Proposta de redação - texto dissertativo-argumentativo ... · Além da expressão, Neymar também...

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Proposta de redação - texto dissertativo-argumentativo: Racismo Produção de texto Gênero: dissertativo-argumentativo (gênero escolar) Procedimentos: LEIA todos os textos a seguir e, posteriormente, discuta oralmente com seus colegas de classe as temáticas construídas. Ao final, produza um texto dissertativo- argumentativo, de acordo com a proposta apresentada. Introdução: Nas últimas semanas do mês de abril de 2014, o mundo, mais uma vez, viu cenas de racismo no futebol internacional. Em um jogo na Espanha, a vítima foi o brasileiro Daniel Alves. Um crime inafiançável, no Brasil, foi tratado de diversas formas pelas pessoas que olharam a desprezível cena a que o jogador foi acometido. Uma banana foi jogada em sua direção, enquanto se preparava para um lance com a bola, numa tentativa ilógica de associá-lo a um primata, devido à sua cor. Imediatamente, o jogador pegou a banana, comeu e continuou a partida: ―Não há o que fazer, isso não vai mudar nunca!‖ - disse Daniel à imprensa. Os textos a seguir repercutiram o fato. Cada um sob a sua ótica. Alguns viram o caso como algo isolado, outros protestaram, repetindo a cena à sua maneira, e outros criticaram os que criticaram, não concordando com a forma de protesto e apoio ao jogador. Ainda tiveram aqueles que se aproveitaram da situação como marketing ou como produto. Leia todos os textos, a seguir, procurando compreender como o significante ‗ banana’ foi reconfigurado na ótica de cada personagem de cada texto: produto, protesto, alimento, veneno, medo, forra, racismo... Após leitura e análise dos textos, procurando inferir a ótica do que se enuncia, faça o que se pede logo depois. Antes, porém, relembre a terrível cena de racismo cometida por estudantes americanos, no dia em que adolescentes negros conquistaram, na justiça, o direito de estudar em uma mesma escolar que outros estudantes brancos. Elizabeth Eckford, de 15 anos - 1957 Cinquenta e quatro anos atrás, um jovem fotógrafo do Arkansas Democrat conseguiu encapsular um desses momentos com sua primeira Nikon S2, máquina da era pré-digital. Carregou

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Proposta de redação - texto dissertativo-argumentativo: Racismo

Produção de texto

Gênero: dissertativo-argumentativo (gênero escolar)

Procedimentos: LEIA todos os textos a seguir e, posteriormente, discuta oralmente com seus

colegas de classe as temáticas construídas. Ao final, produza um texto dissertativo-

argumentativo, de acordo com a proposta apresentada.

Introdução: Nas últimas semanas do mês de abril de 2014, o mundo, mais uma vez, viu cenas

de racismo no futebol internacional. Em um jogo na Espanha, a vítima foi o brasileiro Daniel

Alves. Um crime inafiançável, no Brasil, foi tratado de diversas formas pelas pessoas que olharam

a desprezível cena a que o jogador foi acometido. Uma banana foi jogada em sua direção,

enquanto se preparava para um lance com a bola, numa tentativa ilógica de associá-lo a um

primata, devido à sua cor. Imediatamente, o jogador pegou a banana, comeu e continuou a

partida: ―Não há o que fazer, isso não vai mudar nunca!‖- disse Daniel à imprensa. Os textos a

seguir repercutiram o fato. Cada um sob a sua ótica. Alguns viram o caso como algo isolado,

outros protestaram, repetindo a cena à sua maneira, e outros criticaram os que criticaram, não

concordando com a forma de protesto e apoio ao jogador. Ainda tiveram aqueles que se

aproveitaram da situação como marketing ou como produto. Leia todos os textos, a seguir,

procurando compreender como o significante ‗banana’ foi reconfigurado na ótica de cada

personagem de cada texto: produto, protesto, alimento, veneno, medo, forra, racismo... Após

leitura e análise dos textos, procurando inferir a ótica do que se enuncia, faça o que se pede logo

depois. Antes, porém, relembre a terrível cena de racismo cometida por estudantes americanos,

no dia em que adolescentes negros conquistaram, na justiça, o direito de estudar em uma mesma

escolar que outros estudantes brancos.

Elizabeth Eckford, de 15 anos - 1957

“Cinquenta e quatro anos atrás, um jovem fotógrafo do Arkansas Democrat conseguiu encapsular um desses momentos com sua primeira Nikon S2, máquina da era pré-digital. Carregou

a máquina com um filme Kodak Plus X, ótimo para manhãs ensolaradas de final de verão, e foi cobrir o primeiro dia de aula de um grupo de estudantes negros na maior e melhor escola média de Little Rock. Esse pedaço de história ficou gravado no negativo de número 15. Eram apenas nove os jovens negros selecionados pela direção do principal colégio da cidade, o Central High School, para cumprir a ordem judicial de integração racial no país. Segundo David Margolick, autor do recém-publicado Elizabeth and Hazel: Two Womenof Little Rock (ainda inédito no Brasil), a peneira foi cautelosa. A busca se concentrou em colegiais que moravam perto da escola, tinham rendimento acadêmico ótimo, eram fortes o bastante para sobreviver à provação, dóceis o bastante para não chamar a atenção e estoicos o suficiente para não revidar a agressões. Como conjunto, também deveria ser esquálido, para minimizar a objeção dos 2 mil estudantes brancos que os afrontariam.”

