PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · 2012. 2. 10. · de expansão e desenvolvimento para a juventude...

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               COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS  - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO              1 AÇUNGUI – RIO BRANCO DO SUL – PARANÁ  AREA METROPOLITANA NORTE PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO RIO BRANCO DO SUL 2011

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AREA METROPOLITANA NORTE

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

RIO BRANCO DO SUL

2011

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 04

2 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................ 05

3 MARCO SITUACIONAL ..................................................................................... 06

3.1 PERFIL DA DA COMUNIDADE ATENDIDA PELO COLÉGIO ....................... 06

3.2 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES ................................................... 07

3.3 QUADRO PESSOAL ....................................................................................... 09

3.4 ABRANGÊNCIA ............................................................................................... 11

3.5 CAPACIDADE FACE A DEMANDA ................................................................ 13

3.6 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS SERVIDORES ........................ 14

3.7 EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 15

3.8 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE .............................................................. 16

3.9 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS ................................................ 17

3.10 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM .................................................. 17

3.11 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS (DEVOLUTIVA)

................................................................................................................................ 23

3.12 REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA ................................................................. 24

3.13 CONSELHO DE CLASSE ............................................................................. 25

3.14 PRÓJETOS PEDAGÓGICOS ....................................................................... 26

4 MARCO CONCEITUAL ...................................................................................... 27

4.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS-CONCEPÇÕES NORTEADORAS .......... 28

4.2 REPENSAR A ORGANIZAÇÃO DOS SABERES ESCOLARES .................... 35

4.3 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ............................. 36

4.4 PRÍNCIPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA NO ESTADO .......... 37

4.5 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL DOS PROFISSIONAIS .............. 39

4.6 TRABALHO COLETIVO .................................................................................. 50

5 MARCO OPERACIONAL ................................................................................... 52

5.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

................................................................................................................................ 53

5.2 TIPOS DE GESTÃO ........................................................................................ 62

5.3 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO

................................................................................................................................ 70

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5.4 CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................................... 72

5.5 ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVO ................... 72

5.6 ORGANIZAÇÃO DO CURRICULO ................................................................. 73

5.7 ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ ................................................ 74

5.8 CONCEPÇÃO E DIRETRIZES GERAIS DE AVALIAÇÃO ............................. 75

5.9 ESTRATÉGIAS PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE . 80

5.10 ACOMPANHAMENTO-AVALIAÇÃO DO PPP .............................................. 83

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 122

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 123

ANEXOS ................................................................................................................ 125

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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS

Ensino Fundamental e Médio

1 APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico visa sintetizar as diretrizes de trabalho do

Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamenta e Médio, que se caracteriza como

Escola do Campo, dado que se localiza a cerca de 40 km da sede de Rio Branco do Sul,

na localidade de Açungui, em plena área rural e atende diversas comunidades menores

que estão no seu entorno.

O desafio desta instituição é desenvolver uma proposta de trabalho que permita

ao aluno integrar-se ao contexto tecnológico e científico da sociedade globalizada e a

partir desse conhecimento, interferir de forma construtiva, critica e preservacionista em

sua realidade, sem alterar os traços das culturas locais e sem desvirtuar a realidade da

vida no campo, reconhecendo-a como indispensável para o desenvolvimento sustentável

rural e urbano.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

2.1 NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamental e Médio

2.2 ENDEREÇO

Zona Rural

Localidade: Açungui

Rio Branco do Sul – PR CEP – 83.545-970

Telefone: (41) 3652-1078 (Publico)

E-mail: [email protected]

Site: rbljoselias.seed.pr.gov.br

2.3 ENTIDADE MANTENEDORA

Secretaria do Estado da Educação

Município: Código: 2240

NRE A.M. Norte / Código: 01363

2.4 ATO DO RECONHECIMENTO DO COLÉGIO

Autorização de Funcionamento do Colégio, Resolução nº 886/91, publicado no

D.O.E. De 20 de Março de 1991.

Resolução de Funcionamento Ensino Médio: nº 592/02, publicado no D.O.E. 23 de

Abril de 2002.

Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 1141/03, publicado no D.O.E

23/05/2003.

Parecer no NREAM-Norte de Aprovação do Regimento Escolar: Ato Administrativo

nº 402/2002, e parecer nº 140/2002.

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2.4 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamental e Médio está situado na

localidade do Açungui, município de Rio Branco do Sul.

A comunidade em que está inserida é essencialmente rural, tendo como principal

atividade produtiva econômica a agricultura e a pecuária e fica localizada a 40 km da zona

urbana deste município. Sua clientela provém das diversas localidades existentes na

região na sua grande maioria esses alunos cursam de 1ª a 4ª série do Ensino

Fundamental em Escolas rurais municipais em séries multisseriadas.

Após o término de 1ª a 4ª série esses alunos enfrentavam o problema não dar

continuidade aos estudos ou, os que tinham condições, deixava a zona rural em busca de

dar continuidade aos seus estudos.

Com a Implantação do Ensino Médio, sanou-se esse problema, garantindo a tão

importante permanência do homem do campo e com expectativa de uma melhor

qualidade de vida.

Hoje nosso Colégio funciona em três turnos e conta com aproximadamente 624

alunos, sendo 122 alunos no turno da manhã, 297 no turno da tarde e 208 alunos no turno

da noite, atendendo alunos de baixa renda que sobrevivem basicamente da agricultura

familiar. A chegada a escola é realizada através do transporte escolar pois a maior parte

dos alunos residem em localidades afastadas do Colégio.

3 - MARCO SITUACIONAL

3.1 PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA PELO COLÉGIO

O vinculo entre a sociedade desenvolvida e os jovens vindos das comunidades

rurais que integram o núcleo educacional do Açungui, é feito pelo Colégio Estadual José

Elias, que, a rigor, tem em sua clientela preferencial: crianças, jovens e adultos oriundos

de famílias de baixo poder aquisitivo que tiram seu sustento da lida da terra, o que

caracteriza esta instituição como uma escola do campo.

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3.2 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES

As comunidades atendidas pelo colégio Estadual José Elias compreendem nas

localidades de Açungui, Jacaré, Ribeirinha, Corriolinha, Poço Bonito, Ribeira dos Costa,

Taquaral, Areias do Rosário, Bromado e Pinta, tradicionalmente voltadas ao trabalho

agrícola (agricultura familiar e subsistência), em propriedade de médio e pequeno porte.

Sendo comunidade de área rural, cujo centro de referencia é a localidade de Açungui –

distante cerca de 40 km da sede de Rio Branco do Sul, estão presente no dia-a-dia da

região dificuldades relacionadas à infraestrutura deficiente.

Há carência na oferta de transporte com maior frequência e de melhor qualidade

para o usuário, além da necessidade de intensificar os trabalhos de conservação das

estradas principais e vicinais que interligam as localidades limítrofes e a sede do

município.

Também há ausência de serviço de telefonia (fixa ou celular) e o atendimento

médico e odontológico limitados aos horários de funcionamento do posto de saúde

(regime comercial: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira).

Por outro lado, o desenvolvimento sócio econômico também esta limitado. Não

existe indústrias instalada na região e o comercio é pequeno, restrito a alguns armazéns

(pequenos mercados que vendem desde gêneros alimentícios a produtos agropecuários);

de forma que a oferta de emprego é limitada e esse contexto não apresenta possibilidades

de expansão e desenvolvimento para a juventude local, que – em sua maioria – apresenta

perfil de grande interesse pela educação, conhecimento e profissionalização, contrapondo

-se a tendência local de pouca escolaridade por parte de pais avós.

Esse horizonte diferenciado que os jovens da área rural almejam, precisa ser

considerado no planejamento, nos investimentos e nas ações de responsabilidade das

autoridades locais, como foram de assegurar condições de oportunidades de

desenvolvimento social a todos os jovens do município, onde quer que elas estejam.

A região do Açungui já teve uma sub-sede da Prefeitura Municipal de Rio Branco

do Sul, mas esse modelo administrativo não foi repetido nas gestões que se seguiram e

as comunidades no entorno sofrem com descaso e com a desatenção por parte das

autoridades que, na verdade, concentram-se em seus próprios interesses.

A religiosidade está presente na sociedade, polarizada entre Católicos e

Evangélicos, sendo este em número maior. Não há local para lazer ou recreação, nem

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espaços culturais institucionalizados onde a comunidade possa usufruir a arte e a cultura.

Neste sentido o Colégio Estadual José Elias, localizado em Açungui a maior das

localidades da região – procura oportunizar essas comunidades momentos de interação

com as atividades culturais desenvolvidas pelos alunos/professores ou trazidas pela

escola. (Exemplos: gincanas, oficinas de trabalhos artesanais, festas típicas da

região, festival de talentos (envolvendo apresentações de música, poesia, etc.).

Poderão ser realizadas durante o período da “Semana Cultural”

Não há oferta de educação não formal, sendo que as iniciativas se limitam à

atuação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, do Governo Federal (PETI),

que procura encampar em suas ações as famílias das crianças atendidas, de forma a

proporcionar-lhes alguma capacitação e garantir-lhes condições de sustentabilidade. -

favorecendo o desenvolvimento de habilidades específicas, como: motricidade fina e

ampla, atenção, raciocínio lógico, etc., de forma a preparar o aluno não só para o

aprendizado acadêmico formal, mas para outras atividades da vida diária.

Pretendesse também promover encontros com profissionais ligados a áreas de

interesse da zona rural (como: agrônomos, veterinários, pecuaristas, etc.), e estimular

pesquisas nessas áreas, incluindo as famílias dos alunos.

O laboratório de informática da escola comporta apenas os alunos matriculados e

em regime de escola, para atender a todos, de forma que ainda não é possível estender

esse serviço para a comunidade, e não há região , escola de computação ou outra

capacitação que viabilize a população local melhores condições de competitividade no

mercado de trabalho formal na própria sede do município vizinhos.

A rigor, ainda não existe na comunidade, presença de instituições externas que

intervêm ou interferem na comunidade de forma significativa, o que detona a necessidade

de um novo olhar político-administrativo (em todos os níveis de governo), para as

comunidades de áreas rurais.

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3.3 QUADRO DE PESSOAL

3.3.1 Equipe Diretiva

Nome Função Formação

Renato Geffer Direção Matemática

Wilson Fabiano Moura Vice-Diretor Educação Física

Derci Costa Bomfim Pedagoga Pedagogia /Geografia

Izolete Wendrechovski Costa Pedagoga Pedagogia

3.3.2 Professores

Nome Função Formação

Adair Turin de Miranda Professor Matemática

Adriana Cristina Freitas Professora Matemática

Alessandro Wanderley Bach Professor Educação Física

Ari Costa Professor Biologia

Arilda Bonfim Carneiro Professora História

Carlos Eduardo Porfirio Professor Matemática

Celiane Formes Dalazuana Professora Matemática

Daniele Bedin Bueno Professora Comercio Exterior Letras Espanhol Português ( cursando )

Danieli Ribeiro Professora Matemática

Danusa Bedin Professora Comercio Exterior Letras Espanhol/ Português ( cursando)

Derci Costa Bomfim Professora Geografia/ Pedagogia

Diogine de Assis Carneiro Professor História

Edenilson Pereira de Santana Professor Educação Física

Emilene de Faria Professora Comunicação Social

Eliane do Rocio Johnsson Professora Letras/Inglês

Elisete Stocchero Wendrechovski Professora Matemática

Etelvino Cavalcanti Neto Professor Química

Fernanda Bittencourt de Goes Professora Letras

Isis Gonçalves Botelho Antoniacomi Professora Geografia

Giovana Cavalli Professora Fisioterapia

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Josias Cordeiro Professor Matemática

Liliane Geffer Professora Geografia

Lucimara Cordeiro da Silva Professora Letras

Maria Helena Costa Professora Ciências Biológicas

Marli Terezinha Rocha Professora Letras

Nabson Bonfim Carneiro Professor História

Neuza Terezinha Romano Professora Geografia

Paula Danielle Pedroso Ferreira Professora Artes

Sandra Mara Slitingg de Faria Professora Português/ Inglês

Sirlene Aparecida Carneiro Professora História

Sirlene Martins Coimbra Scheneider Professora Artes

3.3.3 Demais Funcionários

Funcionários Função Formação

Adjair Machado dos Santos Agente de Apoio Ens. Médio

Elizabete de Souza Machado Agente de Apoio Ensino Fundamental

Emerson Luciano Tec. Administrativo Ens. Sup.

Euza Antonia Fonseca Agente de Apoio Ensino Fund. Incomp.

Evanilde Stresser Tec. Administrativo Magist. Sup.

Hélida Vanessa O. Rutes de Castro Secretária Magist. Sup.

Iraide de Bonfim Faria Agente de Apoio Ensino Fundamental

Ivonete Apª Santos Scheneider Agente de Apoio Ensino Fund. Incomp.

Janete Faria Abrão Agente de Apoio Ens. Médio

Nadir Portes de Barros Agente de Apoio Ensino Fundamental

Nazira Geffer Abrão Martins Agente de Apoio Ensino Fundamental

Ronilda Abrão de Meira Agente de Apoio Ens. Médio

Rosa Ferreira Rutes Agente de Apoio Ensino Fundamental

Rosilda de Bonfim Machado Tec. Administrativo Ens. Médio

Samuel Stresser Agente de Apoio Ens. Médio

Sara Martinson Stresser Agente de Apoio Ens. Fundamental

Sezelda Faria Abrão Agente de Apoio Ensino Fund. Incomp.

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3.4 ABRANGÊNCIA

3.4.1 Ensino Fundamental

Diurno

Matutino: 4 turmas assim distribuídas

5ªA 6ªA 7ªA 8ªA

Vespertino: 10 (dez) turmas assim distribuídas

5ªA 5ªB 5ªC

6ªA 6ªB 6ªC

7ªA 7ªB

8ªA 8ªB

3.4.2 Ensino Médio

Noturno: 7(sete) turmas assim distribuídas:

1ªA 1ºB 1ºC 2ªA 2ªB 3ºA 3ºB

3.4.3 Grade Disciplinar

As Grades curriculares do Ensino Fundamental e do Ensino Médio seguem as

determinações da SEED, conforme demonstrado na sequência:

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3.4.3.1 Ensino Fundamental

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª SÉRIE

NRE: - ÁREA METROPOLITANA NORTE MUNICÍPIO: RIO BRANCO DO SUL

ESTABELECIMENTO:

COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ELIAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 5/8 SÉRIE TURNO: DIURNO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANA

BASE

NACIONAL

COMUM

5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

Ciências 3 3 3 3

Arte 2 2 2 2

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso * 1 1 0 0

Geografia 4 4 4 4

História 4 4 4 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB- TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

Inglês 2 2 2 2

SUB - TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

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3..4.3.2 Ensino Médio

NRE: (02) – ÁREA METROPOLITANA NORTE MUNICÍPIO: 2240 – RIO BRANCO DO SUL

ESTABELECIMENTO: 01363 – JOSÉ ELIAS, C E – FUND MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS /SÉRIE 1º 2º 3º

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTORIA

LINGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

2

2

2

2

0

2

2

3

4

2

2

2

0

2

2

2

2

3

4

4

0

2

0

2

2

2

2

2

2

3

4

2

2

SUB-TOTAL 23 23 23

PD

L.E.M. - INGLES *

L.E.M. - ESPANHOL

0

2

0

2

0

2

SUB-TOTAL 25 25 25

TOTAL GERAL 25 25 25

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3.5 CAPACIDADE FACE A DEMANDA

As instalações da escola e seus recursos não atendem a demanda local, a oferta

de salas é inferior à necessidade atual do Colégio.

3.6 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS SERVIDORES

A missão da Escola que atende comunidades rurais está para além daquelas

atribuições das escolas localizadas na área rural urbana. Isso porque, nesses centros

mais desenvolvidos, os educandos estão inseridos no contexto tecnológico e

informatizado presente no seu dia-a-dia, de forma que o nível de esclarecimento é maior

em função das inúmeras interações decorrentes das características culturais do seu grupo

familiar. O que já não acontece nos núcleos educacionais rurais, onde as interações com

os grandes centros e seus recursos de faz de maneira mais esporádica e descontinuada.

Ao professor que atende essa clientela advinda de comunidades rurais, além da

formação mínima obrigatória prevista na legislação pertinente, compete ainda articular

seus conhecimentos e sua prática pedagógica para despertar nesses alunos o desejo de

transpor os limites circunstanciais de desenvolvimento a que estão submetidos,

instigando-lhes o gosto pelo aprender, o interesse pela atualização constante.

No Colégio Estadual José Elias, é consenso entre diretores e professores, a

importância de diminuir a distância entre a realidade de sociedade dinâmica,

informatizada, tecnológica e competitiva e a realidade de carências e de ausências de

infraestrutura com a qual convivem esses jovens no seu dia - a- dia.

Por essa razão, a equipe diretiva empenha-se na reciclagem da prática

educacional, desenvolvida de forma coletiva, compreendendo um exame critico e

cuidadoso do papel da educação e da prática especifica no projeto social e político mais

abrangente.

O incentivo à reflexão subsidiando a prática pedagógica e sobre a própria prática

é fator fundamental e presente em todas as discussões e sua exigência enseja a

necessidade de continuidade da formação.

A rigor, a formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva

crítica – reflexiva que possibilite a busca de um investimento pessoal, livre e criativo e

uma identidade profissional. Esta formação não se faz somente por acumulações teóricas

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adquiridas em curso, mas também por interações pessoais e troca de experiências

partilhadas entre os próprios docentes.

Grupo de estudo onde os professores se reúnem mensalmente, com o objetivo de

atualizar os conhecimentos, e viabilizar a troca de experiências pedagógicas, e implantar

experiências inovadoras que possibilitem a consolidação de projetos interdisciplinares, por

outro lado, a capacitação profissional dos professores é uma pratica que vem sendo

incentivada neste Colégio: cursos internos e externos, atualização profissional,

participação em congressos e seminários vem sendo oportunizado pela SEED, com

resposta cada vez mais positivas no que diz respeito à adesão de nossos profissionais.

Além disso, o próprio professor vem buscando por intermédio do ensino superior, maior

atualização e especialização.

3.7 EQUIPAMENTOS

O Colégio Estadual José Elias possui os seguintes equipamentos para suporte à

ação pedagógica:

01 Mimeografo;

04 Aparelho de DVD;

03 impressoras multifuncional;

01 guilhotina;

02 câmeras digital;

01 mesa ping-pong;

1 mesa de pebolim;

22 ventiladores para as salas de aula;

01 Torso humano;

1 esqueleto (85 cm);

34 computadores;

4 impressoras;

1 Retroprojetor;

1 Aparelho de Multimídia;

1 Tela de Projeção;

1 Notebook;

1 Caixa de Som Amplificada;

1 Amplificador, com 12 caixas de som ambiente;

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12 Tv Pendrive;

Mapa Geográfico;

Globo Geográfico;

Atlas Geográfico.

4 Radio Gravador.

E, para dar suporte às necessidades dos professores em sua prática pedagógica

e visando melhorar a oferta de recursos materiais para elevar a qualidade do ensino

oferecido aos alunos, a escola precisa ainda, dos seguintes equipamentos:

Quadro Branco;

Gravador de Áudio;

Gravador de CD/ DVD;

3.8 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

3.8.1 Associação de pais, Mestre e Funcionários (APMF)

A APMF reúne - se mensalmente ou em caráter extraordinário quando houver

necessidade.

3.8.2 Conselho Escolar

Os encontros do conselho Escolar se dão a cada bimestre ou caráter

extraordinário sempre que houver necessidade.

3.8.3 Conselho Tutelar

Em geral, casos de indisciplina são resolvidos na própria Escola, com o auxilio da

Orientação e do Conselho Escolar.

Até então não há registros de situações graves envolvendo alunos da instituição,

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contudo, há um acordo com o Conselho Tutelar para contar com esse suporte em caso

de necessidade.

3.8.4 Reunião com Pais

O encontro com os pais, coordenado pela Direção do Colégio, acontece bimestral

ou sempre que houver necessidade de resolver assuntos referentes ao comportamento,

notas, metodologia que os professores aplicam, comentários referentes ao andamento da

escola, métodos de avaliação, entre outros. Há espaço para que os professores possam

relatar os resultados de cada bimestre, cobrar itens indispensáveis como: higiene,

material escolar, entre outros.

3.9 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

O Colégio Estadual José Elias, é uma escola de porte médio/grande, e atende,

hoje, 623 alunos, distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite.

O critério para organização das turmas se dá pela idade dos alunos e pela

adequação de suas atividades(trabalho) com horários das aulas.

3.9.1 Horário das Aulas

O Colégio Estadual José Elias, atende os alunos nos seguintes horários:

• Manhã: das 7:50 às 12:10 horas

• Tarde: das 13:00 às 17:20 horas

• Noite: das 18:00 às 22:10 horas

3.10 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM

Na perspectiva da educação, o ato de avaliar deve estar sempre atrelado ao

compromisso com qualidade dos procedimentos que norteiam o ensino aprendizagem,

onde a base analítica precisa ser constantemente revista, de forma crítica e construtiva,

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pela comunidade escolar, sem temer pelas mudanças que venham a se revelar

necessárias.

A equipe diretiva do Colégio Estadual José Elias, parte do principio que

desenvolvimento é inerente aos seres vivos, assim como a aprendizagem é uma

constante, portanto não se afirma que “o aluno não aprendeu”. Antes sim, pode-se afirmar

que existem dificuldades no seu processo de desenvolvimento, que ela está deficitária ou

aquém das expectativas, motivada, em geral, pelas características do meio social onde o

aluno cresce e passa a interagir.

Por isso os professores são orientados a compreender que é importante

considerar que a avaliação não pode ser estabelecida a partir de um “marco zero”. Há

sempre um conhecimento preexistente sobre o assunto, seja ele exato ou parcial, tendo

em vista, principalmente, que todos os indivíduos têm a habilidade de questionar e

procurar respostas usando a inteligência, ou melhor, todas as inteligências.

Há, pois, o cuidado por parte da direção deste colégio na sensibilização de seu

corpo docente para a compreensão de que o processo de desenvolvimento cognitivo do

indivíduo se faz numa sequência lógica e a qualidade da apropriação do conhecimento,

assim como a velocidade na assimilação e uso dessas competências decorre das

interações com o meio social.

Neste Colégio, efetivamente é dada especial atenção à avaliação, principalmente

porque a clientela atendida deriva de localidades distintas, com comportamentos

diferenciados entre si e embora a maioria esteja adequada em termos de idade/série,

alguns apresentam maturidades diferentes no trato de determinadas questões do que

outros.

É preciso esclarecer, no entanto, que isso não quer um (a) aluno(a) seja mais

inteligente que outros (a), apenas que este(a) aluno(a) pode ter desempenho melhor que

outros numa determinada disciplina.

E, da mesma forma, outro (a) aluno (a) que antes tirava notas abaixo da média,

possa, a partir de um certo momento, demonstrar um índice maior de aproveitamento em

relação às suas próprias notas, mesmo que ainda se mantenha em níveis medianos.

Essa percepção é libertadora e sua aplicação no universo educacional é

altamente positiva, notadamente em instituições onde a evasão escolar é grande em

função da demanda do trabalho rural (agricultura familiar) e da falta de perspectivas

desses jovens para o futuro, dando ao seu despreparo para o mercado de trabalho e

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insegurança face ao nível de competitividade do mercado.

Nessa ótica, é importante que se tire o maior proveito das habilidades individuais,

auxiliando o educando a desenvolver suas capacidades intelectuais, e, para tanto, ao

invés de usar a avaliação apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou reprovar

os alunos, ela deve ser usada para informar os alunos e as alunas sobre a sua

capacidade e informar o professor sobre o quanto esta sendo aprendido, sem perder de

vista que o conhecimento e aprendizagem ocorrem de formas individuais, variando de

aluno para aluno.

Com base nessas diretrizes, a avaliação da aprendizagem se desenvolve nos

níveis Fundamental e Médio neste Colégio, com base instrumentos como o livro registro

de classe, os resultados de aproveitamento expresso em pesquisa, testes e provas

realizadas de forma sistemática.

A opção pelo registro através de notas que serão apontadas no espaço próprio do

livro registro de classe se justifica pelo fato de que as avaliações devem ser contínuas

priorizando sempre a qualidade das mesmas.

No que se refere aos conceitos atribuídos ao aproveitamento dos alunos e suas

efetivas promoções observam-se os seguintes critérios:

Deve ser considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária das séries ou

do período letivo e média anual, igual ou superior a 6,0 (seis) resultante da média

aritmética dos bimestres, nas respectivas disciplinas, como está disposto a seguir:

1 B + 2 B+ 3 B +4 B= 6,0

4

Deve ser considerado reprovado, o aluno que apresenta frequência inferior a 75%

(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária da série ou período letivo,

com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por

cento) e média anual inferior a 6,0 (seis), ao longo da série ou período letivo, deve

ter caso submetido à análise do Conselho de Classe que deve definir pela sua

aprovação ou não.

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3.10 1 Ensino Fundamental

O colégio faz uso de testes através de situações previamente observadas para

verificar se o aluno adquiriu pré-requisitos para a compreensão dos conhecimentos

que virão a seguir;

A avaliação também se fará por meio de pesquisas e trabalhos escritos que

permitam ao aluno a construção própria do seu conhecimento sendo, avaliada

também a apresentação oral pelos alunos, dos conhecimentos adquiridos através

da pesquisa;

O relacionamento professor-aluno, aluno/ aluno e o respeito com a comunidade

escolar como a auto-avaliação, serão consideradas relevantes pois proporciona

uma reflexão mais profunda sobre o sujeito da aprendizagem e o novo saber.

Além dos principais êxitos também serão considerados os possíveis fracasso

quando os pontos positivos serão aproveitados e fornecidos informações para

aumentar a competência do planejamento e tomada de decisões a fim de permitir

que todos possam ver o sucesso do trabalho;

O colégio expressa a nota de forma numérica e está numa constante busca de um

processo mais eficaz que permita uma avaliação compatível com o pensamento

pedagógico.

3.10.2 Ensino Médio

Nesta etapa do crescimento (adolescência e pré – adolescência) devamos

considerar as características físicas, emocionais, em constante mudança, para que a

avaliação seja o mais eficaz possível.

A criatividade deve ser desenvolvida em todos os aspectos para que suas ideias

sejam validas de maneira progressiva e qualitativa, canalizando para que seja uma

pessoa atuante e capaz de tomar decisões de tomar decisões rápidas.

A educação além de favorecer a construção do conhecimento e da interação

social, também deve preparar o aluno para o vestibular e o mercado de trabalho. Para

tanto o papel da escola deve ser o de criar condições para o desenvolvimento de

aptidões para que no futuro o aluno consiga se adequar ao mercado de trabalho com

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mais facilidade, uma vez que este exige um profissional com capacidades de desenvolver

seu trabalho com eficiência.

