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1 PROPOSTA PEDAGÓGICA I IDENTIFICAÇÃO Identificação da instituição 1 Denominação da instituição Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco - Ensino Fundamental e Médio. 2 Endereço completo Rua da Glória, nº 583 3 Bairro/Distrito Centro 4 Município Maria Helena 5 NRE Umuarama 6 CEP 87.480-000 7 Caixa Postal 8 DDD 44 9 Telefone 3662-1335 10 Fax 44-3662-1335 11 E-mail [email protected] 12 Site 13 Entidade mantenedora Governo do Estado do Paraná 14 CNPJ/MF 76.416.965/0001-21 15 Local e data Maria Helena, 08 de agosto de 2010. 16 Assinatura Direção

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PROPOSTA PEDAGÓGICA I – IDENTIFICAÇÃO

Identificação da instituição

1 – Denominação da instituição

Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco - Ensino Fundamental e

Médio.

2 – Endereço completo

Rua da Glória, nº 583

3 – Bairro/Distrito

Centro

4 – Município

Maria Helena

5 – NRE

Umuarama

6 – CEP

87.480-000

7 – Caixa

Postal

8 – DDD

44

9 – Telefone

3662-1335

10 – Fax

44-3662-1335

11 – E-mail

[email protected]

12 – Site

13 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do Paraná

14 – CNPJ/MF

76.416.965/0001-21

15 – Local e data

Maria Helena, 08 de agosto de

2010.

16 – Assinatura

Direção

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II – ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 1- ASPECTOS LEGAIS: A Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco – Ensino Fundamental e Médio foi construída em conformidade com a seguinte Legislação:

- Lei nº 9.394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; - DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais; - Deliberação nº 014/99 – Proposta Pedagógica; - Deliberação nº 007/99 – Avaliação; - Deliberação nº 016/99 – Regimento Escolar; - Deliberação nº 009/01 – Progressão Parcial; - Lei Estadual nº 13.381/01 – Obrigatoriedade do Ensino de Geografia e

História do Paraná; - Lei Federal nº 10.639/03 – Cultura Afro-Brasileira; - DCN – Diretriz Curricular Nacional de Educação Especial; - LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - DCE – Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação Básica do Estado do

Paraná; - Instrução Normativa nº 05/2004; - Deliberação nº 02/2003 –Paraná.

2- OBJETIVOS GERAIS: a) Níveis de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio Ensino Fundamental:

Fundamentados nos preceitos legais, decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, o Ensino Fundamental faz parte da Educação Básica, é direito de todos e dever do Estado, é público, gratuito, universal. Devendo considerar em sua proposta de ensino as características das comunidades, atendendo as novas demandas sociais, com indicativos teórico-metodológicos claros, buscando preparar o aluno para ser sujeito e não objeto de conhecimento, capacitando-o para estar inserido em sua realidade de forma consciente, garantindo o acesso, a permanência e a aprendizagem, dando garantia de continuidade e êxito na escola e na vida. A proposta de ensino, fruto da análise e reflexão de todos os envolvidos no processo, deve garantir formação nas dimensões: ética, política, cultural, social, ambiental, econômica, humana e crítica, oportunizando a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes linguagens. O Ensino Fundamental deve ser ofertado a todas as faixas etárias, conforme a necessidade (muitos não tiveram acesso à escola em idade própria, outros por diversos fatores não obtiveram êxito). Garantirão também o acesso aos alunos com necessidades educacionais especiais, através da flexibilização e adaptação curricular, planejamento específico e atendimento especializado. Enfim, como uma das etapas da Educação Básica, o Ensino Fundamental deve garantir a formação básica do cidadão e o desenvolvimento integral do

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educando, como cita o Artigo 32 da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/96: O Ensino Fundamental, com duração mínima de nove anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores. IV- O fortalecimento de vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. Ensino Médio:

O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, em conformidade com a Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, , tem as seguintes finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos. O atual Ensino Médio deve possibilitar ao estudante condições tanto de se inserir no mundo do trabalho quanto de continuar seus estudos, ingressando no Ensino Superior. Assim, a especificidade do Ensino Médio, enquanto Educação Básica, não o afasta nem o dissocia da vida e do mundo do trabalho. II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Para se atingir esta finalidade, deve-se buscar um currículo que ofereça uma formação humanista e consciente, por meio da qual o estudante possa se apropriar dos conhecimentos historicamente constituídos, desenvolvendo um olhar crítico e reflexivo sobre essa constituição e, por outro lado possibilitar uma compreensão da lógica e dos princípios técnico-científicos que marcam o atual período histórico e afetam as relações sociais e de trabalho. IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. O currículo do Ensino Médio deve ser composto por uma concepção ampla de conhecimento, presente nos conteúdos de todas as disciplinas, que envolva as dimensões científicas, artísticas e filosóficas, sendo assim, irá se formar um sujeito crítico, capaz de compreender seu tempo histórico e nele agir com consciência. Enfim, para se atingir a finalidade proposta para o Ensino Médio, deve-se oferecer ao estudante uma formação ampla, porém rigorosa e necessária para o enfrentamento da realidade social, econômica e política, através de um currículo que destaque a educação tecnológica básica; a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania. Neste currículo deve-se adotar metodologias de ensino e avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes para se atingir os objetivos propostos para o Ensino Médio.

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3 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS: DISCIPLINA: ARTE – Ensino Fundamental e Médio 1. APRESENTAÇÃO No decorrer da história do Brasil percebemos alguns marcos que influenciaram o desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte do estado do Paraná, durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, inclusive onde hoje se situa o Estado do Paraná, ocorreu a primeira forma registrada de arte na educação. A congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana. Com ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar viola (guitarra espanhola), no folclore, com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações. No século XVIII, o governo do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e adotou um ensino com ênfase nas ciências naturais e aos estudos literários, mas pouca coisa mudou na prática, porque as metodologias direcionavam para uma educação estritamente literária, baseada nos estudos de gramática, retórica, latim e música. Com o objetivo de acomodar, em termos materiais e culturais a família real que veio de Portugal para o Brasil no ano de 1808, uma série de ações foram iniciadas, como por exemplo, a chegada de um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo obedecia ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica, com exercícios centrados na cópia e reprodução de obras consagradas. Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial de características brasileiras, como o Barroco na arquitetura, escultura, talhe e pintura presentes nas obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), na música do Padre José Maurício, e em outros artistas, em sua maioria de origem humilde e mestiça, que não recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros. Este período foi marcado pela laicização do ensino do Brasil, transformando os colégios seminaristas em estabelecimentos públicos. Nesses estabelecimentos públicos, houve um processo de dicotomização do ensino de Arte: o de Belas-Artes e música para a formação estética e o de artes manuais. No Paraná, no ano de 1846, foi fundado o Liceu de Curitiba, que seguia o currículo do Colégio Pedro II. No ano de 1890, já no Brasil republicano ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil. Entre conflitos e ideias positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em Augusto Comte, valorizavam em Arte o ensino do desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento científico; por sua vez, os liberais inspirados nas ideias de Spencer e Walter Smith, que se baseavam no desenvolvimento econômico e industrial, preocupavam-se com a preparação do trabalhador. Desta maneira, o ensino de Arte tendia a ser centrado nas técnicas e,

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artes manuais ou em atividades sem vínculo com as propostas curriculares das escolas. Em 1922, houve um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas que foi a Semana da Arte Moderna. O movimento modernista valorizava a cultura do povo brasileiro porque entendiam que eram manifestações artísticas, consideravam também a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada uma com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. A valorização da arte no enfoque da expressividade, espontaneidade e criatividade encontraram espaço na pedagogia da escola nova, que procurou romper a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas e o ensino do canto orfeônico foi a referência para a criação de conservatórios de música. O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram também por meio de movimentos sociais e artísticos. No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino de Arte até tornar-se disciplina obrigatória, os quais se acentuaram a partir do final do século XIX com o movimento imigratório. Movimento esse que trouxe novas ideias e experiências culturais diferentes, entre elas a aplicação da arte como expressão individual e a valorização da realidade social. Neste movimento foram fundadas muitas escolas tanto para o ensino artístico como para o ensino profissional associando a técnica com a estética, em um contexto em que a mão-de-obra era substituída pela técnica industrial. A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela; na música, com a bossa nova e os festivais; no teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal, e no cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar. Beste momento o ensino de Arte tornou-se obrigatório, centrado nas habilidades e técnicas, a produção artística ficou sujeita aos atos que constituíram a censura militar, e a música, enfatizava a execução de hinos pátrios e de festas cívicas. A partir de 1980, com a luta pela redemocratização e com a nova constituinte de 1988, surgem movimentos para a valorização da educação partindo das influências da pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani, que fundamentou o Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Tal proposta curricular resgatou na disciplina de Arte, o seu caráter artístico e estético pela formação do aluno, pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico. Esse trabalho foi interrompido pela mudança das políticas educacionais, e foi imposto às escolas do Paraná os PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais, que tinha como proposta pedagógica para a disciplina de Arte a metodologia Triangular. A proposta relacionava o fazer artístico, a apreciação e os conhecimentos históricos, estéticos e contextuais em Arte. No período de 2003 a 2006 foram realizadas diversas ações com o intuito de valorizar o ensino de Arte, entre elas, o estabelecimento de uma carga horária mínima de duas aulas semanais de Arte em todas as séries do Ensino Fundamental e de duas a quatro aulas semanais/ano para o Ensino Médio, elaboração de folhas feita por professores e tornando livro didático do ensino médio, concurso público para professores com formação em arte, projetos como FERA, Com Ciência e elaboração das Diretrizes Curriculares de Arte para a educação básica do Paraná.

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Por meio deste breve histórico pode-se perceber que as diferentes formas de pensar o ensino de Arte são consequências das relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram.. O ensino de Arte se justifica pela sua importância para o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. Neste sentido, apesar dos avanços, se faz necessário ainda reflexões e ações que consolidem a arte como campo do conhecimento.

A disciplina de arte tem como objetivos: - Promover a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. - Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas. - Analisar e valorizar a presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileiras. - Compreender as raízes dos povos do campo (valores, tradição, etnias, festas, religiosidade popular, símbolos, música, gestos, mística) e incentivar produções culturais próprias, sensibilizando a sociedade para valorizá-las. Constitui em objeto de estudo para a disciplina de Arte:

Conhecimento estético: O conhecimento teorizado sobre a arte, produzido pelas ciências humanas, como a filosofia, a sociologia, psicologia, antropologia e literatura.

Conhecimento artístico: O conhecimento do fazer artístico e do processo criativo. São as formas de organização e estruturação do trabalho artístico.

2. CONTEÚDO Nas aulas de Arte é necessária a unidade dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Assim o trabalho com os conteúdos deve contemplar três momentos: teorizar, sentir e perceber e trabalho artístico. Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e de seu entorno, onde serão considerados os artistas, as produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal. Para atender a legislação no que se refere a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e da História dos Povos Indígenas, conforme Lei 11.645/08, nos currículos da Educação Básica, o professor abordará os assuntos relacionados a esta temática, bem como a outros temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e à Diversidade dentro dos conteúdos programados para esta disciplina. 2.1. Conteúdos Ensino Fundamental 5ª SÉRIE/6º ANO

Elementos Formais

Composição

Movimentos e períodos

a) forma: suporte: tamanho, espaço, materiais; espacialidade: leitura de imagens

imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,

- Pintores: Georges Seurat, Paul Signac.

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Artes visuais

bidimensionais e tridimensionais (ponto, linha, figura, fundo, semelhanças, contrastes e simetria); texturas: tátil e gráfica; movimento: ritmo e equilíbrio. b) luz sombra – intensidades decomposição cor: pigmento percepção da cor: tons e matizes

propaganda visual); imagens tridimensionais; imagens virtuais.

- Wassily Kandinsk - Tarsila do Amaral, Cândido Portinari -Leitura e releitura de uma obra de arte -Arte rupestre primitiva -Artistas paranaenses -Folclore (ponto de vista social) -Músicas folclóricas -Cultura Afro-Brasileira

Dança

a) Movimento: - espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções, progressões; - ações: saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair, gesticular; - dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência; - relacionamentos: relações de proximidade, afastamento, superposição.

- composições coreográficas - improvisações coreográfica

Música

a) Som: - distribuição dos sons de maneira sucessiva: melodia e ritmo; - distribuição dos sons de maneira simultânea, harmonia: encadeamento de acordes; - qualidades do som: intensidade: dinâmica; duração: pulsação/ritmo; altura: grave/agudo; timbre: fonte sonora/instrumentação; - estruturas musicais: organização e articulação dos elementos da linguagem/forma musical, incluindo o conceito de densidade.

- composições musicais; -improvisações musicais; Interpretações musicais. Trava línguas Adivinhações Cantigas de roda Comidas típicas Ditos populares

Teatro

a) Personagem: - expressão corporal; Expressão gestual; Expressão vocal; - expressão facial; - caracterização do personagem; - espaço cênico; - ação cênica.

- representação teatral direta e indireta; - improvisação cênica; - dramatização. - Parlenda

6ª SÉRIE/ 7º ANO

Elementos Formais

Composição

Movimentos e períodos

a) Forma: - suporte: tamanho, espaço, materiais;

- imagens bidimensionais (desenho e pintura);

- Carnaval (ponto de vista social, econômico, político e

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Artes visuais

- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais e tridimensionais, compreendendo ponto, linha, figura, fundo, semelhanças, contraste e simetria. b) Luz: - cor: terciárias;

- sombra: intensidade.

- imagens tridimensionais (esculturas)

- - Confecção de máscaras carnavalescas

cultural); -Festas carnavalescas no nosso município e no país; - Pintores Kandinsk e Mondrian; - Arte grega; - .

Dança

a) Movimento: - espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções, progressões; - ações: saltar, deslocar. Encolher, expandir, girar, inclinar, cair, gesticular; - ritmo: peso, espaço e tempo;

- relacionamentos: proximidade e afastamento.

-

-composições coreográficas; -improvisações coreográficas.

Música

- qualidades do som: intensidade: dinâmica; duração: pulsação/ritmo; altura: grave/agudo; timbre: fonte sonora/instrumentação;

- composições musicais; -improvisações musicais; Interpretações musicais. Marchinhas carnavalescas

Teatro

a) Personagem: - expressão corporal; Expressão gestual; Expressão vocal; - expressão facial; - caracterização do personagem; - espaço cênico;

- ação cênica

- encenação; - improvisação cênica; - dramatização

7ª SÉRIE/ 8º ANO

Elementos Formais

Composição

Movimentos e períodos

Artes visuais

a) Forma: - suporte: tamanho, espaço, materiais; - espacialidade: leitura de imagens bidimensionais e tridimensionais, compreendendo ponto, linha, figura, fundo, semelhanças, contraste e simetria; - texturas;

- imagens bidimensionais (fotografias); - imagens tridimensionais (esculturas e instalações); - imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).

- História da Arte: Cubismo; - Pintores: Pablo Picasso, Matisse; - História da Arte Cristã Bizantina; - Festa do laço do

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- movimento: ritmo e equilíbrio. b) Luz: - sombra: intensidade; - decomposição da luz branca: espectro solar; - cor: pigmento;

- percepção da cor: tons e matizes

- - Leitura e releitura de obras artísticas; - Paródias; - Mosaico; - Caricatura;

município (origem dessa festa, ponto de vista social, econômico, político e cultural); -- Arte Sacra; - Cultura Afro-Brasileira; - Folclore no Brasil x Folclore no Paraná x Folclore no município;

Dança

- movimento corporal; - tempo; - espaço.

-composições coreográficas;

Música - melodia; - altura; - duração; - timbre; - intensidade; - densidade.

