PROLETURIOS DE «S OS PAfZES, UNI-VOS SEGUNDA PHASE - N.o...

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Batalha de Classe O Bloco Operário o Oninponc/. aciibii du escolhei', cm seu .selo, os dois <-;tii(ll(iiili)s que vul aprcsen- tur tios suffraglos do eleitorado proletário, no próximo pleito pura renovação do Conselho Munlci- pai, Ksto ncontcelnicnto tem uniu Importância enorme, u qualquer ponto do vista debaixo do qual o encaremos. lílle resulta, desde logo, por seu caracter de classe, nitldo, claro, Inconfundível. São dois cândida- tos operários, escolhidos por uniu organização operaria, apoiados num progrummu operário, com sérios comproniLsos perante a massa operaria, e contam, prln- clpalmentc, com os votos opera- rios. O Bloco Operário e Camponez vul collocar a próxima batalha eleitoral num terreno de classe: do um lado os dois candidatos proletários, responsáveis perante o unioo partltlo proletário, com Um proíírnmma conhecido de rei- vliiálçaçõcs proletárias; do outro lado, todos os demais candidatos, sem excepção, nenhum dos qiuics nóde apresentar qualquer titulo de representação genuína e ex- cluslvu dos interesses proletários. O Bloco Operário e Camponez ó o unlco partido entre nós, or- snnlzado cm torno do princípios definidos, baseado num program- ma do classe, defendendo inter- esses eollectlvos e não interesses individuacs. Sua riõlltlca é uma política collcctiva, de responsnbl- lidade collcctiva, c não uma po- litlcu Individual, dc ambições pes- soa es. Do tal sorte, não e por calculo ou demagogia, mas sim por sua mesma natureza intrínseca, que o Bloco Operário e Camponez col- loca a batalha eleitoral num ter- rcno do classe. Toda sua campanha visa tra- car uma linha de demarcação bem clara entre as classes labo- liosns, a cuja frente se acha o proletariado propriamente dito, e ns classes parasitárias e expio- ratlorns, a cuja frente sc acha a burgtiezia propriamente dita. O Bloco Operário e Camponez pretende, com sua organização, seu programma, sua propaganda, seus candidatos, incutir em todo eleitor proletário a noção do seu dever do classe: votar nos can- dldatos proletários. O eleitor proletário que não vo- tar nas candidatos proletários trnhlrá sua própria classe. Os campos ficam bem delimitados: com o proletariado ou contra o proletariado. Com o proletariado significa votar nos onurUdc.to? rto tiicCt» Ope:-iiii'j e Camponez, uni- cos candidatos proletários; votar em quaesquer outros candidatos significa, consciente ou incon- «cientemente, votar contra o pro- letarlado. Nenhum capitalista, nenhum hurgiiez, nenhum explorador, nen- litini oppressor irá votar nos can- dldatos do Bloco Operário e Cam- ponez. '- Por que? Porque o eleitor ca- pltnllsta, hurguez. explorador; op- pressor —. quo comprchende ns coisas muito bem não vai vo- tar nos inimigos do sua classe. Assim, devo tambem proceder todo elettor proletário, trabalha- dor, explorado, opprlmido: votan- do nos candidatos do Bloco Ope- rarlo e Camponez, isto 6, votan- do nos candidatos de suu classe. Este, o aspecto fundamental da batalha política, que vai come- çar. RIO, 25 DE AGOSTO DE 1928 PROLETURIOS DE «S OS PAfZES, UNI-VOS SEGUNDA PHASE - N.o 18 A CLASSE OPERARIA JORNAL DE TRABALHADORES, FEITO POR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES Octavio Brandão e Minervino de Oliveira São os Candidatos do Bloco Operário Aquelle no Prinrieiro-e Este no Segufido NUMERO AVULSO: __W_.€$& rs. Publica-se aos Sabbados Sport Proletário Importante Festival em homenagem ao B. 0, C. —*—. No dia 23 do próximo mez, reall- zar-se-ha, na Parada Lucas, impor- tante festival, promovido pelo co- nhecido Sport Club Ideal, em home- nagem ao Bloco Operário e Campo- nez. Tomarão parto nesse festival spor- tivo diversos clubs suburbanos. . Será disputada linda taça, offere- eida pelo Bloco Operário' e Campo- nez, <( ~ »* A Nação Temos á venda algu- mas collecçOes comple- tas da «A Nação», en- cadernadas em bello e grande volume. Preço de cada volume: PRIMEIRO D ISTRICTO ¦ _^___^____W____f''-\à;!-m '' > ¦o-7:%')m m&•:.i Sr'. x-j __\r__\*Í L^l:SflMI^Íl^<iÍÍIÍIÍ^ ¦¦ __%%_ £¦ r.terrM:riMSW$MÊ$%m\% ¦QQ \W: #.:?%. .§*" :i§mm l isseiéa dos DeleoadosdoB.O.G. 1 ........ Quem sao os oossos lidalos a mas h. O Terror Branco na China Rubra Octavio Bran dão Na sede .do Bloco Operário e Cam- ponez, á praga da Republica n. 40, 1.°, .realizou-se domingo p. passado, ¦conforme ÍOra annunciada, a assem- bléa extraordinária para a escolha dos candidatos ils próximas eleigões para intendentes A's 3 horas da tarde, estavam pre- sentes 16 delegados, representando as organizações seguintes: Comitê Eleitoral- dos Ferroviários. Oentro Político Proletário da Gávea, Comitê Eleitoral doa Tecelões, Co- mitê Eleitoral da Construcção Civil, Comitê .Eleitoral dos 'Sapateiros, Co- m-lté Eleitoral dos Metallurgicos, Co- mité Graphico Eleitoral, Comitê Elet- to-rai Camponez, Comitê Eleitoral do Engenho Velho, Comitê Eleitoral da Industria Alimentícia, Comitê Elei- toral dos Operários da Industria de Bebidas, Centro Político de S. Chris- tovão, Centro Político Proletário de NlctJheroy, Bloco Operário e Campo- uez de S. Paulo, Centro Político Pro- letario de Campos e Colllgação Ope- varia de Santos. Alêim de)5es delegados, encontra- vam-se presentes numerosos opera- rios tecelões, ferroviários, metal- lurglcos, alfaiates, padeiros, constru- cção civil, trabalhadores da indus- trios alimentícia que foram assls- tir á solennidade do acto. Abrindo a assembléa, falou o Io secretario explicando os, fins da reu- nião. -Expóz qüé; o Bloco Operário e Camponez e,rà formado de 21 cen- tros ou comitês, 4 dos quaes ainda não tinham escolhido delegados. Por conseguinte, tendo comparecido 16 delegados, ifaltava apenas 1 para abarcar a totalidade. O delegado dos Sapateiros ,pede in- formações que lhe são dadas pelo Io secretario.- O delegaido de São Chrlstovao, inl- ciando a discussãjo da escolha dos candidatos, faz uma longa exposição, terminando por tres indicações, sen- mp.is todos os outros. litico Proletário dos Subúrbios ida Leopoldlna e do Comitê Eleitoral dos Mar.moristas, communlcando a fun- dação dos mesmos e pedindo a sua filiação ao Bloco Operário e Cam- ponez, e ran officio do iSport Club Ideal convidando o B. O. C. para 'im festival. Resolveu-se approvar e incentivar o Centro Político Proleta- rio dos Subúrbios da Leopoldlna e o Comitê Eleitoral dos Marmoristas e offerecer uma taça para ser dispu- tada no festival do Sport Club Ideal. Minervino de Oliveira ê operário marmorista desde a mais tenra ida- de, leader tio syndieato .dos marmo- rlstas e um dos dirigentes da Federa- ção/Syndical. E' militante operário desde 1913. Octavio Brandão é redacto.r da "A CLASSE OPERARIA". Começou a preoecupar-se com a questão social em 1914 e entrou na luta própria- mente operaria em 1917. Militante proletário, tem trabalhado como ope- rarlo: como linotipteta em 1921, re- visor em vários jornaes, nestes ulti- mos seis annos. OCTAVIO BRANDÃO O candidato do Bloco Operai-lo e Camponez pelo Io districto é o nosso camarada Octavio Brandão. \ ,'E' um nome fartamente conheci- do nos meios operários de todo o Brasil e ainda fora do Brasil. ^^ Nascido no Estado de Alagoas, desde muito moço mostrava sé- rias preoecupações pelo estudo das questões soclaes. Nos seus primei- ros trabalhos, propriamente scienti- flcos, de que o livro "Canaes e Lagoas" foi surprehendente revela- ção, as condições soclaes do ho- mem e da terra, cujo melo era obje- cto de suas pesquisas, appareolam como themas a dominarem cada vez _ ,'ãó de facto. Em 1919, Octavio ^jsllrandão chegava ao Rio de Janeiro. Desde então, sua vida, nesta cN ! dade, tem sido uma suecessão inin-) terrupta. de renuncias, de devota--/ I mentos, de energias.X | Octavio Brandão podia ser uirí grande nome da bttrguezia na\ -icleneia, na literatura, na politica. Mas preferiu, com honestidade e co- ragem, subordinar seus interesses pessoaes aos interesses mais altos -da causa, que. abraçava. Proletarl-> (gou-se, não so mentalmente, tambem economicamente. Trabalhador infatigavel, sua aetl vidade de escriptor, de jornalista, de militante, exercida no curto espaço destes 10 annos, grangeou-llie posi- ção de justo e inconfundível desta- que em nosso melo operário. Posi- ção que o honra e honra o proleta^ rindo brasileiro. Mas Octavio Brandão ê, acima de tudo, um homem de caracter. Po- t.idilmos elogial-o sem temor. Porque/ ¦ Jt?;sJ'<X-*^ "níeâir.o o elúgíi''-- filma 'de' í fascinação a que poucos sabem rer I sijtir conseguira, corrompel-o. \ Com todo seu enorme prestigio, em j qualquer posto onde o proletariado o còlloque, elle continuará a servir á causa operaria, com a mesma fide- llíiade de sempre, e não a servir-se dèlla, como nunca se serviu. ; 'Òs operários do Rio de Janeiro não poderão ter melhor, mais firmo, mais capaz, mais digno representan- te - no Conselho Municipal do que este, que o Bloco Operário e Cam- ponez apresenta candidato pelo 1" d'atrlc-0:. *$ kfr11 OV^ A~j>_._ - ^ MINERVINO DE OLIVEIRA ' O candidato do Bloco Operário e Camponez pelo districto nasceu no Rio de Janeiro, em 1891. Aos 10 annos foi trabalhar como (Conclue na 4* pagina.) O martyrio dos militantes operários na China i liais de 6.000 assassinatos, acima "Na aldeia de Tal-Ye, 56 campo- de 4.000 feridos, 200 condemnações nezes foram detidos pelas tropas de á morte, secundo todos, ni px)acej|f.çj< tFÜ. :--iiDr-. Tni'._ Abi-'.-.U-.-ii-ili'es .Is ven- tres, puzeram-lhe algodão nas feri- da' justiça de classe tal foi o anno de 1926! Para mais de (70.000 as- sassinados e martyrlzados em 1927! Para 1928, o balanço nâo será menos pavoroso! Incluir-se-hão nelle milhares dos melhores revoluciona- rios do paiz, dos mais honrados, dos mais ardentes, sem levar em conta dezenas de milhares de operários e camponezes, de mulheres o de crlan- ças. , Multas dessas victimas foram fu- suadas, estranguladas, decapitadas, queimadas ou enterradas vivas, en- forcadas, literalmente assadas a fogo lento, e outras cortadas em peda- ços. Tal é b terrível aspecto do terror na China. O sangue gela-nos nas veias 'diante de todos esses borro- res, que devastam as cidades e os campos de nosso palz. SEGUNDO DISTRICTO ¥ do.uma dellas a .preferível. /"Temperamento extremamente vi- iFalaim os delegados de Campos ^ bratj^ mentalidade apaixonada, com dos Graphicos, fazendo outra Indicar ção./ Trava-se lo^go 'debate. Falam sui - cesslvamente os delegados da Indus - tria Alimentícia, dos Metallurgieofe, da Qavea, do Engenho Velho, de £}. Chrlstovãó, de Nlctheroy e dos pateiroe. No final, põe-se em votação e resultado foi o seguinte; Candidato pelo 2o districto: Mine: vlno de Oliveira. Pelo Io districto] Octavio Brandâd. iDepois, foi lido e approvado Io plano da campanha eleitoral. Tendo havido divergência em certos trechos?- flcara/m estes para ser examinados em outra, assemlbléa iMarcoú-se o dia 2 de setembro para a apresentação dos candidatos ao proletariado. Foa-am lidos officlos do Centro Po- esta propensão irresistível para as causas geraes, e collocado, na phase decisiva de sua formação, num pe- riodo sobre todos dramático da his- toria/universal, como aquelle ,que marcava o fim da grande guerra e o inicio da revolução russa, Octa- vio Brandão, muito naturalmente, em rápidas etapas, acabou entregan- do-se, do corpo e alma, & causa, do proletariado. Abandonou tudo, para ser apenas Isto, que é mais que tudo: um militante - do movimento opera- rio._ Em 1917, com apenas 21 annos de idade, suas attitudes provocavam as primeiras perseguições da bur- guezia. Estas perseguições, aggra- vando-se dia a dia, crearam-lhe, em sua terra natal, lnsupportavel am- blente, forçando-o a uma deporta- >" * '^ t :':':"«-':V lÍillllillillB::;í: "r^ri^^^' Mrrr: % I mmimmmÊmMrr: -. m^MBmrrr 5íííiií5;?iií;fss;ss;a:i:^ \ ^\ \ ' \>i % .._ ?1 5 : * das abertas, molharam o algodão .de kerozene e puzerajn-lhe fogo. Cincoenta e oito camponozes e cinco operários na aldeia de Sio- Ning, 1G7 camponezes em Mon- Tung, 34 camponezes e 20 opera- rios em Tsü-Ái foram queimados a fogo lento pelos militaristas e feu- daes do local." (Noticias colhidas pela linha camponeza da província de Hupé). "Em tres dias, executaram-se ou espancaram-se, nas ruas de Chan- gai, a cerca de 300 operários. As cabeças dos assassinados, espetadas em lanças, foram levadas pela cida- de ou postas em cestos e suspendidas nas portas da cidade. Lu-Boo-Ing, commandante de Changai. recebeu do marechal Sun-Tchuan-Fang uma carta de felicitações." (Noticias co- lhidas pelo jornal de Hankeü, "Mun Go Tchin Bao") . "Trezentos e setenta e quatro ope- rariòs, que foram detidos no thea- tro, em Cantão, foram condemnados )'i morte e ali mesmo executados a tiros de metralhadoras." (Relatório do jornal "Chu-Tya-Yu-Bao", sobre os acontecimentos de Cantão de de- zembro de 1927) . "Na aldeia de Tsa-Li, foram mor- tos 586 camponezes, entre soffrimen- tos atrozes, por meio de pedaços de ferro, que lhes espetaram nos cor- pos. As mulheres foram, violentadas antes da execução e seus seios foram cortados." (Noticias colhidas pela Unha camponeza da província ¦ dc Hupê.) "As tropas inglezas que aportaram na bahia de Pias incendiaram cinco aldeias pacatas, sob o pretexto de combater a piratarip. Os habitan- tes ' fugiram. O commandante em chefe inglez felicitou os chefes das tropas de desembarque." (Noticia do jornal de Cantão, Go Ming Sing Weng. sobre a expedição militar de T-Ton-Kong.) Tal é o acttial espeataculo das ,re- presalias que são exercidas por mi- litarlstns, imperlalistas e pela bur- guezia chineza bestial, contra os ope- rarlos e os camponezes revoluciona- rios. Taes são "os factos heróicos", nratiendos, não pelos chinezes "retrógrados e não civilizados", mas tambem. por imperiallstas "civiliza- dos", façanhas oue estes últimos cumpriram para gloria da civilização europeu e para grande proveito do capital americano e europeu. O sangue e os soffrimentos mor- taes dos assassinados e dos martyri- zados transformam-se em metal so- nante e de peso ou em notas de banco. BENG BAO SIANG. Minervino de Oliveira coosci Qiiereis conhecer os esta- tutos do Bloco Operário e Camponez? e seu program- ma ? temos a venda no Cen- tro Auxiliador dos Opera- rios em Calçado á rua Vis- conde Jtaúna, 201, ao pre- ço de 200 rs.—Adheri ao Bloco Operário e Camponez. U ' I

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Batalha de ClasseO Bloco Operário o Oninponc/.

aciibii du escolhei', cm seu .selo, osdois <-;tii(ll(iiili)s que vul aprcsen-tur tios suffraglos do eleitoradoproletário, no próximo pleito purarenovação do Conselho Munlci-pai,

Ksto ncontcelnicnto tem uniuImportância enorme, u qualquerponto do vista debaixo do qual oencaremos.

lílle resulta, desde logo, por seucaracter de classe, nitldo, claro,Inconfundível. São dois cândida-tos operários, escolhidos por uniuorganização operaria, apoiadosnum progrummu operário, comsérios comproniLsos perante amassa operaria, e contam, prln-clpalmentc, com os votos opera-rios.

