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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 1. Apresentação da Disciplina de Geografia O conhecimento da geografia já era exercido desde a Pré-História, quando o homem fazia o reconhecimento do espaço que o mesmo ocupava. Porém, esta ciência só veio evoluir após a Idade Moderna com Ratzel, La Blache, Yves Lacoste e agora com Milton Santos. Estes três pensadores geográficos construíram propostas científicas, cada um em seu tempo de modo evolutivo, para como analisar o Espaço. O alemão Friederich Ratzel (1844-1904) construiu a Escola Determinista ou o Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio determina o homem”. Diante desta definição de analise, em um tempo que a natureza realmente dominava o homem em diversas paisagens diferentes, pode-se entender a detgerminação da natureza sobre ela mesma e sobre o homem, já o frances Paul Vidal de La Blache (1845-1918) em plena Revolução Industrial, verificou que o Pensamento Determionista não conseguia explicar as novas realidades desta época com tantas renovações e que o meio já não determinava o homem pelo contrário, era ele que agora dominava e transformava a natureza criando diversas possibilidades jamais imagináveis de o homem alcançar pelo avanço tecnológico. Esta nova Escola Possibilita ou Pensamento chamou-se de Possibilismo Geográfico. Mas, diante de constantes reorganizações do espaço geográfico fruto do Capitalismo Industrial e Agrícola, o mundo ficou a mercê deste sistema e necessitou de uma nova forma de analisá-lo. Foi neste contexto, que Yves Lacoste (1977) escreve. “A geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra” no século XX surgiu um brasileiro que apresentou um novo Pensamento Geográfico: Geografia Crítica. O brasileiro Milton Santos, na volta do exercício participara da nova discussão no Brasil, o qual atenuou a necessidade de analisar o espaço geográfico por estas constantes modificações. Na obra de Morais (1999) “Geografia: pequena história critica” o movimento de renovação do pensamento geográfico, agrupa aquele conjunto de propostas que se ode denominar geografia crítica. Esta denominação advém de um a postura crítica radical, frente à geografia existente (seja a

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

1. Apresentação da Disciplina de Geografia

O conhecimento da geografia já era exercido desde a Pré-História,

quando o homem fazia o reconhecimento do espaço que o mesmo ocupava.

Porém, esta ciência só veio evoluir após a Idade Moderna com Ratzel, La

Blache, Yves Lacoste e agora com Milton Santos.

Estes três pensadores geográficos construíram propostas científicas,

cada um em seu tempo de modo evolutivo, para como analisar o Espaço.

O alemão Friederich Ratzel (1844-1904) construiu a Escola Determinista

ou o Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio

determina o homem”. Diante desta definição de analise, em um tempo que a

natureza realmente dominava o homem em diversas paisagens diferentes,

pode-se entender a detgerminação da natureza sobre ela mesma e sobre o

homem, já o frances Paul Vidal de La Blache (1845-1918) em plena Revolução

Industrial, verificou que o Pensamento Determionista não conseguia explicar as

novas realidades desta época com tantas renovações e que o meio já não

determinava o homem pelo contrário, era ele que agora dominava e

transformava a natureza criando diversas possibilidades jamais imagináveis de

o homem alcançar pelo avanço tecnológico. Esta nova Escola Possibilita ou

Pensamento chamou-se de Possibilismo Geográfico. Mas, diante de

constantes reorganizações do espaço geográfico fruto do Capitalismo Industrial

e Agrícola, o mundo ficou a mercê deste sistema e necessitou de uma nova

forma de analisá-lo. Foi neste contexto, que Yves Lacoste (1977) escreve. “A

geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra” no século XX surgiu

um brasileiro que apresentou um novo Pensamento Geográfico: Geografia

Crítica. O brasileiro Milton Santos, na volta do exercício participara da nova

discussão no Brasil, o qual atenuou a necessidade de analisar o espaço

geográfico por estas constantes modificações.

Na obra de Morais (1999) “Geografia: pequena história critica” o

movimento de renovação do pensamento geográfico, agrupa aquele conjunto

de propostas que se ode denominar geografia crítica. Esta denominação

advém de um a postura crítica radical, frente à geografia existente (seja a

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tradicional ou a pragmática), a qual será levada ao nível de ruptura com

pensamento anterior. Porém, o designativo de crítica diz respeito, frente à

ordem constituída. São os autores que se posicionam por uma transformação

da realidade social, pensando no seu saber como uma arma desse processo.

