Prote..o no Diagnostico por Imagem residentes 2006 · Exames radiológicos para rastreamento em...

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Prof Profª. Dra. Regina Bitelli Medeiros . Dra. Regina Bitelli Medeiros http:// http:// protecaoradiologica protecaoradiologica.unifesp unifesp. br br email email : [email protected] : [email protected] NÚCLEO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGI CA DA UNIFESP CLEO DE CLEO DE PROTE PROTEÇÃO ÃO RADIOL RADIOLÓGI GI CA DA CA DA UNIFESP UNIFESP Proteção Radiológica no Diagnóstico por Imagem Hist Histó ria ria Efeitos a altas doses Efeitos a altas doses limite de exposi limite de exposiç ão ão Conceito de Conceito de Tolerância Tolerância 1934 (ICRP): 1 1934 (ICRP): 1 R/sem R/sem ~~ 500 mSv/ano ~~ 500 mSv/ano Anos 40: limites para efeitos estoc Anos 40: limites para efeitos estocásticos (doses baixas) sticos (doses baixas) Anos 50: os limites foram diminuindo at Anos 50: os limites foram diminuindo até 50 50 mSv/ano mSv/ano (1958) (1958) 1957 (UNSCEAR): responsabilidades do uso médico na prevenção, diagnóstico e tratamento com radiação injurias genéticas 1957 (Ardran GM- Br J Radiol): Métodos de redução da dose na radiologia 1991 (ICRP 60): princ 1991 (ICRP 60): princí pios de prote pios de proteção aplicado ão aplicado ás pr s práticas ticas Hoje : ênfase dada a indu Hoje : ênfase dada a induç ão de câncer . Pequenas doses ão de câncer . Pequenas doses podem gerar danos podem gerar danos melhor rela melhor relação ão risco/benef risco/benefí cio cio.

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ProfProfªª. Dra. Regina Bitelli Medeiros. Dra. Regina Bitelli Medeiroshttp://http://protecaoradiologicaprotecaoradiologica..unifespunifesp..brbr

emailemail: [email protected]: [email protected]

NÚCLEO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGI

CA DA UNIFESP

NNÚÚCLEO DE CLEO DE PROTEPROTEÇÇÃO ÃO RADIOLRADIOLÓÓGIGI

CA DA CA DA UNIFESPUNIFESP

Proteção Radiológica no Diagnóstico por Imagem

HistHistóóriariaEfeitos a altas doses Efeitos a altas doses ⇒⇒ limite de exposilimite de exposiçção ão ⇒⇒ Conceito de Conceito de TolerânciaTolerância1934 (ICRP): 1 1934 (ICRP): 1 R/semR/sem ~~ 500 mSv/ano~~ 500 mSv/anoAnos 40: limites para efeitos estocAnos 40: limites para efeitos estocáásticos (doses baixas)sticos (doses baixas)Anos 50: os limites foram diminuindo atAnos 50: os limites foram diminuindo atéé 50 50 mSv/anomSv/ano (1958)(1958)

1957 (UNSCEAR): responsabilidades do uso médico na prevenção, diagnóstico e tratamento com radiação ⇒ injurias genéticas 1957 (Ardran GM- Br J Radiol): Métodos de redução da dose na radiologia

1991 (ICRP 60): princ1991 (ICRP 60): princíípios de protepios de proteçção aplicado ão aplicado áás prs prááticasticasHoje : ênfase dada a induHoje : ênfase dada a induçção de câncer . Pequenas doses ão de câncer . Pequenas doses podem gerar danos podem gerar danos ⇒⇒ melhor relamelhor relaçção ão risco/benefrisco/benefííciocio..

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..

Medicina ⇒ ~12% da exposição

Aceitar os riscos e usufruir dosbenefícios faz parte do desenvolvimento

MedicinaMedicina ⇒⇒ ~12% da ~12% da exposiexposiççãoão

Aceitar os riscos e usufruir dosbenefícios faz parte do desenvolvimento

⇓⇓

As "práticas" incluem a utilização de fontes de radiação na medicina,indústria, agricultura, pesquisa e ensino.

