serão registradas e assinadas em Ata;
propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 44 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretária de Estado da Educação;
manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de
ensino;
participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade;
desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e
ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e
educativa;
participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe
forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de Estado
da Educação;
cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à
aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;
4.5.5 Caracterização da função Técnico-Administrativo
O técnico administrativo responde pela parte operacional dos serviços da
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 45 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Secretaria da Escola. Desempenha atividades de suporte ao funcionamento de todos os
setores do estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os membros
cumpram suas reais funções.
4.5.6 Caracterização da função do secretário(a)
A secretária tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e
correspondência do estabelecimento. Os serviços desse setor são coordenados e
supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.
O cargo de secretário (a) é exercido por um profissional devidamente qualificado
para o exercício da função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com a
SEED, em ato específico.
Compete ao Secretário:
Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos auxiliares;
Redigir a corresponder que lhe for confiada;
Organizar e manter em dia a coletânea de Leis, Regulamentos Diretrizes, Ordem e
serviço, Circulares, Resoluções e demais documentos;
Rever todo o expediente a ser submetido ao despacho do Diretor;
Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;
Apresentar ao Diretor em tempo Hábil todos os documentos que devem ser
assinados;
Organizar e manter dia o protocolo, o arquivo e o registro de forma a permitir, em
qualquer época a verificação: 1) da identidade e da regularidade da vida escolar do
aluno; 2) da autenticidade dos documentos escolares;
Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referente a matricula,
transferências e conclusão de curso;
Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuído a
secretaria;
Comunicar a Direção eventuais irregularidade que venham a ocorrer;
A escala de trabalho dos funcionários é organizada de forma que o expediente da
Secretaria conte sempre esse suporte, independentemente da duração do ano
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 46 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
letivo, em todos os turnos de funcionamento do Estabelecimento.
No Colégio Estadual José Elias, a secretaria está sob responsabilidade da
Senhora Helida Vanessa de Oliveira Rutes de Castro, Portaria nº1853/2008, de
25/11/2008.
4.5.7 Auxiliar Operacional
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação, no âmbito escolar, sendo
coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação
do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária vigente;
utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
irregularidade à direção;
auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início
e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,
quando solicitado pela direção;
atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de
alimentação;
auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,
muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no
ambiente escolar;
auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto à alimentação
durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 47 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
correspondentes ao uso do banheiro;
auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades
escolares;
cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado
da Educação;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
4.5.8 Compete a Merendeira
São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento
de ensino:
zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;
informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do
estoque da merenda escolar;
conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar,
conforme legislação sanitária em vigor;
zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 48 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
merenda escolar;
receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e da
merenda escolar;
cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer
necessário;
respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação
ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado
da Educação;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
4.5.9 Compete ao Inspetor de Alunos
São atribuições do auxiliar operacional que atua na área de vigilância da
movimentação dos alunos nos espaços escolares:
coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos
períodos de atividades escolares;
zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas
disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de
ensino;
comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança
dos alunos;
percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 49 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
necessitarem de orientação ou atendimento;
observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;
acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se
fizer necessário;
auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar;
cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais
didático-pedagógicos;
auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de
equipamentos e materiais didático-pedagógicos;
atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à
estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado
da Educação;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar das atribuições decorrentes do regimento Escolar exercer as especificas
da sua função.
4.5.10 Compete ao Guardião
Efetuar rondas periódicas e zelar pela segurança do Estabelecimento;
Impedir a entrada no prédio ou área adjacentes, de pessoas estranhas e sem
autorização, fora do horário de trabalho, como medida de segurança;
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 50 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Comunicar a chefia imediata e/ou responsável, irregularidades ocorridas durante o
seu plantão, para que sejam tomadas as devidas providencias;
Zelar pelo prédio e suas instalações, procedendo reparos que se fizeram
necessários e levando ao conhecimento de seu superior, fato que dependam do
serviços especializados para o seu reparo e manutenção;
Efetuar tarefas correlatas com a sua função.
4.6 TRABALHO COLETIVO
4.6.1 Prática transformadora
Para que a Escola do Campo paute por uma prática efetivamente transformadora
no que tange à formação dos seus profissionais é preciso definir o perfil necessário do
professor para a missão de educar para diversidade, para elevação da qualidade da
relação do homem com natureza. E, nesse sentido, primordialmente o educador deverá
ser uma pessoa livre, sensível justa e espiritualmente desenvolvida.
Enquanto livre, esse professor deverá ser, também, sujeito da sua própria história;
consciente na escolha dos caminhos para o próprio crescimento individual, comunitário e
social; capaz de buscar soluções coletivas para a injustiças e desigualdades social,
através do engajamento político-social; coerente na vivência dos sentido pleno da
democracia para a construção do bem comum, saindo do isolamento passivo e ocupado
espaço público através do debate, do diálogo, da discussão, da crítica.
Pela sensibilidade, ser ousado na busca de caminhos para o aprimoramento
individual e social; alegre na convivência; atento ao compartilhar
E, em termos de justiça, ser agente de transformação; consciente da própria
responsabilidade na promoção do próximo; compromissado com a preservação do meio
ambiente.
O critério espiritualmente desenvolvido, tem a ver com as experiências
acumuladas ao longo de sua vivência, que lhe conferiram sabedoria e humildade.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 51 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
4.6.2 O que o Colégio pretende do ponto de vista Pedagógico
Uma das principais preocupações da Escola do Campo, e em especial do Colégio
Estadual José Elias, refere-se aos sistemas avaliativos, tendo em vista que os modelos
em uso têm caráter discriminatório, altamente nocivo contexto dito “urbano e
desenvolvido”, se torna ainda mais prescritivos em ambientes onde a exigência da
participação do labor dos jovens na agricultura familiar e priorizada à necessidade de
educação e do acesso ao conhecimento.
Essa preocupação é procedente, porque a avaliação realizada nas escolas, de
uma forma geral, está longe de ser vista como eficaz, pois o que consegue fazer é
selecionar, excluir alunos e constituir mais um entrave no sistema educacional.
Para que haja mudança no sistema educacional, é preciso que avaliação tenha
como base a análise das causas que provocam insatisfação para os alunos e sociedade.
A partir desse diagnóstico será mais fácil buscar soluções, identificar estratégias que
auxiliem o aluno aprender a aprender.
Na avaliação tradicional utilizam-se instrumentos que selecionem, oprimem,
marginalizam e excluem, pura e simplesmente com o único objetivo de atribuir notas, não
para verificar se houve ou não a aprendizagem proporcionando continuidade do trabalho.
Esse modelo não permite avaliar a criatividade, o conhecimento que aluno traz de
seu meio social e cultural, a capacidade de sugestões, de produção, de iniciativa, entre
outras; de forma que não avalia o processo como um todo.
Por todas essas razões, ao se pensar no fazer pedagógico, é preciso repensar o
processo de avaliação; posto que este deve proporcionar condições para que o aluno
aprenda, passe a interagir com os recursos da sociedade informatizada, tecnológica e
desenvolvida e com isso tenha condições de interferir em seu meio natural de forma
transformadora, sem gerar danos a sustentabilidade do meio ambiente.
Mas, e principalmente, que permaneça na escola, caso contrário a escola
continuará fazendo com que o aluno se torne indiferente, alienado em termos de conteúdo
posto que esses nada digam à sua realidade cotidiana, ou pior, que frequente a escola
devido à pressão dos pais que são submetidos às exegese legais. Ou, ainda ele se exclua
desse sistema seletivo.
Um indivíduo aprenderá se o seu meio envolvente for capaz de lhe dar respostas
e estímulos sobre diversas formas: identificação de erros, sugestões e contra- sugestões,
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 52 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
explicações complementares, revisão das noções de base, trabalho sobre este sentido da
tarefa ou autoconfiança.
Por isso é necessários que se respeito o aluno na sua individualidade, bem como
em suas relações sociais onde cada um é diferente, único, porem social e completo.
O aluno precisa participar do processo, estar inserido nele, numa educação que o
liberte que não oprima. Precisa ser avaliados a partir de mudanças nas suas atitudes,
criatividade, capacidade de decisão, de produção,de relação, enfim, numa avaliação
diagnóstica, formativa,cumulativa, continua, que valorize os conhecimentos acerca de sua
realidade e a forma como contextualiza todas essas informações em seu processo de
aprendizagem.
O cotidiano da Escola do Campo é um processo construtivo recorrente, tendo em
vista que a maioria do corpo diretivo e dos professores que atuam, no estabelecimento
advém de centros mais desenvolvidos, de uma realidade urbana que constantemente
entra em confronto com a realidade da cultura local.
E esse conforto acaba por interferir no processo avaliativo, mesmo de forma
subjetiva, daí a importância de ter no sistema avaliativo o eixo norteador dos
procedimentos, reconhecendo-o como elemento fundamental de todas as etapas do
processo e não apenas como recursos finais de análise acerca do aproveitamento.
É, pois, a avaliação, o meio regulador do processo educacional, e compreende a
atuação do professor e o aproveitamento do aluno, o que significa dizer, que se refere à
forma como a escola conduz sua missão.
5 - MARCO OPERACIONAL
O Colégio Estadual José Elias trabalha para formar cidadãos críticos e
conscientes, se reconhecendo como um segmento da sociedade. A direção e equipe
pedagógica trabalham para atingir os objetivos estabelecidos nos PCN's, seguindo
tendências construtivistas/interacionistas e humanista que abrange a construção do
conhecimento, a formação da cidadania e o pleno desenvolvimento do indivíduo.
É importante salientar que os professores buscam atuar de forma integrada com
seus alunos, distanciando-se do modelo de “transmissores do conhecimento”, com vista
em fortalecer os elos de ligações entre escola e comunidade, reconhecendo a realidade e
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 53 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
valorizando a cultura local no processo de ensino-aprendizagem.
5.1 RENDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Para redimensionar a organização do trabalho pedagógico, é preciso,
primeiramente, definir a educação que se pretende assumir:
5.1.1 O modelo de educação ideal
O Colégio Estadual José Elias optou por uma ação pedagógica fundamentada na
Educação onde seja valorizada a cultura da região, em geral ausente dos currículos
escolares, e, com isso os conhecimentos, valores e práticas dos alunos, ignorado pela
educação escolar.
E, mais, onde:
Sejam implementadas práticas educativas capazes de contemplar a diversidade
cultural vivenciada pelos alunos no cotidiano de suas vidas;
A formação continuada de professores teça laços entre os conteúdos escolares e a
cultura vivenciada pelos alunos e suas famílias numa comunidade rural;
Que a comunidade rural não fique restrita ao seu próprio ambiente, mas que
regularmente ocorram visitas dos alunos à cidade onde visitem museus, teatros e
se familiarizem com o próprio ambiente humano;
Que os educadores contem com um sistema de transporte entre a cidade e o
campo, a fim de diminuir o grande rodízio desses profissionais, muitas vezes
desestimulados pela distância que precisam percorrer até a escola.
Por isso este Colégio prioriza uma metodologia que através das atividades
propostas ao educando, vise construir uma sociedade democrática, justa, livre e forte o
suficiente para se manter livre.
E trabalhe para que essa metodologia seja ativa, participativa, e que se torne
possível a articulação dos interesses individuais, que possam ir ao encontro dos anseios
coletivos; aberta a discussão econômica, político e cultural e que permita aos educadores
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 54 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
e educandos, uma análise constante da realidade circundante e nela interfira.
Isso significa que os educadores deste Colégio devem:
Ter competência técnica;
Ser comprometidos com os ideais do Colégio Estadual José Elias;
Estar em constante processo de construção e reconstrução do conhecimento dentro
e fora da escola.
Vivenciar valores éticos e morais.
Favorecer a harmonia no âmbito escolar.
Manter a autonomia em sala de aula, sem autoritarismo.
Ser humildes, criativos, pontuais, assíduos, responsáveis, comunicativos em todas
as suas ações;
Participar das atividades realizadas pela escola.
Ter postura de educador, em todos os momentos de sua vida;
Respeitar e se fazer respeitar pela comunidade escolar;
Ser cidadão honesto, preocupado com a coletividade, capazes de interagir no grupo
e no meio em que vive.
Realizar um planejamento em conjunto para que a interdisciplinaridade seja
concretizada, tornando-se na prática constante em todos os segmentos do Colégio;
Fazer acontecer sistematicamente o Conselho de Classe;
Promover gincanas culturais;
Fundar o Grêmio Estudantil em 2010.
E, em outras palavras, este Colégio orienta o seu trabalho pedagógicos sobre
ideias pautados numa educação crítica e transformadora que forme cidadãos plenos de
valores intelectuais, políticos, sociais, ecológicos e éticos, onde a união companheirismo
seja um suporte de um trabalho integrado, respeitando as diferenças de credo, raça,
condições sócio-econômicos e sexo.
Esse direcionamento prevê que o Colégio Estadual José Elias, seja:
Um lugar acolhedor que promova, na convivência prazerosa, maior capacidade de
todos em lidar com liberdade e as diferenças, despojados de subterfúgios e
preconceitos, favorecidos pelo diálogo franco e aberto;
Voltado ao crescimento de seus profissionais, que consciente de seu papel
transformador, sejam cúmplices dos alunos, dando tudo de si, antenados no que a
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 55 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
cerca, no momento histórico e comprometidos com a execução do Projeto Político
Pedagógico;
Um local de respeito e valorização de seus profissionais, estimule a sua criatividade
e os incentive na busca de soluções para novos desafios;
Umas grandes famílias em que todos se conheçam se respeitem e se aceitem,
apesar das diferenças, porque se estimam;
Um espaço onde as famílias estejam presentes e participem da vida escolar,
abracem o mesmo ideal da escola, divulguem e vivenciem sua proposta de
solidariedade, união, honestidade e justiça;
O ambiente onde os alunos se sintam seguros, satisfeitos, bem acolhidos,
cúmplices dos professores e comprometidos com seu próprio crescimento;
Referencial de atendimento às necessidades da comunidade e que dentre seus
muros convivam pessoas de pensamentos edificantes em prol do bem comum.
5.1.2 Modelo de Gestão adotada
Posto que o modelo idealizado pelo Colégio Estadual José Elias, busca a
valorização do indivíduo em seu ambiente natural e o desenvolvimento educacional que
lhe permita atuar nesse meio de forma participativa, crítica e transformadora, sem,
contudo, descaracterizá-lo, o modelo de gestão adotado contempla a defesa da
participação, da autonomia e da liberdade, princípios básicos da gestão democrática; a
administração colegiada, desenvolvida por meio da APMF; participação efetiva de todos
os segmentos da escola na construção da concepção, na execução e avaliação da
proposta pedagógica; e, ainda, a organização redimensionamento e avaliação contínua
dos mecanismos de gestão democrática:
5.1.2.1 Defesa dos princípios da gestão democrática: participação, autonomia e
liberdade
Sendo que a Gestão Democrática caracteriza-se como o envolvimento de toda a
Comunidade Escolar em todos os segmentos onde as ações, são construídas e
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 56 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
praticadas visando construir uma identidade da instituição, em gerenciar diretamente os
recursos destinados ao desenvolvimento e manutenção do Ensino, e a executar os
mesmos, pela adoção da Gestão Compartilhada.
5.1.2.2 Administração Colegiada
Neste Colégio, a Administração Colegiada se faz por meio da Associação de Pais,
Mestres e Funcionários, entidade civil com personalidade jurídica assegurada pela LEI
5.692/71, e a 9394/96, não possui fins lucrativos tem a finalidade de auxiliar a Direção
Escolar na promoção das atividades administrativas, pedagógicas e sociais da escola
arrecadar recursos para complementar os gastos com o ensino, educação e a cultura,
apoiar financeiramente a direção da escola, por meio da geração de recursos financeiros
e de sua execução.
O Conselho Escolar é um colegiado formado por todos os segmentos da Comunidade
Escolar: pais, alunos, professores, direção e demais funcionários. Por meio dele todas as
pessoas ligadas à escola podem se fazer e representar e decidir sobre aspectos
administrativos, financeiros e pedagógicos. Assim esse colegiado torna-se não somente
um canal de participação, mas também um instrumento de gestão da própria escola.
5.1.2.3 Participação efetiva de todos os segmentos no processo de gestão
Todos os segmentos da escola: alunos, professores, pais, funcionários, direção e
equipe pedagógica participam na construção da concepção, na execução e avaliação da
proposta pedagógica, buscando estabelecer um objetivo comum e proporcionar à escola
as condições necessárias para que essa possa progredir aprimorar a prática e melhorar
continuamente.
5.1.2.4 Organização redimensionamento e avaliação do processo de gestão
A organização, redimensionamento e avaliação continuam dos mecanismos de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 57 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
gestão democrática deste Colégio compreendem a articulação de ações das seguintes
entidades e procedimentos:
Conselho Escolar: Órgão Coletivo, construtivo e fiscalizador, que atua nas
questões técnicas, pedagógicas, administrativas e financeiras da escola, adota a
gestão participativa e democrática e a tomada de decisão consensual, visando à
melhoria da qualidade de ensino.
Conselho de Classe: Tem por finalidade estudar, interpretar, analisar os resultados,
bem como os dados da aprendizagem; acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem.
Eleição de diretores: Que haja respeito mútuo, mantendo acima de tudo a
integridade moral dos candidatos. Que o professor tenha o seu espaço e o direito
de expressar sua opinião, se quiser, sem que haja perseguições, após a eleição.
Eleição para representante de turma: A princípio os alunos candidatos a
representante devem receber uma orientação sobre o seu papel, suas
responsabilidades, e apresentar um perfil como: boas notas, assiduidade, bom
relacionamento com a turma e também os funcionários em geral na escola.
Grêmio Estudantil: O Grêmio tem por finalidade representar os alunos, defender
seus interesses individuais e coletivos: incentivar a cultura literária, artística e
desportiva de seus membros; promover a cooperação entre a comunidade escolar.
5.1.3 Operacionalização do Modelo de Gestão
A operacionalização dessas ações e intenções se faz no âmbito da integração e
do relacionamento interpessoal e compreende reuniões pedagógicas, planejamentos e
decisões participativas, conselhos de classe, confraternizações, culminância de projetos
interdisciplinares e atividades esportivas, que requerem engajamento do professores,
alunos e famílias, oportunizam a integração e o relacionamento interpessoal.
Contudo, se observa certa dificuldade em relação ao pouco entrosamento entre
os vários segmentos, o que dificulta o diálogo entre os professores que neles atuam.
5.1.3.1 Diálogo
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 58 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
A preocupação com a consulta e a participação dos docentes nas tomadas de
decisões, as avaliações realizadas com estes e as famílias para redefinições da prática
escolar, os conselhos realizados com alunos e professores, a definição de medidas
únicas através de diagnósticos realizados em Conselho de Classe, a programação de
atividades que envolvam alunos e famílias, evidencia a necessidade de crescimento da
prática do diálogo entre os segmentos envolvidos.
