PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR€¦ · A arte constantemente abre portas para um caminho onde o...

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1 COLÉGIO ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVAENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL Rua Carlos Sbaraini – 1789 São Francisco II - Toledo - Paraná Fone: (0xx) 45 – 3277-9427 CEP: 85.911-200 e-mail – [email protected] PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR TOLEDO 2017

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1COLÉGIO ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVAENSINO FUNDAMENTAL,

MÉDIO E PROFISSIONAL Rua Carlos Sbaraini – 1789 São Francisco II - Toledo - Paraná

Fone: (0xx) 45 – 3277-9427 CEP: 85.911-200 e-mail – [email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

TOLEDO

2017

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SUMÁRIO

01 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE.........................................302 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE Biologia...................................1703 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS...............................2904 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............3605 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENSINO RELIGIOSO.......................................4706 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA.............................5207 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA....................................6108 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA..........................6609 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ………………… 7410 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS..................................91

11 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL .........................10312 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA................................11313 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA....................13514 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA …………………14515 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA …………. 149

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01 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A área de Arte visa destacar os aspectos essenciais da criação e percepção

estética dos alunos e o modo de tratar a apropriação de conteúdos imprescindíveis para a

cultura do cidadão contemporâneo. A oportunidade de aprendizagem de arte, dentro e

fora da escola, mobilizam a expressão e comunicação pessoal e ampliam a formação do

estudante como cidadão, principalmente por intensificar as relações dos indivíduos tanto

com seu mundo interior como com o seu exterior.

Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas outras culturas, o

aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam tanto seu modo de

pensar como o de agir na sociedade. Trata-se de criar um campo de sentidos para a

valorização do que lhe é próprio e favorecer o entendimento da riqueza e diversidade da

imaginação humana. Além disso, os alunos tornar-se-ão capazes de perceber sua

realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos,

movimentos que estão a sua volta.

O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os

conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações

artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade.

Para isso o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a

finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais

objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta.

Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento

e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o

pensamento crítico.

Por isso, desde o início as discussões coletivas para a elaboração desta proposta

curricular pautaram-se em um diálogo entre a realidade de sala de aula e o conhecimento

no campo das teorias críticas de Arte e de educação.

Entretanto, diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a

necessidade de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm

produzido estudos sobre ela, quais sejam: o conhecimento estético relacionado à

apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente

originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a

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respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os

diferentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam.

Pode-se buscar contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que

o conhecimento estético seja melhor compreendido em relação às representações

artísticas;o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e

da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas

raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber

científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de

disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse público e as formas de

contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas

como artes visuais, dança, música e teatro. (DCE, 2008, p.52/53)

Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte

se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações

artísticas. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são

interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento

em Arte.

A compreensão das criações artísticas e das posições existentes na teoria estética

requer que sejam situadas no âmbito histórico, social e político, científico e cultural em

que vieram à luz, pois é nesse contexto amplo que se encontram os nexos explicativos de

tais posições e criações; só assim é possível estabelecer um conhecimento crítico, radical

(pelas raízes) e significativo sobre elas. Fora de tal contexto, todo e qualquer

conhecimento se esvazia de significado e se transforma em simples justaposição de

dados, fatos, datas e eventos desconexos. A área da Arte não tem uma lógica interna

restrita a si mesma, o que indica não ser a Arte auto-explicável. Pelo contrário: tudo o que

acontece no seu âmbito próprio está intimamente vinculado ao tempo histórico, à

organização da produção e da sociedade em que ocorre, como também é fruto das

conquistas humanas de toda a história anterior, nos diversos campos: do fazer e do criar,

do saber e do pensar, do sentir e do perceber, do agir e do relacionar-se (PEIXOTO,

2007. Excerto de texto inédito cedido pela autora).

JUSTIFICATIVA

A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe.

Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar, ir além da superficialidade,

entrelaçar os conhecimentos, em suma, entrar no terreno criativo da condição humana.

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Esta manifestação dinâmica confere às artes uma importância que vai além de

disciplina no currículo escolar, pois é produto íntimo da formação humana. O sujeito

percebe a sensibilidade da humanidade quando tem a arte como algo significativo em sua

educação.

Parte integrante da civilização, a arte é presente quando ainda não se fazia uso da

linguagem textual. Nas cavernas, nas edificações, nos templos, nas pinturas, nas

esculturas, haverá sempre de representar uma linguagem universal, catalogando

períodos, culturas e manifestações.

Segundo Leminski (1997, p.78), as pessoas sem imaginação estão sempre

querendo que a arte sirva para alguma coisa. Servir. Prestar. [...] Dar lucro. Não enxergam

que a arte [...] é a única chance que o homem tem de vivenciar a experiência de um

mundo da liberdade, além da necessidade. Pois por meio da arte o homem pode

conseguir apreender a realidade, não só para suportá-la, mas, principalmente, para

transformação, ou seja, para humanizar e, dialeticamente, humanizar.

Considera-se que a disciplina de Arte deve proporcionar acesso ao conhecimento

sistematizado em arte, relacionando seu caráter histórico e social, fundamental no

trabalho com alunos, para que compreendam as relações sociais em que interagem e

possam tomar conhecimento e distinguir as diversas linguagens artísticas. Oferece a

oportunidade de definir "cultura erudita' e "cultura popular" afirmando a importância de

cada uma delas em seu contexto histórico/social. Que o fio condutor do ensino da arte

seja a Linguagem e a Cultura sendo valorizada a diversidade cultural manifestada pelas

linguagens: Visual, Dança, Música e Teatro.

OBJETIVOS

Compreender que a arte é a conquista de significação do que se faz e do que os

outros fazem no contexto artístico e da sensibilidade estética desenvolvida na percepção

no contato com o fenômeno artístico, objeto e produto da cultura ao longo da história

humana e conjunto organizado de relações. Realizar produções artísticas, individuais e

coletivas nas diferentes linguagens das artes; Analisar, refletir e compreender os

diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sociais, culturais

e históricas; Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens, desenvolvendo a

fruição; Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e

embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico e sociológico,

antropológico, semiológico, científico e tecnológico; Experimentar as atividades de

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expressão corporal na oralidade, nos sons, rítmos e audição; Identificar os significados

expressivos e comunicativos das formas; Experimentar e ler os elementos básicos das

linguagens, suas articulações apresentadas nas diferentes culturas; Observar,

experimentar e reconhecer a leitura das formas visuais em diferentes linguagens de

comunicação de imagens: fotografia, cartaz, televisão, vídeos, história em quadrinhos,

computadores, desenho industrial, desenho animado, publicidade, revista, livros infantis,

etc.

Na perspectiva de proporcionar uma educação compatível com uma sociedade

democrática, multicultural e pluri étnica, contemplamos ao longo do ano letivo, juntamente

com os demais conteúdos específicos da Disciplina, os conteúdos relativos aos desafios

educacionais contemporâneos: Educação Ambiental; Enfrentando à Violência na Escola;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Fiscal; Brigada de Emergência;

Educação do Campo; Educação das Relações Étnicorraciais; Ensino da História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena; Paraná Alfabetizado (Jovem, Adulto ou Idoso);

Relações de Gênero, Diversidade de Orientação Sexual, assuntos diretamente

relacionados às experiências possíveis no cotidiano escolar.

Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais, econômicas,

políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que devemos fazer, visto

que essas questões e discussões são importantes para formação de cidadãos críticos e

ativos na sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS

6º Ano

Área Música

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Ritmo; melodia; Escalas: diatônica; Pentatônica; Cromática;

improvisação

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Greco-Romana; Oriental; Ocidental; Africana

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Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Ponto; Linha; Textura; Forma; Superfície; Volume; Cor; Luz.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Bidimensional; Figurativa; Geométrica, simetria; Técnicas: Pintura,

escultura, arquitetura…; Gêneros: cenas da mitologia…

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Arte Greco- Romana; Arte Africana; Arte Oriental; Arte Pré-histórica

Área Teatro

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;

Espaço.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Enredo, roteiro; Espaço Cênico, adereços; Técnicas: jogos teatrais,

teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara….Gênero: Tragédia,

Comédia e Circo.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Greco-Romana; Teatro Oriental; Teatro Medieval; Renascimento

Área Dança

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Movimento Corporal; Tempo; Espaço

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Kinesfera; Eixo; Ponto de Apoio; Movimentos articulares; Fluxo (livre

e interrompido); Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo); Deslocamento (di -

reto e indireto); Dimensões (pequeno e grande);Técnica: Improvisação; Gênero: Circular

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Pré-Hstória; Greco-Romana; Renascimento; Dança Clássica

7º Ano

Área Musica

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade

Conteúdos Estruturantes: Composição

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Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Escalas; Gêneros: folclórico,indígena, popular e étni-

co; Técnicas: vocal, instrumental e mista; Improvisação.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Proporção; Tridimensional; Figura e fundo; Abstrata; Perspectiva;

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura….Gêneros: Paisagem, retrato, nature-

za morta….

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Arte Indígena; Arte Popular; Brasileira e Paranaense; Renascimento;

Barroco.

Área Teatro

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;

Espaço.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Representação; Leitura dramática; Cenografia.; Técnicas: jogos tea-

trais, mímica, improvisação, formas animadas….Gêneros: Rua e arena; Caracterização.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Comédia dell’ arte; Teatro Popular; Brasileiro e Paranaense; Teatro;

Africano.

Área Dança

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Movimento Corporal; Tempo; Espaço

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Ponto de Apoio; Rotação; Coreografia; Salto e queda; Peso (leve e

pesado); Fluxo (livre, interrompido e conduzido); Lento, rápido e moderado; Níveis (alto,

médio e baixo); Formação; Direção; Gênero: Folclórica, popular e étnica.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

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Conteúdos Básicos: Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena.

8º Ano

Área Musica

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Harmonia; Tonal, modal e a fusão de ambos.;

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Indústria Cultural; Eletrônica; Minimalista; Rap, Rock, Tecno.

Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Estilização; Deformação;

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista….

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Indústria Cultural; Arte no Séc. XX; Arte Contemporânea.

Área Teatro

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação; Espaço.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Representação no Cinema e Mídias; Texto dramático; Maquiagem;

Sonoplastia; Roteiro; Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica….

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Indústria Cultural; Realismo; Expressionismo; Cinema Novo.

Área Dança

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Movimento Corporal; Tempo; Espaço.

Conteúdos Estruturantes: Composição

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Conteúdos Básicos: Giro; Rolamento; Saltos; Aceleração e desaceleração; Direções

(frente, atrás, direita e esquerda); Improvisação; Coreografia; Sonoplastia; Gênero: Indús-

tria Cultural e espetáculo.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Hip Hop; Musicais; Expressionismo; Indústria Cultural; Dança Moder-

na.

9º Ano

Área Música

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Harmonia; Técnicas: vocal, instrumental e mista; Gê-

neros: popular, folclórico e étnico.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Música Engajada; Música Popular Brasileira; Música Contemporâ-

nea.

Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Bidimensional; Tridimensional; Figura-fundo; Ritmo Visual; Técnica:

Pintura, grafite, performance; Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano…;

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Realismo; Vanguardas; Muralismo e Arte Latino-Americana; Hip Hop.

Área Teatro

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;

Espaço

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Técnicas: Monólogo; jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum…;

Dramaturgia; Cenografia; Sonoplastia; Iluminação; Figurino.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

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Conteúdos Básicos: Teatro Engajado; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro do Absur-

do; Vanguardas.

Área Dança

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Movimento; Corporal; Tempo; Espaço

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Kinesfera; Ponto de Apoio; Peso; Fluxo; Quedas; Saltos; Giros; Rola-

mentos; Extensão (perto e longe); Coreografia; Deslocamento; Gênero: Performance e

moderna.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Vanguardas Dança Moderna; Dança Contemporânea.

ENSINO MÉDIO

Área Música

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Ritmo; Melodia; Harmonia; Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop. Técnicas: vocal, instrumental,

eletrônica, informática e mista improvisação.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Música Popular Brasileira; Paranaense; Popular; Industrial cultural;

Engajada; Vanguarda; Ocidental; Oriental; Africana; Latino-Americana.

Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor; Luz

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Bidimensional; Tridimensional; Figura e fundo; Figurativo; Abstrato;

Perspectiva; Semelhanças; Contrastes; Ritmo visual; Simetria; Deformação; Estilização;

Técnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e

esculturas, arquitetura, história em quadrinhos. Gêneros: paisagem, natureza-morta, ce-

nas do cotidiano, histórica, religiosa, cenas da mitologia.

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Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Arte ocidental; Arte oriental; Arte Africana; Arte brasileira; Arte para-

naense; Arte popular; Arte de vanguarda; Indústria cultural; Arte contemporânea; Arte La-

tino-Americana.

Área Teatro

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação;

Espaço

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, tea-

tro-fórum, roteiro, encenação e leitura dramática; Gêneros: tragédia, comédia, drama e

épico; Dramaturgia; Representação nas mídias; Caracterização, cenografia, sonoplastia,

figurino e iluminação; Direção; Produção.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Teatro Greco-Romano; Teatro Medieval; Teatro Brasileiro; Teatro Pa-

ranaense; Teatro Popular; Indústria Cultural; Teatro Engajado; Teatro Dialético; Teatro Es-

sencial; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro de Vanguarda; Teatro Renascentista;

Teatro Latino-Americano; Teatro Realista; Teatro Simbolista.

Área Dança

Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais

Conteúdos Básicos: Movimento; Corporal; Tempo; Espaço

Conteúdos Estruturantes: Composição

Conteúdos Básicos: Kinesfera; Fluxo; Peso; Eixo; Salto e Queda; Giro; Rolamentos; Movi-

mentos articulares; Lento, rápido e moderado; Aceleração e desaceleração; Níveis; Dinâ-

mica; Aceleração; Ponto de apoio; Salto e queda; Rotação; Formação; Deslocamento; Di-

reções; Planos; Improvisação; Coreografia; Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étni-

ca, folclórica, populares e salão.

Conteúdos Estruturantes: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos: Pré-histórica; Greco-Romana; Medieval; Renascimento; Dança

Clássica; Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena; Hip Hop; Indústria

Cultural; Danças Modernas; Vanguardas; Dança Contemporânea.

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Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

Conforme DCE 2008, nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos

conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos

da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,

como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de

conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte,

três momentos da organização pedagógica:

•Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos

•Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra

de arte

•Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três

simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o

aluno tenha vivenciado cada um deles.

Teorizar

Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em que a

racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre

arte.

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Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos

estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas

Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três

momentos da metodologia são trabalhados.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos

alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.

Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem

produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra.

Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do

conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer

através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.

Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda

a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e

do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.

Sentir e perceber

No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,

Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção

artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da

cultura em uma dimensão estética.

A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos

sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas

conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.

Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela

apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo

trabalho artístico.

Trabalho Artístico

A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da

imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver

essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma

abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se

familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os

três aspectos metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber e

trabalho artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as

aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos.

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O encaminhamento entretanto, interessa que o aluno realize trabalhos referentes

ao sentir e perceber, ao teorizar e ao trabalho artístico.

Recursos Didáticos e tecnológicos

Durante o ano letivo serão utilizados os seguintes recursos: Livro Didático Público

de Arte, livros do acervo da Biblioteca da Escola, revistas jornais, TVmultimídia,

Laboratório de Informática, visitas a exposições e apreciação de teatros e danças no

Teatro Municipal. Organização de eventos na escola para oportunizar o trabalho artístico

dos alunos.

AVALIAÇÃO

De acordo com as DCE de Arte para de se obter uma avaliação efetiva individual e

do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos

artísticos individuais e em grupo; pesquisas bibliográfica e de campo; debates em forma

de seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios,

gráficos, portfólio, audiovisual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às

seguintes expectativas de aprendizagem: A compreensão dos elementos que estruturam

e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; A produção de

trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social; A

apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e

mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nesta PPC é

diagnóstica e processual. “É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar

as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem,

do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos” (DCE,

2008, p.81).

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

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Recuperação

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de educação.Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras para aEducação Básica da Rede Estadual de Educação do Paraná. Arte. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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02 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo e fenômeno Vida. A

preocupação com descrição dos seres vivos e os fenômenos naturais levou o homem a

diferentes concepções de Vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.

Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua sobrevivência.

As mudanças impostas pelo modelo capitalista resultam no desenvolvimento de

tecnologias e produtos de consumo principalmente biotecnológicos, além da produção de

lixo e produtos assim o conhecimento biológico é atualmente um dos principais

protagonistas das mudanças, tanto no nível de geração de produtos quanto no

comportamento ético e de consumo da sociedade. Logo, o ensino de biologia na

educação básica, enquanto componente curricular, precisa contribuir para questões entre

os jovens e adultos passem a enxergar o planeta com um olhar diferenciado, buscando

cuidar de si mesmo e preservar sua biodiversidade. E que também possa entender essas

e outras tecnologias e seu impacto na vida humana e nos ecossistemas. A biologia

desempenha papel essencial na formação do cidadão consciente, que além de fazer

funcionar o mundo produtivo sejam capazes de repensar e transformar essa realidade.

A Biologia fez grandes processos no século XIX, com a proposição da Teoria

Celular, afirmando que todas as coisas vivas, animais e vegetais eram compostos por

células e com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida. Neste mesmo século,

a Biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na

medicina, na agricultura e em outras áreas.

Com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de inovação

biotecnológico se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudança sem

virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosóficos, científicos e

sociais, e põe em discussão o fenômeno Vida.

O ensino de biologia no ensino médio deve propiciar aos alunos o domínio dos

fundamentos das técnicas diversificadas, utilizando no processo de reprodução e não o

mero adestramento de técnicas produtivas. Esta concepção está a exigir medidas a curto,

médio e longo prazo, voltados ao suprimento e apoio á Rede Estadual de Ensino, visando

propiciar meios para que ela cumpra suas funções e atinja planamente os seus objetivos,

incluindo medidas de avaliação da atual política educacional, como também, das

estratégias utilizadas para viabilização das práticas pedagógicas.

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A Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com

outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos

cientificamente produzidos e propiciar uma reflexão constante sobre as mudanças de tais

conceitos em decorrência de questões emergentes. Portanto a mesma não pode ser

considerada um saber neutro, mas um conjunto de fatos científicos socialmente

produzidos numa sociedade historicamente determinada. A escola, sem perder de vista a

formação humanista, deve adaptar-se a estes avanços, formando cidadãos com

capacidade de reflexão e ação e que através de uma visão crítica, possam de novos

conhecimentos, colaborando desta maneira para a melhoria da qualidade de vida da

sociedade como um todo.

Assim, num ambiente cada vez mais permeado pela ciência e tecnologia,

entendemos que cabe a escola capacitar o indivíduo para questionar estes avanços da

ciência e da tecnologia, avaliando as consequências da sua utilização para o homem e

para o meio ambiente. Para tanto, é necessário que o professore adote metodologias de

ensino que leve a formação do pensamento crítico e faz-se necessário também o

compromisso do profissional com a sociedade. A escola, do ensinar ciências, deve

preparar o cidadão para que este possa questionar. Como melhoria do processo ensino-

aprendizagem não deve der entendida apenas a melhoria das notas e a redução das

provações. Estas devem ser consequências das evoluções do processo de ensinar e a

aprender.

Embora o conhecimento tenha sempre sido um fator chave da participação social,

hoje, mais do que nunca, o conhecimento biológico e a visão científica são condições

necessárias para a prática de uma cidadania reflexiva e consciente. Uma

responsabilidade e um compromisso dos quais certamente as escolas e os professores

não podem abrir mão.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Para cada ciência existe um código para interpretar os fenômenos que são

propostos para explicar, a partir da utilização de conceitos e métodos relacionados a cada

ciência. O objeto de estudo da biologia é o fenômeno da vida e toda sua diversidade de

manifestações.

Valorizar a construção histórica dos conhecimentos biológicos, articulados à cultura

científica, socialmente relevante para a formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico,

consolidado por meio de um trabalho efetivo em que o professor reconhece a

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necessidade de superar concepções pedagógicas antes utilizadas, ao mesmo tempo em

que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da

compreensão do fenômeno VIDA.

Objetivos específicos da Biologia

Reconhecer a importância do estudo da Biologia como forma de compreender

melhor o mundo que nos cerca.

Valorizar a aplicação do método científico no estudo dos fenômenos biológicos.

Desenvolver a capacidade de aprender a aprender como forma de aprimorar seus

conhecimentos na disciplina.

Aplicar os conhecimentos e hábitos adquiridos no estudo da Biologia em sua vida

para preservar a saúde, com consequente melhoria da qualidade de vida.

Analisar as implicações sócio-políticas, culturais e econômicas do desenvolvimento

científico e tecnológico, seus alcances e suas limitações.

Aprofundar-se nos conteúdos que conduzam ao processo de educação em saúde,

pessoal e ambiental.