O Bloco Operário e Camponezvul collocar a próxima batalhaeleitoral num terreno de classe:do um lado os dois candidatosproletários, responsáveis peranteo unioo partltlo proletário, comUm proíírnmma conhecido de rei-vliiálçaçõcs proletárias; do outrolado, todos os demais candidatos,sem excepção, nenhum dos qiuicsnóde apresentar qualquer titulode representação genuína e ex-cluslvu dos interesses proletários.

O Bloco Operário e Camponezó o unlco partido entre nós, or-snnlzado cm torno do princípiosdefinidos, baseado num program-ma do classe, defendendo inter-esses eollectlvos e não interessesindividuacs. Sua riõlltlca é umapolítica collcctiva, de responsnbl-lidade collcctiva, c não uma po-litlcu Individual, dc ambições pes-soa es.

Do tal sorte, não e por calculoou demagogia, mas sim por suamesma natureza intrínseca, que oBloco Operário e Camponez col-loca a batalha eleitoral num ter-rcno do classe.

Toda sua campanha visa tra-car uma linha de demarcaçãobem clara entre as classes labo-liosns, a cuja frente se acha oproletariado propriamente dito,e ns classes parasitárias e expio-ratlorns, a cuja frente sc acha aburgtiezia propriamente dita.

O Bloco Operário e Camponezpretende, com sua organização,seu programma, sua propaganda,seus candidatos, incutir em todoeleitor proletário a noção do seudever do classe: votar nos can-dldatos proletários.

O eleitor proletário que não vo-tar nas candidatos proletáriostrnhlrá sua própria classe. Oscampos ficam bem delimitados:com o proletariado ou contra oproletariado. Com o proletariadosignifica votar nos onurUdc.to? rtotiicCt» Ope:-iiii'j e Camponez, uni-cos candidatos proletários; votarem quaesquer outros candidatossignifica, consciente ou incon-«cientemente, votar contra o pro-letarlado.

Nenhum capitalista, nenhumhurgiiez, nenhum explorador, nen-litini oppressor irá votar nos can-dldatos do Bloco Operário e Cam-ponez.

'-Por que? Porque o eleitor ca-

pltnllsta, hurguez. explorador; op-pressor —. quo comprchende nscoisas muito bem — não vai vo-tar nos inimigos do sua classe.Assim, devo tambem procedertodo elettor proletário, trabalha-dor, explorado, opprlmido: votan-do nos candidatos do Bloco Ope-rarlo e Camponez, isto 6, votan-do nos candidatos de suu classe.

Este, o aspecto fundamental dabatalha política, que vai come-çar.

RIO, 25 DE AGOSTO DE 1928 PROLETURIOS DE «S OS PAfZES, UNI-VOS SEGUNDA PHASE - N.o 18

A CLASSE OPERARIAJORNAL DE TRABALHADORES, FEITO POR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES

Octavio Brandão e Minervino de OliveiraSão os Candidatos do Bloco OperárioAquelle no Prinrieiro-e Este no Segufido

NUMERO AVULSO:

__W_.€$& rs.Publica-se aos Sabbados

Sport ProletárioImportante Festival emhomenagem ao B. 0, C.

—*—.

No dia 23 do próximo mez, reall-zar-se-ha, na Parada Lucas, impor-tante festival, promovido pelo co-nhecido Sport Club Ideal, em home-nagem ao Bloco Operário e Campo-nez.

Tomarão parto nesse festival spor-tivo diversos clubs suburbanos.

. Será disputada linda taça, offere-

eida pelo Bloco Operário' e Campo-nez,

<( ~ »*A NaçãoTemos á venda algu-mas collecçOes comple-tas da «A Nação», en-cadernadas em bello e

grande volume.Preço de cada volume:

PRIMEIRO D ISTRICTO

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l isseiéa dosDeleoadosdoB.O.G.

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Quem sao os oossoslidalos a

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O Terror Brancona China Rubra

Octavio Bran dãoNa sede .do Bloco Operário e Cam-

ponez, á praga da Republica n. 40,1.°, .realizou-se domingo p. passado,¦conforme ÍOra annunciada, a assem-bléa extraordinária para a escolhados candidatos ils próximas eleigõespara intendentes

A's 3 horas da tarde, estavam pre-sentes 16 delegados, representando asorganizações seguintes:

Comitê Eleitoral- dos Ferroviários.Oentro Político Proletário da Gávea,Comitê Eleitoral doa Tecelões, Co-mitê Eleitoral da Construcção Civil,Comitê .Eleitoral dos 'Sapateiros, Co-m-lté Eleitoral dos Metallurgicos, Co-mité Graphico Eleitoral, Comitê Elet-to-rai Camponez, Comitê Eleitoral doEngenho Velho, Comitê Eleitoral daIndustria Alimentícia, Comitê Elei-toral dos Operários da Industria deBebidas, Centro Político de S. Chris-tovão, Centro Político Proletário deNlctJheroy, Bloco Operário e Campo-uez de S. Paulo, Centro Político Pro-letario de Campos e Colllgação Ope-varia de Santos.

Alêim de)5es delegados, encontra-vam-se presentes numerosos opera-rios — tecelões, ferroviários, metal-lurglcos, alfaiates, padeiros, constru-cção civil, trabalhadores da indus-trios alimentícia — que foram assls-tir á solennidade do acto.

Abrindo a assembléa, falou o Iosecretario explicando os, fins da reu-nião. -Expóz qüé; o Bloco Operárioe Camponez e,rà formado de 21 cen-tros ou comitês, 4 dos quaes aindanão tinham escolhido delegados. Porconseguinte, tendo comparecido 16delegados, ifaltava apenas 1 paraabarcar a totalidade.

O delegado dos Sapateiros ,pede in-formações que lhe são dadas pelo Iosecretario. -

O delegaido de São Chrlstovao, inl-ciando a discussãjo da escolha doscandidatos, faz uma longa exposição,terminando por tres indicações, sen- mp.is todos os outros.

litico Proletário dos Subúrbios idaLeopoldlna e do Comitê Eleitoral dosMar.moristas, communlcando a fun-dação dos mesmos e pedindo a suafiliação ao Bloco Operário e Cam-ponez, e ran officio do iSport ClubIdeal convidando o B. O. C. para'im festival. Resolveu-se approvar eincentivar o Centro Político Proleta-rio dos Subúrbios da Leopoldlna e oComitê Eleitoral dos Marmoristase offerecer uma taça para ser dispu-tada no festival do Sport Club Ideal.

Minervino de Oliveira ê operáriomarmorista desde a mais tenra ida-de, leader tio syndieato .dos marmo-rlstas e um dos dirigentes da Federa-ção/Syndical. E' militante operáriodesde 1913.

Octavio Brandão é redacto.r da "ACLASSE OPERARIA". Começou apreoecupar-se com a questão socialem 1914 e entrou na luta própria-mente operaria em 1917. Militanteproletário, tem trabalhado como ope-rarlo: como linotipteta em 1921, re-visor em vários jornaes, nestes ulti-mos seis annos.

OCTAVIO BRANDÃOO candidato do Bloco Operai-lo e

Camponez pelo Io districto é o nossocamarada Octavio Brandão. \,'E' um nome fartamente conheci-do nos meios operários de todo oBrasil e ainda fora do Brasil.

^^ Nascido no Estado de Alagoas,desde muito moço já mostrava sé-rias preoecupações pelo estudo dasquestões soclaes. Nos seus primei-ros trabalhos, propriamente scienti-flcos, — de que o livro "Canaes eLagoas" foi surprehendente revela-ção, — as condições soclaes do ho-mem e da terra, cujo melo era obje-cto de suas pesquisas, appareolamcomo themas a dominarem cada vez

_ ,'ãó de facto. Em 1919, Octavio^jsllrandão chegava ao Rio de Janeiro.

Desde então, sua vida, nesta cN! dade, tem sido uma suecessão inin-)terrupta. de renuncias, de devota--/

I mentos, de energias. X| Octavio Brandão podia ser uirígrande nome da bttrguezia — na\-icleneia, na literatura, na politica.Mas preferiu, com honestidade e co-ragem, subordinar seus interessespessoaes aos interesses mais altos

-da causa, que. abraçava. Proletarl->(gou-se, não so mentalmente,tambem economicamente.

Trabalhador infatigavel, sua aetlvidade de escriptor, de jornalista, demilitante, exercida no curto espaçodestes 10 annos, grangeou-llie posi-ção de justo e inconfundível desta-que em nosso melo operário. Posi-ção que o honra e honra o proleta^rindo brasileiro.

Mas Octavio Brandão ê, acima detudo, um homem de caracter. Po-

t.idilmos elogial-o sem temor. Porque/¦ Jt?;sJ'<X-*^ "níeâir.o o elúgíi''-- filma 'de'

í fascinação a que poucos sabem rerI sijtir — conseguira, corrompel-o.\ Com todo seu enorme prestigio, em

j qualquer posto onde o proletariado ocòlloque, elle continuará a servir ácausa operaria, com a mesma fide-llíiade de sempre, e não a servir-sedèlla, como nunca se serviu.

; 'Òs operários do Rio de Janeironão poderão ter melhor, mais firmo,mais capaz, mais digno representan-te - no Conselho Municipal do queeste, que o Bloco Operário e Cam-ponez apresenta candidato pelo 1"d'atrlc-0:. *$ kfr11 OV^ A~j>_._ -^ MINERVINO DE OLIVEIRA

' O candidato do Bloco Operário eCamponez pelo 2° districto nasceuno Rio de Janeiro, em 1891.

Aos 10 annos foi trabalhar como(Conclue na 4* pagina.)

O martyrio dos militantes operários na Chinai liais de 6.000 assassinatos, acima "Na aldeia de Tal-Ye, 56 campo-de 4.000 feridos, 200 condemnações nezes foram detidos pelas tropas deá morte, secundo todos, ni px)acej|f.çj< tFÜ. :--iiDr-. Tni'._ Abi-'.-.U-.-ii-ili'es .Is ven-

tres, puzeram-lhe algodão nas feri-da' justiça de classe — tal foi o annode 1926! Para mais de (70.000 as-sassinados e martyrlzados em 1927!

Para 1928, o balanço nâo serámenos pavoroso! Incluir-se-hão nellemilhares dos melhores revoluciona-rios do paiz, dos mais honrados, dosmais ardentes, sem levar em contadezenas de milhares de operários ecamponezes, de mulheres o de crlan-ças. ,

Multas dessas victimas foram fu-suadas, estranguladas, decapitadas,queimadas ou enterradas vivas, en-forcadas, literalmente assadas a fogolento, e outras cortadas em peda-ços.

Tal é b terrível aspecto do terrorna China. O sangue gela-nos nasveias 'diante de todos esses borro-res, que devastam as cidades e oscampos de nosso palz.

SEGUNDO DISTRICTO

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do.uma dellas a .preferível. /"Temperamento extremamente vi-iFalaim os delegados de Campos ^ bratj^ mentalidade apaixonada, com

dos Graphicos, fazendo outra Indicarção. /

Trava-se lo^go 'debate. Falam sui -cesslvamente os delegados da Indus -tria Alimentícia, dos Metallurgieofe,da Qavea, do Engenho Velho, de £}.Chrlstovãó, de Nlctheroy e dospateiroe.

No final, põe-se em votação eresultado foi o seguinte;

Candidato pelo 2o districto: Mine:vlno de Oliveira. Pelo Io districto]Octavio Brandâd.

iDepois, foi lido e approvado Ioplano da campanha eleitoral. Tendohavido divergência em certos trechos?-flcara/m estes para ser examinadosem outra, assemlbléa

iMarcoú-se o dia 2 de setembropara a apresentação dos candidatosao proletariado.

Foa-am lidos officlos do Centro Po-

esta propensão irresistível para ascausas geraes, e collocado, na phasedecisiva de sua formação, num pe-riodo sobre todos dramático da his-toria/universal, como aquelle ,quemarcava o fim da grande guerra eo inicio da revolução russa, — Octa-vio Brandão, muito naturalmente,em rápidas etapas, acabou entregan-do-se, do corpo e alma, & causa, doproletariado. Abandonou tudo, paraser apenas Isto, que é mais que tudo:um militante - do movimento opera-rio. _

Em 1917, com apenas 21 annosde idade, suas attitudes provocavamas primeiras perseguições da bur-guezia. Estas perseguições, aggra-vando-se dia a dia, crearam-lhe, emsua terra natal, lnsupportavel am-blente, forçando-o a uma deporta-

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das abertas, molharam o algodão .dekerozene e puzerajn-lhe fogo.

Cincoenta e oito camponozes ecinco operários na aldeia de Sio-Ning, 1G7 camponezes em Mon-Tung, 34 camponezes e 20 opera-rios em Tsü-Ái foram queimados afogo lento pelos militaristas e feu-daes do local." (Noticias colhidaspela linha camponeza da provínciade Hupé)."Em tres dias, executaram-se ouespancaram-se, nas ruas de Chan-gai, a cerca de 300 operários. Ascabeças dos assassinados, espetadasem lanças, foram levadas pela cida-de ou postas em cestos e suspendidasnas portas da cidade. Lu-Boo-Ing,commandante de Changai. recebeudo marechal Sun-Tchuan-Fang umacarta de felicitações." (Noticias co-lhidas pelo jornal de Hankeü, "MunGo Tchin Bao") ."Trezentos e setenta e quatro ope-rariòs, que foram detidos no thea-tro, em Cantão, foram condemnados)'i morte e ali mesmo executados atiros de metralhadoras." (Relatóriodo jornal "Chu-Tya-Yu-Bao", sobreos acontecimentos de Cantão de de-zembro de 1927) ."Na aldeia de Tsa-Li, foram mor-tos 586 camponezes, entre soffrimen-tos atrozes, por meio de pedaços deferro, que lhes espetaram nos cor-pos. As mulheres foram, violentadasantes da execução e seus seios foramcortados." (Noticias colhidas pelaUnha camponeza da província ¦ dcHupê.)"As tropas inglezas que aportaramna bahia de Pias incendiaram cincoaldeias pacatas, sob o pretexto decombater a piratarip. Os habitan-tes ' fugiram. O commandante emchefe inglez felicitou os chefes dastropas de desembarque." (Noticiado jornal de Cantão, Go Ming SingWeng. sobre a expedição militar deT-Ton-Kong.)

Tal é o acttial espeataculo das ,re-presalias que são exercidas por mi-litarlstns, imperlalistas e pela bur-guezia chineza bestial, contra os ope-rarlos e os camponezes revoluciona-rios. Taes são "os factos heróicos",nratiendos, não sô pelos chinezes"retrógrados e não civilizados", mastambem. por imperiallstas "civiliza-dos", façanhas oue estes últimoscumpriram para gloria da civilizaçãoeuropeu e para grande proveito docapital americano e europeu.

