Projeto Urbano e Seus Condicionantes

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: PROJETO URBANO PROJETO URBANO E SEUS CONDICIONANTES Professora Silvana Castro

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Aula de projeto urbano

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: PROJETO URBANO

PROJETO URBANO E SEUS CONDICIONANTES

Professora Silvana Castro

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PROJETO URBANO2

Fonte: vitruvius.com.br

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PARCELAMENTO DO SOLO

A elaboração de projetos de parcelamento do solo urbano deve ser precedida de uma série

de cuidados para que se garanta à população local uma boa qualidade de vida.

O parcelamento do solo apresenta peculiaridades quanto ao local onde se

insere, urbano ou rural, quanto à sua forma, convencional ou diferenciada, dentre outras.

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PARCELAMENTO DO SOLO

A Lei Federal 6.766/79 regulamenta o parcelamento do solo para fins urbanos em

zonas urbanas ou de expansão urbana, assim definidas por lei municipal.

Essa lei federal, junto às leis estaduais e municipais, disciplina conflitos de interesses

entre usuários e habitantes da cidade e proprietários de terras, cujos objetivos são,

por vezes, diferentes.

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PARCELAMENTO DO SOLO

A relevância de um projeto de parcelamento do solo requer dos profissionais envolvidos uma grande responsabilidade.

São vários os objetivos a serem alcançados, a depender dos interesses apresentados (empresas loteadoras, construtoras,

população – representada pelo Poder Público). Esses objetivos se dividem em formais e informais e podem ser

coincidentes ou conflitantes (BARREIROS, 2007). Objetivos formais – projeto capaz de oferecer uma boa qualidade de vida à população, atendendo-a dentro de suas

possibilidades econômicas.

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PARCELAMENTO DO SOLO

No entanto, os objetivos reais dos proprietários podem incluir:

Garantia de maior rentabilidade do investimento; Maior taxa de aproveitamento do terreno; Retorno de capital em menor tempo; Rápido início de vendas.

Os objetivos reais do cliente podem ser: Pagar um menor preço pelo lote; Possuir calçadas mais largas; Mais áreas verdes e institucionais.

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PARCELAMENTO DO SOLO

Demais agentes participantes: empresas concessionárias de energia, gás, telefonia, água, transporte, iluminação, lixo, cartórios, bancos, etc

Todos possuem interesses e objetivos diversos, que devem ser equacionados para que os objetivos

formais sejam alcançados.

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METODOLOGIAS E DADOS

A inserção de novas áreas urbanizadas na cidade traz diversos impactos, que podem

diminuir a qualidade de vida dos habitantes. A responsabilidade socioambiental dos

planejadores e empreendedores é fundamental para a obtenção de cidades melhores e mais habitáveis, voltadas ao

urbanismo sustentável.A compreensão do ambiente e seu

funcionamento é um elemento básico para o projeto.

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METODOLOGIAS E DADOS

O funcionamento da cidade, em que sistematicamente novos loteamentos são inseridos, pode ser

comparado a um organismo humano.

As ruas, redes de água, esgoto, drenagem e gás funcionam como o Sistema Circulatório, a

arquitetura com os seus elementos verticais funciona como apoio, similar ao Sistema Esquelético. Os

sistemas de abastecimento de água e de compostagem funcionam como um Sistema de

Filtragem e Reciclagem e os lixos incinerados e as saídas de esgoto atuam como o Sistema de

Excreção.

(Register, 2002)

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METODOLOGIAS E DADOS

Essa comparação com um organismo vivo ressalta a idéia da necessidade de um

entendimento interdisciplinar para se elaborar intervenções urbanas.

“Propõe-se incentivar o sentido de vizinhança e aliança comunitárias, por

meio de espaços que propiciem a interação social.”

(Andrade e Romero)

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METODOLOGIAS E DADOS

Etapas importantes: Definição de metodologias de pesquisa

Análise e diagnóstico ambiental Conhecimento da legislação vigente

(municipal, estadual e federal):

▪ Plano Diretor

▪ Uso e Ocupação do Solo

▪ Parcelamento do Solo

▪ Leis Ambientais Definição do Conceito e Partido do projeto

(estratégia)

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL12

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL13

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

DadosIdentificados

Qualificação dos dados

Informações e consequências

Conflitos e problemas

Diretrizes propositivas

Abastecimento de água

Abastecimento através das elevatórias próximas ao local X.

Bacia de drenagem em local X.Invasão de chácaras no local X.Longas tubulações.Reservatório no local X, com capacidade X.

Erosões causadas por...Áreas já ocupadas e contaminação de nascentes.Gastos com elevatória e tubulações.A utilização do reservatório contaminará o sistema.

Evitar o abastecimento apenas por esse sistema – rio descoberto.Retirar a ocupação irregular.Criar soluções alternativas para o reaproveita-mento das águas da chuva.

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CONCEITO / PARTIDO

Princípios de Sustentabilidade

Estratégias: concepção urbana

Técnicas urbanas

Mobilidade sustentável 1 – Propiciar aos moradores locais de trabalho e lazer próximo às moradias

Ciclovias – apenas vias locais de 6.00m para automóveis, separados da rede de ciclovias e de caminhos para pedestres. Vias iluminadas e sinalizadas.

