PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A...

23
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA COVID-19 Versão 3 – 18 de abril de 2020

Transcript of PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A...

Page 1: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

PROTOCOLO DE CONTROLE E

PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA

COVID-19

Versão 3 – 18 de abril de 2020

Page 2: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

2

Sumário

1. INTRODUÇÃO 3 2. TRIAGEM DE PACIENTE 4 3. ACOLHIMENTO E EMERGÊNCIA COVID-19 6 4. HEMODIÁLISE 10 5. CUIDADOS NO TRANSPORTE DE PACIENTE 11 6. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO AMBIENTE 12 7. REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS (CME) 13 8. PROCESSAMENTO DE ROUPAS 15 9. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO 16 10. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 19 11. ORIENTAÇÕES PÓS-ÓBITO 19 12. TRANSPORTE DO CORPO 21 13. FUNCIONAMENTO DOS ELEVADORES 22

Page 3: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

3

1. INTRODUÇÃO:

O SARS-CoV-2 é um novo coronavírus, pertencente a uma grande família viral

dos coronavírus, já conhecidos desde 1960, que não havia sido previamente descrito em

seres humanos, sendo inicialmente identificada na cidade de Wuhan, na China e

rapidamente se espalhando pelo mundo.

A forma de transmissão acontece de pessoa-a-pessoa pela via respiratória

através de gotículas, por tosses e espirros em curta distância; ou pelo contato, seja

contato direto com pessoa infectada, tais como toque ou aperto de mão, ou contato

indireto através de objetos ou superfícies contaminadas, semelhante à influenza ou

outros vírus respiratórios.

Procedimento que gerem aerossóis, tais como intubação orotraqueal, aspiração

de vias aéreas, ventilação não invasiva, reanimação cardiopulmonar, ventilação manual

antes de intubação, indução de escarro, coleta de amostras nasotraqueais, nebulização

e broncoscopias, também estão descritos como forma importante de transmissão.

O período de incubação conhecido da doença é de cerca de 2 a 14 dias após a

exposição, podendo evoluir casos mais leves de infecção, que lembram uma gripe ou

resfriado comum, o que pode dificultar o diagnóstico, ou casos mais graves

acompanhados de febre, tosse, taquidispnéia e dificuldade respiratória, podendo

evoluir para síndrome respiratória aguda grave e óbito.

Diante do cenário de transmissão comunitária e o provável aumento de casos de

pacientes com suspeita e/ou diagnóstico de COVID-19, o Hospital Universitário

Clementino Fraga Filho (HUCFF) direciona seus esforços para atender seus pacientes,

além de dar suporte para possíveis transferências de pacientes provenientes de outras

unidades públicas no Estado do Rio de Janeiro.

Frente ao descrito, este documento objetiva estabelecer os critérios de

atendimento, no HUCFF, assim como as medidas preventivas que visem proteger os

nossos profissionais de saúde, colaboradores e demais pacientes na instituição. É

importante ressaltar que todas essas medidas são baseadas no conhecimento atual

sobre o novo coronavírus (SARS-CoV-2) e podem ser alteradas conforme novas

informações sobre o vírus forem disponibilizadas.

Page 4: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

4

2. TRIAGEM DE PACIENTES

Todos os pacientes deverão acessar o hospital pela “entrada dos pilotis” também

conhecida como a entrada do ambulatório, onde será realizada a triagem dos pacientes.

Ainda do lado externo do hospital, os pacientes serão orientados, pela segurança, a

manter distanciamento em uma possível formação de fila.

Primeira barreira da entrada será realizada pelo funcionário administrativo, que

identificará o motivo da procura pelo atendimento hospitalar. O funcionário oferecerá

a máscara cirúrgica para os pacientes com queixas de sintomas respiratórios e

encaminhará para avaliação médica, com realização de classificação de risco. Após a

classificação de risco, os sintomáticos respiratórios leves serão liberados para a

residência com orientações e atestado médico de 14 dias, e os sintomáticos

respiratórios que necessitem de maior investigação e assistência serão encaminhados

para a Emergência COVID-19, no antigo Serviço de Intercorrências Clínicas e Cirúrgicas

(SICC), localizado no subsolo do hospital, utilizando o elevador N° 11.

