Proposta de revisão do Plano de Ações Estratégicas para o ......Idosos (60 anos e mais)...

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Proposta de revisão do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil - 2011 a 2022 Brasília, 04 de Dezembro de 2019 Luciana Monteiro Vasconcelos Sardinha Coordenadora Geral de Doenças e Agravos não Transmissíveis DASNT / SVS / MS

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  • Proposta de revisão do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil - 2011 a 2022

    Brasília, 04 de Dezembro de 2019

    Luciana Monteiro Vasconcelos SardinhaCoordenadora Geral de Doenças e Agravos não Transmissíveis

    DASNT / SVS / MS

  • Sumário

    Estrutura do Plano de Ações 2011-2022

    Monitoramento das metas do Plano 2011-2022

    Processo de revisão do Plano de Ações 2020-2030

    Agendas estratégicas

  • Cenário atual das DCNT

    41 milhõesde mortes 15 MILHÕES

    (30 a 69 anos)

    85%

    FATORES DE RISCOAumentam o risco de morrer por DCNT

    71%12 MILHÕES(Países de baixa e média renda)

    No mundo:

    No Brasil:

    75%da mortalidade geral

    Doenças Cardiovasculares

    Respiratórias Crônicas

    Diabetes mellitus

    Neoplasias

  • OBJETIVO: promover o desenvolvimento e aimplementação de políticas efetivas, integradas,sustentáveis e baseadas em evidências para aprevenção e o controle das DCNT e seus fatoresde risco e fortalecer os serviços de saúde voltadosàs doenças crônicas.

    Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis 2011-2022

    Eixo I

    • Vigilância, informação, avaliação e monitoramento

    Eixo II

    • Promoção da Saúde

    Eixo III

    • Cuidado Integral

  • Reduzir taxa de mortalidade prematura por DCNT em 2% ao ano

    Fonte: SIM/DATASUS/MS

    315,5 313,6 304,3 300,0 290,8 290,4 291,7 282,3

    0,0

    50,0

    100,0

    150,0

    200,0

    250,0

    300,0

    350,0

    2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

    Taxa de Mortalidade* (padronizada) prematura por DCNT. Brasil, 2010 -2017

    Plano Nacional Mortalidade observada

    Meta alcançada, porém com tendênciaà estabilização desde

    2014

    *Dados não ajustado por subregistro e causa mal definida.

    Monitoramento das metas do Plano DCNT

    Meta 2022: 285,8

  • Mortalidade prematura por DCNT

    Fonte: SIM/DATASUS/MS

    153,2

    129,1

    112,5

    109,2

    26,8 23,9

    23,020,0

    0,0

    20,0

    40,0

    60,0

    80,0

    100,0

    120,0

    140,0

    160,0

    180,0

    2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

    Taxa de Mortalidade (padronizada) de 30 a 69 anos por DCNT segundo grupos de causa. Brasil, 2010 - 2017

    Cardiovasculares Neoplasias Diabetes Respiratórias

    Monitoramento das metas do Plano DCNT

    *Dados não ajustado por subregistro e causa mal definida.

  • Monitoramento das metas do Plano DCNT

    Metas do Plano de DCNT - BrasilValor da linha

    de base

    (2010)

    Resultado

    mais recente

    Abrangência

    geográfica

    Reduzir a taxa de mortalidade prematura (30-69 anos) por DCNT em 2% ao ano* 291,7 (2016) 282,3 (2017) Brasil

    Reduzir a prevalência de tabagismo em 30%14,1%

    -

    9,3% (2018)

    14,5% (2013)

    Capitais

    Brasil

    Aumento de mamografia em mulheres de 50-69 de idade anos nos últimos dois

    anos para 70%

    73,4%

    54%

    78,0% (2018)

    60% (2013)

    Capitais

    Brasil

    Aumento Papanicolau em mulheres de 25-64 de idade anos nos últimos três

    anos para 85%

    82,2%

    78%

    81,7% (2018)

    79,4% (2013)

    Capitais

    Brasil

    Aumento da prevalência da prática de atividade física no tempo livre em 10%30,1%

    -

    38,1% (2018)

    22,5% (2013)

