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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE REDE DE DOCENTES EM MOBILIDADE 2013-14

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE

REDE DE DOCENTES EM MOBILIDADE

2013-14

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Índice 1. ENQUADRAMENTO............................................................................................................... 2

2. ABAE | ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA ............................................................ 4

NOTAS BIOGRÁFICA: MARGARIDA GOMES | ABAE .................................................................. 5

2.1. PROGRAMA ECO-ESCOLAS ........................................................................................... 6

2.2. JOVENS REPORTERES PARA O AMBIENTE ................................................................. 12

3. ASPEA | ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................... 15

NOTAS BIOGRÁFICAS: JOAQUIM RAMOS P INTO | ASPEA ...................................................... 16

3.1. O PROJETO DE EAS NO ÂMBITO DA MOBILIDADE NO ANO LETIVO 2013-2014 .......................... 17

4. FAPAS - FUNDO PARA A PROTECÇÃO DOS ANIMAIS SELVAGENS .................................... 26

NOTAS BIOGRÁFICAS: LUCÍLIA GUEDES| FAPAS ...................................................................... 27

4.1. ACTIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................ 28

5. GEOTA | GRUPO DE ESTUDOS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE.......... 35

NOTAS BIOGRÁFICAS: GUILHERMINA GALEGO | GEOTA ........................................................ 36

5.1. PROJECTO COASTWATCH EUROPE ............................................................................. 37

6. QUERCUS| ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ......................... 43

NOTAS BIOGRÁFICAS: NUNO SEQUEIRA| QUERCUS ................................................................. 44

6.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE DE ÂMBITO

NACIONAL ............................................................................................................................... 45

7. SPEA - SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES ......................................... 52

NOTAS BIOGRÁFICAS: CARLOS CRUZ| SPEA ........................................................................... 53

7.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................. 54

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1.

Portugal é um dos países signatários da Estratégia da CEE/ONU da Educação para o Desenvolvimento

Sustentável (EEDS) assinada pelos Ministros do Ambiente e da Educação da UNECE, em Vilnius, (18 de

março de 2005) e da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável

(2005-2014).

Na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, adoptada através da Resolução

do Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de outubro (bem como nas recomendações apresentadas

no Relatório Nacional de Avaliação Intercalar da Execução da ENCNB), entre as suas 10 opções

estratégicas figuravam já duas que pretendem estreitar a articulação entre o MAMAOT e o MEC, e com

ONG, nomeadamente:

“Opção 8 – Promover a educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da

biodiversidade:

a. Promover e apoiar projectos de educação ambiental em matéria de conservação da natureza e

da biodiversidade, ao nível formal e não formal;

b. Aprofundar a articulação entre o organismo do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do

Território responsável pela educação ambiental e os serviços competentes do Ministério da Educação;

c. Consolidar […] nas actividades pedagógicas das escolas a valorização dos temas da conservação

da natureza e da biodiversidade”;

[…]

“Opção 9 – Assegurar a informação, sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e

incentivar a sociedade civil”

[…]

c. “Apoiar iniciativas das organizações não-governamentais e da sociedade civil destinadas a

promover a informação e a sensibilização do público na área da conservação da natureza e da

biodiversidade”.

Em 2006, o grupo de trabalho para a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS),

em Portugal coordenado pela Comissão Nacional da UNESCO (em que participavam especialistas da

sociedade civil e das diferentes tutelas, entre as quais representantes da Educação e do Ambiente),

elaborou um documento intitulado Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento

Sustentável (2005-2014): contributos para a sua dinamização em Portugal, onde se assume: “A DEDS é

uma iniciativa ambiciosa e complexa e o seu objectivo global consiste em integrar os valores inerentes

ao Desenvolvimento Sustentável nas diferentes formas de aprendizagem com vista a fomentar as

transformações necessárias para atingir uma sociedade mais sustentável e justa para todos”.

A educação e a cidadania ambiental visam promover o exercício de boas práticas ambientais e a

participação pública proporcionando à população a aquisição de conhecimentos e capacidades que lhe

permitam intervir, individual e colectivamente, na prevenção e resolução dos problemas ambientais.

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A promoção da educação ambiental para a sustentabilidade nos sistemas da educação pré-escolar e do

ensino básico e secundário vai ao encontro das linhas orientadoras da declaração da Década das Nações

Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) e da adoção da Estratégia da

CEE/ONU para a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EEDS).

Os Ministérios que tutelam a Educação e o Ambiente celebraram, em 1996, um protocolo de

cooperação que se constituiu como um importante instrumento de promoção da educação ambiental

em Portugal e se concretizou, através de diversas parcerias, em múltiplos Programas e Projetos, de que

são exemplo o Plano Nacional para as Alterações Climáticas, o Plano Nacional Ambiente e Saúde e a

Participação de Portugal na Conferência Infanto-juvenil “Vamos Cuidar do Planeta”, Brasília, 2010, bem

como na criação de uma rede de professores com competências técnico-pedagógicas para a

coordenação e dinamização de projetos desenvolvidos em articulação com Organizações Não

Governamentais ou ancorados em equipamentos de apoio à educação ambiental.

Em dezembro de 2005, foi celebrado novo Protocolo de Cooperação entre os Ministérios que tutelam a

educação e o ambiente, reforçando o trabalho articulado entre ambos.

Este instrumento permitiu, ao longo dos últimos anos, a difusão de práticas inovadoras na realização de

projectos de educação ambiental, consubstanciados em parcerias entre as escolas, o poder local, as

organizações não-governamentais e outras entidades de âmbito local e regional e nacional, sob a

coordenação e/ou acompanhamento dos profissionais da educação e de especialistas na área do

ambiente. É de salientar ainda o contributo desta iniciativa para a formação de professores de diversos

níveis de educação e de ensino em temáticas ligadas à Educação para a Sustentabilidade, bem como,

para o alargamento da educação ambiental aos cidadãos em geral, através de um trabalho de

intervenção e dinamização local, regional e nacional.

As tutelas dos Ministérios da Educação e do Ambiente convergem, assim, os seus esforços para o

desenvolvimento de Projetos de Educação Ambiental.

Estes Protocolos deram origem a uma Rede de Professores Coordenadores de Projetos de Educação

Ambiental, atualmente constituída por um grupo de seis professores.

Esta bolsa de docentes, com competências e práticas reconhecidas, desenvolve trabalho de âmbito

nacional e tem garantido a inovação e a difusão de boas práticas junto das escolas dos diferentes níveis

de ensino.

Os docentes requisitados são interlocutores privilegiados das estratégias nacionais e internacionais,

neste domínio, afirmando-se como promotores decisivos de uma cidadania ativa no contexto das

comunidades escolares.

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2.

Docente: Margarida Gomes [email protected]

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NOTAS BIOGRÁFICA: MARGARIDA GOMES | ABAE

A coordenadora

Maria Margarida de Carvalho Gomes. Residente em

Sintra.

Desde 2000 até hoje coordena programas de Educação

Ambiental/EDS na Associação Bandeira Azul da Europa,

dirigidos a diversos públicos alvo: Eco-Escolas; Jovens

Repórteres para o Ambiente; ECOXXI (projecto de que é

autora).

Licenciatura em Geografia, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. 1983.

Diploma de Estudos Avançados em Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Faculdade de

Ciência e Tecnologia. Universidade Nova de Lisboa. 2008.

Certificada como formadora, pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua e pelo

Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Exerceu funções docentes no ensino secundário até 2000, tendo dinamizado na escola diversos projetos

e núcleos de ambiente. Durante esse período foi também autora de Programas e de Livros Didáticos

para o ensino secundário.

Retomou o exercício de funções docentes em parte de horário em Setembro de 2010.

Exerceu funções na Agência Portuguesa de Ambiente- Departamento de Promoção e Cidadania

Ambiental em 2009/2010.

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2.1. -

QUANDO E PORQUÊ NASCE O ECO-ESCOLAS?

Enquadramento

O Programa Eco-Escolas é uma iniciativa de âmbito internacional da Foundation for Environmental

Education (FEE), atualmente presente em 59 países, que tem como principal objetivo promover uma

cidadania ativa e participativa encorajando ações e premiando o trabalho desenvolvido por cada escola

em benefício do ambiente/sustentabilidade.

Inspirado pela Cimeira do Rio (1992) e reconhecido pela UNEP (2003) como uma metodologia adequada

para a EDS, este Programa constitui um contributo para a implementação da Agenda 21 ao nível local,

através de ações concretas desenvolvidas pelos alunos e por toda a comunidade educativa,

proporcionando-lhes a tomada de consciência de que simples atitudes individuais podem, no seu

conjunto, melhorar o ambiente global. O seu desenvolvimento visa estimular a criação de parcerias

locais entre a escola e as autarquias, empresas, órgãos de comunicação social, ONGAS e outros agentes

interessados em contribuir para a melhoria do Ambiente.

O Programa Eco-Escolas nasceu em 1994 no Reino Unido, Alemanha, Grécia e Dinamarca e é

implementado em Portugal desde o ano letivo 1996/97 pela Associação Bandeira Azul da Europa.

Conta em Portugal com o apoio e colaboração ativa de uma Comissão Nacional onde estão

representadas várias entidades: Agência Portuguesa do Ambiente; Direção-Geral da Educação; DGEstE -

Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares - Direções dos Serviços das Regiões do Norte, Centro,

Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve; Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; DROTA -

Direção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente; Secretaria Regional do Ambiente e do Mar

(Açores); Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental; Agência para a Energia.

Fornece fundamentalmente uma metodologia, formação, enquadramento e apoio a muitas das

atividades que as escolas pretendem desenvolver no âmbito da educação ambiental para a

sustentabilidade e educação para a cidadania.

O QUE É O PROGRAMA ECO-ESCOLAS

Objetivos

Pretende-se estimular nas crianças e jovens o hábito de participação

nos processos de decisão e a adoção de comportamentos adequados, no

seu quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário.

Seguindo a metodologia da Agenda 21 e evidenciando-se como uma

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prática consequente de Educação para a Sustentabilidade, o Programa Eco-Escolas visa como principais

objetivos:

Aumentar o conhecimento (divulgação, sensibilização e (in)formação em Educação Ambiental

para a sustentabilidade

Integrar a Educação Ambiental / EDS na educação formal, não formal e informal.

Trabalhar a gestão ambiental do espaço escola, através da implementação de ações de efetiva

melhoria na gestão de recursos.

Informar e envolver os participantes e toda a comunidade escolar, com ênfase nos alunos

através da aplicação da metodologia inerente à Agenda 21.

Orientar para a Ação (mudança de atitude e comportamento, compromisso, participação e

envolvimento, cidadania e governança).

Abordar “pela positiva” as boas práticas de sustentabilidade (pedagogia de exemplo,

construtiva), reconhecendo e premiando os progressos obtidos.

Contribuir para o progresso na escala da literacia ambiental através do recurso a metodologias

participativas de exercício da cidadania

COMO SE TRABALHA NUMA ECO-ESCOLA

A escola interessada em participar, inscreve-se anualmente no Programa e faz acompanhar o registo de

uma Declaração do Município em que este se propõe colaborar nesta iniciativa. O ponto focal em cada

escola é o(a) professor(a) coordenador(a) que deve ter o apoio da direção da escola que assume

igualmente o compromisso de apoiar o adequado desenvolvimento do Programa. Aconselha-se uma

coordenação partilhada tendo ultimamente várias as Eco-Escolas adotado dois coordenadores.

Metodologia

Cada escola segue uma metodologia inspirada na agenda 21 que, de forma simplificada é constituída

por sete passos:

1.Conselho Eco-Escola, constituído por elementos de toda a comunidade educativa - incluindo

os estudantes- , o qual assegura a execução da metodologia, monitoriza e avalia as ações e

decide sobre a candidatura ao galardão.