Assim sendo, a avaliação, num aspecto sequencial ao que se aplica ao Ensino

Fundamental e Médio também é feita por meio de seminários, workshops,

apresentações, feitas e todos os tipos de atividades que oportunizem a aplicação de

aprendizagem num contexto mais dinâmico e atraente para a fase de transição em que

se encontram.

As situações de desafios favorecem este crescimento e ao mesmo tempo

prepara-os para o mercado de trabalho e para a convivência em sociedade.

3.10.3 Proposta Pedagógica da Avaliação Escolar

A avaliação deve verificar como estamos construindo o nosso projeto político-

social, como crítica de percurso, delimitando o grau de cumprimento do projeto educativo.

A rigor, a proposta pedagógica da avaliação escolar tem por finalidade tomar ciência e

amparar o sistema de avaliação e recuperação utilizada, para o bom desempenho e

andamento do estabelecimento e rendimento do aluno. Para isso, estrutura-se nos

seguintes objetivos: conhecimento e prática de todos os professores e equipe pedagógica

de forma a amparar legalmente seus trabalhos e evitar problemas que possam surgir no

decorrer e principalmente, no final do ano letivo.

A avaliação deve ter as qualidades de continuidade, coerência,

compreensibilidade, objetividade, validade e participação ativa do aluno no processo que

tem caráter qualitativo, continuado e cooperativo.

A operacionalização desse processo conta com instrumentos indispensáveis:

Livro Registro de Classe, Folha-Pronto e Livro-Ata, onde são transcritas todas as

ocorrências de carácter significativo para o bom andamento da administração do

estabelecimento de ensino e do trabalho educacional.

3.10.4 Metodologia da Avaliação e Recuperação

A avaliação dos alunos deve possibilitar diagnostico e acompanhamento do seu

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processo de aprendizagem e ao mesmo tempo, para o professor, o diagnostico e a

reorganização do processo de ensino.

Para isso são utilizados como instrumentos avaliados: produções de texto,

trabalhos elaborados individuais e coletivos, sondagem, interpretações orais, provas

escritas, exercícios no caderno do aluno, no quadro de giz com relatórios, entre outros.

O resultado da avaliação é expresso na forma de notas estabelecidas de 0 (zero)

a 10(dez), e o mínimo exigido para cada disciplina, bimestralmente, é 6(seis), sendo que

todas as notas registradas de todas as avaliações do bimestre totalizarão a média

bimestral.

3.10.5 Recuperação Paralela(obrigatória)

Para os alunos que não assimilam os conteúdos proposto, a escola proporciona a

reavaliação dos conteúdos durante as aulas, caracterizando a recuperação paralela de

forma imediata.

As causas de alguns alunos não alcançarem os objetivos proposto podem ser as

mais variadas possíveis: falar de pré-requisito, pouco interesse, problemas sociais ou

pessoais, com esta defasagem o aluno não tem condições de acompanhar a

programação regular. Por isso, há necessidade de atividades especiais para colocá-lo em

condições de seguir regularmente o curso.

Sendo a atividade didática acompanhada por uma avaliação sistemática e

continua, é fácil detectar os problemas que foram surgindo na medida em que se

apresentarem. No momento em que o professor constatar a existência de deficiência de

alguns, ou num grupo, deverá tratar, imediatamente, de recuperar as falhas, para que

estes possam acompanhar normalmente as atividades seguintes. Nisto consiste a

recuperação paralela e imediata, que compreende:

Concentrar mais atenções às dificuldades;

Promover tarefas e estudos individuais;

Organizar e incentivar grupos de estudos;

Atividades extra-classe.

A cada conteúdo trabalhado o aluno é avaliado com notas e prevalecerá sempre a

de maior valor, que vai para o livro registro de classe, após recuperação paralela e

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imediata feita ao aluno.

3.10.6 Recuperação Bimestral.

Mesmo a despeito da sistemática de recuperação paralela, o colégio pode

proporcionar aos alunos a possibilidade de nivelamento dos conhecimentos por meio de

recuperações bimestrais, com revisões de conteúdos tidos pré-requisitos para o

desdobramento das temáticas estudadas, descaracterizado a recuperação pura e simples

dos instrumentos de avaliação, que a rigor é desestimulante, ensejando assim a

socialização dos conhecimentos entre a classe.

3.10.7 Média Anual

O cálculo de média anual será realizado da seguinte forma:

M bimestre 1 + M bimestre 2 + M bimestre 3 + M bimestre 4 = Média Anual

4

3.10.8 Classificação e Reclassificação

Os processos de classificação e de reclassificação seguirá as normas emanadas

da SEED, a legislação vigente e o regimento escolar.

3.11 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS (DEVOLUTIVA)

O colégio adota a sistemática de entrega de boletins dos alunos para seus

responsáveis, como forma de prestar informações e possibilitar o acompanhamento do

desempenho do educando nas várias disciplinas trabalhadas ao longo dos períodos.

Esse repasse de informações se dá durante os encontros com pais/responsáveis,

momento em que eventuais dúvidas são esclarecidas, ocorrem trocas de impressões e

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sugestões entre as partes. A rigor, busca-se nesses momentos, fortalecer os laços entre

pais e mestres, indispensável ao sucesso do processo educativo.

Complementando informações acerca de dinâmica das reuniões de pais, pode-se

observar que além desses encontros previamente estabelecidos, os pais são chamados

sempre que necessário, ou quando há na escola uma programação especial.

Os assuntos a serem abordados no decorrer das reuniões são direcionados pela

direção da escola, sempre destacando: a importância da participação ativa dos pais na

escola, prestação de contas da APMF, desempenho escolar dos alunos e apresentação

dos projetos desenvolvidos pela escola.

Em geral, as famílias participam voluntariamente das atividades da escola.

3.12 REFLEXÃO TEÓRICO – PRÁTICA

Objetivando uma maior orientação da prática pedagógica, são realizadas semanal

e mensalmente, reuniões de professores por área e por segmento, para trocas de

experiências.

Mensalmente, ocorrem conversações pedagógicas, sob a orientação da

coordenação do Colégio e sua Equipe Diretiva. Nesses momentos os professores têm

acesso a textos didáticos publicados e materiais divulgados pela internet; avaliam

experiências positivas realizadas em outros estabelecimentos de ensino debatem

questões de interesse comum, estudam mais detalhamentos determinados conteúdos e

estabelecem projetos em parceria; discutem sobre novas estratégias, metodologias e,

ainda, sobre aperfeiçoamento profissional permanente, progressão funcional baseada na

titulação, qualificação e na competência dos profissionais.

Semanalmente, os professores usufruem de uma carga horária chamada hora-

atividade: quando são organizadas e preparadas as atividades sob orientação de ao

menos um pedagogo.

Ricos para a troca de experiências, esses encontros subsidiam, inclusive, os

temas a serem trabalhados nas Reuniões Pedagógicas.

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3.13 CONSELHO DE CLASSE

O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e de

deliberação em assuntos didático-pedagógicos, com a atuação restrita a cada classe de

estabelecimento de Ensino, portanto existem tantos conselhos quanto ao numero de

turmas da escola. Esse conselho objetiva avaliar o processo-ensino-aprendizagem na

relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso e tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho

do professor na Direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano

curricular;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;

Analisar os resultados de aprendizagem na relação com o desenho da turma,

com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados

de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.

O conselho de classe é constituído pelo Diretor, Diretor - Auxiliar, Pedagogos e

pelos Professores que atuam na mesma classe; sendo que a presidência do Conselho

esta a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento, é substituído pelo Diretor –

Auxiliar ou pelo Pedagogo. O conselho da escola reúne-se bimestralmente ou de acordo

com as necessidades apresentadas. Esses conselhos são orientados pelo corpo diretivo

da escola e contam com a participação de todos os professores que nela atuam cujo

objetivo é avaliar o processo ensino aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

3.13.1 Atribuições do Conselho de Classe

Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem

respondendo a consulta do Diretor e da Equipe Pedagógica;

Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e processos de avaliação que afetem o rendimento escolar;

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Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista

o respeito e cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;

Estabelecer planos variáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o

plano curricular do estabelecimento de ensino;

Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de

adaptação dos alunos transferidos, quanto necessários;

Decidir sobre a aprovação do aluno que, após a apuração dos resultados finais,

não atinjam o mínimo solicitado, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno

até então.

A rigor, as reuniões de conselho de classe são lavradas em ata pelo Secretário

em livro próprio, para registro e divulgação aos interessados.

3.14 PROJETOS PEDAGÓGICOS

O Colégio Estadual José Elias – Ensino Fundamental e Médio, incorporou em

suas atividades pedagógicas a sistemática de Trabalho com Projetos.

Essas propostas preveem o envolvimento de alunos, professores, pais e

comunidade, na realização de ações conjuntas, ensejando a troca de conhecimentos e

visando a ampliação da discussão de questões de interesse da coletividade.

Esse processo construtivo de cunho participativo favorece a reflexão sobre as

ampliações de temáticas – por vezes polêmica e/ou complexas – na realidade local, ao

passo que instiga a comunidade à conscientização acerca da necessária transformação

da sociedade para um nível mais humanizado e saudável para se viver.

Estão em desenvolvimento neste colégio, os seguintes projetos, que são tratados

de forma interdisciplinar:

Educação do Campo:

Disciplinas relacionadas: História, Artes, Português, Ciências, Biologia e

Geografia;

Cultura Afro-Brasileira e Indígena:

Disciplinas relacionadas: História, Artes, Português e Geografia;

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Educação Ambiental:

Disciplinas relacionadas: Ciências, Biologia, Química;

Inclusão Social :

Disciplinas relacionadas: Biologia e Química;

Projeto “Viva a Escola”;

Fera Com Ciência;

Sala de Apoio a Aprendizagem;

“Ler e Pensar” (Gazeta do Povo);

ETEC Brasil - /Curso Profissionalizante;

Candomblé e o Uso da Plantas:

Disciplinas relacionadas: Biologia, Ciências e História.

Intervalo Direcionado – Ensinando a Cuidar da Escola.

4 - MARCO CONCEITUAL (Referencial Teórico)

O Colégio Estadual José Elias tem por objetivo central e norteador de suas ações,

o desenvolvimento das comunidades atendidas, em todos os seus segmentos : a

participação efetiva dos profissionais de educação no processo de sua formação

continuada e no seu empenho pessoal para a elevação de qualidade na mediação

exercida na aprendizagem de seus educandos; e, ainda na oportunizarão de situações de

valorização dos cidadãos.

Esse objetivo compreende o desenvolvimento de professores, funcionários, pais e

alunos num processo construtivo que estende benefícios para todos os indivíduos

inseridos na proposta.

Como resultado dessa proposição e das ações dela decorrentes, está a

edificação de pessoas participativas, consciente, conhecedoras de seus direitos e deveres

para consigo mesmas, com a sociedade e com a felicidade. Deste modo este

estabelecimento de ensino infere-se como uma mola propulsora positiva para o

desenvolvimento das comunidades de sua área de abrangência.

O principal foco desse propósito é o aluno, em seu direito de aprender e

desenvolver-se com liberdade e criatividade, interagindo em sua comunidade de forma

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construtiva e transformadora, ao lado dos seus. Sendo assim, ao término de seu período

escolar e em seu curso, o aluno será capaz de:

Tornar-se sujeito e não objeto de seu processo educativo, formal ou não;

Inteirar-se, analisar, relacionar, criticar, escolher, e participar das ações que

acontecem dentro e fora da escola;

Perceber-se parte de seu meio ambiente, ecológico e social, assumindo

responsabilidade por sua condição bem como o ônus que pode advir de sua

omissão;

Exercitar o pensar sua realidade e sua existência, de modo a procurar por si

mesmo, soluções para sua realidade, assim como para sua comodidade, de

forma ética e estética.

4.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS – CONCEPÇÕES NORTEADORAS DO PPP

O Colégio Estadual José Elias está inserido em uma comunidade rural e atende

parte do interior do município de Rio Branco do Sul. Nesta região, as crianças e os pais

não dispõem de outros recursos de informações e formação, de forma que a escola é o

centro da vida social e cultural da comunidade.

Por essa razão, é necessário que ele se torne um pólo onde todos possam

crescer aprender, melhorar seus recursos, enfim, exercitar a cidadania.

Assim sendo, a abrangência deste Projeto Político Pedagógico é ampla: todas as

comunidades rurais do entorno atendidas serão beneficiadas direta ou indiretamente com

a implementação da proposta: os alunos, deverão dispor de uma melhor qualidade de

ensino e contarão com a presença dos pais que, a seu turno, terão a possibilidade de

participar da escola e da educação formal dos filhos.

4.1.1 Concepções de Educação

Todo o direcionamento pedagógico que norteará as ações do Colégio Estadual

José Elias é concebido a partir de uma perspectiva irrefutável: educar os alunos para que

esses adquiram conhecimento suficiente para buscar formação superior e condições de

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transformar a realidade sócio-econômica de sua localidade rural de origem, sem interferir

na sua cultura encontrando meios de valorizá-la, preservá-la e resgatá-la sempre que

necessário.

O modelo educacional adotado nas escolas rurais do país segue as premissas da

Educação do Campo, uma tendência que se expande rapidamente, em função,

principalmente, de sua concepção pedagógica voltada a formação do individuo do campo

sem afastá-lo de sua realidade.

E nesse ponto reside a necessidade de estruturar o encaminhamento pedagógico

para atender as necessidades educacionais dessas comunidades, numa perspectiva que

contemple o homem, o mundo, a sociedade, o professor, o aluno, a escola e a educação.

4.1.1.1 Homem

O homem é um ser provido de qualidades físicas e psíquicas, que interage em

diversas situações de acordo com sua vivencia e sua cultura. Dotado de grande bagagem

cultural e sentimentos enraizados desde sua origem, é agente transformador, criativo e

capaz de solucionar problemas.

Trata-se de um ser diferenciado pelas suas ideias que, cumulativas, formam a

sociedade na qual vive e interfere de forma construtiva ou não, contudo, há que se

considerar essa interferência antrópica para se uma perfeita noção do papel das

responsabilidades humanas na terra, isso porque, de acordo com as necessidades

impostas pelo meio, o homem pode, e poderá modificar a realidade em prol de uma vida

mais tranquila, mas precisa e deve estar atento as consequências desses atos.

Ou seja, cabe a cada ser manter o equilíbrio emocional, para que o seu próprio

mundo seja preservado e sua espécie não seja extinta.

4.1.1.2 Mundo

O mundo é um grande laboratório capaz de proporcionar infinitas descobertas que

podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas

potencialidades. Quanto mais trouxer este laboratório para a sala de aula, e quanto mais a

educação se estender para o ambiente natural, tanto mais será possível estar em sintonia

com o meio envolvente. Até porque, mais importante que pôr escolas no mundo é saber

pôr o mundo dentro das escolas. Então, fundamental reconhecer esse mundo como um

grande e vasto laboratório onde o que conta é descobrir e o descobrir-se nele.

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Somente na medida em que os homens criam o seu mundo, que mundo humano

e o criam com seu trabalho transformador, eles se realizam. E a realização dos homens

enquanto homem está, pois na realização deste mundo. (FREIRE, 1970).

O educador tem para si, de forma clara que sua função é “conscientizar os alunos

da grandeza que ignoram trazer em si” e direcionar a prática desta descoberta para o

bem comum.

4.1.1.3 Sociedade

Pensar em termos de sociedade é estabelecer que o homem demanda uma

convivência em grupo, convivência que é permeada por um senso comum, regras

comuns, interações colhidas por um todo que servem a um único propósito, a

sobrevivência do mesmo.

As regras, os preceitos que emanam do pensar coletivo, são postas para o

surgimento de uma cultura única, que determinam a solidificação no momento em que o

grupo a elege como tal.

O ser social é regido pelos seus próprios dogmas, preceitos e interdições, por esta

manifestação ele se estrutura como particular e cria sua identidade. Desde o milagre de

seu nascimento o indivíduo percebe o seu funcionamento e procedimento, o qual

direciona sua convivência em sociedade.

4.1.1.4 Professor

É elemento do processo a quem cabe o papel de organizador da ação pedagógica

que visa à produção do conhecimento, entendida com o estabelecimento da relação entre

o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido.

As diferenças entre o Professor e o Aluno se dão numa relação em que a liberdade

do aluno é proibida de exercer-se. Essa opção não é, na verdade, pedagógica, mas

política, o que faz o Professor um político e um artista e não uma pessoa neutra.

O “modelo” de professor e o aluno se dão uma relação em que a liberdade do

aluno é proibida de exercer-se. Essa opção não é, na verdade, pedagógica, mas política,

o que se faz do Professor um político e um artista e não uma pessoa neutra.

O “modelo” de professor que hoje se aplica na escola faz parte de toda uma

indumentária passada, interagindo com todo o processo pedagógico, cientifico e psíquico

que o professor tem hoje em referencia a seus alunos, vendo-o como um todo e atuante

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no processo de ensino-aprendizagem.

Neste processo, alunos e professores estão abertos a aprender. O professor passa

a ser um instrumento “pronto” para ser usado, lapidado, melhorado e, acima de tudo,

agindo como uma ponte, que pode ou não tornar um rio transponível. Sua paixão pelo

ensino é que tornará concreta essa ponte de vidro, que deixa seu aluno caminhar por ela,

dando-lhe oportunidade de ter uma visão do todo que está à sua volta.

Na verdade, não se ensina coisa alguma a outrem, ao contrário: os alunos é que

aprendem se tiverem suas mentes abertas. Nessa ótica, educar é mais do que

simplesmente passar o conhecimento: é um ato de amor.

O professor é um canal de comunicação através do qual vai fluir conhecimento. A

postura do professor para tanto, é muito importante. E, então, cabe a pergunta: Que

valores passar aos alunos?

Nas mãos do professor, muitas vezes, encontra-se a decisão que o aluno pode

tomar, que venha a modificar toda a sua vida. Por isso, o verdadeiro professor é aquele

que desenvolve cuidadosamente os elementos positivos que se encontram nos alunos,

harmonizando-os com os negativos e construindo assim a maravilha da individualidade

cósmica do homem integrado.

Finalizando, é preciso vigiar, refletir sistematicamente sobre a própria prática

pedagógica, porque nenhum Mestrado ou Doutorado fará a realidade de um trabalho

árduo e necessário: não garantirão a retidão do aprendizado do assunto em pauta,

somente o abandono da ilusão de ensinar – e a visão de que o universo é um grande

corpo, onde todos – trarão a luz o compromisso. Este sim, tão prazeroso e vital, quanto

um amplexo de amigo, de pai para filho.

4.1.1.5 Aluno

Já estão distantes as teorias e conceitos que colocavam o aluno e seu

conhecimento construído como produto final de uma cadeia produtiva rígida e impessoal

que descartava aqueles que não atendiam à conformidade.

As concepções pedagógicas humanistas reconhecem o aluno como agente do seu

próprio saber. Nessa ótica, o educando deixa de ser um mero receptor de informações e

conteúdos transmitidos por alguém, para ser um construtor de uma nova interpretação do

conhecimento proposto e, desta forma, um agente transformador da sociedade.

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É, pois, sujeito ativo no processo de ensino aprendizagem. Sujeito que inova que

transforma e adquire meio, pela educação, de refazer o que já está feito, de forma mais

ampla e útil.

O aluno deve ser um questionador do mundo, do homem, da sociedade e de si

mesmo, com o objetivo de compreender, trabalhar e perpetuar a cultura a qual está

inserido. É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e precisa

de mediação e auxilio para a construção de seus conhecimentos.

Deve apropriar-se de conhecimentos científicos, interpretá-los e adequá-los à sua

realidade e desenvolver seu senso crítico por meio das relações professor/aluno e

aluno/professor.

Em outras palavras, é o agente modificador da trajetória da educação e do mundo.

Cultivador de meios que levam a um progresso ativo, dinâmico e sustentador da vida

humana.

4.1.1.6 Escola

É um espaço social rico em possibilidades de trabalho cooperativo, intelectual e

criatividade onde o aluno, visto como cidadão constrói e adquire o seu conhecimento.

É o local de estímulo e construção do saber, seja ele o saber técnico que capacita

o individuo para o mercado de trabalho, seja o saber relacional, vivencial que prepara o

indivíduo a interagir com o meio em que vive.

A escola não se limita somente ao espaço físico, mas age e transforma em

conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram na construção do saber,

integrando-os, da origem do próprio saber à sua elaboração.

É através da escola que se envolve e estimula a educação transformadora,

através de seu dinamismo em renovar, inovar e experiência o saber, que não deve ser

estático, pronto.

O papel da escola como agente de transformação é ampliar a liberdade e a

compreensão do mundo de cada cidadão. Cabe, então, à Escola proporcionar o

questionamento de seu papel conscientizado e libertador de suas ações, das relações da

tríade escola – sociedade – família, oferecendo condições para que haja a exploração do

ambiente, inventando, descobrindo e direcionando o ser humano às finalidades de caráter

social e renovador.

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4.1.1.7 Educação

É desenvolver a capacidade de saber pensar, de ser capaz de enfrentar situações

novas, de dominar problemas inesperados, de não temer o desconhecimento. É cultivar o

“aprender a aprender”, conjugando reciprocamente teoria e prática, traduzindo o saber

pensar em condições sempre renovadas de intervir.

É saber avaliar-se e avaliar a realidade, como forma de consciência critica sempre

alerta de procedimento metodológico necessário para qualquer intervenção inovadora. É

unir qualidade formal e política, ou seja, procedimentos metodológicos com ética, saber e

transformar, inovar e participar.

A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser

digno e consciente de suas ações. É através da Educação que se constrói a sua

cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar a sua vida e

sociedade.

Cabe aos educadores, neste momento, buscar novos caminhos para a Educação,

desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-lo um instrumento real de

construção e transformação do indivíduo e da sociedade.

4.1.2 Escola do Campo

A Educação do Campo surge em função de alguns fatores: a reivindicação dos

movimentos sociais organizados, que possuem várias experiências educativas no campo;

uma Política de Governo que busca universalização da educação básica e a

democratização do conhecimento, com respeito à diversidade sócio-cultural e, enfim, uma

demanda que a realidade do campo nos coloca: ao longo da história, e ainda hoje, nega-

se aos trabalhadores do campo o acesso a Educação.

Historicamente essa proposta de trabalho vem se construindo a partir do

processo de ação e reflexão dos envolvidos com a realidade do campo. Em 1998 surge o

novo paradigma, a Educação do Campo que segundo Fernandes & Molina (2004), supera

a concepção de educação e educação rural, cuja referência é o campo somente como

lugar da produção de mercadoria e não como espaço de vida.

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4.1.2.1 Concepção de Educação do Campo

A educação do campo é compreendida a partir dos sujeitos que tem o campo

como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação que deve ser no e do seu

campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação que deve ser no e

do campo. No, porque o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive. Do, pois o

povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,

vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais (CALDART, 2002, p.

26).

Nesta concepção de campo, é entendido como o lugar de vida onde as pessoas

produzem conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Há uma produção

cultural no campo que deve se fazer presente na escola. Os conhecimentos desses povos

precisam ser levados em consideração e esta compreensão de campo vai além de uma

definição jurídica, configurando-se como um conceito político, ao considerar as

especialidades dos sujeitos e não apenas sua localização espacial e geográfica (VEIGA,

2003).

Os sujeitos que compõem esses campos, reconhecidos como espaços de

produção agrícola e pecuária, são, em sua maioria, as populações ribeirinhas, pequenos

agricultores, quilombolas, pescadores, camponeses – nas mais diferentes denominações.

Toda diversidade, presente em todos os estados da união, sinaliza um fato que não pode

ser deixado de lado: as escolas do campo terão presente no seu interior está conflituosa –

por isso rica – heterogeneidade.

Cabe destacar que a educação no campo não pode estar desvinculada de um

projeto de desenvolvimento do campo que se pretende construir, que tenha como

elemento fundamental o ser humano: o que significa dizer que a escola deve ser

redimensionada a partir da diversificação de produtos, de utilização de recursos naturais,

da agro ecologia, das sementes crioulas, da agricultura familiar, da reforma agrária, da

pesca ecologicamente sustentável do preparo natural do solo, entre outras.

Contudo, para que a compreensão plena da acepção social da Escola do Campo

seja alcançada, é necessidade iniciar uma reflexão sobre sua instituição, valorizando os

sujeitos que a ela compõem: a identidade destes alunos, sejam crianças, adolescentes,

jovens ou adultos.

A maioria dessas escolas possui características do campo, na produção, no

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trabalho, na diversão; enfim, no modo de vida. E esta forma própria de viver produz

saberes, acumulado ao longo de experiências vividas pelos sujeitos do campo.

Assim, para que escola do campo tenha um significado é preciso que esses

saberes estejam presentes nas práticas e na organização do trabalho pedagógico escolar

e a escolar deve estar inserida nas comunidades, até porque, a escola vai além de um

local de produção e socialização do conhecimento, sendo também espaço de convívio

social, onde acontece reuniões, festas, celebrações religiosas, atividades comunitárias

como: bazar, vacinação,plantação e colheita em regime de mutirão etc, possibilitando a

permanente construção de uma identidade cultural.

Outro ponto importante a ser considerado é que a Escola do Campo deve

corresponder à necessidade da formação integral dos sujeitos do campo. Precisa

possibilitar o acesso a todos os níveis e modalidades de ensino(Educação Infantil, Ensino

Fundamental – 1º e 2º Ciclo, Ensino Médio Profissionalizante, Educação de Jovens e

Adultos e Educação Especial), e não apenas se restringir.

4.1.2.2 Valorização da Cultura dos Povos do Campo

É entendida como toda produção humana aquilo que se constrói a partir das

relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo. Assim, valorizar a cultura

dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade gerando um sentimento

de pertença de onde se vive. Isto possibilita a criação de uma identidade cultural que leve

o aluno a compreender o mundo e transformá-lo de forma sustentável.

4.2 REPENSAR A ORGANIZAÇÃO DOS SABERES ESCOLARES

No que concerne aos conteúdos a serem trabalhados, cabe aos educadores o

desafio de experiências para uma construção coletiva que venha ressignificar a educação

voltada para as necessidades do campo.

Outro aspecto fundamental é pensar em formas alternativas de como encaminhar

as práticas pedagógicas tais como: horta escolar, jardinagem, alimentação saudável,

remédios caseiros, plantio de mata ciliar entre tantos outros. Sempre tratados de formas

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participativas e coletivas, desligando-se da forma isolada e desarticulada, em que os

trabalhos ficam limitados às aulas expositivas do professor.

Nas pesquisas, muitas vezes deixa-se de aproveitar as ricas diversidades

encontradas no entorno da escola, ficando apenas no espaço da sala de aula. Estas

outras possibilidades de encaminhamentos metodológicos ensejam o questionamento

sobre a necessidade de repensar tempos e espaços escolares.