    Capitais

    Brasil

    Contenção do crescimento da obesidade em adultos15,1%

    19,8% (2018)

    20,8% (2013)

    Capitais

    Brasil

    Aumento do consumo recomendado de frutas e hortaliças em 10%19,5%

    -23,1% (2018) Capitais

    Redução do consumo abusivo de bebidas alcoólicas em 10%18,1%

    -

    17,9% (2018)

    13,7% (2013)

    Capitais

    Brasil

    Meta alcançada. Meta não alcançada. Meta estável. *Dados ajustados

  • Proposta de revisão do Plano de

    Ações Estratégicas para o

    Enfrentamento das DCNT no Brasil

    (2011-2022)

  • Pressupostos para revisão do Plano

    Estender até 2030;

    Alinhar com ODS;

    Revisar e atualizar ações e metas do plano vigente

    Incluir agravos: violências e acidentes;

    Incluir poluição do ar como fator de risco;

    Discutir a relação das DANT com saúde mental.

  • Pressupostos do Plano DANT

    Plano do Ministério da Saúde

    Metas factíveis e indicadores realistas

    Revisão a cada 2 anos

    Indução de ações a estados e Municípios

    Vinculação a instrumentos de planejamento – Plano Nacional de Saúde

    Organização por Eixos x Linhas de ação

  • Proposta de revisão

    Passo 1: levantamento epidemiológico (mortalidade, morbidade,estratificação por sexo, grupos etários, grupos específicos)

    Passo 2: revisão do Plano vigente e proposição de novas ações pelas áreas doMS, com base em evidências e nas priorizações das Secretarias do MS

    Passo 3: discussão com especialistas dos achados e das priorizações: 24 e25/10

    Passo 4: discussão com outros órgãos setoriais e entes federados (SES, SMS):Fórum DANT em 05, 06 e 07/11

    Passo 5: Socialização do monitoramento do Plano DCNT 2011-2022: Expoepi2019 (04 a 06/12)

    Passo 6: realização de Consulta Pública, avaliação das sugestões, pactuação elançamento - Primeiro semestre/ 2020

  • • 01/10 – Consumo nocivo de álcool

    • 03/10 – Alimentação inadequada e Inatividade física

    • 04/10 – Poluição do ar

    • 14/10 – Tabagismo

    • 15/10 – Violência doméstica (mulher, criança, adolescente e idoso)

    • 16/10 – Acidentes: trânsito, queda e afogamento

    • 18/10 – Violência urbana

    • 21/10 – DCNT

    • 22/10 – Violência autoprovocada

    Oficinas de trabalho temáticas

  • Linhas

    de ação

    Eixos

    Ambientes e

    territórios

    saudáveis

    Desenvolvimento

    saudável nos

    ciclos da vida

    Equidade em

    saúdeSaúde mental

    Gestão do

    conhecimento e

    Informação

    para a saúde

    Inovação em

    saúde

    Promoção da

    saúde

    Prevenção de

    doenças e

    agravos

    Atenção integral

    à Saúde

    Vigilância em

    Saúde

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Alimentação Saudável e Obesidade

    Fortalecimento e implantação do VSPEA nos municípios;

    Fortalecimento das ações de vigilância sanitária nas escolas;

    Realização de campanha sobre agrotóxicos e sobre produtos transgênicos;

    Fortalecimento da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica;

    Incentivo à taxação de alimentos ultraprocessados;

    Restrição de propagandas de alimentos ultraprocessados para o público infanto-juvenil;

    Proposição e apoio a programas que regulam o comércio dos alimentos ultraprocessados nas escolas;

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Alimentação Saudável e Obesidade

    Produção de estudos e evidências para: limites máximos para os nutrientes críticos (gordura, sódio e açúcar) na

    composição de alimentos ultraprocessados;

    boas práticas em alimentação e nutrição e medidas regulatórias;

    Capacitação dos profissionais da APS para: adoção e sustentação de comportamentos saudáveis;

    Fortalecimento e implementação de estratégia de amamentação na atenção primária

    abordagem de DCNT;

    Elaboração e disponibilização de trilhas formativas no tema DCNT e fatores de risco e proteção no novo formato de ensino médio.