O sangue e os soffrimentos mor-taes dos assassinados e dos martyri-zados transformam-se em metal so-nante e de peso ou em notas debanco.

BENG BAO SIANG.

Minervino de Oliveira

coosciQiiereis conhecer os esta-

tutos do Bloco Operário eCamponez? e seu program-ma ? temos a venda no Cen-tro Auxiliador dos Opera-rios em Calçado á rua Vis-conde Jtaúna, 201, ao pre-ço de 200 rs.—Adheri aoBloco Operário e Camponez.

U '

I

Page 2: PROLETURIOS DE «S OS PAfZES, UNI-VOS SEGUNDA PHASE - N.o ...memoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1928_00018.pdf · Comitê Eleitoral doa Tecelões, Co-mitê Eleitoral da Construcção

"I '."

T25 DE AGOSTO DE 1928

_.__.__.___. -^^^^-rs-^ssssjexssss^-l-sxrsStyss^sSsiMiJssss^-**^.^*.^^

DOS NOSSOS CORRESPONDENTESi sV m. m. ^. -m ^J^_|L>^v^J^aJV^^^vyvJV^^_r»__/x__A___A_^^

E/ifre carregado-res de pesosexagerados

Os proletários da estiva e carrega-dores em geral, dovcm esforçar-se,com especialidade os associados,afim de obter daquolles quo legls-lum uma. lei aue regule o máximo depeso para volumes do mercadoriasde diversas qualidades,- que deve serde r.ü a 00 ldlos.

Esses proletários sabem que, comesta execução, elles estarão Isentos emnls resguardados do um arrebenta-monto physico e do morrer, antes dotempo, como já, tom acontecido.

Os proletários devem sempre fl-éar de ntalaia, para a deCesu de suaCünctjão tio trà-ballio, c lembrarem-se do seguinte': todo melhoramento

da mulher

Associação do&Operarios e Cam-ponezes de Eliziario

De accordo como regimen...A*t-

No dia r. deste mez, fol distribui-do, em Elisitirio, o seguinte manifes-to, que bem denota á vontade dotrabalhar dos nossos companheirosdali, e que, por Isso, se mostram ml-litanto.s com consclencna do valorda classe .proletária. Eis o manl-festo: "Trubulluulores em geral

E' de vosso conhecimento que pre-tendíamos fundar, nesta villa, no dia29 do mez passado, a Associação dosOperários e Camponezes, conformese via nos avulsos anteriores.

Impossibilitados de realizar, na-quolle dia, a grande reunião -de quedevia surgir a nossa sociedade declasse, pois a chuva continuada naopermlttla, vos convidamos a compa-

na vida do homem ou da mulher, ,ecej, (l grande reunião, que se rea-conseguido' „.,„„,que produz só pôde sor

por ollcs mesmos.O unlcil melo para se obter mo-

lhorlas é'a união! fl-atornal de-todosoh proletários onl* suas associações.

LMo, diffundi e propagao o nossojornal A CLASSE OPERARIA!

1). T. C. lí.

Na fabricaBhering

A situação da mulher nos locaesdc trabalho é bem pcor que a dohomem.

Ella não tem, absolutamente, nen-luiraa garantia.

Para provar esta minha affirma-tivá, basta transcrever a palestraque entretive eom umn. companlioi-ra que trabalha na fabrica acima,om quc mo foram reveladas as con-dições de trabalho nesta fabrica,as mulheres fazem os serviço),mais pesados, em troca do um sala-rio médio de 35500.

O serviço é por demais penosopara essas nossas comnanhoiras, cho-gnndo até a fazer-iliés callos de san-gue nas mãos, como tivo opportuni-dado. de, verificar.

Umn das coisas de quo mais asoperárias so queixam é da lavagemda casa com água fervendo. que,por vezes, queimnm-lhes os pês.

Contra o serviço da nrerisà -tam-bem ellas reclamam, devido ser ellopróprio para homens e não -ira mu-lheros.

Para a refeição, apenas têm 30minutos, apôs os quaes tém que re-tomar o serviço sem o necessáriodescanso do almoço, como convémá saude.

Além disso, estão sujeitas a umaodiosa disciplina.

Tudo isso acima enunciado vemdemonstrar a inadiável necessidadeda organização.

Por isso 6 que eu, por intermédiodeste nosso jornal, lanço um appelloa ess.'t-\ companheiras pana que se or-,ganizei.i, leiam e propaguem ACLASSE OPERARIA comparecendoainda iis reuniões do Comitê Eleito-ral das Mulheres Trabalhadoras.

Companheiras da Fabrica Bhc-ring, comparecei, no dia 26, ü. ruada America n. 50-A, sobrado, paraassistir â ríleuniâo do Comitê Elel-toral das Mulheres trabalhadoras. ,

OLINDA BORGES.

llzaríi no domingo. 12 <lo corrente,com o mesmo objectivo — crear a5» -joclação dos Operai-los e Campo-liemos, ' j

Camaradas: atravessamos) nõs, ostrabalhadores, uma situação critica:salários miseráveis, casas antl-hy-gienicas. impostos pesados, eem di-reltos de qaluquer espécie; ,porqualquer que ipassamos, nos olhamde banda, como se fossemos bandi-dos; não ha escolas para os pobres;em sumrna," como diz o canto im-mortal dos trabalhadores — "Nãoha direitos para o pobre, ao ricotudo 6 tolerado."

Assim sendo, continuaremos dor-mindo? E' impossível. Um gran-dc mestre nos disse: "A emancipaçãodos trabalhadores- ha de ser obrados próprios trabalhadores."

Logo, se a conquista de nossasaspirações, o respeito aos nossos dl-

reltos sô o conseguiremos com ónosso próprio esforço, qual o nossodever?

Fundar, sem demora, >á Associa-ção dos Operários e Camponezes, uni-ca que pôde defender os possos dl-reltos e alcançar as regalias paranós.

, Fazer çomprehender a todos ostrabalhadores que somente unidos,qual um bloco de, aço massiço, den-tro da nossa sociedade de classe, .po-derão conseguir vlve'r eom confor-to,- e fezel-os ingressar, em massa,para a Associação.

Nüo descansar um minuto, em-quanto não conseguirmos que agrande massa dos trabalhadores en-tre para a Associação.

Trabalhadores da cidade e do cam-'po! Comparecei, em massa, á reuniãodo dia 12, fis 12 horas. Trazei com-jvoseo vossos amigos e vizinhos. Adofptemoá . por lemma: — "Nenhiitrabalhador fora da Associação."

Viva a Associação dos Operários'Camponezes! '

Tudo pela Federação Syndical daZona lAraraquarense.

iTudo pela Federação Syndical Re-glonal de São Paulo.

Tudo pela Confederação Geral doTrabalho.

Tudo pela união dos trabalhadoressob a mesma bandeira — "A defesade nossos interesses e direitos".

Trabalhadores, sempre para afrente.

Elisiario, 5 de agosto de 19128. —O Núcleo pró-tAssoclação dos Opera-rios e Camponezes."

Os ídolos de barroA obra mystlficadora dos falsos democráticos

Ha dias, certo Inductrial graphico,regressando de uma viagem ao RioOrande do Sul, onde fOra a passeiodomem nota!) foi logaf, como deco-itume, "inspeccionar" as suas of-flcinas. Chegou, cumprimentou ochefe, a única pessoa allfls que ellecumprimenta, e antes que este res-pondesse, perguntou-lhe: "Como vão

"as minhas machinas, estão funecio-nando bem?. .. "

Que mentalidade a deste burguez!o dizer-se que todos «ão ti mesmacoisa, todos pensam Igualmente como

-elle! Para elles o trabalhador nadavale, só as machinas têm valor, por-que lhes custam dinheiro; elles so-brepõem. aa machinas aos operárias!E é justamente por isso que mos pa-gam salários tão miseráveis, tão vis,em troca de tanto sacrifício, de tantoesforço e dedicação. Emquanto cur-timos duras necessidades, emquanto

\mossos filhos quasl passam tome,«lies, os sanguesuga, vivem a

"paseiar,

a gozar!. . .Unamo-nos, camaradas, para po-

dermos vencer estes desalmados bur-guezes! Propaguemos A CLASSEOPERARIA, o único jornal do traiba-lhador, para o trabalhador.

K. C. T.

Nas minas do Rio Grande do SulSão vários os artigos que temos lhes guerra,

lido na. A CLASSE OPERARIA, re-fêrêntés aos nossos companheiros doMorro VelhS.

Paz doer o coração ver como saovictimados os nossos companheirosdo Morro Velho!

Até agúra, nada sabíamos unsdos qutros, devido a não termos jor-unes que se preoecupassem com avida dos trabalhadores. Mas, agora,já não 6 assim. Tivemos, o annopassado, "A Nação", que nos defen-deu grandemente, por cujo motivofoi viclima, como .nós, da reacçãoburgueza. Após uma pequena tem-poradá. surgiu A CLASSE OPERA-RIA, devido a um esforço sobrena-türál dos nossos companheiros doRio. Só nos resta ajudal-os em tudoque nos fôr possível, sem. medir sa.-crif icios.

Pois, mãos íi obra, companheirosdas minas do Rio Grande do Sul!

Bom sabeis que somos verdadei-ros escravos desses infames explora-dores das nossas forças e que nospodemos quasl- comparar nos minei-ros de Morro Velho, victirnas dospatifes inglezes, pois nós não somosmenores victirnas dos lacaios dos ca-pitalistas estrangeiros que exploramnossas minas, sob a mascara deempresa nacional.

Temos que nos libertar tanto dosoppressores estrangeiros, como dosnacionaes. São todos exploradores eoppressores. Só nos cabe declarar-

e, continuando-a sem

Ternos a prestações semanaes ile 781J. PINTO DA. ROCHA

Praça Tiraientes, 87-sala 17¦ (Esquina da Rua Constituição)

"O Jornal", Assis Brasil, os parti-dos pretensamente democráticos vi-vem a glorificar o presidente Anto-nio Carlos. Mas. . .

SEU PRETENSO LIBERALISMOO pretenso liberalismo de Antonio

Carlos é de origem demasiado re-cente para merecer u minlma con-fiança. Çor baixo do palétot a 1928,Antonio Carlos,' como os democratasde fancaria Morato e Antonio Prado,tem o collete com a flor de liz he-raldica e feudal.

Elle esta soífrendo umá eoceirade liberalismo, um "jfi-começa" su-perficial, que passara com a pomadado Helmerich da nossa critica.

As concessões pretensamente. do-mocraticus de Antonio Carlos, emMinas, lembram a emancipação do?servos da Russia, decretada em 1803pelo, feroz reaccionario Alexandre II.SittP concessões de um reaccionarioesperto, que vê seu regimen oyMlavnu base e quer consolidal-o lançan-do migalhas que, depois, na horada consolidação, serão arrancadas asmassas opprimidas, serõp annulladaseomo a celebre Constituição de 18de outubro de 1905, concedida pelotzar Nlcolau II, apavorado peranteas massas. . .

Antonio Carlos esta' caricaturandoAlexandre II até na phrase ceie-bre, quu não é delle e sim destetzar. Antes de 18G1, Alexandre II jadizia: "Apressemo-nos a libertar porcima antes que a libertação comecepor baixo. "

1 Convém lembrar as responsnbili-dades de Antonio Carlos no esmaga-mento dos revoltosos de 1922 o 1924,nos casos Niemeyer, da Clevelundia,da Revista do Supremo, etc.

Elle foi cúmplice e herdeiro deBernardes. Em tudo e por tudo!

JUVENTUDE PllkITIlllSport Proletáriovacillar um minuto, serfi. nossa sa^

vação. Sem ella nunca teremos li-berdn.de.

Aqui, nas minas de S..Jeronymo.vivemos no regimen da escravidão,porque se acha fi. frente do serviçoo feroz Mario Augusto Penna. Comotodos sabemos, este Penna começoucomo simples leiteiro, nas ruas deOuro Preto e Lafayette. Devido íicerta protecção de indivíduos, tãomãos como' elle, mas afortunados. ,.„.?¦... .... ,.i„iw .,.•..letiiWosvelu para aqui, embora quasl anal-4 A: H""»"?"» de clute. P»P£«M;^

A agitação «<> selo dou jovens pro-leuirlos do ambos os sexos, du In-dustria, da agricultura, do commei-cio, etc., será % pedra angular dolodo o movimento juvenil em prol daorganização do toda n juventude pro-duetora tio Brasil. Virá trazer amaior Intimidade entre uin e outroramo, entro um c outro local.

Parte final do discur-so do companheiro

Dyster no diàda juventude

proletáriagera!

Quem são os candidatos ao 1°. DistrictoDeixae-vos de illusões com esses agentes

da burguezia e votae nos candidatosdo Bloco Operário e Camponez!

(Conclusão)dependentes. Votou a favor do lm-perialismo norte-americano, na que-stão do monopólio da gazolina. Gen-ro do coronel Amorim, ligado fl. casabancaria Amaro da Silveira...

dcLUIZ OLIVEIRA

Policial. Fontourista. Traidorproletariado!

Não cumpriu um só dos 13 pon-tos do programma com que se apre-sentou em 1925. Renegado pelo pro-prio Soutello, que o aceusou, pelosjornaes, de instrumento do "bezerrode ouro do capitalismo". Votou oprojecto dos Guinles. Defendeu evotou o projecto do monopólio dagazolina, a favor do imperialismonorte-americano! . •

O marechal Fontoura, dizia] aoupretensos Independentes a respeitoda escolha de Luiz Oliveira: "Foiuma bella escolha a que fizeram do"operário"; isto demonstra que es-tão perfeitamente identificados como regimen liberal, çom a verdadeirodemocracia. "

A democracia de Fontoura e Lui-*Oliveira!

Haverá quem se llluda com seme-lhante'policial — aluado do policialPereira de Oliveira?!

MARIO ANTUNESZero, mais zero, mais zero. Nul-

lidade total.Traidor de seus companheiros fon-

touristas da chapa dos pretensos In-

Publicação aos SabbadosREDACÇAO E ADMINISTRAÇÃO!

R. SENHOR DOS PASSOS, 59(Io andar)

Esquina da Avenida Passos

Dircctor: M. C. DE OLIVEIRAEXPEDIENTE

Assignaturas:1 anno .... 8$0000 mezes. . . • *»$000

| 3 mezes. . . - 2$00°Num. avulso 100 róis

PLANTÃO: das 4 lioras da tarde

ás 7 horas da noite.

NOTA — Qualquer importânciadeve ser enviada em vale postal, re-

gistrado com valor, ou cheque ban-cario para José Caldeira Leal — RuaSenhor dos Passos, 59-1° andar—-RIO.

RUY BARBOSA DOS SANTOSSecretario da Cooperativa Bene-

flcente Carioca, tapeação de ultimahora, que quer lamber 2$ mensaesde cada "trouxa" e vem com a ve-lharia da participação do trabalhonos lucros, eousa que Ford jâ, reali-zou e nada resolveu. Tapeador econfusionista. . .

Esse Ruy Barbosa é filho carnale político de Brenno dos Santos, que,num manifesto publicado em junhode 1927, contra Seabra, declarou:

"Fui sempre contra Bernardes,mas sou partidário de WashingtonLuis, que restaurou o regimen de H-herdade no Brasil, e ha de fundara, fraternidade, decretando aindaeste anno a amnlstla. " j

Tal pae, tal filho!. . .COSTA PINTO

Membro da chapa dos pretensosIndependentes — a chapa do mure-chal Fontoura! Instrumento do im-perialismo norte-americano, porquevotou o monopólio da gazolina!«PERARIOS, EMPREGADOS, LA-VRADORES POBRES E PEQUE-

NOS FUNCCIONARIOS!Votar em Dodsworth,. Antonio Pe-

nido, Machado Coelho, Cândido Pes-soa, Flavio da Silveira, NicanorBartlett, Azurom, Sampaio Correia,Frontln, Mendes Tavares, Jerony-mo Penido, Clapp Filho. MalcherBacellar, Pinto Lima, Vieira deMoura, Maggioli, Pio Dutra, CostaPinto, Gaya, Méga, Luiz Oliveira,Mario Antunes, Augusto Moss, Ame-rico de Azevedo, Capitão Limoeiro,Henrique Guimarães, Phlladelpho deAlmeida, Florlano de Góes, Jacinthoda Rocha, Correia Dutra e Ruy Bar-bosa dos Santos, é servir os inter-esses da burguezia! E" trabalhar pe-los horários demasiados e pelos sa-larios ridículos, pela carestla da vidae pelos altos alugueis!