4.2.1 Repensar os Tempos e Espaços Pedagógicos

Os espaços escolares são recursos a serem utilizados nas mais diferentes

disciplinas, criando e desenvolvendo atividades que levem em conta as possibilidades de

viabilizá-las na prática.

Ainda que se considerar toda a dinâmica da vida do campo, com os seus ciclos

produtivos, período de pesca e turismo, época de chuvas, entre outros que devem ser

considerados na elaboração do calendário escolar, evitando assim a evasão ou um

número excessivo de faltas de alunos em determinados períodos do ano – encontrando-

se, portanto, em processo de permanente construção.

É preciso, pois, debatê-los nas escolas como intuito de orientar a formulação de

novos planejamentos e de aprimoramento dos projetos políticos pedagógicos.

4.3 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA NA ESCOLA

Os pressupostos ideológicos e pedagógicos adotados para o Colégio Estadual

José Elias estão pautados sobre princípios que valorizam a relação do homem com a

natureza, tendo como base os conceitos desenvolvimentistas construtivas e

interacionistas, estruturados à luz das teorias humanista como a holística, das

inteligências múltiplas, da complexidade e a pedagogia da terra.

Essa base conceitual possibilitará a implementação de uma proposta de trabalho

pedagógico que compreenda e valorize o ser humano em sua diversidade; em sua

relação com o ambiente natural; que oportunize condições de desenvolvimento de suas

potencialidades latentes, mas, e principalmente, que o reconheça integrante de um todo

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que necessita do empenho da coletividade para garantir a segurança nutricional para esta

e para as próximas gerações.

Numa escola cujo contexto social está intimamente ligado à vida rural e que os

jovens que se distanciam de sua cultura em busca de oportunidades se deparam com

horizontes incertos é preciso desenvolver estratégias que levem os alunos a se

identificarem com a sua cultura, valorizando e preservando suas raízes, buscando

conhecimento e formação técnica para assegurar sua permanência no campo e contribuir

ativa e prazerosamente no processo de desenvolvimento sustentável.

Sob essa ótica, este Colégio prima por uma educação voltada à realidade do

campo, colocando-se na condição de instrumento de humanização e de interação social,

em que pese valorizar as múltiplas inteligências, estabelecer práticas diferenciadas de

ensino tendo por objetivo a na qualidade de vida e nas relações humanas da população

que vive no meio rural e incentivar a permanência do jovem no campo.

Mas, e principalmente, educar para formar lideranças, para incentivar a geração

de trabalho e renda dentro desse contexto rural, favorecer a inclusão social e o resgate da

cidadania, proporcionar qualidade de vida digna com a continuidade dos jovens do campo

dentro de um projeto profissional e de vida.

À luz dessas diretrizes, a escola procura alinhar suas necessidades ditadas pelos

traços culturais locais aos padrões de organização estabelecidos pelo Estado e conduzir

o encaminhamento pedagógico de forma a alcançar os objetivos específicos estabelecido

para o processo de formação de seus alunos.

4.4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ

A Escola Pública do Estado do Paraná segue os princípios político-administrativos

da gratuidade da educação, da qualidade do ensino ofertado, e da acessibilidade a todos

os cidadãos, e, ainda, de respeito e valorização das culturas presentes em cada

comunidade. E sua operacionalização se desenvolve de forma participativa, por meio da

gestão democrática.

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4.4.1 Princípios da gestão Democrática

Partimos do princípio de que a comunicação deve ser clara objetiva, atendendo

as necessidades dos diferentes segmentos da comunidade escolar: pais e responsáveis,

professores, equipe pedagógica, direção, funcionários administrativos, serviços gerais e

alunos. O processo decisório está amparado num diálogo contínuo, lidando com os

diferentes conflitos, de forma acolhedora e solidária.

4.4.2 Acesso

Além de assegurar a prática democrática no processo de gestão, o conceito de

escola aberta à comunidade se infere na realidade local e torna-a (a escola), um

referencial social, o que, em outras palavras significa ampliar o acesso ao seu ingresso,

afastando-se da conotação de obrigatoriedade da educação, alcançando o

reconhecimento de ser local de oportunidade para o desenvolvimento.

4.4.3 Permanência

Quando as questões e temas estudados e tratados no ambiente educacional têm

íntima relação com a realidade dos alunos, a dificuldade presente na imaterialidade se

esvai e o educando passa a correlacionar os conteúdos trabalhados com os elementos

presentes em seu meio envolvente. Num estágio inferior, apenas questões mais óbvias,

explícitas podem ser compreendidas e interpretadas sob uma ótima coerente. Adiante, o

nível de reflexão se amplia e questões mais subjetivas passam a integrar o processo de

análise e a possibilitar as identificações de questões de ordem social e política, por

exemplo.

Quando não há essa ligação tão próxima com a realidade o processo de

abstração e reflexão se faz de forma parcial, tornando-se. Ao longo de curto espaço de

tempo, tão somente uma referência, um conteúdo a mais para trabalhar e não uma

questão presente no seu dia-a-dia. Esse distanciamento acaba se concretizando de fato,

e o aluno não conseguem identificar-se com as temáticas discutidas, incorrendo em

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desconcentração, desinteresse e, por vezes, em evasão.

A gestão democrática deve, pois, pautar - se pelo principio da permanente

observância do encaminhamento pedagógico sobre as questões relacionadas à realidade

do aluno e assegurar a participação da comunidade, pois a escola deverá ser o espelho

dessa comunidade e não um elemento exógeno, administrado por pessoas de formação

cultural alheia à realidade local.

4.4.4 Qualidade de ensino- aprendizagem

Intimamente relacionada ao cunho pedagógico da proposta, a qualidade do

ensino exige permanente reflexão, tendo em vista que muitos professores que atuam nas

escolas do campo não são oriundos daqueles territórios e, portanto, sua práxis estará, de

forma indelével, marcada pela sua própria historicidade, de formação e experiências

vivenciadas ao longo de carreira profissional.

Nessas situações, o professor deve articular sua bagagem de conhecimentos

ditos “urbanos” e/ou “exógenos à realidade local” com as características da realidade

local, sem, contudo, interferir nos traços culturais.

Respeitados os limites e definidos os parâmetros de atuação, se estará

garantindo a qualidade do ensino especifico a essas comunidades, e, por conseguinte,

ensejando que a aprendizagem ocorra de forma satisfatória para ambos: professor e

alunos.

4.5 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL DOS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO

4.5.1 Direção

Promover ações condizentes com um sistema de ação integrada e cooperativa,

estimulando a inovação e a melhoria do processo educacional e liderar a escola-

comunidade de maneira democrática, articulando e controlando recursos humanos e

financeiros, num processo de comunicação clara e aberta entre os membros da escola e

entre a escola e a comunidade.

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4.5.3 Caracterização da função do Pedagogo

O Pedagogo é responsável pela coordenação, implantação e implementação das

Diretrizes Pedagógicas emanadas da SEED, e pela orientação aos alunos em situação de

déficit de aprendizagem.

São atribuições do Pedagogo:

Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organizar

da classe, do horário semanal e distribuição de aulas;

Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento de Ensino, em

consonância com as diretrizes Pedagógicas da SEED;

Assessorar e avaliar a implementação dos Programas de Ensino e dos projetos

pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino;

Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar e orientar o seu funcionamento, em

conjunto com o responsável;

Acompanhar o processo de ensino, atuando juntos aos alunos e pais, no sentido

de analisar os resultados da aprendizagem para sua melhoria;

Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações sobre os

serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do Trabalho

Escolar com os dados e informações sobre os serviços de ensino prestados pelo

Estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;

Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudos e trabalhos para o

aperfeiçoamento constante do pessoal envolvido nos serviços de ensino;

Elaborar com o corpo docente os Planos de recuperação aos alunos que obtiverem

resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de

transferências, de acordo com a legislação vigente;

Propor a implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem

desenvolvidos pelo Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

Coordenar o processo de seleção de livros didáticos, se adotados pelo

Estabelecimento, obedecendo as Diretrizes e os critérios Estabelecidos pela

SEED;

Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do

Estabelecimento, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de

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egressos, de consultas e levantamento junto à comunidade;

Participar, sempre que convocado, de cursos, seminário, reuniões, encontros,

grupo de estudos e outros eventos;

Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento e no que concerne à

especificidade de cada função;

Orientar o professor para que possíveis correções ou alterações sejam registradas

no campo de observações, datadas e assinadas;

Estabelecer relação entre o planejamento, a prática e o Registro de Classe,

auxiliando o professor sempre que necessário;

Registrar em documento próprio da Equipe Pedagógica e frequência dos alunos,

as atividades e/ou conteúdos aplicados quando da ausência do professor, dando-

lhes ciências das ações tomadas para que proceda ao devido assentamento no

Livro Registro de Classe, a fim de garantir o cumprimento da Carga Horária e Dias

Letivos;

Garantir o corpo discente a reposição de conteúdos que não venham a ser

trabalhados, por ausência do professor, estabelecendo formas didaticamente

viáveis para esse procedimento;

Informar aos professores que a legislação vigente, em caso especial, contempla o

amparo dos alunos às suas faltas;

Garantir aos alunos amparados pela legislação vigente, como compensação da

ausência às aulas, exercícios domiciliares com acompanhamento da escola;

Instruir o professor para que a falta do aluno, quando justificada, implique em

oportunizar situações de aprendizagem, apresentação de trabalhos e realização de

avaliações;

Orientar os professores quanto ao preenchimento dos campos próprios quando se

trata de alteração do calendário escolar (reposição) motivado por paralisação,

greve, intempérie, imprevistos. Nesses casos orientar o professor como calcular e

como registrar as horas/aulas da época em que ocorreu o imprevisto;

Orientar o professor para que nas quadriculas de registro de frequência sejam

utilizados apenas “C” (comparecimento) ou “F” (falta), não sendo permitido o uso

em outros símbolos ou caracteres;

Dar ciência ao professor e salientar ao aluno que o cumprimento de no mínimo

75% de frequência do total de horas ofertadas no período letivo é obrigatório, e que

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a legislação vigente prevê o máximo de 25%, observados o conteúdo da lei, para

eventuais faltas (Lei 9394/96, 20/09/96);

Ao receber da Secretaria a cada bimestre, trimestre, semestre, módulo e/ou

período os espelhos atualizados quanto à movimentação escolar dos alunos,

informar ao corpo docente e afixar em edital essas informações, a fim de que estes

possam atualizar seus registros;

Orientar os professores no preenchimento dos registros pertinentes às atividades

pedagógicas;

Vistar periodicamente o Livro de Registro de Classe.

4.5.4 Caracterização da função da Equipe Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.

Compete aos docentes:

participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e

as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros

e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do

conhecimento pelo aluno;

proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se

de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

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promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do

período letivo;

participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos

com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e

apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com

vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,

no processo de ensino e aprendizagem;

participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao

professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem,

da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou modificações

no processo de intervenção educativa;

estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação

artística;

participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais

serão registradas e assinadas em Ata;

propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e

do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à

equipe pedagógica;

cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao

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planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da Secretária de Estado da Educação;

manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de

ensino;

participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola

com as famílias e a comunidade;

desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e

ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e

educativa;

participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe

forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de Estado

da Educação;

cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,

como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à

aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;

4.5.5 Caracterização da função Técnico-Administrativo

O técnico administrativo responde pela parte operacional dos serviços da

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Secretaria da Escola. Desempenha atividades de suporte ao funcionamento de todos os

setores do estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os membros

cumpram suas reais funções.

4.5.6 Caracterização da função do secretário(a)

A secretária tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e

correspondência do estabelecimento. Os serviços desse setor são coordenados e

supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.

O cargo de secretário (a) é exercido por um profissional devidamente qualificado

para o exercício da função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com a

SEED, em ato específico.

Compete ao Secretário:

Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos auxiliares;

Redigir a corresponder que lhe for confiada;

Organizar e manter em dia a coletânea de Leis, Regulamentos Diretrizes, Ordem e

serviço, Circulares, Resoluções e demais documentos;

Rever todo o expediente a ser submetido ao despacho do Diretor;

Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;

Apresentar ao Diretor em tempo Hábil todos os documentos que devem ser

assinados;

Organizar e manter dia o protocolo, o arquivo e o registro de forma a permitir, em

qualquer época a verificação: 1) da identidade e da regularidade da vida escolar do

aluno; 2) da autenticidade dos documentos escolares;

Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referente a matricula,

transferências e conclusão de curso;

Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuído a

secretaria;

Comunicar a Direção eventuais irregularidade que venham a ocorrer;

A escala de trabalho dos funcionários é organizada de forma que o expediente da

Secretaria conte sempre esse suporte, independentemente da duração do ano

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letivo, em todos os turnos de funcionamento do Estabelecimento.

No Colégio Estadual José Elias, a secretaria está sob responsabilidade da

Senhora Helida Vanessa de Oliveira Rutes de Castro, Portaria nº1853/2008, de

25/11/2008.

4.5.7 Auxiliar Operacional

O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e da alimentação, no âmbito escolar, sendo

coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação

do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas

estabelecidas na legislação sanitária vigente;

utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer

irregularidade à direção;

auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início

e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,

quando solicitado pela direção;

atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais

temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de

alimentação;

auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,

muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no

ambiente escolar;

auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto à alimentação

durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as

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correspondentes ao uso do banheiro;

auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades

escolares;

cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o

devido destino, conforme exigências sanitárias;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado

da Educação;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

4.5.8 Compete a Merendeira

São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento

de ensino:

zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de

qualidade nutricional;

servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;

informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do

estoque da merenda escolar;

conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar,

conforme legislação sanitária em vigor;

zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da

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merenda escolar;

receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e da

merenda escolar;

cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer

necessário;

respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação

ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado

da Educação;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

4.5.9 Compete ao Inspetor de Alunos

São atribuições do auxiliar operacional que atua na área de vigilância da

movimentação dos alunos nos espaços escolares:

coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos

períodos de atividades escolares;

zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas

disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de

ensino;

comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança

dos alunos;

percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos

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quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;

encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que

necessitarem de orientação ou atendimento;

observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;

acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se

fizer necessário;

auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de

comunicados no âmbito escolar;

cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais

didático-pedagógicos;

auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de

equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à

estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado

da Educação;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar das atribuições decorrentes do regimento Escolar exercer as especificas

da sua função.

4.5.10 Compete ao Guardião

Efetuar rondas periódicas e zelar pela segurança do Estabelecimento;

Impedir a entrada no prédio ou área adjacentes, de pessoas estranhas e sem

autorização, fora do horário de trabalho, como medida de segurança;

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Comunicar a chefia imediata e/ou responsável, irregularidades ocorridas durante o

seu plantão, para que sejam tomadas as devidas providencias;

Zelar pelo prédio e suas instalações, procedendo reparos que se fizeram

necessários e levando ao conhecimento de seu superior, fato que dependam do

serviços especializados para o seu reparo e manutenção;

Efetuar tarefas correlatas com a sua função.

4.6 TRABALHO COLETIVO

4.6.1 Prática transformadora

Para que a Escola do Campo paute por uma prática efetivamente transformadora

no que tange à formação dos seus profissionais é preciso definir o perfil necessário do

professor para a missão de educar para diversidade, para elevação da qualidade da

relação do homem com natureza. E, nesse sentido, primordialmente o educador deverá

ser uma pessoa livre, sensível justa e espiritualmente desenvolvida.

Enquanto livre, esse professor deverá ser, também, sujeito da sua própria história;

consciente na escolha dos caminhos para o próprio crescimento individual, comunitário e

social; capaz de buscar soluções coletivas para a injustiças e desigualdades social,

através do engajamento político-social; coerente na vivência dos sentido pleno da

democracia para a construção do bem comum, saindo do isolamento passivo e ocupado

espaço público através do debate, do diálogo, da discussão, da crítica.

Pela sensibilidade, ser ousado na busca de caminhos para o aprimoramento

individual e social; alegre na convivência; atento ao compartilhar

E, em termos de justiça, ser agente de transformação; consciente da própria

responsabilidade na promoção do próximo; compromissado com a preservação do meio

ambiente.

O critério espiritualmente desenvolvido, tem a ver com as experiências

acumuladas ao longo de sua vivência, que lhe conferiram sabedoria e humildade.

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4.6.2 O que o Colégio pretende do ponto de vista Pedagógico

Uma das principais preocupações da Escola do Campo, e em especial do Colégio

Estadual José Elias, refere-se aos sistemas avaliativos, tendo em vista que os modelos

em uso têm caráter discriminatório, altamente nocivo contexto dito “urbano e

desenvolvido”, se torna ainda mais prescritivos em ambientes onde a exigência da

participação do labor dos jovens na agricultura familiar e priorizada à necessidade de

educação e do acesso ao conhecimento.

Essa preocupação é procedente, porque a avaliação realizada nas escolas, de

uma forma geral, está longe de ser vista como eficaz, pois o que consegue fazer é

selecionar, excluir alunos e constituir mais um entrave no sistema educacional.

Para que haja mudança no sistema educacional, é preciso que avaliação tenha

como base a análise das causas que provocam insatisfação para os alunos e sociedade.

A partir desse diagnóstico será mais fácil buscar soluções, identificar estratégias que

auxiliem o aluno aprender a aprender.

Na avaliação tradicional utilizam-se instrumentos que selecionem, oprimem,

marginalizam e excluem, pura e simplesmente com o único objetivo de atribuir notas, não

para verificar se houve ou não a aprendizagem proporcionando continuidade do trabalho.

Esse modelo não permite avaliar a criatividade, o conhecimento que aluno traz de

seu meio social e cultural, a capacidade de sugestões, de produção, de iniciativa, entre

outras; de forma que não avalia o processo como um todo.

Por todas essas razões, ao se pensar no fazer pedagógico, é preciso repensar o

processo de avaliação; posto que este deve proporcionar condições para que o aluno

aprenda, passe a interagir com os recursos da sociedade informatizada, tecnológica e

desenvolvida e com isso tenha condições de interferir em seu meio natural de forma

transformadora, sem gerar danos a sustentabilidade do meio ambiente.

Mas, e principalmente, que permaneça na escola, caso contrário a escola

continuará fazendo com que o aluno se torne indiferente, alienado em termos de conteúdo

posto que esses nada digam à sua realidade cotidiana, ou pior, que frequente a escola

devido à pressão dos pais que são submetidos às exegese legais. Ou, ainda ele se exclua

desse sistema seletivo.

Um indivíduo aprenderá se o seu meio envolvente for capaz de lhe dar respostas

e estímulos sobre diversas formas: identificação de erros, sugestões e contra- sugestões,

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explicações complementares, revisão das noções de base, trabalho sobre este sentido da

tarefa ou autoconfiança.

Por isso é necessários que se respeito o aluno na sua individualidade, bem como

em suas relações sociais onde cada um é diferente, único, porem social e completo.

O aluno precisa participar do processo, estar inserido nele, numa educação que o

liberte que não oprima. Precisa ser avaliados a partir de mudanças nas suas atitudes,

criatividade, capacidade de decisão, de produção,de relação, enfim, numa avaliação

diagnóstica, formativa,cumulativa, continua, que valorize os conhecimentos acerca de sua

realidade e a forma como contextualiza todas essas informações em seu processo de

aprendizagem.

O cotidiano da Escola do Campo é um processo construtivo recorrente, tendo em

vista que a maioria do corpo diretivo e dos professores que atuam, no estabelecimento

advém de centros mais desenvolvidos, de uma realidade urbana que constantemente

entra em confronto com a realidade da cultura local.

E esse conforto acaba por interferir no processo avaliativo, mesmo de forma

subjetiva, daí a importância de ter no sistema avaliativo o eixo norteador dos

procedimentos, reconhecendo-o como elemento fundamental de todas as etapas do

processo e não apenas como recursos finais de análise acerca do aproveitamento.

É, pois, a avaliação, o meio regulador do processo educacional, e compreende a

atuação do professor e o aproveitamento do aluno, o que significa dizer, que se refere à

forma como a escola conduz sua missão.

5 - MARCO OPERACIONAL

O Colégio Estadual José Elias trabalha para formar cidadãos críticos e

conscientes, se reconhecendo como um segmento da sociedade. A direção e equipe

pedagógica trabalham para atingir os objetivos estabelecidos nos PCN's, seguindo

tendências construtivistas/interacionistas e humanista que abrange a construção do

conhecimento, a formação da cidadania e o pleno desenvolvimento do indivíduo.

É importante salientar que os professores buscam atuar de forma integrada com

seus alunos, distanciando-se do modelo de “transmissores do conhecimento”, com vista

em fortalecer os elos de ligações entre escola e comunidade, reconhecendo a realidade e

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valorizando a cultura local no processo de ensino-aprendizagem.

5.1 RENDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Para redimensionar a organização do trabalho pedagógico, é preciso,

primeiramente, definir a educação que se pretende assumir:

5.1.1 O modelo de educação ideal

O Colégio Estadual José Elias optou por uma ação pedagógica fundamentada na

Educação onde seja valorizada a cultura da região, em geral ausente dos currículos

escolares, e, com isso os conhecimentos, valores e práticas dos alunos, ignorado pela

educação escolar.

E, mais, onde:

Sejam implementadas práticas educativas capazes de contemplar a diversidade

cultural vivenciada pelos alunos no cotidiano de suas vidas;

A formação continuada de professores teça laços entre os conteúdos escolares e a

cultura vivenciada pelos alunos e suas famílias numa comunidade rural;

Que a comunidade rural não fique restrita ao seu próprio ambiente, mas que

regularmente ocorram visitas dos alunos à cidade onde visitem museus, teatros e

se familiarizem com o próprio ambiente humano;

Que os educadores contem com um sistema de transporte entre a cidade e o

campo, a fim de diminuir o grande rodízio desses profissionais, muitas vezes

desestimulados pela distância que precisam percorrer até a escola.

Por isso este Colégio prioriza uma metodologia que através das atividades

propostas ao educando, vise construir uma sociedade democrática, justa, livre e forte o

suficiente para se manter livre.

E trabalhe para que essa metodologia seja ativa, participativa, e que se torne

possível a articulação dos interesses individuais, que possam ir ao encontro dos anseios

coletivos; aberta a discussão econômica, político e cultural e que permita aos educadores

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e educandos, uma análise constante da realidade circundante e nela interfira.

Isso significa que os educadores deste Colégio devem:

Ter competência técnica;

Ser comprometidos com os ideais do Colégio Estadual José Elias;

Estar em constante processo de construção e reconstrução do conhecimento dentro

e fora da escola.

Vivenciar valores éticos e morais.

Favorecer a harmonia no âmbito escolar.

Manter a autonomia em sala de aula, sem autoritarismo.

Ser humildes, criativos, pontuais, assíduos, responsáveis, comunicativos em todas

as suas ações;

Participar das atividades realizadas pela escola.

Ter postura de educador, em todos os momentos de sua vida;

Respeitar e se fazer respeitar pela comunidade escolar;

Ser cidadão honesto, preocupado com a coletividade, capazes de interagir no grupo

e no meio em que vive.

Realizar um planejamento em conjunto para que a interdisciplinaridade seja

concretizada, tornando-se na prática constante em todos os segmentos do Colégio;

Fazer acontecer sistematicamente o Conselho de Classe;

Promover gincanas culturais;

Fundar o Grêmio Estudantil em 2010.

E, em outras palavras, este Colégio orienta o seu trabalho pedagógicos sobre

ideias pautados numa educação crítica e transformadora que forme cidadãos plenos de

valores intelectuais, políticos, sociais, ecológicos e éticos, onde a união companheirismo

seja um suporte de um trabalho integrado, respeitando as diferenças de credo, raça,

condições sócio-econômicos e sexo.

Esse direcionamento prevê que o Colégio Estadual José Elias, seja:

Um lugar acolhedor que promova, na convivência prazerosa, maior capacidade de

todos em lidar com liberdade e as diferenças, despojados de subterfúgios e

preconceitos, favorecidos pelo diálogo franco e aberto;

Voltado ao crescimento de seus profissionais, que consciente de seu papel

transformador, sejam cúmplices dos alunos, dando tudo de si, antenados no que a

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cerca, no momento histórico e comprometidos com a execução do Projeto Político

Pedagógico;

Um local de respeito e valorização de seus profissionais, estimule a sua criatividade

e os incentive na busca de soluções para novos desafios;

Umas grandes famílias em que todos se conheçam se respeitem e se aceitem,

apesar das diferenças, porque se estimam;

Um espaço onde as famílias estejam presentes e participem da vida escolar,

abracem o mesmo ideal da escola, divulguem e vivenciem sua proposta de

solidariedade, união, honestidade e justiça;

O ambiente onde os alunos se sintam seguros, satisfeitos, bem acolhidos,

cúmplices dos professores e comprometidos com seu próprio crescimento;

Referencial de atendimento às necessidades da comunidade e que dentre seus

muros convivam pessoas de pensamentos edificantes em prol do bem comum.

5.1.2 Modelo de Gestão adotada

Posto que o modelo idealizado pelo Colégio Estadual José Elias, busca a

valorização do indivíduo em seu ambiente natural e o desenvolvimento educacional que

lhe permita atuar nesse meio de forma participativa, crítica e transformadora, sem,

contudo, descaracterizá-lo, o modelo de gestão adotado contempla a defesa da

participação, da autonomia e da liberdade, princípios básicos da gestão democrática; a

administração colegiada, desenvolvida por meio da APMF; participação efetiva de todos

os segmentos da escola na construção da concepção, na execução e avaliação da

proposta pedagógica; e, ainda, a organização redimensionamento e avaliação contínua

dos mecanismos de gestão democrática:

5.1.2.1 Defesa dos princípios da gestão democrática: participação, autonomia e

liberdade

Sendo que a Gestão Democrática caracteriza-se como o envolvimento de toda a

Comunidade Escolar em todos os segmentos onde as ações, são construídas e

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praticadas visando construir uma identidade da instituição, em gerenciar diretamente os

recursos destinados ao desenvolvimento e manutenção do Ensino, e a executar os

mesmos, pela adoção da Gestão Compartilhada.

5.1.2.2 Administração Colegiada

Neste Colégio, a Administração Colegiada se faz por meio da Associação de Pais,

Mestres e Funcionários, entidade civil com personalidade jurídica assegurada pela LEI

5.692/71, e a 9394/96, não possui fins lucrativos tem a finalidade de auxiliar a Direção

Escolar na promoção das atividades administrativas, pedagógicas e sociais da escola

arrecadar recursos para complementar os gastos com o ensino, educação e a cultura,

apoiar financeiramente a direção da escola, por meio da geração de recursos financeiros

e de sua execução.

O Conselho Escolar é um colegiado formado por todos os segmentos da Comunidade

Escolar: pais, alunos, professores, direção e demais funcionários. Por meio dele todas as

pessoas ligadas à escola podem se fazer e representar e decidir sobre aspectos

administrativos, financeiros e pedagógicos. Assim esse colegiado torna-se não somente

um canal de participação, mas também um instrumento de gestão da própria escola.