Pacientes que procurem o hospital para atendimento de emergência, se excluído

o risco de COVID-19 na 1°triagem, deverão ser encaminhados para o 7° andar no

elevador N° 15, onde funcionará o SICC para pacientes assintomáticos respiratórios.

Paciente sinaliza sinais e sintomas de infecção

Oferecer máscara cirúrgica

Orientar a higiene das mãos

Page 5: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

5

Se faz necessário que o paciente seja orientado quanto às medidas de prevenção

tais como: etiqueta respiratória, a prática de higienização das mãos e a importância de

não tocar nas superfícies próxima.

Seguem abaixo as recomendações de medidas a serem implementadas para

prevenção e controle da disseminação do novo SARS-CoV-2 durante o atendimento de

triagem 1.

A limpeza e desinfecção das superfícies fixas na área da triagem deverão ser

realizadas, preferencialmente, entre os pacientes, na impossibilidade, dependendo do

fluxo de atendimento, instituir a frequência de quatro vezes ao dia e sempre que

necessário. O procedimento deverá ser realizado pela equipe de limpeza devidamente

treinada e paramentada utilizado produto padronizado na instituição.

Macas de transporte, cadeiras de rodas e outros artigos hospitalares envolvidos

na assistência do paciente deverão sofrer limpeza e desinfecção, com álcool a 70% ou

produto padronizado, após terem sido utilizadas por qualquer paciente.

Realizar orientação sobre a necessidade da higiene das mãos frequente com

água e sabonete líquido (40-60 segundos) OU preparação alcoólica a 70% (20

segundos);

Orientação para os pacientes e profissionais de saúde evitarem tocar olhos, nariz

e boca com as mãos não higienizadas;

Orientação aos profissionais de saúde para evitar tocar superfícies próximas ao

paciente (ex. mobiliário e equipamentos para a saúde);

É proibida a utilização de adornos pelos profissionais de saúde.

Atenção: Não se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI. Estes devem ser

imediatamente removidos após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento

EPI - TRIAGEM

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

Máscara Cirúrgica

Administrativo X X X X

Enfermeiro X X X X X X

Técnico de Enfermagem

X X X X X X

Médico X X X X X X

Maqueiro X X X X X X

Paciente X X

Page 6: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

6

3. ACOLHIMENTO E EMERGÊNCIA COVID-19

Após ser avaliado na triagem, o paciente que preencha os critérios para realização

de investigação, será recebido pela equipe escalada no atendimento na área do

acolhimento, localizada na parte externa da emergência COVID-19 (antigo SICC),

seguindo o fluxo abaixo:

Recomendações para o Atendimento de Casos Sintomáticos Respiratórios Agudos no HUCFF - Acolhimento

Page 7: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

7

Os casos de menor complexidade, sem sinais de instabilidade, deverão aguardar na

área externa a realização de exames de sangue e de imagem. Nessa área fica

determinado a realização de pequenos procedimentos (coleta de sangue) e

administração de medicamentos pelas vias intramuscular, subcutânea e oral.

Pacientes que necessitem de terapias venosas, ventilação não invasiva e suporte

básico de vida deverão ser encaminhados para a parte interna da emergência COVID-

19, onde permanecerão nos ambientes determinados, com base da evolução do

momento epidemiológico. A unidade funcionará como coorte de pacientes com

suspeita e confirmação de infecção por SARS-CoV2.

A indicação de internação hospitalar deve ser baseada no julgamento clínico. Os

casos leves poderão receber alta e manter isolamento em domicílio, desde que

instituídas medidas de precaução domiciliar. Pacientes com pneumonia ou com

condições sócio-epidemiológicas que impeçam tratamento e precaução domiciliares

devem ser internados.