- composições musicais; -improvisações musicais; Interpretações musicais.

Teatro a) Personagem: - expressão corporal; Expressão gestual; Expressão vocal; - expressão facial; - caracterização do personagem; - espaço cênico; - ação cênica

- representação teatral direta e indireta; - improvisação cênica: construção de uma cena;

- dramatização. - Parlendas; - Trava-línguas; - Brincadeiras.

-

8ª SÉRIE/ 9º ANO

Elementos Formais

Composição

Movimentos e períodos

Artes visuais

a) forma: - suporte: tamanho, espaço,

materiais; - espacialidade: leitura de

imagens bidimensionais e tridimensionais (ponto, linha, figura, fundo, semelhanças, contrastes e simetria);

- texturas: tátil e gráfica; - movimento: ritmo e equilíbrio.

- A expressividade das linhas (Van Gogh – Noite Estrelada); b) luz

- sombra – intensidades

- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, propaganda visual);

- imagens tridimensionais:;

- imagens virtuais. - - Enfeites

natalinos; - Vitral;

- Natal (ponto de vista social, econômico, político, religioso e cultural); - História da Arte: Abstracionismo;

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- decomposição - cor: pigmento - percepção da cor: tons e

matizes

- Arte Gótica; - Biografia de um artista; - - Mestres da pintura brasileira: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Guignard, Di Cavalcanti, Portinari; - Cultura Afro-Brasileira.

Dança

a) Movimento: - espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções, progressões; - ações: saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair, gesticular; - dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência; - relacionamentos: relações de proximidade, afastamento, superposição.

- composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e relacionamentos dentro de um ritmo) - improvisações coreográfica ( movimentos organizados sem planejamento prévio).

Música a) Som: - distribuição dos sons de maneira sucessiva: melodia e ritmo; - distribuição dos sons de maneira simultânea, harmonia: encadeamento de acordes; - qualidades do som: intensidade: dinâmica; duração: pulsação/ritmo; altura: grave/agudo; timbre: fonte sonora/instrumentação; - estruturas musicais: organização e articulação dos elementos da linguagem/forma musical, incluindo o conceito de densidade.

- composições musicais; -improvisações musicais; Interpretações musicais.

Teatro

a) Personagem: - expressão corporal; Expressão gestual; Expressão vocal; - expressão facial; - caracterização do personagem; - espaço cênico; - ação cênica.

- representação teatral direta e indireta; - improvisação cênica; - dramatização.

2.2.CONTEÚDOS/ ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor

Figurativa Abstrata Figura-fundo Bidimensional/tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros Técnicas

Arte Pré-histórica Arte no Egito Antigo Arte Greco-Romana Arte Pré-Colombiana Arte Oriental Arte Africana Arte Medieval Renascimento Barroco Neoclassicismo Romantismo Realismo Impressionismo Expressionismo

MÚSICA

Altura Duração

Ritmo Melodia

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Timbre Intensidade Densidade

Harmonia Intervalo melódico Intervalo harmônico Tonal Modal Improvisação Gêneros Técnicas

Fauvismo Cubismo Abstracionismo Dadaísmo Surrealismo Op-art Pop-art Teatro Pobre Teatro do Oprimido Música serial Música eletrônica Rap, Funk, Techo Música minimalista Arte engajada Hip Hop Dança Moderna Vanguardas artísticas Arte brasileira Arte paranaense Ind´sutria cultural Cultura do campo Valores, tradição, festas, religiosidade popular, símbolos, dança da colheita, música, raiz, gestos, mística.

TEATRO

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Cênico

Representação Sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/ caracterização/maquiagem/ adereços Jogos teatrais Roteiro Enredo Gêneros Técnicas

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros Técnicas

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas. No ensino da arte devemos contemplar três momentos da organização pedagógica: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado de modo a direcionar o aluno à formação de conceitos artísticos. Tendo em vista que os mesmos constituem-se numa totalidade, o trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um deles, ou pelos três simultaneamente. O importante é que no final das atividades (em uma ou em várias aulas) com o conteúdo desenvolvido, todos esses momentos tenham sido realizados com os alunos. A História da Arte é expressa em música, artes visuais, danças, teatro e artes audiovisuais, através de teorias e práticas artísticas e o uso de novas tecnologias de comunicação e informação. Assim, desenvolve conhecimentos estéticos e artísticos dos alunos, a disciplina em parceria com as demais, estará colaborando de modo significativo com a aprendizagem do aluno. Dessa forma os alunos poderão conhecer as mais diversas maneiras da prática e teoria de produção, apreciação, reflexão das culturas artísticas com as interconexões e contextualização cultural. Com a participação no processo ensino aprendizagem, os alunos desenvolverão capacidade de analisar manifestações artísticas à sua criatividade, intuição, imaginação com o coletivo, ética e respeito pela diversidade, desenvolvendo a pesquisa, observação, análises e críticas sobre as obras de arte, artísticas e apreciadores.

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4. AVALIAÇÃO A avaliação em Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e das avaliações dos alunos. Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento é constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos. Avaliação por meio da observação e registros: sem parâmetros comparativos entre os alunos, considerando aspectos experienciais (práticos) e conceituais (teóricos). A avaliação em arte supera, dessa forma, o papel de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Considerará o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. Assim, ao avaliar o professor lançará mão de diversos instrumentos avaliativos, tais como:

trabalhos artísticos individuais e em grupo;

pesquisas bibliográficas e de campo;

debates em forma de seminários e simpósios;

provas teóricas e práticas;

registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio -visual e outros

Através desses instrumentos, o professor criará as condições necessárias para acompanhar a aprendizagem do aluno, objetivando às seguintes expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;

A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

5. REFERÊNCIAS

CANTELE, Bruna Renata. Linguagem Visual – Arte. São Paulo: IBEP CALÁBRIA, Carla Paula. Arte, História & Produção. São Paulo: FTD.

PARANÁ, Livro Didático Público Arte.

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes Curricularese para a Educação Básica. ARTE. Curitiba: SEED/DEB, 2008. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco, 2008.

SCHLICHTA, Consuelo Alcione. Artes Visuais e Música. IESD

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DISCIPLINA: CIÊNCIAS – Ensino Fundamental

1. APRESENTAÇÃO

A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da natureza.

Os fenômenos observados na natureza, resultantes das relações entre

elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo,

energia e vida.

A ciência não revela, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da

aplicativa dos modelos científicos.

A história da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também as técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido.

Ao analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa

identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza, interpretá-la e

compreendê-la, nos diversos momentos históricos. Esse tipo de Ciência, contribuiu

de forma significativa com reflexões voltadas a produção do conhecimento científico,

os quais apontam caminhos para compreensão de que, na ciência, rompe-se com

modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados

fenômenos da natureza.

Muitas civilizações, ao longo do tempo, criaram mitos e divindades como

estratégias para explicar fenômenos da natureza.

Através do pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade

dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos.

A proposição de modelos científicos que valorizavam a observação das

regularidades da natureza para compreendê-los por meio da razão, opondo-se à

simples crença.

O modelo construído a partir de observações realizadas diretamente sobre os

fenômenos da Natureza permitiram ao se humano afastar-se do mythos e aproximar-

se da physis.

2. CONTEÚDOS

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências considera a relevância dos

mesmos para o entendimento do mundo atual período histórico, busca facilitar a

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interação conceitual e valoriza os conhecimentos científicos de biologia, química,

física, geologia e astronomia.

Entende-se o conceito de Conteúdos Estruturantes como conhecimentos de

grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de

estudo e ensino.

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas

da Educação Básica.

5ª série/6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo

Sistema Solar

Movimentos terrestres

Movimentos Celestes

Astros

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

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6ª série/7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

7ª série/8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Origem e evolução do Universo

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

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8ª série/9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação universal

MATÉRIA

Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de energia

Para atender a legislação no que se refere a obrigatoriedade da História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e da História dos Povos

Indígenas, conforme Lei 11.645/08, nos currículos da Educação Básica, bem como a

Educação Ambiental conforme Lei 9.7975/99, o professor de disciplina desse colégio

abordará os assuntos relacionados a esta temática, bem como a outros temas

relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e à Diversidade dentro

dos conteúdos programados para esta disciplina.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A proposta metodológica desta disciplina orienta-se por uma prática

pedagógica que leve a integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo

metodológico.

O professor selecionará os conteúdos a serem ensinados, organizando o

trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho

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pedagógico, o Projeto Político Pedagógico do colégio, os interesses da realidade

local e regional onde o colégio está inserido, a análise crítica dos livros didáticos e

paradidáticos da área de ciências, e informações atualizadas sobre os avanços da

produção científica.

Os conteúdos serão tratados por meio das atividades e aulas práticas

considerando-se a coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo forma

estabelecendo relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo conceitos de

outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.

Será trabalhada no âmbito das relações contextuais a cultura e história afro-

brasileira, a história dos povos indígenas e a educação ambiental, lançando mão de

encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com

antecedência, visando assegurar a interatividade no processo ensino-aprendizagem

e a construção de conceitos de forma significativa para os alunos.

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fizerem no decorrer

das atividades desenvolvidas nas aulas, pois através destes o professor poderá

analisar a própria prática e realizar uma intervenção pedagógica coerente no

processo educativo. Além disso, o professor pode divulgar a produção de seus

alunos, com o intuito de promover a socialização dos saberes, a interação entre os

estudantes e destes com a produção científico-tecnológico articulando-se com: Portal

Educacional Dia a Dia Educação, Projeto Educação Com Ciência. Festival de Arte

Estudantil- FERA, etc.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino – aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de Diretrizes e Bases nº

9.394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do aluno,

prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino – aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o aluno

aprende.

Quanto aos instrumentos avaliativos será adotado: provas (não

classificatórias), pesquisa bibliográfica, seminários, pesquisa de campo, elaboração

de murais, elaboração de painéis, leituras, trabalho em grupo, dinâmicas em grupo,

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produção de texto, interpretações, debates, pesquisa bibliográfica, pesquisa em

grupos e outros.

Com as informações obtidas na avaliação, o professor analisará a

continuidade ou alterações na prática pedagógica, realizando intervenções com

objetivos previamente propostos para o ensino da disciplina, fazendo a recuperação

de conteúdos concomitante ao processo ensino aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios

Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Currículo básico para escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco. 2008

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DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA – Ensino Fundamental e Médio

1. APRESENTAÇÃO A educação física tem passado nas últimas décadas por diversas

transformações. No século XIX, as práticas pedagógicas foram fortemente influenciadas pelas instituições militares e pela medicina. A partir da década de trinta, a educação física se consolidou no contexto escolar, sendo então utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Na década de 40 a educação física passou a ter o objetivo de formar mão-de-obra fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho. A partir da década de 60 a educação física passou a ter caráter tecnicista, foram priorizados os esportes olímpicos centrados na competição e no desempenho, com o objetivo principal de formar atletas para representar o país em competições internacionais. Na década de 70 a educação física continuava ligada a aptidão física considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potencia olímpica. Somente a partir dos anos 80 é que a educação física passou a ter um movimento renovador na disciplina, sob a denominação PROGRESSISTA, surgem então as correntes ou tendências progressistas entre elas: Desenvolvimentista, que defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim da educação física; Construtivista, que tinha vista a formação integral, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano; Crítico Superadora, que tem como objeto da área a cultura corporal e seus diferentes conteúdos: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança; Crítico Emancipatória, que entende o movimento humano como uma forma de comunicação com o mundo. A década de 90 representou um marco para a disciplina. Destacou a importância da dimensão social da educação física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica e cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades que correspondam às características regionais. A educação física deve contribuir para que todos os alunos possam desenvolver suas potencialidades através das manifestações corporais, esportivas e lúdicas, da ginástica, da dança, lutas e dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Esses conteúdos devem promover e organizar um processo que possam contemplar os aspectos motores, sociais, afetivos, cognitivos e culturais, oportunizando a participação de um maior número de alunos com fins educativos e formativos. Estas aulas devem possuir caráter recreativo, de descontração e ludicidade, e não seletiva ou de treinamento, porem isto deverá ser realizado com seriedade e compromisso crítico. Além destes aspectos apresentados, a educação física também deve contribuir com princípios e valores que possam combater ou romper paradigmas em que o aluno era visto como mero reprodutor de ações. Apresentando uma pedagogia que possa contribuir para a formação de indivíduos críticos durante as aulas, que pensem, reflitam, analisem, discutam, questionem, modifiquem, construam e interajam sobre estas manifestações em sua realidade.

É importante destacar que neste processo educacional de ensino-aprendizagem, os alunos portadores de necessidades especiais não podem ser

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privados ou tratados de forma diferenciada, mas deve se compreender e respeitar suas diferenças, possibilidades e interesses, com a finalidade de promover a igualdade e criar novas experiências, novas vivências novos benefícios e superar as desigualdades através das aulas. Devemos compreender que através destas ações e manifestações que procuram combater as desigualdades e valorizar a participação e vivência de todos os alunos, proporcionaremos um espaço de integração, cooperação, socialização, inclusão, participação, conhecimento e oportunidades para todos neste processo educativo. A Educação Física é um conjunto de praticas corporais que devem nortear uma ação pedagógica fundamentada na expressividade corporal, que considere a materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e cultural do individuo. Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento, que introduz, dialoga e integra o aluno através da cultura corporal do movimento com as diferentes culturas, formando o cidadão que vai (re)produzi-la e transformá-la para usufruir das suas manifestações: ginásticas, danças, esportes, jogos, lutas, brinquedos e brincadeiras, em beneficio do exercício critico da cidadania. O ensino da Educação Física trata-se portanto, de localizar em cada uma dessas manifestações(jogos, esporte,dança, ginástica, luta), seus benefícios e sua possibilidades de utilização como instrumento de comunicação, expressão, sentimentos, emoções, socialização, lazer e de manutenção e melhoria da saúde e qualidade de vida. A prática pedagógica que norteia a Educação Física deverá proporcionar:

A interação entre os diversos tipos de cultura corporal do movimento, formando um cidadão que irá produzí-la e transformá-la, instrumentalizando-o pra usufruir dos jogos, brinquedos e brincadeiras, esportes, danças, ginásticas e lutas em beneficio do exercício crítico da cidadania e da melhoria de qualidade de vida;

O reconhecimento do seu corpo e suas diferentes possibilidades;

Diminuição das desigualdades, aceitando as diferenças, as diversidades, e as possibilidades dos outros para construir uma educação baseada em respeito, solidariedade e justiça;

Oportunizar a prática das manifestações esportivas, ginásticas e recreativas no processo ensino aprendizagem, através de aulas diversificadas e lúdicas, favorecendo assim, o seu desenvolvimento nos aspectos motores, sociais e psicológicos.

