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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Secretaria de Estado de Educação Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho Escola Classe Santa Helena PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CLASSE SANTA HELENA Brasília 2018

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

Secretaria de Estado de Educação

Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho

Escola Classe Santa Helena

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ESCOLA CLASSE SANTA HELENA

Brasília

2018

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SUMÁRIO

1. Apresentação............................................................................................................ 04

2. Historicidade da Escola ........................................................................................... 06

3. Diagnóstico da realidade escolar ............................................................................. 08

4. Função Social........................................................................................................... 13

5. Princípios Orientadores das Práticas Pedagógicas .................................................. 14

6. Objetivos .................................................................................................................. 16

7. Concepções Teóricas que fundamentam as Práticas Pedagógicas .......................... 17

8. Organização do Trabalho Pedagógico da Escola ................................................... 19

8.1 Organização escolar em Ciclos ........................................................................... 19

8.2 Organização dos tempos e espaços ..................................................................... 19

8.3 Relação Escola-Comunidade ............................................................................ 21

8.4 Atuação EAA, SOE e Sala de Recursos ............................................................. 21

8.5 Educação Integral......................................................................... .......................21

8.6 Coordenação Pedagógica .................................................................................... 24

9. Concepções, práticas e estratégias de avaliação do processo de ensino e

aprendizagem................................................................................................................25

10. Organização Curricular da Escola..........................................................................26

11. Plano de Ação da Coordenação Pedagógica .......................................................... 29

12. Plano de ação para implementação do Projeto Político Pedagógico ...................... 36

13. Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico ............................ 38

14. Projetos Específicos ............................................................................................... 39

14.1 Projetos da Instituição Educacional .................................................................. 39

14.2 Projetos da SEDF/MEC .................................................................................. 43

15. Referências ............................................................................................................. 44

16. Anexos .................................................................................................................... 46

16.1 Anexo I: Plano de Ação 2018 – SOE/EEAA/Sala de Recursos ...................... 46

16.4 Anexo IV: Projeto de Leitura: Sim Sim Salabim ............................................ 55

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico da Escola Classe Santa Helena constitui-se instrumento

de vital importância para a ação-reflexão-ação e debate das práticas pedagógicas no ano letivo

de 2018, a ser revigorado, pensado e transformado cotidianamente.

Ao elaborarmos esse Projeto Político Pedagógico, documento de identidade dessa

Unidade Escolar, buscamos enfatizar a função primordial dessa escola que é promover as

aprendizagens a todos os estudantes, aprendizagens essas de qualidade social e emancipadora.

Assim, os processos de ensino e aprendizagem ocorrem de forma prazerosa, onde são

destacados o cuidar e o educar, de modo que o sucesso educacional das crianças é buscado

durante o processo e não somente ao fim de cada fase. Os estudantes são atendidos e

estimulados em sua integralidade: ética, estética, física, cognitiva, emocional, social, física e

mental.

Optamos por um embasamento teórico metodológico e por uma fundamentação

pedagógica que permita acompanhar o educando em seu desenvolvimento global

considerando suas particularidades e ao mesmo tempo oferecendo suporte afetivo e educativo.

O nosso Projeto Político Pedagógico é uma proposta que precisa ser frequentemente

(re)visitada, (re)organizada, atualizada, num processo contínuo e vivo de ir e vir, onde esse

documento possa ser concretizado nos projetos educacionais elaborados por nossa

comunidade escolar e emergidos no “chão da nossa escola”, em cada sala de aula, nos

corredores, enfim, nos diversos ambientes educacionais dessa Unidade Escolar.

Esse PPP abrange as concepções pedagógicas e os documentos norteadores que regem

nossa rede, as modalidades ofertadas na escola, os projetos individuais e coletivos, as metas e

parcerias com a comunidade, os programas, e etc. Enfim, ocorre nesse espaço, um retrato da

nossa realidade educacional, onde uma “lupa pedagógica” mostra ao leitor as ações que

fortalecem nosso fazer pedagógico. Portanto, esse documento de identidade, fundamenta-se

na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente

avaliação e reformulação.

Não apresentamos, portanto, um manual, mas sim, caminhos que estão sendo

percorridos por essa escola, onde a teoria embasa a nossa prática, e a prática fortalece as

teorias estudadas, debatidas, de forma que a práxis é alcançada. Assim, esse PPP torna-se ao

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longo dessa caminhada pedagógica um instrumento vivo e condutor de ideias que levem ao

alcance das metas e objetivos dessa comunidade escolar.

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2. HISTORICIDADE DA ESCOLA

Conta uma antiga merendeira, a Sra. Clarice Bernardo do Nascimento, que a Granja

Santa Helena, onde se localiza a escola, pertenceu ao empreendedor Antônio Ermírio de

Morais, que escolheu esse nome em homenagem à sua mãe, embora sem a devida

comprovação. De fato, no Registro da Ata de Abertura da Escola Rural Santa Helena, que

data de 03 agosto de 1964, a Sra. Carmelita Marques da Silveira, professora responsável,

atesta a “instalação” das aulas com a presença de 20 estudantes matriculados. Daí em diante,

vários registros informam o início e o fim das atividades para o início da escolarização, da

primeira à quarta série, em atendimento àquela comunidade essencialmente rural, com ênfase

no desenvolvimento das técnicas agrícolas diversas como cultivo de rosas e palmas e

pequenas criações de coelhos. Depois da assinatura da primeira “Ata” pela “professora

responsável”, assinaram em seguida as professoras: Salustiana Lopes de Souza e Silva, Emília

Jacobino de Sousa, Iris Maria Veloso Arruda, Elena Maria Oliveira, Alvina de Morais Pires,

Gilvanete Epaminondas Irmã, Sônia Maria Matos, Alexandrina da S. Rocha, Agda Verônica

Lustosa Castro, Edinete Fonseca, Maria Simara Torres Barbosa, Gilvan de Pádua Rodrigues

e, finalmente, a atual Diretora, Márcia Amaura de Araújo Pinto, tendo encerrado o ano letivo

de 2000 até a presente data. O primeiro ato, a relacionar a escola como existente na rede

oficial de ensino foi o Decreto nº 981- GDF, de 14/01/1996.

A Unidade de Ensino funciona desde 1964 em diferentes espaços dentro da

denominada Granja 13 ou Chácara 13, conforme descrito no livro Registro Escolar. Em razão

das reformas, no ano de 2008 funcionou provisoriamente na Escola Classe Sítio das

Araucárias, no turno vespertino. Em 2009 ocupou as dependências da Igreja Bom Jesus dos

Migrantes, em Sobradinho. Em maio de 2010 a escola foi reinaugurada e, atualmente, dispõe

de um prédio em boas condições, com cinco salas de aula, uma sala de recursos e uma sala de

leitura, além da ampliação dos banheiros, masculino e feminino para os estudantes, e espaços

administrativos como a secretaria, a sala da direção, o Serviço de Orientação Educacional e

sala dos professores. Foi construído um parque e um espaço para a horta suspensa. Em 2014 a

Escola Classe Santa Helena tornou-se optante do Programa de Educação Integral em Tempo

Integral (PROEITI) e passou a atender seus estudantes no período de dez horas diárias, que

acessam a escola por transporte escolar oferecido pela Secretaria de Estado de Educação.

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Atualmente localizada na região denominada Rota do Cavalo, a Escola Classe Santa Helena,

escola do campo, em razão do Decreto n°7352 - GDF, de 04/11/2010, que dispõe sobre a

política da Educação do Campo, em seu artigo 1º, Inciso II, definindo como escola do campo

todas aquelas situadas em área rural conforme definição do IBGE, juntamente com a Escola

Classe Sítio das Araucárias, atende aos filhos de caseiros, chacareiros, funcionários e

moradores dos condomínios e localidades vizinhas.

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3. DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Os principais sujeitos da Escola Classe Santa Helena, os estudantes, que justificam a

razão da existência da instituição, são as crianças. Identificar onde e como vivem; com quem

se relacionam; quem são eles e quais são suas relações sociais e afetivas; qual a relação deles

com a cidade e quais as relações que eles têm com a escolarização; e quais são os desejos,

objetivos e anseios dessas crianças faz-se essencial para se pensar na prática pedagógica,

organizada nas perspectivas da sensibilidade, da igualdade e da identidade cidadã.

A Escola Classe Santa Helena situa-se na zona rural de Sobradinho/DF, entre dois

centros urbanos: Brasília e Sobradinho. Em 2018, estão matriculados 110 (cento e dez)

alunos, do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental. São crianças que residem nas

chácaras próximas e nos condomínios vizinhos, em sua maioria, filhos de trabalhadores rurais

e domésticos. Pessoas reconhecidamente carentes que participam dos Programas de Governo

como o Bolsa Família e o Merenda Escolar.

A instituição integra o Programa de Educação Integral em Tempo Integral (PROEITI)

e atende aos alunos no período das 07h30 às 17h30 horas, ou seja, 10 (dez) horas diárias. São

cinco turmas, cada uma com duas professoras regentes, no matutino e no vespertino. Além da

base comum, a escola oferece oficinas como capoeira, dança, música, inglês, informática e

jogos. Há a parceria com o Centro Olímpico de Sobradinho, onde os alunos têm acesso a

várias modalidades esportivas, como atletismo, basquete, vôlei e futebol. Existe também um

professor de educação física lotado na escola, que prioriza os exercícios para a

psicomotricidade. Em relação ao espaço físico, a escola possui cinco salas de aula, sala de

recursos, sala de leitura, quadra descoberta, parque, horta suspensa, estacionamento, além das

dependências dos servidores, equipe gestora, secretaria e coordenação.

Apesar da proximidade com dois centros urbanos, a área dita rural onde se localiza a

escola não é facilmente identificável, já que se apresenta muito integrada com a área urbana.