5.1.2.3 Participação efetiva de todos os segmentos no processo de gestão

Todos os segmentos da escola: alunos, professores, pais, funcionários, direção e

equipe pedagógica participam na construção da concepção, na execução e avaliação da

proposta pedagógica, buscando estabelecer um objetivo comum e proporcionar à escola

as condições necessárias para que essa possa progredir aprimorar a prática e melhorar

continuamente.

5.1.2.4 Organização redimensionamento e avaliação do processo de gestão

A organização, redimensionamento e avaliação continuam dos mecanismos de

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gestão democrática deste Colégio compreendem a articulação de ações das seguintes

entidades e procedimentos:

Conselho Escolar: Órgão Coletivo, construtivo e fiscalizador, que atua nas

questões técnicas, pedagógicas, administrativas e financeiras da escola, adota a

gestão participativa e democrática e a tomada de decisão consensual, visando à

melhoria da qualidade de ensino.

Conselho de Classe: Tem por finalidade estudar, interpretar, analisar os resultados,

bem como os dados da aprendizagem; acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem.

Eleição de diretores: Que haja respeito mútuo, mantendo acima de tudo a

integridade moral dos candidatos. Que o professor tenha o seu espaço e o direito

de expressar sua opinião, se quiser, sem que haja perseguições, após a eleição.

Eleição para representante de turma: A princípio os alunos candidatos a

representante devem receber uma orientação sobre o seu papel, suas

responsabilidades, e apresentar um perfil como: boas notas, assiduidade, bom

relacionamento com a turma e também os funcionários em geral na escola.

Grêmio Estudantil: O Grêmio tem por finalidade representar os alunos, defender

seus interesses individuais e coletivos: incentivar a cultura literária, artística e

desportiva de seus membros; promover a cooperação entre a comunidade escolar.

5.1.3 Operacionalização do Modelo de Gestão

A operacionalização dessas ações e intenções se faz no âmbito da integração e

do relacionamento interpessoal e compreende reuniões pedagógicas, planejamentos e

decisões participativas, conselhos de classe, confraternizações, culminância de projetos

interdisciplinares e atividades esportivas, que requerem engajamento do professores,

alunos e famílias, oportunizam a integração e o relacionamento interpessoal.

Contudo, se observa certa dificuldade em relação ao pouco entrosamento entre

os vários segmentos, o que dificulta o diálogo entre os professores que neles atuam.

5.1.3.1 Diálogo

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A preocupação com a consulta e a participação dos docentes nas tomadas de

decisões, as avaliações realizadas com estes e as famílias para redefinições da prática

escolar, os conselhos realizados com alunos e professores, a definição de medidas

únicas através de diagnósticos realizados em Conselho de Classe, a programação de

atividades que envolvam alunos e famílias, evidencia a necessidade de crescimento da

prática do diálogo entre os segmentos envolvidos.

Por exemplo, percebe-se falhas nesse processo quando, ao invés de uma

conversação integradora, recebe-se uma comunicação interna não discutida amplamente

e por isso passível de interpretações erradas, ou quando se dá a ela pouca importância,

tornando-a indefinida. Da mesma forma, surgem críticas, por vezes equivocadas ou feitas

de forma pouco construtiva, que são mal recebidas e inviabilizam o diálogo aberto; ou,

ainda, quando, por desconhecimento, são questionadas as atitudes e atribuições dos

diversos componentes da escola.

Conciliar interesse, sob um único prisma, não constitui tarefa fácil, mas,

sobretudo, é uma missão da escola enquanto referencial de educação e desenvolvimento

pessoal. Por essa razão, o Colégio vem procurando aproximar ideal e conceitos,

alinhando-os numa perspectiva única, de compartilhamento de objetivos em prol dos

interesses comum. O que vem sendo oportunizado em momentos de confraternização

proporcionados pela Escola, que contribuem para maior integração e relacionamento do

grupo.

5.1.3.2 Parceria escola / família / instituições de promoção humana

Palestras para pais, alunos e professores, reuniões de pais, confraternização de

professores e funcionários, intercâmbios desportivos entre escolas, visitas e excursões,

feiras de ciência e projetos interdisciplinares com temas geradores que favorecem a

reflexão sobre a realidade social e política local e global vem se constituindo em

atividades bastante positivas para esta parceria.

A parcela da comunidade que participa efetivamente desses eventos, embora

sempre demonstrando solidariedade, engajamento e disponibilidade, é ainda, em número,

muito pequena. As justificativas para esse distanciamento da proposta e da programação

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da Escola por parte dos pais, o esvaziamento do compromisso da família com a missão

de educar, sobrecarregando a escola de responsabilidades, a falta de hábito da

comunidade de trabalhar visando o bem comum parecem ser os principais obstáculos que

vem dificultando essa prática.

Percebe-se uma dissonância entre as ações propostas pela escola e as

justificativas por parte dos pais, porque a escola empenha-se na divulgação de suas

programações e não faltam vontade de trabalhar nem riqueza de material humano, ao

passo que a cultura local caracteriza-se pela responsabilização da escola no processo

educativo e de gestão. Essa análise denota que ainda há muito que se construir em

termos de interação com as famílias.

5.1.4 Planejamento, Metodologia e Avaliação

A construção do que será trabalhado com a comunidade escolar, de que forma

será realizado e a mensuração dos resultados, são aspectos significativos no processo de

gestão.

5.1.4.1 Planejamento

Planejamento é o trabalho de levantamento de dados, organização de métodos,

atividades e etapas, visando alcançar os objetivos propostos.

Planejar ações na escola significa levantar quais são os recursos necessários ao

que se pretende dividir tarefas, buscar ajuda apresentar sugestões apoiando os demais

colegas e visando o bem do grupo. Além disso, organizar os passos dados e prever a

duração aproximada das atividades a serem desenvolvidas, indicando os efeitos

esperados e avaliando as estagnações e progressos.

O Colégio Estadual José Elias em seu processo de gestão leva em consideração

que a tarefa primordial da escola é a difusão dos conteúdos. Não conteúdos abstratos,

mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades sociais.

Por essa razão, a proposta educacional prevê os desenvolvimentos dos

conteúdos por meio de projetos interdisciplinares que serão planejados pelo grupo de

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professores a um nível geral e também em reuniões de grupos por séries.

Nas reuniões pedagógicas, tem-se a oportunidade de discutir a importância de

determinados conteúdos, a fim de priorizar os que são fundamentais, buscando técnicas e

meios de aplicá-los de forma mais significativa e integrada à realidade dos alunos.

Cabe ao professor organizar e planejar as situações de ensino e aprendizagem

em sua sala de aula e a escola fará um planejamento anual com a participação de todos

os professores. Neste planejamento anual, são estabelecidos alguns dos projetos que

serão desenvolvidos ao longo do ano letivo, em cada série.

5.1.4.2 Metodologia

Dentro da proposta do Colégio, destacam-se algumas ações que nos levarão a

transformar o plano de trabalho em realidade.

A prática educativa da escola visa uma compreensão científica e filosófica da

realidade em que vive, através da prática social, com momentos de aprendizagem, com

oportunidades de professores e alunos refletir sobre si mesmo e o mundo, buscando as

transformações a serem alcançadas.

Visa também, colaborar na formação do educando em sua totalidade,

incentivando a busca do conhecimento, da cidadania, da criatividade e dos valores

morais, numa perspectiva interdisciplinar, onde a qualidade do ensino e da aprendizagem

alce níveis mais elevados de qualidade, com conteúdos mais significativos e integrados.

Este conhecimento estará vinculado às necessidades, finalidades e realidade do

educando e da sociedade e os professores darão suporte para essa construção. De forma

que, aos educadores, caberá ter clareza nos objetivos a serem alcançados,

estabelecendo uma prática pedagógica para o sujeito e para o grupo, buscando uma

mudança.

Além disso, os professores deverão proporcionar aos alunos, atividades que

tenham caráter de confronto, desafio e experimentação, para que o sujeito sinta a

necessidade da busca e do prazer do encontro, e seja encorajado a ser, a conhecer, a

fazer e a conviver.

Tal metodologia de trabalho prevê e considera que o conhecimento se constrói a

partir de conhecimentos anteriores; que o conhecimento se dá no sujeito por sua ação

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sobre o objeto; que os sujeitos aprendem em tempos diferentes a na interação com o

objeto de estudo; que o conhecimento se dá por aproximações sucessivas e não de uma

só vez; que aprender consiste em adquirir capacidade de analisar, decompor e recompor,

aplicando a cínclise, a análise e a síntese; que o sujeito, diante da situação problema,

elabora hipóteses explicativas e as rompe através da formação de novos esquemas

mentais, e, ainda, que o aluno não aprende na reprodução e na passividade.

Quanto a relação professor-aluno, acredita-se que o papel do educador é

insubstituível, mas acentua-se também a participação no processo. O aluno, com sua

experiência imediata num contexto cultural, participarão na busca da verdade ao

confrontá-lo com os conteúdos e modelos expressos pelo professor. Este, por sua vez,

não se contentará em apenas satisfazer necessidades, e carências, mas buscará

despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar método de estudo, exigir o esforço

do aluno, propondo conteúdos e situações compatíveis com suas experiências de vida

para que o aluno construa sua aprendizagem e participe de forma ativa.

5.1.4.3 Avaliação

A avaliação é uma das interfaces do processo educativo. Por essa razão é

fundamental compreender sua finalidade real. É necessário considerá-la como um

procedimento abrangente e de caráter diagnóstico, que implica uma reflexão crítica sobre

a prática, captando avanços, resistências, dificuldades, e possibilitando novas tomadas de

decisões.

A avaliação escolar é antes de tudo uma questão política, ou seja, está

relacionada ao poder, aos objetivos, às finalidades e aos interesses que estão em jogo no

trabalho educativo.

Inserida no processo de ensino e aprendizagem desde seu início, avaliação

implicará em várias atividades que serão realizadas com o objetivo de verificar o nível de

aprendizagem dos conteúdos propostos. Com esses dados em mãos, professores e

alunos poderão refletir sobre o resultado atingido, tomando novas decisões sobre as

formas mais eficazes de ensinar e aprender.

A rigor, é considerado instrumento de avaliação, qualquer recurso que o professor

ou o grupo de professores julgar importante. Exemplifica-se com as seguintes sugestões:

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relatos de passeios, entrevistas, atividades a serem apresentadas ou expostas na escola

e em ambientes educativos, participação e engajamento em promoções oportunizadas

pela escola, na Feira de Ciências ou Olimpíadas de Matemática, Arte e Literatura, provas

orais ou escritas, participação em seminários, debates e concursos promovidos pela

Escola e qualquer outra forma que torne possível avaliar o nível de aprendizagem dos

alunos.

Em linhas gerais, caberá ao professor, sempre que necessário, buscar novas

metodologias de ensino tornando a aprendizagem mais significativa para o aluno,

resultando numa melhor aprendizagem. A seu turno, os alunos deverão cumprir com suas

responsabilidades, empenhando-se e comprometendo-se consigo, com os colegas e

professores, a fim de superar as dúvidas e as dificuldades que surgirem. Dos pais,

espera-se que participem das atividades promovidas pela escola, das reuniões, Feiras e

Mostras, comparecendo sempre que julgarem necessário e demonstrando interesse pelo

processo escolar de seu filho. Por parte da Escola, serão oferecidas atividades de

recuperação da aprendizagem aos alunos que não alcançarem os objetivos propostos.

A definição clara dos objetivos e responsabilidades individuais dentro do processo

educativo é fundamental neste contexto porque uma sociedade de classes, onde não há

espaço para a neutralidade, posicionar-se como neutro diante dos interesses conflitantes

é estar a favor da classe dominante, que não quer que os outros interesses prevaleçam

sobre os seus.

Em suma, a avaliação está diretamente ligada à concepção de homem, de

sociedade e ao projeto político pedagógico da escola.

5.2 TIPOS DE GESTÃO

Para a concretização do modelo de gestão explicitado, é preciso definir sua

aplicabilidade nas várias dimensões do processo educativo: pedagógica, administrativa e

comunitária.

5.2.1 DIMENSÃO PEDAGÓGICA

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A dimensão pedagógica compreende o processo de planejamento, o currículo, os

objetivos, os conteúdos, a relação professor-aluno, a metodologia e a avaliação.

5.2.1.2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO

O planejamento deve estabelecer fins a serem construídos através do trabalho de

humanização, buscando a satisfação de suas necessidades junto a sua própria realidade,

integrando na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Há que se mencionar, ainda, que o planejamento deve estar acessível a novas

mudanças, interagindo no processo ensino-aprendizagem de forma sistemática.

5.2.1.2 O CURRÍCULO

O ensino fundamenta-se em grandes estruturas que organizam os conhecimentos

propostos, passando a ter preocupações com formalizações para aquisição de

competências básicas necessárias para formar o cidadão crítico/construtivo, bem como

fazer com que o mesmo usufrua seu desempenho na construção de papel ativo, a

compreensão do uso de tecnologias e de suas renovações.

5.2.1.3 Objetivos

Através dos conhecimentos adquiridos e compreendidos no âmbito escolar o

aluno poderá transformar seu mundo. Partindo de uma metodologia que estimule o

interesse, a curiosidade e o espírito de investigação, tornar-se-á possível resolver

situações-problemas, observando as sistemáticas que envolvem os aspectos quantitativos

e qualitativos de sua realidade. Estabelecendo inter-relações entre o conhecimento

científico e sua realidade.

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5.2.1.4 Os conteúdos

Devem-se levar em consideração conteúdos que possam contribuir para o

desenvolvimento intelectual do aluno, ou seja, conteúdos que deem ênfase à construção

e coordenação do pensamento lógico, para o desenvolvimento de sua própria atividade

analisando de forma crítica, buscando uma interação sobre o meio em que atua e a

própria comunidade escolar, num diálogo aberto sobre questões a serem abordadas.

5.2.1.5 A disciplina – Relação professor / Aluno

Em primeiro momento perceber que não basta buscar a solução para uma

situação proposta, deve-se cooperar para resolvê-la e chegar a um consenso, explicando

o próprio pensamento e procurando compreender o pensamento do outro, discutindo

dúvidas, supondo que as soluções dos outros podem fazer sentidos e persistindo na

tentativa de construir suas próprias ideias. Incorporando soluções alternativas, re-

estruturando e ampliando acerca dos conceitos envolvidos nas situações propostas e,

desse modo aprender.

5.2.1.6 Metodologia

O professor deve situar-se no tempo e no espaço, encarando todos os recursos

didáticos possíveis para desenvolver diversos conceitos, bem como, a utilização de

materiais que a escola dispõe principalmente o uso de tecnologias para aquisição do

conhecimento, sendo necessário que o educador esteja sempre se instruindo, buscando

capacitação através de cursos de aperfeiçoamento. Envolvendo o educando com aulas

diferenciadas, despertando a motivação e o interesse pelos conteúdos propostos.

5.2.1.7 Avaliação

A avaliação é intencional e sistemática e, seu processo envolve consequências,

algumas positivas e outras negativas. Ela é uma ação contínua, cumulativa, processual e

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qualitativa. Sua função, além de diagnóstica, é levar o aluno a desenvolver-se como um

todo, motivando-o.

O professor deverá usar todas as informações advindas da formalidade para

cruzá-las com resultados da avaliação formal, e assim compor sua compreensão sobre o

desenvolvimento de cada aluno. A avaliação deve ser empregada em momento certo e de

maneira adequada, não expondo o aluno a situações constrangedoras, devendo ser feita

com ética. Será resultado de um acompanhamento minucioso do aluno, com a

participação deste e de todos os educadores envolvidos no processo de aprendizagem,

através de técnicas e instrumentos diversificados em diferentes momentos da ação

educativa.

A avaliação é um dos elementos do processo de ensino aprendizagem

diretamente vinculado a: concepção de educação, função social da escola, especificidade

do trabalho pedagógico escolar, seleção e organização dos conteúdos, metodologia

adotada e relação professor – aluno.

O processo avaliativo deve considerar as situações avaliativas que o aluno

poderá enfrentar em sua carreira escolar e/ou profissional, preparando-o, assim, para a

vida.

A avaliação deve ser acompanhada por uma assessoria contínua e eficaz da

Equipe Pedagógica, buscando cada vez mais uma interação (diálogo) entre equipe,

professor e aluno, auxiliando em relação a troca de materiais, sugestões, etc. Para que

isso aconteça serão necessárias reuniões pedagógicas mensais, para troca de

experiências.

Dentro da definição de uma postura ética, o professor das séries iniciais deve ter

um comportamento sério com a educação de seus alunos, preparando-os para iniciar a 5ª

série com, no mínimo, o domínio do conhecimento das quatro operações básicas, e a

capacidade de ler, escrever e interpretar, tendo assim condições necessárias para

acompanhar e desenvolver-se no processo ensino aprendizagem. Ao professor de 5ª a 8ª

série, cabe diagnosticar possíveis problemas de seus educandos e buscar soluções com

seus colegas, através de momentos pedagógicos entre professores da rede municipal e

estadual de ensino.

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5.2.2 Dimensão Administrativa

A dimensão administrativa compreende a especificidade da estrutura e a

organização da Escola e da forma de participação de seus trabalhadores, a seguir

explicitadas:

5.2.2.1 A estrutura e a Organização da Escola

Almeja-se uma estrutura onde haja coerência entre as ações pedagógicas,

administrativas, organizadas de maneiras claras, transparentes privilegiando a

democracia.

Nesse contexto, é preciso definir com clarezas as responsabilidades dos

dirigentes: Direção e Equipe Técnica. Para isso é necessário:

Que haja em suas ações clareza, transparência, sempre dentro dos regimentos e

documentos que norteiam as ações técnicas (administrativas e pedagógicas da

escola).

A criação de um quadro – mural que deixe a comunidade escolar, corpo docente e

discente conscientes das ações desenvolvidas e a serem desenvolvidas pela

direção e equipe técnica.

A liderança de uma escola deve ser realizada de maneira compartilhada, com o

diretor como líder, porém distribuindo responsabilidades e compartilhando

decisões, ideias é maximizar resultados com a colaboração de todos envolvidos no

processo, trocando ideias, experiências, planejando ações realizando essas ações

com o diretor demonstra que acredita no potencial de cada profissional, delegando

responsabilidades.

Procurar chegar a uma estrutura de grupo o mais democrático e participativo

possível, o sentimento de igualdade entre os membros deve ser real e

independentemente das naturais diferenças...

Vigiar acerca do comprometimento, porque a falta de consciência do quão

importante é a participação do coletivo, resulta na falta de consciência do poder da

participação do todo, e decorre em resultados negativos para o ambiente escolar.

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5.2.2.2 A forma de participação dos trabalhadores

Um trabalho complementa o outro, estando todos integrados de maneira a atingir

um objetivo comum: proporcionar o pleno desenvolvimento intelectual do educando, por

isso é importante que todos os setores (limpeza, cantina, professores, pedagogos)

comunguem dessa missão, conscientes da importância de sua parcela de contribuição no

processo.

Compete a escola, prover condições objetivas de trabalho para cada segmento e

condições democráticas que possibilitem o questionamento dos problemas e os recursos

necessários para resolvê-lo.

Acerca da obtenção e gerenciamento dos recursos financeiros nesse processo é

preciso observar a intensificação de parcerias com pais, comunidade, empresas, criando

o comprometimento de cada um dos segmentos com os recursos financeiros que a escola

recebe , e ou, precisa ter; a clareza na planilha de aplicação de custos e participação de

todos os envolvidos na escola na aplicação dos recursos; e a prestação de contas mensal

à comunidade escolar.

No que tange aos serviços (Secretaria, limpeza, mecanografia, audiovisuais, etc.),

esses deverão funcionar como um suporte aos professores, e, dependem,

fundamentalmente, da disponibilização por parte dos professores dos conteúdos a serem

trabalhados durante determinado período (quinzenal, semanal, bimestral, à equipe

pedagógica, poderá auxiliar o professor na disponibilização de materiais atualizados,

dinâmicos, modernos, relacionados conteúdos). E ainda, do reconhecimento por parte do

corpo técnico, de que trata de uma parceria entre pedagogos, com os professores,

culminando no enriquecimento de conteúdos e na forma de abordá-los.

5.2.3 Dimensão Comunitária

A dimensão comunitária compreende o relacionamento na escola, o professor, a

família, a participação e organização de Grêmios estudantis, as atividades esportivas e

culturais, a orientação vocacional e o relacionamento com os meios de comunicação

social.

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5.2.3.1 Relacionamento

A escola deve ser um ambiente harmonioso, cooperativo, respeitoso,

democrático, encorajador, disciplinador, formador de opinião, organização, aberto à

comunidade, receptiva as mais variadas classes sociais e a educandos com NEE

(necessidades educacionais especiais).

5.2.3.2 Professor

O professor deve ser comprometido, responsável, que tenha domínio de

conteúdo, que seja aberto a mudanças, que esteja em constante formação, participativo;

ame o que faz, conheça, acredite, faça a diferença na escola e na vida de seus alunos.

5.2.3.3 Relacionamento escola x comunidade

O entendimento do processo de socialização compreende a utilização de

estratégias para a transmissão de um saber sistematizado, local de transmissão do saber

e articulação de ideias, saberes, valores, atitudes, de hábitos e normas que contribuem

para a formação do indivíduo crítico e participativo.

A família, principal aliada à tarefa de estrutura de valores e saberes tem

importância primordial na vida escolar dos filhos. Nada disso seria possível, se não

houvesse empenho de todos na realização de um trabalho preventivo junto aos alunos

enfatizando o senso de propriedade e responsabilidade que eles devem ter para com os

filhos.

O envolvimento dos pais/família tem efeito positivo direto no aproveitamento das

crianças, por isso a família deve estar ciente de que a escola é parceira e que necessita

de aliados para o seu bom andamento.

O envolvimento da família aumenta de forma significativa às oportunidades para

todos os estudantes, e é fundamental para aqueles que se encontra em situações de

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risco. Infelizmente os pais desses estudantes geralmente são os que mais relutam em se

envolver na escola. Por isso, as escolas comunidades devem procurar estratégias que

promovam o envolvimento das famílias daqueles com dificuldades na vida acadêmica e

social.

5.2.3.4 Participação e organização do Grêmio Estudantil

A participação efetiva da comunidade escolar possibilita:

Conscientização e organização do Grêmio estudantil;

Participação em projetos;

Trabalhos em grupos;

Debates;

Pesquisas extra-classe;

Participação em oficinas;

Projetos voluntariados;

Maior participação das atividades culturais, esportivas, estimular parcerias escola-

comunidade, divulgar a importância das ações voluntárias.

5.2.3.5 Atividades esportivas e culturais

Eventos mais dinâmicos, extracurriculares participativos que valorizem a auto-

estima do aluno e seus familiares, mostrando que a escola é um meio de socialização;

(feiras, exposição de trabalhos, visitas culturais).

5.2.3.6 Orientação Vocacional

A Orientação Vocacional pode ser aplicada com a ajuda de uma equipe

pedagógica especializada (psicopedagogo, psicólogo) ou por meio de parcerias que

auxiliem constantemente esse processo.

A rigor, não cabe ao professor aplicar teste vocacional, nem equipe pedagógica

da escola, mas é papel do professor a orientação quanto as diferentes profissões e a

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competitividade do mercado de trabalho.

5.2.3.7 RELACIONAMENTO COM MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Procurar integrar a escola com os jornais locais, emissoras de rádio, incentivar a

participação em reuniões da (Câmara de Vereadores, Fórum Local de Desenvolvimento

Sustentável, seminários, projetos do Canal Futuro, entre tantos outros).

5.3 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO

Os recursos disponibilizados para o Colégio advêm do Fundo Rotativo, do PDDE,

e das ações da APMF, conforme especificado abaixo:

5.3.1 Fundo Rotativo

O Fundo Rotativo é um instrumento, criado por lei, para viabilizar, com maior

agilidade, repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de Ensino da Rede

Estadual, destinados à manutenção e outras relacionadas com a atividade educacional.

Os Estabelecimentos de Ensino recebem recursos com base no número de

alunos matriculados, valor linear e outros indicadores educacionais e sociais. Além dos

critérios mencionados, o FUNDEPAR poderá repassar recursos utilizando-se de outras

variáveis, dependendo do tipo da oferta e das atividades desenvolvidas pelos

Estabelecimentos de Ensino.

Classificação das despesas:

Assistência aos alunos

Manutenção e Conservação

Laboratórios

Despesas de Capital

Com relação à Prestação de Contas, será enviada até 31 de julho, a prestação de

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contas parcial, relativa às despesas realizadas até 30 de junho. Até 31 de janeiro do ano

subsequente, encaminhar a Prestação de Contas do segundo semestre, que será

incorporado à prestação de contas do primeiro semestre.

5.3.2 PDDE

O PDDE é um programa federal implantado desde 1995 pelo MEC e executado

pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Sua concepção baseou-se no

princípio da descentralização da execução dos recursos federais destinados à educação

fundamental e no esforço ao exercício da cidadania, reconhecendo que “o cidadão será

tanto mais cidadão quanto menos for espectador e maior for seu compromisso com o bem

comum ou com o interesse público”.

5.3.2.1 FINALIDADES E FORMA DE EXECUÇÃO

O programa de prover a escola com recursos financeiros, creditados diretamente

em conta específica da Unidade Executadora (APMF) – UEX, visando contribuir

com a melhoria de sua infra-estrutura física e pedagógica – melhoria da qualidade

do ensino fundamental;

Que a utilização dos recursos decorra de decisões democráticas oriundas da

Comunidade Escolar. Este aspecto propicia o exercício da cidadania, o controle

social, a transparência, a racionalidade, a criatividade e a preocupação com a

qualidade e com os resultados;

Que a escola tenha seu espaço de decisão ampliada, não construída de fora para

dentro, mas sim a partir de um trabalho COLETIVO, mediante processos criativos,

gerados e gerenciados no interior da própria escola.

5.3.2.2 FINALIDADE DO RECURSO E FORMA DE EXECUÇÃO

Os recursos liberados pelo MEC/FNDE são destinados para manter e

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desenvolver o ensino fundamental, e tem como base o número de matrículas do ano

anterior, em 02 categorias econômicas: de Capital e de Custeio.

De Capital – são aquelas destinadas a cobrir despesas com aquisição de

equipamentos e material permanente para as escolas.

De Custeio – são aquelas destinadas a cobrir despesas com a aquisição de bens e

materiais de consumo e a contratação de serviços para funcionamento e

manutenção das atividades da escola.

A APMF terá que no dia 15 de dezembro, apurar as suas contas, identificando o

saldo a ser programado, os rendimentos de aplicação financeira e as despesas que foram

realizadas, objetivando o preenchimento de anexos, e encaminhar a prestação de contas

até o dia 20 de dezembro. APMF.

5.3.3 VERBAS DA APMF

A única forma de arrecadação é através de torneios, bazares promovidos pela

escola, entre outros.

