Projeto Robert
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1. INTRODUÇÃO
A arte da dança faz parte das culturas humanas e toda ação humana envolve a
criatividade corporal. A criança é um ser em constante mobilidade e utiliza-se dela para
buscar conhecimento de si mesma daquilo que a rodeia, relacionando-se com objetos e
pessoas. A ação física é necessária para que a criança harmonize de maneira integradora as
potencialidades motoras, afetivas e cognitivas.
A atividade dança pode desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade de
movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim poderá
usá-la expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade,
aliviando as tensões psíquicas e auxiliando na preservação das saúdes mental e corporal
desenvolvendo assim psico/cognitivo,psico/afetivo, motor e social. A dança é uma forma de
integração e expressão tanto individual quanto coletiva,em que o aluno exercita a atenção, a
percepção, a colaboração e a solidariedade.
A dança tem forte caráter socializador e motivador, seja em par ou sozinho, seja velho
ou criança, seja homem ou mulher, dançando todos nos sentimos bem. Cabe à sociedade
como um todo considerar os idosos como pessoas capazes, produtivas e sociais, munidos de
experiência, as quais podem ser aproveitadas em prol da própria sociedade. Deve-se tratar os
idosos com respeito e dignidade que merecem, mostrando a eles que são sujeitos da
transformação social, com direitos e deveres como qualquer outro integrante da sociedade e
que tem o direito de viver e ser felizes.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – Considerações sobre o idoso
O envelhecimento da população mundial é um fato recente, que apresenta causas
multifatoriais e diferenças especificas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas
suas consequências são igualmente importantes do ponto de vista social, médico e de políticas
públicas (POZZA 2012).
A velhice trata-se de uma fase esperada na vida das pessoas, mas quando esta chega o
idoso acaba sofrendo significativas perdas no que tange a seu papel na sociedade, além da
perda de amigos e familiares, a substituição de suas ocupações profissionais e o aparecimento
de doenças crônicas (PASCHOAL 2000 apud POZZA 2012, p. 1).
O aumento da expectativa de vida populacional é considerado um fenômeno mundial,
sendo possível observar uma transformação demográfica sem precedentes na história da
humanidade (FRUMI e CELICH, 2006), pois esse fenômeno modificou a relação do idoso
com o tempo, com o mundo e com sua própria história por se tratar de um fenômeno
biológico, psicológico e social.
Essa faixa da população sofreu um aumento rápido no mundo a partir dos anos 60 e
esse aumento foi maior que os valores da população adulta e jovem e, além disso, de 1970 até
os dias atuais, passou de 3% para 8%, com possibilidade de dobrar o percentual nos próximos
vinte anos (GOLDSTEIN 2012). Uns dos principais motivos desse aumento foram à redução
das taxas de mortalidade e de fecundidade e o aumento da expectativa de vida, como já é
possível se observar com mais frequência pessoas com idade acima de 80 anos
(HOEFELMANN 2011). Calcula-se que a partir do final do próximo século, a população
brasileira com idade superior a 60 anos será maior que a de crianças e adolescentes com 14
anos ou menos (GOLDSTEIN 2012).
Essa condição é um desafio do mundo atual, que afeta de uma maneira geral países
ricos e pobres, pois suas modificações estão enraizadas em transformações socioeconômicas
vividas pelas nações desenvolvidas no século passado, e que, no entanto, só produziam
modificações significativas em suas variáveis demográficas na virada do século XX
(LOURENÇO et al. 2005).
Para FILHO (2006) essas grandes modificações no perfil populacional mundial têm
levado a comprometimentos tão amplos quanto complexos, e o Brasil é um excelente exemplo
deste fenômeno. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2000)
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apontou que a população de pessoas de 60 anos ou mais atingiria 14.538.988 pessoas em
2004, muito além dos cerca de 10 milhões previstos para 1991, evidenciando um aumento
aproximado de 45% nesta faixa etária. No inicio da década a população idosa era de 7,3%,
passando no ano 2000 para 8,6% e estima que nos próximos 20 anos cheguem aos 13% a
população idosa do Brasil.