Algumas características sobressaem na paisagem, tais como os espaços verdes para o turismo

rural, as grandes áreas para o plantio de hortaliças, a floresta de eucaliptos, a presença de

animais (equinos e bovinos, principalmente) nas estradas não asfaltadas e grandes áreas

verdes naturais. A Rodovia BR 020, que corta o país, aproxima as duas áreas entre si e as

cidades vizinhas. As crianças vivem em zona semi-rural e semi-urbana, ao mesmo tempo,

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transitando pelas duas realidades. Conhecem os benefícios e as dificuldades do campo e da

cidade. Convivem com a violência e os perigos dos dois lugares. Habitam e estudam muito

próximo do último grande monumento recentemente construído em Brasília, a Torre de TV

Digital, embora muitos ainda não o conheçam. Tão perto e tão longe, em razão da

proximidade física e das condições financeiras pouco favoráveis, na maioria dos casos.

Muitas crianças apresentam baixo desempenho escolar, principalmente em razão da

falta de estímulos da família, considerando que muitas têm todos os seus membros não

alfabetizados. Na verdade, muitos são os fatores que podem influenciar a aprendizagem de

uma criança, dentre eles destacam-se variáveis da escola, da própria criança e do ambiente

familiar. O desempenho escolar está muito relacionado à participação da família na vida do

estudante, diferentemente das dificuldades de aprendizagem, mais relacionadas a distúrbios

diversos. Este, aliás, é um aspecto recorrentemente levantado por teóricos da educação, como

o faz Patto, refletindo sobre deficiência de escolarização e pobreza, a partir do estudo de uma

população específica:

[...] o ambiente familiar na pobreza é deficiente de estímulos sensoriais, de

interações verbais, de contatos afetivos entre pais e filhos, de interesse dos

adultos pelo destino das crianças, num visível desconhecimento da

complexidade e das nuances da vida que se desenrola [...] (Patto, 1997, p.

285).

Claro que esta é uma generalização que não representa todas as famílias que vivem

suas carências materiais. Muitas delas negam esta regra e têm filhos totalmente integrados nos

processos de aprendizagem, inclusive com verdadeiras contribuições de pais e mães zelosos

de seus futuros. Muitos alunos, porém, sofrem as consequências de uma falta de estrutura

familiar mais sólida e acabam por evadir da escola, como é nosso caso, em função das

mudanças dos locais de trabalho e residência dos pais. O deslocamento constante das famílias

para a sua terra natal e o retorno, causam prejuízos para o aluno, que não dá continuidade ao

seu processo ensino-aprendizagem. Isso ocorre, geralmente, quando membros da família

ficam desempregados e, assim, ficam impossibilitados de participar do mercado de consumo

como gostariam. E, como consequência, muitas vezes mais grave, as crianças perdem seus

vínculos afetivos com colegas e seu senso de pertencimento a uma comunidade. Tais

deslocamentos provocam a perda desse sentimento de pertença, tão importante para as

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produções de sentidos de autoestima e de valorização das interações sociais, geradoras de

experiências estéticas e éticas dos indivíduos.

A interação entre os indivíduos é uma relação singular de identificação. Quando os

sujeitos buscam identificações, acabam por reunir-se em grupos ou clãs, o que Maffesoli

(2010) denomina tribos.

Deus (e a teologia), o Espírito (e a filosofia), o indivíduo (e a economia)

cedem lugar ao reagrupamento. O homem não é mais considerado

isoladamente. E mesmo quando admitimos a preponderância do imaginário,

não devemos esquecer que ele resulta de um corpo social e que, de retorno,

volta a materializar-se nele (Maffesoli, 2010, p. 12).

Segundo Maffesoli (2010) o neotribalismo é caracterizado pela fluidez, pelos

ajustamentos pontuais e pela dispersão. Ele afirma ainda que, enquanto característica da

socialidade, ou seja, a forma lúdica da socialização, a pessoa representa papéis, tanto dentro

de sua atividade profissional quanto no seio das diversas tribos de que participa. As relações

sociais dos sujeitos se dão nas “tribos” familiares, que são grandes e, geralmente, mantém

entre si algum grau de parentesco, sendo que a maioria das crianças são primos, uns dos

outros ou são conhecidos de longa data.

As tribos, pelas definições de Maffesoli, tem caráter de grupos sociais

predominantemente familiares, no caso aqui tratado. Esses grupos sociais em constante

movimento e sujeitos a determinações econômicas que forçam reorganizações sugerem novas

formas de relacionamento com parentes, novas organizações, para dar respostas às

necessidades e mudanças. A comunidade atendida pela escola apresenta característica muito

próxima àquelas urbanas, das famílias contemporâneas, considerando suas diversas

composições: mães e pais criando filhos sozinhos(as); mãe com filho gerado de forma

independente; pai que assumiu o filho de uma relação ocasional; marido e mulher vivendo

juntos com os pais, avós e tios; irmãos e filhos de outros casamentos; famílias formadas por

grupos de amigos; casais com filhos adotados. Apesar de dificuldades quanto à sobrevivência,

a permanência ao lugar fixo e ao trabalho, ainda contempla-se o que afirma Maffesoli (2010,

p. 49): “Tudo é motivo para celebrar um estar-junto do qual fundamento é menos a razão

universal e mais a emoção compartilhada, o sentimento de pertencimento”. As próprias

crianças, nascidas nesses seios em diversidade, aparentemente, assumem estar confortáveis

nas relações afetivas nesses “corpos societais”, ou tribos, conforme constata Maffesoli:

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Eis o que caracteriza o tempo das tribos. Sejam sexuais, musicais, religiosas,

esportivas, culturais, ou até políticas, elas ocupam o espaço público. É uma

constatação cuja negação é pueril e irresponsável. É doentio estigmatiza-las.

(Maffesoli, 2010, p. 49).

Também como característica nestes grupos, as crianças na ausência do adulto têm o

hábito de assumir outras atribuições domésticas, além de estudar e brincar e, geralmente,

tendem a acreditar que, inevitavelmente, por identificação, vão seguir os mesmos caminhos

de seus pais. Crer que o trabalho é essencial à formação da criança para justificar a exploração

infantil é um grande equívoco, observado, em muitos casos, em famílias mais pobres, mesmo

não sendo esta uma característica exclusiva deste grupo social. Isto é também perceptível em

alguns ambientes mais favorecidos economicamente. Nessa etapa da vida, a criança precisa

brincar e estar na escola e não ser responsabilizada por cuidar de si, de outros irmãos, da

própria roupa e da alimentação. Nesse sentido, Souza afirma que:

Trabalho e educação são atividades que, no curto prazo, são competitivas. As

crianças, de forma geral, deveriam estar na escola e não no trabalho. Para

melhor compreender essa questão é preciso analisar a relação entre trabalho

infantil e educação, incluída a associação do trabalho precoce com a evasão

escolar. É necessário compreender também como o trabalho das crianças

pode constituir o principal mecanismo da transmissão da pobreza por

gerações (Souza, 2010, p. 67).

Em relação a essa dinâmica social do trabalho e a partir da escuta dos familiares e das

narrativas das crianças que, de algum modo, demonstram carências em relação a uma maior

presença das famílias na escola, percebe-se que muitas delas matriculam os filhos para que

não fiquem ociosos, sozinhos em casa enquanto os pais estão trabalhando. Esse modelo de

escola, de tempo integral, propicia mais oportunidades pela diversidade de ambientes e

atividades planejadas e ofertadas, que não demanda outras atividades extras, como por

exemplo, o dever de casa. Em contrapartida, a qualidade do tempo que a criança passa com os

seus, em casa, os momentos de conviver, geralmente não acontecem.

Há, também, aquelas famílias que pensam a educação de tempo integral na perspectiva

da formação para o futuro. Ora, “a formação direcionada para o futuro” tende a não perceber a

vida no presente. É comum, inclusive na instituição escolar, frases como “formar o indivíduo

para viver em sociedade, para o trabalho”. Entretanto, essa idealização de um modelo de

indivíduo moldado furta-se a ver a criança no momento do agora, com suas próprias

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necessidades e subjetividades. Graça Veloso comenta essa questão temporal dos referidos

indivíduos:

A criança é um indivíduo criança, como um adulto é um indivíduo adulto.

Cada qual aprende para o agora e para o depois. São plenos de cada momento

da vida. Com as necessidades inerentes a seu lugar. Assim, a criança tem

reconhecidos os seus direitos de cidadania de infância, que pressupõe as

relações próprias do seu tempo, da mesma maneira que cada adulto é tratado

como cidadão de sua vida adulta (Veloso, 2015, p. 2).

Ao final do primeiro bimestre letivo de 2017 a comunidade tem se mostrado mais

participativa em relação aos anos anteriores, devido ao constante trabalho de conscientização

promovido, fazendo-os perceber a importância do caminhar juntos (escola e comunidade),

embora ainda haja um distanciamento com relação ao acompanhamento do desempenho

escolar das crianças.

4. FUNÇÃO SOCIAL

Construir uma educação para o sujeito em sua multiplicidade e plenitude, favorecendo

seu desenvolvimento cognitivo e fortalecendo o exercício da cidadania em uma sociedade

democrática e inclusiva, onde o aluno, consciente e proativo em suas ações individuais e

coletivas, se reconheça como sujeito transformado e transformador, capaz de fazer a

diferença, a fim de garantir educação pública de qualidade social para todos os cidadãos.

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5. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

A Escola Classe Santa Helena reafirma, a partir de suas ações, a necessidade de

perceber a criança como sujeito criador de cultura, considerando suas necessidades, sua

trajetória individual e seu histórico familiar, numa perspectiva subjetiva, ampla e dinâmica,

visto que a criança é um ser social, que se desenvolve de uma forma integral, através das

relações com os outros, dos vínculos afetivos que estabelece.