Ampliar os conhecimentos biológicos frente às últimas descobertas científicas;

Reconhecer a relevância dos conhecimentos relativos às Ciências Biológicas nos

avanços biotecnológicos.

Desenvolver hábitos de trabalho em equipe e responsabilidade na realização de

tarefas.

Desenvolver a capacidade de lidar com materiais de laboratório e Objetivos Gerais

da Biologia

Desenvolver uma ética científica.

Reconhecer a relevância dos conhecimentos relativos às Ciências Biológicas nos

avanços biotecnológicos.

Desenvolver hábitos de trabalho em equipe e responsabilidade na realização de

tarefas.

Desenvolver a capacidade de lidar com materiais de laboratório e computadores.

Desenvolver a integração: convergência de esforços, criatividade, senso crítico e

participação.

Permitir aos educandos momentos de reflexão, despertando a curiosidade dos

mesmos para o conteúdo que vem a seguir.

Identificar o conhecimento cientifico como resultado de gerações de homens e

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mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-os

como instrumento para o exercício da cidadania.

Desenvolver hábitos de qualidade de vida concebendo saúde pessoal, social e

ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser conservados, preservados e

potencializados.

Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte dos processos de

relações e transformações.

Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades humanas

diferenciando o uso correto e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e do

ser humano.

Conhecer os processos de classificação dos seres vivos.

Compreender o funcionamento dos organismos dos diversos Reinos.

Caracterizar os principais sistemas orgânicos.

Reconhecer o processo evolutivo como o agente da biodiversidade.

Relacionar a origem da vida na Terra com as relações de parentesco entre os seres

vivos.

Compreender o funcionamento do organismo humano.

CONTEÚDOS

ENSINO MÉDIO

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos Seres Vivos Sistemas Biológicos: Anatomia, morfologia e fisiologia;

Mecanismos Biológicos Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

Biodiversidade Teorias evolutivas; Transmissão das características

hereditárias;Manipulação Genética Dinâmica dos ecossistemas:

relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente;

Organismos geneticamente modificados.

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2° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSOrganização dos seres vivos Classificação dos seres vivos:

Critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: Anatomia,

morfologia e fisiologia animal e vegetal;

Mecanismos biológicos Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

Biodiversidade Teorias evolutivas;Transmissão das características hereditárias;

3° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSOrganização dos seres vivos Classificação dos seres vivos:

Critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: Anatomia,

morfologia e fisiologia animal e vegetal;

Mecanismos biológicos Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

Biodiversidade Teorias evolutivas;Transmissão das características hereditárias;

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os desafios SÓCIO EDUCACIONAIS/

CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

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Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Compreender o fenômeno VIDA e suas relações por meio de uma análise científica

em transformação constante é fundamental na disciplina, pois pelo seu caráter provisório

é possível reavaliar os seus resultados, repensar e mudar conceitos e teorias elaborados

em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

Por apresentar uma expansão em seus conteúdos no decorrer dos tempos a

Biologia contribuiu para o caráter enciclopédico assumido pela prática pedagógica,

inclusive pela falta de critérios de seleção que permitissem ao professor decidir o que era

fundamental e o que era acessório, sendo que este caráter enciclopédico somou-se a

questão do tempo escolar, obviamente insuficiente para abranger um currículo tão

extenso, o que justifica uma prática histórica, apenas para divulgar os resultados da

ciência.

Se, por um lado, os conteúdos se tornavam históricos e enciclopédicos, por outro,

não se abria mão do conhecimento científico que garantia o objeto de estudo da Biologia.

Estas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se na relação dos

conteúdos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, propiciando reflexão

constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões emergentes.

Os quatro paradigmas metodológicos do conhecimento biológico “o descritivo, o

mecanicista, o evolutivo e o da manipulação genética” representam um marco conceitual

na construção do pensamento biológico identificado historicamente, onde de cada marco

define-se um conteúdo estruturante e destacam-se metodologias de pesquisa utilizadas, à

época, para compreender o fenômeno VIDA, e cuja preocupação está em estabelecer

critérios para seleção de conhecimentos desta disciplina a serem abordados no decorrer

do ensino médio.

A construção a partir da prática do professor, trazendo os conteúdos de volta para

os currículos escolares numa perspectiva diferenciada, em que se retome a história da

produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus determinantes

políticos, sociais e ideológicos.

A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Biologia sugere a

possibilidade de selecionar conteúdos específicos que farão parte da proposta curricular

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da escola, igualmente importante, é relacionar os diversos conhecimentos.

De outro lado, a atividade experimental, como resolução de problemas ou de

hipóteses, pode trazer uma concepção de ciência diferente, como interpretação da

realidade, de maneira que as teorias e hipóteses são consideradas explicações

provisórias. Nesse caso, estabelece-se maior contato do aluno com o experimento e com

a atitude científica.

Outra estratégia capaz de integrar conhecimentos veiculados a uma concepção

relativa ao ser humano e o ambiente com novas elaborações em pesquisa é o estudo do

meio, que pode ocorrer em parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios,

zoológicos, hortas, mercados, aterros sanitários, fábricas, etc.

Os jogos didáticos contribuem para gerar desafios, conforme Moura (1994), o jogo

é considerado uma estratégia impregnada de conteúdos culturais a serem veiculados na

escola. Ele detém conteúdos com finalidade de desenvolver habilidades de resolução de

problemas, o que representa a oportunidade de traçar planos de ações para atingir

determinados objetivos.

A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bem

como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises que

envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos a

serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos estruturantes quanto

aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada, favorecendo a

compreensão da diversidade biológica e cultural.

Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, prevenção ao uso de

indevido de drogas segue a Lei 16212 de 17 de agosto de 2009, no âmbito das escolas

públicas estadual, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que

requer uma abordagem desprovida de preconceitos e discriminações, bem como ser

fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos científicos.

Em relação á sexualidade humana orientar os educandos que a prevenção é

maneira mais barata de garantir a qualidade de vida. Quanto ao trabalho envolvendo a

educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 Dec.4201/02; que institui a

Política Nacional de Educação Ambiental deverá ser uma prática educativa integrada,

contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos sendo necessário

que o professor contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes,

de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não sejam

trabalhados isoladamente na disciplina de Biologia.

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INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

A função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento do

aluno, destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.

A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises de resultados

que permitam a elaboração de programas de formação continuada para os professores

envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de possibilitar a elaboração de uma

concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual participa.

Muitos professores mantêm-se crédulos ao sistema de avaliação classificatório por

acreditar ser este a garantia de um ensino de qualidade que resguarde um saber

competente dos alunos (HOFFMANN, 2003).

Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória pautada em

critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de

aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os

professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas

dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOFFMANN, 2003, p. 121).

Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam

uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em

que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção, onde

a avaliação seja um momento do processo ensino aprendizagem que abandone a idéia de

que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do processo, pois o

aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constitui importantes elementos para avaliar

o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A

ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação

visando à melhoria da qualidade do ensino.

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Este processo deve procurar atender aos critérios para a verificação do rendimento

escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a avaliação como um processo

“contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.

Para que a aprendizagem efetivamente ocorra deve haver a compreensão de

significados relacionando-os às experiências anteriores e vivências dos alunos, permitindo

a formulação de problemas que incentivem o aprender mais, o estabelecimento de

relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando

mudanças e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.

Assim, sendo a aprendizagem significativa, critérios avaliativos decorrerão de objetivos

claros a cerca de conteúdos que são efetivamente relevantes dentro de cada disciplina, “a

partir dos mínimos necessários para que cada um possa participar democraticamente da

vida social” (Luckesi,1984).

Serão utilizados como critérios avaliativos os itens citados abaixo, de acordo com o

perfil de cada série:

• Atividade de leitura

A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos

conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do

texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a

discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de avaliação, o aluno

deverá compreender as ideias presentes no texto e interagindo por meio de

questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o texto, o educando

deverá expressar suas ideias com clareza e sistematizar o conhecimento de forma

adequada, estabelecendo relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

• Projeto de Pesquisa Bibliográfica

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se

pretende. O aluno deverá identificar a situação e o contexto com clareza de seu projeto de

pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da pesquisa, buscando

soluções e referenciando o conteúdo da mesma adequadamente.

• Produção de Texto

A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao

que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O educando

deverá produzir texto expressando ideias claras com argumentos consistentes,

estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a tese e os

argumentos elaborados para sustentá-lo.

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• Palestra/Apresentação Oral

A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua

compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor

suas ideias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma sequência

lógica com clareza e argumentos.

• Atividades Experimentais

Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar

hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o

erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um experimento

deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais e instrumento

necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos, compreendendo o

fenômeno experimentado;

• Projeto de Pesquisa de Campo

Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de

informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a

construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. A princípio, o

aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as informações, no local,

organizando-se e examinando os dados coletados, conforme orientações e conhecimento

construído, demonstrando sua capacidade de análise dos dados coletados e de síntese.

• O Relatório

É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no

aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi

realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar introdução,

metodologia e materiais, análise e considerações finais.

No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram

coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais

resultados podem-se extrair deles.

• Seminário

Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma

discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo

fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto

com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Sendo assim o aluno terá que

demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas,

apresentando compreensão do conteúdo abordado.

• Debate

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Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja

turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a

participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos divergentes

que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita racionalmente os

conceitos e valores que fundamentam a sua posição.

• Atividades a partir de recursos Audiovisuais

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que

seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia

não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade

diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo caberá ao professor.

Cabe ao aluno compreender e interpretar a linguagem utilizada, articulando o

conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.

• Trabalho em grupo

Desenvolve dinâmica com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos

alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita

a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.

• Questões discursivas

Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o

conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor

avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a

exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão

discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que

possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do

conhecimento.

• Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma

questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um

vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi

solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar

um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada

para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno realizará leitura

compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns aspectos definidos do

conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.

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Referências Bibliográficas

LAURENCE, J; Biologia. Volume único, ed. Nova Geração. 2007.

LINHARES, Sérgio, GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia.

MOURA, M.O. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. A Educação Matemática em Revista. n. 3, Blumenau, 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: Seed/DEB-PR, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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03 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

JUSTIFICATIVA

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída,

que influência e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e

políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).

Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma

construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num

determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,

religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.

“[...] para concretizar este discurso sobre a Ciência [...] é necessário e imprescindível

determiná-la no tempo e no contexto das realizações humanas, que também são

historicamente determinadas” (RAMOS, 2003, p.16).

Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a

real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história da construção do

conhecimento científico (KNELLER, 1980).

A história da Ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a

própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas

teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno científico, da produção

científica e do que é ser cientista. Hoje vários significados são aceitos para o termo

Ciência. Vendo assim, pode se considerar a ciência sob duas concepções: uma

dogmática, neutra, infalível, pronta e acabada, histórica e que não admite críticas; outra

como processo de construção humana, que convive com a dúvida, é falível e intencional

e, utiliza se de métodos numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais:

físicos, químicos, biológicos, geológicos, dentre outros.

E desde que o homem começou a se interessar por fenômenos à sua volta e

aprender com eles, a ciência já estava presente, mesmo sem se apresentar com o caráter

sistematizador do conhecimento como por exemplo, quando o homem, atritando alguns

galhos secos, conseguiu produzir fogo, foi provavelmente sua primeira intervenção

significativa na natureza, uma aplicação prática de suas leis: o atrito gera calor, o calor

produz fogo.

O conhecimento humano foi se ampliando de tal maneira que muitas ciências

foram surgindo para o estudo da natureza, como a química, que procura não só conhecer

a matéria que nos rodeia, como também criar novos compostos e novas substâncias; a

Biologia, que estuda a vida; a Geologia, que procura conhecer a Terra; a Astronomia, que

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estuda o Universo; a Ecologia, que estuda as relações dos seres vivos com o meio

ambiente; e como não podia deixar de ser todas essas ciências se baseiam direta ou

indiretamente na Física, cujo campo de ação é todo o Universo, das estrelas e galáxias

onde as dimensões são incrivelmente grandes, às partículas elementares da matéria,

onde as dimensões são incrivelmente pequenas. Tudo que pode ser percebido, medido e

estudado é objeto de estudo das CIÊNCIAS.

Como toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente

transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como

completas e definitivas. Pautado nessa concepção, o processo de ensino e de

aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência,

o questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos

conteúdos por eles mesmos, priorizando se a sua função social.

A Ciência, além de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados,

retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de pensar,

de chegar à conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos, de

estimular o equilíbrio entre nossas ideias e as já estabelecidas. A leitura e análise crítica,

dessa realidade social, possibilita um novo encaminhamento pedagógico à medida em

que propõe a partir desta realidade como um todo para a especificidade teórico-prática da

sala. de aula. O referencial de partida do processo de ensino e de aprendizagem, nesta

perspectiva, "não será a escola, nem a sala de aula, mas a realidade social" (Gasperim,

2003 p.3-4).

A Ciência deu ao homem um poder tão grande de intervir na natureza que hoje ele

pode até destruí-la e destruir a si próprio. Assim, aumentou os conhecimentos sobre o

próprio corpo e sobre os outros seres; descobriu remédios extraindo substâncias de

raízes e folhas; fabricou tecidos utilizando peles de animais e fibras vegetais; encontrou

combustíveis e riquezas minerais pesquisando o solo; dominou os ares observando o vôo

dos pássaros; e, estudando os movimentos da Lua, colocou em órbita da Terra satélites

de comunicações.

Esse relacionamento entre o homem e a natureza constitui o objeto da Ciência. É

um relacionamento complexo, que, por isso, se realiza através dos diversos ramos em

que a Ciência se divide: a biologia, a ecologia, a física, a química, etc.

Diante disso, o objetivo da nossa proposta do ensino de ciências é expressar

claramente as necessidades históricas que levaram o homem a compreender e apropriar

das leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais para criar diferentes

processos e técnicas de trabalho que respondem pelo desenvolvimento da humanidade e

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que seja um instrumento a serviço do homem. E o homem somos todos nós.

Dessa forma, conforme LOPES (1999), o ensino de Ciências deixa de ser encarado

como mera transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo

de formação de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções

alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica. Espera-se uma

superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos, rompendo com

obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações

conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita

comunicar se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos

algo significativo no seu cotidiano.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de Ciências

(2008), esta disciplina tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta

da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.

Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,

resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,

movimento, força, campo, energia e vida.

CONTEÚDOS

6º ANOS

Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e

biodiversidade.

Conteúdos Básicos: Universo, sistema solar, movimentos terrestres, movimentos

celestes e astros. Constituição da matéria. Níveis de organização celular. Formas de

energia, conversão de energia e transmissão de energia. Organização dos seres vivos,

ecossistema e evolução dos seres vivos.

7º ANOS

Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e

biodiversidade.

Conteúdos Básicos: Astros, movimentos terrestres e movimentos celestes. Constituição

da matéria. Célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos. Formas de energia e

transmissão de energia. Origem da vida, organização dos seres vivos e sistemática.

8º ANOS

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Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e

biodiversidade.

Conteúdos Básicos: Origem e evolução do Universo. Constituição da matéria. Célula,

morfologia e fisiologia dos seres vivos. Formas de energia. Evolução dos seres vivos.

9º ANOS

Conteúdos Estruturantes: Astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e

biodiversidade.

Conteúdos Básicos: Astros e gravitação universal. Propriedade da matéria. Morfologia e

fisiologia dos seres vivos e mecanismos de herança genética. Formas de energia e

conservação de energia. Interações ecológicas.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE CIÊNCIAS

Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,

como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com

os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica,

política e cultural;

Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de tecnologia e

condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender

a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo

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sobre riscos e benefícios das práticas científico tecnológicas;

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos básicos, associados a energia, matéria, transformação,

espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,

comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações;

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propõe-se com essa PPC uma prática pedagógica que leve a integração de

conceitos científicos valorizando um pluralismo metodológico. Para que isto se efetive é

importante que o professor tenha uma autonomia para fazer uso de diferentes

abordagens, estratégias e recursos, resultando em uma rede de interações sociais entre

estudantes, professores e o conhecimento científico escolar.

Os conteúdos a serem desenvolvidos serão organizados tendo em vista a DCE de

Ciências o projeto político pedagógico da escola, a realidade local e regional, a análise

dos livros didáticos e o tempo disponível hora/aula semanal. Os conteúdos específicos

serão estudados a partir das relações entre os conteúdos estruturantes e básicos.

A utilização de estratégias que estabeleçam relações interdisciplinares e

contextuais envolvendo conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais,

culturais, éticas e políticas, se faz necessário no processo ensino-aprendizagem com o

uso de:

Recursos pedagógicos e tecnológicos que enriquecem a prática docente

como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em

quadrinhos, música, quadro de giz, mapas, globo, modelos didáticos, TV

multimídia, computadores e kit de Biologia, Jogos didáticos, filmes (de ficção

de acordo com o conteúdo ministrado), documentários entre outros.

Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

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relações, gráficos, tabelas, infográficos entre outros.

Espaços de pertinência pedagógica como: laboratórios, exposições de

ciências, seminários, palestras e debates.

Confecção de cartazes, painéis e Murais;

Visitas às universidades, feiras, museus, parques ecológicos, aquário

municipal, entre outros;

Relatórios e ou questões avaliativas após um filme, visita ou experiências;

Durante o desenvolvimento das práticas pedagógicas serão valorizados alguns

elementos: abordagem problematizador, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a

pesquisa, a leitura científica, atividade em grupo, a observação, atividade experimental,

entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

A avaliação é um elemento do processo ensino e aprendizagem que deve ser

considerado em direta associação com os demais. Informa ao professor o que foi

aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são seus avanços, dificuldades e

possibilidades; encaminha

o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo,

orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o estudante aprenda.

Ainda, a avaliação do processo pedagógico é feita numa interação diária do

professor com a classe e em procedimentos que permitem verificar em que medida os

alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados, de forma contínua, cumulativa,

permanente, diagnóstica e construtivista.

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação se

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inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se

evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de

um período de trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e

sistemático pelo professor como de momentos específicos de formalização, ou seja, a

demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes

com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e

atitudes. Dessa forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e situações

para poder avaliar diferentes aprendizagens.

Em Ciências, também são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a

observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as

respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de

experimentos, os desenhos de observações, por outro lado, as atividades específicas de

avaliação, como comunicações de pesquisa, participação em debates, relatórios e ou

questões: de leitura, de experimentos, de visitas, de filmes e ainda, provas dissertativas

ou de múltipla escolha.

REFERÊNCIAS

CANTO, Eduardo Leite do. Coleção de Ciências, Ciências Naturais: Aprendendo com

o cotidiano. 3ª ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CARVALHO, Ana M. Pessoa. Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática. São

Paulo, Thomson, 2006.

GOWDAK, Demétrio, Neide S. de Matos, Valmir de França. Ciências O Universo e o

Homem. 5ª série. São Paulo: FTD, 1994.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ciências. Curitiba:

SEED/DEB, 2008..

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de

Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.

Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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04 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

A escola e a Educação Física devem ser vistas como uma prática primordial para

o desenvolvimento do individuo num ambiente humano, cultural e social. Sendo assim, a

Educação Física se justifica na escola com o propósito de desenvolver a consciência

sobre a experiência humana e a autonomia, por meio de práticas corporais.

As aulas de Educação Física não devem exclusivamente possibilitar o

desenvolvimento motor, mesmo porque, não é aceitável o fato de que somente duas ou

três aulas semanais sejam suficientes para essa potencialização.

É imprescindível que o professor de Educação Física acredite que o conjunto de

posturas e movimentos corporais é constituído de valores representativos de uma

determinada sociedade, portanto, atuar no corpo, implica atuar na sociedade, na qual este

corpo está inserido. Encaminhando essa discussão para o micro espaço social que é a

escola e especificamente, o espaço das aulas de Educação Física, salienta-se que,

atualmente, propõe-se como objeto de estudo para a Educação Física na escola a

denominada cultura corporal. Por cultura corporal compreende-se todo um acervo de

práticas corporais que ao longo do tempo o homem vem criando e modificando, conforme

suas necessidades. E para discutir e pôr em prática na escola as diversas formas em que

a cultura corporal se apresenta até o presente momento (os jogos, as ginásticas, as

danças, as lutas e os esportes), é necessário discutir alguns pressupostos. Uma primeira

afirmação que soa óbvia, é que a Educação Física escolar deve partir do acervo cultural

dos alunos, porque os movimentos corporais que eles possuem, extrapolam a influência

da escola, são culturais, portanto, têm significados específicos para diferentes grupos

sociais. O professor necessita então, iniciar sua ação pedagógica partindo do acervo de

conhecimentos e habilidades de seus alunos e ampliá-los.

Outra discussão sobre as práticas corporais na escola remete a questões relativas

às práticas esportivas. São práticas determinadas culturalmente, que podem fazer parte

de um programa de Educação Física, enriquecendo, assim, o acervo cultural dos alunos.