Os países do chamado Terceiro Mundo vêm apresentando, nas últimas décadas, um
progressivo declínio nas suas taxas de mortalidade e, mais recentemente, também nas suas
taxas de fecundidade, mostrando que esses dois fatores associados promovem a alicerce
demográfico para um envelhecimento real dessas populações, semelhante ao processo que
continua ocorrendo, ainda que em escala menos acentuada, nos países desenvolvidos
(AMARAL 2004).
2.2 – A dança na terceira idade
Segundo CORRÊA (2012, p. 03), a dança auxilia os integrantes da terceira idade a
recuperar a força muscular que se perde no processo de envelhecimento, a recuperar o
convívio social, melhorando seus relacionamentos interpessoais, elevando sua autoestima e
recuperando o gosto de viver.
CORRÊA (2012, p. 03), salienta,
“Na terceira idade o idoso sedentário está sujeito a uma série de problemas, tais
como o envelhecimento acelerado, a autopiedade, alterações sociais, depressão,
estresse, além de se tornar um peso para a família, gerando conflitos familiares. Por
outro lado, se ele tiver uma terceira idade ativa, em que participe de alguma
atividade, como por exemplo a dança, ele estará inserido na sociedade e adquirindo
saúde mental e física e, consequentemente, melhorando a sua qualidade de vida. A
dança ajudará a recuperar o bem-estar físico, ampliando a mobilidade, a
autoconfiança, a vitalidade, dentre outros benefícios. A soma disso tudo é um idoso
feliz, autoconfiante, envolvido na sociedade como agente transformador e não como
um peso social”.
No entanto a dança de salão auxilia na diminuição de risco de demência, sugerindo
que os aspectos mentalmente complexos da dança, como mover-se no ritmo da música e
combinar passos, possam ser os responsáveis por essa melhora.” Com o envelhecimento o
nosso poder de memorização diminui devido à falta de pensamento cognitivo. A dança auxilia
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para a recuperação da memória através da concentração para dançar e realizar os movimentos
necessários, pois para isto é necessário que haja raciocínio lógico através da cognição.
O envelhecimento está presente na vida de todos, mas como envelhecer com saúde e
qualidade de vida é o grande foco de discussão. A dança é, com certeza, uma das inúmeras
atividades que vão ao encontro dessa necessidade (CORRÊA, 2012).
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3. JUSTIFICATIVA
Considerando a pratica de atividades físicas para o bem estar físico e mental de todos
praticantes irá gerar benefícios para a saúde.
A pratica regular de atividades físicas contribui para que os músculos se conservem
fortes, alongados, em equilíbrio e para que as articulações se mantenham integras preservando
o arco de movimentos completos.
A dança é um tipo de modalidade que vem se desenvolvendo cada vez mais,
conquistando assim mais pessoas que se encantam por seus movimentos graciosos e precisos.
Conforme PINTO (2008, p. 04), a dança pode ter seis funções; auto-expressão,
comunicação, diversão e prazer, espiritualidade, identificação cultural, ruptura e revitalização
da sociedade. Ainda completam citando que a dança tem um forte caráter sociabilizador e
motivador, seja em par ou sozinho seja idoso ou criança, seja homem ou mulher ao dançar
todos se sentem bem.
Este projeto trará contribuições para o bem estar físico e mental dos idosos do grupo
da terceira do Grupo Viver Legal em Diamantino - Mato Grosso.
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4. PROBLEMA
Percebe-se que na atualidade a velhice trata-se de uma fase esperada na vida das
pessoas, mas quando esta chega o idoso acaba sofrendo significativas perdas no que tange a
seu papel na sociedade, além da perda de amigos e familiares, a substituição de suas
ocupações profissionais e o aparecimento de doenças crônicas.
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5. OBJETIVOS
5.l – Objetivo Geral
Analisar os benefícios que a dança trás aos idosos terceira do Grupo Viver Legal em
Diamantino - Mato Grosso.