SeguranSegurançça a ↔↔ Novas TecnologiasNovas Tecnologias

Dose Efetiva Média Anual: 3,6 mSv/ano(excluindo fumantes)

produtos3%medicina

nuclear4%

raios X médico 11%

radiação interna

11%

radiação terrestre

8%

raios cósmicos8%

Radonio 2 mSv/a

54%

outros1%

Radiação natural: 82 % (~3 mSv/a) radiação produzida: 18 % (~0,6 mSv)

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Dose Efetiva Média Anual devido a fontes produzidas artificialmente (tecnologia)

5%5%

87%

1%

m edicina (RX + MN): 89 % fallout (C-14): <<1 %ciclo do com b. Nuclear << 1 % suprim ento de água: 5 %m ateriais de construção: 5 % produtos agricolas :< 1produtos com bustíveis :<1 produtos de consum o:< 1

Proteção Radiológica no Diagnóstico por Imagem

Frequencia dos Métodos Utilizados no Diagnóstico por Imagem

5%2%

17%

4%2%

70%

raios X CT RM US Angio Medicina Nuclear

Proteção Radiológica no Diagnóstico por Imagem

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Princípios de Radioproteção

1. Justificação genérica Exames radiolExames radiolóógicos para fins empregatgicos para fins empregatíícios cios

ou periciaisou periciaisExames radiolExames radiolóógicos para rastreamento em gicos para rastreamento em

massa de grupos populacionais aprovamassa de grupos populacionais aprovaçção ão do Ministdo Ministéério da Sario da Saúúdede

ExposiExposiçção de seres humanos para fins de ão de seres humanos para fins de pesquisa biompesquisa bioméédica cdica cóódigo de digo de ééticatica

Mulheres em idade reprodutiva e durante a Mulheres em idade reprodutiva e durante a gravidezgravidez

Justificação IndividualExames radiolExames radiolóógicos complexos e com gicos complexos e com

altas dosesaltas doses

SeleSeleçção adequada de equipamentosão adequada de equipamentos

Planejamento da instalaPlanejamento da instalaççãoão

Procedimentos de trabalho Procedimentos de trabalho

Programa de Garantia da Qualidade Programa de Garantia da Qualidade

incluindo:incluindo:

Princípios de RadioproteçãoPrincípios de Radioproteção

B = [ Bb – P – (X + Y) ] > 0

2. Otimização⇒ PrincPrincíípio ALARApio ALARA

NNííveis de referência para pacientesveis de referência para pacientes

RestriRestriçções de dose para acompanhantesões de dose para acompanhantes

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Protocolo clínico

Seleção do paciente

Modo de operação

Taxa de exposição

Constância da qualidade

Doses x Niveis de referência

Qualidade da imagem

Redução de custos

Princípios de RadioproteçãoPrincípios de Radioproteção

Programas de

qualidade

Novas tecnologias

Otimização

3. Limitação de doses individuais: exposição ocupacional e de público decorrente de práticas controladas

Não se aplicam às exposições médicasNão devem ser considerados como uma fronteira entre “seguro” e “perigoso”

4. Prevenção de Acidentes: exposições potenciaisImplementar ações para minimizar erros e exposições acidentais

Princípios de RadioproteçãoPrincípios de Radioproteção

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Objetivos da Objetivos da RadioproteRadioproteççãoão

A dose equivalente máxima para quaisquer órgãos é0,5 Sv/ano, que representa metade da dose limiar para efeitos determinísticos nos órgãos mais radiossensíveis,com exceção do cristalino dos olhos (0,15 Sv/ano).

Para os efeitos estocásticos, o limite de dose efetivacorresponde a um risco de morte para o trabalhador de ~ 5 x 10-4 por ano.