Entretanto, a aprendizagem dos gestos esportivos não deve se limitar aos movimentos

padronizados ensinados pelo professor, mas devem contemplar a experiência dos alunos

e incentivar a sua criatividade e capacidade de exploração. Esta posição não é contrária à

utilização das práticas esportivas nas aulas de Educação Física. Questiona-se tão

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somente que os movimentos esportivos não podem se tornar uma camisa de força que

impeça os alunos de expressarem outros movimentos, frutos de histórias de vidas

diferentes e de especificidades culturais diferentes.

Salienta-se ainda que, trabalhar com práticas corporais nas aulas de Educação

Física, vai muito além de simplesmente ensinar as regras e técnicas próprias de cada

tema da cultura corporal. É necessário acima de tudo, contextualizar essa prática à

realidade a qual ela se encontra. Antes de tudo, há que se acreditar em possibilidades de

mudanças. Para isto, é essencial querer, sentir que é necessário fazer algo, enquanto

educador e ser humano. É possível cada um fazer a sua parte e para tanto, é essencial

modificar paradigmas quanto aos objetivos da Educação Física e a função do professor

de Educação Física.

CONTEÚDOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais e necessários

para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. O acesso a

esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e

imprescindível para sua formação.

ENSINO FUNDAMENTAL

6ºano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE Coletivos e IndividuaisJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativosDANÇA Danças Folclóricas

Danças criativasGINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geralLUTAS Lutas de aproximação

CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E

CONSTRUÇÃO DA SAÚDE

Benefícios da atividade física – nível I

NutriçãoAlimentação

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Obesidade;

Alimentação e atividade física

Higiene corporal após a atividade física

Conhecimentos sobre o corpo:

transformações que ocorrem na puberdade

e adolescência.

Frequência cardíaca

Álcool, cigarro e drogas: malefícios, dependência e tratamento – nível I.

7º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE Coletivos e

IndividuaisJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativosDANÇA Danças Folclóricas

Danças criativas

Danças CircularesGINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geralLUTAS Lutas de aproximação

CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E

CONSTRUÇÃO DA SAÚDE

Benefícios da atividade física – nível II

Avaliação física e calculo do IMC

Alimentação e atividade física

Higiene corporal após a atividade física

Conhecimentos sobre o corpo:

transformações que ocorrem na puberdade

e adolescência.

Freqüência cardíaca

Freqüência cardíaca máxima.

Álcool, cigarro e drogas: malefícios,

dependência e tratamento – nível II

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Educação Ambiental

8º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE ColetivosJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeiras populares

Jogos Dramáticos

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativosDANÇA Danças criativas

Danças CircularesGINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geralLUTAS Lutas com Instrumento mediador

CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E

CONSTRUÇÃO DA SAÚDE

Benefícios da tividade física – nível III

Avaliação física e calculo do IMC.

Alimentação e atividade física

Primeiros socorros na Educação Física e

no dia-a-dia.

Conhecimentos sobre o corpo:

transformações que ocorrem na puberdade

e adolescência.

Freqüência cardíaca

Freqüência cardíaca máxima.

Álcool, cigarro e drogas: malefícios,

dependência e tratamento – nível III

História e cultura afro-brasileira, áfrica e

indígenas

9º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE ColetivosJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos Dramáticos

Jogos de tabuleiro

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Jogos cooperativosJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos Dramáticos

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativosDANÇA Danças criativas

Danças CircularesGINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica geralLUTAS Lutas com Instrumento mediador

CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E

CONSTRUÇÃO DA SAÚDE

Benefícios da atividade física – nível IV

Avaliação física e calculo do IMC.

Alimentação e atividade física: valores

calóricos dos alimentos, queima calórica

dos exercícios e diferenças entre alimento

light e diet.

Os riscos da atividade física eventual.

Primeiros socorros na Educação Física e

no dia-a-dia.

O esqueleto e o sistema ósseo: postura e

coluna vertebral.

Álcool, cigarro e drogas: malefícios,

dependência e tratamento – nível IV.

Doenças crônico-degenerativas: diabetes,

hipertensão e colesterol.

Educação Fiscal

Direito das crianças e adolescentesTênis de mesa

ENSINO MÉDIO

Conteúdos

Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosESPORTE Coletivos

IndividuaisJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos Dramáticos

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

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DANÇA Danças Folclóricas

Danças de SalãoGINÁSTICA Ginástica Artística e Olímpica

Ginástica de condicionamento físico

Ginástica GeralLUTAS Lutas com Aproximação

Lutas que mantém a distancia

Lutas com instrumento mediador

CapoeiraDESENVOLVIMENTO CORPORAL E

CONSTRUÇÃO DA SAÚDE

Benefícios da atividade física – nível V.

Alimentação e atividade física: valores

calóricos dos alimentos, queima calórica

dos exercícios e diferenças entre alimento

light e diet.

Os riscos da atividade física eventual.

Primeiros socorros na Educação Física e

no dia-a-dia.

Estrutura corporal: ossos, articulações e

músculos (desenvolver o geral e dar ênfase

na coluna vertebral)

Álcool, cigarro e drogas: malefícios,

dependência e tratamento – nível V.

Doenças crônico-degenerativas: diabetes,

hipertensão e colesterol.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais;

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

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METODOLOGIA

Considerando que o objeto de ensino e de estudo da Educação Física, é a

Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança,

ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de

contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,

adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas

corporais.

É responsabilidade do professor de Educação Física de organizar e sistematizar

o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo

com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de

pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de

conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas

reflexões.

Este mesmo conteúdo deve ser discutido com o aluno, levando em conta o

momento político, histórico, econômico e social em que os fatos são inseridos.

Os conteúdos devem ser trabalhados de forma crescente, com aumento da

complexidade. Os mesmos conteúdos propostos no Ensino Fundamental podem ser

discutidos no Ensino Médio. Devemos ressaltar sempre que o eixo central da construção

do conhecimento deve passar pela abordagem teórico-prático, e não somente por uma

das vias. Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante jogo, o professor do Ensino Fundamental

pode apresentar aos seus alunos diversas modalidades de jogo, com suas regras mais

elementares, as possibilidades de apropriação e recriação, conforme a cultura local.

Pode, ainda, discutir em que o jogo se diferencia do esporte, principalmente quanto à

liberdade do uso de regras. Já o professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo

Conteúdo Estruturante, pode inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais

em jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.

Para que as aulas ocorram com sucesso de acordo com o que foi explicado a

acima, partido do fácil para o difícil, torna-se necessário a abordagem teórica e prática

dos conteúdos. As aulas teóricas serão a partir da utilização de textos, exposições orais,

pesquisas bibliográficas, pesquisas on-line em sites oficias e pesquisas abertas (não

oficiais) e discussões em sala com o que foi pesquisado, trazendo para a prática o que foi

visto na teoria. Nas aulas práticas, os estudantes terão explicações, orientações,

demonstrações, correções de gestos motores e técnicos, jogos cooperativos, jogos pré-

desportivos, jogos desportivos e participação em eventos esportivos internos e externos à

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escola.

Diferentes Recursos Tecnológicos serão utilizados, tanto em aulas teóricas quanto

práticas, tais como: aparelho multimídia, aparelho de som, DVD, retroprojetor, quadro de

giz, laboratório de informática, computadores, televisão, máquina fotográfica digital,

gravador, artigos, salas de leitura e quadra de esportes.

AVALIAÇÃO

Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os aspectos

quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas

motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à classificação dos

alunos.

Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação,

sobretudo porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das

vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. Chega-se à conclusão de

que, mesmo havendo ocasiões em que se deem oportunidades para os alunos se

recuperarem, a preocupação recai em rever os conteúdos programáticos para recuperar a

nota (LUCKESI, 1995).

A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização, procurou

distinguir os melhores, mais habilidosos, daqueles piores, que não apresentavam a

habilidade esperada, tudo isso considerando o entendimento do professor sobre o que

seria certo ou errado. Essa concepção chegou ao ápice quando alguns professores de

Educação Física se apropriaram de testes padronizados para selecionar estudantes das

escolas públicas para comporem um grupo de “atletas”. Nessa perspectiva, a avaliação

era, e por muitas vezes continua a ser, aplicada como verificação físico-motora do

rendimento dos alunos-atletas.

Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e

Educação Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação

começou a ganhar novos contornos, sendo profundamente criticadas as metodologias

que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos classificatórios e

seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à reflexão e ao aprofundamento,

buscando novas formas de compreensão dos seus significados no contexto escolar.

A partir de novo referencial teórico e das discussões desenvolvidas, temos que ter

critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação no contexto escolar. O

objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as práticas

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avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a

avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que

permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse

processo.

A avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, de

acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os

critérios para a avaliação devem ser estabelecidos tais como:

• Comprometimento e envolvimento no desenvolvimento da disciplina,

entendimento, assimilação e compreensão dos conteúdos propostos, assiduidade,

responsabilidade, recriação de jogos e regras, resolução de problemas teóricos e práticos,

sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo, propondo

soluções para as divergências; apropriação dos conhecimentos trabalhados e execução

das atividades solicitadas, estabelecer as características e especificidades de cada

atividade ou modalidade esportiva; reconhecer as diferenciações em relação as regras

básicas das modalidades esportivas, participando nas atividades práticas ou realizando

relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas

corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas

durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão

revisar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico,

com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e

ainda superem as dificuldades constatadas.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se

de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates ( em

sala de acordo com o assunto abordado, levantar questões para serem discutidas em

mesa redonda), júri-simulado (dinâmica utilizada para levantar questões a serem

discutidas sobre algum conteúdo, geralmente utilizadas em assuntos relacionados a

preconceito, drogas etc.; é utilizado em forma de tribunal mesmo, um é o juiz outro o réu e

assim por diante), (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, entre outros, em que os

estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

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Outra sugestão é a organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja

finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa

situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos

alunos.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas

de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e

classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,

também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica. A recuperação de

todo o processo avaliativo se dará de forma contínua às aulas, proporcionando uma

retomada de conteúdos que não foram totalmente absorvidos pelos educandos, podendo

ser de forma teórica, prática ou unindo as duas coisas (teórico-prática). Trabalhos,

seminários, avaliações, mini aulas (práticas e teóricas) , etc.

Os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à

parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com

as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse

processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de avaliações teóricas

e práticas e 30% por meio de atividades diversificadas como tarefas, trabalhos,

participações nas atividades extra-classe e projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. MEC. CURY, Carlos Roberto

Jamil.

DCEs, Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná.

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LUCKESI, Cipriano. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Educação Física. Curitiba:

SEED/DEB, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de

Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.

Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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05 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENSINO RELIGIOSO

JUSTIFICATIVA

O conhecimento religioso é entendido como um patrimônio por estar presente no

desenvolvimento histórico da humanidade. Legalmente, é instituído como disciplina

escolar a fim de promover a oportunidade aos educandos de se tornarem capazes de

entender os movimentos específicos das diversas culturas, e para que o elemento

religioso colabore na constituição do sujeito. Sob tal perspectiva, o Ensino Religioso é

uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano, além de possibilitar o

respeito e a compreensão de que a nossa sociedade é.

A Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois,

constituíram-se historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais,

econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso na escola

fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e

organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do

conhecimento.

No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem consolidando o

reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o trabalho pedagógico

com o conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes culturais brasileiras.

Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino

Religioso é efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito

religioso, como também, desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a

construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa. Um Ensino

Religioso de caráter doutrinário, como ocorreu no Brasil Colônia e no Brasil Império,

estimula concepções de mundo excludentes e atitudes de desrespeito às diferenças.

A religião como religação se desdobra, por sua vez, em três vertentes,

apresentadas como “vínculo produzido por um sentimento de dependência, que pode

inclusive alcançar um estado de ‘temor’ (ou até ‘terror’) e fascínio; como intuição de certos

valores considerados supremos: os valores de santidade; como reconhecimento racional

de uma relação fundamental entre a pessoa e a divindade.

A disciplina de Ensino Religioso pretende buscar relações de conteúdos que

possam traçar caminhos para atingir o objeto e compreender qual é o papel da disciplina

como parte do sistema escolar e distinguir-se da natureza catequética. Para tanto, parte-

se da necessidade de o aluno compreender a maneira pela qual se dá a manifestação

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religiosa. Três são os conteúdos estruturantes definidos para que se atinja tal

compreensão: Paisagem religiosa refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a

qual é apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua

concretude, os espaços sagrados.

Universo Simbólico Religioso- é a apreensão conceitual através da razão, pela qual

concebe-se o sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica.

Sendo assim, é entendido como sistema simbólico e projeção cultural. Texto sagrado - é a

tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é reconhecido

através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O pleno domínio: da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente

natural e social, do sistema político; da tecnologia, da arte e dos valores em que se

fundamenta a sociedade; o fortalecimento; dos vínculos familiares, dos laços de

solidariedade e de respeito à diversidade cultural e religiosa em que se assenta a vida

social; de promover a oportunidade aos educandos de se tornarem capazes de entender

os movimentos específicos das diversas culturas, e para que o elemento religioso

colabore na constituição do sujeito.

CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes

Paisagem Religiosa; Universo Simbólico Religioso; Textos Sagrados

Conteúdos básicos de ensino religioso para o 6º ano

Organizações religiosas; Textos Sagrados orais; Lugares Sagrados escritos;

Símbolos Religiosos.

Conteúdos básicos de ensino religioso para o 7º ano

Temporalidade Sagrada; Festas Religiosas; Ritos; Vida e Morte

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

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Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos

Estruturantes.

A metodologia será fundamentada, através do diálogo, não priorizando uma ou

outra religião, mas buscando a contextualização de tais práticas e sua relação com as

demais, buscando frisar que a diversidade religiosa compreende o direito e respeito a

todos. É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os

conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da

diversidade sócio-político e cultural. A linguagem utilizada deve ser a científica e não a

religiosa, a fim de superar as tradicionais aulas de religião

As ferramentas de multimídia serão de extrema importância para ilustração e

facilitação da compreensão das questões discutidas, proporcionando ao aluno uma forma

dinâmica de aprendizagem. Nesse sentido, vídeos ilustrativos de práticas religiosas,

documentários que explicam algumas noções confusas dentro do senso comum, e

mesmo trechos de filmes e imagens que sirva para quebrar preconceitos, serão

observados com frequência.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

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necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

Longe de priorizar a avaliação como “devolução do ensinado” ao professor, esta

deve ter um caráter formativo, ou seja, valorizar e considerar o crescimento do aluno ao

longo do processo. Sob este enfoque, temos a avaliação como constante retomada do

processo, onde juntos, professor e aluno, possam ter consciência e clareza da direção

que estão tomando durante o processo ensino-aprendizagem.

A avaliação contínua, fazendo da observação seu principal instrumento e nela

diretamente envolvendo o aluno, leva mais em conta as interações desenvolvidas e

reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as interações

desenvolvidas e reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as

interações em sala de aula para corrigir rotas de percurso, utilizando um vasto repertório

de técnicas sociais. Isso significa que o professor deve aconselhar, coordenar, dirigir,

liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, escutar, respeitar e compreender o aluno.

Para a avaliação serão utilizados procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos

alunos entre si.

O resultado da avaliação proporciona dados que permitam a reflexão sobre a ação

pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno são considerados os resultados obtidos durante todo o

período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,

tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período letivo,

pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, por

este estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada

à apuração da sua frequência. Assim espera-se que o aluno:

· Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

· Desenvolva uma cultura de Respeito à diversidade religiosa e cultural;

· Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada

grupo social.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ensino Religioso. Curitiba:

SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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06 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

JUSTIFICATIVA

O ensino da filosofia no ensino médio deve, juntamente com as outras

disciplinas, contribuir para o pleno desenvolvimento do estudante, tanto em seu preparo

para o exercício da cidadania como em sua qualificação para o mundo do trabalho, de

acordo com a LDB. Sendo assim, a necessidade da filosofia no Ensino Médio é algo

evidente, devendo doravante ser contemplada pelo requisito da obrigatoriedade.

Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha, o ensino da filosofia tem por objetivo

possibilitar a reflexão crítica sobre a realidade que nos cerca. Para que essa reflexão seja

efetuada, é necessário interpretamos O mundo não-verbal e verbal em que vivemos e

emitirmos juízos dentro desse mundo.

Pensando nesta perspectiva, se pode afirmar que o Ensino da filosofia no

ensino Médio é condição elementar e prévia para que possa contribuir para o pleno

desenvolvimento de educando, tanto em seu preparo para o exercício da cidadania como

em sua qualificação para o trabalho.

Desta forma, este pensamento é um tanto recente, o que realmente a consolida

é o Art. 36 da LDB 9.394/96 diz que: “serão incluídas a filosofia e a sociologia como

disciplinas obrigatórias em todas as séries do Ensino Médio”. Logo, se observa que este

espaço reconquistado pela filosofia é destinado à construção de uma Escola democrática,

solidária e competente por meio de inclusão de jovens e adolescentes no mundo da

cultura da arte e do trabalho, pelo desenvolvimento de valores, atitudes e sentido de

justiça, buscando restabelecer a ordem social que vem desfalecendo já que a mesma é

respaldada nas instituições sociais, a saber: Família, Escola, Estado e religião.

Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos valores

éticos e políticos, a filosofia tem um espaço a ocupar e uma rica contribuição a dar. A

filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua

longa história, os quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões

promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.

O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria

explicações. Criando explicações, cria pensamentos. Na criação do pensamento está

presente tanto o mito como a racionalidade. Esse fato não pode deixar de ser

considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve ideias, inventa sistemas,

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elabora leis, códigos, práticas. A compreensão histórica de como surgiu o pensamento

racional e conceitual, entre os gregos, foi decisivo no desenvolvimento da cultura da

civilização ocidental. Entender a conquista da autonomia da racionalidade diante do mito

marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e do desenvolvimento de

todas as concepções cientificas produzidas ao longo da história.

A teoria do conhecimento ocupa-se de forma sistemática com a origem, a essência

e a certeza do conhecimento humano. Aborda basicamente questões como estas: quanto

ao critério da verdade - "o que permite reconhecer o verdadeiro?" Quanto ao âmbito do

conhecimento: “abrange ele a totalidade do real ou se restringe ao sujeito que conhece?”

Quanto á origem do conhecimento – “qual é a fonte do conhecimento?”.

Além de evidenciar para o estudante os limites do conhecimento, a teoria do

conhecimento possibilita-lhe perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua

elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções

relativas ao seu tempo.

A ética é o estudo dos fundamentos da ação humana, a relação entre o sujeito e a

norma, a ética possibilita análise critica para atribuição de valores, possibilita o

desenvolvimento de valores, mas pode também ser o espaço de transgressão, quanto a

valores impostos pela sociedade se configuram como instrumento de repressão, violência

e injustiça.

A Filosofia política busca discutir as relações de poder e compreender os

mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos, problematizar

conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade

dentre outros.

A Filosofia da ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos

resultados das diversas ciências. Vivemos um momento de triunfo da ciência, do genoma,

da transgenia, da clonagem, que são apresentados de forma cristalizada e definitiva,

indicando que fazemos parte de uma civilização que elabora sob medida as condições

ideais de nossa existência numa perspectiva técno-científica. A filosofia da ciência serve

como ferramenta capaz de questionar tal visão.

A estética possibilita, ao estudante, compreender a apreensão da realidade pela

sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade

intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que contribuem para a

constituição de sujeitos críticos e criativos.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de

criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação,

da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o estudante, ao tomar

contato com os problemas e textos filosóficos, possa pensar e argumentar criticamente e

que nesse processo crie e recrie para si os conceitos filosóficos. Essa ideia não deve ser

confundida com a criação de conceitos numa perspectiva acadêmica de alta

especialização, mas levar esses estudantes a experimentarem a atividade reflexiva de

compartilhamento do processo de construção de conceitos e valores, eminentemente

pessoal e subjetivado, mas que precisa ser suscitada, alimentada, sustentada, provocada

e instigada.

Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva dos estudantes,

de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e analisados

com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que possam pensar o problema,

pesquisar, fazer relações e criar conceitos. Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia

não significa trabalhar numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única

preocupação do ensino de Filosofia. Eles serão importantes desde que atualizem o

problema filosófico a ser tratado com os estudantes

A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto propiciará o

entendimento das estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão dos

enunciados e com o encadeamento e clareza das ideias e a busca da superação do

caráter fragmentário do conhecimento. É preciso que o professor tenha uma ação

consciente e reflexiva, para não praticar uma leitura em que o texto seja um fim em si

mesmo. O domínio é necessário: o problema está no formalismo e no tecnicismo

estrutural da leitura do texto, tecnicismo esse que desconsidera, quando não descarta, a

necessidade não só da compreensão do contexto histórico, social e político da sua

produção, como também da sua própria leitura. Cabe ao professor de Filosofia tentar

pensar filosoficamente para, acima de tudo, conseguir construir espaços de

problematizarão, compartilhados com os estudantes, a fim de articular os problemas da

vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a elaboração de

conceitos.