Por exemplo, percebe-se falhas nesse processo quando, ao invés de uma
conversação integradora, recebe-se uma comunicação interna não discutida amplamente
e por isso passível de interpretações erradas, ou quando se dá a ela pouca importância,
tornando-a indefinida. Da mesma forma, surgem críticas, por vezes equivocadas ou feitas
de forma pouco construtiva, que são mal recebidas e inviabilizam o diálogo aberto; ou,
ainda, quando, por desconhecimento, são questionadas as atitudes e atribuições dos
diversos componentes da escola.
Conciliar interesse, sob um único prisma, não constitui tarefa fácil, mas,
sobretudo, é uma missão da escola enquanto referencial de educação e desenvolvimento
pessoal. Por essa razão, o Colégio vem procurando aproximar ideal e conceitos,
alinhando-os numa perspectiva única, de compartilhamento de objetivos em prol dos
interesses comum. O que vem sendo oportunizado em momentos de confraternização
proporcionados pela Escola, que contribuem para maior integração e relacionamento do
grupo.
5.1.3.2 Parceria escola / família / instituições de promoção humana
Palestras para pais, alunos e professores, reuniões de pais, confraternização de
professores e funcionários, intercâmbios desportivos entre escolas, visitas e excursões,
feiras de ciência e projetos interdisciplinares com temas geradores que favorecem a
reflexão sobre a realidade social e política local e global vem se constituindo em
atividades bastante positivas para esta parceria.
A parcela da comunidade que participa efetivamente desses eventos, embora
sempre demonstrando solidariedade, engajamento e disponibilidade, é ainda, em número,
muito pequena. As justificativas para esse distanciamento da proposta e da programação
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 59 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
da Escola por parte dos pais, o esvaziamento do compromisso da família com a missão
de educar, sobrecarregando a escola de responsabilidades, a falta de hábito da
comunidade de trabalhar visando o bem comum parecem ser os principais obstáculos que
vem dificultando essa prática.
Percebe-se uma dissonância entre as ações propostas pela escola e as
justificativas por parte dos pais, porque a escola empenha-se na divulgação de suas
programações e não faltam vontade de trabalhar nem riqueza de material humano, ao
passo que a cultura local caracteriza-se pela responsabilização da escola no processo
educativo e de gestão. Essa análise denota que ainda há muito que se construir em
termos de interação com as famílias.
5.1.4 Planejamento, Metodologia e Avaliação
A construção do que será trabalhado com a comunidade escolar, de que forma
será realizado e a mensuração dos resultados, são aspectos significativos no processo de
gestão.
5.1.4.1 Planejamento
Planejamento é o trabalho de levantamento de dados, organização de métodos,
atividades e etapas, visando alcançar os objetivos propostos.
Planejar ações na escola significa levantar quais são os recursos necessários ao
que se pretende dividir tarefas, buscar ajuda apresentar sugestões apoiando os demais
colegas e visando o bem do grupo. Além disso, organizar os passos dados e prever a
duração aproximada das atividades a serem desenvolvidas, indicando os efeitos
esperados e avaliando as estagnações e progressos.
O Colégio Estadual José Elias em seu processo de gestão leva em consideração
que a tarefa primordial da escola é a difusão dos conteúdos. Não conteúdos abstratos,
mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades sociais.
Por essa razão, a proposta educacional prevê os desenvolvimentos dos
conteúdos por meio de projetos interdisciplinares que serão planejados pelo grupo de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 60 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
professores a um nível geral e também em reuniões de grupos por séries.
Nas reuniões pedagógicas, tem-se a oportunidade de discutir a importância de
determinados conteúdos, a fim de priorizar os que são fundamentais, buscando técnicas e
meios de aplicá-los de forma mais significativa e integrada à realidade dos alunos.
Cabe ao professor organizar e planejar as situações de ensino e aprendizagem
em sua sala de aula e a escola fará um planejamento anual com a participação de todos
os professores. Neste planejamento anual, são estabelecidos alguns dos projetos que
serão desenvolvidos ao longo do ano letivo, em cada série.
5.1.4.2 Metodologia
Dentro da proposta do Colégio, destacam-se algumas ações que nos levarão a
transformar o plano de trabalho em realidade.
A prática educativa da escola visa uma compreensão científica e filosófica da
realidade em que vive, através da prática social, com momentos de aprendizagem, com
oportunidades de professores e alunos refletir sobre si mesmo e o mundo, buscando as
transformações a serem alcançadas.
Visa também, colaborar na formação do educando em sua totalidade,
incentivando a busca do conhecimento, da cidadania, da criatividade e dos valores
morais, numa perspectiva interdisciplinar, onde a qualidade do ensino e da aprendizagem
alce níveis mais elevados de qualidade, com conteúdos mais significativos e integrados.
Este conhecimento estará vinculado às necessidades, finalidades e realidade do
educando e da sociedade e os professores darão suporte para essa construção. De forma
que, aos educadores, caberá ter clareza nos objetivos a serem alcançados,
estabelecendo uma prática pedagógica para o sujeito e para o grupo, buscando uma
mudança.
Além disso, os professores deverão proporcionar aos alunos, atividades que
tenham caráter de confronto, desafio e experimentação, para que o sujeito sinta a
necessidade da busca e do prazer do encontro, e seja encorajado a ser, a conhecer, a
fazer e a conviver.
Tal metodologia de trabalho prevê e considera que o conhecimento se constrói a
partir de conhecimentos anteriores; que o conhecimento se dá no sujeito por sua ação
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 61 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
sobre o objeto; que os sujeitos aprendem em tempos diferentes a na interação com o
objeto de estudo; que o conhecimento se dá por aproximações sucessivas e não de uma
só vez; que aprender consiste em adquirir capacidade de analisar, decompor e recompor,
aplicando a cínclise, a análise e a síntese; que o sujeito, diante da situação problema,
elabora hipóteses explicativas e as rompe através da formação de novos esquemas
mentais, e, ainda, que o aluno não aprende na reprodução e na passividade.
Quanto a relação professor-aluno, acredita-se que o papel do educador é
insubstituível, mas acentua-se também a participação no processo. O aluno, com sua
experiência imediata num contexto cultural, participarão na busca da verdade ao
confrontá-lo com os conteúdos e modelos expressos pelo professor. Este, por sua vez,
não se contentará em apenas satisfazer necessidades, e carências, mas buscará
despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar método de estudo, exigir o esforço
do aluno, propondo conteúdos e situações compatíveis com suas experiências de vida
para que o aluno construa sua aprendizagem e participe de forma ativa.
5.1.4.3 Avaliação
A avaliação é uma das interfaces do processo educativo. Por essa razão é
fundamental compreender sua finalidade real. É necessário considerá-la como um
procedimento abrangente e de caráter diagnóstico, que implica uma reflexão crítica sobre
a prática, captando avanços, resistências, dificuldades, e possibilitando novas tomadas de
decisões.
A avaliação escolar é antes de tudo uma questão política, ou seja, está
relacionada ao poder, aos objetivos, às finalidades e aos interesses que estão em jogo no
trabalho educativo.
Inserida no processo de ensino e aprendizagem desde seu início, avaliação
implicará em várias atividades que serão realizadas com o objetivo de verificar o nível de
aprendizagem dos conteúdos propostos. Com esses dados em mãos, professores e
alunos poderão refletir sobre o resultado atingido, tomando novas decisões sobre as
formas mais eficazes de ensinar e aprender.
A rigor, é considerado instrumento de avaliação, qualquer recurso que o professor
ou o grupo de professores julgar importante. Exemplifica-se com as seguintes sugestões:
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 62 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
relatos de passeios, entrevistas, atividades a serem apresentadas ou expostas na escola
e em ambientes educativos, participação e engajamento em promoções oportunizadas
pela escola, na Feira de Ciências ou Olimpíadas de Matemática, Arte e Literatura, provas
orais ou escritas, participação em seminários, debates e concursos promovidos pela
Escola e qualquer outra forma que torne possível avaliar o nível de aprendizagem dos
alunos.
Em linhas gerais, caberá ao professor, sempre que necessário, buscar novas
metodologias de ensino tornando a aprendizagem mais significativa para o aluno,
resultando numa melhor aprendizagem. A seu turno, os alunos deverão cumprir com suas
responsabilidades, empenhando-se e comprometendo-se consigo, com os colegas e
professores, a fim de superar as dúvidas e as dificuldades que surgirem. Dos pais,
espera-se que participem das atividades promovidas pela escola, das reuniões, Feiras e
Mostras, comparecendo sempre que julgarem necessário e demonstrando interesse pelo
processo escolar de seu filho. Por parte da Escola, serão oferecidas atividades de
recuperação da aprendizagem aos alunos que não alcançarem os objetivos propostos.
A definição clara dos objetivos e responsabilidades individuais dentro do processo
educativo é fundamental neste contexto porque uma sociedade de classes, onde não há
espaço para a neutralidade, posicionar-se como neutro diante dos interesses conflitantes
é estar a favor da classe dominante, que não quer que os outros interesses prevaleçam
sobre os seus.
Em suma, a avaliação está diretamente ligada à concepção de homem, de
sociedade e ao projeto político pedagógico da escola.
5.2 TIPOS DE GESTÃO
Para a concretização do modelo de gestão explicitado, é preciso definir sua
aplicabilidade nas várias dimensões do processo educativo: pedagógica, administrativa e
comunitária.
5.2.1 DIMENSÃO PEDAGÓGICA
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 63 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
A dimensão pedagógica compreende o processo de planejamento, o currículo, os
objetivos, os conteúdos, a relação professor-aluno, a metodologia e a avaliação.
5.2.1.2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O planejamento deve estabelecer fins a serem construídos através do trabalho de
humanização, buscando a satisfação de suas necessidades junto a sua própria realidade,
integrando na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Há que se mencionar, ainda, que o planejamento deve estar acessível a novas
mudanças, interagindo no processo ensino-aprendizagem de forma sistemática.
5.2.1.2 O CURRÍCULO
O ensino fundamenta-se em grandes estruturas que organizam os conhecimentos
propostos, passando a ter preocupações com formalizações para aquisição de
competências básicas necessárias para formar o cidadão crítico/construtivo, bem como
fazer com que o mesmo usufrua seu desempenho na construção de papel ativo, a
compreensão do uso de tecnologias e de suas renovações.
5.2.1.3 Objetivos
Através dos conhecimentos adquiridos e compreendidos no âmbito escolar o
aluno poderá transformar seu mundo. Partindo de uma metodologia que estimule o
interesse, a curiosidade e o espírito de investigação, tornar-se-á possível resolver
situações-problemas, observando as sistemáticas que envolvem os aspectos quantitativos
e qualitativos de sua realidade. Estabelecendo inter-relações entre o conhecimento
científico e sua realidade.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 64 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.2.1.4 Os conteúdos
Devem-se levar em consideração conteúdos que possam contribuir para o
desenvolvimento intelectual do aluno, ou seja, conteúdos que deem ênfase à construção
e coordenação do pensamento lógico, para o desenvolvimento de sua própria atividade
analisando de forma crítica, buscando uma interação sobre o meio em que atua e a
própria comunidade escolar, num diálogo aberto sobre questões a serem abordadas.
5.2.1.5 A disciplina – Relação professor / Aluno
Em primeiro momento perceber que não basta buscar a solução para uma
situação proposta, deve-se cooperar para resolvê-la e chegar a um consenso, explicando
o próprio pensamento e procurando compreender o pensamento do outro, discutindo
dúvidas, supondo que as soluções dos outros podem fazer sentidos e persistindo na
tentativa de construir suas próprias ideias. Incorporando soluções alternativas, re-
estruturando e ampliando acerca dos conceitos envolvidos nas situações propostas e,
desse modo aprender.
5.2.1.6 Metodologia
O professor deve situar-se no tempo e no espaço, encarando todos os recursos
didáticos possíveis para desenvolver diversos conceitos, bem como, a utilização de
materiais que a escola dispõe principalmente o uso de tecnologias para aquisição do
conhecimento, sendo necessário que o educador esteja sempre se instruindo, buscando
capacitação através de cursos de aperfeiçoamento. Envolvendo o educando com aulas
diferenciadas, despertando a motivação e o interesse pelos conteúdos propostos.
5.2.1.7 Avaliação
A avaliação é intencional e sistemática e, seu processo envolve consequências,
algumas positivas e outras negativas. Ela é uma ação contínua, cumulativa, processual e
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 65 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
qualitativa. Sua função, além de diagnóstica, é levar o aluno a desenvolver-se como um
todo, motivando-o.
O professor deverá usar todas as informações advindas da formalidade para
cruzá-las com resultados da avaliação formal, e assim compor sua compreensão sobre o
desenvolvimento de cada aluno. A avaliação deve ser empregada em momento certo e de
maneira adequada, não expondo o aluno a situações constrangedoras, devendo ser feita
com ética. Será resultado de um acompanhamento minucioso do aluno, com a
participação deste e de todos os educadores envolvidos no processo de aprendizagem,
através de técnicas e instrumentos diversificados em diferentes momentos da ação
educativa.
A avaliação é um dos elementos do processo de ensino aprendizagem
diretamente vinculado a: concepção de educação, função social da escola, especificidade
do trabalho pedagógico escolar, seleção e organização dos conteúdos, metodologia
adotada e relação professor – aluno.
O processo avaliativo deve considerar as situações avaliativas que o aluno
poderá enfrentar em sua carreira escolar e/ou profissional, preparando-o, assim, para a
vida.
A avaliação deve ser acompanhada por uma assessoria contínua e eficaz da
Equipe Pedagógica, buscando cada vez mais uma interação (diálogo) entre equipe,
professor e aluno, auxiliando em relação a troca de materiais, sugestões, etc. Para que
isso aconteça serão necessárias reuniões pedagógicas mensais, para troca de
experiências.
Dentro da definição de uma postura ética, o professor das séries iniciais deve ter
um comportamento sério com a educação de seus alunos, preparando-os para iniciar a 5ª
série com, no mínimo, o domínio do conhecimento das quatro operações básicas, e a
capacidade de ler, escrever e interpretar, tendo assim condições necessárias para
acompanhar e desenvolver-se no processo ensino aprendizagem. Ao professor de 5ª a 8ª
série, cabe diagnosticar possíveis problemas de seus educandos e buscar soluções com
seus colegas, através de momentos pedagógicos entre professores da rede municipal e
estadual de ensino.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 66 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.2.2 Dimensão Administrativa
A dimensão administrativa compreende a especificidade da estrutura e a
organização da Escola e da forma de participação de seus trabalhadores, a seguir
explicitadas:
5.2.2.1 A estrutura e a Organização da Escola
Almeja-se uma estrutura onde haja coerência entre as ações pedagógicas,
administrativas, organizadas de maneiras claras, transparentes privilegiando a
democracia.
Nesse contexto, é preciso definir com clarezas as responsabilidades dos
dirigentes: Direção e Equipe Técnica. Para isso é necessário:
Que haja em suas ações clareza, transparência, sempre dentro dos regimentos e
documentos que norteiam as ações técnicas (administrativas e pedagógicas da
escola).
A criação de um quadro – mural que deixe a comunidade escolar, corpo docente e
discente conscientes das ações desenvolvidas e a serem desenvolvidas pela
direção e equipe técnica.
A liderança de uma escola deve ser realizada de maneira compartilhada, com o
diretor como líder, porém distribuindo responsabilidades e compartilhando
decisões, ideias é maximizar resultados com a colaboração de todos envolvidos no
processo, trocando ideias, experiências, planejando ações realizando essas ações
com o diretor demonstra que acredita no potencial de cada profissional, delegando
responsabilidades.
Procurar chegar a uma estrutura de grupo o mais democrático e participativo
possível, o sentimento de igualdade entre os membros deve ser real e
independentemente das naturais diferenças...
Vigiar acerca do comprometimento, porque a falta de consciência do quão
importante é a participação do coletivo, resulta na falta de consciência do poder da
participação do todo, e decorre em resultados negativos para o ambiente escolar.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 67 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.2.2.2 A forma de participação dos trabalhadores
Um trabalho complementa o outro, estando todos integrados de maneira a atingir
um objetivo comum: proporcionar o pleno desenvolvimento intelectual do educando, por
isso é importante que todos os setores (limpeza, cantina, professores, pedagogos)
comunguem dessa missão, conscientes da importância de sua parcela de contribuição no
processo.
Compete a escola, prover condições objetivas de trabalho para cada segmento e
condições democráticas que possibilitem o questionamento dos problemas e os recursos
necessários para resolvê-lo.
Acerca da obtenção e gerenciamento dos recursos financeiros nesse processo é
preciso observar a intensificação de parcerias com pais, comunidade, empresas, criando
o comprometimento de cada um dos segmentos com os recursos financeiros que a escola
recebe , e ou, precisa ter; a clareza na planilha de aplicação de custos e participação de
todos os envolvidos na escola na aplicação dos recursos; e a prestação de contas mensal
à comunidade escolar.
No que tange aos serviços (Secretaria, limpeza, mecanografia, audiovisuais, etc.),
esses deverão funcionar como um suporte aos professores, e, dependem,
fundamentalmente, da disponibilização por parte dos professores dos conteúdos a serem
trabalhados durante determinado período (quinzenal, semanal, bimestral, à equipe
pedagógica, poderá auxiliar o professor na disponibilização de materiais atualizados,
dinâmicos, modernos, relacionados conteúdos). E ainda, do reconhecimento por parte do
corpo técnico, de que trata de uma parceria entre pedagogos, com os professores,
culminando no enriquecimento de conteúdos e na forma de abordá-los.
5.2.3 Dimensão Comunitária
A dimensão comunitária compreende o relacionamento na escola, o professor, a
família, a participação e organização de Grêmios estudantis, as atividades esportivas e
culturais, a orientação vocacional e o relacionamento com os meios de comunicação
social.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 68 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.2.3.1 Relacionamento
A escola deve ser um ambiente harmonioso, cooperativo, respeitoso,
democrático, encorajador, disciplinador, formador de opinião, organização, aberto à
comunidade, receptiva as mais variadas classes sociais e a educandos com NEE
(necessidades educacionais especiais).
5.2.3.2 Professor
O professor deve ser comprometido, responsável, que tenha domínio de
conteúdo, que seja aberto a mudanças, que esteja em constante formação, participativo;
ame o que faz, conheça, acredite, faça a diferença na escola e na vida de seus alunos.
5.2.3.3 Relacionamento escola x comunidade
O entendimento do processo de socialização compreende a utilização de
estratégias para a transmissão de um saber sistematizado, local de transmissão do saber
e articulação de ideias, saberes, valores, atitudes, de hábitos e normas que contribuem
para a formação do indivíduo crítico e participativo.