Minimizar o aparecimento de efeitos Minimizar o aparecimento de efeitos determindeterminíísticossticos e limitar a e limitar a probabilidade de efeitos estocprobabilidade de efeitos estocáásticossticos

Limite Ocupacional (IOE)Média ponderada em 5 anos: 20 mSv/ano, desde que não exceda 50 mSv em

qualquer ano

1616CardiologiaCardiologia

11Procedimentos Procedimentos RadiolRadiolóógicos gicos

EspeciaisEspeciais

11Radiologia e Medicina Radiologia e Medicina NuclearNuclear

1,71,7AviaAviaççãoão

2,62,6RadioterapiaRadioterapia

5,55,5OperaOperaçções Nuclearesões Nucleares

2,32,3Minas de Minas de UranioUranio

Estimativa da Dose Efetiva Estimativa da Dose Efetiva Ocupacional (Ocupacional (mSv/anomSv/ano))CRISTALINO

150 mSv

EXTREMIDADES500mSv

PELE500mSv

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Doses nos Indivíduos do Público

A dose equivalente efetiva no indivíduo mais exposto deve ser inferior a 1 mSv/ano, o que corresponde a um risco para efeitos estocásticos de 10-5 por ano, risco este similar ao que as pessoas estão expostas na vida diária, tanto por causas naturais como tecnológicas (terremotos, enchentes, acidentes de trânsito etc.).

A dose equivalente anual máxima é 15 mSv para o cristalino dos olhos e 50 mSv para a pele (região do corpo mais irradiada), ou seja um décimo dos valores adotados para os trabalhadores.

RestriRestriçção de Dosesão de Doses

Não se aplicam a pacientes expostos durante tratamento ou Não se aplicam a pacientes expostos durante tratamento ou diagndiagnóósticostico

visitantes ou voluntvisitantes ou voluntáários envolvidos no cuidado, suporte ou rios envolvidos no cuidado, suporte ou conforto de pacientes sob tratamento ou diagnconforto de pacientes sob tratamento ou diagnóóstico: deve stico: deve ser improvser improváável que recebam mais de 5 vel que recebam mais de 5 mSvmSv durante o durante o perperííodo de exame ou tratamentoodo de exame ou tratamento

indivindivííduos que convivem com o paciente: deve ser limitada a duos que convivem com o paciente: deve ser limitada a atividade remanescente em pacientes submetidos a atividade remanescente em pacientes submetidos a procedimentos terapêuticos com fontes não seladas, no procedimentos terapêuticos com fontes não seladas, no momento da alta.momento da alta.

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Garantia da QualidadeGarantia da Qualidade

Verificar atravVerificar atravéés dos testes de constância, a manutens dos testes de constância, a manutençção das ão das caractercaracteríísticas tsticas téécnicas e requisitos de desempenho dos equipamentos. cnicas e requisitos de desempenho dos equipamentos.

Evitar que os equipamentos sejam operados fora das condiEvitar que os equipamentos sejam operados fora das condiçções ões exigidas.exigidas.

Estabelecer e implementar padrões de qualidade de imagem e verifEstabelecer e implementar padrões de qualidade de imagem e verificar icar a sua manutena sua manutençção.ão.

Determinar os valores representativos das doses administradas noDeterminar os valores representativos das doses administradas nos s pacientes e verificar se podem ser reduzidas, levandopacientes e verificar se podem ser reduzidas, levando--se em se em consideraconsideraçção os valores de referência.ão os valores de referência.