Disponível em http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-62/anais-da-fotografia/odio-revisitado - Acesso em 29 de abril de 2014.

TEXTO 01

Texto do jornal: O Estado de S. Paulo

AGÊNCIA DE PUBLICIDADE AJUDOU NEYMAR NO MOVIMENTO #SOMOSTODOSMACACOS Vice de criação da Loducca explica ideia e diz: 'Temos orgulho de poder participar disso'

Gustavo Zucchi - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Após explodir nas redes sociais, a Loducca, agência de publicidade que trabalha com Neymar, revelou que ajudou o atacante a desenvolver a ideia da hashtag #somostodosmacacos. A empresa foi procurada pelo staff do jogador do Barcelona após o incidente com a torcida catalã após o jogo contra o Granada, onde Neymar e Daniel Alves tiveram que ouvir ofensas racistas.

"Nos procuraram na época porque entenderam que era hora do Neymar se manifestar sobre algo que vinha afetando ele, seus colegas e o futebol. Não é uma campanha, não tem comercial, propaganda. É um conceito para debater algo, tentar mudar uma realidade", explicou o sócio e vice-presidente de criação da Loducca, Guga Ketzer. "A ideia foi fazer algo leve, até mesmo bem-humorado e que fizesse pensar. Estávamos esperando o melhor momento para divulgar e foi após o que aconteceu no domingo", disse Ketzer.

Após Neymar divulgar nas redes sociais uma foto ao lado de seu filho segurando uma banana e com a hashtag #somostodosmacacos, o movimento explodiu na internet. Diversas celebridades como Luciano Huck e Ivete Sangalo, passando por esportistas e chegando até jornalistas, tiraram fotos semelhantes contra o racismo. "Imaginávamos que fosse grande, mas não com essa proporção. Isso serve para mostrar o poder que o Neymar tem e como é importante ele se posicionar", contou Guga Ketzer.

"A ideia é tirar o poder da palavra. Se não ofende, não tem sentido. Temos orgulho de poder ter participado . Agora é o momento de discutirmos isso, algo que nunca foi feito desta forma", completou o vice-presidente de criação da Loducca.

A foto foi uma ideia executada pelo próprio Neymar. A Loducca por sua vez, divulgou um vídeo para explicar o conceito de #somostodosmacacos.

Esta não é o primeira vez de racismo que Neymar sofre desde de que chegou na Espanha. Em março, torcedores do Espanyol também imitaram macacos e atiraram bananas em campo na direção do atacante e do lateral Daniel Alves. Já em abril, ambos os brasileiros foram ofendidos após a derrota para o Granada.

Fonte: http://m.estadao.com.br/noticias/esportes,agencia-de-publicidade-ajudou-neymar-no-movimento-somostodosmacacos,1159760,0.htm

TEXTO 02

Texto do site: BHAZ

“SOMOS TODOS MACACOS?” CAMPANHA DE APOIO A DANIEL ALVES É ALVO DE CRÍTICAS NAS REDES SOCIAIS

O mais recente caso de racismo no futebol continua dando o que falar na internet. Desde o início desta segunda-feira (28), milhares de pessoas, de diferentes regiões do país, seguem publicando fotos e relatos em apoio ao jogador Daniel Alves, vítima de um insulto preconceituoso na Espanha. No entanto, nem todos os internautas concordam com a expressão ―Somos todos macacos‖, utilizada em repúdio à situação vivida pelo lateral-direito. O brasileiro comeu uma banana jogada em campo por um torcedor durante partida entre o Barcelona e o Villarreal.

Na contramão das publicações que acompanham a hashtag #somostodosmacacos, lançada por Neymar, centenas de usuários das redes sociais afirmam considerar a campanha um ―tiro no pé‖. Para alguns críticos, o uso do termo ―macaco‖ em referência a pessoas só reforça o racismo.

―Cresci ouvindo isso de maneira pejorativa e SÓ EU sei o quanto me doeu. Agora o fanfarrão do Neymar Jr. se diz solidário ao colega e lança uma campanha tão descabida quanto os atos preconceituosos que a culminaram. Sou contra o racismo sim, mas não sou macaco‖, desabafou um rapaz ao comentar a polêmica no Facebook. ―Racismo se combate com atitudes e comer banana não faz parte delas #eunãosoumacaco‖, escreveu um usuário do Twitter.

―Me desculpem, mas #eunãosoumacaco. Tão achando que o povo lá fora tá levando ‗Somos todos macacos‘ a sério? Tão é rindo disso tudo!‖, acrescentou outro. ―Não, não somos todos macacos. Triste ver esse discurso se multiplicar. Somos todos humanos!‖, lamentou uma jovem.