A família, principal aliada à tarefa de estrutura de valores e saberes tem
importância primordial na vida escolar dos filhos. Nada disso seria possível, se não
houvesse empenho de todos na realização de um trabalho preventivo junto aos alunos
enfatizando o senso de propriedade e responsabilidade que eles devem ter para com os
filhos.
O envolvimento dos pais/família tem efeito positivo direto no aproveitamento das
crianças, por isso a família deve estar ciente de que a escola é parceira e que necessita
de aliados para o seu bom andamento.
O envolvimento da família aumenta de forma significativa às oportunidades para
todos os estudantes, e é fundamental para aqueles que se encontra em situações de
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risco. Infelizmente os pais desses estudantes geralmente são os que mais relutam em se
envolver na escola. Por isso, as escolas comunidades devem procurar estratégias que
promovam o envolvimento das famílias daqueles com dificuldades na vida acadêmica e
social.
5.2.3.4 Participação e organização do Grêmio Estudantil
A participação efetiva da comunidade escolar possibilita:
Conscientização e organização do Grêmio estudantil;
Participação em projetos;
Trabalhos em grupos;
Debates;
Pesquisas extra-classe;
Participação em oficinas;
Projetos voluntariados;
Maior participação das atividades culturais, esportivas, estimular parcerias escola-
comunidade, divulgar a importância das ações voluntárias.
5.2.3.5 Atividades esportivas e culturais
Eventos mais dinâmicos, extracurriculares participativos que valorizem a auto-
estima do aluno e seus familiares, mostrando que a escola é um meio de socialização;
(feiras, exposição de trabalhos, visitas culturais).
5.2.3.6 Orientação Vocacional
A Orientação Vocacional pode ser aplicada com a ajuda de uma equipe
pedagógica especializada (psicopedagogo, psicólogo) ou por meio de parcerias que
auxiliem constantemente esse processo.
A rigor, não cabe ao professor aplicar teste vocacional, nem equipe pedagógica
da escola, mas é papel do professor a orientação quanto as diferentes profissões e a
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 70 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
competitividade do mercado de trabalho.
5.2.3.7 RELACIONAMENTO COM MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Procurar integrar a escola com os jornais locais, emissoras de rádio, incentivar a
participação em reuniões da (Câmara de Vereadores, Fórum Local de Desenvolvimento
Sustentável, seminários, projetos do Canal Futuro, entre tantos outros).
5.3 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
Os recursos disponibilizados para o Colégio advêm do Fundo Rotativo, do PDDE,
e das ações da APMF, conforme especificado abaixo:
5.3.1 Fundo Rotativo
O Fundo Rotativo é um instrumento, criado por lei, para viabilizar, com maior
agilidade, repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de Ensino da Rede
Estadual, destinados à manutenção e outras relacionadas com a atividade educacional.
Os Estabelecimentos de Ensino recebem recursos com base no número de
alunos matriculados, valor linear e outros indicadores educacionais e sociais. Além dos
critérios mencionados, o FUNDEPAR poderá repassar recursos utilizando-se de outras
variáveis, dependendo do tipo da oferta e das atividades desenvolvidas pelos
Estabelecimentos de Ensino.
Classificação das despesas:
Assistência aos alunos
Manutenção e Conservação
Laboratórios
Despesas de Capital
Com relação à Prestação de Contas, será enviada até 31 de julho, a prestação de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 71 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
contas parcial, relativa às despesas realizadas até 30 de junho. Até 31 de janeiro do ano
subsequente, encaminhar a Prestação de Contas do segundo semestre, que será
incorporado à prestação de contas do primeiro semestre.
5.3.2 PDDE
O PDDE é um programa federal implantado desde 1995 pelo MEC e executado
pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Sua concepção baseou-se no
princípio da descentralização da execução dos recursos federais destinados à educação
fundamental e no esforço ao exercício da cidadania, reconhecendo que “o cidadão será
tanto mais cidadão quanto menos for espectador e maior for seu compromisso com o bem
comum ou com o interesse público”.
5.3.2.1 FINALIDADES E FORMA DE EXECUÇÃO
O programa de prover a escola com recursos financeiros, creditados diretamente
em conta específica da Unidade Executadora (APMF) – UEX, visando contribuir
com a melhoria de sua infra-estrutura física e pedagógica – melhoria da qualidade
do ensino fundamental;
Que a utilização dos recursos decorra de decisões democráticas oriundas da
Comunidade Escolar. Este aspecto propicia o exercício da cidadania, o controle
social, a transparência, a racionalidade, a criatividade e a preocupação com a
qualidade e com os resultados;
Que a escola tenha seu espaço de decisão ampliada, não construída de fora para
dentro, mas sim a partir de um trabalho COLETIVO, mediante processos criativos,
gerados e gerenciados no interior da própria escola.
5.3.2.2 FINALIDADE DO RECURSO E FORMA DE EXECUÇÃO
Os recursos liberados pelo MEC/FNDE são destinados para manter e
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 72 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
desenvolver o ensino fundamental, e tem como base o número de matrículas do ano
anterior, em 02 categorias econômicas: de Capital e de Custeio.
De Capital – são aquelas destinadas a cobrir despesas com aquisição de
equipamentos e material permanente para as escolas.
De Custeio – são aquelas destinadas a cobrir despesas com a aquisição de bens e
materiais de consumo e a contratação de serviços para funcionamento e
manutenção das atividades da escola.
A APMF terá que no dia 15 de dezembro, apurar as suas contas, identificando o
saldo a ser programado, os rendimentos de aplicação financeira e as despesas que foram
realizadas, objetivando o preenchimento de anexos, e encaminhar a prestação de contas
até o dia 20 de dezembro. APMF.
5.3.3 VERBAS DA APMF
A única forma de arrecadação é através de torneios, bazares promovidos pela
escola, entre outros.
E a prestação de contas acerca da aplicação dessas verbas segue a mesma
sistemática dos demais aportes financeiros, ou seja, até 15 de dezembro, a APMF deve
apurar suas contas, identificando o saldo a ser programado, os eventuais rendimentos e
as despesas que foram realizadas.
5.4 CALENDÁRIO ESCOLAR
A elaboração do calendário escolar, horários letivos e não são definidos por
determinação da SEED articulados ao calendário de feriados oficiais municipais.
(Calendário Escolar em Anexo)
5.5 ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS
O Colégio Estadual José Elias conta com 1.115,31 m2, distribuídos em 12 salas
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de aula (cerca de 500 carteiras), 08 Sanitários, Sala Multiuso, Depósito, Secretaria, Sala
de Professores, Diretoria, Orientação e Cozinha.
Conta com 03 televisores, 01 vídeo cassete, 01 retroprojetor, equipamento de 02
DVD, 01 caixa de som (amplificada), 1 amplificador equipado com 10 caixas de som
ambiente, 03 rádio com CD player e 02 microfone, um aparelho de multimídia. No
Laboratório de Ciência existem equipamentos para experiências de Química, Física e
Biologia.
A Biblioteca da escola possui acervo seleto com cerca de 2.500 títulos, para
atender aos alunos do Ensino Fundamental e Médio, que está à disposição da
comunidade. Conta com regulamento próprio onde estão explicitados: organização,
funcionamento e atribuições do responsável que recebe orientações da Equipe
Pedagógica, com a aprovação da Direção e do Conselho Escolar.
O Governo do Estado implantou o Programa Paraná Digital equipado com 20
computadores no laboratório, 4 na secretaria, 3 impressoras todos com internet via
satélite.
Laboratório do PROINFO, equipados com 10 computadores e 1 impressora com
internet wireles e ar condicionado.
O Colégio recebeu a ordem de serviço para o início da construção de uma Quadra
Coberta e iluminação.
5.6 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO
A organização do currículo segue a base nacional comum do ensino médio, adiante
explicitada:
5.6.1 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
Embora o conhecimento de uma língua estrangeira tenha o seu prestígio na
sociedade, a escola omitiu-se, durante muito tempo, ao não dar a devida relevância à
Língua Estrangeira na formação do indivíduo. Esta omissão fez com que o aluno
buscasse uma prática pedagógica condizente com a modernidade, o que, em geral, foi
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 74 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
encontrado nos cursos livres.
A LDB nº 9394/96, valoriza as Línguas Estrangeiras Modernas, resgatando o seu
papel de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo. Elas, assumem a
condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que
permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente, propiciam
sua integração num mundo globalizado.
Saliente-se aqui que a Língua Estrangeira revela-se muito importante para
discussão dos efeitos do fenômeno da globalização na educação. É essencial que se
chame atenção do aluno para a necessidade cada vez maior da sua qualificação
profissional mostrando que o conhecimento de uma ou mais línguas estrangeiras só pode
enriquecer o seu currículo, preparando-o de maneira mais eficaz para enfrentar e
entender as diferenças entre países ricos (globalizadores) e países pobres (globalizados)
que a cada dia se aprofundam.
A língua Inglesa foi adotada por este Colégio e planejamento contempla
conteúdos específicos para o Segundo Ciclo do Ensino Fundamental e para o Ensino
Médio. Três professores respondem pela disciplina nos dois níveis, que possuem carga
horária de 02 aulas semanais para ensino fundamental e médio. Além da língua Inglesa a
Língua espanhola também foi implantada na escola em 2010.
5.7 ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ
Em atendimento ao que prevê a instrução nº 04/2005, da SEED/SUED, os
estudos sobre o Estado do Paraná e suas características passaram a ser tratados de
forma diferenciada no planejamento educacional deste Colégio, dentro das disciplinas de
História e Geografia. Como metodologia foi adotado o desenvolvimento de projetos da
pesquisa bibliográfica junto a turmas de todas as séries da segunda etapa do Ensino
Fundamental (5ª/8ª séries) e do Ensino Médio.
Paralelamente, foi adotada a abordagem interdisciplinar dos conteúdos
específicos, correlacionando aspectos da realidade do Estado no contexto nacional e
mundial. Sob a orientação e com o apoio da Coordenação do Colégio, os professores
estabelecem atividades envolvendo várias disciplinas, ensejando a pesquisa, o estudo e a
reflexão acerca de recortes isolados e temas específicos e desdobrados na forma de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 75 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
contextualização que permite a compreensão do papel do Estado no cenário econômico,
histórico, social e cultural nos vários momentos da História.
5.8 CONCEPÇÃO E DIRETRIZES GERAIS DE AVALIAÇÃO
No que tange aos aspectos conceituais relacionados à prática da avaliação, é
importante observar que ao longo do que foi discutida nos pressupostos teóricos
metodológicos, de forma um tanto implícita, foi-se delineando uma concepção de
avaliação e as diretrizes filosóficas, políticas e pedagógicas que se pretende sejam
definidas pelo, Colégio Estadual José Elias em conjunto com seu corpo docente e
aplicada às situações de avaliação.
Cabe, portanto, neste item, explicitar os aspectos conceituais, a teoria e a prática
na avaliação e as alternativas possíveis de avaliação, no sentido de buscar um elevado
grau de sintonia entre essas diretrizes e as finalidades definidas pelo projeto pedagógico
da escola.
Em termos históricos, foi nos anos 30 que o tema de avaliação passou a ser
objeto de atenção e discussão. Na época, o enfoque dado, e que por muito tempo
marcaria a educação brasileira, estava apoiado na avaliação por objetivos, sendo
processo destinado a verificar o grau em que mudanças comportamentais estão
ocorrendo. A avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que se pretende
em educação é justamente modificar tais comportamentos.
Trata-se de uma perspectiva comportamentalista de avaliação, que resume a
avaliação em verificação das mudanças ocorridas; voltada para atender aos objetivos do
sistema escolar e não às necessidades do aluno; centrada na objetividade em detrimento
da subjetividade; marcada para acontecer em momentos especiais e dentro de rituais
especiais; feita para apreciar o produto e não o processo.
Enfim, um ensino e uma avaliação voltados fundamentalmente para a idéia e a
prática de que deve fazer uma escola para a transmissão do conhecimento, através da
transmissão da informação. É também um modelo de educação que, segundo Paulo
Freire, tem como objetivo a domesticação do educando e não a sua humanização.
Constitui-se, então, em expressão de um modelo de sociedade marcada pelo
autoritarismo, pela conservação e reprodução de uma ordem instituída que beneficia
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 76 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
algum em detrimentos de muitos.
Hoje, o fenômeno avaliação está carregado de definições. Professores, técnicos e
alunos usam, e atribuem ao termo, diferentes significados que indicam uma recorrência
muito grande a práticas avaliativas tradicionais: dar nota é avaliar, registrar conceitos é
avaliar; fazer prova é avaliar; descrever comportamentos é avaliar; analisar desempenho
é avaliar; julgamento de resultados é avaliar.
O que se deduz desse contexto é que ainda se continua pensando e praticando
avaliação como um momento distinto da ação educativa, dissociado do processo didático
de ensino – aprendizagem, e despojado de caráter problematizador, questionador e
reflexivo da prática do professor. O ato de avaliar é associado, estritamente, à realização
de provas finais e às atribuição de notas ou graus classificatórios.
Completando esse quadro de imprecisão e instabilidade conceitual, observa-se
uma grande contradição entre a teoria e a prática na avaliação. O discurso, por vezes,
apresenta-se avançado, inovador, enquanto a ação avaliativa concentra-se na realização
das fórmulas tradicionais, como, por exemplo, as provas finais, com forte inclinação para
a cobrança de conteúdos formais.
É uma prática reveladora de uma concepção de avaliação, chamada de
sentenciva e reducionista, no sentido de que ela é terminal e se resume os resultados
finais. Para Jussara Hoffmann, essa contradição é reflexo do modelo de avaliação
vivenciado pelo professor, quando aluno e dos pressupostos teóricos que orientam seu
curso de formação: É necessária a tomada de consciência dessas influências para que a
nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o
autoritarismo que contestamos pelo discurso.
Junte-se a esse panorama a prática de aplicação de medidas educacionais, como
os chamados testes e provas objetivas e discursivas, como instrumentos de medição da
aprendizagem dos alunos.
Primeiro, porque a expressão medida adquiriu uma conotação ampla e difusa.
Pode-se medir a frequência do aluno; o número de acertos em uma tarefa; o número de
trabalhos entregue, mas não se pode medir a compreensão de um enunciado, a
interpretação de um problema e, esses instrumentos, às vezes, são incorretamente
utilizados como meios para averiguar e medir dados dessa natureza.
Segundo, porque muitos professores ainda acreditam que “tudo pode ser medido”
sem se dar conta de que muitas notas são atribuídas pelo professor. O teste é
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 77 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
fundamentalmente um instrumento de questionamento sobre as percepções de mundo,
avanços ou incompreensões dos alunos. Exige do professor uma tarefa séria de
interpretação.
5.8.1 Enfoques e alternativas da avaliação
Falar sobre enfoques e alternativas de avaliação é encaminhar um tanto na
contramão daquilo que é mais frequente em termos de discussão sobre avaliação: a de se
identificar o que não deve ser ao invés de se ressaltar o que deve ser o melhor.
É sobretudo, apontar ao educador perspectivas para transformar a avaliação em
mais um instrumento em benefício da educação e torná-la um processo mais
democrático, no sentido de ser diagnóstica, meio de construção do conhecimento e de
promoção da autonomia do aluno. Essa perspectiva compreende então uma teoria e uma
prática de avaliação mais centrada no aluno do que no sistema escolar, por isso mais
atenta e cuidadosa às diferenças sociais e culturais do educando, mais dialógica e
interativa. Portanto, idealizada segundo as premissas e diretrizes ressaltadas abaixo:
Retirar do erro a conotação de fracasso e, da dúvida, o indicativo de falta de estudo
e leitura. O erro e dúvida são elementos que compõem o processo de
aprendizagem e permitem ao professor intervir com segurança no processo de
construção do conhecimento, fazendo com que a avaliação seja para o aluno uma
oportunidade de ação-reflexão;
Elaborar atividades que permitam a manifestação de conhecimentos paralelos,
além ou à margem do que foi solicitado pelo professor. Muitas e diversificadas
atividades oportunizam ao aluno momentos de expressão de suas ideias;
Abrir espaço para a expressão do pensamento divergente, para a diversidade de
opinião, bem como para a revelação da construção ou aprimoramento de processos
cognitivos. Planejar e realizar uma ação avaliativa requer também considerar
multirreferencialidade e a multiculturalidade;
Deixar de considerar as avaliações feitas nas semanas de prova ou em dias
especiais, como únicos instrumentos representativos da aprendizagem do
educando, mas considerar que todas as atividades, realizadas no dia-a-dia da sala
de aula, podem ser indicativas do desenvolvimento do aluno;
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 78 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Utilizar toda e qualquer atividade significativa para a aprendizagem, como
instrumento para diagnosticar e investigar as mais variadas situações de construção
de conhecimento do aluno. As atividades devem ser diversificadas, de forma que
atendam às múltiplas inteligências.
5.8.2 Operacionalização da avaliação no Colégio Estadual José Elias
Com base nesses conceitos, os processos avaliativos inerentes ao Desempenho
Pessoal Docente e não Docente, do Currículo, das Atividades Extracurriculares, e do
próprio PPP do Colégio Estadual José Elias compreende as seguintes diretrizes e
procedimentos:
5.8.2.1 Avaliação do Desempenho Pessoal Docente
A avaliação do desempenho do corpo docente se dá nos moldes preconizados
pela SEED, compreendendo pontualidade, participação, acompanhamento do
aproveitamento médio das turmas sob responsabilidade do professor em sua disciplina
específica. Havendo dissonância na didática na performance da classe entre uma
disciplina e outra, identifica-se a deficiência na didática, momento em que o Coordenador
fornece o suporte necessário para a superação de eventuais dificuldades.
Persistindo o problema, o professor deve submeter-se a uma reciclagem de
conteúdos, metodologia e de interação com novas estratégias, com vistas a agregar valor
à sua prática pedagógica e encontrar-se em condições de mediar satisfatoriamente o
processo de ensino-aprendizagem.
5.8.2.2 Avaliação de Desempenho Pessoal não Docente
Também orientado por normativas da SEED, a avaliação do pessoal técnico e de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 79 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
apoio do Colégio está baseado na eficácia. Isso porque se espera do profissional que
atua nessas áreas de suporte, procedimentos, ações, comportamento e iniciativas que
visem dar solução adequada e definitiva às questões e tarefas sob sua responsabilidade.
Outros aspectos que instruem a avaliação do desempenho do pessoal não
docente são: pontualidade, assiduidade, comprometimento, postura profissional,
organização, precisão nas informações, atitude proativa e responsabilidade.
