Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo...

4
ANNO XXIV APSICNATURAS PARA* CAPITAL i:. Atílio". ."V . ';- rs-12jif000 ' SemestreC$000 , tL<a*á;auiciito uiilanitulo Nuiiiér avulso—200, rs. ¦'' M-'" HfaB Irm'- Irl H I 1;|; M_\ ' -IH lil' -I ^m ^Bw i B|^V MB™ WWi, W' ^^ I^olli^ luiberal, Noticiosa, FASLISTAffr Ilfdiistrial N. 6173 ASSIGNATUIIA PARA 1'ÓIIA AlHIO . -',.•-a-•. .¦... - .'i&fluU) Semestre.-8$000 4'aftjr»íiiie!UÊo n^iHataiülo 'lyp. rua da Iniporatrií, e Litteraria Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo Marques S. PAULO m Sabbado 2 de Juni*$.'dé 1877 BRAZIL a lis- -funda- CORREIO PAÜL1STAIÍ0 S. 1'aulo, 2 de Junho de 181T . O sr. padre João de Siqueira N'um dos últimos números do «Jornal do Commer- cio» depara-se-uos uma franca exposição feita polo nos- su distineto patricio revm. sr. padre JoãiTde Siqueira Andrade, acerca do importante estabelocimeolg- cola Domoitica do Nossa Seuhora do Amparu» do em Potropolís por esse digno paulista. Similhante exposição é um documento irrecusavol do valioso beneficio que tão virtuoso sacerdote vae reali- sando em prol das meninas desvalidas, ao dar-lhes uma educação essencialmente pratica e proveitosa que as habilite a tornarem-se verdodeiratnonto uteis á si e á sociedade. O asylo-escola por olle instituído no intuito de mi- oistrar meio honesto do subsistência ás desfavorecidas da fortuua inspiraado-lhcs o amor ao trabalho, coniti- tue um padrão de gloria para seu honrado auetor o pa- tentea os sentimentos olovados de cariJade que dislin- guem um sincoro ministro da religião chrislã, Cara o desempenho cabal do sua philantropica mis- são faz um novo appello á genorosidade publica alme- jando obter os recursos necessários a conclusão o ma- nulençãodo sou utilissimo instituto. li' de presumir quo tão justo appello encontre um éch» sympathico como merece. Apreciando devidamente o louvável procedimento do ievm. sr. pidroJoáo de Siqueira Andrade que de tal arte presta um seiviço inapreciavel ao paiz reproduzi- mos os suas nobres palavras secundando-o no pedido que dirige em fivor da sua obra humanitária. ESCOLA DOMESTICA ÜE NOSSA SENHORA DO AMPARO O PADRE JOÃO FRANCISCO DE SIQUEIRA ANDRADE, INSTITUI- DOR DESTA ESCOLA, AO FAÍZE ESPECIALMENTE AOS SEUS DIONOS BEMFEITORES. Tendo-mo recolhido do 'uma das mais longas pere- grinações quo tenho feito pelo interior desta humanita- rid provincia do Hio de Janeiro, venho á imprensa agradecer, pela minha parto, a hospitalidade quo de seus habitantes hei recebido, e em nome de Deus, t* da parte das pobres amparadas na Escola Domestica de Nessa Sanhora du Amparo, os auxílios qua generosa- mente mo confiaram em favor deliam Me é summamenta consolador poder, ao mesmo tem- po, dar aos caridosos bemfeitore9 desta pia casa alguns esclarecimentos sobre seu progresso e administração, os qiiaesconfio que lhes hão de ser agradáveis. Antes, porém, de o fazer, lenho a cumprir um imporioso devei para o qual supplico a benevolência dos dignos leitores desta folha. Tenho recebido, geralmente, do meus patrícios as m.i->j-;^irjf-? njoçgj, <)o sua hospitalidade e cavalhei- i^íS,.í^:.}^uíí/!í|irfo sou patriotismo e caridade em favor de nossffia^^r^ria empreza. Porém uosta ultima peregrinação polo município de Campos, um doloroso incidente proporcionou-me ol- guns actos do tamanha abnegação'e caridade da parte de vários amigos para comungo quo é para mim um dovor consagrado pela gratidão, registrados na historia da nosso instituição. E' corto quo Deus quando permitte que seus humil- des servos experimentem algumas provações, suovisa-os Idgo; prnporcionahdo-llios recursos tão extraordinários que não se explicam senão pela iniluuncia da graça. AccotnmeUido em Campos, na fazenda do meu ami- go o sr. capitão Francisco da Cunha Azeredo Coutinho, de uma (enfermidade quo em pnucas horas reduziu-me a um estado tão grave, quo a todos pareceu imminente minha morto, foi admirável o zelo com que alguns ami- gos se esforçaram pira salvar minha existência, então verdadoiraraonlo comproraetlida. O illm. sr. dr. Jeronymo Baptista Pereira, distineto medico e importante fazendeiro, deixando sua digna familia, com a cireúnistancia do ter no mesmo tempo gravemente onformo um filho, por quem tanto se des- vela, correu para junto do mira, e durante muitos dias e muitas noites não se apartou de meu leito ; acompa- nhou-mo até a cidade do Campos, para onde mais tar- de fui conduzido, e onde continuou'a tratar-me com a mesma dedicação ; ahi tomaram parto no meu trata- monto, como medico, o illm. sr; dr. Lourenço M. de Almeida Baptista, e como pharmaceutico, o illm. sr, José Joaquim de Souza Motta ; seus esforços e dodi- cação á minha pessoa foram do vordadeiros amigos. O meu oplimo collega, o sr. conego Antonio Peroiro Nunes, a quem ero dovedor de muitos obséquios e hospitalidade, deu-me por essa oceasião grandes pro- vas do sua omisade, e como digno ministro da egreja de Deus, proporcionou-me as maiores consolaçõí9, O exm. sr. dr. Fernandes Pinheiro, digno juiz de di- reilo, e o sr. Júlio Esberard e suas dignas familias.não pouparam sacrifícios para minorar os meus sofTrimen- tos-..,.., Que direi do meu amigo o sr. capitão Francisco da Cunha de Azeredo Coulinho ? este nobre cavalheiro, sua digna esposa a exma. sra. d. Eugenia, sua cara li- lha a sra. d. Koso, e genro o sr. José da Cunha Silva e Souza, verdadeiros discípulos do Evangelho, durante dous mezes não viveram senão por mim e para mim I em suas pessoas encontreí.é certo, verdadeiros e extre- mosos paos; para essas grandes almasnáo ha recom- pensas sobro a terra I M ato devo igualmente ao illm, sr. capitão Manoel José de Castro e à exma. sra. d. Ma- ria, sua digno esposa. Aos srs. capitão Sebastião da Cu- nha, corouol José Joaquim e a outros muitos cavalhei- ros, meus dedicados amigos, quo nào me é possível no- raeal-os a todos desta vez, lhes protesto minha gratidão eterna pelos obséquios e inpuraeros favores que mo prestaram. Finalmente, dopois de mais de quatro mezes de con- valesconçi no interior da provincia de S. Paulo, e na de Minas, tendo, graças á Divina bondado, readquirido minha saude, acabo de regrossar paro esta cidade de Pelropolis. E é meu propósito oecupar-mo agora da conclusão dellnitiva do odilicio da Escola Domestica de Nossa So- nhora do Amparo, visto ter, griiças ao auxilio Divino e FOLHETIM (*1 |- '." á caridade brazileira removido o primeiro e maior obs- taculo. .f ' . ! Porquanto são patentes asflifTIcnldadus que se encon- tram para se organisar no paiz um corpo docente de senhoras;:que se encarreguem da direcçào e ensino do uma instituição pia de primeira ordem, o os sacrifícios dos paus de familia para obterem uma profewora, alim de fazer educar seus lllhinhos sob sua vigilância e cui- dados, ou mesmo uma criada. Foi, sim, depois de ter passado por conlratinóeúiri, dissabores o sacrifícios que não se descrevem, ciua me resolvi '.-zer um eosaio, com um pequeno Bumero (âe educandas, que ontào não exigisse grande pecooal cio- cenle, a ver se poderia preparar e obter d'antre oo pro- prias filhas da casa, professoras nacionaea que, <àe futii- ro, se encarregassem não deste mesmo estabeleci- mento (que quando concluído edmittirá cerca de 300 educandas) como de qualquer outra instituição pio. Eis a difficuldade quo consideio vencida, e & noticia que com certeza sorá bem recebida pelos habitantes destajterra qualquer que seja a sua nacionalidade. Com effeito, depois de um tirucinio de seis para sete onnos, os resultados que Começam apparecer entre 40 educan- das, graças a Deus são os mais satisfactorios. As pro- fessoras são toda: brazileiros, filhas da própria casa, e ao mesmo tempo, o ensinamento, a ordem e o aceio, ou antes, toda a dirècção do asylo têm-se aperfeiçoado tanto quo, é com luramo prazer que convidámos aos bemfeitores a visitara cosa afim de apreciarem.os fruc- tos de sua caridade, li' osle um facto que deve animar a todos os filhos desta terra, em cujos peitos arderem os nobres sentimentos da caridade e do patriotismo. E' preciso notar que o asylo ainda nàó admittio uma criada, o não sdmitlirá jamais : todos os serviços são feitos pelas educandas na conformidade dos ostatu- tos; e o palavra criada é familiar entre ellas: todas sabem quo se preparam para viver de seu trabalho, quer como criadas nu governantes de casa, conforme o systema seguido na Europa, ou como profossoras «s que se habilitarem para o magistério ; quer constituindo-se ora família polo casamento. Pelas observações, finalmente, quo tenho feito e a julgar do apego que as filhas destb estabelecimento mostram pelo trabalho e aptidão quo revelam cm sous estudos, póde concluir-se, e eu estou convencido, que uma vez bem educadas e bem dirigidas, os resultados a que poderemos chegar serão immensamento vantajo- sos oo paiz, sobretudo attendondo a transicção porque tem elle do passar, talvez muito cedo. E' verdade que pira completarmos esto nossa crido- so empreza', ainda muito tenho que trabalhar e muito precisamos da caridade brazileira. Ella não nos ho de faltar:' D<ms se encarregará, como tem sido até hoje, de sor o monsageiro de sua obra ante os dignos doposi- tarios de sua confiança e de sous thesouros. SS MM, o SS. Altozas Imperiaes muito tem contri- buido.põro este bom resultado, quer com seus impor- lantes donativos,quer animando com suas augustas pre- senças, tanto as orphãs do asylo comi) as nossas festas de caridade. Do novo appellamns para a inexautivel caridade bra- zileira. Sim, quo mo ajudaram a levar a cruz ao hombro o me puzerom em caminho não é possível que me desamparem no meio da jornada, no momento em qno mais precisamos do seus soecorros. Peço aos meus compatriotas mais uma esmola. Uma 0 ESTUDANTE DE SALAMANCA HOTAVEL ROMANCE PENINSULAR SGENÀS DA GUERRA CARLISTA POR ERNESTO CAPENDU xxüi O ancião _Senhorcavolleiro, disse o ancião dirgindo-se ao aiudante de calnpo de Zuraala-Carregui,- sejam bem vindos, o senhor e o seu companheiro, a osta suo "e com o gesto, apontou para a porta aborta da sua humilde cabaoa. Fernando e Andréa entraram. Mochuello e o ancião acompanharam-nos indn um P°—Então, segredou o dono da modesta casinha ao soldado, apontando para o ajudante de campo de Zu- mala-Carregui; então, é aquelle, nao é ? ²O affrjiçosdb do generol, respondeu Mochuello, aquelle que ha muito tempo desejas ver, e que o acaso me permittiu que hoje conduzisse a tua casa;¦ Unal- mente, o estudante Fernando, que ô eUe mesmo. ²E estás certo de que,tem ao pescoço a medalha de qüe me-fallaste 7. ²Estou certo disso; tenho-lh'a visto muitas vezes ²Muito bem. Entremos agora. Sobre .uma mesa ordinário estava preparada uma modesta ceia,. . ²Queiram perdoar não os receber melhor; mas tal como: pôde fazel-o, assim lhes offerece o que tem um bom hespauhol.. ²Soldados não são difíceis de contentar, respondeu Fernando, e queira Deus que encontremos sempre uma coia semelhante e uma cama igual. ²Ament occrescentouiMochuello rindo. O hospedeiro, fazendo então notar aos dois mance- boa que a sua habitação náo continha mais de uma casa aquella oqde estavam, e que desempenhava ora as funeções de sala de jantar, ora de c zinho, umas ve- zes de sola, outras de quarto de como, propoz-lhos, para os deixar .em completa libertado,- que iria com Mochuello passar a.noite para.um.casal visinho. Fernando não consentiu nesse ajuste. ²Mochuello tem toda a minha confiança disse elle, e creio quevós a mereceis igualmente. Ficae ecoie- mns todos quatro. Além de quo, nào tenho segredos a guardar de ninguém. - Pozeram.seá mesa., <-i ^A-reíeisiOiCdffeji-sileoci.os». Aaírés»Mochuello pequena sobra de suas {mesas será bastante para a conclusão de nossa empreza. Emflm, com mais um acto espontâneo e generoso do ma paile, e uni esforço dn niinha, como fiel adminis- irfidor da caridade christõ, ficará o paiz dotado com uma instituição verdadeiramente nacional, isto é, o primeiro Asylo Escola de meninas pobres no Brazil, íuuáado por um humilde sacerdote brazileiro, e dirigi- tio por um pessoal [completo de senhoras iguolmente brrzileiras. Pela -jiuhc parte, como correspondência á condan- ça que liai merecido de meu. paiz, e quo espero conti- nuer « mi.-rticer, destituído da menor sombra do íiailiiçf.u, declaro ante o tribunal do Deus,quo ha muito tootio c lünsíjTído de um modo absoluto ao bem da humanidade e da nossa cara pátria toda minha riqueza, isto é tudo quanto ponsuo de mais precioso sobre a terra que é a minha própria existência : e, graças á Divina Providencio, o paiz vau sendo testemunha desta verdade e o ha de ser á proporção do sua cari- dode.* Devo confessar, é verdade, que tenho recebido ver- dadeiras recompensas de meus trabalhos, as únicas que ambiciono sobre a terra. Consistem ollas nas consola- ções quo me tnm proporcionado todas as pessoas que, visitando o estabelecimento e examinando parcialmente suas obia% alimentação das meninas, vestuário, etc, etc., o o balancete que abaixo voo publicado, tem ma- nifestado sua admiração pelo muito que temos feito relativamente ao dinheiro empregado, sobresahindo portanto a mais oscrupulosa economia com que tenho administrado o obolo da caridade. No Itinerário de minhas peregrinações, trabalho que pretendo fazer imprimir, e offertar aos caridosos bem- feitores de nossa pia instituição, logo depois de con- cluido o edifício, virá o relatório geral, e nelle sorão melhor apreciados os nossos esforços, E' meu proposi- to nesta obro, dopois da descripção de todas as minhas viagens, ollerecer á família brazileira algumas instruc- çõos sobre as condições especiaes de uma professora ou de uma criada no lar doméstico. Embora tenha de lembrar nessa oceasião os nomes de todos os bemfeitores, publicados, não me posso disponsar, entiotanto, de moncionar aqui alguns dis- lindos cavalheiros que ultimamente tem reformado suas assignaturas, augmentando ^onerosa e esponta- neamente seus donativos, como sejam os illms. srs. commondador José de Souza Breves, que por si, e commemorando sua virtuoso esposa, fallecida, a exmai sra. d. Ilito Breves, olevou seu donativo a 25:000$, o sr. capitão Augusto de Souza Brandão a 10:000$ e o exm, sr. Baião de Guarapuava, morador ns provincia do Paraná, que nos- enviou espontânea- mente a esmola de 5:000$, os exms. srs. Barão da Ap- parecida, Barão da Lagòo, rvd. podre Francisco Bacel- lar e seu digno irmão o sr. Fernando de Castro, que, além de seus donativos, tem contribuído por oi. tros modos para o desenvolvimento do asylo.. Bem como as exmas. sras. d. Anastácia Ubelhart Itodrígues, d. Ma- riana Ubelhart Lengruber e d. Thereza Ubelhart da Motta que com tanta dedicação fizeram a esta institui- ção a applicação do legado que em testamouto fez sen catidoso irmão o sr. Vicente Ubolhart, na importância do li apólices de 1:000$ cada uma. (*) Sim, ostas caridosas Olhas do Evangelho, que tantos benefícios tem feito a osta, e outras obras pias, oc- cupam uma pagina mui distineta em nosso trabalho, comiam com appetite as grussí-iras iguarias quo lhes preparara o ancião! Este parecia inteiramente absorto em contemplar o mancebo collocado na sua freute. O olhar meio enfraquecido pelo peso dos onnos, bri- lhava algumas vezes cheio de um estranho ardor o de um sorriso de satisfação, sorriso que revelava uma sen- sação de alegria, ao tnesm tempo quo uma esperança de ventura lho illuminava o rosto nobre. O olhar com quo filava docemente o mancobo, re- flectio umo tal bondade que linha alguma cousa de realmente paternal. Emquanto a Fernando, sempre pensativo e preoceu- pado, tocava de leve no tradiccional puchero. Com certeza uma recordação incessante perseguia o mancebo; esta recordação, porém,,muito difierénte da que animava o ancião, parecia oceultor uma profuuda auciedade.¦ De bocado a bocado erguia a fronte ensombrada, olhava para Audrés o antre-abria a bocea como se qui- zesse fazer uma pergunta; mas, expirava-lhe nos la- bios a polavra e deixava cahir uas mãos a cabeça in- telligente. . Quando lhe pareceu quo os sem companheiros esta- riam satisfeitos, cedeu, finalmente, ao máo estar e á inquiotaçSo seu espirito. ²Andrés, disse hesitando, como se receiasse do resposta que esperava; Andrés ha quanto tempo... sahiste tu de Villa Franca ? ²lia dois annos, respondeu Andrés. ²E... minha mãe... ainda vive? ²Creio que sim. ²Vistel-a? ²Não, depois que sahi da cidade. Fernando respirou livremente. ²Ahi exclamou alegre, receiava uma nova fatal mas Deus é bom, me puniu bastante. Ao ouvir estas palavras, Andrés desviou o rosto re- coioso de que lhe lessem no olhar alguma cousa. Náo notou este movimento o seu amigo. ²Audrés, recomeçou elle com vivacidade, repete- me sempre que minha mãe vive. ²Repito-te que creio isso, Fernando. Ha mais de dois annos que nâo a vejo ; mas se lhe tivesse aconte- cido alguma fatalidade, sabel-o-hia eu com cortoza. ²E a ultima vez que a viste, fallaste-lheT ²Fallei-lho. ²E... ella ainda se lembrava de que tinha um Olho Fernando, o leu nome nunca era esquecido nas suas orações. ²Julgas então que ella me tenha perdoadoT ²Também me parece que sim. ²Boa mão I murmurou Fernando possuído de, gran- de commoção, 'emquanto -que abundantes1 Irfgrimas lhe banhavam as facesbronzeadas/Jurdlqiiéüfiíímé apre- sentaria a ella senão depois de ter vingado a morte de meu pae nos algozos que o mataram ; mas Villa Franco é peito... ²Iremos juntos, disso vivamente Andrés. ²Sim I amanhã pedirei licença ao general. Minha mãe... repetiu o estudante com uma voz cheia do ine- favel doçura ; minha máo, rainha mão I Todos quantos amo, lêin soffrido p«r minha ciusa I Oh I sim quero tornar anvel-os.l Pobie e bella lgnezl Como ella terá chorado a auseucia de seu irmão amaldiçoado. ²Sim, chorou, a nobre senhora l disse Andrés com um modo singular. ²Também a viste? perguntou Fernando. ²Não.., rospondou Andréa ombaraçado. ²Pois que 1 acaso ella náo está junto da minha máo? ²não eátá com cila l ²Onde está eulão? ²Não o sei. ²Mas então I exclamou Fernando, também Ignez abandonou a cosa paterna ? ²Abandonou-a por ordem de seu pae para seguir seu .. esposo. As ultimas palavras pareciam sahir didicilmento da bocea do Andrés, e os lábios crispavam-se-lha' ao pro- nuucial-as, como se ellas os despedaçassem ao profe- ril-as. Fernando encarou no mancebo com expressiva fl- xidez. ²Seu esposo I repetiu elle. lgnez casou T ²Desgraçadamente para mim 1 casou, respondeu Andrés com um modo doloroso. ²Ha quanto temi-o foi isso, meu Deus? disse Fer- nando que parecia profundamente enleiado. ' ; ²Ha mais de dois annos; oito mezes depoii da tua partida, e seis antes de começar a guerra. , E quem escolheu ella para esposo? Andiés acenou com a cabeça. ²Ellá não escolhou, disso ello, obrigaram-n'a as circumstancias, obedeceu. ²As circumstancias, dizes tu ? Não compreheodo, Andrés quiz retirar-se como se d interrogatório se lhe tornasse insupportavel. ²Explica-te-1 repetiu Fernando com força. ²Explicar-me-hei mais tai do, disse Andrés. ²Visto isso, lgnez casou contra sua vontado? por- que ómüm ella amava-te I... tu tambom a amavas I Estava tratada o sua união, e para que ella não tivesse lugar, é mister... —Tua irmã foi obrigada I interrompeu Andrés cheio de impaciência. ²Jiogo, é infelizj, ²Receio.que sim. Um silencio seguiu esta curta resposta. ²Quem é então o seu marido? ²Um official, disse Andrés- que náo respondia se- não por breves palavras, como um homem que deseja guardar silencio, e ao 'qual se torna éada vez mais pe- Doso o objecto da conversoção de que se trata. ²Um lofflcial do exercito da regente ? exclamou Fernondo som prestar attenção ao visível constrangi- mento do son amigo. ²Sim. ²O seu nome? ²Dir-t'o-hei mais tarde, prometteu Andrés d«i« viando o rosto. ²Porquo não ha de ser ? ²Por que eu próprio o ignoro. Os olhos fugiam do olhar scintillante du Fernando, que foliava desta farina : ²Tu ignoras o nome ? exclamou o estudante com violência. Isso é impossivol 1 Tu estavas em Villa Fran- ca quando isso foi ; conhecias mou pae que te amava suavemente ; lu mesmo, repito-o, amaste minha irmã, sei-o eu, o queres dizer-me que ignoras o nome do teu rival ? ²Fernando... peço-tel... ²Andrés I tu queres oceultar-me uma desgraça que eu ignoro. Seja o que fôr, quero sabel-a I Folia I O nome daquelle quo esposou minha irmã ? ²Pois bem, Fernando, promettes-me ser pru- dente ? ²Prometto. Falia. André* guardou silencio. ²Falia pois I exclamou Fernando colérico. ²Tua irmã, disse elle cem voz pausada, é o mulher do coronel Homero e Puelis I ²Romero e Puelis I repeliu Fernando erguendo-sa da cadeira. Aquelle que fez.fuzilar meu pae? ²Não... mas seu irmão. ²Ohl pobre lgnez I infeliz criança I disse o estu- dante com dôr pungente pensando na horrível situação em que se acharia sua irmã. Andrés pegou-lhe Da mão. ²Coragem I disse elle. Fernando ergueu a cabeça esforçando-se por (• moi- trsr soc-gado, ²E, continuou elle depois de curto silencio, conhe- ces a causa desta união? ²Não, murmurou o christino. Havia porém manifesta contradicçào entre a sua rei- posta e o tom om que a tinhn dito. ²Pois bem 1 exclamou Fernando, essa causai julgo conheeol-a, eu ; essa causa, é... Os seu olhares interrogaram Andrés porém elle não respondeu. Fernondo tornou-se de uma pallidez livido. ²Eu então é que sou a causo daquella desgraça? perguntou com modos impetuosos. Diz a verdade, An- drés, rogo-te que o digas. Andrés desviou a cabeça. ²Ohl como eu sou miserável I exclamou o estu- dante. Como hei de resgatar as minhas faltas? corao expiar os males que acarretei sobre a cabeça de todos os que me amavam ? , (Continua).