2. CONTEÚDOS – Ensino Fundamental e Médio

conteúdo estruturante conteúdos básicos

Esporte

Coletivos

Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro e jogos dramáticos

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Jogos cooperativos

Dança

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças circulares

Danças Criativas

Danças de salão

Danças de rua

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica artística / olímpica

Ginástica de Condicionamento Físico

Ginástica geral

Lutas

Lutas de aproximação

Lutas que mantém à distancia

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

OBS.: Os temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e à Diversidade serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados em cada

série.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Toda relação de objetivos e conteúdos depende fundamentalmente da forma e da estratégia adotada pelo professor, com base na filosofia e objetivos estampados no Projeto Político Pedagógico da Escola. A metodologia aplicada às aulas de Educação Física consiste basicamente no estímulo às participações do educando na realização das atividades corporais, intelectuais e afetivas, com variações de estratégias em função da pluralidade sócio-cultural e dos objetivos específicos de cada atividade. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada Conteúdo Estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando existir situações de aprendizagens eles podem ser retomados e aprofundados. Será organizado em três momentos:

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- No primeiro far-se-á a apresentação dos conteúdos buscando junto aos alunos uma melhor forma de organizar e executá-las. - Num segundo momento refere-se à aplicação das atividades, ou seja, a apreensão do conhecimento. Nesse momento o professor deve observar as atividades realizadas pelos alunos bem com as diferentes manifestações corporais que surgirão advindas das experiências corporais de cada aluno. Deve ser respeitada e valorizada essa manifestação para uma ampliação nos conteúdos a serem trabalhados. - Num terceiro momento deve-se oferecer ao aluno a reflexão sobre a ação, sobre a prática realizada. É um momento de diálogo aberto e verdadeiro entre o aluno e o professor, onde servirá de feedback para que o professor possa avaliar sua prática pedagógica. Numa proposta crítico-superadora, a metodologia encerra um processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma maior compreensão da realidade da qual faz parte. Assim, entende-se que a organização e planejamento das ações que serão trabalhadas pedagogicamente nas aulas devam possibilitar ao aluno o entendimento do que é tratado de maneira específica na Educação Física e dos diversos aspectos das suas práticas na realidade social. As práticas pedagógicas serão aplicadas utilizando-se aulas práticas e teóricas, que desenvolvam os conteúdos através de ações de: observação, orientação, explicação, correção, discussão e cooperação. Como também estudo de textos, pesquisas (livros,internet, revistas, jornais), individuais e em grupos.

4. AVALIAÇÃO Durante o ano letivo, serão realizadas as seguintes avaliações como meio/atividade para identificar e organizar o processo ensino aprendizagem dos alunos:

Avaliação diagnóstica: o professor terá uma visão dos conhecimentos, possibilidades e das dificuldades apresentadas pelos alunos para elaboração e objetivos para o processo subsequente.

Avaliação formativa e contínua: através das aulas de educação física, considerar a participação e interesse, disciplina, respeito, assiduidade, cooperação, reflexão, consciência crítica, organização, aprendizagem, compreensão dos conteúdos propostos e trabalhados pelos alunos nas aulas.

Avaliação somativa: avaliando o processo final de aquisição e compreensão dos conteúdos trabalhados e produzidos dentro do processo de ensino aprendizagem. É importante destacar que o aluno não será avaliado por padrões técnicos e seletivos.

Os critérios avaliativos serão definidos na construção do Plano de Trabalho Docente de cada professor de acordo com os objetivos propostos para cada conteúdo. A recuperação de estudos ocorrerá concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. 5. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação Básica. EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

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PROJETO POLITICO PEDAGOGICO DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA LEONÍDIA PACHECO, 2008.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. PARANÁ - Secretaria de Estado de Educação. Livro Didático Público. Educação

Física- Ensino Medio/Vários autores – Curitiba: 2006.

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DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO – Ensino Fundamental

1. APRESENTAÇÃO A disciplina de Ensino Religioso vem participando dos currículos escolares no Brasil desde o tempo da colonização pelos portugueses. Naquela época não havia uma política pública de educação, a meta era catequizar os povos indígenas, segundo os preceitos da religião católica, conduzindo-os ao abandono de suas crenças e costumes e consequentemente submetendo-os ao conjunto de preceitos e sacramentos da igreja católica. Este modelo permaneceu até a Constituição da República em 1891, a partir daí iniciou-se um período de intensa disputa entre os defensores da manutenção do ensino confessional e os partidários do princípio republicano de educação laica. Em 1934, foi introduzida a disciplina de Ensino Religioso nos currículos escolares, de caráter confessional, mas facultativo para os estudantes não católicos. Essa orientação permaneceu até meados da década de 60, quando surgiram questionamentos sobre o modo como vinha ocorrendo o ensino religioso, que na prática não estava havendo respeito às liberdades religiosas, uma vez que aquele que não pertencia à religião hegemônica, frequentando ou não as aulas de Ensino Religioso, não tinha o privilégio de ter sua religião contemplada na educação pública. Outro questionamento era que seu caráter facultativo contradizia o artigo 153 da Constituição da Era Vargas, pois a disciplina de Ensino Religioso era parte integrante da formação básica do cidadão, e como poderia ser ao mesmo tempo de caráter facultativo? Esses posicionamentos ganharam força com a constituição de 1967, surgiu então a possibilidade da reelaboração da disciplina em função de uma perspectiva aconfessional de ensino. No entanto, esta proposta só veio se concretizar legalmente na LDBEN de 1996. “Pela primeira vez na história da inclusão dos tema religiosos na educação brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática catequética nas escolas públicas” (DCE- Ensino Religioso, 2008). No Paraná, o ensino religioso passou por vários momentos. Entre os anos de 1972 e meados dos anos 90, a definição do currículo da disciplina permaneceu sobre a responsabilidade das tradições religiosas, esvaziando o papel do Estado. Na reorganização das matrizes curriculares no período de 1995 a 2002, o ensino religioso foi praticamente extinto dos currículos escolares. Com a aprovação da Deliberação 03/02, do CEE que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná, a SEED elaborou a Instrução Conjunta n. 001/02 que estabeleceu as normas para esta disciplina na Rede Pública Estadual. A partir de 2003 o Estado retomou a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina no que se refere à composição do corpo docente dos conteúdos da metodologia, da avaliação e da formação continuada de professores. Assim em 2006, a SEED divulgou a primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso, fruto de discussões e apreciação dos professores da Rede Pública Estadual de Ensino, dos representantes dos Núcleos Regionais de Educação para assuntos pedagógicos e, também dos professores do Ensino superior interessados na questão do Ensino religioso. É uma proposta de implementação de um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar.

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Desta forma, a disciplina de Ensino Religioso deve focar o conhecimento religioso através do respeito às diferentes manifestações do sagrado. Neste enfoque a disciplina contribuirá para que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado. E, ainda, que possam compreender suas trajetórias e manifestações no espaço escolar estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, elaborar seu saber e entender a diversidade de nossa cultura, marcada também pela nossa religiosidade. Assim aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Destaca-se que o ensino religioso tem como desafio a superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, bem como das relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as diversas formas de religiosidade. Assim uma das problematizações proposta no Ensino Religioso é a abordagem do conhecimento religioso, tendo como objeto de estudo o sagrado, que será a base a partir da qual serão tratados os conteúdos.

O objetivo do ensino religioso é analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural, desta maneira, ao resgatar o sagrado, busca explicitar a experiências que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. 2. CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Símbolos; Paisagem Religiosa; Texto Sagrado.

CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª série/6º ano

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados Orais ou escritos.

Símbolos Religiosos 6ª série/7º ano

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Na disciplina de Ensino Religioso as praticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina deverão fomentar o respeito às diversas manifestações

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religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, rompendo desta maneira, com a vinculação entre a disciplina de Ensino Religioso e as aulas de religião. Neste enfoque, o objeto de estudos em ensino religioso é o sagrado e o conjunto de conteúdos escolares a serem observados pelo professor na 5ª e na 6ª série do ensino fundamental explicita a intenção a partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado que já fazem parte do universo cultural do aluno, baseado na aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado. Ao abordar o conteúdo, o professor deverá contextualizá-lo, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e social. Todo conteúdo a ser tratado nas aulas de ensino religioso contribuirá para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado, mas para tanto o conteúdo deve ser abordado do ponto de vista laico, de modo que o professor estabeleça uma relação pedagógica e não religiosa. Desta forma as reflexões e análises sobre os conteúdos se darão destacando-se os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-cultural. No planejamento das aulas do ensino religioso, a seleção de referenciais teóricos deve priorizar as produções de pesquisadores daquelas manifestações do sagrado e se necessário consultar produções oriundas da própria manifestações que se pretende tratar. Este procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa. 4. AVALIAÇÃO No ensino religioso o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencias para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. Neste enfoque, pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua, aceita as diferenças e, principalmente reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social, emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado. Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e aprendizagem bem como indicativos importantes para realizar a sua auto avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado. Esta disciplina não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar.

5. REFERÊNCIA PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.. Diretrizes curriculares estaduais para o ensino de Geografia. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação.

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Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco Deliberação nº 01/2006 – CEE – Conselho Estadual de Educação Instrução nº 05/2004 - SEED/SUED/DEF

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DISCIPLINA: GEOGRAFIA – Ensino Fundamental e Médio 1. APRESENTAÇÃO Os conceitos fundamentais de geografia como paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade, serve com estratégia de sobrevivência dos grupos humanos ao longo do tempo. Desde a antiguidade vários povos já utilizavam esses conhecimentos para se relacionarem com a natureza em benefício próprio. Com isso foram surgindo as noções de localização como a elaboração de mapas, a defesa de esferecidade da terra, o cálculo do diâmetro do planeta e da latitude, definições climáticas e outros conceitos. A geografia nasceu do deslocamento humano e cresceu muito durante os períodos das Grandes navegações, pois com a chegada dos europeus à África, América e parte da Ásia, houve a necessidade de descrever com detalhes cada região, para uma possível exploração econômica desse novos mundos. Pesquisas voltadas para o conhecimento dessas novas sociedades que seriam exploradas fez surgir escolas nacionais de pensamento geográfico, destacando-se a alemã e a francesa. Sendo a alemã considerada científica e afrancesa teórico política. Ambas justificam a colonização dos povos, fortalecendo a ideia de missão civilizadora europeia. As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais afim de servir aos interesses políticos do estado, consolidando se apenas a partir de 1930. Essa forma de abordagem perpetuou-se por boa parte do século XX. As mudanças que marcaram o período histórico de pós segunda guerra mundial desencadeia reformulações teóricas na geografia. No Brasil, o golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os setores sociais, inclusive no educacional, sendo necessários adequações da educação aos novos moldes vigentes. Essas adequações teve como marco o acordo conhecido como Mec/Usaid, que implicou reformas na educação, tanto universitária (Lei 5540/58), como no ensino de 1º e 2º graus, pela lei 5692/71 (Lei das Diretrizes e Base da Educação Nacional) que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas, instituindo área de estudos denominada Estudos Sociais (conteúdos de geografia e história) e Educação Moral e Cívica, no 1º grau.e OSPB (Organização Social e Política do Brasil) no 2º grau. Como a disciplina de Estudos Sociais não garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e História, nos anos de 1980, ocorreram movimentos pelo seu desmembramento, que se consolidou com a resolução nº 06 de 1986 do Conselho Federal de Educação. Ainda naquela década, com o fim da ditadura militar, a renovação do pensamento geográfico chegou com força ao Brasil e as discussões teóricas centraram-se em torno do movimento da geografia crítica. No Paraná as discussões sobre a Geografia crítica, como método e conteúdo de ensino, ocorreram no final da década de 1980 em cursos de formação continuada e discussões sobre a reformulação curricular promovidas pela Secretaria de Estado da Educação que publicou, em 1990, o currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, e para o 2º Grau foram produzidos documentos intitulados Restruturação do Ensino de 2º Grau no Paraná.

Naqueles documento, a abordagem teórico-crítica proposta para o ensino da Geografia, compreendia o espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade, os conteúdos de geografia enfatizava a dimensão econômica da

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produção do espaço, destacando as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à urbanização.

Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação a chamada Geografia Tradicional. No entanto, essa incorporação da geografia crítica pela escola sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico e das condições politicas da década de 1990, quando ocorreram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a Educação.

Organizações financeiras internacionais, como o Banco Mundial, passaram a condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implementação de políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanças.

Nesse contexto, ocorreram a produção e a aprovação da nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394), bem como a construção das PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), para as reformulações curriculares nos estados brasileiros. No Paraná, o PCN, resultou numa ampla variedade de disciplinas da parte diversificada do Currículo da Educação Básica. Algumas se relacionavam com os saberes geográficos, mas sem clareza do objeto de estudo, nem rigor teórico-conceitual. Essas disciplinas foram extintas da matriz curricular, ficando estabelecidos que os assuntos locais relacionados à geografia, inclusive os que tratam sobre o Estado do Paraná, deverão ser contemplados nos conteúdos curriculares que compõe a matriz da disciplina de geografia.

Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais da disciplina de Geografia, de modo coletivo e fundamentadas em bases teóricas, definiu-se o objeto de estudo da disciplina que “é o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistema de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas” (DCE- Geografia, 2008).

Assim o trabalho com a disciplina de Geografia se justifica pela necessidade de se problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e contradições existentes para compreender o espaço geográfico no atual período histórico.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 2.1 Dimensão econômica do espaço geográfico 2.2 Dimensão política do espaço geográfico 2.3 Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico 2.4 Dimensão socioambiental do espaço geográfico 3. Conteúdos básicos – Ensino Fundamental 5ª série/ 6º ano -Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. -Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. -A formação, localização exploração e utilização dos recursos naturais. -A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. -As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

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-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -A Mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -As diversas regionalizações do espaço geográfico 6ª série/ 7º ano -A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego da tecnologias de exploração e produção. -As diversas regionalizações do espaço brasileiro. -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Movimentos migratórias e suas motivações. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. -A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. -A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 7ª série/8º ano -As diversas regionalizações do espaço geográfico. -A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. -A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado. -O comércio em suas implicações socioespaciais. -A circulação da mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações. -A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. -As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Os movimentos migratórios e suas motivações. -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 8ª série/9º ano -As diversas regionalizações do espaço geográfico. -A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado. -A revolução tecno-científico-informacional e os novos arranjos da produção. -O comércio e as implicações socioespaciais. -A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. -A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -Os movimentos migratórios e suas motivações.

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-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. -O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. 4. Conteúdos básicos – Ensino Médio -A formação e transformação das paisagens. -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e produção. -A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. -A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. -A revolução técnico-cientifica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. -A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. -Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. -As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. -A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. -A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Os movimentos migratórios e suas motivações. -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -O comércio e as implicações socioespaciais. -As diversas regionalizações do espaço geográfico. -As implicações socioespaciais do processo de mundialização. -A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Sempre que se falar de aprendizagem esta deverá estar voltada à formação plena do educando. Em sala de aula, ter-se-á muitos desafios, pelas multiplicidades de situações, que exigirá atitudes mediadoras nas interações educacionais com o aluno, desde do campo da afetividade entre alunos e professor, nível de maturidade e individualidade de cada um dos alunos, assim como o nível de conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, proveniente do seu cotidiano. Para isso é necessário:

desenvolver um clima de aceitação e respeito mútuo;

que a organização da sala de aula estimule a ação individualizada para que o aluno possa desenvolver a criatividade;

oferecer oportunidades por meio de tarefas organizadas para a aula, para desenvolver um posicionamento de autonomia, fortalecendo a auto-estima;

mostrar a inter-relação da geografia e as demais disciplinas curriculares, procurando assim desenvolver a interdisciplinaridade.

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os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade; utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.

Fazer uso de aulas de campo, planejadas e contextualizadas, buscando sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação professor/aluno e garantindo uma maior compreensão do tema abordado. Visando a formação de futuros pesquisadores, construir e desenvolver atividades que busquem estimular e analisar os conteúdos específicos. Fazer uso de recursos audiovisuais como: filmes, trechos de filmes, programas de reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações...), auxiliando o trabalho com a formação de conceitos geográficos, estimulando a pesquisa e análise crítica dos mesmos.

Durante o desenvolvimento histórico da Sociedade brasileira, houve sempre a necessidade de incorporar novos espaços ao processo produtivo e dentro destas perspectivas propõe-se os estudos referentes aos conhecimentos geográficos a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, ressaltando a contribuição dos africanos e afro-descendentes na constituição da nação brasileira, rompendo com algumas visões equivocadas sobre o negro e o continente africano, valorizando e respeitando o pluriculturalismo na sociedade atual.