O trabalho realizado pelo professor poderá assegurar ao estudante a experiência

do “específico” da atividade filosófica. O exercício filosófico poderá manifestar-se ao

refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras filosóficas e

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análises de textos, organiza debates, sugere pesquisas, sistematizações.

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do

estudante com os problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos por

meio da investigação, enfim, no trabalho em direção à criação de conceitos.

Portanto, o educador deve ter a clareza de que o ensino da filosofia deve levar o

educando a apreender a pensar refletidamente sobre questões práticas como as

situações-problema da realidade, numa perspectiva crítica reflexiva e transformadora, ou

seja, propiciar ao educando momentos onde o mesmo possa refletir sobre questões

filosóficas, isto é, oferecer critérios filosóficos para o aluno para que este possa julgar

realidade por meio da prática do questionamento filosófico e da construção de conceitos,

possibilitando-o a julgar por si mesmo, confrontar argumentações e respeitar a opinião

dos outros.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Entender o porquê do estudo da filosofia;

Refletir sobre os grandes temas filosóficos;

Desenvolver a capacidade de investigação e compreensão: aprender a perceber,

reconhecer, definir, distinguir, constatar, enfatizar, explicar;

Desenvolver a capacidade de comunicação e representação;

Apresentar textos filosóficos para que possam aprender conceitos básicos da

filosofia;

Elevar os alunos do nível do senso comum para o da reflexão mais profunda;

Aprender a pensar;

Relacionar seu conhecimento prévio com o sistematizado;

Interpretar textos filosóficos;

Analisar poesias, letras de músicas, artigos de jornais e revistas, apresentando o

cunho filosófico das mesmas;

Discutir os problemas sociais e seus principais efeitos para a sociedade;

Saber entender o que está por trás das falácias;

Proporcionar debates sobre acontecimentos atuais no campo da política, da moral,

da ciência, da arte, da estética, entre outros;

Desenvolver a capacidade de comunicação e representação;

Aprimorar o crescimento pessoal e interpessoal;

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Desenvolver a compreensão ética e política da sua vivência no mundo;

Desenvolver a capacidade de encontrar sentido na(s) experiência(s);

Descobrir as relações parte-todo;

Desenvolver a pesquisa, a observação e a investigação;

Respeitar o outro e as regras estabelecidas;

Formar com os colegas a Comunidade de Aprendizagem Investigativa.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e filosofia; Teoria do conhecimento; Ética; Filosofia política; Filosofia da ciência;

Estética.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE FILOSOFIA

MITO E FILOSOFIA: Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade

do Mito; O que é Filosofia?

TEORIA DO CONHECIMENTO: Possibilidade do conhecimento; As formas de

conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica

ÉTICA: Ética e Moral; Pluralidade Ética; Ética e violência; Razão desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

FILOSOFIA POLÍTICA:

Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e ideologia;

Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.

FILOSOFIA DA CIÊNCIA: Concepções de Ciência; A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética.

ESTÉTICA: Natureza da arte; Filosofia e Arte; Categorias Estéticas – feio, belo, sublime,

trágico, cômico, grotesco, gosto e etc; Estética e sociedade.

Os conteúdos serão trabalhados por temas, na ordem a seguir:

1ª série: Mito, Filosofia e Teoria do Conhecimento;

2ª série: Ética e Filosofia Política;

3ª série: Filosofia da Ciência e Estética.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

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Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o

estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

A presença obrigatória da disciplina filosofia no currículo do Ensino Médio permite que

o conhecimento científico, frequentemente mais reconhecido pelo seu potencial produtivo,

possa também ser estudado em suma historicidade, trazendo a marca das dúvidas e dos

problemas que motivaram a sua produção e o seu avanço na sociedade. Contribuirá para

a ressignificação da experiência do Educando para afirmar sua singularidade e

problematizar seus valores, para sua leitura e olhar mais consistentes sobre a realidade,

sua a sua crítica e tomada de posição.

Destarte, se considera que as aulas apresentadas devem ser atrativas para o aluno,

pois se sabe que muitos afirmam que não gostam de filosofia. Para tanto, é necessário

que o Educador conduza suas aulas de forma que os educandos possam em primeiro

lugar gostar da disciplina. Portanto, as aulas além de expor os conteúdos sistematizados

precisam interligá-los com a realidade dos mesmos.

Desta forma, para que os objetivos possam ser atingidos a proposta é que as aulas

sejam dinâmicas e atrativas, com aulas expositivas com a participação dos alunos.

Precisa ser desenvolvido debate sobre temas pertinentes, seminários, fichamentos,

análise de poesias, músicas, filmes ou de imagens, entrevistas, leituras de textos

jornalísticos ou literários etc.

Sendo assim, o trabalho com os conteúdos estruturantes da filosofia e seus conteúdos

específicos se dará em quatro momentos, a saber:

- A sensibilização;

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- A problematização;

- A Investigação;

- Criação de conceitos;

É com a sensibilização que se inicia o trabalho propriamente filosófico, em seguida dá-

se sequência com a problematização, investigação e finalmente, a criação de conceitos.

Sendo assim, o ensino de filosofia será permeado por atividades, tais como: leitura,

produção de textos, investigações individuais e coletivas, a fim de que organize e oriente

o debate filosófico, dando um caráter dinâmico e participativo.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

No processo ensino aprendizagem a avaliação é de forma contínua, sistemática e

integral. Observa-se o comportamento do aluno no domínio cognitivo, através de

diferentes técnicas e instrumentos. A avaliação deve estar ligada aos objetivos propostos

principalmente no que se refere à instigação do aluno, ao desafio do pensamento, suas

potencialidades empírico pragmáticas concretas em todos os âmbitos da ação humana e,

em sua capacidade ética de “manipular” os elementos possíveis à reflexão, no exercício

da cidadania autônoma. É parte integrante do processo ensino-aprendizagem tem função

diagnóstica, fornece instrumentos para ação reflexão do processo ensino-aprendizagem,

tanto para o professor como para o aluno.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e

especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar

os conteúdos básicos dos conteúdos, elaborando respostas aos problemas suscitados e

investigados.

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Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade

filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma

posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá

condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode

ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

Nesta perspectiva, o ensino de filosofia deverá ser um grande desafio, onde será

avaliada a capacidade do aluno em reformular questões de maneira organizada, construir

e tomar posições, interpretar as dimensões de cada texto, em criar conceitos: qual

conceito trabalhou e criou/recriou; qual discurso tinha antes; qual o discurso tem após a

reflexão.

Em suma, a avaliação servirá para diagnosticar as dificuldades dos educandos e

intervir no processo, para a reflexão tenha um maior aprofundamento. Sendo assim

alguns pontos devem ser observados, quais sejam:

- na disciplina avalia-se não apenas a assimilação dos conteúdos, mas, principal-

mente, a capacidade de argumentação que sustenta a tomada de posição;

- saber oportunizar momentos avaliativos diferenciados: avaliações de conteúdos,

de atitudes; de competências; de ações;

- avaliações devem servir para serem feitas correções de cursos e percursos, tanto

dos professores como dos alunos;

- avaliar é também uma oportunidade de aprendizado, tanto para o aluno, como

para o professor;

- deve-se levar em conta tanto o empenho como o desempenho do aluno avaliado;

- é preciso ter em conta uma dimensão de auto avaliação permanente, em todos os

níveis: do aluno, do professor, da instituição.

Da mesma forma, durante o processo de ensino e aprendizagem estará presente o

processo de avaliação permanente e diagnóstica, a fim de prever resultados e ações com

vistas ao bom desenvolvimento das atividades e ao alcance dos objetivos almejados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Introdução à filosofia. 2ed. São Paulo: Moderna, 1993.

ARANHA, Arruda Maria Lúcia de e MARTINS, Pires Maria Helena. Filosofando

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ARANHA, Arruda Maria Lúcia de e MARTINS, Pires Maria Helena. Temas de Filosofia, 2ªEd. – São Paulo: Moderna 1998.

ARENDT, Hannah. A condição humana. 8ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,1997.

BENEVIDES, Maria Victória de Mesquita. A Cidadania Ativa. Referendo, plebiscito einiciativa popular. 3ed. São Paulo, Ática, 1998.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996.Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1998.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. Ed. Companhia das letras. SãoPaulo.

DANILO MARCONDES. Textos Básicos de Filosofia. Ed. Jorge Zahar Rio de Janeiro.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Filosofia Curitiba:

SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/db.pdf

http://editorasophos.com.br (Roteiros Pedagógicos do SER).

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07 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

JUSTIFICATIVA

O aprendizado da Física contribui como parte de um conjunto mais amplo de

qualidades humanas, para a compreensão do mundo natural e transformado, para o

desenvolvimento de instrumentos, como sentido prático e analítico para a cidadania e a

vida profissional.

A Física também contribui para a formação de uma cultura científica efetiva,

permitindo ao individuo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais,

redimensionando sua relação com a natureza em transformação.

O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como

atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações, possibilitando ao aluno

desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na

sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com

temas do cotidiano que se articulam com outras áreas do conhecimento.

Portanto, o ensino da Física terá significado real quando a aprendizagem partir de

ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, privilegiando a

interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, tornando-o articulado e

dinâmico.

OBJETIVOS GERAIS

A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do conhecimento não

ocorre num espaço sociocultural vazio, mas é condicionado por fatores externos. O

ensino da Física, em particular, deve acompanhar o contesto do momento em que

vivemos.

O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como

atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações. Não é objetivo da

Física apenas transmitir conhecimentos, mas também possibilitar a formação crítica,

valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações

históricas. Isso ocorre quando o aluno consegue desenvolver suas próprias

potencialidades e habilidades para exercer seu papel na sociedade, compreender as

etapas do método científico e estabelecer um diálogo com temas do cotidiano que se

articulam com outras áreas do conhecimento.

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O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de idéias

e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o senso

comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida. Portanto, os

fenômenos físicos devem ser apresentados de modo prático e vivencial, privilegiando a

interdisciplinaridade.

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Movimentos

Momentum e inércia

Conservação da Quantidade de movimento

(momentum)

Variação da quantidade de movimento =

Impulso

2ª Lei de Newton

3ª lei de Newton e condições de equilíbrio

Gravitação

Movimentos

Termodinâmica

Eletromagnetismo

Energia, Princípio da conservação da

Energia, trabalho e Potência

Termodinâmica

Lei zero da Termodinâmica,

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

Eletromagnetismo

Carga, corrente elétrica, campo e ondas

eletromagnéticas, Forca eletromagnética,

Equações de Maxwell (Lei de Gauss para

eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de

Ampère, Lei de Gauss Magnética, Lei de

Faraday)

A natureza da luz e suas propriedades

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

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Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico está ancorado nos pressupostos pedagógicos da

contextualização e interdisciplinaridade.

Para que esta proposta se viabiliza de forma eficaz, faz-se necessário à

incorporação de aspectos da história da ciência, e particularmente, da Física e de forma

imprescindível das atividades de laboratório. A história da ciência e da Física possibilita a

compreensão da evolução dos conceitos físicos mediante estudos que contemplam

aspectos sociais, políticos e culturais de uma época. Além de mostrar que a produção da

ciência foi feita por pessoas comuns que foram desafiadas a compreender certos

fenômenos, levando às vezes, toda uma vida, destacando a contribuição de afro-

descendentes para o conhecimento científico e tecnológico universal.

Os conteúdos serão desenvolvidos utilizando-se dos recursos tecnológicos como:

Computador, vídeo, retro projetor, filmadora e máquina fotográfica para desenvolver

trabalhos;

Internet para pesquisa sobre conteúdos trabalhados, testes on-line, debates em

fóruns e atualização;

Os programas Word, PowerPoint, Excel serão utilizados para pesquisa, trabalhos

e organização de seminários, elaboração de planilhas, assim como a utilização da TV Pen

Drive;

Os softwares educativos servirão para pesquisa, trabalhos, debates, testes e

elaboração de aulas com uso de softwares de autoria;

Ao ministrar os conteúdos, o professor deverá levar em consideração as

características principais dos estudantes na aprendizagem de cada turma e em casos

especiais à característica individual;

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

A avaliação deve ser essencialmente formativa, continua e processual, vista como

um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do

professor. Diante disso, não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita

limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. Nesta proposta em

que o aluno e frequentemente solicitado a participar e criar, uma prova não é suficiente

para sintetizar o que ele aprendeu pensou e viveu. Logo, é necessário repensar os

instrumentos de avaliação, bem como definir seus objetivos, que devem envolver mais

amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho

cognitivo como as atitudes do aluno serão avaliados.

Pode-se afirmar que é elemento significativo do processo ensino-aprendizagem,

envolvendo a prática pedagógica do professor, o desempenho do aluno e os princípios

que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de

simplesmente quantificar os resultados de um processo ao término de um período.

Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno, desde que

acompanhados de orientação sobre como pode e deve agir para aperfeiçoar seu

desempenho e progredir no aprendizado de Física.

Critérios de avaliação:

.Conhecer fontes de informações, sabendo interpretar noticias cientificas.

.Capacidade de aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano.

.Habilidade para pensar, analisar, generalizar e inferir.

.Conhecer e compreender conceitos e procedimentos apresentados.

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Instrumentos de avaliação:

.Prova escrita ao final de cada assunto e / ou de cada dois ou mais assuntos.

.Trabalhos em grupo ou individual, em sala de aula ou tema.

.Organização dos conteúdos no caderno, assim como as tarefas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996.

CHIQUETTO, Marcos José. Aprendendo Física. Volume 1-2-3. São Paulo: EditoraScipione, l993.

MÁXIMO, Antônio ALVARENGA, Beatriz. Física, de olho no mundo do trabalho. VolumeÚnico. São Paulo: Editora Scipione, 2003.

PARANÁ, Djalma Nunes. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, l999.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Física. Curitiba:SEED/DEB, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

SAMPAIO, José Luiz. Universo da Física. Vol. 1- 2 - 3. São Paulo: Editora Atual, 2005.

VÁRIOS AUTORES. Física – Ensino Médio. Volume Único – Curitiba: SEED-PR, 2006.

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08 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

JUSTIFICATIVA

O ensino de Geografia deve levar o aluno a compreender de forma mais ampla a

realidade, contribuindo para a formação de um cidadão consciente das relações sócio-

espaciais de seu tempo, trabalhando os conceitos, os conflitos e as contradições sociais

econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.

Cabe à Geografia estudar as regiões-paisagens, descrevendo-as detalhadamente,

comparando-as até que todas as regiões-paisagens do planeta estejam identificadas,

tratando esse conceito a partir das determinações políticas e econômicas que formam e

definam a longevidade das regiões. O conceito de lugar é um dos mais ricos atualmente,

pois é onde a globalização acontece, nessa relação com o global, o lugar traz a discussão

dos conceitos de território, de natureza, de técnica, de política entre ouros, tão ricos e

necessários às analises mais amplas do espaço geográfico. Território é um conceito

ligado às relações de espaço e poder, é no território que ocorre a normalização das

ações, tanto globais quanto locais. A partir dessas considerações a Geografia deve

abordar as relações de poder que constituem territórios nas mais variadas escalas desde

as que delimitam os micros espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da

prostituição ou da segregação sócio-econômica, até as globais.

O estudo dos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares de

Geografia para o Ensino Fundamental devem levar o aluno a pensar e agir criticamente,

buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, preparando-o para

uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a naturalidade dos fenômenos

que imprimem uma certa passividade aos indivíduos.

Dentro desse contexto é preciso que o professor empreenda uma educação que

contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo

atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e

capitais é uma realidade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive; das relações entre

natureza/homem/trabalho; da sociedade, tornando-o crítico e parte integrante

/participante como agente de transformação; Contribuir para a formação integral do

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aluno, para o exercício da cidadania, conduzindo a reflexão, a leitura de mundo e

suas transformações sociais, políticas e econômicas;

Possibilitar ao educando condições de se localizar no espaço em que vive e a partir

daí entender os problemas sociais, políticos e econômicos. Com este enfoque ter

um a visão geral do local para o global e através desse conhecimento levar a agir e

interagir com autonomia na sociedade e no espaço em que está inserido;

Permitir o entendimento do espaço geográfico enquanto totalidade-mundo, uma

vez que no atual período de globalização as escalas não se apresentam dispostas

lineares e independentes;

Oportunizar ao educando a possibilidade de situar-se na dinâmica das

transformações contemporâneas, fazendo que atue crítica e construtivamente no

contexto local como parte integrante do global;

Contribuir para o direcionamento do aluno enquanto cidadão, analisando a sua

realidade, porém, incitando o senso crítico, a criatividade e o raciocínio, mas

também direcionando para que o aluno tenha capacidade de ação no meio em que

vive;

Formar cidadãos pensantes que possam interagir no meio e em prol da sociedade;

Contribuir para o reconhecimento do espaço vivenciado pelo aluno como indivíduo

social e atuante, possibilitando a compreensão do mundo, da sua totalidade e da

capacidade de agente transformador social;

Proporcionar ao aluno a apropriação do conhecimento científico a serviço da

transformação e da justiça social;

Levar o aluno a reconhecer-se no tempo/espaço/lugar; entender, intervir,

compreender o mundo e sua dinâmica; contribuir no sentido de torná-lo crítico e

agente modificador;

Contribuir para que o aluno se oriente e se localize no tempo e no espaço;

Possibilitar reflexões que propiciem um cidadão crítico, participativo, consciente do

seu papel na transformação social, que tenha uma visão do mundo e seja capaz de

se posicional diante das contradições sociais;

Contribuir para o entendimento das inter-relações entre o homem/natureza e

homem/sociedade esclarecendo a importância destas para que o aluno entenda o

espaço de vivência e as contradições do mundo atual, destacando as atividades

que este deve tomar, tanto crítica, como ambiental, para que este mundo seja

melhor;

Levar o aluno a ter uma visão de como é o espaço em que ele vive, a socialização

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com as pessoas e o espaço que ele ocupa;

Contribuir para a leitura do mundo através do entendimento do espaço geográfico.

Serve para o exercício da cidadania auxiliando o aluno a conhecer a realidade para

poder interferir nela.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico,

Dimensão política do espaço geográfica

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

A formação, localização,exploração e utilização dos recursos naturais

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural

As diversas regionalizações do espaço geográfico

7º ANO

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro

As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos

Movimentos migratórios e suas motivações

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O espaço rural e a modernização da agricultura

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização

A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e da informação.

8º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

O comércio em suas implicações socio-espaciais

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

O espaço rural e a modernização da agricultura

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos

Os movimentos migratórios e suas motivações

As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural;

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção

O comércio mundial e as implicações socio-espaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos

As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

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A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

2ª SÉRIE

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

Revolução Técnico-científica

3ª SÉRIE

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socio-espaciais

da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socio-espaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socio-espaciais do processo de mundialização.

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A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Geografia serão abordados dentro

dos conteúdos específicos, visando:

Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território,

natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.

Problematizar a ocupação do espaço e buscar através de documentos e perguntas,

respostas às suas indagações;

Entender a diversidade das experiências, políticas, sociais, econômicas e culturais

de cada espaço estudado;

Ampliar o universo de consultas para entender melhor diferentes contextos;

Instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os conteúdos e

abordagens existentes nos temas estudados, de modo que constituam

gradativamente sua autonomia na busca do conhecimento;

Buscar em diferentes fontes, como livros, jornais atuais, filmes, charges,

documentário, etc.., as diferentes interpretações sobre um mesmo acontecimento;

Problematizar o que é dado como natural com vistas a contribuir para a

consciência de um mundo melhor.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

O professor poderá usar diversos instrumentos avaliativos, tais como: avaliações

teóricas, apresentação de trabalhos ou seminários, pesquisas bibliográficas e on line,

trabalhos em grupo, grupo de discussões, grupo de estudos ou debates, elaboração de

cartazes folders banners, realização de tarefas escolares, participação em festivais,

gincanas e eventos do colégio.

Espera-se que o aluno forme e signifique os conceitos geográficos de lugar,

território, natureza, sociedades, natureza, região; identifique a configuração sócio-espacial

mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. Reconheça a

constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na

regionalização mundial. Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas

implicações sociais, econômicas e políticas e entenda as relações entre países e regiões

no processo de mundialização.

Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política

global, mas, também apresentam particularidades. Relacione as diferentes formas de

apropriação espacial com a diversidade cultural.

Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas

geradas no processo de industrialização. Identifique os conflitos étnicos e separatistas e

suas consequências no espaço geográfico. Entenda a importância econômica, política e

cultural do comércio mundial.

Identifique as implicações socio-espaciais na atuação das organizações

econômicas internacionais. Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de

novos territórios nacionais.

Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual

distribuição de renda.

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Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas

demográficas adotadas nos diferentes espaços.

Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.

Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades

produtivas.

Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.

Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de

tecnologias de exploração e produção

Reconheça a importância estratégica dos recursos naturais para as atividades

produtivas.

Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de

energia.

Entenda a importâncias das redes de transporte e comunicação no

desenvolvimento das atividades produtivas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M.C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo Atlas, 1987.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de

Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Geografia. Curitiba:

SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.

Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

Page 74: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR€¦ · A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar,

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09 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas fundamen-

tada por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas. Essas inter-

pretações são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos his-

tóricos e propõem ações no presente e projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de

História é a formação de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento.

Esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.

Trata-se de entender de modo crítico, os princípios que possibilitam a construção

da História como ciência de forma a interpretar as ações do passado para nortear as

relações futuras, considerando os seguintes aspectos:

- Entender a História como dever humano. O que norteará a análise das sociedades

humanas ao longo do tempo: será a percepção crítica da produção humana, que é

socialmente necessário e coletivamente construído através do social, político, e ideológico

das sociedades;

- Visualizar a História como produto da prática dos homens.

- Compreender a História como processo. Estudá-la em seu movimento contínuo, total e

plural, como continuidade e ruptura.

- Tento como seu objetivo os homens; como temas o cotidiano, imaginário e

mentalidades; como métodos a dialética das relações, abrangendo as ciências:

antropológica, econômica, sociologia e outras;

- Perceber as diferenças sociais, físicas, psíquica e étnica, como parte de uma sociedade

múltipla e complementar, valorizando a cidadania e o respeito mutuo, dentro da

diversidade social.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o

professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio do trabalho com vestígios e

fontes históricas diversas; da fundamentação na historiografia; da problematização do

conteúdo; essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pe-

los sujeitos.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham con-

dições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder

neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se

fazerem sujeitos da própria História

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OBJETIVOS GERAIS

Conhecer a trajetória da democracia brasileira em seus avanços e retrocessos,

desde a República Velha até os dias de hoje;

Compreender as diferentes formas de luta dos mais diversos países e épocas para

a construção da cidadania;

Analisar as origens do surgimento do capitalismo e suas formas de dominação do

mundo moderno, estabelecendo os paralelos com os projetos socialistas;

Diagnosticar os meios de comunicação na difusão da dominação capitalista;

Destacar as contradições nas relações entre as grandes potências e os conflitos

mundiais, e a ascensão dos regimes totalitários na Europa (nazi-facismo e

stalinismo);

Conhecer as características gerais do mundo após a Segunda Guerra Mundial;

Problematizar a exploração do mundo capitalista;

Apresentar as possibilidades de um mundo socialista;

Discutir as qualidades e defeitos dos governos tidos como democráticos;

Destacar a passividade e neutralidade do povo no momento dos golpes dos

governos antes da Ditadura Militar;

Enfatizar o problema democrático desrespeitado após o Golpe de 64;

Destacar as lutas pela reconquista da democracia após a Ditadura;

Esclarecer como o povo pode ser manipulado mesmo após ter “redemocratizado” o

país;

Relacionar as explorações e arbitrariedades do mundo de hoje;

Destacar os direitos conquistados pelos trabalhadores e sua importância para os

dias atuais;

Identificar as descriminações e os direitos a cidadania das classes menos

favorecidas;

Conhecer a luta da história negra e os espaços conquistados e debater as

possibilidades futuras;

Debater a situação dos povos indígenas e o direito a cidadania destes em relação

ao país;

Problematizar a democracia do povo na atualidade;

Identificar as ações dos governos modernos;

Acionar a politização dos educandos de forma ativa e participativa na realidade

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76

vivida por eles.

Compreender como o conhecimento histórico é construído, no sentido de identificar

elementos das fontes históricas, bem como a multiplicidade de olhares da

historiografia sobre o passado.

Compreender o conceito de trabalho e suas formas de organização nas diferentes

civilizações da Antiguidade.

Compreenda as relações de poder estabelecidas entre trabalhadores, guerreiros e

proprietários no contexto social medieval.

Entenda o processo de transição do trabalho servil para o assalariado no final do

período medieval.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Conteúdos básicos de história para o 6º ano

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

A cultura local e a cultura comum

Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias

Dimensão econômico-social

Primeiros homens no território brasileiro, povos coletores e caçadores, natureza

representada na arte, nos mitos e nos ritos dos povos indignas.

Natureza e povos indígenas na invasão dos europeus, exploração econômica dos

recursos naturais, pelos colonizadores europeus, agricultura de subsistência

comercialização e a extração de riquezas naturais.

Uso da terra, diferentes formas de posse e propriedade da terra, locais de

povoamento e suas relações com o mar, rios e relevo.

Técnicas e instrumentos de transformações de elementos da natureza e matéria-

prima.

Dimensão cultural

A natureza, o corpo e a sexualidade humana sendo abordada de diversas

maneiras, discutindo o sexismo, a homofobia, a gravidez na adolescência, as

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DSTS, a lei Maria da Penha e etc; os adornos, a natureza nas manifestações

artísticas brasileiras.

Paisagens naturais e urbanas, memória das paisagens, relações entre natureza e

cidade impacta social da destruição das matas, florestas e suas formas de vida,

natureza e economia do turismo.

Dimensão política

Primeiros povos no continente americano, povos coletores e caçadores, povos

ceramistas, pescadores e agrícolas, a criação de animais. Seus mitos, ritos,

religião, cultura, economia e artes.

Mitos de origem do mundo e do homem, a natureza nos mitos, religião, deuses,

valores, vida e morte, os ciclos naturais e suas relações econômicas.

Origem do homem na África.

Ocupação e transformação dos territórios.

Conteúdos básicos de história para o 7º ano

A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em

diferentes tempos e espaço. Com uma análise sobre as questões ambientais,

mostrando para os educandos a importância da preservação do meio ambiente.

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

Dimensão econômico-social

O trabalho entre os povos indígenas hoje, a divisão de trabalho em comunidades

indígenas específicas.

Escravização, trabalho e resistência indígena na sociedade colonial. Nesse

conteúdo temos a possibilidade de discutir um programa de enfrentamento à

violência contra criança e adolescente, que muitas vezes ocorrem dentro do próprio

ambiente familiar e praticada por pessoas muito próximas, colocando da

importância da denúncia para por fim a essas práticas, acabando com a

impunidade.

Tráfico de escravos e mercantilismo; a escravidão africana na agricultura de

exportação, mineração, produção de alimentos e nos espaços urbanos. Neste

conteúdo podemos desenvolver um projeto de educação tributária, pautado no

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Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, com base no tema podemos discutir a

cobrança de todos os tipos de impostos, como: taxas, alíquotas, mercado

financeiro, bolsa de valores e outros; Lutas e resistência de escravos africanos;

trabalho livre no campo e na cidade após a abolição

O trabalho de mulheres e crianças na agricultura, na indústria e nos serviços

urbanos, nas atividades. Com ênfase na discussão do trabalho infantil, de acordo

com a L.F. Nº 11525/07. Pois o trabalho infantil é um dos principais motivos de

evasão e reprovação na educação brasileira e a garantia de cumprimento do Eca,

evita a pratica de qualquer tipo de violência e exploração contra nossas crianças e

adolescentes.

Relações de trabalho em diferentes momentos da História dos povos

americanos:

O trabalho entre os povos indígenas hoje; produção de alimentos e utensílios entre

populações indígenas em diferentes épocas.

O trabalho escravo na mineração, pecuária e monocultora colonial, comerciantes e

mercadores de escravos, escravidão indígena e africana na América colonial

A manufatura espanhola e inglesa: a industrialização, o artesanato, trabalhadores

das minas, e suas lutas sócias por melhores condições de trabalho.

Relações de trabalho em diferentes momentos na História de povos do mundo.

Dimensão cultural

Caçadores na África e na Europa; agricultores, sacerdotes, guerreiros e escribas e

escravos e no Oriente; artífices, comerciantes e navegadores na África e no

Oriente.

Servos, artesão e corporação de ofício na Europa, nobreza, clero, camponeses,

mercadores e banqueiros na Europa; navegadores e comerciantes coloniais.

Trabalho operário e trabalhadores dos serviços urbanos na Europa, trabalho das

mulheres e das crianças na indústria inglesa, abordando os direitos das crianças e

adolescentes.

Dimensão política

Lutas e organizações operárias.

Grandes proprietários, administradores coloniais, clérigos, agregados e

trabalhadores livres.

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Conteúdos básicos de história para o 8º ano

O mundo do trabalho e os movimentos de resistência

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito

Dimensão econômico-social

A propriedade no presente e no passado.

Posse e propriedade;

A noção de propriedade;

Propriedade pública e propriedade coletiva;

Origem da propriedade da terra no Brasil;

Reforma agrária;

Terras dos Kaiwa;

Registro de terras;

Terras do Paranapanema;

M.S.T e U.D.R;

Terra e propriedade na Roma Antiga;

Monarquia, República e Império;

A propriedade da terra em Roma;

A sociedade romana;

As lutas pela reforma agrária em Roma;

Tibério e Caio Graco;

Feudalismo – A terra como privilegio;

Os povos Germânicos;

Os hunos;

Sistema de colonato entre os romanos;

A ocupação e exploração da terra entre os Germânicos;

A formação do feudalismo;

Dimensão cultural

Período da Idade Média;

Os carolíngios e o nascimento do feudalismo;

Suserana e Vassalagem.

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Os que nasceram para Orar: o clero.

Os destinados a guerras.

Os que nasceram para guerrear.

Dimensão política

Conquista e preservação do território brasileiro pelos portugueses;

Administração política colonial: confronto entre europeus e indígenas, revoltas e

resistências de escravos;

Lutas pela independência política e processo político pela independência;

O Estado monárquico: guerras provinciais, lutas pelo fim da escravidão;

Lutas políticas na implantação da República: Canudos, Contestado e Cangaço;

O Estado novo e o Regime Militar pós-64: lutas operárias, lutas sociais rurais e

urbanas, lutas feministas, luta pela reforma agrária, movimentos populares e

estudantis, lutas dos povos indígenas pela preservação de seus territórios,

Movimentos de Consciência.

Constituição dos Estados Nacionais na América.

As colônias espanholas na América, subjugação das etnias e das culturas nativas,

constituição dos Estados Nacionais, ditaduras na América Latina, organizações e

política de integração econômica.

Colônias inglesas na América: o processo de constituição do Estado Nacional

norte-americano, elaboração dos ideais liberais, aproveitando o assunto para

discutir a prevenção e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas e republicanos.

Intervencionismo norte-americano na América Latina.

Revolução cubana e militarismo na América Latina. Processos de Constituição

dos Estados Nacionais na Europa

Expansão imperialista européia, Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa,

Segunda Guerra, Guerra Fria.

Expansão muçulmana, Imperialismo no Oriente Médio, confrontos entre palestinos

e israelenses, Guerra do Golfo.

Conteúdos básicos de história para o 9º ano

Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das instituições

sociais.

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

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Sujeitos, Guerras e revoluções

Dimensão política

Controle do Estado Brasileiro:

Estruturação da república;

República do Café com leite;

A busca pelo direito do voto;

A consolidação da república e as lutas pela democracia:

República Velha e a Revolução de 30;

Os governos democráticos;

Governo Vargas;

Governos populares e o Golpe de 64;

Ditadura militar;

O povo e a redemocratização

Eleições democráticas e os governos atuais;

Governo Lula e seus antecessores;

Dimensão econômico-social

A Expansão do Capitalismo:

Após o colonialismo vem o imperialismo;

Estruturação capitalista pelo mundo;

Os blocos de disputa pelo poder;

Socialismo e capitalismo: diferentes formas de poder;

A hegemonia dos EUA no mundo;

A exploração dos trabalhadores no mundo capitalista;

Lutas das classes inferiorizadas;

Lutas das classes inferiorizadas, negro e índio buscando seu espaço;

Lucro para poucos e trabalho para a maioria;

Mundo atual e a exploração do trabalho;

As revoluções e as lutas do povo pelos seus direitos;

A Evolução da Cidadania:

As lutas das diferentes classes sociais;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO

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Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A 1ª SÉRIE

TRABALHO ESCRAVO, SERVIL, ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE

O conceito de trabalho – livre e explorado

O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado

escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas

Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado

O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades

humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e

africanas

As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de

Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos Bolivarianos.

O SURGIMENTO DAS SOCIEDADES HUMANAS

Primeiros homens no território brasileiro, povos coletores e caçadores, natureza

representada na arte, nos mitos e nos ritos dos povos indígenas, em comparação

com o homem Pré-histórico.

Uso da terra, diferentes formas de posse e propriedade da terra, locais de

povoamento e suas relações com o mar, rios e relevo.

Técnicas e instrumentos de transformações de elementos da natureza e matéria-

prima.

A natureza, o corpo, a sexualidade, e os adornos, a natureza nas manifestações

artísticas do povo da Pré-história.

As diferentes comunidades primitivas, estudo das sociedades coletoras, caçadoras

e os primeiros passos do homem agrícola.

Primeiros povos no continente americano, povos coletores e caçadores, povos

ceramitas, pescadores e agrícolas, a criação de animais. Seus mitos, ritos, religião,

cultura, economia e artes.

Mitos de origem do mundo e do homem, a natureza nos mitos, religião, deuses,

valores, vida e morte, os ciclos naturais e suas relações econômicas.

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A evolução da sociedade humana com o surgimento da agricultura e da disputa

econômica por terras e produções.

Ocupação e transformação dos territórios.

AS SOCIEDADES DA ANTIGUIDADE:

As diferentes formas de organização das sociedades antigas.

A presença da religião na Antiguidade.

As guerras e os primeiros modos de escravidão humana.

Surgimento dos grandes impérios com a dominação dos povos.

AS SOCIEDADES AFRICANAS E ASIÁTICAS:

Como vivia o homem na África antes da vinda ao Brasil;

As sociedades asiáticas também têm história;

Quais foram os primeiros homens que chegaram no Brasil?

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A 2ª SÉRIE

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da

Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas.

Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas

sociedades ocidentais, africanas e orientais

Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo

A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços

DA ANTIGUIDADE A SOCIEDADE FEUDAL

A evolução das guerras de Conquista para a sociedade feudal, a presença do

clero, dos senhores, dos exércitos e dos camponeses.

A sujeição dos camponeses as estruturas feudais.

Os grandes impérios durante o feudalismo.

Feudalismo – A terra como privilegio;

Os povos Germânicos;

Os hunos;

Sistema de colonato entre os romanos;

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A ocupação e exploração da terra entre os Germânicos;

A formação do feudalismo;

PERÍODO DA IDADE MÉDIA

Os carolíngios e o nascimento do feudalismo;

Suserania e Vassalagem.

Os que nasceram para Orar: o clero.

Os destinados a guerras.

Os que nasceram para guerrear. O trabalho entre os povos indígenas hoje, a

divisão de trabalho em comunidades indígenas específicas, contextualizando o

Brasil na Idade Média.

Caçadores na África e na Europa; agricultores, sacerdotes, guerreiros e escribas e

escravos e no Oriente; artífices, comerciantes e navegadores na África e no

Oriente.

Servos, artesão e corporação de ofício na Europa, nobreza, clero, camponeses,

mercadores e banqueiros na Europa; navegadores e comerciantes coloniais.

Trabalho operário e trabalhadores dos serviços urbanos na Europa, trabalho das

mulheres e das crianças na indústria inglesa.

Lutas e organizações operárias.

O BRASIL NO FIM DO FEUDALISMO:

Escravização, trabalho e Resistência indígena na sociedade colonial. Tráfico de

escravos e mercantilismo; a escravidão africana na agricultura de exportação,

mineração, produção de alimentos e nos espaços urbanos; Lutas e resistência de

escravos africanos; trabalho livre no campo e na cidade após a abolição. Utilizando

dos temas para abordar a educação fiscal, contextualizando de acordo com o

tempo histórico, questões ligadas a economia, crise, decadência, ciclos e etc; para

explicitar como ocorria a cobrança de impostos na Idade Média, relacionando com

os dias atuais.

Grandes proprietários, administradores coloniais, clérigos, agregados e

trabalhadores livres.

O trabalho de mulheres e crianças na agricultura, na indústria e nos serviços

urbanos, nas atividades.

Relações de trabalho em diferentes momentos da História dos povos americanos:

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O trabalho entre os povos indígenas hoje; produção de alimentos e utensílios entre

populações indígenas em diferentes épocas.

O trabalho escravo na mineração, pecuária e monocultora colonial, comerciantes e

mercadores de escravos, escravidão indígena e africana na América colonial.

A manufatura espanhola e inglesa: a industrialização, o artesanato, trabalhadores

das minas, e suas lutas sócias por melhores condições de trabalho.

Relações de trabalho em diferentes momentos na História de povos do mundo.

BRASIL UM TERRITÓRIO EM DISPUTA:

Conquista e preservação do território brasileiro pelos portugueses;

Administração política colonial: confronto entre europeus e indígenas, revoltas e

resistências de escravos;

Lutas pela independência política e processo político pela independência;

O Estado monárquico: guerras provinciais, lutas pelo fim da escravidão;

Lutas políticas na implantação da República: Canudos, Contestado e Cangaço;

DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO POLÍTICO DO BRASIL:

A propriedade no presente e no passado;

Posse e propriedade;

A noção de propriedade;

Propriedade pública e propriedade coletiva;

Origem da propriedade da terra no Brasil;

Reforma agrária

Terras dos Kaiwa;

Registro de terras;

Terras do Paranapanema;

M.S.T e U.D.R;

Terra e propriedade na Roma Antiga;

Monarquia, República e Império;

Perceber a marginalização dos pobres da cidade e do campo associando ao

surgimento de canudos, contestado e Cangaço.

Analisar a luta desenvolvida pela sociedade civil para sua organização e suas

relações com o Estado;

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A 3ª SÉRIE

O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER

Os Estados teocráticos

Os Estados na Antiguidade Clássica

O Estado e a Igreja medievais

A formação dos Estados Nacionais

As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do

capitalismo

O Paraná no contexto da sua emancipação

O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)

O nacionalismo nos Estados ocidentais

O populismo e as ditaduras na América Latina

Os sistemas capitalista e socialista

Estados da América Latina e o neoliberalismo

CONTROLE DO ESTADO BRASILEIRO:

Estruturação da república;

República do Café com leite;

As revoluções e as lutas do povo pelos seus direitos;

EVOLUÇÃO DA CIDADANIA:

As lutas das diferentes classes sociais;

A busca pelo direito do voto

A EXPANSÃO DO CAPITALISMO:

Após o colonialismo vem o imperialismo;

Estruturação capitalista pelo mundo;

Os blocos de disputa pelo poder;

Socialismo e capitalismo: diferentes formas de poder;

A hegemonia dos EUA no mundo;

A exploração dos trabalhadores no mundo capitalista;

Lutas das classes inferiorizadas;

Lucro para poucos e trabalho para a maioria;

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A CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA E AS LUTAS PELA DEMOCRACIA:

República Velha e a Revolução de 30;

Os governos democráticos;

Governo Vargas;

Governos populares e o Golpe de 64;

Ditadura militar;

O povo e a redemocratização;

Lutas das classes inferiorizadas, negro e índio buscando seu espaço;

Eleições democráticas e os governos atuais;

Governo Lula e seus antecessores;

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da

história local/Brasil para o mundo; deverão ser considerados os contextos relativos à

história local, da América Latina, da África e da Ásia; os conteúdos básicos pretendem

desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e

recorrências) e das periodizações; os conteúdos específicos devem estar articulados aos

conteúdos básicos e estruturantes; o confronto de interpretações historiográficas e

documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e

expressar-se por meio de narrativas históricas.

Para o Ensino Médio, a metodologia utilizada necessita estar adequada as

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Diretrizes Curriculares relacionadas a História Temática. Desta forma, os conteúdos

básicos/temas históricos escolhidos para a execução do ensino devem estar articulados

aos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares Para Educação Básica.

Este é um desafio a ser superado quando estamos buscando ensinar toda a história da

humanidade. A partir disso, o professor tem a possibilidade de ampliar a percepção dos

estudantes com relação a um determinado contexto histórico, sua ação e relações de

distinção entre passado e presente. Na História Temática deve-se se constituir uma

problemática por meio da compreensão, na aula de história , das estruturas e das ações

humanas que constituíram os processos históricos do presente/passado. Portanto, ao

analisar e problematizar situações relacionadas as Relações de Trabalho, de Poder e

Culturais é possível interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de história,

observando os recortes espaço/temporal e conceituais específicos, pautada na

historiografia de referência das Diretrizes. Os recursos didáticos e tecnológicos que

deverão ser utilizados em sala de aula poderão ser: imagens, livros, jornais, histórias em

quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas também podem ser

transformadas em documentos para servirem de material didático de muita importância na

constituição do documento histórico. Esta proposta da escolha dos temas é também

fundamentada em relações interdisciplinares considerando que na disciplina de História

corre a articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do

conhecimento. Assim, as narrativas, imagens, sons de outras disciplinas as devem ser

tratados como documentos a serem abordados historiograficamente.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

Na avaliação do aluno são considerados os resultados obtidos durante todo o

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período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,

tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período letivo,

pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, por

este estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A promoção resulta da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à

apuração da sua frequência, conforme fórmula:

A avaliação será sempre de forma contínua, avaliando o aluno em seu todo, desde

o aprendizado, das atividades desenvolvidas em sala de aula, da participação no

desenvolvimento dos conteúdos, das atividades desenvolvidas extra classe, dos trabalhos

em grupo; considerando como ponto de avaliação todo o aprendizado do aluno. Haverá

também as avaliações específicas, não só para avaliar o aluno, mas também para avaliar

o desenvolvimento das aulas e a prática docente realizada em sala de aula.