Em ambos os ambientes descritos acima, a entrada dos profissionais se dará de

forma unidirecional onde o fluxo é exposto no desenho esquemático que se segue:

Page 8: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

8

Descrição do fluxo de entrada e saída de profissionais na área de acolhimento e do

Coorte – Emergência COVID -19

Entrada:

Todos os profissionais deverão acessar o setor pelo corredor da radiologia.

1 trocar a roupa pessoal pela túnica do centro cirúrgico (tecido de algodão) ou pela túnica descartável, nos dormitórios; Obs1: A troca da roupa pela túnica é opcional, caso o profissional prefira poderá permanecer com a sua roupa. Obs2: Profissionais da limpeza deverão trocar de roupa na área já utilizada pela terceirizada. Obs3: Profissionais que não permanecerão no setor de Coorte ou no Acolhimento, não utilizarão as túnicas. 2- levar os pertences para área de guarda, pegar o protetor facial (realizar a desinfecção com álcool a 70%) e a máscara N-95/PFF-2. Retornar para a entrada pela radiologia. Obs1: Os profissionais que optarem em guardar as suas máscaras e seu protetor facial e não necessitem de fazer guardar de pertences, podem se direcionar para área de paramentação.

3- entrar no setor pela radiologia e acabar a paramentação na área de paramentação localizada nos banheiros feminino e masculino do corredor da radiologia, que se comunica com o setor de emergência. Estará disponível:

- Capote de TNT com gramatura maior que 30 (para os profissionais escalados no acolhimento e o administrativo do setor;

- Capote impermeável para os profissionais escalados no setor de coorte (estes deverão ser retirados juntos aos atendentes da emergência)

- Gorro; - Luvas de procedimento. - Máscaras cirúrgicas

Obs1: Profissionais que entrarão na área do Coorte, mas não permanecerão devem usar o capote de TNT. Caso seja necessário a realização de procedimento estéril, deverão utilizar o capote estéril por cima do capote de TNT, proceder o descarte no local de realização do procedimento e retirar o capote de TNT no local de desparamentação. 4 – Ao passar pela porta, marcada com faixa vermelha no chão e sinalizada com placas, os profissionais deverão estar paramentados com: Coorte Acolhimento

Page 9: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

9

Saída do setor de acolhimento: 5*- realizar a desparamentação completa, realizando a desinfecção do protetor facial e/ou óculos. 6* proceder o deslocamento pelo lado de fora da emergência e acessar a área dos banheiros e guarda de pertences pela porta do jardim. Guardar o protetor facial na sala destinada para este fim, caso seja de uso comunitário do setor. Realizar higiene corporal e sair.

Saída do setor de Coorte 5- realizar a desparamentação do capote e luva. 6- realizar a higienizar a higienização das mãos, retirar o protetor facial e proceder a desinfecção. Guardar o protetor facial na sala destinada para este fim, caso seja de uso comunitário do setor e a máscara N-95/PFF2 (se o profissional optar pela guarda no setor). Realizar higiene corporal e sair.

No que se refere às medidas de prevenção relacionadas ao uso de EPI, seguem

abaixo as recomendações de medidas a serem implementadas para prevenção e

controle da disseminação do novo SARS-CoV-2 durante o atendimento na Emergência

COVID-19 (acolhimento e coorte).

No ambiente do coorte todos os EPI sinalizados acima se repetem, no entanto, a

máscara cirúrgica deverá ser trocada pela máscara N-95 ou PFF-2

EPI – SETOR DE EMERGENCIA – COVID-19

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

Máscara Cirúrgica

Enfermeiro X X X X X X

Técnico de Enfermagem

X X X X X X

Médico X X X X X X

Maqueiro (no transporte)

X X X X X X

Paciente X X

Outros profissionais X X X X X X

Page 10: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

10

4. HEMODIÁLISE

O serviço de diálise deve estabelecer estratégia para identificar pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus, antes mesmo de chegar ao serviço ou de entrar na área de tratamento, de forma que a equipe possa se organizar/planejar o atendimento.

Para isso foi pensado o fluxo abaixo:

Seguem as recomendações para uso de EPI por profissionais na sala de

hemodiálise:

No caso da hemodiálise externa, o profissional deverá utilizar os EPI

recomendados para o setor no qual ele permanecerá. Rendições devem ser evitadas,

durante o período da diálise externa.