Os temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e à Diversidade serão abordados em todas as séries de acordo com os conteúdos programados para esta disciplina. 4. AVALIAÇÃO É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito. Ela deve ter como prioridade a qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Desta forma em nossa Escola, a avaliação será diagnóstica, formativa e processual e contemplará diferentes instrumentos avaliativos, tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo, leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos, relatórios de experiências práticas, construção de maquetes, produção de mapas, entre outros. Serão observados na avaliação, a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais. Esses critérios de avaliação serão discutidos com a classe, explicitando claramente para que os educandos saibam o que se espera deles, com que frequência e em que momentos. Quando não atingidos os objetivos propostos, far-se-á recuperação de estudos que ocorrerá concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n. 9394/96: diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez de 1996. BRASIL. Lei n. 10.639/03: história e cultura afro-brasileira.

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CASTROGIOVANI, A.C. Geografia em Sala de Aula, Prática e Reflexões. Ed. UFRGS, 1998.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia, Escola e Construção do conhecimento. Ed. Papirus, 2005.

LACOSTE, Y. A Geografia - Isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra. Ed. Papirus, 2005.

LAZIER, Hermógenes. Paraná: terra de todas as gentes e de muitas história.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.. Diretrizes curriculares estaduais para o ensino de Geografia. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco

Vários autores - GEOGRAFIA - Curitiba: SEED-PR, 2006

TÉRCIO, Lucia Marina. GEOGRAFIA, São Paulo: Ed. Ática, 2005.

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DISCIPLINA: HISTÓRIA – Ensino Fundamental e Médio 1. APRESENTAÇÃO A História como disciplina no Brasil, surge no século XIX com a história acadêmica iniciada pelo IHGB (Instituto Histórico Geográfico Brasileiro) que serviu de inspiração para a organização da disciplina de História no nível escolar, posta em prática, primeiramente, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, dedicado especialmente naquela época à elite carioca. A História acadêmica produzida no IHGB estava destinada a produzir um ensino cuja questão central era construir uma identidade nacional no momento em que o principal tema em debate era a nação. Essas produções foram elaboradas sob influência da Escola Metódica e do Positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, pela História política, orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela valorização dos heróis. A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental.

Até a década de 1970, o ensino de História era predominantemente tradicional, fosse pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação em fatos políticos, fosse pela abordagem dos conteúdos históricos de forma factual e linear. A prática do professor era marcada pelas aulas expositivas, a partir das quais cabia aos alunos a memorização e repetição do que era ensinado como verdade. A partir de 2003, essa realidade começou a ser alterada, com a elaboração das Diretrizes Curriculares para o Ensino de História da Rede Pública Estadual. A análise histórica dessa disciplina e as novas demandas sociais para esse Ensino possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiram na organização do currículo. Neste contexto, os conteúdos estruturantes são referências para a organização do currículo para o Ensino de História, entendido como saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos, sustentando, desta forma a investigação da história política, socioeconômica e cultural. A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento.

O ensino de História pode contribuir para que o aluno tenha a compreensão do processo de formação de sua identidade e auxiliar na consolidação de sua cidadania. Em outras palavras, identidade e cidadania podem assumir centralidade no ensino de História. A História visa contribuir para a construção do conhecimento e do respeito à própria identidade e à diversidade, conhecer e respeitar o “outro” independente das etnias, religiões, opções sexuais, opções políticas e condições sociais, com o qual convive enquanto coletividade.

Nos últimos anos, o ensino de história tem ganhado novas dimensões, seja pelas novas políticas governamentais na área da educação, seja pelo empenho dos professores. Essas mudanças têm colocado em xeque muitas das proposições sobre as quais se formaram várias gerações de docentes, o que tem obrigado o professor, de forma positiva, a rever suas concepções de história e sua visão do processo de ensino-aprendizagem.

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A função do ensino de Historia deve dar conta de superar os desafios, desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, tida como verdade absoluta, socializando a produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas como este se produz formando um homem político capaz de compreender a realidade onde está inserido e nela interferir. Contribuindo assim, para a formação da identidade política/cidadã do indivíduo, à medida que constrói a capacidade de crítica da própria cidadania a partir do conhecimento de outras estruturas políticas e sociais, de projetos alternativos de sociedade que não se efetivaram e do fato de que os acontecimentos históricos não são naturais nem irreversíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos em relação dialética com seus contextos históricos. O ensino de História pressupõe que o aluno participe ativa e criticamente do processo, tornando-se capaz de compreender os fatos passados de forma que possa entender o presente através de suas raízes históricas, as características da sociedade atual, identificando as relações sociais e econômicas, os regimes políticos, as questões ambientais, comparando-as com as características de outros tempos e lugares. Estabelecendo assim o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da História do cotidiano e da História cultural, identificando no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas ações políticas da atualidade a continuidade de elementos do passado, reforçando o diálogo passado – presente. Valorizando desta forma o patrimônio sociocultural e respeitar as diferenças entre as pessoas, os grupos e os povos, considerando-as um elemento importante da vida democrática, contribuindo para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é um espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias. A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem com as respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

O trabalho com a história local constitui-se como uma possibilidade teórico-metodológica para desenvolver no aluno as habilidades de pesquisa, síntese, compreensão e construção do conhecimento sobre determinada realidade mais próxima, onde o ponto de partida é resgatar o passado, considerando-o conforme Hobsbawm “(...) uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana” (1998: 22). Se necessário faz despertar nos alunos a concepção de que a história regional (História do Paraná) e local não são reflexos fiéis da história nacional, mas que sempre é o resultado de uma interação reciprocamente determinante de forças locais e globais cuja lógica deve primeiro ser compreendida em seus próprios termos e melhor conceituada como o reflexo de uma dialética de articulação entre um sistema local e o contexto em que o mesmo se insere, ou seja, à luz de como as formas internas e as forças externas condicionam-se mutuamente, relacionando o saber histórico, como um campo de pesquisa e de produção do conhecimento, com o saber formal escolar, os programas curriculares e a possibilidade do conhecimento produzido no espaço escolar da comunidade que está inserida e do seu cotidiano.

Durante o desenvolvimento histórico da sociedade brasileira, houve sempre a necessidade de incorporar novos espaços ao processo produtivo e dentro desta perspectivas propõe-se o estudos de aspectos referentes à História e Cultura Afro-brasileira e Africana ressaltando a contribuição dos africanos e afro-descendentes na constituição da nação brasileira, rompendo com algumas visões equivocadas sobre o

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negro e continente africano, valorizando e respeitando o pluriculturalismo na sociedade atual. Outro aspecto da Diversidade a ser trabalhado de acordo com os conteúdos apresentados, é a temática relacionada aos povos do campo, uma vez que a nossa escola está situada na zona urbana, mas atende alunos que vivem no campo. Os desafios educacionais contemporâneos também serão abordados dentro do currículo, permeando os conteúdos da disciplina.

2. CONTÉUDOS ESTRUTURANTES – Ensino Fundamental e Médio 2.1. Relações de trabalho 2.2. Relações de poder 2.4. Relações culturais 3. Conteúdos básicos – Ensino Fundamental 5ª série/6º ano -A experiência humana no tempo; -Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; -As culturas locais e a cultura comum. 6ª série/7º ano -As relações de propriedade; -A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; -As relações entre o campo e a cidade; -Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade. 7ª série/8º ano -Historia das relações da humanidade com o trabalho; -O trabalho e a vida em sociedade; -O trabalho e as contradições da modernidade; -aos trabalhadores e as conquistas de direito. 8ª série/9º ano -A constituição das contribuições sociais; -A formação do estado; -Sujeitos, guerras e revoluções. 4. Conteúdos básicos- Ensino Médio -Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre; -Tema 2: Urbanização e Industrialização; -Tema 3: O Estado E as Relações de Poder -Tema 4: Os Sujeitos, as Revoltas e as guerras. -Tema 5: Movimentos Sociais, Políticos e Culturais, as Guerras e as Revoluções: -Tema 6: Cultura e Religiosidade. 5. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Ao realizar o seu trabalho o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles, retomar constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, como este é produzido a partir do trabalho de um

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pesquisador (que utiliza um método de pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações em documentos produzidos sobre seu objeto de pesquisa). Considerando que, em seu trabalho, o historiador tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, o que nos remete a diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico. Diante disso estabelece-se a necessidade da utilização de bibliografias e fontes documentais diversas, entre elas filmes, fotografias, textos, documentários e outros. A problematização da produção do conhecimento histórico deve preceder a apresentação do conteúdo que se pretende trabalhar. Os alunos deverão ser orientados para a elaboração de trabalhos individuais e coletivos: pesquisas, produção de textos, murais, quadros cronológicos, desenhos, maquetes, charges, palestras, diários e outros. Atividades como: visitas, palestras, gincanas, mostra cultural, exposição de trabalhos, jogos educativos poderão complementar o trabalho do professor. Para complementar e enriquecer o currículo da disciplina de história, de acordo com o Projeto Político Pedagógico e em conformidade com as Diretrizes Curriculares Estaduais, o Programa Viva Escola com o tema História e Memória está sendo desenvolvido com o objetivo de desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa, orientando-o para ser um pesquisador. 5. AVALIAÇÃO:

De acordo com Luckesi (2002), a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem.

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem será contínua, diagnóstica, processual e formativa, realizando a recuperação concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, oferecendo ao aluno oportunidade para superar as dificuldades demonstradas durante o processo. A avaliação realizar-se-á por meio de diversos instrumentos, tais como: produção individual e coletiva, provas objetivas e subjetivas, participação nas atividades, debates em sala de aula, relatórios, entre outros. É importante que o professor adote os instrumentos que julgar mais adequados à sua proposta e às características de seus alunos e que estejam de acordo com os critérios estabelecidos para cada conteúdo.

Ao longo do Ensino Fundamental, o aluno deverá entender que as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais articulam e constituem o processo histórico.

A avaliação do ensino de História levará em conta alguns aspectos importantes: - a apropriação de conceitos históricos;- a compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos estruturantes); - o aprendizado dos conteúdos específicos. Sendo que esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis.

Será efetivada a recuperação de conteúdos concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, oferecendo aos alunos oportunidades para superar as dificuldades demonstradas. Diante das dificuldades observadas, professor e alunos discutirão e colocarão em prática novos métodos de ensino-aprendizagem e

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avaliação, sempre em consonância com as Diretrizes Curriculares de História e o Projeto Político Pedagógico da escola.

Deseja-se que ao final do trabalho na disciplina de História, que os alunos sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de modo a se fazerem também sujeitos da própria História.

5. REFERÊNCIAS: ALVES, Kátia Corrêa Peixoto, Diálogos com a história, Positivo, Curitiba, Paraná, 2004. BRASIL. Lei n. 9394/96: diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez de 1996. BRASIL. Lei n. 10.639/03: história e cultura afro-brasileira.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira e africana. Brasília. CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Campinas: Campus, 1997. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2005. GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987. HOBSBAWN, Eric J. Sobre história. São Paulo: Cia das Letras, 2000. LE GOFF, Jacques. História e Memória. 5ª Ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. MARQUES, Adhemar. História: coleção pelos caminhos da História. Curitiba: Positivo, 2005. MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004. MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá. História, Editora Moderna, São Paulo, 2006 MONTELLATO, Cabrini; Catelli. História Temática, Scipione, São Paulo, 2001.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.. Diretrizes curriculares estaduais para o ensino de História. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação. PARANÁ. Lei 13.381/01: História do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134, 2001.

PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino, História e Vida Integrada, Editora Ática, São Paulo, 2007. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Professora Leonidia Pacheco Ensino Fundamental e Médio.. RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2006. SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo, Editora Nova Geração, 2001. VICENTINO, Viver a História, Editora Scipione, São Paulo, São Paulo

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DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – Ensino Fundamental e Médio 1. APRESENTAÇÃO

A língua portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar o currículo escolar brasileiro somente nas últimas décadas do século XIX, depois de muito organizado o sistema de ensino. Levando-se em conta o tempo decorrido desde a chegada ao Brasil, dos primeiros conquistadores europeus, podem-se tomar os cento e poucos anos da disciplina e os quase oitenta de preocupação com a formação dos professores como fatos recentes. Acrescenta-se a isso que a formação da nação brasileira deve à língua muito da sua identidade. A língua deve estar situada no emaranhado das relações humanas nas quais o aluno está mergulhado. Não há língua divorciada do contexto social vivido. Delineia-se a certeza de que atualmente, o ensino de língua não pode deixar de levar em conta um tripé necessariamente inter-relacionado, que implica o desenvolvimento, nos alunos, das competências comunicativas. Isso equivale a dizer que ensinar Língua Portuguesa, é abrir espaço para que os estudantes possam exercitar e ampliar sua capacidade de comunicação oral e escrita nas mais diversas situações sociais; é levá-los à compreensão de que,como usuários de sua língua materna, devem conhecer e explorar mecanismos geradores de sentido e expressão; é mostrar que eles podem entender e criar textos das mais diversas naturezas, desde que desenvolvam capacidades específicas, voltadas para a leitura e a produção de textos. Através dos saberes escolares o educando será formador e transformador da sociedade em que está inserido. Para isso terá que desenvolver os seguintes objetivos: -Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos. -Desenvolver o uso da língua escrita em situações realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção / leitura; -Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvido, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização. -Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita. Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, objeto de estudo da disciplina é a Língua e os conteúdos estruturantes, portanto, é o discurso como prática social. Discurso este que não pode ser encarado como mera mensagem ou um simples esquema. O discurso é muito mais; é efeito de sentidos entre interlocutores, tem sua gênese sempre numa atitude responsiva aos outros textos.

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2.Conteúdos – Ensino Fundamental e Médio Conteúdo Estruturante – Discurso com prática social Conteúdos Básicos: Leitura -Conteúdos temático; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Intencionalidade; -Argumentos do texto; -Discurso direto e indireto; -Contexto de produção; -Intertextualidade; -Vozes sociais presentes no texto; -Discurso ideológicos presente no texto; -Elementos composicionais de gênero; -Contexto de produção da obra literária; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos; -Progressão referencial; -Partículas conectivas do texto; -Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; -Semântica:

operadores argumentativos;

modalizadores;

figuras de linguagem;

ambiguidade;

sentido figurado;

expressões que denotam aronia e humor no texto;

polissemia;

Escrita -Conteúdos temático; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Intencionalidade do texto; -Informatividade; -Argumentos do texto; -Contexto de produção; -Intertextualidade; -Vozes sociais presentes no texto; -Discurso ideológicos presente no texto; -Elementos composicionais de gênero; -Contexto de produção da obra literária; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos; -Vícios de linguagem; -Sintaxe e concordância; -Sintaxe de regência. Oralidade -Conteúdo temático; -Finalidade;

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-Intencionalidade; -Argumentos; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,repetição; -Diferenças entre o discurso oral e o escrito.