5.8.2.3 Avaliação do Currículo
A avaliação do currículo é feita pela Equipe Diretiva do Colégio, observando as
necessárias emanadas nas necessidades específicas das comunidades atendidas, com
base nos pressupostos filosóficos estabelecidos para a Proposta Político Pedagógica.
5.8.2.4 Avaliação das Atividades Extracurriculares
Com base nos pressupostos teóricos contemporâneos que preconizam o
incentivo às atividades extracurriculares como forma de oportunidades ao
desenvolvimento de habilidades e potencialidades latentes no indivíduo, os alunos são
avaliados de forma diagnóstica e acompanhados em todo processo educativo, sendo que
todas as transformações e avanços observados são registrados.
Se, no decorrer do processo o(s) aluno(s) não apresentarem o aproveitamento
desejado, essas atividades sofrerão reorientação em seus projetos, estabelecendo novas
estratégias ou metodologias, de forma a poder proporcionar ao aluno reais condições de
desenvolvimento.
5.8.2.5 Avaliação do Projeto Político Pedagógico
As propostas curriculares atuais, bem como a legislação vigente, primam por
conceder uma grande importância à avaliação, reiterando que ela deve ser: contínua,
formativa, somática e personalizada, concedendo-a como mais um elemento do processo
de ensino-aprendizagem, o qual permite conhecer o resultado das ações didáticas e, por
conseguinte, melhorá-las.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 80 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Na verdade, o elemento chave da definição de avaliação implica em julgamento,
apreciação, valoração, e qualquer ato que implique em julgar, valorar, implica que quem a
prática tenha uma norma ou padrão que permita atribuir um dos valores possíveis a essa
realidade. Ainda que avaliar implique alguma espécie de mediação, a avaliação é muito
mais ampla que a mediação ou qualificação, ou seja, não é um processo parcial e nem
linear. E, Ainda que se trate de um processo, está inserido em outro muito maior que é o
de ensino -aprendizagem e nem linear porque deve ter reajustes permanentes.
Assim, de forma prática, a avaliação do PPP, diagnóstica, formativa e somativa
atende aos seguintes critérios:
Contexto: perfil do aluno, diagnóstico da realidade e da bagagem de conhecimento
do aluno
Finalidades: objetivos, metas e diretrizes de trabalho, programas institucionais:
políticas públicas;
Funções:
a) Administrativas - proposta de gestão, planos e programa, avaliação institucional
e mecanismos de controle;
b) Base - processo de ensino-aprendizagem, relações professor-aluno, programa
de ensino, avaliação do rendimento escolar.
Resultados:
c) Padrão de desempenho dos alunos;
d) Acompanhamento dos alunos;
e) Evasão (índices - Causam);
f) reprovações (índices).
5.9 ESTRATÉGIAS PARA ARTICULAÇÃO COM FAMÍLIA E COMUNIDADE
O Colégio Estadual José Elias, desenvolve suas atividades de forma articulada
com as seguintes/instituições, Conselho de Classe, Associação de Pais, Mestres e
Funcionários e Conselho Escolar. A Escola está organizada para, a partir de 2010, iniciar
as atividades Grêmio Estudantil.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 81 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.9.1 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e de
deliberação de assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a classe do
estabelecimento de ensino, portanto existem tantos conselhos quanto ao número de
turmas da escola.
Esse conselho objetiva avaliar o processo-ensino-aprendizagem na relação
professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso, e tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor na Direção do processo ensino-aprendizagem, propostos pelo Plano
Curricular;
Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;
Analisar os resultados de aprendizagem em relação ao desempenho da turma, à
organização dos conteúdos e ao encaminhamento metodológico;
Utilizar procedimento que assegurem a comparação com parâmetros indicados de
ensino, evitando a comparação dos alunos entre si;
E constituído por: Diretor, Supervisor de Ensino, Orientador Educacional e pelos
professores que atuam na mesma classe; sendo que a presidência do Conselho
está a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento, é substituído pelo
Diretor –Auxiliar e Pedagogos. O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em
cada bimestre, em datas previstas no Calendário Escolar, ou extraordinariamente,
sempre que necessário.
São atribuições do Conselho de Classe: emitir pareceres sobre assuntos referentes
ao processo de ensino-aprendizagem respondendo a consultas do Diretor e da
Equipe Pedagógica; analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamento metodológico e processos de avaliação que afetem o rendimento
escolar; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo
em vista o respeito e a cultura do educando, integração e relacionamento com
alunos na classe; estabelecer planos variáveis de recuperação de alunos, em
consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino; colaborar com
a equipe pedagógica na elaboração/execução dos planos de adaptação dos alunos
transferidos, quando necessário; decidir sobre a aprovação do aluno que, após a
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 82 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
apuração do resultado final não atinjam o mínimo solicitado, levando-se em
consideração o desenvolvimento do aluno até então.
As reuniões de Conselho de Classe são lavradas em ata pelo secretário em livro
próprio, para registro, divulgação aos interessados.
5.9.10 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar
em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Politico-Pedagógico e o Regimento do Colégio,
para o cumprimento da função social e específica da escola.
Trata-se de órgão colegiado de direção constituído, e os princípios da
representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais perde
sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar, portanto abrange toda a
comunidade escolar e tem, como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação
do Projeto Politico-Pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser
desenvolvida no estabelecimento de ensino.
O Conselho Escolar é um fórum permanente de debates, de articulação entre os
vários setores da escola, tendo em vista as necessidades educacionais e os
encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e
financeiras, que possam interferir no funcionamento da mesma.
Acerca da sua atuação efetiva, o Conselho Escolar é responsável pelas ações
voltadas à organização/funcionamento da escola, nos termos do PPP e das políticas
educacionais da SEED, responsabilizando-se pelas suas deliberações.
As atribuições do Conselho Escolar são definidas em função das condições reais
da escola, da organização do próprio Conselho e das competências do profissional em
exercício na unidade escolar. Portanto, neste Colégio, são atribuições do Conselho
Escolar: aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico da escola;
analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto político-pedagógico da
mesma; criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração
do projeto político-pedagógico bem como do regimento escolar, incluindo suas formas de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 83 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
funcionamento aprovados pela comunidade escolar; acompanhar e avaliar o desempenho
da escola face às diretrizes. Prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual,
redirecionando as ações quando necessário; analisar projetos elaborados e/ou em
execução por quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido
de avaliar sua importância no processo educativo; analisar e propor alternativas de
solução à questões de natureza pedagógica, administrativa e financeira, detectadas pelo
próprio Conselho Escolar, bem como as encaminhadas , por escrito, pelos diferentes
participantes da comunidade escolar, no âmbito de sua competência; articular ações com
segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do
processo ensino-aprendizagem; definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escola
mediante Planos de Aplicação, bem como de prestações de conta desses recursos, em
ação conjunta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF; discutir,
analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento Escolar encaminhadas
pela comunidade escolar; discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da
escola, objetivando o aprimoramento do processo pedagógico, respeitadas as diretrizes
emanadas da Secretaria de Estado da Educação; zelar pelo cumprimento e defesa aos
Direitos da Criança e do Adolescente, com base na Lei 8.069-90 – Estatuto da Criança e
do Adolescente; avaliar, periodicamente e sistematicamente, as informações referentes
ao uso dos recursos financeiros, os serviços prestados pela Escola e resultados
pedagógicos obtidos; encaminhar, quando for necessário, à autoridade competente,
solicitação de verificação, com fim de apurar irregularidades de diretor, diretor - auxiliar e
demais profissionais da escola, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus
membros, em Assembleia Extraordinária convocada para tal fim, com razões
fundamentadas, documentadas e devidamente registradas.
E, ainda, assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua
competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para: o cumprimento
das disposições legais; a preservação do prédio e dos equipamentos escolares; a
aplicação de medidas disciplinares previstas no Regimento Escolar quando
encaminhadas pela Direção, Equipe Pedagógica e/ou referendadas pelo Conselho de
Classe; e, comunicar ao órgão competente as medidas de emergência, adotadas pelo
Conselho Escolar, em casos de irregularidades graves na escola.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 84 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
5.10 ACOMPANHAMENTO-AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
No processo de construção, desenvolvimento e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do Colégio Estadual José Elias, são parceiros, além do corpo técnico, os
professores das várias disciplinas, os representantes do Conselho Escolar, e a
comunidade, representada pelos integrantes da APMF.
Este é o objetivo conceitual da escola, cujos desdobramentos em cada uma das
disciplinas serão, diante, explicado:
5.10.1 Ciências
Acerca da concepção da área e seu objeto de estudo, é importante observar que
o estudo das Ciências Naturais é decorrente da evolução desta área, a partir do século
XVII, quando na primeira metade desse século, Francis Bacon e René Descartes
formulam as bases do pensamento cientifico.
Também nessa época surgiu a contribuição da Comenius quem já destacava os
seguintes princípios: todo ensino deve fazer-se de acordo com a natureza, exercitando-se
primeiro os sentidos; todo ensino deve começar com a intuição das coisas reais, e não
com sua descrição verbal; em todas as partes deve-se procurar sempre a relação causal;
seguir do facial para o difícil, do próximo para o distante, do conhecido para o
desconhecido; deve-se relacionar objetos afins entre si para não estuda-los ao mesmo
tempo, senão uns depois dos outros.
No século seguinte, no bojo das transformações que marcaram a chamada era
das evoluções, o filósofo iluminista francês Jean Jacques Rousseau proclama a
necessidade de atender-se ao interesse da criança para que a sua educação tenha o
objetivo franco e natural de desenvolver suas tendências, que consistiria em: fundar o
saber na própria observação, e não em informações alheias; dirigir a atenção do aluno
para a natureza e, assim despertar de pronto a curiosidade; na investigação da natureza,
começar pelos fenômenos mais correntes e mais facilmente abordáveis.
O naturalismo pedagógico de Rousseau criou as raízes que levaram a educação
ao desenvolvimento de concepções psicológicas que marcariam o século XIX que, por
sua vez, ficaria conhecido como o século da democratização da ciência, da sua
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 85 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
vulgarização e difusão.
Ainda no início do século, o ensino elementar das Ciências, nas escolas primarias
e secundarias, começa a se difundir. Hoje, o ensino de Ciências, no Ensino Fundamental,
destaca os valores humanos associados ao aprendizado cientifico, procurando conjugar o
desenvolvimento cognitivo dos estudantes a idade deles, suas experiências, identidade
cultural e social, e aos diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem
ter para eles, isto garante que a aprendizagem seja significativa.
Esse enfoque pressupõe que o ensino de Ciências seja sustentado por uma
proposta curricular que integre ciência-tecnologia-sociedade.
5.10.1.1 O ensino de Ciências e a abordagem interdisciplinar
Crianças e jovens quando chegam à escola trazem consigo um significativo
repertório de representações e explicações da realidade, que deve ser levado em conta
na seleção e organização dos conteúdos para o ensino de Ciências, os quais são
fundamentais para a construção da identidade dos sujeitos e da cultura na qual se insere.
Desta forma, eles devem estar articulados para a construção da identidade dos sujeitos e
da cultura na qual se insere. Desta forma, eles devem estar articulados para que não
sejam tratados como assuntos isolados ou estanques, pouco atraentes e nada
significativos. Também devem fornecer conhecimentos que estimulem um comportamento
cientifico relacionado à saúde pública e pessoal, e uma consequente ação de preservação
ambiental, como elemento de construção de uma vida saudável.
Nesse sentido, o estudo de Ciências contemplará discussões vinculadas ao
binômio saúde-e-sociedade, priorizando as doenças decorrentes do subdesenvolvimento
e aquelas, fruto de novos tempos, como por exemplo, a AIDS, que exige a participação
efetiva da escola, no sentido de ir além da informação técnica sobre a doença, para criar
uma atitude responsável, refletida por um comportamento de sexo seguro.
Todas essas propostas exigem que, em sala de aula, sejam utilizados métodos
ativos, como observação, experimentação, jogo e diferentes formas textuais para obter e
comparar informações, despertando assim o interesse dos estudantes pelos conteúdos.
Com estas condições de aprendizagem oferecidas aos alunos, espera-se que eles
possam desenvolver uma compreensão de mundo que possibilite a aquisição e o
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processamento da comunicação, a avaliação de situação e a tomada de decisões, bem
como uma atuação positiva e crítica em seu meio social.
É imprescindível, portanto, o desenvolvimento de atividades específicas tais
como: atividades práticas para observação dos fenômenos da natureza, leitura e
discussão de textos/jornais e ou revistas, trabalhos de campo, pesquisas, produção de
textos coletivos, palestras e debates, confecção de murais, exibição de vídeos e Cds,
desenvolvimento de programas em computador, projetos interdisciplinares, exposições
dos trabalhos, interpretação e construção de gráficos.
É importante ressaltar que o desenvolvimento destas atividades deve estar
atrelado à organização dos conteúdos. Os conteúdos de Ciências no Ensino Fundamental
devem ser organizados em blocos que os contextualizem e os estruturem de forma
significativa e coerente, possibilitando diferentes modos de sequenciação interna ao ciclo
e a incorporação de conteúdos de importância local, além de favorecer a conexão entre
os eixos temáticos: Terra-Universo, Vida-Ambiente, Ser Humana-Saúde e Tecnologia-
Sociedade, numa perspectiva interdisciplinar:
Condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica;
Compreender a tecnologia com meio para suprir necessidades humanas, sendo
capaz de elaborar juízo sobre riscos e benefícios de suas práticas;
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos a serem promovidos por diferentes agentes;
Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, pondo em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta,
organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir crítica e cooperativamente para
a construção coletiva do conhecimento.
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5.10.2 GEOGRAFIA
Para compreender a concepção de área e o objeto de estudo da geografia é
preciso considerar que o fazer geográfico tem sido tema de reflexão constante na busca
de um saber cotidiano, contextualizando e, sobretudo, socializado. E, como em todos os
estabelecimentos de ensino, preocupados com o aprimoramento da aprendizagem e, em
especial, com o fazer geográfico, o Colégio Estadual José Elias, tem sido atingidos pelas
múltiplas tendências, como, por exemplo, a da Geografia Critica e da Histórica.
A simples visão geográfica apoiada na memorização e descrição de dados, tão
caracterizada na dualidade Terra-Homem, não cabe mais no contexto de ensino de
Geografia e obviamente das avaliações nos diferentes níveis de escolaridade.
Os novos Parâmetros Curriculares deixam evidentes que a crise da geografia
trouxe o enriquecimento do conhecimento geográfico através de uma nova relação entre a
teoria e a prática. Esta se baseou na análise critica da construção de um corpo de
conhecimento e de sua metodologia, cujos instrumentos fossem capazes de responder às
questões postas por esta ciência para a formação do cidadão, não permitindo que ele
submergisse a voracidade das transformações ocorridas no Brasil e no mundo.
A construção da Geografia coloca para os professores grandes desafios, quando
se propõe a refletir socialmente sobre o sujeito, agente transformador desta realidade,
assim: a escola se transforma em lócus da elaboração individual e coletiva do senso
crítico e de valores éticos, construídos a partir de uma leitura mais interativa e
participativa. As competências e habilidades devem ser refletidas sob pena de alijar o
debate que vem sendo travado nas áreas competentes, continuando o aluno como
receptáculo de informação, ao invés de um ser crítico, capaz de criar/construir o saber,
tomar decisões e solucionar questões.
Os métodos e as teorias da Geografia tradicional tornaram-se insuficientes para
responder essa complexidade e, principalmente, para explicá-la. Contrapondo-se à
Geografia tradicional que priorizava o estudo da relação homem-natureza, sem
caracterizar as relações sociais, a geografia marxista (QUIANI, 1979) aponta para as
relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza, na produção do espaço geográfico,
sendo que ambas negligenciam a relação do homem e da sociedade com a natureza em
sua dimensão sensível de percepção do mundo: uma, nega ao homem a possibilidade de
um conhecimento que passe pela subjetividade do imaginário; a outra, por tachar de
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idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com
a natureza. São necessárias abordagens que considerem as dimensões subjetivas e
singulares que os homens estabelecem com a natureza.
A geografia na escola de campo deve ser compreendida como um processo, em
construção, que contempla em sua lógica a política que pensa a educação como parte
constitutiva do desenvolvimento do campo.
A importância de um ensino no meio rural que viabilize uma educação voltada
para a compreensão das mudanças espaciais, valorizando a realidade e os costumes
locais. Na escola de campo, é necessário que a educação esteja voltada para a
população rural, ressaltando a necessidade de considerar o campo como um lugar
específico e com sujeitos que lhe são próprios os quais possuem história, cultura,
identidade e lutas que devem ser respeitadas e legitimadas.
A geografia enquanto disciplina, precisa estar diretamente relacionada com o
espaço produzido pelo camponês com a necessidade de se re-territorializar o saber aos
habitantes do campo, deve ser uma disciplina capaz de compreender a realidade
camponesa e produzir o conhecimento geográfico que entenda e atenda as necessidades
do morador da área rural e, assim valorizar o seu conhecimento popular, numa
perspectiva relacional com conhecimento científico. Construir um processo civilizatório de
relação equilibrada entre a sociedade e natureza
5.10.2.1 O ensino da Geografia e a abordagem interdisciplinar
O ensino da Geografia, no Colégio Estadual José Elias, está centrado não apenas
na descrição empírica das paisagens, tampouco se pauta exclusivamente na
interpretação política e econômica do mundo, mas trabalha as relações sócio-culturais da
paisagem, como também, os elementos físicos e biológicos, que dela fazem parte,
investigando as múltiplas interações entre elas, estabelecidos na constituição de um
espaço: o espaço geográfico.
A Geografia que se quer é aquela que o aluno compreenda melhor, e de forma
mais ampla, a realidade, possibilitando que nela interfira de maneira mais consciente e
prepositiva. Urge a necessidade de conhecimentos múltiplos, o domínio de categorias e
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procedimentos básicos com os quais não apenas compreenda as relações sócio-culturais
e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer
e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento
geográfico.
É relevante observar que a escola, enquanto instituição de ensino e
aprendizagem deve buscar a formação do indivíduo total, questionando a visão
antropocêntrica, ocidental, dicotômica da relação homem/natureza, estabelecida e
cristalizada na sociedade industrial e inaugurada pelo capitalismo, não devendo, pois, ter
como parâmetro apenas o programa de vestibular, norteando o seu método ou os seus
conteúdos. Acima de tudo, o vestibular, deve ser reflexo do ensino básico, espelhando o
trabalho executado em sala de aula.
Sem dúvida, professores, orientadores e mesmo os livros didáticos estão
preocupados com uma revisão crítica do conhecimento do espaço, de forma
multidisciplinar, numa tendência positiva, onde os geógrafos, dentro das suas
perspectivas, tentam definir o que é e para que serve a Geografia, a sua função como
disciplina escolar e as linhas metodológicas nas quais se fundamenta.
