Protocolo Clínico Assistencial de Enfermagem para pacientes com Síndrome Gripal.
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Protocolo Clínico Assistencial de Enfermagem
para pacientes comSíndrome Gripal
1º - Uso de máscara pelo profissional (enfermagem, recepcionista e outros) e vigilante
2º - Identificação dos pacientes portadores de Síndrome Gripal (febre, tosse, calafrios, dor no corpo, e dor de garganta) com
entrega do cartão Influenza
3º - Distribuição de máscaras para os suspeitos
4º - Encaminhamento imediato à área da Unidade de Saúde reservada aos casos
Recepção do paciente na Unidade
- Receber o paciente usando a máscara;
- Ensinar o paciente a usar a máscara;
- Orientar o paciente a permanecer com a máscara enquanto estiver na Unidade.
A máscara deve ser utilizada pela equipe multiprofissional a uma distância inferior a 1 metro do paciente para evitar a
contaminação por gotículas respiratórias.
Posicionamento da máscara cirúrgica
Cuidados com máscara
Ensinar e auxiliar o paciente a usá-la ajustada ao rosto;
Orientar o paciente quanto ao uso constante enquanto aguarda o
atendimento;
Nunca molhar ou sujar a máscara com secreções. Utilizar um lenço
descartável ou papel higiênico na higiene nasal;
Quando molhada, a máscara deverá ser trocada.
Para estratificar o risco por cores, a enfermeira
deverá proceder a pré consulta e pesquisar fatores de
risco.
Detectar presença de sinais de gravidade da doença
com classificação por cores (vermelha, amarela, verde e
azul) que definem níveis de prioridade de atendimento,
sendo a cor vermelha reservada para os casos graves.
Pré Consulta de EnfermagemPré Consulta de Enfermagem
Pesquisar sinais de alerta e fatores de risco
Aferir a temperatura de todos os pacientes avaliados e caso necessário solicitar prescrição de anti-térmico enquanto aguarda consulta médica;
Verificar a frequência respiratória e a pressão arterial de todos os pacientes. Caso alterada, solicitar avaliação médica;
Definir prioridade de atendimento médico: vermelho, amarelo, verde e azul.
Taquipnéia (até 2meses: FR>60 irpm; >2m e <12m: >50 irpm; 1 a 4a: >40 irpm; > 4 anos FR >30 irpm);
Batimento de asa de nariz; tiragem intercostal, cornagem; convulsões; desidratação;
Agravamento dos sinais e sintomas iniciais (febre, mialgia, tosse, dispnéia);
Alteração do estado de consciência;
Alteração dos sinais vitais: hipotensão arterial (PAD<60mmHg ou PAS<90mmHg); FC elevada (>120bpm);
Febre (T>38graus) persistente por mais de 5 dias;
Oximetria de pulso:sat O2<94% (se disponível na unidade);
Em crianças: cianose; incapacidade de ingerir líquidos.
Presença de pelo menos um dos seguintes critérios:
Gestantes;
Idade < 2anos ou > 60 anos;
Doença crônica pulmonar, cardiovascular, renal, hepática, hematológica, neurológica, neuromuscular, metabólica (incluindo obesidade (IMC>35) e diabetes mellitus);
Imunodeprimidos (SIDA; transplantados e tratamento crônico com imunossupressores).
Fatores de risco
Prioridade VermelhaPrioridade Vermelha
Sinais vitais cada 30-60 minutos ouconforme prescrição médica
O paciente com DRAG deve ser mantido em espaço reservado na Unidade, monitorado clinicamente até sua
transferência.
Prioridade AmarelaPrioridade Amarela
Incluídos neste grupo gestantes, crianças <2 anos e idosos >60 anos, pacientes com comorbidades,ou seja, grupo de risco para complicações.
O paciente deverá aguardar o atendimento médico e enquanto espera, os sinais vitais deverão ser monitorados a cada 60 minutos.
Caso ocorra piora dos sintomas na própria Unidade, devem ser encaminhados para consulta médica imediata.
Pacientes com sintomas gripais ou resfriado comum. O paciente deverá aguardar o atendimento médico, onde deverá ser prescrito medicação sintomática e o paciente orientado para retorno em caso de piora do quadro.
O paciente deverá ser dispensado para residência com recomendação de quarentena voluntária.
Para este paciente a enfermagem deverá realizar orientações gerais e ações educativas.
Se possível utilizar vídeos e folhetos educativos.