2.Auditoria ambiental que visa identificar os problemas através de um conjunto de indicadores

observáveis e de inquéritos na escola.

3.Plano de ação, no qual as atividades planificadas devem dar resposta às principais lacunas

detetadas na auditoria. Este plano deve incluir ações relacionadas com os temas base água,

resíduos, energia e pelo menos um tema dos ano (em 2014: agricultura biológica, mobilidade

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sustentável e mar), podendo ainda incluir outras temáticas como espaços exteriores, ruído,

alterações climáticas, biodiversidade, floresta, ou outros.

4.Monitorização e avaliação das ações e atividades desenvolvidas face às metas estabelecidas

para cada ano, em muitos casos realizados por brigadas que se tem constituído nas escolas.

5.Trabalho curricular que integra a capacitação dos alunos para as temáticas desenvolvidas

6. Envolvimento da comunidade e divulgação das ações realizadas que deverão tanto quanto

possível extravasar as paredes da escola com efeitos multiplicativos.

7.Eco-código ou código de conduta que visa expressar os compromissos assumidos pela

comunidade educativa para a construção da sustentabilidade.

Quando a escola considera cumpridos os objetivos essenciais do Programa apresenta a candidatura ao

galardão, a qual é analisada pela coordenação do Programa e validada pela Comissão Nacional do Eco-

Escolas. As escolas galardoadas recebem uma bandeira, um certificado e o direito de utilização do título

de Eco-Escola. Estes símbolos significam que a escola cumpriu a metodologia do Programa e,

consequentemente, que tem um bom desempenho ambiental. Simultaneamente, o título de Eco-Escola,

pressupõe que os seus alunos assumem comportamentos ambientais adequados, os quais, vão sendo

transmitidos aos familiares e à comunidade local.

QUANTAS DE QUE TIPO SÃO AS ECO-ESCOLAS?

Existem Eco-Escolas em todos os graus de ensino: do infantil ao superior, incluindo ainda outros

estabelecimentos de ensino com características especiais. Geograficamente estão dispersas por todo o

território nacional. Internacionalmente a rede Eco-Escolas abrange já os 5 continentes.

Rede nacional

Em 2013-2014 existem 1233 escolas inscritas contemplando todos os graus de ensino (do pré-

escolar ao ensino superior) e 215 municípios envolvidos no Programa.

91% de escolas renovaram a inscrição

45% das escolas são do ensino básico (JI + EB1 + EB1/JI), seguido de 32% de escolas do 2º e 3º

ciclo

Nº de municípios c/ escolas inscritas 215 (70% do país);

Nº de alunos nas escolas inscritas: 533.000

Nº de alunos diretamente envolvidos 306.00

3 escolas do ensino superior foram galardoadas com a bandeira verde em 2013

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Rede internacional

Nº países envolvidos – 59

Nº de Escolas participantes- 44.547

Nº de escolas Galardoadas- 15.747

Nº Alunos- 13.762.202 mais de 13 milhões

Nº Professores- 1.241.567 (mais de 1milhão)

QUE ATIVIDADES E DESAFIOS SÃO LANÇADOS ANUALMENTE?

As atividades de formação de iniciativa da coordenação do

Programa Eco-Escolas são uma das principais ofertas à rede

disponibilizadas sob diversas formas:

Seminário Nacional de formação de professores e

técnicos de municípios;

Formação creditada para professores;

Encontros regionais em diversos pontos do país com

professores e/ou alunos;

Ações de (in)formação para diversos públicos -alvo

(pais, professores, alunos, auxiliares de ação

educativa;

Dinamização de atividades para crianças e jovens (ateliers,

jogos, etc);

Participação/comunicação em eventos de diversos parceiros .

Anualmente é ainda organizado o Dia das Bandeiras Verdes no qual

participam cerca de 4 milhares de pessoas entre crianças, jovens

professores, municípios e parceiros diversificados, e que constitui a

grande festa de reconhecimento das escolas que evidenciaram um

trabalho de qualidade, cumprindo a metodologia Eco-Escolas.

O Programa desenvolve ainda um diversificado conjunto de iniciativas

para a rede sob a forma de projetos, desafios e concursos às quais as

escolas inscritas poderão aderir. Estes projetos visam capacitar e equipar

as escolas, motivando para a abordagem de diversas temáticas

relacionadas com os seus planos de ação. Reconhecem e divulgam ainda

e, nalguns casos, premeiam, as escolas mais empenhadas.

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Em 2013/14 estavam disponíveis para a rede Eco-Escolas os seguintes projetos e desafios:

Geração Depositrão (recolha de REEE).

Eco-Repórter da Energia (foto e video reportagens sobre energia).

Hortas Bio nas Eco-Escolas (agricultura biológica em vários tipos de hortas escolares).

Rota das Eco-Escolas (desafio aos municípios com Eco-Escolas para incrementar a mobilidade

sustentável).

WDA (World Days of Action- dias de mobilização Internacional das Eco-Escolas; 7 de Novembro

e 22 de Abril).

Roupas Usadas, não estão acabadas (Recolha de roupas, calçado, brinquedos e material

escolar).

Sim, criar uma árvore dá frutos (criar uma árvore e frutos com embalagens certificadas com o

símbolo FSC).

Desafio Valorfito (investigação de práticas agrícolas e sensibilização para o correto

encaminhamento das embalagens dos fitofármacos).

-Campanha Litter Less (campanha internacional de sensibilização sobre resíduos em formato de

reportagem).

Prémio Interfileiras (prémio especial nacional para os melhores trabalhos Liter Less

relacionados com a reutilização de materiais).

Árvores de Portugal (Fichas científicas de espécies arbóreas portuguesas).

Desliga a ficha (vídeos sobre energia)

Passatempo Carro de Sonho (criação do carro sustentável do futuro- desenho

Dark Skies Rangers (projetos sobre poluição luminosa).

Concurso Nacional Póster Eco-Código (Concurso de pósteres sobre os temas Eco-Escolas).

Vela por Óleo (Recolha de óleo alimentar usado e transformação em velas).

Recolha de tinteiros e tonners (recolha destes resíduos).

COMO É FEITA A AVALIAÇÃO DAS ECO-ESCOLAS?

Avaliação anual

É realizada uma avaliação intermédia em Fevereiro onde é validado o conselho Eco-Escolas, os

resultados da auditoria ambiental e o plano de ação.

No final do ano é realizada uma validação da metodologia aplicada, através da análise de um relatório e

respetivas evidências do desenvolvimento da mesma. O trabalho da escola é reconhecido através da

atribuição de uma bandeira verde e certificado Eco-Escolas, com o apoio da Comissão Nacional do

Programa Eco-Escolas.

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Avaliação presencial

É realizada uma auditoria de qualidade das Eco-Escolas, de 3 em 3 anos, pelas DGESTE no território do

continente e serviços regionais de ambiente na Madeira e Açores através das visitas às escolas, para

aferir a qualidade do trabalho desenvolvido. Os indicadores de avaliação são definidos pela Comissão

Nacional e visam aferir a qualidade da aplicação da metodologia proposta bem como as evidencias e

efeitos do desenvolvimento continuado do Programa.

Em 2013 foram visitadas 169 escolas.

ELEVADA QUALIDADE (+ de 80% do índice de qualidade)-52% das Eco-Escolas

EXCELÊNCIA (+ de 90% do índice de qualidade)-10% das Eco-Escolas.

Parceiros Eco-Escolas

Um conjunto de entidades colabora ativamente em todo o Programa como facilitadores de

desenvolvimento de atividades específicas disponíveis para as Eco-Escolas:

ERP Portugal, Fundação EDP, Valorfito, Tetrapack, Agrobio, Sarah Trading, entre outras.

Mais informação em: www.ecoescolas.abae.pt

Facebook: www.facebook.com/ecoescolas

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2.2.

ENQUADRAMENTO

O Programa Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) decorre em Portugal desde

1996 e destina-se fundamentalmente aos estudantes do Ensino Secundário e

Profissional (embora possa ser iniciado no 3º ciclo), pretendendo contribuir para uma

preparação dos jovens para o exercício de uma cidadania ativa ao incutir o espirito de

observação, análise e reflexão sobre a realidade envolvente.

Tem como principal objetivo contribuir para o treino do exercício de uma cidadania ativa e participativa

enfatizando a vertente do jornalismo ambiental por forma a desenvolver o espirito de observação,

sentido crítico, análise sistémica e a procura de soluções

REDE NACIONAL E INTERNACIONAL

A nível nacional existem cerca de 70 escolas, sendo 30% do 3º ciclo e as

restantes do ensino secundário, profissional e até mesmo do ensino

superior. Algumas Eco-Escolas possuem também núcleos de Jovens

Repórteres para o Ambiente que abrange idades dos 13 aos 21 anos.

A nível internacional encontram-se envolvidos neste projeto alunos e

professores de 27 países que constituem a atual rede Young Reporters for

the Environment (YRE) coordenada internacionalmente pela FEE

O QUE FAZ UM JOVEM REPORTER?

Compreende as questões locais

Recolhe informação no terreno

Equaciona os diferentes pontos de vista

Procura soluções: age

Enfatiza as boas práticas

Denuncia insustentabilidades

Comunica por diversos meios

Os Jovens Repórteres para o Ambiente investigam (através de entrevistas, inquéritos, etc…) e

interpretam questões ambientais/ de sustentabilidade relevantes a nível local como se fossem

jornalistas, reforçando os seus conhecimentos no domínio do ambiente, das línguas estrangeiras e das

novas tecnologias e técnicas de comunicação. Inicia-se com um projeto local, que os jovens investigam,

reportam e comunicam recorrendo aos jornais, internet e outros meios de comunicação. Potencializa

ainda possibilidades de intercâmbio em especial durante as Missões. O projeto de investigação

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ambiental deverá incidir sobre as problemáticas de desenvolvimento sustentável a nível local podendo

abordar qualquer temática desde que o enfoque seja a sustentabilidade. As mais investigadas pelo JRA

são: agricultura; cidades; água; energia; resíduos; litoral; biodiversidade; floresta; alterações .

Para aderir ao JRA a escola deverá ter acesso fácil à Internet e estabelecer uma parceria com um órgão

de comunicação social (local, regional ou nacional). O(a) professor(a) coordenador(a) do projeto deverá

guiar a investigação no terreno, e a apresentação e divulgação dos trabalhos de jornalismo ambiental.

Desde 2013 o JRA pode também ser freelancer desenvolvendo autonomamente o projeto.

QUE DESAFIOS E ATIVIDADES SÃO LANÇADOS ANUALMENTE?

Anualmente são organizados:

Um Seminário Nacional com o objetivo

reunir os professores coordenadores do

Projeto e os alunos mais envolvidos em cada

escola, debater as estratégias e metodologias

do Programa por forma incentivar a

comunicação, possibilitar uma partilha de

objetivos comuns e a troca de experiências;

“Missões” com a duração de 4 a 6 dias,

durante os quais, os estudantes selecionados

de entre as escolas envolvidas participam

como “enviados especiais” numa pesquisa

jornalística, produzindo diariamente

despachos noticiosos sobre o local de

exemplo ambiental que visitam. Os despachos

são difundidos via Internet, permitindo às escolas da rede participar de forma virtual na

Missão, acompanhando e questionando os enviados especiais. As Missões proporcionam aos

estudantes a perceção da dimensão global dos problemas ambientais investigados ao nível

local.

Concursos que pretendem premiar os melhores trabalhos realizados no âmbito do projeto:

Concurso Internacional de Artigo; Concurso Internacional de Fotografia. Concurso Nacional

Melhor Artigo, Concurso Nacional Melhor Fotografia; Concurso Nacional Melhor Vídeo;

Concurso Nacional Melhor Apresentação.

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COMO É FEITA A AVALIAÇÃO DAS ECO-ESCOLAS?