A maneira mais comum de ensinar Geografia tem sido pelo discurso do professor
ou pelo livro didático. Abordagens mais recentes têm buscado práticas pedagógicas que
permitam aos alunos, os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes
momentos de escolaridade, desenvolvendo a capacidade de refletir e compreender a
relação sociedade-natureza na busca de respostas às suas necessidades. Cada série,
cada estágio apresenta um grau de amadurecimento que deve ser respeitado sob pena
de esvaziar o discurso e não viabilizar a prática.
Observando todos os pressupostos discutidos acima, espera-se que o aluno, ao
longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, dos três anos do Ensino Médio, construa
conhecimento referente a conceitos, desenvolva saberes que lhe permita ser capaz de:
Conhecer e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em
diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem
uma participação prepositiva e reativa nas questões sócio-ambientais locais;
Compreender a especialidade e a temporalidade dos fenômenos geográficos
estudados em suas dinâmicas e interação;
Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os
avanços tecnológicos e técnicos e as transformações são conquistas decorrentes
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 90 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
de conflitos e acordos, que ainda são usufruídas por todos os seres humanos e,
dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
Conhecer que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços
tecnológicos e técnicos e as transformações são conquistas decorrentes dos
conflitos e acordos, que ainda são usufruídas por todos os seres humanos e,
dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço, a paisagem, o território, o lugar seus processos de
construção, identificando suas relações, problemas e contradições;
Fazer leituras de imagens de dados e de documentos de diferentes fontes de
informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o
espaço geográfico e as diferentes paisagens;
Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio-diversidade, reconhecendo-
a como um direito dos povos e indivíduos, e um elemento de fortalecimento da
democracia;
5.10.3 HISTÓRIA
A concepção de área de História e seu objeto de estudo podem ser
compreendidos por uma breve retrospectiva: durante o século XIX e parte da primeira
metade do século XX, a história narrativa e empírica foi a tônica das concepções
historiográficas e dos estudos dessa área.
Dentro dessa linha, duas preocupações básicas eram levantadas: a História dos
povos deveria ser escrita como realmente aconteceu; as épocas e os indivíduos tratados
deveriam ser vistos pelos olhos de seu próprio tempo, num grande esforço de
objetividade. Essa concepção de história ficou conhecida como positivismo historicista.
Essa tendência pretendeu imprimir a história um caráter científico equivalente ao das
chamadas ciências exatas.
Contudo, ainda, nas primeiras décadas do século XX, em vários países da
Europa, começa um movimento em sentido contrário a esse modelo historiográfico, visto
como meramente político e factual.
Rejeitando o positivismo historicista, bem como o “vale-tudo” teórico-metodológico
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que marcou o ensino de história nos anos 90, e abraçando uma linha historiográfica que
busca inspiração na tradição marxista, sem deixar de lado o cotidiano, o ensino de história
no Colégio Estadual José Elias privilegia a contextualização da História do Paraná no
contexto histórico brasileiro e a História do Brasil e da América no cenário da História
Ocidental, concentrando esforços em uma metodologia que se preocupa, sobretudo, em
possibilitar ao aluno meios para relacionar a história local com o mundo que o cerca
atuando, como agente histórico valorizando seu passado e vê o presente de um ponto de
vista crítico-reflexivo.
5.10.3.1 O Ensino da História e a Abordagem Interdisciplinar
Para que a concepção de história aqui descrita se realize na prática, e objetivos,
como o de formar indivíduos críticos, observadores da realidade e capazes de transformá-
la sejam alcançados, faz-se necessário que o ensino de história, venha romper com o
cotidiano da sala de aula, estimulando a construção e o compartilhamento de conteúdos
por professores e alunos, procurando então uma prática docente onde o professor seja
também um consultor, que contribua com a construção do conhecimento, sendo este
sustentado pela discussão e pelo debate; pela utilização de textos que privilegiem a
análise e a crítica; pela aplicação do método dialético de fatos históricos; pelo exercício de
habilidades no ensino de raciocinar; construir a possibilidade de raciocinar, adquirir
ferramentas para aprender a pensar historicamente, o saber- fazer-bem; captar e valorizar
a diversidade das fontes e dos pontos de vista históricos, levando o educando a
reconstruir; levantar problemas e buscar transformações em narrativas históricas.
E, ainda, pelo incentivo à produção, pelos alunos, de trabalhos individuais e
coletivos: textos, murais, cartazes, quadros cronológicos, maquetes, etc., pela elaboração
de resenhas de textos, livros e filme, como meios para trabalhar temas complementares e
transversais, em especial, nas séries do Ensino Médio; por estudos de campo que
possibilitem uma maior concretude daquilo que foi teoricamente discutido em sala de aula;
por excursões a cidades históricas, visitas a sedes de movimentos sociais, bairros ou
comunidades.
Por entrevistas com pessoas que viveram ou são estudiosas de determinados
períodos da história nacional ou local; por visitas a museus; enfim, pela utilização de
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 92 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
recursos audiovisuais como forma de tornar mais dinâmico o estudo da história e
“transportar” o passado para a sala de aula.
A essa forma de conduzir o ensino de história deve aliar-se o reconhecimento da
existência do dialogo entre o saber histórico e outros campos do saber; noções de
espaço, de territorialidade, conceitos como de Estado, de minorias sociais, pertinentes a
outras disciplinas, também devem ser integrados aos estudos de história. E, da mesma
forma temas antes considerados como pertencentes à áreas das chamadas ciências
naturais ou das ciências exatas, e apenas discutidos por elas, como, por exemplo, meio
ambiente e saúde,; origem dos números; teoria da relatividade e outros, podem estar
presentes nas aulas de história.
A proposta é quebrar o paradigma de considerar esse ou aquele conhecimento
como monopólio dessa ou daquela disciplina, e não perder de vista a oportunidade de
demonstrar ao aluno que o conhecimento é produzido na escola como um todo. Pois o
conhecimento histórico não é adquirido como um dom mas uma transposição didática de
conteúdos e procedimentos.
Considerando que o conhecimento do passado está sujeito a múltiplas
interpretações, que novos dados e novas interpretações estão sempre surgindo e
instalando um movimento dialético de construção e reconstrução, ou seja, que o seu
conhecimento é dinâmico e está sempre condicionado aos indivíduos que o leem e
releem, são definidas como saberes fundamentais para o estudo da história em todas as
séries do Ensino Fundamental e Médio:
Desconstrução, reconstrução e construção do discurso
Construção da narrativa histórica por meio do trabalho com documentos
Situar os movimentos históricos nos diversos ritmos de duração e nas relações de
sucesso e/ou de simultaneidade;
Extrapolar os conteúdos estudados comparando problemáticas atuais e de outros
momentos históricos;
Posicionar-se diante de fatos presente, a partir da interpretação de suas relações
com o passado;
Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização
do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas;
Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos
processos históricos;
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Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, considerando
simultaneamente o papel do indivíduo (sujeito e produtor) nos processos históricos;
Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos
diversos “lugares de memória” socialmente instituídos;
Reconhecer a complexidade histórica e estabelecer relações entre os
acontecimentos e os contextos históricos, resgatando as experiências de vida do
homem, em diferentes tempos e espaços;
Construir uma cidadania plena e ativa, no sentido de conquistar novos direitos e
novos espaços de exercícios desta cidadania.
5.10.4 EDUCAÇÃO FÍSICA
Há, na história da Educação Física brasileira, pelo menos, dois grandes
momentos. O primeiro que gira em torno do final do século passado e vai até meados dos
anos 70. a conjuntura da época impunha a essa disciplina um papel de submissão
irrestrita a um poder dominante, hegemônico, opressor, em favor da manutenção do
status, que se manifestava pedagogicamente sob paradigmas tecnicistas, fragmentado e
reduzindo o ser humano à concepção meramente biológica.
O segundo momento inicia-se no final dos anos 70, quando vários segmentos
sociais organizados lutavam por abertura política, pelo fim dos desmandos da ditadura
militar, pela restauração da democracia, pela participação ativa do cidadão nas decisões
públicas. Tal cenário, incitou intelectuais da Educação e, em particular, da Educação
Física a debaterem, a questionarem o modelo vigente educacional, no sentido de um
redirecionamento contextual pautado em concepções revolucionárias, popular,
transformadora e, no campo da pedagogia, pelas propostas de Paulo Freire com a
pedagogia libertadora e a de Demerval Saviani com a pedagogia histórico-crítico e José
Carlos Libâneo com a pedagogia social dos conteúdos, nos anos 80.
Esses movimentos redimensionaram a práxis pedagógica, sustentado novas
propostas, uma vez que vislumbra um olhar mais amplo no processo educacional,
contemplando todas as dimensões das atividades corporais, envolvidas nos seus
conteúdos (esporte, jogo, dança, ginástica e luta), e utilizando-se de diversas linguagens
no currículo.
Neste sentido, a proposta de Educação Física do Colégio Estadual José Elias se
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adequou as DCEs quando afirma ser tarefa dessa disciplina garantir o aceso dos alunos
às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de
exercê-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las criticamente.
A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do
conhecimento de uma área chamada de cultura corporal, numa abordagem dos
conteúdos escolares em procedimentos, conceitos e atitudes. Contudo, cabe ressaltar
que a valorização dos procedimentos ultrapassa as questões das
motoras e de domínio dos fundamentos dos esportes e assume a
responsabilidade de incluir procedimentos de organização, sistematização de informações
em atividades de forma coletiva e lúdica.
Aos conteúdos conceituais: regras táticas, históricos; acrescentam-se reflexões
sobe os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência e cooperação.
Para que, ao se utilizar deste conhecimento durante as vivências, possamos vislumbrar
jogos e vivências que satisfaçam a coletividade ao passo que garanta a apreensão do
conteúdo. A esses conteúdos são adicionados os de natureza atitudinal, propostos e
vividos concretamente na escola em forma de situações problemas, garantindo ao aluno
autonomia para criar uma postura crítica e de responsabilidade perante si e perante o
outro.
5.10.4.1 O Ensino da Educação Física e Abordagem Interdisciplinar
O ensino da Educação Física, no passado, tinha como preocupação fundamental
à preparação de um corpo atlético. Para tanto, a prática pedagógica do professor
consistia na ordem e na disciplina; deste modo, o professor executava os exercícios e
cabia ao aluno a simples repetição.
Apresentar uma “nova” abordagem do processo de ensino exige romper com
padrões fechados e hierárquicos. Nesse sentido, a metodologia de ensino do
Departamento de Educação Física pauta-se numa dimensão critica e coerente
com a proposta geral do Colégio Estadual José Elias.
Compete, pois, ao professor selecionar e organizar os conteúdos a serem
estudados durante o curso, mas também valorizar o conteúdo emergente, aquele
conteúdo que surge a partir do vivido na prática educativa gerada pelo grupo. Essa
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situação ocorre quase sempre nos jogos esportivos, em que a relação de poder se
estabelece a partir dos mais habilidosos em detrimento daqueles que ainda estão
construindo suas habilidades e da exclusão das mulheres em determinadas práticas
desportivas.
Nessa perspectiva, a relação pedagógica tem que ser exercida através do diálogo
na perspectiva da ética da inclusão em que as heterogeneidades encontradas no grupo
são valorizadas e não camuflados. Dessa forma, a aula passa a ser uma construção
coletiva que permite articulas uma ação com o pensamento sobre ela mesma,
constituindo o sentido e significado que cada gesto representa para cada ação.
Enfim, institui-se o processo de construção do conhecimento através do próprio
corpo em movimento, através de: vivências que possibilitem a cooperação, a percepção
do corpo e de sua relação no tempo e espaço; jogos e brincadeiras que desencadeiem o
processo de situação evolutiva e a organização evolutiva do jogo; e do entendimento do
esporte como um processo de reorganização da atividade desportiva e como jogo.
Considerando a Educação Física como uma área do conhecimento que trata da
cultura corporal, ela é uma disciplina que se configura como práticas corporais (jogos,
esporte, ginástica, dança e capoeira), incorporadas à sua formação ao longo da trajetória
histórica da sociedade brasileira. Neste sentido, a Educação Física, no Colégio Estadual
José Elias, procura desenvolver os seguintes saberes gerais:
Aprender a conhecer, valorizar e desfrutar de atividades corporais que possibilitem
sentir, perceber, pensar e agir sobre a sua corporeidade e sua relação com o outro
e o mundo “globalizado”;
Aprender a jogar, conhecer e analisar criticamente o esporte como patrimônio
cultural da humanidade e todas as suas dimensões sociais, estabelecendo
relações com sua realidade no intuito de (re) significar o esporte na sua vida
cotidiana;
Aprender a jogar e a valorizar elementos da pluralidade cultural brasileira como a
capoeira, identificando o sentido e os significados das tradições culturais de nossa
sociedade;
Perceber seu corpo, seus limites e possibilidades, suas relações com outros
corpos, expressando corporalmente seus sentimentos;
Estabelecer relações entre o corpo ideal e o corpo possível, identificando as
repressões simbólicas e concretas dos estereótipos ligados ao corpo;
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Compreender as atividades físicas em sua dimensão lúdica e interativa como
elemento de socialização.
5.10.5 SOCIOLOGIA
Entender e propor o estudo da Sociologia no Ensino Médio requer que se
compreenda sua história na escola brasileira a partir da década de 60.
Durante a ditadura militar, ainda na década de 60, o ensino brasileiro entendido
como um mecanismo ideológico que devesse atuas no sentido de solidificas a ordem
sofreu uma reforma nas suas bases curriculares. Entre outras medidas, o ensino de
Sociologia foi abolido. Apenas no Curso de Magistério, que formava professores para o
Ensino Fundamental, manteve-se a cadeira de Sociologia da Educação.
Neste momento, poucas vozes se ouviram no sentido de reverter esta situação,
viviam-se os anos mais rígidos da ditadura militar brasileira, embora fosse pública a
insatisfação de diversas escolas brasileiras.
Na década de 80, inicia-se um movimento pelo retorno da Sociologia no 2º grau
(nomenclatura da época). Em São Paulo, a partir de organização de movimentos
populares que envolviam docentes e discentes, já em 1982, foi prevista pela lei 7044/82 o
retorno da Sociologia, mas sua recomendação explicita só se deu um ano depois, com a
resolução SE/230/83. Esta fase se reflete em um grande número de escolas, que, a partir
de 1984, integra Sociologia em sue currículo.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional 9394/96, conhecida como lei
Darcy Ribeiro, já confere em seu texto, na seção IV, referente ao Ensino Médio, em seu
artigo 36, que é obrigatório o domínio dos conhecimentos sociológicos para a formação
da cidadania.
Em 2006 a Instrução Normativa SUED/SEED nº 15 autorizou os estabelecimentos
de ensino a liberdade de determinar a série que seria ofertada. Em a disciplina torna-se
obrigatória em todas as séries do ensino médio, mediante a homologação da Lei nº
11.684/08.
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5.10.5.1 CONCEPÇÃO DE ÁREA E OBJETO DE ESTUDO
A Sociologia, no Ensino Médio, deverá contribuir para a construção de uma leitura
da realidade social, que ultrapasse os limites das primeiras impressões. Desta forma, a
Sociologia deve fornecer um arsenal teórico-metodológico que problematize as questões
sociais a partir de uma perspectiva cientifica.
Isto porque a Sociologia é a ciência que se preocupa em analisar e explicar os
fatos sociais, as relações ou ações sociais, conforme a corrente sociológica que se venha
a adotar. A intenção é situar as várias linhas do pensamento sociológicas de forma
introdutória, proporcionando as vinculações com a realidade brasileira.
Em relação aos conteúdos, é importante ressaltar que foram propostos no sentido
de contemplar as principais matrizes teóricas e ideológicas, ligadas pela Sociologia.
Assim, inicialmente, em uma linguagem ajustada à faixa etária dos alunos do Enino
Médio, devem-se trabalhar conceito relacionado às correntes teóricas clássicas,
destacando às contribuições de Comte, Durkheim, Weber e Marx.
É preciso, pois, compreender e destacar o movimento histórico que contribuiu
para que a Sociologia aparecesse como uma ciência nova, no contexto da sociedade
capitalista, fruto da Revolução Industrial. Nessa ambiência conturbada, a Sociologia é
fruto do movimento de efervescência do mundo ocidental, no século XVIII, refletindo,
assim, compreensões diversas da realidade social. O pensar e o fazer sociológico estão
situados em um campo complexo, que pode contribuir para explicar, questionar,
conservar ou transformar a sociedade.
A opção por uma abordagem teórica plural tem a intenção de afastar as
interpretações dogmáticas e unilaterais da realidade social, ao tempo em que contribui
para um melhor entendimento da diversidade sócio-cultural.
O entendimento da Sociologia, nesta dimensão histórica, relaciona-se com as
orientações e diretrizes que nortearam a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais,
propondo uma reorganização do Ensino Médio, valorizando a disciplina de Sociologia.
Destacando-se o compromisso com a formação da cidadania, que implica a compreensão
da realidade econômica, social e política, na qual o indivíduo está inserido, oferecendo, a
partir da análise, condições que propicie uma atuação transformadora. Privilegia-se,
portanto, a realidade brasileira, na sua amplitude cultural, social e política, como objeto de
estudo no Ensino Médio.
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5.10.5.2 O Ensino da Sociologia e a Abordagem Interdisciplinar
A metodologia apresentar-se-á como uma condição instrumental capaz de media
esta proposta, cuidando dos procedimentos e dos caminhos. Entretanto, não será
percebida como mera técnica, dotada de receitas a serem aplicadas.
A metodologia, então, faz parte da proposta pedagógica e tem como ponto de
partida as representações imediatas dos diversos temas propostos, tal como se
apresentam nas relações vivenciadas pelos alunos, trazendo, em segundo momento, as
condições teóricas sobre os mesmos e retornando à análise, em um nível mais
aprofundado e fundamentado, para uma reinterpretação da realidade social.
A construção do conhecimento, tendo a pesquisa como instrumento balizador,
assume, nesta linha de trabalho, papel fundamental. Não se trata da pesquisa acadêmica,
que exige grande domínio sobre os procedimentos científicos, como garantia de validade
às suas conclusões. O que se propõe para o curso de Sociologia é o desenvolvimento de
uma postura de investigação e debate frente à realidade social, incluindo-se aí, as
reflexões localizadas pela ciência. Uma atitude de curiosidade orientada por um olhar
crítico permite a iniciação do universo da produção científica.
Assim, associando o debate à investigação social, plantados em uma mesma
linha metodológica, tem-se como atividades básicas a serem desenvolvidas pelos alunos,
a produção de textos científicos introdutórios, a exemplo de resumos, resenhas críticas e
a elaboração de roteiros comentados de filmes e vídeos.