Observação: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Os conteúdos serão trabalhados em grau de profundidade de acordo com o conhecimento do aluno, adequados a cada uma das séries. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

No processo de aquisição da língua materna não se aprende obedecendo a uma escala de valores que parte do mais simples ao mais elaborado. A aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura abarcar todos os mecanismos envolvidos no processo de interação. Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório linguístico que precisa ser considerada na busca da ampliação de sua competência comunicativa, para isso precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar, ouvir para depois produzir a escrita, como essas:

Apresentação de temas variados: história de família, da comunidade, um filme, um livro etc;

Depoimento sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio;

Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites etc;

Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as modalidades oral e escrita;

Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática; debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;

Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos,etc;

Quanto à leitura precisa ser vista, na escola como uma prática consistente do leitor perante a realidade, sabemos que o texto fornece várias informações, conhecimento, opiniões que uma vez socializados pela turma, favorecem a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido, assim, é importante que se faça uma leitura vista em função de uma

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concepção interacionista de linguagem, segundo a qual busca-se formar leitores no âmbito escolar. Algumas estratégias podem favorecer, na escola, o envolvimento com a leitura, como:

Cercar os alunos de livros que possam ser folheados, selecionados e levados para casa;

Proporcionar para a leitura um ambiente agradável;

Organizar exposição de livros;

Ler trechos de obras e expô-los em cartazes;

Produzir, com os alunos, um quadro de avisos sobre o prazer de ler, ilustrado com seus temas preferidos;

Leitura oral, desde poemas até histórias prediletas;

O professor pode comentar com os alunos o que está lendo e vice-versa.

Produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos;

Discutir, antes as leituras, o título e as ilustrações das histórias;

Encontrar músicas apropriadas para o momento da leitura;

Criar momentos em que o aluno exponha suas ideias, opiniões e experiência de leitura;

Outro aspecto fundamental a ser considerado dentro das estratégias de leitura é possibilitar ao aluno a “percepção e reconhecimento - mesmo que inconscientemente dos elementos de linguagem que o texto manipula”.

Ações que propiciem o contato com a cultura africana e afrodescendente, culminante em desfiles, mostras de teatro e dança, por meio dos quais sejam apresentados penteados, vestimentas, adereços, utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo.

Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira.

Organizar uma pesquisa dos diferentes dialetos introduzidos na nossa comunidade para incluir as questões regionais e locais da língua dentro da disciplina.

Na análise linguística, quanto mais variado for o contato do aluno com

diferentes tipos e gêneros textuais, mais fáceis serão assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão. Vale lembrar que um texto se faz a partir de elementos como organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção do texto, de análise coletivo de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros, que circulam no contexto escolar e extraescolar. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântico permite ao professor a exploração das categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência linguística do estudante em situações específicas, e não a língua ideal. A norma real, aquela usada socialmente, mesmo se tratando da norma padrão ou norma culta, aprende-se, no ponto de partida, lendo e escrevendo, e não a partir de conceitos. Durante a produção de textos, o estudante aumenta seu universo referencial e aprimora sua competência de escrita. Ao analisar seu texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a necessária autonomia para avaliá-lo e ao universo de textos que o cercam. Na experiência com a escrita, o aluno apreende as exigências dessa

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manifestação linguística, o sistema de organização próprio da escrita, diferente da oralidade, da organização da fala. No Ensino Fundamental, torna-se relevante que as aulas de literatura não sejam meramente a escolha de uma prática de leitura ou que o texto literário sirva como pretexto para outras questões de ensino, que não a literatura como instituição autônoma, auto_ referencial. A literatura tem como desafio, portanto, compartilhar a experiência da interação entre a obra e o leitor, como sujeito ativo capaz de refletir sobre o que leu, emitir juízos e, principalmente, ampliar seus horizontes de expectativa em relação à obra lida. Assim concebida a leitura da obra literária, propõe-se que se pense o ensino da literatura a partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção. Sugere-se que o professor privilegie, num primeiro momento, a leitura_ fruição do texto literário como meio de desenvolver o gosto e o hábito pela leitura e, na medida que o aluno amplie seu repertório de conhecimento de obras, o professor lhes incentive a capacidade crítica sobre as leituras feitas a partir da socialização destas em sala de aula. 4. AVALIAÇÃO A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. A aprendizagem de todos os alunos possuem ritmos e processos diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades do aluno, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo e informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Faz com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de aprendizagem. A oralidade é avaliada em função da adequação do discurso/texto de diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral, assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado. Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitem avaliar as estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Quanto a escrita, o professor precisa ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios e parâmetros de avaliação devem estar bem claras para o professor e definidos para o aluno, que precisa estar inserido em contextos reais de interação comunicativa. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio.

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Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez entendidos, os alunos utilizam em outras operações linguísticas (de reestruturação do texto, inclusive). É utilizado a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliadas continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente, chegam à almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento. A avaliação é parte integrante do processo ensino/aprendizagem, por isso o professor deve usar a observação diária e diversos instrumentos avaliativos como: questões abertas, debates, discussões, produções textuais, relatórios, encenações, pesquisas bibliográficas e na internet e outros, selecionados de acordo com os objetivos propostos para cada conteúdo, considerando sempre as dificuldades apresentadas pelo aluno e possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

5. REFERÊNCIAS ANTUNES, I. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

AGUIAR. V.I. de; B.,M. da G. Literatura: a formação do leitor – alternativas metodologias. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.. Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação Básica. Lingua Portuguesa. Curitiba: SEED/DEB,2008.

PEVOVAR, A. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba, 1999. Dissertação. (mestrado, UFPR).

PÉCORA , A. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco.

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DISCIPLINA: MATEMÁTICA – Ensino Fundamental e Médio

1. APRESENTAÇÃO

No decorrer da História da humanidade , a opção do homem em desenvolver-

se, defendendo-se dos obstáculos e transpondo-os, fez com que houvesse uma

preocupação com o conhecimento de tal modo que se viu obrigado a sistematizá-lo

para uma melhor compreensão e utilização.

Nesse contexto é importante entender a História da matemática, não só como

prática escolar, mas também a influência dessa disciplina como ciência para o

desenvolvimento da humanidade. A História da matemática revela que os povos das

antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos

matemáticos que vieram compor a matemática que se conhece hoje, contudo como

ciência a matemática emergiu somente mais tarde, onde foram registrados regras,

princípios lógicos e exatidão de resultados.

As primeiras propostas de ensino da matemática baseadas em práticas

pedagógicas ocorreram no século V a.c , com o objetivo de formar o homem

político,que deveria ter o domínio sobre tudo e todos, para tanto foi introduzida uma

educação com caráter intelectual e valor científico.

Após séculos, diante de transformações ocorridas pelo mundo, muitos

avanços e descobertas foram registrados no campo da matemática e muitas

propostas de ensino foram desenvolvidas. No Brasil, somente no meado do século

XVI, a matemática foi introduzida como disciplina, entretanto o ensino dos conteúdos

não alcançou destaque nas práticas pedagógicas. Contudo a matemática a partir

desta data desempenhou papel fundamental e demarcava os programas de ensino

das épocas, por ser a ciências que daria a base do conhecimento para solucionar os

problemas de ordem prática, necessários para o crescimento e desenvolvimento da

sociedade.

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A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitem

ao aluno atribuir sentido e construir significado as idéias matemáticas de modo a

tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.

Dessa maneira o ensino da matemática é indispensável e, sem o qual não há

desenvolvimento, pois permeia todas as demais ciências dando o suporte necessário

às transformações em todas as áreas do conhecimento que está submetida a

humanidade em uma busca incessante de uma qualidade de vida.

E, em função do desenvolvimento das tecnologias, nas preocupações sociais

e ambientais, características contemporâneas marcantes no processo do

desenvolvimento da sociedade, exige-se pessoas criativas, capazes, autônomas e

com disposição para entender o processo de desenvolvimento como um todo e

resolver individualmente e coletivamente os problemas da atualidade, ocupando para

tanto diferentes tecnologias e linguagem que vão além da comunicação oral e

escrita.

Cabe à educação matemática propiciar ao estudante a construção do seu

conhecimento, visando o desenvolvimento de valores e atitudes às quais contribuirão

para sua formação integral, o que dará ao mesmo condições de fazer uma análise

crítica sobre as questões sociais, políticas e econômicas e, com suporte para

desenvolver técnicas e estratégias a serem aplicadas também em outras áreas do

conhecimento e, para tanto o ensino da matemática deve propiciar ao aluno o

domínio das formas espaciais e quantidades, devendo o mesmo ser capaz de

generalizar, contar, constatar formas e grandezas e apropriar-se de linguagem

adequada.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem

das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter

científico da disciplina e de seu conteúdo.

Entretanto, é necessário que o processo pedagógico em matemática contribua

para que o estudante tenhas condições de constatar regularidades, generalizações e

apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

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2. CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série/6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANRES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

2. Sistema de numeração; 3. Números naturais; 4. Múltiplos e divisores; 5. Potenciação e radiciação; 6. Números fracionários.

7. Números Decimais.

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema monetário.

Geometrias Geometria plana;

Geometria espacial.

Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

6ª série/7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e inequação de 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Grandezas e Medidas Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

Geometrias

Geometria plana; Geometria espacial;

Geometrias não-euclidianas.

Pesquisa estatística;

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Tratamento da Informação Média aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

7ª série/8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

- Números racionais e irracionais; - Sistemas de equações do 1º grau; - Potências; - Monômios e polinômios; - Produtos notáveis.

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos;

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da Informação Gráfico e informação;

População e amostra.

8ª série/9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

3. Números reais; 4. Propriedade dos radicais; 5. Equações do 2º grau; 6. Teorema de Pitágoras; 7. Equações irracionais; 8. Equações biquadradas;

9. Regras de três compostas.

Grandezas e Medidas Relações métricas no triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo.

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Funções Noção intuitiva de Função Afim;

Noção intuitiva de Função quadrática.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da Informação

- Noções de Análise combinatória; - Noções de Probabilidade - Estatística;

- Juros Compostos.

3. CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e Álgebra

Números Reais; Números Complexos; Sistemas Lineares; Matrizes e Determinantes; Polinômios;

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

Grandezas e Medidas

- Medidas de Área; - Medidas de Volume; - Medidas de grandezas Vetoriais; - Medidas de Informática; - Medidas de Energia;

- Trigonometria.

Funções

2. Função Afim; 3. Função Quadrática; 4. Função Polinomial; 5. Função Exponencial; 6. Função Logarítmica; 7. Função Trigonométrica; 8. Função Modular; 9. Progressão Aritmética;

10. Progressão Geométrica.

Geometrias Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

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Tratamento da Informação

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Estudo das Probabilidades;

Estatística;

Matemática Financeira.

4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A proposta metodológica desta disciplina, orienta-se por uma prática

pedagógica, que leve a integração das tendências metodológicas que compõem o

campo de estudo da educação matemática (resolução de problemas, modelagem

matemática, mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática e

investigação matemática), as quais têm grau de importância similar entre si e

complementam-se uma as outras.

Desta forma, o professor selecionará os conteúdos a serem ensinados,

organizando o trabalho docente tendo como referências: o tempo para o trabalho

pedagógico, o Projeto Político Pedagógico do colégio, a análise crítica dos livros

didáticos e paradidáticos da área de matemática.

Nessa escola o professor promoverá a articulação das diferentes tendências

metodológicas, tornando mais eficaz o processo de ensinar e aprender matemática,

sempre com vistas a apropriação do conhecimento pelo aluno de modo significativo.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a

interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo

trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Nessa escola, o professor considerará as noções que o estudante trouxer,

decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos

abordados nas aulas de matemática.

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Sendo assim, o professor é o responsável pelo processo de ensino e de

aprendizagem e precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais

de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de

aprendizagem.

Quanto aos instrumentos avaliativos serão adotado: provas (não

classificatórias), pesquisa bibliográfica, seminários, pesquisa de campo, trabalho em

grupo, construção de tabelas e gráficos, criação de jogos, pesquisa em grupos, que

irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte para verificar a

necessidade de uma nova metodologia.

A recuperação será efetivada em todo momento que se fizer necessário,

objetivando assegurar a aquisição dos conteúdos. Pode ser tratada como um

processo de retomada dos conteúdos trabalhados, devendo ser oportunizada para

todos os alunos de forma a permitir que eles tenham oportunidades de se aprimorar

ou sanar suas dificuldades.

6. REFERÊNCIAS

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989.

D'AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da

Matemática. In: Bicudo, M. V; Borba, M. Educação Matemática: pesquisa em

movimento. São Paulo: Scipione, 1988.

DUARTE, N. O Compromisso Político do Educador no Ensino da Matemática: In

DUARTE. OLIVEIRA, B. Socialização do Saber Escolar. São Paulo, Cortez, 1987.

LONGEN. Adilson, Matemática Ensino Médio. 1º, 2º e 3º série. Curitiba: Positivo,

2004.

MACHADO, N. Matemática e Realidade: análise dos pressupostos filosóficos

que fundamentam o ensino da matemática: São Paulo, Cortez, 1994.

PARANÁ – Secretaria do Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares da

Rede Pública de Educação Básica do Estado Paraná- Matemática, Curitiba.

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PARANÁ - Secretaria de Estado de Educação. Livro Didático Público. Matemática

Ensino Medio/Vários autores – Curitiba: SEED – PR, 2006.

PROJETO ARARIBÁ: Matemática Ensino Fundamental/Obra coletiva, concebida,

desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Juliane

Matsubara Barroso. - 1ª edição – São Paulo: Moderna, 2006.

Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Leonídia Pacheco – Ensino

Fundamental e Médio – 2008.

SACRISTÁN, J.G. O Currículo: Uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre,

ArMed, 2000.

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DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

Ensino Fundamental e Médio

1. APRESENTAÇÃO

A globalização, ocorrida em todos os setores, transformou o mundo, mergulhando-o em um período denominado de era da comunicação. Este fenômeno provocou e tem provocado amplas discussões em torno da importância, do respeito e do aprendizado de todas as formas de comunicação, interação e relacionamento, quais sejam: verbais, não-verbais, digitais, virtuais em âmbito pessoal ou coletivo.

Para que o ensino de uma Língua Estrangeira esteja em absoluta consonância com as demandas atuais é preciso ir um pouco além da visão do ensino de uma LE, não somente com a finalidade comunicativa, que apesar de ser de suma importância, não esgota totalmente seus objetivos que são: demonstrar e debater a diversidade linguística e cultural, fazendo com que o educando se engaja discursivamente no mundo atual e utilize a LE para a produção de sentidos nas vertentes: língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade. Diante desta realidade e tendo-se em mente a trajetória histórica da Língua Inglesa enquanto conteúdo escolar, transcorrida em grau crescente de importância, esta proposta apresenta o ensino de uma segunda língua como fundamental e indispensável instrumento de comunicação enquanto propicia um enriquecimento cultural mais elevado; uma ampliação da leitura de mundo do indivíduo; uma valorização da sua identidade local, já que posta em confronto com o outro, que também tem uma realidade a ser respeitada. O sujeito percebe-se como integrante da sociedade e participante ativo do mundo através da produção de significados que ocorrem a partir do fato de ser um cidadão do mundo, que tem uma cultura a qual merece respeito, apropriando-se de elementos de uma outra cultura o indivíduo respeite ainda mais a sua própria. Ou seja, é colocar na prática o conceito de “quem olha o outro sujeito se olha também”. O conhecimento da Língua Inglesa é um importante saber escolar, pois amplia a diversidade cultural que é constatada, vivenciada e problematizada, ou seja, o aprendizado de uma Língua Estrangeira proporciona uma maior consciência sobre a potencialidade desses conhecimentos na interação humana. Sendo assim, o ensino da LEM auxilia a construção da identidade do aluno e oportuniza o desenvolvimento da consciência sobre o papel das línguas na sociedade brasileira e no panorama internacional.. O ensino da Língua Estrangeira está relacionado à inclusão social e ao desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, daí decorrendo o reconhecimento da diversidade cultural e do processo de construção de identidades transformadoras. Um dos objetivos da disciplina de LEM é fazer com que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas e relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas. Desse modo, propicia-se a inclusão social do aluno em uma sociedade reconhecidamente diversa e complexa.. Ao ser exposto às diversas manifestações de uma LEM e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à Língua Materna, alargando e expandindo os horizontes e as capacidades interpretativa e cognitiva.

