Propriedades Mecanicas Fundamentais
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Propriedades Mecnicas
Fundamentais
Prof. Paulo Marcondes, PhD.
DEMEC / UFPR
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Aspectos gerais da conformao
Deformao Plstica: Aspectos fenomenolgicos
Curva x
Limite de escoamento;
Limite de resistncia;
Ductilidade (alongamento) e
Dureza
Brinell: NBR NM-187 e ISO 6506 (alguns casos a ASTM E-10);
Rockwell: NBR NM-146 e ISO 6508 (alguns casos a
ASTM E-18);
Vickers: NBR NM-188 e ISO 6507 (alguns casos a ASTM E-92).
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Curva de trao
1 Modulo de Young (Lei de Hooke)
2 Tenso de Escoamento
3 Limite de Resistncia
4 Alongamento na Fora mxima (Along. uniforme)
5 Alongamento total na Fora mxima
6 Alongamento de Ruptura
7 Alongamento total de Ruptura
8 Limite de Ruptura
Tenso
Alongamento
2
1
3
5
6
7
4
8
-
Alongamento (base de medida)
L = Lf Li / Li *
*
-
A curva tenso vs. deformao relativa ou curva
convencional (material dctil)
Deformao relativa
Ten
so
co
nven
cio
nal
Ag
Rm
Rp0,2
0,002 = 0,2 %
LE0,2
LR
e
-
Deformao Homognea
Deformao No-Homognea
Estrico
A deformao de metais ocorre
em duas fases diferentes:
deformao homognea at
chegar a uma fora mxima e
deformao no-homognea
depois. Nesta segunda fase a
deformao localizada no
ponto de estrico.
A curva tenso vs. deformao relativa ou curva
convencional
-
Ensaios de trao / corpos de prova
Corpos de prova para o
ensaio de trao
conforme
DIN EN 10 002.
Os cantos cisalhados
devem ser fresados para
eliminar trincas que
podem ocorrer durante o
corte.
1
2
3
-
A curva tenso vs. deformao relativa ou
curva convencional
Esta curva pode ser obtida em diferentes ensaios mecnicos.
Para chapa geralmente obtida no ensaio de trao.
Tenso convencional (ou tenso nominal):
A tenso no eixo Y desta curva denominada tenso
convencional. Ela calculada atravs da seguinte expresso:
0
.S
Fverdad
: tenso, F: fora e
S0: seo inicial do
corpo de prova.
Nesta expresso no considerada a alterao da seo
do corpo de prova durante o ensaio!
)100/1(.. eengverdad
ou
-
A curva tenso vs. deformao relativa ou
curva convencional
Deformao relativa:
A deformao no eixo X deste diagrama a deformao relativa.
Ela o quociente do comprimento inicial do corpo de prova e do
alongamento durante o ensaio:
00
01
l
l
l
lle
com:
e: deformao relativa, l0: comprimento incial do corpo de prova,
l1: comprimento atual do corpo de prova e
l: alongamento do corpo de prova.
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A curva tenso vs. deformao relativa ou
curva convencional
A curva convencional permite obter facilmente o limite de
escoamento (LE ou LE0,2), o limite de resistncia (LR), o
alongamento uniforme (Ag) e o alongamento total (A).
Os valores retirados desta curva so usados no dimensionamento
de componentes para mquinas etc.
Eles no podem ser usados em clculos para a avaliao do
comportamento destes materiais em processos de conformao
mecnica usando os mtodos conhecidos do clculo de fora
ou a simulao.
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A curva tenso vs. deformao relativa ou
curva convencional e a deformao real
Para o planejamento de processos de conformao mecnica no
suficiente saber a tenso que necessria para iniciar o escoamento
do material
=> os materiais encruam durante os processos.
necessrio saber a tenso necessria para manter o escoamento
em andamento em qualquer momento de processo.
=> Tenso de escoamento ou tenso real (kf)
A tenso de escoamento ou tenso real geralmente representada
em um diagrama tenso de escoamento vs. deformao real.
=> A curva neste diagrama chamada a curva de escoamento.
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Comportamento dos metais quando
submetidos trao
Resistncia trao
Dentro de certos limites,
a deformao proporcional
tenso (a lei de Hooke
obedecida)
Lei de Hooke: = E
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Curva x verdadeira e convencional
-
Conformabilidade dos Metais:
Coeficiente de resistncia (K)
Coeficiente de encruamento (n)
= K n ou ln = ln K + n ln
onde:
K igual a tenso quando a deformao igual a 1 e
n a inclinao da reta.
Coeficiente de Encruamento
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COEFICIENTE DE ENCRUAMENTO
O coeficiente de encruamento n :
log = log K + n log
Deformao Verdadeira (mm/mm)
Ten
so
Verd
ad
eir
a (
MP
a)
100
150
250
400
550
0.01 0.1 1.0
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A curva de escoamento ou curva real
Os dados para a construo da curva de escoamento tambm podem ser
obtidos no ensaio de trao. A diferena a forma de avaliao dos
dados gravados durante o ensaio.
A tenso de escoamento calculado usando-se as seguintes expresses:
kF
Sf
1e
SS
1
01
com:
: deformao real,
: deformao relativa.
com:
S0: seo inicial,
S1: seo atual e
: deformao.
A deformao real calculado usando-se a seguinte expresso:
)1ln( ee
e
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True Stress and Strain:
The true stress () uses the instantaneous or actual area of the specimen at any given point, as opposed to the original area used in the engineering values.
The true strain () is defined as the instantaneous elongation per unit length of the specimen.
The relationship between the true and engineering values is given by:
F
A
o
L
oL
dL Lln
L L
e(1 e) ln(1 e)
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A curva de escoamento ou curva real
Os diagramas das curvas de escoamento so representados em
duas formas:
1. com eixos lineares,
2. com eixos logartmicos.