Só o Bloco Operário e Camponezdefende o dia de 8 horas de traba-lho, o augmento dos salários, a or-ganização syndical e as leis que be-neficiam os operai-los, como a de fé-rias e a de accidentes! ,_•

Votae nos candidatos do BlocoOperário e Camponez! Entrae paraas associações! Consolidae a Federa-ção! LSde todos os sabbados ACLASSE OPERARIA!

phabetoComo a esses typos nada detém;

para subirem, não recuam diante dosmaiores crimes contra os operários,Penna se atirou contra nós, e atécontra os dirigentes das minas quefavoreciam alguma coisa os opera-rios. Como vós sabeis, tambem esteschefes foram victirnas do malditoPenna, que o fez para subir sozinhoao mando supremo das minas.

Elle ê tão ignorante, tão ruim,que julga que, perseguindo os ope-.rarios, . e fazenfyí-os passar v fc-Tje,'chegara a engehheiro-chefe.

Os crimes delle são dos mais re-voltantes. Assim é que faz traba-lhar o operário um mez inteiro e nüolhe* paga um tostão, apesar do ope-rarió ter mulher e filhos! Isto nãose viu em parte alguma! Tambempersegue aquelles que têm mais re-lações com o nosso companheiroPelayo, escorraçado de todas as ml-nas daqui, e até do Recreio, da minadaquelle burguez que se cobre coma mascara de "libertador", mas quenão tem o menor pensamento de li-bertaãor.

Mario Penna julga que, perse-guindo os operários amigos de Pe-layo, so verá. livre dos inimigos quelhe descubram as bandalheiras?

Pois engana-se, porque aqui esta-mos e estaremos dispostos a gritarcom toda a força dos pulmões paranue todos ouçam bem o nosso gritode protesto contra os crimes de Ma-rio Penna e de seus espoletas.

Companheiros! Lede e ajudaii ffnosso jornal A CLASSE OPERA-RIA, porque, por meio delle, iremosdescrevendo claramente os nossossoffrimentos e as bandalheiras dosPennas. até que elles deixem de per-seguir os nossos companheiros, cujoúnico crime é quererem nossa orga-nização. Sem esses companheirosentre nõs, não seremos nada, pois osnerseguldos por Penna são os únicosque nos defendem contra os nossosexploradores, já que sem syndicatosnunca poderemos resistir aos nossosInimigos burguezes.

Companheiros! Procurae A CLÃS-SE OPERARIA, com os nossos com-panhelros de Porto Alegre, pelo Cor-reio (Caixa Postal 203), e, 'pessoal-mente, íl rua Pirahy n. 12.

Viva A CLASSE OPERARIA!ANTONIO DE BOGAS.

escolas proletárias o sociedades reereiitlvas genuinamente proletários,poniüttilrá boycotlar n.s arapucas ca-pltnllstas, ató á Uliertnção completaquo so realizará tanto miais depressaquanto nuiior fôr ii persistência c te-nacidiido dos jovens proletários doambos os soxos das cidades e doscampos.

Consultas <Krm»a.<btgDIARIAMENTE

PHARMACIA ROSSIN!RUA CONDE BOMFIM, 1255 Tol. Villa 1722

-- TIJUCA

Aos jovens trabalha-dores textis

O descaso da bur-guezia pela vida,

da classe tra- , ]balhadora

Companheiros!O revoltante descaso da burguezia

pela vida da classe pobre obriga-me a trazer este facto ao vosso co-nhecimento,

Existe em Campo a Ponte Muni-cipal, que liga Guarulho fi. cidade.Esta ponte está toda esburacada. Nodia 8, uma senhora, trazendo umatrouxa de ro'upa á cabeça, cahiu numdos buracos, ficando segura pelosseios, sendo dali retirada por alsrunscamaradas. Hontem, uma meninacahiu tambem em um dos taes bu-racos, conseguindo segurar-se nahorda do mesmo surdo dali re-tirada por um vigia da Leopoldlna.Hoje, um pobre menino, de 7 annosde Idade, conduzindo uma cestinhano braço," para comprar umas ver-duras no mercado para sua mãe,uma pobre lavadelra, cahiu tambemem um desses buracos, sendo levadopela correnteza do rio e perecendo.

O prefeito desta cidade, o burguezDr. Pereira Nunes, homem velho eImprestável, nenhuma Importânciatem ligado fl. vida dos pobres, dei-xando a ponte com as suas terríveisarapucas, a consumir vidas.

Resta-nos um consolo: o opera-rlado avança a passos largos e nãoestará longe o dia de se dar exemploa estes 'canalhas pelo desprezo quedão fi. classe pobre!

LENINE.

Sou um joven proletário que jaaos 10 annos mourejava durante 10horas e mais em uma fabrica de te-cidos em troca do mísero ailano de1?300.

Hoje sou um ajudante do massa-roqueiro, e o meu ordenado é de...3$500.

Pela natureza do serviço queexeeuto, esse salari.0. é um verdadeiroroubo.

Toda /juventnde que trabalha emtecidos ê miseravelmente explorada.Si a exploração do adulto e da mu-lher trabalhadora ê grande, a da ju-ventude ainda o é maior.

Ha jovens que são empregados em mereloserviços verdadeiramente estafantes,só próprios para um adulto.

Mas o patro.nato procura substituiros adultos pela juventude, por sabel-ainexperiente, e mais fácil de expio-rar. Ao joven, pelo mesmo serviçofeito pelo adulto o patrão não pagaslquer 1|4 do salário pago ao adulto.

Mas se nós sonxos a maior victimada exploração é porque não estamosorganizados. E' porque não temosauxiliado os adultos na obra de 'Or-ganização de todos os operários tex-tis..

Desorganizados estamos expostos atoda sorte de humilhações. Não oxis-te nas fabricas consideração algumacom a juventude. E' freqüente oscomtramestres de fiação dar "cas-cudos" nos "tiradores", "carregado-res de espulas" e varredores, não te-mos horário eerto, jfl. estamos vendoperigar o dia de oito horas, conquis-tado c.O'ni tantos sacrifícios. A lei deferias para nós não existe, e a lei dosaccidentes no trabalho é freqüente-mente burlada.

Ainda ha poucos dias, na casa emque trabalho, um joven perdeu umdos dedos na maehlna de barbantee mão recebeu indemnisação alguma,porque, sendo iorphão de pai e arrl-mo da progenitora, não teve dinhel-ro para constituir advogado.

Maa este estado de coisas não pôdecontinuar; temos de pOr um termo,mas para isso é necessário que nosorganizemos na União dos Operáriosem Fabricas de Tecidos, adhereriteíi Federação Syndical e propaguemose defendamos ,» B O. C. e este nossojonnal.

Viva a juventude prolqtaria!ERNESTO FORTALEOIO,

ajudante de mossaroqueiro.

" Para torn;ir, (le um modoaccessivels á cOTnprehensão de todasas vantagens 'múltiplas da organiza-ção syndical, passu ao estudo dasmesmas sOtee um terreno mais con-creto.

Existe no Brasil uma codificaçãoque regula o emprego dos jovens notrabalho industrial.

Tal regulamento prohibe, o empre-go nas fabricas de jovens menoresde 12 annos.

A experiência, de todos os dias nosensina que ital resolução não foi le-vatla em conta pelo cápltãJlsimo in-dustrial.

(De facto ! Certtenus do milharesde jovens trabalhadores, menores dc12 annos, iabútoim diarlaimente nointerior ^3o fabricas Lmmundas, rO-tos, mal n.utridcs, muitos delles coi-tadinhos, já minados pela iuberculo-se devastadora e impiedosa.

. Mas ha um faoto mais recente,facto que está mais em dia na or-dem das patifarias burguezas: E' ocaso da lei de férias.

A burguezia icaipita,Hsta 'brasileii-ra, representada por Bernardes, num¦momento de terror pânico, vendo-se ameaçada pelo avanço, continuo¦e ImpeLuoso da revolução militar pe-queno-burgueza, o receando umapossível intervenção do proletariadodescontente, o que lhe seria de con-seqüências funestas, resolveu, por ln-tòr.medió' de seus lacaios, os pre-tensos representantes da soberaniapopular na Câmara dos Deputados,fazer votar uma lei concedendo, an-nualme.nte, quize dias de férias aostrabalhadores da industria e do com-

E' impossível que Antonio Carlosconsiga atistrair-se desse passado taopróximo. Esse passado negro vivo,lnteja dentro delle.

Antonio Carlos fez concessões pro-tensamente democráticas em Minas,porque, devido ao atrazo do prolota-rindo, em Minas a luta das classesé mínima. Insignificante. Houvesse,em Minas, um proletariado aguerri-do e uma pequena burguezia revol-tosa, e Antonio Carlos nenhuma con-cessão faria.

ULTIMAS PINCELADASAntonio Carlos é velho demais

para renovar-se. Cérebro gasto, semcellulas novas. Como o de AssisBrasil. . .

Para renovar-se, é preciso ter umareserva de energias, uma superabun-dánola de forças.

Antonio Carlos é medalhão, fos-sll, consagrado, jnumia de pharaó.Mais vasio que um pneumatico, por-que este ainda contém ar.

Precisamos de gente moça, cora- •josa e estudiosa.

Antonio Carlos ô um demagogovulgar, um rhetorleo. Como Luzar-do, Assis Brasil, Morato, Bergamlni,Maurício, Irlneu, Salles Filho... Orn.os rhetorleos são dos peores iniml-gos da emancipação das massas -la-borlosas.

Antonio Carlos é irmão gêmeo deMello Vianna. Soffrem de dysonte-ria verborragica. Que a experiênciade Mello Vianna sirva ao povo doRio. O povo foi ludibriado por MelloVianna. O "Correio da Manhã" caiucomo um patinho!...

A IS de julho, realizou-se n esco-lha da nova directoria do partidorepublicano mineiro — o partido déque fazem parto Bernardes, MelloVianna, Affonso Penna, Alfredo Sá.Alaor Prata, Bueno de Paiva, BuenoBrandão, Ribeiro Junqueira, Anto-nio Carlos e o falso democrata AVen-ceslau Braz. Terminada a reuniãopara essa escolha, foi logo nomeadauma commissão para levar a Anto-nio Carlos o apoio desse partido.Antonio Carlos agradeceu, glorifi-cando o seu partido, o partido dosnossos oppressores!

Antonio Carlos é um ambicioso.Visa,

"o Cattete e nada mais.

Antonio Carlos procura arrastarpara o leito legalista da grande bur-guezia — para o leito de Messalina— a' correnteza da pequena burgue-zia revoltosa que entende resolverrevolucionariamente os problemasnacionaes. "O Jornal", Assis Brasil,os partidos pretensamente demoera-ticos auxiliam-no nlessa tarefa.

Nossa obra actual ê mostrar oabysmo entre ns classes e a essênciadas classes, organizar e educar asduas classes opprimidns, separar apequena burguezia da grande bur-guezia, tornal-a um aluado da cias-se proletária. . .

Antonio Carlos ê a grande bur-guezia conservadora a bancar de li-beral. E' a mão direita da grandeburguezia a bancar de mão esquerdadn mesma grande burguezia.

Nem o partido republicano nemos narfidos pretensamente demoera-ticos! Bloco Operário e Cáhí&oriaz!'

Seja este o grito de guerra dos mi-lhões de operários, empregados, la-vradores pobres, pequenos funecio-narios, technicos e intellectuaes pro-letarios, mulheres e jovens trabalha-dores!...

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UNIiO UNIU HEHEFICEHTEM\Í: Rua Dias da Cruz, 443 - HfiprUlorlo: r. Assis cordeiro, 9-PiedadeConsultas; 2.as,' ü.ns, B.as, C.ns e sabbados

das 6 Hs 8 da noitoDomingos e feriados, das 9 ás Udamanhfi

Passada a. situação critica, estin-guldíi a rajada revolucionaria quesacudiu as forças armadas da na-ção, quando o governo nada mais ti-nha a temer seguro do terreno quentzavá apreseutou-so-nos a lei. de fé-rias como uma miserável burla, a co-meçar .pela sua regulamentação, quedeixou in nn u me ras brexas por ondeescapam, seguros da Impunidade, ospatrões gananciosos e ladravazes.

Patrões ha que á menor reclama-ção 'de seus operários, os ameaçaracom prisões, espancamentos e não seique 'mais.

Miserável regimen este !Rouibn.m-nos em nossos mais li-

dlmos direitos, e. se reclamamos,apoiam-se petulante e aggressiva-mente no trabuco e .no azorrague doscães n-afelros da policia, ameaçandocéus e terras.

No entanto camaradas, nós sere-mos 'os -mais fontes se estiver-mosbem organizados, se tás fileiras *e fidisciplina forçada de seus exércitos,responder-mos am eolumnas cerra-das, solida e v.olumtariamente disei-pllnados, tomando, ã força de sue-cessivos assaltos , suas posições es-trateglcas.

E' pois o syndicato o ponto de .par-tida, o campo de concentrac/io de nos-sas forças, tle onde saem, devida-mente organizadas as eolumnas quedevem combater nns linhas de fren-te. Ingressemos incontinente no syn-dicato, levando para lá nossos com-panhelros, amigos e irmãos.

Nem mais um operário desorgani-sado.

Façamos valer nosso direitos cons-purcados.

Elevemos a nossa consciência fl.altura da nossa missão, conduzindo,sem receio, sem indecisões, trium-phalmente. a bandeira da emanei-pação.

DYSTER

Jovens!Lede e dlvulgaeA Classe Operaria¦ ".' '<•<•' .....^^M..... .^..„

E' o sindicato operário a neces-sidade mais indispensável aos tra-balhadores. Essa necessidade se bemque seja, em parte, a solução d'0' pro-blema vital desse e.no.rme exercito deexplorados, não ê, no entanto, a uni-ca arma de lueta entre os duas cias-ses antagônicas. O syndicato é a pre-liminar da lueta, é nelle que o tra-balhador aprende qual o seu papel;ê bem verdade, mas, é, por conside-rnrmos o syndicato a principal e maispoderosa arma de,lueta, que devemos£ortifical-o, aproveitando-nos de to-dos os recursos (desde que estes .n3ovenham collocar o proletariado emsituação degradante), especialmentea lueta parlamentar, que está dentrodos nossos moldes de organização so-ciai e politica.

E' bem sabido, por aquelles quesem tréguas têm se batido pela or-ganização restrictamente syndical,no Brasil, desde o iseu inicio, queapesar tios esforços e sacrifícios dis-pendidos, nada temos feito na época •presente. Nada nos resta do movi-mento syndical, em todo paiz, de919 e 920. Por que? Teriam sidoas tendências ideoilogicas que con-trlbuiram para desorganização da-quella massa? Penso que não. Mas,porque ella não soupe se aproveitarda situação que, o momento lhe of-ferecia.

A reacção, chefiada pelo celeber-rimo Epitacio, comprehendendo nãoexistir naquella massa o menor co-nhecimento da questão para a quale'stava organizada, investiu desaple-dadameuite, desorganizando os trn-'balhadores.

E se tivessem os "leaders" de entãoaconselhado aquella enorme massaorganizada, em todo Brasil, a pôr noParlamento uma boa dezena de re-presentantes seus, não teriam os go-vernos desorganizado o proletariadocom a facilidade com que o fizeram.

E* diante desses factos que nãiO' harazão para esperarmos que se orga-nize todo o proletariado, ou seja es-perarmos.para o'século XXX, afim deque então possamios nos utilizar deuma arma que pôde oer utilizada ago-ra com maiores resultados.