Além da expressão, Neymar também se transformou em alvo de comentários assim que saiu em defesa de Daniel Alves. A repercussão relacionada ao tema trouxe à tona uma entrevista concedida pelo ex-jogador do Santos ao jornal Estadão, em 2010. Publicado na seção ―Direto da Fonte‖, da colunista Sonia Ray, o bate papo traz o craque falando sobre diferentes assuntos.

Em determinado momento, ele foi questionado sobre ter sofrido racismo no futebol e afirmou: ―Nunca. Nem dentro e nem fora de campo. Até porque eu não sou preto, né?‖. A resposta tem sido lembrada para sugerir que a discriminação não pode ser banalizada por ―alguém que não sabe o que diz‖, como o atacante é taxado em diversas postagens.

Neymar não pensou sozinho

De acordo com o portal Meio e Mensagem, especializado em publicidade, a postagem de Neymar e a expressão ―somos todos macacos‖ foram pensadas pela agência paulista Loducca. Na matéria em que faz a revelação, o portal cita o sócio e vice-presidente de criação do escritório, Guga Ketzer, que teria confirmado a participação da equipe na iniciativa.

―Em parceria com o jogador e com a equipe dele, fizemos essa ação por uma necessidade. Há algumas semanas, o Neymar e o Daniel Alves foram afetados por manifestações racistas. Na volta do jogo, torcedores imitaram macacos para o Neymar quando ele saiu do ônibus. E ele entendeu que havia a necessidade de se criar uma campanha para essa causa‖, disse ao site.

Fonte: http://www.bhaz.com.br/somos-todos-macacos-campanha-em-apoio-a-daniel-alves-e-alvo-de-criticas-nas-redes-sociais-entenda/

TEXTO 03

Texto do jornal: Folha de São Paulo

HUCK É CRITICADO POR USAR CAMPANHA #SOMOSTODOSMACACOS PARA VENDER CAMISETA

Luciano Huck foi uma das primeiras celebridades a embarcar na campanha #somostodosmacacos, criada por Neymar (e, depois soube-se, por uma agência de publicidade) e que é o principal assunto no dia nas redes sociais.

Logo após Neymar, postou uma foto com a mulher, Angélica, e uma banana, o ‗símbolo‘ da campanha. Também mandou uma mensagem de apoio a Daniel Alves, o jogador que gerou toda a história ao comer uma banana atirada contra ele durante um jogo do Campeonato Espanhol.

Até aí, o apresentador tinha mandado bem, entrando em uma campanha anti-racismo, etc e tal. Inclusive foi importante para que ela se disseminasse rapidamente. O problema veio a seguir.

Hoje, a grife criada por ele, a UseHuck, lançou uma camiseta que tem a hashtag e uma banana estampadas. Custa R$ 69.

O que o apresentador –ou quem do seu estafe que teve essa ideia– não contava é que a tal camiseta seria um tiro no pé. Uma chuva de críticas ao apresentador começou a ocorrer nas redes sociais, e seu nome também chegou aos trendingtopics (assuntos mais comentados) do Brasil. Na maioria dos casos, chamando-o de oportunista.

Fonte: http://hashtag.blogfolha.uol.com.br/2014/04/28/huck-e-criticado-por-usar-campanha-somostodosmacacos-para-vender-camiseta/

TEXTO 04

Texto da revista: Forum

“SOMOS TODOS MACACOS” FOI ARQUITETADO POR AGÊNCIA DE PUBLICIDADE

A campanha de Neymar, lançada após o ato racista contra Daniel Alves, teve o envolvimento da Loducca, uma das maiores agências do país; até camisetas da campanha já estão disponíveis para venda

A hashtag #somostodosmacacos, lançada por Neymar no último domingo (27) e apoiada, em seguida, por outros famosos, não foi uma criação do jogador da seleção brasileira.

De acordo com o site Meio e Mensagem, um portal sobre comunicação, a agência Loducca confirmou que se uniu ao jogador pois ele teria enxergado a necessidade de se criar uma ação contra o racismo, tendo em vista recentes episódios de preconceito em que atletas brasileiros foram vítimas.

―Em parceria com o jogador e com a equipe dele, fizemos essa ação por uma necessidade. Há algumas semanas, o Neymar e o Daniel Alves foram afetados por manifestações racistas. Na volta do jogo, torcedores imitaram macacos para o Neymar quando ele saiu do ônibus. E ele entendeu que havia a necessidade de se criar uma campanha para essa causa‖, afirmou ao portal Guga Ketzer, sócio e vice-presidente de criação da Loducca.A campanha foi encabeçada por Neymar após o jogador Daniel Alves comer uma banana atirada em campo por um torcedor durante a partida entre Barcelona e Villareal no último domingo (27). Alguns nomes conhecidos, como o apresentador Luciano Huck, o jogador de futsal Falcão, o músico Alexandre Pires, e o colunista Reinaldo Azevedo postaram fotos com bananas e a hashtag #somostodosmacacos.

O movimento, no entanto, não se limita ao uso das hashtags nas fotos. Agora, um vídeo da agência explicando a campanha já circula na rede e até camisetas com o tema já estão sendo vendidas, inclusive, na loja virtual do apresentador Luciano Huck.

