Prótese Total (Dentadura Completa) Resumos do Segunda
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5/13/2018 Pr tese Total (Dentadura Completa) Resumos do Segunda - slidepdf.com
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COMPLITAS
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Projeto graficoMaria Regina Balieiro (capat aberturas)Aparecido Sart6rio (diagramac;ao)
Composi~iio/ acetatosARTESTILO - Compositora Grafica Ltda.
FotolitosPOLICOLOR esludio de reprodUl;5es graficas ltda.
Impressiio / acabamentoIMPRESS, Cia. Brasileira de Impressao e Propaganda
Direitos ReservadosNenhuma parte pode ser duplicada ou reproduzida
sem expressa autorizaqao do Editor
~li'j[~1S a r vi e r E d i t or s d e L i v r o! M e d ic o s l t da
Ru a D r. Amanc io de C8 fValf1o n. 459
CaixaPostal12.92 7 F one 5713439
04092 SaoPaulo Brasil
Tamaki, Tadachi, 1923-
Tl54d Dentaduras completss / Tadachi Tamaki.
4.ed. 4. ed. rev. e ample -- Sao Paulo: SARVIER,
19 83.
CDD-617.692NLM-IIU 530
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A SUNAO,
minha de di c a da e sposa
ARMANDO e NELY,
meus queridos f il hos .
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Apresenta~io d a 4 .8 Edi~io
Nesta 4." Edi9ao, fizemos uma revisao completa do texto, com
intuito de r eparar as falhas das edi90es e reimpressoes anteriores
e dar um tratamento mais homogeneo a cada fase do trabalho.
Portanto, nesta edi9ao, varios capitulos foram ampliados e acres-
cidos com descri90es pormenorizadas de varias tecnicas e ilustra-
90es correspondentes. Por outro lado, procuramos apresentar a parte
tecnica, clinica ou laboratorial, de maneira mais clara e mais objetiva.
Queremos externar os nossos sinceros agradecimentos a Ora.
Sunao Taga Tamaki, Professor Adjunto da Oisciplina de Protese Total
da FOUSP, pelo inestimavel auxilio prestado na r evisao do t exto e
pelas sugestoes valiosas apresentadas para a amplia9ao dos capitulos
citados.
Nao poderiamos deixar de consignar, tambem, os nossos sinceros
agradecimentos aos componentes da Editora Sarvier, pelo carinho
que tem dispensado a este Iivro.
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Explica~ao d a ta Edi~ao
o objetivo principal deste livro e dar uma orientac;;ao aos estu-dantes de Odontologia, iniciando-os, pois, na disciplina de Pr6tese
Total.
A grande aceitac;;ao dos nossos trabalhos anteriores sobre 0
assunto, em forma de apostilas, nao s6 pelos discentes senao tambem
pelos profissionais, estimulou-nos a concretizar a presente publicaC;;ao.
Aqui, tentamos analisar da maneira mais simples possivel, assun-
tos complexos como 0 problema das leis de articulac;;ao, os movi-
mentos mandibulares, relac;;6es maxilomandibulares e outros.
Alern disso, base ado em conquistas cientificas modernas, pro·
curamos atualizar conceitos e tecnicas vigentes.
Consignamos aqui os nossos melhores agradecimentos a todos
quantos cooperaram para a feitura desta monografia. Particularmente,
devemos salientar os nomes dos senhores: Prof. Dr. Luiz Ferreira
Martins, dinamico Diretor da Faculdade de Odontologia de Bauru, pelo
apoio que nos tem proporcionado, Prof. Dr. Paulo de Toledo Artigas,
ex-Diretor e fundador da mesma Faculdade, Dr. Paulo Jose de Sousa,
do Instituto de Cultura Brasileira e da Faculdade de Odontologia da
Paraiba, pela revisao do vernacu!o, e Srta. Joinvile Zanatta, Secretaria
do Departamento de Pr6tese Dentaria da FOB, pela datilografia dos
originais.
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Explica~ao d a 2 .8 Edi~ao
As minhas primeiras palavras na publica<;80 desta 2." Edi<;80 de
Dentaduras Completas sao de agradecimentos aos Colegas das Fa-
culdades de Odontologia do Pais que adotaram 0 nosso livro nas
suas Disciplinas e aos Colegas profissionais que me tem escrito
de maneira carinhosa e animadora, fazendo esgotar a 1." Edi<;ao em
curto tempo.
o objetivo principal deste livro ainda e de orientar os alunos
da Disciplina de Pr6tese Total. Por isso, tenho 0 firme prop6sito de
em cada edi<;ao procurar corrigi-Io e atualiza-Io. Na presente Edi<;ao,alem da corre<;80 e atualiza<;ao, foram acrescidos os capitulos XVIII,
XIX, XX e XXI, referentes a Dentaduras Imediatas - para ampliar
o conhecimento tecnico dos alunos.
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Expl ica~ao d a 3 .8 Ed i~ao
As minhas primeiras palavras na publica<;:8o desta 3." Edi<;:80 deDentaduras Completas continuam sendo de agradecimento aos Cole-
gas das Faculdades, aos Professores e aos Alunos que tem dado
preferencia a este despretensioso livro didatico. fazendo esgotar a
2." Edi<;:80 em breve tempo.
Nesta edi<;:ao, foram acrescidos dois itens: ajustes do articula-
dor TT e ajustes de oclusao e de articula<;ao em Pr6tese Total. Foi
tambem realizada uma revisao geral no senti do de atualiza<;:ao
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i nd i c e
CAP[TULO 1
ANATOMIA PROTETICA 1
Anatomia protetica do maxilar superior. . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Anatomia protetica da mandibula 5
Cavidade bucal 7
Lingua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
EXAME DA BOCA PARA DENTADURAS COMPLETAS 9
Exame da boca 9
Exame clfnico 10
Boca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Bochecha .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Area chapeavel 11
Relac;:ao intermaxilar 12
Lingua 13
Exame radiogratico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Exame do modelo de estudo 13Exames dos fatores biol6gicos 14
Fator biol6gico geral 14
Estado de saude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Idade 14
Estado psiquico 14
Movimentos mandibulares 15
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Articula<;:ao temporomandibular 15
Vicios 15
Fator biol6gico local 15
Indica<;:ao e contra-indica<;:ao , ,.. 15
Progn6stico 16
CONSIDERACOES GERAIS SOBRE DENTADURAS COMPLETAS 17
Defini<;:ao de pr6tese dentaria .".................. 17
Defini<;:ao de dentadura 17
Requisitos de uma dentadura .. , , '...... 18
Requisito mastigat6rio ,." .. ' .. ,....... 18
Requisito estetico , , .. ,., ... , .. ,...... 19
Requisito fonetico ., , " \ .. , . . . . . . . . . . . 20
Requisito de comodidade 20Fatores que influem no exito do trabalho 21
L1MITES GERAIS DA AREA CHAPEAVEL .... ,............... 23
Delimita<;:ao da area chapeavel da maxila 23
Zonas da area chapeavel 24
Zona de suporte principal 24
Zona de suporte secundario :..... 25
Zona do selado periferico . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Zona do selado posterior . . . . . . . . . . . 26
Zona de alivio . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Delimita<;:ao da area chapeavel da mandibula 27
Zonas da area chapeavel 28
Zona de suporte principal 28
Zona de suporte secundario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Zona do selado periferico , , . 28
Zona do selado posterior 29
Zona de alivio ,..... . . . . . . . . . . . . . . 29
Musculos que influem na estabilidade da dentadura inferior 29
MEIOS DE RETENCAO DAS DENTADURAS C OMPLETAS 31
Adesao ,.................................. 31
Coesao ,... 32
Tensao superficial 33
Pressao atmosterica . . . . . . . . . . . 33
CAPfTULO 6
INTRODUCAO AO ESTUDO DAS MOLDAGENS 37
Conceito de moldagem 37
Defini<;:oes de moldagens ,....... 38
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Moldeiras em geral 39
Tipos de moldeiras 39
Material de moldagem 41
Materiais de moldagens quanto a finalidade 41
Materiais de moldagens quanta as propriedadesfisicas 41
Materiais de moldagens quanta ao aspecto clfnico 42
Requisitos exigidos do material de moldagem 43
Tempo de trabalho 43
Grau de plasticidade 43
Altera<;ao dimensional e morfol6gica 44
Resistencia a fratura 44
Inocuidade aos tecidos bucais 44
MOLDAGEM ANATOMICA 45
Moldagem anatomica da maxila 45
Materiais necessarios 45
Posi<;ao do paciente 45
Sele<;ao da moldeira 45
Prepara<;ao do material 48
Tecnica de moldagem 49
Exame do molde 52
Defeitos do mol de 52Corre<;ao do molde ......•.................... 53
Moldagem anatomica da mandibula 53
Materiais necessarios 53
Posi<;ao do paciente 54
Sele<;ao da moldeira 54
Preparo do material 55
Tecnica de moldagem 56
Exame do mol de 58
Acidentes que pod em ocorrer na moldagem 59
MODELOS E MOLDEIRAS INDIVIDUAlS 61
Tipos de modelos 61
Modelo de arquivo 61
Modelo de estudo 62
Modelo anatomico 62
Modelo funcional 62
Confec<;oes dos modelos 63
Materiais necessarios 63
Tecnica de confec<;ao 63Desenho da area chapeavel 64
Confec<;ao da moldeira individual 65
Materiais necessarios 65
Tecnica de confec<;ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
A juste clfnico da moldeira individual 67
Materiais necessarios 67
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Tecnica de ajuste da moldeira individual superior 67
Ajuste clfnico da moldeira individual inferior .. 69
CAPiTULO 9
REQUISITOS FiSICOS E FUNCIONAIS DAS DENTADURAS 71
Base da dentadura 71
Extensao 72
Selado periferico 72
Recorte muscular 72
Compressao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Alfvio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Fidelidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Dentes artificiais 74
Arco dental ,. 74
CAPiTULO 10
MOlDAGEM FUNCIONAl ,.... 77
MOlDAGEM FUNCIONAl COM BOCA ABERTA 78
MOlDAGEM COM COMPRESSAO 78
Moldagem funcional da maxila 78
Material e Instrumental 78
Posil;ao do paciente e do operador .. . . . . . . . . . . . . 78
Preparo do material de moldagem '. . . . . . 78Tecnica de moldagem 79
Introdul;ao da moldeira 80
Moldagem do rebordo alveolar e do palato 80
Moldagem do fecho periferico 81
Testes de estabilidade e retenl;ao 83
Teste de estabilidade 83
Teste de retenl;ao horizontal 83
Teste de retenl;ao vertical 84
Teste de retenl;ao lateral 84
Moldagem complementar do selado posterior 84
MOlDAGEM COM COMPRESSAO 85
Moldagem funcional da mandibula 85
Material e Instrumental ...............•....... 85
Posil;ao do paciente 86
Preparo do material 86
Tecnica de moldagem 86
Moldagem do corpo da mandibula 87
Moldagem do fecho periferico vestibular 87
Moldagem do fecho periferico lingual 89
Testes de retenl;ao e estabilidade 91
Teste de reten<;ao vertical 91Teste· de retenl;ao horizontal 91
Teste de estabilidade 92
Moldagem complementar 92
Indical;oes da tecnica de moldagem com compressao 93
MOlDAGEM SEM COMPRESSAO , 93
Moldagem funcional da maxila ,... 93
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Material e Instrumental 93
Posi<;:6es do paciente e do operador '. . . . . . . . 94
Preparo do material 94
Tecnica de moldagem , ,.......... 94
Exame do molde 96MOLDAGEM SEM COMPRESS)\O 96
Moldagem funcional da mandibula 96
Material e Instrumental 96
Posi<;:6es do paciente e do profissional 97
Preparo do material 97
Tecnica de moldagem 97
Indica<;:6es da moldagem sem compressao 98
Moldagem mista ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Indica<;:6es de moldagem mista 99
MOLDAGEM FUNCIONAL COM BOCA FECHADA 99Moldagem pel a a<;:aodos labios e bochechas 99
Tecnica de moldagem 100
Moldagem funcional por suc<;:ao e degluti<;:ao 100
CAPITULO 11
RELAc;OES INTERMAXILARES EM DESDENTADOS COMPLETOS 103
Dimensao vertical 103
Defini<;:ao .. 103
Espa<;:o funcional livre (EFL) 105
Imutabilidade da dimensao vertical de repouso 105
Determina<;:ao da dimensao vertical (DV) 107
Metodos de Boos 107
Metodo de degluti<;:ao 107
Tecnica da mascara facial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 108
Tecnica de Willis 108
Metodo fotogrMico 108
Metodo de Sears 108
Metodo de Turner e Fox . . . . . . . . . . . . . . . 108
Metodo de Gerson Martins 109
Metodo de Brodie e Thompson 109
Metodo fonetico 109
Tecnica de determina<;:ao da DVO. 109
Plano-de-orienta<;:ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 110
Base-de-prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 110
Confec<;:ao da base-de-prova 110
Material e Instrumental 110
Tecnica de confec<;:ao 111
Plano-de-cera 111
Confec<;:ao dos planos-de-cera 112
Material e Instrumental 112
Tecnica de confec<;:ao do plano-de-cera superior 112
Determina<;:ao da dimensao vertical de oclusao .. 114
Tecnica de confec<;:ao do plano-de-cera interior 114
Curva de compensa<;:ao 115
Tecnicas de obten<;:ao da curva de compensa<;:ao .. 115
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I t i d d 116
Determinagao da curva de compensagao pela tecnica de
Paterson 117
Material e Instrumental 117
Preparo dos planos-de-cera 118
Desgaste de Paterson 118
Relagao central . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. 119
Conceito 119
Definigao 120
Tecnicas de determinagao de relagao central 120
Metodos mecanicos . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 120
Metodos fisiol6gicos 120
Metodos mecanicos . . . . . . . 120
Metodo extra-oral com uma pua 120
Registro de RC pelo arco g6tico - extra-oral 121
Metodo extra-oral com duas puas 121
Metodo extra-oral: com pressao equilibrada .. 122Metodos intra-orais 122
Metodo intra-oral com pua central 122
Registro da RC pelo arco g6tieo - intra-oral 122
Metodo intra-oral com puas perifericas 123
Outros metodos mecanicos 123
Metodos fisiol6gicos 123
Metodo de deglutigao 124
Metodo de contragao dos museulos temporais 124
Metodo de levantamento da Ifngua 124
Oclusao central 124
Conce ita :.. 124
Definigao . .. 124
Determinagao da oclusao central 124
Metodo de repouso da mandibula 125
Metodo de mordida 125
Determinagao das posigoes de RC de oclusao - tecnica
extra-ora I -. .. 125
Material e Instrumental 125
Fixagao da plataforma 125
Fixagao da pua \ ................ 126
Tragado do area g6tico 126Posigao de relagao central e de OClUS80 127
Imobilizag8o dos planos-de-cera 127
Relagao entre a oelusao central e a relagao central 127
CAPiTULO 12
ESTUDOS DOS MOVIMENTOS MANDIBUlARES 131
Movimento de abertura 13.1
Movimento de translagao 132
Movimento de rotag8o 132Movimento de transrotag8o 133
'Movimento de lateralidade 134
Movimento de transrotagao 134
Movimento de rotagao 134
Movimento de translagao 135
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Movimento de protrusao 135
Movi mento de retrusao 135
TEORIAS SaBRE A ROTACAO DA MANDIBUlA 135
Teoria do centro instantaneo de rota<;:ao 135
Teoria eliptica 136Teoria esferica 136
Teoria gnatol6gica (Unico eixo) 136
Teoria de Ackermann (dais eixos) 137
Teoria transogratica 138
Teoria de Hall ou conica 138
Teoria biaxial de Hjorty e Moss 139
leis de Gysi sobre os movimentos mandibulares 139
leis de articulac;:ao de Hanau 140
CAPiTULO 13
ARTICUlADORES E ARCOS FACIAlS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 143
Defini<;:ao 143
Hist6rico , , . , . , , , 143
Partes componentes de um articulador 144
Classifica<;:ao dos articuladores 144
Classifica<;:ao quanta ao dispositivo de rota<;:ao .. 145
Classificac;:oes quanta a adaptabilidade da distancia
intercondilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 146
Classificac;:ao de Weinberg, . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 148
Arco facial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 148
Montagem dos rnodelos no articulador . . . . . . .. 150
Articulador anatornico arbitrario 150
Articulador parcialrnente ajustavel 151
Tecnicas de deterrninac;ao da inclinac;:ao da cavidade
glen6ide . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . .. 151
Tecnica de Walker. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 151
Tecnica de Gysi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 151
Tecnica de Christensen 153Tecnica baseada na curva de carnpensac;:ao
individual , . . . . . . . . . . . . 153
Tecnica radiogratica 153
Articulador totalrnente ajustavel - Articulador TT . . . . . . .. 154
Transferencia dos rnodelos corn arco facial ..... 154
Prograrna<;:ao do articulador totalrnente ajustavel com'
base na curva de cornpensa<;:ao individual 159
Sequencia da prograrna<;:ao do articulador TT .,. 159
Ajuste da guia condilar 159
Ajuste da guia incisal ,............ 160
Ajuste do angulo de Bennett 160
Ajuste do angulo de Fischer . . . . . . . . . . . . . . .. 161
Mernorizac;:oes das posic;:6es de RC e de
oclusao . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 161
CAPiTULO 14
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Classifica9ao de dentes artificiais 166
Caracterfsticas ideais dos dentes artificiais 167
Vantagens e desvantagens de dentes de porcelana e de
resina acrilica 168
Indica9ao e contra-indica9ao dos dentes de porcelana e de
resina acrilica 168Sele9ao de dentes artificiais '.................. 169
Forma dos dentes 169
Determina9ao da forma dos dentes em des-
dentado total 170
Tamanho dos dentes ,.... 171
Tecnica de sele9ao do tamanho dos dentes arti-
ficiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 172
Linhas de referencias para sele9ao dos
dentes '. . . . . . . . . . . . . . .. 172
Largura dos dentes artificiais 173
Tabela para sele9ao. dos dentes artificiais .. 174
Sele9ao da cor dos dentes 174
Cor dos dentes naturais 175
Determina9ao da cor dos dentes artificiais .. 175
CAPITULO '15
MONT AGEM DOS DENTES 179
Disposi9ao dos dentes 179
Reprodu9ao dos planos-de-orienta9ao ,........ 180Montagem dos dentes superiores 181
Incisivo central superior ,. 182
Incisivo lateral superior ,. 182
Canino 182
Primeiro e segundo pre-molares 182
Primeiro e segundo molares 183
Montagem dos dentes inferiores 184
Disposi<;:ao dos dentes inferiores 184
Incisivo central ,................ 184
Incisivo lateral , ,............. 184Canino 184
Primeiro pre-molar 184
Segundo pre-molar 185'
Primeiro molar 185
Segundo molar 185
Ajustes em oclusao e em articula<;:ao 185
Detec<;:ao dos pontos de contacto em arti-
cula9ao , .. 186
Exame dos pontos de contacto em articula9ao 186
Ajuste em protrusao 187Ajuste em rela9ao central 187
Alinhamento 188
Posi9ao 188
Escultura das dentaduras campi etas 188
Enceramento 189
Recorte do cola cervical 189
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Escultura da regiao gengival vestibular 190
Escultura da regiao gengival lingual 191
Dentadura em cera 191
Prova no paciente :. 192
Relac;ao oclusal dos dentes 192Reconstituic;ao fisionomica 193
Teste fonetico 193
Aprovac;ao do paciente 194
Caracterizac;ao da dentadura 194
CAPITULO 16
PROCESSAMENTO DA BASE DA DENTADURA 197
Inclusao na mufla 197
Material e Instrumental 197
Tecnica de inclusao 198
Prensagem da resina acrilica 199
Material e Instrumental 200
Eliminac;ao da cera 200
Retenc;ao dos dentes 200
Condensac;ao da resina acrilica 201
Preparo da resina acrilica 201
Condensac;ao da resina acrllica 202
Prensagem linica 202
Ciclos da polimerizac;ao 203
Acabamento e polimento ". . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 204
Material e Instrumental 204
Abertura da mufla e desinclusao 204
Acabamento 205
Polimento 205
Polimento com cone de feltro e pedra-pomes 205
Polimento com escova preta e pomes 206
Polimento final com escova branca e
"branco-de-espanha" (CaCOs) 207
INSTALACAO DAS DENTADURAS 209
Provas funcionais 210
Ajuste oclusal 211
Teste fonetico 212
Higienizac;ao da dentadura 213
Assistencia posterior 213
REEMBASAMENTO 215
Definic;ao 215
Indicac;ao 215
Tecnica de reembasamento 216
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Tecnica de reembasamento 216
Reembasamento total , .. , ,.,......... 216
Reembasamento parcial " ,............. 216
DENTADURAS IMEDIATAS - INTRODUCAO ,.. 217
Exame clinico do paciente ,...................... 220
Exame da boca 221
Indicac;:ao e contra-indicac;:ao 223
Preparo pre-operat6rio 224
Hemorragia 224
Hemostasia ,......... 225
Tempo de sangria 225Tempo de coagulac;:ao 226
Hemorragia p6s-operat6ria ,......... 226
Preparo psiquico previa 226
Registro pre-operat6rio 227
Preparo preliminar da boca 228
DENTADURAS IMEDIATAS - MOlDAGENS 231
Moldagem preliminar ou anatomica 231
Confecc;:ao da moldeira individual .'... 233
Moldagem funcional 234
A juste da moldeira individual 235
Moldagem funcional do maxilar superior 235
Moldagem funcional da mandibula 236
DENTADURAS IMEDIATAS - RElACOES INTERMAXllARES 239
Dimensao vertical 239
Oclusao central 239
Confecc;:ao da chapa de prova 240
Determinac;:ao da oclusao central 240
Montagem dos modelos no articulador 240
Selec;:ao dos dentes 241
Montagem dos dentes anteriores 243
Montagem dos dentes posteriores 245
Confecc;:ao da dentadura e da guia cirurgica 246
CAPiTULO 22
DENTADURAS IMEDIATAS - INSTAlACAO 249
Extrac;:ao e alveolotomia 249
Instalac;:ao da dentadura 250
Reembasamento 251
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A natomia Protetica
As dentaduras completas sac proteses mucoso-suportadas que
ficam assentadas e retidas sobre os rebordos alveolares desdentados,
grac;as a ac;ao dos fen6menos fisicos naturais,como a adesao, a
coesao, a tensao superficial e a pressao atmosferica. Dessa forma,
estas proteses participam das func;6es fisiol6gicas, pr6prias do sis-
tema estomatognatico, sem se deslocarem das suas posic;6es. Por
isso, para 0 protesista, 0 conhecimento da anatomia topogrMica da
boca e imprescindivel. Para demonstrar essa importancia, como exem-
plo podemos considerar as ac;6es musculares que interferem, sob
diferentes aspectos, na confecc;ao de uma dentadura:
a) na moldagem devemos copiar as inserc;6es musculares que
vem terminar na area chapeavel;
b) na tomada da dimensao vertical, necessitamos obter 0 equi-
librio dos musculos elevadores e abaixadores;
c) na tomada da relac;ao central, levamos em considerac;ao 0
aspecto dinamico dos musculos retropulsores da mandibula;
d) no ajuste da oclusao e da articulac;ao respeitamos a ac;ao
conjunta dos musculos mastigadores.
Como vimos, 0 conhecimento anatomo-fisiol6gico da reglao ea base fundamental para obter exito nas manobras operat6rias. aque foi visto em relac;ao a musculatura, podemos dizer, tambem,
com rela<;:ao a conformac;ao e a mobilidade do soalho da boca, da
bochecha, da regiao do f6rnice, do veu do paladar, da articulac;ao
temporomandibular etc.
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a estudo dos ossos maxi lares tem uma grande importancia na
protese dental, porque eles constituem a base do suporte das
dentaduras artificiais. .
as ossos maxilares articulam-se com todos os ossos do cranio
facial e tambem com alguns do cranio cerebral. Essas articula<;:6es
osseas formam uma arma<;:ao semelhante a estrutura das constru-
<;:6esde engenharia, apresentando refor<;:os osseos, tais como: pilares,
vigas e arcos, a fim de aumentar a resistancia do esqueleto osseo.
as pilares sac forma<;:6es osseas compactas que se disp6em
verticalmente no cranio facial, nas tras regi6es: anterior - os
pilares caninos; posterior - os pilares zigomlHicos e internamente
- os pilares pterigoideos.
a pilar canino inicia-sea
altura da bossa canina e terminano osso frontal, passando ao lado da cavidade nasal e do seio
maxilar (Fig. 1-1).
a pilar zigomatico come<;:a a altura do primeiro molar, sobe
ao lado externo do seio maxilar pela ap6fise piramidal do maxilar
e termina na ap6fise orbital externa do os so frontal.
a pilar pterig6ideo e formado pelas asas externa e interna
do osso esfen6ide e constitui um refor<;:o 6sseo que vai da regiao
dos molares a base do cranio (Fig. 1-2).
as pilares sac ligados entre si por meio de forma<;:6es com-
pactas 6sseas, denominadas vigas e arcos, que proporcionam, aestrutura esqueletica, uma rigidez muito grande.
As vigas sac em numero de duas. Iniciam-se no pilar zigoma-
tico, a altura do osso malar de ambos os lados da face, e caminham
em dire<;:ao posterior acompanhando 0 arco iigomlHico, daf 0 nome
de viga zigomlHica.
as arcos sac em numero de seis; dois supra-orbitais e dois
infra-orbitais, 0 supranasal e final mente, 0 infranasal. as supra-
orbitais e 0 infra-orbitais contornam as bordas orbitais dos ossos
frontal e malar, respectivamente, ligando 0 pilar canino ao zigo-
matico. Unindo os pilares caninos entre si, encontramos os arcos
supranasal e infranasal: 0 primeiro liga as extremidades superiores
Figura 1-1
1. Pil a r cani n " O .2 . P i l ar z i gomat i co .3 . Vi g a zi gomatica .
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Figura 1-2
1 e 2. Pi/ares pterig6id e os .
Figura 1-3
2. Area infra-orbitario.1. Area supra - orbitario.
3. Area supranasal.4. Area infranasal.
dos pilares e 0 segundo fica a altura da espinha nasal dos ossos
maxilares superiores (Fig. 1-3).
o osso maxilar superior e constitufdo por um corpo central
escavado, quatro prolongamentos as ap6fises: ascendente, zigomati-
ca, palatina e alveolar.
Na sua parte externa, podemos destacar tres faces (anterior,
posterior e superior); tres bordas (anterior, posterior e inferior);
uma base e um vertice.,
Na face anterior, encontramos a fossa canina, onde se insere
o musculo canino e 0 buraco infra-orbitario, donde emerge 0 buqueinfra-orbitario do nervo maxilar superior. Na parte inferior, ainda
encontramos a bossa canina, que e a eleval;80 da raiz do canino,
e a fosseta mirtiforme, que e a concavidade destinada a inserl;80
do musculo mirtiforme.
A face superior do osso maxilar superior concorre para a
formal;80 do soalho da 6rbita e a face posterior apresenta-se com
forma abaulada com dois a tres oriffcios com os respectivos con-
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forma abaulada com dois a tres oriffcios com os respectivos con
A borda anterior forma a porc;:ao inferior e interna do rebordo
orbitario; a posterior constitui 0 limite anterior da fenda esfeno-
maxilar, e a borda inferior apresenta-se concava, dirigindo-se para
dentro e para baixo.
A base do osso maxilar confunde-se com a ap6fise alveolar,
e seu vertice, rico em rugosidade, constitui a ap6fise malar quese articula com 0 os so zigomMico (Fig. 1-4).
A face interna do os so maxilar e constituida pela abertura do
seio maxilar, face nasal, ap6fise palatina e ap6fise ascendente.
A ap6fise ascendente ocupa a parte antero-superior do os so
maxilar. Na porc;:ao mediana dessa eminencia 6ssea, encontramos
a crista etmoidal e, na base, outra crista para a inser9ao do corneto
inferior. Dessa regiao para baixo forma-se uma concavidade que
corresponde a abertura nasal ou piriforme.
Na por9ao postero-superior, fica a abertura do seio maxilar.
Entre a abertura do seio e a ap6fise, nota-se 0 canal lacrimal quecorre vertical mente
No terGo inferior, ha uma lamina horizontal que corresponde
a ap6fise palatina. A face superior da ap6fise forma 0 soalho da
cavidade nasal e a face inferior, a abobada palatina.
A parte posterior do ossa maxilar e de forma abaulada, rica
em oriffcios e rugosidades constituindo a tuberosidade do maxilar
(Fig. 1-5).
f'igura 1·4
1. Ap6fis e a s c endente .
2. Bu r aco infra - o r bitario .
3 . Espi n h a na sa l a n terior .
4. Ap6fi s e z i gom a tica .5 Ap 6 fi s e a l v e o l a r .
Figura 1-5
1. Ap6fise ascendente 52 . Canal l acr i ma l .
3 . Abertur a do seio m ax i lar .
4 . T ube r osi da de do ma x /l ar
5 . La m l a h o r izonta l
6 . C r ista e tm o i da l
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A mandfbula e um osso fmpar, simetrico, que esta situado na
parte anterior e inferior da face.
Apesar de ser um osso compacto, possui os reforc;:os 6sseos
que sac linhas de resistencia cruzan do ao longo do seu corpo.
Assim, temos: a trajet6ria basilar que corre na porc;:ao basilar do
corpo do osso; a trajet6ria alveolar, na regiao do alveolo dental;
a trajet6ria coronoidal que acompanha 0 processo coron6ide e a
trajet6ria condiliana que reforc;:a 0 condilo (Fig. 1-6).
Podemos descrever a mandfbula dividindo-a em tres porc;:6es:
um corpo e dois ramos.
o corpo da mandfbula apresenta duas faces (externa e internal
e duas bordas (superior e inferior).
Na face externa, a altura da Iinha mediana do corpo, encon·tramos uma pequena saliencia que corresponde a eminencia men·
toniana. Mais abaixo, ha outra saliencia triangular que e a protu-
berancia do mento e, em ambos os lados dessa protuberancia,
existe uma pequena depressao que corresponde as fossetas do
mento.
Na regiao dos pre-molares, a altura do terc;:o superior, ha um
oriffcio que e 0 buraco mentoniano. Na parte distal do buraco
mentoniano, inicia-se uma aresta que caminha em direc;:ao ao ramo
rMntante, a qual recebe 0 nome de linha oblfqua externa (Fig. 1-7).
Figura 1-6
f. T rajet6ria coronoidal .2 . Trajet6ria alveolar 3 . Trajet6ria basilar .
4 . Trajet6ria condiJiam ,
Figura 1·7
f. Eminencia do mento .2 . Protub e ranci a do mento .
3 . Fo s seta do mento .4 . Bu r aco m e ntoniano .
5 Linha obliqua externa
5
4
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5 Linha obliqua externa
A altura da linha mediana da face lingual do corpo da man·
dfbula, nota-se 0 vestfgio do sfncondro mentoniano e, em ambos
os lados, duas ap6fises genis, a fim de dar inser<;:oes aos musculos
genioglossos.
Mais para a distal da ap6fise genl, InICla-Se a linha oblfqua
interna que caminha em direc;:ao a ap6fise coron6ide. Entre 0 pri-
meiro acidente anatomico e 0 segundo, fica localizada a fosseta
subl ingual.
A parte superior do corpo da mandfbula e formada pela apOfise
alveolar em toda sua extensao e a inferior, pela base da mandibula.
Em ambos os lados da linha mediana da mandibula, encontramos,
a altura da base, a fosseta digastrica (Fig. 1·8).
o ramo da mandfbula apresenta duas faces (interna e external
e uma borda superior.
Na porc;:ao central da face interna, notamos 0 buraco do canal
dentario inferior. Na borda superior do buraco, temos a espinha
de Spix; e da borda inferior do mesmo, inicia-se 0 sulco milo-hi6deo
que desce em direc;:ao ao corpo da mandfbula.
A face externa do ramo da mandfbula apresenta-se rugosa na
porc;:ao inferior para dar inserc;:ao ao musculo masseter.
Na borda superior do ramo, encontramos as ap6fises coron6ide
e condilar, e a chanfradura sigm6ide.
A \ ap6fise coron6ide situa-se na porc;:ao anterior e apresenta
duas faces (interna e external e duas bordas (anterior e posterior).
A ap6fise condilar encontra-se na porc;:ao posterior da borda superior
do ramo e possui duas vertentes (anterior e posterior), uma borda
superior e duas extremidades (Fig. 1-9).
Figura 1·8
1. Sincondro mentoniano.2 . Ap6fise geni.
3 . Linha obliqua interna.4 . Fosseta sublingual .5. Fosseta digastrica .
6 . Canal dentario inferior .7 . Espinha de Spix .
Figura 1·9
1. Ap6fise coronoide .
2 . Chanfradura sigm6ide.
3. Ap6fise condilar.
. . . • . .. .• .:. ~' ...
" : : . . ~ ..,
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3. Ap6fise condilar.
A boca e uma cavidade irregular, limitada pelos labios, boche-
chas, soalho da boca, abobada palatina e veu do paladar. Esta
situada entre duas partes do esqueleto facial: uma fixa, composta
pelos ossos maxi lares e palatinos e outra movel, formada pelamandibula.
A cavidade bucal comunica-se com 0 exterior pelo vestibulo
bucal e para tras com a faringe, pelo istmo da garganta.
Para fins proteticos, interessam-nos os conhecimentos das es-
truturas anatomicas profundas assim como as superficiais da mu-
cosa bucal.
As estruturas anatomicas das fibromucosas san iguais nas bocas
dos individuos desdentados e nao desdentados; diferem apenas no
que concerne a aderencia das mesmas ao osso. 0 periosteo da
fibromucosa da boca desdentada e menos aderente do que a deuma boca com os dentes.
Ouanto a conformac;:ao da abobada palatina, as bocas edentadas
san menos arqueadas em relac;:ao aos individuos com os seus
dentes no arco, porque, com a extrac;:ao dos mesmos, 0 rebordo
alveolar perde cerca de 10mm na altura.
o soalho da boca apresenta, normal mente, tres formac;:6es ana-
tomicas de importancia para a protese: 0 treio lingual, a inserc;:ao
do musculo genioglosso e 0 fornice g'engivolingual.
No fornice vestibular dos arcos superior e inferior encontra-
mos tres freios: um anterior ou labial e dois laterais ou do buci-
nador. 0 freio ou inserc;:ao labial localiza-se no fornice gengivolabial
e as inserc;:6es laterais, no fornice gengivogeniano.
A lingua e uma formac;:ao muscular constituida por uma porc;:ao
horizontal que forma 0 corpo do orgao e outra, vertical, que cons-
titui a base.I
Na parte mediana e anterior do corpo da lingua encontra-se 0
freio lingual. Internamente" os musculos que constituem a linguapodem ser classificados em musculos intrinsecos e extrinsecos.
E intrinseco 0 musculo transverso e os extrinsecos san subdi-
vididos em tres grupos, conforme suas origens.
Assim, no primeiro grupo, enquadram-se todos aqueles mus-
culos que tem insen;:6es nos ossos vizinhos, tais como os musculos
genioglosso, hioglosso e estiloglosso; no segundo grupo, reunem-se
todos os musculos da lingua que se originam dos orgaos vizinhos,
tais como os musculos palatoglosso, faringoglosso e amigdaloglosso,
e, finalmente, no terceiro grupo, os musculos que conectam as
partes moles, nao osseas, proximas da lingua, tais como os musculoslingual superior e lingual inferior.
1. GRAZIANI, M. - P rotese Maxi/a-Facia / . 2.' Ed. Rio, Ea. Cientffica, pp. 19·22,
1956.
2. GRAZIANI, M. - Gp. Cit . re f . 1, pp. 24·25, 1956.
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3. SCHLOSSER, O. R. & GEHL, H. D. - Pratesis Camp/eta. Buenos Aires. Ed,
Mundi, SRL, pp. 10-11
4. SICHER, H. & TANDLER, J. - Anatamia para dentistas. 2.' Ed Barcelona-
-Madrid. Ed. Labor, SA., pp. 29·36, 1950.
5. SICHER, H. & TANDLER, J,-- Gp . eit . ref . 4, pp. 42·47. 1950.
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Exam e da Boca Para Dentaduras Com pletas
o exame do paciente com finalidade protetica deve orientar-se
pelo seguinte esquema:
Exame da boca:
a) exame cllnico;
b) exame radiografico;
c) exame do modelo de estudo.
Exame dos fatores bio/6gicos:
a) fator geral;
b) fator local.
Indic8980 e contra-indica{:8o.
Progn6stico.
Nos desdentados completos, 0 exame clfnico da boca nao
deve restringir-se apenas ao levantamento amplo e minucioso das
caracterfsticas anatomicas da area chapeavel, mas, tambem, devem
ser analisadas a natureza do revestimento fibromucoso dessa area
e as estruturas museu lares que a envolvem, como labios. bochechas
e lingua.
o exame completo do estado atual da boca desdentada tem.
como objetivo, 0 reconhecimento das condi<;6es anatomo-fisiol6gicas
das areas de interferencias protetica, possibilitando avaliar como
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se instalou 0 processo degenerativo e fazer uma estimativa do
prognostico da protese a ser instalada.
Para que 0 exame da boca seja completo, alem do exame
clfnico, devem ser feitos os exames radiograficos e0
exame dosmodelos de estudo. Normalmente, os exames radiograficos e 0
dos model os de estudo saD complementares do exame clfnico. Em
protese total, porem, os mesmos desempenham um papel impor-
tantfssimo, pois tanto um quanta 0 outro podem contra-indicar a
instalayao das proteses nas condi<;:6es atuais, isto e , sem antes
se submeterem a uma terapeutica adequada.
Exame clinico
a exame clfnico deve ser feito sistematica e ordenadamente.
a preenchimento de uma ficha clfnica adequada podera servir deorienta<;:ao para a realiza<;:ao de um exame cllnico completo, evitando
omitir dados importantes. Quando 0 paciente ja e portador de uma
protese completa, a sua historia protetica, isto e , as suas opini6es
e experiencias anteriores devem ser ouvidas e levadas em cons i-
dera<;:ao.
a exame cllnico da boca dos desdentados completos, segundo
Barone, deve iniciar-se da parte externa da area bucal passando depois
para a parte interna da cavidade oral. a exame cllnico da boca com-
preende: exame da boca, da bochecha, da area chapeavel, do espa<;:o
intermaxilar e da lingua.
Boca
Examinamos a amplitude da abertura bucal e a tensao dos
musculos orbiculares dos labios. Para esse exame. solicitamos ao
paciente que abra a boca ligeiramente e introduzindo-se os dedos
indicadores, procuramos afastar as comissuras labiais nos sentidos
opostos.
Ha pacientes que apresentam a abertura bucal limitada por
natureza congenita e outros que apresentam a mesma caracteristica,
provocada pela contra<;:ao contfnua dos musculos orbiculares dos
labios, que se madificam, tornando-se extremamente tensos.
a estrangulamento da abertura bucal nos pacientes idosos que
permaneceram sem as proteses durante muitos anos, corre por conta
da atresia dos musculos orbiculares, resultando na forma<;:ao de
rugas que se disp6em perpendicularmente a fenda bucal (Fig. 2-1),
A finalidade desse exame e verificar 0 grau de dificuldade que
iremos enfrentar no ato da moldagem, ou, mais propriamente, na
introdu<;:ao da moldeira na moldagem. Se houver dificuldade 0
molde podera ficar camprometido se a manobra cllnica de intro-
dUl;:ao nao for feita com habilidade, usanda-se de artiHcio para
contomar essa dificuldade.
Bochecha
Atribui-se, atualmente, um papel muito grande a a<;:ao das bo-
chechas na reten<;:ao de uma dentadura completa.
Antes de examinarmos a a<;:aoda bochecha. posiciona-se 0 polegar
por fora e introduz-se 0 indicador na boca, e realizam-se palpa<;:6es
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Figura 2-1
Sulcos perpendicular es.
para avaliar a espessura e consistencia da mesma. A seguir, levam-se
os dedos indicadores na regiao do f6rnice gengivogeniano de cad a
lade para verificar a interferencia ou nao do musculo bucinador
durante a abertura e fechamento da boca.
Ar ea chap eave I
No exame da area chapeavel, primeiro inspecionamos 0 aspecto
e a colorac;:ao da fibromucosa de revestimento da regiao. Em segui-
da, por palpac;:ao, examinamos a consistencia da fibromucosa que
reveste 0 rebordo alveolar superior e inferior. Verificamos depois
a a ltura e a espessura dos rebordos. Certificamos ainda se ha
alguma formac;:ao patol6gica que indique a remoc;:ao cirurgica, ou
adie a confecc;:ao dos aparelhos.
Continuando, fazemos 0 exame corn vistas a estabilidade das
futuras pr6teses totais. A estabilidade sera problematica se 0 paciente
apresentar formac;:6es 6sseas como t oru s pa la t i n u s e t or u s m and i-
b u l a ris, assim como hipertrofia da mucosa, localizada em determinada
regiao ou generalizada pela area chapeavel.
Em pr6tese total, a hipertrofia da mucosa bucal e. de um modo
geral, uma reac;:ao tecidual diante de uma sobrecarga. As principais
causas sac: falta de retenc;ao ou de estabilidade, sobre extensao da
area basal, desiquilibrio oclusal, camara de vacuo etc.
A hipertrofia provocada pela camara de vacuo e caracteristica
pois, apresenta 0 contorno nitidamente delimitado e localiza-se na
regiao do palato. Quando a hipertrofia se localiza no rebordo alveolar.
suspeita-se de sobrecompressao por desiquilibrio oclusal e quando e
generalizada, por deficiencia de retenc;ao ou de estabilidade.
Observamos depois a regiao do fecho periferico. No exame
dessa regiao, 0 objetivo e saber 0 quanta de fibromucosa m6vel
podera ser englobada na area chapeavel e. tambem, conhecer a
tonicidade das inserc;6es muscula~es, que terminam nessa regiaoprincipal mente dos freios dos labios e do bucinador.
Para avaliar a interferencia de algum dos freios na retenc;ao da
futura pr6tese total, procede-se da seguinte maneira: coloca-se 0
dedo indicador sobre 0 freio que se quer examinar e faz-se uma
trac;ao do labia com a outra mao. Caso 0 cordao fibroso seja tao
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tenso que chega a deslocar 0 dedo, entao esse freio devera ser
removido cirurgicamente. Se. porem, a tensao nao for dessa ordem,
essa inserc;:ao nao causara danG a retenc;:ao e a estabilidade do
aparelho, mesmo estando localizada na zona principal de suporte.
A regiao do s elamento posterior e uma outra regiao que merece
uma atenc;:ao especial, visto que, a custa dessa parte, e que iremos
obter a retenc;:ao anteroposterior do aparelho. No exame dessa regiaodevem ser considerados os fatores: extensao, consistencia da mucosa
e a sensibilidade.
Nesse exame 0 objetivo e de conhecer 0 espa<;:o livre entre os
rebordos superior e inferior para saber de antemao se teremos
dificuldade ou nao na montagem dos dentes. Para isso, determina-se
a dimensao vertical de oclusao e posiciona-se a mandfbula nessa
dimensao vertical com 0 auxflio do compasso de Willis; depoisafastam-se os labios e examina-se a distancia entre os rebordos.
A distancia normal e da ordem de 2 a 2.5cm na parte anterior e
que tende a diminuir a medida que caminha para posterior.
Nos pacientes que apresentam uma tuberosidade volumosa, as
vezes. esta chega a tocar na papila piriforme e, como consequencia,
nao sobra espac;:o para acomodar as bases das dentaduras. Nesses
casos, indica-se uma reduc;:ao cirurgica da tuberosidade para propiciar
o espa90 necessario (Fig. 2-2).
Figura 2-2
1. Posici o n a mento d a mandibul a
em O VO eom 0 eo mpa s so de
W i ll i s . 2. E spar; : o entr e 0 8
rebordos . 3'. Tuberosid a d e
toe ando a papil a piriforme .
Um outro ponto que se deve observar e a altura do rebordo
alveolar, especial mente do rebordo superior. Se 0 paciente apresentar
um rebordo alveolar alto, e, durante 0 sorriso deixa-o muito exposto,
entao nesse caso, tambem e conveniente indicar uma cirurgia redu-
tora, para nao comprometer a estetica.
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Lingua
A lingua influi na estabilidade da dentadura inferior pelo seu
grau de mobilidade, tamanho e consistencia.
Durante os movimentos fisiol6gicos normais, como na masti-
gac;:ao, fonac;:ao, deglutic;:ao, tosse, bocejo etc., todo 0 corpo da linguase movimenta. Devido a esses movimentos, 0 soalho da boca (ac;:ao
dos musculos milo-hi6ideo) se eleva e, em con sequencia, provoca
o deslocamento da base da dentadura.
Portanto, se 0 paciente apresenta uma lingua com muita mobi-
lidade, entao ten:i maior dificuldade em controlar esses desloca-
mentos da pr6tese. Por outro lado, quando 0 paciente apresenta
uma lingua com movimento muito limitado, como e 0 caso de lingua
presa, devido a tensao excessiva do freio lingual, tambem a adaptac;:ao
da pr6tese na regiao lingual e anterior sera diffcil, prejudicando
assim a estabilidade da pr6tese instalada.
Quanto ao tamanho, ha pacientes que tem a lingua tao volumosa
que, muitas vezes, chega a preencher, quase que total mente, a
cavidade bucal. Nesses casos, tambem instaladas as dentaduras,
qualquer movimento de lingua provocara 0 deslocamento das mesmas.
A lingua quando se apresenta muito tensa e dura, como se
estivesse em contrac;:aa permanente, tambem dificulta a estabilidade
da pr6tese.
Exame radiografico
Nos pacientes desdentados, atraves das radiografias oclusais,
tem-se uma noc;:ao geral do estado dos ossos alveolares, e, tambem,
possibilita certificar-se da possivel presenc;:a de raizes residuais,
cistos, dentes inclusos, extranumerario, odontoma etc. Uma vez
constatada a existencia de qualquer corpo estranho ou aspecto anol'-
mal do osso, deve-se requisitar uma radiografia periapical da regiao
suspeita, para examinar, diagnosticar e localizar melhar a natureza
do corpo estranho.
Segundo Ennis, Waggener e Austin, Smith e Young, a frequenciade corpos estranhos nos rebordos clinicamente normais e muito
grande. Assim e que os protesistas consideram, com razao, todos
rebordos desdentados, clinicamente suspeitos.
Exame do modelo de estudo
Os modelos de estudo sac de grande utilidade nos exames da
boca, porque permitem uma visao geral das areas chapeaveis e
auxiliam, consequentemente, no diagn6stico e no planejamento do
tratamento.
Os model os de estudo, alem da visao panoramica, mostram
tambem, com clareza, certas partes da boca, diffceis de serem
observadas clinicamente. Na obtenc;:ao' dos modelos, conforme 0
objetivo do estudo, deve-se escolher 0 material de moldagem mais
adequado. Assim, se 0 abjetivo e de estudar, por exemplo, 0 volume
das tuberosidades do torus, da hipertrafia da mucosa, ou ainda saber
da inclinac;:aa dos rebordos em relac;:ao ao plano oclusal, indica-se
m material de moldagem elastico Mas se par o tra lado esti er
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um material de moldagem elastico Mas se par outra lado estiver
interessado em conhecer a tonicidade das inserc;:6es museu lares, a
extensao da area chapeavel de um rebordo reabsorvido ou um
rebordo alveolar duplo etc., a moldagem devera ser' efetuada com
um material anelastico.
Com 0 titulo de exame dos fatores biol6gicos, estudam-se os
fatores gerais e locais, os quais podem interferir, direta ou indire-
tamente, no sucesso de uma dentadura completa.
Cada um dos itens, relativos aos fatores biol6gicos, devem ser
ponderados, e os resultados anotados na ficha clinica de maneira
objetiva, clara e sintetica.
Dos fatores gerais, de interesse protetico, deve-se destacar 0
estado de saude geral do paciente, porque a boa disposic;:ao do
paciente cria condic;:6es favoraveis para tudo. Essa afirmativa pode
ser comprovada nos pacientes portadores de dentaduras, pois, que
qualquer alterac;:ao da saude, por menor que seja, reflete primeiro
na boca, manifestada pela intolerancia em permanecer com as den-
taduras. Dai a razao da afirmac;:ao "a boca e 0 term6metro da saude".
A idade do paciente e u m outro fator geral que interessa aos
protesistas, visto que a capacidade de adaptac;:ao do paciente em
relac;:ao a pr6tese diminui com 0 avan9ar dos anos.
Outro fator geral que merece considerac;:ao toda especial e 0
estado psiquico do paciente, pois 0 exito final do trabalho depende
muito da coopera9ao do paciente.
Fox, estudando a rea9ao psiquica dos pacientes em relac;:ao ao
trabalho a executar, dividiu-os em quatro classes distintas: receptivos,
cepticos, histericos e indiferentes.
Receptivo s : saD os pacientes cultos, compreensiveis e de indole
calma; saD os pacientes que estao prontos a cooperar com 0 pro-
fissional.
C e ptic o s: saD os pacientes pouco cultos, com poder de racio-
cinio limitado e desconfiados; saD pessoas que relutam em aceitar
a opiniao do profissional mesmo a respeito do tratamento, porque
ja tem a sua formada.
H is t ericos: saD os pacientes nervosos, irriquietos, pessimistas,
portadores de algum trauma psiquico, geralmente de fundo senti-
mental
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mental.
Movimentos mandibulares
o conhecimento das caracteristicas individuais dos movimentos
de abertura e fechamento, assim como os de lateralidade, SaD impor-
tantes para se poder confeccionar a dentadura que mais se ad~pte
as condic;;oes atuais, sob os pontos de vista fisiologico e anatomico.
Artieulat;ao temporomandibular
o exame da articulac;ao temporomandibular (ATM) deve ser feito
como rotina. Dos sinais e sintomas que indicam a presenc;a de dis-
turbios da ATM, sao mais frequentes: ruido dos condilos durante a
abertura e fechamento da boca, dor na regiao da articulac;ao, desvio
da mandibula, vertigens etc.
Vie i os
Os vicios, tais como, 0 uso de cachimbo, de piteira, cigarro ou
charuto, devem ser conhecidos. Tambem os habitos profissionais,
como prender pregos com os dentes, nos sapateiros, segurar a ponta
do instrumento de sopro, nos musicos, de morder 0 lapis, nos escri-
turarios etc., merecem ser considerados e ponderados antecipada-
mente.
Outra averiguac;ao relacionada ao assunto, refere-se ao estado
psicologico e neurologico, no sentido de c onstatar se 0 pacientenao esta sujeito a graves riscos, como 0 de engolir a protese nas
crises agudas, como pode acontecer na epilepsia e na demencia
mental.
Fator biol6gico local
Os fatores biologicos locais ja foram devidamente considerados
e ponderados no exame da boca, isto e, nos exames clinicos, radio-
grafico e dos modelos de estudo.
Realizado 0 exame minucioso da boca do paciente e anotados
na ficha clinica os resumos objetivos de cad a urn dos fatores gerais
e locais, que interessam a confecc;ao da protese, pass amos depois
para a avaliac;ao dos dados obtidos, considerando-os em conjunto.
Essa avaliac;ao nos levara a indicac;ao da conduta clinica mais ade-
quada para cada caso. Para isso podemos dividir os dados obtidos em:
- fatores favoraveis
- fatores desfavoraveis
Sao fatores favoraveis todos aqueles de ordem geral ou local,
que proporcionam condic;oes propicias para que a dentadura venha
a preencher os requisitos de mastigac;ao, estetica, fonetica e de
comodidade.
Sao exemplos de. fatores favoraveis: rebordo alveolar de forma
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Sao fatores desfav o raveis aqueles que se contrapoem ao exito
da pr6tese. Sao exemplos de fatores desfavoraveis: rebordos alveo-
lares reabsorvidos; inserc;:oes musculares invadindo a zona de suporte
principal; volume excessivo da lingua; distdrbios da ATM; assimetria
facial; prognatismo; idade muito avanc;:ada etc.Separados os fatores em favoraveis e desfavoraveis, conferem-se,
para cada item, pesos especfficos, conforme a importancia de cad a
urn dos fatores, do ponto de vista protetico.
Somados os pesos atribuidos, se 0 resultado for maior do lado
dos fatores favoraveis do que do lado dos desfavoraveis, entao,
faz-se a indicac;:ao do trabalho. Se, porem, 0 resultado for menor do
lado dos fatores favoraveis, contra-indica-se 0 trabalho, considerando-
se as condic;:oes biol6gicas, psicol6gicas e neurol6gicas atuais do
paciente.
Progn6stico
Uma vez feita a indicac;:ao, 0 progn6stico ou a e stimativa da
probabilidade de sucesso ou insucesso do trabalho e, tambem, obtido
com base no mesmo criterio acima referido. Desse modo se a soma
dos pesos dos fatores pender para 0 lado dos fatores favoraveis,
entao, 0 progn6stico e born, podendo-se antever sucesso do trabalho.
Se verificar urn equillbrio entre os pesos dos fatores favoraveis e
desfavoraveis, entao, 0 p r ogn6stico e regular . Por outro lado, se 0
resultado pender para 0 lado dos fatores desfavoraveis, 0 progn6s -
ti c o e d uv i d o so ou r eservado .
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Considera~iies Gerais Sobre Dentaduras Completas
AS aparelhos proteticos podem ser classificados, visando os
aspectos de fixa9ao e de transmissao dos esfor90s de mastiga9ao.
Sob 0 ponto de vista da fixa9ao, os aparelhos proteticos podem
ser classificados em: Proteses Fixas e Proteses Removlveis. Essas,
por sua vez, subdividem-se em Protese Total e Protese Parcial.
Sob 0 ponto de vista da transmissao de esfor90s mastigatorios,
as proteses podem ser: dento-suportada (exemplo: protese fixa),
dento-mucoso-suportada (aparelho parcial removlvel) e mucoso-supor-
tad a (dentadura completa).
A protese dentaria e a ciencia que trata da substitui9ao de
um ou mais dentes ausentes do arco dental e das partes circunvizi-
nhas, por um substituto artificial.
as objetivos da substitui9ao dos elementos ausentes e de res-
tituir a fun9ao, a estetica e a saude do orgao de mastiga9ao, favo-
recendo a manuten9ao desse orgao em condi90es normais, por maior
tempo passlvel, contribuindo assim para a eleva9ao da biostatica da
cavidade oral.
DEFINI<;AO DE DENTADURA
A dentadura pode ser definida com base na fixa9ao do aparelho
na boca ou considerando-se a via de transmissao dos esfor90s mas-
tigatorios. No primeiro caso, pade-se dizer: a dentadura e um aparelha
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protetico do tipo removivel, destinado a substituir todos os dentes
do arco, assim como reconstituir a parte gengival ausente, a fim
de restituir a func;ao do 6rgao e a estetica. No segundo caso, pode-se
dizer: a dentadura e um aparelho do tipo mucoso-suportado destinado
a substituir todos os dentes do arco dental, assim como a parte
gengival ausente, a fim de restituir a func;:ao do 6rgao, a estetica e
a fonetica.
as requisitos para que uma dentadura se ja considerada um
aparelho util e realmente desempenhe suas func;oes na boca do
paciente, segundo Schlosser & Gehl, sao:
a) requisito mastigat6rio;
b) requisito estetico;c) requisito fonetico; e
d) requisito de comodidade.
Requisito mastigatorio
A eficiencia mastigat6ria de uma dentadura esta correlacionada
diretamente com a retenc;ao e a estabilidade do aparelho.
A retenc;ao e a propriedade que tem uma dentadura, depois de
instalada na boca, de resistir as forc;as que tentam deslocar 0 apa-
relho no senti do gengivo-oclusal.A retenc;ao depende de varios fatores, podendo ser considerados
como principais: precisao da tecnica de moldagem; forma e tamanho
do rebordo alveolar; consistencia da fibromucosa de revestimento;
tonicidade das inserc;oes museu lares e tecidos ad jacentes a area
chapeavel.
A moldagem e um conjunto de atos operat6rios, mas que para
o seu completo exito, alem do dominio tecnico e te6rico do profissio-
nal, entram em jogo uma serie de outros fatores, tais como: as
circunstancias em que 0 operador trabalha, materiais e instrumentais
de que dispoe, a natureza anatomo-patol6gica da boca a moldar,cooperac;ao do paciente etc.
A moldagem perfeita da b oca desdentada e a quela em que 0
operador consegue reproduzir, com detalhes, todas as regioes da
area chapeavel, a fim de poder contar com a a c;ao dos fen6menos
fisicos de adesao, de coesao, tensao superficial e de pressao atmos-
ferica, os quais constituem, em ultima analise, a retenc;ao da den-
tadura.
Por outro lado, a ac;ao das paredes da cavidade oral tambem
tem grande influencia na retenc;ao do aparelho, assim como a mobi-
Iidade da lingua, a ac;ao dos musculos bucinador e dos labios
(Fig. 3-1)
A estabilidade e a propriedade que uma dentadura adquire, uma
vez instalada na b oca, de opor-se as forc;as horizontais que atuam
durante a mastigac;ao, a f im de nao desloca-Ia da sua posic;ao.
A estabilidade da dentadura depende diretamente da oclusao,
da articulac;ao e do balanceio dos dentes artificiais.
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;
Figura 3-1
1. Bochecha . 2. Lingu a .
A oclusao e a intercuspidac;:ao dos dentes dos arcos superior e
inferior, na posi<;ao em que ha maior numero de contactos de cusp ides
com as superffcies oclusais opostas.
A articulac;:ao e toda posic;:ao de contacto de cuspide com cuspide
dos dentes dos arcos superior e inferior.
Chama-se articulac;:ao balanceada a um tipo de articulac;:ao que,
em qualquer movimento mandibular, de lateralidade ou de propulsao,
ha sempre, no mini mo. tres pontos de contactos: um ponto de
contacto na regiao anterior e dois nas partes posteriores (um de
cad a lado).A finalidade de se obter uma articulac;:ao balanceada na denta-
dura e para, durante a mastiga<;ao, auxiliar a estabilizac;:ao do apa-
relho para se conseguir maior eficiencia funcional.
De todos os aparelhos proteticos 0 de maior eficiencia masti-
gat6ria e a pr6tese fixa. Quando esta corretamente confeccionada,
a sua eficiencia mastigat6ria e da ordem de 80% em relac;:ao a do
arco dental natural. Nesses termos de comparac;:ao, a eficiencia do
aparelho parcial removivel e da dentadura completa caem, respecti-
vamente, para 50 e 20%.
Por esse motivo, nunca se deve indicar uma dentadura completa
quando ainda se tem condic;:6es de reconstituir 0 arco dental com
um aparelho parcial removivel ou este quando se pode resolver
com uma pr6tese fixa.
Requisito estetico
o fator estetico e 0 motivo principal ao lado da dor, 0 qual
leva um paciente a procurar um profissional dentista.
Quando se fala em estetica na pratica da dentadura, 0 objetivo
e reconstituir a fisionomia natura! do paciente, ocultando 0 artificia-
lismo do aparelho, a que Martone chama de harmonia facial.
Como, em geral, os trabalhos dessa natureza SaD indicados para
as pessoas com certa idade, a nossa principal preocupac;:ao deve
ser em atentar as modificac;:6es que, normal mente. ocorrem na matu-
ridade e senilidade. Essas modificac;:6es devem ser incorporadas
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nas proteses para que se consiga a reconstituic;:ao mais harmoniosa
da face.