A Comissão Nacional de acompanhamento do Projeto é responsável pela avaliação e seleção dos

trabalhos premiados em concursos organizados para estimular o aparecimento de trabalhos de

qualidade quer a nível nacional quer internacional.

Fazem parte dessa Comissão Nacional: o Ministério da Educação (ME); Agência Portuguesa de Ambiente

(APA); Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNF);); Agência para a Energia

(ADENE), Secretaria Regional do Ambiente e do Mar; Direção Regional de Ambiente da Madeira

(DROTAMadeira); Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR), revista Visão,

jornal Público.

Mais informação em: www.jra.abae.pt

Facebook: www.facebook.com/jraportugal

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3.

Docente: Joaquim Ramos Pinto [email protected]

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NOTAS BIOGRÁFICAS: JOAQUIM RAMOS PINTO | ASPEA

O COORDENADOR:

Licenciado em Educação do Ensino Básico pela Universidade de

Aveiro, equiparação a Licenciado em Pedagogia pela Universidade

de Santiago de Compostela (USC), onde obtém o Diploma de

Estudos Avançados (equivalência mestrado) no âmbito do

Programa Interuniversitário de Doutoramento em Educação

Ambiental, com frequência na etapa final da tese de doutoramento

sobre o tema “Educação Ambiental e Participação Social”.

Professor em mobilidade na ASPEA ao abrigo do protocolo entre o

Ministério da Educação e Ministério do Ambiente entre 1996 e 2003, e 2011 e 2013 na coordenação de

projetos de Educação Ambiental.

Coordenou várias jornadas e conferências de E.A. de âmbito nacional e regional, tendo apresentado

várias comunicações em congressos e seminários e publicados vários capítulos em livros e artigos em

revistas e jornais no âmbito de projetos e investigações que desenvolveu.

Presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental desde maio de 2013.

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3.1. O PROJETO DE EAS NO ÂMBITO DA MOBILIDADE NO ANO LETIVO

2013-2014

BREVE CARACTERIZAÇÃO DA ASPEA – ASSOCIAÇÃO PORTUGUES A DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

A ASPEA é uma organização não-governamental de ambiente, ONGA, sem fins lucrativos, fundada em

Junho de 1990, que procura fomentar a Educação Ambiental, quer a nível formal, quer a nível não

formal. Está a completar 24 anos de experiência na formação de adultos, professores e jovens em

educação ambiental, sustentabilidade, arte e ambiente, Agenda escolar 21 e princípios da Carta da

Terra. Tem participado em vários projetos nacionais, projetos europeus e projetos de cooperação para o

desenvolvimento, em parceria com organizações que atuam no campo da educação, ambiente e

desenvolvimento local.

Tem como principais objetivos a contribuição para a generalização da Educação Ambiental para

Sociedades Sustentáveis a participação na produção de conhecimentos; a colaboração na formação de

docentes e de monitores e a promoção da cooperação nacional e internacional neste domínio.

A ASPEA também é uma instituição afiliada da Carta da Terra, desde 2005, funcionando como Ponto

Focal em Portugal.

Organizou 21 conferências nacionais de EA, em diferentes cidades de Portugal continental, Madeira e

Açores; 1 Congresso Ibérico e 1 Conferência Internacional para professores e outros especialistas em

Educação Ambiental; 3 conferências nacionais de Art’Ambiente e coorganizou 1 Conferência

Internacional da CEI - Caretakers of the Environment International para alunos e professores do ensino

secundário, em 1992.

Tem promovido a realização de Fóruns Infantojuvenis em parceria com autarquias e instituições locais

tendo envolvido nestes eventos mais de 14.000 alunos do ensino básico, secundário e profissional e

professores e outros agentes da comunidade educativa.

A ASPEA é a coordenadora nacional do projeto ibérico “Projeto Rios” e, no âmbito deste projeto,

desenvolveu mais de 50 oficinas de formação e palestras, 3 conferências nacionais e 3 seminários.

A ASPEA é cofundadora da Rede Lusófona de Educação Ambiental e tem conexões privilegiadas com

professores do Brasil, Angola, S. Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Neste contexto propôs-se realizar, em

julho de 2015, o III Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua

Portuguesa, na Torreira, Murtosa.

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE DE

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O PROJETO NO ÂMBITO DA MOBILIDADE NO ANO LE TIVO 2013-2014

Educação Ambiental para a Sustentabilidade: … na promoção da cidadania ambiental

As parcerias como factor de sucesso

Para a execução do plano de atividades têm sido estabelecidas várias parcerias indispensáveis à sua

execução, destacando-se as seguintes entidades: Agência Portuguesa do Ambiente; DGE Ministério da

Educação; Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares; Instituto de Conservação da Natureza e das

Florestas; Santa Casa da Misericórdia de Aveiro; Parque Biológico de Gaia; Observatório do Mar dos

Açores; Governos Regionais da Madeira e dos Açores; Autarquias; Universidades e Escolas Superiores

de Educação; Escolas Profissionais; Centros Ciência Viva; Instituto Camões; CPLP; Fundações; Centros

de Informação Europe Direct; Centros de Formação de Professores; Academias e Universidades

Seniores; Escolas (direção e professores); Associações de Pais; Empresas Privadas; Empresas Públicas;

ONGs; Plataforma ONGD; Movimentos em Transição; Escuteiros; Voluntários.

Objetivos pedagógicos e ambientais

Promover espaços de discussão e de aprendizagem relativamente a temas de Educação

Ambiental para a sustentabilidade;

Participar ativamente na política educativa relativamente à educação ambiental e à educação

para a cidadania;

Ampliar redes de reflexão e de ação na área da educação ambiental;

Cooperar ativamente com as entidades públicas e privadas, as autarquias, as ONGA’s e as

escolas dos vários graus de educação e de ensino, na implementação de projetos de Educação

Ambiental;

Organizar iniciativas de âmbito nacional, regional e local para a promoção de projetos de

inovação, investigação e educação ambiental;

Apoiar ações e projetos de Educação Ambiental em desenvolvimento por parte de escolas,

associações, autarquias, grupos de voluntários;

Assegurar um programa de formação de monitores, de professores e de técnicos, na área da

educação ambiental para a sustentabilidade;

Participar em eventos e projetos nacionais e internacionais, de forma a partilhar e a ampliar os

conhecimentos e fortalecer o papel da Educação Ambiental.

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Estratégias e Áreas de Intervenção

O trabalho técnico-pedagógico de intervenção educativa e de coordenação de projetos nacionais de

Educação Ambiental, levados a cabo no ano letivo 2013/2014, tem em conta o Plano Anual de

Atividades da ASPEA, contemplando as seguintes estratégias e áreas de intervenção:

Formação (formação contínua de professores, monitores e técnicos de ambiente);

Formação e sensibilização de jovens (ações nas escolas, palestras e oficinas);

Eventos nacionais e internacionais (participação, dinamização de atividades e comunicações em

conferências, seminários, congressos)

Campanhas, Mostras e Concursos (participação e dinamização de campanhas, mostras e

concursos);

Cooperação com outras entidades (autarquias, associações de pais, ONG; etc.);

Cooperação com países de língua portuguesa através de parcerias com associações congéneres

de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau apoiando e colaborando na assessoria e

implementação de projetos de Educação Ambiental no âmbito da Cooperação e

Desenvolvimento;

Organização e participação em eventos comemorativos de efemérides;

Coordenação e participação em projetos europeus no âmbito do programa PROALV e

ERASMUS+ ;

Cidadania ambiental através da informação e participação da população em geral;

Produção de material didático de suporte à promoção de EA (elaboração de materiais

informativos tais como folhetos; jogos didáticos que contribuam para um melhor

esclarecimento do público-alvo e que sejam relevantes para a Educação Ambiental);

Comunicação (manter informação atualizada nos meios de comunicação da ASPEA e APA);

Exposições temáticas, atividades de voluntariado ambiental;

Participação em Conselho Eco escolas;

Participação no Grupo «Cidade Amiga das Crianças» em Aveiro;

Participação no projeto «Mil Escolas» das Águas do Douro e Paiva.

PRINCIPAIS PROJETOS | PROGRAMAS | ATIVIDADES

No âmbito da mobilidade de um professor na ASPEA tem sido possível desenvolver e levar a cabo vários

projetos que reforçam o papel da Educação Ambiental no contexto formal e não formal. Para além do

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desenvolvimento desses projeto tem sido possível responder a várias candidaturas que ajudam no bom

desenvolvimento das atividades de EAS de acordo com os objetivos e prioridades estabelecidas pelo

Grupo de Trabalho de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

Breve apresentação dos principais projetos e atividades levadas a efeito pela ASPEA com envolvimento

direto do professor em mobilidade.

QUINTA ECOLÓGICA DA MOITA E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Quinta Ecológica da Moita, com uma área de 17ha é um excelente exemplo de uma área florestal

inserida em ambiente próximo de uma área urbana desempenhando, do ponto de vista ecológico, um

importante papel de manutenção e refúgio de uma biodiversidade que interessa a todos preservar

sendo constituída por zonas de lazer, terrenos agrícolas e mata rica em biodiversidade com grande

potencial para o

desenvolvimento de

atividades de Educação

Ambiental. No ano letivo

2013/2014 este projeto inicia

a sua atividade, em resultado

de uma parceria entre a

ASPEA e a Santa Casa da

Misericórdia de Aveiro. As atividades podem ser acompanhas pelo facebook

https://www.facebook.com/QuintaEcologicadaMoita e passam por:

Voluntariado ambiental para recuperação e manutenção de trilhos e de linhas de água e

construção de equipamentos, WC Secos, salas polivalentes, etc.;

Aulas na Natureza onde, a partir de um percurso pela Quinta Ecológica da Moita (Aveiro), estão

previstas atividades como identificação de espécies, limpeza de trilhos no interior da Mata,

manutenção da horta pedagógica com vista a apoiar atividades curriculares em contexto fora

de portas; promover o gosto pela natureza; dinamizar atividades de agricultura biológica e de

permacultura; observar espécies autóctones e outras de interesse ecológico; facilitar projetos

de investigação; realizar oficinas no âmbito das temáticas apresentadas; reabilitar espaços

naturais;

Cursos de formação diversos e Oficinas para o público em geral, no âmbito de temáticas

relacionadas com a biodiversidade da quinta e da mata;

Exposições e palestas sobre diferentes temáticas sócio ambientais e que possam estar

relacionadas com efemérides e / ou com as épocas do ano;

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Programas de famílias nas vertentes lazer e ambiente, onde se pretende reforçar a valorização

do património ambiental em áreas urbanas ou periferias urbanas;

Horta Pedagógica, Horta Comunitária e Hortas Familiares onde se proporcionarão espaços de

agricultura destinados à comunidade em geral e escolar em particular.

Apesar de ser um projeto no seu início já de realizaram mais de 20 eventos desde cursos de formação,

oficinas, visitas e percursos na mata, atividades de animação social e ambiental, apresentação de filmes

com debate, programas de estágios e programas de voluntariado. Já estão inscritos numa bolsa de

voluntariado 74 pessoas passaram pelas diferentes iniciativas mais de 1.200 crianças, famílias e

população em geral.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Promovemos cursos de

formação de professores,

coerentes com os

princípios e objetivos da

Educação Ambiental, ao

mesmo tempo que se

fomentam atitudes

ambientalmente

responsáveis e socialmente

mais justas, respondendo às necessidades de formação docente. As ações de formação que

promovemos integram atividades práticas de forma a poderem ser implementadas em contexto

educativo e incentivando à implementação de projetos de EA nas escolas. No ano letivo 2013/2014

realizámos 4 ações de formação envolvendo 110 professores, que produziram um efeito multiplicador

em diversas escolas e agrupamentos.