Fonte: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/04/somos-todos-macacos-foi-arquitetado-por-agencia-de-publicidade/

TEXTO 05

Texto do site: Uol notícias

ANA MARIA BRAGA COME BANANA NO "MAIS VOCÊ" EM APOIO A DANIEL ALVES

Ana Maria Braga se uniu ao jogador Daniel Alves, que protestou em jogo de futebol ao comer uma banana que foi arremessada a ele por um torcedor. Ao fim do "Mais Você", a apresentadora descascou a fruta, assim como fez o atleta."Daniel deu uma resposta muito digna quando pegou a banana e comeu. Em meu nome e do Louro José, nós registramos nossa solidariedade", falou Ana Maria, segundo o site oficial do "Mais Você". No Instagram, a apresentadora afirmou com ironia: "Abaixo o racismo. #somostodosmacacos".Angélica e Luciano Huck manifestaram apoio ao jogador Daniel Alves, ao postarem uma foto com uma banana. "Somos todos macacos", disse o casal. Além de Ana Maria, outros famosos manifestaram apoio ao atleta do Barcelona. "O jogador Neymar também manifestou solidariedade nas redes sociais. Companheiro de Daniel no Barcelona, ele postou uma foto ao lado do filho Davi com a frase: 'Somos todos macacos'", comentou a apresentadora.

Neymar saiu em defesa do amigo em sua conta do Twitter. "Deeeeeitou Daniel Alves .... Tomaaa bando de racistas .... #somostodosmacacos e dai?", escreveu o craque. Minutos mais tarde, o atacante voltou a usar seus perfis nas redes sociais para apoiar Daniel Alves. Na imagem, ele, com o filho David Lucca no colo, aparece segurando uma banana. "Somos todos macacos", escreveu o atleta em português, inglês e espanhol.A presidente Dilma Rousseff falou da campanha lançada por Neymar em seu Twitter, e também lamentou o episódio de racismo. "O jogador @DaniAlvesD2 deu uma resposta ousada e forte ao racismo no esporte. Diante de uma atitude que infelizmente tem se tornado comum nos estádios, @DaniAlvesD2 teve atitude", expressou. "Em seu apoio, @neymarjr lançou a campanha #somostodosmacacos para mostrar que temos todos a mesma origem e que nada nos difere, a não ser nossa tolerância com o outro. O Brasil na #CopaDasCopas levanta a bandeira do combate à discriminação racial #CopaContraORacismo. Vamos mostrar que nossa força, no futebol e na vida, vem da nossa diversidade étnica e dela nos orgulhamos. #CopaSemRacismo", completou.O episódio de racismo envolvendo o jogador Daniel Alves aconteceu no último domingo, em jogo do Barcelona contra o Villarreal. Durante a partida, uma banana foi arremessada no campo quando ele ia cobrar um escanteio. O lateral pegou a banana do chão, a descascou e a comeu antes de fazer a cobrança. Na saída do gramado, o lateral comentou seu gesto: "Estou há onze anos na Espanha, e há onze anos é igual... tem que rir desses atrasados".

Fonte: http://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2014/04/28/ana-maria-braga-come-banana-no-mais-voce-em-apoio-a-daniel-alves.htm

TEXTO 06

Texto do site: Uol Esportes

PAI DE DANIEL ALVES FICA PREOCUPADO: "PODIA TER VENENO NA BANANA"

A atitude do brasileiro Daniel Alves ao comer uma banana atirada por um torcedor causou duas sensações distintas na família: um misto de alegria pelo furor causado e repercutido positivamente, mas também preocupação pelo fato de engolir um alimento de procedência desconhecida.O pai do jogador, Domingos Alves, revela que estava assistindo à partida vencida pelo Barcelona por 3 a 2 sobre o Villarreal, no domingo, quando o filho decidiu reagir de uma maneira diferente à ação do torcedor racista. Conta que ficou feliz pela vitória e pela lição que levou o desconhecido da arquibancada. "O torcedor desse time recebeu o que merecia. Eles venciam por 2 a 0 e acabaram levando três gols e ganhamos o jogo. Foi um castigo que ele recebeu. Acho que foi coisa de Deus. Pode tacar banana, porque a gente não liga pra isso não, nós gostamos de banana", falou. "Eu assistia o jogo na hora e de repente eu vi ele(ups!) descascando e comendo a banana e depois o repórter falando isso. A atitude foi boa, mas é um perigo. Poderia ter algo diferente nessa banana, sabe-se lá o que poderia ter ali. Pode ter veneno, né?", falou.Domingos Alves, natural da cidade de Juazeiro, no interior da Bahia, relatou que ainda não teve oportunidade de conversar com o filho. Mas que vai aconselhá-lo a não fazer mais isso e já até fez um alerta por e-mail. "Com certeza vou falar com ele e aconselhar não fazer isso não. Já enviamos um e-mail pra ele. A gente fica preocupado, isso de repente pode complicar a vida do jogador."Ele agradeceu as pessoas que vem apoiando o filho nas redes sociais. "Fico muito feliz em o pessoal estar do lado dele, mas sobre atitudes como essa, não mexe com a gente não. O Daniel Alves é uma pessoa maravilhosa. Conseguiu mostrar algo diferente."

Fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2014/04/28/atitude-de-daniel-alves-preocupa-seu-pai-podia-ter-veneno-na-banana.htm

TEXTO 07

Texto do site: Culti e Popi

PORQUE COMPARAR NEGROS A MACACOS NÃO DEVE SER MOTIVO DE PIADA

Ota Benga, Zoológico do Bronx, Nova York em 1906

A foto acima é do pigmeu Ota Benga, que ficou em exibição junto a macacos no Zoológico do Bronx, Nova York, em 1906. Ota foi levado do Congo para Nova York e sua exibição em um zoológico americano serviu como um exemplo do que os cientistas daquela época proclamaram ser uma raça evolucionária inferior ao ser humano. A história do jovem Ota serviu para inflamar as crenças sobre a supremacia ariana defendida por Adolf Hitler. Sua história é contada no documentário ―The Human Zoo‖ (O Zoológico Humano).

Comparar os negros a macacos não é nada maneiro.

Assim como aquela velha e infeliz “piada” que pergunta, qual a diferença entre uma lata cheia de merda e um negro?,as piadas que comparam negros a macacos são racistas em sua essência; não são inovadoras, originais ou mesmo inteligentes pois humilham, causam constrangimento, tristeza e mal humor em várias pessoas, principalmente aquelas que sabem o real significado de ser não-branco no Brasil. E a causa desse constrangimento tem uma razão histórica, como veremos.

Hoje vemos no Brasil o comportamento racista contra os negros surgindo de forma não camuflada e assim abalando as bem fracas estruturas do mito nacional da democracia racial. E nestes últimos dias o Brasil testemunhou casos onde negros sofreram humilhação pública, ofensas que utilizaram a figura do macaco dentro de um espaço já tradicionalmente reconhecido como popular, racialmente democrático e diverso: a arena de futebol.

O árbitro de futebol Márcio Chagas da Silva foi mais um alvo de racismo no último dia 5, durante a partida entre Esportivo e Veranópolis, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, quando ele, na entrada do jogo, foi chamado pela torcida de ―macaco‖, ―imundo‖, e ―escória‖. E mais tarde o árbitro encontrou seu carro amassado e sujo com bananas, inclusive no cano do escapamento, assim reportado pelo Portal Terra. Um dia depois mais um caso ocorreu, desta vez em São Paulo, como noticiou o jornal Estado de São Paulo:

―Após ser chamado de ‗macaco‘ no Estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim, o volante Arouca repudiou as ofensas racistas que sofreu de torcedores na vitória do Santos por 5 a 2 contra o time da casa. Em nota, o atleta, que fez o terceiro gol da equipe praiana no jogo, classificou como ‗lamentável e inaceitável‘ os xingamentos ouvidos na noite da última quinta-feira, em partida válida pelo Campeonato Paulista.‖

Esse tipo de ofensa vem ocorrendo em todo o mundo, e aumentou bastante desde que Barak Obama se tornou presidente dos Estados Unidos, tendo ele sido alvo de várias caricaturas humilhantes retratando-o como macaco, e que tiveram o intuito único e absoluto de ofender o primeiro negro a ocupar o cargo de presidente daquele país. Estádios de futebol na Europa também se tornaram palco deste tipo de insulto regularmente.

Entretanto, muita gente não compreende a magnitude e profundidade da utilização da figura do macaco como insulto aos negros, mesmo quando a utilização da figura daquele animal tem como objetivo fazer alguém rir.

Já algum tempo atrás, um humorista fez uma piada onde comparou o King Kong a jogadores de futebol. Entidades e grupos afro-brasileiros repudiaram tal piada e através de um twitter o humorista pergunta porque não se pode chamar

um negro de macaco.

Esta postagem não é uma tentativa de explicação do porque não se pode chamar um negro de macaco, mas sim uma explicação do porque não se deve fazer esta comparação, e porque e como a mesma fere profundamente algumas pessoas.

Bem, tudo tem uma raiz histórica.

James Bradley, professor de História da Medicina/Ciência da Vida da University de Melbourne, na Austrália, em seu texto ―The apeinsult: a short historyof a racistidea‖ (O Macaco Como Insulto: Uma curta história de uma idéia racista), publicado no site The Conversation: Academicrigour, journalisticflair, detalha o uso ofensivo da comparação de descendentes de africanos com o animal macaco. Ele diz que para se ―entender a força e o objetivo do uso do macaco como insulto, a gente precisa de uma dose de história‖.

Para isso ele retorna ao século 18, momento no qual as teorias da evolução já estavam sendo propostas, e que as teorias de Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck (1744-1829) o tornaram o ancestral das teorias de Darwin. Bradley diz que para Lamarck, a evolução não se deu através da seleção natural no espírito darwiano, mas sim através de uma força vital que levou organismos a se tornarem mais complexos, funcionando em combinação com a influência do ambiente. Segundo Bradley, ―nesta visão, os seres humanos não compartilhariam um ancestral em comum com os macacos‖, eles seriam na verdade, ―os diretos descendentes dos macacos‖, e por consequência, os africanos ―se tornaram o elo entre os macacos e os europeus‖.