Também faremos um trabalho de recuperação paralelamente com o

desenvolvimento do conteúdo, de modo que todo o grupo acompanhe a progressão das

atividades em sala de aula. Para que se possibilite o bom desenvolvimento de todo o

grupo, serão desenvolvidas atividades de sínteses, de apresentações, de debates, etc...

onde os alunos que não acompanharem o desenrolar e a progressão dos conteúdos,

tenham condição de recuperar e novamente se reintegrar no caminhar da disciplina.

Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula,

propiciando reflexões sobre a relação passado/presente.

Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos

avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.

No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,

inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes

naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do

pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas

de narrar a história etc.

Pretende-se perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica

do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade;

conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade. Os temas acima podem ser

abordados em seminários, relatórios, palestras, peças teatrais e apresentações culturais

variadas.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARRUDA, José Jabson de. Toda a História (História Geral de Brasil). 8a Ed. São Paulo,Editora Ática, 1999.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Novo Ensino Médio. Segunda edição, EditoraÁtica, São Paulo, 2002.

HISTÓRIA Projeto Araribá. Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pelaEditora Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2006

História/vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006.

MOTA, Myrian Becho. História das cavernas ao 3º Milênio. Editora Moderna, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. História. Curitiba:SEED/DEB, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PAZINATO, Alceu Luiz. História Moderna e Contemporânea. 6a Ed., São Paulo, EditoraÁtica, 1997.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA.Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

SERACIOPI, Gislaine Campos Azevedo & Reinaldo. História.Volume único. 1ª ed, SãoPaulo, Ática, 2005.

VICENTINO, Cláudio. História Geral. 4a Ed., São Paulo, SP, Editora Scipicione. 1997.

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10 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS

JUSTIFICATIVA

Levando em conta que a língua é dinâmica, que produz sentidos marcados por

relações contextuais de poder e o discurso enquanto prática social, efetivado por meio

das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita, o ensino da

língua estrangeira justifica-se na medida que amplia as possibilidades de comunicação do

aluno; permite contato com a cultura e a civilização dos povos onde esse idioma é falado,

além de aumentar as perspectivas profissionais.

A língua Inglesa contribui para o processo educacional como um todo, indo além da

aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da

natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e

desenvolve uma maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Dessa

forma, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui

para desenvolver a percepção da própria cultura através da compreensão de culturas

estrangeiras. O desenvolvimento da habilidade de entender/dizer o que outras pessoas,

em outros países diriam em determinadas situações leva a compreensão tanto das

culturas estrangeiras quanto da cultura materna. Essa compreensão inter-cultural

promove a aceitação das diferenças nas maneiras de expressão e do comportamento.

A aprendizagem da Língua Inglesa não é só um exercício intelectual de

aprendizagem de formas linguísticas em um código diferente, é assim uma experiência de

vida, pois amplia as possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel

educacional da Língua Inglesa é o desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu

ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida.

Dessa forma, pretende-se que o aluno desenvolva cada vez mais o senso crítico,

analisando as informações que recebe, trocando opiniões, comparando, discutindo,

somando experiências, fazendo assim uma ligação com o seu próprio mundo, permitindo

assim o seu próprio crescimento.

OBJETIVOS GERAIS

Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos

sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngüe

e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em

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determinado momento histórico;

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua

estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o mundo,

refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu próprio

mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel

como cidadão de seu país e do mundo;

Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a

bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;

Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como e

quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os

conhecimentos da língua materna;

Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da

língua estrangeira que está aprendendo;

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como

meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações

diversas;

Aumentar o conhecimento sobre linguagem materna, por meio de comparações

com a língua estrangeira e vários níveis.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social pode-se identificar e organizar o campo de estudo

da Língua Inglesa na escola. Eles são os meios pelos quais se trabalha de uma forma

dinâmica, o discurso enquanto prática social e discursiva, isto é, os conteúdos (oralidade,

leitura e escrita).

Fazer com que os alunos percebam que através da Língua Inglesa há uma

interdiscursividade nas relações sociais e que para compreendê-la será necessário atingir

os níveis de organização linguística (fonética-fonológica, léxico-semântico e de sintaxe) e

para isso será explorado a compreensão oral ou escrita, verbal e não-verbal.

Em sala de aula usaremos textos para fazer com que o aluno aprenda da forma

mais fácil e agradável.

Os textos estudados geralmente estão adequados a faixa etária, realidade social e

nível educacional do aluno, e caso o texto não esteja coerente com a realidade dos

nossos alunos, faz-se adaptações, para aproximá-lo do entendimento do aluno,

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ampliando assim, a sua visão de mundo.

Quanto ao foco principal da abordagem discursiva e analógica é a leitura crítica e a

interação dos sujeitos com os discursos embutidos em tipologias textuais diferentes

(gêneros textuais), os quais são selecionados pela sua riqueza linguística e discursiva.

São selecionados gêneros e conteúdos específicos, a partir do conteúdo

estruturante para trabalhar em sala de aula.

A língua Inglesa contemplará a história e cultura Afro-Brasileira e Africana e

indígena, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua identidade, garantindo

seus direitos de cidadão, explorando principalmente os elementos que caracterizam essa

cultura.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 6º ANO

Leitura

. Tema do texto;

· Interlocutor;

· Finalidade;

· Aceitabilidade do texto;

· Informatividade;

· Elementos composicionais do gênero;

· Léxico;

· Repetição proposital de palavras;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

Escrita

· Tema do texto;

· Interlocutor;

· Finalidade do texto;

· Informatividade;

· Elementos composicionais do gênero;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

Oralidade

· Tema do texto;

· Finalidade;

· Papel do locutor e interlocutor;

· Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;

· Adequação do discurso ao gênero;

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· Turnos de fala;

· Variações linguísticas;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

Sugestões de gêneros discursivos para o 6º ano: história em quadrinho, piada,

poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos,

horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 7º ANO

Leitura

. Tema do texto;

· Interlocutor;

· Finalidade do texto;

· Informatividade;

· Situacionalidade;

· Informações explícitas

· Discurso direto e indireto;

· Elementos composicionais do gênero;

· Repetição proposital de palavras;

· Léxico;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

Escrita

· Tema do texto;

· Interlocutor;

· Finalidade do texto;

· Discurso direto e indireto;

· Elementos composicionais do gênero;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

Oralidade

· Tema do texto;

· Finalidade;

· Papel do locutor e interlocutor;

· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

· Adequação do discurso ao gênero;

· Turnos de fala;

· Variações linguísticas;

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· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

Sugestões de gêneros para o 7º ano: entrevista, notícia, música, tiras, textos

midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, etc.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 8º ANO

Leitura

. Conteúdo temático;

· Interlocutor;

· Finalidade do texto;

· Aceitabilidade do texto;

· Informatividade;

· Situacionalidade;

· Intertextualidade;

· Vozes sociais presentes no texto;

· Elementos composicionais do gênero;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

· Semântica:

. Operadores argumentativos;

. Ambiguidade;

. Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

. Expressões que denotam ironia e humor no texto.

. Léxico.

Escrita

· Conteúdo temático;

· Interlocutor;

· Finalidade do texto;

· Informatividade;

· Situacionalidade;

· Intertextualidade;

· Vozes sociais presentes no texto;

· Elementos composicionais do gênero;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

· Semântica:

. Operadores argumentativos;

. Ambiguidade;

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. Significado das palavras;

. Figuras de linguagem;

. Sentido conotativo e denotativo;

. Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

· Conteúdo temático;

· Finalidade;

· Aceitabilidade do texto;

· Informatividade;

· Papel do locutor e interlocutor;

· Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

· Adequação do discurso ao gênero;

· Turnos de fala;

· Variações linguísticas

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

· Elementos semânticos;

· Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Sugestões de Gêneros discursivos para a 8ºano: reportagem, slogan, sinopse de

filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE INGLÊS PARA O 9º ANO

Leitura

· Tema do texto

· Interlocutor

· Finalidade do texto

· Aceitabilidade do texto

· Informatividade

· Situacionalidade

· Intertextualidade

· Temporalidade

· Discurso direto e indireto

· Elementos composicionais do gênero;

· Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

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· Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

· Polissemia

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

· Léxico.

Escrita

· Tema do texto

· Interlocutor

. Finalidade do texto

· Aceitabilidade do texto

· Informatividade

· Situacionalidade

· Intertextualidade

· Temporalidade

· Discurso direto e indireto

· Elementos composicionais do gênero

· Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

· Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

· Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

· Polissemia

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto.

· Processo de formação de palavras

· Concordância verbal/nominal

Oralidade

· Conteúdo temático

· Finalidade

· Aceitabilidade do texto

· Informatividade

· Papel do locutor e interlocutor

· Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas

. Adequação do discurso ao gênero

· Turnos de fala

· Variações linguísticas

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

. Semântica

· Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

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· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

Sugestões de gêneros discursivos para a 9° ano: reportagem oral e escrita, textos

midiáticos, histórias de humor, músicas, charges, entrevistas, depoimentos, narrativa,

imagens, etc.

Conteúdos Básicos de Inglês para a 1ª Série

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

Linguagem não-verbal.

As particularidades do texto em registro formal e informal.

Finalidades do texto.

Estética do texto literário.

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos

Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio:

Crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias,

reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra,

piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras, etc.

A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries

do Ensino Fundamental e do Médio.

Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de

complexidade dos textos e de sua abordagem.

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A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, define-se os

conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto.

A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena deve ser contemplada em

diversos momentos, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua identidade,

garantindo seus direitos de cidadão, explorando assim os elementos que caracterizam

essas culturas.

Conteúdos Básicos de Inglês para a 2ª Série

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários,

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

Linguagem não-verbal.

As particularidades do texto em registro formal e informal.

Finalidades do texto.

Estética do texto literário.

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Conteúdos Básicos de Inglês para a 3ª Série

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

Linguagem não-verbal.

As particularidades do texto em registro formal e informal.

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100

Finalidades do texto.

Estética do texto literário.

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

Os conteúdos trabalhados devem estabelecer sempre um vínculo com o mundo

fora da sala de aula, ou seja, devem objetivar a construção social do significado. O

trabalho com os conteúdos podem envolver:

Uso de revistas, jornais, livros, TV, vídeo, gravador, rádio, computador;

Produção de cartazes, demonstrando questões que envolvam a etnia, o comércio,

as relações afetivas, O mundo da informática, etc., e a influência da língua inglesa

na vida das pessoas fora da sala de aula;

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Trabalhos de produção oral e escrita com pequenos e grandes grupos de alunos;

Análise e interpretação de diferentes tipos de gêneros;

Leitura e produção de diálogos entre os alunos;

Dramatização;

Uso do dicionário, livros e outros materiais que possam orientar nas questões que

se referem aos aspectos lexicais e semânticos e outros elementos gramaticais.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

A exploração das atividades discursivas se dá a partir dos gêneros textuais, possi-

bilitando o trabalho com elementos linguísticos de forma contextualizada. Portanto, não se

deve considerar os elementos gramaticais como ponto de partida para o trabalho didático

pedagógico, mas como parte integrante do trabalho com os gêneros

A avaliação contínua, fazendo da observação seu principal instrumento e nela

diretamente envolvendo o aluno, leva mais em conta as interações desenvolvidas e

reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as interações

desenvolvidas e reguladas do que a correção. O avaliador se empenha em regular as

interações em sala de aula para corrigir rotas de percurso, utilizando um vasto repertório

de técnicas sociais. Isso significa que o professor deve aconselhar, coordenar, dirigir,

liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, escutar, respeitar e compreender o aluno.

A avaliação deve ser feita sempre de forma contextualizada e considerando sua

relevância na construção do aluno como ser discurso em língua estrangeira. Poderá ser

feita através de:

Leitura e interpretação de textos

Participação nas aulas

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Atividades em sala e para casa

Listening, reading, writing e speaking

Textos escritos e orais

Trabalhos individuais ou em grupo

Apresentação de trabalhos em sala de aula

Produção de frases e pequenos textos

Auto-avaliação

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAYNHAM, M. Literacy Practices: investigating literacy in social contexts. London:

Longgman, 1995.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

_____ Estética da Criação Verbal, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1992.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala

de aula. Parábola: São Paulo, 2004.

BORDIEU, P. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: EDUSPSP, 1996. P. 54.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua EstrangeiraModerna. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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103

11 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL – CELEM (Centro de

Línguas Estrangeiras Modernas)

JUSTIFICATIVA

A Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de Línguas

Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, como forma de valorizar o

plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense. Tal oferta tem sido

preservada pela SEED há mais de vinte anos. No ano de 2004, ampliou o número de

escolas que ofertam cursos do CELEM, estabeleceu parcerias para formação e

aprimoramento pedagógico dos professores e adquiriu livros de fundamentação teórica de

Língua Estrangeira para as escolas de todo o Estado.

O objeto de ensino da disciplina de língua estrangeira é a própria língua. A

necessidade de comunicação é o que justifica a existência da língua, ou seja, por meio da

interação verbal ela se concretiza, permitindo aos homens dizer e agir sobre o mundo,

constituindo-o e sendo constituídos por ele.

Considerando os grandes avanços tecnológicos em que as comunicações se

realizam de forma rápida, econômica e fiável entre pessoas situadas a grandes

distâncias, se faz necessário o conhecimento de várias línguas pelos indivíduos, não

somente a nível coloquial, mas também em campos específicos.

Viagens internacionais são cada vez mais frequentes. Filmes, músicas, programas

de televisão, Internet e muitos outros meios de comunicação nos levam a acreditar ser

mister o ensino de uma variedade cada vez maior de línguas estrangeiras. Em nossa

realidade, o oeste do Paraná, se faz necessário o conhecimento do idioma oficial do

Mercado Comum do Cone Sul MERCOSUL - a Língua Espanhola - para que estejamos

cada vez mais próximos da nossa própria realidade.

Aprender uma língua estrangeira amplia o universo cultural dos cidadãos

contribuindo com sua formação global em seus mais diversos aspectos, além de

enriquecer sua capacidade de observação e reflexão sobre nossa língua – o português –

bem como representa um meio de superação individual e de crescimento profissional e

social que favorece a inserção laboral. É também aprender a respeitar as diferenças

individuais e coletivas mediante o conhecimento de outras culturas e crenças.

OBJETIVO GERAL

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Propiciar aos alunos oportunidades para que alcancem a competência

comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural) ampliando seu conhecimento

sobre outras culturas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecimento é o resultado da interação do homem com o seu meio. Partindo

desse pressuposto, deve-se proporcionar ao aluno condições e atividades que lhe

permitam:

Contribuir permanentemente no seu próprio conhecimento em um processo de

interação social;

Enfatizar sua relação com o meio, outras pessoas e suas diferentes linguagens,

inserindo-o no campo da produtividade e da cultura;

Trabalhar a língua como forma ou processo de integração, ampliando a visão de

mundo;

Comunicar com clareza o pensamento em situações rotineiras da mais simples às

mais complexas;

Ler textos em espanhol, possibilitando o acesso a bens culturais construídos em

outras partes do mundo;

Ler e compreender textos informativos, utilizando-os como meio de acesso ao

mundo do trabalho e dos estudos avançados;

Refletir sobre costumes e maneiras de agir das pessoas de outros países,

despertando a consciência crítica e valorizando a função social da língua;

Usar o idioma espanhol para elaboração de um discurso próprio que lhe permita

interagir com o mundo.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes: Discurso como prática social Conteúdos Básicos – P1

Gêneros Priorizados no 1º Ano:

Cada um dos itens de trabalho em relação à oralidade, escrita e leitura serão

trabalhados em gêneros discursivos previamente selecionados, dentre os quais

destacamos: música, piada, bilhete (esfera cotidiana de circulação); fábulas, contos,

história de quadrinhos, poemas (esfera literária de circulação); anúncio classificados,

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charge, cartum, entrevista, horóscopo (esfera jornalística de circulação), diálogo, cartazes

(esfera escolar de circulação); correio eletrônico – e-mail – mensagem de texto; telejornal,

telenovela, videoclipe (esfera midiática de circulação); entre outros.

Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Marcadores do discurso;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística.

Acentuação gráfica;

Ortografia.

Escrita

Tema do texto;

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Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica

Conteúdos Básicos – P2

Gêneros priorizados no 2º ano

Cada um dos itens de trabalho em relação à oralidade, escrita e leitura serão

trabalhados em gêneros discursivos previamente selecionados, dentre os quais

destacamos: comunicado, curriculum vitae, ficha de inscrição, lista de compras (esfera

cotidiano de circulação); fábulas, crônica, contos (esfera literária de circulação); aula em

vídeo, ata de reunião, palestra, resenha (esfera escolar de circulação); artigo de opinião,

carta ao leitor, entrevista, reportagem (esfera da imprensa de circulação); músicas,

anúncio, propaganda (esfera publicitária de circulação); boletim de ocorrência, contrato,

lei, ofício (esfera jurídica de circulação); aula virtual, conversação chat, correio eletrônico

– e-mail – mensagem de texto (esfera midiática de circulação), entre outros.

Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

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Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Marcadores do discurso;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística.

Acentuação gráfica;

Ortografia.Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

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Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

RECURSOS DIDÁTICOS

Livro didático público, revistas, dicionários, TV pendrive, cartazes, músicas, MPs –

objetos para dinâmicas... etc.

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METODOLOGIA

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente

ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso,

a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar

com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. (DCE/LEM, 2008, p. 68)

No estudo de cada gênero discursivo selecionado para o trabalho, propõe-se que

sejam trabalhados o conteúdo temático, o estilo linguístico e a construção composicional,

atrelando-os ao trabalho com a leitura, a oralidade e a escrita, abordando os seguintes

pontos:

Oralidade:

Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

Reflexão sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Contação de histórias de diferentes gêneros;

Leitura:

Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

Análises da referência textual;

Compreensão das partículas conectivas;

Trabalho, também, com gêneros discursivos não-verbais;

Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

Reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;

Escrita:

Práticas de produção textual e refacção a partir da delimitação do tema, do

interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, temporalidade e ideologia;

Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

Utilização adequada das partículas conectivas;

Produções em diferentes gêneros;

Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

O processo de avaliar não significa medir somente o aproveitamento escolar,

avaliar consiste em valorizar medidas, ajuizar o conhecimento e as habilidades do aluno,

considerando seus pontos culturais, a interpretação do conhecimento e o juízo critico do

aluno, quanto à realidade do que foi aprendido.

Os estudantes serão avaliados quanto à leitura, oralidade e esrita:

Oralidade

Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

Apresentação de ideias com clareza;

Compreensão de argumentos no discurso do outro;

Exposição objetiva de argumentos;

Organização da sequência da fala;

Respeito aos turnos de fala;

Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna, etc.;

Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Leitura

Realização de leitura compreensiva do texto;

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Localização de informações explícitas e implícitas no texto;

Posicionamento argumentativo;

Ampliação do horizonte de expectativas;

Ampliação do léxico;

Percepção do ambiente no qual circula o gênero;

Identificação da ideia principal do texto;

Análise das intenções do autor;

Identificação do tema;

Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

Escrita

Expressão de ideias com clareza;

Elaboração de textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

à continuidade temática;

Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;

Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade, etc;

Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, etc;

Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero

proposto.

BIBLIOGRAFIA

Souza, Jair de Oliveira. !Por supuesto!: Español para brasileños/Jair de Oliveira Souza-

São Paulo: FTD, 2003.

Livro didático público - Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/ vários autores.

Curitiba: SEED – PR 2006.

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112

ALZUETA DE BARTABURO, Maria Eulália; Español en acción: gramática condensada,

verbos: lista y modelos, vocabulário temático – São Paulo Hispania Editora, 1998.

PALOMINO, María Ángeles; Dual pretextos para hablar; Edelsa Grupo Didiscalia, S. A.,

Madrid 1ª edición 1998.

Larousse Diccionario de la Lengua Española Esencial – México DF: Larousse Planeta;

Editora Ultra, S.A, 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua EstrangeiraModerna. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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12 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA

JUSTIFICATIVA

No que concerne ao domínio do ensino de Língua Portuguesa e Literatura tanto no

Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, o fundamento teórico que subjaz como

orientação para a elaboração curricular são os postulados sociointeracionistas,

construídos a partir do teórico russo Mikhail Bakhtin. Segundo tais postulados, a língua

configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através da interação.