EPI – SETOR DE EMERGENCIA – COVID-19

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

Máscara Cirúrgica

Todos os profissionais na sala de HD para

sintomáticos respiratórios

X X X X X X

Page 11: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

11

5. CUIDADOS NO TRANSPORTE DO PACIENTE

Se o paciente precisar ser transportado, planeje a mudança: todos os

funcionários (menor número possível de profissionais deverá estar envolvido) que

entrarem diretamente em contato com o paciente deve usar equipamento de proteção

pessoal e seguir o protocolo previamente determinado:

1. Combine com o setor para qual o paciente será transferido o melhor momento;

2. Antes de preparar o paciente, entre em contato com o setor destino;

3. Solicitar o elevador N° 11 destinado ao transporte dos pacientes com suspeita

e/ou confirmados por COVID-19;

4. Avisar ao setor de destino à saída do paciente do setor de origem;

5. Todos os envolvidos na transferência deverão estar paramentados;

6. Evite ao máximo o contato com superfícies próximas;

7. A maca destinada para a transferência deverá sofrer limpeza e desinfecção

conforme protocolo institucional;

8. A caixa de emergência deverá estar condicionada dentro de saco plástico e sofrer

limpeza e desinfecção ao término da transferência;

9. Colocar máscara cirúrgica no paciente se estiver lúcido e orientado.

OBSERVAÇÃO: Se o paciente estiver em ventilação mecânica, os profissionais

envolvidos no transporte deverão utilizar máscara PFF2 ou N95, pelo risco de

transmissão aérea por aerossóis.

EPI – TRANSPORTE DO PACIENTE

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

Máscara Cirúrgica

PFF-2 / N-95

Enfermagem X X X X X X X

Ascensorista X X X X X X X

Médico X X X X X X X

Maqueiro X X X X X X X

Paciente (sem

ventilação

mecânica)

X X

Page 12: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

12

6. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO AMBIENTE

Não há uma recomendação diferenciada para a limpeza e desinfecção de

superfícies em contato com casos suspeitos ou confirmados pelo COVID-19.

Recomenda-se que a limpeza das áreas seja concorrente, imediata ou terminal.

1. A limpeza concorrente deve ser realizada no mínimo duas vezes ao dia;

2. Limpeza terminal em caso de alta, óbito ou transferência do paciente;

3. Limpeza imediata sempre que necessário.

A desinfecção de superfícies das unidades de isolamento deve ser realizada após a

sua limpeza utilizando-se o desinfetante preconizado no HUCFF. No caso de a superfície

apresentar matéria orgânica visível deve-se inicialmente proceder à retirada do excesso

da sujidade com papel/tecido absorvente e posteriormente realizar a limpeza e

desinfecção desta, utilizando-se de toda a paramentação a seguir:

OBSERVAÇÃO: A máscara cirúrgica deverá ser utilizada em precaução por gotícula e a N95/PFF2 nos

ambientes com geração de aerossóis.

Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies que provavelmente estão

contaminadas, incluindo aquelas que estão próximas ao paciente (grades da cama,

cadeiras, mesas de cabeceira e de refeição) e aquelas consideradas de alto toque como:

maçanetas, grades dos leitos, interruptores de luz, superfícies de banheiros nos quartos

dos pacientes.

Para cada ação de limpeza deve ser trocado o pano descartável e descartá-lo. Lavar

e desinfetar criteriosamente as luvas de borracha utilizadas na limpeza ou descartá-las

se necessário.

Manter o mínimo mobiliário possível e retirar aqueles com perda de continuidades

devido à dificuldade para a realização de limpeza e desinfecção.

6.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS COMPARTILHADOS

A limpeza e desinfecção dos materiais e equipamentos compartilhados devem

ser realizados após a cada uso utilizando desinfetante protocolado na instituição ou com

álcool a 70%. Para a realização da limpeza e desinfecção de macas, aparelhos de

ultrassom, respiradores etc., o profissional deverá seguir a paramentação descrita

acima.