A criança só aprende se estiver emocionada; se estiver aberta para afetar e ser afetada;

na construção desses afectos. A formação real do sujeito exige convivência coletiva e a

experiência das trocas e do compartilhar. Cooperar é trocar e construir novos saberes junto

com os outros, permitindo o exercício da descentralização e da reciprocidade, coordenando

pontos de vista, levando à colaboração entre pares e chegando a soluções em comum e a um

novo entendimento. Portanto, o ato educativo deve se direcionar para a formação de grupos

fortalecidos em relações de companheirismo, num projeto comprometido com a construção e

reinvenção do conhecimento.

Temos diante de nós o desafio de construirmos coletivamente uma escola de qualidade

e democrática, que dê ênfase às expressões culturais do ambiente em que está inserida. Essa

proposta reúne

Em um sonho comum, as esperanças de cada trabalhador da educação, da

comunidade que investe na escola a responsabilidade de formação das novas

gerações e das crianças e jovens que cotidianamente comparecem às salas de

aula, na esperança de aprender e construir significados coletivamente

(BRASÍLIA, GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, Cadernos da Escola

Candanga, 1995, p. 9).

A escola também busca oportunizar momentos de trocas entre família e escola,

criando espaços favoráveis ao diálogo, através de entrevistas com cada família no momento

de ingresso; reuniões semestrais para apresentação da caminhada percorrida no período;

entrevistas individuais para troca de informações e esclarecimento de dúvidas; atividades

integradoras como eventos festivos; exposições de trabalhos infantis; atividades externas;

palestras com professores convidados; participação em projetos de pesquisa desenvolvidos na

instituição, além do convívio diário, quando as famílias também podem buscar orientações ou

informações junto aos professores ou técnicos dos setores. Prioritariamente, escola e família

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precisam caminhar juntas, articuladas, seguindo uma direção comum para enfrentar o grande

desafio: educar

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6. OBJETIVOS

Compreender a dinâmica da educação integral em tempo integral a partir das

demandas práticas espaciais, temporais e sociais específicas da Escola Classe Santa

Helena.

• Promover o sucesso do educando na escola, assistindo-o integralmente em suas

necessidades básicas, individuais e educacionais, possibilitando o desenvolvimento de

sua autoestima.

• Favorecer a humanização do espaço escolar a partir da valorização dos profissionais

que atuam na instituição e do fortalecimento da participação da comunidade escolar na

construção de uma identidade própria para a escola.

• Fortalecer o espaço de coordenação pedagógica de forma a valorizar e otimizar o

tempo destinado ao planejamento individual e coletivo, oportunizando a todos o

aprimoramento através da formação continuada.

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7. CONCEPÇÕES TEÓRICAS QUE FUNDAMENTAM AS PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS

No andar se definem os novos passos e os caminhos se fazem no caminhar

(MARQUES, 1999, p. 179)

As concepções teóricas que fundamentam as práticas pedagógicas dessa Instituição

Educacional são orientadas pelos documentos oficiais da Secretaria de Estado de Educação do

Distrito Federal - SEDF: Currículo em Movimento da Educação Básica (2009), Diretrizes de

Avaliação Educacional – Aprendizagem, Institucional e em Larga Escala (2014-2016),

Orientação Pedagógica – Projeto Político-Pedagógico e Coordenação Pedagógica nas Escolas

(2014), Diretrizes Pedagógicas para Organização Escolar do 2º Ciclo (2014), Projeto Cidade

Escola Candanga: Educação Integral (2014), Educação Integral: ampliando tempos, espaços e

oportunidades educacionais (2009), haja vista que, para alicerçar a educação integral e em

tempo integral é necessário a junção da prática com a teoria.

O trabalho pedagógico é algo intencional que necessita de objetivos e metas bem

definidos e para cada ação existe um fundamento conceitual. A Escola Classe Santa Helena ao

se basear nos documentos norteadores da SEDF, tem sua metodologia de trabalho

fundamentada nos referenciais teóricos, bem como na união de experiências no intuito de

constituirmos uma comunidade de aprendizagem formada por diversos atores sociais.

Sabemos que não há como melhorar a qualidade do ensino por meio da Educação

Integral, se a comunidade escolar não se envolver, de fato, com essa configuração

educacional, o que fortalece processos formativos continuados e novas posturas frente às

avaliações que são de natureza formativa com critérios que evidenciem qualitativamente o

desempenho dos estudantes.

Considerando que a concepção do processo ensino-aprendizagem está diretamente

ligada à concepção de avaliação, Santos & Mól sugerem que,

Uma proposta pedagógica centrada no desenvolvimento de atitudes e valores,

competências e habilidades, por meio de uma vivência ativa (interativa) do

aluno em sala de aula, mediada pelo professor, pressupõe também uma

mudança no processo avaliativo. (...) O processo avaliativo passa a requerer

mais do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a

autoconfiança do aluno. Para isso, o engajamento dele nas atividades precisa

ser natural, autônomo e assumido como crescimento pessoal. Os alunos têm

de realmente se sentir sujeitos do processo e não apenas executores de tarefas

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escolares com o objetivo exclusivo de acumular pontos para a avaliação final.

(SANTOS & MÓL, 2005, p. 24, 25)

Compreendemos que os estudos das interações sociais, culturais

contextualizadas, em uma perspectiva dialógica e tendo por base a abordagem Histórico-

Cultural de Saviani (2007), que tem por principal objetivo a relação e transmissão de

conhecimentos significativos que contribuam para a inclusão social do educando, tendem a

reforçar de forma salutar as percepções docentes acerca das aprendizagens dos estudantes, das

formas de ensino e da educação do ser em sua integralidade. Assim, além dos documentos

citados colocamos em evidência, neste documento de identidade, a Teoria Histórico-Cultural

de Vigotski (2001) onde se enfatiza a relevância do social na subjetividade dos estudantes,

haja vista que as aprendizagens se constroem nesse social e na relevância da história e da

cultura para o ser.

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8. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

8.1 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR EM CICLOS

Conforme afirma Mainardes (2009, p.01) “O termo ciclos vem sendo utilizado no Brasil e

em outros países para designar uma forma de organização da escolaridade que pretende

superar o modelo da escola graduada, organizada em séries anuais e que classifica os

estudantes durante todo processo de escolarização”. É um modelo de escolarização inclusivo e

não seletivo que, sobretudo, respeita o tempo para a aprendizagem particular de cada um. A

Escola Classe Santa Helena fez a opção pelos Ciclos para as aprendizagens.

8.2 ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS

A Escola Classe Santa Helena participa do PROEIT - Programa de Educação Integral em

Tempo Integral, que atende aos alunos nos dois turnos, das 07h30 às 17h30 horas, oferecendo

05 refeições diárias. São atendidas 05 (cinco) turmas do 1º ao 5º Ano, nas salas de aula

disponíveis, dialogando entre si a base comum e a parte diversificada nos dois turnos.

Além das aulas ministradas de forma lúdica, acontecem oficinas com os educadores

sociais voluntários/ESV o Assistente de Alfabetização do Programa Mais Alfabetização, bem

como, os programas específicos voltados para a escola em Tempo Integral, tais como o

Centro Olímpico/C.O; o Projeto Educação com Movimento, que possibilita a presença do

professor efetivo de Educação Física em atividades para ampliar e diversificar a cultura

corporal e suas linguagens.

O Caderno de apresentação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC)

estabelece “alguns princípios acerca da alfabetização nas escolas públicas brasileiras que

entendem a alfabetização como um processo de aprendizagem que culmina na participação

ativa das crianças, em diferentes espaços sociais, em situações em que possam produzir e

compreender textos orais e escritos com autonomia”. O direito à Educação Básica é garantido

a todos os brasileiros e, segundo prevê a Lei 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, “tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação

comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

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trabalho e em estudos posteriores” (Art. 22). Desse modo, a Escola Classe Santa Helena

organiza os seus tempos e espaços em articulação com as práticas de leitura/escrita/oralidade

presentes nos diferentes componentes curriculares e suas necessidades enquanto criança-ser-

sujeito em formação.

Nesta perspectiva, seguimos como as demais Unidades Escolares da SEDF, o seguinte

Calendário Escolar/2018:

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8.3 RELAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE

A escola entende que não pode e não deve realizar seu trabalho sem a parceria da família

e, portanto, atua no sentido de acolher pais, mães e responsáveis no universo escolar, de

forma a compartilhar angústias e a socializar dificuldades, afim de que, juntos, escola e

família busquem soluções que atendam às crianças.

8.4 ATUAÇÃO EAA, SOE E SALA DE RECURSOS E SEUS PLANOS DE AÇÃO

A Equipe de Apoio à Aprendizagem/EAA, formada por um Pedagogo e um Psicólogo, o

Serviço de Orientação Escolar/SOE e a Sala de Recursos, com atuação itinerante, contam com

profissionais de excelência, que somam seus saberes e ações interventivas ao cotidiano

educacional dessa Instituição.

Esses profissionais têm um trabalho dinâmico, colaborativo e atuam em parceria para

atender aos estudantes com baixo desempenho escolar e/ou dificuldades de aprendizagens,

além dos alunos diagnosticados (TGD, DF, DI, TDAH, Dislexia, Discalculia).

Assim, EAA, SOE e Sala de Recursos, em parceria com as famílias e com a escola,

tentam buscar um olhar diferenciado para o atendimento de cada estudante.

Seguem, em anexo, os Planos de Ação dos referidos atendimentos.