São, assim, os que assumem o conteúdo político de conhecimento científico,

propondo uma geografia militante, que lute por uma sociedade mais justa. São

os que pensam a analise geográfica como um instrumento de libertação do

homem.

Deste modo, o geógrafo, tanto aquele que leciona e aquele que se

compromete com o avanço da ciência, pode utilizar este três pensamentos

geográficos ou correntes teóricos como ferramenta de trabalho. Isto pode se

verificar nos inúmeros educadores e autores de livros científicos e didáticos

com uma postura teórico – práticas diferentes.

A ciência geográfica se propõe na realização um trabalho pedagógico

que visa a ampliação das capacidades dos alunos em desenvolver a análise da

formação, consolidação e superação das estruturas objetivas do humano na

sua subjetividade e nas relações sociais. A partir disto, sensibiliza o

compromisso de agente transformador do espaço.

O educando motivado a ser um agente transformador do espaço e da

sociedade se compromissara por conquistas políticas, econômicas, sociais

ambientais e de seus direitos em uma sociedade mais justa e humana.

O ensino de geografia tem como objetivo intensificar ainda mais a

compreensão, dos processos envolvidos na construção reconstrução e domínio

das paisagens, território e lugares.

Contribui para a formação critica do educando para com a realidade

visando sua transformação dos aspectos naturais, culturais, econômicos e

políticos, ou seja, o espaço geográfico.

A evolução da geografia no Brasil.

A institucionalização da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a

partir da década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam

compreender e desenvolver o território brasileiro com o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico.

Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a

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exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas

sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e

informações detalhadas sobre os recursos naturais do país.

Essa concepção não estava restrita ao ensino de Geografia, mas refletir a

concepção mais ampla que dominava todo o desenvolvimento e a abordagem

de conhecimento na escola. Assim, o foco do ensino de Geografia estava na

descrição do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo, para a

consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de

governos autoritários. Esse modo de ensinar ficou conhecido como Geografia

Tradicional e, permaneceu, como prevalente, durante grande parte do século

XX, pelo menos até o final da década de 1970 e inicio dos anos de 1980.

Após a Segunda Guerra Mundial, em função das mudanças do sistema

produtivo capitalista que alteraram a ordem mundial dos pontos de vista

político, econômico, social e cultural.

Nesse período histórico, no Brasil, tanto quanto em outros países, os

confrontos teóricos e ideológicos entre Capitalismo e Socialismo, entre

desenvolvimento e subdesenvolvimento, estimulam a emergência de leituras

de mundo mais criticas que interferiram no pensamento geográfico sob

diversos aspectos.

Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda

Guerra Mundial possibilitaram tanto reformulações teóricas na Geografia

quanto o desenvolvimento de novas abordagens para seus campos de estudo.

Nesse movimento de renovação do pensamento geográfico, porém, uma

abordagem teórico-conceitual chegou ao ensino de forma significativa,

contrapondo-se radicalmente ao método da Geografia Tradicional e propondo

uma analise critica do espaço geográfico. Tal abordagem foi denominada de

Geografia Critica.

No Brasil, o precursor das mudanças desencadeadas no pós-guerra foi

afetado pelas tensões políticas dos anos de 1960 que trouxe modificações no

ensino da Geografia e na organização curricular e atrasou a chegada das

abordagens teórico-conceituais criticas na escola.

O golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os

setores sociais, inclusive no âmbito educacional, pois, para todas as

reordenações econômicas e políticas, são necessárias adequações da

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educação aos novos modelos vigentes. Essa adequação teve como marco o

acordo, conhecido como MEC/USAID, que implicou em reformas na educação

universitária, pela lei nº 5540/68 e no ensino de 1 e 2 Graus, pela Lei nº

5692/71. Essas leis atrelaram a Educação brasileira a formação de mão de

obra para suprir a demanda que o surto industrial do milagre econômico

brasileiro geraria, tanto no campo como na cidade. Como principais reflexos no

Primeiro Grau os conteúdos de Geografia e História são reunidos formando a

disciplina de Estudos Sociais e, no Segundo Grau foram criadas as disciplinas

de Organização Social e Política do Brasil e Educação Moral e Cívica,

excluindo do currículo as disciplinas de Filosofia e Sociologia.