A estetica, segundo Pound, depende principalmente de tres fato-
res: primeiro, dos dentes artificiais; segundo, da montagem desses
dentes para formar 0 arco e, finalmente, da parte gengival anterior
e superior da base-' da dentadura.
Os problemas' que se referem a forma, a cor e ao tamanho dos
dentes artificiais, conforme observa Clapp, vem sendo cientificamente
estudados desde 0 inicio do nosso seculo. Hoje, no comercio espe-
cializado, ja se encontra uma grande variedade de dentes de alto
padrao. Por outro lado, ha regras 'precisas que permitem a um· pro-
fissional selecionar um jogo de dentes que seja de cor mais adequada
para a idade, cor da pele e s exo do paciente, com a forma que se
harmonize com a forma do rosto e de tamanho 0 mais favoravel.
Quanto aos problemas ligados a montagem dos dentes, estes
serao estudados mais adiante, nos topicos: disposic;:ao, posic;:ao ealinhamento.
Os artificios que se usam, tais como acavalando os dentes ou
deixando-os com espac;:os, sem pontos de contacto, conhecidos, este
com 0 nome de diastema e aquele de apinhamento, exporemos,
tambem, mais adiante, no capitulo da caracterizac;:ao da montagem
dos dentes.
Tambem os problemas relacionados com a mudanc;:a de cores
de certas partes dos dentes e da gengiva, colocac;:ao de obturac;:6es
e incrustac;:6es nos dentes artificiais e outros artificios, conhecidos
como caracteriza9ao da protese, discutiremosa
parte.Finalmente, trataremos tambem da normalizac;:ao da altura da
mordida, no capitulo referente a dimensao vertical, pois tambem
influi, grandemente, na estetica. Quando essa dimensao vertical e
tomada incorretamente, instalada a protese, 0 paciente ficara com
aparencia de precoce senilidade, quando a altura nao foi suficiente,
ou no caso contrario, aspecto de um indivfduo tenso, nervoso ou
irado.
Requisito fonetico
o requisito fonetico e um outro fator de grande importanciapara a boa aceitac;:ao do aparelho, pois qualquer defeito na fonac;:ao,
alem de dificultar a compreensao da fala, indica de imediato ser
portador de uma protese. No dia da instalac;:ao da dentadura e natu-
ral que 0 paciente sinta certa dificuldade, mas se foi corretamente
executada devera, em pouco tempo, integrar-se-a ao aparelho estoma-
tognatico e pronunciar normal mente as palavras.
A dificuldade na fonac;:ao e devida a diminuic;:ao do espac;:o da
cavidade oral, que imobiliza parcial mente a lingua e os labios. A
espessura do palato influi no t imbre da voz; a dimensao vertical
por sua vez atua na pronuncia das palavras sibilantes, e as posic;:6es
dos dentes, nas silabas dentais.
Requisito de comodidade
o requisito de comodidade e dado pela sensac;:ao de justeza, de
conforto e utilidade no usa do aparelho. Essa qualidade se consegue
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a custa dos cuidados tomados nos passos da confec<;ao de uma
dentadura.
Assim, em Iinhas gerais, 0 requisito de conforto depende da
delimitar;:ao correta da area chapeavel e da moldagem, para propor-
cionar 0 maximo de reten<;ao com 0 minima de traumatismo; depende,da correta tomada de dimensao vertical que influi no descanso dos
musculos mastigadores e do correto relacionamento dos dentes em
oclusao e em rela<;ao central que implicam no perfeito funciona-
mento da articula<;ao temporomandibular.
Finalmente, na confec<;ao de uma dentadura, os fatores respon-
saveis pelo exito final, em regra, podem ser divididos eqUitativa-
mente: metade por conta do paciente e metade por conta do pro-fissional.
Na parte que cabe ao paciente (50%), estao inclusos alem das
condi<;oes locais do rebordo alveolar, da fibromucosa de revestimento
dos musculos etc., os fatores como: saude geral, idade, estado
psiquico, habito etc. Na parte que cabe ao profissional (50%), con-
sideramos: os recursos profissionais, conhecimentos, conceito de
que goza no meio da classe e da comunidade, 0 ambiente em que
trabalha etc.
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Limites Gera is da Area Chapeavel
o ob jetivo do estudo dos limites gerais da area chapeavel e
conhecer a extensao maxima da boca desdentada que podera ser
recoberta pela dentadura.
E importante conseguirmos uma delimita«;:ao correta da area
chapeavel, visto que a reten«;:ao e 0 conforto que 0 aparelho propor-
ciona ao paciente estao diretamente ligados com a extensao da
base da dentadura. De um modo geral, podemos dizer que quanto
maior e a ar ea chapeavel, maior e a ret em;ao. Porem, sabemos que
quanto maior e a area que ultrapassa os limites de tolerancia da
fibromucosa, que vem se inserir nas regi6es dos fornices gengivo-labial e gengivogeniano, maior sera 0 desconforto para 0 portador
do aparelho.
A linha demarcatoria da area chapeavel e tra«;:ada a lapis no
modele anatomico. Costuma-se fazer esse tra«;:ado, partindo da regiao
vestibular, anterior e mediana, prosseguindo para a regiao lateral
de um dos lados e depois para a posterior. Completa-se a delimita«;:ao
da area chapeavel, marcando-se 0 contorno delimitatorio da metade
oposta.
Na maxila, na regiao anterior mediana, encontra-se 0 freio do
labio superior que deve ser aliviado, contornando-o inteiramente,
respeitando a inser«;:ao fibrosa em toda extensao de sua mobilidade,
excluindo-o, portanto, da area chapeavel. Prosseguindo, a linha de-
marcatoria e tra«;:ada, paralelamente ao sulco do modelo ou fundo
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de saco gengivolabial distando cerca de 3 a 4mm da linha de inser<;ao
da fibromucosa movel. Portanto, nessa regiao, parte da fibromucosa
movel, nao aderente, fica englobada na area chapeavel.
Na regiao lateral, a linha delimitatoria depara-se com a inser<;ao
do musculo bucinador que tambam deve ser perfeitamente aliviada,respeitando-se a sua tonicidade. Uma vez contornada, a linha delimi-
tatoria atinge a regiao da fibromucosa move I e depois avan<;a para-
lelamente ao fundo de saco gengivogeniano, sempre de 3 a 4mm
da mucosa imovel, aderente; mais para posterior contorna a tube-
rosidade, pass a pelo sulco hamular ou pterigopalatino e atinge a
regiao posterior, no palato.
Na parte posterior, a linha de delimita<;ao normalmente a tra<;ada
no limite do palato mole e duro. Assim, a delimita<;ao dessa regiao
resulta num segmento curvo, que acompanha a borda posterior do
palato duro de uma tuberosidade a outra.
A delimita<;ao do hemiarco oposto a realizada de maneira iden-
tica a ja estudada. Uma vez completado 0 tra<;ado em torno do
rebordo alveolar, toda a area contida na demarca<;ao a a area chapea-
vel, isto a, a area basal da dentadura.
Pendleton, em 1928, estudando a area chapeavel verificou que
havia cinco zonas, diferentes na forma, na consistencia da fibro-
mucosa e na situa<;ao topogratica, cad a uma desempenhando ainda
.fun<;oes distintas sob a a<;ao da dentadura. Assim, a area chapeavel
foi dividida, pelo autor, em cinco partes e denominadas da seguinte
maneira (Fig. 4·1):
a) zona de suporte principal;
b) zona de suporte secundario;
c) zona do selado perifarico;
d) zona do selado posterior;
e) zona de alivio.
Zona de suporte principal
A zona de suporte principal, como 0 propno nome indica, a a
regiao destinada a suportar a carga mastigatoria. Ocupa toda a
Figura 4-1
Z d P dl t
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Zonas de Pendleton
extensao da crista do rebordo alveolar de uma extremidade a outra.
Conforme 0 tamanho, os rebordos alveolares podem ser classificados
em rebordo grande, medio ou pequeno. a rebordo e grande quando
a distancia entre as tuberosidades, e tambem destas, a linha me-
diana anterior do rebordo, medir mais de 5cm; e medio, quandoessa medida e de aproximadarnente 4,5cm; e pequeno quando e
de 4cm ou menos.
A forma do arco dental da pr6tese compJeta deve acompanhar
a forma do rebordo alveolar. A forma do rebordo alveolar, de um
modo generico, pode ser classificada em: triangular, ov6ide e qua-
drada. Segundo Nelson, essas formas coincidem com as formas dos
rostos que tambem se dividem em rastos triangular, ov6ide ou
quadrado.
A altura do rebordo alveolar varia de um paciente para outro
e, as vezes, num mesmo rebordo varia, ainda, conforme a regiao.
A secc;:ao transversal do rebordo alveolar, geralmente tem uma
forma triangular. Quando esse triangulo e equilatero, 0 rebordo e
normal quanta a altura; quando a base e menor do que os lados,
o rebordo e considerado alto; quando a base e maior do que os
lados, 0 rebordo e baixo ou reabsorvido (Fig. 4-2).
Figura 4-2
1. AB = BC = CA -> Normal
2 . B C > AB =AC -> Baixo .
3. BC < AB =AC -> Alto .
~
::"'~':-,.
2
Zona de suporte secundario
A zona de suporte secundario e a zona que ajuda a absorver a
carga mastigat6ria, desempenhando, ainda, uma outra func;:ao impor-tante que e a de imobilizac;:ao da dentadura, no sentido horizontal, a
custa das vertentes vestibular e palatina do rebordo alveolar. aaparelho fica retido, acavalado sobre 0 rebordo alveolar como se
fosse uma sela sobre 0 dorso do cavalo.
A zona secundaria de suporte estende-se ao longo das vertentes
vestibular e palatina do rebordo alveolar, indo de uma tuberosidade
a outra.
As formac;:oes anatomicas de interesse protetico, no lado pala-
tino, que podemos mencionar sao: na parte anterior, a rugosidade
palatina, onde encontramos tambem0
buraco palatino anterior; naparte posterior, 0 buraco palatino posterior recoberto com a fibro-
mucosa bastante espessa.
A inclinac;:ao da vertente vestibular do rebordo alveolar e maior
do que a do lado correspondente palatino. A vertente vestibular
pode atingir ate 90° em relac;:ao ao plano oclusal.
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Quanto a compressibilidade da mucosa, de um modo geral, a
vertente vestibular e revestida com uma fibromucosa menos com-
presslvel do que a do lado palatino.
Zona do selado periferico
A zona do selado periferico e uma faixa da 2 a 3mm de largura,
faixa essa que contorna a area chapeavel em toda a sua sinuosidade,
com exce<;:ao da parte posterior. Essa faixa inicia-se em continua<;:ao
a zona secundaria de suporte, onde come<;:a a fibromucosa move!,
avan<;:ando de 2 a 3mm na dire<;:ao do fundo de saco. Portanto, e
uma zona que se situa na regiao revestida com fibromucosa movel.
A func;:ao primordial dessa zona e manter 0 vedamento periferico
para impedir que se quebrem as for<;:as de adesao, de coesao, de
tensao superficial e de pressao atmosferica que estao atuantes entre
a base da dentadura e a mucosa bucal. .
as musculos que se vem inserir nessa regiao saD:
a) freio do labio, cuja inserc;:ao pode situar-se na zona de fecho
periferico, como tambem na zona secundaria de suporte;
b) musculo mirtiforme;
c) musculo incisivo superior;
d) musculo orbicular do labio;
e) musculo bucinador que forma 0 freio lateral; as vezes podeestar tambem em outra zona contfgua;
f) Iigamento pterigomandibular.
Como indica 0 proprio nome, 0 selado posterior e uma zona que
fica na parte posterior da area chapeavel. a seu limite externo
fica na divisa entre os palatos mole e duro.
Internamente, 0 limite e dado por uma linha sinuosa que cir-
cunscreve os buracos palatinos posteriores, incluindo-os na area e,
na parte mediana, passa sobre a rafe palatina na sua parte mais
posterior.
A compressibilidade da mucosa que reveste essa regiao e muito
variavel. Com base no grau de compressibilidade da mucosa, Lyntton
Harris dividiu 0 selado posterior em cinco subzonas:
1.a fica atras da tuberosidade;
2.a fica na regiao do buraco palatino posterior;
3.a fica na regiao do rafe palatino;
4.a fica na regiao do buraco palatino posterior do lado oposto;
5.a fica atras da tuberosidade do outro lado.
a autor concluiu que as regi6es de numeros pares saD mais
largas e correspond em as mucosas mais co·mpresslveis; as de nume-
ros Impares saD mais estreitas e de pouca compressibilidade.
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Segundo Neil (1932), citado por Saizar, a posic;:ao do palato mole
pode ser horizontal, descendente e vertical. E quanta a mobilidade
o palato mole pode ser classificado como normal, muito move I e
pouco movel.
Finalmente, os musculos que tem inserc;:6es nessa regiao sac:
a) aponevrose do veu palatino;
b) musculo constrictor superior da faringe;
c) musculo palatofarfngeo;
d) musculo palatoglosso.
A zona de alfvio, como indica, e a reglao que deve ser aliviada
na moldagem para que a mucosa nao receba os esforc;:os mastiga-
torios. Por conseguinte, a regiao nao concorre para a neutralizac;:ao
dos esforc;:os, mas auxilia a retenc;:ao. Aumentando a area chapeavel,
como a "pressao atmosferica e diretamente proporcional a superff-
cie", consequentemente a retenc;:ao sera aumentada.
A regiao central da abobada palatina, ou rafe palatina, e consi-
derada, normal mente, como a regiao de alfvio. Entretanto, as opini6es
variam: Pendleton acha que somente 0 torus palatino constitui a
zona de alfvio. Beeson, por outro lado, admite que nem 0 torus e
preciso ser aliviado, ao passe que Doxtater considera como zona
de alfvio nao so 0 torus como ate a rugosidade palatina.
As vezes, as condic;:6es anat6micas locais, tais como espfculas
6sseas em vias de reabsorc;:ao, situadas nas zonas de suporte prin-
cipal ou secundaria de suporte, obrigam a efetuar um alfvio na
dentadura para 0 conforto do paciente. Esse local passa entao a
funcionar temporariamente como zona de alfvio.
Ouando 0 rebordo alveolar e do tipo "lamina de faca", local cor-
respondente a crista do rebordo que normalmente e a zona principalde suporte, devera tambem ser al iviado para nao traumatizar.
Na delimitac;:ao da area chapeavel da mandfbula, comec;:ando da
linha mediana para a extremidade distal, encontramos, inicialmente,
o freio do labia inferior que deve ser amplamente contdrnado; a
seguir, a linha demarcat6ria desce no sentido do fundo de saco, ate
invadir mais ou menos de 2 a 3mm da regiao da mucosa movel.Desse ponto, ela caminha no senti do posterior, em paralelo ao fundo
de saco gengivolabial ate encontrar a inserc;:ao do musculo bucinador,
que deve ser respeitada.
Uma vez contornada a referida inserc;:ao, localiza-se 0 infcio
da linha oblfqua externa e trac;:a-se a linha delimitatoria, acompa-
nhando toda a sua trajetoria.
N i t i li h d d li it t il i i
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Na regiao posterior a linha de delimitac;:ao corta a papila piri
Na parte lingual, a delimitagao e orientada pela trajetoria da
linha obllqua interna ate a sua parte inicial, que fica mais ou menos
a altura dos pre-mol ares. Daqui ate a linha mediana, acompanha 0
soalho da boca. No seu percurso, devemos respeitar a mobilidade
dos musculos milo-hioideos e, na linha mediana, 0 freio da lingua.Delimitando-se 0 lado oposto, de maneira identica a que foi
descrita, completa-se 0 contorno da area chapeavel da mandfbula.
ZONAS DA AREA CHAPEAVEL
A area chapeavel da mandfbula tambem foi dividida em cinco
zonas por Pendleton, com as mesmas denominagoes das do maxilar
superior (Fig. 4-3).
Figura 4-3
1. Cordao fibrosa .
2 . Muc os a flac i d a
Zona de suporte principal
Ouanto a fun<;ao, a localizagao no rebordo e as caracterfsticas
anatomicas cabem, aqui, tambem, as mesmas consideragoes que
fizemos para 0 maxilar superior. Ouanto a extensao dessa zona,
abrange de uma papila piriforme a outra.
Zona de suporte secundario
Esta zona e igualmente formada das vertentes vestibular e
lingual do rebordo alveolar. Ambas se iniciam na papila piriforme
de um lado e terminam na papila piriforme do outro lado.
Desempenham as mesmas fungoes, ja descritas para a regiaocorrespondente do maxilar superior.
Zona do selado periferico
E uma faixa de 2 a 3mm da regiao de mucosa movel, que contorna
toda a area chapeavel, tanto na vertente vestibular como na vertente
lingual.
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As inser<;:6es musculares que interferem nessa regiao, no lado
vestibular, sac:
a} freio do labia;
b} musculo borla do mento;c} musculo orbicular do labio;
d) musculo bucinador;
e} ligamento pterigomandibular ou aponevrose bucinatofaringea.
No lado lingual, sac:
a} freio da lingua;
b) musculo da lingua;
c) musculo genioglosso;
d) musculo constrictor superior da faringe.
Zona do selado posterior
Ha divergencia entre os autores quanta a localizac;:ao da zona
do selado posterior da mandibula. Uns consideram-na atras da papila
piriforme, outros nos 2 / 3 da p apila e outros, ainda, antes da papila,
exatamente no sulco que lembra a letra "V".
Zona de aHvio
As regi6es que sac consideradas de alivio, na mandibula, sao:a) regiao do buraco mentoniano;
b) porc;:ao posterior da linha obliqua interna;
c) tor us mandibulares;
d) rebordo alveolar em lamina de faca.
MlJSCULOS QUE INFLUEM NA ESTABILIDADE
DA DENTADURA INFERIOR
Podemos aproveitar este capitulo para lembrar os musculos que
interferem na estabilidade da dentadura inferior. Sao:
a) freio do labio;
b) musculo borla do mento: e um musculo par que se localiza
ao lade da linha mediana e cuja contrac;:ao eleva 0 labia inferior;
c) musculo quadrado do mento que fica no plano mais profundo
e cuja contrac;:ao levanta 0 f6rnice;
d) musculo bucinador, de forma trapezoidal, cuja contrac;:ao retrai
a comissura;
e) ligamento pterigomandibular;f) musculo temporal que as vezes influi na estabilidade das
dentaduras.
Na parte lingual, os musculos que interferem na estabilidade sao:
a) freio da lingua;
b) musculo genioglosso, em forma de leque;
c) musculo milo-hi6ideo com forma quadrangular;
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c) musculo milo-hi6ideo com forma quadrangular;
1. BEESON, E. B. - New surfaces for upper dentures to rest upon. J. Am. Dent .Ass ., 29: 794-795, May, 1942.
2. DOXTATER, L. W. - Full and Partial denture prosthesis. D. Items. Interest., 1936.
3. NELSON, S. A. - The aesthetic triangle in the arrangement of the teeth. J. Am.Dent . Ass ., 9: 392-401, May, 1922.
4. PENDLETON, E. C. - Impressions for full dentures. J. Am . Dent . Ass ., 15 :
1.027-1.037, Jun., 1928.
5. PENDLETON, E. C. - The positive pressure technique of impression taking.
D . Cosmos , 73: 1.045-1.056, Nov., 1931.
6. SAIZAR, P. - Protesis a placa - 6.· ed. Progrental, B. Aires, p. 59, 1958.
7. Idem - Ibidem. p. 73.
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Meios de Reten~ao das Dentaduras Completas
Segundo Hardy e Kapur, os fatores que influem na reten<;ao de
uma dentadura podem ser divididos em: fisicos, fisiol6gicos, psrqui-
cos, mecanicos e cirurgicos.
A a<;ao dos fen6menos de adesao, de coesao, de tensao super-
ficial e de pressao atmosfarica na reten<;ao de uma dentadura, cons-
titui 0 item dos fatores fisicos. As influencias do grau de tonicidade
dos tecidos, das caracteristicas anat6micas do rebordo alveolar, do
controle neuromuscular e da qualidade e quantidade de saliva saD
analisadas nos fatores fisiol6gicos. Por outro lado, 0 valor da com-
preensao e da coopera<;ao do paciente na melhoria da reten<;ao ou
a influencia negativa da atitude mental de pessimismo saD tratados
no item dos fatores psicol6gicos. Por sua vez, 0 estudo da interfe-
rencia da oclusao e da articula<;ao na reten<;ao assim como 0 aumento
cirurgico da area chapeavel saD assuntos tratados como fatores
mecanicos e cirurgicos, respectivamente.
Neste capitulo, poram, dos fatores acima enumerados, apenas
os fatores fisicos serao estudados, visto que os demais serao anal i-
sad os em outras partes deste trabalho.
o fen6meno de adesao a a for<;a de atra<;ao resultante da a<;ao
intermolecular de dois corpos de naturezas diferentes em contacto.
Segundo Greve, a adesao a um dos fatores mais importantes na
retenc;ao.
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As leis que regem 0 fen6meno de adesao saD:
a) a adesao e proporcional a area em contacto, portanto, quanta
maior a area, maior sera a adesao;
b) a adesao e proporcional ao numero de pontos de contactos,
assim, em uma mesma area, aquela que tiver mais pontos de con-
tactos tera maior for<;a de adesao.
A a<;ao do fen6meno de adesao na dentadura e mais intensa
quando ha um intimo contacto entre a base da pr6tese e a mucosa,
interposta de uma pelicula de saliva. A saliva aumenta a fon;:a de
adesao porque proporciona um aumento do numero de pontos de
contactos entre a dentadura e a mucosa, conforme 0 enunciado da
2." Lei.
Budgett estudou as propriedades adesivas dos Iiquidos fazendo
experiencias com do is blocos de a90 e chegou as seguintes conclu-
soes:
- mais ou menos 70% da for<;a de adesao de dois corpos e
devida a pelicula de Iiquido entre as faces de contacto;
- mais ou menos 25% da for9a de adesao e exercida pela
pressao atmosferica e, finalmente;
- a a9ao intermolecular entre os s61idos e insignificante.
o aumento da for<;a de adesao de duas superficies de s61idos
com a presen9a da pelicula de liquido foi tambem constatado pelas
experiencias de Stone e Moses, que as executaram respectivamente
com perolas de vidro e placas de vidro.
A coesao e a for9a que une as partfculas que constituem um
corpo.
As experiencias mostram que quando duas placas de vidro saD
justapostas apresentam certa dificuldade em se separarem e a a<;:ao
do fen6meno de adesao. Se colocarmos, entre as placas de vidro,
uma pelicula de agua, a fon;:a de atra<;:ao aumenta consideravelmente;
e 0 fen6meno de adesao que foi auxiliado pela pelicula de agua
que aumentou os pontos de contacto.
Se, ao inves de agua, colocarmos 61eo, a adesao aumentara
muito mais, porque, alem do fen6meno que vimos acima, agora
atuou tambem a for<;:a de coesao do 6leo, que e maior do que a
da agua.
Ostlund e Campbell demonstraram que a reten<;:ao da dentadura
aumenta a medida que a distancia entre a base da dentadura e a
mucosa diminui. Em outras palavras, quanta melhor for a adapta<;:ao
maior e a for9a de adesao, porque ha maior numero de pontos de
contacto.
Ostlund ainda demonstrou, e foi posteriormente confirmado por
Kuber, que a reten<;:ao da dentadura e diretamente proporcional a
viscosidade da saliva do paciente.
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A tensao superficial, segundo Craddock, e 0 fenomeno que se
pass a com a saliva em contacto com as bordas da dentadura, uma
vez instalada na boca. A tensao superficial da saliva favorece aforQa de adesao e aumenta a retenc;ao da base do aparelho.
Os Ifquidos podem apresentar dois tipos de comportamentos
diferentes quando sao colocados em contacto com a superHcie de
um corpo. 0 primeiro molha a superffcie de contacto e a parte livre
forma uma expansao, terminando num nfvel mais elevado (exemplo:
agua no copo de vidro). Nesse caso, 0 fenomeno de tensao super-
ficial auxilia na retenQao da protese, aumentando a adesao, porque
a superHcie livre da saliva veda a junQao entre a borda da protese
e a mucosa. Tal Ifquido possui tensao superficial positiva (Fig. 5-1).
Figura 5-1
1. T ens li o sup er fi c ial .
2 . P e Jicula d e s a liv a .
o segundo tipo de liquido nao molha 0 corpo e, na Iinha de
contacto, a superHcie livre se retrai, como que fugindo ou recusan-
do-se a entrar em contacto (exemplo: mercurio e vidro). Colocando-se
este tipo de Ifquido entre duas placas de vidro, por exemplo, nao
modifica a adesao. 0 mesmo e considerado liquido com tensao su-
perficial negativa.
PRESSAO ATMOSFERiCA
Segundo Snyder e cols., a pressao atmosferica influi de modo
perceptivel na retenQao das dentaduras completas.
Essa afirmativa dos autores apoia-se na seguinte observaQao:
quando os portadores de dentaduras superiores, com camaras de
vacuo, realizam voos aereos, por exemplo, nas altas altitudes, quando
a pressao ambiente diminui, a retenc;ao da protese tambem diminui.
Ostlund, em 1948, fez a mesma experiencia in vitro e observou
que a dentadura com camara de vacuo perdia completamente a
retenQao toda vez que colocava a camara em comunica<;ao com 0
meio externo por meio de furo.
Quanto a influencia da pressao atmosferica na retenQao da
dentadura, parece nao haver duvida; discute-se, porem, se ela atua
ou nao permanentemente.
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coesao e tensao superficial; a pressao atmosferica atua s6 quando
aparece alguma fon;:a que tente deslocar a dentadura.
Sabemos que cada cm2 de superffcie de qualquer corpo, ao
nivel do mar, recebe uma pressao de 998g. Se considerarmos que
a area chapeavel de uma boca de tamanho medio e de 20cm2, entao,
teoricamente, aquela area, estaria recebendo uma carga de 20kg de
for9a, permanentemente.
Porem, essa pressao de quase 1kgjcm2 que recai sobre os corpos
e neutralizada pela a9ao interna dos tecidos. Assim, tambem, acon-
tece / c6m os peixes que conseguem resistir, normal mente, a pressao
da / coluna de agua, porque 0 seu organismo esta adaptado a ela.
E i por esse motivo que, tambem, os portadores de dentadura nao
sentem, normal mente, nenhum efeito da pressao atmosferica.
Baseado no que foi exposto, se 0 paciente, com a dentadura
na boca, nao sente 0 efeito da pressao, podemos escrever (Fig. 5-2):
P = R
onde:
"P" corresponde a pressao atmosferica e
"R" a for9a de rea9ao interna.
Se, porem, nessa mesma dentadura, for introduzida uma camara
de vacuo na regiao da ab6bada palatina, 0 paciente ira sentir, agora,
uma pressao maior. Explica-se 0 fen6meno da seguinte maneira
(Fig. 5-3).
Figura 5-2
P = Pressii o atmosfer i c a que
i nc i de em toda area c h apeavel .
R = Reat ; iio i nterna de toda
a re a em contac t o com a base
da pr6tese .
P I, P2 , Pa, P m = pres s iio local .
R I , R2, R a , R m = rear;;iio local .
PI + P 2 + P s + P m = P .
RI + R 2 + R s + Rn , = R .
R I -I- R2 + Ra ... - ( R , + R , + R ,) ... + R , , , = R
PI + P 2 Px + P, + P. + .,. +P ,,, = P Por ta nt o : P > R
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No segundo caso, P e maior, porque a forc;a de neutralizaC;8o
da area correspondente a camara de vacuo nao atinge a superffcie
da dentadura. A sensac;ao de succ;ao que 0 paciente sente e justa-
mente a pressao atmosferica correspondente a area da camara de
vacuo, isto e, a (Px Py).
Por outro lado, a prova de que existe uma forc;a de reac;ao de
dentro para fora e dada pela hipertrofia da mucosa provocada pela
camara de vacuo. Essa formac;ao aparece e cresce lentamente, com
o usa do aparelho e, quando preencher toda a cavidade da camara
de vacuo. entao a dentadura perde a reten<;8o.
1. BUDGETT,B. A. - Patella, J. - Theory of adhesion and impression technic
for full dentures. J . Amer . Dent . Ass ., 36 (2): 172·176, Fev., 1948.
2. CAMPBELL, R. L. - Some clinical observations regarding. the role of fluid
in the retention of dentures. J .A.D .A., 48 (1): 58·63, Jan., 1954.
3. CRADDOCK, W. F. - Prosthetic dentistry . St. Louis, Mosby, 2.' ed.• p. 211,
1951.
4. GREVE, K. - Apud Stamoulis, S. - Physical factors affecting the retention
of complete dentures. J . Prosth. Dent ., 12 (5): 857·864, Set., 1962.
S. HARDY, I. R. & KAPUR, K. K. - Posterior border seal - Its rationale and
importance. J . Prosth. Dent ., 8 (3): 386·397, May, 1958.
6. KUBER, E. - apud Brill, N. & cols. - The role of exteroceptors in denture
retention. J . Prosth . Dent ., 9 (5): 761·768, Set., 1959.
7. MOSES, C. H. - Physical considerations in impression making. J . Prosth . Dent .,3 (4): 449·463, Jul., 1953.
8. NAGLE, R. J. & SEARS, V. H. - Denture prosthet i c s complete dentures . St.
Louis, Mosby, p. 148, 1962.
9. OSTLUND, S. G. - Some physical principles in the retention of dentures.Nor t hwest . Un i v . Bul ., 49: 11-20, Nov., 1948.
10. OSTLUND, S. G. - apud Skinner, Z. W. & Chung, J. - The effect of surface
contact in the retention of denture. J. Prosth . Dent ., 1 (3): 229·235, May, 1951.
11. SNYDER, F. C. & cols. - Effect of reduced atmospheric pressure uponretention of dentures. J .A.D .A., 32 (7): 445·450, Apr., 1945.
12. STONE, W. - Apud Patella, J - op. cit
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Introdu~ao aD Estudo das Moldagens
Moldagem em pr6tese completa e a conjunto de atos clinicos
que visam a obter a impressao da area chapeavel, par meio de
materiais pr6prios e moldeiras adequadas.
Molde e a impressao negativa da area chapeavel, fixada no
material pr6prio, a custa das manobras clinicas corretamente orien-
tadas.
No campo da escultura, a emprego da moldagem para a repro-
duc;:ao dos corpos e bem antigo; assim e que, segundo Aldrovandi,
Lissipus, grande escultor grego, da era antes de Cristo, ja empregava
a gesso na moldagem da face, para a obtenc;:ao da mascara facial.
Na Odontologia, a operac;:ao de "moldagem" e relativamente re-
cente, Mathias Purman, em 1783, empregando a cera de abelha,
obteve a primeira moldagem total da boca. Dunning, em 1843, utilizou
a gesso para moldagem da boca, Stent, em 1857, a godiva para a
mesma finalidade.
a conceito de moldagem perfeita da boca desdentada para den-
tadura e muito diferente da moldagem perfeita de uma cavidade comfinalidade protetica, par exemplo. Nesta, a problema e reproduzir com
fidelidade e sem deformac;:ao, sendo possivel porque a dente e um
corpo s6lido, indeformavel sob ac;:ao do material de moldagem. No
cas a de boca desdentada, a fibromucosa que reveste a area de suporte
altera-se durante a moldagem com a ac;:aodo material e, alem disso,
modifica-se ainda durante a mastigac;ao com as esforc;os mastiga-
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t6rios. Tal varia<;ao difere conforme a reglao da boca. Por exemplo,
na zona do fecho periferico, a regiao e completamente m6vel em
todos os sentidos, na zona principal de suporte e compressivel e,
na zona de alivio, e completamente rigida. Oai conclui-se que a
moldagem perfeita da boca desdentada e a que reproduz com fide-lidade todos os acidentes anatomicos, e, tambem, as modifica<;oes
da fibromucosa no estado dinamico, sob a a<;ao dos musculos eleva-
dores e abaixadores, musculos mimicos, musculos orbiculares dos
labios, movimentos da lingua etc. Em outras palavras, a moldagem
perfeita e uma moldagem deformada intencionalmente, conforme as
necessidades dos casos.
Como se ve, a moldagem de uma boca totalmente desdentadadifere muito das moldagens comuns de um dente. Para se conseguir
essa modifica<;ao da fibromucosa de revestimento, no ato da ope-
ra<;ao, utilizam-se de varios artificios. 0 artificio mais generalizado
e a tomada de duas moldagens, cada uma com objetivos e finalidades
diferentes.
A primeira moldagem recebe 0 nome de moldagem preliminar
ou anatomica. As manobras operat6rias realizadas nessa moldagem
tem como objetivos obter um mol de com as seguintes caracterfsticas:
a) c6pia da conforma<;ao geral da boca;b) afastamento da mucosa m6vel ao maximo posslvel, recebendo,
ao mesmo tempo, as suas impressoes no estado de tensao.
A moldagem anatomica assim realizada tem por finalidade obter
um modelo que possibilite:
a) delimita<;ao correta da area chapeavel;
b) saber da tonicidade das inser<;oes musculares que vem ter-
minar na zona do selado periferico;
c) saber se ha ou nao necessidade de cirurgia pre-protetica;d) confec<;ao da moldeira individual.
Para se conseguir uma moldagem anatomica com as caracteris-
ticas assinaladas acima, ha necessidade de uma moldeira de estoque
adequada, de um material de moldagem pr6prio que, manipulado,
tenha uma consistencia suficiente para afastar as partes m6veis
que circunscreve a area chapeavel e, final mente, de uma tecnica
operat6ria correta.
Nao obstante, ha autores que definem a moldagem anatomica
como sendo uma moldagem estatica, onde interessa obter apenasa conforma<;ao geral da area chapeavel.
A defini<;ao mais correta e mais atualizada e q uando se diz:
a moldagem anatomica e a moldagem que tem por finalidade obter
a configura<;ao geral de area chapeavel e tambem 0 aspecto da fibro-
mucosa que circunscreve, modificada, sob 0 efeito dos movimentos
fisiol6gicos.
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A segunda moldagem € I uma moldagem mais delicada onde inte-
ressa reproduzir os detalhes anatamicos da area chapeavel, compri-
mindo as zonas ditas de compressao, aliviando as zonas ditas de
alfvio, e registrando as inser<;:6es musculares que vem terminar na
area chapeavel.Esta segunda moldagem portanto visa os seguintes objetivos:
a) obter os detalhes anatamicos da area chapeavel;
b) comprimir as zonas de compressao;
c) aliviar as zonas consideradas de alfvio.
Essa segunda moldagem ou moldagem funcional tem por fina-
lidade:
a) obter a retenc;:a~ do aparelho;
b) obter a uniformidade no assentamento da base da dentadura;
c) satisfazer 0 conforto do paciente.
Para obter 0 que esta supradito, utilizamo-nos de uma moldeira
individual, de um material de moldagem especial para esse fim e
tambem de uma tecnica adequada.
A moldagem acima descrita chama-se moldagem definitiva ou
funcional. E definida da seguinte maneira: € I uma moldagem dinamica,
que registra todos os detalhes anatamicos da area chapeavel e tam-
bem as inserc;:6es museu lares que, pelos seus movimentos, inte-
ressam a dentadura.
Moldeira €I um dispositivo que serve para conduzir 0 material
de moldagem manipulado a boca, a fim de pa-Io em contacto fntimo
com a parte a moldar e remover 0 molde sem distorc;:6es.
Tipos de moldeiras
Ha dois tipos de moldeiras: moldeira de estoque e moldeira
individual.
A moldeira de estoque € I aquela que € I encontrada pronta no
comercio, em jogos de tamanhos-padrao, feitos geralmente em alu-
mfnio (Figs. 6-1 e 6-2).
A moldeira individual € I feita especial mente para uma determi-
nada boca, geralmente em resina acrflica, podendo, nao obstante,
ser feita em placa base, metal de baixa fusao, conforme 0 caso.
A moldeira de estoque, para a moldagem da boca desdentada,
difere da usada para a boca com os dentes, na forma e tamanho.
As moldeiras para as bocas desdentadas tem os seus sulcos maisrasos e acompanham mais a conformac;:ao anatamica dos rebordos.
As moldeiras destinadas aos arcos com os dentes saD maiores, os
sulcos saD mais profundos e n as bordas encontram-se dobras que
servem para reter 0 material de moldagem.
Faz parte do jogo de moldeiras para dentados, uma destinada
para desdentado posterior, a qual apresenta duas caracterfsticas:
a parte desdentada (posterior) € I mais rasa e baixa, ao passo que
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a parte desdentada (posterior) € I mais rasa e baixa, ao passo que
Figura 6-1
Moldeiras anatomicas
superiores .
Figura 6-2
Moldeiras anatOmicas
inferiores.
Ainda existem moldeiras para moldagens parclals ou regionais.
Esse tipo de moldeira se utiliza nas moldagens de grupos de dentes.
como ocorre nos casos de proteses fixas.
Edward e Boucher, em 1942. observando as moldeiras individuais,
e tambem as dentaduras prontas, encontraram dificuldades em deno-
minar as partes destas, visto que a saliencia da boca corresponde
a reentrancia da moldeira e vice-versa. Para facilitar, os autores
propuseram a seguinte denomina<;ao:a) chamar os sulcos da boca, bordas na moldeira;
b) chamar 0 rebordo da boca, sulco na moldeira;
c) chamar os freios da boca, de recortes na moldeira.
Assim temos. na moldeira, bordas vestibular e lingual; sulco
alveolar e recortes lateral. labial e l ingual (Fig. 6-3).
Figura 6-3
1. Sulco - Borda.2. Rebordo - sulco.
3. Freio - recorte .
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r superior
1 . inferior
J superior
1inferior
. parcial
{
de resina acrilica
placa base
{
de resina acrilica
placa base
Os materiais de moldagem em protese total podem ser classi-
ficados, segundo trespontos de vista: quanta a finalidade, quanta
as propriedades ffsicas e quanta ao aspecto clfnico.
Materiais de moldagens quanta a finalidade
Segundo a finalidade, os materiais de moldagem podem ser divi-
didos em:
a) fundamentais;
b) complementar;
c) de duplica<;:ao.
Material fundamental e 0 responsavel principal na obten<;:ao de
um molde, tanto na extensao como na fidelidade. Pode ser classifi-
cado em termoplastico (cera, godiva, hidrocoloide), e nao termoplas-
tico (pasta zincoenolica, alginato, gesso etc.).
Materi a l co mplem e ntar e 0 que, numa moldagem, complementa
ou corrige as falhas ou efetua a moldagem que 0 outro material nao
consegue realizar. Pode ser tambem dividido em termoplastico (cera
gutapercha) e nao termoplastico (pasta zincoeugenolica).
M a ter i al de dupli c ar e 0 que e utilizado para duplica<;:ao do
modelo. Pode ser reprodu<;:ao unitaria (alginato) e em serie (corogel).
Materiais de moldagens quanta as propriedades fisicas
Segundo as propriedades ffsicas, os materiais de moldagem
podem ser divididos em:
a) anelastico;
b) elastico.
Material anelastico e 0 que, uma vez obtido, 0 molde nao apre-
senta elasticidade (godiva. gesso).
Material elastico e 0 que, depois de moldado, apresenta alguma
elasticidade. sem, contudo, prejudicar a fidelidade do mol de (hidro-
coloide, alginato, material a base de borracha).
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quanta a
finalidade
{
." {gOdiVa, hidrocol6idetermoplastlco _ cera baixa fusao,
nao alginato, gesso,termoplastico { pasta zincoeugen6lica",
{
termoplastico { cera de baixa fusao,
gutaperchacomplementar _
nao
termoplastico {pasta zincoeugen61ica,
{
anelastico
elastico
quanta as
propriedades
fisicas
quanta aos
aspectos
clfnicos
{ hidrocol6ide, corogel, alginato
{godiva, gesso,
pasta zincoeugen61ica,
{hidrocol6ide, algi nato,
- material a base de borracha
{godiva
cera de baixa fusao
{
pasta zincoeugen61ica,alginato
hidrocol6ide
silicona
Materiais de moldagens quanta ao aspecto clinico
Quanto ao aspecto clinico, os materiais podem ser classificados
em dois tipos: materiais de moldagem imediatos, que recebem a
impressao logo no ato de compressao, e outros de moldagem me-
diatos, que requerem urn certo tempo de espera junto ao corpo a
ser moldado para se obter a impressao.o material de moldagem imediato, sucessivamente, durante as
operac;oes de introduc;ao, centralizac;ao e compressao, tenta afastar
as partes m6veis da mucosa, mas, como estas se opoem atraves
da sua consistencia, entao se estabelece urn equilibrio entre os
dois corpos.
o equilibrio se da exatamente no momenta em que a plasticidade
do material contrabalanc;a a compressibilidade da mucosa. Nesse
momento, 0 material nao s6 atua ativamente, provocando a mudanc;a
de forma da fibromucosa, mas tambem se comporta passivamente,
recebendo as impressoes dos detalhes anatomicos da area que estasendo moldada.
Oaf, modernamente, considerar-se esse tipo de moldagem tam-
bem como uma moldagem dinamica.
o material representativo tipico do grupo e a godiva. Traba-
Ihando-se com esse tipo de material, isto e, material que molda com
o simples ato de compressao, assim que sustarmos essa compressao,
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podemos esfriar a godiva com urn jato de agua e retira-Ia da boca
em seguida.
a material de moldagem mediato difere do imediato, justamente
no comportamento fisico. A pasta zincoeugen6lica, que e 0 represen-
tante tipico do grupo, depois de manipulada e levada a boca, paraa obten9ao da impressao, necessita de algum tempo para que se
processe a presa do material. Como a presa ocorre ap6s alguns
minutos da manipula9ao, 0 material s6 molda, fixando a imagem do
corpo, quando processada a rea9ao quimica e adquire a consistencia
rigida. Durante as manobras de moldagem, como esse tipo de mate-
rial, por falta de consistencia, nao comprime a mucosa, dai a razao
da moldagem ser chamada de passiva ou sem compressao.
Urn born material de moldagem deve apresentar certos requisitos:
a) tempo de trabalho;
b) grau de plasticidade;
c) altera9ao dimensional e morfol6gica;
d) resistencia a fratura;
e) inocuidade aos tecidos bucais.
Tempo de trabalho
a tempo de trabalho para 0 material de moldagem e 0 espa90
de t empo que vai do instante que iniciamos a m anipula9ao ate a
remo9ao do mol de. Esse espa90 de tempo nunca pode ser menor
do que 3 minutos; caso contrario, 0 profissional nao dispoe de tempo
suficiente para manipular 0 material, coloca-Io na moldeira e leva-Io
a boca do paciente. Nao deve, por outro lado, ultrapassar de 7 mi-
nutos, porque a demora da presa do material pods cansar 0 paciente
ou mexer a moldeira, 0 que pod era comprometer a moldagem.
A godiva, como e urn material termoplastico, depende muito
das condi90es em que 0 profissional trabalha, mas enquadra-se
perfeitamente dentro dos requisitos exigidos.
A pasta zincoeugen61ica tambem e urn material que depende de
muitos fatores, tais como a propor9ao de pasta branca e vermelha,
da temperatura ambiente, tempo de espatula9ao etc., mas, quando
corretamente manipulada, satisfaz plenamente.
Deve ser de tal ordem que permita, no ato da moldagem, espa-
Ihar-se com facilidade em toda a extensao da area, penetrando nas
menores reentrancias para conseguir urn molde fiel.
A godiva, quando aquecida na agua, apresenta uma plasticidade
perfeita; 0 mesmo acontece com ·a pasta zincoen61ica, quando as
pastas dos dois tubos sao manipLi.lados convenientemente, nas pro-
por90es corretas.
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Altera~ao dimensional e '1Iorfol6gica
a material nao deve sofrer alterac;:oes dimensionais e nem mor-
fol6gicas dentro de um certo limite de tempo, durante a presa ou
ap6s a presa.
A pasta zincoeugen61ica apresenta uma estabilidade boa, pois,
dentro de 24 horas. as alterac;:oes dimensionais e morfol6gicas que
sofrem sao, em nfveis, consideradas aceitaveis.
A godiva tambem apresenta alterac;:oes consideradas aceitaveis:
0,5% de contrac;:ao ao passar de 40°C para 25°C; 0,3 a 0,4% da tem-
peratura ambiente para 0 meio bucal.
Resistencia a fratura
Depois da presa, os materiais de moldagem devem apresentar
uma certa resistencia a fratura, ao ser removida da boca e tambemdurante a confecc;:ao do modelo.
Tanto a godiva como a pasta zincoeugen61ica satisfazem plena-
mente 0 presente requisito.
Inocuidade aos tecidos bucais
as materiais de moldagem nao devem irritar a mucosa bucal e
nem provocar sensac;:ao desagradavel.
A pasta zincoeugen61ica e a godiva nao desrespeitam 0 requisito
acima, pois SaD completamente neutras.
1. ALDROVANDI, C. - O en taduras Camp / etas - 1.° Vol., 2.' ed. Ed. Cientifica,
Rio, pp. 93-95, 1960.
2. EDWARD, L. F. & BOUCHTER, C. O. - Anatomy of the mouth in relationto complete dentures. J .A.O .A., 29: 331-345, Mar., 1942.
3. SAIZAR. P. - Protesis a Placa - 6.' ed.. Progrental Editor, B. Aires, pp. 90-96,1958.
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M oldag em A na t om ic a
Materiais necessarios
Inieialmente, seleeionamos as materiais e instrumentais indis-
pensaveis para a realiza<;ao da moldagem anatomiea superior que
sao (Fig. 7-1):
a) jogo de moldeiras de estoque superior tipo TT 1,2,3;
b) plaeas de godiva de alta fusao;
c) bastao de godiva de baixa fusao;
d) espatula Le Cron;
e) lampada de Hanau au similar;
f) plastificador de godiva.
Posic;ao do paciente
o paeiente devera fiear sentado eomodamente, com a eabe<;:a
e a troneo apoiados no eneosto, ligeiramente inelinado para tras, de
tal modo que a plano de Camper fique paralelo ao piso. A altura
ideal do paciente e quando a sua eomissura labial esta na altura
da metade inferior do bra<;:o do operador, eoloeado ao seu lado
(Fig. 7-2).
Selec;ao da moldeira
o passo seguinte e a sele<;:ao da moldeira de estoque. E uma
fase muito importante e par isso nao deve ser desprezada. 0 tamanho
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Figura 7-1
Materiais necessarios.
Figura 7-2
Posi980 do paciente .
da moldeira influi, decididamente, no resultado da moldagem anato-
mica. Pode-se mesmo afirmar que, quando e selecionada 0 tamanho
adequado, equivale, de antemao, a metade do t3xito da moldagem
anatomica.
A moldeira de estoque deve cobrir a maxila em toda a extensao,
deixando uma folga de 2 a 3mm em todos os sentidos. A bordavestibular da moldeira nao deve ser baixa nem mais alta do que
o rebordo alveolar, mas, aproximadamente, da mesma altura, e a
borda posterior nao ultrapassar a "Iinha do ah".
A ,escolha da moldeira e feita por tentativas. Esterilizamos 0
jogo completo e geralmente come«;:amosa experimentar pelo tamanhomedio. . .
Segurando-a pelo cabo com os dedos indicador e polegar, apoian-
do com 0 dedo medio na parte inferior, levamo-Ia a boca, que devera
estar semi-aberta, com os musculos orbiculares relaxados.
Pondo em contacto 0 recorte lateral da moldeira na comissura
esquerda, com 0 dedoindicador, afastamos a comissura direita e
com um pequeno movimento de rota«;:aona moldeira para a direita,
introduzimo-Ia na boca (Fig. 7-3).Inicialmente, pedimos ao paciente para abir bem a boca: encos-
tamos a parte posterior da moldeira na "Iinha do ah", e, com um
movimento de rota«;:ao em tome da borda posterior, adaptamos a
por«;:aoanterior. Mantemos a moldeira nessa posi«;:ao com 0 dedomedio apoiado na parte central. Com os dedos in-dicador e polegar,
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Figura 7·3
Introduciio da moldeira superior.
afastamos as bochechas e 0 labia para examinar se no comprimento
e na largura ha folga de 2 a 3mm entre 0 rebordo alveolar e amoldeira. Se nao houver 0 espac;o adequado, testamos outra moldeira
maior, e, pelo contrario, se 0 espac;o for excessivo, passamos paraa serie menor (Fig. 7-4).
Assim, por tentativas, procuramos aquela que melhor se ajusta
ao caso. Quando acontecer de 0 tamanho ou a forma da boca ser
muito diferente da moldeira, esta deve ser ajustada. Para isso, pre-
para-se uma porc;ao de godiva de alta fusao plastica, adaptando-a
nas bordas da moldeira e, a custa desse material, prClcura-se ajusta-Ia
na conformac;ao adequada ao caso, aumentando, diminuindo ou mu-
dandO"a forma, conforme as necessidades (Fig. 7-5).
Figura 7-4
Adaptando a parte posterior
da moldeira .
Figura 7-5
Adap t ando a parte anterIor
l ; J a moldelra.
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,Preparac,:ao do material
Colocamos duas placas de godiva no plastificador a 54°C, e,
e, uma vez obtida a plasticidade da godiva, manipulamos ate obter
u'ma massa homogenea. 'A seguir, tomamos a moldeira selecionada,
e colocamos a godiva plastica no seu centro sob forma de uma bolae, com os dedos umedecidos, distribufmos 0 material por toda a
superficie. Devemos ter 0 cuidado de obter uma camada de espessura
uniforme e com um ligeiro excesso na p eriferia para proteger as
bordas da moldeira. Mergulhamos 0 conjunto no plastificador por
alguns instantes, segurando pelo cabo da moldeira para plastificar
a godiva uniformemente. Esta, assim, pronta para ser levada a boca,
para a moldagem [Figs. 7-6 a 7-8). ,
Figura 7-6
Prepar o da godiv a.
Figura 7-7
Coloca r ;ao da go d iva .
Figura 7-8
Adaptaryao da godiva .
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a paciente, estando na cadeira, na posil;:ao descrita, colocamo-nos
ao seu lado direito e iniciamos os a tos clfnicos de moldagem:
a) com os dedos polegar e indicador direitos, seguramos 0 caboda moldeira, e, com 0 medio, apoiamos a b~cia;
b) com 0 dedo indicador esquerdo, afastamos a comissura direita
e, com a moldeira contendo godiva, afastamos ligeiramente a co-
missura esquerda; dando uma ligeira rota<;:ao na moldeira. acabamos
introduzindo-a na boca sem nenhuma dificuldade (Fig. 7-9).
c) pedimos ao paciente que abra a boca 0 maximo posslve!.
Fazemos coincidir as tuberosidades do maxilar com as partes finais
do sulco da moldeira, e, dando uma rota<;:ao na moldeira, adaptamos
tambem a parte anterior (Fig. 7-10)·;
d) com os dedos da mao direita, continuamos ainda segurando
o cabo da moldeira e. com 0 indicador esquerdo introduzido na boca,
levantamos 0 labio superior e a bochecha de cada lado, deixando
as bordas da moldeira livres de interferencia;
e) centralizamos a moldeira de modo que 0 cabo fique na Iinha
mediana do rosto (Fig. 7-11);
f) mantendo a moldeira nessa posi<;:ao. passamos para tras do
paciente, e, logo a seguir, abaixamos a cadeira cllnica ate atingir
uma altura conveniente;
Figura 7-9
Introd u {: ii o com ro ta{:i i o .
Figura 7·10
Adapta{:iio da borda posterior .
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p { p
Figura 7-11 .
Centralizar;ao dfJ moldeira.
Figura 7-12
Compres s ao bil a teral.
g) apoiamos os dedos indicadores e medios em cada lado da
moldeira, na altura dos pre-molares e imprimimos uma compressao
bilateral e simultanea, lenta e firme com mesma intensidade em
ambos os lados. Quando sentirmos resistencia, sustamos a com·
pressao, pois e sinal do aprofundamento total; com essa compressao,
ja moldamos 0 corpo da maxila (Fig. 7-12);
h) passamos entao para a moldagem do selado periferico ves-
tibular; para isso deslocamos os dedos indicador e medio esquerdos
para 0 centro da moldeira e imobilizamos a moldeira. Com os dedos
indicador e polegar direitos, seguramos a bochecha, introduzindo 0
indicador para dentro da boca;
i) fazemos as tra<;oes da bochecha direita para baixo, tres ou
quatro vezes, sem deslocar a moldeira do lugar (Fig. 7·13);
j) fazemos, depois. as tra<;oes do labio superior para baixo, segu-
rando-o com os dedos indicador e polegar 'direitos e esquerdos e
mantendo a moldeira no lugar com os dedos medios de ambos os
lados (Fig. 7-14);
k) levamos novamente os dedos indicador e me,dio direitos aregiaodo rebordo da moldeira, para a sua fixa<;ao, e, com os dedos
indicador e polegar esquerdos, fazemos as tra<;oes da bochecha para
baixo (Fig. 7-15); .
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· Figura 7-13
Tra r ;a o da bochecha direita.
Figura 7-14Trar;ao do labio superior.
Figura 7-15
Trar ;a o da bochec h a esque rd a .
I) voltamos a posic;:ao inicial, isto e , ao lado do paciente, e com
um jato d'agua esfriamos a godiva das bordas e removemos 0 molde
da boca. Na remoc;:ao do molde, geralmente, encontramos uma grande
retenc;:ao. Para quebrar essa retenc;:ao, levantamos 0 labia e a bo-
checha do lado direito para afastar a ac;:ao dos musculos e fazemos
uma trac;:ao firme da moldeira para baixo, a qual se destacara com
essa manobra.
m) lavamos 0 molde em agua corrente para deixa-Io completa-
mente isento de -saliva. Secamos com 0 jato de ar para ser examinado.
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Exame do molde
a) 0 molde deve apresentar a superffcie fosca e distribufda
uniformemente;
b) verificar se alguma parte da borda do molde nao entrou em
contacto com a mucosa, 0 que se percebe pela permanencia do
brilho e tambem pela falta de conforma<;ao anatomica, arredondada
e perfeitamente lisa;
c) examinar 0 sulco do mol de, de tuberosidade a tuberosidade,
verificar se houve falta de godiva em alguma regiao, se houve dis-
ton;:ao no ato da remo<;ao, se a compressao for suficiente ou se a
superffcie da moldeira entrou em contacto direto com a mucosa;
d) observar depois a regiao do palato para ver se 0 material
copiou a conforma<;ao anatomica, se ha nitidez dos detalhes da rugo-
sidade palatina, se 0 material foi suficiente ou se tem, ainda, im-
press6es digitais;
e) verificar a centralizac;ao do molde (Fig. 7-16);
f) levar 0 molde a boca e verificar se, com a compressao alter-
nada nas regi6es dos pre-molares, ha movimentos de bascula.
Figura 7-16
Exame do mofde .
\ Defeitos do molde
o mol de pode apresentar dois tipos de defeitos: os que podem
ser corrigidos sem prejufzo final e os que nao podem ser corrigidos.
Os defeitos que podem ser corrigidos:
a) falta de godiva nas regi6es do fecho periferico e do "post-
damming";
b) presenc;a de impress6es digitais.
Os defeitos que nao podem ser corrigidos:
a) molde descentralizado;
b) molde com bascula;
c) falta de material no sulco ou no palato;
d) molde com excesso de compressao;
e) molde com falta de compressao ou sem 0 devido aprofunda-
mento.
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Corre~ao do molde
A correc;:ao do molde com falha, por falta de material, e feita
com 0 acrescimo de godiva de baixa fusao. Plastificamos 0 bastao
de godiva a chama, diretamente, e depositamos 0 material na regiao
da falha e com a espatula quente promovemos a uniao dos doismateriais; com a lampada de Hanau plastificamos apenas a regiao
onde foi acrescida a godiva, molhamos na agua do plastificador e
levamos a boca para a remoldagem (Figs. 7-17 e 7-18).
Figura 7-17
Falta d e mater ial.
Figura 7-18
C orrer ;iio do mold e.
a molde, instalado na boca, e fixado na sua poslc;:ao correta, e,
feito isso, repetimos os movimentos correspondentes a regiao a sercorrigida.
A correc;:ao do molde quando permanecem as impress6es digitais
na superffcie da godiva tambem e simples: com a lampada de Hanau
plastificamos superficial mente todo 0 molde, molhamos na agua do
plastificador e levamos a boca para remoldagem, repetindo todos os
movimentos.
Materiais necessarios
Para a moldagem anatomica inferior, necessitamos dos seguintes
materiais e instrumentais:
a) placas de godiva de alta fusao;
b) bastao de godiva de baixa fusao;
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c) um jogo de moldeiras metalieas inferior tipo TT: 4, 5, 6;
d) lampada de Hanau;
e) espatula Le Cron;
f) plastifieador de godiva (Fig. 7-19).
Figura 7-19
Materiais necessarios.
Posic;ao do paciente
a paeiente devera fiear na eadeira elfniea, com a eabe<;:a e 0
troneo ligeiramente inelinados de tal modo que 0 plano de Camperfique paralelo ao piso. A altura ideal do paeiente e quando a sua
eomissura labial esta na altura do ter<;:o superior do bra<;:odo operador,
de pe ao seu lado (Fig. 7-20).
Figura 7-20
POSir;;80 do paciente .
Selec;ao da moldeira
A moldeira de estoque para a moldagem anat6miea da mandfbula
deve eobrir as seguintes partes da area ehapeavel:
a) as extremidades da mandfbula, isto e, as papilas piriformes;
b) lateralmente, a Iinha oblfqua externa;
c) lingual mente, a linha oblfqua interna.
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Figura 7-21
Introdur;ao da moldeira.
Figura 7-22
Adaptar;ao da moldeira. na
regiao anterior .
A sele<;ao da moldeira inferior e feita tambem por tentativas .
. Come<;amos pela de tamanho medio, segurando-o com os dedos
indicador e polegar. Introduzimos 0 lado esquerdo da moldeira, total-
mente na boca, com 0 dedo indicador esquerdo afastanios a comissura
do lado direito e depois completamos a introdu<;ao com um movi-
mento de rota<;ao (Fig. 7-21).
Adaptamos, entao, 0 sulco da moldeira, primeiro na parte an-
terior do rebordo alveolar e, sem retira-Ia dessa posi<;ao, ajustamos
depois nas partes posteriores. Examinamos, a seguir, para ver se essa
moldeira preenche os requisitos de extensao, ja referidos (Fig. 7-22).
Preparo do material
Coloc~mos duas placas de godiva no plastificador com a agua
r:ta temperatura de 54°C e aguardamos alguns minutos para que se
tornem plasticos. Quando as placas amolecerem e tomarem a formado fundo do aparelho, e 0 momenta de retira-Ias. homogeneiza-Ias e
dar-Ihes forma de um bastao (Fig. 7-23).
o bastao de godiva e adaptado no sulco da moldeira e a seguir
o material e distribufdo uniformemente, em toda a extensao cobrindo
por completo as bordas. Levamos novamente ao plastificador para
obter a uniformidade de consistencia do material (Figs. 7-24 e 7-25)
e passamos para a moldagem.
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e passamos para a moldagem.
Figura 7-23
Bast ao de god iva plastica.