Vale ressaltar que a compreensão de ciência que se busca, procura distanciar-se
do discurso da neutralidade e concepção de verdade absoluta sustentada por provas
objetivas e inrestauráveis que coloca a ciência em pedestal protegendo o conhecimento
como um dogma. Ao contrario, é necessário situar a atividade científica, seus fins e
métodos em uma perspectiva histórica, comprometendo a fazer ciência com os objetivos
políticos que se deseja construir para a sociedade.
Neste ângulo, a construção do conhecimento é algo dinâmico e sua efetivação
requer uma postura de paixão em conhecer a vida. E, compreendendo que o ensino de
Filosofia e Sociologia para jovens representam um esforço em direção à construção de
uma sociedade pluralista, tolerante democrática que só pode ser alcançada, através do
desenvolvimento de algumas saberes imprescindíveis, o estudo dessas disciplinas prevê:
Familiarizar-se com o modo de pensar filosófico e sociológico e contextualizar
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esses conhecimentos nas esferas sociais, política, ética e cultural;
Compreender a aplicabilidade desses conceitos no entendimento da realidade
social, em oposição à simples memorização mecânica e repetitiva;
Perceber a complexidade sócio-cultural e planetária, em perspectiva de
desenvolver atitudes de respeito e reconhecimento dos direitos dos outros;
Entender as dinâmica das organizações sociais, como mecanismos de poder,
participando como agente político que atua na constrição de uma sociedade mais
igualitária de oportunidades para todos;
Construir sínteses e generalizações, a partir da observação, leitura, interpretação e
discussão coletiva de textos;
Demonstrar capacidade de análise, interpretação e problematização de textos de
natureza diversa, tanto filosóficos quanto sociológicos;
Demonstrar capacidade argumentativa coerente e rigorosa, apresentando boas
razões na exposição de defesa do discurso , em debates, e aceitação de posição
contrária face a argumentos mais consistentes.
5.10.6 MATEMÁTICA
Em momentos históricos distintos, deferentes sociedades trabalharam o
conhecimento matemático de forma também distinta. Reconhecer esse fato histórico
significa admitir que a Matemática é fruto do trabalho dos homens na tentativa de
compreender para melhor interferir na realidade. O conhecimento matemático tem
também um componente que é histórico, social, e cultural. E, igualmente, o conhecimento
matemático possui um componente cientifico, tendo em vista que em outro momento, o
conhecimento socialmente desenvolvido é apropriado pela comunidade científica, que
aprofunda, elabora e o redimensiona, gerando um corpo teórico que muitas vezes supera
a necessidade que o estimulou.
Essa dinâmica ocorre impulsionado por exigências diversas: da técnica ou
tecnologia, dificuldades de ordem teórica de outros campos científicos, e/ou por
especulação intrínseca ao seu próprio corpo.
Assim o conhecimento matemático vai sendo gerado pelo homem, não por um
caminho lógico ou linear, mas por avanços e rupturas de paradigmas, o que lhe dá um
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 100 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
caráter mais prático do que se imagina, pois só numa fase posterior esse conhecimento
passará a ser incorporado a um dos sistemas lógicos formais do corpo da matemática.
Questionamentos ao modelo atualmente aceito pela comunidade matemática –
cuja origem remota à civilização grega e que coexistem já há quase dois séculos –
persistem até hoje associados aos campos recentes, ligados ao estudo dos fenômenos
que envolvem o acaso e aqueles que relacionam com as noções de caos e de conjuntos
fractais, mas aparecem ainda muito timidamente na Matemática apresentada ao
estudante na sua fase pré-universitária. Esse é um resquício de uma didática equivocada,
tanto quanto é a supervalorização do processo dedutivo, tanto no âmbito da preservação
como da exposição do conhecimento matemático.
A pouca importância que se dá ao caráter indutivo, presente na elaboração do
conhecimento matemático, assim como de qualquer outra área do conhecimento, acaba
muitas vezes por esconder seu aspecto heurístico, dialético e até mesmo humano.
O século XXI desponta com a presença marcada e dominante da tecnologia em
um processo evolutivo que faz com que a ciência passe a desafiar estruturas religiosas,
filosóficas e sociais, propiciando o surgimento da tecnologia como produto e, ao mesmo
tempo, a moeda predominante nas relações comerciais e nos modelos de produção e
mesmo de propriedade.
A rigor, toda essa ciência e tecnologia estão fundamentadas no racionalismo
científico, que, por sua vez, tem, na Matemática seu representante por excelência. Talvez
resida aí o fato de a Matemática ser universalmente reconhecida pela sua importância e,
consequentemente, presente em todos os currículos, em todos os graus e em todos os
países do mundo.
5.10.6.1 O Ensino de Matemática e Abordagens Interdisciplinar
Diante desse universo de inter-relações, toda e qualquer proposta para o ensino
de Matemática deve contemplar, além da sua própria evolução, uma nova postura em
relação ao pensar, fazer e praticar Matemática, que podem ser observados quando:
Busca-se, através do estudo da geometria, astronomia e aritmética, talvez
associado a estudos de história da arte, da religião ou do místico, aprimorar a
capacidade de apreciação do belo e tornar o aluno mais sensível á sua percepção
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 101 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
da beleza intrínseca existente nas construções lógicas, formais, nas manifestações
artísticas etc.;
Faz-se o estudo da: História Comparativa da Matemática e da Sociologia da
Matemática, associado ao de Antropologia Cultural e Histórica, numa área hoje,
denominada Matemática Antropológica e tem como finalidade mostrar o processo
de criação do conhecimento matemático, suas dificuldades, seu inter-
relacionamento com outras áreas do conhecimento e conclui-se que a matemática
não surge de imediato como algo pronto, acabado e imutável.
Utiliza-se de jogos matemáticos, desafios e problemas curiosos e interessantes
sobre séries numéricas, números primos, geometria, teoria dos números etc.,
procurando melhorar a capacidade de raciocínio;
Utiliza-se do conceito de etnomatemática, uma área de intersecção entre a
Antropologia Cultural e a Matemática, procurando compreender a especificidade do
conhecimento matemático presente de forma diferenciada n os diversos grupos
culturais;
Estuda-se Estatística e Probabilidade, Economia e situações de conflito, que
aparecem via teoria dos jogos, fundamentando a utilidade da Matemática como
instrumento para o exercício da plena cidadania;
Utiliza-se a calculadora e a informática, assegurando o conhecimento dos recursos
que a tecnologia oferece e assim preparando o futuro profissional para o trabalho;
Estuda-se Lógica, não a lógica formal, mas associada à linguagem,
instrumentalizando o aluno para a correta decodificação da informação,
organização do pensamento e do discurso.
5.10.7 LÍNGUA PORTUGUESA
A perspectiva tradicional do ensino, mantida durante décadas, pautou-se no
ensino da Língua Portuguesa através do mero estudo metalinguístico, deslocado do
contexto do aluno e subordinado a uma sintaxe culta, com aulas de redação centradas em
um procedimento mecânico que levava os textos a serem artificiais – motivados tão-
somente pela avaliação em busca de padrões gramaticais e ortográficos – sem que o
aluno tivesse clareza da finalidade dessa escrita. Nessa ótica, os estudos literários se
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 102 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
tornavam buscas incessantes do código normativo, assim o prazer do texto literário e a
análise dos efeitos linguísticos, conseguidos pelos autores, eram substituídos pela prática
da gramática normativa.
O fracasso escolar, experimentado principalmente nas séries iniciais, com alunos
sem domínio da leitura e da escrita – sem contar que esse estudo, ao desconsiderar as
variedades linguísticas, tornava-se um empecilho para muitos alunos por estabelecer um
padrão que contrariava o sócio-cultural do aluno -, gerou as propostas de reformulação do
ensino da língua materna nas décadas de 60 e 70. essa reformulação revelava mudanças
na área da metodologia de ensino, sem interferências nos conteúdos de ensino.
Ou seja, a ação do professor deveria concentrar-se na área de criatividade e os
livros da época passaram, então, a ser intitulados “criatividade em língua portuguesa”,
com algumas variações.
Nesse momento da história, a valorização da criatividade se torna a condição
máxima para a competência linguística, para o desenvolvimento da eficácia da educação
e da expressão do aluno, porém lado a lado com o estudo da variedade linguística
padrão, mantendo-se ainda com poucas alterações em relação ao ensino tradicional, visto
que a teoria gramatical se manteve distanciada das demais variantes, marcada pelo
ensino da “teoria pela teoria”, sem objetivos definidos. De forma que a busca da
capacidade comunicativa apenas acentuou o estudo da teoria da comunicação, sem que
isso gerasse o aprimoramento da capacidade comunicativa do aluno.
Desta concepção, decorrem propostas de ensino de Língua Portuguesa que tem
como perspectiva central o uso da linguagem, aprimorando a competência comunicativa,
incutindo no aluno poderes da linguagem , e favorecendo situações didáticas que levem à
reflexão da linguagem. E, ao favorecer o seu entendimento e seu melhor uso, admite-se
como propósito fundamental desse estudo que a língua é um sistema de signos
específico, histórico e social, que possibilita os homens e mulheres significar o mundo e a
sociedade.
5.10.7.1 Caracterização da Área e Objeto de Estudo
O objeto de estudo dessa área de conhecimento diz respeito aos conhecimentos
linguísticos e discursivos que se referem á compreensão da língua como instrumento
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 103 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
social de comunicação, pertencente a uma comunidade, à cultura de um povo e da
própria identidade. Partindo do pressuposto de que a língua não é sistema fechado e
imutável, mas sim um organismo vivo, processo dinâmico de interação. Não é também
uma realidade homogênea e uniforme, mas um conjunto de variedades, tanto na
oralidade como na escrita, que identificam pluralidade tanto no nível da cultura como das
situações que envolvem a comunicação.
A respeito das tentativas de sistematizar-se um conjunto de regras socialmente
aceitáveis, o que se percebe é a existência de controvérsias, no que se refere a respeito
à definição da língua padrão no mundo contemporâneo. Vale observar que a importância
dos meios de comunicação desfocou o prestígio dos usos da língua. No contexto
contemporâneo, não se pode falar em língua padrão sem levar em conta os meios de
comunicação.
Verifica-se assim que a língua não deve ser estudada apenas sob o enfoque da
gramática tradicional, antes deve ser considerada a produção do enunciado linguístico e
seus aspectos situacionais. Trata-se do estudo não isolado das categorias gramaticais,
mas sim de uma visão dessas categorias voltada para as situações reais da
comunicação. Portanto, entendendo-se gramática como um conjunto de regras que todo
falante defina, não se justifica o estudo sistemático das regras gramaticais desvinculado
do uso da língua.
Propõe-se assim a construção dos conceitos, a partir da observação de fatos
linguísticos concretos, a fim de que, partindo do texto como unidade de sentido que
preenche uma função comunicativa e não de frases descontextualizadas, o conhecimento
linguístico – como é proposta dos novos Parâmetros Curriculares – contribua para o
desenvolvimento intelectual do sujeito, para a formação de leitores críticos e para a
prática de produção de textos.
5.10.7.2 O Ensino de Língua Portuguesa e a Abordagem Interdisciplinar
A proposta quanto ao ensino de Língua Portuguesa exige aulas de expressão em
que o manejo da língua garanta o desenvolvimento e o aprimoramento da capacidade
comunicativa do aluno. Assim, as aulas estarão comprometidas com o caráter dialógico
da língua; a compreensão de que a gramática passa a servir à função comunicativa, sem
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 104 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
que o seu poder coercitivo iniba o aluno e o impeça de uma relação prazerosa com a sua
própria língua.
Isso prevê o desenvolvimento de metodologias que ensinem os alunos a ler e a
escrever melhor, capazes de desenvolver raciocínios na produção oral e escrita; um
conhecimento linguístico eficiente que tome como parâmetro o próprio texto, evidenciando
sua finalidade, sua linguagem, seu gênero, sua função, desvinculando-se, desta maneira,
do ensino fragmentado e automatizado e de uma prática linguística que não tem função
fora da escola, particularmente em uma época em que as novas tecnologias de
comunicação têm interferido na língua.
A interação verbal, possibilitada por essa área do conhecimento, garante aos
alunos o desenvolvimento das suas capacidades cognitivas e contribui para a formação
da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
A finalidade do estudo da Língua Portuguesa é, pois, criar situações nas quais o
aluno amplie o domínio ativo do discurso (oral e escrito) nas diversas situações
educativas de modo a possibilitar sua inscrição efetiva no mundo da escrita.
Os conteúdos devem ser relacionados de modo que permitam ao sujeito a se
apropriar, a transformar em conhecimento próprio os conteúdos vistos, através da ação
sobre eles.
Neste PPP, optou-se por pensar a Língua Portuguesa a partir de suas
competências: falar, ouvir, ler e escrever, através de uma perspectiva da língua em
funcionamento que se baseia na leitura, na produção textual, e no estudo dos fatos
linguísticos.
Na área de leitura, busca-se realizar um trabalho que conjugue o desenvolvimento
do gosto pela leitura, da fruição provocada pela leitura de textos, e o interesse pela
habilidade da leitura, através do entendimento de que a leitura é uma fonte de prazer e,
ao mesmo tempo, pode ser um meio de conhecimento, de informação, de compreensão
de mundo.
Isso porque a leitura não deve pautar apenas na leitura textual, mas ser ampliada
pela leitura de imagens, comuns no mundo atual, e a própria leitura em que o leitor esta
inserido, através da contextualização histórico-político-social.
Assim, constituem pré-requisitos ao desenvolvimento de saberes para o domínio da
Língua Portuguesa no nível Fundamental:
despertar o gosto pela leitura, através da apreciação de textos e de atividades
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 105 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
diversas que valorizem a capacidade artística e a criatividade;
desenvolver a noção de prazer estético, do interesse pela leitura formando um
leitor mais atento, crítico, envolvido no jogo entre o autor/texto e o leitor;
incentivar os alunos a refletir, a expressar suas idéias, trocar opinião e posicionar-
se sobre os conteúdos dos textos lidos;
promover a apreensão do texto em diferentes níveis de compreensão, análise e
interpretação;
perceber as funções sociais dos diferentes textos, identificando as funções da
linguagem presentes em cada modalidade textual;
fazer descobertas nos níveis semântico, sintático, morfológico e discursivo de cada
gênero textual estudado;
analisar o efeito de sentido consequente do uso de recursos gráficos (diagramação,
forma, tamanho e tipo de letras, disposição especial);
identificar os fatores de textualidade, a coesão e a coerência;
desenvolver a apreensão textual, identificando a idéia principal, a paráfrase, a
síntese, a progressão temática e modo de organização;
favorecer, através de uma visão cultural e literária, uma abordagem interdisciplinar,
com a contextualização dos significados e a exploração da transversalidade em
temas como pluralidade cultural, cidadania e ética.
No que tange especificamente à leitura no Ensino Médio, é preciso ter-se em
mente essa além dos aspectos estabelecidos, há os específicos do estudo da literatura,
no qual se deve focalizar a especificidade desse estudo em que se acrescentam: a
identificação das funções, dos gêneros e elementos formais, temáticos e estilísticos de
textos em prosa e verso. Busca-se com esse estudo:
Estabelecer interlocuções entre a literatura com a vivência e com as demais
formas de expressão;
Caracterizar o texto literário, estabelecer a oposição entre o texto literário e o não
literário, a função estética do texto, a recriação subjetiva da realidade e a
plurissignificação da linguagem;
Identificar os gêneros literários: a forma, o conteúdo, e as subdivisões de texto em
prosa e verso;
Perceber a importância da literatura como expressão dos sentimentos individuais e
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 106 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
coletivos da sociedade;
Diferenciar, em textos, marcas de valores de intenções dos agentes produtores em
função de seus comprometimentos e interesses políticos, ideológicos e
econômicos;
Fazer a leitura, análise e interpretação e de obras representativas da literatura em
língua portuguesa;
Avaliar o efeito do uso da pontuação, da propriedade dos recursos lexicais,
sintáticos e semânticos;
Conhecer os movimentos literários da literatura brasileira;
Comparar textos de diferentes gêneros ou de diferentes períodos literários quanto
ao tratamento temático e aos recursos formais utilizados pelo autor.
A atividade de produção de texto deve garantir tarefas associadas às experiências
cotidianas de uso da escrita, as quais extrapolem o ambiente escolar, gerando assim
textos reveladores do produto de trabalho do aluno, de seus próprios pensamentos, do
reflexo de sua experiência de vida.
A prática textual pretende desenvolver os seguintes saberes:
Construir textos orais e escritos, revelando consciência das estratégias de
produção de texto adequadas às situações de comunicação em caráter público ou
privado;
Utilizar-se de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência e coesão
textuais;
Operacionalizar com os elementos discursivos, semânticos e gramaticais presentes
na construção da significação dos textos;
Fazer uso da língua como instrumento de interação social e de formação do
sujeito-cidadão, expressando sentidos, emoções e experiências do ser humano na
vida social;
Compreender a relação entre as várias linguagens e suas possibilidades de uso;
Dominar e utilizar os gêneros discursivos;
Estabelecer as relações entre as informações oferecidas por textos verbais e não-
verbais;
Empregar, de acordo com o gênero textual escolhido, os mecanismos de coesão
referencial, de articulação frasal, os recursos próprios do padrão escrito na
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 107 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
organização textual, a ortografia oficial do Português padrão, as regras linguísticas
do padrão culto no uso da língua;
Redigir textos, garantindo: a relevância das partes e dos tópicos em relação ao
propósito do texto, a continuidade temática; a realização de escolhas estilísticas,
ajustando às circunstâncias, formalidade e propósitos da interação e a análise e
revisão do próprio texto, em função dos objetivos estabelecidos, da intenção
comunicativa e do leitor a que se destina, transformando qualitativamente a
produção textual.
No estudo dos fatos linguísticos, considera-se que o conhecimento gramatical terá
mais eficiência se estiver a serviço da comunicação, tomando como base o texto,
“unidade básica da linguagem verbal”, articulado as práticas da linguagem. O objetivo
central desse estudo é que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas
situações comunicativas, através de atividades que levem a:
• Constituir um conjunto de conhecimento sobre o funcionamento da linguagem o
sobre o sistema linguístico relevantes para as práticas de escuta, leitura e
produção de textos;
• Apropriar-se de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários
para a análise e reflexão linguística;
• Compreender as unidades linguísticas e as relações estabelecidas entre elas e as
funções discursivas associadas a ela no contexto;
• Compreender relações morfológicas, sintáticas e semânticas da língua portuguesa;
• Compreender o efeito do emprego ou não de operadores argumentativos e de
modalizadores;
• Identificar a norma culta e as variantes linguísticas de uso social da língua, bem
como suas implicações nos diferentes níveis e aspectos de significação vocabular
e textual;
• Refletir sobre os fatos da língua, através da exposição a variados tipos de texto;
• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a
capacidade de avaliação dos textos;
• Conhecer e valorizar as diferentes variedades do português, procurando combater
o preconceito linguístico;
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 108 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
• Aprimorar a capacidade de articulação do pensamento, através da observação e
da discussão das relações gramaticais, oferecendo novas possibilidades de
expressão.