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Atividade Física

    Fortalecimento de iniciativas de mobilidade ativa, saudável e sustentável nos estados e municípios - deslocamento seguro e sustentável;

    Promoção do aumento da quilometragem de ciclovias;

    Incentivo a espaços de lazer como praças, parques (áreas verdes urbanas) e áreas livres com estrutura para prática de atividade física com acesso à água potável;

    Apoio e subsídio a iniciativas de construção de áreas verdes e demais equipamentos de lazer longe de polos industriais, vias de tráfegos pesados e áreas de queimadas;

    Articulação intersetorial para incentivar equipamentos de informação de qualidade de ar em locais de área urbana;

    Articulação com iniciativa privada, sociedade civil e terceiro setor de projetos de estruturação ou estruturas saudáveis e sustentáveis favoráveis para a prática de atividade física e lazer;

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Atividade Física

    Articulação com o MEC para:

    inclusão de temas do SUS na formação do profissional de educação física na licenciatura e bacharelado;

    retorno da educação física no Ensino Médio e, Ensino Fundamental, discussão da ampliação da carga horária do currículo;

    Profissionais da APS:

    Capacitação para abordagens de práticas de atividades físicas em ambientes saudáveis e sustentáveis;

    Incentivo à organização de grupos de atividades físicas;

    Inclusão das práticas corporais na oferta de práticas de atividades físicas na APS;

    Capacitação da equipe para o aconselhamento de atividade física aos usuários da APS;

    Fortalecimento das práticas integrativas na APS visando a prática de atividade física;

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Atividade Física

    Capacitação dos profissionais de saúde para desenvolvimento de atividades físicas adaptadas para idosos, pessoas com deficiências e transtornos psíquicos;

    Fortalecimento da ação de atividade física no PSE;

    Realização de campanha nacional sobre a prática de atividade física, ambientes saudáveis e mudança climática;

    Fortalecimento da implementação da política nacional de qualidade do ar;

    Fortalecimento do VIGIAR;

    Financiamento de estudos para a produção de evidências na atividade física.

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Doenças cardiovasculares e Diabetes

    Criação de Política Pública específica para controle da obesidade;

    Necessidade de integração dos sistemas de informação (compartilhamento de prontuários), preenchimento completo das informações e de análise minuciosa dos dados atuais;

    Inclusão, no E-SUS, de dados e indicadores de monitoramento referentes às doenças crônicas;

    Incentivo a ações de diagnóstico e de educação em saúde para portadores de diabetes e/ou pressão alta;

    Fomento à maior interação entre os níveis de atenção à saúde (primária e especializada) para garantia da longitudinalidade do cuidado;

    Incentivo ao fortalecimento do vínculo com a comunidade;

    Educação permanente dos profissionais de saúde, especialmente da APS;

    Criação e implementação de protocolos de cuidado das DCNT

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT – Neoplasias e Doenças Respiratórias Crônicas

    • Integração entre vigilância em saúde e atenção à saúde;

    • Inserção dos dados da rede privada junto aos dados do SUS em nível federal;

    • Implementação e fortalecimento do e-SUS, garantir acesso de todos os entes federados aos relatórios estratificados;

    • Melhoria/qualificação no preenchimento do prontuário eletrônico;

    • Sensibilização dos gestores sobre a importância da vigilância em DCNT;

    • Capacitação e empoderamento dos trabalhadores na vigilância e assistência às DCNT;

    • Definição de equipe mínima de vigilância em DCNT baseada em porte populacional e esfera de gestão;

    • Intensificação da busca ativa das mulheres na faixa etária preconizada que ainda não realizaram a mamografia;

    • Visibilidade à relação da poluição do ar relacionada às DCNT.

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT - Álcool

    • Fortalecimento das ações educativas sobre o uso de álcool nas escolas;

    • Fortalecimento das ações de fiscalização de disponibilidade para grupos vulneráveis (crianças, adolescentes, indígenas) e das ações de fiscalização de trânsito;

    • Desenvolvimento de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o tratamento da dependência ao álcool - revisão do termo “uso nocivo”;

    • Fortalecimento da rede de atenção à saúde mental para atendimento aos dependentes de álcool;

    • Monitoramento contínuo das doenças plenamente atribuíveis ao uso do álcool;

    • Atuação legislativa: levantamento da legislação estadual existente sobre o uso de álcool para ampliação de ações em nível nacional;

    • Apoio à proibição da propaganda comercial de todas as bebidas alcoólicas em território nacional, ressalvada a exposição dos produtos nos locais de venda, com as advertências do risco do seu consumo.