Figura 7-24
Coloca{:ao da godiva na
moldura.
Figura 7-25
Moldeira com god iva.
Tecnica de moldagem
Estando 0 paciente na cadeira, colocamos-nos ao seu lado epassamos para os atos clfnicos da moldagem anat6mica:
a) seguramos 0 cabo da moldeira com os dedos indicador e po-
legar da mao direita e introduzimos o. ramo esquerdo da moJdeira
na boca do paciente;
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b) com 0 dedo indicador ou medio' esquerdo, afastamos a co-
missura direita da boca _ e, com uma pequena rota<;:ao da moldeira,
completamos a introdu<;:ao (Fig. 7-26);.c) adaptamos ao rebordo alveolar anterior 0 sulco correspon-
dente da moldeira (Fig. 7-27);d) passamos 0 dedo indicador esquerdo nas bochechas e no
labia por dentro, no intuito de deixar livre a borda da moldeira;
e) colocamos os ded-os indicador e medio esquerdos sobre os
ramos da moldeira e 0 polegar na base da mand[bula, pomos. tambem.
os mesmos dedos da mao direita nas mesmas posi<;:oes descritas
acima (Fig. 7-28);
Figura 7-26
Intr odur;ao da mo l deir a .
Figura 7-27
Ad apta r ; a o da m oldeira n a boca .
Figura 7-28
Compressao da mol deira.
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Figura 7-29
F echamento da boca com a ponta da lingua levantada.
Figura 7-30
Molde anatOmico.
f) com forc;:a moderada, fazemos uma compressao lenta, bilateral
e uniforme sobre a moldeira ao mesmo tempo que 0 paciente vai
fechando a boca, para relaxar os musculos e leva a lingua para cima
(Fig. 7-29);
g) imobilizamos a moldeira com os dedos medio e indicador es-
querdos posicionados sobre os ramos da Iilesma. e 0 polegar sob a
base da mandibula; depois jogamos um j ato c;ie agua na moldeira·
para esfriar a godiva;
h) removemos a moldeira da boca; lavamos com agua corrente
e, ap6s secarmos completamente 0 molde com um jato de ar, pro-
cedemos a um exame (Fig. 7-30).
Exame do molde
Consideramos uma moldagem inferior bem realizada, quando
satisfizer os seguintes detalhes:
a) 0 molde deve apresentar a superffcie fosca e 0 material
distribuido uniformemente;
b) no sulco, a forma negatiya do rebordo alveolar e das papilas
piriformes, com detalhes anatomicos e sem distorc;:6es;
c) nao apresentar falta de material ao longo das bordas do molde;
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d) nao possuir dobras, sulcos, arestas e nem impress6es digi-
tais em toda a extensao do molde;
e) nao apresentar sinais de excesso ou falta de compressao;
f) apresentar a central izac;:ao correta.
Os defeitos encontraveis no molde podem ser classificados em
dois tipos: corrigfveis e nao corrigfveis. 0 criterio da avaliac;:ao e 0
mesmo descrito para 0 molde do maxilar superior.
Acidentes que podem ocorrer na moldagem
A grande maioria dos acidentes de moldagem e relativa anausea. Esta e uma forma de reac;:ao do paciente quando sente 0
contacto do material de moldagem na boca. Assim, felizmente,
esses acidentes apenas dificultam a moldagem, sem maiores con·
sequencias.A nausea pode ser contornada durante 0 ato clfnico, do seguinte
modo:
a) solicitamos que 0 paciente respire pelo nariz profundamente,
varias vezes. Nao raro apenas com esse exercfcio respirat6rio, con-
seguimos moldar normalmente;
b) quando a nausea persiste, pass am os urn anestesico t6pico
na parte posterior da area chapeavel;
c) se ainda com 0 anestesico t6pico nao conseguirmos con·
te-Ia, anestesiamos a parte posterior da ab6bada palatina, por meio
de infiltrac;:ao.
Nas clfnicas da Faculdade, as queimaduras provocadas pela go-
diva superaquecida, no rebordo alveolar, no labia ou na comissura
saD relativamente comuns, mas, em geral, sem gravidade.
Outro acidente e 0 ferimento nas comissuras produzido na in-
troduc;:ao da moldeira. .
Finalmente, urn acidente mais raro e a luxac;:ao temporomandi-
bular durante a moldagem. Se isso acontecer, apoiamos a mandfbula,
fjrmemente, com os polegares sobre os ramos do rebordo, bilateral·
mente, e, com os outros dedos na base da mandfbula, forc;:amos os. c6ndilos para tras e para cima ate recoloca·los nas cavidades gle-
n6ides.
1. ALDROVANDI, C. - D e n t adu r as C a mp/etas, 1.° Vol., 2.' ed. Editora Cientrfica,
Rio de Janeiro, p. 117, 1960.
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1958.
3. SCHLOSSER, R. O. & GEHL, D. H. - Complete denture prosthes i s, 3.' ed.
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Modelos e Moldeiras Individuais
o modelo e a reprodU<;;ao positiva do mol de.
o modelo de gesso, na Odontologia, foi utilizado, pela primeira
vez, por Pfaff, dentista de Frederico, 0 Grande, da Russia, por volta
de 1756.
Na protese, utilizam-se de varios tipos de modelos obtidos atra-
ves de diferentes materia is de moldagem, conforme as finalidades a
que se destinam. Por exemplo: 0 modelo de um dente isolado para
incrusta9ao; modelo de um grupo de dentes para protese fixa; modelo
da boca desdentada para 0 planejamento de trabalho; modelo des-
tinado a mostrar anomalias anatomicas etc. Assim, conforme a fina-
lidade, tambem, os modelos recebem um nome especifico.
Neste capitulo, examinaremos quatro tipos de mol des de des-
dentados totais: modelo de arquivo, modelo de estudo, modelo ana-
tomico e modelo funcional.
Modelo de arquivo
Destina-se a documenta9ao dos casos interessantes, casos raros,
casos anormais etc., a fim de ilustrar aulas, conferencias, trabalhosou museus.
Nesses casos, conforme a natureza do que queremos copiar, de-
vemos selecionar 0 material de moldagem mais adequado: elastico
ou anelastico. Por exemplo, se 0 objetivo e registrar um to r us pala -
tinus muito grande, um rebordo estrangulado, um polipo, uma tube-
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rosidade volumosa, uma mucosa flacida etc., onde apresenta super-
ficies retentivas ou ha perigo de deforma<;:oes, utilizamos, sempre,
materiais elasticos. Estes sao: alginato, hidrocoloide ou material a
base de borracha.
Por outro lado, a moldeira tambem devera ser apropriada para
cad a material para obtermos um molde sem deforma<;:oes, e, conse-
quentemente, um modelo perfeitamente fiel.
Se, porem, estivermos interessados em um rebordo reabsorvido,
um rebordo duplo, rebordo alveolar grande, rebordo alveolar peque-
no etc., onde necessitamos de certa compressao para afastar as
estruturas moveis empregaremos um material anelastico, a godiva,
por exemplo.
o modelo de estudo complementa e auxilia os exames clinicos.
o valor do modelo de estudo no planejamento de uma protese ime-
diata, implantada ou mesmo da protese total, e inestimavel. Pode
nos dar informa<;:oes precisas por exemplo do espa<;:o protetico, das
condi<;:oes da area chapeavel, das rela<;:oes maxilomandibular; alem
disso, pode auxiliar na indica<;:ao ou nao de uma cirurgia pre-prote-
tica, orientar a cirurgia quanto a extensao da area a intervir, a loca-
liza<;:ao etc.
Conforme os objetivos e a natureza da regiao que queremos
estudar, devemos tambem selecionar 0 material de moldagem maisadequado. Assim, por exemplo, uma tuberosidade muito saliente ou
uma hipertrofia abrangente da mucosapodem colocar 0 profissional
em duvida, se deve indicar a cirurgia pre-protetica ou nao. Nesses
casos os modelos de estudo devem ser obtidos, a partir de uma mol-
dagem com um material elastico.
Por outro lado, se quisermos saber a consistencia de algum freio
ou estudar a area chapeavel de um rebordo alveolar muito reabsor·
vido, atraves do modelo de estudo, obtemo-lo com um material ane-
lastico.
o modelo anatomico e aquele que teve origem na m oldagem
anatomica da boca total mente desdentada.
o modelo anatomico nos da informa<;:oes da extensao da area
chapeavel, grau de interferencia das inser<;:oes musculares, tamanho,
forma, inclina<;:ao, espessura e altura do rebordo.
o modelo anatomico serve tambem de matriz, na confec<;:ao da
moldeira individual.
E aquele que provem da moldagem funcional. E utilizado para a
confec<;:ao da base-de-prova, e, mais tarde, utilizado como matriz da
base da dentadura, na fase laboratorial de confec<;:ao, propriamente
dita da mesma.
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A tecnica de confec9ao dos modelos em gesso e praticamente
igual para todos os tipos. Descreveremos, assim, a confecl;ao de urn
modelo anat6mico superior, visto que 0 inferior e identico, outrossim
faremos algumas consideral;6es, quando necessario, para a confeco
9ao dos modelos funcionais.
Materiais necessarios
Na confecl;ao do modelo anat6mico, precisamos dos seguintes
materiais e instrumentais:
a) 100g de gesso comum;
b) SOcm3 de agua;
c) gral de borracha;
d) espatula para gesso;
e) placa de vidro;
f) vibrador;
g) faca para gesso.
Tecnica de confecc;ao
a) Colocamos SOcm3 de agua no gral de borracha e em seguida
100g de gesso comum; aguardamos a satural;ao completa e 0 gesso
e espatulado ate que forme uma massa cremosa e homogenea;
b) para verter 0 gesso, seguramos a moldeira pelo cabo com a
mao esquerda, levamo-Ia ao vibrador ligado no minima e come9amos
a deposi9ao do material, com a espatula de gesso, no sulco do molde,
pouco a pouco, evitando incorporar qualquer bolha de ar, ate que se
complete 0 prendimento do molde, isto e, que toda superficie interna
do molde fique recoberta pelo material. Desliga-se 0 vibrador;
c) 0 molde assim preenchido e deixado sobre a placa de vidro
e e acrescido de novas por<;6es de gesso;
d) a seguir, 0 restante do material e depositado na placa de
vidro e sobre essa massa de gesso, viramos 0 molde;
e) a moldeira e entao pressionada para que 0 gesso se espalhe
urn pouco, formando as bases do modelo planae horizontal, com
espessura de 2cm; depois, sem deslocar a moldeira, com todo cui-
dado, as bordas do mol de saD recobertas com gesso que se escoou.
Em se tratando da confecl;ao de urn modelo funcional, este e
vazado em gesso-p~dra. Nesse caso, utilizamos 0 gesso-pedra "me-
Ihorado" para cobrir todo 0 molde, inclusive as bordas, espatulando
40g de gesso; logo a seguir, antes da cristalizal;ao total desse ma-
terial, 0 modelo e completado com 0 gesso-pedra. Convem notar que
os volumes de agua utilizados para espatular 0 gesso-pedra "me-
Ihorado", assim como para 0 segundo tipo de gesso~pedra, dependem
das especifical;6es dos fabricantes;
f) aguardamos a cristalizal;ao do gesso. Uma vez cristalizado, 0
modelo e destacado da placa de vidro: 0passo seguinte e a separa-
l;ao do modelo do molde de godiva;
g) a moldeira e mergulhada na agua quente com temperatura
de 60°C a 70°C. Deixamos assim ate que a godiva se torne plastica;'
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h) quando notarmos que a godiva, estando plastica, pode ser
separada do modelo, retiramos a moldeira da agua quente. Inicial-
mente, destacamos 0 modelo do mol de . de godiva e, em seguida,
esta da moldeira.
Se utilizarmos a agua muito quente, a godiva tornar-se-a plas-
tica demais e podera ficar aderida ao modelo e a moldeira, dificul-
tando a sua remoc;:ao. Porem, se isso acontecer, procedemos do se-
guinte modo: tomamos de uma porc;:ao de godiva menos plastica e
comprimimos sobre a mais plastica que se encontra aderida no mo-
delo. Como a godiva mais plastica e mais pegajosa, fica grudada a
menos plastica e, desse modo, ao ser tracionada, desprende-se do
modelo;
i) uma vez retirada toda a godiva do modelo, levamo-Ia ao cor -
tador de gesso e eliminamos os excessos, dando-Ihe uma formaoctogonal; depois, com a faca para gesso, rebaixamos as bordas do
modelo, nao esquecendo de deixar 0 sulco do modelo, a fim de res-
guardar a forma do fundo de saco gengivolabial e gengivogeniano;
j) os modelos terminados, tanto 0 anat6mico como 0 funcional,
nao devem apresentar nenhuma bolha, falta de material, fratura etc.
D e s e n h o d a a r ea c h ap e av e l
Estabelecer 0 desenho da area chapeavel, no modelo, com lapis,
significa demarcar a extensao da area a ser coberta pela moldeira
individual.
Ja descrevemos, no Capitulo 4, a orientac;:ao para delimitar a
area chapeavel no modelo, quando tratamos desse assunto (Figs.
8-1 e 8-2).
Figura 8-1
Modelo anatOmico comdelimit ac;ao d a ar ea chapeavel.
Figura 8-2
Modelo anatOmico com
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Modelo anat Omico com
Como ja vimos, a moldeira individual pode ser confeccionada
com diferentes materiais. Nos vimos usando, ha anos, com sucesso
e muitas vantagens sobre os outros materiais, a resina de autopoli-
meriza<;ao incolor.A'6 vantagens da r esina acrilica de autopolimeriza<;ao sobre a
de lenta polimeriza<;ao saD: nao inutiliza 0 modelo anatomico; e me·
nos trabalhosa; e m ais rapida e mais economica.
As vantagens da resina incolor sobre outro tipo de material saD:
a transparencia que facilita 0 a juste; permite ter no<;:ao da extensao
da fibromucosa da zona do fecho periferico; possibilita ver a interfe-
rencia das inser<;:oes; permite localizar qualquer defeito da moldeira
na a justagem etc.
Descreveremos a confec<;:ao da moldeira superior em resina de
autopolimeriza<;:ao incolor, visto que os passos, os cuidados e a tec-
nica sao iguais para ambos os arcos.
Para a confeccao da moldeira individual, de resina ativada qui-
micamente, necessitamos dos seguintes materiais e instrumentais:
a) isolante de resina;
b) pincel de tamanho medio;
c) pote com tampa para resina acrilica;
d) pote Dappen;
e) resina (polfmero e mono{l1ero) de autopolimeriza<;:80 incolor;f) espatula para cera n.o 31;
g) uma lamina de cera n.o 7;
h) pedra para resina;
i) tiras de lixa fina;
j) mandril para tira de lixa;
k) modelo anatomico com a area chapeavel delimitada.
Tecnica de confecc;ao
a) Primeiramente, promovemos os alfvios das regioes retentivas
do modelo, preenchendo-as com cera rosa;
b) depois de remover os excessos de cera e alisar a superficie,
pincelamos a area chapeavel do modelo com isolante de resina;
c) a seguir, colocamos 12cm3 de polfmero no pote e 0 saturamos
com 0 monomero. Com a espMula n.o 31 manipulamos a mistura;
d) sem perda de tempo, com a mesma espMula, come<;:amos a
adapta<;:ao da resina acril ica sobre 0 modelo. A resina acril ica tende
a se escoar para as regi6es mais baixas devido a sua pouca consis-
tencia. Com a mao esquerda, tomamos 0 modelo e damos inclina<;:oes
convenientes para que isso nao aconte<;:a e que a resina acrilica
recubra toda a area chapeavel.Logo depois a massa se torna mais consistente; acrescentamos
novas por<;:oes nas regioes em fa/ ta ou com menos espessura. Nessa
fase do trabalho, portanto, atentar para que 0 material nao se acumule
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nas regioes concavas do palato ou dos sulcos do modelo. A camada
de resina acrflica deve ficl'lr numa espessura homogenea e sufi-
cientemente grossa e resistente para que nao se flexione durante
as manobras de moldagem. A superffcie da moldeira e, f inal mente,
alisada com 0 dedo molhado no monomero;
e) sem esperar que a resina acrflica se polimerize por completo,
fixamos 0 cabo da moldeira. Para a confec<;ao do cabo, tomamos de
uma por<;ao de resina que restou no pote e adaptamo-Ia na regiao me-
diana e anterior, sobre 0 rebordo, de modo que fique voltada para 0
lade vestibular, com inclina<;ao aproximada de 60°. Com os dedos
molhados em monomero, damos a forma conveniente.
A seguir, aguardamos alguns minutos para que se complete a
polimeriza<;ao. Nos dias com temperatura muito elevada podemos
perder 0 trabalho devido a forma<;ao de bolhas de ar. Em consequen-
cia da polimeriza<;ao ocorrer com uma rea<;ao exotermica, que nesse
caso fica muito acelerada e com desprendimento de muito calor. Evi-
tamos esse inconveni,ente mergulhando 0 conjunto na agua fria, du-
rante a fase da rea<;ao qufmica.
Obtida a polimeriza<;ao, com uma espatula, removeremos a placa
de resina do modelo; a seguir, damos 0 acabamento necessario:
a) desgastamos as bordas com pedra montada para resina, ate
a l inha demarcat6ria da area chapeavel;
, b) uniformizamos a espessura de toda superffcie da moldeira e
arredondamos as bordas:
c) retocamos 0 cabo da moldeira, de maneira que fique com as
paredes planas perfeitamente paralelas entre si. Terminado, 0 tama-
nho aproximado deve ser de: altura 1,Ocm; largura 1,Ocm e espessura
de 0,5cm;
d) examinamos depois a superffcie interna: se notar algum exces-
so, bolhas ou arestas cortantes, estes devem ser eliminados;
e) com tira de lixa fina, montada no mandril, damos 0 acaba-
mento geral (Fig. 8-3).
Figura 8-3
Moldeira individual de
resina aeriliea .
Na confec<;ao das moldeiras individuais inferiores, como as por-
<;oes finais das linhas oblfquas interna, frequentemente sac areas
de reten<;oes, antes de passar 0 material isolante no modelo, preci-
samos eliminar as reten<;oes, acrescentando cera fundida nas regioes
em apre<;o.
Esta pronta, assim, para ser ajustada na boca do paciente, a
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ld i i di id l d i d li i i l (Fi 8 4)
Figura 8-4
Mol d eira individual de
resina acri f ic a .
Materiais necessarios
Para0
ajuste clinico da moldeira individual, precisamos do se-guinte material:
a) pedra montada para resina acrilica;
b) disco de lixa montada no mandril;
c) lapis-c6pia e lapis comum;
d) disco de "carborundun" montado no mandril (Fig. 8-5).
Figura 8-5
Material n e c essa n o para
o a j u s te d a mo f d ei ra.
Te~nica de ajuste da moldeira individual superior
Golocamos a moldeira na boca do paciente e verificamos, pela
transparencia, a adaptac;ao geral.
Em seguida, apoiando 0 dedo indicador da mao esquerda no cen-
tro da moldeira~ imobilizamo-Ia; com os dedos indicador e polegar
da mao direita,. tracionando 0 labio, vamos verificar se a fibromucosa
desloca a moldeira ou nao. Se deslocar, com 0 lapis comum marca-
mos 0 local exato da interferencia e at raves da transparencia da
moldeira, verificamos a extensao dessa interferencia. Removemos
a moldeira da boca e passamos na agua corrente para remover a
saliva e secamos a seguir. Com uma pedra montada, desgastamos
o local da borda marcado com 0 lapis. Se a regiao interessada for 0
freio, desgastamos, entao, com 0 disco de "carborundun" (Fig. 8-6).
Levamos a moldeira novamente a boca e repetimos a mesma
operac;ao para verificar se 0 desgaste foi suficiente.
Se ainda estiver interferindo com os movimentos de trac;:ao, des-
gastamos um pouco mais, ate que as inserc;:6es fiquem livres.
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Figura 8-6
Ajuste da moldeira individual.
Repetimos a opera<;:ao nas regloes das inser<;:oes laterais. Naregiao do selado posterior, normal mente deixamos 0 comprimento
da moldeira exatamente no limite do palato duro e mole. Podemos
localizar esse limite de varias maneiras:
a) por palpa<;:ao, examinando a borda posterior da moldeira, para
ver se ela esta sobre a regiao em apre<;:o;
b) por vibra<;:ao do palato mole, quando se pronuncia "ah!" va-
rias vezes;
c) local izando as f6veas palatinas.
Uma vez localizado, marca-se 0 limite em questao, com 0 lapis-
-c6pia e transfere-o a moldeira, instalando-a em posi<;:ao. Esta trans-
ferencia e possfvel porque a moldeira e transparente. 0 ajuste efeito depois de removido a moldeira da boca (Fig. 8-7).
Figura 8-7
Ajuste da moldeira
na porr ;ao lateral.
Finalmente, com a tira de Iixa montada no mandril, damos um
acabamento geral nas regioes que foram desgastadas, a fim de nao
traumatizar 0 paciente.
Consideramos uma moldeira individual de resina acrfl ica com
o ajuste clfnico terminado, quando:
a) nao apresentar dificuldades na adapta<;:ao e remo<;:ao da boca;
b) nao causar dores na adapta<;:ao ou remo<;:ao;
c) uma vez adaptada a boca, nao interferir nos movimentos
leves do labia e das bochechas (Fig 8 8)
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leves do labia e das bochechas (Fig 8 8)
Figura 8-8
Mo/deira depois do ajuste .
Ajuste clinico da moldeira individual inferior
Levamos a moldeira inferior a boca e a imobilizamos com 0 dedo
indicador da mao esquerda, colocado na regiao dos pre-molares. Com
os dedos indicador e polegar da mao direita, fazemos uma ligeira
tra9ao do labia para cima a fim de verificarmos se ha interfer€mcia
da moldeira na regiao vestibular anterior, principalmente do freio. Se
estiver interferindo, marcamos com 0 lapis 0 local exato. Procede-
mos depois ao desgaste dos locais marcados (Fig. 8-9).
Figura 8-9
Ajuste da mo/deira infer i or .
A seguir, tracionamos a bochecha do lado esquerdo para cima,
a fim de examinarmos a regiao da inser9ao lateral. Depois de ajus-
tado 0 lado esquerdo, passamos para 0 lado oposto.
Uma vez terminada a ajustagem do lado vestibular, passamos
para 0 lado lingual. Inicialmente, estabilizamos a moldeira na boca
com os dedos indicadores colocados nas regi6es dos pre-molares.
o paciente faz os seguintes movimentos da Ifngua:
a) coloca-a ligeiramente para fora; nesse movimento, se as pa-
redes posteriores do lado lingual estiverem interferindo, a moldeira
sera levantada;
b) coloca-a ligeiramente para cima; se a parte anterior, inclu-
sive 0 recorte do freio da lingua, estiver insuficiente, a moldeira se
deslocara.
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Fazemos 0 ajuste do lado lingual tambem as expensas de des-
gastes CDm a pedra montada fora da boca; uma vez terminado, pas-
samos a lixa fina a fim de alisar a superffcie desgastada.
Concluido 0 ajuste clinico da moldeira individual inferior. quan-
do levada a boca e perfeitamente adaptada. nao deve se deslocarquando a mandibula se posiciona em dimensao vertical de repouso.
1. BARONE, J. V. - Physiologic complete denture impressions. J. Prosth . Dent ..13 (5): 800-809, Sept.-Oct. 1963.
2. MUNZ, F. R. - Impressions in transparent trays. J. Prost . De n t ., 4 (5):596-605, Sep., 1954.
3. TAMAKI, T. - Curv8 de compenS8t;80 - contribui9BO ao seu estudo. Tese -
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Requis itos F is icos e Funcion'a is das Dentaduras
Estudaremos neste capItulo as requisitos exigidos para uma den-
tadura, sob a ponto de vista fisico e funcional.
Muitos auto res confundem-se ao apresentarem as requisitos
ffsicos e funcionais separadamente. pais, na realidade. nao passam
do estudo de um mesmo assunto com names diferentes. 5e quiser-
mas ser rigorosos no conceito, podemos dizer que as requisitos fisi-
cas se referem apenas aos fen6menos relacionados com a base da
dentadura. ao passo que as requisitos funcionais se referem aos fe-
n6menos ligados tanto com a base como com as dentes artificiais e
aos arcos dentais da dentadura. Em outras palavras, as requisitos
ffsicos se reportam a retenc;:ao. e as requisitos funcionais a estabi-
lidade da dentadura.
Para maior clareza, podemos estudar as requisitos fisicos e fun-
cionais de uma dentadura, dividindo-os em tres partes distintas:
Na base da dentadura. do ponto de vista da r et~wao. au requi-
sito ffsico, deve ser analisada quanta a sua extensa(} ••selado perife-
rico. recorte muscular. compressao. alivio e a fidelidade.
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Extensao
Analisaremos 0 assunto baseando-nos no princlplo ffsico que
diz "quanto maior a area, maior sera 0 aproveitamento da pressao
atmosferica e quanta maior a extensao da base da dentadura, menor
sera a carga mastigatoria transmitida aos tecidos de suporte, por
un idade de superffcie".
E por esse motivo que, na delimitac;:ao da area chapeavel. pro-
curamos sempre estende-la ao maximo, dentro dos limites de tole-
rancia dos tecidos.
Sabemos hoje, tambem, que a espessura da borda da dentadura
tern uma influencia muito grande na retenc;:ao da protese. A borda
grossa proporciona maior retenc;:ao, principal mente quando se trata
das porc;:6es posteriores.
Por outro lado, os tecidos moles, extra-area chapeavel, como porexemplo 0 musculo bucinador na parte vestibular, tambem atuam
aumentando de muito a retenc;:ao do aparelho.
Selado periferico
Quando instalada na boca, a faixa periferica, de 2 a 3mm de
largura da base da dentadura deve apoiar-se na mucosa movel para
promover 0 selamento periferico.
Este vedamento e necessario para a preservac;:ao dos fenomenos
fisicos de tensao superficial, coesao e adesao que estao atuando,
continuamente, entre a mucosa e a base da dentadura, com 0 auxilio
da saliva. A ausencia de compressao adequada dessa regiao da base
da protese implica mal aproveitamento dos fenomenos fisicos e
reflete na retenc;:ao e estabilidade do aparelho. Nesses casos, a pres-
sao atmosferica, mesmo quando solicitada, devido as forc;:as de extru-
seo, nao consegue responder com toda a sua capacidade, por falta
dos fenomenos basicos, isto e, tensao superficial, coesao e adesao.
A fibromucosa da regiao do selado periferico, em virtude de
sua mobilidade e espessura, permite perfeitamente essa compressao
para ativar0
fenomeno da tensao superficial. Teoricamente, quantamais 0 selado periferico comprimir a mucosa, maior sera a retenc;:ao,
porem, a compressao exagerada e prejudicial a fibromucosae ao teci-
do osseo. Quando isso acontece, a fibromucosa se atrofia e 0 osso
entra em processo de reabsorc;:ao. E por isso que muitas vezes, em
tempo relativamente curto, urn aparelho que apresentava uma reten-
c;:ao otima fica sem retenc;:ao.
Sabemos, por outro lado, que uma compressao moderada serve
de estimulo aos tecidos, atuando, portanto, beneficamente. A com-
pressao do selado periferico deve ser de tal intensidade que nao
ultrapasse 0 limite de tolerancia do organisrno, para manter por muitotempo a retenc;:ao do aparelho.
Recorte muscular
As fibromucosas que se vem inserir na area chapeavel tern uma
mobilidade ampla e vigbrosa. A base da dentadura nao deve interfe-
rir nos movimentos dos tecidos musculares.
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Na maxila, temos tres inserc;oes mais importantes: freio do labio
e inserc;oes laterais, e, na mandibula, al8m das tres correspondentes
inferidas, ha mais uma que 8 0 freio da lingua. Devemos estudar cui-
dadosamente todas essas inserc;oes, antes da confecc;ao da denta-
dura, no que diz respeito a tonicidade e mobilidade, para serem alivia-das nos locais correspondentes durante a moldagem funcional.
Quando a base da dentadura interfere na fibromucosa durante a
mastigac;ao ou na conversa normal, pode acontecer 0 seguinte:
a) a dentadura desloca-se subitamente da posic;ao. Esse desloca-
mento 8 -provocado pelo movimento do freio que interfere na base da
dentadura e provoca 0 rompimento do selado perif8rico;
b) 0 paciente acusa dor. A dor 8 produzida em virtude do roc;a-
mento da pr6tese durante os movimentos fisiol6gicos dos labios, bo-
chechas, lingua etc. Assim, 0 recorte muscular inadequado pode pre-
judicar a retenc;ao do aparelho e causar traumatismos.
Compressao
Nas moldagens funcionais, principal mente quando saD executa-
das com godiva, a compressao deve ser observada com atenc;ao, visto
que a mucosa apresenta certa compressibilidade.
A compressibilidade da mucosa varia conforme as diferentes
zonas da area chapeavel.
Como vimos no capitulo da Moldagem, a moldagem com 0 refe-
rido material 8 realizada em etapas, comprimindo as zonas da area
chapeavel com intensidades diferentes, de acordo com 0 grau de
compressibilidade, caso contrario, a dentadura ira ferir certas regioespor compressao indevida.
Ao lado do traumatismo, a base da dentadura perdera grande
parte da retenc;ao por falta de uniformidade na adaptac;ao a mucosa.
Alivio
A zona de alivio 8 uma area recoberta de fibromucosa ade-
rente e sem compressibilidade.
Normalmente, a mucosa que reveste 0 rebordo alveolar, durante
a mastigac;ao, sempre cede algumas frac;oes de milimetros, no sen-
tido oclusogengival. Por8m a mucosa da regiao de alivio, por ser fina
e aderente, nao acompanha os movimentos da base da dentadura.
Se esse tipo de mucosa localizar-se na zona principal de suporte,
esta sera traumatizada; se estiver longe, noutra zona da area chapea-
vel, funcionara como ponto de apoio de alavanca, durante os movi-
mentos fisiol6gicos inutilizara a retenc;ao, desequilibrando a den-
tadura.
o meio de contornar essa inconveniencia 8 fazer 0 alivio da base
da dentadura, desgastando com pedra montada 0 local corresponden-
te, a fim de que essa regiao de mucosa aderente tenha apenas um
leve contacto com a base da dentadura.
Fidelidade
A fidelidade da base da dentadura depende da moldagem corre-
tamente conduzida, das fases laboratoriais de confecc;ao e da assis-
tencia ao cliente ap6s a instalac;ao da pr6tese.
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Sobre a moldagem, podemos dizer que, conforme 0 estado da
boca, 0 profissional devera escolher a tecnica e 0 material de molda-
gem adequados para obter 0 maximo de reten9ao.
Na realiza9ao das fases laboratoriais de confec9ao, convem se-
guir rigorosamente as recomenda90es dos fabricantes dos materiais
em uso. No acabamento do aparelho, ao desgastar os excessos das
bordas, tomar cuidado para nao destrui-Ias, pois significa 0 selamento
periferico.
Ap6s a instala9ao da dentadura, as regioes que traumatizam de-
vem ser aliviadas quando se da assist€mcia posterior. Porem, esse
desgaste nao pode ser feito arbitrariamente; procurar a localiza9ao
exata e desgastar apenas 0 suficiente para nao comprometer a
reten9ao.
Estudaremos os dentes artificiais sob 0 ponto de vista da esta-
bilidade do aparelho. Para melhor clareza, analisaremos a estabilidade
da dentadura em rela9ao a oclusao e a articula9ao.
A dentadura pode perder a estabilidade por causa da oclusao.
Nos pacientes com os dentes naturais, a oclusao e a posi9ao de
rela9ao maxilomandibular que proporciona maior numero de con-
tactos entre os dentes opostos.
Na confec9ao da dentadura artificial, procuramos determinar
aquela posi9ao maxilomandibular a fim de montar os dentes. Mas adetermina9ao dessa posi9ao nao e facil. Ha muitas teorias e tecnicas
a esse respeito, porem, frequentemente, falham no resultado.
Ouando a posi9ao funcional de oclusao nao e determinada cor-
retamente, os dentes nao apresentam a interdigita9ao correta e, como
consequencia, as pr6teses perdem a estabilidade.
A possibilidade de uma articula9ao incorreta desequilibrar uma
dentadura e bem maior do que em razao de uma deficiencia na oclu-
sao. Articula9ao e, em ultima analise, toda rela9ao maxilomandibular
quando os arcos dentais estao em contacto, excluindo a posi9ao de
oclusao.
A perfeita articula9ao de uma dentadura depende da individua-
liza9ao da curva de compensa9ao, da inclina9ao das cuspides e do
balanceio.
as problemas relacionados com a individualiza9ao da curva de
compensa9ao saD complexos e vastos, porque dependem nao s6 da
inclina9ao da cavidade glen6ide como, tambem, do mecanismo ana-
tomo-fisiol6gico da articula9ao temporomandibular.
As inclina90es das cuspides dependem da inclina9ao da cavi-
dade glen6ide nos sentidos anteroposterior e vestibulolingual.
a balanceio da articula9ao depende do funcionamento harmoni-
co dos fatores acima. Como caracteristica de uma articula9ao balan-
ceada, uma dentadura deve manter, pelo menos, tres pontos de con-
tacto entre os arcos, sem travamento das cuspides, qualquer que
seja a dire9ao do movimento mandibular.
A forma do arco dental da dentadura deve ser semelhante a do
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Figura 9-1
Formaryiio de alavanea , quando
o area dental niio aeompanha
a forma do rebordo alve o l a r .
"-:~.. / : . •~. . . • / . . _ :, . ~ .~ .~<.
-',.
quando 0 rebordo alveolar e triangular e 0 arco dental e quadrado, os
dentes da regiao dos caninos ficam fora da zona principal de suporte;
dai qualquer esfon;:o pode ser suficiente para desequilibrar a den-
tadura (Fig. 9-1).
Na montagem dos dentes, um outro fator que deve ser cons i-
derado e a linha intermaxilar.
Nos arcos dentais naturais, a linha intermaxilar, na parte poste-
rior, tem uma inclinac;:ao de aproximadamente 800 em relac;:ao ao
plano oclusal. E justamente nessa angulagem que a resultante dos
musculos elevadores da mandibula exercem sua ac;:ao durante a mas-
tigac;:ao. Na montagem de dentes artificiais, devemos obedecer essa
linha, pois, caso contrario, ocorre um desequilibrio durante a masti-
gac;:ao porque os esforc;:os mastigatorios nao saD transmitidos per-
pendicularmente a zona principal de suporte.
Ainda, as dentaduras completas, sob 0 ponto de vista dos requi-
sitos funcionais, devem satisfazer 0 chamado "trio da chave funcio-
nal da dentadura artificial". Chama-se "trio da chave funcional", ao
conjunto dos fatores que concorrem para proporcionar as dentaduras,
as condic;:6es de retenc;:ao, estabilidade e suporte.
o elemento de suporte, como foi estudado, e constituido da mu-
cosa, periosteo e osso que, englobando-os, formam 0 rebordo alveolar.
1. PELLIZZER, A. J. - Retenryao em dentaduras artifieiais superiores . TeseArac;atuba, S. P., 1965.
2. SAIZAR, P. - Protesis a plaea . 6.' ed. Progrental, B. Aires, p. 60, 1958.
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Moldagem Func ional
Existe uma serle imensa de tecnicas de moldagem funcional
para dentaduras completas. Analisando os principios basicos dessas
tecnicas, chegamos a conclusao de que, na realidade, ainda estao
sendo discutidos aqueles velhos problemas sobre as vantagens da
moldagem com compressao e sem compressao, de um lado, e mol-
dagem com boca aberta e fechada, de outrQ lado.
Nossa opiniao sobre as correntes filos6ficas de moldagem, sem
discutir 0 problema nos seus detalhes, e d e que todas as correntes
tem a sua razao de ser, porque nos cas os indicados cada uma tem
oferecido bons resultados. Porem, nao podemos concordar com os
que querem indicar uma determinada tecnica para todos os tipos deboca, sem distinguir a natureza da fibromucosa de revestimento e
caracteristicas do rebordo.
Assim, somos partidarios de que um profissional especialista
em dentaduras deve aceitar e saber executar os trabalhos sob dife-
rentes concep<;:oes basicas de moldagem. S6 assim e que consegui-
remos resolver todos os casos clinicos preservando 0 rebordo alveo-
lar pelo maior tempo possivel, visto que a tendencia a reabsor<;:ao e
relativamente rapida.
Sob esse ponto de vista, vamos estudar a moldagem funcional,
dividindo-a nos seguintes itens:
Moldagem com boca aberta
a) com compressao no ato da moldagem;
b) sem compressao no ato da moldagem;
c) moldagem mista.
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Moldagem com bo c a fechada
a) Moldagem com os movimentos dos labios, das bochechas eda lingua;
b) moldagem com succ;ao e deglutic;ao.
M O L D A G E M FUN ClONAL C O M B OC A A BE RT A
MOLDAGEM COM COMPRESSAO
MOLDAGEM FUNCIONAL DA MAXILA
Material e Instrumental
Para a moldagem funcional da maxila, precisamos dos seguintes
(Fig: 10-1):
a) moldeira individual de resina acrflica com 0 ajuste pronto;
b) uma lamina de godiva de baixa fusao;c) lampada de Hanau;
d) espatula Le Cron;
e) pincel de tamanho medio;
f) cera de baixa fusao;
g) tesoura curva para ouro;
h) plastificador de godiva.
Figura 10-1
Mater i ais n ece ss a r ios par a m ol dagem funcio n a l com godiva.
Posi~ao do paciente e do operador
Tanto a posic;ao do paciente como a do operador saD as mesmas
que foram descritas para a moldagem anatomica.
Conio vimos 0 paciente senta-se comodamente, com a cabec;a
e 0 corpo ligeiramente inclinados para tras. Levantamos a cadeirade tal modo que a comissura da boca do paciente fique situada na
altura da metade inferior do brac;o do operador, quando se coloca ao
seu lado (Fig. 7-2).
Preparo do material de moldagem
Plastificamos uma lamina de godiva· de baixa fusao, d e 2mm, a
chama e adaptamo-Ia em toda a superHcie interna da moldeira, com
os dedos, sem fazer muita pressao para nao alterar a espessura (Fig.10-2).
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Com tesoura para ouro, cortamos os excessos de godiva, dei-
xando 5mm de sobra, em todo 0 CO[ltorno da moldeira; a seguir, do-
bramo-Ia e adaptamos os excessos por fora da borda da moldeira
(Figs. 10-3 e 10-4).
Figura 10-2
Adapta{:8o da godiva.
Figura 10-3
Recoriando 0 excesso
de material.
Figura 10-4
o e xcesso de material d obrado.
Com a lampada de Hanau, plastificamos a .godiva uniformemente
em toda a extensao. Devemos tomar cuidado de nao superaquece-Ia
porque a superffcie pod era se queimar e em consequencia ficar
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rugosa, irregular e pode perder as propriedades Hsicas desejadas
do material de moldagem. .
Conseguida a plastifica<;ao, mergulhamos a moldeira com a go-
diva na agua a 50°C, para uniformizar a temperatura do material, e
levamo-Ia a boca.
Introduc;iio da moldeira
Segurando 0 cabo da moldeira com os dedos indicador e polegar
da mao direita, apoiamos com 0 dedo medio a parte inferior e cen-
tral; pedimos ao paciente que deixe a boca entreaberta e os mus-
culos orbiculares relaxados; tocamos a borda da moldeira na comis-
sura e, com 0 dedo indicador da mao esquerda, afastamos a comissu-
ra direita; sem intervalo, a custa de um movimento de rota<;ao. intro-
duzimo-Ia na boca (Fig. 10-5). .
Figura 10-5
Introdur;iio da mold eira.
Moldagem do rebordo alveolar e do 'palato
Mantendo a moldeira ainda com os dedos indicador e polegar
direitos e com 0 indicador da outra mao, passamos ligeiramente nas
bordas vestibulares da moldeira, para Iivra-Ia da a<;ao das bochechas
e do labio.
Passamos para tras do paciente e abai,xamos a cadeira ate umaaltura suficientemente comoda para se trabalhar. Apoiamos os dedos
indicador e medio, da mao esquerda, sobre 0 rebordo da moldeira na
regiao dos pre-mol ares. Deixamos 0 cabo e levamos os dedos indi-
cador e medio, da mao direita, tambem na regiao dos pre-mol ares,
do outro lado.
Fazemos, agora, uma compressao firme, uniforme e lenta ate
sentirmos resistencia. A compressao deve ser de igual intensidade
para ambos os lados; iniciar e s ustar simultaneamente (Fig. 10-6).
Jogamos um jato de agua fria na moldeira e removemo-Ia da
boca. Lavamos em agua corrente e secamos a fim de examinar 0
molde.
Numa moldagem satisfat6ria, 0 molde deve apresentar as se-
gu intes caracterfsti cas:
a) aspecto nftido da ab6bada palatina com escoamento da go-
diva para a parte posterior.
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Figura 10-6
Compressi i o bil a te r al.
b) impressao nitida da rugosidade palatina;
c) na regiao do rebordo alveolar mostrar 0 negativo dos detalhesanat6micos;
d) na regiao do fecho periferico, 0 movimento da godiva para a
periferia.
Moldagem do fecho periferico
Com a lampada de Hanau, plastificamos a g odiva da borda da
moldeira, de canino a tuberosidade do lado esquerdo; mergulhamos
ligeiramente na agua a 50°C e levamo-Ia a boca do paciente.
Introduzimos a moldeira com os m esmos movimentos e mano-
bras descritos e ajustamos no local. Passamos imediatamente atras
do paciente e, com os dedas, indicador e media da mao direita, colo-cados na ab6bada palatina, fixamos a moldeira; com 0 indicador es-
querdo, colocado dentro da boca, e, com a polegar, par fora, tracio-
namos a bochecha para baixo, varias vezes (Fig. 10-7).
Figura 10-7
Moldagem do fecho
perlferico esquerdo .
Com um jato de agua, esfriamos a godiva, removemos a mol dei-
ra e lavamo-Ia em agua corrente para examinar a regiao moldada.Esta devera estar arredondada, lisa, sem sulcos ou irregularidades
e na regiao lat~ral, apresentar a impressao do freio lateral.
A seguir, plastificamos a godiva da borda anterior, de canino a
canino; mergulhamo-Ia ligeiramente na agua a 50°C e a levamos para
moldar. Par meio das m~nobras ja descritas, introduzimos a moldeira,
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colocamo-nos imediatamente atras do paciente e fixamos a moldeira
com os dedos medios na ab6bada palatina e com os dedos polegares
e indicadores fazemos a tra<;ao do labio para baixo, varias vezes (Fig.
10-8).
Figura 10-8
Moldagem do fecho
p er if erico anterior .
Removemo-Io ap6s esfriar a godiva, lavamo-Ia e ~xaminamos. 0
molde devera apresentar-se com a borda arredondada elisa, c6pia
do fundo de saco, e, na linha mediana, um sulco profundo que corres-
ponde ao freio do labio.
Plastificamos 0 restante da borda vestibular, isto e, de caninoa tuberosidade do lado direito, passamos na agua a 50°C e levamos a
boca com os mesmos cuidados. Com os dedos, inCficador e medio da
mao esquerda, colocados na ab6bada palatina, fixamos a moldeira
e, com os dedos indicador e polegar direitos, tracionamos para baixo
a bochecha desse lado (Fig. 10-9).
Figura 10-9
Moldagem do fecho
per i fe r ico d ir eito.
Esfriamos a godiva com um jato de agua, removemos 0 molde,
lavamos e examinamos para ver se conseguimos obter 0 negativo do
fundo de saco e da inser<;ao lateral (Fig. 10-10).
Obtidos os resultados desejados nessa sequencia de manobras
clfnicas, efetuamos os testes para ter no<;ao de estabilidade e grau
de reten ;ao do molde
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de reten<;ao do molde
Figura 10-10
Molde funcional superior.
Testes de estabilidade e retenc;io
Teste de estabilidade
A verifica<;ao do assehtamento do molde na boca e importante
porque e a condi<;ao "sine qua non" da estabilidade de uma denta-
dura. Levamos 0 molde a boca, ajustamo-Io no local e, com os dedos
indicadores, comprimimos as regi6es dos pre-mol ares, alternadamen-
te, de urn lado e depois do outro, a fim de testar se ha ou nao movi·
mento de bascula.
Se notarmos algum movimento, devemos interromper 0 trabalho,
e repetir toda a moldagem porque, este, como vimos na moldagem
anatomica, e urn dos defeitos do tipo que nao podemos corrigir.
Teste de retem;ao horizontal
Fazemos 0 teste de travamento p6stero-anterior para verificar 0
grau de reten<;ao que conseguimoi1 na regiao do selado posterior
("postdamming"). Conforme 0 grau de reten<;ao que obtivermos, co-
locaremos menor ou maior espessura de cera na moldagem comple-
mentar.
Esse teste e realizado da seguinte forma: adaptamos 0 molde
perfeitamente a boca e 0 paciente fica com a mandibula em posi<;:ao
de repouso: tracionamos 0 cabo para 0 lado vestibular, com 0 indi-
cador colocado na parte palatina. 0 molde nao deve se deslocar comfacilidade. Porem, mesmo que nesse teste a reten<;:ao seja 6tima,
sempre e realizada a moldagem complementar (Fig. 10-11).
Figura 10-11
Teste de travamento posterior .
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Teste de retem;iio vertical
Testamos 0 travamento vertical da parte anterior, do seguinte
modo: ajustamos 0 mol de perfeitamente ao local; a mandibula deve
estar em posi9ao de repouso; segurando, com os dedos indicador e
polegar, 0 cabo da moldeira, fazemos uma tra9ao para baixo. Se· amoldeira nao se deslocar e porque a moldagem do selado periferico,
da parte correspondente de canino a canino, esta perfeita. Caso nao
resista e porque a compressao dessa regiao esta insuficiente, e, acusta da moldagem complementar, podemos aumentar a reten9ao
(Fig. 10-12).
Figura 10-12
Teste de t r avamento anterior .
Teste de retem;iio lateral
Verificamos 0 travamento lateral, com a mandibula tambem em
posi9ao de repouso. Fazemos uma tra9ao do molde para 0 lado vesti-
bular com 0 dedo indicador colocado a altura dos pre-molares; se 0
selado periferico da regiao do canino a tuberosidade, do lado contra-
rio, nao estiver satisfatorio, nao resistira a prova. A corre9ao da falha
podera ser feita a custa da moldagem complementar. Repetimos 0
mesmo teste para 0 lado oposto.
Moldagem complementar do selado posterior
A zona do selado posterior ou "postdamming" e a que fica na
parte posterior da area chapeavel. 0 seu limite interno e dado por
uma linha sinuosa que circunscreve as regi6es dos buracos palatinos
posteriores, incluindo-os, e, na parte mediana, corta 0 rafe palatino
o mais posterior possivel. Este selamento e feito em tocfas as molda-
gens, mesmo que no teste de travamento postero-anterior 0 molde
tenha respondido positivamente.
A moldagem coniplementar e feita com cera de baixa fusao. Para
isso, fundimos a cera e pincelamos sobre a regiao do selado poste-
rior depositando uma camada suficiente para remoldar essa zona decompressao.
Regulamos a espessura da cera ·conforme a compressibilidade
das diferentes zonas que comp6em essa regiao e tambem conforme
o travamento postero-anterior que dese jamos (Fig. 10-13).
Terminada a coloca9ao da cera, levamos 0 molde a boca e 0
mantemos sob compressao. A custa do calor da boca, a cera torna-se
plastica e moldara a regiao.
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p g
Figura 10-13
Selamento posterior.
Passados alguns minutos (5 minutos mais ou menos). retiramosa moldeira da boca, lavamos e secamos para examinar 0 aspecto
da superffcie da cera. A cera deve apresentar uma superffcie opaca
e ter os sinais de contactos com a mucosa bucal. Se estiver satisfa-
toria, recolocamos na boca 'para testar 0 travamento postero-anterior.
Geralmente, uma pequena camada de cera e suficente para aumen·
tar de muito 0 travamento.
Porem, se a melhora da reten<;ao e pouca, vamos entao repetir
a opera<;ao depositando mais uma camada de cera de baixa fusao
para conseguirmos 0 travamento necessario.
Quando desejamos melhorar 0 travamento vertical anterior outravamentos laterais, realizamos opera<;6es identicas as que vimos
para a regiao do selado posterior.
Colocamos uma camada de cera fundida com pincel, sabre a
borda interna da regiao interessada e levamas 0 malde a boca. Apos
5 minutos, fazemos novamente 0 teste.
Assim, esta terminada a moldagem funcional da maxila pela tee-
nica de boca aberta com campressaa.
MOLDAGEM COM COMPRESSAO
MOLDAGEM FUNCIONAL DA MANDfBULA
Material e Instrumental
Para a moldagem funcional da mandibula pela tecnica acima, as
materiais necessarios saD:
a) maldeira individual de resina acrilica earn ajuste clinica;
b) uma lamina de godiva de baixa fusao;
c) lampada de Hanau;
d) espatula Le Cran;
e) pincel de tamanho medio;
f) cera de baixa fusao;
g) tesoura curva para auro;
h) plastificador de godiva.
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Posi~ao do paciente
o paciente devera estar com a cabec;:a ligeiramente inclinada
para tras. A altura devera ser tal que a comissura da boca fique ao
nfvel do ter<;:o superior do brac;:o do operador.
Preparo do materialPlastificamos a lamina de godiva sobre a chama e adaptamo-Ia
na moldeira, com os dedos ligeiramente molhados, fazendo Iigeiras
compress6es.
Com uma tesoura curva, recortamos 0 excesso de godiva, dei-
xando 0,5cm de sobra em todo 0 contorno da moldeira. Levamo-Ia
a chama para a plastificac;:ao da godiva das bordas. Obtida a plastifj-
cac;:ao, adaptamos os excessos rebatendo-os por fora da moldeira e
protegendo, assim, as bordas (Fig. 10-14).
Figura 10-14
Moldeira com godiva.
Terminada a adaptac;:ao, com a lampada de Hanau, plastificamos
toda a superffcie da godiva uniformemente, com cuidado para nao
superaquecer. A seguir, mergulhamos a moldeira na agua a 50°C para
uniformizar a temperatura e a levamos a boca do paciente.
nCNICA DE MOLDAGEM
Segurando 0 cabo da moldeira, com os dedos indicador e polegar
direitos, introduzimos0
lado direito da moldeira na boca do paciente.Com 0 dedo indicador esquerdo afastando a comissura, damos uma
pequena rotac;:ao na moldeira e introduzimos 0 lado esquerdo (Fig.
10-15).
Figura 10-15
. Introduc;ao da moldeira.
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AS tempos de moldagem funcional podem ser divididos em:
a) moldagem do corpo da mandibula;
b) moldagem do fecho periferico vestibular;
c) moldagem do fecho periferico lingual;
d) moldagem complementar.
Moldagem do corpo da mandibula I
Uma vez conseguida a introdu9ao da moldeira, iniciamos a mol-
dagem do corpo da mandibula.
Adaptamos a moldeira sobre 0 rebordo alveolar segurando-a
ainda pelo cabo; apoiamos os dedos, indicador e medio esquerdos,
sobre a moldeira na regiao dos pre-mol ares e 0 polegar na base da
mandibula. Soltamos 0 cabo e imediatamente levamos tambem os
dedos indicador e medio da mao direita sobre 0 rebordo, na regiao
dos pre-molares e 0 polegar na base da mandfbula (Fig. 10-16).
Figura 10-16
Moldagem do corpo
da mandibula .
Fazemos uma compressao uniforme e lenta de ambos os lados,
simultaneamente, ate sentir uma resistencia. Mantendo a moldeira
nessa posi9ao, com um jato de agua esfriamos a godiva e remove-
mo-Ia da boca. A seguir, secamos e procedemos a um exame do
molde. A superffcie da godiva deve apresentar-se opaca, e no sulco
as formas negativas dos detalhes anat6micos. Na regiao das bordas,
a aspecto da godiva deve ser de extravasamento para fora.
Moldagem do fecho periferico vestibular
Conseguida a moldagem do corpo, passamos para a moldagem
do fecho periferico do lado vestibular. Na mandfbula, tambem, este
passo e dividido em tres etapas.
A primeira etapa corresponde a regiao posterior, de canino a
papila periforme do lado esquerdo. Plastificamos a godiva da borda
com a lampada de Hanau, levamos abaca e mantemos firmemente
a moldeira com as dedos indicador e media esquerdos, apoiados nas
regi6es dos pre-molares de cada lado e a polegar na base da mandf-
bula e, com as dedos indicador e polegar direitos, tracionamos a bo-
checha do lado esquerdo para cima (Fig. 10-17). Esfriamos a godiva
com um jato de agua e removemos a moldeira da boca. Lavamos,
secamos e examinamos. Neste. ter90 do selado vestibular deve apre-
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sentar, na parte anterior 0 sulco do freio lateral e, na parte posterior,
a conforma«;:ao do sulco gengivogeniano. No seu conjunto, a superff-
,cie deve apresentar-se com a forma arredondada, Iisa e regular. De-
pois passamos para a moldagem do tenio anterior.
Figura 10·17
Moldagem do fecho
periferico esquerdo .
Plastificamos a godiva da borda anterior (segunda etapa), de ca·
nino a canino, e levamos a boca. Introduzimos, com cuidado, obede-
cendo sempre aos detalhes das manobras de introdu«;:ao ja descritos,
e adaptamos 0 molde sobre 0 rebordo.
Fixamos a moldeira nessa posi«;:ao, firmemente, apoiando com os
dedos medios da mao esquerda e direita nas regi6es dos pre-mol arese com 0 indicador e 0 polegar, de ambas as maos, tracionamos 0 labio
para cima. Depois de esfriada a godiva. removemos com os mesmos
culdados ja descritos. Uma moldagem perfeita dessa regiao devera
apresentar urn sulco amplo na altura da l inha mediana que corres-
ponde ao freio do labia e a conforma«;:ao do f6rnice gengivolabial
(Fig. 10·18).
Figura 10·18
Moldagem do {echo
periferico anterior .
Passamos, imediatamente, para a ultima etapa: plastificamos a
godiva da regiao de canino a papila piriforme do lado direito eleva-
mos a boca. Apoiamos a moldeira com os dedos indicador e medio
direitos colocados sobre as regi6es dos pre-molares, e 0 polegar
na base da mandibula e com 0 polegar e 0 indicador da mao esquerda
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tracionamos a bochecha. Essa reglao deve apresentar 0 sulco dains€·n;:ao lateral; e, na parte mais posterior, a conform~yao do fundo
de saco gengivogeniano (Fig. 10-19).
Figura 10·19
Moldagem d o f ec h o
perifer / c o dir e ito .
Moldagem do fecho periferico lingual
A moldagem da regiao do selado periferico lingual e realizada
em uma unica etapa.
Plastificamos, com cuidado, com lampada de Hanau a godiva da
borda lingual, de uma extremidade a outra. Mergulhamos ligeira-
mente na agua a 50°C do plastificador e introduzimos a moldeira
assentando-a sobre0
rebordo (Fig. 10-20).
Figura 10·20
Pl astificagiio da godiva
na parte lingual .
Fixamos a moldeira, apoiando os dedos medios e indicadores,
de ambos os lados, nas regi6es dos pre-molares, e os polegares co-
focados na base da mandfbula. A seguir, pedimos ao paciente para
executar os movimentos da lingua:
a) projeta-Ia para forae para frente. Com esse movimento, obte-mos a moldagem do ter«o posterior de ambos os lados (Fig. 10-21);
b) levar a ponta da lingua na dire«ao da comissura direita e
projeta-Ia para fora; repetir a opera«ao para 0 lade oposto. Com esses
movimentos, obtemos a moldagem do ter«o medio' de ambos os lados
(Fig. 10-22);
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Figura 10-21
Moldagem do {echo perif e rico
lingual posterior .
Figura 10-22
Moldagem do (echo periferico
l i ngual esquerdo .
c) levantar a lingua em direc;:ao ao palato, ao maximo. Com esse
movimento, obtemos a moldagem do soalho da boca, isto e, do terc;:o
anterior (Fig. 10-23).
Figura 10-23
Moldagem do {echo periferico
lingual anterior .
Esfriamos a godiva com urn jato de agua e removemos a mol-
deira. Lavamos em agua corrente, secamos e passamos a examinar
o molde. Este devera apresentar, na linha mediana, urn sulco, que e a
marca do freio da lingua, bordas arredondadas, lisas, uniformes e de
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g , , ,
Figura 10-24
Molde funcional inferior.
Assim terminamos a moldagem funcional da mandibula com go-
diva, utilizada como material fundamental. Fazemos depois os testes
para verificar 0 grau de reten9ao e assentamento conseguidos, antes
de passarmos para a moldagem complementar, com cera de baixa
fusao.
Teste de retenr;ao vertical
Adaptar 0 molde na boca. Solicitar ao paciente 'que relaxe os
musculos e deixe a mandibula em posi9ao de repouso; 0 labio e a
lingua tambem na sua posi9aO normal; segurando 0 cabo da moldeira,com os dedos indicador e polegar, faz-se uma tra9ao para cima leve-
mente. Se a moldeira se deslocar e porque a compressao do fecho
periferico anterior, do lado lingual ou do vestibular esta imperfeita.
Nesses casos, geralmente 0 problema e do lado lingual, que podera
ser melhorado com a moldagem complementar (Fig. 10-25).
Figura 10-25
Teste vertical.
Teste de retenc;ao horizontalAs posi90es da mandibula, da moldeira, da lingua e do labio SaD
as mesmas do teste anterior. Com 0 dedo indicador apoiado no cabo,
fazendo uma tra9ao postero-anterior. Se a moldeira se deslocar facil·
mente, significa que a compressao do fecho periferico posterior e
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insuficiente. A corre<;:ao sera feita com a cera de baixa fusao na
moldagem complementar (Fig. 10-26).
Figura 10-26
Teste postero-ant er ior.
Teste de estabilid ade
Fazemos 0 teste de assentamento ou estabilidade pressionando
as regi6es dos pre-mol ares de cada lado com os indicadores, alter-
nadamente. Se constatarmos bascula, a moldagem devera ser repe-
tida, pois 0 defeito e do tipo que nao podemos corrigir (Fig. 10-27).
Figura 10-27
Teste de assent amento lateral
Moldagem complementar
No rebordo inferior, a vertente vestibular e mais inclinada e a
vertente lingual mais vertical. Em virtude disso, a borda da vertente
lingual nao e moldada com suficiente compressao para promover 0
selamento periferico dessa regiao. Daf a necessidade de uma mol-dagem complementar da regiao lingual, mesmo que 0 teste demonstre
uma boa reten<;:ao do mol de.
Para realizarmos a moldagem complementar, do selado lingual,
fundimos a cera de baixa fusao e, com urn pincel, passamo-Ia em
toda a extensao da borda do lado interno. Depois, levamos a moldeira
a boca e niantemo-Ia firmemente no local. Passados cinco minutos,
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testamos a retenc;ao; se estiver satisfat6ria, damos por terminada a
moldagem funcional (Fig. 10-28).
Figura 10-28
Col o car;ao d a c e ra
de b aix a fu sa o .
Indicac;oes da tecnica de moldagem com compressao
a) Quando a forma do rebordo e normal e a c ompressibilidade
da mucosa e normal;
b) quando 0 rebordo e reabsorvido e a mucosa e normal.