Transcript of Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo...

Page 1: Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo Marquesmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1877_06173.pdf · nulençãodo sou utilissimo instituto. ... e em nome de Deus, t* ... buido.põro

ANNO XXIVAPSICNATURAS PARA* CAPITAL i:.Atílio". ."V . ';- rs-12jif000 'Semestre C$000 ,

tL<a*á;auiciito uiilanituloNuiiiér avulso—200, rs.

¦'' M-'" HfaB Irm'- Irl H I

1;|; M_\ ' IH lil' I^m ^Bw i B|^V MB™ WWi, W' ^^

I^olli^ luiberal, Noticiosa,FASLISTAffr

Ilfdiistrial

N. 6173ASSIGNATUIIA PARA 1'ÓIIA

AlHIO . -',.•-a-•. .¦... - .'i&fluU)Semestre.- 8$000

4'aftjr»íiiie!UÊo n^iHataiülo'lyp. rua da Iniporatrií,

e LitterariaProprietário—Joaquim Roberê de Azevedo Marques

S. PAULOmSabbado 2 de Juni*$.'dé 1877 BRAZIL

a lis--funda-

CORREIO PAÜL1STAIÍ0S. 1'aulo, 2 de Junho de 181T

. O sr. padre João de Siqueira

N'um dos últimos números do «Jornal do Commer-cio» depara-se-uos uma franca exposição feita polo nos-su distineto patricio revm. sr. padre JoãiTde Siqueira

Andrade, acerca do importante estabelocimeolg-cola Domoitica do Nossa Seuhora do Amparu»do em Potropolís por esse digno paulista.

Similhante exposição é um documento irrecusavol do

valioso beneficio que tão virtuoso sacerdote vae reali-

sando em prol das meninas desvalidas, ao dar-lhes uma

educação essencialmente pratica e proveitosa que as

habilite a tornarem-se verdodeiratnonto uteis á si e á

sociedade.O asylo-escola por olle instituído no intuito de mi-

oistrar meio honesto do subsistência ás desfavorecidas

da fortuua inspiraado-lhcs o amor ao trabalho, coniti-

tue um padrão de gloria para seu honrado auetor o pa-tentea os sentimentos olovados de cariJade que dislin-

guem um sincoro ministro da religião chrislã,

Cara o desempenho cabal do sua philantropica mis-

são faz um novo appello á genorosidade publica alme-

jando obter os recursos necessários a conclusão o ma-

nulençãodo sou utilissimo instituto.li' de presumir quo tão justo appello encontre um

éch» sympathico como merece.Apreciando devidamente o louvável procedimento do

ievm. sr. pidroJoáo de Siqueira Andrade que de tal

arte presta um seiviço inapreciavel ao paiz reproduzi-

mos os suas nobres palavras secundando-o no pedido

que dirige em fivor da sua obra humanitária.

ESCOLA DOMESTICA ÜE NOSSA SENHORADO AMPARO

O PADRE JOÃO FRANCISCO DE SIQUEIRA ANDRADE, INSTITUI-

DOR DESTA ESCOLA, AO FAÍZE ESPECIALMENTE AOS SEUS

DIONOS BEMFEITORES.