Parâmetros que determinam a Qualidade daParâmetros que determinam a Qualidade daImagem e DoseImagem e Dose

Fatores relacionados ao Fatores relacionados ao equipamentoequipamentoFatores relacionados ao pacienteFatores relacionados ao paciente

DefiniDefiniçção, contraste e ruão, contraste e ruíídodo

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Tempo de exposiçãoFiltração do feixe de raios XkVp, mA, tamanho de campo, aquisições/sSensibilidade do sistema intens. de imagemGradeColimaçãoGeometria do feixe: distâncias e angulaçõesTecnologia de geração dos raios XControle automático da exposiçãoModo de operação: fluoroscopia/cineControle de qualidade

Parâmetros que determinam a Qualidade daParâmetros que determinam a Qualidade daImagem e DoseImagem e Dose

O que fazer em procedimentos de tempo prolongado?

Avaliar os protocolos para procedimentos específicos e estabelecer procedimentos padrões com considerações sobre o tempo de fluoroscopia;

Avaliar o procedimento sob o aspecto de risco de dano biológico;

Modificar o protocolo para otimizar as doses;

Garantir a manutenção da qualidade do sistema;

Conhecer as taxas típicas de doses de radiação do sistema de fluoroscopia para cada modo de operação;

Registrar informações do paciente que permita estimar a dose e fazer “follow-up”.

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RadionuclRadionuclíídeosdeos utilizadosutilizados nasnas atividadesatividadespesquisa/assistenciapesquisa/assistencia

EmissõesEmissões beta e beta e gamagama de de energiaenergia baixabaixa e e meiameia--vidavida curtacurta

RejeitosRejeitos ssóólidoslidos e e liquidosliquidos com com concentraconcentraççãoão e e atividadeatividadeespecespecííficafica baixasbaixas..

Gerenciamento dos rejeitos

Monitorar a área de manipulação

O manuseio de radioisótopos exige uma série de cuidados específicos.Devem ser previstas situações de inalação ou ingestão acidental com contaminação do ambiente e incorporação de radioisótopos no organismo.

Segregar os Rejeitos

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Utilizar blindagem adequada

Manter máximadistância da fonte

Manter-se poucotempo junto à fonte

MMéétodos de Minimizatodos de Minimizaçção das Doses do IOEão das Doses do IOE

1/d2

Equipamento de ProteEquipamento de Proteçção Individual (EPIão Individual (EPI’’s)s)

Aventais

Protetor de Gônodas

Protetor de Tireóide

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Raios-X de fuga ou vazamentoRaios-X espalhados

Blindagem da Sala de RaioBlindagem da Sala de Raio--XX

Monitoração individual

Educação

Método de Controle das Doses Ocupacionais

o dosímetro individual deve ser colocado sobre o avental. No caso de indivíduos que trabalham em mais de um serviço, devem ser tomadas medidas de modo a garantir que a soma das exposições ocupacionais não ultrapassem os limites de dose

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O QUE É ÉTICO EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA?

Atender os princAtender os princíípios bpios báásicos estabelecendo:sicos estabelecendo:

Justificativa do mJustificativa do méétodo : beneftodo : benefíícios individuais e populacionais cios individuais e populacionais OtimizaOtimizaçção: anão: anáálise das tlise das téécnicas que podem minimizar as cnicas que podem minimizar as doses com ou sem aumento de custos de protedoses com ou sem aumento de custos de proteçção radiolão radiolóógica.gica.AvaliaAvaliaçção dos riscos associados ão dos riscos associados ààs doses individuais e s doses individuais e ocupacionais.ocupacionais.

Atender a legislação vigente e Garantir a distribuição mais igualitária possível dos

benefícios.

ProfProfªª. Dra. Regina Bitelli Medeiros. Dra. Regina Bitelli Medeiroshttp://http://protecaoradiologicaprotecaoradiologica..unifespunifesp..brbr

emailemail: [email protected]: [email protected]

NÚCLEO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGI

CA DA UNIFESP

NNÚÚCLEO DE CLEO DE PROTEPROTEÇÇÃO ÃO RADIOLRADIOLÓÓGIGI

CA DA CA DA UNIFESPUNIFESP

Proteção Radiológica no Diagnóstico por Imagem