Ela mesma, a língua, só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que

interagem.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Da Educação Básica o ensino

aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos lingüísticos e

discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e

terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua

seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam,

manifestando diferentes opiniões. Considera-se o processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre nas

relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos envolvidos

nesse processo.

Cabe à disciplina de Língua Portuguesa, tanto no Ensino Fundamental quanto no

Médio, o papel de promover práticas de oralidade e de letramento de forma integrada,

levando os alunos a identificar as relações entre oralidade e a escrita; relações de

independência, de dependência e de interdependência; também cabe a este componente

curricular desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas

diversificadas em que haja motivação e objetivo para ler textos de diferentes tipos e

gêneros e com diferentes funções, o mesmo para produzir textos para múltiplos

interlocutores, em situações e condições de produções diferentes; bem como desenvolver

as habilidades de produção e audição de textos orais conforme os interlocutores, os seus

objetivos, a natureza do assunto sobre o qual falam ou escrevem, o contexto. Enfim,

oportunizar as condições de produção dos textos tanto orais como escritos.

Os educandos devem ter momentos de reflexão sobre os textos que lêem,

escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma contextualizada, a análise linguística, as

características de cada tipo de texto, o efeito das condições de produção dos discursos na

construção de texto e de seu sentido; desenvolver as habilidades de interação oral e

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escrita em função e a partir do grau de letramento que o aluno traz de seu grupo familiar e

cultural, uma vez que há uma grande diversidade nas práticas de oralidade e no grau de

letramento entre os grupos sociais a que os alunos pertencem, diversidade na natureza

das interações orais e na maior ou menor presença de práticas de leitura e de escrita no

cotidiano familiar e cultural dos alunos.

Prática da oralidade:

A linguagem oral, assim como na escrita, é aprendida no uso e na interação com

outras pessoas. Inicialmente, aprende-se a usar a linguagem oral no contexto familiar,

através de frequentes intervenções dos adultos. Diferentes situações sociais exigem

diferentes formas de comunicação oral. Há situações que pedem um discurso mais

elaborado - reuniões, encontros formais - e outras em que usam fala desse tipo ficaria

deslocada, como os encontros entre amigos, na família etc.

Devem ser propostas atividades diversas que desafiem o aluno a expressar-se

oralmente: conversas, entrevistas, debates, comentários e narrativas orais. O

desenvolvimento dessas atividades deve possibilitar progressos aos alunos nessa forma

de expressão. Então, o professor deve procurar observar se seus alunos conseguem

argumentar em defesa de suas ideias e se procuram adequar sua fala a diferentes

contextos.

Prática da leitura:

A aprendizagem da leitura é um processo que implica desde a diferenciação entre

escrita e outras formas de registro, como desenho, por exemplo, até a leitura

convencional. Todas as tentativas que o sujeito faz para atribuir sentido a um texto são

leituras. Nesse sentido, mesmo os alunos não alfabetizados são capazes de ler, apoiados

em ilustrações e outras marcas do texto, bem como em sua memória. Diante de um texto

desconhecido, por exemplo, o aluno é capaz de compor uma narrativa, apoiando-se nas

ilustrações e outros sinais. Nessas leituras, pode utilizar o discurso próprio da escrita ou

um discurso marcado pela oralidade. No primeiro caso, ao ler, ele usa expressões como

"era uma vez", "certo dia", "quando", "porque", "finalmente", "em seguida", e outras. Isso

só ocorre quando o aluno está familiarizado com esse tipo de discurso, pela escuta

frequente de leituras feitas por um leitor experiente (professor, familiares, amigos e

outros). No segundo caso, a leitura traz marcas que são típicas da oralidade: repetições

desnecessárias e expressões tais como "e aí", "daí" etc.; isso ocorre quando o aluno não

tem familiaridade com o discurso escrito.

Além disso, há muitos conhecimentos de leitura que não se restringem ao domínio

do código alfabético, como, por exemplo, ser capaz de distinguir diferentes tipos de textos

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(narrativos, informativos, de convencimento, poéticos, instrucionais etc.) e diferentes

suportes textuais (livros, revistas, jornais, embalagens, bulas etc.). O aluno pode adquirir

esse conhecimento mesmo antes de estar alfabetizado: ouvindo leituras e sendo

estimulado a observar a "silhueta" dos textos, suas características gráficas. Aliás, esses

conhecimentos o ajudarão a dominar o código alfabético, pois levam a pensar sobre a

escrita.

Tais conhecimentos, aliados ao domínio do código alfabético, levam à leitura

convencional. No entanto, nunca é demais lembrar que ler convencionalmente não

significa simplesmente decodificar, mas sim atribuir sentido ao texto: "o leitor não

decodifica, ele percebe as palavras globalmente e adivinha muitas outras, guiado por seu

conhecimento prévio e por usar hipóteses de leitura" (KLEIMAN, 1989). Antes e durante a

leitura, o leitor faz antecipações (antecipa o que virá em seguida no texto) e inferências

(procura depreender o que não está explícito). Comentários prévios feitos por quem já leu

o texto, o título, o conhecimento das ideias e estilo do autor, as experiências de vida e as

experiências de leitura influem nas antecipações e inferências que o leitor faz. Durante e

após a leitura, o leitor confirma ou não as suas antecipações e inferências (checagem ou

verificação). As discussões e outras atividades feitas após a leitura do texto ajudam nesse

sentido. Ler com eficiência é, sobretudo, atingir determinados objetivos: por exemplo, ler

um texto instrucional e ser capaz de executar as instruções ali contidas (receita de um

bolo, montagem de um aparelho de som); extrair as informações quer um texto didático

(ou uma notícia) traz; rir de uma piada; emocionar-se com um poema ou com uma

narrativa.

Ao avaliar em processo, o professor deve ter em mente todos esses parâmetros,

para diagnosticar, e acompanhar a leitura de cada aluno.

Prática da escrita:

Avaliar o aluno quanto à aprendizagem da escrita não se restringe a verificar o

domínio que ele tem do sistema alfabético. Não se trata, portanto, de simplesmente

concluir se está alfabetizado ou não, se lê e escreve convencionalmente ou não. Há

muitos conhecimentos, igualmente importantes, que devem ser ensinados e avaliados

pela escola, como saber para que serve a escrita, utilizá-la como forma de registro,

identificar diferentes portadores e tipos de textos.

Outro aspecto importante é verificar se o aluno consegue atribuir sentido às suas

escritas, ainda que não convencionais. Esse sentido pode ser atribuído pelo aluno que

durante a produção (ou seja, há uma intenção), ou pode ser dado depois da produção, a

partir da pergunta do leitor (professor ou outro): “o que você escreveu aqui?”. Da mesma

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forma que a leitura, esses textos produzidos com escritas não-convencionais podem

aproximar-se ou distanciar-se do discurso próprio da escrita.

A escrita não é uma transcrição da fala. No entanto, no processo de apropriação do

sistema alfabético, um passo fundamental é perceber a relação entre a fala e a escrita,

isto é, entre som e grafia.

Perceber a relação entre som e grafia é um marco muito importante no processo de

construção da escrita e nem sempre valorizado pelo professor, pois ao conquistá-lo, o

alfabetizando - embora tenha feito um grande progresso - ainda está longe da escrita

convencional. Essa conquista permite que o alfabetizando, com a intervenção do

professor, se aproxime da escrita convencional, tomando seus textos legíveis, ainda que

com muitos problemas de ortografia.

O domínio do sistema alfabético, ainda que seja um importante ponto de chegada,

não garante ao aluno a utilização da forma de discurso escrito na produção de textos.

Para isso, o aluno precisa estar familiarizado com as diferentes configurações textuais,

através de um trabalho sistemático de leitura e reflexão sobre textos lidos, de produção,

de reprodução e de reescrita de textos.

Finalmente, é preciso que o aprendiz seja capaz de selecionar o tipo de

organização textual mais apropriada para atingir os objetivos que tem em mente: dar

instruções além de comunicar-se com alguém que está longe, convencer, divertir,

emocionar, enredar, divulgar, reivindicar etc. Novamente, ao acompanhar cada aluno, o

professor leva em conta cada um desses aspectos, que constituem os marcos do

processo de aprendizagem.

Análise linguística:

Todas as atividades propostas no processo ensino - aprendizagem de Língua

Portuguesa, deve possibilitar reflexão sobre a língua. São atividades que desafiam os

alunos a produzirem a linguagem, o que lhes permite compreender como ela funciona.

Desenvolver uma prática de análise linguística significa refletir sobre a língua de

duas formas: uma, quando a reflexão está voltada para o uso: por exemplo, ao produzir,

revisar ou reescrever um texto, tem-se que decidir qual é a melhor forma de registrar as

ideias, ou organizar as informações, para que o texto fique claro, coerente, sem

repetições desnecessárias ou lacunas, sem erros de ortografia e pontuação, a fim de

atingir os objetivos para os quais está sendo escrito (atividades epilinguísticas); outra

forma de reflexão ocorre quando se faz classificações, ou referências a regras: “tal

palavra é um adjetivo”, “na frase, o verbo deve concordar com o sujeito”, “o verbo

transitivo exige complemento” etc. (atividades metalinguísticas).

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Na verdade qualquer atividade de leitura e produção de texto leva a momentos de

reflexão sobre a língua (perceber como o texto de uma propaganda se organiza para ser

eficiente, por exemplo), mas a revisão e reescrita de textos constituem a essência da

prática de análise linguística: a busca de clareza, coerência e coesão textual, bem como a

paragrafação e pontuação corretas. Consideramos também atividades de análise

linguística aquelas que visam a compreensão do sistema alfabético de escrita, assim

como a questão gramatical, propriamente dita: concordância nominal e verbal, regência,

uso e colocação pronominal, ortografia etc. As atividades epilinguísticas gradualmente

contribuem para que o aluno vá se apropriando tanto das generalidades (regras) quanto

das particularidades da língua e construam as bases para as atividades metalinguísticas.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,

busca:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

Desenvolver estratégias de leitura: índices de previsibilidade, explicitação do

conteúdo implícito, levantamento de hipóteses, relações de causa e

consequência de temporalidade e espacialidade, transferência, síntese,

generalização, tradução de símbolos, relações entre forma e conteúdos, etc.

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118

CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

(*) SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 6º ANO: história em quadrinho,

piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativa de enigma,

narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV, causos, carta

pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor,

classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso,

horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Leitura

Identificação do tema

Interpretação textual, observando: conteúdo temática; interlocutores; fonte;

intertextualidade; informatividade; intencionalidade; marcas linguísticas.

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Inferências

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Argumentação

Paragrafação

Clareza de ideias

Refacção textual

Análise linguística: perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade.

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Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Processo de formação de palavras

Gírias

7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

(*) SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 7º ANO: entrevista (oral e

escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda,

exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de

cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso, cartum, história em

quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, entre outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Leitura

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- papéis sociais representados

- intertextualidade

- intencionalidade

- informatividade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e

informal.

Texto verbal e não verbal

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120

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionai; marcas

linguísticas.

Linguagem formal/informal

Argumentação

Coerência e coesão textual

Organização das ideias/parágrafos

Finalidade do texto

Refacção textual

Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto.

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen

Acentuação gráfica

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

A representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo)

Neologismo

Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).

Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

Linguagem digital

Semântica

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Particularidades de grafias de algumas palavras

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 8º ANO: regimento, slogan,

telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de

terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio

publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato

pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa

redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Leitura

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- intencionalidade

- informatividade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

As diferentes vozes sociais representadas no texto

Linguagem verbal, não verbal, midiático, infográficos, etc.

Relações dialógicas entre textos

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temática; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Coerência global do discurso oral

Variedades linguísticas

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação; turnos de fala.

Particularidades dos textos orais

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

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Finalidade do texto oral

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Argumentação

Coerência e coesão textual

Paráfrase de textos

Paragrafação

Refacção textual

Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

Conotação e denotação

A função das conjunções na conexão de sentido do texto

Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...)

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Figuras de linguagem

Procedimentos de concordância verbal e nominal

A elipse na sequência do texto

Estrangeirismos

As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

A função do advérbio: modificador e circunstanciador

Complementação do verbo e de outras palavras

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 9º ANO: artigo de opinião, debate,

reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,

narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial,

curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality show,

Page 123: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR€¦ · A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar,

123

novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre

outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidade

- intertextualidade

- ideologia

- informatividade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

Informações implícitas em textos

As vozes sociais presentes no texto

Estética do texto literário

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto oral

Argumentação

Papel do locutor e do interlocutor: turnos de fala

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais; marcas

linguísticas.

Argumentação

Resumo de textos

Paragrafação

Paráfrase

Intertextualidade

Refacção textual

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124

Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Conotação e denotação

Coesão e coerência textual

Vícios de linguagem

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que

diz, como: felizmente, comovedoramente...)

Semântica

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Estrangeirismos, neologismos, gírias

Procedimentos de concordância verbal e nominal

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

Coordenação e subordinação nas orações do texto

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE PARA O ENSINO MÉDIO: Discurso Como Prática Social

SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O ENSINO MÉDIO: textos

dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada

contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de

opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor,

carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório

científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de

trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas,

mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia,

propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas,

esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo,

provérbios e outros.

Page 125: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR€¦ · A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar,

125

1ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Cultura e linguagem

A linguagem e os signos

As funções da linguagem

Níveis de linguagem

Denotação e conotação

Figuras de linguagem

O gênero dramático

Os estilos artísticos

O Trovadorismo

Fernão Lopes

O cancioneiro geral

O teatro de Gil Vicente

O Renascimento ( panorama histórico)

O Classicismo em Portugal ( camões)

Brasil: literatura informativa e jesuítica

O Barroco

O Arcadismo em Portugal

O Arcadismo no Brasil

Noções de fonologia

Acentuação

Crase

Estrutura das palavras

Processo de formação de palavras

Processo de formação de palavras

Orientações ortográficas

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Romantismo brasileiro ( prosa e poesia)

Realismo / naturalismo

Parnasianismo

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126

Simbolismo

Revisão das classes gramaticais

Revisão das classes gramaticais (palavras invariáveis)

Revisão do gênero narrativo

Texto dissertativo

3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Pré-modernismo

A primeira geração modernista

A segunda geração modernista brasileira: poesia

A segunda geração modernista brasileira: prosa

A terceira geração modernista brasileira

Tendências contemporâneas

Frase, oração e período: termos essenciais da oração

Termos integrantes da oração

Termos acessórios da oração e vocativo.

Orações coordenadas

Oração subordinada adverbial

Oração subordinada substantiva

Oração subordinada adjetiva

Função sintática dos pronomes relativos

Concordância verbal

Concordância nominal

Regência verbal e nominal

Colocação pronominal

Sinais de pontuação

Revisão dos tipos de texto

Enfoque para a dissertação

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

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História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores

de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do

domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes

compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de

vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que

permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao

pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio

das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão

de mundo e tenha voz na sociedade.

Isso significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na

língua: o rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a excessiva

formatação em detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos,

dependendo do local de onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade

dado aos discursos que emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico.

Entender criticamente essas cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do

poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais que se concretizam em

todas as instâncias das relações humanas.

Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos

que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de

seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade

discursiva.

PRÁTICA DA ORALIDADE

Conforme DCE, p. 65, no dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática

discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições

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ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as

circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos

expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática

que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a prática oral realiza-se por meio

de operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos como a

entonação.

Na prática da oralidade, as variantes linguísticas são reconhecidas como legítimas,

uma vez que são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em relação

à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Isso contraria o mito

de que a língua é uniforme e não deve variar conforme o contexto de interação, logo,

deve haver também padrões de uso da língua diferentes.

A variação, assim, aparece como uma coisa inevitavelmente normal. Ou seja,

existem variações linguísticas não porque as pessoas são ignorantes ou indisciplinadas;

existem, porque as línguas são fatos sociais, situados num tempo e num espaço

concretos, com funções definidas. E, como tais, são condicionados por esses fatores.

(BAGNO, 2007, p. 104, apud DCE, 2008, p. 65).

Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio

social e de uso das classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto,

é direito de todos os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos o acesso a

essa norma.

O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e

entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. É por meio do

aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas

sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas quanto

nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que exigem maior

formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar criticamente diante de

uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de

trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como:

apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro);

depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu

convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de

poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que

possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

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O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as

atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar,

emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é necessário

avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o

conteúdo de sua participação oral.

PRÁTICA DA ESCRITA

A concepção que norteia o ensino da língua é a sociointeracionista, em que se

privilegia a construção e a reconstrução verbal, a sociabilização dos conhecimentos,

considerando a relação dialógica e o contexto de produção.

Para essa prática deve-se priorizar o texto em sua diversidade, enfocando sua

especificidade, função, marcas linguísticas, sua organização, levando-se em conta a

presença do interlocutor, o uso efetivo da língua, o contexto histórico, visão de mundo e a

diversidade de gêneros discursivos.

O exercício da escrita, nas Diretrizes Curriculares, leva em conta a relação entre o

uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social

e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma

forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar,

instruir, etc.

Pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno

número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos. Quando a escrita é supervalorizada e

descontextualizada, torna-se mero exercício para preencher o tempo, reforçando a baixa

auto-estima linguística dos alunos, que acabam compreendendo a escrita como privilégio

de alguns. Tais valores afastam a linguagem escrita do universo de vida dos usuários,

como se ela fosse um processo à parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não

constroem a língua, mas aprendem o que os outros criaram.

O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso potencializa a

possibilidade de resistência a esses valores socioculturais.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz

a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,

interlocutor(es), dentre outros.

Segundo Antunes, as propostas de produção textual precisam corresponder àquilo

que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm

uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES,

2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para

aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns;contudo, ressalta-se que os

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gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia,

editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa, resumos,

resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de experiência,

receitas. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os gêneros

digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,

experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.

PRÁTICA DA LEITURA

Na concepção de linguagem, assumida por esta PPC, em conformidade coma

DCE, p. 71, a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto,

tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura

pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa

estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua

vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais -

jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,

literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as

linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas,

imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo

cotidiano, deve contemplar os multiletramentos. Possibilita tal liberdade de interpretação.

Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e

compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos

gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos

(intertextualidade).

Levar o aluno à percepção de que a Língua Portuguesa é o suporte para todas as

outras disciplinas e que o ato de falar e escrever é um ato interativo, uma vez que a

linguagem verbal é a linguagem mais usada na comunicação humana. Isso com

exercícios de percepção, trabalho constante com diferentes tipos de linguagem e pontes

com diferentes linguagens, diferentes textos, de gêneros literários e discursivos, textos

literários e não literários.

A gramática será estudada teoricamente, mas no prisma da linguística do texto,

principalmente. Ela servirá de instrumento para o uso da língua, como fonte de consulta,

para superar dúvidas sobre o uso da língua padrão.

O texto literário não é supérfluo, é essencial. É ele que oferece vários gêneros, a

capacidade transformadora, os valores humanos, engajamento, fazem pontes entre o

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homem de ontem e o de hoje, é aberto à fruição, rico em todas as instâncias.

Desta forma, será trabalhado nas diversas modalidades e ligado às artes visuais.

Da mesma maneira, explorado em forma dramatizada, cenários e seminários, fazendo

uma leitura por trás do texto, objetivando a formação do leitor, oralidade e escrita.

Privilegiar a leitura e a produção de textos sejam eles curtos ou longos, científicos

ou literários, observando a riqueza que cada um apresenta depois de uma leitura

rizomática. A leitura poderá ser coletiva, em seminários ou individual.

A produção de textos se dará de várias formas: a partir de temas, conteúdos

trabalhados, figuras, palavras, trabalhos escritos, pesquisa. Estes poderão ser

reconstruídos quando não forem relativamente bem estruturados, sempre visando o

aprendizado.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de

aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo

do ano letivo, sendo formativa, contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como

grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao

somativo ou classificatório.

Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado período, a

avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um conceito.

Não se quer dizer com isso que ela deva ser excluída do sistema escolar, mas que

as duas formas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes

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finalidades. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve

usar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada

conteúdo e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor

e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias

para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,

numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são

diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor

verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele

mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao

defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de

textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas

televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado

esperado.

• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,

relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de

posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em

textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o

argumento principal, entre outros.

É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se

compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz

inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o

multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto,

seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é

importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências

dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode

propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam

avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca

como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias

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de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado

nos seus aspectos discursivotextuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero

solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de

argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal

como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o

rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar,

por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se

há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos,

ideias ou conectivos.

• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os

seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os

elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma

prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no

interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da

linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos

causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo

uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas

entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes

mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de

reestruturação do texto, inclusive.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que

possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na

condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação

pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário

aprofundamento teórico.

Para que o trabalho com a língua se efetive na sala de aula, é imprescindível a

participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de seu tempo, tal

professor respeitará as diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a

todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões

pré-estabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações

sociais mais generosas e includentes.