Allstemonnos, portanto, para vo-tarmos no Bloco Operário e Campo-nez.

AZA BUENO.

Page 3: PROLETURIOS DE «S OS PAfZES, UNI-VOS SEGUNDA PHASE - N.o ...memoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1928_00018.pdf · Comitê Eleitoral doa Tecelões, Co-mitê Eleitoral da Construcção

A CLASSE OPERARIA

%

A illiw Oneraria de Us, en Outubro próximo,U\_ uma demonstração brilhante la forca -

e do enthnsiasmo do proletariadoSe não houver mudança na ultima nacional (slc) o voto secreto. Inte-

hora, ó mais do quo certo que aseleições munlcipaes daqui realizar-se-hão em outubro próximo.

Os partidos políticos que dispu-tarão ns eleições >são, n.ctuulmente,quatro, 1'õra alguns candidatos avul-sos, -que surgirão fl. ultima hora. OPartido Republicano Paulista Par-tido Municipal Republicano, PartidoDemocrático o a Colllgação Operaria,são as nggremiações quo disputarãoa posso do cadeiras de vereadores.

O Partido Republicano Municipal,partido esto que vem ha vinte annosarruinando os cofres públicos, quevem ha vinte annos opprlmihdò, po-litica. e economicamente, o operaria-do, que vem ha tanto tempo causan-do a miséria, a fome das camadasproletárias do Santos, nestas olei-ções ultimas terfl. a sua ultima pád o cal.

O Partido Republicano Paulista,partido esle produeto dum connubiorepellonte entro n advocacia admi-nistratlya e os peculatarios, nestaseleições dc outubro, 'é mais do quocerto, levará uma formnl repulsa doproletariado consciente de Santos,que não se humilha com n, migalhado suborno eleitoral. Este partido,que elegera a maioria dos vereado-res, está fadado, como o seu tetricoprodecessor. a arruinar os cofres pu-blicos; a causar a. miséria, a expio-ração o a fome dos proletários deSantos. Os seus candidatos, tantocomo os outros, excepto os da Col-ligação Operaria, fazem do mandatopopular um negocio rendoso. Mas, osque trabalham e nada têm, os quesof frem para (Jar prazeres aos ca pi-talistas, esses precisam dar n. do-monstração viril e sobrnneelra deque abominam os fraudadores, de queexecram os ladrões do suor o da mi-seria operaria!

O Partido Democrático, partido daconfusão, partido da panacéa, parti-do que surgiu para lançar a confu-são no terreno da lueta de classes,aqui em Santos, está fadado a umaestréa sof frivel. Os seus candidatos,como os componentes dc seu directo-rio, são commlssarios de café. advo-gf^dos e commercinntes. Por Issomesmo, os trabalhadores de Santos,bem sabem quo os que os exploram | OPERARIA, o único semanárioeconomicamente de fôrma algumalhe poderão dar regalias políticas. OInteressante é que esse partido apre-senta como base única da salvação

jjphõ^^rossante! Emquanto o operariado deSantos passa fome e frio, esses mys-tificadores dão-lho voto secreto. Em-quanto o proletariado de Santos sof-fre a dor lntraduzlvel de ver os seusdireitos espesinhados, as suas con-qttistas violadas, os seus lares desmo-ronados pela precária situação eco-nomlca, esses regeneradores de pa-cotilha acenam-lhe com a sedlça fôr-mula do voto secreto... Se não éum escarneo lançado ao softrlmentodo operariado, é, pelo menos, umamystificação torpe, que esta pedind»um correctlvo do operariado.

A Colllgação Operaria, partido dosinnumeros soffredores de Santos, par-tido dos que trabalham e são rou-bados, dos que produzem, edificam,constróem o passam frio e priva-ções, por Isso mesmo dará uma de-monstração nas eleições de outubrodo quanto pôde a consciência do ope-variado. ,,

A Colligaçüo Operaria, aqui cmSantos, é o unlco partido que seapresenta na lueta com propósitossérios, com attitudes definidas e nãocomo fazem os outros partidos, qucvivem immersos nos cambalachos,fraudes, roubalheiras, etc.

A Colligoção Operaria, compostasomente de operários, é o único par-tld oquo poderA, fielmente represen-tar os interesses menosprezados dostrabalhadores de Santos. Os outrospartidos, de fôrma alguma, poderãodefender o operariado norque a con-dição econômica de seus prôceros é ofactor directo que implica na miséria,na fome, das fnmilias operárias.

Proletários de Santos! Libertaçãoou escravidão, eis o dllemma!

Votar na. Colllgação Operaria indi-ca què é votar nos que, em todos ostranses, defenderão a vossa e nossacausa! Votar nos outros partidos éentregar o futuro dos trabalhadoresde Santos aos chacaes do capita-lismo!

De que lado estareis? Pela morteou pela vida? -A. vossa consciência deoperários que responda!

Vivam os candidatos operários daColllgação Operaria!

Ledo, semanalmente, A CLASSEque

defende os interesses dos opprimidose, assim, tambem, contribuireis paraa' victoria politica do partido dos tra-balhadores!

União Operariade Juiz de Fora

Movimento de sócios: Sócios exis-tentes até 31 de julho de* 1928, 471,sendo '315 operários e 150 operárias,

MOVIMENTO DE CAIXAReceita

Saldo do mez de maio. . . 515$(IU0Mensalidades recebidas du- ¦

rante junho e julho. . . 255,$0,00

Mulheres Trabalhadoras do Brasil, Alerta IE' chegado o momento de auxiliar-

mos os nossos companheiros nas lu-ias eleitoraes que se approxlmam.

A victoria dos nossos candidatosproletários depende de uma votaçãocerrada em seus nomes, e para con-seguirmos este ohjectivo muita pro-paganda e agitação se torníi preciso.

A nós, mulheres proletárias, gran-de tarefa compete. Si ainda não dis-pomos do direito do voto, podemos,no emtanto, agir eon, dedicação eactivida.de junio ás mais largas mas-'-. J.' iffyüVtxXlliyS, 'i JOOiJii Vtli.ldti-tt.-i' íl ltitvteleitoral, interessando-as na sua po-litica, na .politica de classe, politicada classe pobre contra a politica daclasse rica.

Companheiros trabalhadores!Companheiras trabalhadoras!Que a nossa vóz se faça ouvir jun-

to aos 'homens de nossas famílias.Lembremo-lhes que elles são pro-

letarlos, por condição, e q'ii'6 o sejamtambem por consciência.

Que não dêm nem um voto a umcandidato burguez, ou a um represen-tante do capitalismo, e sim que vo-tem e aconselhem 'votar nos nossoscandidatos de ciasse, os candidatosdo Bloco Operário e Camponez, esco-lhidos pelas delegações genuinamen-te operárias, com os mais seguros

'compromissos com o Bloco, leglti-mos. mensageiros do nosso pensa-mento proletário.

E' um erro pensarmos que as mu-lheres não devem se envolver empolitica.

Devem, sim, companheiras! Assimcomo somos exploradas nas fabricase atellers, onde nos tiram do nossosuor os lucros que vão enriquecer ospatrões, e nas mercadorias q'U'e com-pramos pagamos os impostos de con-sumo e os demais, assim nos deveassistir o direito, e mesnlo o dever,de zelarmos pelos nossos-interesses,quer na confecção das leis, quer nafiscalização das rendas e negóciospúblicos, pois nós somos parte inte-grante de um povo que produz e

precisa ser devidamente remuneradoe tratado com justiça.

Com os nossos companheiros ope-rarios, formemos nm 'bloco de ferroe sem desanimo .preparemos as for-ças, que pouco a pouco irão vencen-do as forças inimigas.

A nossa, classe, a classe operaria

Companheiras!Vinde assistir á reunião das mu-

lheres trabalhadoras, cujo ComitêEleitoral convoca para o dia 2'5 docorrente, ás 5 horas da tarde, nasede da Uunião dos 'Operários Me-tallurgicos, na rua da America rai;-mero 50-A, sobrado.

Deixae a cerimonia; ali encontra-reis muitas irmãs vossas, dispostas afazerem alguma cotisa a favor daemancipação de -nossa classe.Ajudae-as! ; ,Klo,';l ue agosto-de 1928. <— Her-

iiicllndn Borges, operaria pe.sponta-deira.

Total 770$OÜO

DespesaAuxilio á associada n. 370 H5$0l^0

» _ ii » » 4i O$00o"

' .. » » 419, O$0O0'" '• » " 41 5$500

" >• " , » 337 H2$000» '» " » '338 5$000,» » " " 429 6$0Gr0ii » » » 401 10$000„ ii » i» .-266 ÍOÍOQII» » » » 30 '5 $50*" " » " 195 '-J,.,

por enfermidade gravlssl- ¦ ¦ i ¦sima, e mais despesasdecorrentes de sau fal- 'leclmento. ....... 120$00'J

500 boletins de abril emaio lOÍOOtf

Total 211$000

ResumoReceita 770$G00Despesa 211$000

Saldo que passa paraagosto 559$G0ü

Aos Camaradas Trabalhadores de\U* O. Metallurgi-Carvão Minerai etn Pernambuco I cos do Brasil

.Real de(Depositados no'Banco CM. Geraes.)

A União Operaria, desde a suafundação até agora (treze mezes),forneceu auxilio em dinheiro e m<;-dlcamentos a 3G associados, no valor- '.'.^de 059 $-600.

AVISOConforme ficou deliberado CyC' burguezia

uma das ultimas reuniões, o associa-do só terá direito de receber auxi-lios depois de G mezes de inscrlpção.Esta medida foi tomada pela Com-missão Executiva, de accordo coma approvaçáo da maioria dos asso-ciados, afim de não se exgotarrem osfundos da caixa.

Temos tambem a grata satisfaçãode communicar aos nossos consociosque esta União recebeu e acceitfi.ia gentil offerta do illustre medicoDr. Rocha Lagoa, director do Cen-tro de Saúde, para .prestar serviçosclínicos aos membros desta associa-ção. Egual offerta fez o joven e ta-lentoso advogndo Dr. RodriguesValle, para prestar assistência jurl-dica aos nossos associados.

Camaradas: nós, somos trabalha-dores sacrificados pelo tacão de fer-ro da iburguezla e da policia per-nambuetrna; estas levaram de caprl-wcho o esphacelamento da nossaorganização e, supprlmlu os nossosdireitos; ficaram sem trabalho dlver-sos camuradas que tanto se sacrlfl-caram pela nossa causa; sem contarcom o vosso concurso para fazer facea esta tyrannia ficaram em estadodo miséria.. Entretanto, não nos fal-th o animo para a luta; apesar deestarmos abandonados por vós, pro-curamos manter as tradições da nos-sa Associação, e viemos .por meiodus columnas deste jornal, ibaluartedos opprimidos, lançar um appelloá vossa consciência; que desappareçaeste Indifferentlsmo •para com a nos-sa associação e marchae pnra cilamais firmes e mais cohesos, afim deconsogiutrmos reconquistar os nossos

lícitos; os nossos direito.-* não nos'oram dados espontaneamente, pelnoiirguezla, mas por melo dò umaluta tenaz durante 20' annos de exis-tencln da nossa organização. Lcni-brae-vos que a nossa tabeliã não êmais respeitada e tambem a ¦ 'lel deaccldenles; horário, moralidade, di-reito de reclamação, tudo isto foi-nosabolido pela burguezia. Estaes redu-zidos a simples* escravos do portu-gi|ez Marcello;' é elle o sultão quetudo impõe e tudo ordena,* e quandonão se c^imprem as suas ordens, es-taes ameaçados de prisão. Os con-tra-mestres que hontem se mosu-a-vara vossos camaradas, 'hoje são osvossos maiores algozes. Os operáriospostos no trabalho por elles são osseus capachos, afim de vos vigiar;emflm, tudo estará nu miséria sedão pela falta da nossa associação.'Entretanto, com a vida da nossa as-sociação, todos os direitos, eram res-peitados, tabellas de preços, hora-

lei de aceklentes, moralidades,direitos de reclamação, tudo existia.A nossa persistência causava ódio ás

mas os nossos direitoseram mantidos; vede o exemplo quetêm nos dados os nossos irmãos do

Rio. No momento em que nós, somofCerecer resistência enltregiavamosos nossos direitos ã Companhia Wli-son, elles sn levantavam em greve,solicitando augmonto de salário, 'Estacompanhia quo aqui espesinha osnossos direitos, pela força Inabaláveldos camaradas do Rio era obri-gada a dar a elles o que era dc di-reito. Vede tambem, quo a falta detrabalho, promovida pela mçntngemde maohlnlsmo, aqui, tem , dado noRio, os mesmos resultados, mas nempor Isso, os camaradas do itlo tfimesmorecido. Continuam íiitmes lm-tando pela defesa das suas relvlndi-cações.

Portanto, o que devemos fazer?Depois de 20' annos de uma lutapersistente, depois do termos con-qulstado uma série de reivindicações,de tcrVnos tomado parte nos inovi-mentos mnls Importantes que se lv'mrealizado em iPi".rn»mbneo, de lifHiosTonmvdo na vailguarda do preiola-liado pernambucano durante 20 an-¦nos, 'voltarmos ã situação anteriorá nossa associação, o que nos obrigaalém da nossa consciência, como anossa profissão negra, é não con-sentir que o "krumiro 'Frederico,com a sua mentnlidafle de folião, cexplorador dos nossos magros sala-rios, transforme a nossa associaçãono extineto cíuib carnavalesco. Nãoé possivel camaradas. Meditae umpouco, ajudae-nbs na reorganizaçãoda nossa sociedade. Atten.dei ao nos--o appello. Lede a CLASSE 'OPE-RAitlIA. Alistae-vos jia ColllgaçãoOperaria. Ropetli, com energia astvffrontas que nos são atiradas pelosnossos inimigos e continuemos todos,formando ao lado do grande exer-cito proletário, que hoje, maisque nunca, prepara-se paradecisiva que ha de trazeremancipação.

Todos na União dos Carvoelros.Todos ntl Colltgáç-ão Operaria.Todos contra o ciub carnavalesco.P.ecife, 1 de agosto de 1928. —

Um saorlfiótulo.

doa hora

i nossa

-*—TE.mitt& suspensa ;

Jóia !»»«• «Aois

Comitê GraphicoEleitoralAOS GRAPHICOS

O Bloco Operário e Camponez, emsua sessão de domingo próximo pas-sado, 19 do corrente, tendo numerolegal de representantes dos comitêseleitoraes e numerosos outros com-panheiros, escolheu os candidatospara intendentes nos-1" e 2o distri-ctos.

A escolha recahiu nos camaradasrevisor Octavio Brandão e o marmo-rista Minervino de Oliveira, para o1" e 2" districtos, respectivamente.

Tendo em vista que o Bloco Ope-'".vrlü u, Camponeís *<?. o ihstriirticffitp

Voltando á carga, isto é, voltandoa tratar da situação vexatória emque se encontram os nossos compa-nheiros do Cemitério do CajU',.soba. acção aviltante de salários mise-riiveis — por culpa de sua própriaincúria, mantendo-se desorganizados,desunidos e, portanto, incapazes deconquistarem algo que os beneficie— temos hoje a acerescentar algunsinformes mais, colhidos entre elles eextraídos de cartas que nos enviamdali, estimulando-nos a extirparmoso cancro que ali está encravado: des-união e exploração."...Realmente, disse-nos um nos-so informante, o major administra-dor não se interessa junto á Prove-doria da Santa Casa pela sorte dosque aqui trabalham. E tanto assimé que, administrador ha quasi 20annos, tendo para aqui vindo pobre,já encontrou os nossos ordenadosmais ou menos no que está, e, pre-oecupado com o seu futuro — queconseguiu garantir, graças á suaactlvldade... sendo hoje um grandeproprietário — descurou-se por com-pleto do futuro de seus subalternos.