Tendo-mo recolhido do 'uma das mais longas pere-grinações quo tenho feito pelo interior desta humanita-rid provincia do Hio de Janeiro, venho á imprensaagradecer, pela minha parto, a hospitalidade quo deseus habitantes hei recebido, e em nome de Deus, t*da parte das pobres amparadas na Escola Domestica deNessa Sanhora du Amparo, os auxílios qua generosa-mente mo confiaram em favor deliam

Me é summamenta consolador poder, ao mesmo tem-

po, dar aos caridosos bemfeitore9 desta pia casa algunsesclarecimentos sobre seu progresso e administração,os qiiaesconfio que lhes hão de ser agradáveis. Antes,porém, de o fazer, lenho a cumprir um imporioso devei

para o qual supplico a benevolência dos dignos leitoresdesta folha.

Tenho recebido, geralmente, do meus patrícios asm.i->j-;^irjf-? njoçgj, <)o sua hospitalidade e cavalhei-i^íS,.í^:.}^uíí/!í|irfo sou patriotismo e caridade emfavor de nossffia^^r^ria empreza.

Porém uosta ultima peregrinação polo município deCampos, um doloroso incidente proporcionou-me ol-guns actos do tamanha abnegação'e caridade da partede vários amigos para comungo quo é para mim umdovor consagrado pela gratidão, registrados na historiada nosso instituição.

E' corto quo Deus quando permitte que seus humil-des servos experimentem algumas provações, suovisa-osIdgo; prnporcionahdo-llios recursos tão extraordináriosque não se explicam senão pela iniluuncia da graça.

AccotnmeUido em Campos, na fazenda do meu ami-go o sr. capitão Francisco da Cunha Azeredo Coutinho,de uma (enfermidade quo em pnucas horas reduziu-mea um estado tão grave, quo a todos pareceu imminenteminha morto, foi admirável o zelo com que alguns ami-gos se esforçaram pira salvar minha existência, entãoverdadoiraraonlo comproraetlida.

O illm. sr. dr. Jeronymo Baptista Pereira, distinetomedico e importante fazendeiro, deixando sua dignafamilia, com a cireúnistancia do ter no mesmo tempogravemente onformo um filho, por quem tanto se des-vela, correu para junto do mira, e durante muitos diase muitas noites não se apartou de meu leito ; acompa-nhou-mo até a cidade do Campos, para onde mais tar-de fui conduzido, e onde continuou'a tratar-me com amesma dedicação ; ahi tomaram parto no meu trata-monto, como medico, o illm. sr; dr. Lourenço M. deAlmeida Baptista, e como pharmaceutico, o illm. sr,José Joaquim de Souza Motta ; seus esforços e dodi-cação á minha pessoa foram do vordadeiros amigos.

O meu oplimo collega, o sr. conego Antonio PeroiroNunes, a quem já ero dovedor de muitos obséquios ehospitalidade, deu-me por essa oceasião grandes pro-vas do sua omisade, e como digno ministro da egrejade Deus, proporcionou-me as maiores consolaçõí9,

O exm. sr. dr. Fernandes Pinheiro, digno juiz de di-reilo, e o sr. Júlio Esberard e suas dignas familias.nãopouparam sacrifícios para minorar os meus sofTrimen-tos- ..,..,

Que direi do meu amigo o sr. capitão Francisco daCunha de Azeredo Coulinho ? este nobre cavalheiro,sua digna esposa a exma. sra. d. Eugenia, sua cara li-lha a sra. d. Koso, e genro o sr. José da Cunha Silva eSouza, verdadeiros discípulos do Evangelho, durantedous mezes não viveram senão por mim e para mim Iem suas pessoas encontreí.é certo, verdadeiros e extre-mosos paos; para essas grandes almasnáo ha recom-pensas sobro a terra I M ato devo igualmente ao illm,sr. capitão Manoel José de Castro e à exma. sra. d. Ma-ria, sua digno esposa. Aos srs. capitão Sebastião da Cu-nha, corouol José Joaquim e a outros muitos cavalhei-ros, meus dedicados amigos, quo nào me é possível no-raeal-os a todos desta vez, lhes protesto minha gratidãoeterna pelos obséquios e inpuraeros favores que moprestaram.

Finalmente, dopois de mais de quatro mezes de con-valesconçi no interior da provincia de S. Paulo, e nade Minas, tendo, graças á Divina bondado, readquiridominha saude, acabo de regrossar paro esta cidade dePelropolis.

E é meu propósito oecupar-mo agora da conclusãodellnitiva do odilicio da Escola Domestica de Nossa So-nhora do Amparo, visto ter, griiças ao auxilio Divino e

FOLHETIM (*1

|- '."

á caridade brazileira removido o primeiro e maior obs-taculo. .f ' . !

Porquanto são patentes asflifTIcnldadus que se encon-tram para se organisar no paiz um corpo docente desenhoras;:que se encarreguem da direcçào e ensino douma instituição pia de primeira ordem, o os sacrifíciosdos paus de familia para obterem uma profewora, alimde fazer educar seus lllhinhos sob sua vigilância e cui-dados, ou mesmo uma criada.

Foi, sim, depois de ter passado por conlratinóeúiri,dissabores o sacrifícios que não se descrevem, ciua meresolvi '.-zer um eosaio, com um pequeno Bumero (âeeducandas, que ontào não exigisse grande pecooal cio-cenle, a ver se poderia preparar e obter d'antre oo pro-prias filhas da casa, professoras nacionaea que, <àe futii-ro, se encarregassem não só deste mesmo estabeleci-mento (que quando concluído edmittirá cerca de 300educandas) como de qualquer outra instituição pio.

Eis a difficuldade quo consideio vencida, e & noticiaque com certeza sorá bem recebida pelos habitantesdestajterra qualquer que seja a sua nacionalidade. Comeffeito, depois de um tirucinio de seis para sete onnos,os resultados que Começam apparecer entre 40 educan-das, graças a Deus são os mais satisfactorios. As pro-fessoras já são toda: brazileiros, filhas da própria casa,e ao mesmo tempo, o ensinamento, a ordem e o aceio,ou antes, toda a dirècção do asylo têm-se aperfeiçoadotanto quo, é com luramo prazer que convidámos aosbemfeitores a visitara cosa afim de apreciarem.os fruc-tos de sua caridade, li' osle um facto que deve animara todos os filhos desta terra, em cujos peitos arderemos nobres sentimentos da caridade e do patriotismo.

E' preciso notar que o asylo ainda nàó admittio umasó criada, o não sdmitlirá jamais : todos os serviçossão feitos pelas educandas na conformidade dos ostatu-tos; e o palavra criada é familiar entre ellas: todassabem quo se preparam para viver de seu trabalho,quer como criadas nu governantes de casa, conforme osystema seguido na Europa, ou como profossoras «s quese habilitarem para o magistério ; quer constituindo-seora família polo casamento.

Pelas observações, finalmente, quo tenho feito e ajulgar do apego que as filhas destb estabelecimentomostram pelo trabalho e aptidão quo revelam cm sousestudos, póde concluir-se, e eu estou convencido, queuma vez bem educadas e bem dirigidas, os resultadosa que poderemos chegar serão immensamento vantajo-sos oo paiz, sobretudo attendondo a transicção porquetem elle do passar, talvez muito cedo.

E' verdade que pira completarmos esto nossa crido-so empreza', ainda muito tenho que trabalhar e muitoprecisamos da caridade brazileira. Ella não nos ho defaltar:' D<ms se encarregará, como tem sido até hoje,de sor o monsageiro de sua obra ante os dignos doposi-tarios de sua confiança e de sous thesouros.

SS MM, o SS. Altozas Imperiaes muito tem contri-buido.põro este bom resultado, quer com seus impor-lantes donativos,quer animando com suas augustas pre-senças, tanto as orphãs do asylo comi) as nossas festasde caridade.

Do novo appellamns para a inexautivel caridade bra-zileira. Sim, já quo mo ajudaram a levar a cruz aohombro o me puzerom em caminho não é possível queme desamparem no meio da jornada, no momento emqno mais precisamos do seus soecorros.

Peço aos meus compatriotas mais uma esmola. Uma

0 ESTUDANTE DE SALAMANCAHOTAVEL ROMANCE PENINSULAR

SGENÀS DA GUERRA CARLISTAPOR

ERNESTO CAPENDU

xxüiO ancião

_Senhorcavolleiro, disse o ancião dirgindo-se ao

aiudante de calnpo de Zuraala-Carregui,- sejam bemvindos, o senhor e o seu companheiro, a osta suo

"e com o gesto, apontou para a porta aborta da sua

humilde cabaoa.Fernando e Andréa entraram.Mochuello e o ancião acompanharam-nos indn um

P°—Então, segredou o dono da modesta casinha ao

soldado, apontando para o ajudante de campo de Zu-mala-Carregui; então, é aquelle, nao é ?

O affrjiçosdb do generol, respondeu Mochuello,aquelle que ha muito tempo desejas ver, e que o acasome permittiu que só hoje conduzisse a tua casa;¦ Unal-mente, o estudante Fernando, que ô eUe mesmo.

E estás certo de que,tem ao pescoço a medalhade qüe me-fallaste .

Estou certo disso; tenho-lh'a visto muitas vezesMuito bem. Entremos agora.

Sobre .uma mesa ordinário estava preparada umamodesta ceia, . .

Queiram perdoar não os receber melhor; mas talcomo: pôde fazel-o, assim lhes offerece o que tem umbom hespauhol. .

Soldados não são difíceis de contentar, respondeuFernando, e queira Deus que encontremos sempre umacoia semelhante e uma cama igual.

Ament occrescentouiMochuello rindo.O hospedeiro, fazendo então notar aos dois mance-

boa que a sua habitação náo continha mais de uma

casa aquella oqde estavam, e que desempenhava oraas funeções de sala de jantar, ora de c zinho, umas ve-

zes de sola, outras de quarto de como, propoz-lhos,para os deixar .em completa libertado,- que iria comMochuello passar a.noite para.um.casal visinho.

Fernando não consentiu nesse ajuste.Mochuello tem toda a minha confiança disse elle,

e creio quevós a mereceis igualmente. Ficae ecoie-mns todos quatro. Além de quo, nào tenho segredos a

guardar de ninguém.- Pozeram.seá mesa. , <-i^A-reíeisiOiCdffeji-sileoci.os». Aaírés»Mochuello

pequena sobra de suas {mesas será bastante para aconclusão de nossa empreza.

Emflm, com mais um acto espontâneo e generoso doma paile, e uni esforço dn niinha, como fiel adminis-irfidor da caridade christõ, ficará o paiz dotado comuma instituição verdadeiramente nacional, isto é, oprimeiro Asylo Escola de meninas pobres no Brazil,íuuáado por um humilde sacerdote brazileiro, e dirigi-tio por um pessoal [completo de senhoras iguolmentebrrzileiras.

Pela -jiuhc parte, como correspondência á condan-ça que liai merecido de meu. paiz, e quo espero conti-nuer « mi.-rticer, destituído da menor sombra doíiailiiçf.u, declaro ante o tribunal do Deus,quo ha muitotootio c lünsíjTído de um modo absoluto ao bem dahumanidade e da nossa cara pátria toda minha riqueza,isto é tudo quanto ponsuo de mais precioso sobre aterra que é a minha própria existência : e, graças áDivina Providencio, o paiz já vau sendo testemunhadesta verdade e o ha de ser á proporção do sua cari-dode. • *

Devo confessar, é verdade, que tenho recebido ver-dadeiras recompensas de meus trabalhos, as únicas queambiciono sobre a terra. Consistem ollas nas consola-ções quo me tnm proporcionado todas as pessoas que,visitando o estabelecimento e examinando parcialmentesuas obia% alimentação das meninas, vestuário, etc,etc., o o balancete que abaixo voo publicado, tem ma-nifestado sua admiração pelo muito que temos feitorelativamente ao dinheiro empregado, sobresahindoportanto a mais oscrupulosa economia com que tenhoadministrado o obolo da caridade.

No Itinerário de minhas peregrinações, trabalho quepretendo fazer imprimir, e offertar aos caridosos bem-feitores de nossa pia instituição, logo depois de con-cluido o edifício, virá o relatório geral, e nelle sorãomelhor apreciados os nossos esforços, E' meu proposi-to nesta obro, dopois da descripção de todas as minhasviagens, ollerecer á família brazileira algumas instruc-çõos sobre as condições especiaes de uma professora oude uma criada no lar doméstico.

Embora tenha de lembrar nessa oceasião os nomesde todos os bemfeitores, já publicados, não me possodisponsar, entiotanto, de moncionar aqui alguns dis-lindos cavalheiros que ultimamente tem reformadosuas assignaturas, augmentando ^onerosa e esponta-neamente seus donativos, como sejam os illms. srs.commondador José de Souza Breves, que por si, ecommemorando sua virtuoso esposa, já fallecida, aexmai sra. d. Ilito Breves, olevou seu donativo a25:000$, o sr. capitão Augusto de Souza Brandão a10:000$ e o exm, sr. Baião de Guarapuava, moradorns provincia do Paraná, que nos- enviou espontânea-mente a esmola de 5:000$, os exms. srs. Barão da Ap-parecida, Barão da Lagòo, rvd. podre Francisco Bacel-lar e seu digno irmão o sr. Fernando de Castro, que,além de seus donativos, tem contribuído por oi. trosmodos para o desenvolvimento do asylo.. Bem como asexmas. sras. d. Anastácia Ubelhart Itodrígues, d. Ma-riana Ubelhart Lengruber e d. Thereza Ubelhart daMotta que com tanta dedicação fizeram a esta institui-ção a applicação do legado que em testamouto fez sencatidoso irmão o sr. Vicente Ubolhart, na importânciado li apólices de 1:000$ cada uma. (*)

Sim, ostas caridosas Olhas do Evangelho, que tantosbenefícios já tem feito a osta, e outras obras pias, oc-cupam uma pagina mui distineta em nosso trabalho,

comiam com appetite as grussí-iras iguarias quo lhespreparara o ancião!