Revitalização urbana e sentido de vizinhança

1 – Espaços públicos que propiciem encontros, reuniões e trabalhos conjuntos.2 – Desenvolver um sentido de lugar.3 – Clube local com área de lazer.

Tratamento bioclimático do espaço urbano: uso de pérgulas para sombreamento, captação da água da chuva por meio de espelhos d’água com climatizadores.

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PRINCÍPIOS DE SUSTENTABILIDADE

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Fonte: solucoesparacidades.com.br

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HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO URBANO

As diretrizes fornecidas pela Prefeitura explicitam as vias ou estradas existentes ou projetadas, o zoneamento, as faixas

non aedificandi ao longo dos cursos d’água, ferrovias, rodovias, o traçado do sistema viário principal, vias

existentes nas áreas vizinhas, eventuais desapropriações, etc.

O sistema viário desempenha vários papéis em uma cidade, representando um elemento vital para a vida em

sociedade.

As vias devem ser funcionais, capazes de servir às necessidades de deslocamento, mas também ao prazer de circular por elas, de encontrar as pessoas e sentir a cidade

em sua dimensão pública.

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HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO URBANO

Uma das características básicas de um sistema viário é a possibilidade de hierarquização das vias, ou

seja, o estabelecimento de critérios diferentes para vias com funções urbanas distintas.

Essa hierarquização traz como vantagens: Otimização dos custos de implantação e

manutenção Melhor desempenho das funções

Clara comunicação com os usuários

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HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO URBANO

Classificação das vias: Vias Expressas Vias Arteriais Vias Coletoras

Vias de Circulação Vias Locais

Vias de Pedestres Ciclovias

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SISTEMA VIÁRIO URBANO - DEFINIÇÃO

VIA EXPRESSA: via com grande volume de tráfego, de alta velocidade, sem acesso às vias lindeiras.

VIA ARTERIAL: via com significativo volume de tráfego, utilizada nos deslocamentos urbanos de

maior distância, com acesso às vias lindeiras devidamente sinalizadas.

VIA COLETORA OU DISTRIBUIDORA: via com a função de permitir a distribuição da circulação de

veículos entre as vias arteriais e as vias de circulação. VIA DE CIRCULAÇÃO OU DE PENETRAÇÃO: via

com a função de permitir o acesso aos bairros e aos deslocamentos intrabairros.

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SISTEMA VIÁRIO URBANO - DEFINIÇÃO

VIA LOCAL OU DE IMPASSE: via de baixo volume de tráfego, com a função de possibilitar o acesso

direto às edificações. VIA DE PEDESTRES: via destinada exclusivamente à

circulação de pedestres e, quando necessário, ao acesso de veículos para carga e descarga, em horário

regulamentado. CICLOVIA: via ou pista fisicamente separada de outras vias, destinada exclusivamente ao trânsito de

bicicletas.

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PERFIS VIÁRIOS22

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PERFIS VIÁRIOS23

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PERFIS VIÁRIOS24

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PERFIS VIÁRIOS25

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DESENHO DO SISTEMA VIÁRIO26

O sistema viário é complementado pela drenagem de águas pluviais, que assegura o seu uso sob quaisquer condições

climáticas. Demanda estudos cuidadosos, porque: É o mais caro dos sistemas, abrangendo normalmente mais

que 50% do custo total de urbanização Ocupa uma grande parcela do solo urbano (de 20 a 25%)

Uma vez implantado, apresenta dificuldade para aumentar a sua capacidade, pelo solo que ocupa, pelos custos que gera

e pelas dificuldades operativas para sua alteração É o sistema que está mais vinculado aos usuários – os outros

conduzem fluidos e este, pessoas.

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DESENHO DO SISTEMA VIÁRIO27

Raios de Curvatura nos cruzamentos de vias

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DESENHO DO SISTEMA VIÁRIO28

Recomendações técnicas para ruas sem saída

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DESENHO DO SISTEMA VIÁRIO29

Perfis viários apresentados em projetos de loteamentos

Fonte: Projeto urbano e seus condicionantes

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DESENHO DO SISTEMA VIÁRIO30

O desenho do sistema viário deve ter uma forma que possibilite deslocamentos com conforto e segurança, para usuários de

veículos motorizados, pedestres ou ciclistas.

A escolha do tipo de traçado deve considerar também a topografia da gleba.

O sistema viário pode assumir formas distintas, em retícula, radiocêntricas, em

árvore ou uma mistura de todas.

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DESENHO DO SISTEMA VIÁRIO31

Concluindo...O sistema viário de uma cidade não deve ser

considerado apenas sob o ponto de vista funcional, mas deve-se pensar no caráter

fundamental que a rua possui de proporcionar encontros e tornar-se palco de

acontecimentos que marcarão a vida dos habitantes e frequentadores daquele

espaço urbano.

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REFERÊNCIAS

Lei 7.975/08 - Parcelamento do Solo do Município de Campos dos Goytacazes

Projeto Urbano e seus condicionantes. In: Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas.

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