E a prestação de contas acerca da aplicação dessas verbas segue a mesma

sistemática dos demais aportes financeiros, ou seja, até 15 de dezembro, a APMF deve

apurar suas contas, identificando o saldo a ser programado, os eventuais rendimentos e

as despesas que foram realizadas.

5.4 CALENDÁRIO ESCOLAR

A elaboração do calendário escolar, horários letivos e não são definidos por

determinação da SEED articulados ao calendário de feriados oficiais municipais.

(Calendário Escolar em Anexo)

5.5 ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

O Colégio Estadual José Elias conta com 1.115,31 m2, distribuídos em 12 salas

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de aula (cerca de 500 carteiras), 08 Sanitários, Sala Multiuso, Depósito, Secretaria, Sala

de Professores, Diretoria, Orientação e Cozinha.

Conta com 03 televisores, 01 vídeo cassete, 01 retroprojetor, equipamento de 02

DVD, 01 caixa de som (amplificada), 1 amplificador equipado com 10 caixas de som

ambiente, 03 rádio com CD player e 02 microfone, um aparelho de multimídia. No

Laboratório de Ciência existem equipamentos para experiências de Química, Física e

Biologia.

A Biblioteca da escola possui acervo seleto com cerca de 2.500 títulos, para

atender aos alunos do Ensino Fundamental e Médio, que está à disposição da

comunidade. Conta com regulamento próprio onde estão explicitados: organização,

funcionamento e atribuições do responsável que recebe orientações da Equipe

Pedagógica, com a aprovação da Direção e do Conselho Escolar.

O Governo do Estado implantou o Programa Paraná Digital equipado com 20

computadores no laboratório, 4 na secretaria, 3 impressoras todos com internet via

satélite.

Laboratório do PROINFO, equipados com 10 computadores e 1 impressora com

internet wireles e ar condicionado.

O Colégio recebeu a ordem de serviço para o início da construção de uma Quadra

Coberta e iluminação.

5.6 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

A organização do currículo segue a base nacional comum do ensino médio, adiante

explicitada:

5.6.1 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

Embora o conhecimento de uma língua estrangeira tenha o seu prestígio na

sociedade, a escola omitiu-se, durante muito tempo, ao não dar a devida relevância à

Língua Estrangeira na formação do indivíduo. Esta omissão fez com que o aluno

buscasse uma prática pedagógica condizente com a modernidade, o que, em geral, foi

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encontrado nos cursos livres.

A LDB nº 9394/96, valoriza as Línguas Estrangeiras Modernas, resgatando o seu

papel de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo. Elas, assumem a

condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que

permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente, propiciam

sua integração num mundo globalizado.

Saliente-se aqui que a Língua Estrangeira revela-se muito importante para

discussão dos efeitos do fenômeno da globalização na educação. É essencial que se

chame atenção do aluno para a necessidade cada vez maior da sua qualificação

profissional mostrando que o conhecimento de uma ou mais línguas estrangeiras só pode

enriquecer o seu currículo, preparando-o de maneira mais eficaz para enfrentar e

entender as diferenças entre países ricos (globalizadores) e países pobres (globalizados)

que a cada dia se aprofundam.

A língua Inglesa foi adotada por este Colégio e planejamento contempla

conteúdos específicos para o Segundo Ciclo do Ensino Fundamental e para o Ensino

Médio. Três professores respondem pela disciplina nos dois níveis, que possuem carga

horária de 02 aulas semanais para ensino fundamental e médio. Além da língua Inglesa a

Língua espanhola também foi implantada na escola em 2010.

5.7 ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ

Em atendimento ao que prevê a instrução nº 04/2005, da SEED/SUED, os

estudos sobre o Estado do Paraná e suas características passaram a ser tratados de

forma diferenciada no planejamento educacional deste Colégio, dentro das disciplinas de

História e Geografia. Como metodologia foi adotado o desenvolvimento de projetos da

pesquisa bibliográfica junto a turmas de todas as séries da segunda etapa do Ensino

Fundamental (5ª/8ª séries) e do Ensino Médio.

Paralelamente, foi adotada a abordagem interdisciplinar dos conteúdos

específicos, correlacionando aspectos da realidade do Estado no contexto nacional e

mundial. Sob a orientação e com o apoio da Coordenação do Colégio, os professores

estabelecem atividades envolvendo várias disciplinas, ensejando a pesquisa, o estudo e a

reflexão acerca de recortes isolados e temas específicos e desdobrados na forma de

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contextualização que permite a compreensão do papel do Estado no cenário econômico,

histórico, social e cultural nos vários momentos da História.

5.8 CONCEPÇÃO E DIRETRIZES GERAIS DE AVALIAÇÃO

No que tange aos aspectos conceituais relacionados à prática da avaliação, é

importante observar que ao longo do que foi discutida nos pressupostos teóricos

metodológicos, de forma um tanto implícita, foi-se delineando uma concepção de

avaliação e as diretrizes filosóficas, políticas e pedagógicas que se pretende sejam

definidas pelo, Colégio Estadual José Elias em conjunto com seu corpo docente e

aplicada às situações de avaliação.

Cabe, portanto, neste item, explicitar os aspectos conceituais, a teoria e a prática

na avaliação e as alternativas possíveis de avaliação, no sentido de buscar um elevado

grau de sintonia entre essas diretrizes e as finalidades definidas pelo projeto pedagógico

da escola.

Em termos históricos, foi nos anos 30 que o tema de avaliação passou a ser

objeto de atenção e discussão. Na época, o enfoque dado, e que por muito tempo

marcaria a educação brasileira, estava apoiado na avaliação por objetivos, sendo

processo destinado a verificar o grau em que mudanças comportamentais estão

ocorrendo. A avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que se pretende

em educação é justamente modificar tais comportamentos.

Trata-se de uma perspectiva comportamentalista de avaliação, que resume a

avaliação em verificação das mudanças ocorridas; voltada para atender aos objetivos do

sistema escolar e não às necessidades do aluno; centrada na objetividade em detrimento

da subjetividade; marcada para acontecer em momentos especiais e dentro de rituais

especiais; feita para apreciar o produto e não o processo.

Enfim, um ensino e uma avaliação voltados fundamentalmente para a idéia e a

prática de que deve fazer uma escola para a transmissão do conhecimento, através da

transmissão da informação. É também um modelo de educação que, segundo Paulo

Freire, tem como objetivo a domesticação do educando e não a sua humanização.

Constitui-se, então, em expressão de um modelo de sociedade marcada pelo

autoritarismo, pela conservação e reprodução de uma ordem instituída que beneficia

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algum em detrimentos de muitos.

Hoje, o fenômeno avaliação está carregado de definições. Professores, técnicos e

alunos usam, e atribuem ao termo, diferentes significados que indicam uma recorrência

muito grande a práticas avaliativas tradicionais: dar nota é avaliar, registrar conceitos é

avaliar; fazer prova é avaliar; descrever comportamentos é avaliar; analisar desempenho

é avaliar; julgamento de resultados é avaliar.

O que se deduz desse contexto é que ainda se continua pensando e praticando

avaliação como um momento distinto da ação educativa, dissociado do processo didático

de ensino – aprendizagem, e despojado de caráter problematizador, questionador e

reflexivo da prática do professor. O ato de avaliar é associado, estritamente, à realização

de provas finais e às atribuição de notas ou graus classificatórios.

Completando esse quadro de imprecisão e instabilidade conceitual, observa-se

uma grande contradição entre a teoria e a prática na avaliação. O discurso, por vezes,

apresenta-se avançado, inovador, enquanto a ação avaliativa concentra-se na realização

das fórmulas tradicionais, como, por exemplo, as provas finais, com forte inclinação para

a cobrança de conteúdos formais.

É uma prática reveladora de uma concepção de avaliação, chamada de

sentenciva e reducionista, no sentido de que ela é terminal e se resume os resultados

finais. Para Jussara Hoffmann, essa contradição é reflexo do modelo de avaliação

vivenciado pelo professor, quando aluno e dos pressupostos teóricos que orientam seu

curso de formação: É necessária a tomada de consciência dessas influências para que a

nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o

autoritarismo que contestamos pelo discurso.

Junte-se a esse panorama a prática de aplicação de medidas educacionais, como

os chamados testes e provas objetivas e discursivas, como instrumentos de medição da

aprendizagem dos alunos.

Primeiro, porque a expressão medida adquiriu uma conotação ampla e difusa.

Pode-se medir a frequência do aluno; o número de acertos em uma tarefa; o número de

trabalhos entregue, mas não se pode medir a compreensão de um enunciado, a

interpretação de um problema e, esses instrumentos, às vezes, são incorretamente

utilizados como meios para averiguar e medir dados dessa natureza.

Segundo, porque muitos professores ainda acreditam que “tudo pode ser medido”

sem se dar conta de que muitas notas são atribuídas pelo professor. O teste é

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fundamentalmente um instrumento de questionamento sobre as percepções de mundo,

avanços ou incompreensões dos alunos. Exige do professor uma tarefa séria de

interpretação.

5.8.1 Enfoques e alternativas da avaliação

Falar sobre enfoques e alternativas de avaliação é encaminhar um tanto na

contramão daquilo que é mais frequente em termos de discussão sobre avaliação: a de se

identificar o que não deve ser ao invés de se ressaltar o que deve ser o melhor.

É sobretudo, apontar ao educador perspectivas para transformar a avaliação em

mais um instrumento em benefício da educação e torná-la um processo mais

democrático, no sentido de ser diagnóstica, meio de construção do conhecimento e de

promoção da autonomia do aluno. Essa perspectiva compreende então uma teoria e uma

prática de avaliação mais centrada no aluno do que no sistema escolar, por isso mais

atenta e cuidadosa às diferenças sociais e culturais do educando, mais dialógica e

interativa. Portanto, idealizada segundo as premissas e diretrizes ressaltadas abaixo:

Retirar do erro a conotação de fracasso e, da dúvida, o indicativo de falta de estudo

e leitura. O erro e dúvida são elementos que compõem o processo de

aprendizagem e permitem ao professor intervir com segurança no processo de

construção do conhecimento, fazendo com que a avaliação seja para o aluno uma

oportunidade de ação-reflexão;

Elaborar atividades que permitam a manifestação de conhecimentos paralelos,

além ou à margem do que foi solicitado pelo professor. Muitas e diversificadas

atividades oportunizam ao aluno momentos de expressão de suas ideias;

Abrir espaço para a expressão do pensamento divergente, para a diversidade de

opinião, bem como para a revelação da construção ou aprimoramento de processos

cognitivos. Planejar e realizar uma ação avaliativa requer também considerar

multirreferencialidade e a multiculturalidade;

Deixar de considerar as avaliações feitas nas semanas de prova ou em dias

especiais, como únicos instrumentos representativos da aprendizagem do

educando, mas considerar que todas as atividades, realizadas no dia-a-dia da sala

de aula, podem ser indicativas do desenvolvimento do aluno;

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Utilizar toda e qualquer atividade significativa para a aprendizagem, como

instrumento para diagnosticar e investigar as mais variadas situações de construção

de conhecimento do aluno. As atividades devem ser diversificadas, de forma que

atendam às múltiplas inteligências.

5.8.2 Operacionalização da avaliação no Colégio Estadual José Elias

Com base nesses conceitos, os processos avaliativos inerentes ao Desempenho

Pessoal Docente e não Docente, do Currículo, das Atividades Extracurriculares, e do

próprio PPP do Colégio Estadual José Elias compreende as seguintes diretrizes e

procedimentos:

5.8.2.1 Avaliação do Desempenho Pessoal Docente

A avaliação do desempenho do corpo docente se dá nos moldes preconizados

pela SEED, compreendendo pontualidade, participação, acompanhamento do

aproveitamento médio das turmas sob responsabilidade do professor em sua disciplina

específica. Havendo dissonância na didática na performance da classe entre uma

disciplina e outra, identifica-se a deficiência na didática, momento em que o Coordenador

fornece o suporte necessário para a superação de eventuais dificuldades.

Persistindo o problema, o professor deve submeter-se a uma reciclagem de

conteúdos, metodologia e de interação com novas estratégias, com vistas a agregar valor

à sua prática pedagógica e encontrar-se em condições de mediar satisfatoriamente o

processo de ensino-aprendizagem.

5.8.2.2 Avaliação de Desempenho Pessoal não Docente

Também orientado por normativas da SEED, a avaliação do pessoal técnico e de

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apoio do Colégio está baseado na eficácia. Isso porque se espera do profissional que

atua nessas áreas de suporte, procedimentos, ações, comportamento e iniciativas que

visem dar solução adequada e definitiva às questões e tarefas sob sua responsabilidade.

Outros aspectos que instruem a avaliação do desempenho do pessoal não

docente são: pontualidade, assiduidade, comprometimento, postura profissional,

organização, precisão nas informações, atitude proativa e responsabilidade.

5.8.2.3 Avaliação do Currículo

A avaliação do currículo é feita pela Equipe Diretiva do Colégio, observando as

necessárias emanadas nas necessidades específicas das comunidades atendidas, com

base nos pressupostos filosóficos estabelecidos para a Proposta Político Pedagógica.

5.8.2.4 Avaliação das Atividades Extracurriculares

Com base nos pressupostos teóricos contemporâneos que preconizam o

incentivo às atividades extracurriculares como forma de oportunidades ao

desenvolvimento de habilidades e potencialidades latentes no indivíduo, os alunos são

avaliados de forma diagnóstica e acompanhados em todo processo educativo, sendo que

todas as transformações e avanços observados são registrados.

Se, no decorrer do processo o(s) aluno(s) não apresentarem o aproveitamento

desejado, essas atividades sofrerão reorientação em seus projetos, estabelecendo novas

estratégias ou metodologias, de forma a poder proporcionar ao aluno reais condições de

desenvolvimento.

5.8.2.5 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

As propostas curriculares atuais, bem como a legislação vigente, primam por

conceder uma grande importância à avaliação, reiterando que ela deve ser: contínua,

formativa, somática e personalizada, concedendo-a como mais um elemento do processo

de ensino-aprendizagem, o qual permite conhecer o resultado das ações didáticas e, por

conseguinte, melhorá-las.

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Na verdade, o elemento chave da definição de avaliação implica em julgamento,

apreciação, valoração, e qualquer ato que implique em julgar, valorar, implica que quem a

prática tenha uma norma ou padrão que permita atribuir um dos valores possíveis a essa

realidade. Ainda que avaliar implique alguma espécie de mediação, a avaliação é muito

mais ampla que a mediação ou qualificação, ou seja, não é um processo parcial e nem

linear. E, Ainda que se trate de um processo, está inserido em outro muito maior que é o

de ensino -aprendizagem e nem linear porque deve ter reajustes permanentes.

Assim, de forma prática, a avaliação do PPP, diagnóstica, formativa e somativa

atende aos seguintes critérios:

Contexto: perfil do aluno, diagnóstico da realidade e da bagagem de conhecimento

do aluno

Finalidades: objetivos, metas e diretrizes de trabalho, programas institucionais:

políticas públicas;

Funções:

a) Administrativas - proposta de gestão, planos e programa, avaliação institucional

e mecanismos de controle;

b) Base - processo de ensino-aprendizagem, relações professor-aluno, programa

de ensino, avaliação do rendimento escolar.

Resultados:

c) Padrão de desempenho dos alunos;

d) Acompanhamento dos alunos;

e) Evasão (índices - Causam);

f) reprovações (índices).

5.9 ESTRATÉGIAS PARA ARTICULAÇÃO COM FAMÍLIA E COMUNIDADE

O Colégio Estadual José Elias, desenvolve suas atividades de forma articulada

com as seguintes/instituições, Conselho de Classe, Associação de Pais, Mestres e

Funcionários e Conselho Escolar. A Escola está organizada para, a partir de 2010, iniciar

as atividades Grêmio Estudantil.

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5.9.1 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e de

deliberação de assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a classe do

estabelecimento de ensino, portanto existem tantos conselhos quanto ao número de

turmas da escola.

Esse conselho objetiva avaliar o processo-ensino-aprendizagem na relação

professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso, e tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do

professor na Direção do processo ensino-aprendizagem, propostos pelo Plano

Curricular;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;

Analisar os resultados de aprendizagem em relação ao desempenho da turma, à

organização dos conteúdos e ao encaminhamento metodológico;

Utilizar procedimento que assegurem a comparação com parâmetros indicados de

ensino, evitando a comparação dos alunos entre si;

E constituído por: Diretor, Supervisor de Ensino, Orientador Educacional e pelos

professores que atuam na mesma classe; sendo que a presidência do Conselho

está a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento, é substituído pelo

Diretor –Auxiliar e Pedagogos. O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em

cada bimestre, em datas previstas no Calendário Escolar, ou extraordinariamente,

sempre que necessário.

São atribuições do Conselho de Classe: emitir pareceres sobre assuntos referentes

ao processo de ensino-aprendizagem respondendo a consultas do Diretor e da

Equipe Pedagógica; analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamento metodológico e processos de avaliação que afetem o rendimento

escolar; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo

em vista o respeito e a cultura do educando, integração e relacionamento com

alunos na classe; estabelecer planos variáveis de recuperação de alunos, em

consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino; colaborar com

a equipe pedagógica na elaboração/execução dos planos de adaptação dos alunos

transferidos, quando necessário; decidir sobre a aprovação do aluno que, após a

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apuração do resultado final não atinjam o mínimo solicitado, levando-se em

consideração o desenvolvimento do aluno até então.

As reuniões de Conselho de Classe são lavradas em ata pelo secretário em livro

próprio, para registro, divulgação aos interessados.

5.9.10 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar

em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Politico-Pedagógico e o Regimento do Colégio,

para o cumprimento da função social e específica da escola.

Trata-se de órgão colegiado de direção constituído, e os princípios da

representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais perde

sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar, portanto abrange toda a

comunidade escolar e tem, como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação

do Projeto Politico-Pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser

desenvolvida no estabelecimento de ensino.

O Conselho Escolar é um fórum permanente de debates, de articulação entre os

vários setores da escola, tendo em vista as necessidades educacionais e os

encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e

financeiras, que possam interferir no funcionamento da mesma.

Acerca da sua atuação efetiva, o Conselho Escolar é responsável pelas ações

voltadas à organização/funcionamento da escola, nos termos do PPP e das políticas

educacionais da SEED, responsabilizando-se pelas suas deliberações.

As atribuições do Conselho Escolar são definidas em função das condições reais

da escola, da organização do próprio Conselho e das competências do profissional em

exercício na unidade escolar. Portanto, neste Colégio, são atribuições do Conselho

Escolar: aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico da escola;

analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto político-pedagógico da

mesma; criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração

do projeto político-pedagógico bem como do regimento escolar, incluindo suas formas de

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funcionamento aprovados pela comunidade escolar; acompanhar e avaliar o desempenho

da escola face às diretrizes. Prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual,

redirecionando as ações quando necessário; analisar projetos elaborados e/ou em

execução por quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido

de avaliar sua importância no processo educativo; analisar e propor alternativas de

solução à questões de natureza pedagógica, administrativa e financeira, detectadas pelo

próprio Conselho Escolar, bem como as encaminhadas , por escrito, pelos diferentes

participantes da comunidade escolar, no âmbito de sua competência; articular ações com

segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do

processo ensino-aprendizagem; definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escola

mediante Planos de Aplicação, bem como de prestações de conta desses recursos, em

ação conjunta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF; discutir,

analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento Escolar encaminhadas

pela comunidade escolar; discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da

escola, objetivando o aprimoramento do processo pedagógico, respeitadas as diretrizes

emanadas da Secretaria de Estado da Educação; zelar pelo cumprimento e defesa aos

Direitos da Criança e do Adolescente, com base na Lei 8.069-90 – Estatuto da Criança e

do Adolescente; avaliar, periodicamente e sistematicamente, as informações referentes

ao uso dos recursos financeiros, os serviços prestados pela Escola e resultados

pedagógicos obtidos; encaminhar, quando for necessário, à autoridade competente,

solicitação de verificação, com fim de apurar irregularidades de diretor, diretor - auxiliar e

demais profissionais da escola, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus

membros, em Assembleia Extraordinária convocada para tal fim, com razões

fundamentadas, documentadas e devidamente registradas.

E, ainda, assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua

competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para: o cumprimento

das disposições legais; a preservação do prédio e dos equipamentos escolares; a

aplicação de medidas disciplinares previstas no Regimento Escolar quando

encaminhadas pela Direção, Equipe Pedagógica e/ou referendadas pelo Conselho de

Classe; e, comunicar ao órgão competente as medidas de emergência, adotadas pelo

Conselho Escolar, em casos de irregularidades graves na escola.

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5.10 ACOMPANHAMENTO-AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

No processo de construção, desenvolvimento e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do Colégio Estadual José Elias, são parceiros, além do corpo técnico, os

professores das várias disciplinas, os representantes do Conselho Escolar, e a

comunidade, representada pelos integrantes da APMF.

Este é o objetivo conceitual da escola, cujos desdobramentos em cada uma das

disciplinas serão, diante, explicado:

5.10.1 Ciências

Acerca da concepção da área e seu objeto de estudo, é importante observar que

o estudo das Ciências Naturais é decorrente da evolução desta área, a partir do século

XVII, quando na primeira metade desse século, Francis Bacon e René Descartes

formulam as bases do pensamento cientifico.

Também nessa época surgiu a contribuição da Comenius quem já destacava os

seguintes princípios: todo ensino deve fazer-se de acordo com a natureza, exercitando-se

primeiro os sentidos; todo ensino deve começar com a intuição das coisas reais, e não

com sua descrição verbal; em todas as partes deve-se procurar sempre a relação causal;

seguir do facial para o difícil, do próximo para o distante, do conhecido para o

desconhecido; deve-se relacionar objetos afins entre si para não estuda-los ao mesmo

tempo, senão uns depois dos outros.

No século seguinte, no bojo das transformações que marcaram a chamada era

das evoluções, o filósofo iluminista francês Jean Jacques Rousseau proclama a

necessidade de atender-se ao interesse da criança para que a sua educação tenha o

objetivo franco e natural de desenvolver suas tendências, que consistiria em: fundar o

saber na própria observação, e não em informações alheias; dirigir a atenção do aluno

para a natureza e, assim despertar de pronto a curiosidade; na investigação da natureza,

começar pelos fenômenos mais correntes e mais facilmente abordáveis.

O naturalismo pedagógico de Rousseau criou as raízes que levaram a educação

ao desenvolvimento de concepções psicológicas que marcariam o século XIX que, por

sua vez, ficaria conhecido como o século da democratização da ciência, da sua

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vulgarização e difusão.

Ainda no início do século, o ensino elementar das Ciências, nas escolas primarias

e secundarias, começa a se difundir. Hoje, o ensino de Ciências, no Ensino Fundamental,

destaca os valores humanos associados ao aprendizado cientifico, procurando conjugar o

desenvolvimento cognitivo dos estudantes a idade deles, suas experiências, identidade

cultural e social, e aos diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem

ter para eles, isto garante que a aprendizagem seja significativa.

Esse enfoque pressupõe que o ensino de Ciências seja sustentado por uma

proposta curricular que integre ciência-tecnologia-sociedade.

5.10.1.1 O ensino de Ciências e a abordagem interdisciplinar

Crianças e jovens quando chegam à escola trazem consigo um significativo

repertório de representações e explicações da realidade, que deve ser levado em conta

na seleção e organização dos conteúdos para o ensino de Ciências, os quais são

fundamentais para a construção da identidade dos sujeitos e da cultura na qual se insere.

Desta forma, eles devem estar articulados para a construção da identidade dos sujeitos e

da cultura na qual se insere. Desta forma, eles devem estar articulados para que não

sejam tratados como assuntos isolados ou estanques, pouco atraentes e nada

significativos. Também devem fornecer conhecimentos que estimulem um comportamento

cientifico relacionado à saúde pública e pessoal, e uma consequente ação de preservação

ambiental, como elemento de construção de uma vida saudável.

Nesse sentido, o estudo de Ciências contemplará discussões vinculadas ao

binômio saúde-e-sociedade, priorizando as doenças decorrentes do subdesenvolvimento

e aquelas, fruto de novos tempos, como por exemplo, a AIDS, que exige a participação

efetiva da escola, no sentido de ir além da informação técnica sobre a doença, para criar

uma atitude responsável, refletida por um comportamento de sexo seguro.

Todas essas propostas exigem que, em sala de aula, sejam utilizados métodos

ativos, como observação, experimentação, jogo e diferentes formas textuais para obter e

comparar informações, despertando assim o interesse dos estudantes pelos conteúdos.

Com estas condições de aprendizagem oferecidas aos alunos, espera-se que eles

possam desenvolver uma compreensão de mundo que possibilite a aquisição e o

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processamento da comunicação, a avaliação de situação e a tomada de decisões, bem

como uma atuação positiva e crítica em seu meio social.

É imprescindível, portanto, o desenvolvimento de atividades específicas tais

como: atividades práticas para observação dos fenômenos da natureza, leitura e

discussão de textos/jornais e ou revistas, trabalhos de campo, pesquisas, produção de

textos coletivos, palestras e debates, confecção de murais, exibição de vídeos e Cds,

desenvolvimento de programas em computador, projetos interdisciplinares, exposições

dos trabalhos, interpretação e construção de gráficos.

É importante ressaltar que o desenvolvimento destas atividades deve estar

atrelado à organização dos conteúdos. Os conteúdos de Ciências no Ensino Fundamental

devem ser organizados em blocos que os contextualizem e os estruturem de forma

significativa e coerente, possibilitando diferentes modos de sequenciação interna ao ciclo

e a incorporação de conteúdos de importância local, além de favorecer a conexão entre

os eixos temáticos: Terra-Universo, Vida-Ambiente, Ser Humana-Saúde e Tecnologia-

Sociedade, numa perspectiva interdisciplinar:

Condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica;

Compreender a tecnologia com meio para suprir necessidades humanas, sendo

capaz de elaborar juízo sobre riscos e benefícios de suas práticas;

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos a serem promovidos por diferentes agentes;

Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das Ciências Naturais, pondo em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta,

organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir crítica e cooperativamente para

a construção coletiva do conhecimento.

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5.10.2 GEOGRAFIA

Para compreender a concepção de área e o objeto de estudo da geografia é

preciso considerar que o fazer geográfico tem sido tema de reflexão constante na busca

de um saber cotidiano, contextualizando e, sobretudo, socializado. E, como em todos os

estabelecimentos de ensino, preocupados com o aprimoramento da aprendizagem e, em

especial, com o fazer geográfico, o Colégio Estadual José Elias, tem sido atingidos pelas

múltiplas tendências, como, por exemplo, a da Geografia Critica e da Histórica.

A simples visão geográfica apoiada na memorização e descrição de dados, tão

caracterizada na dualidade Terra-Homem, não cabe mais no contexto de ensino de

Geografia e obviamente das avaliações nos diferentes níveis de escolaridade.