A teoria de Lamarck junto às várias outras teorias similares da época, foram vitais para a elaboração do racismo científico—também conhecido como pseudociência, ou falsa ciência. Bradley novamente nos explica que ao fazer parecer que os ―não-europeus seriam mais macacos do quê humanos, essas diferentes teorias foram usadas para justificar a escravidão nas Américas e o colonialismo no resto do mundo‖. O autor acredita que todas aquelas diferentes teorias científicas e religiosas operaram na mesma direção‖, ou seja, ―reforçaro direito europeu de controlar grande parte do mundo‖. E esta foi a maneira que os europeus se diferenciaram não só biologicamente mas também ―culturalmente‖, mantendo sua superioridade sobre os outros povos.

Bradley por fim faz uma importante proposição: ―Invocar a imagem do macaco é acessar o poder que levou a desapropriação das populações não-europeias e outras heranças do colonialismo‖. E interessantemente ao se referir ao contexto australiano, mas que tem uma repercussão também em várias outras partes do mundo, o autor termina seu texto dizendo:

“Claramente, o sistema educacional não faz o suficiente para nos educar sobre a ciência ou a história do homem. Porque se o fizesse, nós veríamos o desaparecimento do uso do macaco como insulto”.

A razão pela qual não se deve comparar negros a macacos, é por esta ser uma simples repetição de uma parte perversa da nossa história, e que por ainda ser o Brasil uma sociedade de imensas desigualdades sociais, essa comparação se torna altamente perigosa. Assim, mesmo enquanto piada, a comparação não é inovadora nem mesmo original ou inteligente, pois usa as ideias obsoletas criadas no século 18 como base para o humor. Estas piadas reforçam o racismo já estabelecido na nossa sociedade e só servem a um único objetivo: aumentar a aura de falsa superioridade biológica e cultural do branco, aumentando consequentemente, as desigualdades entre a população.

A comparação do negro ao macaco também evoca a crença escravocrata de que os escravos africanos, por serem equivalentes aos animais, não tinham alma.

A equação negro = macaco poderia não ser ofensiva caso esta não tivesse feito parte de uma estratégia engenhosamente construída para legitimar o controle e o domínio sistemático sobre a população africana que durou 4 séculos. Esta equação retirou o caráter humano da população africana e de seus descendentes transformando-os em seres inferiores. Esta equação não somente justificou o trabalho forçado e não remunerado nas grandes lavouras, mas também dividiu milhões de famílias e transformou milhões de seres humanos em mercadoria que com o respaldo social, legal e científico para a sua inferioridade podiam ser sistematicamente humilhados, torturados, estuprados e assassinados à mercê do humor de seus donos. Comparar negro a macaco é, queira ou não, reviver e venerar um dos mais horríveis e longos episódios da história da humanidade.

Ainda, fica claro que fazer piada sobre um grupo social historicamente fragilizado é fácil, pois quem o fizer receberá o apoio de uma parte da sociedade que tem cravado em seu imaginário coletivo a crença de que os negros gostam de ser humilhados e ofendidos, e que podem ser humilhados e ofendidos por serem inferiores. Todavia, fazer alguém rir sem usar a ofensa, por ser difícil, ainda será uma tarefa a ser realizada somente pelos portadores de real talento humorístico.

Piada, humor e comédia em geral, servem para liberar as mais variadas emoções escondidas no ser humano, geralmente criando um senso de bem estar, mas hoje temos um monstro à solta nos estádios de futebol, nos salões de manicure, por aí, nas ruas. Isso nos leva a crer que parte do humor que ataca gratuitamente a ideologia do ―politicamente correto‖, o faz tão somente como forma de justificar limitações artísticas.

Talvez seja esta uma outra razão pela qual não se deva comparar o negro ao macaco: as pessoas podem acreditar, já que uma população que muito carece de um sistema educacional de qualidade (desde a classe social mais alta até a classe baixa), tende a aprender, acreditar, imitar, tende a se educar através das verdades criadas pelas celebridades do mundo do entretenimento.

Fonte: http://culti-e-popi.blogspot.com.br/2014/03/porque-comparar-negros-macacos-nao-e.html?m=1

TEXTO 08

Texto do blog: Negrobelchior

CONTRA O RACISMO NADA DE BANANAS, NADA DE MACACOS, POR FAVOR!

À esquerda, foto de Neymar em apoio a Daniel Alves; À direita foto de Ota Benga, Zoológico do Bronx, Nova York, em 1906.

A foto da esquerda todo mundo viu. É o craque Neymar com seu filho no colo e duas bananas, em apoio a Daniel Alves e em repulsa ao racismo no mundo do futebol.

Já a foto à direita, é do pigmeu Ota Benga, que ficou em exibição junto a macacos no zoológico do Bronx, Nova York, em 1906. Ota foi levado do Congo para Nova York e sua exibição em um zoológico americano serviu como um exemplo do que os cientistas da época proclamaram ser uma raça evolucionária inferior ao ser humano. A história de Ota serviu para inflamar crenças sobre a supremacia racial ariana defendida por Hitler. Sua história é contada no documentário ―The Human Zoo‖.