JORNADAS PEDAGÓGICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

As Jornadas Pedagógicas de EA constituem-se como um espaço e uma

oportunidade para conhecer, explorar, partilhar, (con)viver, fruir a

natureza, nas suas múltiplas facetas, perspetivadas nas suas

potencialidades pedagógicas para a Educação Ambiental. É nosso

propósito continuar nesta senda, procurando parcerias para a

concretização, ano a ano, de forma descentralizada das Jornadas

Pedagógicas de Educação Ambiental, que desde 2010 se assumiram

também como Encontro Nacional de Educação Ambiental, evento de

grande relevância na vida de todos os que trabalham, investigam ou

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promovem a Educação Ambiental para a sustentabilidade, ao nível formal, não formal e informal.

Estiveram envolvidos neste encontro cerca de 170 participantes diretos.

PROJECTO RIOCEANOS

«Dos Rios aos Oceanos: percursos entre muitas histórias», é o

projeto pedagógico, de âmbito nacional envolvendo mais de 68.000

participantes, concebido e desenvolvido pela ASPEA, uma Iniciativa

da Comissão Europeia, por sua vez, promovida pelo Centro de

Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), na qualidade de

Organismo Intermediário responsável pela execução do Plano de

Comunicação para informação sobre a UE em Portugal.

A ASPEA pretende, com este projeto, sensibilizar a comunidade

educativa, em especial, e a população, em geral, para a promoção

de atividades educativas que incluam componentes culturais e

artísticas, no âmbito das temáticas apresentadas, de forma a

reforçar a consciência para a importância de uma cidadania mais ativa e responsável sobre as questões

sócio ambientais, sustentabilidade e o uso eficiente de recursos.

As iniciativas que integram este projeto contribuirão para a partilha e visibilidade das atividades

educativas que contemplem conteúdos relacionados com a água, rios, mares e oceanos, enquadradas

no âmbito das diretivas e políticas da “União Europeia: sustentabilidade e uso eficiente de recursos”,

nomeadamente através de atividades com base na Carta Europeia da Água, estando previstas as

seguintes atividades:

CONFERÊNCIA NACIONAL INFANTOJUVENIL PELO AMBIENTE

As conferências infantojuvenis, de âmbito local e regional, promovidas

pela ASPEA há 12 anos têm provado ser um espaço de reflexão e

partilha de experiências por milhares de crianças. Estas, juntamente

com os seus professores, mostram ter sensibilidade para as questões

ambientais ao mesmo tempo que apresentam trabalhos artísticos de

interesse relevante para suscitar novas atitudes em prol do ambiente e

com vista à formação de cidadãos empenhados numa mudança de

paradigma que resulte numa nova atitude que contribua para

sociedades sustentáveis e responsabilidade global. Com este projeto

pretende-se ser mais ambicioso e trabalhar para a realização de uma

Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Ambiente;

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CONCURSOS E MOSTRAS

O projeto prevê, também, três concursos que têm como objetivos: despertar o interesse das crianças e

dos jovens para os temas ambientais e uso eficiente dos recursos; lançar alertas e contribuir com

propostas para a mitigação ou resolução dos problemas identificados; alertar para a importância de

preservar a biodiversidade, culturas e tradições.

- Palestras e oficinas sobre água, rios, mares e oceanos » alunos e comunidade educativa.

Todas as escolas inscritas no projeto podem solicitar gratuitamente uma oficina para os alunos

participantes ou uma palestra para a comunidade;

- Atividades culturais e manifestações artísticas “riocEAnos em festa” » comunidade em geral.

Conheça as atividades que se realização na sua região e incentive a comunidade educativa a

participar;

- Formação de professores » educadores e professores que se inscrevam no projeto. Aproveite

esta oportunidade para partilhar as suas experiências pedagógicas e adquirir conhecimentos

nas temáticas sugeridas pelo projeto.

PROJETO RIOS

O Projeto Rios visa incentivar a

participação social na conservação dos

espaços fluviais, procurando dar resposta à

visível problemática, de âmbito nacional e

global, referente à alteração e

deterioração da qualidade dois rios e

ribeiras, bem como a falta de

envolvimento efetivo dos utilizadores e da

população em geral na preservação dos

espaços ribeirinhos.

As atividades desenvolvidas no âmbito do Projeto Rios são principalmente saídas de campo,

comunicações em eventos e palestras de divulgação que tiveram como assistência mais de 5.000

pessoas. A ASPEA foi convidada para participar numa apresentação do Projeto Rios no âmbito de uma

atividade da Presidência Aberta, promovida pelo Exmº Sr. Presidente da República. No âmbito da

parceria com Águas do Porto a sede do Projeto Rios situa-se no Pavilhão da Água, desenvolvendo no

último sábado de cada mês um dia de atividades nesse equipamento de educação ambiental, em

especial oficinas práticas de 60 minutos, envolvendo cerca de 200 participantes. No âmbito do Projeto

Rios a ASPEA continua a disponibilizar kits a todos os grupos que adotem um troço de rio para

desenvolverem as atividades previstas pelo respetivo protocolo.

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3º CONGRESSO LUSÓFONO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A ASPEA e a Câmara Municipal da

Murtosa têm o prazer de anunciar

a parceria para a organização do

3º Congresso Internacional de

Educação Ambiental das

Comunidades e dos Países

Lusófonos a decorrer na Torreira,

Murtosa (Aveiro), Portugal de 8

de julho a 11 de julho de 2015. A

programação contará com a

multiplicidade de olhares do

campo da Educação Ambiental dos países, regiões e comunidades falantes da língua portuguesa, além

de fomentar o amplo debate no fórum promovido pela Rede Lusófona sobre o tema “Educação

Ambiental e Participação Social: travessias e encontros para os bens comuns”.

Nº DE PARTICIPANTES (ESPERADO)/POR ANO DE ESCOLARIDADE E/OU GRUPO-ALVO

Os destinatários das ações previstas no âmbito do trabalho técnico-pedagógico de intervenção

educativa e de coordenação de projetos nacionais de Educação Ambiental dinamizadas pela ASPEA

rondarão, no ano letivo 2013/2014 uma estimativa de 75.000 alunos distribuídos pelos diferentes níveis

de educação e ensino.

Este número de participantes inclui alunos de escolas inscritas nos projetos da ASPEA tais como:

riocEAnos, Projeto Rios; Atividades na Quinta Ecológica da Moita; Conferências Infantojuvenis; Sessões e

Oficinas nas Escolas; concursos e mostras; estágios (estimativa: 20% do pré-escolar; 48% do 1º ciclo;

10% do 2ª ciclo; 10% 3º ciclo; 5% do secundário; 5% do profissional; 2% universitário)

Para além das atividades diretamente com as escolas a ASPEA promove iniciativas destinadas a

professores e educadores e técnicos tais como cursos de formação e jornadas e iniciativas para o

público em geral que passam por eventos de fins-de-semana; atividades no âmbito do Programa

Bandeira Azul em parceria com autarquias e atividades de divulgação e animação em feiras e

exposições.

DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES E DO PLANO DE AÇÃO

As atividades de divulgação para cada uma das ações previstas estarão relacionadas com as

caraterísticas e o âmbito das mesmas.

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a) Meios de comunicação

Página web e Facebook; Mailing eletrónico e postal; Comunicação Social; Distribuição de folhetos,

postais, cartazes; Participação em eventos; Contactos telefónicos; Reuniões e visitas

b) Materiais de comunicação

folhetos, postais, cartazes e pósteres; material de merchandising; newsletter e boletins informativos;

comunicados de imprensa e artigos para publicação em comunicação social; artigos para publicação em

revistas de natureza pedagógica, técnica e científica.

Os materiais a produzir no âmbito de cada ação como forma de divulgação dos resultados das mesmas

serão: desenhos, fotografias, vídeos, publicações em formato digital, boletins informativos, postais,

pósteres, materiais pedagógicos.

A AVALIAÇÃO DO PROJETO E DA AÇÕES

A avaliação das ações contará com evidências resultantes das mesmas tais como os materiais

produzidos e os resultados da aplicação dos instrumentos de avaliação entre outros, fichas de avaliação

a preencher pelos respetivos intervenientes e parceiros.

Os instrumentos de avaliação para as ações concebidos, à partida, serão na base de fichas de avaliação

elaboradas para o efeito.

Serão, ainda considerados como instrumentos de avaliação relatos, registos por email ou outras formas

escritas, desenhos e manifestações escritas por parte das crianças, entre outros.

Os períodos de avaliação de cada ação decorrerão no final das mesmas, podendo em alguns dos casos

suceder no seu início ou durante o período em que decorrem.

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4. -

Docente: Lucília Guedes

[email protected]

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NOTAS BIOGRÁFICAS: LUCÍLIA GUEDES| FAPAS

A coordenadora

Lucília Maria Fernandes Antunes dos Santos Guedes fez

licenciatura em Biologia na Faculdade de Ciências da

Universidade do Porto, pós-graduação em Gestão Ambiental e

um Curso de Gestão de Projetos de Educação Ambiental.

Certificada como formadora pelo Conselho Científico-

Pedagógico da Formação Contínua, registo CCPFC/DC-1241/02

Pertence ao Quadro de Nomeação Definitiva da Escola

Secundária Dr. Manuel Laranjeira, em Espinho, onde

desenvolveu atividades de complemento curricular e de

colaboração com outras entidades. Reside na Granja, Vila Nova de Gaia.

Desde 1998 até 2012 e a partir de 2013, coordena Projetos de Educação Ambiental/EDS no

FAPAS, organiza colóquios, jornadas nacionais, seminários e outros , tendo apresentado várias

comunicações em jornadas e seminários.

Co -autora de várias obras de divulgação, de artigos publicados em revistas, autora de um livro

infanto-juvenil e participação em várias Antologias Poéticas.

Sócia do FAPAS, e de Associações culturais (Grupo Poético de Aveiro e Associação Portuguesa

de Escritores). Exerce o Ministério de Salmista.

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4.1. ACTIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

BREVE CARACTERIZAÇÃO DA ONGA

O FAPAS é uma organização não governamental de âmbito Nacional, sem fins lucrativos, constituída em

1990 por pessoas com longa experiência no domínio da conservação da Natureza, vocacionada para a

promoção de acções que visam a protecção e recuperação da fauna e flora selvagens. O documento

oficial mais recente é o Aviso n.º 1427/2013 (Diário da República, 2.ª série — N.º 21 — 30 de janeiro de

2013).

Agindo sempre de forma livre e independente, o FAPAS é financiado com as quotas dos seus sócios, com

patrocínios de diversas entidades para campanhas específicas, e com verbas comunitárias para o

desenvolvimento de Projectos. Conta ainda com o apoio técnico de biólogos e advogados, para suporte

científico e legal das suas acções.

Mantém contactos internacionais com associações congéneres, nomeadamente espanholas. Neste

momento é ainda membro da IUCN - The World Conservation Union e do CIDN - Conselho Ibérico para a

Defesa da Natureza.

Tem várias delegações: Delegação do Alentejo; Delegação de Lisboa; Delegação de Monfortinho;

Delegação de Torres Novas e Delegação de Viana do Castelo.

ENQUADRAMENTO

Com este projeto, pretende-se sensibilizar a população escolar e a população em geral para uma

participação activa, indo de encontro aos conteúdos curriculares e às necessidades locais (Agenda 21),

no âmbito de temas como a conservação da natureza e a biodiversidade e, abordar de uma forma

integrada, a água, a energia e as alterações climáticas, a gestão correta de recursos humanos e naturais,

integrando princípios de um Desenvolvimento Sustentável, preconizados na Cimeira do Rio, em 1992. O

Desenvolvimento Sustentável é um conceito abrangente e implica a preocupação pelas gerações futuras

e pela integridade do meio ambiente a longo prazo. Implica a preocupação pela qualidade de vida, a

igualdade e a justiça entre as pessoas no presente e as gerações futuras e as dimensões sociais e éticas

do bem-estar humano, “baseado no respeito pela Natureza, nos direitos humanos Universais, na justiça

económica e numa cultura de paz” (Carta da Terra).