Os novos Parâmetros Curriculares deixam evidentes que a crise da geografia

trouxe o enriquecimento do conhecimento geográfico através de uma nova relação entre a

teoria e a prática. Esta se baseou na análise critica da construção de um corpo de

conhecimento e de sua metodologia, cujos instrumentos fossem capazes de responder às

questões postas por esta ciência para a formação do cidadão, não permitindo que ele

submergisse a voracidade das transformações ocorridas no Brasil e no mundo.

A construção da Geografia coloca para os professores grandes desafios, quando

se propõe a refletir socialmente sobre o sujeito, agente transformador desta realidade,

assim: a escola se transforma em lócus da elaboração individual e coletiva do senso

crítico e de valores éticos, construídos a partir de uma leitura mais interativa e

participativa. As competências e habilidades devem ser refletidas sob pena de alijar o

debate que vem sendo travado nas áreas competentes, continuando o aluno como

receptáculo de informação, ao invés de um ser crítico, capaz de criar/construir o saber,

tomar decisões e solucionar questões.

Os métodos e as teorias da Geografia tradicional tornaram-se insuficientes para

responder essa complexidade e, principalmente, para explicá-la. Contrapondo-se à

Geografia tradicional que priorizava o estudo da relação homem-natureza, sem

caracterizar as relações sociais, a geografia marxista (QUIANI, 1979) aponta para as

relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza, na produção do espaço geográfico,

sendo que ambas negligenciam a relação do homem e da sociedade com a natureza em

sua dimensão sensível de percepção do mundo: uma, nega ao homem a possibilidade de

um conhecimento que passe pela subjetividade do imaginário; a outra, por tachar de

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idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com

a natureza. São necessárias abordagens que considerem as dimensões subjetivas e

singulares que os homens estabelecem com a natureza.

A geografia na escola de campo deve ser compreendida como um processo, em

construção, que contempla em sua lógica a política que pensa a educação como parte

constitutiva do desenvolvimento do campo.

A importância de um ensino no meio rural que viabilize uma educação voltada

para a compreensão das mudanças espaciais, valorizando a realidade e os costumes

locais. Na escola de campo, é necessário que a educação esteja voltada para a

população rural, ressaltando a necessidade de considerar o campo como um lugar

específico e com sujeitos que lhe são próprios os quais possuem história, cultura,

identidade e lutas que devem ser respeitadas e legitimadas.

A geografia enquanto disciplina, precisa estar diretamente relacionada com o

espaço produzido pelo camponês com a necessidade de se re-territorializar o saber aos

habitantes do campo, deve ser uma disciplina capaz de compreender a realidade

camponesa e produzir o conhecimento geográfico que entenda e atenda as necessidades

do morador da área rural e, assim valorizar o seu conhecimento popular, numa

perspectiva relacional com conhecimento científico. Construir um processo civilizatório de

relação equilibrada entre a sociedade e natureza

5.10.2.1 O ensino da Geografia e a abordagem interdisciplinar

O ensino da Geografia, no Colégio Estadual José Elias, está centrado não apenas

na descrição empírica das paisagens, tampouco se pauta exclusivamente na

interpretação política e econômica do mundo, mas trabalha as relações sócio-culturais da

paisagem, como também, os elementos físicos e biológicos, que dela fazem parte,

investigando as múltiplas interações entre elas, estabelecidos na constituição de um

espaço: o espaço geográfico.

A Geografia que se quer é aquela que o aluno compreenda melhor, e de forma

mais ampla, a realidade, possibilitando que nela interfira de maneira mais consciente e

prepositiva. Urge a necessidade de conhecimentos múltiplos, o domínio de categorias e

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procedimentos básicos com os quais não apenas compreenda as relações sócio-culturais

e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer

e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento

geográfico.

É relevante observar que a escola, enquanto instituição de ensino e

aprendizagem deve buscar a formação do indivíduo total, questionando a visão

antropocêntrica, ocidental, dicotômica da relação homem/natureza, estabelecida e

cristalizada na sociedade industrial e inaugurada pelo capitalismo, não devendo, pois, ter

como parâmetro apenas o programa de vestibular, norteando o seu método ou os seus

conteúdos. Acima de tudo, o vestibular, deve ser reflexo do ensino básico, espelhando o

trabalho executado em sala de aula.

Sem dúvida, professores, orientadores e mesmo os livros didáticos estão

preocupados com uma revisão crítica do conhecimento do espaço, de forma

multidisciplinar, numa tendência positiva, onde os geógrafos, dentro das suas

perspectivas, tentam definir o que é e para que serve a Geografia, a sua função como

disciplina escolar e as linhas metodológicas nas quais se fundamenta.

A maneira mais comum de ensinar Geografia tem sido pelo discurso do professor

ou pelo livro didático. Abordagens mais recentes têm buscado práticas pedagógicas que

permitam aos alunos, os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes

momentos de escolaridade, desenvolvendo a capacidade de refletir e compreender a

relação sociedade-natureza na busca de respostas às suas necessidades. Cada série,

cada estágio apresenta um grau de amadurecimento que deve ser respeitado sob pena

de esvaziar o discurso e não viabilizar a prática.

Observando todos os pressupostos discutidos acima, espera-se que o aluno, ao

longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, dos três anos do Ensino Médio, construa

conhecimento referente a conceitos, desenvolva saberes que lhe permita ser capaz de:

Conhecer e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em

diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem

uma participação prepositiva e reativa nas questões sócio-ambientais locais;

Compreender a especialidade e a temporalidade dos fenômenos geográficos

estudados em suas dinâmicas e interação;

Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os

avanços tecnológicos e técnicos e as transformações são conquistas decorrentes

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de conflitos e acordos, que ainda são usufruídas por todos os seres humanos e,

dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;

Conhecer que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços

tecnológicos e técnicos e as transformações são conquistas decorrentes dos

conflitos e acordos, que ainda são usufruídas por todos os seres humanos e,

dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;

Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender o espaço, a paisagem, o território, o lugar seus processos de

construção, identificando suas relações, problemas e contradições;

Fazer leituras de imagens de dados e de documentos de diferentes fontes de

informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o

espaço geográfico e as diferentes paisagens;

Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio-diversidade, reconhecendo-

a como um direito dos povos e indivíduos, e um elemento de fortalecimento da

democracia;

5.10.3 HISTÓRIA

A concepção de área de História e seu objeto de estudo podem ser

compreendidos por uma breve retrospectiva: durante o século XIX e parte da primeira

metade do século XX, a história narrativa e empírica foi a tônica das concepções

historiográficas e dos estudos dessa área.

Dentro dessa linha, duas preocupações básicas eram levantadas: a História dos

povos deveria ser escrita como realmente aconteceu; as épocas e os indivíduos tratados

deveriam ser vistos pelos olhos de seu próprio tempo, num grande esforço de

objetividade. Essa concepção de história ficou conhecida como positivismo historicista.

Essa tendência pretendeu imprimir a história um caráter científico equivalente ao das

chamadas ciências exatas.

Contudo, ainda, nas primeiras décadas do século XX, em vários países da

Europa, começa um movimento em sentido contrário a esse modelo historiográfico, visto

como meramente político e factual.

Rejeitando o positivismo historicista, bem como o “vale-tudo” teórico-metodológico

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que marcou o ensino de história nos anos 90, e abraçando uma linha historiográfica que

busca inspiração na tradição marxista, sem deixar de lado o cotidiano, o ensino de história

no Colégio Estadual José Elias privilegia a contextualização da História do Paraná no

contexto histórico brasileiro e a História do Brasil e da América no cenário da História

Ocidental, concentrando esforços em uma metodologia que se preocupa, sobretudo, em

possibilitar ao aluno meios para relacionar a história local com o mundo que o cerca

atuando, como agente histórico valorizando seu passado e vê o presente de um ponto de

vista crítico-reflexivo.

5.10.3.1 O Ensino da História e a Abordagem Interdisciplinar

Para que a concepção de história aqui descrita se realize na prática, e objetivos,

como o de formar indivíduos críticos, observadores da realidade e capazes de transformá-

la sejam alcançados, faz-se necessário que o ensino de história, venha romper com o

cotidiano da sala de aula, estimulando a construção e o compartilhamento de conteúdos

por professores e alunos, procurando então uma prática docente onde o professor seja

também um consultor, que contribua com a construção do conhecimento, sendo este

sustentado pela discussão e pelo debate; pela utilização de textos que privilegiem a

análise e a crítica; pela aplicação do método dialético de fatos históricos; pelo exercício de

habilidades no ensino de raciocinar; construir a possibilidade de raciocinar, adquirir

ferramentas para aprender a pensar historicamente, o saber- fazer-bem; captar e valorizar

a diversidade das fontes e dos pontos de vista históricos, levando o educando a

reconstruir; levantar problemas e buscar transformações em narrativas históricas.

E, ainda, pelo incentivo à produção, pelos alunos, de trabalhos individuais e

coletivos: textos, murais, cartazes, quadros cronológicos, maquetes, etc., pela elaboração

de resenhas de textos, livros e filme, como meios para trabalhar temas complementares e

transversais, em especial, nas séries do Ensino Médio; por estudos de campo que

possibilitem uma maior concretude daquilo que foi teoricamente discutido em sala de aula;

por excursões a cidades históricas, visitas a sedes de movimentos sociais, bairros ou

comunidades.

Por entrevistas com pessoas que viveram ou são estudiosas de determinados

períodos da história nacional ou local; por visitas a museus; enfim, pela utilização de

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recursos audiovisuais como forma de tornar mais dinâmico o estudo da história e

“transportar” o passado para a sala de aula.

A essa forma de conduzir o ensino de história deve aliar-se o reconhecimento da

existência do dialogo entre o saber histórico e outros campos do saber; noções de

espaço, de territorialidade, conceitos como de Estado, de minorias sociais, pertinentes a

outras disciplinas, também devem ser integrados aos estudos de história. E, da mesma

forma temas antes considerados como pertencentes à áreas das chamadas ciências

naturais ou das ciências exatas, e apenas discutidos por elas, como, por exemplo, meio

ambiente e saúde,; origem dos números; teoria da relatividade e outros, podem estar

presentes nas aulas de história.

A proposta é quebrar o paradigma de considerar esse ou aquele conhecimento

como monopólio dessa ou daquela disciplina, e não perder de vista a oportunidade de

demonstrar ao aluno que o conhecimento é produzido na escola como um todo. Pois o

conhecimento histórico não é adquirido como um dom mas uma transposição didática de

conteúdos e procedimentos.

Considerando que o conhecimento do passado está sujeito a múltiplas

interpretações, que novos dados e novas interpretações estão sempre surgindo e

instalando um movimento dialético de construção e reconstrução, ou seja, que o seu

conhecimento é dinâmico e está sempre condicionado aos indivíduos que o leem e

releem, são definidas como saberes fundamentais para o estudo da história em todas as

séries do Ensino Fundamental e Médio:

Desconstrução, reconstrução e construção do discurso

Construção da narrativa histórica por meio do trabalho com documentos

Situar os movimentos históricos nos diversos ritmos de duração e nas relações de

sucesso e/ou de simultaneidade;

Extrapolar os conteúdos estudados comparando problemáticas atuais e de outros

momentos históricos;

Posicionar-se diante de fatos presente, a partir da interpretação de suas relações

com o passado;

Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização

do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas;

Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos

processos históricos;

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Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, considerando

simultaneamente o papel do indivíduo (sujeito e produtor) nos processos históricos;

Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos

diversos “lugares de memória” socialmente instituídos;

Reconhecer a complexidade histórica e estabelecer relações entre os

acontecimentos e os contextos históricos, resgatando as experiências de vida do

homem, em diferentes tempos e espaços;

Construir uma cidadania plena e ativa, no sentido de conquistar novos direitos e

novos espaços de exercícios desta cidadania.

5.10.4 EDUCAÇÃO FÍSICA

Há, na história da Educação Física brasileira, pelo menos, dois grandes

momentos. O primeiro que gira em torno do final do século passado e vai até meados dos

anos 70. a conjuntura da época impunha a essa disciplina um papel de submissão

irrestrita a um poder dominante, hegemônico, opressor, em favor da manutenção do

status, que se manifestava pedagogicamente sob paradigmas tecnicistas, fragmentado e

reduzindo o ser humano à concepção meramente biológica.

O segundo momento inicia-se no final dos anos 70, quando vários segmentos

sociais organizados lutavam por abertura política, pelo fim dos desmandos da ditadura

militar, pela restauração da democracia, pela participação ativa do cidadão nas decisões

públicas. Tal cenário, incitou intelectuais da Educação e, em particular, da Educação

Física a debaterem, a questionarem o modelo vigente educacional, no sentido de um

redirecionamento contextual pautado em concepções revolucionárias, popular,

transformadora e, no campo da pedagogia, pelas propostas de Paulo Freire com a

pedagogia libertadora e a de Demerval Saviani com a pedagogia histórico-crítico e José

Carlos Libâneo com a pedagogia social dos conteúdos, nos anos 80.

Esses movimentos redimensionaram a práxis pedagógica, sustentado novas

propostas, uma vez que vislumbra um olhar mais amplo no processo educacional,

contemplando todas as dimensões das atividades corporais, envolvidas nos seus

conteúdos (esporte, jogo, dança, ginástica e luta), e utilizando-se de diversas linguagens

no currículo.

Neste sentido, a proposta de Educação Física do Colégio Estadual José Elias se

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adequou as DCEs quando afirma ser tarefa dessa disciplina garantir o aceso dos alunos

às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de

exercê-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las criticamente.

A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do

conhecimento de uma área chamada de cultura corporal, numa abordagem dos

conteúdos escolares em procedimentos, conceitos e atitudes. Contudo, cabe ressaltar

que a valorização dos procedimentos ultrapassa as questões das

motoras e de domínio dos fundamentos dos esportes e assume a

responsabilidade de incluir procedimentos de organização, sistematização de informações

em atividades de forma coletiva e lúdica.

Aos conteúdos conceituais: regras táticas, históricos; acrescentam-se reflexões

sobe os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência e cooperação.

Para que, ao se utilizar deste conhecimento durante as vivências, possamos vislumbrar

jogos e vivências que satisfaçam a coletividade ao passo que garanta a apreensão do

conteúdo. A esses conteúdos são adicionados os de natureza atitudinal, propostos e

vividos concretamente na escola em forma de situações problemas, garantindo ao aluno

autonomia para criar uma postura crítica e de responsabilidade perante si e perante o

outro.

5.10.4.1 O Ensino da Educação Física e Abordagem Interdisciplinar

O ensino da Educação Física, no passado, tinha como preocupação fundamental

à preparação de um corpo atlético. Para tanto, a prática pedagógica do professor

consistia na ordem e na disciplina; deste modo, o professor executava os exercícios e

cabia ao aluno a simples repetição.

Apresentar uma “nova” abordagem do processo de ensino exige romper com

padrões fechados e hierárquicos. Nesse sentido, a metodologia de ensino do

Departamento de Educação Física pauta-se numa dimensão critica e coerente

com a proposta geral do Colégio Estadual José Elias.

Compete, pois, ao professor selecionar e organizar os conteúdos a serem

estudados durante o curso, mas também valorizar o conteúdo emergente, aquele

conteúdo que surge a partir do vivido na prática educativa gerada pelo grupo. Essa

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situação ocorre quase sempre nos jogos esportivos, em que a relação de poder se

estabelece a partir dos mais habilidosos em detrimento daqueles que ainda estão

construindo suas habilidades e da exclusão das mulheres em determinadas práticas

desportivas.

Nessa perspectiva, a relação pedagógica tem que ser exercida através do diálogo

na perspectiva da ética da inclusão em que as heterogeneidades encontradas no grupo

são valorizadas e não camuflados. Dessa forma, a aula passa a ser uma construção

coletiva que permite articulas uma ação com o pensamento sobre ela mesma,

constituindo o sentido e significado que cada gesto representa para cada ação.

Enfim, institui-se o processo de construção do conhecimento através do próprio

corpo em movimento, através de: vivências que possibilitem a cooperação, a percepção

do corpo e de sua relação no tempo e espaço; jogos e brincadeiras que desencadeiem o

processo de situação evolutiva e a organização evolutiva do jogo; e do entendimento do

esporte como um processo de reorganização da atividade desportiva e como jogo.

Considerando a Educação Física como uma área do conhecimento que trata da

cultura corporal, ela é uma disciplina que se configura como práticas corporais (jogos,

esporte, ginástica, dança e capoeira), incorporadas à sua formação ao longo da trajetória

histórica da sociedade brasileira. Neste sentido, a Educação Física, no Colégio Estadual

José Elias, procura desenvolver os seguintes saberes gerais:

Aprender a conhecer, valorizar e desfrutar de atividades corporais que possibilitem

sentir, perceber, pensar e agir sobre a sua corporeidade e sua relação com o outro

e o mundo “globalizado”;

Aprender a jogar, conhecer e analisar criticamente o esporte como patrimônio

cultural da humanidade e todas as suas dimensões sociais, estabelecendo

relações com sua realidade no intuito de (re) significar o esporte na sua vida

cotidiana;

Aprender a jogar e a valorizar elementos da pluralidade cultural brasileira como a

capoeira, identificando o sentido e os significados das tradições culturais de nossa

sociedade;

Perceber seu corpo, seus limites e possibilidades, suas relações com outros

corpos, expressando corporalmente seus sentimentos;

Estabelecer relações entre o corpo ideal e o corpo possível, identificando as

repressões simbólicas e concretas dos estereótipos ligados ao corpo;

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Compreender as atividades físicas em sua dimensão lúdica e interativa como

elemento de socialização.

5.10.5 SOCIOLOGIA

Entender e propor o estudo da Sociologia no Ensino Médio requer que se

compreenda sua história na escola brasileira a partir da década de 60.

Durante a ditadura militar, ainda na década de 60, o ensino brasileiro entendido

como um mecanismo ideológico que devesse atuas no sentido de solidificas a ordem

sofreu uma reforma nas suas bases curriculares. Entre outras medidas, o ensino de

Sociologia foi abolido. Apenas no Curso de Magistério, que formava professores para o

Ensino Fundamental, manteve-se a cadeira de Sociologia da Educação.

Neste momento, poucas vozes se ouviram no sentido de reverter esta situação,

viviam-se os anos mais rígidos da ditadura militar brasileira, embora fosse pública a

insatisfação de diversas escolas brasileiras.

Na década de 80, inicia-se um movimento pelo retorno da Sociologia no 2º grau

(nomenclatura da época). Em São Paulo, a partir de organização de movimentos

populares que envolviam docentes e discentes, já em 1982, foi prevista pela lei 7044/82 o

retorno da Sociologia, mas sua recomendação explicita só se deu um ano depois, com a

resolução SE/230/83. Esta fase se reflete em um grande número de escolas, que, a partir

de 1984, integra Sociologia em sue currículo.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional 9394/96, conhecida como lei

Darcy Ribeiro, já confere em seu texto, na seção IV, referente ao Ensino Médio, em seu

artigo 36, que é obrigatório o domínio dos conhecimentos sociológicos para a formação

da cidadania.

Em 2006 a Instrução Normativa SUED/SEED nº 15 autorizou os estabelecimentos

de ensino a liberdade de determinar a série que seria ofertada. Em a disciplina torna-se

obrigatória em todas as séries do ensino médio, mediante a homologação da Lei nº

11.684/08.

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5.10.5.1 CONCEPÇÃO DE ÁREA E OBJETO DE ESTUDO

A Sociologia, no Ensino Médio, deverá contribuir para a construção de uma leitura

da realidade social, que ultrapasse os limites das primeiras impressões. Desta forma, a

Sociologia deve fornecer um arsenal teórico-metodológico que problematize as questões

sociais a partir de uma perspectiva cientifica.

Isto porque a Sociologia é a ciência que se preocupa em analisar e explicar os

fatos sociais, as relações ou ações sociais, conforme a corrente sociológica que se venha

a adotar. A intenção é situar as várias linhas do pensamento sociológicas de forma

introdutória, proporcionando as vinculações com a realidade brasileira.

Em relação aos conteúdos, é importante ressaltar que foram propostos no sentido

de contemplar as principais matrizes teóricas e ideológicas, ligadas pela Sociologia.

Assim, inicialmente, em uma linguagem ajustada à faixa etária dos alunos do Enino

Médio, devem-se trabalhar conceito relacionado às correntes teóricas clássicas,

destacando às contribuições de Comte, Durkheim, Weber e Marx.

É preciso, pois, compreender e destacar o movimento histórico que contribuiu

para que a Sociologia aparecesse como uma ciência nova, no contexto da sociedade

capitalista, fruto da Revolução Industrial. Nessa ambiência conturbada, a Sociologia é

fruto do movimento de efervescência do mundo ocidental, no século XVIII, refletindo,

assim, compreensões diversas da realidade social. O pensar e o fazer sociológico estão

situados em um campo complexo, que pode contribuir para explicar, questionar,

conservar ou transformar a sociedade.

A opção por uma abordagem teórica plural tem a intenção de afastar as

interpretações dogmáticas e unilaterais da realidade social, ao tempo em que contribui

para um melhor entendimento da diversidade sócio-cultural.

O entendimento da Sociologia, nesta dimensão histórica, relaciona-se com as

orientações e diretrizes que nortearam a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais,

propondo uma reorganização do Ensino Médio, valorizando a disciplina de Sociologia.

Destacando-se o compromisso com a formação da cidadania, que implica a compreensão

da realidade econômica, social e política, na qual o indivíduo está inserido, oferecendo, a

partir da análise, condições que propicie uma atuação transformadora. Privilegia-se,

portanto, a realidade brasileira, na sua amplitude cultural, social e política, como objeto de

estudo no Ensino Médio.

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5.10.5.2 O Ensino da Sociologia e a Abordagem Interdisciplinar

A metodologia apresentar-se-á como uma condição instrumental capaz de media

esta proposta, cuidando dos procedimentos e dos caminhos. Entretanto, não será

percebida como mera técnica, dotada de receitas a serem aplicadas.

A metodologia, então, faz parte da proposta pedagógica e tem como ponto de

partida as representações imediatas dos diversos temas propostos, tal como se

apresentam nas relações vivenciadas pelos alunos, trazendo, em segundo momento, as

condições teóricas sobre os mesmos e retornando à análise, em um nível mais

aprofundado e fundamentado, para uma reinterpretação da realidade social.

A construção do conhecimento, tendo a pesquisa como instrumento balizador,

assume, nesta linha de trabalho, papel fundamental. Não se trata da pesquisa acadêmica,

que exige grande domínio sobre os procedimentos científicos, como garantia de validade

às suas conclusões. O que se propõe para o curso de Sociologia é o desenvolvimento de

uma postura de investigação e debate frente à realidade social, incluindo-se aí, as

reflexões localizadas pela ciência. Uma atitude de curiosidade orientada por um olhar

crítico permite a iniciação do universo da produção científica.

Assim, associando o debate à investigação social, plantados em uma mesma

linha metodológica, tem-se como atividades básicas a serem desenvolvidas pelos alunos,

a produção de textos científicos introdutórios, a exemplo de resumos, resenhas críticas e

a elaboração de roteiros comentados de filmes e vídeos.

Vale ressaltar que a compreensão de ciência que se busca, procura distanciar-se

do discurso da neutralidade e concepção de verdade absoluta sustentada por provas

objetivas e inrestauráveis que coloca a ciência em pedestal protegendo o conhecimento

como um dogma. Ao contrario, é necessário situar a atividade científica, seus fins e

métodos em uma perspectiva histórica, comprometendo a fazer ciência com os objetivos

políticos que se deseja construir para a sociedade.

Neste ângulo, a construção do conhecimento é algo dinâmico e sua efetivação

requer uma postura de paixão em conhecer a vida. E, compreendendo que o ensino de

Filosofia e Sociologia para jovens representam um esforço em direção à construção de

uma sociedade pluralista, tolerante democrática que só pode ser alcançada, através do

desenvolvimento de algumas saberes imprescindíveis, o estudo dessas disciplinas prevê:

Familiarizar-se com o modo de pensar filosófico e sociológico e contextualizar

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esses conhecimentos nas esferas sociais, política, ética e cultural;

Compreender a aplicabilidade desses conceitos no entendimento da realidade

social, em oposição à simples memorização mecânica e repetitiva;

Perceber a complexidade sócio-cultural e planetária, em perspectiva de

desenvolver atitudes de respeito e reconhecimento dos direitos dos outros;

Entender as dinâmica das organizações sociais, como mecanismos de poder,

participando como agente político que atua na constrição de uma sociedade mais

igualitária de oportunidades para todos;

Construir sínteses e generalizações, a partir da observação, leitura, interpretação e

discussão coletiva de textos;

Demonstrar capacidade de análise, interpretação e problematização de textos de

natureza diversa, tanto filosóficos quanto sociológicos;

Demonstrar capacidade argumentativa coerente e rigorosa, apresentando boas

razões na exposição de defesa do discurso , em debates, e aceitação de posição

contrária face a argumentos mais consistentes.

5.10.6 MATEMÁTICA

Em momentos históricos distintos, deferentes sociedades trabalharam o

conhecimento matemático de forma também distinta. Reconhecer esse fato histórico

significa admitir que a Matemática é fruto do trabalho dos homens na tentativa de

compreender para melhor interferir na realidade. O conhecimento matemático tem

também um componente que é histórico, social, e cultural. E, igualmente, o conhecimento

matemático possui um componente cientifico, tendo em vista que em outro momento, o

conhecimento socialmente desenvolvido é apropriado pela comunidade científica, que

aprofunda, elabora e o redimensiona, gerando um corpo teórico que muitas vezes supera

a necessidade que o estimulou.

Essa dinâmica ocorre impulsionado por exigências diversas: da técnica ou

tecnologia, dificuldades de ordem teórica de outros campos científicos, e/ou por

especulação intrínseca ao seu próprio corpo.

Assim o conhecimento matemático vai sendo gerado pelo homem, não por um

caminho lógico ou linear, mas por avanços e rupturas de paradigmas, o que lhe dá um

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caráter mais prático do que se imagina, pois só numa fase posterior esse conhecimento

passará a ser incorporado a um dos sistemas lógicos formais do corpo da matemática.

Questionamentos ao modelo atualmente aceito pela comunidade matemática –

cuja origem remota à civilização grega e que coexistem já há quase dois séculos –

persistem até hoje associados aos campos recentes, ligados ao estudo dos fenômenos

que envolvem o acaso e aqueles que relacionam com as noções de caos e de conjuntos

fractais, mas aparecem ainda muito timidamente na Matemática apresentada ao

estudante na sua fase pré-universitária. Esse é um resquício de uma didática equivocada,

tanto quanto é a supervalorização do processo dedutivo, tanto no âmbito da preservação

como da exposição do conhecimento matemático.

A pouca importância que se dá ao caráter indutivo, presente na elaboração do

conhecimento matemático, assim como de qualquer outra área do conhecimento, acaba

muitas vezes por esconder seu aspecto heurístico, dialético e até mesmo humano.