Este parecia inteiramente absorto em contemplar omancebo collocado na sua freute.

O olhar meio enfraquecido pelo peso dos onnos, bri-lhava algumas vezes cheio de um estranho ardor o deum sorriso de satisfação, sorriso que revelava uma sen-sação de alegria, ao tnesm tempo quo uma esperançade ventura lho illuminava o rosto nobre.

O olhar com quo filava docemente o mancobo, re-flectio umo tal bondade que linha alguma cousa derealmente paternal.

Emquanto a Fernando, sempre pensativo e preoceu-pado, tocava de leve no tradiccional puchero.

Com certeza uma recordação incessante perseguia omancebo; esta recordação, porém,,muito difierénte da

que animava o ancião, parecia oceultor uma profuudaauciedade. ¦

De bocado a bocado erguia a fronte ensombrada,olhava para Audrés o antre-abria a bocea como se qui-zesse fazer uma pergunta; mas, expirava-lhe nos la-bios a polavra e deixava cahir uas mãos a cabeça in-telligente. .

Quando lhe pareceu quo os sem companheiros esta-riam satisfeitos, cedeu, finalmente, ao máo estar e áinquiotaçSo dá seu espirito.

Andrés, disse hesitando, como se receiasse doresposta que esperava; Andrés ha quanto tempo...sahiste tu de Villa Franca ?

lia dois annos, respondeu Andrés.E... minha mãe... ainda vive?Creio que sim.Vistel-a?

Não, depois que sahi da cidade.Fernando respirou livremente.

Ahi exclamou alegre, receiava uma nova fatalmas Deus é bom, já me puniu bastante.

Ao ouvir estas palavras, Andrés desviou o rosto re-coioso de que lhe lessem no olhar alguma cousa.

Náo notou este movimento o seu amigo.Audrés, recomeçou elle com vivacidade, repete-

me sempre que minha mãe vive.Repito-te que creio isso, Fernando. Ha mais de

dois annos que nâo a vejo ; mas se lhe tivesse aconte-cido alguma fatalidade, sabel-o-hia eu com cortoza.

E a ultima vez que a viste, fallaste-lheTFallei-lho.E... ella ainda se lembrava de que tinha um

OlhoFernando, o leu nome nunca era esquecido nas

suas orações.Julgas então que ella me tenha perdoadoTTambém me parece que sim.

Boa mão I murmurou Fernando possuído de, gran-de commoção, 'emquanto -que abundantes1 Irfgrimas lhebanhavam as facesbronzeadas/Jurdlqiiéüfiíímé apre-sentaria a ella senão depois de ter vingado a morte de

meu pae nos algozos que o mataram ; mas Villa Francoé peito...Iremos juntos, disso vivamente Andrés.

Sim I amanhã pedirei licença ao general. Minhamãe... repetiu o estudante com uma voz cheia do ine-favel doçura ; minha máo, rainha mão I Todos quantosamo, lêin soffrido p«r minha ciusa I Oh I sim querotornar anvel-os.l Pobie e bella lgnezl Como ella teráchorado a auseucia de seu irmão amaldiçoado.

Sim, chorou, a nobre senhora l disse Andrés comum modo singular.

Também a viste? perguntou Fernando.Não.., rospondou Andréa ombaraçado.Pois que 1 acaso ella náo está junto da minha

máo?Já não eátá com cila lOnde está eulão?Não o sei.Mas então I exclamou Fernando, também Ignez

abandonou a cosa paterna ?Abandonou-a por ordem de seu pae para seguir

seu .. esposo.As ultimas palavras pareciam sahir didicilmento da

bocea do Andrés, e os lábios crispavam-se-lha' ao pro-nuucial-as, como se ellas os despedaçassem ao profe-ril-as.

Fernando encarou no mancebo com expressiva fl-xidez.

Seu esposo I repetiu elle. lgnez casou TDesgraçadamente para mim 1 casou, respondeu

Andrés com um modo doloroso.Ha quanto temi-o foi isso, meu Deus? disse Fer-

nando que parecia profundamente enleiado. ' ;Ha mais de dois annos; oito mezes depoii da tua

partida, e seis antes de começar a guerra., — E quem escolheu ella para esposo?

Andiés acenou com a cabeça.Ellá não escolhou, disso ello, obrigaram-n'a as

circumstancias, obedeceu.As circumstancias, dizes tu ? Não compreheodo,

Andrés quiz retirar-se como se d interrogatório selhe tornasse insupportavel.

Explica-te-1 repetiu Fernando com força.Explicar-me-hei mais tai do, disse Andrés.

Visto isso, lgnez casou contra sua vontado? por-que ómüm ella amava-te I... tu tambom a amavas IEstava tratada o sua união, e para que ella não tivesselugar, é mister...

—Tua irmã foi obrigada I interrompeu Andrés cheiode impaciência.

Jiogo, é infelizj,Receio.que sim.

Um silencio seguiu esta curta resposta.Quem é então o seu marido?Um official, disse Andrés- que náo respondia se-

não por breves palavras, como um homem que desejaguardar silencio, e ao

'qual se torna éada vez mais pe-

Doso o objecto da conversoção de que se trata.

Um lofflcial do exercito da regente ? exclamouFernondo som prestar attenção ao visível constrangi-mento do son amigo.

Sim.O seu nome?

Dir-t'o-hei mais tarde, prometteu Andrés d«i«viando o rosto.

Porquo não ha de ser já ?Por que eu próprio o ignoro.

Os olhos fugiam do olhar scintillante du Fernando,que foliava desta farina :

Tu ignoras o nome ? exclamou o estudante comviolência. Isso é impossivol 1 Tu estavas em Villa Fran-ca quando isso foi ; conhecias mou pae que te amavasuavemente ; lu mesmo, repito-o, amaste minha irmã,sei-o eu, o queres dizer-me que ignoras o nome do teurival ?

Fernando... peço-tel...Andrés I tu queres oceultar-me uma desgraça que

eu ignoro. Seja o que fôr, quero sabel-a I Folia I Onome daquelle quo esposou minha irmã ?

Pois bem, Fernando, promettes-me ser pru-dente ?

Prometto. Falia.André* guardou silencio.

Falia pois I exclamou Fernando colérico.Tua irmã, disse elle cem voz pausada, é o mulher

do coronel Homero e Puelis IRomero e Puelis I repeliu Fernando erguendo-sa

da cadeira. Aquelle que fez.fuzilar meu pae?Não... mas seu irmão.Ohl pobre lgnez I infeliz criança I disse o estu-

dante com dôr pungente pensando na horrível situaçãoem que se acharia sua irmã.

Andrés pegou-lhe Da mão.Coragem I disse elle.

Fernando ergueu a cabeça esforçando-se por (• moi-trsr soc-gado,

E, continuou elle depois de curto silencio, conhe-ces a causa desta união?

Não, murmurou o christino.Havia porém manifesta contradicçào entre a sua rei-

posta e o tom om que a tinhn dito.Pois bem 1 exclamou Fernando, essa causai julgo

conheeol-a, eu ; essa causa, é...Os seu olhares interrogaram Andrés porém elle não

respondeu.Fernondo tornou-se de uma pallidez livido.

Eu então é que sou a causo daquella desgraça?perguntou com modos impetuosos. Diz a verdade, An-drés, rogo-te que o digas.

Andrés desviou a cabeça.Ohl como eu sou miserável I exclamou o estu-

dante. Como hei de resgatar as minhas faltas? coraoexpiar os males que acarretei sobre a cabeça de todosos que me amavam ? ,

(Continua).

Page 2: Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo Marquesmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1877_06173.pdf · nulençãodo sou utilissimo instituto. ... e em nome de Deus, t* ... buido.põro

2 CüftllElO PAULISTANO

Como poderá ser visto já, a qualquer hora ; edivers isoutros oemfeitores que toem elevado seus donativosuns a 3:0000 e outros a 2:0000 cujos nomes, não sãoregistrado* desta vez por a folha não comportar a to-dos; porém o serão muito breve, e de um modo muisolemne. Não serão esquecidas as dignas senhoras que0'ganisaram o—Bazar da Caridade de 1875 ; seus no-mes serão lembrados com gratidão por suas benefi-ciadas.

Com esla pequena obra (o itinerário do minhas via-geo») levo em mira cumprir, não só um dever du cons-ciência para c-.m a sociedade, e sobretudo á face deDeus, como lambem, perpetuando a memória de tãoinsignes bemfejtoros, legar ao futuro dignos exemplos,do modo que a obra do bem possa continuar; sogundoo« precoilos do Divino Salvador, quando disse em seuEvangelho, que ns b >as obras devem resplandecer nomeio dos homens, afim de que sejam imitadas pelasgerações vindouras.

Aproveilo a opportunidade para offerecer á conside-ração de uos*os bamfeitoros, por ora, um resumo dareceita o despeza da casa até que possa apresentar umrelatório completo, quando concluido o estabeleci-monto.

ReceitaAgenciado desde o dia 15 de Outubro

de 1808, quando comecei minhaprimeira peregrinação, até hoje.

Sendo:Da provincia do Rio de Janeiro e c3r-

te.inclusive o legado de 74 apólicesrepresentando o valor nominal de74.'C00<( e seus juros ....

Da provincia do S. PauloOa de Minas GeraesDa do Paraná

329.3900200

205.410020033.182000025.8O4S00O

5.0000000

Traz mais: O cardeal Mahning e a allocução papal(do Times, d» Londres) ; O parlamento cutholioo (dafndta Calholica, An Bombaim) ; O anniversario nata-liciodeS. Santidade (Jo ^posloio) ; Variedade—Osyllabus (conlinuacão) ; Expediente do bispado ; Mis-eelanea , Chronica noticiosa ; Noticiário, e Annun-cios.. ' ', ,

A Republica, n. 4.Artigo editorial confrontando a Academia e o Semi-

nario, pelo sr. Lúcio de Mendonça. ;iA flapuiilíM julgada pelo Consiiíucional, pelo sr.

Magalhães Castro.Franquezas p*ovinciaes, pelo sr. S. Prestes.Ah associações ratholicas, pelo sr. Paula Santos.Philosophia positiva.A legenda republicana, pelo sr. Carvalho Júnior.«lnfernale carmen» (soneto), pelo sr. Altonso Colso.Cartas ao ceu (srneio) pelo sr. Fontoura Xavier. ¦Soneto, pelo sr. Vieira Machado.Ralhns e Talhos, por Zé Acadomico.

17 do corrente o sr. Emilio Rangel Pestana entregouao thesoureiro da irmandade da Misericórdia desta ei-dade a quantia de 1410480 réis, proveniente das frac-ções que deixaram de ser pagas, por falta do troco nosbilhetes premiados no j"go da Poule, effectuado nascorridas do Hippódromo Paul stano, a 10 deste mezpelo mesmo sr. E. Pestana e Abílio Matques, doaccordo com a directoria do Club de Corridas.

Em sessão da mesa da dita irmandade, que se reali-sou a 27 do corrente, o respectivo thesoureiro fez en-trega da citada quantia ; e a mesa determinou que selouvasse e agradecesse tal offorta, o que hontem foicommunicado em officio dirigido aa sr. Emilio RangelPestana.»

329.3900200Despeza

Despendido desde Junho de 1869, quando dei começoás obras alé hoje, inclusive o capital empregado empatrimônio da casa 297.8110220.

Do seguinte modo :Compra de cinco terrenos, sendo qua-

tro de dez braças, e um de quinzedo frente e suas bemfeiloiias . . 11.4820000

A casa ondo funeciona o asylo e seusdepartamento.» 79.030S840

Materiaes em deposito para o edifício,aterros feitos, e alicerces para onovoedillcio 21.2180000

Encanamento d'agua e varias obras nointerior da casa actual, esgotos, etc. 8.2000000Alimento das meninas e pessoal, e

despeza do medicamentos no es-paço de seis annos 64.1100380

Gratificação ás mostras e despezasextraordinárias de viagens,etc., fei-tas com alias desde 1870 alé hoje 10.0200000

Camas e pertenças, vestuário das me-(jjjiiiuas, durante seis annos, orna-

mento para a capella, etc. . . 5.0000000Casa e mobília para o capollão . 9.0000000Gratificação ao mesmo em quasi seteannos 3.1500000

Despezas de minhas viagens pelo in-terior, criados e compras de am-mães em nove annos, excepto asminhas despezas particulares . 5.

Capital empregado em apólices parapatrimônio da casa

m INTERIOR

Saldo existente

8l.OOO0Oup

297.811«22031 5840980

329.346||200

Além do saldo existente, ainda ha om assignaluiasa receber a importância de 52:0000, que não está meo-clonada nB receita, e que prefaz o saldo de 83:5840980,quantia esta cim que vamos, em nome do Deus cunti-nuar as obras.

O rvdrn. sr. padre João Baptista Gomes tem sido econtimia a sor o director. espiritual da casa, e o meucompanheiro.

O padre JoÃo F. oe SiQUEinA Anorade.Pelropolis, 27 de Maio do 1877.

*) Attesto in /ides sacerdotis que tem sido celebradaspontualmente, na capella da Escola Domestica de Nos-sa Senhora do Amparo, desde 1871, missas • oraçõ-ispelo repouso eterno da alma do caridoso bemfeitor daca'a, o fallecido sr. Vicente Ubilhart, bem como outraspelas almas dos dignos bemfeitoros exms, Visconde doRio Novo, Conde da Eslralla, Baroneza de Entro Rios,d. Rita Breves, Barão Aa liarnby, commendadores JoséEugênio Teixeira Leite, e Manoel José Rodrigues. Petropolis, 27 de Maio de 1877—Padre João de Siqueira.