Nos anos de 1980, ocorreram movimentos visando ao desmembramento

da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História. No

Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983. De acordo com Penteado (1994)

e Martins (2002), foi somente em 1986, com resolução nº6 do Conselho

Federal de Educação, que houve o desmembramento em disciplinas

autônomas.

Nessa contraposição teórica, a geografia Crítica no Brasil estabelecia

embates com as demais correntes de pensamento: Geografia Clássica ou

Tradicional e o método positivista, a Geografia Teoretica e o método

neopositivista ou positivista lógico, a Geografia Percepção e a Geografia

Humanística, ambas pautadas na corrente filosófica da fenomenologia.

Em 1978, e promovido o Encontro Ncional de Geógrafos Brasileiros (AGB), em

Fortaleza. Esse evento foi marcado pela volta do professor Milton Santos ao

Brasil, após os anos de exílio por causa da ditadura e teve como principal tema

de discussão a Geografia Critica, baseada na publicação do livro de Yves

Lacoste, A Geografia: Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.

Encontros e conferencias realizada em âmbito mundial, desde o inicio

dos anos 90, priorizam a Educação Básica, como alvo das reformas

necessárias para a formação de um trabalhador adequando as necessidades

do atual período histórico. Exige um trabalhador com formação para a

qualidade total, onde cabia a escola formar trabalhadores adaptados a era

informacional, capaz de operar diversas maquinas, trabalhar em equipe, utilizar

o dialogo para mediar conflitos, tomar decisões coletivos (FRIGOTTO).

As organizações financeiras internacionais, Banco Mundial, passam a

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condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, a implantação de

políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas

mudanças. Com isso ocorreu a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da

Educação Nacional (LDBN nº 9394/96), bem como a elaboração dos PCN

(Parâmetros Curriculares Nacionais) e as Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio, aprovados em 1998.

As principais críticas aos PCN´s concentram-se no fato de que

enfraqueceram o papel da escola como espaço de conhecimento, a falta de

critica, ao ecletismo teórico e a ênfase na abordagem dos temas transversais.

Os PCN´s pecavam, na vertente Tradicional, pois negligenciava dimensão

sensível de perceber o mundo e a Critica de enfatizar a economia e fazer

políticas militantes. (DCE, 2008).

No Paraná a enfase aos temas transversais e ao neoliberalismo alem do

não reconhecimento do Estado de sua responsabilidade vulgarizou os

conceitos e perspectivas analíticas do objeto de estudo da Geografia e o seu

rigor teórico-conceitual (OLIVEIRA, 1999 in DCE, 2008).

A partir de 2003 a política educacional paranaense assumiu como

prioridade a retomada dos estudos das disciplinas, a formação do professor

estimula a pesquisador, participação em grupos de estudos, simpósios, da

retomada dos estudos teóricos e epistemológicos, teóricos e metodológicos

que estimula a reflexão sobre esta disciplina e seu ensino ancorado num

suporte critico que vincule o objeto da Geografia, seus conceitos, referenciais,

conteúdos de ensino e abordagem metodológica aos determinantes sociais,

econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico (DCE, 2008). A

construção coletiva das (DCEs) Diretrizes Curriculares Estaduais.

2. Conteúdos Estruturantes

De acordo com a concepção teórica assumida nas Diretrizes

Curriculares da educação Básica (2008), serão apontados os Conteúdos

estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu

objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico.

Entende-se, por conteúdos estruturantes, os conheciemtnos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina

e ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir das

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quais os conteúdos específicos devem ser abordados.

Segundo Diretrizes Curriculares da educação Básica (2008) os

conteúdos estruturantes da Geografia são:

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Ensino Fundamental

6º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço GeográficoCONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOSFormação e transformação das

paisagens naturais e culturais.

• O espaço natural humanizado do

município de Cascavel;

• As paisagens do nosso dia a dia,

• Nossas relações com outros

lugares;

• As paisagens culturais e o espaço

geográfico;

• A representação das paisagens e

do espaço geográfico.

Dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção

• A inter-relação entre os espaços

da produção, da circulação e do

consumo;

• O comércio, a prestação de

serviço e o consumo;

• A tecnologia e a exploração da

natureza;

• A tecnologia e (re) produção do

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espaço geográfico.A formação, localização, exploração

dos recursos naturais.

• Recursos naturais sua importância

e conseqüências;

• Localização e exploração dos

recursos naturais em Cascavel;

• A exploração dos recursos

naturais e mecanismos do

mercado econômico local e global. A distribuição espacial das atividades

produtivas e a reorganização do

espaço geográfico.

• As atividades econômicas:

extrativismo, agropecuária,

indústria, comércio e prestação de

serviços.

• Os espaços de produção e de

consumo – no Paraná.As relações entre campo e a cidade

na sociedade capitalista.

• O espaço rural e urbano;

• A urbanização e exploração dos

recursos naturais;

• A monocultura como produto de

exportação;

• A agricultura familiar como

produtora de alimentos para o

meio urbano.A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

• A influência dos fatores históricos,

naturais e econômicos na

ocupação do espaço geográfico

local;

• A população de Cascavel segundo

IBGE e A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

• As manifestações culturais;

• As manifestações espaciais dos

diferentes grupos culturais;

• A invisibilidade das manifestações

culturais indígenas nos livros

didáticos;

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• Os Quilombolas no Paraná.As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

• A regionalização do espaço

seguindo os critérios naturais:

clima, vegetação, relevo e

hidrografia;

• A regionalização urbana de

Cascavel em centro e periferias;

• A regionalização do Paraná.

7º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A formação, mobilidade das fronteiras

e a reconfiguração do território

brasileiro.

• A localização e a expansão do

território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

• A indústria e a urbanização.

As diversas regionalizações do

espaço brasileiro.

• As regiões brasileiras segundo o

IBGE;

• As regiões geoeconômicas;

• Regiões e políticas regionais. As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

• Diversidade cultural resultado do

processo de imigração.A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

• Formação da população;

• População e o trabalho no Brasil;

• A mulher no mercado de trabalho;

• A população PEA e o trabalho;

• O crescimento da população

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brasileira.Movimentos migratórios e suas

motivações.

• Movimentos pendulares;

• Migração temporária;

• As causas e conseqüências dos

movimentos migratórios.O espaço rural e a modernização da

agricultura.

• O espaço rural brasileiro e a

tecnização;

• A agropecuária brasileira;

• O trabalho e a terra no espaço

rural brasileiro;

• Relações entre a estrutura

fundiária e os movimentos sociais

no campo.A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização.

• O espaço urbano brasileiro;

• A hierarquização do espaço

urbano brasileiro;

• Os problemas sócio-ambientais do

espaço urbano brasileiro.A distribuição espacial das atividades

produtivas, a reorganização do

espaço geográfico.

• O processo de industrialização nas

diversas regiões brasileira.

A circulação de mão-de-obra, das

mercadorias e das informações.

• A circulação de mão-de-obra, de

mercadorias e informações e suas

relações com o espaço de

produção.

8º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço GeográficoAs diversas regionalizações do • Como regionalizar o espaço

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espaço geográfico. geográfico mundial;

• A regionalização do continente

americano pelos critérios:

históricos, culturais, físicos e

sócio–econômicos;

• Os aspectos físicos do continente

americano: vegetação, hidrografia,

clima e relevo.A formação, mobilidade das fronteiras

e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

• A reorganização das fronteiras do

continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

• A soberania nacional dos estados

americanos e o processo de

globalização;

• A formação dos blocos

econômicos do continente

americano;

• Os sistemas socialistas e

capitalistas na América.O comércio em suas implicações

socioespaciais.

• As relações comerciais no

continente americano e suas

implicações.A circulação da mão-de-obra, do

capital, das mercadorias e das

informações.

• A circulação de mão-de-obra, de

mercadorias e informação e sua

relação com os espaços

produtivos americanos;A distribuição espacial das atividades

produtivas, a reorganização do

espaço geográfico.

• Fornecimento de matéria-prima.

As ralações entre o campo e a cidade

na sociedade capitalista.

• Monoculturas de exportação e a

exploração da terra;

• A questão da terra e reforma

agrária na América latina.O espaço rural e a modernização da

agricultura.