O século XXI desponta com a presença marcada e dominante da tecnologia em

um processo evolutivo que faz com que a ciência passe a desafiar estruturas religiosas,

filosóficas e sociais, propiciando o surgimento da tecnologia como produto e, ao mesmo

tempo, a moeda predominante nas relações comerciais e nos modelos de produção e

mesmo de propriedade.

A rigor, toda essa ciência e tecnologia estão fundamentadas no racionalismo

científico, que, por sua vez, tem, na Matemática seu representante por excelência. Talvez

resida aí o fato de a Matemática ser universalmente reconhecida pela sua importância e,

consequentemente, presente em todos os currículos, em todos os graus e em todos os

países do mundo.

5.10.6.1 O Ensino de Matemática e Abordagens Interdisciplinar

Diante desse universo de inter-relações, toda e qualquer proposta para o ensino

de Matemática deve contemplar, além da sua própria evolução, uma nova postura em

relação ao pensar, fazer e praticar Matemática, que podem ser observados quando:

Busca-se, através do estudo da geometria, astronomia e aritmética, talvez

associado a estudos de história da arte, da religião ou do místico, aprimorar a

capacidade de apreciação do belo e tornar o aluno mais sensível á sua percepção

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da beleza intrínseca existente nas construções lógicas, formais, nas manifestações

artísticas etc.;

Faz-se o estudo da: História Comparativa da Matemática e da Sociologia da

Matemática, associado ao de Antropologia Cultural e Histórica, numa área hoje,

denominada Matemática Antropológica e tem como finalidade mostrar o processo

de criação do conhecimento matemático, suas dificuldades, seu inter-

relacionamento com outras áreas do conhecimento e conclui-se que a matemática

não surge de imediato como algo pronto, acabado e imutável.

Utiliza-se de jogos matemáticos, desafios e problemas curiosos e interessantes

sobre séries numéricas, números primos, geometria, teoria dos números etc.,

procurando melhorar a capacidade de raciocínio;

Utiliza-se do conceito de etnomatemática, uma área de intersecção entre a

Antropologia Cultural e a Matemática, procurando compreender a especificidade do

conhecimento matemático presente de forma diferenciada n os diversos grupos

culturais;

Estuda-se Estatística e Probabilidade, Economia e situações de conflito, que

aparecem via teoria dos jogos, fundamentando a utilidade da Matemática como

instrumento para o exercício da plena cidadania;

Utiliza-se a calculadora e a informática, assegurando o conhecimento dos recursos

que a tecnologia oferece e assim preparando o futuro profissional para o trabalho;

Estuda-se Lógica, não a lógica formal, mas associada à linguagem,

instrumentalizando o aluno para a correta decodificação da informação,

organização do pensamento e do discurso.

5.10.7 LÍNGUA PORTUGUESA

A perspectiva tradicional do ensino, mantida durante décadas, pautou-se no

ensino da Língua Portuguesa através do mero estudo metalinguístico, deslocado do

contexto do aluno e subordinado a uma sintaxe culta, com aulas de redação centradas em

um procedimento mecânico que levava os textos a serem artificiais – motivados tão-

somente pela avaliação em busca de padrões gramaticais e ortográficos – sem que o

aluno tivesse clareza da finalidade dessa escrita. Nessa ótica, os estudos literários se

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tornavam buscas incessantes do código normativo, assim o prazer do texto literário e a

análise dos efeitos linguísticos, conseguidos pelos autores, eram substituídos pela prática

da gramática normativa.

O fracasso escolar, experimentado principalmente nas séries iniciais, com alunos

sem domínio da leitura e da escrita – sem contar que esse estudo, ao desconsiderar as

variedades linguísticas, tornava-se um empecilho para muitos alunos por estabelecer um

padrão que contrariava o sócio-cultural do aluno -, gerou as propostas de reformulação do

ensino da língua materna nas décadas de 60 e 70. essa reformulação revelava mudanças

na área da metodologia de ensino, sem interferências nos conteúdos de ensino.

Ou seja, a ação do professor deveria concentrar-se na área de criatividade e os

livros da época passaram, então, a ser intitulados “criatividade em língua portuguesa”,

com algumas variações.

Nesse momento da história, a valorização da criatividade se torna a condição

máxima para a competência linguística, para o desenvolvimento da eficácia da educação

e da expressão do aluno, porém lado a lado com o estudo da variedade linguística

padrão, mantendo-se ainda com poucas alterações em relação ao ensino tradicional, visto

que a teoria gramatical se manteve distanciada das demais variantes, marcada pelo

ensino da “teoria pela teoria”, sem objetivos definidos. De forma que a busca da

capacidade comunicativa apenas acentuou o estudo da teoria da comunicação, sem que

isso gerasse o aprimoramento da capacidade comunicativa do aluno.

Desta concepção, decorrem propostas de ensino de Língua Portuguesa que tem

como perspectiva central o uso da linguagem, aprimorando a competência comunicativa,

incutindo no aluno poderes da linguagem , e favorecendo situações didáticas que levem à

reflexão da linguagem. E, ao favorecer o seu entendimento e seu melhor uso, admite-se

como propósito fundamental desse estudo que a língua é um sistema de signos

específico, histórico e social, que possibilita os homens e mulheres significar o mundo e a

sociedade.

5.10.7.1 Caracterização da Área e Objeto de Estudo

O objeto de estudo dessa área de conhecimento diz respeito aos conhecimentos

linguísticos e discursivos que se referem á compreensão da língua como instrumento

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social de comunicação, pertencente a uma comunidade, à cultura de um povo e da

própria identidade. Partindo do pressuposto de que a língua não é sistema fechado e

imutável, mas sim um organismo vivo, processo dinâmico de interação. Não é também

uma realidade homogênea e uniforme, mas um conjunto de variedades, tanto na

oralidade como na escrita, que identificam pluralidade tanto no nível da cultura como das

situações que envolvem a comunicação.

A respeito das tentativas de sistematizar-se um conjunto de regras socialmente

aceitáveis, o que se percebe é a existência de controvérsias, no que se refere a respeito

à definição da língua padrão no mundo contemporâneo. Vale observar que a importância

dos meios de comunicação desfocou o prestígio dos usos da língua. No contexto

contemporâneo, não se pode falar em língua padrão sem levar em conta os meios de

comunicação.

Verifica-se assim que a língua não deve ser estudada apenas sob o enfoque da

gramática tradicional, antes deve ser considerada a produção do enunciado linguístico e

seus aspectos situacionais. Trata-se do estudo não isolado das categorias gramaticais,

mas sim de uma visão dessas categorias voltada para as situações reais da

comunicação. Portanto, entendendo-se gramática como um conjunto de regras que todo

falante defina, não se justifica o estudo sistemático das regras gramaticais desvinculado

do uso da língua.

Propõe-se assim a construção dos conceitos, a partir da observação de fatos

linguísticos concretos, a fim de que, partindo do texto como unidade de sentido que

preenche uma função comunicativa e não de frases descontextualizadas, o conhecimento

linguístico – como é proposta dos novos Parâmetros Curriculares – contribua para o

desenvolvimento intelectual do sujeito, para a formação de leitores críticos e para a

prática de produção de textos.

5.10.7.2 O Ensino de Língua Portuguesa e a Abordagem Interdisciplinar

A proposta quanto ao ensino de Língua Portuguesa exige aulas de expressão em

que o manejo da língua garanta o desenvolvimento e o aprimoramento da capacidade

comunicativa do aluno. Assim, as aulas estarão comprometidas com o caráter dialógico

da língua; a compreensão de que a gramática passa a servir à função comunicativa, sem

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que o seu poder coercitivo iniba o aluno e o impeça de uma relação prazerosa com a sua

própria língua.

Isso prevê o desenvolvimento de metodologias que ensinem os alunos a ler e a

escrever melhor, capazes de desenvolver raciocínios na produção oral e escrita; um

conhecimento linguístico eficiente que tome como parâmetro o próprio texto, evidenciando

sua finalidade, sua linguagem, seu gênero, sua função, desvinculando-se, desta maneira,

do ensino fragmentado e automatizado e de uma prática linguística que não tem função

fora da escola, particularmente em uma época em que as novas tecnologias de

comunicação têm interferido na língua.

A interação verbal, possibilitada por essa área do conhecimento, garante aos

alunos o desenvolvimento das suas capacidades cognitivas e contribui para a formação

da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

A finalidade do estudo da Língua Portuguesa é, pois, criar situações nas quais o

aluno amplie o domínio ativo do discurso (oral e escrito) nas diversas situações

educativas de modo a possibilitar sua inscrição efetiva no mundo da escrita.

Os conteúdos devem ser relacionados de modo que permitam ao sujeito a se

apropriar, a transformar em conhecimento próprio os conteúdos vistos, através da ação

sobre eles.

Neste PPP, optou-se por pensar a Língua Portuguesa a partir de suas

competências: falar, ouvir, ler e escrever, através de uma perspectiva da língua em

funcionamento que se baseia na leitura, na produção textual, e no estudo dos fatos

linguísticos.

Na área de leitura, busca-se realizar um trabalho que conjugue o desenvolvimento

do gosto pela leitura, da fruição provocada pela leitura de textos, e o interesse pela

habilidade da leitura, através do entendimento de que a leitura é uma fonte de prazer e,

ao mesmo tempo, pode ser um meio de conhecimento, de informação, de compreensão

de mundo.

Isso porque a leitura não deve pautar apenas na leitura textual, mas ser ampliada

pela leitura de imagens, comuns no mundo atual, e a própria leitura em que o leitor esta

inserido, através da contextualização histórico-político-social.

Assim, constituem pré-requisitos ao desenvolvimento de saberes para o domínio da

Língua Portuguesa no nível Fundamental:

despertar o gosto pela leitura, através da apreciação de textos e de atividades

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diversas que valorizem a capacidade artística e a criatividade;

desenvolver a noção de prazer estético, do interesse pela leitura formando um

leitor mais atento, crítico, envolvido no jogo entre o autor/texto e o leitor;

incentivar os alunos a refletir, a expressar suas idéias, trocar opinião e posicionar-

se sobre os conteúdos dos textos lidos;

promover a apreensão do texto em diferentes níveis de compreensão, análise e

interpretação;

perceber as funções sociais dos diferentes textos, identificando as funções da

linguagem presentes em cada modalidade textual;

fazer descobertas nos níveis semântico, sintático, morfológico e discursivo de cada

gênero textual estudado;

analisar o efeito de sentido consequente do uso de recursos gráficos (diagramação,

forma, tamanho e tipo de letras, disposição especial);

identificar os fatores de textualidade, a coesão e a coerência;

desenvolver a apreensão textual, identificando a idéia principal, a paráfrase, a

síntese, a progressão temática e modo de organização;

favorecer, através de uma visão cultural e literária, uma abordagem interdisciplinar,

com a contextualização dos significados e a exploração da transversalidade em

temas como pluralidade cultural, cidadania e ética.

No que tange especificamente à leitura no Ensino Médio, é preciso ter-se em

mente essa além dos aspectos estabelecidos, há os específicos do estudo da literatura,

no qual se deve focalizar a especificidade desse estudo em que se acrescentam: a

identificação das funções, dos gêneros e elementos formais, temáticos e estilísticos de

textos em prosa e verso. Busca-se com esse estudo:

Estabelecer interlocuções entre a literatura com a vivência e com as demais

formas de expressão;

Caracterizar o texto literário, estabelecer a oposição entre o texto literário e o não

literário, a função estética do texto, a recriação subjetiva da realidade e a

plurissignificação da linguagem;

Identificar os gêneros literários: a forma, o conteúdo, e as subdivisões de texto em

prosa e verso;

Perceber a importância da literatura como expressão dos sentimentos individuais e

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coletivos da sociedade;

Diferenciar, em textos, marcas de valores de intenções dos agentes produtores em

função de seus comprometimentos e interesses políticos, ideológicos e

econômicos;

Fazer a leitura, análise e interpretação e de obras representativas da literatura em

língua portuguesa;

Avaliar o efeito do uso da pontuação, da propriedade dos recursos lexicais,

sintáticos e semânticos;

Conhecer os movimentos literários da literatura brasileira;

Comparar textos de diferentes gêneros ou de diferentes períodos literários quanto

ao tratamento temático e aos recursos formais utilizados pelo autor.

A atividade de produção de texto deve garantir tarefas associadas às experiências

cotidianas de uso da escrita, as quais extrapolem o ambiente escolar, gerando assim

textos reveladores do produto de trabalho do aluno, de seus próprios pensamentos, do

reflexo de sua experiência de vida.

A prática textual pretende desenvolver os seguintes saberes:

Construir textos orais e escritos, revelando consciência das estratégias de

produção de texto adequadas às situações de comunicação em caráter público ou

privado;

Utilizar-se de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência e coesão

textuais;

Operacionalizar com os elementos discursivos, semânticos e gramaticais presentes

na construção da significação dos textos;

Fazer uso da língua como instrumento de interação social e de formação do

sujeito-cidadão, expressando sentidos, emoções e experiências do ser humano na

vida social;

Compreender a relação entre as várias linguagens e suas possibilidades de uso;

Dominar e utilizar os gêneros discursivos;

Estabelecer as relações entre as informações oferecidas por textos verbais e não-

verbais;

Empregar, de acordo com o gênero textual escolhido, os mecanismos de coesão

referencial, de articulação frasal, os recursos próprios do padrão escrito na

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organização textual, a ortografia oficial do Português padrão, as regras linguísticas

do padrão culto no uso da língua;

Redigir textos, garantindo: a relevância das partes e dos tópicos em relação ao

propósito do texto, a continuidade temática; a realização de escolhas estilísticas,

ajustando às circunstâncias, formalidade e propósitos da interação e a análise e

revisão do próprio texto, em função dos objetivos estabelecidos, da intenção

comunicativa e do leitor a que se destina, transformando qualitativamente a

produção textual.

No estudo dos fatos linguísticos, considera-se que o conhecimento gramatical terá

mais eficiência se estiver a serviço da comunicação, tomando como base o texto,

“unidade básica da linguagem verbal”, articulado as práticas da linguagem. O objetivo

central desse estudo é que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas

situações comunicativas, através de atividades que levem a:

• Constituir um conjunto de conhecimento sobre o funcionamento da linguagem o

sobre o sistema linguístico relevantes para as práticas de escuta, leitura e

produção de textos;

• Apropriar-se de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários

para a análise e reflexão linguística;

• Compreender as unidades linguísticas e as relações estabelecidas entre elas e as

funções discursivas associadas a ela no contexto;

• Compreender relações morfológicas, sintáticas e semânticas da língua portuguesa;

• Compreender o efeito do emprego ou não de operadores argumentativos e de

modalizadores;

• Identificar a norma culta e as variantes linguísticas de uso social da língua, bem

como suas implicações nos diferentes níveis e aspectos de significação vocabular

e textual;

• Refletir sobre os fatos da língua, através da exposição a variados tipos de texto;

• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a

capacidade de avaliação dos textos;

• Conhecer e valorizar as diferentes variedades do português, procurando combater

o preconceito linguístico;

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• Aprimorar a capacidade de articulação do pensamento, através da observação e

da discussão das relações gramaticais, oferecendo novas possibilidades de

expressão.

Para Geraldi (19995), a prática de sala de aula requer uma metodologia articulada

com uma opção política. Assim, ao pensar acerca do ensino de Língua Portuguesa, faz-se

necessário pensar a “concepção de linguagem” e a postura em relação à educação,

tomada como referenciais na escolha da metodologia a ser utilizada em sala de aula.

Partindo desses pressupostos, estabeleceu-se como parâmetros para o ensino da

língua materna: a oportunidade da aquisição do domínio da variante culta da língua,

acrescida da reflexão sobre as razões extra-linguística que determinaram a “eleição”

dessa variedade dialetal em detrimento das demais, impedindo que haja a depreciação

dos demais falares tomados como “errôneos” e contribuindo para a percepção da

pluralidade linguística e cultural.

Para tal, as aulas devem-se pautar no ensino na língua, propriamente dito, com a

compreensão de que a linguagem se constitui em meio de interação entre as pessoas e

que, portanto, o estudo da metalinguagem e as aulas de descrição da língua não

garantem a competência linguística.

Nesse processo compreende-se também, a articulação de situações didáticas em

que o educando perceba as diferentes linguagens como meio de organização cognitiva do

mundo; e, ainda, a produção de textos orais e escritos, trabalhando a expressão através

de práticas pedagógicas que estimulem o aluno ao levantamento de hipóteses

linguísticas, a refletir sobre o uso da linguagem, construindo seu próprio conhecimento,

através da intermediação do professor.

510.8 Arte

O trabalho de arte no Colégio Estadual José Elias permeia todo o currículo da

escola, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, visto como uma dimensão de

expressão reveladora do ser e do conhecer. Desta forma, o ensino de Arte e o fazer

artístico estão relacionados ao pensamento contemporâneo que toma a arte como uma

manifestação de cultura.

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Partindo da noção clássica de que o universo da cultura reflete a criação de uma

ordem simbólica da linguagem, do trabalho, do espaço, do tempo, do sagrado e do

profano, do visível e do invisível, a arte surge para acessar os homens e as mulheres

neste universo, representando e interpretando a realidade, para descobrir e revelar de

forma mágica o sentido da presença humana no mundo.

Em uma perspectiva antropológica, não se fala em cultura, mas sim culturas, no

plural, visto que cada grupo social tem um estilo de vida próprio, um modo de vida

particular que lhe é único. Portanto, o ensino de arte pautar-se-á na diversidade sócio-

cultural, procurando relativizar o conceito de beleza e estética, como forma de superar

atitudes preconceituosas e discriminatórias.

É importante, relacionar a arte na educação como elemento de lazer, que

movimenta a vida, mediante o incentivo da inventividade e da criatividade. O lazer, neste

sentido, é percebido de forma simples, como algo que provoca satisfação.

Trata-se de um aspecto da dimensão humana, em que o homem se coloca por

inteiro, ao contrário da representação de uma civilização do lazer que fosse apenas uma

compensação da sociedade racionalista que tem no mundo do trabalho suas formas de

exclusão.

A arte como lazer não pode ser vista apenas de forma funcionalista, como mero

mecanismo que atenua o estresse provocado pelo cotidiano.

5.10.8.1 O ensino de arte e a abordagem interdisciplinar

Compreendendo que a arte constrói-se dentro de um universo de linguagens,

atraindo e sensibilizando diferentes atores sociais, é que o trabalho que ora vem-se

realizando no Colégio estadual José Elias, tanto no ensino Fundamental quanto no Ensino

Médio, conjuga uma teoria e uma prática pedagógica que pretende encontrar nas diversas

expressões artísticas: artes plásticas, canto coral, percussão e teatro, instrumental

básico para a consecução do projeto político-pedagógico da escola (PPP), de não

possibilitar a apropriação, pelo aluno, do conhecimento elaborado e organizado ao longo

da trajetória humana, mas de enveredar pelo terreno da intersubjetividade, na perspectiva

de que a arte nos une, servindo de lugar de encontro, de comunhão intuitiva: ela não nos

coloca de acordo: ela nos irmana.

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Dentro dessa perspectiva político-pedagógica, encontra-se também uma

preocupação de ter uma proposta curricular em consonância com um dos aspectos mais

marcantes da cidade de Rio Branco do Sul, em especial as comunidades que o Colégio

José Elias atende a forte inclinação de sua gente pelas formas de leitura e expressões

que envolvem o homem o campo (música, costumes do campo).

Desta forma, o trabalho realizado no campo da arte elege como saberes

fundamentais:

Estimular as potencialidades ligadas à emoção: percepção, reflexão, imaginação,

intuição e curiosidade, inventividade e criatividade;

Desenvolver a sensibilidade estética e crítica na construção e na apreciação da

vida, através da cultura popular;

Respeitar a diversidade cultural e as identidades sociais, destacando as

contribuições dos movimentos populares;

Ter responsabilidade social e política, como cidadão crítico, em suas produções

visuais, cênicas e musicais;

Reconhecer, na arte, as contribuições decorrentes das diferenças de gênero, etnia

e religião;

Desenvolver atitude de compreensão e preservação do patrimônio artístico e

cultural, como referência histórica reveladora do legado humano;

Desenvolver o fazer artístico, como experiência de interação, e solidariedade

grupal.

Visitar museus e com isso identificar obras de arte e seus períodos

5.10.9 Língua Estrangeira Moderna

O domínio de uma ou várias línguas estrangeiras faz parte de um conjunto de

fatores que contribuem para o exercício pleno da cidadania. O envolvimento do aluno com

o uso de uma língua estrangeira e o entendimento dos aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais da sociedade onde essa língua é utilizada, concorre para que a

pessoa tome consciência do seu espaço individual e no mundo.

Faz-se necessário recorrer ao conceito onde Freire vê a educação como força

libertadora para que se entenda que a aprendizagem de uma língua não se resume a

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aquisição de novos padrões linguísticos.

Essa força faz os alunos aprenderem a escolher entre as possibilidades que se

apresentam e esse aprendizado se dá através da compreensão do funcionamento da

Língua Estrangeira e da sua língua nativa, fazendo com que os alunos reflitam sobre o

cotidiano em sua própria cultura por meio da tomada de conhecimento da cultura

estrangeira, propiciando a comparação linguística e cultural e, portanto, o

desenvolvimento da consciência crítica.

Com a inserção das Línguas Estrangeiras Modernas na área de Linguagens,

Códigos e suas Tecnologias, é fundamental que elas não mais sejam vistas como

disciplinas isoladas e que assumam a sua função intrínseca, que durante muito tempo,

esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens.

Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como

meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto às diferentes formas de pensar, de

criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade o que propicia ao indivíduo uma

formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida.

Todas essas concepções contribuem para o desenvolvimento integral do ser

humano, além de promover relações interpessoais, que não são estabelecidas apenas

por palavras, mas também por gestos, tradições e cultura dos povos, já que estes

determinam sua forma de encarar o mundo e de vivenciá-lo.

De forma que o processo ensino-aprendizagem dar-se-á de modo interdisciplinar

e numa perspectiva relacionada com contextos reais, que levem ao entendimento da

funcionalidade e aplicabilidade da língua, fazendo com que o aluno exerça a sua

capacidade de agir de forma social e interativa.

5.10.9.1 O ensino de Língua Estrangeira e a abordagem interdisciplinar

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, a aprendizagem

possibilita ao aluno a capacidade de se envolver e envolver o outro no discurso, o que

pode ser feito através de atividades pedagógicas que enfoquem a construção do aluno

como sujeito do discurso por meio desta envolvendo-o com os processos sociais de

construção de significados pelo desenvolvimento de, pelo menos, uma habilidade

comunicativa (compreensão escrita, compreensão oral, produção escrita ou produção

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oral).

Ressalte-se que esse documento referencial não preconiza a obrigatoriedade da

educação de um método especifico e sim adaptação de procedimentos que se ajustem a

esta ou aquela aquisição de uma determinada habilidade. Por este motivo, depois de

muita reflexão e análise, a abordagem do ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira

Moderna no Colégio Estadual José Elias é comunicativa e, também, instrumental,

salientando-se que a última encontra bastante ênfase nas séries do ensino Médio.

É conveniente lembrar que, de acordo com a pedagogia histórico-crítica, os

métodos e processos utilizados pelo professor só se justificam se levarem ao aluno à

construção do conhecimento.

A opção metodológica para o ensino da Língua Estrangeira, sem sombra de

dúvida, não poderá perder de vista a abordagem interdisciplinar que estabelece a ligação

obrigatória, mas distinta das disciplinas escolares em que se reconhece a necessidade de

uma interação. Essa necessidade advém da percepção de que o conhecimento não pode

mais ser compartimentalizado uma vez que o indivíduo passa a ser visto como um ser

total, capaz de agir e interagir frente a diferentes contextos, demonstrando a sua

habilidade de associar informações, transformando-as em conhecimentos para alcance de

objetivos que favoreçam o seu crescimento e engajamentos num mundo cada vez mais

desafiante e globalizado.

Logo, o objetivo do ensino/aprendizado de uma língua estrangeira em muito se

coaduna com a abordagem interdisciplinar que tem por finalidade a difusão do

conhecimento e a formação de atores sociais:

Colocando-se em prática as condições mais apropriadas para suscitar e sustentar

o desenvolvimento dos processos integradores e a apropriação dos conhecimentos

como produtos cognitivos com os alunos;

Pelo estabelecimento de ligações entre teoria e prática;

Pelo estabelecimento de ligações entre os distintos trabalhos de um segmento real

de estudo.

Grande parte das escolas acredita que pode levar o aluno a desenvolver os

conhecimentos básicos (ouvir, falar, ler e escrever) no novo idioma através do domínio do

sistema formal da língua, com ênfase na norma culta e a modalidade escrita da língua.

Este procedimento gera a incapacitação do uso do novo idioma em situações

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reais de comunicação e uma consequente desmotivação tanto do aluno quanto do

professor já que o conhecimento metalinguístico e o domínio consciente de regras

gramaticais possibilitam, no máximo, o alcance de resultados medianos em testes

escritos, tornando impossível o relacionamento com outras disciplinas do currículo e o

estabelecimento de sua função numa era totalmente globalizada.

Por todas essas razões, a metodologia utilizada por este Colégio para o ensino

das Línguas Estrangeiras, tanto no Ensino Médio quanto no fundamental, conjuga o

desenvolvimento das habilidades linguísticas com as comunicativas.

Em consonância com os pressupostos discutidos nos parágrafos e itens

anteriores, as seguintes competências precisam ser contempladas para que a construção

do conhecimento se viabilize ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental e os três

anos do Ensino Médio:

Saber escolher o registro adequado a cada situação de comunicação que se

apresente;

Valorizar a leitura como forma de desenvolver o pensamento crítico, como fonte de

informação e modo de se qualificar e ter acesso ao mundo do trabalho na era da

globalização;

Deduzir regras gramaticais através do sentido expresso em mensagens textuais e

simbólicas;

Praticar de forma equilibrada as habilidades lingüísticas: ouvir, falar, ler e escrever;

Utilizar a Língua Estrangeira Moderna como instrumento para vida profissional,

acadêmica e pessoal;

compreender que o aprendizado de uma Língua Estrangeira Moderna possibilita o

acesso a aspectos culturais de diversas outras sociedades para que possa refletir

sobre os de sua própria língua comparando-os;

Empregar as estratégias verbais e não verbais visando à compensação de falhas

na comunicação, ao favorecimento da efetiva interação e ao alcance do efeito

pretendido.

5.10.10 Química

Historicamente, o ensino da Química tem se revestido de uma auréola de

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complexidade e dificuldade, fazendo com que seu estudo e aprendizado sejam vistos,

segundo o senso comum, como um universo cheio de símbolos e fórmulas, acessíveis a

alguns poucos capazes de decifrá-lo.

