Prometeu Acorrentado - Humanização dos mitos gregos

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Literatura e Mito Professora Iza Teresinha Gonçalves Quelhas Aluno: Ricardo Fernandes Marques Prometeu Acorrentado Humanização dos mitos gregos.

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Literatura e Mito

Professora Iza Teresinha Gonçalves Quelhas

Aluno: Ricardo Fernandes Marques

Prometeu Acorrentado

Humanização dos mitos gregos.

São Gonçalo

2013.2

Page 2: Prometeu Acorrentado - Humanização dos mitos gregos

O que podemos facilmente depreender da leitura de Prometeu acorrentado, é o

fato dos deuses, mesmo regendo a vida dos seres humanos, não possuem características

nobres, ou melhor, possuem todas, nobres e vis.

É justamente o fato deles, os deuses, possuírem características humanas,

sentimentos e atos, que torna a sociedade grega da época a sociedade do mito “vivo”. É

a humanização dos mitos gregos que promove ensinamentos através da empatia.

Deuses e semideuses utilizam-se dos mesmos sentimentos, estratagemas e

atitudes mundanas que na verdade, servem como espelho aos humanos. Eles próprios

não são senhores de si e possuem seus destinos também traçados, pois até os deuses

possuíam seus destinos fiados nas mãos das moiras, que eram responsáveis por fabricar,

tecer e cortar o fio da vida seja a vida de um deus, de um semideus ou de um simples

mortal.

Essa é a grande questão do mito “vivo”, na sociedade grega naquela época onde

os mitos tinham o papel de modelo para seus cidadãos gregos, e a todo o momento, os

mitos são atualizados pelas suas próprias ações e as ações dos seres humanos.

Podemos contrapor com a questão do mito “vivo” com o mito do duplo no

período romântico, que passa a ser visto, entendido e até mesmo praticado como uma

questão psicológica e transcendente e não com a aplicabilidade dos mitos “vivos” na

sociedade grega da época de Homero e outros, por exemplo.

O mito do duplo não serve para explicar de forma prática atos e estratagemas,

mas sim para trabalhar de forma mais sistemática questões psicológicas que levam a

atos e estratagemas praticados por um narrador personagem ou personagem de uma

obra. Já o mito vivo na sociedade grega daquela época tinha uma presença mais atuante

na vida dos seres humanos em qualquer questão cotidiana.