Material e Instrumental
Para a moldagem funcional da maxila com a tecnica sem com·
pressao, necessitamos dos seguintes (Fig. 10-29):
a) moldeira individual de ~esina acrllica ja a justada;
b) pasta zincoeugen61ica (branca e vermelha);
c) placa de vidro;
d) espMula n.O 36;
e) cera de baixa fusao;f) pincel;
g) Mer sulfurico.
Figura 10-29
Mate r iais para moldagem
sem c ompressao .
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Posi~6es do paciente e do operador
As posi<;:6es do paciente e do operador para essa tecnica SaG
identicas as da moldagem com compressao.
Preparo do material
Colocamos 5cm de pasta zincoeugenolica branca sobre a placa de
vidro e sobre ela a pasta vermelha no mesmo comprimento.
Com a espatula n.o 36, misturamos as pastas ate que forme uma
mistura de cor rosea uniforme. A seguir, com a mesma espiitula, de-
positamos 0 material na parte interna da moldeira, numa espessura
aproximada de 1mm, cobrindo toda a superffcie.
Tomando 0 cabo da moldeira com os dedos indicador e polegar
direitos, com 0 medio apoiamos na parte inferior, e a introduzimos
na boca do paciente, obedecendo aos passos e cuidados ja descritos
(Fig. 10-30).
Figura 10·30
AdaptaC;8o do molde
Sem tardanc;a, mantendo ainda a moldeira no lugar com a mao
direita, passamos para tras do paciente e abaixamos a cadeira ate
a uma altura c6moda para 0 trabalho. Levamos os dedos indicador e
medio sobre 0 rebordo, na zona dos pre-mol ares, de cad a lado.
Em seguida, imprimimos uma compressao leve e simultanea de
ambos os lados, 0 mais uniforme possivel, ate sentirmos uma res is-
tencia ao movimento de aprofundamento.
Sustamos entao a compressao, porem mantemos a moldeiraimovel, por mais alguns minutos, ate que se realize a rea<;:ao quimica
da presa inicial, 0 que ocorre dentro de 2 a 3 minutos apos a mani-
pulac;ao (Fig. 10-31).
E importante, nessa tecnica, que se controle 0 andamento do
processo de rea<;:ao quimica, a fim de sabermos 0 momenta em que
o material entra na fase inicial da presa e quando termina. E nesse
intervalo que 0 material retem a imagem do corpo que esta sendo
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intervalo que 0 material retem a imagem do corpo que esta sendo
Figura 10-31
Agu a rdando a presa inicia! d o mate ri a! para moldar
o f echo - periterico .
Figura 10-32
Contro ! ando a p res a do m aterial .
Na pratica, esse controle e feito, tocando-se com 0 dedo, de
tempo em tempo, 0 material que restou na placa de vidro. Sabe-se
que 0 material esta na fase inicial da presa quando, embora pouco
consistente, deixa de aderir no dedo. Por outro lado, a presa final,
sabe-se, quando 0 material fica completamente rfgido (Fig. 10-32).
Quando 0 material entra na fase de presa inicial, rapidamente
imobilizamos a moldeira com os dedos indicador e medio esquerdos,
e, com 0 indicador e polegar direitos, fazemos trar,:6es da bochecha e
depois do labio para baixo. Imediatamente, invertemos as posi<;6es
das maos; com 0 indicador e 0 polegar esquerdos, distendemos
agora a bochecha esquerda e depois 0 labia para baixo, enquanto com
a outra mao mantemos a moldeira no lugar (Fig. 10-33).
Repetimos essas opera<;6es continuamente ate que se verifique
a presa final da pasta lincoeugen6lica.
Como se pode notar, nessa tecnica, as moldagens do corpo damaxila e do fecho periterico SaD realizadas em um mesmo tempo
clfnico.
Quando a moldagem e feita com a pasta zincoeugen61ica, muitas
vezes, temos dificuldades ao remover a moldeira da boca. Quando
isso acontecer, procede-se do seguinte modo:
a) com 0 dedo indicador esquerdo, levantamos a bochecha es-
querda e com 0 polegar 0 labia superior;
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querda e com 0 polegar 0 labia superior;
Figura 10-33
Moldagem do ( ec ho p eri fe rico .
b) segurando 0 cabo da moldeira firmemente, fOrl;amo-la para
baixo; como a ac;:aodo musculo bucinador deste lado esta livre a
borda da moldeira se destaca e assim conseguimos remover a
moldeira.
Exame do mo/d e
o molde deve apresentar a seguinte aspecto para ser conside-
rado satisfatorio:
a) apresentar todos os detalhes das formac;:oes anatomicas com
nitidez;
b) nao deve apresentar interrupc;:oes de material, zonas sem
material par excesso de compressao au par sobrextensao da mol dei-
ra, bolhas, fraturas etc.
c) deve apresentar a forma dos sulcos gengivogeniano e gen-
givolabial, com bordas arredondadas. regulares e lisas;
d) deve mostrar as negativos dos freios e bridas;
Os defeitos situ ados na zona do selado periferico podem ser
corrigidos, acrescentando cera de baixa fusao e remoldando a regiao.
Os defeitos da regiao principal de suporte nao devem ser retocados,
mesmo as pequenos, porque podem comprometer a assentamento
do molde.
No que concerne aos testes de travamento postero-anterior. tra-
vamento vertical e assentamento do mol de, sao as mesmos que des-
creve mas para a moldagem com compressao. Quanta a moldagem
complementar. do selado posterior, devera ser feita em todos as
casas e de maneira ja descrita.
o eter sulfUrico. embebido em algodao. se destina a remoc;:ao
da pasta zincoeugenolica endurecida nos dedos d o profissional au na
face do paciente.
MOLDAGEM SEM COMPRESSAO
MOLDAGEM FUNCIONAL DA MANDiBULA
Material e Instrumental
Necessitamos do seguinte material para a moldagem funcional
da mandfbula (Fig 10 34):
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da mandfbula (Fig 10-34):
Figura 10-34
Mater i al par a moldagem .
a) moldeira individual inferior de resina acrflica, ja ajustada aboca;
b) pasta zincoenolica (branca e vermelha);
c) placa de vidro;
d) espatula n.O 36;
e) cera de baixa fusao;
f) pincel.
Posic;oesdo paciente e do profissional
Tanto a posic;:ao do paciente como a do profissional saD como jadescrevemos na moldagem com godiva (Fig. 7-20).
Preparo do material
A manipulac;:ao do material e a colocac;:ao na moldeira saD feitas
da mesma forma que a descrita para 0 maxilar superior (Fig. 10-34).
Introduzimos a moldeira na boca do paciente, seguindo os passos
e cuidados ja descritos para a moldagem com godiva. Depois leva-mos os dedos, indicador e medio esquerdos, sobre 0 rebordo da
moldeira, na regiao dos pre-mol ares direitos e, com 0 polegar, apoia-
mos na base da mandibula. A seguir, colocamos os dedos da mao
direita sobre 0 rebordo esquerdo, nas mesmas posic;:6es.
Fazemos tambem a moldagem da mandibula com a pasta zinco-
eugenolica em um so tempo cllnico.
Inicialmente, realizamos a moldagem do corpo da mandibula.
Fazemos uma compressao oclusogengival, leve e uniforme sobre a
moldeira, ate sentirmos uma resistencia; entao sustamos a compres-
sao. Procuramos manter a moldeira nessa posic;:ao, imovel, por alguns
instantes, aguardando a reac;:ao quimica da presa inicial da pasta
zincoeugenolica. Quando esta adquirir certa consistencia e deixar
de ser pegajosa, come<;amos a moldagem da zona d o fecho periferico.
A moldagem da zona do selado periferico, tanto na parte lingual
como na vestibular, a sequencia dos passos, os movimentos das bo-
chechas, do labio e da lingua sao iguais aos descritos para a molda-
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gem com godiva. Difere apenas no que concerne aos intervalos entre
os passos de moldagem; com a pasta zincoeugenolica, e executada
em um tempo unico, isto e, retiramos a moldeira da boca, apenas
quando a moldagem estiver terminada.
Na moldagem do selado periferico vestibular, primeiro fixamos
a moldeira na boca, com os dedos indicador e medio esquerdos, co-
locados nas regioes dos pre-mol ares de cad a lado e 0 polegar na
base da mandfbula.
Com os dedos indicador e polegar direitos, distendemos a bo-
checha para cima e, a seguir, 0 labio. Trocamos as posi90es das
maos: apoiamos a moldeira com os dedos indicador e 0 medio direi-
tos, e, com 0 indicador e polegar esquerdos, distendemos a bo-
checha e 0 labio do outro lado para cima. Em continua9aO realizamos
a moldagem do selado periferico lingual. Para isso fixamos a mol-deira bilateralmente naquela posi9aO de moldagem do corpo da man-
dfbula. 0 paciente, entao, executara os movimentos da lingua que
SaD: para fora, para cima e para os lados, esquerdo e direito. Repe-
timos as manobras de moldagem do lado vestibular e lingual ate
que se verifique a presa final do material.
Terminamos, assim, a moldagem funcional com material funda-
mental. Removemo-Ia da boca, lavamos e passamos a examinar 0
molde.
As caracterfsticas de um mol de aceitavel SaD as mesmas que
descrevemos para 0 molde do maxilar superior.
Fazemos os testes funcionais do molde e a moldagem comple-
mentar, como descrevemos para a moldagem funcional, com a godiva.
Como vimos, a pasta zincoeugenolica e um tipo de material de
moldagem mediata: so conseguimos moldar um corpo atraves do
contacto demorado. Esse tipo de moldagem esta indicado para os
seguintes casos:
a) rebordo com as vertentes vestibular e lingual paralelas;
b) zonas de allvio situadas sobre 0 rebordo;
c) rebordo alveolar coberto com fibromucosa lisa e aderente;
d) rebordo alveolar revestido com fibromucosa flacida genera-
lizada.
Chamamos de moldagem mista aquela em que dois materiais
diferentes SaD usados como fundamentais.
Amoldagem mista tem por objetivo aproveitar as vantagens de
cada material, a fim de conseguir 0 maximo de reten9aO na moldagem.
As associa90es de materiais mais utilizados SaD combina90es
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As associa90es de materiais mais utilizados SaD combina90es
Indica~oes de moldagem mista
a) Rebordo alveolar com revestimento mucoso que apresenta
compressibilidades muito diferentes de um local para outro;
b) rebordo alveolar com 0 cordao fibroso movel;
c) rebordo alveolar de forma estrangulada;d) rebordo alveolar irregular;
e) quando nao conseguimos bons resultados com a moldagem
simples.
Como dissemos, a moldagem mista e uma tecnica que utiliza
dois materiais fundamentais diferentes: portanto, os passos, os cui·
dados e a execu<;:ao devem ser aqueles descritos para cad a tipo de
material.
Dessa maneira, achamos que e dispensavel a descri<;:ao minu-
ciosa das tecnicas. Diremos apenas que devemos realizar, primeira-mente, a moldagem completa com um tipo de material e, a seguir,
com esse molde servindo de moldeira individual, realizar a moldagem
funcional completa, com 0 segundo material. Apos os testes de re-
ten<;:ao e de estabilidade, terminamos a moldagem funcional, reali-
zando a moldagem complementar do fecho posterior com a cera de
baixa fusao (Fig. 10-35).
Figura 10-35
M o/dage m mis ta - go diva e past a zincoeugen6/ ica .
Na pratica, realizamos a moldagem mista utilizando a associa<;:ao
de godiva e pasta zincoeugenolica. A godiva e utilizada como 0 pri-
meiro material fundamental. Portanto, fazemos a moldagem com
aquele material, seguindo, passo a passo, a sequencia da tecnica
com compressiio.Logo, a seguir, realizamos a moldagem com pasta zincoeugenolica,
sobre 0 molde de godiva obedecendo, desta vez, a tecnica sem com-
pressiio.
MOLDAGEM FUNCIONAL COM BOCA FECHADA
MOLDAGEM PELA ACAO DOS LABIOS E BOCHECHAS
Esta tecnica de moldagem funcional foi preconizada por Swenson
e apresenta as seguintes caracteristicas:
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) ld i i di id i i i f i b
b) planos-de-cera confeccionados sobre as moldeiras individuais,
estabelecendo-se portanto a dimensao vertical de oclusao, previa-
mente;
c) na parte anterior dos planos-de-cera superior e inferior abre-se
uma janela para permitir os movimentos da lingua.
Tecnica de moldagem
Manipulamos a pasta zincoeugenolica e preen chemos as moldei-
ras superior e inferior.
Levamos as moldeiras a boca e com a propria compressao, de-
vido ao fechamento em oclusao, moldamos 0 corpo da maxila e da
mandibula, simultaneamente. Aguardamos alguns minutos nessa po-
si<;ao de oclusao, porem relaxando os musculos ate 0 infcio da rea<;ao
de presa do material.
Quando a mass a da pasta zincoenolica come<;a a tomar consis-
tencia e 0 momenta de pedirmos ao paciente para movimentar os
labios, as bochechas e a lingua, a fim de moldar 0 selado periferico,
vestibular e lingual. Os movimentos a serem solicitados sao:
a) contrair os musculos mfmicos esbo<;ando urn sorriso for<;ado;
b) contrair os orbiculares do labio como se fosse assobiar;
c) contrair 0 bucinador do lado direito;
d) contrair 0 bucinador do lado esquerdo;
e) projetar a lingua para fora;
f) levar a lingua para cima;
g) projetar a lingua para 0 lado direito;
h) projetar a lingua para 0 lado esquerdo.
Os movimentos sao repetidos ate que ocorra a presa final domaterial.
A seguir, realizamos os testes funcionais para verificar se ha
ou nao necessidade de fazer a moldagem complementar.
Usamos essa tecnica no casa de reembasamento de dentadura.Aproveitamos a dentadura a reembasar como moldeira individual, e
todos os atos operatorios de moldagem sao feitos na posi<;ao de oclu-
sao como vimos acima.
Semelhante procedimento, nesses casos, leva vantagem sobre a
tecnica de boca aberta no que concerne a manuten<;ao da oclusao.
MOLDAGEM FUNCIONAL POR SUCCAO E DEGLUTICAO
OS fundamentos empregados para a moldagem por suc<;ao sao
identicos aos da moldagem por a<;ao muscular, porem diferem daprimeira nos seguintes pontos:
a) as moldeiras individuais sao sem cabo e sem pianos de
oclusao;
b) as moldagens da maxila e da mandibula saD tomadas separa-
damente;
c) para a moldagem do selado periferico vestibular aproveita-
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d
d) para a moldagem do (ado lingual aproveitamos 0 ato de de-
gluti<;:ao;
e) a moldagem do corpo, tanto da maxila como da mandfbula, e
executada pela tecnica de boca aberta, isto e, pelo operador.
1. ALDRIVANDI, C. - D ent a dur as Camp/ et as - vol. I, 2.' ed. Edit. Cientifica,
Rio de Janeiro, pp. 213-221, 1960.
2. Idem - Ibidem, pp. 197-203.
3. BUCKLEY, G. A. - Diagnostic factors in the choice of impression materiaisand methods. J. Pros t h . Dent ., 5 (2): 149-161, March, 1955.
4. JAMIESON, C. H. - A complete denture impression technique. J. Pr o sth . D e nt ..4 (1): 17-29. Jan., 1954.
5. LEWIS, E. T. - A lower impression technique. J. Prosth . Dent .. 12 (4): 661-665,
Jul.. 1956.
6. SWENSON, M. G. - D e nt a dura s camp/etas. Trad., Univ. Tip. Ed. Hispano--Americana - Mexico, pp. 44-46.
7. WOELFEL,J. B. - Contour variations in impressions of one edentulous patient.J. Prosth . De n t ., 12 (2): 229-254, Mar.-Apr., 1962.
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Rela~iies In te rm axila res em Desdentados Com ple tos
Sob este titulo vamos estudar a dimensao vertical, plano-de-
-orientac;ao e relac;ao central dos indivfduos desdentados.
Chama-se "regiao protetica", na protese cllnica, a regiao do terc;o
inferior do rosto do paciente. Essa denominac;ao tern a sua razao de
ser porque a reconstituic;ao da plenitude facial depende, quase que
exclusivamente, dos trabalhos proteticos.
A operac;ao cllni·ca denominada tomada da dimensao vertical em
protese e aquela que trata do problema da localizac;ao da posic;ao
natural e conveniente da mandfbula, no senti do da altura da face. E a
operac;ao, que tern por objetivo fixar a posic;ao da mandfbula no sen-
tido anteroposterior e de lateralidade, chama-se determinac;ao da re-
lac;ao central.
o plano-de-orientac;ao serve para fixar essas posic;oes da mandf-
bula e transporta-Ias para 0 articulador.
Defini(:io
Na Odontologia, denomina-se dimensao vertical ao espac;o inter-
maxilar de urn indivfduo. Geralmente, os autores tomam como posi-
c;ao base aquela em que os musculos elevadores e abaixadores da
mandfbula se acham em estado de equillbrio. Oaf a definic;ao da di-
mensao vertical mais aceita pela maioria, embora, na realidade, nao
traduza 0 verdadeiro significado:
"Oimensao vertical e a posic;ao da mandfbula em que os mus-
culos elevadores e abaixadores estao em equillbrio"
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culos elevadores e abaixadores estao em equillbrio"
Ora, 0 espa90 intermaxilar que procuramos estabelecer num indi-
viduo desdentado total, para a confecc;:ao de uma dentadura completa,
nao a 0 que corresponde a posic;:ao de equilibrio muscular, mas, sim,
o espac;:o que corresponde ao afastamento intermaxilar, quando do
contacto dos dentes naturais superiores e inferiores, no estado de
oclusao. Essa posic;:ao da mandibula com os contactos de dentesque real mente precisamos para a confecc;:ao da dentadura recebe 0
nome de dimensao vertical de oclusao e a anterior, que corresponde
a posic;:ao de equilibrio muscular, de dimensao vertical de repouso.
A dimensao vertical de oclusao a tambam chamada de dimensao
vertical ativa. A denominac;:ao at iva provam do fato de os musculos
elevadores se encontrarem em atividade quando os dentes estao em
oclusao.
A posic;:ao de equi Iibrio muscular dos mlisculos mastigadores
depende de uma sarie de fatores, e, por isso mesmo, a muito dificil,
na pratica, obter a dimensao vertical de repouso. Por outro lado, haquem defenda 0 ponto de vista de que a posic;:ao de repouso muscular
nao existe, mas, sim, a de "tono muscular" que a um estado de equi-
Iibrio entre a contrac;:ao e 0 relaxamento muscular.
Os fatores que influem no repouso muscular sac: equilibrio da
cabec;:a; presenc;:a dos dentes naturais; cansac;:o muscular; estado
psiquico do paciente e 0 estado da articulac;:ao temporomandibular.
o equilibrio da cabec;:a a importante para a obtenc;:ao do repouso
muscular. A cabec;:a, no sentido anteroposterior, tem a sua parte an-
terior correspondente a 2/3 do peso total, e 0 1 /3 posterior se ap6ia
na primeira vartebra cervical, 0 atlas; para a cabec;:a se manter emvertical, os mlisculos posteriores do pescoc;:o contraem-se, equili-
brando assim 0 peso do 1/3 anterior da oabec;:a (Fig. 11-1).
Tambem a presen<;:a dos dentes naturais, que permitem a oclu-
sac normal, concorre para 0 equilibrio muscular, equilibrio esse que
obtemos a custa dos mlisculos elevadores e abaixadores. Os mus-
culos abaixadores comp6em-se de duas partes: supra-hi6ideo e infra-
-hi6ideo, as quais, por sua vez, tambem se equilibram.
o cansa<;:o muscular tende a levar os mlisculos a posi<;:ao de equi-
Iibrio; portanto, e um outro fator de equilibrio.
o estado psiquico do paciente, assim como 0 estado da articula-
<;:aotemporomandibular sac os fatores que atuam negativamente para
o equilibrio muscular, quando fogem da normalidade.
Figura 11·1
1. A98 0 d o s mus e u /o s
p o ste r i o r es do p e s e0 9 0. 2. Pes o
I I
~~ ~ _ I I
~ \ i
~i 0 \ :I I
I III •
\
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d 1/3 i d b 9
Espac;o funcional livre (EFt)
a espa<;o funcional livre ("free way space") e uma pequena dis-
tancia intermaxilar que corresponde ao deslocamento da mandibula,
da posi<;ao de dimensao vertical de repouso a dimensao vertical de
oclusao. Em outras palavras,0
espa<;o funcional livre e a diferen<;aentre a dimens'ao vertical de repouso (OVR) e a de oclusao (OVa).
OVR - ova =EFL
Esse espa<;o na altura dos incisivos e de 2 a 4mm, conforme 0
paciente. Landa encontrou 0 espa<;o funcional livre maximo de 3,67mm
e 0 minimo de 3,07mm e 3,3mm como valor medio.
A correta determina<;ao do espa<;o funcional livre na confec<;ao
de uma dentadura e indispensavel para 0 seu born funcionamento.
Quando 0 espa<;o e insuficiente, os dentes se tocam durante a con-
versa<;ao, prejudicando a pronuncia e provocando 0 cansa<;o dos mus-
culos de mastiga<;ao.
Quando 0 espa<;o e maior do que 0 necessario, a estetica fica
prejudicada e a pronuncia se torna sibilante.
A determina<;ao do espa<;o funcional livre constitui urn dos pro-
blemas das dentaduras, 0 qual ainda nao foi solucionado. Gada urn
dos metodos conhecidos mostra lJm prop6sito serio dos autores em
soluciona-Io, porem, a natureza do problema nao permite urn resul-
tado exato do ponto de vista cientifico.
Silverman observou que 0 espa<;o funcional livre (EFL) era dife-
rente do espa<;o funcional de pronuncia (EFP), 'Pois 0 primeiro ocorrequando os musculos elevadores e abaixadores da mandibula estao
em estado de tono muscular, enquanto 0 segundo e verificado, quan-
do os mesmos musculos estao em atividade fonetica. Em consequen-
cia, a varia<;ao do EFP dependia menos do paciente do que a do
EFL. porque ele perde 0 controle muscular voluntario durante a
fona<;ao.
a trabalho de Yasaki, realizado em 1961, demonstrou que 0 EFL
nao se limitava a varia<;ao de 2 a 4mm, aceito pela maioria dos auto-
res. Na pesquisa realizada, constatou que, depend endo do estado de
relaxamento muscular do paciente, aquele espa<;o poderia chegar a10mm. Lins Villa<;a, realizando tambem urn trabalho no mesmo cam-
po, notou que 0 EFL era urn fator instavel e variavel e que 0 EFP era
mais estavel e mais constante. Encontrou a media de 2,9mm com
varia<;oes dentro de limites minimos.
Em 1946, Thompson apresentou urn trabalho sobre a imutabili-
dade da dimensao vertical de repouso, baseado em observa<;oes e
medi<;oes realizadas durante0
crescimento da face ate a senilidade.a autor observou que existe uma rela<;ao constante, entre as
distancias nasio e subnasio, gonio e nasio num individuo, ao longo
do desenvolvimento da face que persiste, proporcionalmente, na idade
madura. Oai as conclusoes a que chegou:
a) a OVR e imutavel num individuo;
b ) a OVR se instala aos tres meses de vida intra-uterina e, pro-
porcionalmente nao se altera ao fango da ida
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porcionalmente nao se altera ao fango da vida;
c} a DVR nao depende da presen<;a dos dentes;
d}a distancia nasio-subnasio e igual a 49,5% da distancia na-
sio-gonio.
A dimensao vertical de que precisamos na confec<;ao da denta-
dura e a de oclusao. A determina<;ao dessa medida e diflcil porquedepende dos arcos dentais e 0 paciente e desdentado completo. as
metodos existentes na epoca, de determina<;ao da dimensao vertical
de oclusao, nao erampraticos e os resultados duvidosos.
a trabalho de Thompson veio abri( um novo caminho ao estudo
da dimensao vertical, visto que introduziu a rela<;ao de proporciona-
lidade anatomica para a sua determina<;ao. A tecnica em si se funda-
menta em bases muito simples: se a posi<;ao de dimensao vertical
de repouso e determinavel pela rela<;ao apr:esentada e, se, por outro
lado, 0 espa<;o funcional livre e conhecido como sendo de 3,3mm
basta aplicar a equa<;ao abaixo para ter a dimensao vertical de
oclusao.DVR-DVO EFL
DVO=DVR EFL
Sabemos que esse metodo nao tem fundamento cientifico, pois,
com ele, nao conseguimos um resultado exato. Porem, e um metodo
pratico e de facil aplica<;ao.
As investiga<;oes recentes vieram mudar esse conceito de di-
mensao vertical, estabelecido por Thompson. Muitos trabalhos foramrealizados nesse campo. Podemos destacar 0 de Ducan e Willian
que, por meio de radiografias, demonstraram a mutabilidade da di-
mensao vertical de repouso, quando os pacientes perdem todos os
dentes. A DVR de um paciente desdentado e menor do que a DVR
desse mesmo paciente quando possuia seus dentes naturais.
Swerdlow, estudando tambem as varia<;oes da DVR e da Dva em
pacientes portadores de dentadura imediata, chegou as seguintes
conclusoes:
a) comparando a DVa tomada antes da extra<;ao dos dentes coma obtida semanas ap6s a coloca<;ao da pr6tese, notou a segunda di-
minuida;
b} confrontando os dados obtidos depois de algumas semanas
com os conseguidos depois de seis meses, verificou que ainda es-
tavam menores;
c} notou que a Dva do portador de dentadura imediata bimaxilar
diminuia duas vezes mais do que a do portador da dentadura uni-
maxilar.
Por outro lado, Yasaki, estudando 0 espa<;o funcional livre nos pa-cientes com os dentes naturais, considerou como importantes tres
espa<;os livres e denominou-os de:
EFL de 1.° grau, quando os arcos estao afastados de 1 a 1,5mm.
EFL de 2.° grau, quando os arcos estao afastados cerca de 3 mm.
EFL de 3.° grau, quando os arcos estao afastados mais de 6 mm.
A rigor, ainda devemos considerar em um paciente mais duas
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A rigor, ainda devemos considerar em um paciente mais duas
A dimensao vertical maxima e a posic;:ao da mandibula que cor-
responde a abertura maxima da boca. Essa dimensao tern muita im-
porUlncia no diagn6stico dos distLirbios da ATM.
A dimensao vertical mInima e a posic;:ao da mandibula que cor-
responde ao fechamento maximo da boca num indivlduo desdentadototal.
DETERMINACAO DA DIMENSAO VERTICAL (DV)
Existem muitas tecnicas para a determinac;:ao da dimensao ver-
tical dos pacientes desdentados, baseadas em diferentes pontos de
vista. Essas tecnicas podem ser agrupadas em duas categorias, se-
gundo a dimensao vertical que se procura.
o primeiro grupo determina a posic;:ao de dimensao vertical de
oclusao diretamente, e 0 outro estabelece, inicialmente, a dimensaovertical de repouso para depois chegar na dimensao vertical de
oclusao.
Dentre as principais tecnicas que determinam a dimensao ver-
tical de oclusao diretamente, podemos citar: os metodos de Boos,
de deglutic;:ao ou de Monson e 0 da mascara facial.
No segundo grupo podemos citar: 0 metodo de Willis, 0 fotogra-
fico ou de Wright, 0 do paralelismo dos rebordos ou de Sears, 0 da
aparencia facial ou de Turner e Fox, 0 do repouso muscular de Gerson
Martins, 0 metoda proporcional de Brodie e Thompson e 0 foneticode Silverman.
Metodo de Boos
o autor parte do princlpio de que, quando a mandlbula e levada
a posic;:ao de dimensao vertical de oclusao, os musculos elevadores
estao na posic;:ao exata de desenvolverem a sua potencia maxima de
mastigac;:ao. Dessa maneira, essa tecnica utiliza urn aparelho cha-
mado bimeter, que e urn dinamometro, e determina esse estado.
o aparelho bimeter e fixado nas bases de prova, nas regi6es
dos pre-mol ares e e levado a boca. 0 paciente executa, a seguir, 0
movimento de fechamento com toda a forc;:a, e 0 profissional, lendo
o ponteiro do aparelho, localiza a posic;:ao de maior potencia mus-
cular.
Metodo de degluti«;ao
Ha urn grupo de autores para os quais as posic;:6es de dimensao
vertical de oclusao e a de relac;:ao central estao no mesmo afasta-
mento intermaxilar. Com efeito, ,estudos realizados no setor da fisio-
logia do movimento mandibular demonstraram que 0 ato de deglutic;:aoleva a mandibula a posic;ao chamada de relac;ao central. Assim, grac;as
a deglutic;ao, podemos chegar a posic;ao de dimensao vertical de
oclusao. Essa foi a ideia de Monson que, pela primeira vez, aprovei-
tou 0 ato de degluti<;:ao para determinar a dimensao vertical de oclu-
sao e a de rela<;:ao central ao mesmo tempo.
Teoricamente consiste no seguinte: levamos a boca os planos-
d d l i di i d l i A
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d t d l ti di i t d l ti A
Tecnica da mascara facial
A mascara facial e usada para a determinac;:ao da dimensao ver-
tical de oclusao, nos pacientes com os dentes naturais condenados.
Nesses casos, moldamos 0 ter<;o inferior do rosto com a mandibulaem ova e confeccionamos uma mascara de resina incolor. Oepois
da extrac;:ao total dos dentes, na fase de confecc;:ao dos planos-de-cera,
a ova e estabelecida por meio de mascara transparente. Assim, os
planos-de-orientac;:ao ficam na altura da dimensao vertical de oclusao.
Tecnica de Willis
Willis observou que a distancia entre 0 canto do olho a comis-
sura labial era iguaI a distancia entre a base do nariz ao mento, no
paciente normal em posic;:ao de repouso muscular.A determin1:!c;:ao da dimensao vertical por esse metodo, no des-
dentado, consiste em aproveitar a relac;:ao de igualdade entre a dis-
tancia da base do nariz ao mento e da comissura labial ao canto do
olho.
Para medir essa distancia Willis ideou urn compasso em forma
de letra "L", com uma pequena haste movel, que corre ao longo do
corpo do compasso.
Segurando na haste longa, colocamos a haste menor ao nivel do
canto do olho, e a haste movel, na altura da comissura labial e imo-
bilizamo-la com 0parafuso.
A distancia assim obtida, com 0 compasso de Willis, equivale adimensao vertical de repouso.
Metodo fotogriifico
Medimos a distancia interpupilar do paciente desdendato (A) e
a mesma distancia na fotografia do paciente, antes de perder os
dentes (B). Oepois, mensuramos a distancia que vai do mento a basedo nariz, na fotografia (e). Essa distancia, no paciente desdentado
e a incognita (X). Oiante disso, podemos armar a seguinte equac;:ao:
A--B
x--c
XB = A C
AC
X = -- = Dimensao vertical
B
Metodo de Sears
Seg\ .lndo Sears, quando os rebordos alveolares superior e infe-
rior, na porc;:ao posterior, estao paralelos, a mandibula estara na po-
sic;:ao de dimensao vertical.
Metodo de Turner e Fox
Na opiniao de Turner e Fox, a guia mais segura para a determi-
nac;:ao da dimensao vertical e a reconstituic;:ao facial as pontos de
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nac;:ao da dimensao vertical e a reconstituic;:ao facial as pontos de
Metodo de Gerson Martins
a presente autor idealizou urn dispositivo composto de duas
partes: uma e fixada na base-de-prova inferior e a outra na base-de-
-prova superior. A pe~a destinada a mandfbula e composta de tres
estojos e a destinada a maxila de tres estiletes.Na prcHica. manipulamos 0 gesso comum, preenchemos os esto-
jos e levamos as bases-de-prova a boca. Oeixamos 0 paciente em
posi~ao de repouso. a gesso do estojo, ao cristalizar-se, fixa 0 esti-
lete na posi~ao de dimensao vertical de repouso.
Metodo -de Brodie e Thompson
Como vimos atras, Brodie e Thompson elaboraram a teoria da
imutabilidade da dimensao vertical de repouso, isto e, que urn indi-
vfduo conserva, ao longo da vida, uma proporc;ao constante entre as
distancias nasio-subnasio e nasio-gonio. Notaram nesse trabalho que
a distancia nasio-subnasio equivale a 49,5% da distancia nasio-gonio.
Na pratica, para determinarmos a dimensao vertical de repouso,
basta medir a distancia nasio-subnasio do individuo desdentado e
armar a proporc;ao:
Oistancia nasio-gonio
A = distancia nasio-subnasio
X = distancia subnasio-gonio
100%
49,5%
OVR
Metodo fonetico
a metoda fonetico foi introduzido por Silverman. Em 1953, 0
citado autor apresentou a tecnica de determina~ao da ova atraves
do espac;o funcional de pronuncla, isto e, baseado na posi~ao fisio-
16gica da mandfbula durante a fala.
Verificou que, quando 0 paciente pronunciava palavras sibilantes,
repetidas vezes, como "Mississipe", a mandfbula se deslocava, for-mando um espac;o interoclusal ao que chamou de e sp ac ;o fun c i onal
de p ro nu nci a . abservou ainda que 0 EFP nao era 0 mesmo que EFL,
pois urn era resultado da atividade muscular e 0 segundo devido ao
relaxamento muscular; que 0 primeiro era urn espac;o mais constante
e 0 outro mais variavel.
Ap6s 0 trabalho de Yasaki, apresentado em 1962, demonstrando
que 0 EFL variava de 1 a 10mm, os protesistas comec;aram a aceitar
o EFP como uma referencia mais segura para a determinac;ao da
ova do que 0 EFL.
Tecnica de determinac;io da D.V.O.
Na clfnica protetica, da Oisciplina de Pr6tese Total, adotamos
o metoda de Lytle modificado pelo autor para a determina9ao da
dimensao vertical de oclusao. Consiste no seguinte:
a) deixamos 0 paciente completamente a vontade para conseguir
a posic;ao de repouso muscular;
b) com 0 compasso de Willis medimos a distancia que vai do
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b) com 0 compasso de Willis, medimos a distancia que vai do
c) diminuimos 3mm (EFP) do valor encontrado; calibramos 0 com-
passe de Willis com esse novo valor, 0 qual correspondera a ova dopaciente;
d)confeccionamos os planos-de-cera com 0ova do compasso de
Willis;
e) fazemos a reavalia<;ao da ova com os planos-de-cera insta-
lados no paciente, considerando os fatores: estetica e fonetica.
A dimensao vertical estara correta, do ponto de vista estetico,
quando 0 aspecto facial for normal, repousante e harmonioso. 00
ponto de vista da fonetica, a ova estaracorreta quando no teste com
os fonemas s'ibilantes como "Mississipe" "sessenta e seis" abrir entre
os planos-de-cera superior e inferior, urn espa<;o de 3mm que e 0
EFP. Nesse teste, convem lembrar que nao sedeve levar em cons i-
dera<;aoa pronuncia clara das palavras, visto que a lIngua fica tolhida
com 0volume dos roletes de cera.
PLANO.DE.ORIENTA<;AO
a plano-de-orienta<;ao, constitufdo de base-de-prova e plano-de-
-cera, destina-se a registrar todos os dados referentes a rela<;ao in-
termaxilar necessarios a confec<;ao de uma dentadura. Esse plano-
-de-cera, depois de registrados os dados, orienta os passos de con-fec<;ao; daf vem a denomina<;ao "plano-de-orienta<;ao".
Base·de.prova
A base-de-prova e a base provisona de uma dentadura, prepa-rada sobre 0 modele funcional, com material adequado, que permite
a realiza<;ao de todas as opera<;oes previas para a confec<;ao, semse deformar ou romper-se.
A base-de-prova pode ser confeccionada em placa-base e em
resina acrflica.
A placa-base, substancia termoplastica de composi<;ao resinosa,
apresenta-se em laminas de 1mm de espessura, nas cores marrom
e r6sea.As bases-de-prova de placa-base tem algumas vantagens, tais
como: simplicidade na confec<;ao e custo m6dico; porem, as desvan-tagens sac de tal ordem que contra-indicam 0 seu uso.
As principais desvantagens das bases-de-prova de placa-basesao: deforma<;ao, friabilidade, empenamento e adapta<;ao imperfeita.
Nas bases-de-prova de resina acrflica, encontramos todas as
qualidades necessarias para a execu<;ao dos trabalhos clInicos, quais
sejam: ajuste perfeito na boca, resistencia aos choques e indefor·
mabilidade. Tratando-se de resina de autopolimeriza<;ao, podemos
ainda acrescentar, como vantagens, 0 aproveitamento do modele fun-cional, a simplicidade e a rapidez da confec<;ao.
Adotamos a base-de-prova de resinaacrflica de autopolimeriza-<;ao incolor, confeccjonada diretamente sobre 0 modele funcional.
Confec~ao da base·de·prova
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M i l I l
a) modelo funcional;
b) isolante de resina acrilica;
c) pincel de tamanho medio;
d) resina de autopolimerizac;ao (monomero e polfmero) incolor;
e) pote com tampa e pote Dappen;
f) espatula n.O31 e Le Cron;g) pedra montada para resina acrilica;
h) cera rosa;
i) tira de lixa;
j) mandril para lixa.
Tecnica d e confec~io
Realizamos os alivios das zonas retentivas do modelo preen-
chendo-as com cera rosa fundida. Removemos os excessos com a
espatula Le Cron e alisamos a superficie da cera.Inicialmente, passamos em toda area chapeavel do modelo uma
camada de isolante com um pincel. A seguir, num tamanho medio da
area chapeavel, colocamos 6cm3 de polfmero no pote e saturamo-Io
com monomero. Misturamos a resina com espMula n.O31 e passamos
a adaptac;ao sobre 0 rebordo alveolar do modelo. Como a resina esta
ainda pouco consistente, ela tende a se escoar e preencher as
regi6es dos sulcose palato. Para que isso nao acontec;a, da-se incli-
nac;6es convenientes ao modelo, procurando cobrir toda a area cha-
peavel com camada uniforme. Em continuac;ao, acrescentamosa
primeira uma nova camada de resina e teremos uma espessura sufi-
ciente para a base-de-prova. Aguardamos alguns minutos, ate que se
complete a polimerizac;ao da resina.
Nos dias de muito calor, quando 0 processo de reac;ao quimica
do monomero com 0 polimero for muito rapida, diminuindo 0 tempo
de trabalho, podemos agregar 0 monometro de lenta polimerizac;ao ao
de rapida, na proporc;ao de 1/3, no ato da manipulac;ao da resina.
Obtida a polimerizac;ao, removemos a base-de-prova do modelo,
com muito cuidado para nao fraturar a mesma e tambem 0 modelo.
Com uma pedra montada. eliminamos os excessos e arredondamos
as arestas cortantes das bordas. Desgastamos depois a superficie,
ate conseguirmos uma base-de-prova lisa e com espessura uniforme
de 1mm, aproximadamente.
a plano-de-cera e uma muralha de cera adaptada a base-de-pro-
va, onde registramos as relac;6es intermaxilares de interesse prote-
tico. a fim de orientar os passos da confecc;ao da dentadura.Nos planos-de-cera, devem ser registrados os seguintes dados
da relac;ao intermaxilar:
a) dimensao ver,tical 'de oclusao;
b) a forma do arco dental;
c) 0 limite vestibular do arco;
d) a curva de compensac;ao anteroposterior e vestibulolingual;
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) p ; p g ;
Confecc;ao dos planos-de-cera
Material e Inst r umental
Para a confec<;ao dos planos·de-cera, necessitamos dos seguintes:
a) compasso de Willis;
b) tres laminas de cera rosa n.o 7;
c) espMula n.O31;
d) espatula Le Gron;
e) lamparina a alcool:
f) vaselina (Fig. 11-2);
g) placa de vidro.
Figura 11-2
Mater ial necessar io.
Tecni c a de conf ec r; a o d o plan o -d e -cera superi o r
a) Tomamos uma lamina de cera e plastificamos, sobre a cha-
ma, uma faixa de 1cm ao longo do seu comprimento, fazendo movi-
mentos de uma extremidade a outra, ate que, tornando plastica, co-
mece a se dobrar. Nessa altura, retiramos da chama e, com os dedos,
completamos 0 dobramento. A seguir, aquecemos a faixa seguinte edobramos novamente assim, sucessivamente, ate obtermos um rolete
de cera plastica.
b) Levamos novamente 0 rolete a chama, e dobramos ao meio
para diminuir 0 comprimento e ganhar na espessura. Adaptamos a
seguir 0 rolete ao rebordo da base-de-prova e 0 fixamos, dando-I he
a forma do arco dental.
c) Golocamos 0 plano-de-orienta<;ao assim esbo<;ado na boca, a
fim de ser estabelecida a altura. Normalmente, 0 plano-de-cera devera
ficar 2mm abaixo do tuberculo do labio, na regiao mediana anterior
e, lateral mente, na altura das comissuras labiais. Podemos marcar
com a espMula Le Gron as citadas referencias e depois comprimi-
mo-Io sobre a placa de vidro, ate chegar na altura desejada. Tambem
podemos acertar a altura, no proprio paciente comprimindo a cera
com 0 indicador; 0 dedo indicador, comprimindo 0 plano-de-cera, na
parte anterior, de uma comissura a outra (Fig. 11-3).
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Figura 11-3
M ar cando a altura do
pl a no - d e- cera na regia o
ante r omed i ano
Figura 11-4
f mprimind o a cur va d e comp e n s a c ;a o .
A seguir, passamos para a conformal;ao da curva oclusal posterior.
Na placa de vidro e tomando por base a altura das regi6es dos ca-
nin os ja registrada, comprimimos as partes posteriores do rolete de
cera com movimento de rotal;ao para posterior. Imprimimos, assim,
uma curva de compensal;ao anteroposterior arbitraria (Fig. 11-4).
e) A superflcie oclusal, do plano-de-cera, uma vez posicionado na
boca do paciente, devera ficar com a seguinte oriental;ao: na parte
anterior, 2mm abaixo do tuberculo do labio; dos lados, a altura dascomissuras e nas partes posteriores, descrevendo uma curva antero-
posterior em direl;ao aos condilos.
f) Depois e dada a conformal;ao da face vestibular. A definil;ao
do contorno vestibular anterior e baseada na estetica, procurando-se
dar um suporte adequado ao labio superior. Quanto a regiao poste-
rior, alem do suporte, as bochechas, deve-se atentar para que fique
em harmonia com a inclinal;ao da linha intermaxilar. Portanto, os
excessos serao eliminados e acrescidos, onde for necessario, de
forma que uma superflcie fique lisa e plana, com ligeira projel;ao
para vestibular.
g) Depois a parede palatina do plano-de-cera deve ser recortada
com espatula Le Cron para estabelecer a largura de 12mm de uma
extremidade a outra. A seguir, com uma espatula n.O31 aquecida, as
superficies serao uniformizadas e alisadas.
h) Quanto ao comprimento do plano-de-cera, normal mente, vai
de uma tuberosidade a outra, cobrindo-as, pelo menos em parte.
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Terminada a confec~ao do plano-de-cera superior, passamos,
imediatamente a obten~ao do plano inferior. Antes, porem, temos que
determinar a dimensao vertical de oclusao.
Determinac;ao da dimensao vertifical de oclusao
Inicialmente, determinamos a dimensao vertical de repouso com
o auxflio do compasso de Willis, at raves das seguintes opera~6es:
a) colocamos a cabe~a do paciente na posi~ao de perfeito equi-
Ifbrio no senti do anteroposterior e de lateralidade, a custa de con-
tra~ao dos musculos posteriores do peSC090;
b) instrufmos para que fique olhando para a frente na mesma
altura;
c) pedimos que rei axe os musculos elevadores e abaixadores,
respirando lenta e profundamente;d) obtido 0 relaxamento muscular, com 0 compasso de Willis
medimos a distancia entre a base do nariz e 0 mento, que corres-
ponde a dimensao vertical de repouso;
e) subtrafmos da medida obtida 3mm, que corresponde ao espa~o
funcional de pronuncia, e com 0 valor achado, que representa a di-
mensao vertical de oclusao, deixamos 0 compasso de Willis ajustado.
TECNICA DE CONFEC<;AO DO PLANO-DE-CERA INTERIOR
a) Tomamos uma lamina de cera, plastificamo-Ia e, obedecendo
aos cuidados vistos para 0 plano superior, confeccionamos 0 rolete.
Passando rapidamente sobre a chama e adaptamo-Ia ao rebordo da
base-de-prova inferior, levamos, a seguir, imediatamente a boca do
paciente. Colocamos tambem 0 plano-de-orienta~ao superior com a
superHcie oclusal do rolete de cera untada ligeiramente em vaselina.
b) Tomamos 0 compasso de Willis, calibrado em DVO e adapta-
mos a haste inferior no mento e solicitamos ao paciente que feche a
boca lentamente. 0 plano-de-cera inferior, como esta plastico, vai
cedendo a compressao do plano superior. Quando a haste superior do
compasso tocar na base do nariz, sustamos 0 movimento (Fig. 11-5).
Figura 11-5
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g
c) A face oclusal do plano-de-cera inferior, com a compressao,
por estar plastica, amolda-se a face correspondente superior, que
nesse momenta ja esta completamente endurecida. Removem-se da
boca os planos-de-cera unidos. Ainda sem separar, da-se a confor-
ma<;:ao vestibular e lingual, tendo por base 0 plano-de-cera superior.
d) as planos-de-cera, depois, saD instalados no paciente. Na boca
entreaberta a superficie oclusal do plano-de-cera devera ficar ao nf-
vel do labia inferior; na pronuncia de palavras sibilantes como ses-
senta e seis, devera formar, entre os pianos, 0 espa<;:o de 3mm que
13 0 EFP.
CURVA DE COMPENSA<;AO
as estudos da curva de compensa<;:ao e 0 seu significado meca-
nico em dentaduras artificiais remontam aos trabalhos de Bonwill.Esse autor descreveu a disposi<;:ao dos dentes naturais em curva e
denominou-a curva vertical. Na confec<;:ao de dentaduras, recomen-
dava aquela disposi<;:ao, visto que observou uma grande influencia
na estabilidade.
Em 1890, Spee relacionou a curva anteroposterior do arco dental
com a inclina<;:ao da cavidade glen6ide. Assim, em homenagem a ele,
a curva recebeu seu nome.
Em 1910, Gysi, estudando os problemas da curva de compensa-
<;:ao, notou que havia uma outra curva, no sentido vestibulolingual.
Mais tarde, Monson verificou que a curva vestibulolingual, assim como
a anteroposterior, coincidia com uma calota de esfera de 8 polega-
das de diametro.
Essa curva frontal 13 conhecida com 0 nome de curva de Monson.
Avery em 1930, e Pleasure em 1937, estudando a curva vestibu-
lolingual, observaram curvas opostas a de Monson, isto 1 3 , encontra-
ram a curva com inclina<;:ao para vestibular. Essa curva 1 3 conhecida
com 0 nome de curva anti-Monson ou curva de Avery.
Mais tarde, em 1954, Graty, pesquisando a mesma curva, notou
que tanto Monson como Avery tinham razao, pois encontrou nao s6
as curvas descritas por eles, como ainda uma terceira, que era reta,
zero ou plana. Assim, chamou de curva, positiva a curva Monson;
curva negativa a de Avery e de curva zero, a plana.
Quanto a rela<;:ao da cavidade glen6ide com a curva de com pen-
sa<;:ao, nem todos aceitam a ideia de Spee, embora defendida por
Gysi, Hanau e outros. Hall, Monson, Villain, Wadsworth etc. acham que
a curva de compensa<;:ao e a cavidade glen6ide saD entidades distin-tas e que nao guardam rela<;:ao na mecanica mandibular.
A obten<;:ao da curva de compensa<;:ao pode ser feita por metodos
mecanicos e fisiol6gicos.
d
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o d i i d W lk G i H
Gysi, por exemplo. adotou as seguintes particularidades para
obter aquela curva:
a) 0 plano-de-cera sem curvatura ou em curva zero;
b) 0 I pre-molar superior atinge 0 plano inferior apenas com acuspide vestibular;
c) 0 II pre-molar superior apoia as duas cusp ides no plano;
d) 0 I molar superior tern contacto com tres cuspides: meso-
vestibular, mesopalatina e distopalatina;
e) 0 II molar superior so toca a cuspide mesopalatina.
Ha urn segundo grupo de autores que. embora pertenyam a cor-
rente mecanica, diverge do anterior. E representado por Christensen,
Monson, Wadsworth e outros. que dao a conformayao da curva de
compensayao do rolete de cera no proprio articulador.
Quanto ao metodo fisiologico. foi introduzido por Paterson em
1923. Segundo Hanau, por mais que se aperfeiyoe 0 articulador, este
nunca reproduzira os movimentos como sao no vivo. Paterson, diante
dessa afirmayao de Hanau, teve a ideia de obter a curva de compen-
sayao diretamente do paciente.
Para isso, confeccionou os planos-de-cera e os preparou com urn
material abrasivo. Apos 0 desgaste realizado pelo paciente, fisiolo-
gicamente. notou que a superficie oclusal mudava. formando uma
leve curvatura anteroposterior e vestibulolingual. A essa curvatura.
chamou de "curva d e compensa9iio individual".
Mais tarde, em 1928, 0 proprio autor notou que se fosse impri-
mida uma curva anteroposterior inicial. facilitaria os movimentos e
a curva se evidenciaria mais.
Esse processo de obter a conformayao da curva de compensayao
pelo proprio paciente. realizando 6s movimentos fisiologicos, e co-
nhecido como Tecnica de d esgast e de Paterson.
Importancia da curva de compensa.;ao
Se os condilos. durante a abertura da boca, executassem 0 mo-
vimento de Bonwill, isto e. postero-anterior no sentido horizontal,
como nos roedores, nao haveria necessidade da curva de compensa-
yao anteroposterior, nas dentaduras. porque os condilos nao sofre-
riam 0 abaixamento. Mas, como sabemos, os condilos executam 0
movimento de Walker, para frente e para baixo; dal a necessidade de
compensar 0 abaixamento dos condilos. Essa compensayao se faz
atraves da curva anteroposterior. Na falta da curvatura, durante aprotrusao havera perda de contacto entre os dentes superiores e infe-
riores nas regi6es posteriores. Foi Christensen quem observou esse
fato pel a primeira vez e, por isso, em sua homenagem, e conhecido
como fenomeno de Christensen. a perda de contacto das extremida-
des posteriores durante 0 movimento de protrusao (Fig. 11-6).
No movimento de lateralidade, se nao existisse a inclinayao da
id d l id tib l li l h bl h i
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cavidade glenoide vestibulolingual como nos herblvoros nao haveria
Figura 11-6
1. E m oclu sfi o .
2 . E m protrus fi o .
3 . Fen 6 m e n o de Christense n .4 . Pr ot rus fi o com curva
d e c ompensat; fi o .
Figura 11-7
1. Oc l us fio .
2 . Lat eralid a de .3. Later a J i dad e.4 . Lat e r a Ji dad e .
DETERMINACAO DA CURVA DE COMPENSACAO PELATECNICA DE PATERSON
A superficie oclusal do arco dental nao se apresenta horizontal
e plana, mas com uma curvatura caracteristica, denominada de curva
de compensac;ao. Esta, comec;a na altura dos caninos e segue comcurvatura nos sentidos sagital (anteroposterior) e transversal (vesti-
bulolingual).
No sentido sagital, a curva guarda relac;ao com a inclinac;ao da
vertente anterior da cavidade glen6ide e no sentido transversal, com
a inclinac;ao da parede interna da mesma cavidade.
A curva sagital, anteroposterior, e denominada curva de Spee,
e a curva transversal, vestibulolingual, curva de Monson ou curva
de Wilson.
A tecnica para determinac;ao da curva de compensac;ao indivi-
dual, adotada na disciplina, foi idealizada por Paterson, e dai 0nome
de desgaste de Paterson para denominar a serie de operac;6es clini-
cas que procura individualizar a curva de compensa£;iio atraves dos
movimentos executados pelo pr6prio paciente.
Material e Instrumental
a) Instrumento para abrir canal eta;
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b) b i (20% d 6 d " b d " 80% d
c) gral de borracha;
d) espatula para gesso;
e) espatula Le Cran;
f) espatula n.O31.
Preparo dos planos-de-cera
a) Abrir uma canaleta de 6mm de largura por 6mm de profundi-
dade com 0abridor de canaleta, nas superffcies oclusais dos planos-
-de-cera superior e inferior. A canaletadevera ser retentiva e a espes-
sura das paredes vestibular e lingual de 3mm. As paredes internas
devem ser paralelas entre si e perpendiculares ao soalho, e as su-
perffcies, regulares e lisas (Fig. 11-8).
Figura 11-8
P/anos - de-cera com as cana / etas .
b) Manipula-se 0 material abrasivo com agua, obtendo-se uma
mistura relativamente espessa"e preenchem-se as canaletas com essa
mistura, sob vibra<;ao; depois cobre-se toda a superffcie oclusal dos
planos-de-cera de modo que fique um excesso de 2mm de espessura
(Fig. 11-9).
Figura 11-9
Cana/ e t as pree n ch i d a s co m
o m ater ial a b rasivo .
Desgaste de Paterson
Ap6s a cristaliza<;ao, 0 material abrasivo e hidratado e os pla-
nos-de-orienta<;ao sao instalados na boca do paciente. Para dar infcio
ao desgaste, e preciso observar se as faces oclusais estao contac-
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Visto isso, solicita-se ao paciente que desgaste 0 abrasivo, rea-
lizando movimentos de protrusao e retrusao, lateralidade para um
lado e depois para outro lado, continua e normal mente, sem fon;:ar.
a desgaste sera sustado quando os planos-de-cera retornarem a ova.
Durante 0 desgaste, os planos-de-cera, serao removidos varias vezes,
para eliminar 0 material desgastado, observar 0 andamento do des-gaste e a dimensao vertical.
abservando-se as superffcies oclusais dos planos-de-cera ap6s
a desgaste de Pater son, pode-se notar que 0 material abrasivo nao
sofreu 0 desgaste de maneira uniforme: em algumas regi6es, parte
do abrasivo permaneceu, em outras, foi desgastado completamente
e ainda em outras a pr6pria cera foi desgastada. Portanto, a curva-
tura que foi imprimida arbitrariamente sobre a placa de vidro tor-
nou-se individual. Dai 0 nome de "curva de compensac;ao individual"
para essa superffcie modificada fisiologicamente pelo rogamento das
superffcies oclusais dos planos-de-cera em consequencia dos movi-
mentos realizados pelo pr6prio paciente (Fig. 11-10).
Figura 11-10
Curva de compensar ;8oindividualizada pela tecnica
de Peterson.
Feito 0 desgaste do material abrasivo, tragam-se as linhas de
referencias que orientarao a selegao e, posteriormente, a montagemdos dentes e a escultura da parte gengival. Para isso, os planos-de-
-orientagao saD novamente instal ados na boca e, com a espatula Le
Cron, tragam-se a linha mediana, linha alta ou do sorriso e as linhas
dos caninos (Ver capitulo 14).
a conceito de relagao central, como afirma Robinson, e muitovago em dentaduras completas. Sears, por exemplo, leva em consi-
deragao a posigao da mandibula em relagao ao maxilar superior, em
geral. Thompson, por outro lado, relaciona-o nao s6 com a oclusao
dos dentes, mas tambem com a relagao maxilomandibular. na posi-
gao de oclusao normal e funcional.
Na opiniao de Walker, ha dois conceitos distintos de relagao
central: fisiol6gico e mecanico
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central: fisiol6gico e mecanico
o conceito fisiologico da rela9ao central admite a fun9ao neuro-
muscular como 0 fator dominante na determina9ao da relac;:ao central,
atraves dos seus movimentos. E 0 conceito mecanico leva em con-
siderac;:ao a p o sic;:ao do condilo na cavidade glenoide.
Definic;ao
Para a Academia de Protese Dentaria dos Estados Unidos da
America do Norte, a Relac;:ao Central e a posic;:ao mais retrusiva, nao
forc;:ada, do condilo dentro da cavidade glenoide, da qual a mandfbula
pode executar os movimentos de lateralidade e de abertura, livre-
mente.
TECNICAS DE DETERMINAc;.lO DE RELAc;.lO CENTRAL
Existem varias tecnicas de determinac;:ao da relac;:ao central, como
veremos a seguir:
Met od o s m ec ani c o s
a) Metodos extra-oral:
- com uma pua;
-: com duas puas;
- com pressao equilibrada.
b) Metodo intra-oral:
- com pua central;
- com puas perifericas.
c) Outros metodos.
Metodos fisiol6 g icos
a) Metodos de degluti9aO:
- sem estabilizador;
- com estabilizador.
b) Contra9ao dos mLisculos temporais.
c) Levantamento da lingua, seguido de fechamento da boca.
Metodo extra - oral com uma p u a
Este metodo foi descrito por Gysi em 1910. E conhecido com 0
nome de metodo de determinac;:ao da relac;:ao central por meio do arco
gotico de G ysi.
Segundo Kapur & Yurkstas, a base teorica fundamental do tra-
c;:ado do arco gotico foi elaborada pel a primeira vez por Hesse, em
1897. Em 1910, Gysi apresentou 0 aparelho extra-oral de registro do
arco gotico e divulgou a tecnica de determinac;:ao de R.C.o aparelho consta de duas partes: uma plataforma e uma pua.
A plataforma e constitufda de uma lamina metalica com prolonga-
mentos laterais para a fixac;:ao no plano-de-cera inferior. A pua re-
gistradora e composta de um pino movel, no senti do do seu longo
eixo, sob a a9ao de uma mola e de um suporte metalico com a forma
da letra 'T'. A pua e fixada no plano-de-cera superior, na linha me-
diana, pela parte que corresponde a haste horizontal do 'T'. A pla-
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, p p q p p
Figura 11-11
Aparelho d e r elar;iio
central extra-oral.
taforma e fixada no plano-de-cera inferior de maneira que fique pa-
ralela a superflcie oclusal do plano-de-cera (Fig. 11-11).
Registro de RC pelo arco g6tico - Extra-or a l
Fixados os dispositivos nos planos-de-orienta<;ao, oclufmos estes
para verificar 0 contacto do pino na plataforma. A pua deve estar sob
ligeira a<;ao da mola e situar-se no centro da plataforma. A seguir,
pass amos uma camada fina de cera zul sobre a plataforma e levamos
os pianos a boca do paciente.
o paciente, ao executar os movimentos de lateralidade e de
protrusao, faz que a pua va deslizando sobre a plataforma e descreva
um angulo. Sendo este 0 arco g6tico. Sustam-se os movimentos que
conduzem a mandfbula para que a pua se posicione no vertice do
angulo e imobilizam-se os pianos superior e inferior, dentro da bocacom os grampos aquecidos nesta posi<;ao de RC (Fig. 11-12).
A seguir, removemos 0 con junto fixado. lavamos, secamos e
examinamos:
a) se 0 eontacto das superficies oelusais dos planos-de-cera
esta perfeito;
b) se a pua esta posicionada no vertice do arco g6tico.
c) se os planos-de-cera estao firmemente fixados entre si.
Figura 11-12
Obtenr;iio d o arco g6tico.