Prioridade Verde/AzulPrioridade Verde/Azul
Medidas gerais para controle nos Medidas gerais para controle nos indivíduos com síndrome gripal
Estes devem evitar:
entrar em contato com outras pessoas suscetíveis;
aglomerações e ambientes fechados, permanecendo na residência.
tocar superfícies com as mãos contaminadas;
higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir, espirrar, usar o banheiro e antes das refeições.
ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos e, se possível, em domicílio durante 7 dias após início dos sintomas;
não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
as puérperas devem usar máscara e lavar as mãos antes de amamentar, não tossir ou espirrar próximo ao bebê.
Manter os ambientes ventilados, com janelas abertas e sem permanência desnecessária de pessoas;
Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;
Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com qualquer superfície;
Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar.
Não há necessidade do uso de máscaras;
Os familiares e cuidadores deverão usar máscara quando em contato com a pessoa com suspeita de contaminação.
Medidas gerais para prevenção e controle para a Medidas gerais para prevenção e controle para a população em geralpopulação em geral
Freqüente higienização das mãos, inclusive após tossir ou espirrar;
Evitar tocar superfícies e equipamentos com luvas ou outros equipamentos de proteção individual (EPI) contaminados ou com mãos contaminadas. (mobiliário, maçaneta, interruptor de luz, chave, caneta, entre outros);
Descartar luvas após atender ao paciente e lavar as mãos para atendimento a outro paciente;
Não circular dentro da Unidade usando os EPI; estes devem ser imediatamente removidos e trocados após o atendimento;
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucoas de olhos, nariz e boca.
Medidas preventivas para as equipes de saúde
Tanto o enfermeiro quanto o técnico de enfermagem devem proceder à higienização das mãos antes e após a avaliação do paciente, lembrando que o uso de adornos (anéis, puseiras e relógios) não é recomendado nas atividades assistenciais de enfermagem.
Recomendação:
Utilização de água e sabonete ou álcool gel;
Antes e após o contato direto com pacientes com influenza, seus pertences e ambiente;
Imediatamente após retirar as luvas;
Imediatamente após contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções e/ou objetos contaminados;
Entre procedimentos em um mesmo paciente, para prevenir a transmissão cruzada entre diferentes sítios corporais.
Higienização das mãos com água e sabão
Abrir a torneira com a mão dominante sem encostar na pia, para não contaminar a roupa, quando não houver pedal;
Molhar as mãos;
Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si;
Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa;
Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa;
Higienização das mãos com água e sabão
Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa;
Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa;
Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa;
Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira;
Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha.
- Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);
- Friccionar as palmas das mãos entre si;
- Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa;
- Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;
- Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-versa;
- Friccionar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa;
- Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo um movimento circular e vice-versa;
- Friccionar os punhos com movimentos circulares;
- Friccionar até secar espontaneamente. Não utilizar papel toalha.
As luvas devem ser utilizadas quando houver risco de contato
das mãos do profissional com: sangue, fluidos corporais,
secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou
equipamentos contaminados, de forma a reduzir a
possibilidade de transmissão do vírus da influenza para o
profissional, assim como, de paciente para paciente por meio
das mãos do profissional.
Troque as luvas sempre que entrar em contato com outro paciente;
Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada;
Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)
Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas
O uso de luvas não substitui a higienização das mãos;
Proceder à higienização das mãos imediatamente após a retirada das luvas;
Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos, abaixo descrita:
Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta;
Segure a luva removida com a outra mão enluvada;
Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a outra luva.
Recomendações
Desinfecção de equipamentos e superfícies
Não há uma orientação especial para desinfecção de equipamentos, produtos ou artigos expostos ao vírus influenza;
Seguir as normas definidas pelas CCIHs dos serviços de saúde e orientação dos fabricantes;
Em relação à susceptibilidade a saneantes, o vírus da influenza é classificado no grupo A, que apresenta sensibilidade aos seguintes produtos após exposição de 10 minutos a temperatura de 20oC a 25oC: halogênios, aldeídos, fenóis, álcoois, peróxido de hidrogênio(H2O2), proteases e detergentes (Block, 2001).
Portanto, a higienização é simples e eficazhigienização é simples e eficaz..
Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel 70% antes e após este procedimento;
Deverão ser exclusivos para o atendimento destes pacientes;
Deverão ser desinfetados com álcool etílico a 70% através de fricção. Realizar fricção deixando secar naturalmente e repetir a operação por três vezes (aproximadamente 30 segundos de contato).