• A agricultura moderna e tradicional

no continente americano;

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• A formação das áreas agrárias no

continente americano.A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

• Áreas populosas e povoadas do

continente americano;

• Formação étnica do continente

americano.Os movimentos migratórios e suas

motivações.

• Movimentos migratórios no

continente americano.As movimentações socioespaciais da

diversidade cultural.

• A diversidade cultural do

continente americano.Formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

• Formação, localização e utilização

dos recursos naturais no

continente americano e suas

implicações.

9º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço GeográficoCONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

• A regionalização da África, Ásia,

Oceania e Europa, segundo os

critérios: físicos, culturais e sócio-

econômicos;

• Capitalismo X Socialismo.A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

• A nova Ordem Mundial;

• A globalização e seus efeitos;

• A globalização e os blocos

econômicos;

• Os conflitos mundiais suas razões

e os principais focos.A revolução técnico-científico-

informacional e os novos arranjos no

• A revolução tecnológica e os

espaços da globalização;

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espaço da produção. • A tecnologia e a transformação do

espaço;

• O papel das tecnologias no

processo industrial.O comércio mundial e as implicações

socioespaciais.

• A dinâmica dos espaços da

globalização;

• O comércio mundial e os fluxos de

mercadorias, pessoas,

informações e capitais.A formação, mobilidade das fronteiras

e a reconfiguração dos territórios.

• As organizações políticas e

econômicas internacionais e as

transformações do espaço.A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

• A distribuição populacional e

econômica da Europa, Ásia, África

e Oceania. As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

• As manifestações culturais dos

diferentes grupos étnicos na

configuração do espaço

geográfico.Os movimentos migratórios mundiais

e suas motivações.

• Fluxos populacionais e as

migrações internacionais.A distribuição das atividades

produtivas, a transformação da

paisagem e a reorganização do

espaço geográfico.

• A transformação das paisagens,

exploração dos recursos minerais

e sua importância política,

estratégica e econômica.A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de tecnologia

de exploração e produção.

• As mudanças socioespaciais e os

impactos ambientais;

• Os movimentos ambientalistas e a

preservação ambiental;

• O desenvolvimento sustentável.O espaço em rede: produção,

transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

• A integração mundial e as redes

de transporte e comunicação.

DISCIPLINA GEOGRAFIA

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Os conteúdos específicos relacionados a seguir compreendem alguns

exemplos de uma divisão temporal a ser trabalhado. Enfatiza-se que há outros

olhares sobre estes conteúdos considerando a especificidade da escola e os

conteúdos estruturantes:

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

1º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.Conteúdo Básico Conteúdos Específicos

A formação e transformação das

paisagens

• Os elementos naturais e culturais

nas diferentes paisagens

geográficas e as transformações

provocadas pela sociedade.A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

• Os elementos naturais das

paisagens (tipo de solo, clima,

vegetação, hidrografia, relevo) sua

distribuição e transformação;

• Os domínios morfoclimáticos e a

alteração das paisagens terrestre.A distribuição espacial das atividades

produtivas e a reorganização do

espaço geográfico.

1. As atividades produtivas e a

dinâmica hidrológica: alteração do

curso dos rios (represas), agricultura

irrigada, fonte de energia, via de

transporte, erosão e sedimentação

costeira, poluição das águas.

A produção agrícola nas comunidades

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quilombolas e indígenas e as

manifestações culturais no campo;

Os complexos agroindustriais e a

monocultura para a exportação;

A expansão das fronteiras agrícolas e

a produção de matérias-primas.

A atividade industrial, a produção e os

impactos socioambientais:

aquecimento atmosférico, a poluição e

a crise da água, poluição do solo,

alterações climáticas e outros.A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

2. A exploração dos recursos naturais

(renováveis e não renováveis) para a

produção de energia: bio

combustível,energia nuclear, eólica,

carbonífera e suas implicações na

ocupação do espaço;

Os recursos naturais (vegetal, animal

e mineral) e as ações políticas para

sua preservação;

O extrativismo, sua importância na

produção de matérias-primas;

Os conflitos gerados pela escassez e

uso, e os acordos ambientais

internacionais.A revolução técnico-cientifica-

informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

3. Os avanços tecnológicos da/na

indústria e sua distribuição espacial:

tecnopólos, industriais globais e

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industrialização nos países pobres.