5.2 – Objetivos específicos
Aumentar a flexibilidade dos movimentos;
Melhorar o relacionamentos entre idosos;
Melhorar a qualidade de vida dos idosos;
Aumentar a pratica de atividades físicas e de alongamentos;
Aumentar a autoestima;
Detectar os benefícios percebido da atividade física (dança) pelos idosos do grupo de
terceira idade;
6. METODOLOGIA
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A pesquisa aconteceu no Grupo Viver Legal, um grupo de idosos que se reúne toda a
semana no Centro de Eventos “Juarez de Abreu” localizado no bairro Centro no município de
Diamantino-MT, em um local cedido pela Prefeitura Municipal de Diamantino, Mato Grosso.
O grupo conta com 316 idosos, cadastrados, com idosos de idades variadas, chegando há 95
anos, mas não existe uma assiduidade por parte dos idosos nas atividades do centro. O
atendimento acontece de segunda a sexta-feira, sendo dois dias no centro da cidade e dois dias
no bairro novo diamantino.
As atividades desenvolvidas pelo grupo são: aquecimento e dança que é a melhor
opção para indivíduos da terceira idade, pois é uma atividade que se realiza em grupo
facilitando a integração e fortalecimento das amizades, com superação de limites físicos,
diminuindo assim as angustias e incertezas que os cercam este grupo durante a vida cotidiana.
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7. RESULTADOS ESPERADOS
Através deste projeto, espera-se verificar através das aulas de dança criar
oportunidades para que o grupo da terceira idade Viver Legal de Diamantino, que conheçam,
experimentem a dança em seu dia-a-dia, com a prática cotidiana, o idoso se sentirá mais útil,
independente, com mais esperança e vontade de viver, mais autoestima, com maior vitalidade
e disposição, tomando-se assim mais saudáveis, sociáveis e felizes.
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8. CRONOGRAMA
Atividades desenvolvidas 2012
Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Solicitação do estágio X X
Planos de aula X X X
Entrega do projeto X X
Relatório do projeto
Entrega de todos os materiais X X
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, Sérgio Galvão. A dança na terceira idade. Disponível em <
http://www.ijui.com/especiais/artigos/23784-a-danca-na-terceira-idade-sergio-galvao-correa-
> Acesso em 23 maio de 2012 as 21:00 horas.
FRUMI, Cailene; Kátia CELICH, Lilian Sedrez. O olhar do idoso frente ao envelhecimento e
à morte. RBCEH - Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo
Fundo, 92-100 - jul./dez. 2006.
GOLDSTEIN, Lucila Lucchino. A produção científica brasileira na área da gerontologia:
(1975-1999). Revista online Biblioteca Professor Joel Martins - v.1., n.1, p. 1-14, out. 1999 -
ISSN: 1517-3992. Disponível em <
www.portaldoenvelhecimento.org.br/download/download.htm> Acesso em 23 Abril de 2012
as 21:00 horas.
HOEFELMANN, Camila Peter et al. Aptidão funcional de mulheres idosas ativas com 80
anos ou mais. Motriz: Revista Educação Física. (Online) [online]. 2011, vol.17, n.1, pp. 19-
25. ISSN 1980-6574. Disponível em <http://dx.doi.org/10.5016/1980-6574.2011v17n1p19>
Acesso maio de 2012.
LOURENÇO Roberto Alves; MARTINS, Cláudia de Souza Ferreira; SANCHEZ, Maria
Angélica S.; VERAS, Renato Peixoto. Assistência ambulatorial geriátrica: hierarquização da
demanda. Revista Saúde Pública. vol.39 n°.2 São Paulo Apr. 2005.
POZZA, Marina S.; FERRARI, Maurício B.; FERRARI, Márcio B.; JIMENEZ, Rodrigo N. &
CARVALHO, Regiane A. Qualidade de vida em idosos avaliados através do instrumento
genérico SF-36. Disponível em <ww.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007> Acesso em 13 de
Março de 2012 as 14:00 horas.
PINTO, Marcus Vinícius de Mello. (org). Análise dos benefícios da dança para a terceira
idade. Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008.