A Conservação da Natureza e a Biodiversidade é uma das vertentes do Desenvolvimento Sustentável. A

estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade estabelece, entre outros pontos, o

desenvolvimento em todo o território Nacional de ações específicas de Conservação e gestão de

espécies e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico; a promoção da

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educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade; assegurar a

informação; sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil.

Em 2002 durante o Evento das Organizações das Nações Unidas, em Joanesburgo, Portugal entre outros

Países assumiu o compromisso de reduzir a perda de Biodiversidade até 2015. Esta é uma das metas dos

objetivos do desenvolvimento do Milénio.

No que respeita à “UNEP Convention on Migratory Species” e “Agreement on the Conservation of

Populations of European Bats (Eurabats)” (Acordo sobre a Conservação dos Morcegos na Europa),

Portugal aprovou a aceitação do "Acordo sobre a conservação dos morcegos na Europa" através do

Decreto nº 31/95, de 18 de agosto, em 1995. Realizado à luz da Convenção de Bona, aplica-se a todas as

espécies de morcegos existentes em Portugal. A realização da Noite Europeia dos Morcegos é uma das

obrigações do acordo. No caso de Portugal, as obrigações coincidem com as linhas de ação que têm

vindo a ser tomadas pelo ICNF. Este ano, comemora-se a 17ª Noite Europeia dos Morcegos.

O dia 23 de Novembro foi estabelecido como O Dia da Floresta Autóctone para promover a importância

da conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como o dia mais adaptado às

condições climatéricas de Portugal para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo

ao Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, que foi criado inicialmente para os países do Norte da Europa.

Tendo em conta a importância das zonas costeiras em termos ambientais, económicos, estratégicos,

sociais, culturais e recreativos, nas últimas décadas, os governos, as organizações internacionais e a

comunidade científica têm dado prioridade à ampliação do conhecimento sobre este território de forma

a melhor gizar os planos de gestão de um espaço tão frágil como disputado. As atividades sobre o litoral

/Dunas assentam nas orientações das políticas ambientais e de desenvolvimento territorial onde se

destaca a Estratégia nacional de conservação da natureza (ENCNB), a Estratégia Nacional para o

Desenvolvimento Sustentável (ENDS) de âmbito Nacional, a Estratégia Nacional de gestão Integrada da

Zona Costeira, os Planos de Ordenamento da Orla Costeira, a Agenda 21 local e o Plano nacional para as

Alterações Climáticas.

As Nações Unidas declararam o decénio 2005-2014 como a “Década da Educação para o

Desenvolvimento Sustentável” e o seu objetivo global consiste em integrar os valores inerentes ao

Desenvolvimento Sustentável nas diferentes formas de aprendizagem, com vista a fomentar as

transformações necessárias para atingir uma sociedade mais sustentável e justa para todos. A intenção

é contribuir para um futuro que compatibilize as necessidades humanas com o uso sustentável dos

recursos, superando assim os efeitos perversos que vão desde a destruição ambiental até à

manutenção/agravamento da pobreza.

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OBJETIVOS

Disponibilizar informação, com qualidade e de fácil acesso

Promover o trabalho em rede

Discutir, refletir, trocar ideias e avaliar sobre o que já fizemos e o que pretendemos para a

divulgação e fortalecimento da educação ambiental nos Municípios envolvidos;

Articular processos para a sensibilização e mobilização de diferentes atores locais para o

tema da sustentabilidade;

Ampliar os espaços do pensar e fazer socio ambientais.

Estimular e acompanhar a elaboração e a implementação das Agendas 21

Sensibilizar e alertar para a urgência do Modelo de Desenvolvimento Sustentável ser visto,

não como único, mas ser entendido como uma perspectiva inter-pares, naturalmente,

devendo ter-se em conta as realidades locais.

Estimular para uma Educação ativa e participativa

Promover a Informação e Cidadania Ambiental

Enquadrar o programa de Educação Ambiental na legislação Nacional e Comunitária

PÚBLICO-ALVO

Comunidade educativa do Ensino Básico, Secundário e Superior, pais, professores e população em geral.

RESUMO DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES

As atividades desenvolvidas fazem parte do plano anual de atividades das escolas. A maior parte das

campanhas de sensibilização e até de intervenção são ações de continuidade, fundamentais num

processo de educação e de transmissão de conhecimentos.

Apostar no trabalho com escolas, através das Autarquias, como alvo prioritário, é importante quer pelo

facto das crianças e jovens mais facilmente adotarem novos comportamentos e boas práticas por serem

recetivos à mudança, quer pelo efeito multiplicador importante junto das famílias e da população em

geral. ( David Uzzel et. al 1998).

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ATIVIDADE: COMEMORAÇÃO DO DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE

Metodologia: As escolas interessadas receberam árvores

autóctones, sugestões de atividades de apoio à comemoração do

evento. As árvores foram plantadas nos Jardins das escolas. O

Hospital de S. João participou igualmente na atividade. Os

cartazes produzidos pelas escolas, sobre as atividades

desenvolvidas, estão expostos em Vila Nova de Gaia de 18 de

Março a 26 de Abril.

Participantes: 5100 alunos do ensino básico e secundário

ATIVIDADE: PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS DUNARES

Metodologia: Reuniões com elementos da Autarquia; Reuniões

com a Comunidade escolar

Ações de sensibilização/formação; Distribuição de brochuras

sobre o litoral; Pesquisa bibliográfica sobre o tema; Ateliers de

sons de animais, ateliers de pegadas e de caixas abrigo; Saídas

ao litoral; Plantação de estorno; Arranque controlado de

chorão; Exposição de trabalhos escolares, aberta à comunidade

na Junta de Freguesia; Monitorizações intercalares; Avaliação

final

Mesa redonda: Espinho e o mar: o passado, o presente e.que

futuro?

Participação de cidadãos na limpeza da praia

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Parcerias/apoios: ABAE; Regimento de Engenharia de Silvalde, Autarquia de Espinho;

Universidade do Porto

Participantes: 100 alunos do ensino básico

ATIVIDADE: PERCURSOS INTERPRETATIVOS

Em Salreu | .no Parque da Cidade | na Foz do Rio Douro | na Praia da Memória

Metedologia: Antes da visita, procura-se definir

claramente os objectivos da mesma, junto dos

professores acompanhantes para que estes

tenham uma participação ativa no processo,

dando material informativo sobre o local e

principais regras de comportamento; são

distribuídas fichas para os alunos preencherem,

antes e após a visita (ficha diagnóstico e ficha de

avaliação).No final da visita, em conjunto, são

propostas atividades para se realizarem na escola e, assim, poder haver um efeito

multiplicador.

Participantes: 300 alunos/ensino básico e superior

AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO/ ATELIERS DE SONS /ATELIER DE PEGADAS/ ATELIER DE CAIXAS NINHO E ATELIER

DE CAIXAS -ABRIGO

Metodologia: Em contexto de sala de aula, são debatidos temas solicitados pelas escolas e

realizados ateliers.

Participantes: 2500 (alunos e militares do regimento de Engenharia de Silvalde)/alunos do pré-

escolar e do ensino básico.

Parcerias/Apoios: APA, DGEstE; ICNF

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REFLORESTAÇÃO DE ÁREAS ARDIDAS

Metodologia: Plantação de árvores autóctones na Mata do Desterro (Parque Natural da Serra da

Estrela) e na Foz do Côa

Parcerias/Apoios: CISE (Centro de Interpretação Ambiental da Serra da Estrela); Parque Natural da

Serra da Estrela; Parque Natural de Foz Côa; APA; DGEstE

Participantes: 140 alunos do ensino básico

JORNADAS NACIONAIS SOBRE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Será contemplada formação acreditada para professores do 1º ciclo, ensino básico e secundário.

Metodologia: O evento constará de um conjunto de comunicações /debate, ateliers e visitas. Haverá

também uma mostra de trabalhos no âmbito da Educação Ambiental para a sustentabilidade. Será

um espaço e tempo de reflexão – investigação - acção, repensando a escola, os contributos dos

processos sócio educativos em contextos formal, não formal e informal e os próprios projetos de

formação.

Participantes: 150 participantes

Parcerias/Apoios: Câmara Municipal de Castelo de Vide, ICNF, APA, DGEstE, Centro de Formação de

Portalegre

NOITE EUROPEIA DOS MORCEGOS

Metodologia: O evento constará de atividades lúdico pedagógicas. Todas as atividades realizadas

serão integradas no enredo de uma história que permitirá às crianças, a elaboração de um fio

condutor entre as diversas estações e a perceção da problemática dos morcegos num

enquadramento lúdico e de fantasia.

Participantes: 600 participantes

Parcerias/Apoios: Câmara Municipal de santa Maria da Feira; ICNF; APA; DGEstE

AÇÕES DE FORMAÇÃO CREDITADAS PARA PROFESSORES

“Biodiversidade em ambiente urbano”

“Plantas invasoras e mapas de avistamentos”

Participantes: 50 participantes

Parcerias/Apoios: Centro de Formação Guilhermina

Suggia/Porto Centro de Formação Aurélio da Paz dos Reis

/Valadares, ICNF; APA; DGEstE

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ATIVIDADES INTEGRADAS NO PROGRAMA CIÊNCIA VIVA

“Percursos interpretativos” |

“Ateliers”

“Palestras”

Participantes: 1000 jovens

Parcerias/Apoios: Ciência Viva

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

A realização deste programa visa a criação e implementação de um mecanismo que permita realizar

uma avaliação ao longo de todo o projecto, a articular entre a comunidade educativa envolvida,

possibilitando uma reformulação de actividades e/ou estratégias adequadas às necessidades e

expectativas do público-alvo.

Prevê-se na avaliação a elaboração de instrumentos (questionários de avaliação) das actividades junto

dos elementos envolvidos na sua execução, adequação de instrumentos à tipologia das actividades

implementadas /encontros de avaliação colectiva; elaboração de um relatório de resultados globais

através de registos escritos e fotográficos.

Haverá uma avaliação inicial através do levantamento de instituições e respectivas acções que se

desenvolverão, uma outra intermédia e final com registo de situações ocorridas durante o percurso e

com os resultados das monitorizações.

Serão indicados indicadores de avaliação, tais como: atitudes e valores, participação, adesão,

empenho, trabalhos realizados, número de pés de estono sobrevivente, quantidade de chorão

arrancado, número de árvores plantadas, etc.

Outras imagens:

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5.

Docente: Maria Guilhermina Galego [email protected]

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NOTAS BIOGRÁFICAS: GUILHERMINA GALEGO | GEOTA

A coordenadora

Maria Guilhermina Vilaça Delgado Anjos Galego, licenciada em

Geografia pela Faculdade de Letras de Lisboa - 1984.

Professora do Quadro de Nomeação Definitiva, tendo exercido funções

docentes e de gestão no ensino básico e secundário até 2011.

Responsável pela dinamização e implementação nas escolas onde

exerceu funções de diversos projetos e clubes de Ecologia/Ambiente.

Durante esse período foi também co-autora de Manuais escolares para

o ensino básico.

Atualmente está destacada no GEOTA, através da Agência Portuguesa do Ambiente para o

desenvolvimento de Projectos de Educação Ambiental para a Sustentabilidade nomeadamente o Projeto

Coastwatch Europe.