Met o d a e x tr a-o r a l co m duas puas
Nagle e Sears acham que ha neeessidade de transferir ao arti-
culador as rela<;oes dos pianos horizontal e vertical, ao determinar
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culador as rela<;oes dos pianos horizontal e vertical, ao determinar
Metoda extra-oral: com pressiio equilibrada
Aprile e Saizar, Silverman e Kazis acham que a compressao exer-
cida pelos musculos elevadores da mandfbula sobre 0 plano-de-orien-
tac,:ao, durante a determinac,:ao da relac,:ao central extra-oral, nao influi
no resultado final. Por outro lado, Hall, Higth, Hart, Schlosser e Gehl,Trapozzano e outros acham que a pressao muscular compromete 0
registro, havendo necessidade de equilibra-Ia.
Para equilibrar a pressao, os adeptos dessa ideia usam 0 dispo-
sitivo de registro da relac,:ao central extra-oral, conjugado com 0
intra-oral. 0 aparelho intra-oral serve, no caso, exclusivamente para
equilibrar a compressao.
Metodos intra-orais
Dentre os adeptos do "metodo mecanico", estao Trapozzano,
Graty e outros, que nao aceitam a tecnica extra-oral, em consequen-cia das dificuldades em equilibrar a pressao durante 0 registro, re-
comendam 0 aparelho intra-oral, que, na opiniao deles, sana perfei-
tamente a falha da tecnica anterior.
Metoda intra-oral com pua central
o presente metodo foi descrito por Phillips. 0 aparelho utilizado
consta de duas partes: uma plataforma e uma pua registradora.
A plataforma tem a forma do arco dental e um tamanho tal que
cobre a parte lingual do arco interior. A pua e constitufda por um
sistema de tripes que sustenta um pine central movel no seu longo
eixo (Fig. 11-13).
Figura '11-13
Aparelho de relar;aocentral intra-oral.
Registro da RC pelo area g6tico - Intra-oral
Fixa-se a plataforma no plano-de-orientac,:ao inferior, na parte lin-
gual, e a pua, na superior, na face palatina. Na posic,:ao de oclusao,
o pino deve tocar no centro da plataforma com pressao, sob ac,:ao de
uma mola que esta dentro do pino. Com a espatula n.D 31, aquecida,
passamos uma camada de cera azul sobre a parte central da plata-
forma e levamos os planos-de-orientac,:ao superior e inferior a boca.
o paciente e instrufdo no senti do de realizar os movimentos de
lateralidade e protrusao com os planos-de-orientac,:ao em contacto.
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p p ,
mos uma perfura<;ao no vertice do angulo. Os planos-de-cera saD leva-
dos novamente a boca e 0 paciente realizara. agora. lentamente. os
movimentos. Quando 0 pino passar pelo vertice. caira no oriffcio e
imobilizara os pianos. Nessa ocasiao. os pianos serao fixados com os
grampos aquecidos. nas regioes dos pre-mol ares (Fig. 11-14).
Figura 11-14
Posir;ao de relar;ao central.
Assim teremos determinado a relac;ao central pelo metodo in-
tra-oral e pua central.
Metodo intra-oral com puas peritericas
Nessa tecnica. as puas saD em numero de tres. uma anterior. e
duas laterais. saD colocadas no plano-de-cera superior. A tecnica
dispensa a plataforma. As puas descrevem os angulos sobre a su-
perffcie do plano-de-cera inferior. diretamente. quando '0 paciente
realiza os movimentos de lateralidade.
Outros metodos mecanicos
Ha um terceiro grupo de autores que. embora aceitem a relac;:ao
central na confecc;ao da dentadura, nao adotam nenhum dos metodosque acabamos de descrever.
Fountain. por exemplo, pressiona 0 mento com a mao para tras
e determina a rela<;:ao central for<;:ando os condilos para dentro da
cavidade. Cerveris aplica um vibrador eletrico proprio, "Vibracentric".
no mento, de frente para tras, e de baixo para cima, para obter tam-
bem aquela posic;ao dos condilos.
Metodos fisiol6gicos
Essa corrente diverge dos que ja vimos, em dois itens:
a) acredita na fun<;:ao neuromuscular;
b) nao aceita a posi<;ao mais posterior dos condilos. mas, sim,
a posic;ao de equilibrio.
Existem varias tecnicas sob orienta<;:ao fisiologica. Porem, essas
tecnicas embora preconizem 0 equilibrio neuromuscular. todas tem
um ponto em comum que e, justamente, 0 aproveitamento do movi-
mento de Bennett para estabelecer a posic;ao de RC. Ora 0 movimen-
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mento de Bennett para estabelecer a posic;ao de RC. Ora 0 movimen
to de Bennett tambem nao deixa de ser urn movimento for9ado, arti-
ficial e arbitrario, como observa Bodine.
Dentre os metodos fisiologicos de determina9ao de R.C, pode-
mas destacar: metoda de degluti9ao; metodo de contra9ao dos mus-
culos temporal e metoda de levantamento da lingua seguido de fe-chamento da boca.
Me t odo de deg/uth;ao
Foi descrito par Monson, que observou 0 movimento retrusivo
da mandibula no ato de degluti9ao e teve a ideia de utiliza-Io na
determina9ao da rela9ao central.
Granger e Naylor opinam que no ato da degluti9ao, a mandibula
se desloca da posi9ao de repouso para a posi9ao de rela9ao central.
Metodo de eontra<;ao dos museu/os temporals
As contra90es dos feixes posteriores simultaneos dos musculos
temporais levam os condilos para dentro da cavidade glenoide. A~
esta a razao do aproveitamento desse ato fisiologico para a determi-
na9ao da rela9ao central.
Metodo de /evantamento da lingua
o ato fisiologico de levantamento da ponta da lingua em dire9ao
a abobada palatina, combinado com 0 fechamento da boca, leva a
mandibula para a posi9ao de rela9ao central.
Conceito
A oclusao no sentido lato, segundo McLean, e dada pelo fecha-
mento maxilomandibular, nao somente na posi9ao centroestatica, mas·
tarr,bem em todo 0 percurso da mandibula em movimento. Para
Sicher e Brecke, a oclusao e a posi9ao da mandibula quando os deri-
tes se acham em contacto. Silverman encara 0 problema em tres
dimensoes: oclusoes vertical, horizontal e anteroposterior. Para ele
a oclusao central e uma rela9ao craniomandibular causada por a9ao
muscular.
Definic;ao
A Academia de Protese Dentaria dos Estados Unidos define tam-
bem a oclusao central nos seguintes termos: "e a rela9ao das su-
perficies oclusais dos dentes opostos que proporciona maior numero
de pontos de contactos ou de intercuspida9ao".
Determinac;ao da oclusao central
Como nao poderia deixar de ser, os defensores do metoda de
oclusao central sao aqueles que nao aceitam a posi9ao da mandibula
baseada pela posi9ao mais posterior dos condHos na cavidade gle-
noide. Esse grupo de autores se orienta pelo lado anatomo-funcional
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esta no registro cuidadoso da rela9ao central". Boos, tambem, e da
mesma opiniao: "a oclusao central e estabelecida em conjuga9ao
com a mandibula em rela9ao centrica".
Metodo de repouso da mandibula
Esse metodo baseia-se no principio de que a mandfbula, na po-si9ao de dimensao vertical de repouso, passa para a de oclusao cen-
tral, segundo 0 movimento de rota9ao em torno do eixo terminal de
rota9ao.
Assim e que Berman obtem a oclusao central por meio da pasta
zincoeugen61ica manipulada e colocada entre os planos-de-orienta9ao
para fixa-Ios na posi9ao de dimensao vertical de repouso.
Martins fixa,. por sua vez, os ,planos-de-orienta9ao na posi9ao de
repouso, por meio de gesso colocado em tres pequenos estojos e adap-
tados ao plano-de-orienta9ao inferior. No plano superior, estao trespinos metalicos na posi9ao correspondente nos estojos. Os pinos na
oclusao caem exatamente dentro do gesso e, nessa posi9ao, espe-
ra-se a presa do gesso.
Metodo de mordida
Dentre as tecnicas de oclusao central, 0 metodo de mordida e 0
mais usado. segundo Willie.
Em 1918, House descreveu a tecnica de obten9ao da oclusao
central a custa da mordida, pratica que ficou conhecida com 0 nomede "Tecnica de House".
A tecnica consta dos seguintes passos:
a) confeccionamos os planos-de-cera superior e inferior na di-
mensao vertical correta;
b) pedimos ao paciente que morda levemente os planos-de-orien-
ta9ao, varias vezes, executando pequenos movimentos de abertura
e fechamento;
c) observamos com aten9ao a parte anterior dos planos-de-cera
e marcamos com um estilete as posi90es de mordida;d) fixamos os planos-de-cera na posi9aO de fechamento hab~tual,
considerando-a como posi9ao de oclusao.
DETERMINA<;AO DAS POSI<;OES DE RC E DE OCLUSAO -
TECNICA EXTRA-ORAL
As posi90es de Rela9ao Central e de Oclusao saD determinadas
no mesmo dispositivo extra-oral.
Material e Instrumental
a) Plataforma e pua de registro extra-oral;
b) ceras rosa e azul;
c) grampos;
d) pin9a clinica;
e) espMulas Le Cron e n.D 31.
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Fi d l f
de cera rosa na face vestibular do plano-de-cera. A seguir, posicio-
na-se a plataforma com a seguinte orienta<;:ao (Fig. 11-15):
a) centralizada em rela<;:ao aos ramos do plano-de-cera;
b) Iigeiramente ascendente, em prolongamento a curva de com-
pensa<;:ao;c) a parte mediana anterior, da plataforma ao nivel da superficie
oclusal.
Fix a<;a o da p ua
A pua e fixada no plano-de-cera superior na regiao mediana. Tam-
bem, com finalidade de proteger as linhas de referencia, fixa-se pri-
meiro uma tira de cera. Depois, justapondo os planos-de-cera, posi-
ciona-se a pua de forma que:
a) fique perpendicular a plataforma, tanto em vista frontal como
em vista lateral;b) toque a plataforma' sob pressao quando a mol a e acionada.
Portanto, antes de fixar a pua, desativa-se a mola, ativando-a
somente no momenta da obten<;ao dos registros (Fig. 11-16).
Figura 11-15
F ix a fYao d a p la ta f or ma
extra-oral .
Figura 11-16
Na fixafYaO da pua a mola
e desativada e os planos - de-cera
SaD iustapostos para orientar
o posicionamento .
Tra < ;ado do areo g6tieo Passar uma fina camada de cera azul na plataforma. Com os
planos-de-orienta<;ao em posi<;:ao, solicita-se ao paciente que execute
os movimentos de protrusao e retrusao, lateralidade para um lado e
retorno, lateralidade para 0 outro laqo e retorno; com esses movi-
mentos, a pua tra<;ara um angulo cortado por um segmento anteropos-
terior. Durante 0 tra<;:ado desse arco gatico, 0 operador devera pres-
sionar 0 mento conduzindo os condilos para a posi<;ao mais pos
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sionar 0 mento conduzindo os condilos para a posi<;ao mais pos-
Figura 11-17
Arco-gatica .
POSit;80 de relat;8o central e de oclus8o
Quando a pua se situa no vertice do arco g6tico, a mandibula
estara em posigao de relagao central.
Uma vez conhecida a posigao de relagao central, determina-se,
depois, a posigao de oclusao no mesmo dispositivo extra-oral. No
paciente, essa posigao e determinada com base nos movimentos ha-
bituais de abertura e fechamento em pequena amplitude, realizados
repetidas vezes.
A posigao mais con stante de fechamento sera considerada como
a P O Sit;80 de oclus8 o .
Imobiliza t;80 d os pl a n os- d e-cera
Uma vez determinadas as posigoes de RG e de oclusao no dis-
positivo extra-oral, os planos-de-orientagao saD relacionados em oclu-saD e nessa posic;ao saD imobilizados com grampos. Portanto, 0 tra-
balho de confecgao das pr6teses sera realizado em posigao de oclu-
saD; a posigao de RG, para os pacientes que tem essa posigao dife-
rente da de oclusao, sera utilizada, posteriormente, no ajuste oclusal
(Fig. 11-18).
Figura 11-18
as planos - de-cera SaD imobilizados n a pasi{ : a o
de oclusao funcional .
Quando a oclusao tem a linha mediana em comum com a relagao
central e uma oclusao central. Nesse caso, a diferenga dessas duas
posigoes esta somente no sentido anteroposterior.
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Posselt acha que a diferen<;:a media entre a rela<;:ao central e a
oclusao e de 1,2mm. Na rela<;:ao central a mandibula se posiciona
mais posteriormente do que na oclusao.
Ficando a mandibula em qualquer posi<;:ao fora da oclusao cen-
tral, dizemos que a mesma esta na posi<;:ao excentrica.A posi<;:ao de oclusao excentrica pode ser:
a) oclusao excentrica natural ou congenita;
b) oclusao excentrica adquirida acidentalmente, exemplo: de-
sastre, choque, queda etc., ou patologica, exemplo: tumor;
c) oclusao excentrica funcional, quando a mandfbula se deslo-
cou para uma nova posi<;:ao, lentamente, 0 que pode acontecer por
falta de dentes ou por uma protese indevida.
Finalmente, as posi<;:6es de RC e DC podem coincidir. Nesse
caso, a posi<;:ao de oclusao e tambem de oclusao central.
Como vimos, as posi<;:6es de RC e DC saD importantes na res-taura<;:ao oclusal: e a chave nao so do estudo da articula<;:ao temporo-
mandibular, mas, tambem, do planejamento do tratamento. Por isso
fizemos uma pesquisa nos desdentados completos sobre 0 assunto e
encontramos 0 seguinte: a coincidencia de RC e DC em 15% dos
casos examinados; 23% dos casos tinham em comum a linha media-
na e em 62% dos casos restantes a DC estava com desvio lateral.
Desse modo, a execu<;:ao do trabalho protetico deve ser iniciada
depois de verificada a rela<;:ao entre as posi<;:6es de rela<;:ao central
e de oclusao para poder selecionar a tecnica de reconstru<;:ao ou de
ajuste oclusal mais adequada a cada paciente e nao aplicar qualquertecnica, indistintamente. Para nos, quando a RC e a DC coincidem, a
tecnica indicada e a gnatologica; quando a RC e a DC nao coincidem,
mas tem em comum a linha mediana, 0 ajuste oclusal deve ser efe-
tuado segundo a tecnica de centrica-Ionga e quando a RC e a posi<;:ao
de oclusao saD diferentes, indicamos. a tecnica fisiologica.
Assim, na obten<;:ao da rela<;:ao maxilomandibular, na confec<;:ao
de dentaduras completas, adotamos a seguinte orienta<;:ao:
a) com 0 aparel ho de rela<;:ao central extra-oral, determinamos
a posi<;:ao de RC por meio de arco gotico;
b) a seguir, atraves dos movimentos de abertura e fechamentoda boca, realizados varias vezes, determinamos 0 ponto de oclusao
habitual sobre a plataforma de registro da RC;
c) os planos-de-orienta<;:ao saD fixados na posi<;:ab de oclusao
habitual e os modelos saD montados nessa posi<;:ao no articulador;
d) 0 ponto de RC determinado, orientara, posteriormente, a
transferencia do modelo da posi<;:ao de oclusao para a posi<;:ao de RC
ao procedermos ao ajuste oclusal naquela posi<;:ao depois de monta-
dos os dentes.
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57 YASAKI M The height of the occlusion rim and the interocclusal distance
E studos dos M ov im entos M and ibu la res
A mandfbula executa doze movimentos diferentes de interesse
protetico. a partir da posi<;ao de repouso, os quais sao:
a) movimento para cima e 0 seu retorno;
b) movimento para frente e 0 seu retorno;
c) movimento para baixo e 0 seu retorno;
d) movimento para a esquerda e 0 seu retorno;
e) movimento para a direita e 0 seu retorno;
f) movimento para tras e 0 seu retorno.
Esses doze movimentos podem ser sintetizados em quatro:
a) movimento de abertura e fechamento;
b) movimento de lateralidade;
c) movimento de protrusao;
d) movimento de retrusao.
o movimento de abertura da boca pode ser dividido em tres fases
distintas. A primeira fase vai da posi<;ao de oclusao ate a posi<;ao de
repouso muscular. Tal movimento se realiza sob a a<;ao da gravidade,
pois a mandfbula se desloca a custa do seu pr6prio peso. A segunda
fase corresponde a abertura da boca no ato da preensao de pequenos
objetos com os dentes; por exemplo: um palito. uma piteira. um ca-
chimbo etc. Nessa posi<;ao verifica-se 0 equillbrio dos dois grupos
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supra-hioideos sao: milo-hioideo, estilo-hioideo e digastrico. Os infra-
-hioideos sa9: omo-hioideo, tfreo-hioideo e esterno-hioideo.
A terceira fase compreende a abertura maxima da boca. Atuam
nesse movimento as musculos: pterigoideoexterno, digastrico, ge-
nio-hioideo e milo-hioideo.
o movimento de abertura da boca e considerado pelos autores
de diferentes maneiras:
a) movimento de transla<;ao;
b) de rota<;ao;
c) de transrota<;ao.
Movimento de translac;ao
Bonwill, em 1858, estudando a mecanlca dos movimentos man·
dibulares, notou que os condilos, durante a abertura da boca, deslo-
cavam-se da cavidade glenoide e descreviam uma trajetoria horizon-
tal postero-anterior.
Embora tivesse conhecimentos avan<;ados sabre a mecanica da
articula<;ao, ignorava ainda a inclina<;ao da vertente posterior do con-
dilo do osso temporal. Bonwill, alem de descrever a trajetoria do can-
dilo, ideou tambem um articulador anatomico, baseando-se nas suas
observa<;6es.
o movimento do condilo no sentido postero-anterior, durante a
abertura, e conhecido como "movimento de Bonwill",
Walker, em 1897, examinando tambem 0 movimento do condilo
durante a abertura da boca, com 0 aparelho "clinometer", notou que,
ao lado do movimento postero-anterior horizontal, havia, concomitan-
temente, 0 de cima para baixo. Dessa maneira, 0 autor percebeu a
influencia da inclina<;ao da cavidade glenoide, na abertura da boca,
Com a aparelho "clinometer", Walker determinou tambem a inclina-
<;ao da cavidade glenoide em rela<;ao ao plano oclusal e registrou
essa angulagem no seu articulador anatomico. Assim, foi ele 0 pri-
meiro profissional a confeccionar uma dentadura completa com ainclina<;ao da cavidade glenoide individual.
o movimento do condilo, de tras para frente e de cima para
baixo, recebeu 0 nome de "movimento de Walker". Como na reali-
dade nao existe a "movimento de Bonwill", alguns autores querem
chamar a movimento descrito par Walker de "movimento Bonwill-
-Walker". Um grupo de autores, procurando nao cometer injusti<;as,
propos a denomina<;:ao de "trajetoria sagital do condilo".
Movimento de rotac;ao
McCollum, em 1938, estudando a movimento de abertura, notou
que, na amplitude que interessa a protese, isto e, ate 2cm de sepa-
ra<;:ao entre os incisivos superiores e inferiores, os condilos exe-
cutam um movimento de rota<;ao. Esse movimento e executado em
torno do eixo terminal de rota<;ao, que nem sempre esta sabre as
condilos.
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usando os recursos tecnicos de que dispomos, mas apenas com apro-
xima<;:ao, em uma area circular com raio de 2mrn.
Essa concep<;:ao do movimento mandibular recebeu 0 nome de
Escola Gnatol6gica de McCollum.
Em oposi<;:ao a escola de McCollum, Page fundou outra corrente
filos6fica chamada Transografica que, ao inves de um eixo, aceita
dois, isto e, cad a condilo possui um eixo de rota<;:ao independente.
A teoria transografica parte do principio de que a mandfbula e
um osso assimetrico, ao contrario da anterior que se baseia na
simetria mandibular, aceitando, portanto, a teoria do trHlngulo equi-
latera de Bonwill.
as eixos sac determinados por um arco facial especializado e
registrados no articulador que tem dois eixos independentes.
A teoria biaxial, de Hjorty e Moss, e mais recente. as auto res
defendem 0 ponto de vista de que, durante 0 movimento de abertura,
existem dois eixos de rota<;:ao em cad a regiao do condilo, sendo que
um se localiza no condilo, e 0 outro, no menisco.
Movimento de transrota.;ao
Segundo Posse It, 0 movimento normal de abertura da boca e,
na quase totalidade, um movimento de transrota<;:ao dos condilos.
a grafico de Posse It representa, no 'plano horizontal, os movi-
mentos bordejantes contactantes e no plano sagital, os movimentos
bordejantes nao contactantes. Registrando-se, consecutivamente os
citados movimentos, teremos 0 grafico conhecido como envelopedos movimentos de Posselt (Fig. 12-1).
" RCI
~.Figura 12-1
Grafico de Posselt . RCJ
Co r responde a posic;ao de relac;ao central . I) Oclus a o
central. PJ Protrusao . KKJ Movimento rotat6rio de
abertura. M J Dimensao vert i cal
m a xima . JJ De movimento
t r a nsrotat6ria de fechamento.HJ Rotac ; ao de fechamento .
DJ Segundo Parks.correspondente ao inicio d o
movimento de rotac ;ao,Q J Equivale a dimensao vertical
de repouso.
Da posi<;:ao de intercuspida<;:ao maxima dos dentes I (oclusao),
havendo uma contra<;:ao simultanea e bilateral dos musculos pterig6i-
deo interno e dos pterig6ideo externo, a mandfbula e conduzida aposi<;:ao de protrusao maxima "P". A trajet6ria desse movimento e
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p p j
do incisivo superior, descrito pelos inclslvos inferiores naquele mo-
vimento. Nesse trecho a mandibula faz um movimento bordejante
contactante.
Do ponto " P " , mantendo-se a contrac;:ao dos musculos pterig6ideo
externo, relaxando os musculos pterig6ideo interno e a seguir con-traindo-se os musculos digastrico, obtem-se a abertura em protrusao
"M" , delimitando-se a borda anterior do movimento borde jante nao
contactante "K ". A trajet6ria desse movimento e realizada com rota-
c;:ao dos condilos.
a movimento bordejante nao contactante de fechamento e rea·
lizado em duas etapas. Na primeira "r, a mandibula se desloca pela
contrac;:ao dos musculos pterig6ideo interno, os masseter e os feixes
anteriores e medios dos musculos temporais, e na segunda "H", sob
ac;:ao dos feixes posteriores dos musculos temporais, chegando ao
ponto de intrusao RC ou de relac;:ao central. as condilos, nessa pri-
meira etapa realizam um movimento de transrotac;:ao e na segunda
etapa um movimento de rotac;:ao.
as movimentos bordejantes saD os movimentos forc;:ados que
delimitam 0 contorno externo maximo de todos os tipos de movi-
mentos mandibulares e os movimentos intrabordejantes correspon-
dem aos movimentos de abertura e fechamento. protrusao. retrusao
e d e lateralidade executados normalmente.
a movimento de lateralidade e considerado, conforme os auto-
res, como um movimento de transrotac;:ao, de rotac;:ao ou de trans-
lac;:ao.
Movimento de transrota~ao
Bennett descreveu em 1908 0 movimento de lateralidade da
mandibula. a autor levou em considerac;:ao 0 condilo que permanece
na cavidade glen6ide e nao aquele que se desloca. a condilo estavele que orienta 0 movimento de lateralidade.
a condilo, quando na cavidade, executa tres movimentos, sendo
que 0 conjunto constitui 0 chamado "movimento de Bennett":
a) movimento de rotac;:ao sobre si mesma;
b) movimento de translac;:ao para a linha mediana;
c) movimento de translac;:ao para cima.
Em 1868, Balkewill ja hmiia estudado 0 movimento de lateralida-
de da mandibula, porem 0 seu trabalho ficou sem divulgac;:ao. Por
essa razao, muitos auto res nao querem chamar de "movimento deBennett" aquele movimento, mas sim de "movimento transversal do
condilo".
Movimento de rota~ao
Para Weinberg, 0 movimento de lateralidade e composto de tres
movimentos de rotac;:ao:
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Movimento de transla~ao
Segundo Posselt, a mandibula executa 0 movimento de transla-
<;ao durante 0 movimento de lateralidade.
o condilo tra<;a. nesse movimento. diferentes figuras geome-
tricas. tais como: um retangulo. um hexagono. um pentagono etc. 0corpo da mandibula. por sua vez. descreve sempre um losango.
o movimento de protrusao e dado pel a contra<;ao simultanea
dos mLisculos pterigoideos externos. No desdentado. 0 ponto inicial
desenha uma trajetoria horizontal da posi<;ao de rela<;ao central ao
ponto correspondente a protrusao. E. no individuo com os dentes.
um segmento quebrado.
o movimento de retrusao normal da mandibula e dado pela con-
tra<;ao simultanea dos feixes posteriores dos mLisculos temporais.
E. durante a degluti<;ao. a mandibula e levada para a posi<;ao de re-
trusao a custa das contra<;6es dos mLisculos supra-hioideos e relaxa-
mento dos infra-hioideos.
Sobre a materia. existem muitas opini6es e pontos de vista. as
vezes completamente antagonicos. mas todos com uma certa razao.
Isto equivale a dizer que 0 assunto e muito complexo. e que ainda
nao se conseguiu uma explica<;ao convincente do fenomeno.
As teorias sobre 0 movimento de rota<;ao da mandibula podem
ser qualificadas como em dois grandes grupos: os que admitem 0
ponto de rota<;a o e os que preconizam 0 eixo de rota<;ao.
Inicialmente. vamos estudar os autores que defend em as teorias
do ponto de rota<;ao. Dentro dessa corrente ha dais pontos de vista
diferentes, que sao: 0 ponto de rota<;ao movel (T. Centro Instantaneoe T. Elfptica) e 0 ponto de rota<;ao fixo (Teoria Esferica).
Ouanto as teorias em torno de eixos podemos dividi-Ias em
quatro grupos. de acordo com 0 nLimero de eixos. Sao: Linico eixo
(T. Gnatologica); dois eixos (T. Ackermann e T. Transografica); tres
eixos (Teoria Conical e quatro eixos (Teoria Biaxial).
TEORIA DO CENTRO INSTANTANEO DE ROTACAO
o maior defensor do centro move I de rota<;ao e Gysi que, em
1910. apresentou a Teoria do Centro Instantaneo de Rota<;ao Mandi-bular. 0 autor observou que. durante a abertura da boca. 0 condilo
e 0 ponto incisal descreviam trajetorias diferentes. Dai concluiu que a
mandibula nao executava 0 movimento de transla<;ao, mas sim, de
rota<;ao.
o problema era determinar 0 ponto de rota<;ao; para isso, ele
tra<;ou uma perpendicular da trajetoria condflica num instante "a" e
t di l d id i i l i t t " "
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uma outra perpendicular do recorrido incisal no mesmo instante "a"
"Pa" da mandfbula naquele instante "a". Na outra POSi<;:80ou instante
"b", teremos outro ponto virtual de rota<;:80 "Pb", no instante "c",
o ponto "Pc" e assim por diante.
Gysi notou que esses pontos instanHlneos se localizavam a altura
da nuca do paciente e sempreabaixo do plano de OClUS80 (Fig. 12-2).
Figura 12-2
Teoria de Gysi.
1. Recorrido incisal ,
2. Recor r ido condilico ,
Pal Centro instantaneu
de rotac;ao
Outro autor que ,defende a Teoria dos Centro Instantaneos e Villa,
Professor da Faculdade de Odontologia do Mexico. Esse pesquisador
acha que a mandibula descreve, durante 0 movimento de abertura e
fechamento, uma figura elfptica.
as autores que defendem a Teoria do Centro de Rota<;:80 Fixa se
baseiam no triangulo equilcHero de Bonwill.
Christensen, precursor da teoria do centro de rota<;:80 fixo, obser-
vou que 0 arco dental ideal era aquele cuja superffcie oclusal se
dispoe de acordo com a calota de uma esfera.
Monson, baseando-se nesses dois autores, arquitetou a teoria
do ponto de rota<;:80 fixo ou teoria da esfera. Localizou 0 centro, aaltura da glabela a 2,5cm para dentro do cranio, na crista "gal Ii",
e estabeleceu a esfera de 10cm de raio, para orientar a disposi<;:80
dos dentes.
Villain, adepto da te.9ria do centro fixo, observou que os movi-
mentos anteroposterior e de lateralidade da mandfbula se asseme-
Ihavam aos movimentos de pendulo, cujo centro esta na altura da
glabela. Por esse motivo, para alguns. a teoria do centro fixo e cha-
mad a tambem de teoria de Monson-Villain (Figs. 12-3 e 12-4).
TEORIA GNATOLOGICA (llNICO EIXO)
McCollum, estudando em 1939 os movimentos mandibulares,
notou que a mandfbula realiza urn movimento de rota<;:ao em torno
de urn eixo, quando a abertura da boca nao ultrapassa 2cm, entre os
incisivos.
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i d B ill i i i d df
Figura 12-3
Teoria da e sf era.
Figura 12-4
Movimento pendular.
teoria e comum aos dois condilos e se localiza, geralmente, atras
do condilo e anterior ao meato auditivo. A determinac;:ao, na pratica.
realiza-se por meio de um arco facial especial.
o autor, ao elaborar essa teoria. baseou-se nas observac;:oes de
Monson no que diz respeito aos movimentos pendulares da mandi-
bula e, na teoria de Hall. quanta aos movimentos de lateralidade.
Ackermann aceita, para os movimentos de lateralidade. dois
eixos, um para cada condilo, os quais se localizam logo atras destes.
Alem disso, admite os recorridos incisal e condilico de Gysi.
A determinac;:ao do eixo de rotac;:ao e feita pela intersec9ao de
dois pianos: um que contem 0 recorrido incisal e outro que contemo recorrido condilico. Por exemplo, 0 eixo de rotac;:ao da mandibuJa.
durante 0 movimento para 0 lado esquerdo, e determinado pela inter-
secc;:aodo plano que contem 0 recorrido incisal e passa adjacente ao
condilo esquerdo pelo lado interno, com 0 plano que contem 0 longo
eixo do condilo direito. 0 qual e perpendicular ao recorrido condilico
desse lado.
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O i fi l li d li i i li d f
os pontos que constituem a mandibula descrevem cilindros em tomo
desses eixos.
Ouando 0 movimento e realizado pelo condilo esquerdo. por
exemplo. os pontos do corpo da mandibula descrevem urn cilindro
em tomo do eixo virtual desse lado. Do mesmo modo, quando 0
movimento e do condilo direito descrevera outro cilindro em tomo
do eixo desse lado.
Os eixos de rotacao nao SaD fixos, variam conforme a abertura
da boca (Fig. 12-5).
Figura 12-5
Teori a c i l ind r ica.
A teoria transografica defende a existencia de dois eixos de ro-
tacao urn para cada condilo. Esses eixos geralmente nao estao sobre
os condilos. mas a altura do meato auditivo.
A teoria transografica nao admite a simetria do condilo, isto e ,o triangulo equilatero de Bonwill.
Hall parte do ponto de vista de que 0 triangulo de Bonwill e ver-
dadeiro e admite tres eixos de rotacao para os movimentos mandi-
bulares. Dois eixos SaD paralelos entre si e estao dispostos trans-
versalmente: urn, abaixo do plano oclusal, e outro, do angulo da man-
dibula e ambos estao situ ados abaixo do condilo.
Durante a abertura da boca, a mandibula executa 0 movimento
de rotacao em tomo do primeiro eixo, isto e. aquele que se localiza
na altura do plano oclusal. No decurso da protrusao, realiza 0movi-
mento de rotacao em tomo do segundo eixo, isto e , aquele que ficana regiao do angulo da mandibula.
o terceiro eixo fica disposto na linha mediana, posteriormente.
com uma inclinaCao de 45° em relaCao ao plano oclusal para anterior.
Esse e 0 eixo de urn cone que, segundo Hall, orienta 0 movimento
de lateralidade. A superf[cie conica descrita pelo eixo, na opiniao
do autor, coincide com 0 plano oclusal do arco dental, da i a denomi-
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C d T i G i (Fi 12 6 12 7)
Figura 12-6
Objetivar;ao d a teori a c o nic a.
Figura 12-7
Teoria conica .I. Eixo intercond i la r .
2 . Eixo de abertura ,
3. Eixo de protrusao .4 . Eixo de lateralidade .
Hjorty e Moss admitem quatro eixos de rota<;ao, dois para cad a
regiao do condilo.
Como 0 menisco acompanha 0 movimento de transla<;ao do con-
dilo, os autores acima acham que a menisco, em rela<;ao ao condilo,
executa um movimento de rota<;ao. Assim, para cada lado ficam dois
eixos: um no condilo e outro no menisco.
Gysi enunciou quatro leis sabre as movimentos mandibulares,
sintetizando as suas ideias sabre a complexo assunto.
1." Lei - Em todos as movimentos da mandibula, em cada mo-
menta, as pontos que a comp6em giram segundo um ponto instan-taneo de rota<;ao.
2." Lei - lodos as pontos da mandibula estao no mesmo regi-
me de cinematica; as trajetorias do condilo e as das cuspides, des-
critas pelo eixo virtual geometrico instantaneo de rota<;ao, sao em
forma de arco de um circulo.
3." Lei - As guias condflicas, as vertentes de articula<;ao e a
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4." Lei - as fatores variaveis fundamentais do sistema arqui-
tet6nico configurado pelo aparelho dentario, do qual depende a co-
ordenac;:ao morfofuncional, saD:
a) a angulagem da guia condflica;
b) a angulagem das vertentes de articulac;:ao;
c) a altura das cuspides;
d) a relac;:ao entre "overbite" e "overject";
e) a angulagem dos eixos longitudinais dos dentes.
Citaremos, a seguir, as leis de Hanau, as quais saD 40 no total:10 fundamentais e 30 dependentes. Em outras palavras, de cada uma
das leis fundamentais, derivam trt3S dependentes.
Hanau deduziu essas 40 leis, estabelecendo inicialmente cinco
fatores que influem na articulac;:ao:
a) cavidade gJen6ide;
b) a curva de compensac;:ao;
c) plano-de-orientac;:ao;
d) guia incisal,
e) cuspides.
As dez leis fundamentais saD:
1." Le i - Um aumento da inclinac;:ao da guia condilica aumenta
a proeminencia da curva de compensac;:ao.
2 ." Lei - Um aumento da inclinac;:ao da guia condilica aumentaa inclinac;:ao do plano-de-orientac;:ao.
3 ." Lei - Um aumento da inclinac;:ao da guia condflica diminui a
inclinac;:ao da guia incisal.
4 .8 Lei - Um aumento da inclinac;:ao da guia condilica aumenta
a altura das cuspides progressivamente para posterior.
S ." Le i - Um aumento da proeminencia da curva de compensa-
c;:aodiminuira inclinac;:ao do plano-de-orientac;:ao.
6 ." Lei - Um aumento da proeminencia da curva de com pen-
sac;:ao aumenta a inclinac;:ao da guia incisal.
7 ." Lei - Um aumento da proeminencia da curva de compen-
sac;:ao diminui a altura das cuspides progressivamente para posterior.
8 ." Lei - Um aumento da inclinac;:ao do plano-de-orientac;:ao au-
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t i li d i i i l
o autor conservou os seguintes fatores:
a) a guia incisal;
b) a altura das cuspides;
c) a guia condilica.
As leis foram retificadas da seguinte maneira:
a) diminuindo a guia incisal, diminuem a altura das cuspides e a
inclina<;ao condflica;
b) aumentando a guia incisal, aumentam a altura das cuspides
e a inclina<;ao condilica.
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A rtic u la d o re s e A rc o s F a cia is
Articulador e urn aparelho destinado a fixayao dos modelos. a
registrar as relayoes intermaxilares e a reproduzir os movimentos
mandibulares de interesse protetico.
Em 1805, Gariot. pela primeira vez, articulou modelos superior e
inferior com gesso para manter a dimensao vertical. Alias, foi tam-
bem esse autor 0 introdutor dos planos-de-orientayao para 0 registro
da dimensao vertical.
Em 1840, Evan apresentou, com prioridade, urn tipo de articula-
dor com capacidade para reproduzir os movimentos de lateralidade
da mandfbula. Nesse ano, foi patenteado 0 seu articulador anatomico
que apresentava 0 ramo inferior mover e 0 superior fixo. lembrando
vagamente 0 modelo atual, usado nos preparos da cavidade.
Bonwill, em 1858, descreveu 0 movimento do condilo da man-
dfbula, no senti do horizontal postero-anterior, durante a abertura da
boca. Paralelamente, ao estudo da mecfmica da articulayao, apresen-
tou tambem urn articulador anatomico de acordo com a sua teoria.
Portanto, 0 articulador de Bonwill reproduz os movimentos de late-
ralidade, porem com 0 recorrido condflico horizontal.
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tura desloca-se para frente e para baixo, acompanhando a inclinacao
da cavidade glenoide. 0 seu articulador anatomico executa os movi-
mentos de lateralidade obedecendo a inclinacao da cavidade glenoide.
Em 1900. Snow introduziu no articulador anatomico um disposi-
tivo chamado arco facial. com a finalidade de transportar os planos--de-orientacao da boca do paciente para 0 articulador, respeitando a
distancia "condilo-incisivo".
No seculo XX, os estudos da mecanica dos movimentos mandi-
bulares atingiram 0 clfmax. Como nao poderia deixar de ser. os estu-
dos correlacionados com os articuladores tambem evoluiram para-
lelamente. De um modo geral, podemos resumir esses progressos em
duas fases distintas: a primeira vai do inicio do seculo ate 1930 mais
ou menos, e a segunda, de 1930 ate 0 presente momento.
Em cada uma dessas fases predominaram duas grandes corren-
tes sobre os movimentos mandibulares, as quais se refletiram na
confeccao dos articuladores. Na primeira fase, citam-se as teorias
do Centro da Rotacao Instantaneo e a Teoria Esferica que apresen-
taram na epoca muitas novidades. Na segunda. temos a escola Gna-
tologica e a escola Transografica que vem contribuindo para 0 escla-
recimento de muitos problemas da articulacao temporomandibular.
Um articulador compoe-se de: corpo, ramos e guias.
o corpo e a parte central do articulador onde saD fixados os
ramos e as guias condllicas. 0 corpo estabelece a distancia bicon-
dilar e a distancia dos ramos. Alguns autores chamam-no de postes
ou ainda hastes verticais.
Os ramos consistem em dois suportes horizontais e paralelos.
destinados a fixacao dos modelos. Cada articulador constitui-se de
dois ramos. superior e inferior.
A maioria dos articuladores, senao todos, tem 0 ramo inferior
fixo e 0 superior move!, para reproduzir os movimentos mandibulares.
Quanto as guias, normal mente, saD de dois tipos: condilica eincisal.
A guia condilica permite graduar os movimentos de protrusao
e lateralidade. de acordo com os do paciente. Sao duas e estao dis-
postas de forma a ligar 0 ramo superior ao corpo do articulador.
A guia incisal esta situada na parte anterior e mediana do apa-
relho e tem a finalidade de orientar os movimentos da haste incisal
do ramo superior. Na guia incisal podemos registrar a amplitude dos
movimentos de lateralidade em tres pianos: horizontal, vertical e
sagital.
Costuma-se classificar os articuladores, levando em considera-
<,:ao0 grau de reprodu<,:ao dos movimentos mandibulares. Neste tra-
balho, vamos classifica-Ios tambem baseando-nos no dispositivo de
rotacao e na adaptabilidade da distancia intercondilar.
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Classifica~ao quanta ao dispositivo de rota~ao:
a) Articuladores com centro de rota98o - Nos articuladores dos
autores adeptos da Teoria Esferica ou de Monson, a conexao do
ramo movel ao corpo se faz a custa de urn ponto central, que per-mite os movimentos pendulares do ramo. Exemplo: articulador de
Monson.
b) Articuladores sem eixo de rota98o - Existem articuladores
chamados oclusores em que os ramos superior e inferior constituem
partes independentes. No ato da fixa<;;ao dos modelos, fechamos 0
ramo superior sobre 0 inferior e, a custa de tres hastes dispostas
em trHlngulo, mantemos a distancia. as movimentos do ramo sac de
translac;ao e orientam-se pelas pontas das hastes que deslizam sobre
as guias. Como exemplo, podemos citar0
oclusor de Stansbery.c) Articuladores com um eixo de rota98o - Quase todos os
articuladores, hoje em use, pertencem a esta categoria. a ramo mo-
vel Iiga-se ao corpo por meio de urn eixo que orienta os movimentos.
as articuladores com os eixos de rotac;ao sac divididos em rigi-
dos e anatomicos.
Dizemos que urn articulador e rigido quando 0 ramo movel exe-
cuta apenas os movimentos de abertura e fechamento em tome do
eixo, E anatomico, quando 0 ramo move\ , alem dos movimentos de
abertura e fechamento, realiza tambem os de lateralidade e protrusao.
as articuladores anatomicos, conforme seu grau de reprodu<;:ao
dos movimentos mandibulares, sac subdivididos em arbitrarios e
adaptaveis.
Articuladores anatomicos arbitrarios sac aqueles em que os dis-
positivos que regulam os recorridos incisal e condilicos estao fixos
numa inclina<;:ao media. Essas inclina<;:6es geralmente sac de 30°
para 0 recorrido incisal e 33° para os condilicos. Exemplo: articula-
dor de Gysi Simplex (Fig. 13-1).
a articulador anatomico adaptavel e aquele que permite regularo ramo movel de acordo com os movimentos mandibulares do pa-
ciente. Segundo 0 grau de adaptabilidade do aparelho, subdivide-se
em: total mente adaptavel e parcial mente adaptavel.
Figura 13-1
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o articulador anat6mico total mente adaptavel, como 0 proprio
nome diz, permite reproduzir todos Os movimentos mandibulares, de
interesse protetico. Como exemplo, podemos citar 0 articulador de
Stuart (Fig. 13-2).
Ainda de acordo com a nomenclatura, articulador anat6mico par-
cialmente adaptavel e aquele que tem possibilidade de ajustar ape-
nas alguns movimentos. Geralmente, as articuladores dessa cate-
goria, apresentam a guia condilar, a guia incisal e a angulo de Bennett
regulaveis. Exemplo: articulador "Hanau II" (Fig. 13-3).
Figura 13-2
Ar ticulad or d e St uart .
Figura 13-3
Articulador t i po Hanau.
d) Articulador com dois eixos de rotac;ao - Sao as articulado-
res dos autores que pertencem a Escola Transografica. As duas guias
condilicas tem as seus eixos de rotac;:ao independentes. Nesses tipos,
a ramo superior esta praticamente reduzido a dais eixos de rotac;:ao,
e a modelo superior e f ixado diretamente nos eixos com gesso.
Exemplo: articulador de Page (Fig. 13-4).
Classifica~6es quanta it adaptabilidade da distancia intercondilar.
Os articuladores quanta a distancia intercondilar podem ser:
adaptaveis e fixos.
a) Articulador fixo quanta a distancia intercondilar e aquele arti-
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l d dil fi l di
b) articulador com a distancia intercondilar adaptavel com va·
lores medios (grande, medio, pequeno). Exemplo: Whip-Mix;
c) articulador com a distancia intercondilar adaptavel. Exemplo:
articulador de Stuart, articulador n, articulador de Di Pietro (Fig.13-5).
Figura 13-4
Articulador transografico.
Figura 13-5
Art icu l ado r d e D i P i e tr o .
Existem ainda· articuladores que SaD modificados, conforme a
evoluc;:ao dos conhecimentos dos movimentos mandibulares. 0 arti-
culador de Hanau e urn exemplo.
o articulador de Hanau, depois que foi incorporado por uma
industria de equipamentos odontol6gicos, sofreu sucessivas altera-
c;:oesconforme foram surgindo as diferentes teorias de oclusao. Poris-
so existem varios modelos com a denominac;:ao de articulador de Hanau.
Dentre as muitas modificac;:oes introduzidas podemos citar como
as mais importantes:
a) Miller, aumentou a altura dos postes e introduziu 0 ajuste dos
mesmos para atender as necessidades clfnicas;
b) com 0 advento da gnatologia, foi introduzido 0 ajuste da dis-
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c) com 0 advento da centrica-Ionga, 0 articulador foi adaptado
para possibilitar esse ajuste.
As modifica96es introduzidas no articulador de Hanau, tiveram
reflexos nao so no mecanismo, como tambem na forma ffsica. Os
articuladores mais modernos de Hanau, sofrendo adapta96es de va-rias correntes de oclusao, nao caracteriza mais uma determinada
escola.
Classificacao de Weinberg
Weinberg, em 1963, apresentou uma nova classifica9ao, dividin-
do os articuladores em quatro categorias: articulador arbitrario, esta-
tico, semi-ajustavel e total mente ajustavel.
Articulador arbitrario e aquele articulador baseado nas Teorias
de Monson ou de Hall.
Articulador estatico ou oclusor e aquele baseado na Teoria da
imutabilidade da dimensao vertical. Tem como caracterfstica a inde-
pendencia do ramo superior com inferior.
Articulador semi-ajustavel e 0 articulador com os seguintes ajus-
tes: inclina9ao do recorrido condflico, angulo de Bennett e do recor-
rido incisal. Pertencem a esse grupo os articuladores de Gysi, Trubyte
e de Hanau modele H.
Articulador total mente ajustavel e aquele tipo de articulador que
tem as seguintes regulagens: inclina9ao do recorrido condflico, an-
gulo de Bennett, angulo de Fischer, recorrido incisal, altura das has-
tes e distancia intercondflica (exemplo: articuladores de Stuart e de
Oi Pietro).
o arco facial, como 0 nome indica, tem a forma de umarco. Nas
suas extremidades estao os dispositivos para serem adaptados aosJ •
condilos e, na parte mediana, um dispositivo para fixa9ao dos pla-
nos-de-orienta9ao.
Snow, em 1899, inspirando-se nos trabalhos de Hayes, introdu-
ziu, com prioridade, 0 arco facial na montagem dos model os no arti-
culador (Fig. 13-6).
o arco facial e um dispositivo acessorio do articulador com a
finalidade de transferir os modelos ao articulador, conservando as
distancias condilos-incisivos do paciente.
Mais tarde, Gysi deu mais uma fun9ao ao arco facial, qual seja
a de determina9ao da inclina9ao da cavidade glenoide. 0 arco facial,
desse autor, tem a fun9ao de determinar a incl ina9ao da cavidade
glenoide e tambem a de transferir os model os ao articulador (Fig.
13-7).
Alguns articuladores total mente ajustaveis tem como acesso-
rios, tambem, outros tipos de arco facial: 0 arco facial cinematico e
o pantografo.
A principal fun9ao do arco facial cinematico e determinar 0 eixo
terminal de rota9ao. Esse tipo de arco facial e constitufdo de dais
arcos: um para a maxila e 0 outro para a mandfbula. 0 arco facial
cinematico do articulador de Stuart tem tambem a fun9ao de trans-
f i d l
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f i m d l
Figura 13-6
Ar co f a ci a l de Snow .
Figura 13-7
Ar c o fac ial de G y s i .
o segundo. denominado pant6grafo, tem a func;ao de registrar
os movimentos mandibulares que possibilitam ajustar 0 angulo de
Bennett, angulo de Fischer, inclinac;ao da cavidade glen6ide. incli-
nac;ao da plataforma incisal e a distancia intercondilar do articulador.
o pant6grafo tambem e constituido de dois arcos. 0 arco supe-
rior esta munido de dispositivos que sustentam nas partes poste-
riores, duas bandeiras ou plaquetas. dispostas perpendieu(armente,
e na parte anterior duas puas de registro.
o area inferior, por sua vez, apresenta na extremidade de cada
lado duas puas de registro, correspondentes a cada bandeira do area
superior e na parte anterior apresenta duas plataformas ineisais
que mantem contaeto com as puas do arco aposto (Figs. 13-8 e 13-9).
Figura 13-8
Ar c o f a c i al cinematico
de Stu ar t .
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Figura 13-9
P a n t 6g r afo de Stuart .
Articulador anatomico arbitrario
Para a montagem dos modelos num articulador anat6mico sim-
ples ou arbitrario precisamos dos seguintes:
a) modelos superior e inferior fixados com cera nas bases dos
planos-de-orientac;:ao, determinadas as posic;:6es de relac;:ao central e
de oclusao;
b) articulador anat6mico;
c) gesso comum (200g);d) agua (100cc);
e) gral de borracha;
f) espMula para gesso;
g) vaselina;
h) placa de vidro.
A montagem obedece aos seguintes passos preliminares:
a) vaselinamos os ramos do articulador;
b) hidratamos os modelos;
c) ajustamos a altura da haste incisal para deixar os ramos
paralelos;
d) manipulamos 200g de gesso com 100cc de agua.
Passamos entao para montagem dos modelos propriamente ditos:
a) depositamos uma porc;:ao de gesso manipulado sobre a placa
de vidro;
b) introduzimos 0 ramo inferior do articulador na massa de gesso
da placa;
c) posicionamos os modelos relacionados na posic;:ao de oclusao
sobre 0 ramo inferior;d) abrimos 0 ramo superior e colocamos outra porc;:ao de gesso
Robre 0 modelo superior;
e) fechamos 0 ramo superior do articulador;
f) centralizamos os modelos de acordo com os ramos do arti-
culador;
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g) pomos 0 resto do gesso sobre 0 modelo superior, damos uma
conforma<;:ao adequada, eliminamos os excessos e aguardamos a cris-
taliza<;:ao do gesso.
Articulador parcial mente ajustavel
o articulador ajustavel foi introduzido por Walker em 1896. Foi
tambem 0 autor que primeiro cogitou de registrar a trajetoria
condflica do paciente com 0 objetivo de ajustar individual mente 0
articulador.
Portanto, os primeiros articuladores apresentavam a possibili-
dade de um unico ajuste, isto e, das guias condflicas. Mais tarde,
com 0 avan<;:o dos conhecimentos sobre os movimentos mandibula-
res, paralelamente, os articuladores sofreram adapta<;:oes e aperfei-
<;:oamentos para poder reproduzir, de maneira mais aproximada, a
mecanica mandibular de cad a paciente.Gysi introduziu a guia incisal, e baseado nos estudos dos movi-
mentos de lateralidade, realizados por Bennett em 1908, tambem, 0
ajuste do angulo de Bennett. Dessa forma, surgiram os articuladores
com tres fatores ajustaveis: guia condflica, guia incisal e angulo de
Bennett.
Com os articuladores ajustaveis, surgiu 0 problema da obten<;:ao
dos registros dos movimentos mandibulares individuais para regular
as guias dos articuladores.
A maioria dos autores que idealizou os articuladores parcial men-
te a justaveis, isto e, com as tres guias a justaveis, ja referidas, pre-conizaram tambem, as suas tecnicas de registro dos movimentos.
Porem, geralmente, nessas tecnicas, apenas a guia condflica e ajus-
tada individual mente, e, com base nesta, aplicando formulas, equa-
<;:oes ou medias, chegam aos val ores numericos das demais guias.
Tecnicas de determinac;:ao da inclinac;:ao da cavidade glen6ide
Tecnica de Walker
Walker idealizou um aparelho que chamou de "clinometer facial"
para determinar a trajetoria condilar do paclente e ajustar 0 seu arti-
culador ajustavel.
A parte principal do "clinometer" e composta de uma haste fixa
e de um cursor movel. A haste e adaptada no ramo da mandfbula e 0
cursor posicionado sobre 0 condilo. Ouando 0 paciente realiza 0 mo-
vimento de abertura da boca, 0 cursor acompanha 0 deslocamento do
condilo, registrando 0 seu percurso. Relacionando esse percurso
com 0 plano de Camper, 0 angulo formado indica a inclina<;:ao da ca-
vidade glenoide.
Tecnica de Gysi
Gysi mais tarde descreveu um metodo que ate ho je e aceito.Modificou 0 arco facial, de entao, introduzindo um modelo mais aper-
fei<;:oado para, tambem, desempenhar a fun<;:ao do "clinometer" de
Walker.
A tecnica consta dos seguintes passos:
a) marcamos 0 ponto condilar que fica, em media, a 12mm do
meato auditivo na linha que une este ao canto do olho. (Fig. 13-10);
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Figura 13·10
Localizando 0 c6ndilo.
b) posieionamos 0 area facial sustentado pela haste da platafor-
ma do aparelho de rela<;:ao central fixado no plano-de-orienta<;:ao;
c) ajustamos os estiletes horizontais do arco facial aos pontos
condilares mareados no paciente (Fig. 13-11);
d) pedimos ao paciente que execute 0movimento de abertura da
boea (Fig. 13-12);
Figura 13·11
Estiletes horizontais sobre
os pontos condilares .
Figura 13-12
Marcando a trajet6ria
do c6ndilo .
e) marcamos depois as posi<;:oes dos estiletes quando 0 paciente
faz 0 movimento de abertura as quais correspondem ao deslocamento
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d dil i t
Figura 13-13
Determinando a angufagem.
g) 0 valor encontrado indica a inclina<;:ao da vertente anterior da
cavidade glen6ide.
Tecnica de Christensen
Christensen descreveu, no inicio do nosso seculo, uma maneira
prcHica para a determina<;:ao da inclina<;:ao da cavidade glen6ide.
A tecnica de Christensen consiste no seguinte:
a) a superficie oclusal dos planos-de-cera superior e inferior sao
confeccionados com base no plano de Fox;
b) os modelos saD montados no articulador;
c) os planos-de-cera saD posicionados no paciente; quando esteleva a mandibula em protrusiva, os planos-de-cera saD imobilizados;
d) adaptados os planos-de-cera aos modelos do articulador, re-
produzir 0 deslocamento em protrusiva e baseado no desnivel dos
pianos ajustam-se os dispositivos condilares.
Tecnica baseada na curva de compensa<;;8o individual
a) os planos-de-orienta9ao com curva de compensa<;:ao indivi-
dualizada pelo "desgaste de Paterson";
b) determina<;:ao das posi<;:oes de rela<;:ao central e de oclusao;
c) montagem dos modelos no articulador ajustavel com 0 arco
facial.
d) reprodu<;:ao do movimento protrusivo, contactando as super-
ficies oclusais dos planos-de-cera;
e) ajustar as guias condilares, inclinando-as convenientemente
para que durante a reprodu<;:ao dos movimentos protrusivos os con-
dilos do articulador deslizem contactando as paredes superiores das
mesmas.
Te c nica radiogr aF ic a
Cradock foi 0 primeiro a lembrar-se da imagem radiogratica para
a determina<;:ao da inclina<;:ao da cavidade glen6ide. Utilizando dois
filmes extra-orais com chassi, toma radiografias do condilo, uma com-
a mandibula em r epouso e a outra em abertura. Unindo as imagens
do condilo com uma reta obtem a trajet6ria do condilo.
Um outro metoda radiogratico para 0 mesmo fim, preconizado
pelo autor, consta do seguinte:
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a) utiliza-se de um porta-filme que mantem 0 filme na regiao dos
. condilos;
b) e utilizado um filme periapical ultra-rapido preparado com
"ecran" ;
c) 0 cone de raio X dentario e posicionado 2cm atras do meato
auditivo e desse ponto direcionado para 0 condilo do lado oposto,
como na tecnica de Sindblom;
d) na imagem radiografica medimos a inclinaC;ao da cavidade
glenoide, considerando 0 trecho entre 0 condilo da mandibula e 0
condilo do osso temporal.
ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTAVEL- Articulador TT
a articulador TT e um aparelho do tipo total mente adaptavel na
escala de classificaC;ao de Weinberg. Foi concebido para obter 0 re-
lacionamento cuspideos dentro da interpretac;ao filosofica do autor a
respeito da gnatofisiologia da mastigaC;ao. as seus dispositivos acei-
tam os seguintes ajustes individuais: distancia intercondilar, guia
condilar, guia incisal, angulo de Bennett e angulo de Fischer. Alem
disso, 0 modeJo montado pode ser deslocado da posiC;ao de oclusao
para a posiC;ao de relaC;ao central ou vice-versa, sem necessidade deremontar 0 modelo.
Acompanham 0 articulador, como acessorios, 0 arco facial e 0
dispositivo extra-oral de relac;ao central (Fig. 13-14).
Figura 13-14
Art i eulador e area facial
do autor .
Transferencia dos modelos com 0 arco facial
a) Fixar a plataforma e a pua registradora do dispositivo de rela-
C;aocentral nos planos-de-cera, e obter 0 grafico do arco gotico, atra-
ves dos movimentos de Bennett e de protrusao. A seguir sobre 0
trac;ado do arco gotico estabelecer a posiC;ao de oclusao por meio dos
movimentos de abertura e fechamento da boca (tecnica de Hause).
as planos-de-orientac;ao superior e inferior san fixados com grampos
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as planos de orientac;ao superior e inferior san fixados com grampos
Figura 13-15
P lanos - de-orientac;ao fixados
em posic;ao de oclusao.
c) Antes de transferir 0 arco facial ao articulador, deve-se ajus-
tar a distancia intercondilar do mesmo. Para isso, toma-se a distanciaintercondilar do paciente, adaptando os cursores horizontais do arco
facial aos respectivos pontos condilares. Mede-se 0 espa<;:oentre as
extremidades dos cursores para conhecer 0 que e, por conven<;:ao,
chamado de distancia intercondilar externa (OIE)~
00 valor achado, subtrai-se 2,6cm para conhecer a distancia in-
tercondilar interna (011). Esta, corresponde ao espa<;:oentre os eixos
verticais de rota<;:ao dos condilos, nos movimentos de lateralidade.
Exemplo:
Se DIE = 13,Ocm
entao 011 = 13,0 - 2,6 = 10,4cm
Conhecida a Oil, deslocam-se os postes do articulador, simetri-
camente, orientando-se pelas grava<;:oes, de tal modo que entre os
centros das esferas fique 0 espa<;:ocorrespondente a 011, que e de
10,4cm, no exemplo dado. Lembramos que, nesse articulador, quando
os postes estao nas marcas mais internas das grava<;:oes,0 espa<;:o
entre ambos e de 8,Ocm. Para saber qual e 0 afastamento para cad a
lado, quando a 011 e de 10,4, fazemos os calculos:
10,4 - B,D = 2,4
2,4 -7- 2 1,2cm
Assim, os postes deverao ser afastados de 1,2cm para cada
lado. Felto isso, os es·tojos condilares do ramo superior do articula-
dor, tambem, deverao ser ajustados, tal como se fez com os postes,
de modo que nao fique nenhuma folga entre os ramos do articulador
(Fig. 13-16).
d) a seguir, com vista a facilitar a montagem, ajustem-se, pro-
visoriamente, os dispositivos condilares e incisal em 30°; verificar
tambem se os angulos de Bennette de Fischer estao em zero grau;
os postes do condilo no senti do anteroposterior em zero, e a altura
da haste incisal, de maneira que os ramos superior e inferior doarticulador fiquem em paralelo (Fig. 13-17).
e) Untar com vaselina os estojos e os pinos de fixa<;:ao dos mo-
de/os dos ramos superior e inferior (Fig. 13-18).
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Figura 13-16
Ajuste da dis t ancia
inter c ondi/ar .
Figura 13-17
o a r ticu/ador ajustado para fjxar;iio dos mode/os .