8.5 EDUCAÇÃO INTEGRAL

A Escola Classe Santa Helena aderiu no ano de 2014 ao Programa de Educação Integral

em Tempo Integral (PROEITI), de acordo com o Projeto Cidade Escola Candanga: Educação

Integral. Nesta perspectiva, o trabalho é desenvolvido de acordo com os seguintes princípios:

integralidade, intersetorialidade, transversalidade, gestão democrática, territorialidade e

trabalho em rede.

Para o desenvolvimento das atividades da Educação Integral são disponibilizados três

recursos humanos distintos: o educador social voluntário (ESV), o educador social voluntário

especial (ESVE) e o Assistente de Alfabetização.

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O educador social voluntário é um recurso oferecido pelo GDF, através de edital de

seleção específico, e encaminhado pela Coordenação Regional de Ensino. Nesta unidade

contamos com cinco ESV: quatro para a Educação Integral e um para a Educação Especial. A

coordenação da educação integral é responsável por orientar os ESV e fomentar as oficinas de

forma que ocorram interdisciplinarmente, segundo as necessidades dos estudantes no que

concerne, principalmente, aos aspectos culturais e sociais da nossa comunidade escolar. Dessa

forma, foram priorizadas oficinas de música, dança, capoeira, informática, jogos e

brincadeiras, meio ambiente, acompanhamento pedagógico e horta escolar.

A Escola Classe Santa Helena, para o ano 2017, aderiu ao Programa Novo Mais

Educação. Tal Programa foi instituído pela Portaria nº 1.444 de 10 de outubro de 2016, que

observa as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, no que se refere ao desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,

tendo como meios básicos o pleno desenvolvimento da leitura, da escrita e do cálculo.

O referido Programa visa a ampliação da jornada escolar das crianças/adolescentes,

mediante carga horária de 15h semanais, no turno e contraturno escolar, observando a

seguinte carga horária: acompanhamento pedagógico (8h semanais) e atividades

complementares no campo das artes, cultura, esporte e lazer (07h semanais).

Para o ano letivo de 2018, serão destinadas para a instituição verbas do PDDE, PDAF e

Emendas Parlamentares.

Conforme Portaria 142, de 22 de fevereiro de 2018 e Resolução 7, de 22 de março de

2018, a Escola Classe Santa Helena realizou a adesão ao Programa Mais Alfabetização –

MEC com Apoio do Assistente de Alfabetização para os estudantes do 1ºe 2º anos, de acordo

com o Plano Nacional de Educação, na Meta 5 que visa estruturar os processos pedagógicos

de alfabetização nos anos iniciais do E. Fundamental, articulando-os com as estratégias

desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos(as) Professores(as)

Alfabetizadores(as) e com apoio pedagógico específico.

Ressaltamos que o Projeto Político Pedagógico da E. C. Santa Helena, bem como a

dinâmica diária da escola, está em consonância com as metas nº 06 e 07 do Plano Nacional de

Educação (PNE), no que se refere a ampliação da oferta de educação em tempo integral,

visando a melhoria da qualidade do fluxo escolar e da aprendizagem dos nossos alunos

matriculados do 1º ao 5º ano.

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Abaixo, seguem as atividades desenvolvidas em nossa escola:

TURNO ATIVIDADES

DIÁRIAS SEMANAIS QUINZENAIS

ENTRADA Acolhida –

Leitura com

Reflexão

MATUTINO Reagrupamento

Intraclasse

Educação Física (Encontro de

Duplas)

Projeto de Leitura (Sim Sim

Salabim)

Projeto Ciclismo

TROCA DE

PROFESSORES

Ócio Dirigido –

Leitura com

Reflexão

VESPERTINO Reagrupamento

Intraclasse

Reagrupamento Interclasse

Centro Olímpico

Educação Física (Projeto

Interventivo)

Oficina de Leitura

Oficina Informática

Educativa

Oficina de Capoeira

Oficina de Futsal

Acompanhamento

Pedagógico

SAÍDA Relaxamento –

Despedida

Orientada

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8.6 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Em virtude de todo contexto histórico e social, é basilar que os momentos de

coordenação pedagógica sejam de aprimoramentos, estudos, debates, trocas de

experiências, espaços de criações diversas, visando o êxito do ensino e das aprendizagens.

Na E.C. Santa Helena a coordenação pedagógica tornou-se ao longo dos anos um

espaço tempo primordial de estudos, formação continuada, discussão de concepções e

práticas avaliativas, mas, sobretudo, espaço para apreciação das percepções dos sujeitos

envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

A coordenação pedagógica nas escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal

foi uma conquista por meio de debates, lutas e esforços, ao longo de anos, dos

profissionais de educação para a contribuição na melhoria da qualidade social da educação

pública. Conforme a Orientação Pedagógica (2014, p. 30) a coordenação pedagógica

precisa “consolidar-se como espaço-tempo de reflexões geradas pelos processos

formativos e de autoformação, contemplando o processo de ensinar e aprender, os

planejamentos interdisciplinares, o compartilhamento de experiências pedagógicas

exitosas e inclusivas, o conhecimento mais aprofundado dos estudantes, a avaliação e

autoavaliação e a articulação do coletivo em torno da construção do Projeto Político

Pedagógico”.

O coordenador pedagógico exerce papel fundamental na escola como articulador das

melhores condições do trabalho coletivo; como formador nas propostas para a ampliação

do conhecimento do professor; como mediador das discussões para a produção e o

conhecimento do Projeto Político Pedagógico e das Diretrizes que regem a prática

pedagógica; e, como transformador na proposição do compromisso para constantes

reflexões e questionamentos.

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9 CONCEPÇÕES, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE

ENSINO E APRENDIZAGEM

Ao refletirmos acerca das concepções, dos procedimentos e dos instrumentos avaliativos

que permeiam o nosso fazer pedagógico, e que se materializam no cotidiano dessa Unidade

Escolar foram notórias as seguintes ações aqui desenvolvidas pelos profissionais da educação:

• O olhar atento e o posterior registro reflexivo do professor regente, da coordenação

pedagógica, da equipe gestora e dos servidores que atuam junto aos estudantes;

• O portfólio como instrumento construído pelos estudantes, que evidencia o

desenvolvimento dos mesmos durante o processo ensino e aprendizagem;

• As auto-avaliações, numa perspectiva subjetiva, dando voz aos sujeitos que se

avaliam;

• A Assembléia Geral, como órgão para a tomada de decisões, com a comunidade

escolar para a apreciação e aprovação de ações que beneficiem a escola;

• O Conselho escolar, órgão com funções deliberativa, consultiva, mobilizadora,

fiscalizadora e pedagógica, que tem como foco principal, acompanhar o

desenvolvimento da prática educativa do processo ensino-aprendizagem, que,

bimestralmente, se reúne e delibera sobre questões relativas ao bom andamento da

escola;

• O Conselho de Classe como espaço para reflexão e planejamento das estratégias para

sanar dificuldades e rever ações em prol do aluno;

• O Conselho de Classe Participativo que dá voz ao aluno e o conecta com todas as

instâncias da escola, de maneira mais informal;

• As reuniões de pais/mães/responsáveis onde a família e a escola tornam-se parceiras

no entendimento da educação como meta social;

• As provas ou testes construídos considerando os objetivos das aprendizagens e

corrigidos segundo critérios claros para os estudantes. Entretanto, esses não são,

portanto, os únicos instrumentos que norteiam a avaliação, mas, instrumentos que a

complementam, no sentido de um diagnóstico, haja vista que a avaliação deve ser

formativa.

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10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA ESCOLA

• PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: O Programa visa contribuir para o

fortalecimento de ações que integram as áreas de Saúde e Educação no enfrentamento

de vulnerabilidades; ampliar as ações de saúde para estudantes da rede pública de

educação básica e apoiar o processo formativo dos profissionais de saúde e educação

de forma permanente e continuada.

• PROEITI: Programa de Educação Integral em Tempo Integral – Propõe a educação

integral viva, explicitada no Projeto Político Pedagógico da escola, em avaliação

contínua e processual, a partir do reconhecimento da importância dos saberes formais

e não formais e das diferenças entre os sujeitos históricos e sociais e com base em

reflexões construtivas para o exercício pleno da Gestão Democrática na educação do

Distrito Federal.

• PROGRAMA MAIS ALFABETIZAÇÃO: Programa que visa estruturar os

processos pedagógicos de alfabetização, oferecendo como suporte ao professor

alfabetizador a contratação de Assistentes de Alfabetização e a aquisição de recursos

materiais.

• PDAF: é o Programa de Descentralização Administrativa e Financeira que prevê

maior autonomia da equipe gestora. De acordo com informações do sítio da Secretaria

de Estado de Educação, o Programa de Descentralização Administrativa e

Financeira (PDAF) foi criado em 2012 para gerar autonomia financeira nas unidades

escolares e coordenações regionais de ensino (CREs), nos termos do projeto político-

pedagógico e planos de trabalho de cada uma. Os recursos são consignados na Lei

Orçamentária Anual do DF, com possível origem em Lei de Créditos Adicionais. Já os

critérios para distribuição entre as escolas e coordenações são estabelecidos pela

Secretaria de Estado de Educação, bem como os limites por categoria de despesa. As

escolas de educação básica recebem valores de acordo ao quantitativo de alunos

matriculados. A operacionalização do programa é possível mediante a colaboração

entre os gestores das escolas, das CREs e SEDF, atendendo aos princípios

burocráticos exigidos para a sua execução.

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• ESCOLA DO CAMPO: a instituição educacional está voltada para ações e

atividades que privilegiem a aproximação da escola com o cotidiano dos alunos

inseridos nessa realidade, considerando as especificidades da região (semi-urbana e

semi-rural) e as necessidades informacionais dos alunos, que passam a ser agentes

multiplicadores em suas famílias.

• CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: Nos anos iniciais

do Ensino Fundamental de 09 anos o desenvolvimento das atividades contempla os

componentes curriculares determinados pelo Currículo em Movimento da Educação

Básica. Os conteúdos, assim como os temas transversais são desenvolvidos de forma

integrada e interdisciplinar, em todas as áreas do conhecimento, com ênfase em: ética,

pluralidade cultural, sustentabilidade, meio ambiente, saúde, valores e atitudes, a partir

de projetos que consideram, prioritariamente, a realidade dos alunos e suas

necessidades.

• PROJETO INTERVENTIVO: Para os alunos que apresentam baixo desempenho

escolar ou dificuldades de aprendizagem são oferecidas estratégias tais como o Projeto

Interventivo, de caráter específico e temporário. Trata-se do atendimento imediato aos

estudantes que, após experimentarem todas as estratégias pedagógicas desenvolvidas,

ainda evidenciam dificuldades. Segundo as Diretrizes Pedagógicas do Segundo Ciclo

(SEDF, 2006) “A adoção de estratégias pedagógicas que viabilizem esse progresso

impedem que os estudantes permaneçam na escola e avancem nos anos escolares sem

aprender, ou seja, que a exclusão ocorra no interior da própria escola (BOURDIEU &

PATRICK, 1998)”. O Projeto Interventivo realizado na Escola Classe Santa Helena

tem por base o Diagnóstico para o planejamento das estratégias e ações didáticas

cotidianas, de acordo com as necessidades das crianças. Conforme afirma as Diretrizes

Pedagógicas do Segundo Ciclo “O PI apresenta uma dimensão política que recai sobre

o cumprimento do direito de cada estudante à aprendizagem e outra, pedagógica

voltada para a seleção dos recursos mais apropriados à promoção de suas

aprendizagens (VILLAS BOAS, 2012)”.

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• REAGRUPAMENTO INTERCLASSE E INTRACLASSE: Toda a atenção da

escola está voltada para o aluno no seu desenvolvimento individual cotidiano e na sua

participação no grupo, na coletividade e, portanto, todas as crianças participam do

Reagrupamento Intraclasse (trabalhos diversificados em sala) e o Reagrupamento

Interclasse (enturmação segundo os níveis de escrita, definidos em teste da

Psicogênese, realizado bimestralmente). Essa estratégia de trabalho em grupo

possibilita a mediação entre pares, pois os próprios estudantes auxiliam uns aos outros,

na socialização de saberes e experiências.

• UNIDADE DIDÁTICA: A Instituição considera que teoria e prática andam juntas e

se justificam, portanto são pensadas como práxis de um cotidiano onde sentido e

significado se estabelecem a partir também das necessidades individuais e coletivas.

Portanto, consideramos a elaboração das unidades didáticas como uma importante

ferramenta para contribuir na melhoria do trabalho pedagógico e da qualidade da

formação dos estudantes, a partir de problematizações que evidenciam a importância

das temáticas abordadas e que, principalmente, consideram as narrativas

negligenciadas dos sujeitos contempladas nos eixos transversais: Educação para a

Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos; Educação para a

Sustentabilidade.

• REFORÇO ESCOLAR: O reforço escolar acontece, semanalmente, desde o primeiro

bimestre letivo, aos alunos que, após a realização do diagnóstico, apresentem alguma

necessidade de atendimento mais individualizado para sanar suas possíveis

dificuldades;

• ENCONTRO DE DUPLAS: As professoras regentes dos dois turnos têm encontros

semanais para planejarem atividades em conjunto, articularem possíveis intervenções

com os alunos, definirem conteúdos e estratégias para melhor aprendizagem e demais

ações necessárias para que haja o efetivo diálogo entre as partes.

• RECREIO DIRIGIDO: Em função da necessidade de um momento mais calmo e

prazeroso na recreação, diariamente a coordenação e a equipe gestora se mobilizam

para atender as crianças garantindo a segurança e estimulando brincadeiras salutares,

enquanto as professoras têm sua pausa.

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• HORA CÍVICA: Para incentivar o patriotismo, a cidadania e o amor ao Brasil, todas

as sextas-feiras pela manhã acontece a hora cívica, com a execução do Hino Nacional

Brasileiro e o hasteamento da Bandeira, símbolos da Pátria, que traduzem a história do

País.

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11. PLANO DE AÇÃO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA/2018

CRONOGRAMA

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS

AÇÕES/

ESTRATÉGIAS

AVALIAÇÃO

DAS AÇÕES

PÚBLICO

PARCERIAS

ENVOLVIDAS

Ocorrerá

durante o ano

letivo de 2018,

sendo que

algumas ações

serão: semanais,

bimestrais,

semestrais e/ou

anuais.

Articular

condições para

o trabalho

coletivo e

individual das

docentes em

sala de aula.

Ocorrerão na

perspectiva da

formação

continuada

docente, do

planejamento e

(re)avaliação

dos trabalhos

pedagógicos,

do

atendimento às

necessidades

específicas de

aprendizagem

dos(as)

estudantes.

A avaliação

será formativa

ocorrendo de

forma contínua

e processual.

Sujeitos do

processo

ensino e

aprendizage

m.

Equipe

Gestora,

Equipe

Docente,

EAA,

Orientação

Pedagógica.

Ano Letivo

Participar de

formação

continuada

fora da escola;

Atuar como

multiplicador

das

informações

adquiridas.

Participação

em reuniões

pedagógicas

fora da escola,

no PNAIC e

em Cursos de

Extensão e de

Formação

Continuada.

Em processo. Instituição

Educacional

Coordenação

Regional de

Ensino.

Ano Letivo

Criar ambiente

receptivo na

escola.

Acolhimento

diário dos

alunos nas

entradas

reflexivas, nas

trocas de turno

e nos projetos

pedagógicos

específicos.

Em

andamento.

Estudantes Docentes e

Direção.

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Março a

Dezembro/2018

Incentivar o

hábito de ouvir

histórias, de

contar e

compreender

os diversos

gêneros

textuais e os

multiletramen

tos.

Elaboração e

aplicação do

Projeto:

Entrada com

Leitura e

Reflexão, bem

como

participação no

projeto macro

de leitura desta

Instituição

Educacional:

Sim Sim

Salabim.

Em processo. Estudantes Docentes

Ano Letivo

Mediar

demandas dos

professores

tendo como

base o Projeto

Político

Pedagógico da

escola e os

Documentos

Norteadores da

SEDF;

Fomentar o

compartilha

mento das

práticas

pedagógicas

dos docentes;

Propor a

formação

continuada

para a

contribuição

na reflexão-

ação-reflexão

do trabalho

pedagógico,

instigando

questionamen

tos e a busca

Coordenações

coletivas,

coordenações

individuais,

encontro de

duplas.

Em

andamento.

Docentes Direção,

EAA, SOE.

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por soluções

eficazes.

Ano Letivo Promover a

recreação livre,

e o recreio

dirigido

fortalecendo o

direito de

brincar;

Oportunizar a

socialização

entre os pares.

Acompanha

mento diário

dos estudantes

no recreio;

Em processo. Estudantes Servidores

readaptados e

voluntários.

Ano Letivo Reformular o

Projeto

Político

Pedagógico –

PPP.

Mediação das

discussões

para a

(re)elaboração

do PPP.

Em

andamento.

Comunidad

e Escolar.

Docentes,

Servidores,

Pais, Mães

e/ou

responsáveis,

Estudantes e

Equipe

Gestora.

Abril a

Dezembro/2018

Proporcionar

aos estudantes

momentos de

intervenção e

atividades

diferenciadas

para sanar

dificuldades

nas

aprendizagens.

Participação

no Projeto

Interventivo e

nos

Reagrupamen

tos Intra e

Interclasse;

Em

andamento.

Estudantes Professoras

Ano Letivo Proporcionar

aos estudantes

vivências e

experiências

diversificadas

Agendamento

e

acompanhame

nto de projetos

e atividades

Em

andamento.

Estudantes Professoras e

Direção

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fora da escola.

pedagógicas

externas;

Ano Letivo Sistematizar a

organização

dos tempos e

espaços da

escola para a

boa articulação

do trabalho

pedagógico.

Planejamento e

organização

das Oficinas e

Práticas

Pedagógicas

da Escola

Integral em

Tempo

Integral.

Em processo. Estudantes Professoras,

Educadores

Sociais,

Voluntários e

Direção.

Ano Letivo Fomentar o

trabalho

pedagógico de

qualidade

social, a partir

de novas

possibilidades

de reflexões e

transformações

.

Promoção das

ações para a

formação

continuada dos

professores;

Em

andamento.

Professoras Direção,

EAA e SOE.

Ano Letivo Complementar

o trabalho

pedagógico do

professor em

sala de aula.

Pesquisas de

material

didático

auxiliar;

Em processo. Professoras

e Alunos

Direção

Ano Letivo Suprir carência

de LTS do

professor

regente

durante

ausências

curtas do

mesmo.

Substituição de

professores em

períodos

curtos;

Em andamento Estudantes Professoras

Maio e

Outubro/2018

Organizar e

distribuir as

provas para os

estudantes;

lançar o

resultado no

Coordenação

da aplicação e

divulgação dos

resultados da

Provinha

Brasil (1ª. e 2ª.

Primeira etapa

em andamento.

Estudantes Professoras

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sistema para

(re)direcionar

as ações do

professor

regente em

relação às

dificuldades

apresentadas.

fases) para o

segundo ano;

Ano Letivo Apresentar

noções da

linguagem e

dos signos

teatrais;

Exercitar as

capacidades de

expressão

corporal e

vocal;

Estimular a

concentração,

a criatividade e

a atenção;

Trabalhar a

capacidade de

improvisação e

dramatização

de histórias;

Melhorar a

percepção do

próprio corpo e

do outro.