Certificada como formadora, pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua na área das

Didáticas Específicas no domínio da Geografia. Coordena o Projecto Coastwatch desde o ano de 2010

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5.1. PROJECTO COASTWATCH EUROPE

O Coastwatch é um projecto de âmbito europeu que consiste num levantamento da situação ambiental,

da faixa costeira. Este projecto tem como objetivos melhorar o conhecimento da situação ambiental do

litoral português e, sobretudo, sensibilizar escolas, instituições e a população em geral para os impactos

negativos da atividade humana na orla costeira

O Projecto está organizado em quatro fases, que se complementam entre si. A primeira fase coincide

com a preparação e divulgação da campanha por parte da coordenação nacional e regional; a segunda

com o acompanhamento da monitorização, formação de professores, alunos e outros participantes; a

terceira inicia-se com a introdução dos dados numa base de dados, e com a elaboração dos relatórios

regionais, nacionais e respectiva análise estatística; a quarta fase com, apresentação do Seminário,

divulgação dos resultados da campanha anual e a elaboração do respectivo relatório.

A metodologia é simples. O levantamento da informação obtém-se a partir do preenchimento de um

questionário in loco, por todo o litoral (sempre que possível na faixa intertidal e sempre em período de

maré vaza). Como base de trabalho é utilizado um mapa à escala 1/25.000, correspondente a um bloco

de 5km; este é dividido em 10 unidades de 500m. A divisão dos blocos está organizada segundo as NUT

III (Nomenclatura de Unidades Territorial para fins estatísticos), estipuladas pelo INE (anexo1 - A área

total para análise está delimitada no mapa).

É um projecto que apresenta diversas potencialidades a diferentes níveis. Ao nível dos dados, apesar de

alguma margem de erro, são fidedignos, objectivos, práticos, comparáveis, atualizáveis e aplicáveis.

Apesar de existirem troços cuja monitorização não é efetuada todos os anos, a informação disponível é

atualizada, o que lhe confere grande utilidade. A solicitação de utilização dos dados CW para trabalhos

específicos, sobretudo ao nível da erosão e poluição, é frequente. É de referir ainda que o projecto CW

permite desenvolver hábitos de voluntariado, de interligação e parceria com diferentes entidades.

Na 23ª Campanha o total de participantes foi de 4995 contra os 4764 registados na 22ª Campanha e os

3681 atingidos na 21ª. A média das 20 campanhas anteriores ronda os 2000 participantes/campanha.

Este aumento de participantes tem tido como consequência, um aumento da área monitorizada assim, e

relativamente à percentagem de costa monitorizada, os dados recolhidos abrangeram uma extensão

(km) de 798,5 (2013), registando-se um novo aumento em relação a anos anteriores - 742,5 (2012) e

549 (2011), o que se traduz por um aumento de 3% da extensão da NUT monitorizada (% da extensão da

NUT monitorizada 43,1% -2013; 40% -2012; 30% -2011).

Ao longo de 24 anos o Projecto Coastwatch tem-se reafirmado sucessivamente como foco difusor da

mensagem - O Litoral português poderá e deverá ser, sem dúvida alguma, uma vasta área saudável,

sustentável e segura.

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Como Projecto de instrução e informação pedagógicas que ambiciona, através de uma educação

ambiental para a sustentabilidade, promover padrões de comportamento responsáveis e satisfatórios,

valoriza a preservação de toda uma área extremamente frágil mas de importância fundamental para

todos nós.

O desenvolvimento e implementação do projecto,

pretende consciencializar os participantes para a

necessidade de se promover uma ética ambiental e de

conhecimento de toda a faixa costeira, o que por sua vez

significa consciencializar as pessoas e principalmente os

professores, do declínio generalizado dos ecossistemas

bem como a degradação do ambiente litoral em geral.

Despertar para esta situação pressupõe uma mudança de comportamentos de todos nós, e uma

melhoria qualitativa do exercício da cidadania, formando “adultos” mais preocupados e conscientes.

Com vinte e quatro campanhas anuais realizadas, o Projecto Coastwatch é um Projecto com um

histórico invejável tendo-lhe sido reconhecido todo o seu mérito ao ser escolhido como exemplo de

"Boas práticas" no âmbito do projecto MARLISCO.

A 23ª Campanha envolveu 388 professores e 3885 alunos,

tendo registado, uma vez mais, um aumento em relação às

Campanhas anteriores (professores: 324 em 2011-2012 e 230

em 2010-2011; alunos: 3528 em 2011-2012 e cerca de 3000

em 2010-2011), o que era pouco expectável face à conjuntura

que se vive, actualmente, nas escolas.

O total de participantes foi de 4995 contra os 4764 registados

na 22ª Campanha e os 3681 atingidos na 21ª.

Algumas participações em programas televisivos (Biosfera,

Revista de Imprensa – SIC Notícias) notícias nos órgãos de

comunicação social (Expresso, Público, Jornal I, Diário de

Notícias, Jornal de Notícias e Correio da Manhã) e entrevistas

(Agência Lusa e Rádio SIM) bem como nas parcerias

efectuadas, nomeadamente com a FCTUNL, os Centros de

Ciência Viva no Algarve, com a Ordem dos Biólogos, com a

Ericeira surfrider Foundation, entre outros, e a participação

em Seminários, Palestras e Encontros, permitiram uma maior

divulgação e projeção do Projecto.

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Em virtude de nos encontrarmos na 4ª Fase da 24ª Campanha serão referidos os resultados da 23ª

Campanha, assim sendo e no que concerne aos dados propriamente ditos da 23ª campanha Coastwatch,

o ano lectivo 2012/13, contou com um maior nº de alunos e professores (ver quadro), o que traduz a

relevância do projecto ao nível escolar.

O leque das disciplinas envolvidas é muito

abrangente, o que demonstra a interdisciplinaridade

do projecto em si, predominando no entanto as

disciplinas de Ciências Naturais, Biologia e Geologia e

Geografia.

Relativamente à percentagem de costa monitorizada os dados recolhidos abrangeram uma extensão

(km) de 798,5 (2013), registando-se um novo aumento em relação a anos anteriores - 742,5 (2012) e

549 (2011) o que se traduz por um aumento de 3% da extensão da NUT monitorizada (% da extensão da

NUT monitorizada

43,1% -2013; 40% -

2012; 30% -2011).

A figura que se segue

traduz a designação da

área monitorizada e o nº

de unidades (1 unidade

= a 500m) de cada uma

delas.

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Nesta campanha e à semelhança de anos anteriores, muitos municípios não conseguiram assegurar o

respectivo transporte de alunos, por falta de verba.

Esta situação, conjuntamente com um Inverno

extremamente chuvoso, levou a que alguns coordenadores

e participantes, tivessem solicitado um alargamento do

prazo de monitorização, sendo no entanto para alguns

deles, factores impeditivos da sua participação na

Campanha. Perante esta situação estamos em crer que os

dados da 24ª Campanha não serão muito diferentes dos

apresentados na 23ª que aqui apresentamos.

Foi com agrado que se verificou nesta Campanha, uma

maior adesão de participantes ao Projecto, e como

consequência, registou-se um novo aumento de cerca de

3% da área monitorizada, relativamente à Campanha de

2011-2012, e de 13% em relação à Campanha de 2010-

2011.

Como já foi referido anteriormente, as parcerias efectivadas com a Faculdade de Ciências e Tecnologia,

Ordem dos Biólogos, Centros de Ciência Viva no Algarve, CNE, algumas Escolas/Agrupamentos, novas

Câmaras Municipais e com a Portuguese Surf Film Festival, revelaram-se uma mais-valia muito

significativa, principalmente na divulgação do Projecto.

É ainda de realçar, para

além de todo o apoio

logístico prestado nesta

Campanha, o excelente

trabalho de voluntariado

efectuado pela Ana Sofia

Travessa e pelo Marcelo

Ribeiro (ambos Mestrandos

do curso de Geografia da

FNL), o que permitiu a

criação de um novo site do Coastwatch, o lançamento da Plataforma CW e o relançar do Projecto

“Portugal Digital,” - LITORAL DIGITAL: AS NOVAS FERRAMENTAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AO

SERVIÇO DA MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL.

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“Embora os resultados das Campanhas fossem sempre analisados estatisticamente, fazia-se sentir uma

necessidade cada vez mais premente de obter uma perspectiva espacial dos indicadores recolhidos,

bem como cruzá-los com outros existentes”.

Poderão ser considerados pontos fortes ou mais-valias deste Projecto o facto de o mesmo “funcionar

em rede”; promover e desenvolver o trabalho de campo, o que poderá vir a funcionar como elemento

motivador na leccionação de conteúdos; a sua flexibilidade relativamente aos prazos em que decorre a

Campanha pode ser adaptada consoante cada escola, e ainda o facto de promover parcerias com

diversas instituições (GEOTA e escolas).

As reformas no sistema de ensino, a diminuição do tempo a dedicar aos projectos (Escolas) por parte

dos docentes, o aumento do número de alunos por turma, bem como as dificuldades financeiras

sentidas no seio da comunidade escolar, têm gerado alguns problemas logísticos que tentamos sempre

resolver da melhor forma possível, mas terão que continuar a ser encaradas como situações de que o

projecto está também dependente.

O Projecto Coastwatch tem vindo a integrar um maior número de escolas, professores, alunos e

Municípios, e tem vindo a difundir-se de forma mais concreta no ensino superior (o interesse em

trabalhar os dados das campanhas coastwatch é cada vez maior, nomeadamente na sua utilização em

teses de Mestrado, Doutoramento e Projectos Internacionais como o caso do Projecto POIZON E

MARLISCO o que tem funcionado com catalisador no desenvolvimento de parcerias com Universidades).

A replicação das metodologias e o alargamento a outras áreas de intervenção na sociedade Civil e o

potenciar do trabalho em rede com outras ONGA são também oportunidades que não se devem

desperdiçar.

MAIS INFORMAÇÕES:

http://coastwatchnacional.wix.com/coastwatch-portugal

[email protected]

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6.

Docente: Nuno Sequeira

[email protected]

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NOTAS BIOGRÁFICAS: NUNO SEQUEIRA| QUERCUS

O coordenador

Nuno Miguel Oliveira Pegado de Matos Sequeira é licenciado

em Biologia pela Universidade de Évora e licenciado em

Educação Física e Desporto pela Faculdade de Motricidade

Humana – Universidade Técnica de Lisboa. Actualmente

frequenta o Mestrado em Biologia da Conservação na

Universidade de Évora.

É Professor do Quadro de Nomeação Definitiva e neste

momento está destacado na Quercus, através da Agência

Portuguesa do Ambiente, para o desenvolvimento de

actividades lectivas em projectos de Educação Ambiental. É também Biólogo no projecto

“Conservação de Aves Estepárias no Alto Alentejo” e Membro do Grupo de Trabalho de

Conservação da Natureza e do Grupo de Trabalho de Educação e Formação da Quercus.

Presidente da Direcção Nacional da Quercus desde Março de 2011 é igualmente sócio da

Agrobio – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica e da SPEA – Sociedade

Portuguesa para o Estudo das Aves, e membro efectivo da Ordem dos Biólogos

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6.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A

SUSTENTABILIDADE DE ÂMBITO NACIONAL

ENQUADRAMENTO

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza é uma Organização Não Governamental

de Ambiente (ONGA) portuguesa, fundada a 31 de Outubro de 1985. É uma Associação independente,

apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e constituída por cidadãos que se juntaram em torno

do mesmo interesse pela Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais e na Defesa do Ambiente

em geral, numa perspectiva de desenvolvimento sustentado. A Associação designa-se “Quercus” por ser

essa a designação comum em latim atribuída aos Carvalhos, às Azinheiras e aos Sobreiros, árvores

características dos ecossistemas florestais mais evoluídos que cobriam o nosso país e de que restam,

atualmente, apenas relíquias muito degradadas.

Ao longo dos anos, a Quercus tem vindo a ocupar na sociedade portuguesa um lugar simultaneamente

irreverente e construtivo na defesa das múltiplas causas da Natureza e do Ambiente. O seu âmbito de

ação abrange hoje diversas áreas temáticas da atualidade ambiental, onde se incluem, além da

conservação da natureza e da biodiversidade, a educação ambiental, a energia, a água, os resíduos, as

alterações climáticas, as florestas, o consumo sustentável, a responsabilidade ambiental, entre outras.