A comparação entre negros e macacos é racista em sua essência. No entanto muitos não compreendem a gravidade da utilização da figura do macaco como uma ofensa, um insulto aos negros.

Encontrei essa forte história num artigo sensacional que li dia desses, e que também trazia reflexões de James Bradley, professor de História da Medicina na Universidade de Melbourne, na Austrália. Ele escreveu um texto com o título ―O macaco como insulto: uma curta história de uma ideia racista‖. Termina o artigo dizendo que “O sistema educacional não faz o suficiente para nos educar sobre a ciência ou a história do ser humano, porque se o fizesse, nós viveríamos o desaparecimento do uso do macaco como insulto.”

Não, querido Neymar. Não somos todos macacos. Ao menos não para efeito de fazer uso dessa expressão ou ideia como ferramenta de combate ao racismo.

Mas é bom separar: Uma coisa é a reação de Daniel Alves ao comer a banana jogada ao campo, num evidente e corriqueiro ato racista por parte da torcida; outra coisa é a campanha de apoio a Daniel e de denúncia ao racismo, promovida por Neymar.

No Brasil, a maioria dos jogadores de futebol advém de camadas mais pobres. Embora isso esteja mudando – porque o futebol mudou, ainda é assim. Dentre esses, a maioria dos que atingem grande sucesso são negros. Por buscarem o sonho de vencer na carreira desde cedo, pouco estudam. Os ―fora de série‖ são descobertos cada vez mais cedo e depois de alçados à condição de estrelas vivem um mundo à parte, numa bolha. Poucos foram ou são aqueles que conseguem combinar genialidade esportiva e alguma coisa na cabeça. E quando o assunto é racismo, a tendência é piorar.

E Daniel comeu a banana! Ironia? Forma de protesto? Inteligência? Ora, ele mesmo respondeu na entrevista seguida ao jogo:

“Tem que ser assim! Não vamos mudar. Há 11 anos convivo com a mesma coisa na Espanha. Temos que rir desses retardados.”

É uma postura. Não há o que interpretar. Ele elaborou uma reação objetiva ao racismo: Vamos ignorar e rir!

Há um provérbio africano que diz: ―Cada um vê o sol do meio dia a partir da janela de sua casa‖. Do lugar de onde Daniel fala, do estrelato esportivo, dos ganhos milionários, da vida feita na Europa, da titularidade na seleção brasileira de futebol, para ele, isso é o melhor – e mais confortável, a se fazer: ignorar e rir. Vamos fazer piada!

Vamos olhar para esses idiotas racistas e dizer: sou rico, seu babaca! Sou famoso! Tenho 5 Ferraris, idiota! Pode jogar bananas à vontade!

O racismo os incomoda. E os atinge. Mas de que maneira? Afinal, são ricos! E há quem diga que ―enriqueceu, tá resolvido‖ ou que ―problema é de classe‖! O elemento econômico suaviza o efeito do racismo, mas não o anula. Nesse sentido, os racistas e as bananas prestam um serviço: Lembram a esses meninos que eles são negros e que o dinheiro e a fama não os tornam brancos!

Daniel Alves, Neymar, Dante, Balotelli e outros tantos jogadores de alto nível e salários pouca chance terão de ser confundidos com um assaltante e de ficar presos alguns dias como no caso do ator Vinícius; pouco provavelmente serão desaparecidos, depois de torturados e mortos, como foi Amarildo; nada indica que possam ter seus corpos arrastados por um carro da polícia como foi Cláudia ou ainda, não terão que correr da polícia e acabar sem vida com seus corpos jogados em uma creche qualquer. Apesar das bananas, dificilmente serão tratados como animais, ao buscarem vida digna como refugiados em algum país cordial, de franca democracia racial, assim como as centenas de Haitianos o fazem no Acre e em São Paulo.

O racismo não os atinge dessa maneira. Mas os atinge. E sua reação é proporcional. Cabe a nós dizer que sua reação não nos serve! Não será possível para nós, negras e negros brasileiros e de todo o mundo, que não tivemos o talento (ou sorte?) para o estrelato, comer a banana de dinamite, ou chupar as balas dos fuzis, ou descascar a bainha das facas. Cabe a nós parafrasear Daniel, na invertida: “Não tem que ser assim! Nós precisamos mudar! Convivemos há 500 anos com a mesma coisa no Brasil. Temos que acabar com esses racistas retardados, especialmente os de farda e gravata”.

Quanto a Neymar, ele é bom de bola. E como quase todo gênio da bola, superacumula inteligência na ponta dos pés. Pousa com seu filho louro, sem saber que por ser louro, mesmo que se pendure num cacho de bananas, jamais será

chamado de macaco. A ofensa, nesse caso, não fará sentido. Mas pensemos: sua maneira de rechaçar o racismo foi uma jogada de marketing ou apenas boa vontade? Seja o que for, não nos serve.