CORTE

Temos j.rnaos até 31 do passado.Lê-se no Jornal do Commercio da 30 :«Santa Casa ns MiiEiticenniA — Realiza-se amanhã,

ás 10 horas, no hospital da Misericórdia, em presençada mesa e junta, a abertura do duas enfermarias parao tratamento de doentes do s>xo feminino e uma salado maternidade.

São estas as primeiras enfermarias qua a irmandadeda Misericórdia fez construir no novo edillcio para ofim indicado, atlendendo ás más condições em que seachara acommodados oa doentos daqueilo sexo no ve-lho hospital.

A ceremonia é publica. •—, Em 30 do Maio foi prorogada por dez dias, com

ordenado, a licença ultimamente concodida ao juiz dedireito da comarca de Santos, em S. Paulo, bacharelMarcos Antônio Rodrigues de Souza.

— Em 5 do corrente o ministério da guerra expedioá thesouraria do fazenda da provincia di S. Paulo o se-guinte aviso:

Tendo o inspector da lhosouraria de fazenda na pro-vincia deS Paulo,em efflcio n.9 de 10 de Março ultimo,consultado : 1*. ser ad instar do rjue so pratica com oscamaradas.os officiaes licenciados e os doentes em siusquartéis lém direito á percepção da gratificação paiaaluguel de cindo ; 2*, se têm a ella direito os officiaesaddidos ou aggregados aos corpos, bem como 09 olli-ciaes pres.is c.irreccionalmente ; 3', so deverá, ser abo-nada aos officiaes, em viagem do umas para outras pro-vincias, desde o dia em que foram desligadas dos res-peetivos corpos até á data em quo se apres-nlàu á pre-sidencia da provinria em que vão servir, e no casoafilrmalivo, se os officiaes, que seguem da corto, têmdireito, durante es<o tempo, á quota aqui estabelecida,ou á que percebem os existentes nas províncias : man-da S. A. a Princeza Imperial Regente declarar, em no-me do Imperador, ao mesmo inspector, para seu conhe-cimento e execução, que o assumpto de que trata o re-ferido i (Tir-io já se acha resolvido pelos avisos do 2(5 deAgosto de 1876 e 11 de Janeiro do corrente anno, jun-tos por cópia ; cun prindo, entretanto que fique esta-tuido como regra que o; officiaes quo seguiram da cortedevem percebor a gratificação para álvguol de criado pelopreço que na mesma se abona alé o dia em que chega-rem ás províncias, apresentando-se ás respectivas pre-sidencias, eos que vierem para a corto a gratificaçãoque so paga nas províncias, alé á sua apresentação aoquartel-general do exercito. — Daqui de Caxias.

Por infracção do art. 53 § l»do código de posturasmunicipaes, foi multado em 100 Francisco Xavier deArantes. i

Estação da ConsolaçãoPor ordem do subdelegado respectivo, foi posta em

liberdade Francisca Maria de Jesus.Nas estações de Santa Iphigenia e do Braz nada oc-

correu.Dia 35 :

Nada oceorreu nas diversas estações.Dia 26 :

Estação centralA'ordem do conselheiro chefe de policia interino,

foi recolhido ao xadrez desta estação, o preto Egydio,escravo do dr. Emilio Vautier, á pedido do mosmo se-nhor.

Foram recolhidas ao deposito publico, Jdua» »açcas,sendo uma baia o outra mnla-e",".'n<f--''

' 0fl? Ppi'Manoel Ferreira Nunes, pori;''"

" ,.nnrado damnifi-

cando o quintal da casa da sua residência.Nas demais estações nada oceorreu.

Dia 27 :Estação central

Foram postas era liberdade, por ordem do conselhei-ro chefe de policia interino, Thereza Maria de Jesus,Gertrudes Maria do Espirito-Santo e Maria Gomes,sendo recolhidos oo xadrez da estação, por ébrios, e amesma ordem, Firmino Dias da Assumpção, José Anto-nio Francisco e Antonia Maria das Dores.

Estação de Santa IphigeniaA'ordem du respectivo subdelegado, foi recolhido i

cadêa por ébrio, Custodio Rodrigues dos Passos.Estação do Braz

Pelo commandante desta estação, foi mandado apre-sentar ao subdelegado respectivo, os paisanos João deMello e Antônio dos Santos, por serem oncontiados emluta, da qual resultou ficarem ambos levemente feridos,foram recolhidos ao xadrez.

Estação da ConsolaçãoPor infracção do art.53 § 1» do código de posluras

municipaes, foi multado em 50, José Luiz de Paula.Dia 28 :

Estação centralPor ordem do consolheiro chefo de policia interino,

(oi recolhido ao xalrez desta estação, por ébrio, JúlioJosé de Azevedo ; sendo posto em liberdade FirminoDias da Assumpção, José Antônio Francisco e AntoniaMaria das Dores.

Estação do BrazA' ordem do respectivo subdelegado, foram postos

em liberdade, João de Mello e Antônio dos Santos,sendo recolhido ao xadrez á ordem da mesma autorida-de, Bernardino José de Carvalho, por ébrio.

Pelo respectivo commnndanle foi mandado recolherao deposito publico, uma vacca, que por Andié Janzemfoi entregue, visto tel-a encontrado no qjinlal da casade sua residência, damniflcando plantações.

Estação da ConsolaçãoA' ordem do respectivo subdelegado, foi recolhido ao

O iugelio oa secca—A camara municipal em sessãode anle-houtem deliberou nomear, uma commissaopara promovor-so uma subscripção em prol dos nossosIrmãos do norte e sul du Império,

Fazem parte da commissao ossrs.dr. Jíguaribe Fi-lho, Paula Carvalho, presidente da camara, o ivd.viga-rio da parochia, dr. Cerqueira César e Benedicto Bar-D0BÍ- - t , j.»

Dosl'arte o municipio mostra que nao é índifiorentea tanta calamidade.»

Mogy-mirim—Do Regenerador de 31:< Mogy-cuassu'— Hontem a locomotiva transpozpela

primeira vez o rio Guassii, passando sobro a nova pon-te, que llcii próxima aquella freguezia.

Processo de nEsroNSADiuuADF. — A denuncia dodapelo soicilador Antônio Felix de Souza Brito contra odigno sr.juiz municipal do termo dr Pedro de Alcan-tara Peixoto de Miranda Veras, éa reproducção fiel das •¦diatribes publicadas pelo < Diário do Mogy-mirim » etudo pelo facto de não querer o mesmo juiz, consentirque o denunciante continuasse a adTogar neste foro,onde está completo o numero do advogados marcadopor uma circular do exm.presidento da relação, do dis-(ricto e por não querer curvar-se aos potentados da ter-ra, quo isso lhe qulzeram impor, mas que s.s. soaiberepellir com dignidade.

O Sr.juiz municipal não deve temer o resultado detal processo, filho somente do despeito, se as cousascorrerem nos verdadeiros tramites da lei e do direito enâo lho fizerem alguma traição nas trevas.

O povo que aprecia a justiça, está de alcaléa, assimcomo nós, para fazol-a a quom merecer.

O sr.dr.juiz municipal continue a mostrar-se inde-pendente dos reguios o a cumprir com os seus deveresde bom magistrado, que lemos fé sahirá triumphante'

i perseguição que ora soflre.— Processo do injurias :O mesmo solicitador Brito deu queixa contra o mes-

mo dr.juiz municipal, pelo facto do injurias vetbaes epor ter, segundo a sua queixa, dito em uma reuniãode pessoas, na sala das audiências que elle era um cãocom dono.

Nào sabemos ao certo rifado, mas não poderá seroutra cousa, que não o despeito, quo ainda continda amover perseguições contra o digno juiz.

Aguardamos o resultado do processo para darmosparle ao publico do que oceorrer a respeito e pronun-ciarmos o nosso juizo.»

Limeira— Tiramos doLímeirense do 31 do Maioo seguinte :

« Couro de VU7.II.EMIOS—Hontem as 9 horas da ma-nhã, chegou'á esta cidade em trem especial, uma forçade 50 praças do 1° batalhão de infantaria, commandadapor um capitão e um alferes.

A's 10 e meia horas marcharam para a fazenda dosr. commendador José Vergueiro, não sabemos á que

Lustoza.

Qm.xadrez desta estação por ébrio, Alexandrino Nogu<vira+\ Yaliia-nos a Policia—A noite de 27 para 28 do cor-

/ rente, ao que nos parece, Uiaziaga.Foi mandado recolher ao deposito publico, um bpi, Além dos desacatos que houveram, facadas, etc , ti

REVISTA DOS JORNAESCapital, 31 de Halo de 1899

Diário de S. Paulo. Assemblea provincial; Parleofficial; Publicações pedidas; Gazelilha; Miscola-nea, etc.

A Provincia deS. Paulo, Na secção econômica pu-bllca algumas considerações relativas ao estado do Bra-zil recentemente endereçadas ao G/060 por um brazi-leiro em Londres, tendo por base e.transumpto as com-municações do alguns cônsules exlrangeiros rosidentesem nosso paiz, dirigidas a seu respectivos governos.

Folhelim com o titulo — Lúcio de Mendonça, —pelo sr. Antônio Carlos de Almeida.

Queslôos sociaes — A Academia o o Seminário (daRepublica), pelo sr. Lúcio de Mendonça ; Noticias dasprovíncias, do Exterior e da edite ; Revista dos jornaesSecção livre ; Noticiário, onde se 16 o seguinto :

«Donativo a' Santa Casa db Misericórdia — No dia

Onze de Agosto, n. 2.Ar tigoediiorial sustentando a utilidade do o alumno

que entrar para as aulas preparatórias da faculdade dedireito, não faze-lo ignorando completamente as mato-rias que ali são lecciooadas.

Folhetim offerecido ao sr Jayme Tulle?, por GibelDissertação sobre o nome de (toma.Variedade — Ao sr. Aiberto Pinto,Jpor C T. Júnior.Logogripho acrostico por J. V. A.Soneto com o titulo Tubleau, por C. J.Chronica e supplemeuto com o dfeurso proferido pelo

»r. C. F.gueiredo Júnior, orador do club Onze de Agos-to por oceasião da sessão magna de installação,

A Sentinella. Em sacçãi editorial oecupa-se de umarecente obra que com o titulo — Oração fuoebie— pu-blicou o revd. sr. José Joaquim da Fonseca Lima co-nego da capella imperial a director do exlernalo daim-penal collegio Pedro JJ,

ÜOTICIABIQ GEMLTheatro S. José—Hoje a companhia do sr.

Ribeiro Guimarães leva á scena pela 1.» vez o bellis-simo drama—Maria Simão.

Para o annuncio chamamos a attenção do publico.

¦Jornal das Famílias»-Está publicado onumero correspondonle ao mez de Junho corrente.Traz o seguinte :

Um rapaz caipnra (lim) por Ernesto Castro.O Gênio Bom-lloniem, por Carlos Nodier.Silvestre, por Victor de Paula.Anecdotas por Paulina 1'hiladelpha.Poesia—A viuva e o orpham, por T.Descripção do figurino de modas.Explicação da estampa de bordadose trabalhos.

» do moldes,» grande de trabalhos.» da gravura sobre madeira,

Acompanham este numero :l.o Um figurino de modas colorido.2 • Uma eslampa do bordados e trabalhos.3.° Uma estampa de moldes,4.° Uma estampa grande de trabalhos diversos (Rec-

to e verso).tVUma gravura sobre madeira. A Via Appia.7. Duas peças de musica religiosa :— Ave Maria.—O

Salutaris.—Agradecemos o exemplar que nos foi offerecido.

Policia urbana —Pia 23 :.Estação central

Foram recolhidos 00 xadrez desta estação, á ordemdo conselheiro chefe de policia interino, Ignacio Anto-nio dos Reis, por ébrio e á ordem do subdelegado dosul, liiinedicla Maria da Conceição, também por ébria.

Estação de Santa IphigeniaA' ordem do respectivo subdelegado, foi recolhida á

cadêa, por ébria, Joaquina Maria do Espiiitò-Santo.Nas estações do Braz e da Consolação, nada oceor-

reu.Dia 24 :

Estação central 1A' ordem do conselheiro chefe de policia interino, fo-

ram postos em liberdade, Ignacio Antônio dos Reis,Beoedicta Maria da Conceição e Benedicto, escravo dodr. Bernardo Gavião.

encontrado om abandono,Na estação de Santa Iphigenia nada oceorreu.

Campinas—Diz a aGazela» de 31 em o seu nol(-ciario :

Acção louvável—Sabemos que s. ex. rvmado distribuir algumas esmolas por vários indigentesdesta cidade, deixou ficar tudo o produeto das esporlli-Ias obtidas em razão do chrisma, era beneficio da SantaCasa do Misericórdia. '

Consta-nos que a quantia é considerável e constituouma esmola avaliada. -J/

E' desta maneira que os bons sacerdotes se ppdeireeommendar ás bênçãos da humanidade. -.

Chegada—Chegou ante-hontem da Europa e foi roce-bido na estação da estrada de ferro por avullado'nu-mero de amigos o estimavel fazendeiro sr. Floriano Fer-reira de Camargo Andrade. /

Sorocaba—O. lYpaeema» de 31 dá asnoticias '

Dn. Paulinj Chaves—Pelo trem de 28 do corre;chegou a esta cidade, acompanhado do sua exma. falia, o sr. dr. Paulino Rodrigues Fernandes Chaves, Hiizde direito ultimamente removido da comarca de S.fntoAnlonio da Patrulha do Rio Grande do Sul para est

Tem s. s, na bella, mas espinhosa carreira da magostratura sabido conquistar um nome invejável, quer pelasua intelligencia e estudos, quer pelo seu caracter ji/s-ticeiro.