Desinfecção de estetoscópios, aparelhos de pressão e termômetros
Limpeza e desinfecção de ambientes (consultório):
Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel 70% antes e após este procedimento;
Os funcionários deverão utilizar, além dos EPI´s inerentes à atividade, avental descartável, óculos, gorro e máscara PFF2 (N95);
Não realizar varredura a seco, utilizar pano umidecido;
Realizar a desinfecção com álcool etílico a 70% através de fricção em maçanetas, torneiras, cabeceira da cama, móveis. Realizar fricção deixando secar naturalmente e repetir a operação por três vezes (aproximadamente 30 segundos de contato);
Realizar a limpeza com água e sabão e desinfecção com hipoclorito a 1% por 10 minutos para piso, paredes, este, no final do atendimento;
O material utilizado para limpeza deverá ser higienizado no expurgo da Unidade.
Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel 70% antes e após este procedimento;
Recolher a roupa suja em sacos plásticos fechados utilizando os EPI´s inerentes à atividade;
O transporte destes sacos até a área de abrigo deverá ser realizado em carro provido de tampa;
A lavagem de roupas deverá seguir as normas usuais de reprocessamento.
Manejo de resíduos (perfurocortantes, alimentos, fezes e urina)
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Subgrupo A1: “Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica, ... microorganismos com relevância epidemiológica e risco de
disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante...” RDC nº. 306/04.
Acondicionamento: os resíduos deverão ser embalados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de puctura e ruptura. Sacos: deverão ser brancos, leitosos, identificados, respeitando os limites de peso de cada saco e descartados quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas. O funcionário deverá fechar o saco plástico sem inalar o conteúdo ou expor-se ao fluxo de ar interno. Este funcionário deverá fazer uso de gorro, óculos, máscara PFF2, luva e capote, seguindo as orientações do documento Lixeiras: deverão estar devidamente identificadas possuindo tampa e acionamento sem contato manual. Recipiente de Perfurocortante: deverão ser lacrados quando atingirem 2/3 de sua capacidade e acondicionados em saco vermelho. Identificação: todos os sacos e recipientes devem ser identificados pelo símbolo de substância infectante. Transporte interno: deverá ser recolhido e transportado separado dos demais resíduos do serviço de saúde em carrinho ou recipiente devidamente identificado e com tampa, em horário de menor fluxo de pessoas, pacientes . Armazenamento: não é permitida a permanência de sacos de resíduos fora do recipiente. Fezes e urina: podem ser desprezados na rede de esgoto, entretanto a tampa do vaso sanitário deve ser fechada antes da descarga para evitar aerossolização. que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Capacitar membros da equipe quanto à prevenção, ações de vigilância epidemiológica, controle, tratamento e monitoramento dos casos de gripe A; Supervisionar diariamente o trabalho do ACS, identificando suas ações referentes à gripe A; Realizar acolhimento identificando riscos e vulnerabilidades; Realizar consulta de enfermagem, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão; Identificar sinais de gravidade, auxiliando na estabilização do paciente para a remoção segura à unidade a ser referenciado respeitando os fluxos locais e mantendo-se responsável pelo acompanhamento; Realizar assistência domiciliar, quando necessária; Enviar ao setor competente as informações epidemiológicas referentes aos casos da área de atuação da UBS; Notificar e investigar os casos seguindo estratégia local; Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação e investigação, conforme estratégia local; Analisar os dados sobre os casos e informações da área adscita da UBS para possíveis intervenções; Auxiliar no gerenciamento de insumos e equipamentos necessários para o desempenho das atividades de prevenção, acompanhamento e assistência aos casos de gripe A; Utilizar EPI e medidas de proteção do ambiente de trabalho.
Atribuições do enfermeiro no atendimento à Síndrome Gripal
CONSIDERANDO que a Lei 7.498, de 25/06/1986 já prevê em seu artigo 11, inciso II, alínea "c" a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, como atividade do Enfermeiro na condição de integrante da equipe de saúde;
O enfermeiro não poderá prescrever quaisquer medicamentos na pandemia de Influenza A. A resolução do COFEN abaixo reproduzida
não se aplica em situação de pandemia.
Central de Regulação de Leitos:Central de Regulação de Leitos: 2332.8577 / 7826.9179
Tele-SaúdeTele-Saúde: 3523-4025
Central Regulação de Ambulâncias:Central Regulação de Ambulâncias: 3111-4105
Disque Gripe:Disque Gripe: 0800-2810100 (06 às 23:30h) diariamente
Avaliador de SINTOMASSINTOMAS no site:http://www.riocontragripea.rj.gov.br/conteudo/index.asp
Vigilância Epidemiológica:Vigilância Epidemiológica:3971-1894 / 3971-1897 / 3971-1804 / 3971-1803 3971-1893 (FAX)
CIEVS:CIEVS:3971.1710 / 3971.1708 / 9210-4130 (Plantão:noite e fins de semana)
Email: [email protected] ou [email protected]