Elaboração e

Aplicação do

Projeto Arte

Educando –

Conviver

Brincando.

Em

andamento.

Estudantes Professoras

Ano Letivo Contribuir para

melhor

organização

das atividades

propostas nas

oficinas do

Programa de

Educação

Integral em

Tempo

Integral.

Elaboração e

acompanha

mento da grade

horária do

Programa de

Educação

Integral em

Tempo

Integral –

PROEIT e dos

atendimentos

do Professor

de Educação

Ações

executadas e

em andamento.

Estudantes Professoras,

Voluntários,

Educadores

Sociais,

Professor de

Educação

Física.

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Física, no

Projeto

Educação

Física em

Movimento.

Ano Letivo Registrar

sistematicamen

te questões

importantes,

decisões e

quaisquer

esclarecimen

tos que possam

contribuir na

formação

integral dos

estudantes da

escola.

Elaboração de

pautas, atas e

organização

das reuniões

do Conselho

de Classe, das

coordenações

coletivas e

reuniões

específicas

com pais, mães

e/ou

responsáveis

de alunos;

Em

andamento.

Escola Direção,

EAA, SOE.

Segundo

semestre

Promover o

diálogo entre

estudantes e

direção, a fim

de sanar

possíveis

questões e

conflitos na

escola.

Participação

no Conselho

Participativo.

A ser

realizado.

Estudantes Direção

Ano Letivo Promover, no

momento da

troca de turno,

atividade de

leitura lúdica

para o

descanso após

o almoço.

Projeto Conte

uma História –

Leituras e

histórias na

troca de turno.

Em

andamento.

Estudantes Professoras

Ano Letivo Melhorar a

concentração

com exercícios

de relaxamento

após o recreio

Relaxamento

Dinâmico

Em processo Estudantes Professoras

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da tarde.

Ano Letivo Acompanhar e

planejar as

ações dos

Educadores

Sociais e dos

Voluntários.

Coordenar o

trabalho

colaborativo

dos

Educadores

Sociais e

Voluntários,

junto aos

professores em

sala de aula.

Em andamento Estudantes Direção

A partir do

segundo

bimestre.

Sistematizar as

ações para

ressignificar o

conhecimento

a partir da

vivência dos

sujeitos.

Projetos

específicos

como: Festa

Junina; Festa

da Família;

Combate a

Dengue;

Sustentabilida

de;

Olimpíadas;

Sarau de

Talentos;

Conhecendo o

DF; Integração

Família e

Escola,

Vivências com

a Natureza,

Arte Educando

Conviver

Brincando,

Projeto de

Leitura e Natal

Solidário.

Em andamento Estudantes Direção,

Professoras,

EAA e SOE.

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12. PLANO DE AÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

OBJETIVOS

METAS

AÇÕES

AVALIAÇÃO

DAS AÇÕES

RESPONSÁVEIS

CRONOGRAMA

Identificar

obras, autores,

documentos

norteadores

para o

embasamento

do PPP.

Fundamentação

do texto escrito.

Pesquisa dos

referenciais

teóricos e

metodológic

os

Realizada Coordenação e

UNIEB.

1º semestre de

2018.

Mapear todos

os projetos da

escola.

Definição da

identidade da

instituição

enquanto escola

de educação

integral em tempo

integral.

Coleta de

dados,

projetos e

ações

específicas

da Unidade

Escolar.

Realizada Coordenação,

Corpo Docente e

Equipe Gestora.

1º semestre de

2018.

Reescrever o

Projeto

Político

Pedagógico

conforme as

orientações da

UNIEB.

Organização do

documento escrito

para

compartilhamento

e apreciação.

Registro do

Projeto

Político

Pedagógico.

Realizada Coordenação e

UNIEB.

1º semestre de

2018.

Avaliar as

ações

propostas.

Reconhecimento

da prática

pedagógica diante

dos sujeitos

envolvidos.

Discutir

coletivamen

te ações

Realizada Comunidade

Escolar.

1º semestre de

2018.

Reelaborar o

documento

escrito.

Definição das

metas e ações que

compõe o PPP.

Realizar

possíveis

alterações.

Realizada Coordenação 1º semestre de

2018.

Reconhecer a

dinâmica do

espaço escola

de educação

integral em

tempo integral.

Finalização do

registro escrito do

documento para

apreciação.

Revisar o

corpo do

documento e

sua

formatação.

Realizada Coordenação

1º semestre de

2018.

Promover a

relação de

pertencimento

entre os

membros da

comunidade

Compreensão do

espaço escolar

como espaço para

transformações.

Compartilhar

resultados

escritos com

a

comunidade

escolar.

Em andamento Comunidade

Escolar

1º semestre de

2018.

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37

escolar.

Demonstrar

publicamente

as ações e

atividades

desenvolvidas

pela instituição

educacional.

Publicação do

documento.

Encaminhar

o documento

para a

Coordenação

Regional de

Ensino.

Em andamento Coordenação e

Equipe Gestora

1º semestre de

2018.

Pensar a

Escola Classe

Santa Helena

como espaço

para além da

escolarização.

Efetivação da

missão da escola

enquanto espaço

de educação

integral em tempo

integral.

Acompanhar

a aplicabilida

de das ações

previstas no

PPP na I.E.

Em andamento Coordenação e

Equipe Gestora.

2º semestre de

2018.

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13. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico dessa Instituição Educacional é avaliado por toda a

equipe da escola e responsáveis pelos estudantes, com a participação do Conselho Escolar,

com a periodicidade semestral, através de reuniões coletivas que oportunizam a análise

das práticas pela comunidade escolar, afim de re-significar as ações para o alcance das

aprendizagens com qualidade social de todos os discentes. Os resultados desse diálogo

entre os sujeitos são registrados em ata específica.

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14. PROJETOS ESPECÍFICOS

A Escola Classe Santa Helena trabalha sob a perspectiva da Pedagogia de Projetos que

é uma metodologia de trabalho educacional que tem por objetivo organizar a construção

dos conhecimentos em torno de metas previamente definidas, de forma coletiva, entre

alunos e professores.

14.1– PROJETOS DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL

Diante das necessidades específicas de cada educando e no propósito de oferecer uma

diversidade de atividades de forma a garantir a permanência de 10 (dez) horas na escola,

propomos projetos que visem a ampliação das oportunidades de aprendizagens e dos

espaços educacionais.

Projeto

Objetivos

Principais ações

Professor

responsável

Avaliação do projeto

e no projeto

Atividades

no Centro

Olímpico de

Sobradinho

Proporcionar

aos alunos o

contato com

outro ambiente,

fora da escola, e

com outros

professores,

especializados

nos esportes.

Práticas esportivas

diversas como:

atletismo, basquete,

vôlei, futsal,

handball

Professoras

regentes e

Professores do CO.

Tais esportes são

ministrados para todas

as turmas, em forma

de rodízio entre eles a

cada bimestre, todas

as quartas e sextas-

feiras.

Entrada com

Leitura e

Reflexão

Propor a

reflexão

coletiva acerca

de alguma

necessidade,

valor ou

comportamento

recorrente na

escola, na vida

cotidiana ou

familiar dos

alunos.

Em formato de

leitura tradicional ou

de contação de

histórias com

personagem ou com

tema musical

específico. O

professor regente

pode dar

continuidade à

reflexão, levando a

temática para a sala.

Coordenadoras e

Professoras.

Acontece diariamente.

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40

Enfatizar a

importância da

leitura como

enfoque

principal de

outros projetos

importantes da

escola.

PROERD Orientar os

alunos sobre o

risco do uso de

drogas e

entorpecentes,

bem como

identificar

ações e atitudes

preventivas que

garantam a

proteção

individual da

criança e do

adolescente

quanto à

violência, aos

perigos e

adversidades do

mundo atual.

Ações preventivas

para a informação

efetiva através de

slides, material

escrito e oralmente.

PMDF Ministrado segundo

cronograma da Polícia

Militar do Distrito

Federal e visa atender

alunos do 1º. , 2º. E

5º. Anos.

Horta

Escolar

Orientar o aluno

quanto ao

plantio

sustentável,

alimentação

saudável e

conhecimentos

sobre as

possibilidades

de nutrição e

saúde de

hortaliças,

leguminosas e

plantas

medicinais.

Funciona como horta

suspensa para

atender a alunos

cadeirantes e

complementa a

merenda escolar.

Professoras

Regentes e

Voluntários.

Inserido no Projeto

Vivências com a

Natureza, de

periodicidade

semanal, atende a

todas as turmas.

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Projeto de

Leitura –

2018

SIM SIM

SALABIM

Reconhecer a

importância de

se cultivar o

hábito de ler e

as

possibilidades

do espaço

disponível na

escola (sala de

leitura/bibliotec

a) para tal

atividade.

Oportunizar a

realização do

Projeto

Interventivo.

O professor regente

da turma faz o

projeto interventivo

com o aluno com

baixo desempenho

escolar, enquanto o

restante da turma

desenvolve as

atividades na sala de

leitura.

Professoras

Readaptadas,

Professoras

regentes e

Voluntários .

Acontece

semanalmente, com

todas as turmas.

Conselho de

Classe

Participativo

Ouvir e dar voz

aos principais

sujeitos do

processo ensino

aprendizagem.

Reflexão sobre a

aprendizagem, o

comportamento e as

relações

interpessoais na

escola.

Alunos,

professores

regentes e direção

escolar.

Acontece

semestralmente, com a

participação de todas

as turmas.

Ciclismo

Conhecer os

direitos e

deveres do

ciclista, do

pedestre e do

motorista para

assim exercitar

o pleno respeito

à vida.

Parceria com o

DETRAN para

promover a

conscientização das

crianças sobre a

necessidade do

respeito ao outro no

trânsito.