Lombrando-se do pessoal de quan-do em quando, o major só visavaaggravar-lhe a situação, onerando-lhe a economia. Mas, o castigo andaa cavallo, dizem os antigos, e o ma-jor bem viu o pago que lhe deu a

EstanislauA corporação do Instituto de Ar-' essencial da política do ^proletariadotes Graphicas, faz sciente a todos os

camaradas que p menino Estanislaudc Oliveira, que se encontra interna-do no H. P. S. onde soffreu amputaçãodos pés, continua passando bem. Ou-trosim declara que é depositaria atéa presente data, da importância de387$õOO resultado das listas que lhestôm sido entregues, conforme a re-laçilo abaixo.

Corporação do Instituto 88$, Ven-dedores de jornaes 49$800, F. S.Quintino 2$, Mi Palma 2$, J. Jurco-vich 5$, H. 1° 1$, H. 2" 1?, Cilichalí, Lenine IS, Luiz L. 1$, Joilo Fa-ria do Amaral 5$, Séverino RampsCabral 2$, Anon English 50$, MarioGrazzini 2$, Luiz Mangano dos San-tps 5$, Arthur Josó do Nascimento2$, Antônio Salabert 5$.Listas : ns. 1, 24?; 30, 31$200; 31, 32$;32, 18$; 50, 34$; 51, 7$; 69,18$500.Total 387$500.

cuja finalidade é, defender os interesses immediatos' e mediatos dasmassas trabalhadoras e das camadasmais profundas do proletariado e fa-zer da lueta por essas pequenas me-lhorlas uma lueta pela emancipaçãoda classe pobre em geral, o ComitêGraphico Eleitoral vem fazer um ap-pello á corporação graphica paraapoiar e fazer a máxima propagandados candidatos do Bloco Operário eCamponez, o único partido proleta-rio, cujo programma resume as as-pirações mais elementares dos tra-balhadores.

Aos graphicos, como pioneiros daclasse operaria, cabe o dever de em-pregar o máximo dos seus esforçospara que resulte profícua.a luetaeleitoral.

Graphicos, avante! Pela victoriado Bloco Operário e Camponez!

Rio, 23 de agosto do 1928 — PelaCommissão Executiva, Leonel Pos-'soa.

Santa Casa, no anno passado, ,no-não é só de homens, e sim dc homens , meando para aqui um mordomo, quee mulheres.

Trabalhamos, produzimos, luta-mos e soffremos juntos.

Irmãos na escravidão proletária,sejamos irmãos pela liberdade colle-diva. , .

Ajudemos os nossos companneliosna luta politica.

Avante pela victoria do "BlocoOperário c Camponez".

Entoemos com enthusiasmo as es-trophes de um hymno dos trabalha-dores:

Companheiros e companheiras, _Levantae-vos e vinde em massa.O pendão livre esvoaça,Ao sol claro de um porvir!Nos insultos e 'nas penas,A grã causa, que liberta,Qual de nôs irá. trahir?!A grã causa, que libertaQual de nós irá trahir?!

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mais parecia' um fiscal das "comidas" do que um zelador. Despresti-giado pelas ordens e contra-ordensdo mordomo, elle pensou até empedir demissão do honroso cargo quea boa fé» da Santa Casa confiou ásua pobreza honesta.

Ainda agora, elle se vS em palposde aranha, para livrar-se das conse-quencias de irregularidades encon-Iradas em talões e recibos de sepul-turas, vendidas pela administraçãode que é chefe e, no seu ,relator(o â.Santa Casa, elle pretende. . . — di-zem — pedir demissão."

E o vosso augmento?. — pergun-támos. Não sei. Dizem que seremosaugmentados cincoc tostões e quenisto está empenhado o próprio mor-domo actual. Ora, suppondo que as-sim seja, uma pergunta: do que va-lem cinco tostões? E nós atalhamos:os companheiros têm que se capa-citar de que, sem organização, nãopodem conquistar muito mais. Tra-tem de associar-se á União Regionaldos Operários em Construcção Cl-vil; prestigiem-n'a como trabalha-dores explorados que sois e vereis,em breve, os-vossos direitos assegu-rados de uma fôrma concreta.

Depois de innumeras considera-ções acerca do valor da harmoniade vistas, sob a orientação syndical,nós concluímos:"Companheiros, o operário semorganização é um trapo, não tem sal-vaçâo. Tratae de vos organizar syn-dicalmente na União Regional e po-Uticamente nas fileiras do BlocoOperário e Camponez."

Muito temos que dizer ainda. Vol-taremos á carga breve.

Liga Operaria daConstrucção

CivilConvidamos os camaradas da in-

dústria da construcção civil para anssembléa a realizar-se no dia 29do corrente, que tratará de assum-ptos de interesse para a classe.

Ordem do dia:Leitura da neta;Leitura do expediente;Leitura dos novos estatutos e ap-

provação.Pedimos aos camaradas o seu

comparuolirienlo, pois que. tr^lan-do-se de assumpto de grande relê-vancla, comp seja a approvaçáo dosestatutos, torna-se necessária a pre-sença de todos —vO secretario ge-ral.

—*—Comunicamos aos melallurgicos em

geral, associados ou não, que, ten-do em conta p elevado numero de as-soclados- quo tBni ingressado nestesúltimos tempos em nosso quadro so-clal, afim de facilitar a entrada âenovos associados, foi approvada naultima assembléa realizada a 10 ãocorrente a su.spensãio da jóia perdois mezes. *

Por coininegulnte, urge aproveitar aopportunidade que se vae offerecerpara ingressar nesta união, afim depugnar, pelos vossos direitos o ondeterels o auxilio em caso de enter-mldadè. ,

1 .'Os ),ossos-e-.itatutos'tambent confe-rern 'no associado outras /regaliasmais, entre as quaes a quota'de 200$em caso do fallecimento do associado.

O .secretario gorai.A ESCOLA DOS METALLURGICOS. A commiasão dirigente desta esco-la participa a todos os associados daUniflioi que as suas aulas se encon-tiram em pleno tunccionameiito. Asmatérias lecionadas em suas aulassão as seguintes: aulas praticas etheoricas dc motor a explosão, geo-metria, portuguez, arithrnetica ecálculos de abrir roscas dngleza efranceza eni torno mecânico.

Aa inscrlpções estão abertas emnossa sedo social, todos .os dias i^tels.dns 19 ás 21 horas.

A commissão dirigente.AVISO DA TIIESOURAHIA

Prevenimos a todos os associadosque cm vista de se achar enfermo onosso cobrador, convldamol-ós ti virpagar as suas mensalidades em nossasede íiocial, desde que mos locnes einqhe exercem a sua actlvldade nãoexista, nenhum companheiro designa-do para esse fim.

O nosso expediente é dns 19 fls 21horas, todos os dias úteis.

O tl,csoiu'eiro.VM IMIPORTANTE FESTIVAL

A U. O. M. B. fará realizar nopróximo dia 1" de setembro impor-tante festival em beneficio dos seuscofres sociaes o da Escola dos Metal-lurgicos.

Eis o programma desse festival:1* parte — Conferência.') pelos ca-

maradas Azevedo Lima. g^ OctavioBrandão, sobre importantes tTnrmas'"proleutí4os.

2" parte — Grandioso bailo fami-liar, ao som da ''jazz-band" Vllla Isa-bel.

A conuiíissão.

Grêmio de Ensino MutuoSua reunião de amanhã

Eeune-se, mais uma vez, amanhã,o Grêmio de Ensino Mutuo. Paraessa tarde está organizado interes-sante programma que será levado aelfeito. impvorogavelmente, ás- 15 ho-ras em ponto, pelos trabalhadores detodas as corporações, que compõemesse centro de cultura.

0 local offerecido para a realiza-ção da sessão de amanha 6 o Centrodos Metal lurgicos, á rua da America,56-A.

Em Sete LagoasOs 80 operários das officinas da

E. P. C. B. em Sete Lagoas, estãonuma situação dlfticil.

A maior parte delles com mais de10 annos de serviço, percebe as-dia-rias de 8$000, 9$000 e o máximo10$00». São todos ainda extranume-rarios, havendo, no emtanto, no ro-spectivo quadro de effectivos, muita."vagas que ha oito annos ou mais nüosilo preenchidas.

Semanalmente acontece que tres ouquatro dias, esses operários traba-lham até 11 horas da noite e nBo re-cebem pelo excesso de serviço umceitil siquer a mais do já minguado-salário.

Este juntamente o motivo porqueha o propósito de não os incluir comoeffectivos. Nesta qualidade, ellessempre, perceberiam quandio traba-lhassem em horas fora do expedlen-te regular, .remuneração dobradaequivalente aossalarloe que têm.

Isto porém, não convém á Directo-rla*da Central e principalmente aosmaginatas chefes das officinas.

Exploram assim, o trabalho de tan-tos chefes de familia, a quem negamo direito de vida, emquanto desfru-tam ordenados prlncipescos.

A situação desses obreiros ê In-contestavelmento angustiosa.

Tudo isto suecede pcft-que a immen-sa massa trabalhadora, está desorga-nizada syndical . politicamente.

Operários de Sete Lagoas, organl-zal-vos na Associação Protectora eno Centro Político Proletário local!

Centro político proletário dossubúrbios da LeopoldinaDomingo, 20 do corrente, ás 19

horas, terá logar a assembléa destecentro, para tomar conhecimento dasultimas resoluções do Bloco Opera-rio e Camponez e mais assumptos,como sejam a venda da A CLASSEOPERARIA nesta zona.

Peço aos camaradas que não fal-tem —- O secretario.

Em B«an0ÚNa fabrica de tecidos de Bangü, a

semana de trabalho está reduzida a4 e 3 dias. Nag cardas a semanaestá reduzida a 2 dias.

Os salários regulam entre 8$ e10$000.

O pacote de fazenda que se com-prava por 6$ e^tá custando 10$. Eo de 10$ está custando 15$000.

Como é possivel viver com saláriossemelhantes e trabalhando tão pou-cos dias na semana?

A Companhia Progresso Industrialdo Brasil, dona da fabrica de Ban-gú, já em 1924 tinha um capital de9 mil contos, arrancados á misériadi,)s nossos companheiros e" compa-n beiras.* ' Os directores igão Manoel Gullher-írfc Silveira Pilho, Manoel RibeiroTeixeira Neves e Octavio Mendes deOliveira Castro.

Entre os accionistas convém men-oionar: Affonso Vizeu, Francisco JoséGomes Valente, Sotto Maior & Cia.,o Banco Commercial, Bernardo Josédo Figueiredo, ,o Seminário Diocesa-no dós Apóstolos Pedro e Paulo, deBraga, Portugal; José Mendes de Oü-veira Castro, Antônio Dias Garcia eFrancisco Ignacio Botelho.

Affcmso Vizeu ê director da Com-panhia de Seguros Minerva, presi-dente da Companhia Fiação e Teci-dos São João, em Atibaia, Estado deS&o Paulo; membro do conselho fls-cal da Companhia Betenfeld, membrodo comselho consultivo do MonitorMercantil, membro do conselho fls-cai da Rezende Industrial...

Francisco 'José Gomes Valente épresidente do Banco Commercial doRio, soclo do Nougué & Cia., e mem-bro do conselho oonsultivo do Moni-toy Mercantil.

Hotto Maior & Cia. são atacadis-tas de fazendas, riquíssimos.

Bernardo José de Figueiredo ê di-•reebor do Banco Commercial do' Rio,soclo de Georg Hirth, Laubisch &Cia. (moveis), e membro úo conselhoeoinsultivo do Monitor Mercantil.

O Seminário -de Braga liga os ex-ploradores de Bangü ao cêo burguez.

Antônio Dias Garcia ê sócio soli-darlo da. casa Dias Garcia & Cia.

O aranhol capitalista!

Para combater esse entrançado, sóorganizando" o aranhol proletário pormeio, da succursal da União dos Ope-rarios em Fabricas de Tecidos, doCentro Político Proletário de Bangúe do Comitê d'A CLASSE OPERA-RIA.

Operários e operárias de Bangú, or-ganizai-vos contra esses capitalistas ecòiriti-a os instrumentos delles comolíaymifndo Paz! fl/PS

Rio Grande doNorte

União Artística Operaria LagenseCommunicam - nos 'esses nossos

companheiros a fusão do CentroArtístico Operário Lagense e aLiga Artística Operaria Lagense, soba denominação de União ArtistiscaOperaria Lagense, cuja directoria fi-cou assim constituída:

Presidente, Rodolpho Rocha; vice-presidente; João Leandro de (Freitas;Io secretario, Pedro Damasceno Bar-bosa; 2° dito, Ânna Rosa de A. Pi-nheiro; orador, professor Acrisio deM. Freire; vice dito, Pedro ÍNobrede Almeida; thesourelro, JoaquimSegundo de Souza, e vice dito, JoãoDias de Oliveira .

Commissão de syndicancia — Pau-lo Avelino, João Pereira de Souza eJovino Teixeira de Mello.

Commissão de beneficência—JoãoMartins, Antônio Barbosa de Lima.Joaquim Pequeno de iMoraes, 'MariaAugusto das Chagas e Luiza Pereirade Lima.

Commissão fiscal—'Mariano Ave-lino dos Santos. Francisco Faustinoe José Pedro de Lima.

Como decorreu a 2.a confe-rencia proletária

Bastante concorrida esteve a con-ferencia proletária promoVlda-,^1 árua General Câmara n. 15 0,' sobrado,pelo Comitê de Defesa e Propagandada A CLASSE OPERARIA.

A afinada orchestra do C. A. dosOperários em Calçados abriu o pro-grammti, tocando magistralmente "AInternacional".

Em seguida, foi dada a palavra aocamarada Fernando Lacerda,' quediscorreu sobre os perigos do impe-rialismo. l ¦

Logo após, falou o representantedav Juventude Proletária, que salien-tou o papel da imprensa proletária,e fez-se uma collecta para À CLÃS-SE OPERARIA, quo rendeu 22$100.

Quasi ao terminar, um sapateirofez vibrante concltação aos presen-tes para apoiarem a grandiosa obrado Comitê das Mulheres Trabalha-doras.

Depois, no meio de vivas proleta-rios, encerrou-se a reunião.

AOS SYNDICATOSPedimos aos syndlcatos enviar

toda a correspondência relativa aavisos, conununicodos, manifestos,oto., para a redacçõo do "A ClasseOperaria", até fls quartas-feiras, omais tardar.

^i^^^^^^^^v^^^^^^^^v^y^y^

CAFE' PARAMES — Av. Mem deSá n. 132.

CASA PINTO — Vidros e crystaes,papeis pintados, brinquedos, cartõespostaes. Grande variedade em fogosdo São João — Rua Visconde do RioBranco n. 405 — Nictheroy.

COBRE, LATÀO E NICPEIi — etodos os artigos de metallurgia —Rua José Maurício n. 8 — Tele-phone C. 2701.

.INSTITUTO DE ARTES GRAPHI-CAS — Perfeição, rapidez e preçosmódicos — Rua dos Inválidos, nu-mero 180-A — Tel.' C. 1942.

CORREIO D'H CLASSE OPERARIA-y -r

R» dos Hormières — Seu desenhochegou tarde. AÍnda ó cedo, alémdisso, para A CLASSE irritar apessoa que o ' camarada focalizou .Náo estamos em terreno muito se-guro. Ei melhor não provocar a re-acção Envie novos desenhos.

CIA. INTERNACIONAL DE SE-GUROS — contra fogo, riscos de mar,automóveis, vidros ou accidentes dotrabalho — Rua da Alfândega n. 48— 5" andar, elevador.

FERRARIA E CARPINTARIA"UNIÃO" — Rua Dr. Pio Duffles nu-mero 8 — Sertãozlnho, São Paulo.

PADARIA PROGRESSO DE GUA-RATIBA — Mala & Lopes — Largoda Ilha, Guaratiba.

CLINICA DENTARIA -^ J. Nasci-mento. Trabalho garantido, a preçosmódicos — Rua União n. 44, sob.Tel. N. 2064'— Santo Chrlsto.