  • Agendas estratégicas no campo de DCNT - Tabagismo

    • Fortalecimento de iniciativas de prevenção da iniciação;

    • Fortalecimento das estratégias de cessação (medicamentos + materiais de apoio);

    • Apoio a projetos de monitoramento de mídias digitais e à formalização de denúncias junto aos órgãos competentes no que se refere à propaganda, promoção e patrocínio;

    • Fortalecimento das estratégias de controle do tabaco em datas comemorativas;

    • Apoio ao Programa de Proteção Integral de Fronteiras (PPIF) e à formalização de denúncias junto aos órgãos competentes para monitoramento do comércio ilegal;

    • Retomada do Programa de Diversificação (extinto MDA);

    • Incentivo à implementação de ações locais de controle para sustentabilidade (ex: ICMS vinculado às ações de controle do tabaco);

    • Estímulo a iniciativas para ampliação das legislações de ambientes livres em espaços coletivos (ambientes coletivos abertos).

  • Sugestões de Priorização de intervenção em Violências e Acidentes

    Masculino Feminino

    Crianças e adolescentes (0 a 14 anos)

    Violência familiar

    Adolescentes e jovens adultos(15 a 29 anos)

    Suicídio

    Violência urbana/Homicídios(Juventude negra)

    Violência por parceiro íntimo

    Adultos(30 a 59 anos)

    Suicídio

    Violência urbana/Homicídios

    Violência por parceiro íntimo

    Idosos(60 anos e mais) Suicídio

    Masculino Feminino

    Crianças e adolescentes (0 a 14 anos)

    Afogamento

    Adolescentes e jovens adultos(15 a 29 anos)

    Acidente de trânsito

    Adultos(30 a 59 anos)

    Acidente de trânsito

    Idosos(60 anos e mais) Queda

    AcidentesViolências

  • Agendas estratégicas no campo de Violências e Acidentes

    Consideração do componente escolar e das redes sociais para as ações de promoção da saúde e prevenção das violências;

    Interface com ações voltadas para o desenvolvimento infantil na Primeira Infância e famílias vulneráveis e prevenção de violências - Programa Criança Feliz e Programa Bolsa Família;

    Reforço dos modelos de governança em Rede, intersetorial e interdisciplinar;

    Fortalecimento das ferramentas desenvolvidas (Vigitel, VIVA, PNS, PeNSE) e consideração de novas variáveis para captação dos fenômenos;

    Fomento/ realização de Pesquisa de vitimização e saúde mental;

    Criação de sistema de registro de trauma para o país, obrigatório;

    Qualificação/informatização das informações geradas pelo SAMU para vigilância e qualificação da informação do óbito;

    Criação de comitê de investigação de óbito por causas externas;

    Melhoria dos potenciais de linkage das bases de dados (da saúde e de outros órgãos);

    Adaptação das propostas da OPAS (ex: INSPIRE) para a realidade brasileira.

  • Agendas estratégicas no campo de Acidentes

    Qualificação da informação sobre queda, em especial em via pública, além de informações sobreagressores;

    Possibilidades no Viva Inquérito: identificar o nexo causal da intencionalidade relacionada àqueda; diferenciações nas queimaduras (ex: álcool, fogos de artifício);

    Afogamento: ênfase no controle dos ambientes (piscinas, baldes e banheiras).

    Consideração das vítimas indiretas da violência (família, comunidade);

    Concepção e implementação de programas voltados para agressores e de prevenção deviolência de base comunitária;

    Qualificação da formação profissional em saúde e das polícias voltada paraabordagem/enfrentamento das violências;

    Concepção e implementação de programas de prevenção ao suicídio para policiais etrabalhadores de segmentos específicos (ex: fumicultores);

    Estratégias de empoderamento da população para enfrentamento da violência – olhar deequidade para populações em vulnerabilidade.

    Agendas estratégicas no campo de Violências

  • Obrigada!

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