5.10.11 O ensino de Química e a abordagem interdisciplinar

O ensino da Química, neste Colégio, busca uma organização programática que

propicie aos alunos uma integração entre ciência – tecnologia – sociedade.

Isso para que os conhecimentos abordados possam trazer para o aluno, não só o

conhecimento do conteúdo, como também a capacidade de interligar as ciências naturais,

os avanços tecnológicos e seu papel no meio social.

A partir dessa perspectiva, torna-se indispensável que o estudo de Química

aconteça de forma interdisciplinar e contextualizada, ou seja, que o diálogo com outras

áreas do conhecimento, como a História, a Sociologia, a Política, a Física, entre outras,

de fato aconteça. Cabe ressaltar que a contextualização do ensino dessa disciplina, passa

pela preocupação em realizar estudos que vinculem à questão ambiental, entendida de

uma forma ampla, como propõe o movimento do eco-pedagogia.

A preocupação com o caráter inter e transdisciplinar do estudo da Química tem

como objetivo estimular a percepção da inter-relação entre os fenômenos, dos seus

aspectos mais relevantes, do seu caráter essencial para as diversas tecnologias, para a

compreensão da problemática ambiental e para o desenvolvimento de uma visão

articulada do homem com o meio, do qual é construtor e transformador.

Como consequência dessa abordagem, o ensino de Química, no cotidiano da sala

de aula, deve considerar o grau de maturidade dos alunos, estar voltado para o seu dia-a-

dia, bem como se mostrar mais flexível quanto à ordem dos conteúdos programáticos a

serem estudados, desenvolver-se de maneira crítica, para que o aluno aprenda apenas

fórmulas e cálculos, mas, principalmente, como interpretar macro e microscopicamente o

mundo da matéria, fazendo analogias e se posicionando sobre os aspectos sociais,

políticos, econômicos e éticos do mundo que o cerca.

De forma gradual, este Colégio caminha no sentido de adequar o conteúdo

programático da disciplina de Química, que ainda está impregnado de tradicionalismo e

segue a ordenação apresentada pelos livros didáticos do Ensino Médio, para um trabalho,

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que se considere, de fundamental importância, o desenvolvimento da capacidade do

aluno não só de compreender porque num dado processo químico é usado determinados

reagentes, equipamentos, procedimentos, mas também de obter e analisar informações,

de avaliar os riscos e os benefícios associados ao processo tecnológico, competências

inerentes ao exercício da vida profissional e da cidadania.

Para atender as mudanças que vêm acontecendo e buscando concretizar as

novas expectativas do ensino de Química para os alunos do nível médio, são destacadas

como conhecimentos a serem desenvolvidos:

• Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu papel

na vida humana em diferentes épocas, e na capacidade humana de transformar o

meio;

• Ler e interpretar textos, ou outras formas de representação científica e tecnológica,

emitindo as necessárias critica;

• Articular o conhecimento cientifico e tecnológico, numa perspectiva interdisciplinar;

• Questionar os processos tecnológicos, seus impactos sobre o meio natural e

social;

• Utilizar os conhecimentos científicos como instrumentos de interpretação e

intervenção;

• Avaliar o avanço cientifico da Química e sua historicidade;

• Utilizar e interpretar diferentes formas de representação: tabelas, gráficos,

expressões, ícones etc.;

• Avaliar os impactos dos processos químicos sobre o meio ambiente e sobre o

homem, em busca da preservação ecológica.

5.10.11 Física

O meio ambiente é o objeto de estudo das chamadas ciências naturais. Mas é

preciso compreender que o próprio homem é uma parcela desta natureza e interage

constantemente com ela. Portanto, não se pode desvincular a natureza do homem.

Também não se pode perder de vista que a ciência, da mesma forma que a arte,

é uma atividade realizada pelo homem, portanto impregnada pela cultura, pelo senso

comum e pela concepção de mundo, assim sendo, a crença de que a ciência é uma

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atividade imparcial é um mito.

Da mesma forma que a sociedade e os valores mudam, os parâmetros científicos

foram mudados ao longo dos séculos e ainda continuam em processo de mudança. A

premissa de Sócrates “Só sei que nada sei”, torna-se perfeitamente aplicável para a

historia do conhecimento, que tem mostrado vários exemplos de “verdades absolutas”,

que foram superadas ou derrubadas. A única certeza do é a incerteza das certezas.

Assim, os fenômenos naturais foram interpretados pela Idade da Pedra e por

civilizações da Antiguidade Ocidental, como o Egito e a Mesopotâmia de forma mítica e

religiosa. As idéias de castigo e premiação estavam sempre associadas a fenômenos que

dessem resultados agradáveis ou desagradáveis aos homens.

Na Grécia Antiga, o homem descobriu que a ciência era possível, ou seja, que se

poderia pensar sobre a natureza sem que, necessariamente, se buscasse uma

associação com algum preceito religioso. Entretanto, a ciência não nasceu pronta na

Grécia, ela foi uma atividade muito tendenciosa, caracterizando mais como uma

manifestação da imaginação do que da razão. As explicações eram marcadas por

sequencias de “achismos”, sem muitos critérios e sem a comprovação das hipóteses de

forma experimental.

Na própria Física, existiu a necessidade de uma especialização, estimulada pelo

tecnicismo da Revolução Industrial. Assim, no século XVII, o objeto de estudo de cada

ciência natural estava bem definido, como também as várias subdivisões da Física.

Contudo, no século seguinte, a termologia unia-se à mecânica e o eletromagnetismo

fundia-se com a óptica e a ondulatória.

No século XX, através da mecânica quântica, a Física conseguiu explicar as

transformações químicas, sendo essas últimas consideradas um conjunto complexo de

transformações físicas básicas. Portanto, a Física se caracterizou como uma ciência

natural, cujo objeto de estudo são as relações mais fundamentais da natureza.

As demais ciências naturais têm como objeto de estudo sistemas mais complexos,

com inúmeras relações fundamentais, e que manifestam características próprias como um

corpo com as suas devidas regularidades e particularidades.

Todas essas ciências naturais permitem ao homem compreender diversas facetas

da natureza, interagindo melhor com ela e aproveitando mais os seus recursos.

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5.10.11.1 O ensino da Física e a abordagem interdisciplinar

O ensino da Física, no Colégio Estadual José Elias, tem-se pautado em três

fundamentos básicos:

1. O conhecimento da Física associado ao processo histórico;

2. O conhecimento matemático associado à capacidade cognitiva do aluno;

3. A intra-disciplinaridade nos estudos da física.

Cada um desses fundamentos esta explicitado a seguir:

O conhecimento da Física associado ao processo histórico – Para

exemplificar esse conceito, suponha-se que um aluno saiba superficialmente que antes

da mecânica proposta por Isaac Newton, no século XVII, existiu uma outra, proposta por

Aristóteles, no século III a.C. E, desta forma, parta para estudar a mecânica de Isaac

Newton como se o mundo anteriormente não soubesse nada sobre o assunto. A

tendência é achar que Newton foi um iluminado, como o próprio Jesus Cristo. Mas o

próprio Newton afirmou: “Se enxerguei mais longe que outros homens, foi porque me

ergui sobre ombros de gigantes”.

Um outro exemplo volta-se ao fato de um aluno que estudar profundamente a

mecânica de Aristóteles, antes de saber da existência da mecânica newtoniana. Este

aluno vai acreditar nos conceitos aristotélicos porque eles são simples e satisfazem ao

bom senso. Ele resolverá questões sobre situações-problemas dentro do modelo

aristotélico, cujos resultados acreditarão serem verdadeiros.

Depois, este mesmo aluno, contaminado pelo espírito do Renascimento,

descobre através de experiências que as concepções mecânicas de Aristóteles são

incorretas e que Isaac Newton juntamente com Galileu Galilei constroem uma mecânica

mais ajustada aos resultados experimentais.

Este aluno, antes de qualquer coisa, vai passar por um processo de

desconstrução e reconstrução de parâmetros, uma habilidade muito importante para a

sua vida. Em seguida, enxergará que o conhecimento realmente é um processo.

E, finalmente, além de aprender a mecânica newtoniana, aprenderá a valorizar o

conhecimento acumulado pela humanidade ao longo de sua trajetória histórica.

O conhecimento matemático associado à capacidade cognitiva do aluno –

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Novamente um exemplo para ilustrar a linha de raciocínio: um aluno da 1ª série do

Ensino Médio, na primeira unidade, pois está iniciando um novo ciclo de sua vida

estudantil e sua estrutura matemática é ainda frágil e simplória. Deste modo, o estudo dos

movimentos uniformes e uniformemente variados deve acontecer em uma dimensão mais

conceitual, com relações de proporção mais simples; recorrendo muito pouco ao

algebrismo, uma vez que o aluno neste estagio do curso, ainda não desenvolveu, nos

seus estudos matemáticos, uma interpretação gráfica satisfatória, tampouco tem

conhecimento de funções de 1º e 2º graus.

Partindo desse principio, pautado em hipóteses verdadeiras, a proposta curricular

de ensino da Física, no Colégio Estadual José Elias, destina, na primeira unidade,

assuntos que aluno consiga compreender e estabelecer relações, sem algebrismo

matemático, nem a aplicação da representação gráfica. Tal algebrismo só aparece de

forma muito simples na metade da segunda unidade, em termos históricos, o aluno se

aproxima da física do século XVII e, se sofistica, gradativamente, nas 3ª e 4ª unidades do

curso. Nadar contra a correnteza formal-matemática do aluno é perder tempo.

A intradisciplinaridade nos estudos da física - A interdisciplinaridade e a

contextualização não são apenas uma orientação pedagógica, mas uma forma de ver o

mundo. Uma exemplificação desse conceito pode ser feita pela simples pergunta: De

quantas maneiras é possível enxergar o mar? Como ondas (Física), como ecossistema

(Biologia), como paisagem (Geografia), como caminho entre o oriente e o ocidente

(Historia), como fonte de cloreto de sódio e água (Química) ou ainda, como uma bela

fonte de inspiração poética (Literatura).

A rigor, a Física comporta em seu interior, o estudo de áreas distintas:

Termologia, Óptica, Mecânica, Eletromagnetismo e Física Moderna. Portanto, antes de

buscar a relação interdisciplinar entre a física, a química, a biologia e a matemática como

sugere a LDB – 9394/96 deve-se praticar a intradisciplinaridade entre os diversos campos

de estudo da Física.

Dentro dessa linha, a proposta de ensino da física sugere que se estude

Termologia e Mecânica ao mesmo tempo na 1ª série do Ensino médio. Tal abordagem

justifica-se porque em termo de processo histórico o aluno estuda a física do século XVII,

quando eclode a Revolução Industrial e desenvolvimento da maquina a vapor, quando a

mecânica e a termologia, naturalmente, se uniram.

Algo semelhante deve ocorrer na 2ª série, com os conteúdos de

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eletromagnetismo, ondas e ótica, que devem ser estudados de forma integrada, pois do

ponto de vista histórico, os trabalhos de Maxwell e Hertz, que resultaram na descoberta

de que a luz (ótica) é uma onda eletromagnética, têm repercussão.

• Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,

sistematizar. Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza,

compreender o conceito de medir, fazer hipóteses, testar;

Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e

procedimentos tecnológicos (descobrir o “como funciona” de aparelhos, etc.);

Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber

científico.

Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua e historia e

relações com o contexto cultural, social, político e econômico;

Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução

dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento

cientifica;

Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvem.

Finalizando este bloco que discorre acerca dos Projetos Pedagógicos específicos

para cada uma das disciplinas, é importante observar que o professor não deve limitar-se

a ensinar, orientar sobre como organizar e lidar com o material de estudo. Ele deve,

também, fazer um diagnostico do conhecimento prévio do aluno, trocar experiências e

contribuir com sua maturidade para uma continuação no processo de construção de

novos conhecimentos. Fazendo este tipo de trabalho com temas interessantes, o

professor estará incentivando a autoconfiança em seus alunos, desenvolvendo a tomada

de atitudes conscientes e a expressão de opiniões.

5.10.11 O ensino de Inglês e a abordagem interdisciplinar

O ensino da língua inglesa deverá priorizar textos que envolvam assuntos

tratados em outras disciplinas, tais como: História, Geografia, etc., além de envolver um

trabalho comparativo com aspectos da Língua Portuguesa (diferenças e semelhanças nos

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aspectos gramaticais, expressões idiomáticas ou gírias e seus equivalentes em

português, etc.).

5.10.12 Estrangeira Moderna – Espanhol

Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do

ensino de LE no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela seletividade,

tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua

estrangeira consolidou – se historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o

interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o ensino

de LE possa ter um papel democratizante das oportunidades e um instrumento de

educação que auxilie ao aluno como sujeito e construa seu processo de aprendizagem.

Ao contrário de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar suporte aos

educandos sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira Moderna

norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da

leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à

construção do conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho

para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já

existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a

oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto,

instrumento de comunicação.

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno

passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o

seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer

vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir outra

cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.

O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o acesso a

ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e

diferentes.

Possibilita análise de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de construir

sentidos do mundo, construir significados para entender e estabelecer uma nova

realidade e compreender as diversidades linguísticas e culturais que influenciarão de

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forma positiva no aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua

socialmente.

5.11 Estágio não-obrigatório

Na organização do estágio não obrigatório cabe a Equipe Pedagógica organizar

formas de acompanhar o aluno participante, entre elas: solicitar relatório de atividades

desenvolvidas semestralmente, disponibilizando a empresa o calendário de avaliações e

informações que favoreçam o desenvolvimento do aluno no trabalho. Cabe a direção

escolar assinar o termo de convênio entre a empresa e o Colégio. Esta ação será

executada quando ocorrer tal oportunidade aos alunos, cumprindo com a Lei nº

11.788/08.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como se observa pela estruturação deste projeto, o desenvolvimento das ações

pedagógicas no Colégio Estadual José Elias se dá em consonância com o que prevê a

legislação vigente: LDB 9394/96, e com as diretrizes estabelecidas pelo Governo do

Estado do Paraná para a Escola Pública, operacionalizadas com base nos pressupostos

político-filosóficos da Escola do Campo.

A região atendida pela instituição é limitada em termos de desenvolvimento

econômico e social, contudo, o perfil da clientela atendida se opõe a tendência de seus

avós e pais: os alunos têm grandes interesse em interagir com os recursos da tecnologia

e da informática, na sua atualização acerca do que acontece no mundo cientifico, na

economia e na política mundial.

E o desafio, que orienta o encaminhamento deste PPP, é proporcionar uma

educação de qualidade que garanta a esses alunos, meios para suplantar suas eventuais

dificuldades e competência para interagir com os outros centros em iguais condições de

conhecimento.

O grande diferencial desta escola, para outras que atende comunidades rurais,

sob o ponto de vista da equipe Diretiva, reside no fato de que os alunos desejam o

desenvolvimento de seu território e almejam dar prosseguimento na sua formação

profissional para trazerem novas e melhores condições de vida para os seus, sem ter que

sair do campo em busca de oportunidades nos grandes centros. São jovens que

reconhecem o valor da atividade rural-agrícola como fundamental para o sustento da

população e como fonte de renda a curto, médio e longo prazo.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Texto preliminar das diretrizes curriculares para Educação do Campo.

Brasília: SEED/DEF, ano.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Fundamental, Volume 9.

Brasília: MEC/SEF, 1999.

DELORS, Jaques., Educação – um tesouro a descobrir – Relatório para a UNESCO

da comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, Brasília: Editora

Cortez. 2001.

DEMO, Pedro. Conhecer & aprender. Porto Alegre: Artes Médicas,2000.

ESTADO DO PARANÁ, Diretrizes curriculares do Estado do Paraná, Curitiba: SEED,

ano

FERNANDES, Bernardo Mançano. Diretrizes de uma caminhada. In. Educação do

Campo. Cidade: Editora, ano

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1970.

GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Ática, 1995.

GARDNER, H. A Teoria das Inteligências Múltiplas, Porto Alegre: Artes Médicas,

1983.

HOFMANN, Jussara. Avaliação: Mito & Desafio. Uma perspectiva construtiva. Porto

Alegre: Mediação, 1995.

KOSHIBA, Luis. Histórias: Origens, Estruturas e Processos – Cidade: atual Editora,

ano.

MARCONI, M, e LAKATOS, E. Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo: Atlas,

2002.

QUAIANI, Massimo. Marxismo e Geografia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

MORAN, Juan., Os novos caminhos para a educação, São Paulo: USP, 1994 (fac-

símile).

MORIN, Edgard. A cabeç bem-feita – repensando a reforma para reformar o

pensamento, São Paulo: Bertrand Brasil, 2002.

OLIVEIRA S., Tratado de Metodologia Cientifica. São Paulo: Pioneira, 2001.

PIAGET, J, Psicologia e Pedagogia, Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1985.

SAVIANI, Demerval. Educação: do censo comum à consciência filosófica. Cidade:

Editora, ano

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TAILEE, Y.D.L et al. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em

discussão.São Paulo: Summus, 1992.

_________. Pensar a Educação: Contribuições de Vygotsky. In; Castorina, J.A. Piaget

– Vygotsky. São Paulo: Ática, 1995.

TOLKMITT, Valda Marcelino. Educação Física: Numa concepção Sócio-

interacionalista. Curitiba: Módulo, 1996.

TYLER, Ralph. Princípios Básicos de Currículo e Ensino. Porto Alegre: Globo, 1974.

VYGOTSKY, L S. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

__________, Pensamento e Linguagem. São Paulo; Martins Fontes, 1993.

ANEXO 1 – Cultura Afro-Brasileira e Indígena

SCHIMIDT, Maria Auxiliadora / Marlene Cainelli. Ensinar História - (Pensamento e Ação

no magistério) São Paulo: Scipione, 2004.

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ANEXOS

Anexo 1 – Cultura Afro.

JUSTIFICATIVA

A lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, estabelece a inclusão na proposta

Curricular: História e Cultura Afro-Brasileira, nas disciplinas de História, Literatura,

Geografia, Português e Artes.

Cabe aos educadores inserirem nas suas práticas pedagógicas, projetos de

combate ao preconceito racial, oportunizando atividades, debates e esclarecendo a

igualdade de oportunidades que todos devem ter e valorizar a Cultura Afro – Brasileira e

Indígena, pois o Brasil é um país pluricultural.

OBJETIVOS

conhecer a cultura Afro – Brasileira e Indígena;

Valorizar a história dos povos africanos e indígenas e seus costumes na formação

da cultura brasileira;

Observar os efeitos da escravidão que perduram ainda hoje após a abolição:

marginalização dos negros no mercado de trabalho e nas péssimas condições de

vida.

ATIVIDADES

Leitura e debate dos textos sobre História e Cultura Afro – Brasileira, preconceitos

raciais, história dos Quilombos e Aleijadinho.

Comemorações sobre as datas:

21 de março: dia internacional de luta pela eliminação da discriminação racial.

13 de maio: libertação dos escravos.

22 de agosto: dia do folclore.

20 de novembro: consciência negra.

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Confecção de painéis, cartazes sobre os episódios da história do Brasil,

destacando a atuação dos negros em áreas do conhecimento: Zumbi dos Palmares,

Aleijadinho, Castro Alves.

Danças folclóricas, origem indígena e africana; dramatizações, jograis; análise de

filmes referentes a Cultura Afro – Brasileira no Brasil, documentários sobre negros e

indígenas; pesquisa sobre as contribuições africanas para a cultura brasileira como:

danças, comidas, vocabulários, religião, etc...

DISCIPLINAS

• História

• Artes

ANEXO 2 – O Candomblé e o Uso das Plantas

JUSTIFICATIVA

Faz-se necessária a introdução da cultura Afro-Brasileira no cotidiano dos alunos.

Variedades de plantas usadas no Brasil são de origens africanas e foram introduzidas

através dos negros vindos da África. A contribuição dos povos africanos à cultura

brasileira é imensa, isso pode ser notado nas mais diversas áreas incluindo a culinária e a

medicina, onde o uso e o conhecimento das plantas se faz necessário até os dias de hoje.

OBJETIVOS

Resgatar o valor da cultura no Brasil.

Salientar a importância do negro na construção do país.

Promover a igualdade entre os povos.

Restituir a dignidade do negro na sociedade.

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METODOLOGIA E RECURSOS

• Pesquisa de campo, revistas, livros, jornais, internet e vídeos.

ANEXO 3 – Inclusão Social

JUSTIFICATIVA

A finalidade é contribuir na minoração da exclusão e incentivar a participação dos

alunos, principalmente os mais carentes, em contextos sociais diversificados, para que

esses possam usufruir os bens e dos direitos de todos os cidadãos, subsidiando-lhes

elementos para reflexão e ação, desenvolvimento do espírito crítico e conscientização

acerca da importância do exercício da democracia e do trabalho coletivo na construção de

uma sociedade justa e igualitária.

OBJETIVOS

• Promover a inclusão social da comunidade escolar.

• Conscientizar o aluno acerca da importância das relações humanas.

• Enfatizar direitos e deveres dos cidadãos.

• Valorizar o multiculturalismo.

METODOLOGIA E RECURSOS

Pesquisa de campo; revistas, livros, jornais, internet e vídeos.

ANEXO 4 – Educação Ambiental

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JUSTIFICATIVA

A aprendizagem ativa é um componente vital para os programas de educação

ambiental, pois oferece motivos para os alunos se reconhecerem como parte integrante

do meio em que vivem, esclarecendo as relações de interdependência, desenvolvendo as

atividades de comunicação afetiva e pensando em alternativas para soluções dos

problemas ambientais.

OBJETIVOS

Sensibilizar o aluno para as questões ambientais: processo de alerta considerado

como primeiro objetivo para alcançar o pensamento sistêmico da educação ambiental;

propiciar ao aluno oportunidade de compreender a realidade de seu entorno social e

natural: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem o sistema natural.

sensibilizar o aluno para a responsabilidade ambiental: reconhecimento do ser humano

como principal protagonista para determinar e garantir a manutenção do planeta; ensejar

o desenvolvimento da competência ambiental: capacidade de avaliar e agir efetivamente

no sistema; despertar no aluno valores relacionados à cidadania ambiental: capacidade

de participar ativamente resgatando os direitos e promovendo uma nova ética capaz de

conciliar a natureza e a sociedade.

RECURSOS

Revistas, livros, jornais, internet e vídeos.

Pesquisa de campo.

DISCIPLINAS:

• Ciências

• Biologia

• Química

• Ciências e pesquisas

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Anexo 5 – Intervalo Direcionado-Aprendendo a Cuidar da Escola

Projeto voltado à educação e socialização dos alunos do Colégio estadual José

Elias, apresentado, em caráter experimental, para desenvolvimento junto aos alunos da

tarde (5ª a 8ª séries).

PROBLEMA

A falta de oportunidade para recreação, prática de esportes e diversão na

localidade de Açungui faz com que os alunos do Colégio Estadual José Elias se mostrem

agitados, principalmente nos horários de intervalo, tendo em vista a necessidade de

movimento e expressão, típica da adolescência.

O recreio é marcado por algazarras e correria pelos pátios, o que provoca uma

euforia generalizada entre os alunos. Esse clima se mantém mesmo depois do retorno a

sala de aula e, em geral, é preciso alguns minutos para que o professor possa retomar o

controle da turma.

FINALIDADE

Despertar os alunos para sua responsabilidade na preservação do patrimônio

escolar, ao passo que introduz ações que visam disciplina - los, tornando o ambiente

escolar mais agradável para todos.

JUSTIFICATIVA

Com a adoção de práticas que valorizam a responsabilidade, o senso de

pertencimento e a cidadania, a comunidade escolar estará proporcionando aos alunos a

oportunidade de saírem da condição de coadjuvantes passando a protagonistas, tornando

o ambiente mais agradável para todos.

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OBJETIVOS

Objetivos Geral

Promover uma mudança de hábitos e comportamento entre os alunos,

direcionando-os para novas formas de ser, viver e relacionar-se consigo, com os demais

e com o meio.

Objetivos específicos

Direcionar as ações dos alunos durante o intervalo;

Oportunizar aos alunos o exercício da responsabilidade;

Favorecer a construção da disciplina;

Estreitar a comunicação entre alunos e professores;

Valorizar a participação do aluno no processo educativo.

METODOLOGIA

O projeto terá seu momento de institucionalização, com a apresentação do

conteúdo à direção da escola e aos professores, de forma a inteirá-los das mudanças

propostas.

Com a direção, serão definidos os aspectos administrativos envolvidos e a

autorização para aquisição dos “jalecos” para os monitores (adiante explicitados).

Já com os professores será necessário um trabalho de conscientização e

sensibilização para a finalidade do projeto. Cópias deste documento serão

disponibilizadas para afixação na Sala dos Professores e na secretaria do colégio, de

forma que todos tomem conhecimento dos seus objetivos e das ações previstas. E, para

manter esses objetivos em evidencia, serão realizadas conversações sistemáticas com o

corpo docente, sendo a primeira já no Encontro Pedagógico agendado no inicio do

segundo semestre. – momento em que serão tratados os assuntos relacionados com o

projeto, como por exemplo, a necessidade de liberação dos Monitores escalados, 5

minutos antes do intervalo, para que esses possam lanchar e ir ao banheiro.

De forma prática, o projeto será desenvolvido a partir do mês de março/2010. Em

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caráter experimental e envolverá apenas as turmas de 5ª a 8ª séries.

Assim, na primeira semana de agosto, os alunos, serão informados do

desenvolvimento do projeto, na forma de conversação feita em cada uma das turmas,

momento em que serão escolhidos os primeiros monitores: sendo que os critérios para

participação, ingresso, permanência, revezamento e período de atuação na equipe de

monitores, deverão atender às recomendações Básicas abaixo explicitadas.

No que se refere à operacionalização desse projeto – o inicio se dará na segunda

semana de agosto e serão necessárias algumas adequações físicas e de procedimentos

para as merendeiras, a saber:

Anexo 5 – Dia dos Pais na Escola

METODOLOGIA

Corpo docente, Direção e demais envolvidos na escola, traçarão estratégias para

o dia letivo dos pais na escola.

A equipe pedagógica deverá montar um horário diferenciado para o dia, com o

objetivo de que todos os professores que tenham aula no dia se revezem nas salas, onde

estarão os pais.

O presente projeto visa além de dialogar com os pais sobre o rendimento escolar,

também a oportunidade de conhecer a família do aluno.

No que se refere à operacionalização do projeto, os professores não deverão as

notas aos alunos e no dia D, estar com os boletins em mãos.

A acolhida aos pais e dinâmicas, fica a critério de cada professor.

O professor deverá proceder normalmente com chamada onde os pais

responderão pelos filhos;

Os alunos deverão ser conscientizados antecipadamente do dia letivo;

Os pais deverão lanchar na escola, de preferência um lanche diferenciado,

preparado pelas merendeiras;

Todas estas estratégias visam resgatar os pais para que se sintam motivados

para retornar para os próximos encontros.

Rio Branco do Sul, 05 de abril de 2011.