Figura 13-18
Passando vase / ina no estojo
de f i x ar;iio do mode / o .
f) Levar em poslC;ao, no paciente, os planos-de-orienta<;:ao rela-
cionados em oclusao munidos do dispositivo de rela<;:ao central. De-
pois, introduzir ao sistema de conexao do arco facial 0 cabo do
mencionado dispositivo. Localizar, entao, os cursores condilares afas-
tados simetricamente e ja na DIE, nos respectivos pontos condilares,
(Fig. 13-19) e, estando 0 rosto do paciente centralizado, imobilizar 0
arco facial. Conduzir depois, a haste anterior ao ponto infra-orbital
(Fig. 13-20).
g) Retirar os planos-de-orienta<;:ao da boca do paciente, junto
com 0 arco facial e lavar em agua corrente, com cuidado, para nao
modificar as posi<;:oes do arco facial.
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Figura 13-19
Marcando 0 ponto condila r .
Figura 13-20
Arco f acial em pos i r ; ao .
h) Transferir a arco facial ao articulador. Para isso as extremi-
dades dos cursores horizontais do arco facial saG introduzidos, nos
orificios dos dispositivos condilares, sob pressao. Geralmente hii
necessidade de diminuir a pressao. E, nesse caso, afastam-se as cur-
sores, simetricamente, para os lados direito e esquerdo, a fim de
manter a centralizagao dos modelos. A seguir, a haste infra-orbital
e conduzida para que toque a pega semilunar do articulador, along an-
do a cursor vertical do arco facial. Por fim, adapta-se a modelo su-
perior na base-de-prova e fixa-o nessa posigao, com cera fundida
(Fig. 13-21).
i) Para montar a modelo superior, destaca-se a ramo superior do
articulador, juntamente com a arco facial, e deixa-o em posigao in-
vertida sabre a mesa. Umedecer a base do modelo, com uma mecha
de algodao e prepara-se a gesso comum para fixaQao do modelo.
j) A seguir, desloca-se com um movimento de rotagao a arco
facial; preenchemos 0 estojo de fixagao com gesso manipulado,
adaptamos uma porgao tambem na base do modelo, e.a seguir con-
duz-se 0modelo para sua posigao inicial, isto e, de modo que a haste
infraorbital do arco facial toque na plataforma semilunar do articula-
dor (Fig. 13-22).
k) Eliminam-se OS·· Bxcessos de gesso, antes da presa, deixando
o minima necessaria para a fixagao. Ap6s a presa do gesso, remover
a arco facial e adaptar a modelo inferior na base-de-prova respectiva
e fixando-o, depois com cera fundida.
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Figura 13-21
Transfereneia do modelo
superior com 0 area facial.
Figura 13-22
Fixal ;ii o d o modelo super i o r.
I) Umedecer a base do modelo inferior com mecha de algodao
embebida em agua manipula-se uma nova porc;:ao de gesso comum.
Preencher, a seguir, 0 estojo de fixac;:ao; depositar 0 gesso sobre
a base do modele e recolocar 0 ramo superior sobre 0 inferior na
posic;:ao correta, orientando-se pela posic;:ao da haste incisal, tocando
na mesa incisal. Remover os excessos, deixando apenas 0 suficiente
para a fixac;:ao do modelo (Fig. 13-23).
Figura 13-23
Montagem do modelo inferior.
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PROGRAMACAO DO ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTAVEL
COM BASE NA CURVA DE COMPENSACAO INDIVIDUAL
As principais tecnicas de programac;:ao dos articuladores total·
mente adaptaveis, na confecc;:ao de uma protese total bimaxilar, sao:utilizando-se os registros graficos dos movimentos mandibulares
obtidos no pantografo; utilizando-se as guias de mordidas em cera
ou, ainda, tendo por base as superficies oclusais dos planos-de-cera
em que foi imprimida a "curva de compensac;:ao individual" pela tec-
nica de Paterson.
Na tecnica de desgaste de Paterson, 0 roc;:amento das superfi-
cies oclusais dos planos-de-cera, em que foi acrescido 0 material
abrasivo, e feito, fisiologicamente, pelo paciente, ate se chegar, no-
vamente, a dimensao vertical de oclusao. Se os movimentos realiza-
dos pelo paciente sao orientados pela propria articulac;:ao temporo-mandibular e ac;:aoneuromuscular, pode-se considerar como individual
a superffcie oclusal resultante desse desgaste. Assim, os movimentos
protrusivos, desgastando 0 abrasivo no sentido anteroposterior tor-
naram a curva de Spee individual e, os de lateralidade, desgastando-o
no sentido vestibulolingual, imprime a curva de Monson ou de Wil-
son, formando, dessa maneira, fisiologicamente, a chamada "curva de
compensac;:ao individual".
A curva de compensac;:ao individual, nessa fase do trabalho, e de
grande importancia, pois orienta a reproduc;:ao dos movimentos man-
dibulares do articulador, possibilitando, assim, realizar os ajustes dos
seus dispositivos, propramando-os para cad a paciente. Portanto, reo
produzindo-se os movimentos mandibulares, regulam-se: a inclinac;:ao
da guia condilar, da guia incisal, 0 angulo de Bennett e 0 angulo de
Fischer.
Terminados os ajustes do articulador, 0 grafico do arco gotico
que indica a posic;:ao de relac;:ao central, e 0 ponto de oclusao, regis-
trados no dispositivo extra-oral, sac transferidos a plataforma incisal
do articulador, deixando as citadas posic;:6es mandibulares memori-
zadas.
Seqiiencia da programac;ao do articulador TT
Ajuste da guia condilar
o primeiro fator individual a ser incorporado depois da ,distancia
intercondilar e a inclinac;:ao anteroposterior da guia condilar. Para
isso, retiram-se os grampos de fixac;:ao dos planos-de-cera e recolo-
cam-se as guias condilares e a guia incisal em zero grau.
A seguir, reproduz-se 0 movimento de protrusao (retrusao no
articulador) fazendo deslizar a face oclusal do plano-de-cera superior
sobre a inferior, contactando entre si; mantem-se 0 articulador nessa
posic;:ao para ajustar as guias condilares. Com 0movimento realizado,
os estojos condilares se deslocam e as esferas perdem os contactos
com as paredes superiores dos estojos. Para ajustar as guias condi-
lares, basta inclinar 0 estojo de um lado e depois do outro, restabe-
lecendo os contactos com as respectivas esferas. A inclinac;:ao dada,
corresponde a inclinac;:ao da trajetoria condilar no movimento de pro-
trusao.
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As grava<;6es, que se encontram em cada lado do articulador,
permitem a leitura dos valores numericos das guias condilares, sa-
bendo-se que os intervalos representam 5° (Fig. 13-24).
Ajuste da guia incisal
Em seguida, com 0 mesmo movimento de retrusao do ramo supe-
rior, ajusta-se a guia incisal. Na posi<;ao de retrusao se a extremidade
da haste incisal nao tem contacto com a plataforma incisal, restabe-
lece-se 0 contacto entre as pe<;as, inclinando convenientemente a
mesa incisal.
A inclina<;ao da guia incisar corresponde a trajetoria dos incisi-
vos inferiores nos movimentos protrusivos.
As grava<;6es, que se encontram nos lados da mesa incisal, indi-
cam 0 seu valor, sabendo-se que os intervalos saD de 10°(Fig. 13-25).
Figura 13-24
Aj u ste da gu i a co nd i l ar .
Figura 13-25
Aju s t e d a g uia incis a l .
Ajuste do fmgulo de Bennett
Como sabemos, no movimento de Bennett, 0 c6ndilo de trabalho
permanece na cavidade glenoide rotando sobre os seus eixos e 0
c6ndilo de balanceio, desloca-se para frente, para baixo e para a linha
mediana.
o angulo de Bennett e aquele formado no plano horizontal, pelas
proje<;6es das trajetorias dos movimentos de protrusao e de Bennett.
Como a trajetoria da protrusao ja esta incorporada na guia condilar,
para se ajustar 0 angulo de Bennett falta incorporar 0 movimento de
lateralidade.
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Para ajustar 0 angulo de Bennett do lado direito, reproduz-se 0
movimento de lateralidade para 0 lado esquerdo. Para isso, 0 ramo
superior do articulador e movido para a direita, contactando-se, entre
si, as superficies oclusais dos planos-de-cera.
Reproduzindo-se a lateralidade, como a esfera de balanceio ficaforc;ando a parede lateral interna do estojo, este devera ser girado,
de vestibular para lingual, horizontal mente, pouco a pouco, ate que
saia daquele contacto forc;ado e possa deslizar sem travamento. As-
sim, fica ajustado 0 angulo de Bennett desse lado. A leitura dos an-
Qulos de Bennett e feita nas gravac;oes que se encontram na parte
superior de cada lado do articulador, sendo que os intervalos cor-
respondem a 50. Reproduz-se 0 movimento dE; Bennett do lado oposto
para regular 0 angulo de Bennett do lado esquerdo (Fig. 13-26).
Figura 13-26
A j u s t e do a ngu lo d e Bennett .
Ajuste do ang u lo de Fischer
o angulo de Fischer e aquele formado, no plano sagital, pel as
projec;oes das trajetorias dos movimentos de protrusao e de Bennett.
Mesmo que a guia condilar e 0 angulo de Bennett tenham sido
ajustados quando, em lateralidade, a esfera deixa de tocar a paredesuperior do estojo condilar, significa que, nessa amplitude do movi-
mento, 0 c6ndilo de balanceio, ao se dirigir para frente, tambem des-
ceu; e preciso, pois, inclina-Io, de cima para baixo, segundo 0 eixo
sagital, ate restabelecer 0 contacto, regulando-se assim, 0 angulo de
Fischer de um lado.
A leitura do valor dos angulos de Fischer e feita nas gravac;oes
que se encontram na parte posterior do articulador e que se apresen·
tam com intervalos de 50 (Fig. 13-27).
Memoriza90es das posi90eS de RC e de oclusao
Com a finalidade de orientar 0 ajuste oclusal, apos a montagem
dos dentes, as posic;oes de RC e de oclusao, registradas no aparelho
extra-oral, saD transferidas para a plataforma incisal do articulador.
Esse trabalho e feito da seguinte forma:
a) passa-se uma fina camada de cera azul, fundida na superficie
da plataforma incisal; com a propria haste incisal do articulador,
marca-se 0ponto de oclusao, atraves do movimento de abertura e fe-
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Ajuste 13-27
Ajus te do li ngulo de Fischer.
Figura 13-28
T r ansfe r enc i a d o ponto oc/usa f .
b) se a paciente e do tipo que tem as posi96es de RG e de
oclusao coincidentes (primeiro grupo), basta, nesse momenta, trac;ar,
tambem, a arco g6tico e depois protege-Io com uma lamina de ace-
tato;
c) se a paciente tem as referidas posic;6es, em lugares distin-
tos, depois de marcado a ponto de oclusao, conduz-se a haste incisal
para a posif;ao de RG . Para isso, liberam-se as pastes condilares e
desloca-se a ramo superior do articulador para a frente, ate que a
pua do aparelho de RG, que estava na posi9ao de oclusao, encontre
a vertice do arco g6tico. Fixam-se as postes nessa posi9ao e trac;a-se
a arco g6tico com a haste incisal (Fig. 13-29);
d) transferido 0 arco g6tico. as postes saD reconduzidos a po-
si9ao original, voltando, portanto. os modelos para a posic;ao de oclu-
sao, como foram fixados no articulador. 0 reposicionamento dos
modelos estara correto. quando, tanto a pua como a haste incisal,
voltarem, exatamente, nas marcas do ponto de oclusao (Fig. 13-30);
e) a seguir, 0arco g6tico e a ponto de oclusao descritos na pla-
taforma incisal sao protegidos por meio de uma lamina de acetato
transparente (Fig. 13-31);
f) assim ajustado, a articulador esta apto a reproduzir os movi-
mentos mandibulares do paciente. Finalmente a plataforma e a pua
saD removidas e a superffcie vestibular dos planos-de-cera e reto-
cada. A fase seguinte e a sele9ao dos dentes e a montagem dos
mesmos (Fig. 13-32),
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Figura 13-29
Transfereneia do area g6tieo .
Figura 13-30
Area g6tieo e ponto
de ocJusiio transferidos.
Figura 13-31
Coloea~iio da lamina de aeetato.
Figura 13-32
A;ustes terminados.
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A;ustes te r minados.
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Dentes Art i f ic iais
Segundo Loewe, ja os fenfcios e egipcios, por volta de 2.500 a.C..
preocupavam-se com a substituic;ao de dentes ausentes do arco den-
tal. as dentes empregados na epoca eram de homens e de animais.
Esses dentes eram cortados em tamanhos adequados e fixados no
espac;o protetico com fios metalicos.
Na antiga Roma, tambem temos notfcias de que os dentes ex-
trafdos eram substitufdos pelos dentes de homens e de animais. Po-
rem, esses dentes ja eram trabalhados por artffices especializados
que viviam a custa desses trabalhos.
A primeira referencia sobre dentaduras completas de que temos
conhecimento esta na satira de Horacio "Implicac;ao de Prfaco contra
as bruxas Canfdea e Sagana": "Quando elas eram perseguidas pelos
guardas, ao safrem da cidade apressadamente, Canfdea deixou cair da
boca uma dentadura postic;a e Sagana uma peruca".
Por volta de 1597, pela primeira vez, Guilhemeau tentou a con-
fecc;ao de dentes artificiais, sem obter resultado satisfatorio. Nessa
epoca, a dentadura artificial era esculpida em marfim de hipopotamo.
No ana de 1774, Duchateau, farmaceutico que usava uma denta-
dura esculpida em marfim de hipopotamo, teve a ideia de fabricar
dentes de porcelana. A primeira tentativa resultou em fracasso em
virtude da falta de conhecimento anatomico dos dentes. Para sanar
essa deficiencia, associou-se com Chemant que era dentista e assim
conseguiram resultados satisfatorios.
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Chemant, venda 0 exito assegurado e a importancia do produto,
separou-se de seu socio e foi montar uma industria independente-
mente. A Uibrica prosperou e ele chegou a ser ate agraciado pelo Rei
L U IS XV I.
Com 0 inlcio da RevolU<;ao Francesa, a industria de Chemant
entrou em falencia. a motivo principal foi 0 aparecimento de dentesnaturais frescos a pre<;os modicos, no mercado de Paris. Chemant
entao se mudou para a Inglaterrae la fundou uma nova fabrica
de dentes artificiais. Essa fabrica prosperou e existe ate hoje com 0
nome de Dentes Ash.
Mais tarde, nos Estados Unidos, apareceram diversas fabricas
de dentes artificiais de porcelana. Gra<;as ao aprimoramento dos pro-
dutos, sua aceita<;ao foi crescendo cada vez mais e, de 1820 para ca,
os dentes artificiais entraram, definitivamente, na Odontologia.
Apos a Segundo Guerra Mundial, com a vinda da resina acrflica,
surgiu no mercado novo tipo de dentes, isto e, dentes de resinaacrflica que, principal mente no nosso meio, estao tendo boa aceita<;ao.
as dentes artihciais podem ser classificados segundo 0 material
de que saD feitos e segundo 0 desenho da face oclusal.
Segundo 0 material, os dentes artificiais podem ser: dentes de
resina acrflica e dentes de porcelana.
Todos os dentes de resina acrflica, existentes no mercado, des-
tinam-se a confec<;ao de dentaduras completas. Conforme os meios
de fixa<;ao encontrados nos dentes de resina, podem ser: dentes com
reten<;ao e sem reten<;ao. a meio retentivo do dente e dado a custa
de uma pequena escava<;ao na base onde ha penetra<;ao da resina da
base da dentadura para auxiliar a reten<;ao.
as dentes de porcelana saD de dois tipos: aqueles destinados
para a ponte fixa - dentes em faceta - e aqueles destinados a den-
taduras - dentes com talao.
A fixa<;ao dos dentes com talao, proprios para a confec<;ao de
dentaduras, na base do aparelha, faz-se a custa de uma cavidade nos
dentes posteriores e de pequenos pinos com cabe<;a, nos anteriores.as dentes em faceta, adequados a completar a face vestibular
do ponti co, quanta ao meio de fixa<;ao na contraplaca, podem ser:
facetas com espigas e facetas com ranhura ou canal eta.
No que concerne as faces oclusais, os dentes podem ser: ana-
tomicos e funcionais. as dentes anatomicos apresentam 0 desenho
da face oclusal semelhante ao do dente natural. as dentes funcionais
diferem dos anatomicos e, geralmente, saD sem cuspides.
Gysi estudou dentes com 45° de inclina<;ao das cuspides, colo-
cando-os no seu articulador com 33° de inclina<;ao do condilo e 60°
do incisivo. Notou que real mente os dentes com as cuspides de in-clina<;ao acentuada levam vantagem na questao da eficiencia masti-
gatoria, porem, como inconveniencia aparecia 0 componente horizon-
tal que sempre acabava, com 0 tempo, prejudicando a estabilidade
do aparelho.
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Em 1914, a firma Dentist's Supply Co. lanc;ou no mercado dentes
de porcelana com 33° de inclinac;ao das cuspides. Essa inclinac;ao
de 33° e a media da angulagem da inclinac;ao da cavidade glen6ide
estabelecida por Gysi, para quem os dentes posteriores devem ter
cusp ides com a mesma angulagem da inclinac;ao da cavidade glen6ide.
Como perdurasse ainda a inconveniencia das cuspides altas no
tocante a retenc;ao e a estabilidade, Gysi fez estudos com dentes de
17° e encontrou resultados melhores do que com os de 33°. Assim,
a Dentist's Supply Co. lanc;ou um novo tipo de dentes com 20° de
cusp ides que passou a atender satisfatoriamente 0 objetivo da escola
anatomica sem, contudo, desprezar 0 fator retenc;ao e estabilidade.
Os dentes artificiais funcionais foram introduzidos por Hall em
1930. Esse autor havia notado que, a medida que a abrasao ia desgas-
tando as cuspides dos dentes, as dentaduras melhoravam na estabili-
dade. Ao tentar soludonar um caso de dentaduras para sua mae, que
possufa as condic;6es de rebordos desfavoraveis, depois de muitas
tentativas fracassadas, lembrou-se da abrasao e desgastou, artificial-
mente, de infcio, todas as cuspides dos dentes e com surpresa obteve
o resultado desejado.
Hall publicou os resultados obtidos com os dentes sem cuspides,
e essa nova concepc;ao do desenho oclusal dos dentes artificiais rece-
beu 0 nome de dentes funcionais, surgindo inumeros adeptos.
Sears apresentou seus dentesfuncionais com a seguinte carac-
terfstica: cuspides-zero nos superiores e nos inferiores e eliminac;ao
das cuspides vestibulares. 0objetivo da eliminac;ao das cuspides ves-
tibulares e fazer que as forc;as de mastigac;ao caiam sempre no lado
lingual do rebordo alveolar, a fim de aumentar a estabilidade do apa-
relho.
French modificou a forma da face oclusal dos dentes superiores,
introduzindo pequenas cuspides e conservando os inferiores com as
caracterfsticas dos dentes de Sears. Rae Shephred propos os dentes
superiores com cristas vestibulolinguais e os inferiores com cristasmesodistais.
As objec;6es que se fazem com relac;ao aos dentes funcionais
saD justamente a deficiencia da mastigac;ao e falta de balanceio. Na
nossa opiniao, as discuss6es que se travam entre essas duas Escolas
nao tem razao de ser, porque nas dentaduras precisamos, igualmente,
da estabilidade assim como da eficiencia mastigat6ria. Um bom es-
pecialista nunca pode visar apenas a eficiencia da mastigac;ao ou s6
a estabilidade; deve, ao contrario, tirar proveito de ambas as Esco-
las e, ainda, saber fazer a indicac;ao e contra-indicac;ao de cada casoindividualmente.
Os dentes artificiais devem preencher duas condic;6es mlnlmas:
a estetica e a func;ao. Para poderem desempenhar esses dois fatores,
precisam satisfazer uma serie de requisitos. Segundo Sears, as prin-
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precisam satisfazer uma serie de requisitos. Segundo Sears, as prin
b) as faces oclusais dos dentes devem estar desenhadas de tal
modo que permitam a tritura<:ao dos alimentos, mas nao devem ser
muito extensas nas superficies;
c) por outro lado, os dentes posteriores devem permitir facil-
mente 0 balanceio, assim como orientar as for<:as de mastiga<:ao que
incidem sobre a area de suporte principal do rebordo alveolar;
d) os dentes artificiais devem satisfazer a estetica.
VANT AGENS E DESVANT AGENS DE DENTES DE
PORCELANA E DE RESINA ACR(UCA
As vantagens dos dentes de porcelana sao: a estabilidade da
cor; resistencia a abrasao e eficiencia mastigatoria, quando compa-
rados com os dentes de resina acrilica.
A cor dos dentes de porcelana e tao estavel que, as vezes, numa
protese que dura de 10 a 15 anos, mesmo que este ja bem quanto a
reten<:ao, somos obrigados a refazer 0 aparelho porque a cor dos
dentes ja nao esta em harmonia com a idade do paciente.
A resistencia a abrasao tambem e muito grande nos dentes de
porcelana: dentaduras com muitos anos de uso ainda apresentam as
cuspides dos dentes posteriores nitidas. Como consequencia dessa
propriedade, os dentes de porcelana sempre apresentam muito maior
eficiencia mastigatoria do que os de resina.
As desvantagens dos dentes de porcelana sao muitas. Podemos
enumerar entre outras as seguintes:
a) nas dentaduras duplas, devido a alta dureza do material, du-
rante a conversa<:ao e tambem no ato da mastiga<:ao, quando os den-
tes entram em contacto, produzem ruidos caracteristicos que logo
chamam a aten<:ao de quem estiver proximo;
b) em consequencia da dureza e resistencia a abrasao, os dentes
de porcelana apresentam certa dificuldade na montagem quando re-
querem desgaste;
c) os dentes de porcelana sac mais pesados do que os dentes
de resina: nos casos de dentadura superior, as vezes, esse peso pode
interferir na reten<:ao, diminuindo-a;
d) a porcelana e um m aterial friavel; trinca-se e fratura-se facil-mente. Assim, qualquer descuido com a dentadura, os dentes podem
fraturar-se, principal mente os anteriores.
as dentes de resina acrilica, que cad a vez tem melhor aceita<:ao,
apresentam-se tambem com uma serie de vantagens e desvantagens.
As vantagen~ sao: facilidade nos trabalhos de l aboratorio e de
clinica; ausencia de rufdos durante a conversa<:ao; facilidade na
caracteriza<:ao; uniao entre dentes e a base da dentadura, mais per-
feita; nao for<:am 0 rebordo alveolar etc.
Ao lade das vantagens, os dentes de resina apresentam, tam-
bem, as seguintes desvantagens: facil abrasao e instabilidade da cor.
INDICAC;AO E CONTRA.INDICAC;AO DOS DENTES DE
PORCELANA E DE RESINA ACR(UCA
as dentes de porcelana estao indicados para as pessoas que
desempenham um esfor<:o de mastiga<:ao muito grande, que apresen-
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tam 0 rebordo alveolar normal e 0 espac;:o inter-rebordo alveolar
suficiente para a montagem dos dentes.
Devido a dificuldade no desgaste dos dentes de porcelana e por
causa dos choques mastigatorios muito grandes nos pacientes de
rebordo alveolar fino ou em casos de espac;:o inter-rebordo alveolarpequeno, devem ser contra-indicados os dentes de porcelana.
Os dentes de resina acrflica, pela facilidade que apresentam para
a mudanc;:a de forma e por serem menos traumaticos na transmissao
de esforc;:os mastigatorios, devem ser indicados para casos de rebor-
do alveolar fino,rebordo baixo, quando houver necessidade de des-
gastar muitos dentes na montagem.
A contra-indicac;:ao dos dentes de resina e feita para os casos
dos pacientes que desenvolvem um esforc;:o mastigatorio muito gran-
de, principal mente nos dentes posteriores. Os dentes anteriores de
resina acrflica estao contra-indicados, alem dos casos mencionados,tambem para os casos de fumantes, sapateiros que seguram pregos
com os dentes e para os musicos de instrumento de sopro.
Spurzhein introduziu na Odontologia 0 conceito antigo da Medici-
na que ainda esta em voga, qual se ja, da constituic;:ao ffsica, psfquica
e fisiologica estarem em relac;:ao direta com 0 temperamento do indi-
vfduo. Assim, ate 0 fim do seculo passado, acreditava-se que havia
quatro temperamentos fundamentais: linfatico, sangUfneo, nervoso e
bilioso. A cad a temperamento, pensava-se que h avia uma correspon-dencia estreita com a cor dos olhos, cabelos, pele e outros tra<;os
tais como a forma e a cor dos dentes.
Forma dos dentes
Em 1906, Berry notou que a forma do incisivo central superior
tinha muita semelhanc;:a com a forma do rosto do proprio indivfduo.
Assim, 0autor efetuou medidas e estudos nesse senti do. Mais tarde,
William (1914) interessou-se tambem pelos problemas da coinciden-
cia da forma do rostoe do dente para 0 qual Berry havia chamado a
atenc;:ao. Apos uma serie de observac;:6es, chegou a conclusao de quea forma dos incisivos centrais superiores do homem podem ser agru-
pados em tres formas principais: a triangular, a quadrada e a ovoide.
Observou,. a seguir, que os tipos de rosto dos indivfduos tambem po-
deriam ser divididos nas tres maneiras principais acima. Notou, mais
tarde, que havia uma concordancia em grande numero de casos obser-
vados entre a forma do rosto e a do dente num indivfduo. Constatou
ainda que, quando isto acontecia, a correlac;:ao completava a harmo-
nia dos trac;:os fisionomicos do indivfduo.
Assim, William enunciou sua lei que pas sou a ser conhecida com
o nome de "Lei da harmonia de William": "Num indivfduo deve h avera concordancia entre a forma do rosto e do d ente para se comple-
mentarem os trac;:os fisionomicos harmonicos".
Em 1825, Nelson voltou aoestudo da forma do dente e do rosto
e estabeleceu outro fator interessante que e a forma do rebordo
alveolar.
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Segundo 0 autor, a forma do arco dental tambem pode ser divi-
dida em triangular, quadrada e ovoide. Mais ainda: essa forma acom-
panha a forma do rosto e do incisivo central superior. Assim, tal
coincidencia trfplice recebeu 0 nome de triangulo estetico de Nelson.
DeterminaC;8o da forma dos dentes em desdentado total Determinamos a forma dos dentes artificiais, baseando-nos na
lei de James Leon William, isto e, pela concordancia da forma do
rosto e do incisivo central.
Wavrin ideou uma regua que se compoe de duas hastes moveis,
presas a uma terceira, nas extremidades, destinada a classificar;:ao
da forma do rosto, no paciente desdentado total (Fig. 14.1).
Segurando as duas extremidades livres, adaptamo-Ia aos angulos
da mandibula e arcos zignomaticos, de tal modo que a terceira haste
fique horizontal mente sobre a caber;:a. Conforme a relar;:ao de afasta-
mento entre as duas hastes ajustadas ao rosto, 0 paciente e classi-
ficado como:
a) rosto ovoide, quando as hastes convergem para cima;
b) rosto quadrado, quando ha paralelismo entre as hastes, e
c) rosto triangular, quando as hastes se afastam para cima.
A regua esta munida de um ponteiro fixado no corpo do disposi-
tivo que acusa a forma do rosto, bastando, para isso, colocar no local
corretamente. Aqueles que nao possuem dispositivos de Wavrin, po-
dem trabalhar com duas reguas comuns, adaptando-as no rosto do
paciente.
Dessa maneira, uma vez determinada a forma do rosto, estaraautomaticamente estabelecida a forma dos incisivos centrais e su-
periores.
Figura 14-1
Aplicar,:iio da regua de Wavrin .
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Tamanho dos dentes
Na selec;ao do tamanho dos dentes artificiais devemos levar em
considerac;ao a altura e a largura dos seis dentes anteriores e su-
periores.
Altura - Como na determinac;ao da forma do dente basearam-~ena forma do rosto, no que se refere a altura tambem tentaram rela-
ciona-Ia com as demais partes anat6micas. Com efeito, Berry, em
1906,e Sawage, mais tarde, comparando a altura da face com a do
incisivo central, chegaram a conclusao de que 0 incisivo central
superior e 1/16 da altura da face. Para House (1939), essa proporc;ao
e um pouco menor, isto e, encontrou 1/20.
As experiencias clfnicas demonstraram que essas correlac;6es
eram arbitrarias, e os resultados praticos muito pequenos.
Wood Clapp cogitou da possibilidade da determinac;ao da altura
dos dentes pela posic;ao do labio superior com sorriso forc;ado. No
plano-de-cera ou no plano-de-orientac;ao, marcamos com um trac;o ho-
rizontal a altura do tuberculo do labio no ato do sorriso. Essa linha
recebe 0 nome de linha alta ou linha do sorriso. A distancia entre a
borda oclusal do plano e a linha do sorriso corresponde a altura do
incisivo central superior.
Largura - Segundo Sears (1941), a largura do incisivo central
superior e de 1/18 da distancia bizigomatica.
Tench e Clapp acham que a largura dos seis dentes anteriores
superiores, dispostos no arco, deve ser igual a largura da boca, isto e,
de comissura a comissura. Outros defendem que devemos orientar-
-nos pela bissetriz dos angulos formados pelo sulco nasolabial e asado nariz. Nesse caso, as bissetrizes devem coincidir com as pontas
dos caninos. '
Segundo Lee a largura do "filtrum" ou sulco subnasal e uma
refert3ncia para selecionar a largura dos incisivos centrais superiores;
para Scolt, a largura da base do nariz, fornece a largura dos dentes
anteriores, entre as cuspides dos caninos.
Mais recentemente, Schiffman, sugeriu uma outra tecnica, a qual
se baseia na posic;ao da papila incisiva. Para 0 autor, 0 ponto de
encontro de uma reta, perpendicular a linha mediana e que corta 0
centro da papila incisiva, com a vertente vestibular do rebordo, indica
a posic;ao do canino.Pelo que foi visto, nota-se que a maioria das tecnicas se funda·
menta em dados antropometricos e alem disso estabelecem a lar-
gura dos 14 dentes em func;ao dos dentes anteriores, sem levar em
considerac;ao 0 tamanho do rebordo alveolar. Por isso, desenvolvemos
um trabalho pesql.iisando nos jovens, com os dentes naturais com-
pletos, a relac;ao que existe entre a extensao do arco dental e a lar-
gura dos dentes anteriores. Os calculos da analise estatfstica demons-
tram que nos portadores de dentes naturais, existe uma correlac;:ao
entre as variaveis citadas, representada pela equac;:ao:
y=
0,4341x - 0,1025 onde."x" e a extensao do arco dental que e mensuravel e
"y" a largura dos dentes anteriores que queremos saber.
Na Disciplina de Protese Total, a partir desse trabalho, selecio-
namos a largura dos dentes artificiais baseada na equac;ao, com re-
sultados satisfatorios.
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Linhas de referencias para sele9ao dos dentes
Linha mediana - Marcamos com um sulco vertical, cortando os
planos-de-cera superior e inferior, observando a Iinha mediana do
rosto (Fig. 14-2).
Linhas dos canin os - Marcamos com um sulco vertical de cada
lado as localizac;:6es das cornissuras labiais em repoLiso (Fig. 14-3).
Lin h a alta ou do sorriso - Marcamos com um sulco-horizontal,
perpendicular a linha mediana. justamente na altura do tuberculo do
labio, quando este se contrai num sorriso forc;:ado (Fig. 14-4).
Figura 14-2
Linha median a .
linha 14-3
Linha do canino .
Figura 14-4
Linhas de referencia .
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Largura dos dentes artific i ais
a) Marcar no plano-de-cera superior os limites do futuro arco
dental ou as localizac;6es das faces distais do II molar superior.
b) Medir, com uma regua flexivel, a face vestibular do plano-de-
-cera entre os limites assinalados (Fig. 14-5).
c) Desenvolver a equac;ao y = 0,4341x - 0,1025 onde "x" e a
medida do plano-de-cera obtida com a regua e "y" a largura dos seis
dentes que queremos determinar.
d) Conhecido 0valor de "y", ver, no mapa ou tabela dos modelos
de dentes com as respectivas alturas e larguras, aqueles cujas di-
mens6es mais se aproximam da altura determinada pel a linha alta
e a largura pela equac;ao (Fig. 14-6).
e) Dentre os modelos que satisfac;am 0 item anterior, selecionar
aquele que apresente a forma e a cor mais convenientes ao paciente.
f ) Quanto aos dentes posteriores e anteriores inferiores, exis-
tem os modelos correspondentes aos anteriores superiores escolhi-
dos indicados na tabela.
Figura 14-5
M e d i n do a extensiio d o f utu ro a r e a d e nta l .
Figura 14-6
A alt ura d o s dentes eeseolhi d a pe l a Iinh a a lt a
e· a largu ra pela e qu a r;ii o
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Tabela para selec;ao dos dentes art iliciais
Para nao calcular 0valor de "y" toda vez que se quer seler.ionar
os dentes, elaboramos a tabela abaixo que mostra: na primeira co-
luna, os valores de "x" (extensao do arco dental) variando de 9,3cm
a 12,01cm; na segunda coluna, os valores de "y" (Iargura dos dentes
anteriores) correspondentes a "x" e calculados, desenvolvendo-se a
equa<;ao; na terceira, os modelos dos dentes do Classico indicados;
na quarta. os modelos da Dentron e na quinta, os modelos da Perol-
-Lux (tabela 14-1).
Tabe/a 14·1 Indicac;:ao dos modelos de dentes artificiais
Den t es Indie a c ; ao dos mode/os Ar eo ( x ) ante ri ores (y)
( m m) (mm) C/assieo Dentron Perot-Lux
3,9 ADC 1
359,33 M
10,0 4,2 ED 37
10,2 4,3 AP-EP 3 B 38
10,4 4,4 BP 133 39-40
10,5 4,4 DP A23 41
10,6 4,4 GP 263-2N 4210,7 4,5 AE 20 42
10,8 4,6 DE 3N 42
10,9 4,7 AM 3D 43
11,0 4,7 BE IN 44
11,1 4,7 GE A25 45
11,2 4,7 GE 264 45
11,3 4,8 OM 2P 46
11,4 4,8 EM 135-3P 46
11,6 5,0 AC A26-4H 47-4812,0 5,1 BM 266 50-51
O bs . as fabricantes de d entes fornecem tabelas e mapas com as medidas dos
dentes dispostos em reta. Com a equac;:ao apresentada relaciona superficies
curvas, os valores apresentados nas colunas 3, 4 e 5 correspond em a
media de 10 bocas de dentes montados em arco.
A cor, fisicamente falando, e uma sensa<;ao produzida pel os raios
luminosos que, em numero e quantidade variaveis, atingem a retina.
as raios luminosos, para os que aceitam a teoria ondulatoria de
Hyggiens, saD ondas que atravessam 0 espa<;o e, ao atingirem a reti-
na. provocam incita<;ao. E para aqueles que admitem a teoria corpus-
cular de Newton, consistem em partfculas infimas que sensibilizam
a retina.
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C b t b lh d N t i l i
que reflete todos os raios sem absorver nenhum. aparenta ser branco.
e um terceiro, que absorve todos e nao reflete nenhum, a cor preta.
Uma vez determinada. a cor pode ser estudada sob tres aspectos:
a) Tonalidade - a tonalidade da cor e um fator que Ihe altera 0
aspecto; assim, uma cor vermelha pode apresentar-se azulada. ala-
ranjada etc.
b) Luminosidade - e a diferenc;:a que faz distinguir a cor seme-
Ihante pela intensidade do mesmo tipo de cor.
c) Pureza - diz-se que uma cor pura quando e formada por uma
cor simples. As cores simples ou tambem conhecidas com 0 nome
de cores primarias SaD: a cor vermelha. amarela e azul. Combinan-
do-se as cores simples entre si dao as cores combinadas ou secun-
darias que SaD: violeta. verde e alaranjada.
Quando essas cores simples ou combinadas SaD comparadas comas outras, estabelecem-se dois fatores interessantes:
a) harmonia entre si por analogia de cor;
b) harmonia entre si por contraste de cor.
A harmonia por analogia observa-se quando existe. em ambas as
cores. os mesmos ingredientes comuns. Por exemplo. a cor alaran-
jada com a vermelha. E a harmonia por contraste se processa quando
nao ha ingredientes comuns. Para modelo citamos a cor vermelha
com a verde.
Cor dos dentes naturais
as dentes naturais. principal mente os anteriores. podem ser di-
vi didos em duas zonas, levando-se em considerac;:ao a cor; a zona
incisal e a zona cervical. A parte incisal e acinzentada. e a cervical,
amarelada.
Quanto a disposic;:ao dos dentes no arco. os incisivos superiores
SaD os dentes mais claros. depois os caninos. os pre-molares e,
finalmente. os molares. Quanto a tonalidade" dos dentes,acentua-se
a medida que caminha para distal. Talvez esteja em relac;:ao com a
espessura da dentina.
as dentes inferiores sao. geralmente. um pouco mais escuros
do que seus correspondentes superiores.
A cor dos dentes naturais ainda varia conforme 0 sexo. rac;:a,
idade e outros fatores locais.
Quanto ao sexo. normal mente os homens tem dentes mais es-
curos do que as mulheres da mesma idade e rac;:a. No que se refere
a rac;:a. parece que os brancos possuem sempre dentes mais claros
do que os negros da mesma idade e sexo. A idade apresenta influen-
cia marcante na cor dos dentes: assim. os velhos tem dentes maisescuros que os jovens. as fatores locais que influem na cor dos den-
tes sao: as manchas. os desgastes fisiol6gicos, estado da polpa etc.
que sempre enegrecem a cor natural do dente.
Deter mina<;aoda cor dos dentes artiliciais
Para a determinac;:ao da cor dos dentes em dentadura completa.
Clapp acredita que a cor da pele dos labios e importante, pois ambas
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Clapp acredita que a cor da pele dos labios e importante, pois ambas
devem ter harmonia. Sawage ja acha que a cor dos olhos deve servir
de base.
A orientaQao mais acertada e aquela que leva em conta os se·
guintes fatores: a idade do paciente, 0 sexo e a cor da pele. Assim,
quanta mais velho for 0 individuo, mais escuro devera ser 0 dente
selecionado, 0 mesmo acontecendo com a cor da pele. No homem,
deveremos ter sempre 0cuidado de carregar um pouco mais na tona·
lidade da cor do dente selecionado do que para a mulher.
Essa escolha e feita atraves de uma escala pr6pria que cada fa-
bricante tem, onde estao todas as cores, inclusive a tonalidade. Os
dentes artificiais sao feitos de acordo com essa graduaQao; portanto,
basta estabelecer a cor pela escala. As cores da escala sao, geral-
mente, representadas em numero ou em letra maiuscula. Por exem-
plo, aescala de "Juste" tem quatro graduaQoes: P, C, 0, R. A cor P
significa perola, esta indicadapara pessoas de 20 a 30 anos; a C querdizer "creme", recomendada para pessoas de 30 a 40 anos; a cor 0
corresponde a "orange" e e apropriada para individuos de 45 a 55
anos; e a cor R vem de "red", vermelho, serve a pessoas de 55-70
anos de idade. A escala Dental Pearl vai do numero 20 a· 60 com
variaQao de 5. Cada numero equivale a idade de Dentist Supply, do
numero 62 a 69, com variaQao de uma unidade com exceQao do 64,
que nao existe. Nessa escala, os numeros baixos correspond em as
cores claras, e os altos, as mais escuras.
Os cuidados que 0 profissional deve tomar no ato da escolha da
cor dos dentes sao:a) procurar sempre que for possivel ver a escala com a luz na-
tural indireta;
b) evitar a interferencia da luz direta ou refletida;
c) desviar-se da possivel interferencia da cor dos objetos que
estiverem pr6ximos no momento; avental, roupa do paciente, pare-
des, cortinas etc.;
d) umedecer os dentes da escala no ato da comparaQao;
e) nao ficar olhando muito tempo sobre a cor.
Com essas precauQoes e paciencia, 0 profissional pode conseguirselecionar a cor dos dentes que satisfaQam plenamente a estetica e
harmonia facial.
1. CLAPP, G. W. - Selecting .teeth for full dentures. J .A.D .A., 17: 2.216-2.226,
Dec., 1930.
2. CLAPP, G. W. TENCH, R. W. - P r ofessio n al d e ntur e se r vice . 2." ed., vols. I,
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M o n ta ge m d os D e n te s
Na montagem dos dentes devemos observar os cinco fatores se-guintes: disposi<;:ao, alinhamento, posi<;:ao, articula<;:ao e oclusao.
A disposi<;:ao e 0 estudo da situa<;:ao de cada dente, individual-
mente, na arcada.
a alinhamento e 0 estudo da forma do arco dental que se obtem
apos a montagem dos dentes.
A posi<;:ao e a estudo do conjunto de dentes fixados em rela<;:ao
ao rosto do paciente.
A articula<;:ao e 0 estudo da rela<;:ao do contacto entre os arcos
superior e inferior em movimento de lateralidade e protrusao.A oclusao e 0estudo da rela<;:ao de contacto entre os arcos supe-
rior e inferior nos movimentos de abertura e fechamento.
Ao entrarmos no estudo da disposi<;:ao dos dentes devemos ana·
lisar. inicialmente. a questao da sequencia das montagens, conside-
rando os dentes em grupos para depois entrarmos nos problemas da
disposi<;:ao de cada dente, propriamente dito.
Existem varias sequencias de montagem dos dentes artificiais emprotese completa. As mais conhecidas sao:
a) montagem dos seis dentes antero-superiores e depois os an-
tero-inferiores correspondentes; a seguir os dentes postero-superio-
res de um lado e depois, de outro, completando 0arco superior. Com-
pleta-se depois a montagem dos dentes do arco inferior;
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b) montagem dos dentes de um hemiarco superior e depois do
hemiarco inferior do lado correspondente; segue depois para a mon-
tagem dos superiores do hemiarco oposto, e final mente dos inferio-
res desse mesmo lado;
c) montagem de todos os dentes superiores esquerdos, JnIClan-
do-se pelo incisivo central superior; passar para a montagem do he-
miarco oposto, come<;ando tambem pelo incisivo central superior.
Montar os dentes inferiores na mesma sequencia, isto e, come<;ando
cad a hemiarco pelo incisivo central inferior;
d) montagem dos dentes superiores de cad a hemiarco. Na mon-
tagem dos dentes inferiores, estabelecer primeiro as posi<;6es corre-
tas do II pre-molar inferior ou do I molar inferior e, em ordem, dispor
os demais dentes posteriores; no espa<;o anterior que restou, montar
os dentes anteriores e os pre-molares.
Como se pode perceber, a montagem dos dentes superiores se
inicia sempre pelo incisivo central superior, enquanto que a monta-
gem dos dentes inferiores, dependendo da tecnica, pode come<;ar pelo
incisivo central inferior, II pre-molar inferior ou I molar inferior.
Durante a montagem dos dentes, ou mesmo depois de montados,
pod em ocorrer imprevistos que nos obriguem a remonta-Ios. Nesses
casos, se utilizarmos os planos-de-cera originais, onde se registrou
a curva oclusal individual para montar os dentes, teremos perdido
todas as informa<;6es neles incorporadas, resultando em uma protese
arbitraria. Por isso, como norma, reproduzimos sempre os planos-de--orienta<;ao e montamos os dentes nesses pIanos reproduzidos, re-
servando os originais, com 0 abrasivo para ser utilizados, sempre
que necessario.
As vantagens dessa reprodu<;ao sac tantas que consideramos
imprescindfvel a realiza<;ao dessa fase.
Os materiais e instrumentais necessarios sac aqueles que pre-
cisamos para a confec<;ao da base-de-prova em resina acrflica ativa-
da quimicamente e tambem para a confec<;ao dos planos-de-cera, vis-
tos no capftulo 11.
A sequencia da dupl ica<;ao dos planos-de-orienta<;ao e comosegue:
a) obten<;ao de novas bases-de-prova superior e inferior;
b) no articulador, relacionam-se os planos-de-orienta<;ao com 0
abrasivo; retira-se 0 plano-de-orienta<;ao superior do articulador, subs-
tituindo-o pel a base-de-prova correspondente;
c) obtem-se um rolete de cera plastico com um a e meio lamina
de cera rosa; da-lhe forma de ferradura e adapta-o na base-de-prova;
d) interpondo uma folha de papel, de preferencia impermeavel
entre 0 rolete e a superffcie oclusal do plano-de-cera inferior, fecha-
mos 0 articulador, comprimindo 0 ramo superior ate atingir a DVO;
e) removem-se os planos-de-cera assim relacionados; recortam-
-se os excessos de cera por vestibular e lingual, copiando a confor-
ma<;ao vestibular do plano-de-cera original;
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Figura 15-1
Reproduc;ao d o plano~d e-cer a.
Figura 15-2
Planos-de-orientac;aoreproduzidos.
f) transferem-se as linhas de referencia, prolongando-se as mes-
mas linhas do plano-de-cera original. Fica, assim, reproduzido 0
plano-de-cera superior;
g) para reproduzir 0 inferior, ambos os planos-de-cera utilizados
sao substituidos pelo plano-de-cera original superior e pela base-de-
prova inferior; nesta adapta-se um outro rolete de cera plcl"stico, fe-cha-se 0 articulador e repetem-se os passos ja descritos (Fig. 15-1);
h) conjugam-se, final mente, no articulador, os dois planos-de-
-orientac;ao reproduzidos. Observar os seguintes pontos: se a dimen-
sao vertical esta correta; se as linhas de referencias, transferidas
separadamente, estao coincidindo; se as superficies oclusais dos
planos-de-cera adaptam-se perfeitamente e se a conformac;ao vesti-
bular esta semelhante aos dos pianos originais.
Concluida a reprodUl;:ao dos planos-de-orientac;ao, passamos para
a fase seguinte que e a da montagem dos dentes nesses planos-de-
-cera (Fig. 15-2).
Fixamos os planos-de-orientac;ao nos respectivos modelos, com
cera fundida. Removemos a parte do plano-de-cera correspondente ao
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hemiarco superior esquerdo, compreendida entre a linha mediana e
a linha do sorriso. Depois fixa-se um fino rolete de cera na superffcie
oclusal seccionada, 0 qual nao devera tocar a superffCie oclusal
oposta. A cera desse rolete e destinada a fixar os dentes para evitar
de molestar 0 plano-de-cera.
A disposic;ao de cada dente no arco e a seguinte:
Inci s iv o c e n t r a l superior
A face mesial do dente ficara encostada a linha mediana; a face
vestibular localizar-se-a na altura do plano vestibular de cera; no sen-
tido mesodistal 0 longo eixo ficara paralelo a linha mediana; vest i-
bulolingual devera estar ligeiramente inclinado para 0 lado palatino;
a face incisal, tocando a borda vestibuloclusal do plano-de-cera infe-
rior (Fig. 15-3).
Figura 15-3
Vi s ta vestib u lar e v ista
prox i mal d o ICs .
Incisivo lateral superior
A face mesial ficara em contacto com a face distal do incisivo
central, pelo ponto de contacto; a vestibular estara ligeiramente re-
cuada para 0 lado palatino; a face incisal nao tocara 0 plano; a incli-nac;ao do longo eixo, no sentido mesodistal, e para 0 lado distal e no
vestibulopalatino, ligeiramente para 0 lado palatino.
Canino
A face mesial mantera 0 ponto de contacto com 0 incisivo late-
ral; a face vestibular conforme 0 contorno do plano-de-cera ou muito
ligeiramente saliente; a cuspide tocando 0 plano oclusal; a inclinac;ao
mesodistal e paradistal um pouco menos do que 0 incisivo lateral e
nao tem inclinac;ao vestibulopalatino, pois e perpendicular ao plano
oclusaf.
Primeiro e segundo pre-molares
A face mesial mantem 0 ponto de contacto: a face vestibular
acompanha 0 contorno do plano-de-cera; as duas cuspides vestibular
e palatina tocando 0 plano oclusal: a inclinac;ao do longo eixo no sen-
tido mesodistal e perpendicular ao plano oclusal assim como no sen-
tido vestibulopalatino.
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Primeiro e segundo molares
A face mesial em contacto com 0 dente anterior: a face vestibular
acompanha 0 contorno do plano-de-cera; as cuspides, todas tocam 0
plano oclusal; a inclinac;:ao mesodistal do longo eixo e perpendicular
ao plano oclusal, assim como no sentido vestibulopalatino.as dentes saD fixados urn por urn nos seus locais com cera fun-
dida, pelo lado palatino a medida que saD montados (Fig. 15-4).
A seguir, removemos parte do plano-de-cera do lado oposto ten-
do por base a linha do sorriso: dispomos os dentes de acordo com
o que acabamos de ver para 0 hemiarco esquerdo (Fig. 15-5).
Terminada a montagem dos dentes superiores, antes de passaro
mos para a montagem dos dentes inferiores, devemos examinar se
a curva oclusal dos dentes superiores montados esta de conformidade
com a curva de compensaf;8o individual. Para isso, substitui-se a
plano-de-cera inferior reproduzido, que esta no articulador pelo plano--de-cera original com a abrasivo.
Nesse exame, devemos ter todas as cusp ides e bordas incisais
tocando a face oclusal do plano-de-cera original, com excec;:ao do in-
cisivo lateral superior. Verificar a dimensao vertical de oclusao, isto
e, se a haste incisal do articulador tambem esta contactando a mesa
incisal. Qualquer irregularidade deve ser corrigida, nesse momento,
antes de comec;:ar a montar os dentes inferiores. Uma outra parti-
Figura 15-4
Mon t age m do hemiare o su p erio r .
Figura 15-5
M ont ag em do s dentes
do a reo supe r ior.
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cularidade que deve ser observada e quanta ao alinhamento. Qual-
quer dente que estiver fugindo da conformac;ao vestibular do
plano original, com excec;ao tambem do incisivo lateral superior, que
normal mente fica recuado, os demais devem ser corrigidos.
Na montagem dos dentes inferiores, dependendo do tipo de rela-
cionamento maxilomandibular, os dentes anteriores podem se dispor
de tres maneiras: com trespasse vertical ("over-bite"), com trespas-
se horizontal ("over-ject") e topo a topo.
A montagem com trespasse e quando 0 terc;o incisal dos dentes
antero-inferiores ficam incobertos pelos antagonicos superiores e as
suas bordas tocam a face palatina dos superiores.
Com trespasse horizontal e quando a situac;ao dos dentes antero-
-inferiores e semelhante, mas as suas bordas ficam afastadas das
faces palatinas dos superiores; e topo a topo, quando ha contactosdas bordas incisais dos dentes superiores e inferiores.
Quando 0 paciente tem uma relac;ao maxilomandibular normal. a
montagem indicada e com trespasse vertical; quando apresenta
prognatismo da maxila, com trespasse horizontal e quando 0 paciente
tem prognatismo mandibular ou 0 rebordo inferior muito reabsorvido,
indica-se a montagem topo a topo.
Ao dar infcio a montagem dos dentes inferiores, preparamos 0
plano-de-cera, eliminando a parte de hemiarco esquerdo, compreen-
dida entre a linha mediana e a altura correspondente a coroa clfnica
dos dentes inferiores. Depois fixamos um pequeno rolete de cera nasuperffcie oclusal seccionada, a fim de utilizarmos a cera colocada
para a fixac;ao dos dentes, sem necessidade de molestar 0 plano-de-
-cera que restou.
Disposi~io dos dentes inferiores
I ncisivo cen t ral
Fazemos coincidir a face mesial com a l inha mediana, a borda
incisal em contacto com a face palatina do incisivo central superior
na altura de 1 /4 incisal; a inclina<;:ao no sentido vestibulolingual do
seu longo eixo e ligeiramente para vestibular e no sentido mesodis-tal e paralelo a linha mediana.
Incisivo la teral
A face mesial mantem 0 ponto de contacto; a incisal toca a face
palatina do incisivo central superior e parte do i ncisivo lateral supe-
rior; 0 longo eixo devera estar ligeiramente inclinado para mesial e
no sentido vestibulolingual e perpendicular ao plano oclusal.
Ca ni no
A cuspide fica exatamente na linha do contacto do incisivo late-
ral e canino do arco superior e toca a altura do 1/4 incisal; 0 longoeixo no sentido mesodistal estara inclinado para mesial; e no sen-
tido vestibulolingual ligeiramente para lingual.
Pr i meir o pr e - molar
A cuspide vestibular interp6e-se entre 0 canino e 0 primeiro
pre-molar superiores a altura do ponto de contacto, 0 apice da cuspi-
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de lingual fica livre; a inclina<;:ao do tongo eixo, tanto no sentido ves-
tibulolingual. como no mesodistal e perpendicular ao plano oclusal.
Segundo pre-m o l a r
A cuspide vestibular interp6e-se entre os dois pre-molares supe-
riores a altura das faces proximais e a lingual ficara livre; a inclina-
c;:ao do longo eixo tanto no senti do mesodistal como no vestibulolin-
gual e perpendicular ao plano oclusal.
Primeiro molar
A cuspide mesovestibular insere-se entre 0 segundo pre-molar
e 0 primeiro molar, a altura das faces proximais; a cuspide mesoves-
tibular do primeiro molar superior recai sobre 0 sulco mesovestibular
do molar inferior. As demais cuspides vestibulares ocluem com 0
molar superior no sulco mesodistal. As cusp ides linguais do molar
inferior ficarao livres no lado lingual.
Segund o molar
As cuspides vestibulares tocam 0 sulco mesodistal do molar su-
perior correspondente e as cuspides linguais ficam livres de contacto
(Fig. 15-6).
Figura 15-6
Montagem do ar e o inferior .
Terminada a montagem dos dentes, funde-se a cera em tome do
cola de cada dente com a espMula n.o 7, aquecida, a fim de fixa-Ios
perfeitamente. 0 ajuste oclusal de uma dentadura completa deve ser
feito em posic;:ao de oc lu s8 o e depois em posic;:ao de Re l aC ;8o Central,
quando, no paciente, ambas nao coincidem.
Ajustes em oclusao e em articula~ao
Os contactos prematuros das cuspides sac detectados com 0
auxilio do papel de articulac;:ao (papel-carbono), interposto entre os
arcos superior e inferior (Fig. 15-7).
o aspecto das marcas do carbono revelam a intensidade doscontactos, orientando-nos desse modo a conduta do ajuste oclusaL
Assim, as marcas em forma de anel devem ser desgastadas primeiro,
pois sao os contactos mais intensos; depois desgastam-se as marcas
em forma de disco; as marcas em forma de pontos sac 0 que dese-
jamos.
No ajuste oclusal, as cuspides devem ser resguardadas; os des-
gastes devem ser feitos nas vertentes das cusp ides, fossas, f6ssulas
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g p
Figura 15-7
Marcando os contactos
premat uros em oclusao.
au cristas marginais. Portanto, quando uma cuspide ficar intensamen·
te marcada, a desgaste deve ser feito na regiao correspondente do
dente antagonico.
o registro dos pontos de contacto com a carbona deve ser repe-
tido varias vezes, ate que, feitos as ajustes, obtenha pontos de
contactos uniformemente marcados, ao longo dos dentes posterio-
res, em numero de 24, sendo 12 para cada lado.
Feito a ajuste em oclusao, a passo seguinte e a a juste em ar·
ticulac;:ao, movimentando-se a ramo do articulador em lateralidade e
em protrusao.Durante as movimentos de lateralidade as vertentes das cuspi-
des devem proporcionar livre passagem as cuspides. No caso de apre·
sentar algum travamento se desgastam as vertentes au as cuspides.
No movimento de lateralidade, a lado em que ha contactos de cusp i-
des com as mesmos names chama-se lado ativo au de t rabalho e a
lado em que as cuspides palatinas dos dentes superiores contactam
as vestibulares inferiores chama-se lado de balanceio.
DetecC;8o dos pontos de contacto em articulaC;8o
Coloca-se uma folha de papel de articulac;:ao (carbona) entre as
arcos dentais e movimenta-se a ramo do articulador em lateralidade
(Fig. 15-8).
Figura 15-8
Aiuste em articula980.
Exame dos pontos de contacto em ar t iculaC;8o
A d i d l b d if A
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A d i d l b d if A
desgastam-se as cuspides ou vertentes das cuspides. proporcionando
maior liberdade de movimento.
Ajuste em protrusao
o papel de articulac;ao e interposto entre os dentes para detec-
tar algum travamento no movimento anteroposterior. Revelando-se
nos dentes anteriores. realizar 0 desgaste. de preferencia na face pa-
latina dos dentes superiores.
Ajuste em relac;ao central
Em relac;ao central , 0 ajuste oclusal e feito tambem em duas
etapas. Inicialmente. 0 modelo superior deve ser deslocado da posi-
C;ao de oc/usao para a d e relac;ao central. Com os modelos. assim
relacionados. marcam-se os pontos de contactos entre os arcos den-
tais opostos; nesse primeira etapa, tambem verifica-se a uniformi-
dade dos pontos assinalados. No ajuste. desgastar as fossas, verten-
tes das cusp ides ou cristas marginais. reguardando as pontas de
cusp ides (Fig. 15-9).
Na segunda etapa , 0 ajuste e feito para permitir 0 movimento
de deslizamento das cuspides. do vertice do arco g6tico ao ponto
oclusal. Com as tiras de papel-carbono colocadas entre os dentes
posteriores de ambos os lados. faz-se os movimentos de deslizamento
anteroposterior (Fig. 15-9). Os desgastes para eliminar as interferen-
cias assinaladas SaD feitos convenien-temente nas cuspides, ver-
tentes ou cristas marginais ate permitir passagem livre para posiC;ao
de relaC;ao central ao ponto oclusal e vice-versa (Fig. 15-10).
Figura 15-9
Ajuste em p o s i c;ao
de relac;ao centra l .
Fifura 15-10
Aj ust e ' oc/ us a! pa ra pe rmi t ir
de s l izamen t o anteroposterior .
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A custa de um alinhamento adequado da-se uma conforma<;:ao
natural, funcional e estetico ao arco dental artificial.
A questao do alinhamento dos dentes artificiais e ainda um pro-
blema nao solucionado, daf haver muitas divergencias de opinioes:
para alguns, a lei do triangulo estetico de Nelson e valida e para
outros, nao.
Para aqueles que seguem a "lei da estetica" basta construir um
alinhamento semelhante ao do rebordo alveolar do proprio paciente.
Assim, para 0 paciente com rebordo triangular, 0 alinhamento dos
dentes tambem deve ter a forma triangular; com 0 rebordo quadrado,
o alinhamento quadrado e com 0 rebordo ovoide, 0 arcodental tam-
bem ovoide.
as que divergem da orienta<;:ao dada por Nelson, podem ser agru-
pados em duas correntes. A primeira preocupa-se mais com a estetica,isto e , com a reconstitui<;:ao fisionomica a custa do contorno vesti-
bular do arco dental. A segunda, considera sobretudo 0 ate masti-
gat6rio e a comodidade e estabelece 0alinhamento a custa da posi<;:ao
da Ifngua no ate da degluti<;:ao.
as autores dessa corrente constroem os planos-de-oclusao em
godiva. Como, no ate da degluti<;:ao, a Ifngua exerce pressao para
vestibular, a godiva estando plastica, imprime a forma da Ifngua na-
quela situa<;:ao e, ao mesmo tempo, do lade vestibular, molda as
bochechas e os labios, resultando num plano-de-oclusao com a forma
de arco dental. Por isso, acham que os planos-de-oclusao, assim
conformados, proporcionam 0 alinhamento ideal, fisiologico e funcio-
nal ao paciente.