Os annuncios nesta secção custam$800 fl linha, cada vez.

Page 4: PROLETURIOS DE «S OS PAfZES, UNI-VOS SEGUNDA PHASE - N.o ...memoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1928_00018.pdf · Comitê Eleitoral doa Tecelões, Co-mitê Eleitoral da Construcção

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Octavlo não eMin 11-nh são os tan-iai i UL

n Classe i> OperariaJORNAL DE TRABALHADORES, FEITO POR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES

(Conclusão da 1* pagina)aprendiz de tecelão na fabrica SãoJoão, em Alegria.

Depois, suecesslvamente, traba-lhou como empregado no commer-elo, em fabricas de vidro e de mo-veis o em outros offlclos.

Aos 14 annòs, aprendeu o officlode marmorlsta. Entrou para o Cen-tro dos Operários Marmoristas em1911 e nelle occupou o cargo de se-cretario varias vezes.

Collaborou nos seguintes jornaes:"Voz do Trabalhador", "Spartacus","Voz do Povo", "A Nação" e ACLASSE OPERARIA.

No 3" congresso operário, em 1920,foi um dos delegados.

Devido á sua dedicação ao prole-tarlado, já amargou quatro vezes nofundei das maamorras pollciaes. . .

Actualmente, 6 marmorlsta, reda-ctor da "Voz do Marmorlsta" e se-cretario de actas da Federação Syn-dlcal.

Minervino é um dos antigos mili-tantes do proletariado do Rio doJaneiro. Sempre na vanguarda, sem-pre na lueta contra os exploradores!

Conhecendo a fundo a vida dostrabalhadores, operário desde a maistenr_a idade, organizador e jornalistaproletário, merece a sympathla doeleitorado consciente.

Eleito, Minervino, disciplinado e- fiel, saberá, corresponder ãs espe-ranças dos trabalhadores. Será, noConselho Municipal, uma alavancadqj lueta das classes, um organizadore um educador das massas laborio-sas.

Que outro qualquer candidato pelo2o dlstricto poderá offerecer as ga-rantlas de Minervino?

Em primeiro logar, nenhum outroê operário. Em segundo logar, nen-hum outro se baseia num program-ma de classe independente. Em ter-ceiro, nenhum outro tem sido orga-nizador e jornalista proletário. Emquarto, nenhum outro tem sido mi-litante proletário.

Nenhum operário, nenhum empre-gado, -nenhunl lavrador pobre, nen-hum pequeno funcclonario deve he-sitar na escolha: ê votar em Mlner-vlno de Oliveira, porque é votar naclasse trabalhadora consciente!

Pela vlctoria do Bloco Operário eCamponez!

Comilé üos Eleitoral firoviarios

A commissão organizadora do fes-tival que deveria realizar-se no dia25 do corrente, faz sciente aos co-mités eleitores -e associações, ásquaes foram ; enviados cortões, e aquem ytossa interessar, que o mesmoficou transferido para o dia 15 desetembro próximo vindouro, por mo-tivo de força maior.

A commissão pede a todos a fine-za de prestarem as suas contas atédois dias antes do referido festival,e agradece a todos que se Interesse-rem na passagem dos mesmos.

A commissão.

ftjjtt CORRESPONDÊNCIA INTERNACIONDL

D íii soviéticoi i los metas

do mundoQuem o diz, í D

Na União Scrvletist»Transformações da economia rural de 1917 a 1927

Ao findar o século XIX (1890 a1899) no começo do século XX(190i0), o desenvolvimento do capita-lismo na Rússia começou a influirsobre a economia dos campos; masessa penetração nos campos era comoque detida pela existência de umaserie le vestígios feudaes o de ser.imito.r p amblnte econ<Jimico-social do- pe-riòdo anterior íl revolução de 1905provocou um rápido incremento naprocura dos produetos agricolas, ecom isso fez surgir uma série de ln-teresses antagônicos.

A producção se concentrava nasmãos de uma minoria, graças ao des-locamento da maioria para as fileirasdo .proletariado. Desenvolvia-se for-temente a exploração da maioria pelaminoria, quer por meio do capitalcommercial, quer pelo aluguel de for-ça de trabalho, arrendamentos e com-pras do ferras, etc.

Dahi a desagregação ¦ da classeeamponeza fem camadas de capacida-des econômicas differontes. Em umdos pólos, consolidava-se e sé forta-lecia um pequeno grupo de campo-nezea bom aquinhoados, que constan-temeinte iam engrossar os quadrosdos ricaços dos campos(os "Kulaks").No outro polo, estavam milhões decamponezes pobres que, cada vezmais arruinados pela feroz explora-ção dos "Kulaks", rompiam afinalos laços com a economia rural, e vi-nham engrossar os quadros tanto doproletariado das cidades como doscampos.

Os restos de feudalismo e de ser-vidão, expressados nos consideráveislatifúndios particulares e na sobrevi-vencia de certas relações econômicaspróprias do systema de servidão (pa-gamento de arrendamentos com otrabalho pessoal, direitos de senhorou corvéa, etc), como que refreia-vam o desenvolvimento da producçãorural e a sua technlca.

A .revolução de 1905 concorreuenormemente para. o., extermínio dasrelações feudaes e para sua substitui-ção pelas relações características doregimen capitalista. Assim ê que eoreduziram rapidamente os latifúndiosdos grandes proprietários de terras ecresceram as relações capitalistas omercantis entre os camponezes.

A revolução de novembro de 1917,liquidando a propriedade privada dasterras e distribuindo-as entre os cam-poÃzes, fez deeapparecer uma dasicausas príncipaes que detinham efreavam o desenvolvimento da pro-ducção rural, ao mesmo tempo quenivelam, em grande parte, a desigual-dade econômica entre os diversosgrupos de camponezes. A classe camponoza, com a revolução de novem-bro, recebeu quasi todas ae terrasque ae achavam sob o domínio do par

tlculares, das igrejas e dos conven-tos, dos príncipes reaes, e do Thesou-ro do Estado. Pela revolução, só fi-caram nas mãos do Estado as herda-

sentava um grande valor, e os fun-dos provenientes de terras não expio-radas pelo trabalho dos camponezese destinadas a ser colonizadas graydualmente, assim como as 'tèrriwí

13 hectares o meio para menos de 12hectares,

Em cada familia que empregavamais do 1.400 rublcs, a média desceu

des e fazendas, cuja cultura ropre+ de antes da revolução a 1924-1925respectivamente na Ukrania, Tamboíem Smolensko: de mais de 201 he-ctares para pouco mais de 14 hecta-res e melo; de quasi 47 hectares parapouco mala de 19 hectares; de 18 he-

florestais, cuja exploração, graças (J: Ctares para 15 hectares o melo.razões geraee da economia nacional.1! Assim se vê que a nova distribui-

¦i'| ção de terras velu favoreeer grande-mente ãs famillas camponezas de 11-mltados recursos, ao passo que asclasses camponezas de mais recursostiveram diminuições notáveis na suaparte de terras distribuídas.

A revolução entregou ainda aoscamponezes uma grande parte dosaccessorios das propriedades dos la-fuhdistas, como sejam: moveis e se-move-ntes (gado, etc.)

A revolução, além do mais, annul

deviam se manter sob controle constante do Estado,

A nacionalização ê uma nova dis-tribulção das terras entre os campo-nezes, que as exploram com o própriotrabalho, elevaram de 50 milhões duhectares a proporção das terras cul-tivadas na parte européa da UniãoSovietlsta. Pôde-se ajuntar que, apartir de 192-3-1924, foram entreguesaos camponezes, para trabalhal-as,cerca de 7 milhões e 300 mll hecta-res de terras, separadas dos territo-^lou todos os débitos dos camponezes.

Administração

rios florestaes e dos bens territoriaesdo Estado. Além disso, com o fim deassegurar a população, de madeirae de lenha, fez-so tambem entregaaos camponezes de 20 milhões e meiode hectares de bosques, preparando-se maia a entrega de 1 bilhão e 700milhões de hectares para o anno dp1927-29.28.

Os dados estatísticos, que se se-guem, illustram eloqüentemente a re-distribuição de terras aos carroponwzes, segundo sua potência econômica.

Antes da revolução, cada família,que empregava na producção rural,menos do 200 rublos ouro, possuía,apenas, a média tíe pouco mais de1 hectare, na Ukrania; de pouco maisde 3 hectares, em Tamboí; e de me-nos de 1 hectare, em Smolensko. Em1924-1925, cada uma dellas possuía,respectivamente, na Ukrania, emTambof o em Smolensko, mais de 2hectares e meio, mais de 4 hectares emais de 3 hectares.

Cada família, empregando de 201 a500 rublos, possuia, antes da revolu-ção, cerca de 3 hectares, ná Ukrania,pouco mais de 6 hectares, em Tam-bof; e mais 'de 4 hectares em Smo-lensko. Em 19124-19>25, essas médiaspassaram para quasi 5 hectares omeio, na Ukrania; quasi 8 hectares,em Tambof; e cerca de 6 hectares emeio em Smolensko

Para nma familia que empregavade 501 a 800- rublos, as médias foram,antes da revolução, e em 1,924-1921!^'respectivamente na Ukrania, Tambofe Smolensko: 6 hectares e meio equasi 8 hectares; cerca de, 8 hecta-res e quasi 10 hectares; pouco maisde 9 hectares e quasi 8 hectares emeio.

Para uma familia que empregavade 80il a 1.400 rublos, a média bai-xou de antes da revolução para 1924-1925, respectivamente, na Ukrania,Tambof e Smolensko: de mais de 13hectares para pouco mala de 11 he-ctares; de quasi 13 e meio hectarespara 12 e meio hectares; de cerca de

Balanceie tí'A Glasse Operaria de 17 a 23 do correnteSubscrlpção permanente

P. Gil, 23$:rSyndica.to dos Estiva-dores no Amazonas, 21)?; Rateio na

"cõnferuiiiila do U. '__'."&., 10$200; A.C. e O. B., $600; venda de folhetos,2$; subvenção de agosto dp. CflraUlpr6-"Classe". em iSertãozinho,. 21$

a»; Marinheiros è Remadores, _30$RuciraiT, -iy, Antenor Miranda, 7$,1 Peclro Coelho, 5$: Comitê da Ponta.

no, 4S; Administração, 5$100; Ar-thur Nascimento, 2$800; SentinellaPerdida, 9$; David, 4$; Hnmlts 1" <lei->Março, 5$; üomité do Çarpprlnn12S500;"José~Novaes, 1$5"Fon-Fon", 6$; C_____i___.

5; Comitê rto¦3255 Nnrte4

subvenção tio agosto da Liga Ope-rarla rtn finrtãoglnVm. 20*: rento deEdgard Ferreira, 2$. Total: 98$800.

Lista n. 572 — S. P., 7$000.Dista iv. 555 — Henrique Canelo,

2$; João Cunha, 2$; Ivo Porto. 2$;Francisco H. Dima, 5$; Pedro Hugo,Dopes, 2$; Deontino Rodrigues, 1$;Valentlm, 1$; Adolpho, 1$; Euclydes,$400; Álvaro Marques, 1$; DevindoRibeiro, 1$1. Total: 18$500.

Dista n. 238, extraviada sob a re-sponsabllidade do secretario da Uniãodos Padeiros de Campos, 10$000.

Dista n. 306 — Vicente Costa, 1$;Alfredo Gonçalves, 1$; Manoel Vi-,cen»e, 1$; José Gonçalves, 1$; Joãodos Santos, 1$; José Fernandes, 1$;Antônio Maya,«l$; José Dias Morei-ra, 1$; Francisco Dias, 1$; FranciscoU. S., 1$. Total: 10$000.

Total — 144$300.Assiguaturns .

Alexandre S. éarbosa, 8$; Miner-vlno Santos, 2$; Joaquim Dulz daSilva, 4$; Francisco Del Nery, 4$;Oswaldo Augusto, 4$; Alberto Este-ves Franco, 4$; Francisco de Campos,4$; Benedicto Lètoie Oliveira, 4$;José Nascimento, 4$; Braslllo deAraújo Miello, 4$; Ernesto Fernandes,4$; Joaquim Fernandes Carvalho, 4$;Joaquim Antunes, 4$; Pedro Pinto,4$; Modesto Binotto, 4$; José Ceies-tino, 4$; João Henrique Zacharias,4$; Sebastião Rocha Campos, 4$; MI-guel Mollna, 4$; Alexandre Manasco,4$; Antônio Rodrigues Cardoso, 4$;Ângelo C. Ranholll, 4$; Ângelo Zon-ta, 4$; Francisco Gomes Bestuf, 4$;Sebastião Dias Cunha, 4$; PrimoDulz, 4$; Samuel Pedro Ribeiro, 4$;Allplo de Oliveira, 4$; Durval Ribel-ro, 4$; Antônio Torretta, 4$; J. Ra-mos, 2$; Desbão T., 2$; Affonso, 2$;João D., 2$; G. Pires, 2$; F. Paes,2$; M. Nascimento, 2$; A. Lima, 2$;L. Gomes, 2$; J. Madeira, 2$; Ma-noel Teixeira da Cruz. Júnior, 2$;Deocleclano M. de Carvalho, 2$; An-tonio Moreno, 4$; Antônio Borges,2$; Izldoro Penlialoza, 4$; José Mo-desto, 4$; Armando Araújo, 2$; Be-nedleto Dezlderlo, ~-2$; Adelino Du-chiarl, 2$; Calafate Domenico, 2$;Virgílio Pereira dos Santos, 2$. To-tal: 170$000. '

Venda avulsaComitê de Campos, 40$; Comitê de

Nova DimafJT UáVUBo), 27$; Comi-té ã» FéIôtá|_J_5t; Q. R., 2$; Albl-

ponez,

d'Areia, 10$; Diga 'aos operários emConstru?lcân (Tivn rie NliThernv, fi$;

derivado de impostos, amortizações decompras de terras, etc; e para seavaliar bem a vantagem quo resul-tou desso facto, basta dizer que oscamponezes pagavam, sé em arren-damentos de terras, aos barões feu-daes dos campos, mais de 400- ml-lhões de rublos por anno.

A revolução supprimiu ainda a in-capacidade jurídica dos camponezes,aos quaes desenvolveu politicamente,«juigmentando-lhes o 'nível de cul-tura.

Todas essas conquistas da revoluçãode novembro criaram uma situaçãoque assegurou uma marcha rápidano desenvolvimento da producçãoagrícola. Todavia, está iproducção, jáesgotada pelos quatro annos de guer-ra imperialista, houve ainda que sup-portar todo o peso da guerra civil,aggravada pela intervenção estran-geira e pelo bloqueio da burguezia'mundial.

Assim -é que se apresentou uma dl ¦minulçâo considerável 'na producçãoagro-pecuaria, o que levou ao esta-belecimento do troco, com base doIntercâmbio camponez.

Devido ás más colheitas de 1920 e1921, qu,e attlnglram as princlpaes re-glões produetoras da União Sovietlsta,o anno de 1922 foi o que offereceu amaior decadência dos elementos ba-sicos da economia rural. Conslderan-do-se igual a 100 a producção agri-Ofiãa essencial para 1913, ponto ma-ximo d*e desenvolvimento do períodoanterior á revolução e á guerra, pôde-se estabelecer para a producção agro-pecuária de 1922 a porcentagem ae-guLnte:Área* cultivada 63 %Cavallos 63,5 %Gado vaceum 71,6 %Ovelhas e cabras 64,3 %Porcos 44,7 %Movimento do commercioProducção total da eco-

nomia rural (1921-1922) 51,9 %Transportes ferro-varlos.. 30 %externo 15 %

Nos annos Immedlatamente seguin-tes fl. revolução de novembro, graçasá equiparação na posse das terras eâ política econômica praticada peiogoverno sovietlsta, conseguiu-se Igua-lar consideravelmente a situação eco-nomica das famílias camponezas.

E se obteve, não o augmento dasfamílias sem posses para semear,conforme se dava anto» da guerra eda revolução, .mas, sim, uma notáveldiminuição do numero de famíliasem taes condições.