Vantagem da segunda opo que ela permite em certos casos a
leitura fcil do ndice de encruamento!
(p. ex. aos de baixo carbono: conforme ABNT 5915, DIN 1623,
DIN EN 10130)
No caso destes materiais a curva de escoamento pode ser descrita
usando-se a frmula de HOLLOMON / LUDWIK:
logKloglog nk
Kk
f
n
f
-
A curva de escoamento ou curva real na
representao com eixos lineares
Deformao verdadeira
Ten
so
real
kf
kf = f()
)(fkf
-
A curva de escoamento ou curva real na
representao com eixos logaritmicos
0,01 0,1 1
Deformao verdadeira
Te
ns
o
re
al
k f
kf = C n
log kf = log C + n log
tan = n
ntan
loglog log
nKkf
Kkfn
-
Taxa de Deformao:
= d / dt = 1/h x dh / dt = v/h
Constante proporcional (C)
Coeficiente de sensibilidade taxa de deformao (m)
= C m ou ln = ln C + m ln
onde:
C igual tenso quando a taxa de deformao igual a 1 s-1 e
m a inclinao da reta.
Valores tpicos de m para aos para conformao:
Trabalho a frio - 0,05 m 0,05
Trabalho a quente 0,05 m 0,3
Superplasticidade 0,3 m 0,7
Fludo Newtoniano (vidro pastoso) m = 1
Aspectos gerais da conformao
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Avaliao dos dados obtidos / clculo da
curva de escoamento
Os valores do diagrama tenso vs. deformao relativa que gravado durante o
ensaio podem ser convertidos em tenso real e deformao real seguindo o
esquema abaixo:
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Clculo do grau de encruamento conforme
SEW 1125
A seguir encontram-se exemplos para as curvas de escoamento
de duas chapas diferentes:
ao de baixo carbono EEP conf. NBR 5915 (DC 04, W.-Nr. 1.0338 conforme DIN EN 10130)
ao inoxidvel ASTM 304 (X5 CrNi 18 10, W.-Nr. 1.1403 conforme 17460)
O grau de encruamento, n, pode ser obtido como tan da inclinao da curva de escoamento em um papel log-log.
Pode tambm ser calculado usando-se a expresso da norma
SEW 1125:
N
i
N
i
LiLi
N
i
N
i
fiLi
N
i
fiLi
N
kkN
n
1
2
1
2
1 11
ln)(ln
ln*ln)ln(ln
-
Resultados
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 10 20 30 40 50 60
Deformao relativa em %
Ten
so
co
nven
cio
nal e
m N
mm
-2
X5 CrNi 18 10
DC 04
-
Resultados
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4
Deformao verdadeira
Te
ns
o
re
al
em
N m
m-2
DC 04
X5 CrNi 18 10
-
Resultados
100
1000
0,01 0,1 1
Deformao verdadeira
Ten
so
rea
l em
N m
m-2
DC 04
X5 CrNi 18 10
-
Comparao dos ensaios trao / compresso
Ensaio Carga Atrito At
Trao Trao uniaxial
no 0,4
Compresso Compresso uniaxial
sim 1,0
Bulge teste Estiramento biaxial
no 0,7
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Textura e anisotropia
Textura: presena de orientaes preferenciais dos gros cristalinos causada pela deformao plstica ou pela recristalizao e devida ao alongamento e rotaodos gros
Fibragem Mecnica: alongamento dos gros cristalinos e alinhamento de partculas de acordo com o modo de escoamento
Um material com fibragem mecnica no necessariamente apresenta textura
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TEXTURAS PRODUZIDAS POR DEFORMAO A FRIO
Estrutura Cristalina Processos
{110}
{001}
{0001}
Paralela ao plano de laminao
Paralela direo de laminao
Paralela ao plano de laminao
Paralela direo de laminao
Paralela ao plano de laminao
Paralela direo de laminao
cfc
ccc
hc
Trefilao e Extruso
Trefilao e Extruso
Trefilao e Extruso
Laminao
Laminao
Laminao
Texturas
cfc
ccc
hc
Paralelo ao eixo do fio
Paralelo ao eixo do fio
Paralelo ao eixo do fio
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Textura e anisotropia
Uma parcela da anisotropia
de chapas metlicas causada
pelo alongamento dos gros
durante o processo de
laminao.
Este fenmeno a causa para o
orelhamento nos processos de
embutimento profundo.
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Textura e anisotropia
-
l0
w0
t0
P
P
DL
R0o
R90o R45o
Retirada de corpos-de-prova para avaliar a
anisotropia
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Textura e anisotropia
DETERMINAO DA ANISOTROPIA EM CHAPAS METLICAS
Extrao de corpos-de-prova para ensaios de trao a partir de diversas direes no plano da chapa
Medio das deformaes na largura (w) e na espessura (t) dos corpos-de prova
Realizao dos ensaios de trao, mantendo a deformao do comprimento constante (alongamento)
0
lnw
ww
0
lnt
tt
t0 - espessura inicial do corpo de prova
t - espessura final de ensaio
w0 - largura inicial do corpo de prova
w - espessura final de ensaio
-
Textura e anisotropia
COEFICIENTES DE ANISOTROPIA
Coeficiente de anisotropia normal (R)
t
wR
Coeficiente de anisotropia planar ( ) R
2
2 000 45900 RRRR
Coeficiente de anisotropia mdio ( ) R
4
2 000 90450 RRRR
-
Textura e anisotropia
-
Anisotropia
-
Textura e anisotropia
-
Clculo do ndice de anisotropia
0 45 90
R0,45,90 1,25 1,25 1,63
1,35
R +0,2 R