Este acompanhamento especializado é, em grande parte, suportado pelo trabalho desenvolvido por

vários grupos de trabalho e projetos permanentes. O estatuto actual da Quercus foi progressivamente

conquistado através de uma conduta atenta ao real, sem perder o ponto de referência fundamental dos

princípios, nem se afastar das necessidades de complementar a denúncia crítica com o esforço para a

construção de consensos na sociedade portuguesa, sem os quais nenhum efetivo modelo de

desenvolvimento sustentável será possível no nosso país.

Uma das características da Quercus é a sua descentralização, através dos 18 Núcleos Regionais

espalhados um pouco por todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, que

acompanham a realidade ambiental e realizam atividades de sensibilização no seu raio geográfico. Esta

importante característica permite alargar de forma significativa o seu âmbito de acção, fazendo com que

se consiga chegar com uma relativa proximidade à população nacional, independentemente da sua

distribuição geográfica.

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OBJECTIVOS E METODOLOGIA

Em qualquer uma das áreas de

trabalho da Quercus, o tema da

Educação Ambiental para a

Sustentabilidade tem sido um eixo

fundamental das suas acções, na

medida em que o trabalho

desenvolvido não se resume a um

trabalho técnico, fechado ou isolado

mas é sim, de permanente intervenção

junto da sociedade, através de acções

dirigidas aos mais variados sectores da sociedade e escalões etários.

A Quercus faz também parte da “Rede de Professores Coordenadores de Projectos de Educação

Ambiental”, uma parceria entre as tutelas da Educação e do Ambiente, sendo que relativamente à sua

participação nesta Rede, o balanço é extremamente positivo dado que a mesma tem permitido uma

acção mais directa e eficaz sobre o seu público-alvo, diversificando as acções de Educação Ambiental

para a Sustentabilidade desenvolvidas e aumentando o seu número, frequência e abrangência

geográfica.

Como exemplo de algumas acções de Educação Ambiental para a Sustentabilidade que a Quercus

desenvolve actualmente, podemos destacar algumas realizadas em locais/espaços tão variados como

Estabelecimentos de ensino (Escolas Básicas, Secundárias, Profissionais, Universidades, etc.),

Associações, Clubes, Empresas, Feiras, Exposições, Órgãos de Comunicação Social, entre outros. Estas

acções passam por iniciativas tão diversas como acções práticas de sensibilização em meio natural,

acções de libertação de animais recuperados, sessões teóricas em escolas, sessões e workshops

prácticos em Escolas, apoio na realização de trabalhos escolares a alunos e professores de vários graus

de ensino e rúbricas temáticas na comunicação social. Ao nível dos projectos, podem ser referidos

alguns como as rúbricas “Minuto Verde” na RTP, “Um Minuto pela Terra” na Antena 1 (diárias) e a

crónica semanal “Ecoradar” no Jornal Metro, o projecto “Ecocasa”, as acções de voluntariado nos

projectos “Criar Bosques” e “Floresta Comum”, os Projectos e acções desenvolvidas na área da

Conservação da Natureza e Biodiversidade, como por exemplo os “Centros de Recuperação de Animais

Silvestres” e as “Microreservas Biológicas” e diversas outras acções descentralizadas através dos

Núcleos Regionais ou dos Grupos de Trabalho. Igualmente são de destacar iniciativas tão abrangentes

como os “Green Project Awards”, o “Projeto 80”, o “Green Cork Escolas” ou as “Jornadas de Ambiente

da Quercus”, que anualmente contam com a participação de milhares de participantes, na sua maioria

crianças e jovens.

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE DE

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PÚBLICO-ALVO

Os resultados conseguidos pela

Quercus na área da Educação

Ambiental para a Sustentabilidade

reflectem-se nos diferentes

públicos-alvo que consegue atingir

e em alterações de

comportamentos e atitudes, com

reflexos em acções mais

respeitadoras do Ambiente. A

título de exemplo é possível referir

que os participantes nos Green

Project Awards do ano passado ultrapassaram as 200 Organizações, mas com os reflexos da iniciativa a

sentirem-se certamente num Universo muito mais alargado. Relativamente às principais rubricas de

comunicação já referidas, tem vindo a aumentar, ao longo dos últimos anos, os pedidos de informação e

sugestões de abordagem de temas junto da Quercus por parte de telespectadores, ouvintes e leitores.

Ao nível de acções de sensibilização desenvolvidas junto de diversos agentes, estas terão ultrapassado

as 5 centenas no último ano, com uma participação de vários milhares de pessoas ao longo das mesmas.

ACÇÕES MAIS RELEVANTES

O “Green Project Awards”, uma iniciativa conjunta da Agência Portuguesa do Ambiente, da Quercus e

da GCI, e bastante abrangente ao nível da

Educação Ambiental para a Sustentabilidade, é

de destacar neste âmbito. O projecto teve em

2013 a sua sexta edição e mantém o seu

propósito inicial de reconhecer as boas práticas

em projetos que promovam o desenvolvimento

sustentável. Em 2012 surgiu reformulado com novas categorias, parcerias e destinatários, de modo a

conseguir criar um movimento para o desenvolvimento sustentável, mobilizando toda a sociedade

portuguesa em torno da agenda da sustentabilidade. O Green Project Awards tem como objetivos: 1)

premiar e reconhecer boas práticas em projetos, implementados em Portugal, que promovam o

desenvolvimento sustentável, como complemento ao movimento de sensibilização para as temáticas da

sustentabilidade, alertando e consciencializando a Sociedade Civil para a importância do equilíbrio

ambiental, económico e social; 2) dar visibilidade às entidades, empresas, pessoas e/ou instituições que

identificaram uma oportunidade no apoio e promoção da sustentabilidade e que atuaram

positivamente na construção do desenvolvimento sustentável; 3) envolver os jovens, tanto a nível

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE DE

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individual como a nível associativo, condicionando os seus comportamentos e atitudes, adotando e

criando práticas sustentáveis; 4) reforçar a sustentabilidade com vista a uma repercussão positiva no

comportamento dos cidadãos e decisores em geral, fazendo da inovação e eficácia um caminho para a

sustentabilidade.

No ano de 2013, as mesmas três entidades organizadoras do Green Project Awards (Agência Portuguesa

do Ambiente, Quercus e GCI), em conjunto com o Instituto do Desporto e da Juventude, a Direção-Geral

da Educação e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares lançaram uma outra iniciativa na área da

Educação Ambiental para a

Sustentabilidade – o “Projecto 80”. O

Projecto 80 é um programa, de âmbito

nacional, de dinamização do

movimento associativo nas Escolas

que procura promover a educação

para a sustentabilidade,

empreendedorismo e cidadania

democrática. Podem candidatar-se ao

Projeto 80 as Associações de

Estudantes do Ensino Básico e do Ensino Secundário que desenvolvam um ou mais projetos de

sustentabilidade ambiental, nomeadamente, projetos que promovam a gestão eficiente de recursos, a

diminuição da pegada carbónica e hídrica, a biodiversidade, o empreendedorismo, a economia verde e a

inovação social, bem como o voluntariado ou outras formas de cidadania e participação pública.

Com o propósito de

sensibilizar a comunidade, e

a população escolar em

particular, para o risco de

extinção de inúmeras

espécies animais e vegetais a

nível mundial, a Quercus

elaborou a exposição

“Natureza em Risco”, uma

mostra que alerta sobretudo

para a necessidade do

Homem alterar alguns

comportamentos que são prejudiciais ao Ambiente, nomeadamente a destruição e fragmentação de

habitats, a sobre exploração de espécies e a comercialização ilegal de animais e materiais derivados da

fauna e flora. A exposição “Natureza em Risco” representa uma viagem iconográfica por este

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preocupante e cada vez mais urgente tema das espécies ameaçadas, com particular destaque para

aquelas que em Portugal, por causas diversas, se encontram hoje em diferentes categorias de risco. Este

percurso temático é feito através da actividade de Ilustração Científica, sob a forma de desenhos

realizados em diversas técnicas artísticas, disponibilizados por Nuno Farinha, autor e coleccionador de

inúmeras obras de ilustração científica.

A exposição é constituída por 25 cartazes A1, sobre os diferentes grupos taxonómicos e sobre a

importância da biodiversidade, os quais, para além de possibilitarem a exploração livre de alunos e

professores, podem ser o mote para a realização de algumas outras actividades relacionadas com a

conservação da Natureza e a biodiversidade. Muitas destas actividades passam pela realização de

apresentações ligadas aos vários sub-temas da área (classificação de espécies e grupos taxonómicos,

ameaças à biodiversidade, exemplos de projectos de conservação de espécies, espécies autóctones e

endémicas de Portugal, alterações climáticas e seus efeitos na biodiversidade, etc.), organização de

debates envolvendo a comunidade escolar, elaboração de trabalhos escritos e de pesquisa sobre o

tema, elaboração de ilustrações e desenhos de campo, organização de workshops e oficinas práticas,

representações teatrais, etc.

Também as Jornadas de Ambiente da Quercus, organizadas anualmente, são um importante momento

para sensibilizar a

comunidade, e a

população escolar

em particular, para

diversas questões

ambientais

relevantes,

promovendo o debate e a discussão em torno das mesmas. Nas Jornadas Quercus de 2013, o tema em

destaque foi a alimentação sustentável nas escolas por considerarmos que o contexto escolar apresenta

um conjunto de características que potenciam efeitos multiplicadores. Com efeito, é o local privilegiado

para incutir hábitos sustentáveis de alimentação e desenvolver uma consciência de responsabilidade e

integração das acções individuais em contextos mais globais. Isto para além de ser um local de formação

por onde passam os decisores e educadores do futuro, que tem uma escala suficientemente alargada

para dar sinais claros ao mercado sobre quais os caminhos que o país pretende trilhar nesta matéria.

Assim, nestas Jornadas de Ambiente, partimos de um enquadramento breve e amplo da temática da

alimentação sustentável, para depois passarmos ao debate sobre a alimentação nas escolas

portuguesas, tomando conhecimento do que foi feito até hoje mas, muito em particular, sobre o que o

futuro poderá/deverá proporcionar.

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE DE

DOCENTES EM MOBILIDADE -

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De igual forma, o Projecto Green Cork Escolas da Quercus - Projecto de Reciclagem de Rolhas de Cortiça

constitui-se como uma acção relevante para a difusão da Educação Ambiental para a Sustentabilidade

junto de diferentes públicos-alvo em meio escolar. Este projecto visa sensibilizar para o tema da

conservação da Floresta Autóctone, assim como para o programa de reciclagem de rolhas de cortiça

“Green Cork”, e tem envolvido a comunidade escolar na valorização de um recurso económico

importante e fundamental à conservação dos montados de sobro. O projecto objectiva-se na

organização de um programa de reciclagem de rolhas de cortiça “Green Cork”, com um concurso de

recolha de rolhas nos vários estabelecimentos escolares e a realização de diversos trabalhos alusivos ao

tema, assim como de várias sessões de sensibilização.

DADOS ESTATÍSTICOS

O facto de a Quercus fazer parte da “Rede de Professores Coordenadores de Projectos de Educação

Ambiental”, tem permitido

desenvolver uma acção mais

directa e eficaz sobre o seu público-

alvo, diversificando em grande

medida as acções de Educação

Ambiental para a Sustentabilidade

desenvolvidas, aumentando o seu

número, frequência e abrangência

geográfica e permitindo alargar a

sua rede de parcerias, na

organização e co-organização de

diversas iniciativas.