4. o desenvolvimento da biotecnologia

e os impactos na produção no espaço

rural: transgênicos, Revolução Verde,

agricultura orgânica.O espaço rural e a modernização da

agricultura.

5. As alterações espaciais resultantes

da mecanização do campo, uso de

agrotóxicos, insumos e o emprego de

novas tecnologias na produção

agropecuária.

6.

7. O uso e preservação do solo nos

diferentes sistemas de produção

agrícola: agricultura familiar,

terraceamento (jardinagem),

agronegócio.O espaço em rede: produção,

transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

8. Redes de transportes (portos,

aeroportos, rodovias, hidrovias), de

comunicação e a circulação de

produtos, pessoas e matérias primas.Formação, mobilidade das fronteiras e

a reconfiguração dos territórios.

9. A reconfiguração dos territórios e

os impactos culturais, demográficos e

econômicos: a dispersão das

atividades produtivas.O comércio e as implicações sócio-

espaciais.

10. Protecionismo comercial e as

barreiras alfandegárias e

zoofitossanitárias: subsídios a

produção agrícola européia e norte

americano e as implicações para a

agricultura dos países emergentes e

pobres.

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2º ANOConteúdo Básico Especificidade da abordagem na série

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

A formação territorial brasileira em sua

relação com os contrastes e semelhanças.

A circulação de mão-de-obra, do

capital, das mercadorias e das

informações.As relações entre o campo e a

cidade na sociedade capitalista.A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização recente.

Os movimentos migratórios e

suas motivações.

As manifestações

sócioespaciais da diversidade

cultural.

O comércio e as implicações

sócio-espaciais

3º ANOConteúdo Básico Especificidade da abordagem na série

A revolução técnico-cientifica-

informacional e os novos

arranjos no espaço da

produção.

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A circulação de mão-de-obra, do

capital, das mercadorias e das

informações.A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da

população.Os movimentos migratórios e

suas motivações.As manifestações

socioespaciais da diversidade

cultural.As diversas regionalizações do

espaço geográfico.As implicações socioespaciais

do processo de mundialização.A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o

papel do Estado.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo a metodologia de ensino proposta nas Diretrizes Curriculares

da educação Básica em geografia (2008) deve-se permitir que os alunos se

apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o

processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os

conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligados com realidade próxima e distante dos alunos.

Outro pressuposto metodológico proposto nas Diretrizes Curriculares da

educação Básica em geografia (2008) pra a construção do conhecimento em

sala de aula é a contextualização do conteúdo. Nesta perspectiva apresentada

nas Diretrizes Curriculares a contextualizar o conteúdo é mais do que

relaciona-lo á realidade vivida do aluno, é, principalmente, situa-lo

historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em

manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.

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Também é fundamental, que o professor crie, planeje situações de

aprendizagem em que os alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos

de estudos geográficos. A observação, discrição, analogia e síntese são

procedimentos de importantes e podem ser praticados pra que os alunos

possam aprender e representar os processos de construção dos diferentes

tipos de paisagens, territórios e lugares. O espaço vivido pelos alunos continua

sendo importante para a compreensão da realidade local relacionada com o

global.

Para realmente trabalhar e valorizar o imaginário do aluno, não se pode

reter a idéia de que seu espaço esteja limitado apenas a sua paisagem

imediata. É essencial que se aprofundem as mediações de seu lugar com o

mundo, percebendo como local e o global interagem.

O estudo dos espaços local/global não se deve restringir a mera

constatação e sem explicar e compreender os processos de interações entre a

sociedade e a natureza, situando-as em diferentes escalas espaciais e

temporais, comparando-as, conferindo-lhes significados.

Os problemas sócio-ambiental e econômico podem ser abordados a fim

de promover um estudo mais amplo de questões sociais, econômicas, políticas

e ambientais relevantes na atualidade. O próprio processo de globalização

demanda maior compreensão das relações e de interdependência entre os

lugares, bem como das nações de territorialidades intrínsecas a esse processo.

Ao pretender os estudos dos conceitos de paisagem, território, lugar,

regiões e tempo-espaço, a geografia possibilita um trabalho interdisciplinar

através de produções musicais, fotografias, cinemas, literatura, etc., obtendo

informações para interpretar a realidade e construir conhecimento crítico sobre

os espaços geográficos.