Deve a população desta cidade orgulhar-se de contarem seu seio, como primeira aucloridade da comarcaum magistrado tão distineto como o sr. dr. Chaves.

S. s. entrou no dia 29 110 exercício do seu respectivocargo.

Nó* o cumprimentamos eá sua exma. familia.Lamentável desastre—A' 27 do corrente, ao 8noito-

cer, Antônio Paos, de 30 annos mais. ou menos, resi-dento no bairro do Itinga deste municipio, estando emsua casa perto de um fogo por causa do muito frio, foiaccommetlido de ura ataque, e cahindo sobre o fogoficou completamente queimado.

Tornando a si do ataque, gritou por soccorro, e che-gaodo alguns visinhos, o conduziram ao hospital de-caridade, onde se acha recolhido em perigo do vida. -

Lorena—Diz o «Lorenense» de 27 do passado :«Macrobio—A obsequiosidado do nosso amigo sr.

major Francisco de A. e Oliveira Borges, devemos anoticia seguinto :

Sr. Redactor. ' "Por ser tão rara a longevidade de nossa vid3, em vir-

tude da visível degeneração da raça humana, torna-sedigno de menção o seguinte macrobio :

Falhceu hontem em letras de minha propriedade,onde habitava, Felippe Cortêa de Guimarães, na idadeavançada de 122 annos, 4 mezes e 21 dias I

Casou-se 3'vezes, porém de nenhum dos casamentosteve prole.

Conservou até morrer uma Dstula nas costas em con-tinua suporação, proveniente do ferimento de um pro-jectil que recebeu em Santa Luzia, provincia do Minas,por oceasião da revolução de 1842.

Dotado de gênio assaz laborioso, cultivava pequenoterreno,, junto de sua humilde choupana o dalli auferiaproduetos para a subsistência da familia, composta desua mulher, uma cunhada e uma tenra sobrinha. Con-trariava-se muito si alguém lhe dizia que naquella ida-de devia implorar o obolo da caridade publica o nãotrabalhar.'E respondia : «O maiitimento hão cresce nomeio di preguiça I» Finalmente uma das cousas quemais o torturavam, era o receio de morrer sem, conyvfissão ede não poder talvez fazer a colheita do seuSNepreaes. /

Que pureza d'almaf 1Palmeiras, 24 de Maio de 1877—F. de Assis e Olíuéi-

ra Borges.»

Rio-Claro - üo Faturo de 30 .« Passamento- Na semana passada foi sepultado/no

cemitério municipal o infeliz artista, o sr. Ramos SejrtãDeixou a familia em triste orphandade.

vemos queixas em diversos sentidos ; uma dellas, foique certa pessoa, aliás copecituada nesta cidade, ao en-trar em sua casa, no centro da cidade, foi reconhecidapor um indivíduo embuçado : Deus queira que não sejamais um allentado que se prepara contra algum cida-dão pacifico.

Além disso, consta-nos que foram bater a casa decerta pessoa, e que na oceasião em que batiam á poria,este ouvira cahir nas pedras da calçada alguma cousaque pelo barulho lho parecia ser uma fouce.

Accuda nos o sr. chefe de policia lMais um crime—Na noite do sabbaJo 29 do correntíi,

ás 10 horas o meia pouco mais ou menos, um grupo deindivíduos, acomettoram de sorpreza á Subiuo de tal,que, apenas com um páo, mal podia defender-se; re-cebendo uma facada no ventre, junto ao estômago.

A autoridade procedeu so auto de corpo de delicio,servindo de peritos o dr. Albuquerque e José RoxinerMartins da Cunha.

Tem-se inquerido oito testemunhas, e continuam asdiligencias policiaes, afim de descobrir-'o autor ou au-tores de tão bárbaro altentado ; que segundo a voz pu-blica foi perpetrado por José Vaz de Lima e seus filhosFlaminio e Antônio, Joaquim filho de Serafim de tal eJoão, conhecido por João Chita.

Sabino tem mulher e Olhos em Ypanema, donde veioa ura mez, mais ou menos, como ferreito para a offici-na de fundição de Frederico Sydow.

O ferimento foi julgado grave, e o paciente.continuaem perigo imminente.

Fados tristíssimos têm-se dado ultimamente nesta,infeliz cidade ; com o mais revoltante menos-cabo ásleis ; assassinatos, injurias, airombamenlua o furtos,tudo tem-se visto em poucos dias. Náo ha socego, nemtranqüilidade de espirito.

E' necessário que o governo attenle seriamente paraeste estado de cousas o providencie com a suuTcientuenergia, para que a impunidade não AH azo á outrosfados de muito maior gravidade.

Geada—Na noite de 23 para 24 do corrente, cohiuem alguns pontos deste municipio este terrível flagelloda lavoura. /

Náo fez estragos, seguudo nos consta.»

. Piracicaba — Refeio o Piraoicabano de 30 domez findo :

«Geada—O frio nestes últimos dias lem sido intensoe em muitos lugares tem cabido alguma geada, Nãonos consta que tivesse ella produzido mal aos cafeei-ros,no entanto,se tivermos a continuação de um frio tãorigoroso,.será bem possivel que a lavoura neste muni-oipio venha sofTrer conio em annos anteriores.

«Monsão — Seguiu paia o llapura no dia. 26, as Ohoras da tarde 0 capitão Joaquim Ribeiro da Silva Pei-xoto, vice-director daquella colônia, com a monsãodoEstado, que compunha-se de 5 barcas com 52 pessoasentre tripulantes, officiaes, operários e passageiros. Aochegar a corred.ira do Bongue, distante desta cidadeuma légua', uma barca do negociante daquella colôniaManoel José dos Passos, que também seguia, na ocea-sião de atracar em torra encheu-se de água e foi aofundo, perdendo-se somente 30 saccas de sal; cpor essemotivo teve a mansão de permanecer eli até o dia 27para enchugar-se grande.porçáo de fazendas que ha-viam-io molhado, seguindo viagem no dia 28, as 6 ho-ras da manhã.

«CONHNHIA NAVEGAÇÃO FLUVIAL PAULISTA— Conformonoticiamos em o nosso ultimo numero, teve lugar nodia 25 do corrento,a r.-união dos accionistas desta com*panhia, ficando desde então com a gerencia o ar. com-mendadur Francisco José da Conceição.» \ / .

1 Arèas—Tiramos dó Popular de 27 :Ferimento e m nTE—No domingo ultimo, ao melo

dia mais ou meuos Manoel Cypriano Ribeiro, depoisdo haver feito algumas, compras nesta cidade, retirousepara sua casa, no bairro da Varginha, em estado adian-tado, segundo se diz.de embriaguez. Ali chegado, delleso aproximou sua mulher Antonia Maria. Francisca e oconvidou para almoçar, a cujo convite respondeu Cy-priano Ribeiro, com pancadas, descarreaando-lhe emseguida uma facada,

Page 3: Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo Marquesmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1877_06173.pdf · nulençãodo sou utilissimo instituto. ... e em nome de Deus, t* ... buido.põro

'.- -/*::'

i '-'. CORREIO PAULISTANO wAos gritos da victima, compareceram iüiis filhos quocom dificuldade puderam arrancal-a as mãos do aggro.-sor que retirou-ee para as matlas visiohas, dunde vol-tou momentos depois com o sinistro intento de acabarde matal-a, o que não se realizou, em razão de já alliachar-se a força publica que o prendeu. O sr. delegadode policia dirigindo-se ao logar do crime, fez procederna ofiendida ocempetente auto de corpo de delicto.como

porém, neste, deixaram de ser observadas algumas for-realidades recommend.das pela lei, e a oíTendida viessea fallecer no dia 24, em consequoncia dos ferimentos ra-cebidos, a requerimento do doutor promotor publico,foi feito novo exame no cadáver, de cujo, ro-nHouchegar-se ao conhecimento, de que Antonia Maria,como acima se disse, veio a fallecer daquelles ferimen-tos. ^

A auetoridade prosegue no inquérito.

Chuva de pedras- A «Reforma» publica aseguinte noticia que lhe foi communicada da cidade doTurvo :«No dia 21 do correote ao escurecer (ás 6 horas maisou monos) cahiu s. bre esta cidade uma terrível chuvade pedras que por felicidade durou quando muito doisminutos j nesle curto espaço de tempo as tuas ficaramcobertas de extraoidinaria quantidade de pedras ; ei-

guris telhados o vidraças quebrados ; as pedras eram demuitos tamanhos e formas (muito maiores que ovos degallinha) algumas posavam 40 grammas..

O intitulado Carlos Alvares-A «UevistaMercautil» du Kio Grande, publicou a 23 do Maio pre-limo lindo a noticia que segue :

«Ha alguns mezes, quu causou sensação em BuenosAyres o assassinato do uma joven alsaciana, de vidaairada, chamada Carolina Metz, perpetrado segundoindícios vehumentes, pelo medico huogaro Alojo Szno-rediz, que desappareceu inopioadamenle.

Recentemente o acaso fel-o cahir nas mãos da nossapolicia, e parece que terá remettido á justiçi argentinaque o reclamou.

O presumido assassino, é aquelle indivíduo que naliahia se chama Carlos Alvares, e so dizia medico ar-gonlino

Originaram as suspeitas, uma tentativa de suicídiocom laivos de farça, e pouco depois induziram a ave-riguações policiaes por motivo de um telegramma ex-pedido do llio de Janeiro que dava como premiado"-um bilhete de loteria em poder do supposto Alvares.

Esta noticia- pertonce ao «Siglo» de Monjevidéo,donde a traduzimos.

SECÇÃO COMMERCIAL

Viagem rápida - Lê-se no yoniaf do Com-vi cr cio :

«O paquete Rio de Janeiro sabido do Rio-Grande nodia 24 ás 8 horas da manhã, fundeou no nosso portoíi mcia-uuito' de ííT ; realisando portanto a viagem emmenos de quuiro dias, cura as escalas de Santa-Catha-rina e Paranaguá,»

Mercado de SantosSantos, 30 de Maio de 1877

CaféO mercado conlinda firme.Hontem e hoje mudaram de mãos cerca de 2,000saccas aos pecos anteriores.Eutrarari] a 29-38,9-0 k.Dosde 1—1,518.130 k.Existência-8,000 saccas. J '•'Termo médio das enlradas diárias desde 1« do moz907 saccas. JKm igual periodo de 1816-1,826 saccas

Nada consta. ''*•"-*'Náo houve entradas a 29.Dosde 1.»—13,360 k.Kxislencia-1,500 fardos.Termo médio das entrada

9 fardos de 50 kilos.Mesmo periodo 187(5-54 fardos.

Perguntas

s diárias desde 1 do mez

A razáo porque a capital do S. Paulo se está trans-formando em Itália e a lavoura precisando debrã-çosf

A ra2áo porque um gago gagueja quando falia, porque não gugur-ja quando 16 ou quando canta T

A razão porque quando vejo cortos italianos segurome á carteira T

A razão porque uma luz se apaga com um assopro, ese accende som outro T

A razão porque na fr guezia d¦¦> B.az corre um tiopela frente das casas, quando seria de utilidade correrpjlos fundos dos quintees T

A rezão porque uma súcia de indivíduos robustos efortes se erícatregaram de vender peixes, bananas,fruetas e doces, tendo o governo gasto com elles parafavorecer a lavoura T

Qual será a verdadeira causa do ieho ?

Casa

EDITAES

TELEGRAMMAS PARTICULARESRIO, 2» de Maio :Telegrammas particulares dão n mercado de Nova-

Yoik flrmissirno, com uma alta de 1/4 conts.Luodres e (.ontinoiite llrme.Meicado aqui parado, os possuidores exigentes.Cambio inalloradu.- RIO, 30:Vendas de café :Para a Europa 5,208 saccas,Para os Estados-Unidos 512 dilas.Para diversos portos 728 ditas.Existência 513,000 a.Preços inaltorados.Mercado firme.Posição é sustentada porque os compradores paraNorte Europa estão no mercado.Cambio inalleradu.Guadiana chegou á Lisboa no

nu dia 29, America vae sahir.dia 28, e Minho dali

Q!

Club Republicano Acadêmico

Propaga-Sessão hoje á 1 hora da tarde no salão dadora.

Mulheres e cartas - Uma mulher casada écarta que chegou a seu destino.

Uma moça solteira é carta que aindadida.

Uma solteirona é carta não reclamada,caixa do correio.

não foi expe-

esquecida na

Geada em Petropolis — Na manhã de 25cahirá sobre aquella cidade grande quantidade de geloda espessura de uma moeda de cobre.

Em alguns lugares, um pouco retirados do centro dapopulação, os campos Qçáram cuberlos de uma camadade gelo.

O rev. Bispo do Pa|á — Diz o Diário deNoticiai da Bahia que carlas de Pariz annunciam apartida du rev. Bispe do Pará, I). Antônio de MacedoCosta, para Jerusalém, afim de visitar os Santos Lu-gares.

Cor veta «Vital de Oliveira» — Este vasodo guerra, em viagem de instrucçao, chegou a Tabla-Bay (Cabo da Boa-E^perança) no dia 30 de Março.

, Os augustos viajantes - SS. UM. Impe-riais tenciouam embarcar om Lisboa a 8 de Setembropara regressar ao Brazil a bordo d> paquete francezOrénoque, que,' sendo da liuha directa, tocará todavia,por excepção, em Pernambuco e na Bahia.