Sou negro, nascido em um país onde a violência e a pobreza são pressupostos para a vida da maior parte da população, que é negra. Querido Neymar – mas não: Luciano Hulk, Angélica, Reinaldo Azevedo, Aécio Neves, Dilma Rousseff, artistas e a imprensa que, de maneira geral, exaltou o ―devorar da banana‖ e agora compartilham fotos empunhando a saborosa fruta, neste país, assim como em todo o mundo, a comparação de uma pessoa negra a um macaco é algo culturalmente ofensivo.

Eu como negro, não admito. Banana não é arma e tampouco serve como símbolo de luta contra o racismo. Ao contrário, o reafirma na medida em que relaciona o alvo a um macaco e principalmente na medida em que simplifica, desqualifica e pior, humoriza o debate sobre racismo no Brasil e no mundo.

O racismo é algo muito sério. Vivemos no Brasil uma escalada assombrosa da violência racista. Esse tipo de postura e reação despolitizadas e alienantes de esportistas, artistas, formadores de opinião e governantes tem um objetivo certo: escamotear seu real significado do racismo que gera desde bananas em campo de futebol até o genocídio negro que continua em todo o mundo.

Eu adoro banana. Aqui em casa nunca falta. E acho os macacos bichos incríveis, inteligentes e fortes. Adoro o filme Planeta dos Macacos e sempre que assisto, especialmente o primeiro, imagino o quanto os seres humanos merecem castigo parecido. Viemos deles e a história da evolução da espécie é linda. Mas se é para associar a origens, por que não dizer que #SomosTodosNegros ? Porque não dizer #SomosTodosDeÁfrica ? Porque não lembrar que é de África que viemos, todos e de todas as cores? E que por isso o racismo, em todas as suas formas, é uma estupidez incompatível com a própria evolução humana? E, se somos, por que nos tratamos assim?

Mas não. E seguem vocês, ―olhando pra cá, curiosos, é lógico. Não, não é não, não é o zoológico‖.

Portanto, nada de bananas, nada de macacos, por favor!

Fonte: http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2014/04/28/contra-o-racismo-nada-de-bananas-por-favor/

TEXTO 09

Texto da Revista Época

“NÃO HÁ RACISMO NO FUTEBOL”, AFIRMA VICENTE DEL BOSQUE

RENATO MACHADO

O técnico da seleção espanhola, Vicente del Bosque, afirmou em entrevista, nesta terça-feira (29), que no futebol não existe racismo. A declaração do comandante campeão mundial em 2010 foi dada dois dias após o episódio de racismo envolvendo Daniel Alves, lateral do Barcelona, na partida diante do Villarreal. Presente no lançamento de um livro que aborda a conquista da Copa do Mundo de 2010, o técnico da roja, Vicente del Bosque, minimizou o episódio de racismo sofrido por Daniel Alves no último domingo. ―Utilizam o futebol para fazer propaganda de um tema grave. Quero pensar que são fatos isolados. Creio que não há racismo no futebol, mas que existam pessoas que utilizem o futebol para fazer esse tipo de coisa‖, afirmou. Questionado se o episódio poderia de, alguma forma, atrapalhar a seleção espanhola em solo brasileiro, del Bosque discordou, defendo seu país. ―Não acredito que o episódio possa nos afetar no Brasil em relação ao próximo Mundial. Estamos em um grande país, apesar desses fatos isolados.‖ Além do recente caso, Daniel Alves e Neymar também sofreram atos de racismo no final de março, no jogo contra o Espanyol, em partida válida pelo também campeonato espanhol.

Fonte: http://epoca.globo.com/vida/copa-do-mundo-2014/noticia/2014/04/bnao-ha-racismo-no-futebolb-afirma-vicente-del-bosque.html

Proposta de redação

Produza um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se diante das manifestações de apoio

ao jogador Daniel Alves. Para isso, contextualize, primeiramente, o acontecimento, narrando o

fato e seus efeitos provocados. Em uma segunda parte, defenda seu ponto de vista e, na

conlusão, acrescente a elaboração de uma proposta para resolver o problema do racismo em

nossa sociedade.

Pauta de revisão:

Comentários do avaliador

Cortar e acrescentar são importantes ferramentas de edição. Sugira para o colega:

O que você cortaria? O que você acrescentaria? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________

Tópicos de análise

Sim ou não

Sua

opinião

Opinião do

colega:

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... e para o(a)

professor(a):

Há uma seleção das ideias?

Há uma conclusão para o texto, retomando algumas das ideias expostas?

E um texto claro, bem escrito?

O autor se preocupou em evitar repetições de palavras? (Destaque no texto

do colega todas as palavras que se repetem, se houver).

O autor se preocupou em rever a ortografia e a acentuação gráfica das

palavras? (Destaque os problemas, se houver).

O autor se preocupou em caprichar na apresentação de seu texto, usando

letra legível, sem rasurar ou rabiscar?

O autor se preocupou em marcar a abertura dos parágrafos e em alinhar as

margens do texto, evitando ―ziguezagues‖?

Pauta de avaliação:

EIXOS COGNITIVOS COMPETÊNCIA VALOR NOTA

Dominar linguagens padrão.

Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa

Enfrentar situações-problema

Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.

Construir argumentação

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

Elaborar proposta

Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

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