Na nossa disciplina, adotamos 0 metodo da reconstitui<;:ao fisio-
nomica pelo contorno do plano-de-cera, sem desprezarmos a obser-
va<;:ao do triangulo estetico de Nelson.
Alguns autores, ainda, recomendam consultar fotografias anti gas
do paciente, mostrando seus dentes naturais. Na impossibilidade des-
tas, aconselham observar 0 alinhamento dos dentes das pessoas da
familia: irmao, irma, pai ou mae que mais se pare<;:am com 0 paciente.
a presente procedimento nao s6 traz informa<;:oes sobre a forma do
arco, mas tambem sobre certas caracterfsticas pessoais dos dentes,tais como: diastema, apinhamento, tor<;:ao, abrasao etc. que, reprodu-
zidas nas pr6teses, proporcionam um aspecto muito natural.
Nesta fase, com as pr6teses instaladas, vamos verificar se a dis-
posi<;:ao e 0 alinhamento conseguidos satisfazem os requisitos este-
tico e funcional. A verifica<;:ao da posi<;:ao do arco dental integrando
o conjunto anatomico da face constitui 0 que chamamos de prova da
dentadura. Para que possamos fazer a prova, de modo eficiente, e
necessario, antes disso, fazer a escultura da parte gengival.
A escultura e realizada na seguinte sequencia: enceramento,
recorte do colo cervical, delineamento dos sulcos horizontais, esbo<;:o
das bossas radiculares e acabamento da escultura.
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Enceramento
Antes de darmos infcio ao enceramento, as bases-de-prova SaD
removidas dos model os e estes recebem uma camada de isolante,
para que, terminada a escultura, a dentadura em cera possa ser re-
movida facilmente, sem molestar a escultura. Depois SaD perfeita-mente reposicionadas e fixadas nos modelos, correndo a cera bem
fundida em todo 0 seu contorno.
Dar infcio ao enceramento, depositando cera rosa fundida por
vestibular, em torno do cola cervical de cada dente, preenchendo os
espa<;:os interdentais, cobrindo 0 limite das faces clfnicas e evitando""
que escorra sobre os dentes. Varias camadas de cera deverao ser so-
brepostas, ate que tenham uma espessura suficiente para dar forma
as boss as radiculares (Fig. 15-11).
a enceramento da superffcie lingual e semelhante, sendo que,
na regiao do palato, a camada devera ser fina (Fig. 15-12).
Figura 15-11
Espessura suficient e
de cera para dar i n/cio a escultura .
Figura 15-12
Ence r amento do lado
pa/atino .
Recarte da Cala Cervical
A borda livre da gengiva e re-cortada com a espatula Le Cron.
contornando 0 cola cervical e expondo toda face clfnica de cad a
dente. a recorte vestibular e feito em 45°, deslizando a espatula de
urn lado a outro do dente, com urn movimento firme e contfnuo, dan-
do forma a borda livre e as papilas interdentais. A altura desses reo
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cortes deverao variar de acordo com 0 tamanho dos dentes. Esse
detalhe e sobretudo importante nos dentes anteriores, pois influi na
estetica, conferindo maior naturalidade.
o recorte da borda livre gengival do lade lingual e realizado,deslizando a espatula, praticamente em horizontal, evitando que
formem areas retentivas.
A orientac;:ao desse recorte e valida tanto para a dentadura su-
perior como para a inferior.
Escultura da RegUla Gengival Vestibular
Com 0 espMulo n.o 7, fazemos um sulco mesodistal, horizontal,
relativamente acentuado que se inicia na l inha mediana e segue pr6-
ximo ao sulco do modelo acompanhando-o e indo terminar no freio
lateral; depois, um outro sulco partindo do outro lado do freio laterale vai terminar na regiao da tuberosidade, espraiando-se. Delinear os
mesmos sulcos do lade oposto.
Depois, com a espatula Le Cran, esboc;:amos a escultura das
boss as radiculares e fossas inter-radiculares. Para isso, fazemos os
sulcos verticais que, tendo infcio nas papilas interdentais, mais es-
treitas, vao terminar nos sulcos mesodistais, alargando-se. Lembrar
que nessa fase estamos esboc;:ando a escultura no seu todo, dando
forma, tamanho e direc;:ao adequados a cad a bossa.
Depois do esboc;:o, com a espatula n.O 7, damos a conformac;:ao
natural as bossas radiculares, arredondando-as, acentuando os sulcos.eliminando os excessos, regularizando, melhorando a forma, 0 tama-
nho e a direc;:ao de cada bossa, de modo que fiquem de acordo com
cada dente. .
Completando a escultura desse lado, damos os retoques finais
uniformizando a espessura das bordas livres, deixando-as com apro·
ximadamente 1mm de espessura em torno de cad a um dos dentes.
Depois os sulcos verticais sac prolongados ate as extremidades das
papilas interdentais e, final mente, os sulcos mesodistais sac suavi-
zados, estendendo-as ate as bordas do modele (Fig. 15·13).
Figura 15-13
Terminand o a escultur a
do lado vestibular .
Terminando· a escultura
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Escultura da Regiao Gengival Lingual
A escultura do lado lingual e feita com a espatula Le Cron, es-
b09ando os sulcos verticais que tern infcio nas regi6es dos contactos
interdentais, mais profundos, indo terminar logo em seguida, suave-
mente. Depois, igualamos a espessura da cera que envolve cad a
dente; terminamos com a espatula n.o 7 retirando os excessos, reto-
cando a escultura, tornando a superffcie lisa, sem irregularidades.
Na regiao do palato, a cera deve ser eliminada, alisando-a, de modo
que permane9a uma camada fina (Fig. 15-14).
Quanto a escultura da dentadura inferior, obedece aos mesmos
passos e cuidados exigidos para a dentadura superior (Fig. 15·15).
Figura 15-14
do lado palatino.
Figura 15-15
Sulc os hor i zo nt als
da pr6 tese i n f er i or
Dentadura em ceraTerminada a escultura, as dentaduras em cera SaD destacadas
dos respectivos model~s. A rem09aO nao e diHcil porque 0 modelo
foi isolado. Antes de instalar as dentaduras em cera na boca do
paciente, fazemos pequenos retoques, que consistem nos seguintes:
a) eliminam-se as rebarbas da cera das bordas vestibulares das
protese, de tal modo que fiquem com a exata conforma9aO e es-
d l if i d d l (Fi 15 16)
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pessura dos sulcos perifericos do modelo (Fig 15 16)
Figura 15-16
Aeertando a espessura
e a eonformar;:ao da borda
vestibular com base nas mareas
do suleo do modelo .
b) sem interferir nas bordas da dentadura, retocam-se os sulcos
horizontais para que terminem sem formar nenhum degrau, mas, ao
contra rio, suavemente e muito proximos as bordas.
Durante 0 ato clfnico de prova das proteses no paciente, a escul-
tura da superffcie vestibular pode ainda sofrer alguns reparos em
func;ao da estetica.
Para melhor clareza, subdividimos esse passo em cinco partes:
relac;ao oclusal dos dentes, reconstituic;ao fision6mica, teste fone-
tico, aprovac;ao do paciente e caracterizac;ao.
Relac;ao oclusal dos dentes
Colocamos as dentaduras em cera superior e inferior na boca
do paciente e fazemos uma ligeira compressao contra 0 rebordo
para fixa-Ias. Com essa medida. se as dentaduras em cera nao fica-
rem retidas, recomendamos a sua fixac;ao com urn po ad,esivo.
Obtida a fixac;ao das dentaduras, acomodamos 0 paciente na
cadeira, de modo que a cabec;a e 0 tranco fiquem na posic;ao vertical,
de preferencia desencostados. Pedimos, a seguir, que ° paciente
feche vagarosamente a boca ate que os arcos entrem em contacto.
Nesse fechamento, 0 contacto dos dentes pode ser em: oclusao
central, oclusao em protrusao, oclusao em retrusao e oclusao emlateralidade.
A mordida em oclusao central e a mais frequente, pois e aquela
oclusao conseguida no articulador com a montagem dos dentes. Os
demai"s casos de oclusao sao menos frequentes; se ocorrer, 0 tra-
balho devera ser repetido porque 0 erro, pravavelmente, foi cometido
na fase de determinac;ao das posic;6es de RC e de oclusao.
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Reconstitui~ao fisionomica
Comec;:amos 0 exame pela parte intra-oral. Colocando-nos de
frente ao paciente e observamos durante 0 sorriso: se a linha me-
diana do arco superior coincide com a linha mediana do rosto; emseguida, se as linhas medianas dos arcos superior e inferior coinci-
dem entre si. Na falta de concordancia, no primeiro caso, ha neces-
sidade de correc;:ao porque depoe contra a estetica. A desarmonia
das linhas medianas entre os arcos, nao sendo decorrente do posi-
cionamento funcional excentrico da mandibula, muitas vezes, dis-
pensa a correc;:ao.
A disposic;:ao dos do is incisivos centra is, no que se refere ao seu
longo eixo em relac;:ao ao plano oclusal, e importante sob 0 ponto de
vista estetico; os eixos devem ser paralelos a linha mediana e no
senti do vestibulopalatino, uma certa inclinac;:ao para 0 lado palatino.
Outro fator relevante e a verificac;:ao da parte gengival das den-
taduras superior e inferior: durante 0sorriso forc;:ado, a parte gengival
deve ficar muito pouco ex posta. Ouando, devido as condic;:oes do
rebordo alveolar ou contrac;:ao excessiva do labio, isso nao acontece
e fica muito exposta. convem procurar todos os meios e artificios
para oculta-Ia. porque esse fato destoa da estetica.
Uma vez examinados e aprovados os pontos principais, relativos
a parte intra-oral, passaremos ao exame da parte extra-oral.
No exame extra-oral. inicialmente verificamos a altura dos labiossuperior e inferior. Num paciente desdentado, por falta do suporte
normal que saD os dentes e 0 osso alveolar, ha um grande aprofun-
damento, nao s6 dos labios, mas ate da base do nariz. Por me i o da
dentadura e que restauramos a parte perdida. Com efeito, muitas
vezes, quando a reabsorc;:ao 6ssea e grande, precisamos dar uma es-
pessura consideravel de cera nas partes anterior e vestibular para
normalizar a posic;:ao dos labios.
Os sulcos nasogenianos tambem devem ser observados e nor-
malizados. pois seu aspecto influi na fisionomia natural do paciente.
A profundidade desse sulco esta na dependencia direta da presenc;:a
de dentes e da dimensao vertical. Ouando a dimensao e baixa ele
ficara acentuado e, na dimensao alta, aparentara 0 contrario.
Observamos. de resto, se 0 terc;:o inferior do rosto esta em har-
monia com os dois terc;:os restantes. Oevemos, sempre, levar em
conta a condic;:ao atual do paciente e nunca a do passado.
Teste fonetico
o objetivo do teste fonetico, agora, e diferente da ocaslao da
determinac;:ao da OVO do plano-de-orientac;:ao, pois tem aqui. real-
mente, a caracteristica fonetica. Realizamos diversas provas com
palavras possuidoras de fonemas linguodentais, visto que e nessas
palavras que os portadores de aparelhos falham. Os americanos usam
a palavra "Mississipi" para testar e n6s utilizamos numeros tais como
66, 666.
Para que 0 teste de resultado. as dentaduras em cera devem
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Aprovac;io do paciente
Depois de ter observado com cuidado e corrigido os defeitos do
aparelho em prova, na boca do paciente, passamos a outra fase que,
a nosso ver, e importantissima. Precisamos ouvir a opiniao do pa-ciente a respeito do trabalho.
Muitos autores acham que nao deve existir essa fase, nos dis-
cordamos: 0 paciente merec'e toda a considera<;:ao. Ouvi-Io no que
se refere a estetica e a comodidade nao significa a intromissao deste
no nosso trabalho. E preciso orientar 0 exame do seu rosto atraves
do espelho.
Colocamos um espelho comum de 20x10cm de extensao a 50cm
de distancia no minima e explicamos, mostrando a dentadura na sua
boca: 0 porque da cor, do tamanho, da disposi<;:ao, do alinhamento e
da posi<;:ao dada aos dentes, assim com6' do levantamento do labio,da dimensao vertical etc. Finalmente, perguntamos se ha mais alguma
coisa a acrescentar para melhorar a estetica. Com a explica<;:ao cui-
dadosa e baseada em fundamentos cientificos, geralmente, 0paciente
concorda com 0 nos so ponto de vista.
Caso 0 paciente nao concorde em alguns pontos, somos de opi-
niao de que, se for problema de estetica, devemos respeitar sempre
a opiniao do paciente.
Caracterizac;io da dentadura
Quando 0 paciente deixa exposta a gengiva durante 0 sorriso e
nao quer submeter-se a uma opera<;:ao redutora do rebordo, empre-gamos 0 recurso da caracteriza<;:ao.
A caracteriza<;:ao da dentadura e um artiffcio empregado para
obter maior naturalidade, imitando certas condi<;:oes particulares
locais, tais como inflama<;:ao, hipertrofia, carie, obtura<;:ao, manchas,
abrasao etc. Pode ser dividida em duas partes: a caracteriza<;:ao da
gengiva e a caracteriza<;:ao dos dentes.
A caracterizaC;80 da gengiva consiste em utilizar corantes pig-
mentares de resina para obter diferentes tonalidades e cores de re-
sinas. Essas saD aplicadas na fase de condensa<;:ao ,da resina ou
depois da polimeriza<;:ao da base, em regioes como bossas, fossas ebridas, acentuando ou atenuando as tonalidades dessas regioes ou
mesmo simulando veias com a cor azulada.
A ca r acterizaC;8o dos dentes consiste em fazer restaura<;:oes de
ouro, de resina etc. nos caninos e pre-molares; restaura<;:oes de amal-
gama nos molares e pre-molares; usa de corantes para simular as
manchas e abrasoes; artificios na disposi<;:ao dos dentes, tais como:
apinhamento e diastema; modifica<;:oes da forma dos dentes; usa
alternado de dentes de cores diferentes para a montagem dos seis
incisivos superiores etc.
Na individualiza<;:ao da dentadura artificial deveremos ainda ana-
lisar a questao da idade e 0 sexo.
A idade do paciente reflete-se nos arcos dentais naturais, pelo
menos, de quatro maneiras: na cor, abrasao, altura da borda gengival
e diastema dos dentes anteriores. Assim, nas dentaduras artificiais,
para conseguirmos naturalidade e harmonia nos pacientes de idade,
montamos os incisivos centrais e laterais superiores de forma que
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as bordas incisais fiquem na mesma altura; usamos a montagem de
topo com pequenos di'astemas; selecionamos os dentes de cor mais
amarelada e esculpimos a borda gengival expondo os colos dos den-
tes ao maximo.
a sexo influi na disposic;ao dos dentes do seguinte modo: nohomem, os caninos e os incisivos centrais esHio mais salientes, ao
passo que, nas mulheres, os incisivos laterais sobressaem-se dentre
os demais dentes anteriores. Desse modo, nas dentaduras artificiais
dos homens, os caninos e os incisivos centrais superiores devem ser '
destacados, e, nas das mulheres, ocultamos os caninos e os incisivos
centrais e salientamos os incisivos laterais.
1. DIRKSEN, L. C. - A natural esthetic buccal and labial anatomic form for
complete dentures. J. Prosth. Dent., 5 (3): 368-374, May, 1955.2. FENN, H. R. & cols. - Clinical dental prosthetics. London, Stapless. Press, pp.
417-453, 1961. ,
3. PICARD, C. F. - Complete denture esthetics. J. Prosth. Dent . , 8 (2): 252-259,
March, 1958.
4. POUND, Z. - Lost-fine arts in the fallacy of the ridges. J. Prosth. Dent . , 4
(1): 6-11, Jan., 1954.
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P ro c es sa m e nto d a B a se d a D e nta du ra
Satisfeitos todos os requisitos da prova da dentadura, passarnos
para a fase de processamento das bases.
Recolocamos as dentaduras em cera nos respectivos model os
do articulador e verificamos 0 seu perfeito assentamento; fecharnos
o articulador e, mantendo os dentes em oclusao, fazemos correr uma
fina camada de cera rosa fundida em torno das pr6teses, fixando-as
aos model os, vedando completamente todo 0 contorno periferico. A
seguir, os modelos sao separados dos estojos do articulador e 0
gesso utilizado para a fixac;ao e eliminado.
As operac;oes que se segueme os cuidados que se tomam emrelac;ao a inclusao na mufla, prensagem da resina, polirnerizac;ao e
acabamento, tem por objetivo substituir a base da dentadura, que
esta em cera, por um material pr6prio, sem provocar nenhuma alte-
rac;ao dimensional ou morfol6gica, distorc;ao ou mudanc;a de posic;ao
dos dentes.
Material e In s trume n t al
a) muflas n.o 6;b) gral de borracha;
c) espMula para gesso;
d) espatula n.O 31;
e) espatula Le Cron;
f) pincel n.o 14;
g) vaselina;
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Figura 16-1
A muf l a de vera acomoda r 0
m odel o e te r espac;; o s uf i cie n t e
p a r a 0 gesso qu e 0 f ixara.
h) gesso comum e gesso-pedra;
i) prensa de bancada.
Inicialmente, selecionamos duas muflas de taman has adequa-
dos aos modelos superior e inferior. A mufla deve ser de tal tama-
nho que acomode a modelo com certa folga, tanto em altura como
em largura e comprimento (Fig. 16-1).
Tecnica de inclusao
Para facilitar, mais tarde, a desinclusao da protese, as superfi-
cies internas das muflas sao untadas com vaselina. Depois a modelo
e fixado na base da mufla, do seguinte modo:
a) hidratar a modeloenquanto se lespatula 100g de gesso co-
mum em SOcc de agua;
b) depositar uma parte do gesso manipulado na base da mufla;
posicionar a model a centralizando-o sabre a massa de gesso; pres-
sionar a modelo de modo que fique no mesmo nlvel da borda da
base da mufla; rapidamente, remover a gesso que aflorou;
c) imediatamente, adaptar a contramufla, na base da mufla, para
verificar a posi<;ao do area dental em rela<;ao as paredes da contra- _ mufla; se estiver muito proximo de qualquer das paredes, ainda e
posslvel a justar a posicionamento do modelo, pais a gesso ainda
esta pouco consistente;
d) remover a contramufla; se for preciso ajustar a posi<;ao do
modelo, faze-Iosem perder tempo; depois eliminar a excesso de
gesso em torno do modelo, com todo cuidado para nao sujar a escul-
tura, ao mesmo tempo que torna a sua superficie lisa e expulsiva no
senti do oclusal (Fig. 16-2);
e) depois da cristaliza<;ao do gesso, adaptar, novamente, a con-
tramufla na base da mufla e examinar, agora, a assentamento das
duas partes; as partes metalicas devem ter contactos entre si;
f) estando correto, remove-se a contramufla; depois unta-se com
vaselina toda a superficie de gesso, isolando-o do gesso que sera
vertido na contramufla;
g) antes, porem, de completar a inclusao, constroi-se uma mu-
ralha em torno do area dental com a objetivo de evitar que as dentes
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Figura 16-2
Model o fixa do na base d a mufla .
se desloquem das suas posic;6es nas fases subseqi.ientes. Para isso,
manipula-se uma porc;ao de gesso - pedra e deposita-o. com 0 auxflio
de um pineel. sobre os dentes e n os espac;os interdentarios. pro-eurando. dessa forma. nao ineluir bolhas de ar. Aereseenta-se. de-
pois. com a espMula de gesso. novas porc;6es de gesso. reforc;ando
a prote<;ao dos dentes. formando a muralha (Fig. 16-3);
Figura 16-3
A mura l ha de gesso - ped ra
envolvendo o s d e ntes .
h) a seguir. a parte da eontramufla e preenehida com gesso. 0
gesso manipulado. 200g de gesso por 100ee de agua. e vertido poueo
a poueo na parte da eontramufla sob vibracao manual. preenehendo-a
por eompleto. Ajustada a tampa. a mufla e levada a prensa de ban-
eada; visto a eentraliza<;ao. mantEi-Ia sob pressao ate a eristaliza<;ao
do gesso.
Cristalizado 0 gesso da mufla utilizado para inelusao da dentadu-
ra. 'poderemos agora eliminar a base em cera para ser substitufda
pela resina aerfliea.
A resina aerfliea apresenta-se na forma Ifquida (monomero) e naforma de po (polfmero).
o monomero e. geralmente. metaerilato de metila puro. eonten-
do ligeira quantidade de hidroquinona que inibe a polimeriza<;ao du-
rante 0 seu armazenamento.
o polfmero. obtem-se do monomero. quando esse e aqueeido em
um Ifquido. nao polimerizavel e onde e aereseido substaneias esta-
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bilizadoras como 0 talco ou gelatina para impedir a coesao das pe-
roJas. A composi~ao, na sua essencia, e polimetacrilato de metila.
Para a base da protese e utilizada a resina ativada termicamente
que, em geral, e toda em cor rosea, ou com 0 palato em resina trans-
parente.
a) Agua em ebuli~ao;
b) porta mufla;
c) faca para gesso;
d) espcHulas Le Cran e n.o 31;
e) bracas esfericas n.os 2 e 5;
f) pinceis n.OS4 e 14;
g) dois potes com tampa para resina;
h) resina acrllica ativada termicamente (po e Hquido);
i) prensa de bancada;
j) prensa com mola para polimeriza~ao _
Elimina~ao da cera
Retiramos a mufla que estava na prensa e a mergulhamos na
agua em ebuJi~ao por 5 minutos. Este e 0 tempo necessario para que
o calor chegue ate 0 interior da mufla e amole~a a cera. Passado esse
tempo, a mufla e retirada da agua e logo a seguir e aberta com auxilio
da faca para gesso.Se 0aquecimento foi suficiente, com uma leve for~a de alavanca
aplicada na jun~ao da base da mufla e contramufla, a mufla se separa
em duas partes.
Uma vez aberta, com a espatula n.O31 removemos a base-de-pro-
va e toda a cera que agora esta plastica. Lavamos, a seguir. as duas
partes da mufla, com jato de agua fervente ate que desapare~a qual-
quer vestigio de cera. Lava-se depois com agua tria (Fig. 16-4).
Figura 16-4
El imin a nd o a c er a c o m ag u a fe rvente .
Reten~ao dos dentes
Embora, teoricamente, se saiba que a resina acrllica da base da
dentadura, uma vez submetida a rea~ao de polimeriza~ao ativada ter-
micamente, forme uma unidade com os dentes, quando do mesma
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material, e sempre aconselhavel que se promovam areas de reten-
<;6es nos dentes para garantir a melhor fixa<;ao dos mesmos.
Com essa inten<;ao, abrimos pequenos sulcos retentivos, en-
trando por cervical em cada um dos dentes, utilizando uma broca
esterica. No aprofundamento desses sulcos, cuidar para nao atingira face vestibular dos dentes anteriores ou a face oclusal dos pos-
teriores (Fig. 16-5).
Figura 16-5Fazendo as retem;:oes
nos dentes.
Condensa~ao da resina acrilica
Antes da condensa<;ao da resina acrflica, as"superficies de gesso,
da mufla e contramufla devem ser isoladas com uma pelleula de ma-
terial proprio. Esse isolamento e necessario para que a resina aeri-
liea nao se adira ao gesso porque isso difieultaria a opera<;ao de de-
sinelusao e limpeza da protese, depois de polimerizada.
Um outro euidado que se deve ter e quanta ao isolamento das
areas em torno dos dentes: utilizar 0 pineel fino e passar 0 material
atentando para que nao eseorra para os dentes, isolando-os tambem,
inadvertidamente.
Preparo da resina acrilica
a) Coloear no pote para resina, para um tamanho medio de uma
dentadura, 25em3 de pollmero e, depois, adicionar, poueo a poueo, 0
monomero, ate que 0 primeiro fique eompletamente saturado. Sabe-
-se que 0 pollmero esta saturado, quando 0 monomero afluir para asuperficie, depois de ter molhado todos os granulos do poHmero;
b) misturar eom a espatula n.o 31 e depois tampar 0 pote para
evitar a evapora<;ao do monomero. Aguardar alguns minutos para
que se inicie a rea<;ao quimica. Como se sabe, a resina aerflica, ati-
vada termieamente, da fase arenosa, isto e, do momenta em que se
misturam po e IIquido, passa, sucessivamente, para as fases peg a-
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josa, fibrilosa, plastiea e borraehoide, no meio ambiente. Para se
tornar rigida e preeiso submete-Ia a um aqueeimento, lento e prolon-
gado, porque a rea<;ao de polimeriza<;ao desse material e exotermiea.
Se a temperatura utilizada for muito elevada, fatalmente formarao
bolhas no interior da base da protese, podendo lnutilizar 0 trabalho;
c) a resina aerfliea e eondensada na mufla quando atinge a fase
plastiea. Atingindo essa fase, retira-se toda massa do pote e e ho-
mogeneizada manual mente. Sabe-se que ela esta na fase plastiea,
porque fica mais eonsistente e perde adereneia as paredes do pote,
permitindo a manipula<;ao. Passamos, entao, para a condensa<;ao da
resina aerfliea.
Condensa~ao da resina acrilica
a) Separar uma parte da resina aer[liea. dar-Ihe forma de bastaoe adapta-Ia sobre 0 area dental, eomprimindo a massa com 0 dedo,
de um extremo 0 outro (Fig. 16-6);
b) separar uma outra porvao. tambem em forma de bastao, adap-
ta-Ia, agora, na vertende vestibular, eomprimindo-a;
c) na dentadura superior, a tereeira porvao e adaptada a regiao
do palato e na dentadura inferior, na vertente lingual;
d) a massa de resina que restou e adaptada no proprio modelo,
nas regi6es retentivas, para que na prensagem da mufla, haja trans-
missao de igual forc;a em todos os pontos da mesma.
Figura 16-6
C ondensar a resina acrilica
na lase plast ica.
Prensagem (mica
Distribuida. eonvenientemente, a resina aerfliea no interior dabase da mufla e da eontramufla, juntam-se as duas partes e e levada
a prensa de borraeha, observando a eentralizavao. Pressionar 0 em-
bolo da prensa. lentamente, para que 0 material se aeomode. Quando
o exeesso de resina aeriliea surgir. dentre as partes da mufla, a pres-
sac deve ser sustada, aguardando 0 movimento da resina aerfliea.
Comprimir novamente quando 0 material deixar de se eseoar. Repetir
essa operavao ate que as partes metalieas da base da mufla e da
fl (Fi 16 7) C i l d d
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t fl t (Fi 16 7) C i l d d t
dura tivemos esse mesmo cuidado, se na prensagem isso nao acon-
tecer natural mente, a dimensao vertical ficara aumentada. Dai a
importancia da observa«ao desse particular nessa fase do trabalho.
A mufla depois e transferida para a prensa de polimerizayao com
mala. e e levada para a aparelho de polimerizay80.
Figura 16-7
Prensag e m com d i s tribu il;;ao
u ni fo rm e de m at e rial .
Ciclos da polimerizac;:ao
o metacrilato de metila polimeriza-se pelo processo de adi«ao,
isto e, nao ha altera«ao da composi«ao quimica durante a rea«ao.
Esta inicia-se quando se adicionar a monomero ao polimero, porem
e mais intensa quando a temperatura atinge as 60°C. Nesse momenta
as moleculas de peroxido de benzoila (C6H5COO) decomp6em-se para
formar radicais livres. A medida que se processa a rea«ao, as radi-
cais livres vao se reagindo com as moleculas de monomero, suces-
sivamente, ate terminar a polimeriza«ao. Essa rea«ao em cadeia se
verifica com desprendimento de calor. E par isso que a temperatura
deve ser controlada, elevando-a lentamente, para evitar a forma«ao
de bolhas na massa de resina.
A polimeriza«ao da resina acrflica pode ser feita de duas ma-
neiras: rapida e lenta.
Na po/imerizaC;8o r ap i da . recomenda-se elevar a temperatura da
agua ate 65°C, demorando 30 minutos; depois, manter nessa tempera-
tura durante 60 minutos. e, final mente, elevar a 100°C e manter par
30 minutos.Na polimerizaC;8o /enta , utiliza-se a aparelho de polimerizac;ao,
regulado a 75°C durante 12 horas:"
Verifica-se, normal mente, uma contra«ao de 0,2 a 0,5% durante
a esfriamento, uma vez polimerizada a resina. Na dentadura superior,
par exemplo, como a regiao que corresponde aos rebordos e mais
espessa, a contrac;ao e maior nessa regiao e, em conseqOencia disso,
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aparece 0 esfon;o de tensao na reglao mais fina que e 0 palato. ~
por isso que 0 esfriamento deve ser natural para nao aumentar essa
contrac;:ao do esfriamento.
o polimento deve ser realizado com esmero. pois a superficie.
perfeitamente lisa e polida, favorece a Iimpeza e a higienizac;:ao, evi-
tando desse modo 0 desenvolvime'nto de fungos e placas bacterianas.
preservando a protese por mais tempo.
Material e Instrumental
a) chave de fenda;
b) tesoura para gesso;
c) faca para gesso;
d) martelo;
e) espatula Le Cron;
f) estilete;
g) pedras para resina (grande e pequena);
h) broca de fissura;
i) mandril para tira de lixa;
j) Iixa n.O00;
k) cone de feltro;
I) escovas com cerdas pretas e brancas;m) pedra-pomes;
n) branca-de-espanha (carbonato de calcio).
Abertura da mufla e desinclusao-
Polimerizada a resina acrflica e resfriada, procedemos a aber-
tura da mufla. Inicialmente. com a chave de fenda aplicada entre a
base da mufla e a contramufla, separamos em duas partes. A seguir,
com l-eves golpes de martelo aplicados nas bordas da contramufla.
Iivramos 0 bloco de gesso que contem a dentadura.
Figura 16-8
Co rt a r 0 gesso co m tod o
c ui dado pa r a nao { r atura r a dentu r a .
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Depois, com uma tesoura propria, cortamos 0 gesso empon;oes
sucessivas, com todo cuidado para nao fraturar a dentadura. Quando
o modelo funcional fica retido, a sua rema<;ao e, muitas vezes, bas-
tante trabalhosa, pois deve ser feita com 0 maximo de cuidado, por-
que 0 perigo de fraturar a dentadura e ainda maior (Fig. 16-8).
Conseguida a remo<;ao do gessC?que envolvia a dentadura, faze-
mos uma limpeza, eliminando todo 0 gesso das superficies interna
e externa com a espMula Le Cran. a gesso que ficou retido no es-
pa<;ointerdentario e removido com 0 auxflio do estilete.
Acabamento
Eliminar as rebarbas com uma pedra de "carborundum", cuidan-
do para nao desgastar as bordas da dentadura que estao na confor-
rna<;ao e espessura do selado periferico (Fig. 16-9). As regioes dosrecortes, correspondentes aos freios e inser<;oes musculares, quando
Figura 16-9
EJimi n an do as r ebarbas .
l1'luito acentuadas, podem ser aliviadas com broca de fissura. Depois,
dar um acabamento geral com a mesma pedra de "carborundum", res-peitando a escultura, eliminando qualquer irregularidade ou aspereza;
nas regioes das papilas interdentarias e bordas livres da gengiva,
entrar com uma pedra periforme e pequena, alisando as superficies
e arredondando arestas.
Passar depois a tira de lixa fina por toda a superflcie externa
da protese, acompanhando a escultura; nao esquecer tambem de
lixar as bordas da protese e as bordas livres da gengiva, tornando-as
arredondadas e lisas. Nessa fase, nao devera permanecer nenhum
risco deixado pela pedra de "carborundum".
Polimento
Polimento com cone de f eltro e ped r a-pome s
Iniciar 0 polimento, utilizando 0 cone de feltra e uma mistura
de pedra·pomes e agua; 0 motor do torno e ligado em baixa rota<;ao
(n.o 1). a cone de feltro deve correr por toda superflcie externa da
dentadura, inclusive a borda periferica. a material abrasivo deve ser
% d t d d t d f t d d d d
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rec%cado toda vez que a dentadura e afastada da a ;ao do cone de
feltro. Examinar, de vez em quando, 0 andamento do polimento,
Javando a dentadura em agua corrente e e nxugando-a muito bem.
Voltar a polir, insistindo mais nas regioes que ainda apresentarem
riscos, mas com cuidado para nao alterar a escultura.
Polimento com escova preta e ped r a - pornes
Quando 0 polimento com 0 cone de feltro estiver satisfat6rio,
troca-se pela escova de cerdas pretas. Ligar 0 motor ainda em baixa
rotayao e aprimorar, ainda mais. 0 alisamento. Para isso. lambuza-se
a protese com a mistura de pedra-pomes toda vez que e retirada da
ayao da escova. e esta deve ser aplicada com certa pressao. Por essa
razao. a dentadura nao deve ser mantida estatica, mas em continuo
movimento, procurando-se, ainda, mudar tambem as direyoes. Nessa
fase do polimento, os pequenos riscos, deixados pelo cone, devemdesaparecer completamente (Fig. 16-10).
Figura 16-10
To d os as riscos deixados pelo
cone de feltro devem desa p arecer com a escova
pre t a.
Figura 16-11
o br i l h o e da d o com 0 motor
em a/ta rotac;:ao .
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Polimento final com escova branca e "bran co- d e-espanh a" (CaC0 3 )
o polimento final au a brilho e dado com escova de cerdas bran·
cas, finas, macias e delicadas e mistura de "branco-de-espanha" e
agua. 0 motor e ligado em alta rota<;:ao (n .D 2) e a dentadura lam bu·
zada com a mistura e apenas encostada as cerdas, portanto sem fazerpressao. Tomar cuidado para nao deixar escapar das maos, pais a
motor estara girando em alta velocidade (Fig. 16-11).
Obtido a brilho, lavamos a aparelho para remover qualquer re-
sidua do material abrasivo utilizado no polimento. Assim esta pronta
a dentadura para ser instalada.
1. ALTUBE, L. A. C. - Tecnica de pratesis - Ed. Mundi. B. Aires. Argentina,p. 376.
2. SKINEER, E. W. & PHILLIPS, R. W. - A Ciencia dos Materiais Odonto/6gico s .
Trad. Degni, F. & Vieira, D. F. Ed. Atheneu, pp. 207-213, 1962.
3. TAMAKI, T. & TAMAKI, S. T. - Prat i cas de Laborat6rio - Dentaduras Com -
p/etas . Saa Paulo, Sarvier, 1980.
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I n s t ala c ao d a s D e n ta d u ra s.
Antes de levar a aparelho a boca, examinamos com cuidado a
superffcie que ira entrar em contacto com a area chapeavel, e remo-
vemos qualquer aresta cortante ou excesso de resina que possam
ferir a mucosa.
Colocamos, em primeiro lugar, a dentadura superior e procura-
mas assenta-Ia no IOGal, com cuidado, para nao traumatizar 0 pa-
ciente. Conseguido 0 assentamento, fazemos uma compressao firme
para cima contra 0 alveolo, para eliminar 0 ar que ficou retido.
Ao ser eliminado, ele faz um chiado caracteristico que indica
sempre uma boa adapta<;ao. A seguir, pomos a dentadura inferior.obedecendo as mesmas precau<;oes (Fig. 17-1).
Figura 17-1
lnstalac;ao da dentadura.
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Figura 17-2
As pe ct o f i sionomico obtido
com a dentadura .
Ap6s a instala<;ao dos aparelhos, pedimos ao paciente que fechea boca lentamente e realize movimentos com os labios e as boche-
chas para que as dentaduras se acomodem na posi<;ao natural. Es-
tando 0 paciente com os arcos dentais em oclusao e com os labios
em posi<;ao natural, procuramos observar a reconstitui<;ao fisiona-
mica. Examinamos 0 aspecto fisionamico colocando-nos de frente ao
paciente e, a seguir, de lado. Tres possibilidades podem ocorrer desse
exame: a primeira, quando 0 paciente se apresenta com a dimensao
vertical alta; a segunda, quando a dimensao vertical esta correta,
mas os labios estao projetados demais e, final mente, quando a di-
mensao vertical e a posi<;ao dos labios estao corretas. Nas duas
primeiras eventualidades devemos considerar as dentaduras como
imperfeitas e nao entrega-Ias para evitar reclama<;oes (Fig. 17-2).
Os pacientes que apresentam muita sensibilidade na regiao do
palato, logo ap6s a coloca<;ao do aparelho, reagem com ansia de va-
mito. Nesses pacientes, 0 limite posterior da dentadura superior
deve ficar mais curto. Assim, com uma pedra montada, desgastamos
ligeiramente a regiao do "postdamning", para eliminar esse mal-estar.
Outra rea<;ao que pode oearrer e a dor em determinada regiao.
Essa reclama<;ao deve ser atendida. Removemos 0 aparelho e exa·
minamos atentamente a regiao. Geralmente, a causa e um pequeno
excesso de resina que passou despercebido.
As provas funcionais no ato de instala<;ao compoem-se do teste
de reten<;ao e do teste de adapta<;ao.
o teste de reten<;ao. como 0 nome indica, e feito para verificar-
mos 0 grau de "fixa<;ao" da dentadura obtido no momenta da insta-
la<;ao. Conforme se ja essa reten<;ao. podemos ou nao entregar 0
aparelho.
Os testes de reten<;ao contam com as seguintes opera<;oes: tra-<;aovertical, tra<;ao horizontal e tra<;ao de lateralidade. 0 teste de re-
ten<;ao vertical consiste em tracionar os incisivos. vertical mente: se
nessa opera<;ao a dentadura deslocar-se e porque 0 fecho periterico
da regiao gengivolabial esta deficiente.
o teste horizontal consiste em tracionar os incisivos para frente:
se a dentadura deslocar-se e porque 0 "postdamming" foi insuficente.
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o teste lateral faz-se tracionando firmemente as molares, para vesti-
bulares de ambos as ladas, alternativamente, para verificarmos a
travamento lateral.
As dentaduras, para serem consideradas satisfat6rias, devem
resistir a esses testes. Ouando a travamento vertical e insuficiente,
a aparelho se salta durante a conversa<;:ao; se ha falta de travamento
postero-anterior a a<;:ao de incisao fica comprometida e na falta de
travamentos laterais, a a<;:aode tritura<;:ao se reduz.
Enquanto na prova de reten<;:ao verificamos a a<;:aodo fecho pe-
riferico, na prova de estabilidade a objetivo e examinar 0 comporta-
menta da area chapeavel, em geral, quanta a adapta<;:ao. A falta de
adapta<;:ao da area chapeavel compromete tambem a reten<;:ao. A de-
ficiencia de reten<;:ao podera ser corrlgida par meio de resina da
autopolimeriza<;:ao, mas para a falta de adapta<;:ao nao ha conserto,
o aparelho e pois considerado insatisfatorio.
o ajuste oclusal consiste em constatar e depois promover a
equilibria das rela<;:6es de contacto entre as arcos em oclusao e em
articula<;:ao.
A verifica<;:ao da oclusao e feita por meio de "mordida", normal-
mente executada pelo paciente, colocando-se uma folha de papel-car-
bono entre os areas. Os aspectos das partes assinaladas podem ser
de forma circular e puntiforme. As cusp ides que imprimiram a forma
circular sao mais altas do que as puntiformes, pais aquelas chegaram
ate a perfurar a papel (Fig. 17-3).
o a juste oclusal. nessa fase do trabalho, e tambem feito por
meio de desgaste das partes mais baixas dos dentes como nos sul-
cas, fossas e bordas marginais, a fim de respeitar as cuspides, por-
que necessitamos delas para obter 0 balanceio. As marcas circulares
devem ser desgastadas primeiro e mais do que as outras.
Nos dentes anteriores, 0 ajuste e feito desgastando as faces
palatinas dos incisivos superiores respeitando as bordas incisais dos
inferiores.
Repetimos as opera<;:6es de ajustes ate obtermos um contacto
uniforme, durante a mordida.
A seguir, fazemos 0 ajuste em articula<;:ao: com 0 papel-carbono,
colocado entre os arcos, pedimos ao paciente para executar os mo-
vimentos de lateralidade e protrusao. Valem, nessa fase, as mesmas
observa<;:6es feitas ace rea das marcas deixadas pelo carbona; s6 ha
Figura 17-3
Marca dos co ntactos em oc l usao .
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uma diferen<;a no desgaste: podemos agora reduzir a altura das
cuspides assinaladas. Ap6s 0 ajuste, os movimentos de lateralidade
e protrusao devem ser Iivres, sem travamento. Durante os movimen-
tos de lateralidade, 0 aparelho al8m de estar sem travamento, deve
ter tres pontos de contacto no minimo, urn na parte anterior; dois
posteriores, urn de cada lado.
Quando as dentaduras bimaxilares mantiverem tres pontos de
contacto entre os arcos, durante os movimentos de lateralidade ou
de protrusao, dizemos que elas tern balanceio. 0 balanceio 8 uma
condi<;ao necessaria para 0 born funcionamento das dentaduras, pois
ajuda a estabilidade.
Conseguido 0 ajuste oclusal, principal mente quando 0 paciente
esta recebendo a pr6tese peJa primeira vez, devemos exercita-Io napronuncia ensinando-Ihe a correta movimenta<;ao e localiza<;ao da
lingua e dos labios.
o exercicio fon8tico consta da pronuncia das seguintes palavras:
Santfssimo
Nada
Sapato
Dente
Dentadura
A ponta da lingua toca a parte superior dos incisivos encostan-do-se no V8U do palato.
Favor
Fava
Favela
Viva
o labia inferior atinge as extremidades dos incis.ivos.
Palavras com fonemas Iinguais (r, s, z, I):
Rosa Casa
Riqueza Carro
Asa Sol
A ponta da lingua alcan<;a a parte superior dos incisivos, por8m
a abertura da boca 8 maior e 0 sopro se escapa em maior quantidade.
Palavras com fonemas guturais (c, q, g):
t
A lingua vai a parte posterior do palato, recua e tende a inter-
ceptar 0 sopro no fundo do palato, na garganta.
Palavras com fonemas palatais (j, Ih, nh, x):
Jorge Senhora Olhar
Minha Mulher Xicara
A lingua eleva-se contra 0 palato e tende a encostar-se nele em
toda a sua largura.
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Depois do exercicio fonetico, 0 paciente e dispensado apos uma·
pequena instruc;ao sobre a maneira do usa, a higienizac;ao e a neces-
sidade de conservar 0 aparelho na boca etc.
Se 0 paciente esta recebendo, pela' primeira vez, 0 aparelho,
devemos recomendar-Ihe que nao tente mastigar alimentos duros ate
que se acostume. Esta recomendac;ao e para evitar que, ao morder,
realize movimentos falsos, provocando sobrecargas nos rebordos
podendo ferir a gengiva. Aconselhamos ainda, durante as refeic;6es,
colocar pequenas porc;6es de alimento na boca, mastigar com vagar
e tentar distribui-Ios para ambos os lados. Convem realizar apenas
movimentos de abertura e fechamento ate habituar-se completamente.
Quando estiver perfeitamente afeito ao aparelho, 0 proprio paciente
descobrira a maneira mais conveniente de mastigar.A higienizac;ao do aparelho deve ser feita com agua e sabonete
ou pasta dentifricia com auxflio de uma escova dental apos cad a re-
feic;ao, por vestibular e por lingual, eliminando qualquer residuo
al;mentar.
Quando 0 paciente se acostumar, integral mente, com as denta-
duras, aconselhamos naodormir com elas, retirando-as, para que a
mucosa se refac;a durante 0 sono.
o paciente devera voltar ao consultorio no dia seguinte ao da
instalac;ao para um controle. Essa operac;ao consiste em retirarmos
a dentadura e examinarmos, clinicamente, a area chapeavel para ve-
rificarmos se 0 aparelho nao provocou alguma escoriac;ao. Nos casos
em que a d elimitac;ao da area chapeavel foi criteriosa, havera pouco
transtorno e 0 trabalho de ajuste consiste, geralmente, em desgastar
levemente as regi6es dos recortes, aliviando os freios.
A retenc;ao da dentadura, normalmente, tende a diminuir nos pri-
meiros dias; porem, depois de tres dias, mais ou menos, tende a
aumentar voltando a ter a retenc;ao de quando foi instalada. Portanto,se 0 aparelho ficar nos primeiros dias com retenc;ao insuficiente, de-
veremos aguardar mais alguns dias para indicar 0 reembasamento,
porque a retenc;ao pode voltar a ser normal.
BIBLIOGRAFIAS
1. ALDROVANDI, C. - Dentaduras Comp/etas - 2.° vol., Ed. Cientffica, R.J.
pp. 337·340, 1956.
2. BECHARA, E. - Moderna Grama t ica Por t uguesa . Ed. Nacional. Saa Paulo,
Brasil.
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R e e m b a s a m e n t o
Reembasamento e a reajustagem da base da dentadura por acres-
ci mo de uma nova quantidade de material.
Conforme a extensao do a juste, 0 reembasamento pode ser: total
ou parcial.
Reembasamento total e 0 reajustamento de toda a extensao da
area chapeavel e0
reembasamento parcial, como0
nome indica.e 0 reajustamento local.
Ate alguns anos atras, 0 reembasamento fazia parte normal da
confecc;ao da dentadura e tambem do aparelho parcial removfvel.
Assim, terminada a confecc;ao da dentadura ou do aparelho parcial
removfvel, eram sistematicamente reembasados.
Modernamente, os autores chegaram a conclusao de que, efe-tuando-se, sistematicamente ou nao, 0 reembasamento, nao havia
muita influencia no resultado final. Por isso, esse passo final foi
pouco a pouco sendo abandonado.
Atualmente, as indicac;oes do reembasamento saD reservadas
para os casos em que 0 aparelho nao responde aos testes de reten-
c;ao no momento da entrega ou ap6s algum tempo de uso.
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H a duas maneiras principais de processarmos 0 reembasamento
total: primeiro, aproveitando a pr6pria dentadura como moldeiraindividual, e a outra, usando apenas os dentes da dentadura. 0 pri-
meiro processo e indicado quanoo a defeito da pr6tese e relativo a
falta de reten~ao; a segundo, quando 0 aparelho apresenta, alem da
falta de reten~ao, tambem a falta de estabilidade, erro na dimensao
vertical au na articula~ao.
o material de moldagem indicado para a reembasamento, apro-
veitando a dentadura como moldeira, e a pasta zincoen61ica e a tec-
nica de moldagem deve ser com boca fechada, para respeitarmos a
oclusao.
Obtida a moldagem, testamos a reten~ao, a estabilidade e a oclu-sao. Se estiverem satisfat6rias, procedemos a confec~ao do modelo,
inclusao na mufla, condensa~ao da resina e assim por diante, se-
guindo a tecnica convencional.
No segundo caso, moldamos a boca desdentada, obedecendo a
tecnica convencional e obtemos um novo modelo funcional. Sobre
esse modelo funcional, baseado em alguns pontos de referencia,
adaptamos 0 arco dental da dentadura a reembasar livre das partes
gengivais vestibular e lingual. Os pontos de referencia significam
regi6es da dentadura que nao saD desgastadas, deixadas com a fina-
nalidade de possibilitar 0 assentamento do arco dental no novo mo-
delo funcional na sua posi<;ao exata. Esses pontos de referencias
devem localizar-se ao longo do arco dental, isto e, pelo menos um
ponto em cada lado posterior do arco e um ou dois na regiao ante-
rior. Com a cera rosa fixamos 0arco dental no modelo e depois com-
pletamos as partes gengival, vestibular e lingual que foram desgas-
tadas. Fazemos a escultura, inclufmos na mufJa e terminamos a pr6·
tese, normal mente.
Reembasamento parcial
o reembasamento parcial e feito utilizando resina acrflica ativa-
da quimicamente. Esse material e manipulado, e, ainda, na fase ini-
cia I de polimeriza~ao, e depositado na regiao a reembasar e levado
diretamente a boca do paciente. Se queremos reembasar a regiao do
f'postdarnning", a dentadura com 0 material e mantida sob compres-
sao, ocluindo com os arcos dentais em contacto, ate que se com-
plete a polimeriza~ao. Por outro lado, se e na regiao do selado peri-
ferico, realizamos os movimentos dessa regiao para obtermos a forma
do f6rnice, arredondada, lisa, sem sulcos, arestas ou irregularidades.
1. Glossary of prosthodontic terms - 2.' Ed. J . Prosth . Dent ., 10 (6): Nov.-
Dez., 1960.
2. REOCK,E. C. & GALE, S. M. - Full upper and lower denture rebasing under
masticatory pressure: J. Amer. Dent. Ass ., 28 (8): 1.320-1.324,Aug., 1941.
3. SKINNER, E. W. et al. - A ciencia dos materiais odonto/6gicos , 2.' ed., Brasil,
trad., Degni, F., Sao Paulo, p. 240, 1962.
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D e n t a d u ra s Im e d ia t a s - In t ro d u c a o.
Chama-se dentadura imediata, aquele aparelho total confeccio-
nado sobre 0 modelo obtido antes da extraGao completa e colocado
na boca logo ap6s a avulsao dos 6rgaos dentarios remanescentes.
Assim, as dentaduras imediatas diferem das comuns no que se
refere ao estado da area chapeavel, sobre a qual elas sao confeccio-
nadas, e tambem sobre os modelos assim obtidos. Quanto a maneira
da colocaGao, enquanto nas dentaduras comuns se esperam alguns
meses ap6s as extraGoes e se instalam as dentaduras sobre 0 re-
bordo alveolar ja completamente cicatrizado, as dentaduras imediatas
sao colocadas logo depois da extraGao dos dentes remanescentes e
sobre a ferida cirurgica. Em outras palavras. as dentaduras comuns
sao trabalhos eminentemente clfnico-proteticos, ao passo que as den-
taduras imediatas, cirurgico-prot~ticos.
As dentaduras imediatas nao constituem pratica moderna. pois
ja eram conhecidas no fim do seculo passado. e nao se sabe quem
foi 0 primeiro a realizar tal trabalho. Segundo Benedetti. Rodrigues
em 1861. Atkinson em 1863, e Herbast. um pouco mais tarde. se preo-
cuparam com esta modalidade de trabalho protetico.
A primeira publicaGao acerca de dentaduras imediatas de que se
tem notfcia, segundo Wistrow. e de Scheff em 1893. A partir dessa
epoca. varios aiJtores tem tratado do assunto, como Fletcher. Dox-
tater. Kazajian e outros, mas, a nosso ver, as dentaduras imediatas
se tornaram exeqOiveis, tendo alcanGado exito somente depois de
Sears. que em 1923 introduziu 0 uso do guia cirurgico, na instalaGao
das dentaduras imediatas.
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Atualmente, grac;:as aos estudos de inumeros autores, de um
lado, e par outro lado ao aparecimento de novos materiais, como
resina incolor, resina de polimerizac;:ao. ativada quimicamente. ere·
sinas resilientes, a prMica de dentaduras imediatas tornou-se aces-
sivel a todos as dentistas.As dentaduras imediatas vieram resolver, segundo Aldrovandi,
um dos problemas -mais serios dos dentistas: aquele relacionado a
falta de cooperac;:ao dos pacientes, quando ha necessidade de ex-
trafrmos todos os dentes anteriores.
Tanto no homem como na mulher. geralmente se ia adiando a
intervenc;:ao, mais por causa da estetica do que do receio da extrac;:ao.
Ouando as casos chegavam ao extremo, os pacientes se sujeitavam
a intervenc;:ao, mas, geralmente, partiam em seguida para um retiro a
fim de se ocultarem dos conhecidos ou, entao, ficarem repousando
em casa, durante a fase de cicatrizac;:ao, interrompendo todas as ati-vidades profissionais e sociais.
Grac;:as as tecnicas modern as de confecc;:ao de dentaduras ime-
diatas. os pacientes estao isentos dessas amofinac;:oes. Pode-se con-
seguir, hoje, sem exagero. confeccionar uma dentadura artificial com
a posic;:ao, a forma, 0 tamanho e a cor dos dentes, tao semelhantes
quanta aos naturais do paciente. Uma vez colocada na boca essa
dentadura confeccionada, apos a extrac;:ao, dificilmente podera ser
reconhecida. Oaf a razao de 0 paciente nao necessitar mais de inter·
romper suas func;:oes e compromissos. Ate mesmo nos dias seguintes
aos da colocac;:ao da dentadura, a reac;:ao e quase sempre imperceptive!.So a fator estetico justificaria. perfeitamente, a confecc;:ao de
dentaduras imediatas. Ao lado dessa grande vantagem, elas mantem,
praticamente sem soluc;:ao de continuidade, a sistema alimentar que
e de importancia consideravel para a saude do paciente. Apos a insta·
<;;ao da protese. a paciente permanece, apenas as primeiras horas,
com os alimentos Ifquidos. voltando gradativamente aos alimentos
normais. Esse fa to nao se verifica quando 0 paciente extrai todos as
dentes, e nao recebe um trabalho provisorio. Ele esta sujeito a ingerir
os alimentos Ifquidos, par muitos dias. Temos observado que essa
rapida mudanc;:a, no sistema alimentar, geralmente provoca transtor-nos ffsicos no paciente, os quais se resumem em perda de peso, fra-
queza geral, as vezes, ate transtornos psfquicos ocasionando nervo-
sismo e estado de pessimismo.
Outra vantagem, segundo Fletcher, e relacionada com a ausen-
cia de dor pos-operatoria, quando se coloca uma dentadura imediata.
E um fato curioso que, a primeira vista, parece ate paradoxa!. Como
Gonseguimos adaptar perfeitamente na boca. eliminando a compres-
sac excessiva, a pr6tese protege a ferida cirurgica ao inves de
irrita-Ia.
ofato de uma dentadura imediata proteger satisfatoriamente a
terida, ao inves de irrita-Ia, talvez tenha despertado 0 interesse dos
cirurgioes europeus que, hoje, usam com exito uma placa protetora
de resina acrflica, apos as intervenc;:oes na abobada palatina.
Os autores sao de opiniao unanime em afirmar que 0 perigo de
hemorragia pos-operatoria. depois da colocac;:ao da dentadura ime-
diata, e muito menor do que em qualquer outro tipo de cirurgia da
boca. porque alem da sutura, ha a protec;:ao com dentadura que impede
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d d l f E d l d
a afirmacao dos tratadistas, mas e preciso instruir bem 0 paciente
no sentido de, nas primeiras horas que se seguem a colocacao da
dentadura, deixa-Ia no lugar sem provocar nenhum movimento de
remocao, seja com a l ingua ou seja com os dentes antagonistas.
Temos observado que nos casos de 0 paciente experimentar esseabuso, principal mente nas primeiras horas, quando ainda esta sob a
acao de anestesia, 0 aparelho atua sobre a ferlda como se fosse
uma ventosa, e desencadeia a hemorragia.
A cicatrizacao e mais rapida e uniforme nos pacientes que rece-
beram as dentaduras imediatas. Admite-se que os aparelhos, alem
de proteger as feridas contra as injurias Hsicas e qufmicas, of ere cern
urn estfmulo favoravel a regeneracao dos tecidos. Talvez devido aos
estfmulos favoraveis, a reabsorcao dos ossos alveoJares nos porta-
dores de dentaduras imediatas se processa menos e mais regular-
mente.
Uma das quest6es diHceis e contraditorias na confeccao de den-
taduras e aquela reiacionada com a determinacao da dimensao ver-
tical no desdentado total. Nas dentaduras imediatas, esse problema
nao existe na grande maioria dos casos, porque podemos aproveitar
a 9imensao natural do paciente. Mas ha casos em que a dimensao
vertical ja esta alterada por diversos motivos. Nesses casos, 0 pro-
fissional e obrigado a abandonar a dimensao vertical do paciente e
estabelecer uma propria para 0 caso, por uma das diversas tecnicas
que existem, ou por conjuncao das mesmas, como veremos mais
adiante.
Precisamos acrescentar que a opera<;ao de reconstituicao da di-mensao perdida e bem mais facil, aqui, do que nos casos de denta-
duras completas, visto que os dentes remanescentes prestam para
pontos de referencia. Nos pacientes em que podemos aproveitar a
dimensao vertical, depois da coloca<;ao do aparelho, nao se nota a
atrofia da musculatura mfmica, e, ainda, assegura a fisionomia natural.
Outra posi<;ao da mandfbula de suma importancia e diHcil de ser
estabelecida na confec<;ao de uma dentadura comum completa e a
relacao central. A dentadura imediata leva vantagem, ainda nesse
particular, porque, geralmente, ao inves de se trabalhar com a rela<;ao
central, pode-se perfeitamente optar pela oclusao central, orientan-
do-se nos dentes remanescentes.
Finalmente, os pacientes acostumam-se muito mais rapidamente
com 0 aparelho protetico imediato do que com aquele colocado algum
tempo depois. A expl.icacao desse fato e simples: quando 0 paciente
permanece desdentado por algum tempo, os musculos que circuns-
crevem a boca, inclusive a lingua, saD solicitados para auxiliar a fona-
cao e desempenhar a fun<;ao mastigatoria. Todos esses movimentos
for<;ados e anorma}s obrigam 0 indivfduo a criar habitos e condic6es
tais que motivam a intolerancia de qualquer corpo estranho na boca.
Daf, a dentadura, uma vez instalada, funcionar como corpo estranho,
sem se integrar no conjunto complexo que e 0 orgao de mastigacaoe fonacao. Na protese imediata, verifica-se desde 0 infcio uma inte-
gracao no conjunto. Talvez esse fato se explique devido ao paciente
preocupar-se mais com a ferida do que com 0 aparelho, nas primeiras
horas, que e a fase critica. Quando ele voltar a sentir a dentadura na
boca, quase sempre a fase crftica ja esta ultrapassada.
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Os auto res costumam citar algumas desvantagens das dentadu-
ras imediatas, mas, como iremos ver, saD todas de ordem secundaria,
e, em relac;ao as vantagens, tornam-se insignificantes.
Assim, na opiniao de Saizar, por mais perfeita que seja a adap-
tac;ao da dentadura imediata na boca, apos algum tempo poderao
surgir escoriac;oes da fibromucosa, 0 que obriga 0 paciente a voltar
ao consultorio mais vezes. Alias, esse inconveniente e de minima
importfmcia, uma vez que, ate mesmo nos casos de dentaduras co-
muns, ha necessidade de se proceder aos retoques do aparelho pro-
tetico, principal mente nos primeiros dias de uso. Por outro lado, a
tecnica da confecc;ao de dentaduras imediatas nao e facil, e requer
nao so conhecimentos, como, tambem, bastante habilidade por parte
do profissional. Contudo, esses conhecimentos e essa habilidade
estao ao alcance dos que verdadeiramente se interessam por esse
tipo de trabalho cirurgico-protetico.
o exame clinico do paciente, para dentaduras imediatas, deve ser
o mais completo possivel, e os dados obtidos devem ser anotados
cuidadosamente na ficha clinica, para alcanc;armos bom resultado. 0
modus operandi difere da rotina dos exames de pacientes para as
dentaduras comuns. Como 0 trabalho por executar e de natureza
cirurgico-protetica, 0 profissional, antes de tudo, deve dominar as
duas especialidades, para poder realizar 0 exame sob 0 prisma prote-
tico e tambem cirurgico.