Prof. Alex,

Coordenação,

Professores.

Acontece às segundas

e quartas,

quinzenalmente.

Projeto

Anjo da

Guarda

Potencializar as

aprendizagens

adquiridas pelos

estudantes.

Troca de

experiências entre os

estudantes da mesma

turma.

Prof. Rosireni de

Lima Campelo

Carvalho.

Diariamente, na turma

do quarto ano.

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14.2– PROJETOS DA SEDF/MEC

Projeto/Programa

Objetivos

Principais ações

Professor

responsável

Avaliação do

projeto e no

projeto

Educação Integral

(PROEITI)

PROGRAMA MAIS

ALFABETIZAÇÃO

Suporte pedagógico

direcionado

Ampliação do

tempo/espaço do

aluno na escola.

Atividades lúdicas,

com jogos,

dinâmicas e

brincadeiras

coletivas

Atividades de

alongamento,

psicomotricidade;

coordenação motora

e equilíbrio.

Acompanhamento

pedagógico de Língua

Portuguesa e

Matemática.

Oficinas:

Leitura

Inglês

Capoeira

Futsal

Equipe gestora

Coordenadores

Locais

Educador

Social

Voluntário da

Educação

Integral – GDF

Assistente de

Alfabetização -

MEC

Atende a todos

os alunos,

diariamente e

acontece no

turno vespertino.

Educação com

Movimento

Diversificar a cultura

corporal e suas

linguagens como

vivência

indispensável para a

formação integral e o

desenvolvimento

sócio-afetivo,

psicomotor e

cognitivo da criança.

Aperfeiçoar o

processo de ensino-

aprendizagem dos

conteúdos da cultura

corporal presentes na

Educação Física, tais

como: o jogo, a

brincadeira, o esporte,

a luta, a ginástica e a

dança mediante a

intervenção

pedagógica do

professor.

Professor de

educação física

e professores

regentes.

Acontece

semanalmente

com todas as

turmas.

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15. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996.

BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Educação – SEEDF. Currículo em Movimento da

Educação Básica – Ensino Fundamental Anos Iniciais, Brasília-DF, 2014.

_________. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes de Avaliação Educacional –

Aprendizagem Institucional e em Larga Escala 2014-2016. Brasília/DF, 2014.

__________. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Pedagógicas para Organização

Escolar do 2º. Ciclo. Brasília/DF, 2014.

__________. Secretaria de Estado de Educação. Educação Integral: ampliando tempos,

espaços e oportunidades educacionais. Brasília/DF, 2009.

__________. Secretaria de Estado de Educação. Orientação Pedagógica. Projeto Político-

Pedagógico e Coordenação Pedagógica nas escolas. Brasília/DF, 2014.

__________. Secretaria de Estado de Educação. Projeto Cidade Escola Candanga: Educação

Integral. Brasília/DF, 2014.

ESCOLA CLASSE SANTA HELENA. Livro Ata da Fundação da Escola. Ano: 1964.

GRESTA, Luciana Maria Rodrigues. Narrativas e Cena: uma experiência teatral no Ensino

Fundamental. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Julho/2015.

HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre – RS: Artmed, 2001.

MAINARDES, J. A Escola em ciclos: fundamentos e debates. São Paulo: Cortez, 2009.

MAFFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa.

4. ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2010.

PATTO, M. H. S. A família pobre e a escola pública: anotações sobre um desencontro. In

FERREIRA, Susie Helena. BARRERA, Sylvia Domingos. Ambiente familiar e aprendizagem

escolar em alunos da educação infantil. PSICO. V.41. n. 4. Out-dez. 2010.

SAVIANI, D. História das Ideias Pedagógicas no Brasil. Autores Associados (Coleção

Memória da Educação) Campinas-SP, 2007.

SOUZA, Edicleia Lopes da Cruz. PONTILI, Rosangela Maria. LOPES, Janete. Trabalho

infantil: qual sua influência sobre a no meio rural do Paraná? Disponível em:

www.ecopar.ufpr.br/artigos/a5_088.pdf

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SANTOS, W. L.; MÓL, G. S. Química e Sociedade: Manual do Professor. Vol. Único. 1ª Ed.

São Paulo: Editora Nova Geração, 2005.

VELOSO, Jorge das Graças. Os saberes da cena e o recorte da Pedagogia do Teatro: uma

possibilidade metodológica. In: HARTMANN, Luciana e VELOSO, Jorge das Graças. O

TEATRO E SUAS PEDAGOGIAS: práticas e reflexões. Brasília, (No Prelo).

VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes,

2001.

WARSCHAUER, Cecília. A Roda e o Registro: uma parceria entre professor, alunos e

conhecimento. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

Sites Consultados:

www.se.df.gov.br

Site da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal:

http://www.se.df.gov.br/programas-e-projetos/582-programa-de-descentralizacao-

administrativa-e-financeira-pdaf.html em junho de 2017

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TÍTULO DO PROJETO: SIM SIM SALABIM, PEDACINHO DE CANDURA – EU E

VOCÊ ENCANTADOS PELA LEITURA

PROBLEMATIZAÇÃO: O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR COM ESSE PROJETO?

As histórias estão presentes em nossa cultura há muito tempo e o hábito de contá-las e

ouvi-las tem inúmeros significados. Está relacionado ao cuidado afetivo, a construção da

identidade, ao desenvolvimento da imaginação, a capacidade de ouvir o outro e a de se

expressar. Por isso, é importante favorecermos a familiaridade das crianças com as histórias e

a ampliação de seu repertório. Isso só é possível por meio do contato regular com os textos

desde cedo e de sua participação frequente em situações diversas de conto e leitura.

A Escola Classe Santa Helena, como instituição responsável por uma escolarização de

qualidade, compreende que esse contato habitual com a leitura precisa ser alcançado,

prioritariamente, pelo prazer, pela vontade própria da criança de vivenciá-lo em sua

integralidade.

ESCOLHA DO TEMA GERADOR: QUAL A CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO PARA

COM AS APRENDIZAGENS DOS ESTUDANTES?

A leitura exerce um papel fundamental não só na educação básica, mas também nas

demais etapas do processo escolar pela parcela de responsabilidade na formação do leitor. A

falta de leitura provoca problemas graves na expressão oral, escrita, interpretativa e até,

estética, além de subordinar o sujeito a uma não reflexão a respeito da contemporaneidade dos

fatos.

Faz-se necessário reconhecer a importância e a necessidade da leitura na busca de

informações e conhecimentos de mundo, no enriquecimento do vocabulário cotidiano, na

visualização das palavras e ortografia e ampliação do repertório criativo, imagético e

fantasioso, tão necessários ao desenvolvimento afetivo-cognitivo das crianças.

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PÚBLICO ALVO: Ensino Fundamental, Séries Iniciais (Crianças de 6 a 11 anos).

JUSTIFICATIVA: POR QUÊ É IMPORTANTE QUE SE FAÇA ESSE PROJETO?

Por tratar-se de uma escola de Ensino Fundamental – séries iniciais, a instituição

pretende consolidar seu Projeto de Leitura como base de sustentação das ações para o alcance

da finalidade precípua desta etapa do ensino que é a leitura, a escrita e a interpretação de

textos.

A leitura estimula o aluno a pensar, a sintetizar as informações, a desenvolver seu

senso crítico e a autoconfiança para a tomada das melhores decisões em sua vida, dando

sentido e significado ao próprio processo ensino-aprendizagem. Além de entreter, informar,

esclarecer, conscientizar e preparar a criança como cidadão leitor da atualidade.

OBJETIVO GERAL: O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR COM ESSE PROJETO?

O projeto macro SIM SIM SALABIM, PEDACINHO DE CANDURA – EU E VOCÊ

ENCANTADOS PELA LEITURA tem o objetivo geral de despertar na criança, através do

hábito da leitura, a consciência de que ela é agente transformador da sociedade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer as diversas obras literárias e seus autores;

Dinamizar a utilização do espaço Biblioteca/Sala de Leitura;

Desenvolver a autonomia, o senso crítico, a parceria e a criatividade dos alunos e do

professor;

Ampliar o desenvolvimento da criança nas produções textuais;

Dinamizar o processo da escuta sensível, da concentração ativa e do olhar atento como

pré-requisitos para uma conduta favorável à leitura e ao processo de aprendizagem;

Envolver as famílias no processo ensino-aprendizagem com a participação das

mesmas nos momentos de leitura em casa e na escola e nas fichas literárias;

Aproximar os sujeitos: leitor, obra e família.

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CONTEÚDOS: PRINCIPAIS CONTEÚDOS CURRICULARES QUE SERÃO

TRABALHADOS NO PROJETO PARA SE ATINGIR OS OBJETIVOS PROPOSTOS.

Exploração estética (ritmo, rima, estrofe e silhuetas) de gêneros literários;

Livros e obras infantis: leitura, escuta e manuseio;

Estudo das obras infantis e infanto-juvenis e de seus personagens;

Biografias de autores literários;

Comparações de versões literárias e produções artísticas (cinema, telas) a partir de

similaridades e mudanças das obras;

Comentário crítico da obra literária.

METODOLOGIA: DESCREVE DE FORMA CLARA E OBJETIVA COMO SE

PRETENDE TRABALHAR PARA TRANSFORMAR O PLANEJAMENTO EM

REALIDADE

COMO ONDE QUANDO QUEM COMO FUNCIONA?

(Recursos e

Aprendizagens a alcançar)

Atendimento

às unidades

didáticas

Biblioteca Mensal Prof.Biblioteca

As Obras literárias serão

sugeridas e disponibilizadas de

acordo com as temáticas

elencadas por mês nas

unidades didáticas. Serão

planejadas contação de

histórias, leituras direcionadas

e atividades que

complementem a prática

pedagógica da escola e

motivem os leitores.