Para Geraldi (19995), a prática de sala de aula requer uma metodologia articulada
com uma opção política. Assim, ao pensar acerca do ensino de Língua Portuguesa, faz-se
necessário pensar a “concepção de linguagem” e a postura em relação à educação,
tomada como referenciais na escolha da metodologia a ser utilizada em sala de aula.
Partindo desses pressupostos, estabeleceu-se como parâmetros para o ensino da
língua materna: a oportunidade da aquisição do domínio da variante culta da língua,
acrescida da reflexão sobre as razões extra-linguística que determinaram a “eleição”
dessa variedade dialetal em detrimento das demais, impedindo que haja a depreciação
dos demais falares tomados como “errôneos” e contribuindo para a percepção da
pluralidade linguística e cultural.
Para tal, as aulas devem-se pautar no ensino na língua, propriamente dito, com a
compreensão de que a linguagem se constitui em meio de interação entre as pessoas e
que, portanto, o estudo da metalinguagem e as aulas de descrição da língua não
garantem a competência linguística.
Nesse processo compreende-se também, a articulação de situações didáticas em
que o educando perceba as diferentes linguagens como meio de organização cognitiva do
mundo; e, ainda, a produção de textos orais e escritos, trabalhando a expressão através
de práticas pedagógicas que estimulem o aluno ao levantamento de hipóteses
linguísticas, a refletir sobre o uso da linguagem, construindo seu próprio conhecimento,
através da intermediação do professor.
510.8 Arte
O trabalho de arte no Colégio Estadual José Elias permeia todo o currículo da
escola, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, visto como uma dimensão de
expressão reveladora do ser e do conhecer. Desta forma, o ensino de Arte e o fazer
artístico estão relacionados ao pensamento contemporâneo que toma a arte como uma
manifestação de cultura.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 109 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Partindo da noção clássica de que o universo da cultura reflete a criação de uma
ordem simbólica da linguagem, do trabalho, do espaço, do tempo, do sagrado e do
profano, do visível e do invisível, a arte surge para acessar os homens e as mulheres
neste universo, representando e interpretando a realidade, para descobrir e revelar de
forma mágica o sentido da presença humana no mundo.
Em uma perspectiva antropológica, não se fala em cultura, mas sim culturas, no
plural, visto que cada grupo social tem um estilo de vida próprio, um modo de vida
particular que lhe é único. Portanto, o ensino de arte pautar-se-á na diversidade sócio-
cultural, procurando relativizar o conceito de beleza e estética, como forma de superar
atitudes preconceituosas e discriminatórias.
É importante, relacionar a arte na educação como elemento de lazer, que
movimenta a vida, mediante o incentivo da inventividade e da criatividade. O lazer, neste
sentido, é percebido de forma simples, como algo que provoca satisfação.
Trata-se de um aspecto da dimensão humana, em que o homem se coloca por
inteiro, ao contrário da representação de uma civilização do lazer que fosse apenas uma
compensação da sociedade racionalista que tem no mundo do trabalho suas formas de
exclusão.
A arte como lazer não pode ser vista apenas de forma funcionalista, como mero
mecanismo que atenua o estresse provocado pelo cotidiano.
5.10.8.1 O ensino de arte e a abordagem interdisciplinar
Compreendendo que a arte constrói-se dentro de um universo de linguagens,
atraindo e sensibilizando diferentes atores sociais, é que o trabalho que ora vem-se
realizando no Colégio estadual José Elias, tanto no ensino Fundamental quanto no Ensino
Médio, conjuga uma teoria e uma prática pedagógica que pretende encontrar nas diversas
expressões artísticas: artes plásticas, canto coral, percussão e teatro, instrumental
básico para a consecução do projeto político-pedagógico da escola (PPP), de não
possibilitar a apropriação, pelo aluno, do conhecimento elaborado e organizado ao longo
da trajetória humana, mas de enveredar pelo terreno da intersubjetividade, na perspectiva
de que a arte nos une, servindo de lugar de encontro, de comunhão intuitiva: ela não nos
coloca de acordo: ela nos irmana.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 110 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Dentro dessa perspectiva político-pedagógica, encontra-se também uma
preocupação de ter uma proposta curricular em consonância com um dos aspectos mais
marcantes da cidade de Rio Branco do Sul, em especial as comunidades que o Colégio
José Elias atende a forte inclinação de sua gente pelas formas de leitura e expressões
que envolvem o homem o campo (música, costumes do campo).
Desta forma, o trabalho realizado no campo da arte elege como saberes
fundamentais:
Estimular as potencialidades ligadas à emoção: percepção, reflexão, imaginação,
intuição e curiosidade, inventividade e criatividade;
Desenvolver a sensibilidade estética e crítica na construção e na apreciação da
vida, através da cultura popular;
Respeitar a diversidade cultural e as identidades sociais, destacando as
contribuições dos movimentos populares;
Ter responsabilidade social e política, como cidadão crítico, em suas produções
visuais, cênicas e musicais;
Reconhecer, na arte, as contribuições decorrentes das diferenças de gênero, etnia
e religião;
Desenvolver atitude de compreensão e preservação do patrimônio artístico e
cultural, como referência histórica reveladora do legado humano;
Desenvolver o fazer artístico, como experiência de interação, e solidariedade
grupal.
Visitar museus e com isso identificar obras de arte e seus períodos
5.10.9 Língua Estrangeira Moderna
O domínio de uma ou várias línguas estrangeiras faz parte de um conjunto de
fatores que contribuem para o exercício pleno da cidadania. O envolvimento do aluno com
o uso de uma língua estrangeira e o entendimento dos aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais da sociedade onde essa língua é utilizada, concorre para que a
pessoa tome consciência do seu espaço individual e no mundo.
Faz-se necessário recorrer ao conceito onde Freire vê a educação como força
libertadora para que se entenda que a aprendizagem de uma língua não se resume a
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 111 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
aquisição de novos padrões linguísticos.
Essa força faz os alunos aprenderem a escolher entre as possibilidades que se
apresentam e esse aprendizado se dá através da compreensão do funcionamento da
Língua Estrangeira e da sua língua nativa, fazendo com que os alunos reflitam sobre o
cotidiano em sua própria cultura por meio da tomada de conhecimento da cultura
estrangeira, propiciando a comparação linguística e cultural e, portanto, o
desenvolvimento da consciência crítica.
Com a inserção das Línguas Estrangeiras Modernas na área de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias, é fundamental que elas não mais sejam vistas como
disciplinas isoladas e que assumam a sua função intrínseca, que durante muito tempo,
esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens.
Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como
meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto às diferentes formas de pensar, de
criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade o que propicia ao indivíduo uma
formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida.
Todas essas concepções contribuem para o desenvolvimento integral do ser
humano, além de promover relações interpessoais, que não são estabelecidas apenas
por palavras, mas também por gestos, tradições e cultura dos povos, já que estes
determinam sua forma de encarar o mundo e de vivenciá-lo.
De forma que o processo ensino-aprendizagem dar-se-á de modo interdisciplinar
e numa perspectiva relacionada com contextos reais, que levem ao entendimento da
funcionalidade e aplicabilidade da língua, fazendo com que o aluno exerça a sua
capacidade de agir de forma social e interativa.
5.10.9.1 O ensino de Língua Estrangeira e a abordagem interdisciplinar
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, a aprendizagem
possibilita ao aluno a capacidade de se envolver e envolver o outro no discurso, o que
pode ser feito através de atividades pedagógicas que enfoquem a construção do aluno
como sujeito do discurso por meio desta envolvendo-o com os processos sociais de
construção de significados pelo desenvolvimento de, pelo menos, uma habilidade
comunicativa (compreensão escrita, compreensão oral, produção escrita ou produção
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 112 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
oral).
Ressalte-se que esse documento referencial não preconiza a obrigatoriedade da
educação de um método especifico e sim adaptação de procedimentos que se ajustem a
esta ou aquela aquisição de uma determinada habilidade. Por este motivo, depois de
muita reflexão e análise, a abordagem do ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira
Moderna no Colégio Estadual José Elias é comunicativa e, também, instrumental,
salientando-se que a última encontra bastante ênfase nas séries do ensino Médio.
É conveniente lembrar que, de acordo com a pedagogia histórico-crítica, os
métodos e processos utilizados pelo professor só se justificam se levarem ao aluno à
construção do conhecimento.
A opção metodológica para o ensino da Língua Estrangeira, sem sombra de
dúvida, não poderá perder de vista a abordagem interdisciplinar que estabelece a ligação
obrigatória, mas distinta das disciplinas escolares em que se reconhece a necessidade de
uma interação. Essa necessidade advém da percepção de que o conhecimento não pode
mais ser compartimentalizado uma vez que o indivíduo passa a ser visto como um ser
total, capaz de agir e interagir frente a diferentes contextos, demonstrando a sua
habilidade de associar informações, transformando-as em conhecimentos para alcance de
objetivos que favoreçam o seu crescimento e engajamentos num mundo cada vez mais
desafiante e globalizado.
Logo, o objetivo do ensino/aprendizado de uma língua estrangeira em muito se
coaduna com a abordagem interdisciplinar que tem por finalidade a difusão do
conhecimento e a formação de atores sociais:
Colocando-se em prática as condições mais apropriadas para suscitar e sustentar
o desenvolvimento dos processos integradores e a apropriação dos conhecimentos
como produtos cognitivos com os alunos;
Pelo estabelecimento de ligações entre teoria e prática;
Pelo estabelecimento de ligações entre os distintos trabalhos de um segmento real
de estudo.
Grande parte das escolas acredita que pode levar o aluno a desenvolver os
conhecimentos básicos (ouvir, falar, ler e escrever) no novo idioma através do domínio do
sistema formal da língua, com ênfase na norma culta e a modalidade escrita da língua.
Este procedimento gera a incapacitação do uso do novo idioma em situações
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 113 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
reais de comunicação e uma consequente desmotivação tanto do aluno quanto do
professor já que o conhecimento metalinguístico e o domínio consciente de regras
gramaticais possibilitam, no máximo, o alcance de resultados medianos em testes
escritos, tornando impossível o relacionamento com outras disciplinas do currículo e o
estabelecimento de sua função numa era totalmente globalizada.
Por todas essas razões, a metodologia utilizada por este Colégio para o ensino
das Línguas Estrangeiras, tanto no Ensino Médio quanto no fundamental, conjuga o
desenvolvimento das habilidades linguísticas com as comunicativas.
Em consonância com os pressupostos discutidos nos parágrafos e itens
anteriores, as seguintes competências precisam ser contempladas para que a construção
do conhecimento se viabilize ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental e os três
anos do Ensino Médio:
Saber escolher o registro adequado a cada situação de comunicação que se
apresente;
Valorizar a leitura como forma de desenvolver o pensamento crítico, como fonte de
informação e modo de se qualificar e ter acesso ao mundo do trabalho na era da
globalização;
Deduzir regras gramaticais através do sentido expresso em mensagens textuais e
simbólicas;
Praticar de forma equilibrada as habilidades lingüísticas: ouvir, falar, ler e escrever;
Utilizar a Língua Estrangeira Moderna como instrumento para vida profissional,
acadêmica e pessoal;
compreender que o aprendizado de uma Língua Estrangeira Moderna possibilita o
acesso a aspectos culturais de diversas outras sociedades para que possa refletir
sobre os de sua própria língua comparando-os;
Empregar as estratégias verbais e não verbais visando à compensação de falhas
na comunicação, ao favorecimento da efetiva interação e ao alcance do efeito
pretendido.
5.10.10 Química
Historicamente, o ensino da Química tem se revestido de uma auréola de
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complexidade e dificuldade, fazendo com que seu estudo e aprendizado sejam vistos,
segundo o senso comum, como um universo cheio de símbolos e fórmulas, acessíveis a
alguns poucos capazes de decifrá-lo.
5.10.11 O ensino de Química e a abordagem interdisciplinar
O ensino da Química, neste Colégio, busca uma organização programática que
propicie aos alunos uma integração entre ciência – tecnologia – sociedade.
Isso para que os conhecimentos abordados possam trazer para o aluno, não só o
conhecimento do conteúdo, como também a capacidade de interligar as ciências naturais,
os avanços tecnológicos e seu papel no meio social.
A partir dessa perspectiva, torna-se indispensável que o estudo de Química
aconteça de forma interdisciplinar e contextualizada, ou seja, que o diálogo com outras
áreas do conhecimento, como a História, a Sociologia, a Política, a Física, entre outras,
de fato aconteça. Cabe ressaltar que a contextualização do ensino dessa disciplina, passa
pela preocupação em realizar estudos que vinculem à questão ambiental, entendida de
uma forma ampla, como propõe o movimento do eco-pedagogia.
A preocupação com o caráter inter e transdisciplinar do estudo da Química tem
como objetivo estimular a percepção da inter-relação entre os fenômenos, dos seus
aspectos mais relevantes, do seu caráter essencial para as diversas tecnologias, para a
compreensão da problemática ambiental e para o desenvolvimento de uma visão
articulada do homem com o meio, do qual é construtor e transformador.
Como consequência dessa abordagem, o ensino de Química, no cotidiano da sala
de aula, deve considerar o grau de maturidade dos alunos, estar voltado para o seu dia-a-
dia, bem como se mostrar mais flexível quanto à ordem dos conteúdos programáticos a
serem estudados, desenvolver-se de maneira crítica, para que o aluno aprenda apenas
fórmulas e cálculos, mas, principalmente, como interpretar macro e microscopicamente o
mundo da matéria, fazendo analogias e se posicionando sobre os aspectos sociais,
políticos, econômicos e éticos do mundo que o cerca.
De forma gradual, este Colégio caminha no sentido de adequar o conteúdo
programático da disciplina de Química, que ainda está impregnado de tradicionalismo e
segue a ordenação apresentada pelos livros didáticos do Ensino Médio, para um trabalho,
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que se considere, de fundamental importância, o desenvolvimento da capacidade do
aluno não só de compreender porque num dado processo químico é usado determinados
reagentes, equipamentos, procedimentos, mas também de obter e analisar informações,
de avaliar os riscos e os benefícios associados ao processo tecnológico, competências
inerentes ao exercício da vida profissional e da cidadania.
Para atender as mudanças que vêm acontecendo e buscando concretizar as
novas expectativas do ensino de Química para os alunos do nível médio, são destacadas
como conhecimentos a serem desenvolvidos:
• Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu papel
na vida humana em diferentes épocas, e na capacidade humana de transformar o
meio;
• Ler e interpretar textos, ou outras formas de representação científica e tecnológica,
emitindo as necessárias critica;
• Articular o conhecimento cientifico e tecnológico, numa perspectiva interdisciplinar;
• Questionar os processos tecnológicos, seus impactos sobre o meio natural e
social;
• Utilizar os conhecimentos científicos como instrumentos de interpretação e
intervenção;
• Avaliar o avanço cientifico da Química e sua historicidade;
• Utilizar e interpretar diferentes formas de representação: tabelas, gráficos,
expressões, ícones etc.;
• Avaliar os impactos dos processos químicos sobre o meio ambiente e sobre o
homem, em busca da preservação ecológica.
5.10.11 Física
O meio ambiente é o objeto de estudo das chamadas ciências naturais. Mas é
preciso compreender que o próprio homem é uma parcela desta natureza e interage
constantemente com ela. Portanto, não se pode desvincular a natureza do homem.
Também não se pode perder de vista que a ciência, da mesma forma que a arte,
é uma atividade realizada pelo homem, portanto impregnada pela cultura, pelo senso
comum e pela concepção de mundo, assim sendo, a crença de que a ciência é uma
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atividade imparcial é um mito.
Da mesma forma que a sociedade e os valores mudam, os parâmetros científicos
foram mudados ao longo dos séculos e ainda continuam em processo de mudança. A
premissa de Sócrates “Só sei que nada sei”, torna-se perfeitamente aplicável para a
historia do conhecimento, que tem mostrado vários exemplos de “verdades absolutas”,
que foram superadas ou derrubadas. A única certeza do é a incerteza das certezas.
Assim, os fenômenos naturais foram interpretados pela Idade da Pedra e por
civilizações da Antiguidade Ocidental, como o Egito e a Mesopotâmia de forma mítica e
religiosa. As idéias de castigo e premiação estavam sempre associadas a fenômenos que
dessem resultados agradáveis ou desagradáveis aos homens.
Na Grécia Antiga, o homem descobriu que a ciência era possível, ou seja, que se
poderia pensar sobre a natureza sem que, necessariamente, se buscasse uma
associação com algum preceito religioso. Entretanto, a ciência não nasceu pronta na
Grécia, ela foi uma atividade muito tendenciosa, caracterizando mais como uma
manifestação da imaginação do que da razão. As explicações eram marcadas por
sequencias de “achismos”, sem muitos critérios e sem a comprovação das hipóteses de
forma experimental.
Na própria Física, existiu a necessidade de uma especialização, estimulada pelo
tecnicismo da Revolução Industrial. Assim, no século XVII, o objeto de estudo de cada
ciência natural estava bem definido, como também as várias subdivisões da Física.
Contudo, no século seguinte, a termologia unia-se à mecânica e o eletromagnetismo
fundia-se com a óptica e a ondulatória.
No século XX, através da mecânica quântica, a Física conseguiu explicar as
transformações químicas, sendo essas últimas consideradas um conjunto complexo de
transformações físicas básicas. Portanto, a Física se caracterizou como uma ciência
natural, cujo objeto de estudo são as relações mais fundamentais da natureza.
As demais ciências naturais têm como objeto de estudo sistemas mais complexos,
com inúmeras relações fundamentais, e que manifestam características próprias como um
corpo com as suas devidas regularidades e particularidades.
Todas essas ciências naturais permitem ao homem compreender diversas facetas
da natureza, interagindo melhor com ela e aproveitando mais os seus recursos.
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5.10.11.1 O ensino da Física e a abordagem interdisciplinar
O ensino da Física, no Colégio Estadual José Elias, tem-se pautado em três
fundamentos básicos:
1. O conhecimento da Física associado ao processo histórico;
2. O conhecimento matemático associado à capacidade cognitiva do aluno;
3. A intra-disciplinaridade nos estudos da física.
Cada um desses fundamentos esta explicitado a seguir:
O conhecimento da Física associado ao processo histórico – Para
exemplificar esse conceito, suponha-se que um aluno saiba superficialmente que antes
da mecânica proposta por Isaac Newton, no século XVII, existiu uma outra, proposta por
Aristóteles, no século III a.C. E, desta forma, parta para estudar a mecânica de Isaac
Newton como se o mundo anteriormente não soubesse nada sobre o assunto. A
tendência é achar que Newton foi um iluminado, como o próprio Jesus Cristo. Mas o
próprio Newton afirmou: “Se enxerguei mais longe que outros homens, foi porque me
ergui sobre ombros de gigantes”.