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Através desse trabalho espera-se que o aluno seja capaz de usar a Língua em situações de comunicação oral e escrita, observando as semelhanças e diferenças entre a LEM e a sua Língua Materna. Além de levá-lo a compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e que, portanto, sofrem um processo de transformação na prática social.

3. CONTEÚDOS - Ensino Fundamental e Médio

Leitura -Identificação do tema; -Intertextualidade; -Intencionalidade; -Léxico; -Coesão e coerência; -Funções das classes gramaticais no texto; -Elementos semânticos; -Discurso direto e indireto; -Emprego do sentido conotativo e denotativo; -Recursos estilísticos (figuras de linguagens); -Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); -Variedade linguística; -Acentuação gráfica; -Ortografia.

Escrita -Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Intencionalidade do texto; -Intertextualidade; -Condições de produção; -Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); -Vozes sociais presentes no texto; -Emprego do sentido conotativo e denotativo; -Léxico; -Discurso direto e indireto; -Coesão e coerência; -Funções das classes gramaticais no texto; -Elementos semânticos; -Recursos estilísticos (figuras de linguagem); -Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); -Variedade linguística; -Ortografia; -Acentuação gráfica.

Oralidade -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; -Adequação do discurso ao gênero;

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-Turnos de fala; -Vozes sociais presentes no texto; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; -Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; -Adequação da fala ao contexto; -Pronuncia.

4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo de uma segunda língua deve possibilitar ao aluno a compreensão de sua própria língua. Este processo se faz através de sucessivos confrontos que se dão durante o encaminhamento do conteúdo em sala de aula.

Como afirma Baktin, cabe ao professor de Língua Estrangeira proporcionar ao aluno uma consciência crítica do papel das línguas na sociedade, o que dar-se-á por meio de um trabalho contínuo e sistemático das práticas de leitura, escrita e oralidade, subsidiados por conhecimentos linguísticos, culturais, sócio-pragmáticos e discursivos. Todo o trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, seja de leitura, escrita ou oralidade, deverá ter como ponto de partida os diversos tipos de gêneros textuais, que deverão ser problematizados e contextualizados, através de atividades significativas e diversificadas, analisando o gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência.

O professor promoverá condições ao aluno para ultrapassar a leitura linear dos textos que se lhe forem apresentados para exercer uma atitude crítica, transformadora enquanto sujeito atento ao ambiente sócio-histórico-ideológico no qual pertence. Nesse sentido se constituem encaminhamentos metodológicos possíveis:

Atividades críticas e problematizadoras através de textos;

Trabalhos com temas e questões emergentes;

Assuntos relevantes na mídia nacional e internacional;

Recursos visuais extraídos de diversas fontes;

Atividades de leitura, escrita e oralidade através de debates, seminários, etc.

5. AVALIAÇÃO De acordo com o que estabelece o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico desta escola a avaliação será contínua, diagnóstica e cumulativa, sendo que os aspectos qualitativos deverão sempre prevalecer sobre os quantitativos. Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna será levado em consideração o engajamento e a participação do aluno, o qual será avaliado não somente através de provas, trabalhos, pesquisas, produção de textos, mas através da observação da sua interação oral, verbal e escrita. O aluno será avaliado tanto individualmente quanto no conjunto da sala de aula durante a realização de atividades de diversas naturezas. Será observado o progresso apresentado na compreensão gradativa da Língua Estrangeira e de sua própria língua. Os instrumentos de avaliação utilizados deverão ser proposto em consonância com os objetivos de cada conteúdo trabalhado e os princípios determinados a partir desta concepção e dos encaminhamentos propostos. Ou seja, o entendimento da Língua Estrangeira através das múltiplas formas de se explorar o discurso e não

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somente através da análise e aplicação de regras gramaticais. Assim, poderão ser utilizados diversos instrumentos avaliativos, entre eles: prova escrita e oral, pesquisa bibliográfica e na internet, interpretação de textos, leitura individual e em grupo, produção textual, seminários, elaboração de murais e paiéis e outros. A avaliação será planejada ao longo do processo de ensino e aprendizagem tendo sempre como parâmetros: o engajamento e a participação dos alunos, as concepções e encaminhamentos metodológicos, as características da disciplina e os objetivos de cada avaliação. Tendo como horizonte os níveis de oralidade, leitura e escrita apresentados por cada um dos alunos. De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola será proporcionado ao aluno a recuperação de estudos, que ocorrerá concomitante ao processo de ensino e aprendizagem sempre que o professor perceber que os conteúdos não foram suficientemente absorvidos.

6. REFERÊNCIAS Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco – Maria Helena (PR). Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED/DEB, 2008. Duarte; Oliveira, B. Socialização do Saber Escolar. São Paulo: Cortez, 1987. Ensino de Língua Inglesa - Reflexões e Experiências. Campinas: Pontes, 2006. Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna do Ensino Médio. Estado do Paraná, 2006. O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira – Estudos e Reflexões. Porto Alegre: Apirs, 2004. O Professor de Língua Estrangeira – Construindo a Profissão – Pelotas: Educat, 2006. O professor de Língua Estrangeira em Formação. Campinas: Pontes, 2005.

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DISCIPLINA: BIOLOGIA – Ensino Médio 1. APRESENTAÇÃO

A disciplina de biologia tem como objeto de estudo o fenômeno da vida. Na construção das diferentes concepções sobre o fenômeno Vida e suas

implicações para o ensino, buscou-se na História da Ciência os contextos-históricos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

Alguns exemplos de concepções históricas da ciência: Na Antiguidade de Aristóteles e Platão fizeram contribuições relevantes a

biologia referente à classificação dos seres vivos. Idade Média – O conhecimento do universo foi associado a Deus e

oficializado pela Igreja Católica que transforma em dogmas, institucionalizando o dogmatismo teocêntrico.

Em (1707 – 1778) Car Von Linne em seu “ Systema Nature ” mantém a visão de mundo estático idêntico em sua essência à criação perfeita do Criador.

No fim do século XVIII, a imutabilidade da Vida é questionada com as evidências de processo evolutivo dos seres vivos.

Com Darwin, a concepção teológica criacionista, que falava das espécies imutáveis desde a sua criação, dá lugar a reorganização temporal do homem.

No século XX, a biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas.

A importância de se estudar Biologia está no fato de que se trata de um tema relacionado com as origens de tudo o que existe no Universo e os caminhos percorridos pelos seres vivos até os dias atuais. Desperta a curiosidade do homem, encontra respostas para muitas questões e proporciona um melhor entendimento sobre a sua própria existência.

É importante também, pois leva o ser humano a refletir sobre a necessidade de garantir sua sobrevivência, respeitando a natureza e entendendo que os benefícios historicamente conquistado pela humanidade deve beneficiar a todos e não apenas a uma pequena minoria.

2. CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Organização dos Seres Vivos

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e

fisiologia.

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Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre seres vivos

e interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

OBS.: Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos, e à Diversidade serão abordados de acordo com os conteúdos programados para esta disciplina em todas as séries.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

É muito importante que os conteúdos tenham sequência e relação, servindo como ponte entre o conhecimento anterior a aquele a ser adquirido, não sendo apenas chegada, mas caminho.

Abordar sempre, o conteúdo de forma significativa para o aluno, incentivando-o a refletir sobre a situação problema que envolve a discussão crítica do tema, despertando no aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas resolutivas para a questão em pauta.

O professor poderá fazer uso de recursos pedagógicos diversos sempre de maneira criteriosa, de modo que eles contribuam para uma leitura crítica e para os recortes necessários dos conteúdos específicos, oportunizando ao aluno a superação do empírico, do senso comum para um saber cientificamente elaborado. Como estratégias de ensino o professor poderá utilizar: imagens de vídeos, transparências, fotos, textos de apoio para demonstração e interpretação, problematizando as situações apresentadas para que o aluno compreenda o que se espera dele.

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Atividades experimentais, aula dialogada, leitura, escrita, pesquisa, estudo do meio, jogos didáticos são práticas que o professor usará em sala de aula, sempre com vistas a favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos e interpretações.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de

modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo. As práticas avaliativas deverão superar as práticas classificatórias e autoritárias, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

A avaliação será diagnóstica, contínua e formativa, utilizando vários instrumentos avaliativos, como atividades supervisionadas em sala, trabalho com práticas e escrito, prova escrita e debate do assunto em questão, afim de incentivar e valorizar o conhecimento já adquirido pelo aluno, proporcionando-lhe condições para o seu avanço no processo de ensino aprendizagem.

Nesta escola, a avaliação será voltada para o aperfeiçoamento e a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Serão utilizados diversos instrumentos avaliativos, tais como: testes escritos, relatórios, trabalhos em grupos, debates, pesquisa bibliográfica, seminários, produção de texto, pesquisa de campo, leitura e interpretação de texto, elaboração de murais e painéis, relatórios de experimentos, dinâmicas em grupo e outros, sempre considerando todo o processo de construção.

A recuperação de estudos ocorrerá de forma concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública da Educação Básica do Paraná. Biologia. Curitiba: 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Biologia. Curitiba: 2007.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco.

2008.

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DISCIPLINA: FILOSOFIA – Ensino Médio

1. APRESENTAÇÃO

Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB nº 38/2006 tornou a filosofia e a sociologia disciplinas obrigatórias no ensino médio, foi homologado pelo MEC, pela resolução nº 04 de 16 de agosto de 2006. No estado do Paraná, foi aprovada a lei nº 15.228, em julho de 2006 tornando a filosofia e a sociologia obrigatórias na matriz curricular do ensino Médio. A filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história. A filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem da literatura da história das ciências e da arte. (Ribeiro 2005). Para Kant não é possível separar a filosofia do filosofar, e para Hegel não possível conhecer o conteúdo da filosofia sem filosofar. Portanto entende-se que o ensino de filosofia pode ser um espaço de estudo da filosofia e do filosofar. O ensino de filosofar é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis, que dão vida ao ensino de filosofia. A filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosofia, espaço de provocação do pensamento original, da busca da copreenção, da imaginação, da investigação da análise e da criação de conceitos. Esperar-se que o aluno possa pensar e argumentar, criticamente e que neste processo cria e recria para si os conceitos filosoficos. A atividade filosofica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto, propiciará entender as estruturas lógicas e argumentativas o cuidado com a precisão dos enunciados com o encadeamento e clareza das idéias e a busca da superação do caráter fragmentário do conhecimento. Deve-se ter clareza que a filosofia pode oferecer os instrumentos para a construção de uma visão de mundo, e homem e de sociedade mais crítica, superando o senso comum, fundamentalmente se ocupando com questões referentes à existência humana no seu espaço, respeitando-se as diferentes etnias, diversidades, religiosas, pluralidade cultural, sexualidade etc.

11. CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

MITO E FILOSOFIA

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e filosofia;

Atualidade e mito;

O que é filosofia?

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

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2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ÉTICA

Ética moral;

Pluralidade cultural;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a

necessidade das normas.

FILOSOFIA POLÍTICA

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepções da ciências;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ética.

ESTÉTICA

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo,

sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc;

Estética e sociedade.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

- Trabalhar com conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos específicos em quatro momentos: a mobilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.

- Começar pela exibição de um filme ou de uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do aluno e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

- Mobilizar para o conhecimento constitui o trabalho propriamente filosófico (recorrendo à história da Filosofia e aos clássicos), a problematização, a investigação, a criação de conceitos.

- Dialogar com a vida, com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea remetendo o estudante a sua própria realidade.

- Formular conceitos, construir um discurso filosófico e fazer entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, entender os problemas de nossa sociedade.

- Ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo e socializar-se para discussão.

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- Executar atividades individuais e coletivas no sentido de que organiza e oriente o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

- Promover debates, leituras de textos, produção de textos... - Trabalhar os conteúdos a partir de problemas significativos para os alunos

sem cair na superficialidade. 4. AVALIAÇÃO

- Avaliar como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos sem determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

- Avaliar de forma diagnóstica com a função de subsidiar, redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade de toda a construção coletiva.

- Avaliar não apenas no sentido de perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele problema.

- Avaliar tendo um profundo respeito pelas posições do aluno, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em jogo é a capacidade dele de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

- Levar em conta no processo de avaliação a atividade de criar conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os proncípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

- Avaliar desde o momento de sensibilização, coletando o que o aluno pensava antes e o que pensa após o estudo.

- Avaliar como um processo que se dá no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.

5. REFERÊNCIAS ARANTES, Paulo. Filosofia e seu Ensino. 2ª ed., Vozes, educ. editora da PUC-SP, 1996.

CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 2ª ed., ampl., editora Ática, São Paulo, 2002.CHAUÍ, M., Convite à Filosofia. 14ª ed., São Paulo: Ática, 2006.

COTRIM, G., Fundamentos da Filosofia. Ser, Saber, Fazer. 12ª ed., São Paulo: Saraiva, 1996.

_______, Filosofia (História e Grandes Temas). 15ª ed., 2ª tiragem, editora Saraiva, São Paulo, 1996.

DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O que é Filosofia? Ed. 34, 2005.

PORTA, Mário Ariel G. A Filosofai a partir de seus problemas. SP: Brasil, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública da Educação Básica do Paraná. Filosofia. Curitiba: 2007.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: 2007.

KONDER, Leandro – O futuro da Filosofia da práxis: o pensamento de Marx no século XXI – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

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DISCIPLINA: FÍSICA – Ensino Médio

1. APRESENTAÇÃO Desde os tempos remotos, a humanidade observa a natureza na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas no céu. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos. Contudo, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d.C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a.C.). As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com o que se conhece sobre ele, exigindo novos conhecimentos físicos. Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo da Física e que completam o quadro desta ciência no final do século XIX:

a mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton;

a termodinâmica, eleborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius, Kelvin e outros;

o eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwel a partir de trabalhos de homens como Ampére e Faraday.

Esse conjunto teórico e a visão de mundo deles decorrente, ficaram conhecidos como Física Clássica. Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX. Em 1905, Einstein apresentou a teorias da relatividade especial, alterando os fundamentos da mecânica. Os novos fatos científicos do século XX obrigaram os físicos a refletirem sobre o próprio conceito de ciência, sobre os critérios de verdade e validade dos modelos científicos, entretanto, o mesmo não ocorreu com o ensino de Física no Brasil, que não sofreu grandes alterações até meados da década de 1940. Ela havia sido introduzida no currículo da escola secundária em 1808, com a chegada da família Real ao Brasil. Destinava-se inicialmente aos cursos de formação de engenheiros e médicos. A partir de 1837, com a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, foi adotada uma Física matematizada, quantitativa, ensinada por meio dos manuais franceses, com ênfase na transmissão de conteúdos relacionados aos problemas europeus, distante da realidade brasileira. Na década de 1960, o ensino da Física é influenciado pelo modelo americano, inadequado à realidade educacional brasileira. Este modelo perdurou até a década de 1970. Nos anos de 1980, o Grupo de Reelaboração do Ensino da Física, integrado por professores da Rede Estadual de São Paulo, coordenado pelo Instituto de Física da USP, elaborou uma proposta de ensino, onde os conteúdos deveria partir da vivência de professores e alunos. Este grupo denominado Gref, produziu materiais destinados aos professores e aos alunos. No Paraná, e em todo o país, no início dos anos de 1980 com o fim da ditadura militar, inicia-se um movimento em prol das classes populares, inclusive no campo educacional. No Paraná, fundamentados na pedagogia histórico-crítica, de

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Demerval Saviani, foram elaborados o Currículo Básico e os documentos de Reestruturação do ensino de 2º Grau. Publicada em 1993, essa proposta de reestruturação do ensino, inclusive da Física, buscava propiciar ao aluno uma sólida educação geral voltada à compreensão crítica da sociedade para enfrentar e atuar sobre elas, condição improvável sem a aquisição do conhecimento científico. Na década de 1990, esse processo foi interrompido e as demandas educacionais passaram a ser orientadas por documentos oriundos de organismos financeiros internacionais. Neste período é promulgada a LDBEN 9394/96 e os PCN. No entanto, no Paraná a partir de 2003, inicia-se uma mobilização coletiva para elaboração de novas diretrizes curriculares estaduais. Voltada para o conhecimento científico, estas diretrizes propõe o ensino da Física centrado em conteúdos e metodologias que favoreçam reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade cientifica. É preciso ensinar Física útil para o aluno para que o mesmo possa perceber o significado no momento em que aprende a relaciona com o seu cotidiano, tornando-se um instrumento necessário para a compreensão deste mundo, como conhecimento indispensável ä formação da cidadania. Entende-se então, que a Física deve educar para a cidadania contribuindo para desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.