De cara com o

autor

Pátio Semestral Coord./

Prof.Biblioteca

A roda de conversa e/ou

entrevista com o autor de uma

obra literária, a partir de uma

sensibilização prévia com as

crianças para o conhecimento

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do teor literário, acontecerá nos

pátios de entrada e/ou troca de

turno, para aproximar leitor e

autor e sua biografia.

Empréstimo de

livros

Biblioteca Semanal/

(Atend. por

turma conf.

Horário)

Prof.

Biblioteca

O empréstimo acontecerá a

partir de fichas, semanalmente.

Poderá ser emprestado um

exemplar por vez,

condicionado à devolução do

mesmo, em bom estado, após

uma semana ou à renovação do

empréstimo.

Leitor

premiado

Biblioteca Semestral Prof.

Biblioteca

Serão premiados (primeiro,

segundo e terceiro lugar), por

semestre, os alunos (por

turma)com o maior número de

empréstimos de livros e boa

conservação do exemplar.

Aniversário da

escola (1964)

Pátio 03 de

AGOSTO

Fundador e/ou

Pioneiro da

escola e/ou

Alunos mais

antigos.

Entrevista realizada pelas

crianças com fundador ou

pioneiro da escola para, através

de informações históricas por

depoimento oral, iniciar a

construção do inventário

etnográfico sobre a instituição,

além da homenagem pela data.

(Comemorar com evento

cívico e conhecimento sobre a

bandeira da escola).

Pare tudo e me

escute!

Espaços

da escola

(a serem

mapeados)

Semanal –

Por turma

Professoras A cada semana uma turma

prepara uma apresentação de

música, leitura, recitação de

poema ou qualquer proposta de

apresentação na qual toda a

escola é mobilizada a

prestigiar.

Mala

Encantada

1º. Ano Anual Professoras A Mala Encantada irá para

casa do aluno às sextas-feiras,

com um livro infantil escolhido

pela professora, devendo o

mesmo retornar na segunda-

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feira. Acompanha a Mala

Encantada um caderno com

lápis de cor e o Mascote da

turma para que os pais das

crianças possam acompanhar

essa deliciosa viagem ao

mundo da leitura e imaginação.

Leitura em

Família

2º. Ano Anual Professoras A Leitura em Família, a partir

dos diversos gêneros textuais,

pretende desenvolver a

oralidade, a interpretação e a

apropriação dos componentes

para a aprendizagem da leitura

e da escrita, através do envio

da sacola com um livro de

literatura e o caderno de

atividades, encaminhado para a

casa dos alunos, às sextas-

feiras, sob a responsabilidade

da família.

Palavra do

Autor

3º. Ano Anual Professoras Por meio de pequenos

fragmentos de textos ou da

obra completa de um autor,

documentários, vídeos e frases,

escolhidos pelas professoras,

conforme a necessidade de

integrar os temas tratados com

o currículo, os alunos serão

estimulados a ser “produtores”

de seu discurso: de sua fala ao

debater e da palavra escrita ao

redigir, narrando, descrevendo,

argumentando, inventando

histórias, ampliando,

sintetizando, defendendo e

transformando ideias.

Maleta da

Leitura às

Sextas

4º. Ano Anual Professoras A cada sexta-feira um aluno

receberá uma maleta contendo

um livro, a ficha literária e um

Diário de Bordo e deverá ler e

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50

fazer um resumo escrito desse

livro no diário, explicando suas

impressões e opiniões sobre a

obra lida.

Leitura em

Ação

5º. Ano Anual Professoras A professora fará a seleção

prévia dos livros, de acordo

com o número de alunos. Será

confeccionado um cartaz para

avaliação das leituras,

contendo o nome de todos os

livros, todos os alunos e os

conceitos regular, bom e ótimo,

representados por formas

geométricas. O empréstimo dos

livros, por cinco dias, a leitura

a ser compartilhada com a

família e a reconstrução das

histórias lidas através de

dramatizações, desenhos e

redações também fazem parte

do projeto.

CRONOGRAMA: ANO DE 2018

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO: COMO SERÁ FEITO O ACOMPANHAMENTO

DO PROJETO? COMO SERÃO MEDIDOS OS EFEITOS DO PROJETO? QUE

INSTRUMENTOS SERÃO UTILIZADOS PARA A AVALIAÇÃO?

O acompanhamento do Projeto se dará a partir da observação da participação das crianças em

cada etapa do mesmo, sejam nas propostas específicas por turma, em sala de aula, sejam nos

desenvolvimentos das atividades propostas na Biblioteca da escola. Poderão ser utilizadas

fichas literárias de acordo com a faixa etária dos sujeitos a fim de medir, junto aos mesmos, a

qualidade das obras oferecidas e o grau de satisfação quanto ao conteúdo da leitura. A longo

prazo esperamos observar o despertar do hábito de ler além do processo de escolarização. A

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curto prazo esperamos como efeitos do projeto a dinamização do espaço Biblioteca e a

motivação das crianças na utilização efetiva do acervo literário.

PROJETO: ANJO DA GUARDA

Professora: Rosireni de Lima Campêlo Carvalho

JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o bom trabalho realizado por alguns alunos do terceiro ano, na

aquisição da aprendizagem, bem como o desenvolvimento da maturidade e responsabilidade,

utilizaremos o projeto ANJO DA GUARDA, para, em colaboração com as professoras das

séries anteriores (primeiro e segundo ano), realizar momentos de interação e troca, visando

potencializar as aprendizagens já adquiridas com sucesso por alguns alunos do terceiro ano e

ao mesmo tempo intervir na dificuldade de alguns alunos, principalmente daqueles que não

adquiriram autonomia para realizar atividades de forma autônoma e individual.

OBJETIVOS

Fixar e potencializar aprendizagens adquiridas (anjo terceiro ano).

Amadurecer as potencialidades cooperativas e a responsabilidade com o outro (anjo

terceiro ano).

Experimentar suas próprias aprendizagens ao ensinar para o outro (anjo terceiro ano).

Desenvolver hábitos de estudos (estudar antes de ensinar – anjo terceiro ano).

Ampliar a aprendizagem por meio da colaboração, em que os alunos pela troca entre

pares se ensinam mutuamente (protegido – primeiro ou segundo ano).

Experimentar novas formas de aprender com seus colegas (protegido – primeiro ou

segundo ano).

ESTRATÉGIAS

Pesquisar nas turmas do primeiro e segundo anos quais dificuldades de alguns alunos e

elaborar gráfico e tabela.

Conhecer atividades realizadas pelas professoras das turmas pesquisadas.

Conversar sobre as habilidades dos alunos que atuarão como anjo da guarda

(intervenção da professora para que o próprio aluno reconheça suas áreas de domínio).

Receber alunos indicados para tutoria do anjo da guarda na sala de aula para uma

dinâmica, (sondagem para formação dos pares: protegido e anjo).

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Receber alunos para tutoria na sala de aula e realizar atividades, orientando-os,

observando vários fatores: autonomia (conseguiu fazer sozinho?) apresentação final

(capricho).

O anjo orienta o protegido a registrar de forma breve o que conseguiu na aula que

teve, observando todos os aspectos estruturais, ortográficos, discursivos de um texto.

Os alunos protegidos permanecerão na sala do terceiro ano, fazendo atividades

interventivas de acordo com suas dificuldades, durante todo um período necessário e

poderão acionar seu anjo sempre que necessitarem.

O anjo também poderá continuar com suas atividades nos momentos em que seu

protegido tenta produzir de forma autônoma, após ter recebido todas as orientações

necessárias.

AVALIAÇÃO

O aluno anjo da guarda deverá escrever suas observações sobre o desenvolvimento de

seu protegido e socializar com as professoras esses avanços.

Analisar atividades realizadas durante a tutoria e compará-las, observando os avanços

obtidos principalmente no que se refere à autonomia, aprendizagem e crescimento

global dos alunos protegidos pelo anjo da guarda, com argumentação oral de ambos

(anjo e protegido).

Confeccionar um portfólio com atividades semelhantes de forma a demonstrar o

crescimento argumentado oralmente por ambos (anjo e protegido).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para Vygotsky, todo o desenvolvimento e aprendizagem humanos é um processo

ativo, no qual existem ações propositais mediadas por várias ferramentas (VYGOTSKY,

1978). A mais importante dessas ferramentas é a linguagem, pois ela representa o sistema

semiótico que é a base do intelecto humano. Todas as outras funções superiores do intelecto

desenvolvem-se a partir da interação social baseada na linguagem (WARSCHAUER, 1997).

Assim, a inteligência tem origem social e a aprendizagem acontece inicialmente de forma

interpsíquica, isto é, no coletivo, para depois haver a construção intrapsíquica.

Dessa forma, para que ocorra a aprendizagem, há a necessidade de uma interação entre

duas ou mais pessoas, cooperando em uma atividade interpessoal e possibilitando uma

reelaboração intrapessoal. Dentro dessa visão, torna-se necessário o conceito de Zona de

Desenvolvimento Proximal de Vygotsky, que nas suas próprias palavras: ZDP é a distância

entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução

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independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da

solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros

mais capazes. (p.112)

De acordo com Siqueira (2003), há a zona de desenvolvimento real, que consiste em

aptidões e conhecimentos que o aluno construiu até então, e tarefas e problemas que os alunos

podem resolver sozinhos, sem a ajuda de companheiros mais capazes. Já na zona de

desenvolvimento proximal, encontram-se as aptidões e os conhecimentos que ainda não

amadureceram de forma completa e que precisam do auxílio e orientação de um adulto ou de

um companheiro mais experiente para que esses possam ser utilizados.

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