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Pensando a avaliação como processo de sentido dinâmico de crescimento e de

progresso, o educando será avaliado pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas

dentro da sala de aula ou fora dela, seja em grupos ou individualmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Vera T. de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura: a formação do leitor –alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto. 1993.

ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua portuguesa. In:FAZENDA, Ivani (org.). A academia vai à escola. Campinas, SP: Papirus, 1995.

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: ParábolaEditorial, 2003.

AZEVEDO, Maria A. Para a construção de uma teoria crítica em alfabetizaçãoescolar. In: AZEVEDO, Maria A.; MARQUES, Maria L. (orgs.). Alfabetização hoje. SãoPaulo: Cortez, 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua Portuguesa.Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

JUSTIFICATIVA

A matemática é uma ferramenta essencial para o exercício de direitos e deveres

inerentes ao nosso mundo social e cultural, que exige do cidadão um conhecimento

matemático que o torne sujeito ativo, transformador e consciente de suas atitudes. Os

conteúdos de matemática a ser ensinado na escola compreendem os eixos temáticos:

números, operações, medidas, geometrias e tratamento da informação. Entretanto, estes

não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter-relação entre os conteúdos

de cada eixo e entre os eixos que as ideias matemáticas e o vocabulário matemático

ganham significado.

A Geometria desempenha um papel integrador entre os demais eixos, os

conhecimentos de aritmética, álgebra ou medidas não são suficientes para que o aluno

resolva todas as situações-problema, é preciso conhecer também a geometria.

Números e operações envolvem a leitura dos números, compará-los e ordená-los

são procedimentos indispensáveis para a compreensão do significado da notação

numérica. Ao se deparar com os números em diferentes contextos, o aluno deverá ser

desafiado a desenvolver o pensamento e a produzir conhecimentos a esse respeito.

Dessa forma, o trabalho com as operações: adição, subtração, multiplicação e divisão

devem ser feito principalmente através de situações-problema e, na medida do possível,

fazendo correlações com o cotidiano dos alunos.

Medidas: a ideia presente nesse tema é a de que medir é essencialmente

comparar. Essa ideia deve ser trabalhada em várias situações que envolvam esse

conhecimento.

Tratamento da Informação: na sociedade em que vivemos tudo o que se relaciona

à informação tem importância cada vez maior. Os estudos relativos às noções de

estatística, probabilidade e de análise combinatória constituem os conteúdos a serem

expostos neste eixo. Em outras palavras, é necessário que o aluno compreenda e

interprete as informações, ou seja, realize e analise, emita opiniões, tire conclusões,

perceba regularidades e compreenda o contexto científico-social inserida nelas.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda se encontre em

processo de construção, pode-se dizer que está centrado na prática pedagógica da

Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A matemática tem valor instrumental e é utilizada como base nos diversos ramos

do conhecimento. Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação

Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de

conhecimento, de natureza científica, e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem matemática, de natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004,p.70) “ a

finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se

aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos ,algoritmos, etc. Outra finalidade apontada pelos autores é fazer com que

o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do

cidadão.

Esta é a Educação Matemática proposta para Diretrizes Curriculares de

Matemática para a educação básica. Este campo de investigação prevê a formação de

um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso,

é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles o matemático.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da

informação.

6º ano

Sistemas de numeração; Números naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais. Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema Monetário

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Geometria Plana; Geometria Espacial Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem

7º ano

Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples ; Medidas de temperatura; Ângulos, Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias Não Euclidianas. Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moeda e mediana; Juros simples Números Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. Raízes de um número racional Representação decimal Cálculo algébrico Expressões literais Valor Numérico Operações com monômios Estudo dos polinômios Produtos notáveis Fatoração Fração Algébrica Equações de 1ºgrau Equações fracionárias Sistemas de equações

8º ano

Números racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis Medida de comprimento; Medida de área; Medida de volume;

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Medidas de ângulos Geometria Plana Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não- Euclidiana Gráfico e Informação; População e amostra Medida de comprimento; Medida de área; Medidas de ângulos. Números Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. Raízes de um número racional Representação decimal Cálculo algébrico Expressões literais Valor Numérico Operações com monômios Estudo dos polinômios Produtos notáveis Fatoração Fração Algébrica Equações de 1ºgrau Equações fracionárias Sistemas de equações Geometria Plana Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-Euclidiana. Elementos de Geometria Estudo dos ângulos Polígonos Gráfico e Informação População e amostra.

9º ano

Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas;

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Regra de Três Composta Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no Triângulo Retângulo; Noção intuitiva de Função Afim . Noção intuitiva de Função Quadrática Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria Não-Euclidiana. Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Composto. Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três Composta. Propriedades das potências Radiciação e suas propriedades Operações com radicais Equações do 2ºgrau Resolvendo problemas.

ENSINO MÉDIO

Conteúdos Estruturantes

Números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da

informação.

Conteúdos básicos

1ª Série

Números reais; Números complexos; Sistemas lineares; Matrizes e Determinantes; Polinômios. Equações e Inequações

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Exponenciais, Logarítmicas e Modulares. Conjuntos Numéricos Estudo das Funções ( quadrática , exponencial) Equações Exponenciais Progressões Aritméticas Progressões geométricas Estudo dos Logaritmos Matemática Financeira

2ª Série:

Medidas de Grandezas Vetoriais; Medidas de Informática; Medidas de Energia; Trigonometria. Estatística Matrizes Determinantes Sistemas Lineares Geometria Plana Geometria Analítica Geometria Espacial Função Afim; Função Quadrática; Função Polinomial; Função Exponencial; Função Logarítmica; Função Trigonométrica; Função Modular; Progressão Aritmética; Progressão Geométrica

3ª Série

Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias Não - Euclidiana Equações Algébrica Polinômios Números complexos Probabilidade Binômio de Newton Analise Combinatória; Binômio de Newton; Estudo das Probabilidades; Estatística;

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141

Matemática Financeira

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

Os conteúdos Básicos poderão ser abordados de forma articulada, que possibilitem

uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de

Matemática.

As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática

sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos

propostos neste nível de ensino, e também ressalta a importância da utilização de

recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.

De acordo com as DCEs os conteúdos propostos devem ser abordados por meio

de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática do-

cente, das quais destacam-se:

• Resolução de problemas

Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar

conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a ques-

tão proposta (DANTE, 2003). Isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino

de Matemática a modelos clássicos.

• Modelagem matemática

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações

do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,

procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. As-

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sim sendo, “a modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais

com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem

do mundo real” (BASSANEZI, 2006, p. 16).

• Mídias tecnológicas

No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos infor-

máticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os

recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da In-

ternet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado for-

mas de resolução de problemas.

• Etnomatemática

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas

vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. As manifestações matemáticas

são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que

emergem dos ambientes culturais. Essa metodologia é uma importante fonte de investiga-

ção da Educação Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudan-

tes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais:

• História da Matemática

É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar para

que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da

humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos

sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determina-

ram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.

• Investigações matemáticas

Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não

apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula con-

jecturas a respeito do que está investigando. Como são estabelecidas diferentes conjectu-

ras, os alunos precisam verificar qual é a mais adequada à questão investigada e, para

isso, devem realizar provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e

com o professor.

Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja

adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva, estes conhecimentos e experiências

provenientes das vivências dos alunos, poderão ser aproveitados, aprofundados e

sistematizados, com objetivo de validar cientificamente, ampliando e generalizando-os.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o

que exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada

trimestre de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100 %,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

Mediante as investigações no campo da Educação Matemática, o educador tem a

possibilidade de refletir sobre sua ação docente e sobre a concepção de Matemática

como Ciência. A Matemática pode ser encarada sob dois aspectos diferentes; Pode-se

concebê-la como vem exposta nos livros didáticos, algo pronto e acabado, em que os

capítulos se encadeiam de forma linear, sequencial, sem contradições.

Outro aspecto é acompanhá-la no seu desenvolvimento sempre progressivo e

assistir à maneira como foi sendo elaborada, onde descobrem-se hesitações, dúvidas,

contradições, que só um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para

que logo surjam outras hesitações, outras dúvidas, outras contradições.

O professor deve balizar sua ação docente, fundamentada numa ação reflexiva,

que concebe a Ciência Matemática, como uma atividade humana que se encontra em

construção.

A avaliação compreenderá as modalidades de avaliação diagnóstica, de avaliação

formativa e de avaliação somatória.

A avaliação visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um

instrumento fundamental para repensar os procedimentos e as estratégias de ensino.

Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação diversos

instrumentos tais como:

Avaliações formais escritas

Atividades em grupo

Atividades de pesquisa

Apresentação de trabalhos

A realização das atividades propostas

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Os critérios avaliativos compreendem a análise de compreensão de conceitos pelos

alunos, o empenho nas tarefas propostas, a autonomia nas ações, a responsabilidade

com as atividades escolares o conhecimento a ser adquirido como:

O conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos matemáticos;

Capacidade de resolver problemas matemáticos;

A capacidade de raciocinar matematicamente;

A capacidade de comunicar matematicamente;

Uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de encaminhamentos

metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço para discussões e debates

dando significado ao conteúdo trabalhado.

Nesse contexto, é necessário desenvolver ideias e experiências que possibilitem

situações de avaliação para mapear o percurso de aprendizagem dos alunos, prevendo

questões para identificar a apropriação de conceitos.

REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996. Giovanni, Castrucci; Giovanni Jr- A Conquista da Matemática – 5ª,6ª,7ªe8ª Séries - Ed. FTD.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Matemática. Curitiba:SEED/DEB, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

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14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

JUSTIFICATIVA

A química pode ser um instrumento de formação humana que amplia os horizontes

culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for

promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for

apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprios, e como

construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos

da vida em sociedade.

O aprendizado de química no ensino médio deve possibilitar ao aluno a

compreensão tanto dos processos químicos entre si, quanto a construção e reconstrução

de conhecimentos científicos em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas

aplicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

Historicamente, o conhecimento químico centrou-se em estudos de natureza

empírica sobre as transformações químicas e as propriedades de materiais e substâncias.

Os modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo conforme a concepção de

cada época e, atualmente, o conhecimento científico em geral e o da química em

particular requerem o uso constante de modelos extremamente elaborados. Assim, em

consonância com a própria história do desenvolvimento dessa ciência, o objeto de estudo

da química é “Substâncias e Matérias”, sendo sustentado pela tríade: composição.

propriedades e transformações.

A aprendizagem da química, nessa perspectiva, enfatiza situações problemáticas

reais de forma crítica, permitindo ao aluno desenvolver capacidades como interpretar e

analisar dados, argumentar, tirar conclusões, avaliar e tomar decisões. Por exemplo: uma

discussão sobre combustíveis em sala de aula pode envolver cálculos termoquímicos que

permitem obter e comparar a energia fornecida na queima de uma dada quantidade de

combustível. Entretanto, é possível e recomendável que se dê uma abordagem mais

abrangente a esta questão, discutindo-se aspectos como a origem e o meio de obtenção

de combustíveis, sua disponibilidade na natureza, o custo da energia gerada, a

quantidade de poluentes atmosféricos produzidos na queima de cada um deles, os efeitos

desses poluentes sobre o ambiente e a saúde humana, os meios eficientes para

minimizá-los ou evitá-los, a responsabilidade individual e social envolvida em decisões

dessa natureza e a viabilidade de outras fontes de energia menos poluentes.

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CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante: Matéria e sua natureza – Biogeoquímica – Química Sintética.

Conteúdos Básicos: Matéria – solução – velocidade das reações – equilíbrio químico –

ligação química – reações químicas – radioatividade – gases – funções químicas.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da

Química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito

científico. (DCE,p. 64, 2008)

Estudar química exige uma grande inter-relação, aluno, professor, material

pedagógico, experimentação e observação da realidade. A aprendizagem da química

passa por estas relações: professor com bom conhecimento dos conteúdos da química e

com facilidade para associar esses conhecimentos com a realidade, alunos com objetivos

claros e desejo de progresso científico.

O que a escola espera com a química é organizar todas as informações e

vivencias do aluno de acordo com certas nomenclaturas e leis que possam generalizar o

conhecimento da química. Por isso, o ensino aliará o uso prático do laboratório, leitura,

aulas teóricas de tal forma que a aprendizagem sirva para ampliar cada vez mais a

aplicação da teoria com a realidade.

De acordo com as DCE, espera-se que, no uso do laboratório, o professor

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considere também os encaminhamentos realizados numa aula teórica. As atividades

experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório escolar convencional, podem

ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as ideias a

serem discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações entre a teoria e a

prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas. (DCE, p.66-67)

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, jogos didáticos, feiras e outros projetos propostos em

cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100%,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como

está se realizando o processo ensino e aprendizado, como tanto para o professor e a

equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o

aluno verificar seu desempenho. E não é simplesmente focalizar o aluno, seu

desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos, para classifica-los em aprovados ou

reprovados.

Além disso, ela deve ser essencialmente formativa, redirecionado o processo

ensino aprendizado para sanar dificuldades, aperfeiçoando-a constantemente.

A ação avaliativa deve ser contínua e não circunstancial , reveladora de todo o

processo e não apenas de seu produto. Ele serve para constatar o que está sendo

construído e assimilado pelo aluno e o que está em via de construção.

A avaliação representa um diagnóstico global do processo vivido que servirá para

o planejamento e organização da próxima série. Todavia, pode ocorrer que o aluno não

consiga um desenvolvimento satisfatório em todas as dimensões da formação apropriada

aquela série, dificultando a interação a sua turma de referência. Esta situação de

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reprovação deve ser considerada excepcional e de modo algum uma prática habitual.

Para que o aluno seja promovido ele deve ter claro os objetivos da disciplina e a

necessidade dos conhecimentos adquiridos na sua vida posterior ao período escolar. Ele

deve ser capaz de entender os conceitos e as transformações que ocorrem com os

materiais ao seu redor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Brasil, Secretaria de Educação média e tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais.Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

Feltre, Ricardo. Fundamentos da Química.

Linguaroto, Maria e Teruko Y. Utimura. Química. Ed. F.T.D. SP. 1998

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Química. Curitiba:SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

Química. Curso completo. ed. Moderna SP. 1995

Ramanoski & Joseph. Química, ed. Atual . 2003

REGIMENTO ESCOLAR; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017

Reis, Marta.Química Integral; ed. F.T.D. SP. 1993

Sardella, Antonio. Química . Volume Unico- ed> Atica SP. 2002

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15 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

Segundo as DCE o objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as

relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e

atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência,

com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a

sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e

esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. (DCE,p.91,2088)

A disciplina de Sociologia deve servir especialmente para a proposição de

problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que

podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos

sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos

mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de

leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges, constitui importante elemento

para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a

construção coletiva dos novos saberes.

De acordo coma as DCE todo conhecimento é histórico e guarda um potencial de

mudança da realidade, quando se investe tempo e recursos na formação humanística e

crítica de um jovem, ele será um agente mais consciente do seu papel social, não apenas

com vistas à remuneração e status que possa auferir. Com certeza, conquistará a

condição de cidadão muito antes de se tornar adulto. E para a cidadania é importante que

ele se sinta um entre iguais e não apenas um entre outros com os quais não se identifica.

(DCE, p.94-95, 2008)

Propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de maneira

que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações

históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis

mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da

contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão

buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais,

políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social.

Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de

maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo

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trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

A sociologia tem por objetivo estudar e explicitar a permanência e as

transformações que ocorrem na sociedade capitalista do final do século XVIII; do século

XIX aos dias atuais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social; Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber; O

desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Processo de Socialização; Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Cultura e Indústria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades; Diversidade cultural; Identidade; Indústria cultural; Meios de

comunicação de massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de

gênero; Culturas afro brasileiras e africanas; Culturas indígenas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Trabalho, Produção e Classes Sociais

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CONTEÚDOS BÁSICOS

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

• Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de trabalho;

• Trabalho no Brasil

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Poder, Política e Ideologia

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

• Democracia, autoritarismo, totalitarismo

• Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder;

• Conceitos de Ideologia;

• Conceitos de dominação e legitimidade;

• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Direitos: civis, políticos e sociais;

• Direitos Humanos;

• Conceito de cidadania;

• Movimentos Sociais;

• Movimentos Sociais no Brasil;

• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

• A questão das ONG’s.

Conforme previsto em Lei deve-se trabalhar os Desafios Sócio Educacionais:

História do Paraná (lei n° 13381/01)

Música (lei n° 11769/08)

Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente

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História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei n°11645/08)

Prevenção ao Uso indevido de drogas

Sexualidade Humana

Educação Ambiental (Lei n°9795/99, Dec. 4201/02)

Educação Fiscal

Educação Tributária (Dec. N°1143/99 Portaria n°41302)

Direito das crianças e adolescentes (Lei n°11525/07)

METODOLOGIA

No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a explicação,

a leitura e esclarecimentos dos significados e conceitos, da lógica dos textos (teóricos,

temáticos, literários), a análise, discussão, pesquisa de campo e bibliográfica ou outros.

O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária e em

sua diversidade cultural, isto é, além de importantes aspectos como a linguagem,

interesses pessoais e profissionais e necessidades materiais, deve-se ter em vista as

peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para

que os conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam as demandas desse

grupo social. Apreender a pensar a sociedade em que vivemos e consequentemente, agir

nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo em uma atitude ativa e participativa.

O Ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como

sujeito de seu aprendizado, e que este seja constantemente provocado a relacionar a

teoria com o vivido, a rever conhecimento e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Os conteúdos da disciplina de Sociologia serão trabalhados de forma

contextualizada e interdisciplinar, tendo em vista a complexidade dos fenômenos sociais

existentes na atualidade, Os assuntos serão abordados através de diferentes recursos

como: leitura de livros, textos, artigos, jornais e revistas, analise critica de filmes,

documentários, músicas, propaganda de TV, Charges, tiras, pesquisa de campo e

recursos audiovisuais.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e processual, o que

exige dos educadores o registro no Livro Registro de Classe ao longo de cada trimestre

de no mínimo três notas parciais; sendo 70% a nota obtida através de testes de

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conhecimentos formais e 30% por meio de atividades diversificadas, tais como: trabalhos,

relatórios, seminários, pesquisas, feiras e outros projetos propostos em cada trimestre.

Sendo, a avaliação concomitante à apresentação dos conteúdos, conforme o

Regimento Escolar a recuperação de estudos será feita paralelamente durante todo o

trimestre, sempre que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo

necessário a ser atingido e é de direito de todos os alunos. Terá peso de 100%,

prevalecendo à maior nota entre avaliação e recuperação.

A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades

relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma de forma transparente e

coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por

todos os envolvidos no processo pedagógico.

A Avaliação será um processo constante na prática da disciplina em que são

considerados vários aspectos da aprendizagem, mas ressaltamos que serão ministradas:

avaliações quantitativas, qualitativas individuais – que tragam o diagnóstico do

conhecimento dos alunos;

Trabalhos de pesquisa e exploração de conteúdos;

Relatórios;

Seminários e debates;

A soma das atividades e trabalhos acima descritos 30%

Provas formais de conhecimentos científicos 70%

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática

social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a

coerência na explicação das ideias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem

verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas

sociais, iniciativa e autonomia para tomar atitudes a serem defendidas de forma criativa,

para rever práticas de acomodação e sair do senso comum, poderão ser adotadas como

ações avaliativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BERGER, Peter, LUCKMANN , Thomas. – Construção social da realidade: tratado desociologia do conhecimento.- Tradução de Floriano de Souza Fernandes. 20ª ed.Vozes, Petrópolis, RJ. 1985.

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COLOMBO, Olírio Plínio. Pista para filosofar – temas de antropologia. Porto Alegre,Artmed, 2005.

GIDDENS, Antony.- Sociologia – 6 ª ed. Artmed, Porto Alegre, 2006.

GUARESCHI, Pedrinho. – A sociologia crítica – Alternativa de mudança, 55º edição.Porto alegre, 2004.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – Sociologia – Vários autores. SEED – PR, Curitiba, 2006.

MARTINS, Carlos Benedito – O que é sociologia – Ed. Brasiliense, São Paulo, 2005.

MEKSENAS, Paulo. – Aprendendo sociologia – A paixão de conhecer a vida. 8ª ed.,Loyola , São Paulo, 2001.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. – Introdução à sociologia – 25ª ed. Ática, São Paulo,2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas deAprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras daEducação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Sociologia. Curitiba:SEED/DEB, 2008.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO; COL. ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA. Edição 2017.

QUINTANEIRO, Tânia, BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira, OLIVEIRA, Márcia Gardêniade. – Um toque de clássicos. Durkheim, Marx e Weber. – Ed. UFMG, Melo Horizonte,1996.

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2005.

SOCIOLOGIA - Vários autores – Curitiba: SEED-Paraná, 2006.

TOMAZI, Nelson Dácio. Iniciação à sociologia. São Paulo: Atual, 2000.