2. CONTEÚDOS Os conteúdos estruturantes: MOVIMENTO, TERMODINÂMICA, ELETROMAGNETISMO que serão desmembrados em conteúdos pontuais, serão organizados de forma a garantir os objetos de estudos da disciplina em toda a sua complexidade: o universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem para além de uma equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento cientifico é uma construção humana com significado histórico e social. Movimento:

Quantidade de movimento e inércia, o papel da massa; A conservação do momentum; Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – ideia de

força: Conceitos de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton; Potência; Movimentos retilíneos e curvilíneos; Gravitação universal; A energia e o principio da conserva;ao da energia; Sistema oscilatório: movimento periódicos oscilações num sistema massa

mola, ondulatória e acústica;

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Movimento dos fluidos: propriedades físicas da matéria, estado de agregação, viscosidade dos fluidos, comportamento de superfícies e interfaces, estruturas dos materiais;

As interações mecânicas; Introdução a sistemas caóticos.

Termodinâmica:

Temperatura e calor;

Leis da Termodinâmicas:

Lei zero da termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades termométricas, medidas de temperatura;

1ª Lei da Termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia;

2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, a ideia da entropia, processos irreversíveis /reversíveis;

3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto;

As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica Estatística. A quantização da Energia no contexto da termodinâmica.

Eletromagnetismo:

Conceitos de cargas elétricas e pólos magnéticos;

As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Lei de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Ampere e Lei Lenz;

Campos elétrico e magnético, as linhas de campo;

Força elétrica e magnética, Força de Lorentz;

Circuitos elétricos e magnéticos:elementos do circuito, fontes de energia num circuito;

As ondas eletromagnética: a luz como uma onda eletromagnética;

Propriedades da luz como uma onda e como partícula: a dualidade onda-particula;

Óptica Física e Geométrica. A dualidade da matéria;

As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria. 3. METODOLOGIA

Partir do conhecimento prévio trazido pelos alunos;

Considerar a história interna e externa da Física;

A Historia que mostre a não neutralidade da produção cientifica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dessa ciência;

Os modelos matemáticos como construção humana;

A experimentação como uma metodologia de ensino que pede contribuir para fazer a ligação entre teoria e prática.

A importância de considerar a Filosofia da ciência no ensino da Física;

Considerar a física como um campo disciplinar de conhecimento;

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O contemporâneo deve ser pensado como a abordagem atual de um conteúdo;

Esse campo disciplinar mantém relações com outras disciplinas. Os conceitos de outras disciplinas devem ser utilizados para o melhor entendimento do conhecimento físico ou, o contrario;

Para enriquecimento de ensino a Física deverá ser trabalhada em conjunto, ou seja, fazer acontecer entre professor/aluno e aluno/aluno a troca de experiência como aula expositiva, dinâmicas de grupos, estudos de textos complementares relacionados aos conteúdos trabalhados, vídeos que mostrem a evolução tanto científica como tecnológica do mundo que nos rodeia, práticas laboratoriais e pesquisas diversas e não deixando de lado a leitura científica, o uso do DVD, internet, datashow, retoprojetor e demais recursos tecnológicos para que o estudante mergulhe cada dia mais neste vasto universo de conhecimento.

2. AVALIAÇÃO

Considerar a apropriação dos objetivos de estudos da Física;

Considerar o progresso dos alunos quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais;

Buscar uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas encontrar subsídios para o professor intervir;

Os alunos deverão ser avaliados continuamente;

Faz-se necessário uma avaliação diagnóstica e formativa, utilizando os seguintes instrumentos: - observação direta quanto a resolução e participação das atividades em sala de aula, bem como das mudanças de atitude após aquisição de novos conhecimentos; - formulação, resolução e apresentação de situação problema; - apresentação de relatório de pesquisa e experimentos; - apresentação de proposta de solução das problematização estudadas; - aplicação de provas escritas.

5. REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Paraná. Biologia. Curitiba: 2007.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de fFísica. Curitiba: 2007. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Professora Leonídia

Pacheco. 2008.

GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo:

EDUSP, 1985;

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GONÇALVES FILHO, A; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:

Scipione, 2002.

MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione. 1987;

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DISCIPLINA: QUÍMICA – Ensino Médio

1. APRESENTAÇÃO

A Química participa do desenvolvimento científico tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance

econômico, social e político. A sociedade e seu cidadão interagem com o

conhecimento científico mais avançado possibilitando compreender e repensar a

realidade a qual se insere. Trabalhar com os conteúdos que, embora relacionados

indiretamente ao seu cotidiano, são de relevância nas condições de vida, e

acompanhamento das transformações informativas num processo de trabalho

coletivo oportunizando as descobertas de diferentes instrumentos. O tratamento será

desenvolvido, destacando a crença que o conhecimento não é transmitido, mas

construído pelos alunos levando em conta aquilo que o aluno sabe.

A história da química está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento das

civilizações, a partir das primeiras necessidades do homem pré-histórico. O fato

mais importante praticado pelo homem nessa época foi a descoberta do fogo.

Na Idade Antiga, egípcios, gregos, fenícios e chineses, entre outros,

obtiveram metais (ouro, ferro, cobre, chumbo etc.), vidro, tecidos, bebidas alcoólicas

(vinho e cerveja), sabões, perfumes e duas ligas metálicas: o bronze (cobre e

estanho) e o aço (ferro e carvão). No antigo Egito, o fato mais notável foi a

mumificação de cadáveres. Na Grécia, se destacou a defesa da constituição atômica

da matéria.

Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia desenvolveu-

se simultaneamente entre os árabes, egípcios, gregos e chineses. Os alquimistas

buscavam obter o elixir da longa vida; conseguir a pedra filosofal, que permitiria

transformar um metal comum (ferro, cobre, chumbo etc.) em ouro. Tentando atingir

esses objetivos, os árabes obtiveram muitas substâncias (álcool, ácido clorídrico,

ácido nítrico, ácido sulfúrico, água-régia etc.) e construíram apetrechos químicos

usados até hoje ( almofariz e alambique etc).

Durante a Idade Moderna Surgiu a química médica ou iatroquímica (século

XVII). Nessa época, os químicos, liderados pelo suíço Paracelso, abandonaram as

duas metas alquimistas e passaram a descobrir substâncias que curavam doenças.

No final do século XVIII, durante a Revolução francesa, a Química, torna-se

uma ciência exata. O químico Lavoisier descobriu que, durante as transformações

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químicas e físicas, ocorre a conservação da matéria (Lei da Conservação da

matéria). Foi com Lavoisier que se iniciou, na Química, o método científico, que

estuda os porquês e as causas dos fenômenos.

Embora a ciência Química tenha surgido com o cientista Lavoisier, a Química

tecnológica só vai ter lugar a partir da Primeira Guerra Mundial e ganhar impulso

com a Segunda Guerra.

Graças à Química tecnológica puderam ser construídos aparelhos que

permitem a execução prática das teorias e também a descoberta de centenas de

novas substâncias, muitas das quais importantes para a humanidade.

Portanto, a Química participa do desenvolvimento científico tecnológico

com importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance

econômico, social e político. A sociedade e seu cidadão interagem com o

conhecimento científico mais avançado possibilitando compreender e repensar a

realidade a qual se insere. Trabalhar com os conteúdos que, embora relacionados

indiretamente ao seu cotidiano, é de relevância nas condições de vida, e

acompanhamento das transformações informativas num processo de trabalho

coletivo oportunizando as descobertas de diferentes instrumentos. propõe-se que a

compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do

contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais,

esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa

relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua

apropriação de parte do conhecimento científico, deve contribuir para a formação de

sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. e mudem sua

atitude em relação a ele.

A Química tem forte presença no suprimento de demanda de novos

produtos, que é cada vez maior nas áreas surgidas nos últimos anos: biotecnologia,

química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos, entre

outras. Essas questões podem e devem ser abordadas nas aulas de Química por

meio de uma estratégia metodológica que propicie a discussão de aspectos sócio-

científicos, ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e

culturais relativas à ciência e à tecnologia

Os conteúdos estruturantes do ensino de Química no Ensino Médio estão

calcados em MATÉRIA E SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA

SÍNTÉTICA. Seu objeto de estudo é substâncias e materiais, sustentados pela

tríade: Composição, propriedades e transformação.

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Matéria e sua natureza é o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de

Química, por se tratar da essência da matéria. É ele que abre o caminho para um

melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes.

O conteúdo estruturante de Biogeoquímica é caracterizado pelas interações

existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera. Historicamente constitui-se a

partir de uma sobreposição de biologia, geologia e química.

Os processos de desenvolvimento social, cultural e urbano desencadearam

transformações do próprio ser humano e de suas ações, como a migração de

contingente humano para as grandes cidades, o sedentarismo, monocultura entre

outros fatores que desencadearam e desencadeiam conseqüências até hoje.

O estudo da Química busca a compreensão da natureza tentando muitas

vezes controlá-la ou até mesmo modificá-la.

Em Química Sintética, houve a consolidação a partir da apropriação da

química na síntese de novos produtos e novos materiais e que permite o estudo que

envolva produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia, fertilizantes e agrotóxicos.

O avanço dos aparatos tecnológicos atrelado ao conhecimento científico cada

vez mais aprofundado sobre as propriedades da matéria, trouxe algumas mudanças

na produção e aumento das possibilidades de consumo.

A Ciência Química contribui amplamente com descobertas que interferem no

desenvolvimento da própria química em muitos casos, na vida do planeta como um

todo.

Os novos processos químicos e suas aplicações tecnológicas adquiriram uma

estreita relação com implicações ambientais, sociais e políticas.

Sendo assim, a química sintética tem papel importante a cumprir, pois com a

síntese de novos materiais e o aperfeiçoamento dos que já foram sintetizados, alarga

horizontes em todas as atividades humanas. Além disso, o sucesso econômico de

um país não se restringe apenas à fabricação de produtos novos, mais sim a

capacidade de aperfeiçoar, desenvolver materiais e transforma-los.

O ensino de química tem como objetivo resgatar a especificidade da disciplina

de Quimica recuperando a importância da mesma no auxilio escolar despertando no

aluno a vontade e o interesse pela pesquisa científica, a descoberta e a

redescoberta, enfatizando sua relação com a vida cotidiana, através de

experimentos. Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e

também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual. O conhecimento

químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados,

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prontos e acabados, mais sim uma construção da mente humana, em continua

mudança. O ensino de química deve possibilitar ao aluno a compreensão do

processo e elaboração desse conhecimento com seus avanços,erros e conflitos,

despertar o interesse científico nos alunos e enfatizar a sua relação com a vida

cotidiana, preparar o educando para a democracia e elevar sua capacidade de

compreensão em relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais que

regem a sociedade em determinado período histórico, para então atuar no mundo do

trabalho, com a consciência de seu papel de cidadão participativo.

2. CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA

SOLUÇÃO

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

EQUILÍBRIO QUÍMICO

LIGAÇÃO QUÍMICA

REAÇÕES QUÍMICAS

RADIOATIVIDADE

GASES

FUNÇÕES QUÍMICAS

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No ensino de química as abordagens estarão voltadas para a

construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos, ampliando a

compreensão do conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito

dos conhecimentos de química, o aluno terá contato com o objeto de estudo da

matéria e suas transformações, numa relação de diálogo onde a aprendizagem dos

conceitos químicos se realize no sentido da organização do conhecimento científico.

A Química será tratada com o aluno de modo a possibilitar o entendimento do mundo

e a sua interação com ele, o tratamento será desenvolvido, destacando a crença que

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o conhecimento não é transmitido, mas construído pelos alunos levando em conta

aquilo que o aluno sabe.

A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências, em

um processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um..O ensino e a

aprendizagem na disciplina de química será baseada nas interações aluno-aluno,

aluno-professor e aluno-professor-objeto do conhecimento. E para que essas

interações ocorram com sucesso, serão utilizados os seguintes recursos:

-Leitura de textos, onde o importante será a escrita e discussão de idéias;

-Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório e visando a construção

e ampliação de conceitos;

-Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior

discussão;

-Participação em atividades como: eventos, feira cultural e palestras;

-Estudo do meio, através do qual se pode ter idéia interdisciplinar dos campos do

conhecimento (visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);

-Aulas dialógicas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de estudo;

-Áudio-visual, TV pendrive da mesma forma que o trabalho experimental, envolve

períodos de discussão pré e pós atividades áudio-visual e deve facilitar a construção

e a ampliação dos conceitos;

-Informática, como fonte de dados e informações;

-Uso da biblioteca, como fonte de dados e informações;

-Acesso à Internet;

Obs. Os conteúdos relacionados aos Desafios educacionais Contemporâneos e à

Diversidade serão abordados de acordo com os conteúdos básicos sempre que

possível.

4. AVALIAÇÃO

Na perspectiva que se propõe, a avaliação da disciplina de Química vem

mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com

os encaminhamentos metodológicos, onde os erros e acertos deverão servir

como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo.

A avaliação não possui uma finalidade em si mesmo, mas deve subsidiar e

mesmo redirecionar o curso da ação do professor no processo ensino-

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aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional

desenvolvido no coletivo da escola. A avaliação deve ultrapassar os limites

quantitativos e incorporar quatro dimensões: diagnóstica, processual/ contínua,

cumulativa e participativa.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Trata-se de um processo de construção e reconstrução de

significados de conceitos científicos. Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica

includente dos conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica

dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.

5. REFERÊNCIAS

PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública da Educação Básica do Paraná. Química. Curitiba: 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Química. Curitiba: 2007.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco.

2008.

FELTRE, Ricardo. Química – 6.ed. – São Paulo: Editora Moderna, 2004.

BAIRD, C. Química ambiental.2ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

CHASSOT, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.

FELTRE, R. Química.6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.

GOLDFARB, A.M. Da alquímica à química. São Paulo: Landy, 2001.

LEVORATO, A. R. et al. Química: Ensino Médio. 1ª ed. Curitiba:SEED-PR.

Cargraphics, 2006.

NOVAIS, V. Química. São Paulo: Ed. Atual, v. 1, 1999.

PINTO, A. Ciência e existência. São Paulo: Paz e Terra, 1969.

RABELO, E. H. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes,

1998.

SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo; Ática, 2004.

SARDELLA, A., MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3ª.ed. São Paulo:

Ática, 1992.

VIDAL, B. Historia da Química. Lisboa: Edições 70, 1986.