E entre várias metodologias a ser utilizada, destacam:

• Aulas teóricas expositivas, através de explicações orais e de

exposição e indução de interpretação de imagens por meio de

multimídia, mapas, tabelas, livros;

• Aula prática de observação do espaço como trabalha de campo e ou

de análise de fotos, figuras e imagens;

• Utilização de recursos audiovisuais, como rádio, TV, multimídia,

retroprojetor de imagens, apresentação de vídeos-clips, conforme os

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conteúdos;

• Interpretação de textos didáticos e científicos dos conteúdos;

• Dinâmicas e pesquisa em grupo ou individual, tais como: jogos,

brincadeiras, desenhos, recortes e colagem, produção de cartazes,

reprodução de mapas, croquis, gráficos e maquetes de textos, de

desenhos e apresentação de seminários;

• Utilizar eventos e fatos históricos que ocorram durante o ano;

• Reprodução de textos a partir de referencias teóricos;

• Consulta bibliográfica e de pesquisa Online e na biblioteca a ser

selecionada.

4. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos

estruturantes (Econômico, Político, Cultural e Demográfico,

Socioambiental), os conceitos geográficos (Território, Região, Paisagem,

Lugar, Natureza e Sociedade), o objeto de estudo, as categorias espaço-

tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder,

contemplando a escala local e vice-versa. No processo de ensino

aprendizagem o professor deve garantir aos alunos a apreensão dos

conhecimentos científicos através da mediação, como intervenção

pedagógica desafiadora, auxiliando nas suas trajetórias de estudo.

Neste sentido a avaliação de ser diagnóstica, gradativa, processual e

continua para que os alunos compreendam e os professores

intervenham neste processo. Os instrumentos avaliativos permitem ao

professor reconhecer e identificar não apenas as dificuldades ou

defasagens que os alunos apresentam como também as inadequações

em sua própria prática pedagógica. Por isso devemos contemplar

diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e

produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens

e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas,

aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a

apresentação de experiências práticas de aulas de campo ou

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laboratório, construção de maquetes; produção de mapas, mentais,

entre outros.

Segundo Filizola e Kozel (1996) a avaliação se concretiza como

um processo constante e contínuo que objetiva explicitar o grau de

compreensão da realidade, levando em conta o ensino de geografia que

entende o espaço geográfico como socialmente produzido

historicamente. Pois, é nas relações entre os homens e com a natureza

que os espaços são ocupados, transformados, e organizados em

momentos diferentes. Por isso, dever-se-á verificar a aprendizagem a

partir daquilo que é básico para que ela se processe.

A avaliação poderá ser através de:

• Aplicações de provas discursivas, conclusivas, somatórias e ou orais;

• Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de

avaliação;

• Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode

usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de

expressão dos alunos, como:

o Interpretação e produção de textos de Geografia;

o Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

o Pesquisas bibliográficas;

o Relatórios de aulas de campo;

o Apresentação e discussão de temas em seminários;

o Construção, representação e análise do espaço através de

maquetes, entre outros.

A avaliação deve ser um processo não linear de construções e

reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que acontece

entre os sujeitos do processo professor e aluno.

As avaliações de geografia devem ser realizadas com uma analise nas

quatro dimensões geográficas: política, econômica, cultural e socioambiental.

A recuperação paralela é a retomada dos conteúdos, possibilitando

outros encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de

aprendizagem.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Currículo Básico Para Escola Pública do Paraná.

KOSEL, Salete, FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia-Memória da Terra:

O espaço vivido. São Paulo:FTD, 1996.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e

proposições; Cipriano Carlos Luckesi.17 ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.

Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Fundamental. Versão

Preliminar Julho, 2006.

LACOSTE, Y. A geografia, antes de mais nada, para fazer a guerra.

Iniciativas Editoriais: Lisboa, 1977.

MARINA, Lúcia e Tércio. Geografia: Série Novo Ensino Médio. 2ª ed. São

Paulo: África, 2006.

MORAIS, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: HUCITEC,

1999.

MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006.

Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.

PIFFER, Osvaldo. Ensino de Geografia. Coleção Caderno do Futuro. IBEP.