Matadouro publico—Foram abatidas durantto mez iindo, as seguintes rezes :

No dia 1, 24 rezes.No dia 2, 21 rezes.No dia 3, 24 rezes.No dia 4, 22 rezes.No dia 5, 27 rezes. ,No dia 13, 20 rezes.No dia 7, 24 rezes.No dia 8, 23 rezes.No dia 9, 24 rezes.No dia 10, 20 rezes.No dia 11, 26 rezes. tNo dia 12, 28 rezes.No dia 13, 19 rezes.Pio dia 14, 23 rezes.No dia 15, 25 rezes.No dia 16, 26 rezes.No dia 17, 20 rezes.No dia 18, 22 rezes. .No dia 19, 25 rezes. ,No dia 20, 16 rezes. - , -No dia 21, 23 rezes.No dia 22, 22 rezes.No dia 23, 24 rezes.No dia 24, 21 rezes.No dia 25, 24 rezes.No dia 26, 24 rezes.No dia 27, 24.rezes.No dia 28, 25 rezes.No dia 29, 25 rezes.No dia 30, 21 rezes.No dia 31, 20 rezes.

Foram abatidas de 1." a 31 de Maio findo, 713rezes, a saber:De Antônio Manoel Moreira de Camargo . . '. 377De João Antônio de Jjorba Cujo 143De Fernando Antônio de Mello .* 64De José Domingues Frade 31De Custodio da Costa Nascimento 49De Corrêa Ferreira <Sc Comp, 33Martin 15

712

nu

Passageiros do Rio—Vieram a bordo do va-por «Ilio-Grande» os seguintes :

Eenente Joaquim Cardoso de Aguiar, Dr. PlácidoAmaranle, José Dias Braga e sua Olha menor, PiermNoel üelavaux e sua senhora, l.ourenço Franco da IU-caa, J"ão Pinto da Silva, Carolina Augusta de Jesus esua Olha menor, José Antônio Rodrigues, 5 praças, doWerçi.Oj 40 emigrantes,

O partido republicanoII

Em resposta ás nossas observações publicadasCorreio Paulistano de 26 do passado, appareceu naProvincia de 31 urusr. Liberal de 18®, incommoda-dissimo polas verdades exaradas em aquolle nosso ar-ligo.

O Liberal de 1842, que não é senão ura dos intitu-lados republicanos da moderna geração, voio com ocostumado sestro da seití.que.é sempre altribuir áquel-les que se não filiam ás suas bandeiras, sentimentosmenos nobres : sempre a intolerância e o despotismodominando a liberdade do pensamento ; o seu ca-lhecismo é—para noa toda a liberdade, para os outrosnem uma.

Com tão inconseqüentes democratas não é possíveldiscussão, ainda a mais moderada, porque em respostatemos amabilidades desta jaez—lógica do despeito—am-bicão de espíritos trefegos. Ou enlâo que se não enten-d» o traquejo da politica de Uno e prudência.

Esta política já se sabe que é a dos republicandos, esenão haja vista ao tino e prudência dos nossos viai-nlios republicanos do Rio"da Praia.

O intitulado Literal de 1842 engana-se quando dizque somos máo obssrvadoi ; õ tanto não está distoconvencido, que julgou necesíd.io respuudiir-nos.-listamos certo, como o novjo antagotiista, que oscento e poucos eleitores republicanos valem o triplo,com as transaecões e conchavos que so teem em vis-ta ; purque do contrario, por msis sábios e traqueja-dos politicos que se julguem os inimigos da monarchia,nada poderão fazer com pouco mais de cem votos emum corpo eleitoral de perto de dois mil eleitores; isto éclaríssimo.

Se pois para o grupo republicano conseguir meia du-zia do cadeiras na assembléa provincial (instituiçãomonarchica, não esqueçam) precisam elles fazer trans-acções com os muiiurchMas, onde vão parar osausteros princípios da democracia que tanto alar-deam ? Como querem chafurdar-se nesta lama dosconchavos, e entrar Das comédias burlescas das institui-ções moaarchicos, como as deuomiuaes iodes os dias emvossos esctiptos 71

Dar-se-ha por ventura o facto extraordinário do setoruiirem essas mesmas instituições, uma cousa séri. edigna, somente por lomardes parte nellas ? Isso seriarisível, e dopuria muilo contra a tão apregoada -lógicados vossos princípios.

Diz o sr. Liberal de 1842, que os liberaes querempor força que os republicanos sirvam-lhos de escadapára subirem ao poder.

Responderemos que vós sois os que isso quereis,para o quo conlaos explorar nã isó aquelles quo segundoilizeis.não estão pela politica de expedientes, e andammais adiante de alguns dos chefes mais adiantados ;como o animo dos desgostosos de ambos os partidos.Com Iodos estes contaes para vos carregarem ás costase collocarem-vos as altas posições do governo mo-narchico ; esta é que éa verdade.

Pela nossa parte porém queremos crer que nao ha-verá monarchi>ta algum liberal ou conservador, des-gostoso eu não,' quu se preste a transigir, e façacausa commum com os demolidoras das instituiçõesjuradas, com aquelles que querem tornar o nosso Bra-zil ou uma cousa semelhante ás republicas platinas,ou-de as revoluções, fusilamentos e desordens.são o estadonormal, ou então uma republica autoritária e despoticana qual os ricos e poderosos serão os dominadores, eo-povo escravo, cimo se deu na Hespanha.

Allenda para isto o povo incauto,-e dê o apreço quemerece ao canto dessas serias de máo agouro, que oque querem é empolgar o poder e as posições officiaes,ficando cc-rló' q.9 a liberdade que lhe promettem seráigual á que gozam os escravos de tão distinetos repu-blicanos.

Fique, certo o sr. Paulisla de 1842, que conti-nuaremos na analize do pocedimentu dos seus amigosdemocratas pur que a liberdade de escrever não é pro-priédade e nem privilegio dos seus amigos.

Temos muito ainda que dizer.

Monumento do YpiràngaAOS SHS. CONTIUBUINTES

Tendo (a commissão encarregada da realização doMonumento do Ypirànga de em breve celebrar o con-tracto para a construcção, e tornando*se por isso indis-pensavel reunir os capitães, afim de ter ella conheci*mento do montante de que pôde dispor, a commissãopromotora do dito Monumento roga sos srs. contri-buintes desta cidade do satisfazerem suas assignaturas.

Sede entre os srs contribuintes de lOOgOOOrs. oumais, alguns houver que, não se prestem á fazer o pa-gamento integral de suas assignaturas, fica para ossesestabelecido o pagamento por chamadas, sendo esta ..«de 10 por cento para as assignaturas até 1.O00JJ00O rs.,e de 20 por cento dessa quantia em diante.

Da cobrança acha-se encarregado o sr. capitão Fran-cisco Anlunes Teixeira, que dará as respectivas quita-ções, sendo o prodücto recolhido á caixa filial do Han-co do Brazil, nesta cidade, em conta corrente, e á dis-posição da commissão de (bra do Monumento.

As quitações são de ora em diante impressas, extra-hidas de livro do talões, rubricadas pelo secretario,cheias o firmadas pelo referido capitão, nào tendo valoroutras quaesquer.

S Paulo, 25 de Maio de 1877.O presidente da commissãoJoaquim Ignacio Ramalho.

O secretarioüiogo de Mendonça Pinto. 3-3

De ordem do illm. sr. inspector interino da lhesouraria de fazenda desta provincia, se faz publico, queem virtude da circular do thesouro nacional n. 30 de 14do Dezembro do 1876, terminará no dia 30 de Junhopróximo futuro o praso marcado para a substituiçãosem desconto das notas de ]||000 da 4." estampa.

Estas notas são estampadas em papel branco comtinta preta, tendo no centro o carimbo—Um-com tin-ta azul; tem como emblema as figuras da justiça, agri-cultura e commercio ; nos ângulos superiores e infe-riores o algarismo—1— ; na tarja do lado do talão aefligie de Sua Mageslade o Imperador, e na opposta asarmas imperiaes. São pois convidados os possuidoresde taetfnotasa trazel-as ao troco a esta thesouraria atéo referido dia 30 de Junho; visto que do 1.'de Julhoem diante começará o dosconto mensal de 10 porcen-to no valor das'notas, que não houverem sido substi-tuidas até o ultimo dia daqueile praso.

Thesouraria de fazenda de S. Paulo 19 do Maio dc1877.

O encarregado do expedienteM, Corria Dias 6—5

Aluga-se a da rua da Cadea n. 33, com bons com-modos para familia. Tiala-se na mesma rua o. 37... 3-1

48

parasenhorasRua de S. Bento 48

Nesta casa se encontram quatro dos mais distinetose acreditados artistas da corte, quo ostarão á disposi-ção das exmas. senhoras do 1 .• a 25 lo corrente. Umdelles, o sr. Herangor, seguira com a comitiva da cortea todos os lugares do interior para pentear as pessoasque acompanharem a Sereníssima Princeza Regente.

As pessoas que desejarem ser penteadas para os diasda festa doverão se inscrever com antecedência parapoderem ser com certeza servidas.

Grande sortimento de postiços medornos.48 Rua de S. Rento-48

EUGÊNIO 11USSON-CABELLE1RE1BO 15-1

DeclaraçãoJosé Maria dos Santos Slveira, morador em.S. Luiz

do Parahytiiiffi, declara que de hoje em diante se as-signará—Jo.»é Maria da Silveira.

S. Paulo 1.» de Junho de 1877.José Maria da Silveira. 3—1

PlanaQuem tiver para alugar um bom piano de armário, e

por commodo preço, deixe carta nosta typographia comas iniciaes J. C. V. 3-1

-Mm

«Vm o&Mrtiador.

todcrariz48^Rua de S. Bento-48EUGÊNIO 11USSON previne ao illuitre Publico da

capita!, bem como do toda a provincia, que acaba deabrir uma casa de cabelleireiro, onde se encontrarásompre o aceio e toda a perfeição em todos os traba-lhos des a profissão, tanto para burbas, como cortes dccabellos, e penteados daí exmas, senhoras, quo encon-trarão sempre os melhores artistas da capital e da Eu-íopa. »

A mesma casa aproveita a occniião para olíerecerao illustre Publico, um lindo surlimento de perfuma-rias as mais finas, dis b m acreditadas cas.-is Pinaud,Vixora, Br-étmi e 1'henica, deis produetos novos daperfumaria, que tem feito sensação na Europa, peladelicadeza do seu perfume, c pela qualidade principal-mente hygienica de seu uso,

Tem lambem a mesma casa um sortimento completode escovas de todas as qualidades, pentes de bufalo,marfim e de tartaruga ; abotuaduras para camisas, cor-rentes de plaque, e uma infinidade do artigos de phan-tasia.

As exmas. senhoras encontrarão ali trancas moder-nas, a Magdalena, coques, chignons, cachep'eigne e to-dos os postiços desejáveis. Aprompta qualquer obrade rabellos e pelo ultimo gosto.

. Encontra-se nesta casa quatro officiaes peritos parasenhoras, o sr. Bcranger, professor de penteados dasescolas de Paris e de Londres; o sr. Leonardo dislinc-artista; o sr. Glalard, antigo cabelleireiro da corte daRússia, e finalmente o sr. Pastorel, que fez furor noRio de Janeiro pela sua habilidade.

As pessoas que desejarem ser peutèaJas nos dias dasfestas da inauguração devem fazer-se inscrever comantecedência, para poderem ser servidas. Os preçospara estes dias será de lSjjOOO rs. para cada penteado,attendendo-se aos sacrifícios feitos para mandar virtão notáveis artistas

Eugênio Husson48-ltUAIJES BEiNTO-48 15-1

Companhia Mogyana..' Chamada para o prolongamento

A directoria deliberou fazer a 7.' chamada de capi-taes para o prolongamento á Casa Branca, na razão de10 por cento ou 2üg000 pur accãu, o que será eflectua-da,improrogavelmente,do dia 1» a 10 do Julho proxtmo.Convido, portanto aos srs. accionistas a realizaremas suas entradas no eseriptorio da companhia ou noBanco Mercantil do Santos.

Campinas, 30 do Maio de 1877.O secretarioCorria Dias. 6—1

N, 9 Rna da Quitanda N. 9Completo e variado sortimento de seccos e molha-

dos, licores hnos, vinhos de todas as qualidades, cham-pagne, cognac, conservas, fruetas estrangeiras u nacio-nnes seccas e em calda, cervejas, biscoutos etc. etc,que vende por preços baralissimos; aproveitem I apro-veitem I I

O pioprielario—G. Oitiz. 3—1

Perdeu-seno dia 31 do próximo findo mez de Maio, uma carteirajá uzada, de côr parda e com elástico no fecho, conten-do perto de 8OJJ0O0 rs em cotas, sendo uma de 50jS,uma de 10J, 3 de cinco e outras miúdas, e tambémduas letras do valor do 3:5008 rs., bem como outrospapeis que só sirvem ao dono; a respeito de ditas le-trás já estão prevenidos os responsáveis por ellas.

Roga-se a pessoa que achou dita carteira ou deliativer noticia, que haja de dirigir-se á rua dos Bambusn. 9, quo será gratilicado, se o exigir, e se lhe ficarámnito obrigado. 3—1

A ABAIXO assignado declara que vendeu ao sr. F'v'Guilhem,livre*de toda è qualquer respunsbailidade'as fazendas, roupas feitas e moveis que compunhamseu estabelecimento de alfaiato, á rua da Imperatrizn. 50.

S. Paulo !.• de Junho de 1877.Silverio Rodrigues Moreira. 3—1

A ABAIXO assignado comprou ao sr. Silverio Hodri""gues Moreira, as fnz-ndas, roupas feitas e moveis,quo compunham sua offlcina do alfaiataria da rua daImperarriz n" 00, livre de toda e qualquer responsabi-lidade. Se alguém tiver de fazer alguma reclamação,deve-a fazer nestes tres dias, a contar desta data.

S. Paulo 1.» de Junho de 1877.F. Gtiilhem. 3—1

Ao commercioO abaixo assignado declara que nesta data vendeo ao

sr, Francisco C. Mossa o seu botoquim sito a travessadó Rozario ri. 10, livre e desembaraçado de qualquerônus. Outrosim, declara quo continua com seu esta-belecimento de molhados, sito é mesma rua ri. 12.