Ha quem ache que essa modalidade de trabalho deve ser feita
sempre por dois especialistas; um protesista e um cirurgiao. 0 prj-
meiro, encarrega-se da confecc;ao de dentaduras, e 0 outro executa a
parte cirurgica e instalac;ao do aparelho na boca. Nesse caso, 0 pa-
ciente deve ser examinado pelos dois especialistas, e, antes de ini-
. ciarem 0 trabalho, ambos deverao estar de acordo no que se refere
ao plano de tratamento.
o exame clinico do paciente, para a protese imediata, pode ser
dividido em exames geral e local.o exame geral tem muito mais importancia do que parece, a pri-
meira vista, porque, antes de iniciarmos 0 nosso trabalho, devemos
conhecer perfeitamente 0 paciente para podermos indicar ou contra-
-indicar 0 trabalho.
No exame geral. voltamos nossa atenc;ao para 0 lado fisiologico
e psiquico do paciente. Assim, no exame fisiologico, vamos verificar,
de inicio, se 0 paciente apresenta aspecto saudavel, porque, como
veremos mais adiante, nunca devemos indicar uma dentadura ime-
diata para uma pessoa doentia. Outras informac;oes uteis que preci-
samos obter do paciente at r aves de anamnese saD as seguintes:a) se e diabetico;
b) se sofre de alguma disfunc;ao cardiaca;
c) se e hemofilico;
d) se houve hemorragia apos as extrac;oes de dentes, anterior-
mente.
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Se 0 paciente confirmar, ou se suspeitarmos de alguma dessas
doenc;:as, deveremos encaminha-Io para urn especialista, antes de ini-
ciarmos 0 nosso trabalho.
Fox classifica psiquicamente os pacientes desdentados comple-
tos em quatro classes: receptivo, ceptico. histerico e indiferente. Para
a confecc;:ao de protese imediata costumamos classificar os pacientes
em duas categorias: pacientes que cooperam e os que nao cooperam.
Entre os que cooperam, estao aqueles que concordam plenamente com
o nosso plano, ou aqueles que, embora amedrontados. nervosos e
que, de certo modo, se opuseram de inicio a natureza do trabalho.
mas querem submeter-se ao tratamento, confiando inteiramente em
nosso servic;:o profissional.
Com 0 procedimento inteligentemente orientado, no sentido de
captar a simpatia. podemos transformar essas pessoas nervosas ou
ate mesmo assustadas em bons pacientes. Uma vez conquistada a
simpatia dessas pessoas estara assegurada a confianc;:a e, a seguir,a cooperac;:ao necessaria para executar 0 trabalho.
as pacientes do grupo que nao cooperam sao, felizmente, em por-
centagem pequena, constituindo-se, geralmente. de indivfduos, cujas
ocupac;:oes sociais nao exigem urn trabalho imediato; sao o s que nao
querem confiar no profissional; doentes mentais e histericos de toda
natureza. Como veremos adiante, as dentaduras imediatas para esses
pacientes tern urn prognostico duvidoso, portanto estao contra-in-
dicadas.
as exames da boca para as dentaduras imediatas devem ser
meticulosos, e os dados devem ser cuidadosamente anotados na fi-
cha especializada. A tomada de radiografia de toda boca e a obtenc;:ao
de modelos de estudos sao indispensaveis para completar os exames
(Fig. 19-1). A nosso ver, urn exame da boca deve constar dos se-
guintes topicos:
a) exame dos dentes remanescentes;
b) exarne das areas chapeaveis;
c) exame de rela9ao intermaxilar.
Figura 19-1
Mode l o de estudo .
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No exame dos dentes, vamos verificar 0 numero destes existen-
tes na arcada e, em seguida, examinar com cuidado 0estado de cada
um deles, na por<;ao coromiria como na por<;ao radicular.
Na por<;ao coromlria vamos examinar, com 0 explorador, dente por
dente: se apresentam alguma carie, obtura<;oes ou pe<;as proteticas;se houver, observar se esta perfeito; anotar tambem a forma, a cor
e 0 tamanho dos dentes antero-superiores.
No exame da por<;ao radicular, 0 estado doperiodonto e tambem
da regiao periapical dos dentes remanescentes e feito atraves das
radiografias.
Todos esses exames· san para saber, entre os dentes remanes-
centes, real mente quantos aproveitaveis existem. Alem disso, a re-
la<;ao que estes guardam com os seus dentes antagonistas em oclu-
san central.
Associar os fatores: numero, a posi<;ao e a oclusao dos dentes
aproveitaveis com a vontade e possibilidade financeira do paciente
para ver se podemos evitar uma dentadura e indicar, no lugar, um
aparelho de .eficiencia mastigat6ria maior. Hoje, com os meios tecni-
cos e materiais que dispomos podemos resolver a grande maioria
desses casos condenados a dentadura ate pouco, por meio de uma
reabilita<;ao oclusal. Dai considerarmos muito importante essa fase
do exame.
Devemos examinar bem 0 estado da gengiva nas partes anterior
e superior, porque essa regiao influi na estetica da dentadura.Anotar na ficha clinica 0 estado atual do rebordo alveolar e da
mucosa gengival. Se 0 rebordo e alto e 0 paciente deixa-o muito a
mostra, como veremos mais adiante, nesse caso precisamos restabe-
lecer a altura normal da parte gengival da dentadura a ser confec-
cionada para satisfazer a estetica.
Podemos adiantar que, quando 0 rebordo alveolar e alto e a gen-
giva fica exposta de forma exagerada, a estetica fica comprometida.
Se procurarmos ocultar a parte gengival, os dentes ficarao gran-
des demais e se escolhermos os dentes mais adequados, e a parte
gengival da pr6tese que ficara exposta demais.
No exame da area chapeavel, se 0 caso e desdentado parcial,
vamos verificar a colora<;ao da gengiva e a consistencia da mucosa .
. Estenderemos 0 exame as zonas de fecho periferico, para observar
a tonicidade e a altura dos freios e das inser<;ao laterais, a fim de
anotar tudo de anormal ou que venha atuar contra a estabilidade do
futuro aparelho.
Uma vez examinadas as duas arcadas, separadamente, vamos
examinar agora as duas em conjunto. Os modelos de estudo facilitam
muito essa tarefa. Devemos examinar se a tuberosidade nao toca na
papila piriforme, na posi<;ao de oclusao. Sabemos que, quando 0 pa-
ciente ficar por muito tempo desdentado nas por<;oes posterior e
inferior, sem coloca<;ao de dentes artificiais, havera mudan<;a na an-
gulagem dos ramos da mandibula, e a tuberosidade se aproxima da
papila (Fig. 19-2).
Quando a tuberosidade esta em contacto com a papila, devemos
examinar, radiograficamente, essa regiao: se 0 seio maxilar permi~e
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Figura 19-2
Modelo de estudo em oclusao.
fica do seio maxilar estiver longe da superflcie livre da tuberosidade.
entao corrigiremos cirurgicamente e. se estiver perto. isto e, encos-
tado a superflcie. entao contornaremos a situal;ao.. aumentando a
dimensao vertical. embora comprometa a estetica.
Sob 0 ponto de vista da pr6tese, existem tres posil;:oes d.o labio
superior: labia alto ou arqueado. normal e baixo ou caido. Devemos
verificar com cuidado a qual tipo pertence 0 labio do paciente em
repouso e assina~ar a lapis a altura do mesmo no modelo de estudo.
Em seguida, determinamos a posil;:ao do labio em sorriso forl;:ado e
novamente marcamos no modelo. Esses dois tral;:os horizontais orien-tam nao s6 a geterminal;:ao do comprimento dos dentes artificiais
como tanibem ii alveolotomia.
As questoes da dimensao vertical de oclusao e da oclusao cen-
tral san de suma importancia, principal mente, tratando-se de um exa-
me de paciente desdentado parcial onde os dentes remanescentes
estao quase todos condenados a extral;:ao. A dimensao vertical de
oclusao e oclusao central estao diretamente condicionadas a presen-
l;:a de dentes, dai a razao da necessidade do estudo cuidadoso. 0 que
se verifica comumente e a alteral;:ao da dimensao vertical de oclusao
por falta de dentes posteriores e de oclusao central devido a mi-
gral;:ao de dentes remanescentes. Essas alteral;:oes, se houver, devem
ser medidas e anotadas na ficha e nos modelos de estudo para serem
corrigidas durante a execul;:ao do trabalho.
INDICAC,lO E CONTRA-INDICA(:,lO
A maioria dos autores estao de acordo quanta a questao da indi-
cal;:ao e contra-indical;:ao das dentaduras imediatas. Assim, elas estao
indicadas para pessoas normais f1sica e psiquicamente e em boas
condil;:oes gerais de saude.
Antes de indicarmos a dentadura imediata, deveremos, mais umavez, estudar os dados obtidos em exame clinico, conjuntamente com
os modelos de estudo, radiografias, vontade e possibilidades do pa-
ciente, para ver se nao ha maneira de evitar aparelhos totais. Somos
da opiniao de que, podendo evitar a dentadura, deveremos proceder
sempre ,assim porque, alem de evitar uma serie de aborrecimentos
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para 0 pacieme, estaremos contribuindo para a odontologia conser-
vadora.
Oueremos deixar claro 0 nosso ponto de vista acrescentando 0
seguinte: aconselhamos evitar 0 maximo a indica<;:ao de aparelhos
totais, mas tambem somos de opiniao de que e preferivel para a
saude do paciente indicar uma dentadura ja, do que adiar para mais
alguns meses a extra<;:ao de dentes condenados por infec<;:oes peria-
picais ou periodontais, para serem aproveitados como elementos de
suportes de aparelhos parciais.
Por outro lado, nos casos em que podemos indicar mais de um
tipo de aparelho, aconselhamos optar sempre pelo mais simples,
mais benefico a saude do orgao mastigatorio e de menor custo.
As dentaduras imediatas devem ser contra-indicadas para os
doentes mentais e tambem para todos os tipos de histericos por
impraticabilidade do trabalho, devido a incompreensao e falta de
coopera<;:ao. Ouando a rea<;:aodo organismo e baixa como acontececom as pessoas de idade avan<;:adae com os pacientes de saude geral
debilitada, costumam-se evitar as proteses imediatas. Na nossa opi-
niao, essa contra-indica<;:ao e relativa porque, se a falta de rea<;:aodo
organismo estiver condicionada a disfun<;:ao do aparelho digestivo
e esta, com 0 orgao de mastiga<;:ao, somos obrigados a restaurar a
oclusao, inclusive por meio de dentaduras imediatas, que e a tera-
peutica indicada para 0 caso.
Se 0 paciente apresentar qualquer defeito congenito ou adquiri-
do na area chapeavel que possa influir na reten<;:ao e estabilidade do
aparelho, preferimos semprecontra-indicar a dentadura imediata. a
nao ser que 0 interessado fa<;:aquestao, prontificando-se a cooperar
em todos os sentidos conosco, compreendendo as dificuldades que
vamos enfrentar.
As pessoas que pertencem a classe de indiferentes, nunca se
deve indicar um tipo de aparelho protetico em questao, porque re-
quer muita paciencia e na primeira dificuldade desanimam e desis-
tem do tratamento.
o preparo do paciente para dentaduras imediatas deve estar con-
dicionado a uma pequena interven<;:ao cirurgica e um preparo psiquico,
a fim de receber uma protese total.
No que se refere ao preparo pre-operatorio, estudaremos os pro-
blemas ligados a hemorragia e a hemostasia, ao tempo de sangria
e coagula<;:ao.
Hemorragia
Segundo Houssay, hemorragia e a saida do sangue dos vasos
para 0 exterior (hemorragia external ou para dentro do organismo
(hemorragia internal. Assim a hemorragia, de um modo geral, pode
ser interna e externa. A interna, quando ha extravasamento do sanguedentro do organismo, e, conforme sua intensidade, recebe 0 nome
de purpura, equimose e hematoma. A externa quando ha extrava-
mento para fora e, segundo 0 local, pode ser, otorragia, rinorragia.
hemoptise etc.
A hemorragia, segundo sua origem, pode ser arterial, venosa e
capilar. A hemorragia arterial se caracteriza pelo jorro intermitente
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do sangue de cor vermelho vivo, a hemorragia venosa se caracteriza
pela safda de sangue de cor vermelho-escuro continuamente. e a he-
morragia capilar difere das primeiras par ser difusa.
A hemorragia, segundo a causa. distingue-se em espontanea.
acidental e cirurgica.
Hemostasia
A hemostasia e combate a hemorragia. EJa pode ser natural au
espontanea e artificial.
A hemostasia natural au espontanea se resume no seguinte fe-
n6meno: a extremidade lesada do vasa se estreita. devido a a<;:ao
vasoconstritora do sistema neurovegetativo. Par outro Jado. as pia-
quetas tamponam a abertura, precipitando as fibrinas sabre a ferida,
que e formadora do coagula.
A hemostasia artificial pode ser cirurgica e medicamentosa.
Os meios cirurgicos mais frequentemente usados Para sustar a
hemorragia s130a conten<;:13oe a sutura.
A conten<;:13oconsiste em comprimir as tecidos do local da he-
morragia.
A sutura mais indicada no caso e a chamada sutura em massa,
isto e , a sutura que abrange todos as tecidos da ferida.
Os medicamentos hemostaticos mais empregados s13o: coagule-
no. cloreto au gluconato de calcio. botropase. sora, vitamina K etc.
Esses medicamentos podem ser us ados tanto para as casas de
hemorragia como tambem para as de tratamento pre-operat6rio.
Nos casas de tratamento pre-operat6rio, podemos ministrar coa-
guleno diariamente, durante as tres dias que precedem a opera<;:13o.
A administra<;:13o da vitamina K so deve ser feita na ausencia
desta no organismo. A fun<;:13oda vitamina K. no organismo. e a for-
ma<;:13ode protrombina. Normalmente, a vitamina K provem da ali-
menta<;:13oe das atividades bacterianas.
A vitamina K e absorvida nas paredes intestinais e e levada ao
ffgado e af transformada em protrombina na presen<;:a da bflis.
o fen6meno da coagula<;:ao sangufnea e complexo, mas ja estamais au menos esclarecido.
o sangue circulante n130se coagula. devido a heparina. A hepa-
rina. libertada pelo ffgado. inativa a protrombina que desencadeia a
processo de coagula<;:13o.Mas. uma vez a sangue extravasado. a pla-
queta se desintegra em maior parte. libertando a fermento trombo-
plastin.a que tem a propriedade de ativar a protrombina.
A protrombina e uma coenzima libertada pelo ffgado, sob a a<;:13o
catalisadora da vitamina K. incorporada no alimento.
A protrombina ativada pelo fans de calcio se transforma em trom-
bina. A trombina e um fermento ativo que atua sabre a fibrinogenopara se transformar em fibrina que e a formadora do coagula.
Tempo de sangria
Nos indivfduos normais, a tempo de sangria varia de 1 a 5 minu-
tos. 0 exame de tempo de sangria e muito simples; podemos perfei·
tamente realiza-Io no consultorio dentario.
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Tomamos uma agulha ou lanceta automatica esterilizada, pica-
mos a polpa do dedo ou 0 lobulo da orelha; marcamos 0 tempo no
rel6gio. Pass ado 1 minuto, esprememos a ponta do dedo ou lobulo,
de urn em urn minuto ate que nao haja mais 0 extravasamento do
sangue.Nesse momento, observamos 0 tempo decorrido desde a
lancetagem. Se esse intervalo de tempo decorrido for mais do que
5 minutos, nao estara contra-indicada a dentadura imediata, mas antes
devemos mandar fazer 0 tratamento especializado, para evitar que
o paciente no ato da instalac;:ao da dentadura perca muito sangue ou
que ocorra a hemorragia pos-operat6ria que e tao comum nesse tipo
de paciente.
Tempo de coagulac;ao
Nas pessoas normais, 0 tempo de coagulac;:ao varia de 6 a 10
minutos. Esse exame tambem e muito facil. Fazem-se normal mente,ao mesmo tempo, os exames do tempo de coagulac;:ao e sangria. Pi-
camos a ponta do dedo e desprezamos a primeira gota: colocamos
numa lamina de vidro a segunda gota de sangue e deixamos em re-
pouso, durante 5 minutos.
Passados os primeiros 5 minutos, de urn em urn minuto, com
urn estilete, tocamos na gota para verificar se houve a formac;:ao de
fibrina. A fibrina aparece sob a forma de fios delgados. Quando no-
tarmos a presenc;:a de fios, contaremos os minutos decorridos a partir
do momenta em que a gota de sangue foi depositada sobre a lamina.
Outro metoda tambem muito usado para determinar 0 tempo decoagulac;:ao e com 0 tubo de vidro capilar. Encostando-se 0 tubo capi-
lar na segunda gota de sangue e por ac;:aocapilar 0 tuba sera ime-
diatamente preenchido. Passados 5 minutos, comec;:amos a quebrar
o tuba com intervalo de urn minuto ate 0 aparecimento de fibrina.
Quando 0 tempo de coagulac;:ao for maior do que 10 minutos.
deveremos trata~ 0 paciente antes de iniciarmos 0 trabalho.
Hemorragia p6s-operat6ria
Apesar de termos tornado os devidos cuidados, as vezes, ha
cas os de hemorragia p6s-operatoria, logo ap6s a intervenc;:ao ou de-pois de algumas horas. Assim, a hemorragia p6s-operat6ria pode ser
imediata e mediata.
o tratamento consiste em: tratamento local e tratamento geral.
Para 0 tratamento local, empregamos a compressao, 0 tamponamento
e a sutura, E para 0 tratamento geral ministramos os hemostaticos.
Descrevemos separadamente, mas na pratica sempre empregamos
os dois metodos conjugados.
A hemorragia mediata ou secundaria ocorre depois de passados
alguns dias. 0 tratamento e igual ao do caso anterior.
Preparo psiquico previa
Quando 0 paciente e do grupo receptivo pouco trabalho tera 0
profissional nesse particular, porque, como ja t ivemos ocasiao de
ver, 0 paciente tern capacidade suficiente para escolher a conduta
que se deve tomar. Cabe ao profissional, geralmente, responder al-
gumas perguntas de esclarecimento, formuladas pelos pacientes.
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Infelizmente, 0 mesmo nao ocorre com os indivlduos do grupo
ceptico. Aqui 0 profissional e crivado de perguntasquase sempre
sem nexo ou sobre a mesma coisa repetidas vezes; Ha explica9ao
para isso: e a confusao mental gerada por medos: 0 medo da dor
durante 0 tratamento; 0 me do de perder a aparencia natural e 0 medode nao conseguir se acostumar com a dentadura.
a preparo pSlquico previa do paciente consiste, a nosso ver, em
ajudar a analisar ascausas do made que por si s6 nao consegue, por
falta de conhecimento ou cultura. Para isso 0 profissional deve apro-
veitar as perguntas e explica-Ias de modo 0 mais simples posslvel
e demonstrar os meios de que dispomos para resolver esses proble-
mas. Procurar sempre salientar a importancia do tratamento, fazendo
sentir a necessidade da sua coopera9ao para corresponder ao es-
for90 e a boa vontade do profissional.
as pacientes do grupo ceptico ficarao tranquilos, e compreen-slveis, assim que se inteirarem da natureza do tratamento, e prin-
cipalmente sabendo que 0 profissional fara tudo para resolver 0 caso
da melhor maneira posslvel.
Aos pacientes dos grupos histericos e indiferentes, as dehtadu-
ras imediatas estao contra-indicadas.
Registro pre-operatorio
Chegando a conclusao de que uma dentadura e inevitavel, vamos
entao procurar resolver 0 caso do melhor modo posslvel, nao s6mecanica e esteticamente, como tambem do ponto de vista do con-
forto do paciente.
Na confec9ao de dentaduras imediatas, como em demais traba-
Ihos proteticos, uma das preocupa90es mais serias do profissional e,
sem duvida. de ocultar 0 artificialismo, imitando ao maximo a denta-
dura natural. Para isso, devemos colher 0 maior numero posslvel de
dados relacionados ao trabalho e anotar na ficha e nos model os de
estudosantes da extra9ao dos dentes, para servir de guia durante a
confec9ao do aparelho.
Gieler recomenda a anota9ao da dimensao vertical de oclusao
e tomada de modelos dos arcos, para 0 estudo da forma, cor e do
tamanho dos incisivos centrais superiores.
Um detalhe muito importante que devemos registrar e a oclusao
central. Como nas dentaduras imediatas trabalhamos com a oclusao
ao inves de rela9ao, dal a necessidade do conhecimento dessa po-
si9ao.
as modelos de estudos de ambas as arcadas devem ser mol-
dados com alginato e vazados em gesso. Ja nos referimos, no capi-
tulo anterior,a
importancia dos modelos de estudo nos exames daboca.
Silverman recomenda registrar nos modelos os trespasses hori-
zontal e vertical, bem como 0 trespasse durante a pronuncia das
palavras sibil antes.
as model os de estudo devem ser arquivados para serem consul-
tados em caso de duvida, durante a confec9ao da dentadura.
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Quanto a forma dos incisivos centra is superiores, sabemos que
se apresenta sob tres tipos fundamentais: quadrado, triangular e
ov6ide. A forma do incisivo central superior de um indivfduo, segundo
os autores, coincide com a forma do rosto e tambem com a da arcada
superior. Portanto. nocaso de diffcil reconhecimento da forma devidoa destruir;:ao parcial ou pela substituir;:ao por per;:a protetica inade-
quada, podemos nos guiar pela forma do rosto do paciente.
Na anotar;:ao da cor dos dentes. ha um detalhe muito importan-
te: ela deve ser sempre obtida de acordo com a cor dos dentes que
vao permanecer na boca. e nunca com aqueles que vao ser extrafdos.
Preparo preliminar da boca
Quanto a necessidade do preparo previa da boca para a inser<;ao
das dentaduras imediatas, varia conforme os autores. Windeker e
outros preferem extrair todos os dentes remanescentes de uma s6vez, na ocasiao da colocar;:ao do aparelho protetico, ao passo que,
para um segundo grupo, como por exemplo Leathers aconselha ex-
trair os dentes posteriores com seis semanas de antecedencia, dei-
xando os anteriores para serem removidos na ocasiao da instalar;:ao
da dentadura.
Somos tambem da opiniao de que se deve fazer 0 tratamento
previo. Durante a fase da cicatrizar;:ao da regiao dos dentes pos-
teriores, que leva mais ou menos quatro semanas, os dentes ante-
riores de canino a canino asseguram a estetica, a dimensao vertical,
a oclusao central e a fonar;:ao. As cirurgias pre-proteticas, tais como:redur;:ao de tuberosidade, remor;:ao de espfcula 6ssea, raiz residual
etc., havendo necessidade, devem ser feitas nesse momento. Dei-
xando-se somente os dentes anteriores para serem extrafdos no dia
da colocar;:ao da dentadura. 0 paciente sofre menos devido a menor
extensao da ferida e, consequentemente, 0 ato operat6rio tambem
sera curto. Por outro lado, adaptar;:ao do aparelho e sempre maior,
porque se ap6ia nas partes posteriores ja cicatrizadas.
Assim, extrafdos os dentes posteriores remanescentes, e, se
algum dos dentes anteriores apresentar infecr;:ao periapical como
grande area de destruir;:ao 6ssea, cisto, por exemplo. procedemostambem a sua avulsao. Essa conduta tem dupla finalidade: 0 paciente
fica desde logo livre da infecr;:ao e, por outro lado, evita-se a perda
do aparelho terminado, porque nao se pode preyer no modelo 0 volu-
me de tecido a ser removido na ocasiao dessa intervenr;:ao cirurgica
(Fig. 19-3).
o preparo previo da boca para dentaduras imediatas estende-se
aos dentes da arcada antagonista, que devem estar restaurados e em
condir;:oes de poder articular e balancear perfeitamente.
Nos casos de dentadura imediata dupla, tudo quanto se relacio-
na com0
preparo da boca, moldagens etc., e iguala
de uma simples,e deve ser trabalhada em ambas as arcadas simultaneamente.
Na colocar;:ao ha quem instale as duas dentaduras no mesmo
dia, intervindo em ambas as arcadas. Achamos que e melhor faze-Io
em duas etapas; colocar uma primeiro e aguardar alguns dias para
instalar a outra. Neste caso, deixamos sempre a arcada que tiver
maior numero de dentes para depois, a fim de poder ocluir e ajudar
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Figura 19-3
Mode/os anatomicos .
a manter a dentadura no lugar. Em caso de ambas as arcadas terem
a mesma quantidade de dentes remanescentes, entao colocaremos a
superior primeiro porque esta possui, geralmente, maior estabilidade
e reten9ao do que a inferior.Em caso de 0 paciente ser portador de uma ponte fixa extensa,
preferimos remove-I a antes da moldagem, porque 0 material, pene-
trando embaixo dos p6nticos, nao so oferece dificuldade na rem09aO,
como tambem frequentemente se fratura e vem infJuir na exatidao
do mol de. Se a ponte for anterior, preparamos uma protese parcial
removivel provisoria com grampos de fio de a90 inoxidavel, espe-
cialmente para fim estetico.
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Dentaduras I m ed ia tas - m oldag ens
Como para as dentaduras comuns, vamos tambem realizar duas
moldagens: a moldagem preliminar que e feita com 0 alginato, e a
definitiva com a pasta zincoen61ica e alginato.
A moldagem preliminar ou anat6mica normalmente e realizada
tres a quatro semanas ap6s a ultima extrac;ao, ou conforme a cica-
trizaC;ao, antes desse tempo.
A seleC;ao da moldeira de estoque para alginato no maxilar su-perior obedece ' a seguinte norma: introduzir a moldeira na boca do
paciente e fazer coincidir a borda posterior da moldeira com 0 limite
posterior da area chapeavel; manter esse contacto e, fazendo rota-
C;ao,cobrir a parte anterior do arco. A moldeira deve cobrir a area
chapeavel total mente e guardar urn espac;o de 0,5cm no minimo entre
a parede da moldeira e 0 rebordo alveolar em toda a extensao (Fig.
20-1).
No arco inferior, 0 procedimento e urn pouco diferente: introdu-
zir a moldeira; ajustar a parte anterior e em seguida, com 0 movi-
ment.o de rotac;ao, adaptar a parte posterior dos dois lados simulta-
neamente, e 0 paciente deve levantar ligeiramente a lingua para
facilitar a operaC;ao. A moldeira que ajustar folgadamente em toda a
extensao do arco e cobrir as regi6es dos terceiros mol ares pode ser
considerada tndicada para -0 caso.
Em casos de nao encontrar uma moldeira adequada, devido ao
tamanho anormal do maxilar ou da mandibula, devemos transformar
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Figura :W -1
Moldeiras superio r e
inferior para a l g i nato .
a que mais se ajustar, por meio de godiva ou de cera, aumentando nocomprimento, na profundidade ou ainda na largura para satisfazer a
exigencia que se faz em rela<;ao a moldeira (Fig. 20-2).
Figura 20-2
Moldeira superior
aumentada com cera .
Uma vez escolhida a moldeira, a moldagem anat6mica do ma-
xilar superior e feita da seguinte maneira:
a) manipular 0 alginato e carregar a moldeira;
b) introduzir na boca e centralizar segurando-se no cabo;
c) passar para tdis do paciente e abaixar a cadeira;
d) apoiar com os dedos indicadores e medios as regioes dos
pre-mol ares da moldeira e iniciar uma compressao leve, continua e
uniforme em toda a extensao da moldeira ate obter um aprofunda-
mento desejado.
A moldeira devera ser mantida nessa posi<;ao imovel, sem com-pressao, ate 0 inicio da geleifica<;ao do alginato. Assim que 0 algi-
nato entrar na fase de geleifica<;ao, segurar a moldeira apoiando-se
na parte central, realizar as tra<;oes dos labios e das bocheehas va-
rias vezes ate a geleifiea<;ao completa do alginato para ser removida
(Fig. 20-3).
Para a moldagem anat6mica do area dental inferior aconselha-
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i t b ld i l i t d id t
Figura 20-3
MO / de do areo superior
eom algmato ,
comprimida, leve e uniformemente, com as dedos media e indicador
colocados sabre a rebordo da moldeira. 0 paciente devera fechar a
boca lentamente e, ao mesmo tempo, levantar a lingua ligeiramente.
A moldeira devera permanecer im6vel alguns minutos sem compres-
sao ate a geleifica<;:ao campI eta do alginato.
Os moldes devem ser lavados em agua corrente e imediatamente
vazados em gesso-pedra para a obten<;:ao dos model as preliminares
(Fig. 20-4).
Figura 20-4
Mod e lo an a t6m i eo superior .
Obtidos as modelos anat6micos vamos a delimita<;:ao da area
chapeavel a fim de orientar a extensao da moldeira individual.
Inicialmente assinalamos, a lapis, todas as inser<;:oes e as freios,
contornando a forma apresentada no modelo.
No maxilar superior, tanto na parte labial como nas regioes dosmolares, a limite da area .chapeavel fica na vertente vestibular, 3 a
4mm da linha de inser<;:ao da fibromucosa movel. A delimita<;:ao pos-
terior e dad a pelo confinamento dos palatos mole e duro (Fig. 20-5).
A delimita<;:ao da area chapeavel da mandfbula e feita obedecen-
do-se as seguintes referencias anat6micas: na regiao dos molares,
na parte vestibular, pela linha oblfqua externa; no lado lingual, pela
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Figura 20-5
, Delimitar;ao da area chapeavel.
Figura 20-6
Delimitar;ao da area chapeavel.
linha oblfqua interna; na parte posterior 2/3 da papila piriforme; na
porc;:ao anterior do lade vestibular orienta-se da mesma forma que
no superior, e do lado lingual delimita-se pela altura do soalho da
boca (Fig. 20-6).
As moldeiras individuais para dentaduras imediatas sac confec-
cionadas em resina acrilica de autopolimerizac;:ao.
o processo de confecc;:ao e 0 seguinte: delimitar a area chapea-
vel e eliminar todas as partes retentivas com a cera fundida, inclu-
sive dos dentes remanescentes dando uma forma expulsiva. Ap6s 0
alfvio, a area chapeavel e pintada com isolante de resina. Aplicamos
imediatamente sobre 0 modele a resina preparada ja na fase arenosa.
com espatula, em toda a extensao. Assim, a resina forma uma pelf-
cula cobrindo e adaptando-se perfeitamente ao modelo. A seguir co-
loca-se mais uma camada sobre a primeira e depois outra, assim ate
conseguir uma espessura ideal para a moldeira. Nessa fase do traba-
Iho, a resina ja estara bastante consistente, e porisso podemos alisar
a superfi~ie com 0 dedo molhado no mon6mero.
Passados 10 a 15 minutos podemos remover a moldeira, para
efetuar 0 acabamento, que ja estara polimerizada (Fig. 20-7).
As diferentes tecnicas de moldagem funcional existentes em
dentaduras imediatas podem ser divididas em dois grupos, segundo
o material de moldagem utilizado; moldagem simples e moldagem
mista.
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Figura 20-7
Molde i ras individuais superior
e i nf e ri o r de resin a
A moldagern simples e quando a impressao e obtida empregan-
do-se apenas urn tipo de material moldador. Por exemplo, Standar,
Klein e Hugles usam material a base de borracha e Appleoy e Kichoff,
alginato para a moldagem funcional.
Quando se empregam dois tipos de materiais, urn elastico e
outro anelastico, para a obten<;ao da impressao das zonas principal e
secundaria de suporte, chama-se moldagem mista. A conjugac;ao
mais comurn e a de algi nato-pasta zincoenolica e alginato-godiva. Nos
preferimos e adotamos a primeira combinac;ao: com a pasta zincoeu-
genolica moldamos a parte posterior desdentada primeiro e, a seguir,
remoldamos toda a area com alginato.
Ajuste da moldeira individual
oprimeiro passo para a realizac;ao da moldagem funcional e
0
ajuste da moldeira na boca do paciente. 0 ajuste deve ser feito com
todo 0 cuidado e atenc;ao porque qualquer excesso da moldeira que
nao for removido agora, seremos obrigados a retirar na dentadura
pronta, apos alguns dias de usa, com 0 risco de comprometer a re-
tenc;ao da mesma. Por outro lado, os defeitos como moldeira curta,
bordas baixas que nao atingem 0 limite da area etc. devem ser cons-
tatados e corrigidos nessa fase, antes de passar para a operac;ao
seguinte.
o ajuste da moldeira individual superior consiste no seguinte:
verificac;ao do deslocamento com trac;ao leve das bochechas e do
labio apos a colocac;ao e manutenc;ao da moldeira no local com umacompressao leve na abobada palatina. Se houver interferencia no mo-
vimento, levantar 0 labio ou a bochecha ligeiramente e repetir a ope-
rac;ao para precisar 0 local a ser desgastado.
o comprimento da moldeira superior e verificado ao passar 0
dedo ao longo da borda posterior da moldeira e sentir com palpac;ao
a coincidencia desta com 0 limite dos palatos duro e mole.
o ajuste da moldeira inferior deve merecer atenc;ao especial,
visto que a interferencia muscular e maior em area e em numero
do que no maxilar superior. 0 procedimento da operac;ao, no que se
refere ao lado vestibular, e igual ao do superior e na parte lingual,
verificamos a interferencia do movimento da lingua atraves do mo-
vimento nao exagerado deste para cima e para fora.
Moldagem funcional do maxilar superior
Uma vez ajustada a moldeira, manipulamos uma quantidade su-
ficiente de pasta zincoenolica, colocamos sobre as areas desdenta-
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das e sobre a abobada palatina. Levamos a boca e moldamos a parte
posterior: mantemos alguns instantes, ate 0 inicio da presa da pasta.
e fazemos trac;ao das bochechas para baixo, para moldar as porc;6es
do fecho periferico. Esperamos 0 material tomar presa e removemos
a moldeira na boca. Se0
molde estiver satisfatorio fazemos0
"post-damning" com cera de baixa fusao. como na moldagem funcional para
dentadura superior convencional (Fig. 20-8).
Emseguida. com uma broca esferica fazemos pequenas perfu-
rac;6es (brocas n.O2 ou 3) em toda a superficie da moldeira. Prepara-
mos 0 alginato. cobrindo com ele a O1oldeira, levamos novamente a
boca para entao moldar todo 0 maxilar. Repetimos os movimentos
de trac;ao do labia e da bochecha para baixo, no momenta em que 0
material iniciar a geleificac;ao (Fig. 20-9).
Figura 20-8
Mold a gem com p as t a
zi n c oeun6 t i c a .
Figura 20-9Mo lda gem func io na l
te rm i nad a.
Moldagem funcional da mandibula
A moldagem da mandibula e feita da seguinte maneira: prepara-
mos uma quantidade suficiente de pasta zincoeugenolica e adaptamos
a pasta na parte desdentada da moldeira; levamos a boca e fazemos
uma compressao leve euniforme sobre 0 rebordo e 0 paciente vai
fechando a boca vagarosamente. Depois de alguns minutos, manten-
do-se a moldeira no lugar, pedimos ao paciEmte que coloque a lingua. para fora e, em seguida, para 0 lado direito e para 0 lado esquerdo.
Tracionamos as bochechas para cima, a fim de obtermos a molda-
gem funcional dessas regi6es. Removemos 0 molde da boca e 0
examinamos em seguida. Se 0 molde estiver satisfatorio fazemos as
perfurac;6es com broca esferica, em toda a extensao da moldeira.
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Preparamos assim a moJdeira individual para a moldagem funcional
com alginato.
Na moldagem com 0 alginato devemos repetir todos os movi-
mentos ja descritos e mais os seguintes: tracionar 0 labio inferior
para cima e levantar a lingua fazendo tocar no centro da abobada
palatina. Durante esse movimento, a moldeira deve permanecer
imovel.
Apos a geleifica<;:ao do algi nato, removemos 0 molde da boca com
muito cuidado e confeccionamos 0 modele funcional em gesso-pedra
se 0molde satisfizer os requisitos de uma boa moldagem.
A moldagem inicial com a pasta zincoeugenolica tern a fun<;:aode
ajustar melhor, ainda, a moldeira individual, principal mente na regiao
do fecho periferico.
Como sabemos, a moldagem com alginato nem sempre nos ofe-
rece urn mol de com limites nftidos das regi6es de fecho periferico.Geralmente apresenta-se sob a forma' de uma membrana movel, e
quando vazado em gesso, essa regiao cede e apresenta urn modelo
flaso. Daf a razao de moldar antes com a pasta zincoeugenolica para
evitar a moldagem falsa do fecho periferico.
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D e n ta d u ra s Im e d ia ta s - R e la c iie s In te rm a x ila re s•
Uma das vantagens da dentadura imediata e de poder trabalhar
com a dimensao vertical de oclusao e oclusao central que 0 paciente
possui.
Para saber se podemos ou nao adotar a dimensao vertical de
oclusao do paciente, examinamos inicialmente 0 aspecto fisionomico
na posi<;:ao de oclusao. Se os sulcos nasogenianos saD profundos,
dando aspecto de velhice prematura ou de cansa<;:o e porque a di-
mensao vertical de oclusao esta baixa. 0 espa<;:o funcional livre tam-
bem deve ser verificado e quando ultrapassar de 5mm, geralmentee porque a dimensao vertical de oclusao esta baixa.
Em caso de 0 paciente apresentar perda de dimensao, estabele-
ceremos a dimensao vertical de oclusao (DVO) subtraindo 0 espa<;:o
funcional de pronuncia 3mm (EFP) da dimensao vertical de repouso
(DVR).
A verifica<;:ao da oclusao central se faz peJa coincidencia daslinhas medianas dos areos superior e inferior. Constatando 0 des-
via da mandibula, que e comum, devemos imediatamente examinar
a articula<;:ao temporomandibular do paciente, principal mente 0 con-
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dilo do lado do desvio. Se essa oclusao excentrica nao estiver cau-
sando distUrbios na articulac;ao temporomandibular, aconselhamos
seguir a oclusao de conveniencia.
As chapas-de-prova sao confeccionadas em resina acrflica de au-
topolimerizac;ao incolor.
A tecnica da confecc;ao e as cuidados exigidos sao as mesmos
aplicados para a obtenc;ao das moldeiras individuais ja descritos, an-
teriormente (Fig. 21-1).
Figura 21-1
Chap a s-de-pro v a superior
e inferior de resina .
DETERMINACAO DA OCLUSAO CENTRAL
o plano-de-cera e preparado amolecendo a chama uma lamina de
cera n.o 7, dobrando varias vezes sabre si mesma. Cortamos em se-
guida a plano-de-cera, assim obtido, em duas porc;6es, suficientes
para cobrir as areas desdentadas da chapa-de-prova superior, e ai,
fixamos com espfitula aquecida. Levamos a chapa-de-prova a boca do
paciente e, enquanto a cera estiver mole, acertar as planos-de-cera,
de modo que fiquem nas partes anteriores a altura dos dentes rema-
nescentes e nas partes posteriores formem as planas ascendentes.
Os planos-de-cera para a chapa-de-prova inferior sao preparados
da mesma maneira que as superiores. Uma vez colocados as planos-
-de-cera nas porc;6es desdentadas levamos a boca do paciente e so-
licitamos que a feche vagarosamente. 0 plano-de-cera inferior, devido
a sua plasticidade, ira se ajustar ao superior. Uma vez obtido a con-
tacto dos dentes em oclusao central, fixamos a plano superior com
a inferior par meio de grampos e removemos da boca as dais planasassim unidos. Essa posic;ao da mandibula corresponde a dimensao
vertical de oclusao e ao mesmo tempo a de oclusao do paciente (Fig.
21-2) .
A montagem dos modelos de dentaduras imediatas e feita com a
emprego do arco facial, como aconselha Schweitzer.
Somas da opiniao de que a emprego de articulador anat6mico
adaptavel, na confecc;ao de dentaduras imediatas, constitui u rn dos
fatores importantes para a exito do trabalho.
A tecnica e a cui dado exigido para a f ixac;ao dos modelos, de
dentaduras imediatas, no articulador, obedecem aos passos conven-
cionais de montagem, que foram descritos na parte de dentaduras
completas (Fig. 21-3).
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Figura 21-2
P/ano-de-orienta98o.
Figura 21-3
Montagem dos mode/os no articulador .
SELECAO DOS DENTES
No que se refere a escolha dos dentes, as opini6es dos autores
divergem, dando cada um as raz6es da sua preferencia.
Hugles prefere os dentes artificiais de resina acrilica, porque
permite modificar as formas mais facilmente. Reig prefere dentes
de resina acrflica sem cuspides. Parkinson confecciona todos os den-tes anteriores em resina acrflica, baseando-se nos naturais.
Preferimos tambem empregar os dentes de resina acrilica de
desenho anatomico, isto e, com cuspides. Como sabemos da meca-
nica da articulac;ao, os dentes com cuspides transmitem menos pres-
saD aos tecidos subjacentes do que os dentes desprovidos de cusp i-
des. Como nos trabalhos de pr6tese imediata devemos aliviar os
esforc;os mastigat6rios 0 mais posslvel, mesmo nas regi6es poste-
riores do arco dental onde os rebordos alveolares de certo modo
ainda estao sensfveis por causa da extrac;ao recente, achamos que
os dentes com cuspides saD mais indicados. Alem disso, as denta-
duras confeccionadas com dentes sem cuspides, como nao existe
travamento das cuspides nas partes posteriores, a mandfbula tem
tendencia a deslizar para a frente onde justamente se situam as fe-
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ridas. Quanto a questao da articulac;ao e balanceio, pode-se articular
e balancear uma dentadura com dentes anat6micos.
Sob 0 ponto de vista da selec;ao de dentes artificiais e da mon-
tagem dos mesmos em protese imediata, conforme as condic;6es dos
arcos, podem ser agrupados em tres classes:
a) casos em que se podem conservar a forma, 0 tamanho, a
posic;ao, a disposic;ao e 0 alinhamento dos dentes naturais (oclusao
normal) ;
b) casos em que os fatores acima citados pod em servir somente
para a orientac;ao geral (com trespasse vertical);
c) casos em que os fatores acima nao servem para orientac;ao
(com trespasse vertical e horizontal).
A determinac;ao da altura dos dentes e feita atraves das posi-
c;6es do labio superior. Inicialmente, pedimos ao paciente que fique
com a boca Iigeiramente aberta e deixe os Uibios em posic;ao de re-
pouso. Marcamos a altura do tuberculo do labio superior sobre a face
vestibular dos incisivos centrais. Por meio de um compasso trans-
portamos a marca da altura do labio aos dentes correspondentes domodelo. as modelos definitivos, nesta fase do trabalho, devem estar
corretamente fixados no articulador. A seguir 0 paciente e instrufdo
no sentido de ocluir a fim de levar os labios para a posic;ao de sor-
riso forc;ado. Com um lapis-copia marcamos, na propria gengiva, a
pOSic;ao do tuberculo do labio, quando 0 labio superior se contrai
nesse movimento forc;ado. Essa Iinha horizontal, que corresponde a
linha alta no desdentado total, e transferida ao modele definitivo por
meio de u m com pas so (Fig. 21-4).
Figura 21-4
Li n h a a/ta e posi l ;: iio
de repouso .
A linha alta devera ser marcada no modelo de estudo, a f im de
orientar 0 ate cirurgico durante a instalac;ao da dentadura.
A altura do incisivo central superior dos dentes artificiais e de-
terminada pela distancia entre a linha de repouso e a l inha de sorriso
acrescido de 1 a 2mm que corresponde as bordas dos incisivos que
aparecem, normal mente, abaixo do tuberculo do labio (Fig. 21-5).
Para a determinac;ao da largura dos dentes 0 melhor metodo, a
nos so ver, e aquele que se baseia nos pr6prios dentes remanescentes.
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Figura 21-5
Escolha do dente artif i cial .
Contudo, quando isso nao e possivel, selecionamos com base na
extensao do futuro arco dental, como fazemos na confec9ao de den-
taduras completas. Quanto ao problema da determina9ao da forma
do dente, conseguimos, muitas vezes, orientar-nos pelos dentes re-
manescentes, porem, em caso de duvida, baseamo-nos pela forma
do rosto.
A montagem dos dentes varia segundo os autores. Fred Miller,
por exemplo, monta os dentes na seguinte sequencia: incisivo central
direito, lateral esquerdo, canino direito, canino esquerdo, incisivo
central esquerdo, e, final mente, 0 lateral direito.
Swenson inicia a montagem com 0 incisivo central direito, de-
pois incisivo central esquerdo, 0 lateral direito, lateral esquerdo.
canino direito e, final mente, canino esquerdo.
Ha, ainda, quem monte os dentes anteriores, eliminando todosos dentes antes, e colocando arbitrariamente os artificiais.
Nos casos de oclusao normal seguimos a orienta9ao de Swenson,
com pequena modifica9ao. Desgastamos 0 incisivo central direito
ate 2mm abaixo do cola gengival e raspamos 0 suficiente para elimi-
nar a reten9ao no lado vestibular do modelo de gesso e, em seguida,
colocamos no lugar um dente artificial correspondente (Fig. 21-6). Ge-
ralmente, 0dente artificial nao se adapta perfeitamente ao local; pro-
cedemos ao ajuste necessario do mesmo, levando-se em conta a
altura, 0 alinhamento vestibular e a largura para 0 restabelecimento
dos pontos de contacto do dente. Conseguida a adapta9ao, fi~amos 0
dente no lugar, diretamente sobre 0 modelo, com cera fundida e veri-
ficamos a oclusao (Fig. 21-7).
Em seguida, montaremos 0 incisivo central do lado esquerdo
com os mesmos cuidados, depois 0 incisivo lateral direito, a seguir
o esquerdo, e assim vamos dispondo os dentes sucessivamente, ate
completarmos a montagem de todos os dentes anteriores (Fig. 21-8).
N t d d t t i d l
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Na montagem de dentes anteriores nos casos de oclusao com
Figura 21-6
Remof;ao do dente e
desgaste do modelo
Figura 21·7
Incisivo central ajustado
e fixado ,
Figura 21-8
Montagem dos dentes terminada,
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incisivo central do modelo raspando 0 gesso da porc;ao gengival ate
a linha alta. A seguir desgastamos a aresta vestibuloclusal do mo-
deJo em alguns milfmetros para compensar a espessura da base da
dentadura.
Tomamos em seguida0
dente correspondente e passamos aajustar na sua posic;ao oorreta, de modo que a borda incisal fique de
1 a 2mm abaixo da linha do labia em repouso, a face mesial na linha
mediana e a face palatina permitindo a oclusao. Se 0 espac;o prepa-
rado for insuficiente para acomodar 0 dente artificial, devemos alar-
gar, desgastando a face mesial do incisivo lateral do modelo e nunca
reduzir 0 dente artificial. Conseguida a posic;ao desejada, fixamos 0
dente diretamente sobre 0 modelo com cera fundida (Fig. 21-9).
Figura 21-9
a) Oclusiio com trespasse
vertical. b) Desgast e do modelocom r emor ;iio d o dente.
c) Fixar;aodo dent e artiticial
na posir ;iio.
- - - - - -~-~.> - - - - - -
- - - - - -1;""··t••
------~~----- ----~----
A seguir removemos 0 incisivo central do lado oposto e adapta-
mos 0 dente correspondente; depois 0 incisivo lateral de urn lado, e,
ap6s 0 outro, assim sucessivamente, ate completar a montagem de
todos os dentes anteriores observando, rigorosamente, os cuidados
descritos para 0 primeiro dente.
as dentes posteriores saD montados da mesma forma que nas
dentaduras completas. Porem nao e demais lembrar que os dentes
posteriores devem ser perfeitamente oclufdos com os seus antago-nistas. Tratando-se de aparelhos proteticos em ambas as arcadas, os
dentes posteriores devem ser colocados segundo a linha de forc;a
intermaxilar para que as dentaduras executem a sua func;ao, com 0
minimo de prejuizo aos tecidos de suporte.
Terminada a montagem, conseguida a oclusao e 0 balanceio, pro-
cedemos a uma prova no paciente somente com os dentes que esti-
verem fixos a chapa-de-prova. A prova dos dentes posteriores tern a
finalidade de verificar a dimensao vertical e a oclusao dos dentes
posteriores. Se a oclusao dos dentes posteriores estiver perfeita. po-
deremos assegurar, desde logo, que os dentes anteriores artificiaisda dentadura tambem iraQ ocluir-se com seus antagonistas, porque
os posteriores foram montados em func;ao dos anteriores. Em outras
palavras, a montagem foi iniciada do incisivo central para os poste-
riores.
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Oualquer duvida na oclusao ou na dimensao vertical deveremos
corrigir nessa fase de trabalho.
Uma vez provada a dentadura, procedemos ao seu acabamento,
pela tecnica usual indicada para as dentaduras completas no que se
refere as partes posteriores. Na regiao anterior, para se conseguira uniformidade na espessura, adaptamos, inicialmente, uma lamina
de cera n.o 7 na regiao, ap6s realizamos a escultura.
Ap6s a escultura, procedemos a inclusao da dentadura na mufla
e depois executaremos todas as opera«;oes da confec«;ao ate 0 ter-
mino do aparelho, obedecendo, rigorosamente, as tecnicas conven-
cionais.
Para a confec«;ao da gUiacirurgica, na fase da remo«;ao da cerada mufla para a condensa«;ao da resina acrilica, moldamos 0 modelo
conti do na mufla, com alginato e reproduzimos 0 modelo. Sobre 0
modelo-c6pia adaptamos, em toda a area chapeavel, uma lamina de
cera r6sea e incluimos, em seguida, na mufla.
Depois da presa de gesso, a mufla e levada a agua quente, onde
procedemos a lavagem da mesma. As partes internas da mufla SaD
isoladas com "cel-Iac" e a seguir realizamos a condensa«;ao de resina
incolor.
A chapa de resina acrilica transparente que vamos obter ap6s a
polimeriza«;ao e acabamento e 0 que se chama de guia cirurgica. Esse
guia vai orientar-nos no trabalho de alveolotomia no ato da instala«;ao
da dentadura (Fig. 21-10).
Temos confeccionado a dentadura imediata total mente em resina
incolor e a experiencia mostrou-nos que nao ha inconveniencia de
ordem estetica, devido ao cuidado que tivemos de desgastar 0 mo-
deja ate a linha alta e, assim, 0 paciente, durante 0 sorriso, nao mos-
trara a base da dentadura.
Por outro lado, muitas SaD as vantagens que decorrem de uma
dentadura imediata totalmente incolor.Em primeiro lugar, a pr6pria dentadura serve de guia cirurgica,
e, consequentemente, simplifica em muito a tecnica. Permite, atraves
Figura 21-10
Guia cirurgica .
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da transparencia da base incolor, localizar facilmente 0 ponto exato
da escoriac;ao durante todo 0 perfodo do controle p6s-operat6rio. Fi-
nalmente, permite ao profissional ter uma visao do panorama geral
da adaptac;ao do aparelho, nao somente no ato da instalac;ao, mas
durante toda a fase da integrac;:ao do aparelho (Fig. 21-11).
Figu(a 21-11
Dentad ur a im e d iat a
inteiram e nte em r esi na
in c% r .
1. HUGLES,F. - Immediate denture service. J. Am . De nt. As s ., 34 (1): 20-26.
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2. MILLER, F. - Immediate denture service. J. Am . Dent . Ass ., 23 (1): 83. Jan.,
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3. PARKINSON,D. I. - Duplicating natu al teeth in immediate denture service.
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D e n t a d u ra s Im e diatas - Instalacao.
Campbell acha que as dentaduras imediatas saD raramente sa-
tisfatorias se nao for realizada a alveolotomia na sua coloca9ao. De
Yam, pelo contrario, acha que a melhor alveolotomia e nao fazer aI-
veolotomia.
Achamos que devemos contra-indicar a alveolotomia extensa e
excessiva, sempre que nao prejudique 0 resultado final do trabalho.
Somos da opiniao de que e preferfvel sacrificar algum tecido osseo
alveolar, sempre que esteja em jogo a estabilidade ou a estetica da
dentadura.
A extra9ao e feita sob anestesia por condu9ao, tendo-se 0 cui-
dado de nao fraturar as rafzes.
Apos a extra9ao, com 0 osteotomo, recortamos levemente os
septos osseos interalveolares. Em seguida, colocamos a guia cirur-
gica na boca do paciente para a verifica9ao de sua adapta9ao, fazen-
do-se leve compressao sobre a mesma.
Esta comprimira a mucosa da area chapeavel e as por90es que
estao altas tomarao 0 aspecto esbranqui9ado, devido a esquemia.
Removemos a guia cirurgica; em seguida procedemos a um leve
deslocamento mucoperiosteo dessas regioes altas, e por meio delima para osso, alisamos 0 tecido osseo e experimentamos novamen-
te a guia cirurgica e se for necessario repetimos a opera9ao ate con-
seguirmos uma perfeita adapta9ao, isto e, ate que nao haja nenhuma
area de isquemia.
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Assim, a custa da guia cirlirgica, adaptaremos a boca do paciente
a dentadura ja pronta. Isto e posslvel, porque a guia, na sua parte da
area chapeavel, e rigorosamente igual a da dentadura, pois ambas
foram confeccionadas sobre modelos identicos.
No caso de estar empregando a dentadura total mente de resinaincolor, a verifica<;:ao da parte alta do rebordo alveolar para orientar
a alveolotomia, faz-se com 0 proprio aparelho e a custa da compressao
exercida pelos dentes na posi<;:ao de oclusao central. A experiencia
tem mostrado que essa maneira de proceder leva vantagens sobre
aquela de comprimir com os dedos devido a distribui<;:ao uniforme de
for<;:a.
Muitos cirurgi6es deslocam extensamente 0 mucoperiosteo, indo
ate 0 fundo do saco vestibular para fazer uma simples alveolotomia.
Segundo Centeno, essa pratica e um erro, porque, .alem de outros
inconvenientes, pode ocasionar a diminui<;:ao do "fornice", 0 que pre- judica a reten<;:ao do aparelho protetico.
Uma vez conseguido 0 ajuste da boca do paciente a guia cirlir-
gica, procedemos em seguida a sutura dos retalhos e colocamos ime-
diatamente a dentadura.
Alguns autores preferem fazer a alveolotomia antes da extra<;:ao.
A nosso ver, essa pratica facilita a extra<;:ao, mas pode desperdic;:ar
o precioso rebordo alveolar, agora, para 0 paciente que deve usar
dentadura pelo resto da vida.
Terminada a interven<;:ao cirlirgica, instalamos, cuidadosamente,
o aparelho protetico na boca.
A seguir tomamos a precau<;:ao de verificar se a oclusao e 0
balanceio nao foram alterados. Constatando-se qualquer anormalidade
corrigiremos os defeitos, localizando-os por meio de papel-carbono.
Fazemos 0 paciente fechar a boca em oclusao central, com uma tira
de papel carbono entre os arcos, e, em seguida .. pedimos para rea-
lizar os movimentos de lateralidade. As partes dos dentes marcadas
pelo papel-carbono serao desgastadas com uma pedra montada, reopetindo-se a opera<;:ao ate conseguirmos 0 a juste da oclusao e arti-
cula<;:ao.
Terminado esse trabalho, 0 paciente e dispensado, apos ser-Ihe
ministradas algumas instruc;:6es:
a) nao retirar 0 aparelho de maneira alguma nas primeiras 24
horas e nem ocluir for<;:ando a dentadura para evitar a sobrecompres-
saD na ferida cirlirgica;
b) em caso de dor, que sempre e minima, combate-Ia com com·
primidos a base de acido acetilsalicflico (aspirina);
c) ingerir alimenta<;:ao Ifquida e fria nas primeiras horas;
d) voltar ao consultorio no dia seguinte;
e) aplicar bolsa de gelo durante algumas horas, com intervalode 15 minutos.
Passadas as primeiras 24 horas, 0 paciente devera retornar ao
consultorio para submeter-se ao curativo. Esse tratamento consiste
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no seguinte: remover 0 aparelho e lava-Io com agua e sabao. Geral-
mente, a parte intema da dentadura esta forrada de coagulo san-
giHneo. A higienizac;ao da boca, fazemo-Ia com uma solw;:ao fisiolo-
gica evitando ao maximo tocar na ferida.
Em seguida, 0 profissional devera examinar toda a extensao daarea chapeavel. As vezes apresenta-se, principal mente, nas zonas de
fecho periferico e nos freios, inicio de escoriac;oes que nem 0 pacien-
te ainda percebeu. Devemos, entao, fazer um alfvio, desgastando 0
aparelho no local com pedra. Terminado 0 retoque, imediatamente
recolocamos 0 aparelho na boca. Costumamos verificar novamente a
articulac;ao com 0 papel carbono.
Dispensamos 0 paciente, em seguida, com as seguintes reco-
mendac;oes:
a) retirar 0 aparelho, em casa, duas a tres vezes ao dia para a
higienizac;ao do mesmo e tambem da boca;
b) quanta a alimentac;ao, 0 paciente devera gradativamente re-
tomar ao normal. Em nossas observac;oes, depois de uma semana
o paciente, geralmente, estara mastigando quase de tudo;
c) voltar novamente ao consultorio, se nada acontecer, depois
de passadas 72 horas, para remover os pontos. Nessa ocasiao 0 pro-
fissional devera efetuar novos retoques, se for necessario;
d) depois de tirados os pontos, 0 paciente so voltara ao consul-
torio quando sentir alguma anormalidade no aparelho. Caso contra-
rio, voltar depois de algumas semanas para um controle.
A maioria dos autores acha que 0 reembasamento do aparelho
ou a confecc;ao de um outro "definitivo" devera ser feito depois de
pass ado no mlnimo um e no maximo quatro meses, conforme 0 es-
tado de cicatrizac;ao.
Geralmente, decorrido esse perfodo, a dentadura comec;a a per-
der a retenc;ao; entao, providenciar 0 reembasamento, segundo as
tecnicas convencionais ou confeccionar uma nova. Nos, particular-mente, nao costumamos reembasar dentaduras imediatas.
Muitas vezes, mesmo depois de quatro meses de usa, a denta-
dura imediata continua com retenc;ao. Nestes casos, se no ato cirur-
gico a inserc;ao do aparelho a remoc;ao do tecido osseo foi minima.
o paciente podera continuar usando 0 aparelho por mais tempo; mas.
se houve alveolotomia extensa, devemos, obrigatoriamente, reem-
basar. Nesse segundo caso, mesmo que 0 aparelho esteja com re-
tenc;ao, a parte do rebordo correspondente a alveolotomia ja estara
reabsorvida. a espac;o assim formado vai sendo preenchido por uma
mucosa flacida. Essa mucosa move!, na parte anterior do rebordoalveolar, traz um grande problema na estabilidade da futura dentadu-
ra. Para evitar a formac;ao dessa mucosa, e que indicamos 0 reem-
basamento ou confecc;ao de uma nova protese.
Muitas vezes, a dentadura imediata comec;a a perder reten<;ao
logo depois de algumas semanas.
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A fim de contornar essa instabilidade do aparelho, temos utili-
zado a resina acrilica de polimerizac;ao, ativada quimicamente, para
efetuar 0 fecho periferico e "postdamming", conforme 0 caso.
1. CAMPBELL, D. - Immediate Denture. Jour . Am . Dent . Ass ., 23 (3): 436-442.
Mar., 1934.
2. CENTENO,R. - Cirurgia Bucal . 2.· Vol., B. Aires, ed. Ateneo, pp. 693-710, 1952.
3. DE VAM - Conservation of the alveolar process by immediate prothesis
replacement. Dent . Cosmos, 72 (1): 141-145.Jan., 1930.