De 1917 a 1920, a porcentagem dasfamílias, que não tinham sementes,cahiu de 10, G % para 4,7 %. Donderesultou que a proporção de famillas,quo não semeavam, baixou, nesse pe-riodo, de 14,5 % para 7,8 %. Damesma fôrma, a porcentagem das fa-mllias, a que faltavam gado de la-voura, deoresceu de 29 % para 27,6 %,sendo análogo o quadro para o gadovaceum e demais supprimentos agri-colas.

A mudança do regimen agrário af-fectou de certa maneira o volume daproducção agro-pecuaria, diminuindoprincipalmente a massa mercantil dosproduetores agrícolas e criadores;•porém, essa expropriação dos ele-mentos da economia capitalista trou-xe o apoio seguro ã. revolução dos 130milhões de camponezes russos.

Depois de acabada a guerra civile do fracasso da Intervenção estran-geira, poude a União Sovietlsta pensarna reconstrucção pacifica de eco-nomla nacional. ¦

E surgiram logo problemas mui-tlplos relativos, não só á eliminaçãodos factores negativos que vinham daépoca pre-revolucionaria, cuja sup-pressão exige muitíssimo tempo,como tambem ao renascimento daeconomia rural abalada e á sua re-construcção sob nova base technlcae social.

Nesse período, começa o desenvol-vlmento da nova economia. As lndus-trias desenvolvem-se, restabelecem-seos transportes, o intercâmbio com-merclal consolida-se e augmenta.Finailmento, a xeincorporação dosterritórios arrancados pela contra-revolução permittiu que a economianacional voltasse a se unificar.

Para esse resultado não contribuiupouco o restabelecimento dos laçosInterrompidos com o mercado mun-dial, o que se fez baseado no mono-polio do commercio exterior,, medidagara'ntldora dos interesses (lb novoregimen,

Todas easas circumstancias deter-minaram um desenvolvimento amplodo processo de reconstrucção, o qurpermittiu ao governo realizar a re-forma monetária, que estabilizou ocambio e saneou a circulação de pa-pel moeda. Por seu lado, a reformamonetária influiu, directa e indire-ctamente, sobre o credito financeiroposterior e sobre o desenvolvimentode todos os ramos da economia na-cional.

SMIRNOV,

E' commurn ler-se nos jornaes bur-guezes noticias da "miséria" e da"desorganização" que vae pela Rus-sla Proletária.

Segundo a imprensa capitalista, naU. 'R. S, S. ha fome o falta de orl-entaçâo. Os telegrammas das agen-cias sem vergonha vOm pejados doinfâmias, de oaluiwnias o pervers'.-dados contra a primeira Republicaoperaria de todo o mundo. Excueadoseria dizer-se que essas inCamias, es-sas calumnias, essas perversidadeasão gostosamente acolhidas pelos dia-rios e. revistas burguezas.

Quando é uma noticia verdadeira,que vem mostrar o que ê de facto aÇJY. R. S. S., as cndellinhas do capl-talismo sonegam-na pulhamente,afim de continuar merecendo as boasgraças de seus amos.

B' o caso do cinema soviético. Todaa imprensa burgueza elogia o cinema,allemão, o norte-americano, o fran-cez e, já agora, tambem o hespanhol.Sobre o cinema soviético, porém, ellanada escreve. Quando o faz, sãoligeiras referencias.

— Talvez — ajuntarão alguns es-piritos desprevenitlos — seja porqueo cinema proletário não esteja aindaem condições de ser comparado aoburguez.

E' um engano. AU. R. S. S. pos-suo um dos melhores cinemas domundo. Quem o diz, ê bom que senote, são artistas "yankees", insus-peitos, portanto.

Bis o que disseram Douglas Falr-baks e Tom Tcrris, aquelle artista eeste director de uma grande fabricacinema tographica norte-americana,numa entrevista, sobre o "TzarIvan, o terrível.',', o esplendido "film"russo, levado ha pouco no Lyrico:"A clnematogii-aphia soviética

te:n, diante de si, um grande fu-turo, porque harmoniza em suasrealizações, o que ha de bom' nocinema allemão, com .uma com-potência technlca peculiar á in-dustria tedesca o com o sensoartístico dos americanos".

Tom Terris assim falou:"Bu julgava, por ser "yankee".que nada mais tinha que apren-der em matéria de cinema. Puroengano: A Rússia e a Allemanhaensinaram-me, com seus films,coisas novas, surprehendentes,que talvez nòs outros tenhamosde adoptar para o aperfeiçoa-mento e boa acceitação dos nos-sos films".

Depois disso, ainda haverá alguémeom cynismo bastante para querernegar o. progresso sejnripre crescentedo paiz' doa trabalhadores?

J.

mml sipolitica e moral dos

antos

O Proletariado Santista e a luta" Eleitoral —A' "Praça de Santos", o camarada

João de Oliveira deu a entrevista,que transcrevemos:

„" Dtípols da ameaça que o órgãodo P. R. P. fez ao operariado, di-

Alllançq dos Operários Metailurglcoado justado ao JK.1Q. übs: Cooperativa.isa; Comitê da Associação dos Tra.balháflores dn—___3S______ã lYhrtrtfo"''^

"TgFT-TWhilté tlS. "llardn". KS: .Têea

10$; João Rosa, 1$; Comitê dos Confelteiros 20?:.Blfleo"Pperario e cõm ^._ _ _._„ ur t

ffiti; "Sgmlté JVIarcilio Dl^j ^Vi iln' que o parUdo"poHtico dos'tra

balhadores seria destruído pela policia, a situação da Colligação Ope-raria tornou-se muito séria. Alémdisso, o assalto feito, ha pcuco, pelapolicia aos archivos da Colligaçãodeixa patente a Idéa da violência of-flcial contra o operariado santista.

Por isso, procurámos ouvir o "lea-der" operário João F. de Oliveira,que nos disse o seguinte:

"Evidentemente, o objectlvoprincipal que visa o Dr. ArmandoFerreira da Rosa, contra a Colllga-ção Operaria, ô o de impedir queesta apresente candidatos própriosnas próximas eleições municlpaes,procurando pelo terror policial d,ls-persar o nosso eleitorado, beneflcitin-do, asslip, o seu partido — o P. R-jjjjf-

Inúteis, porém, serão todos es|cÍ3processos do novo cabo eleitoral per-repista.

A Colligação Operaria é já hojeuma organização pujante e appare-lhada para entrar na luta eleitoralcom vantagem de vlctoria, tal o en-thusiasmo e apoio que conta no selodo proletariado santista.

. '— Soubemos que nos subterrâneo*da delegacia regional se forja umprocesso.

E' verdade. Esse processo 6contra mim. Deseja o Dr. Armandoprocessar-me, ainda não sei baseadoem que. Jâ constitui advogado paraacompanhar o mostrengo.

Naturalmente, deseja o Dr. Ar-mando que èu não continue a exer-cer os direitos políticos que a Con-stltulção me permltte e garante.

O processo será mais uma provada Intolerância e do requintado ódio,francamente partidário, do Dr. de-legado de policia, que eu creio en-contrará repulsa em todos os esplri-tos justos e imparolaes. 'iV~-

Santos, pela primeira vez. na iuahistoria, registrará tamanho attenta-do ás suas tradições' liberaes e pro-gresslstas.

E os documentos que lhe foramapprehendidos? — perguntámos aorijo "leader" operário.

Não extsteln taes documentosapprehendidos.

O que, no momento, trazia em ml-nha pasta eram somente , notas e

42gl; .Comitê Eleitoral dos Ferrovia-,rios, f2T5T"l''. da SlIVã, l|b; U. TfTÔ. C. Civil, 1$; .Comitê dn .Tulz deFora, 28$7; Pontos de jornaes, dosns. "IA, 15 e 16, 129$720.

Total: 481$9'20.Receita

Subscrlpção permanente, 144$300;Asslgnaturas, 170$000; Venda avulsa,481$920; Saldo do, numero anterior,3ÍÍOÍ820.

Total — 1:127$040.Despesa

Quatro carretos de folhas, 1.8$2;Passagens, 2$5; Sellos, 26$; Dobra-gem de folhas, 25$; Expedição, 16$;barbante, 3$; registros de cartas,2$1; extraordinários de offlclnas,6$2; Confecção defcJKOOO exemplaresdo numero 17. 806$innrr

ítotal 9fa$000.Resumo

Receita1 1:127$040Despesa1 904$000

Saldo ' 223$040A ADMINISTRAÇÃO.

A pedido do diversos camaradasconscientes do seus deveres, o, portanto, Interessados na vida do jor-nal, participamos aos leitores o ami-gos de A CDASSE OPERARIA, queos vendedores do jornal nas offlclnas,nos syndlcatos e bairros operários nãotêm outro interesse senão o de pro-pagar e vender o seu jornal, que ê o'unlco órgão dos trabalhadores. As-sim, pois, ficam os nossos comp-nhelros de luta Isentos de quaesqueroutros pensamentos e criticas quelhes possam fazer a esse respeito.

O ADMINISTRADOR.Reptos

ODASSE OPERARIA e repta AntônioCardoso e Romeu Xavier a fazeremo mesmo.

apontamentos de serviço eleitoral. .Apenas duas cartas, uma de Ber-

nardino do Vo.lle, e outra de DulzMadurelra, ambas a mim dirigidas,particularmente.- Aliás, nunca fiz segredo da ami-zade desses, dois valorosos operários.

Admira-me, no entanto, que o Dr.Armando Ferreira da Rosa, bacharelem direito como é, tenha fornecidoessas cartas para a Imprensa sensa-clonallsta fazer disso exploração po-litica e pecuniária.

Além desse processo, pretende aln-da o Dr. delegado regional abrir uminquérito para apurar o que é a Col-ligação Operaria.

Vae S. S. descobrir, segundopude comprehender, que, na Colllga-ção Operaria, ha eleitores commu-nlstas.

Ora, ê mais uma-investida pura-mente de effeito eleitoral que se pre-tende levar a cabo contra o partidooperário.

Na Colligação, não se alistam elei-tores pelas suas tendências philoso-phlcas.

Uma qualidade somente exigemseus estatutos: serem operários e as-salariados. Não se cogita quaes osseus credos Ideológicos ou de £uascrenças religiosas.

Tudo o mais que se qulzer dizer êfalsear a verdade, é polltlqulee deInimigos do proletariado.

A Colligação Operaria não temoutra ligação, a não ser com o BlocoOperário e Camponez, do Rio e SãoPaulo, do qual é presidente o depu-

V tado Azevedo^Llma.Quantos eleitores conta a Col-

ligação arregimentados para a dispu-ta de outubro? — perguntámos.

—¦ Ainda faltam 50 dias para ter-minar o prazo de -alistamento; en-tretanto, podemos desde já contarcom mais de 600 eleitores arregl-montados.

Temos os grupos profisslonaes, depropaganda, como os dos graphicos,construcção civil, chauffeurs e bar-belros, .que muito nos auxiliam _ napropaganda e alistamento.

Mas o delegado regional reali-zarã seus objectivos de dispersão dasforças eleltoraes? — perguntámos.

Absolutamente. Os nossos ,go-vernadores e autoridades, crystálll-zados numa mentalidade hereditáriamedieval, não acompanham e nãoeomprehendem as causas fundamen-

taes deste surto de arreglmentaçãoproletária por que atravessa o Bra-sil.

Dahl advêm os croques que provo-cam com as forças vivas do palz.

Seria Irrisório um partido opera-rio em Santos, em 1888, época da des-organização, e dispersão política,commercial e cultural.

Porém, hoje, com o desenvolvi-mento financeiro quirituplicado, con-centrando grandes massas proletáriasno commercio, na industria e nostransportes, calculados em cerca de70 mll assalariados, um partido ope-rarlo é a conseqüência lógica dessedesabrochar das forças econômicasda cidade.

Se estendermos nosso pensamentopelos paizes Industrialmente desen-volvidos, verificaremos que, quantomais desenvolvida é a sua economia,tanto maiores são os partidos do pro-letariado.

Deve, pois, o Dr. Armando, :spquizer de facto acabar com a Colll-gação, não começar por perseguirseus membros, mas, sim, por destruirtodos os meios de trabalho que ereama classe operaria.

Arraze S. S. o cães,/ destrua osarmazéns de café e os transportes,feche todoa os estabelecimentos commerclaes, paralyse as offlclnas e asobras de saneamento, acabe com aconstrucção das casas e terá, então.S. S. alcançado seus objectivos, por-que sô assim fará desapparecer aclasse operaria e com* ella o seu par-tido.

Quanto á Insinuação perversa ereacclonar.ia do órgão do P. R. P..da qual a "Praça de Santos" se temoecupado, apenas direi que, ao pro-letariado, cabe a resposta,

E elle a dará, estou certo, numademonstração eloqüente de conscien-ela, sustentando e lutando pelo seuverdadeiro e unlco partido,

Custe o que custar, sueceda o quesueceder, apresentaremos nossos can-dldatos e Iremos até a ultima nadefesa dos nossos direitos.

Saibam, pois, os futuros satrapasda "política local que o proletariadojâ bem os comprehendeu. Nâo satls-feitos em explorar seu honrado la-bor, querem ainda prlval-o dos dl-reltos políticos."

Nunca, como agora — e isto o de-vemos á politica de estabilização damoeda — a situação econômica dostrabalhadores de Santos foi tãohorrível.

Os salários são de fome. NoMacueo, Campo Grande, Marapé,Saboó, Matadouro e Santa Maria,bairros genuinamente operários,tem-se a impressão real do que é avida dos que trabalham de dia ânoite, sem um direito, sem uma re-galia e sem uma conqusta que lhesvenha aüenuar a vida de párias.

Quem se der ao trabalho de per-correr o cáes de Santos, desde o ar-mazem n. 1 até o 23, e reparar nosoperários que ali locomovem pesosphantasticos durante 8 até 16 ho-ras, ficará contristado com o espe-etaculo que elles apresentam, querno vestuário, quer no próprio phy-sico.

A Companhia Docas, que annual-mente tem um lucro fabuloso á custada miséria e dos soffrimentos de seusempregados, nem por uma brinca-deira ô capaz, de augmentar o sala-rio daquella gente, que ganha de 8a 10$0i00 diários .quando o automo-vel em que se locomove o Sr. Guinlecustou, no mínimo, seus 130 contos!

Quem for visitar os armazéns decafé, onde trabalham na "catação"somente mulheres, meninas e crian-ças, pede avaliar a tragédia commo-vente de que são protagonistas asfamílias dos operários! As mulhe-res que escolhem o café nos arma-zens, levantam-se ás 5 horas damanhã. Fazem o café e o almoço,ao mesmo tempo, e vão para o ser-viço. Largam ás 6 horas da tardeou ás 5 horas, pois ganham por ta-refa. O almoço é ingerido frio, sen-tados nas pilhas de café ou nosmeios fios das calçadas.

E depois a tuberculose, a tyslca ea dysenteria não hão de escolherpara victlmas predilectas os pobresoperários! B depois, os Srs. gover-nantes, como os Srs. democráticos,dizem que no Brasil não ha questãosocial! No Brasil não ha fome, noBrasil ntio ha miséria e não ha ex-ploração!

Essa gente, que nega o soffrlmen-to do operariado, precisava passarsomente um _mcz, o que elle passa emtoda sua existencial E depois veria-mos se elles gostavam da vida doum oporario!

Os operários de Santos, quer dasDocas, dos armazéns de café, cons-trucção civil, metallurgicos, meca-nicos, padeiros, pedreiros, condueto-res de vehiculos, etc. etc. precisamarregimentar-se dentro dos seus syn-dicatOs para dar fim a essa vida deescravos, a essa vida horrível _

Proletários de Santos! Só organl-zados nos syndlcatos, só lendo "OSolidário" e A CLASSE OPERARIAe só votando na Colligação Opera-ria é que contrlbuireis para a ex-tlncção radical de vossos soffri-mentos!

Viva a consciência do operariadode Santos!

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