Assim, apresentam-se de seguida

os dados referentes aos Projectos

de Educação Ambiental para a

Sustentabilidade de âmbito

nacional, desenvolvidos no Ano

Lectivo 2012/2013, dado ser este o

período para o qual já existem

dados finais. É de prever, em

função da continuidade de vários

projectos e da boa adesão que se tem verificado, que no actual Ano Lectivo de 2013/2014 os valores

apresentados se mantenham sensivelmente iguais, ou com poucas variações.

Professores em mobilidade, ações em números 2012-2013

Docente Nuno Sequeira

ONGA QUERCUS

Projeto/programa Educação ambiental

Nº total de escolas por

nível de escolaridade

Pré-escolar 2

1º ciclo 3

2/3º ciclo 123

Secundário 103

Outro (profissionais, …)

12

Nº total de municípios envolvidos 19

Nº total de Alunos 31.123

Nº total de professores

Coordenadores 147

outros 515

Outros participantes (funcionários, pais, técnicos, formadores, estudantes ensino sup. empresários, etc.)

3.513

Nº de participantes em seminários, Wshps, jornadas, …

1.405

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE DE

DOCENTES EM MOBILIDADE -

51

PERSPECTIVAS FUTURAS

Na situação actual, é preciso não esquecer que a crise que atravessamos actualmente é não só

económica, mas também ambiental, isto apesar do enfoque dos últimos tempos, tanto ao nível da

comunicação social como do discurso político, se centrar apenas na vertente económica. Continuamos a

enfrentar problemas mundiais tão graves como o aquecimento global e a perda de biodiversidade, que

em conjunto com o crescimento exponencial da população humana e a alteração dos seus padrões de

consumo, podem vir a ter a consequências catastróficas no futuro do nosso planeta. A espécie humana

tem vindo a adoptar um padrão de desenvolvimento completamente insustentável, assente na depleção

crescente dos recursos naturais e esperemos que a actual crise possa realmente funcionar como uma

oportunidade para evoluirmos para um outro paradigma, que garanta um futuro mais sustentável.

Neste sentido, o trabalho de mobilização da sociedade portuguesa para as questões ambientais é

fundamental, e sendo certo que vivemos hoje em dia numa sociedade bastante mais sensibilizada para

as temáticas ambientais, é essencial que as pessoas se mantenham realmente proactivas e se envolvam

enquanto cidadãos na defesa dos recursos naturais. A Quercus, enquanto Organização Não-

Governamental de Ambiente, através do desenvolvimento da sua actividade e dos projectos de

Educação Ambiental para a Sustentabilidade em particular, está certamente disponível para dar o seu

contributo na superação desses desafios e a colaborar para que os temas relacionados com o Ambiente

estejam na ordem do dia e na linha da frente das prioridades nacionais.

A participação da Quercus na “Rede de Professores Coordenadores de Projectos de Educação

Ambiental” é pois fundamental a este nível e espera-se que no futuro o trabalho desenvolvido possa

continuar a ter o mesmo nível de regularidade e de participação, eventualmente sendo mesmo alargado

a outras temáticas e projectos, de modo a que a população portuguesa, e em especial a escolar, possa

manter a Quercus como um parceiro de referência na área da Educação para a Sustentabilidade.

Mais informações em: www.quercus.pt

https://www.facebook.com/Quercus

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52

7. -

Docente: Carlos Cruz [email protected]

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NOTAS BIOGRÁFICAS: CARLOS CRUZ| SPEA

O coordenador

Carlos Miguel Gonçalves Cruz da Cruz, nascido e residente em

Évora onde se licenciou em Ensino de Biologia e Geologia.

Mestre em Gestão de Recursos Biológicos pela Universidade de

Évora.

Docente em mobilidade estatutária ao abrigo do protocolo entre

o Ministério da Educação e o Ministério do Ambiente, entre

1996 e 2010 (LPNAlentejo); 2013/14 (SPEA) na coordenação de

Projetos de Educação Ambiental.

Organizador regional no atlas de aves nidificantes (1999/2005);

atlas de migradores e invernantes 2011/12.

Exerceu funções técnico-pedagógicas na CCDRAlentejo em

2010/11.

Exerceu funções docentes no ensino básico e secundário, tendo dinamizado, entre outros projectos

Clubes de Ambiente/Natureza, em Mora, Torrão, Portel e Évora.

Actual director do Ciamb, Centro de Iniciação ao Ambiente/Espaço Ambiente, em Évora fundado em

1989.

Anilhador de aves credenciado pelo ICNF desde 1991.

Galardoado com: 2º Prémio no Concurso “Conhecer para melhor estimar”, com a monografia: -

Considerações Gerais sobre a Ocorrência e a problemática da Conservação dos Grous Grus grus L. em

Áreas de Invernia no

Alentejo. Ministério do Planeamento e da Administração do Território – C. Coor. Região Alentejo em

1989; 1º Lugar, na categoria de Zonas Húmidas com o

Projecto: “Prospecting the forests and wetlands of South Guinea-Bissau”. Pela BP Conservation

Expedition Award BirdLife International and Fauna and Flora Society

Preservation em 1994 e Prémio Conservação da Natureza Quercus em 1996.

Associado da LPN desde1984, da Quercus desde 1985 e da SPEA desde 1993 tendo sido associado

fundador.

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7.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Breve caracterização da ONGA

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma associação científica sem fins lucrativos que

promove o estudo e a conservação das aves em Portugal. Foi fundada a 25 de novembro de 1993 e

correspondeu a um desejo manifestado por um grande número de profissionais e amadores que

desenvolviam atividade na área da Ornitologia e conservação da avifauna. Em julho de 2012, a SPEA foi

reconhecida como entidade de utilidade pública.

Atualmente com cerca de 3400 sócios, a SPEA desenvolve projetos de conservação da Natureza em

território Nacional e também em parceria no estrangeiro (Cabo Verde, São Tomé e Espanha).

A sensibilização ambiental e a promoção do Birdwatching são também duas das suas prioridades.

A SPEA tem como missão trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats,

promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto

das gerações futuras.

Principais objetivos

Promover, dinamizar e divulgar o estudo da biologia das aves e desenvolver as bases

científicas e técnicas para a aplicação de medidas de gestão e conservação;

Promover a conservação das populações de aves que vivem no estado selvagem e dos seus

habitats, em particular no território português;

Contribuir para a valorização e promoção da Ornitologia, nas suas diversas vertentes,

através da elaboração e divulgação de princípios orientadores desta disciplina;

Contribuir para a formação da população em geral e grupos específicos sobre a avifauna, a

Ornitologia e outras atividades ligadas à observação de aves, e à divulgação da importância

de conservação das mesmas.

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Aprender e conhecer com as aves

Objetivos

Conhecer as ZPE (Zona de Protecção Especial para as aves) com características estepárias.

Promover a divulgação das zonas classificadas no Alentejo que visam a conservação das

espécies de aves estepárias.

Cultivar o gosto pela natureza.

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Sensibilizar para a necessidade de conservar o elenco das espécies destas ZPE muitas delas com

estatuto de ameaça.

Desenvolver atividades lúdico- pedagógicas.

Metodologia

Recorrer a modelos em pasta de papel representando cinco das espécies de aves emblemáticas

da região alentejana.

Através dos modelos são abordadas as questões que se prendem com a conservação de

populações destas espécies como abandono de práticas agrícolas tradicionais, caça, alterações

climáticas…

Nas sessões com cada grupo-turma promovemos a divulgação e a importância de áreas

protegidas para a conservação da biodiversidade geralmente do desconhecimento dos jovens e

docentes envolvidos na ação, salientamos a importância da Rede Natura 2000 e procuramos

promover práticas agrícolas tradicionais que potenciam a existência de aves estepárias

ameaçadas.

Publico alvo

Estas ações destinam-se essencialmente a alunos do 4º ano.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Sec.

Publico Escolas Nº prof

Aprender e Conhecer com as Aves

22 950 - 18 22 45

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Spring Alive

Objetivos

Contribuir para a divulgação de conhecimentos sobre as

migrações em particular das aves.

Sensibilizar para a conservação de habitats importantes

para algumas espécies de aves migradoras.

Estimular a participação num projeto comum internacional,

que conta com parceiros de vários países europeus e

africanos.

Metodologia

Sessões dirigidas a grupos-turma de vários níveis de ensino com apoio de uma apresentação sobre as cinco espécies

migradoras do projeto – Cegonha-branca; Andorinha-das-chaminés; Abelharuco; Andorinhão e Cuco-canoro.

A apresentação é acompanhada também com informação por nós fornecida sobre as espécies e suas migrações em

suporte de papel.

As sessões têm duração máxima de 45 minutos nas quais se sugere a docentes e alunos que disponibilizem as suas

observações no portal www.springalive.net à semelhança de milhares de participantes alunos de escolas na região

euroasiática e continente africano. Está em constante atualização durante o período aberto aos contributos dos

observadores.

Este desafio é feito no período compreendido entre 1 de fevereiro e 30 de junho.

Publico alvo

Procuramos dirigir-nos a turmas do 2º,3º Ciclo e Secundário no entanto qualquer tipo de publico pode participar.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Sec.

Publico Escolas Nº prof

Spring Alive 12 44 900 40 22 50

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Programa Antídoto Portugal

Objetivos

Dar continuidade à divulgação do programa, principalmente junto de

escolas de regiões mais afetadas pelo uso ilegal de veneno.

Sensibilizar para a conservação de habitats e biodiversidade.

Metodologia

Utilizar como principal recurso os dados recolhidos ao longo dos anos com especial destaque para o período

2003/08 sobre episódios detetados que envolveram utilização ilegal de venenos e consequências nefastas para a

fauna de necrófagos e animais domésticos.

Distribuir material informativo produzido pela plataforma de associações envolvidas no Programa Antídoto Portugal

junto das turmas do 8º ano, pois consideremos que são o público alvo com mais ligação a esta temática visto que

abordam as relações de predação e competição na disciplina de ciências naturais. Exploração de uma apresentação

digital fornecida pela Plataforma Antídoto Portugal, por nós adaptada para que possa ser utilizada por alunos e

docentes do 3º Ciclo.

Publico alvo

Festival Internacional de Observação de Aves de Sagres

Objetivos

Garantir atividades cientifico-pedagógicas enquadradas no

evento como captura e marcação de aves Passeriformes.

Realização de várias sessões de anilhagem nas zonas conhecidas

de passagens de aves em migração destinadas aos participantes no

festival.

Dar formação sobre a identificação de espécies.

Integrar a componente científica em programas de turismo de

natureza.

Turmas 8ºAno

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Sec. Publico Escolas Nº prof

Antídoto Portugal - - 750 - 18 34

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Metodologia

Realização de sessões de captura e anilhagem de aves Passeriformes a partir das quais se exemplifica o conjunto de

métodos que envolvem esta prática bem como aspetos relacionados com a identificação de espécies e outros

parâmetros que são recolhidos no âmbito desta atividade.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Sec. Publico Escolas Nº prof Festival Sagres - - - 800 3 7

Outras actividades

No âmbito de pedidos solicitados por escolas e outras instituições, tentamos sempre corresponder aos mesmos

desde que se enquadrem nos temas e que visem os públicos-alvo considerados prioritários. Como principais

exemplos, têm-se realizado visitas de estudo, sessões de anilhagem, contagens e monitorizações de populações de

espécies da nossa avifauna.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Sec.

Publico Escolas Nº prof

Visitas de Estudo, Anilhagens, Grous, Abetardas, Cegonhas

45 24 350 20 9 16

Mais informações em: http://www.spea.pt

https://www.facebook.com/spea.Birdlife?fref=ts

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PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE DE

DOCENTES EM MOBILIDADE -

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FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃO

TEXTOS

Francisco Teixeira

Lurdes Soares

Isaura Vieira

Sílvia Castro

António Proença

Paula Abreu

Carlos Cruz

Guilhermina Galego

Joaquim Ramos Pinto

Lucília Guedes

Margarida Gomes

Nuno Sequeira

9 de maio de 2014