EPI – Equipe de limpeza

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

Máscara Cirúrgica

PFF-2 / N-95

Profissional

Limpeza X X X X X X X

Page 13: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

13

7. REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS (CME)

A ANVISA, em nota técnica 04/2020 atualizada em 31 de março de 2020,

esclarece que não há orientação especial quanto ao processamento de equipamentos,

produto para saúde ou artigos utilizados na assistência a pacientes suspeitos ou

confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

No que se refere à recomendação da SOBECC, entendemos a preocupação da

Sociedade e reforçamos sua importância na organização e na evolução nos processos de

trabalho das centrais de materiais, no entanto algumas das considerações referentes ao

novo coronavírus carecem de evidências científicas.

Considerando:

Que os conhecimentos acerca da COVID-19 estão sendo construídos durante a

pandemia;

As constantes mudanças de recomendações;

Fica estabelecido:

Área de limpeza

As superfícies deverão ser limpas regularmente. Os profissionais escalados para

trabalhar nessa área deverão estar protegidos com EPI. No caso dos EPI reutilizáveis,

deverão ser limpos e desinfetados, de modo que não se tornem fontes potenciais de

contaminação. A ação mecânica de limpeza deve ser evitada nesse cenário devido a

possibilidade da geração de gotículas.

OBSERVAÇÃO: o avental utilizado deve ser impermeável; utilizar, preferencialmente o protetor facial

ao invés dos óculos de proteção e desprezar a máscara N95/PFF2 só se estiver úmida ou danificada.

Os produtos para saúde contaminados devem ser manuseados de modo a

reduzir o risco de exposição ou contaminação de superfícies ambientais. De preferência

devem ser transportados em recipientes cobertos e fechados, resistentes à perfuração,

a fim de prevenir o extravasamento de líquidos.

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

PFF-2 / N-95

Profissional na

área de limpeza X X X X X X

Page 14: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

14

A pré-limpeza deverá ser realizada o mais rápido possível após o uso, o mais próximo

do local de sua utilização. Tem como objetivo diminuir a população de microrganismos

e facilitar a limpeza subsequente.

O material contaminado deverá ser imergido no recipiente contendo detergente

enzimático e retirado para enxague após o tempo de contato preconizado pelo

fabricante e protocolado pela CME.

Processos de limpeza que possam gerar aerossóis e respingos, precisam ser evitados

ao máximo, como também a utilização de pistolas de ar comprimido.

Todos os acessórios utilizados no processo de limpeza, como as escovas, devem

ser preferencialmente de uso único. Na impossibilidade de descarte, devem ser lavados

e desinfetados ou auto clavados.

Área de Desinfecção

O processo de desinfecção dos materiais semicríticos poderá ser manual ou

automatizado (lavadora termodesinfectadora), uma vez que o coronavírus é altamente

suscetível, inativado pela maioria de desinfetantes comumente usados.

No que se refere a desinfecção manual, o profissional deve imergir o material

devidamente limpo e seco, preenchendo lumens e canais, com a solução desinfetante

de alto nível, aguardar tempo de contato definido pelo fabricante, respeitando

rigorosamente as instruções de preparo e o tempo de contato definido em protocolo.

O enxague deverá ser realizado em água corrente, procedendo a secagem e a

guarda.

Seguem abaixo as recomendações de reprocessamento dos produtos utilizados na

assistência ventilatória:

Materiais

Guedel

Ambu Kit NBZ

Adaptador Macro Sensor Baraca Traqueia Circuito

Limpeza X X X X X X X X X

Desinfecção X X X X X

Esterilização X X X X

Page 15: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

15

8. PROCESSAMENTO DE ROUPAS

No HUCFF, ficou acordado junto aos responsáveis da rouparia a dispensação de

Kits de governança, que será composto por 2 lençóis, uma fronha, 1 camisola, 1 lençol

móvel, 1 oleado, 2 traçados e 1 toalha, evitando o acúmulo de pertences dos pacientes

nas unidades de internação. Objetivando o bem estar dos profissionais, ocorrerá

dispensação de toalhas para o serviço diurno e 1 kit contendo 2 lençóis e 1 toalha para

o serviço noturno.