Um outro exemplo volta-se ao fato de um aluno que estudar profundamente a
mecânica de Aristóteles, antes de saber da existência da mecânica newtoniana. Este
aluno vai acreditar nos conceitos aristotélicos porque eles são simples e satisfazem ao
bom senso. Ele resolverá questões sobre situações-problemas dentro do modelo
aristotélico, cujos resultados acreditarão serem verdadeiros.
Depois, este mesmo aluno, contaminado pelo espírito do Renascimento,
descobre através de experiências que as concepções mecânicas de Aristóteles são
incorretas e que Isaac Newton juntamente com Galileu Galilei constroem uma mecânica
mais ajustada aos resultados experimentais.
Este aluno, antes de qualquer coisa, vai passar por um processo de
desconstrução e reconstrução de parâmetros, uma habilidade muito importante para a
sua vida. Em seguida, enxergará que o conhecimento realmente é um processo.
E, finalmente, além de aprender a mecânica newtoniana, aprenderá a valorizar o
conhecimento acumulado pela humanidade ao longo de sua trajetória histórica.
O conhecimento matemático associado à capacidade cognitiva do aluno –
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Novamente um exemplo para ilustrar a linha de raciocínio: um aluno da 1ª série do
Ensino Médio, na primeira unidade, pois está iniciando um novo ciclo de sua vida
estudantil e sua estrutura matemática é ainda frágil e simplória. Deste modo, o estudo dos
movimentos uniformes e uniformemente variados deve acontecer em uma dimensão mais
conceitual, com relações de proporção mais simples; recorrendo muito pouco ao
algebrismo, uma vez que o aluno neste estagio do curso, ainda não desenvolveu, nos
seus estudos matemáticos, uma interpretação gráfica satisfatória, tampouco tem
conhecimento de funções de 1º e 2º graus.
Partindo desse principio, pautado em hipóteses verdadeiras, a proposta curricular
de ensino da Física, no Colégio Estadual José Elias, destina, na primeira unidade,
assuntos que aluno consiga compreender e estabelecer relações, sem algebrismo
matemático, nem a aplicação da representação gráfica. Tal algebrismo só aparece de
forma muito simples na metade da segunda unidade, em termos históricos, o aluno se
aproxima da física do século XVII e, se sofistica, gradativamente, nas 3ª e 4ª unidades do
curso. Nadar contra a correnteza formal-matemática do aluno é perder tempo.
A intradisciplinaridade nos estudos da física - A interdisciplinaridade e a
contextualização não são apenas uma orientação pedagógica, mas uma forma de ver o
mundo. Uma exemplificação desse conceito pode ser feita pela simples pergunta: De
quantas maneiras é possível enxergar o mar? Como ondas (Física), como ecossistema
(Biologia), como paisagem (Geografia), como caminho entre o oriente e o ocidente
(Historia), como fonte de cloreto de sódio e água (Química) ou ainda, como uma bela
fonte de inspiração poética (Literatura).
A rigor, a Física comporta em seu interior, o estudo de áreas distintas:
Termologia, Óptica, Mecânica, Eletromagnetismo e Física Moderna. Portanto, antes de
buscar a relação interdisciplinar entre a física, a química, a biologia e a matemática como
sugere a LDB – 9394/96 deve-se praticar a intradisciplinaridade entre os diversos campos
de estudo da Física.
Dentro dessa linha, a proposta de ensino da física sugere que se estude
Termologia e Mecânica ao mesmo tempo na 1ª série do Ensino médio. Tal abordagem
justifica-se porque em termo de processo histórico o aluno estuda a física do século XVII,
quando eclode a Revolução Industrial e desenvolvimento da maquina a vapor, quando a
mecânica e a termologia, naturalmente, se uniram.
Algo semelhante deve ocorrer na 2ª série, com os conteúdos de
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eletromagnetismo, ondas e ótica, que devem ser estudados de forma integrada, pois do
ponto de vista histórico, os trabalhos de Maxwell e Hertz, que resultaram na descoberta
de que a luz (ótica) é uma onda eletromagnética, têm repercussão.
• Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,
sistematizar. Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza,
compreender o conceito de medir, fazer hipóteses, testar;
Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e
procedimentos tecnológicos (descobrir o “como funciona” de aparelhos, etc.);
Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber
científico.
Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua e historia e
relações com o contexto cultural, social, político e econômico;
Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução
dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento
cientifica;
Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvem.
Finalizando este bloco que discorre acerca dos Projetos Pedagógicos específicos
para cada uma das disciplinas, é importante observar que o professor não deve limitar-se
a ensinar, orientar sobre como organizar e lidar com o material de estudo. Ele deve,
também, fazer um diagnostico do conhecimento prévio do aluno, trocar experiências e
contribuir com sua maturidade para uma continuação no processo de construção de
novos conhecimentos. Fazendo este tipo de trabalho com temas interessantes, o
professor estará incentivando a autoconfiança em seus alunos, desenvolvendo a tomada
de atitudes conscientes e a expressão de opiniões.
5.10.11 O ensino de Inglês e a abordagem interdisciplinar
O ensino da língua inglesa deverá priorizar textos que envolvam assuntos
tratados em outras disciplinas, tais como: História, Geografia, etc., além de envolver um
trabalho comparativo com aspectos da Língua Portuguesa (diferenças e semelhanças nos
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aspectos gramaticais, expressões idiomáticas ou gírias e seus equivalentes em
português, etc.).
5.10.12 Estrangeira Moderna – Espanhol
Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do
ensino de LE no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela seletividade,
tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua
estrangeira consolidou – se historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o
interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o ensino
de LE possa ter um papel democratizante das oportunidades e um instrumento de
educação que auxilie ao aluno como sujeito e construa seu processo de aprendizagem.
Ao contrário de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar suporte aos
educandos sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira Moderna
norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da
leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à
construção do conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho
para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já
existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a
oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto,
instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno
passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o
seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer
vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir outra
cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.
O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o acesso a
ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e
diferentes.
Possibilita análise de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de construir
sentidos do mundo, construir significados para entender e estabelecer uma nova
realidade e compreender as diversidades linguísticas e culturais que influenciarão de
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forma positiva no aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua
socialmente.
5.11 Estágio não-obrigatório
Na organização do estágio não obrigatório cabe a Equipe Pedagógica organizar
formas de acompanhar o aluno participante, entre elas: solicitar relatório de atividades
desenvolvidas semestralmente, disponibilizando a empresa o calendário de avaliações e
informações que favoreçam o desenvolvimento do aluno no trabalho. Cabe a direção
escolar assinar o termo de convênio entre a empresa e o Colégio. Esta ação será
executada quando ocorrer tal oportunidade aos alunos, cumprindo com a Lei nº
11.788/08.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 122 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se observa pela estruturação deste projeto, o desenvolvimento das ações
pedagógicas no Colégio Estadual José Elias se dá em consonância com o que prevê a
legislação vigente: LDB 9394/96, e com as diretrizes estabelecidas pelo Governo do
Estado do Paraná para a Escola Pública, operacionalizadas com base nos pressupostos
político-filosóficos da Escola do Campo.
A região atendida pela instituição é limitada em termos de desenvolvimento
econômico e social, contudo, o perfil da clientela atendida se opõe a tendência de seus
avós e pais: os alunos têm grandes interesse em interagir com os recursos da tecnologia
e da informática, na sua atualização acerca do que acontece no mundo cientifico, na
economia e na política mundial.
E o desafio, que orienta o encaminhamento deste PPP, é proporcionar uma
educação de qualidade que garanta a esses alunos, meios para suplantar suas eventuais
dificuldades e competência para interagir com os outros centros em iguais condições de
conhecimento.
O grande diferencial desta escola, para outras que atende comunidades rurais,
sob o ponto de vista da equipe Diretiva, reside no fato de que os alunos desejam o
desenvolvimento de seu território e almejam dar prosseguimento na sua formação
profissional para trazerem novas e melhores condições de vida para os seus, sem ter que
sair do campo em busca de oportunidades nos grandes centros. São jovens que
reconhecem o valor da atividade rural-agrícola como fundamental para o sustento da
população e como fonte de renda a curto, médio e longo prazo.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 123 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
REFERÊNCIAS
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Cortez. 2001.
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Campo. Cidade: Editora, ano
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SAVIANI, Demerval. Educação: do censo comum à consciência filosófica. Cidade:
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TOLKMITT, Valda Marcelino. Educação Física: Numa concepção Sócio-
interacionalista. Curitiba: Módulo, 1996.
TYLER, Ralph. Princípios Básicos de Currículo e Ensino. Porto Alegre: Globo, 1974.
VYGOTSKY, L S. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
__________, Pensamento e Linguagem. São Paulo; Martins Fontes, 1993.
ANEXO 1 – Cultura Afro-Brasileira e Indígena
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora / Marlene Cainelli. Ensinar História - (Pensamento e Ação
no magistério) São Paulo: Scipione, 2004.
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ANEXOS
Anexo 1 – Cultura Afro.
JUSTIFICATIVA
A lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, estabelece a inclusão na proposta
Curricular: História e Cultura Afro-Brasileira, nas disciplinas de História, Literatura,
Geografia, Português e Artes.
Cabe aos educadores inserirem nas suas práticas pedagógicas, projetos de
combate ao preconceito racial, oportunizando atividades, debates e esclarecendo a
igualdade de oportunidades que todos devem ter e valorizar a Cultura Afro – Brasileira e
Indígena, pois o Brasil é um país pluricultural.
OBJETIVOS
conhecer a cultura Afro – Brasileira e Indígena;
Valorizar a história dos povos africanos e indígenas e seus costumes na formação
da cultura brasileira;
Observar os efeitos da escravidão que perduram ainda hoje após a abolição:
marginalização dos negros no mercado de trabalho e nas péssimas condições de
vida.
ATIVIDADES
Leitura e debate dos textos sobre História e Cultura Afro – Brasileira, preconceitos
raciais, história dos Quilombos e Aleijadinho.
Comemorações sobre as datas:
21 de março: dia internacional de luta pela eliminação da discriminação racial.
13 de maio: libertação dos escravos.
22 de agosto: dia do folclore.
20 de novembro: consciência negra.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 126 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
Confecção de painéis, cartazes sobre os episódios da história do Brasil,
destacando a atuação dos negros em áreas do conhecimento: Zumbi dos Palmares,
Aleijadinho, Castro Alves.
Danças folclóricas, origem indígena e africana; dramatizações, jograis; análise de
filmes referentes a Cultura Afro – Brasileira no Brasil, documentários sobre negros e
indígenas; pesquisa sobre as contribuições africanas para a cultura brasileira como:
danças, comidas, vocabulários, religião, etc...
DISCIPLINAS
• História
• Artes
ANEXO 2 – O Candomblé e o Uso das Plantas
JUSTIFICATIVA
Faz-se necessária a introdução da cultura Afro-Brasileira no cotidiano dos alunos.
Variedades de plantas usadas no Brasil são de origens africanas e foram introduzidas
através dos negros vindos da África. A contribuição dos povos africanos à cultura
brasileira é imensa, isso pode ser notado nas mais diversas áreas incluindo a culinária e a
medicina, onde o uso e o conhecimento das plantas se faz necessário até os dias de hoje.
OBJETIVOS
Resgatar o valor da cultura no Brasil.
Salientar a importância do negro na construção do país.
Promover a igualdade entre os povos.
Restituir a dignidade do negro na sociedade.
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METODOLOGIA E RECURSOS
• Pesquisa de campo, revistas, livros, jornais, internet e vídeos.
ANEXO 3 – Inclusão Social
JUSTIFICATIVA
A finalidade é contribuir na minoração da exclusão e incentivar a participação dos
alunos, principalmente os mais carentes, em contextos sociais diversificados, para que
esses possam usufruir os bens e dos direitos de todos os cidadãos, subsidiando-lhes
elementos para reflexão e ação, desenvolvimento do espírito crítico e conscientização
acerca da importância do exercício da democracia e do trabalho coletivo na construção de
uma sociedade justa e igualitária.
OBJETIVOS
• Promover a inclusão social da comunidade escolar.
• Conscientizar o aluno acerca da importância das relações humanas.
• Enfatizar direitos e deveres dos cidadãos.
• Valorizar o multiculturalismo.
METODOLOGIA E RECURSOS
Pesquisa de campo; revistas, livros, jornais, internet e vídeos.
ANEXO 4 – Educação Ambiental
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JUSTIFICATIVA
A aprendizagem ativa é um componente vital para os programas de educação
ambiental, pois oferece motivos para os alunos se reconhecerem como parte integrante
do meio em que vivem, esclarecendo as relações de interdependência, desenvolvendo as
atividades de comunicação afetiva e pensando em alternativas para soluções dos
problemas ambientais.
OBJETIVOS
Sensibilizar o aluno para as questões ambientais: processo de alerta considerado
como primeiro objetivo para alcançar o pensamento sistêmico da educação ambiental;
propiciar ao aluno oportunidade de compreender a realidade de seu entorno social e
natural: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem o sistema natural.
sensibilizar o aluno para a responsabilidade ambiental: reconhecimento do ser humano
como principal protagonista para determinar e garantir a manutenção do planeta; ensejar
o desenvolvimento da competência ambiental: capacidade de avaliar e agir efetivamente
no sistema; despertar no aluno valores relacionados à cidadania ambiental: capacidade
de participar ativamente resgatando os direitos e promovendo uma nova ética capaz de
conciliar a natureza e a sociedade.
RECURSOS
Revistas, livros, jornais, internet e vídeos.
Pesquisa de campo.
DISCIPLINAS:
• Ciências
• Biologia
• Química
• Ciências e pesquisas
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Anexo 5 – Intervalo Direcionado-Aprendendo a Cuidar da Escola
Projeto voltado à educação e socialização dos alunos do Colégio estadual José
Elias, apresentado, em caráter experimental, para desenvolvimento junto aos alunos da
tarde (5ª a 8ª séries).
PROBLEMA
A falta de oportunidade para recreação, prática de esportes e diversão na
localidade de Açungui faz com que os alunos do Colégio Estadual José Elias se mostrem
agitados, principalmente nos horários de intervalo, tendo em vista a necessidade de
movimento e expressão, típica da adolescência.
O recreio é marcado por algazarras e correria pelos pátios, o que provoca uma
euforia generalizada entre os alunos. Esse clima se mantém mesmo depois do retorno a
sala de aula e, em geral, é preciso alguns minutos para que o professor possa retomar o
controle da turma.
FINALIDADE
Despertar os alunos para sua responsabilidade na preservação do patrimônio
escolar, ao passo que introduz ações que visam disciplina - los, tornando o ambiente
escolar mais agradável para todos.
JUSTIFICATIVA
Com a adoção de práticas que valorizam a responsabilidade, o senso de
pertencimento e a cidadania, a comunidade escolar estará proporcionando aos alunos a
oportunidade de saírem da condição de coadjuvantes passando a protagonistas, tornando
o ambiente mais agradável para todos.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS ENSINO FUNDAMENTAL E M ÉDIO 130 AÇUNGUI – RIO BRAN CO DO SUL – PARAN Á
OBJETIVOS
Objetivos Geral
Promover uma mudança de hábitos e comportamento entre os alunos,
direcionando-os para novas formas de ser, viver e relacionar-se consigo, com os demais
e com o meio.
Objetivos específicos
Direcionar as ações dos alunos durante o intervalo;
Oportunizar aos alunos o exercício da responsabilidade;
Favorecer a construção da disciplina;
Estreitar a comunicação entre alunos e professores;
Valorizar a participação do aluno no processo educativo.
METODOLOGIA
O projeto terá seu momento de institucionalização, com a apresentação do
conteúdo à direção da escola e aos professores, de forma a inteirá-los das mudanças
propostas.
Com a direção, serão definidos os aspectos administrativos envolvidos e a
autorização para aquisição dos “jalecos” para os monitores (adiante explicitados).
Já com os professores será necessário um trabalho de conscientização e
sensibilização para a finalidade do projeto. Cópias deste documento serão
disponibilizadas para afixação na Sala dos Professores e na secretaria do colégio, de
forma que todos tomem conhecimento dos seus objetivos e das ações previstas. E, para
manter esses objetivos em evidencia, serão realizadas conversações sistemáticas com o
corpo docente, sendo a primeira já no Encontro Pedagógico agendado no inicio do
segundo semestre. – momento em que serão tratados os assuntos relacionados com o
projeto, como por exemplo, a necessidade de liberação dos Monitores escalados, 5
minutos antes do intervalo, para que esses possam lanchar e ir ao banheiro.
De forma prática, o projeto será desenvolvido a partir do mês de março/2010. Em
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caráter experimental e envolverá apenas as turmas de 5ª a 8ª séries.
Assim, na primeira semana de agosto, os alunos, serão informados do
desenvolvimento do projeto, na forma de conversação feita em cada uma das turmas,
momento em que serão escolhidos os primeiros monitores: sendo que os critérios para
participação, ingresso, permanência, revezamento e período de atuação na equipe de
monitores, deverão atender às recomendações Básicas abaixo explicitadas.
No que se refere à operacionalização desse projeto – o inicio se dará na segunda
semana de agosto e serão necessárias algumas adequações físicas e de procedimentos
para as merendeiras, a saber:
Anexo 5 – Dia dos Pais na Escola
METODOLOGIA
Corpo docente, Direção e demais envolvidos na escola, traçarão estratégias para
o dia letivo dos pais na escola.
A equipe pedagógica deverá montar um horário diferenciado para o dia, com o
objetivo de que todos os professores que tenham aula no dia se revezem nas salas, onde
estarão os pais.
O presente projeto visa além de dialogar com os pais sobre o rendimento escolar,
também a oportunidade de conhecer a família do aluno.
No que se refere à operacionalização do projeto, os professores não deverão as
notas aos alunos e no dia D, estar com os boletins em mãos.
A acolhida aos pais e dinâmicas, fica a critério de cada professor.
O professor deverá proceder normalmente com chamada onde os pais
responderão pelos filhos;
Os alunos deverão ser conscientizados antecipadamente do dia letivo;
Os pais deverão lanchar na escola, de preferência um lanche diferenciado,
preparado pelas merendeiras;
Todas estas estratégias visam resgatar os pais para que se sintam motivados
para retornar para os próximos encontros.
Rio Branco do Sul, 05 de abril de 2011.