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DISCIPLINA: SOCIOLOGIA – Ensino Médio 1. APRESENTAÇÃO A sociologia delineou-se como ciência no rastro do pensamento positivista, cujo caráter científico, tão buscado e valorizado na época, estava ligado a lógica das ciências ditas “experimentais”. São representantes desse pensamento Augusto Conte, (1798 a 1857), o primeiro a usar o termo sociologia, relacionando-o com a ciência da sociedade, e Emile Durkhen (1858 a 1917). Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de solução para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista, a miséria, o desemprego, e as consequentes greves e rebeliões operárias. “A sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta tanto no comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da sociedade”. (DCE,2009). Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade, o pensamento de Karl Marx (1818 – 1883) trouxe importantes contribuições ao pensamento sociológico. De acordo com o pensamento de Marx não há soluções conciliadoras em uma sociedade cujas relações se baseiam na exploração do trabalho e na crescente espoliação da maioria. O primeiro intelectual brasileiro a utilizar a análise marxista em estudos sobre a realidade cultural do país foi Caio Prado Júnior, ensaísta e político ele contribuiu com a história da política nacional, a partir das origens do Brasil colônia, escrevendo várias obras de assuntos sociológicos, históricos, políticos e econômicos. Outra importante contribuição ao pensamento sociológico crítico e revolucionários pode ser encontrada por Antonio Gramsci (1891 – 1937), cujas análises foram incorporadas as pesquisas sociológicas e educacionais. No Brasil, tanto as ideias conformistas e as revolucionárias exerceram fortes influência na formação do pensamento sociológico brasileiro. A adoção da disciplina nos cursos secundários ocorreu no início da república (1891). Em 1901, o Decreto nº 3890, de 1º de janeiro retira a disciplina dos currículos escolares. Na década de 1930, também ocorreu uma explosão no mercado editorial para a sociologia, devido a criação dos cursos superiores de Ciências Sociais na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo e da USP. Em 1942 com a reforma Capanema, retira-se a obrigatoriedade da disciplina. Na década de 1950 e início de 1960 o clima da democracia política que o país respirou, favoreceu a disseminação das faculdades de filosofia, ciências e letras pelo Brasil, a sociologia passou a fazer parte dos cursos de ciências sociais e também de outros cursos superiores. Com a Lei 5692/71, que instituía a obrigatoriedade do ensino profissional no chamado 2º grau, a disciplina de sociologia foi excluída das grades curriculares dos cursos secundários. Em seu lugar foram criadas as disciplinas Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política Brasileira e Ensino Religioso, marcadas por um acentuado caráter ideológico de moral e disciplina. A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu precendentes para a divulgação da sociologia, contudo, durante a sua

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regulamentação, seu sentido foi alterado. As DCNs do Ensino Médio, apresentaram como proposta o tratamento interdisciplinar, esvaziando sua especificidade e a obrigatoriedade. Em 2007, o Conselho Nacional de Educação aprovou a inclusão da Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, e no dia 2 de julho de 2008 é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9394/96 para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos escolares de todas as séries do Ensino Médio. No Paraná a inclusão das disciplinas torna-se obrigatória em pelo menos uma série do Ensino Médio, a partir de 2006. O objeto da sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividade. Vale lembrar a necessidade do enfoque no que preceitua a lei nº 10.639/03 e 11.645/08, referente a “História e Cultura-Afro-Brasileira e Indígena”, ressaltando a contribuição da população negra à formação da nação brasileira. A lei 11.645/08 nos orienta que:

O conteúdo programático(...) incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

Embora a trajetória do ensino da Sociologia, tanto em nível estadual quanto nacional, tenha sido caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, dificultando a sua consolidação no currículo escolar, ela se constitui como um espaço importante no Ensino Médio, propiciando aos alunos as bases para a compreensão de como as sociedades se organizam, estruturam-se, legitimam-se e se mantêm, habilitando-os para uma atuação crítica e transformadora, contribuindo assim para que percebam que a realidade social é histórica e socialmente construída. Deste modo o ensino desta disciplina tem com objetivos:

a desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade;

explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-nocões e pré-conceitos,

questionamento quanto à existencial de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do cotidiano ou na constituição da ciência;

inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata, mas que também percebe o que se estabelece alem dela;

desenvolvimento da “imaginação sociológicas”. 2.CONTEÚDOS O surgimento da sociologia e as teorias clássicas estará presente em todas as séries, como um modo de contextualizar todos os conteúdos a partir das principais

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teorias, do surgimento do pensamento social, apresentando seus autores clássicos e sua importância para a compreensão da realidade brasileira.

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

1. O processo de Socialização e as

Instituições Sociais

Processo de Socialização;

Instituições Sociais (Familiares, Escolares,

Religiosas);

Instituições de Reinserção (Prisões, manicômios,

educandários, asilos, etc).

2. Cultura e Indústria Cultural

Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa

Sociedade de consumo.

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Culturas afrobrasileiras e africanas;

Cultura indígenas.

3. Trabalho Produção e Classes

Sociais

O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas,

classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações da trabalho;

Trabalho no Brasil.

4. Poder, Política e Ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado

Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de poder;

Conceitos de ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas.

5. Direitos, Cidadania e

Movimentos Sociais

Direitos civis, políticos e sociais;

Direitos Humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos

ambientalistas;

A questão das ONG's.

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3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOS

Iniciar a socialização com uma breve contextualização da construção histórica da sociologia e das teorias sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa perspectiva crítica, para fundamentar teoricamente as várias possibilidades de explicação sociológicas. Utilizar múltiplos instrumentos metodológicos adequados aos objetivos pretendidos, seja a expressão, a leitura, a pesquisa de campo e bibliográfica, utilizar filmes ou outros recursos, que coloquem o aluno como o sujeito do aprendizado. Utilizar também textos teóricos-sociológicos propiciando uma aproximação do aluno com a linguagem das ciências sociais e textos literários contextualizados e articulados com as análises dos conteúdos trabalhados. A análise de imagens e charges também se constitui um recurso importante que provocará o aluno a rever seus conhecimentos, a construir novos saberes e a relacionar com a prática. Considerar a especificidade etária, a diversidade cultural, a linguagem, interesses pessoais e profissionais dos alunos, bem como as peculiariedades da região em que a escola está inserida, para que conteúdos trabalhados e a metodologia respondam as demandas e expectativas do grupo social, proporcionando aprendizagens de tal forma que o estudante aprenda a pensar sobre a sociedade em que vive e a agir nas diversas instâncias sociais. 4. AVALIAÇÃO Os processo de avaliação no decorrer do curso será constante e priorizará aspectos como: a apreensão dos conceitos básico da ciência, articulada com a prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência na exposição de ideias, no texto oral ou escrito, a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, a participação nas pesquisas de campo, a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática. O processo de avaliação privilegia o conhecimento e a produção coletiva, buscando a promoção das manifestação de aprendizagem. Assim, cabe ao professor valorizar a produção individual, para chegar á produção coletiva, oportunizando aos alunos momentos diversificados em que possa comprovar a sua aprendizagem. A recuperação dos conteúdos não apreendidos ocorrerá de forma concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS:

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco – Maria Helena (PR). Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação Básica. Sociologia. Curitiba: SEED/DEB, 2008. Vários Autores, Sociologia – Curitiba: SEED-PR, 2006.

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GIODENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura – SP: Brasiliense, 2005.

Sociologia e ensino em debate: Experiênciaa e Dimensão de Sociologia no Ensino Médio – Ed. Unijuí, 2004.

ARON, Raaaymond. As etapas do pensamento sociológico. SP: Martins Fontes, 2003.

SZTOPKA, Piotr. A Sociologia da Mudança social. RJ: Civilização brasileira, 1998.

VIGOTSKI, L.S. A formação social da mente. SP: Martins Fontes, 1998.

MARX, Karl, 1818 – 1883 – Textos sobre Educação e Ensino. SP: Centauro, 2004.

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PROGRAMAS 1. VIVA A ESCOLA – Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular 1.1. História e memória

Núcleo de conhecimento/Disciplina contemplada: História

Justificativa Pedagógica e Objetivos: Os estudos desenvolvidos nesta atividade tem como objetivo a valorização do aluno como pesquisador e o resgate de valores e conhecimentos presentes na comunidade local. Esta atividade se justifica pelo enriquecimento curricular que ela proporciona aos alunos, possibilitando aos estudantes maior integração com a comunidade e ao mesmo tempo que resgata a história do município, valorizando as pessoas como sujeitos históricos e o aluno como produtor do conhecimento.

Critérios de participação: Ser aluno matriculado de 5ª a 8ª série do Colégio no período contrário ao que é realizado o programa. 1.2. Jogos Núcleo de conhecimento/ Disciplina contemplada: Matemática Justificativa Pedagógica e Objetivos: Esta atividade tem com objetivo dar condições aos estudantes de apropriar-se de conceitos matemáticos através de jogos. Sabemos que a matemática está presente em muitas situações da nossa vida, no entanto é a disciplina que tem menos adeptos. Isto ocorre porque muitas vezes a criança aprende superficialmente, sem entender os conceitos que fundamentam os conteúdos da matemática ou não os relacionam com as situações do dia a dia. Neste sentido esta proposta de trabalho se justifica enquanto procura levar os alunos a compreender os conceitos matemáticos elementare atrvés dos jogos e atividades que os leve a refletir de maneira desafiadora, colocando em uso suas habilidades de raciocínio, atenção, concentração, reflexão e interesse, tão necessários ao aprendizado da matemática. Critérios de participação: Ser aluno matriculado de 5ª a 8ª série do Colégio no período contrário ao que é realizado o programa e apresentar dificuldades nos conteúdos básicos da matemática. 1.3. Preparatório para o vestibular Núcleo de conhecimento/ Disciplina contemplada: todas as disciplinas que compõem a matriz curricular do ensino médio.

Justificativa Pedagógica e Objetivos: Esta atividade visa proporcionar aos alunos do 3º ano e egressos do Ensino Médio as condições necessárias e adequadas para realizar concursos vestibulares, viabilizar o acesso a permanência e participação da comunidade no ambiente escolar, socializar o conhecimento sobre as diversas disciplinas abordadas no curso para a comunidade escolar e alunos que pretendem

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prestar concurso vestibular, oferecendo aos participantes a oportunidade de aprofundamento dos conteúdos das diversas disciplinas do ensino médio.

Critérios de participação: Ser aluno matriculado no 3º ano do Ensino Médio no turno contrário ao do programa ou já ter concluído o Ensino médio.

2. SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM

É um programa oferecido pela escola com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. A partir de sua criação, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vêm promovendo ações e eventos de capacitação aos professores que atuam nessa modalidade de ensino, bem como aos diretores e às equipes pedagógicas das escolas, buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das Salas de Apoio e promovendo discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que façam com que os alunos que ingressam nas 5ª séries com dificuldades de aprendizagem possam – por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contra turno – superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública. A nossa escola vem ofertando este programa desde 2005 sempre com duas turmas, no período vespertino, sendo uma na disciplina de Língua Portuguesa e outra na disciplina de Matemática. 3. Programa Segundo Tempo O Segundo Tempo é um programa do Ministério do Esporte, promovido pela Secretaria de Esporte Educacional. O Governo do Paraná assumiu a sua implementação em diversos Estabelecimentos da Rede Pública Estadual de Ensino, sob o gerenciamento da Paraná Esporte, objetivando o atendimento a crianças e adolescentes com idade entre 07 e 17 anos, em situação de risco social, ocupando seu tempo ocioso com atividades diárias do esporte educacional no contra – turno escolar. Em nossa escola o programa atende em torno de 200 alunos no contra turno escolar. Às segundas e quartas feiras, o programa atende os alunos que estudam no período vespertino. Às terças e quintas feiras o programa atende alunos matriculados no período matutino. As atividades são realizadas nos vários espaços oferecidos pelo município para a prática de esportes. A escola acompanha as atividades desenvolvidas e oferece a merenda escolar.

EDUCAÇÃO ESPECIAL – ATENDIMENTO ESPECIALIZADO SALA DE RECURSO NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

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1. Apresentação:

Serviço de apoio especializado realizado em período contrário ao que o aluno está matriculado. Atende alunos de 5ª a 8ª séries complementando o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental, para alunos egressos de Educação Especial de 1ª a 4ª série e de Escolas especiais que apresentam atraso acadêmico signif icativo ou distúrbio da aprendizagem e que necessitam deste apoio especializado complementar para obter sucesso na classe comum. A escola oferta esta modalidade da Educação Especial no período vespertino e atende alunos matriculados no período matutino.

2. Objetivos Gerais:

Subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem, nas áreas cognit iva, motora, socioafetiva -emocional, para atingir o Currículo da Classe Comum;

Resgatar os conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais com metodologia e estratégias diferenciadas;

Propiciar ao aluno ambiente acolhedor, motivador e criativo, valorizando os seus conhecimentos, seus progressos, melhorando a sua auto est ima;

Apoiar o professor da classe comum orientando -o e subsidiando-o no trabalho pedagógico com os alunos que frequentam a sala de recurso.

3. Encaminhamento Metodológico

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir dos interesses, necessidades e dif iculdades de aprendizagem específ icas de cada aluno, oferecendo subsíd ios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum.

O atendimento ao aluno se dá através de pequenos grupos de acordo com a faixa etária ou dif iculdades apresentadas.

As atividades desenvolvidas darão ênfase a ref lexão e criaç ão do aluno; através de jogos, quebra-cabeças, palavras cruzadas, caça palavras, caça números, adivinhações, dramatização, leituras de textos diversos, visitas, passeios, leitura, produção e reconstrução de texto, bem como o uso de todo material concreto, principalmente para trabalhar os conceitos matemáticos.

Será usado também os recursos tecnológicos existentes na escola, como computador, televisores, DVDs, TV pen -drive, Vídeo Cassete, rádio, acesso a internet. 4. Avaliação

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A avaliação pedagógica de ingresso é realizada no contexto do Ensino Regular, pelos professores na classe comum, com apoio do professor especializado, orientados pela equipe pedagógica, enfocando conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das séries iniciais, além das áreas do desenvolvimento e será registrada em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção e encaminhamentos. Após a avaliação pedagógica o aluno é encaminhado para avaliação psicológica ou neurológica, dependendo das especif icidades apresentadas. Durante o tempo em que o aluno permanece na sala de Recurso, ele será avaliado constantemente, através da observação, da investigação. É portanto uma avaliação diagnóstica, contínua e formativa. Será registrado semestralmente os avanços acadêmicos do aluno e outros dados que se f izerem necessários em relatório próprio.

Semestralmente ocorre acompanhamento da prática do professor e reavaliação dos processos de intervenção propostas para cada aluno pela equipe pedagógica da Escola, com o objetivo de realizar ajustes no processo de ensino aprendizagem.

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SUMÁRIO

I – Identificação.................................................................................................... 1

II – Organização da Proposta............................................................................... 2

Aspectos Legais............................................................................................ 2

Objetivos Gerais............................................................................................ 2

Proposta Curricular das Disciplinas............................................................... 4

Disciplina: Artes............................................................................................. 4

Disciplina: Ciências....................................................................................... 13

Disciplina: Educação Física........................................................................... 19

Disciplina: Ensino Religioso.......................................................................... 24

Disciplina: Geografia..................................................................................... 28

Disciplina: História......................................................................................... 34

Disciplina: Língua Portuguesa....................................................................... 40

Disciplina: Matemática................................................................................... 46

Disciplina: Língua Estrangeira – Inglês......................................................... 54

Disciplina: Biologia........................................................................................ 58

Disciplina: Filosofia....................................................................................... 61

Disciplina: Física........................................................................................... 65

Disciplina: Química........................................................................................ 70

Disciplina: Sociologia..................................................................................... 76

Programas e Projetos.................................................................................... 81

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA LEONÍDIA PACHECO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARIA HELENA - PR

PROPOSTA

PEDAGÓGICA

ANO - 2010