S. Paulo 31 do Maio de 1877.—_———.__—_ _______ Planel. 3—1

CHATEAÜBIIllF« Oeuvres completes » contendo 16 volumes rica-

mente encadernados o novos, vende-se pela metade doseu valor, grande pechincha.

Em casa da Viuva GcninlS-_.ua da Imperatriz -18

S. PAULO. 3_!

tJosé

Dias Brsga, Antônio Corroa Vasques, d.SolomOa Lorrôa Vasques, d. Gregnria .Fernandesde Araújo Vasques, Joáo Crispim Confia Vasquese irmãos, convidam as pessoas de sua amizade a

assistirem a missa do 1.» anniversario do passamentode sua prezada mulher, filha, netae irmã d. Horten-cia Dias Braga, que se ha de celebrar na egreja do Ro-zario no dia 4 do corrente ás 8 horas da manhã. Porcujo acto desde já se confessam eternamente gratos'.

•irü ^"a de °,Ilvc,,,a pode ás' pessoas qu»lêem mandado concertar, guardos-chuvas.na sua ofíci-iw que podem procurar os mesmos que se acham promp-

O annunciante continda « ter em sua casa orande •variado sortimento de guardas-chuvas tanto para ho-mons, como para senhoras, de diversos gostos, e paratodos os preços, 30—15

Precisa-setomar de aluguel uma negra engommadeira o de umalavadeira que durmam ambas na casa á rua da Boa-Vista n. 60.

Para tratar com Mme. Désiré. 3—a

>

Page 4: Proprietário—Joaquim Roberê de Azevedo Marquesmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1877_06173.pdf · nulençãodo sou utilissimo instituto. ... e em nome de Deus, t* ... buido.põro

n

CORlMO PaUUSTÀNO

Arremataçao de prédioDe ordem do illm. sr. dr. juiz de orphãos faço pu-

Mico que no dia 2 de. Junho próximo futuro, ao meiodia, as portas í!a cao dos audi.mcias, terá lugar a pro-a-para arremataçao da casa n. 56 do largo bete;ao

Abril-atitigo coiupo do Curro, pertencente aos_ menn-res herdeiros nr-tos de Maria Jesuina de Andrade, avo-liada por l:0OOS00O rs.

S. Paulo, 28 de Maio de 1877.O escrivão

Manoel Eufrasio dt Azevedo Marques. 4-4

jálaqauma rapariga para serviço doméstico do casa dc fami-lia, c vende-se uni rapaz para serviço de roça. Porotrator na rua do Commercio n. 32. 3—3

MAPPAà Cidade de S. Paulo

5

Interessante novidadeNao ha mais cadeiras velhas!

Na oflicina de José Maria Villaronga acha-se a vejida tinta preparada para restaurar a palhinha de cadeiras esopliás, daudu-lhe a côr e o b ilho primitivo, etlferecendo ainda a vantagem de poder tornar-se lim-pa pelo simples lovagem, e durar por longo espaço detempo.

Acha-se também á venda verniz de pincel que faz oeffeito do de boneca para lustrar a madeira das cadei-ras e do qualquer movei.

Na mesma oflicina também se faz o trabalho dessarestauração de trastes pelo mencionado processo.

Tudo por preços rasoaveis.Bua do Ouvidor n. 4 A. 14

Gravatas creme!Gravatas creme!

Gravatas creme!Aprorcitem quo estão quasi acabadas, e coirço as

mesnüs hàs de brilhar com iodo o esplendor, visto se-rem de um' invejável effeito, nos bailes otTerçeoi-dòs a SS. AA. Imperiaes, por oceasiãode sua estada uesia cidade no próximo mezde Junho, è bom não perderem a oceasião, embora omimosa côr creme.possa resistir aos rigores do frio.

Vendem-se por todos os pr ços e ha padrões que atodos satisfazem

A l§O0O,T|J200,1J500,,1S800, SgOOO e 2fl400Só em casa dc Domingos Calderaro

2 A-UUA D1KE1TA-2 5-5

Com indicação das Ruas ^.Edifícios públicos, hotéis, bonds, etc; &o.

PELO ENGENHEIRO FERNANDO ALBUQUERQUE

ASSIGNA-SEpor tres mil réis o exemplar

ia de JULflS MURTifRua de S. Bento, 37 ,

Mm de dentesBrancacciano

Este infallivel e instantâneo curativo afiançado e jásufflcienlemnnte conhecido das dores de dentes, conti-nda-se a vender nas seguintes casas:

Em Santos, na typngrahia do Diário de Saníos.Em Campinas, no Diário, e na pharmacia do sr. An-

tonio Soares de Mello, rua do Commercio, 51.No Itio Claro, pharmacia do sr. dr, Evaristò Gautier

rua do Cmmercio, 68.Em S. Paulo, no casa do autor, largo de S. Bento,

88, onde também so vende um excellente alcooíadobolsamico para fortificar as gengivas mòlesi como tam-bem para curar instantaneamente as dores de dentes ;preço 10000 rs. carin um dente ; e sendo preciso ir ásrasas dos enfermos 2(000 rs. O pognmento não seeflVcluerá se não se realizar a cura.

O annunciante pdde ser chamado a qualquer hora dodia ou do noito.

Aos pobres cura-se grotis quatro dentes nor dia.Largo de S. Bento n. 88

Roberto Brancaccio. 15—12

graph

WÊ W^) W^v. W??0 m£fà jjp|

flikipão PreloVendo-so por módico preço uma fazenda no lugar

denominado—Limeiras—dividida, tendo mais ou me-aos 400 alqueires du terra em sor, sendo 150 livres degeada, umo pequena pia,.tação de café, muito boa água,caso de morado, monjolo e paiol.

Esta fazenda pertence ao espolio do finado JoaquimGonçalves Vallim, e vendo-se porá pogamonto de di-vidos do mesmo espolio.

Quem o pretender compror dirijo se a S. João daBoa-Visla paro troior com a viuvo do mosn o finado asra. d. Maria Delfina de Oliveira. 10-6

Leilão de

S. João da Boa-VistaVende-se por módico preço um sitio, contendo ,250

alqueires de terras, mais ou menos, sendo 80 livres degeada, com 22,000 pés de café formados, com muitoboa carga ; tendo além disso água sufilciente para tra-baldar qualquer machina.

Esle sitio é denominado - Barreiro—e dista do os-troda do ferro de Mogy á Casa-Branca légua e méis.

O mesmo sitio puitence ao rspolio do finado Joa-quim Gonçalves Vallim, e vende-se para pagamento dedividas do mesmo espolio. ,

Quem o pretender comprar dirijo-se a'S.João daBoa-Vista á tratir com a viuva do mesmo finado o sra.d. Maria Delfina de Oliveira. 10-10

Prendas mm

•nr«rt*.-.vji>»»*' rrwtva mhmp* Jauivi .«a».. i

dermaniaOrdenlliche llauplversammlung

Sonnábcnd d. 2 Juni Abends 8 UhrTagssordnung : Zweites Billiard

Ev.entuelle Ausloosung von ActienOcconom AngelegenheitenEtwaige sonstige Antrnege

São Faulo 30 Mai 1811.E. C. W, Preiss

l.° Secretaer. 3-2

A commissão abaixo assignada havendo tomado a si o encar-

eo de agenciar soecorros era prol das infelizes victimas da secca

em diversas provincias do império, para o mais satisfatório êxito

desse seu desideratum, resolveu effectuar um leilão de prendas nes-

ta capital, cujo produeto será applicado a tao humanitário lim.

Nesse intuito acaba de dirigir circulares ás excellentissimas

senhoras residentes nesta Cidade implorando-lhes o seu valioso cen-

curso afim de ser levada a effeito tao caridosa festa.F' possível que muitas excellentissimas senhoras nao tossem

contempladas na remessa dessas circulares, não intencionalmente,iiorém sim, por serem desconhecidas da commissão, assim taz ella

agora'de novo um appéllo á todas as excellentissimas senhoras, m-

efusivamente as que não receberam o referido pedido especial, as-

si.n como á todas as pessoas desta Capital, para que se dignem

auxiliar a obra meritoria de philantropia, que para sua realisação

ha mister da cooperação geral, agradecendo desde jà qualquerapoio que nesse sentido lhe fôr ministrado,

'

A commissão declara que transferiu o-leilão de prendas do dia

10 de Junho pára o dia 18 do mesmo mez, afim de dar ensejo á

confecção de trabalhos que demandam maior espaço de tempo.

As prendas offerecidas devem ser entregues no escriptorio do

«Correio Paulistano», e nas casas do «Cangirao Monstro» e do

«Tigre», á rua de S. Bento.

S. Paulo, 25 de Maio de 1877:

José' Maria de Azevedo Marques:Joaquim Ribeiro da Costa.Fernando Bceschenstein Júnior.Manoel dos Passos Simas Júnior.

49 lf IA340 rs.

iÉPrWHWHlírQ)

SE

gjp iiiííitro s. josc

mm

«abaixo

assignodo declara novamente, so respon-|sab:lisor pelos diyidas controhidas por sua mulherjLuiza Mussi, o também de novo pede aos seus Je-rvedores de faierem seus |.agamentos a dia sua mu-

Iher, na rua da Gloria n. 53, casa de molhados, aqual se acha habilitado com os necessários poderes paratoda e qualquer trpnsocção. Outrosim, declara ficarsom nenhum effeito o annüiicio que o mesmo abaixoassignudo fez publicar antoriormente.

S. Paulo 28 de Maio do 1811.Ângelo Mussio. 3-3

Ama de leiteQuer-se uma no rua do Santa Thereza n. 12, sobra-

do do canto da rua da Esperança, 6-5

MolequeVende-se um moleque, sendo cozinheiro e bojeéiru,

para fora da cidade; o motivo da venda so dirá aocomprador. Para tratar na rua de S. João n. 11, emfrente ao collegio Americano. 4—3

Companhia DramáticaEmpreza Ribeiro Guimarães

Leilão especialno dia 2. de Junho do corrente anno, ás 10 e móis ho-ras. da manha e 4 da tarde, no deposito fronteiro a ruaMunicipal, constando dd seguinte :

60 décimos com vinho branco, idem tinto, idem dediversas qualidades, grande porção de caixas com pas-sas em perfeito, estado, e muitos outros gêneros, porordem de uma casa de commissões para liquidação defacturas.

Ao'meio dia em ponto será vendido o eschorro delegitima raça da Terra Nova, e que se chama Corumbá.

Velo leiloeiro Nobrega de Almeida. 2-2

Chá, cêrà, rape, sementes,fogos da China e na-

cionaes—Vende-se por preços-monores-que-em qualquer outraparte na casa commercial de

Paulo Antonio dos Santos Porto138 B-RUA DO HOSAlUO-138 B

Uio de Janoiro. . . 30-30

lotei dn dlolo

Hoje Hoje !SABBADO 2ÜE JUNHO DE 1877

Alta novidade !Suecesso crescente!

Primeira representação do sublime drama, em 5 ac-tos, original francez, tirado' das çaiizas célebres, inti-tulado :

Remédio infallivel para extinèçfio da formiga sauba.

Círiimle refilueçíque será daqui em diante 15:000 por lata de 5 litros. Não se pôde vendermenos de 1 caixa com 2 latas.. „ . ..

Unico deposito nesta província, casa de M. P. da Silva Bjuhns.

30 Rua Direita 80—— S. PAULO

MÍmll mm"ou

O LIVRO WRWftflO

È*

25-16

Rua da Imperatriz n. 20O abaixo ass.ignado .declara a seus .amigoí.e fregue-

aeavque.o aeu hotel, ach.fir.8o todo preparado de novo,;servindo se com o maior aceio e commodidade.

José 4e Almeida Cabral. 4-^4

I, Acham-se nesta typographia umas achadasinarua. O

seu dono pôde vir reclamal-as.

sVsUVH ¦ fc''fl' H SSSsÍ^ aatfss^

- ücbriel Ribejro dos Santos Ortiz declara que de .hojeemüaotéieassignará: à^J^Í

&

Sementes de floresChegou á casa de Pedro Bourgade uma linda collec-

çãode Rainha Margarida e amor peifeito, cravo, pés,do camelias, azàlios dobradas, araucorea e exclesa, quevende tudo barotissimo.

Rua da Imperatriz n. 35. 10—2

. Chavesw V.' tíastroD. Al.ljraziliaSri R.'Gúlmarã«iSr; J. MachadoSr» F:'.de,SouzaSr. A. NámuraSr. A. Castro'.S,r..'Á.'.Lopesii.t. LísÇóa

Cozinheira. Precisa-so de uma cozinheira na rua de S. Bento

n.']3, ferrador francez. 5—4

DistribuiçãoMaria Simão .....Marqueza de Clavieres . .Uma camponezo .....Marquez de Clavieres . .Hoger de CavÜeies |. . .Graudpré, advogado ...Simão, pae de Maria. . .Urbano, camponez . ...Um escrivão. . '. . . .Um criado do majquez . .

. . . . Camponezes, meitinhos etc.A acção passa-se em França.01." acto em uma aldôa, d 2.» e-'3." no castello de

Clavieres, o 4-.° em um'-tribunal--do-crime- e o 5.-* noclaustro de um convento de recolhidas.

EPOCA-ACTUALIDADE-Denominação dos actos

1.°—A partida.2.'—O

"veneno;3.°-iMorto-por amor. i

4."—As anporencios enganam I5.°—O livrinho de oração.

A's Shóras^mponto.——- - ¦" rrJ-l.','," ¦,"¦!,'. - -L. | ,„.¦':¦!¦ ."l

'l'-'- ¦ '*

Typ.do Correiç Pçt^talp ,