Não é preciso adotar nenhuma recomendação específica para o processamento

de roupas provenientes dos ambientes de cuidado de pacientes com suspeita ou

confirmação para o novo coronavírus, devendo seguir o mesmo processo estabelecido

para as roupas provenientes de outros pacientes.

Alguns cuidados precisam ser redobrados:

1. Retirar a roupa suja com o mínimo de agitação e manuseio utilizando-se as

medidas de precauções;

2. Não manipular a roupa suja fora do local destinado para tal;

3. Manter um hamper exclusivo para atender aos quartos de precaução de

paciente suspeitos ou confirmados para COVID-19;

4. Os sacos devem ser lacrados e de modo algum poderão ser arrastados, devendo-

se utilizar carrinho de transporte para deslocar a roupa suja pelo hospital.

Page 16: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

16

9. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

As Precauções com base na transmissão são aquelas que devem ser usadas em

conjunto com as Precauções Padrão (PP) para pacientes que podem estar infectados

com certos agentes infecciosos, para os quais são necessárias precauções adicionais

para impedir a transmissão da infecção.

Poderão ser utilizados os seguintes tipos de isolamento: precauções por gotícula,

por contato e por aerossóis (como intubação orotraqueal, aspiração de vias aéreas,

ventilação não-invasiva, reanimação cardiopulmonar, ventilação manual antes de

intubação, indução de escarro, coleta de amostras nasotraqueais, nebulização e

broncoscopias), preferencialmente em quarto privativo com pressão negativa e

filtragem HEPA.

Na ausência desse tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um quarto com

portas fechadas (com janelas abertas) e restringir o número de profissionais durante

estes procedimentos.

Considerando a possibilidade de aumento do número de casos, deve ser

estabelecida a acomodação em coorte, ou seja, separar em uma mesma enfermaria ou

área os pacientes com infecção pelo novo coronavírus, respeitando a distância mínima

de 1 metro entre os leitos.

Em caso de necessidade da realização de coorte, deverá haver uma área destinada

para pacientes suspeitos e outra destinada para pacientes positivos para COVID-19

9.1. PRECAUÇÃO AEROSSÓIS E CONTATO EM QUARTO PRIVATIVO E COORTE

Os profissionais de saúde que atuam na assistência direta aos casos suspeitos ou

confirmados deverão utilizar EPI específico, conforme segue abaixo:

OBSERVAÇÃO: Utilizar preferencialmente protetor facial ao invés de óculos de proteção; A máscara N-

95/PFF2 deverá permanecer guardada e descartada quando suja, úmida ou rasgada.

Nos quartos privativos o processo de paramentação deve se iniciar na antessala, no

entanto em situações de coorte a paramentação e a sua retirada deverá ser realizada

em local destinado para esta atividade.

EPI - Precaução Aerossóis e contato

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

PFF-2 / N-95

Page 17: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

17

ANTES DE ENTRAR NA ANTESSALA

NA ANTESSALA

APÓS A ASSISTENCIA AO PACIENTE – NA ANTESSALA

APÓS SAÍDA DA ANTESSALA

Page 18: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

18

9.2. PRECAUÇÃO POR GOTÍCULA E CONTATO EM QUARTO PRIVATIVO E COORTE

O quarto privativo deve permanecer com a porta fechada, ter a entrada

sinalizada com alerta referindo precauções para gotícula e contato, a fim de evitar a

passagem de pacientes e visitantes de outras áreas ou de profissionais que estejam

trabalhando em outros locais do serviço de saúde.

Nos casos de quartos sem pressão negativa, o paciente deverá permanecer com

máscara cirúrgica e os procedimentos que gerem aerossóis devem ser evitados. Caso o

paciente não permaneça por tempo integral com a máscara cirúrgica, após a

transferência ou alta deve-se aguardar 2 horas até liberar este quarto/leito para outro

paciente.

Durante este período, a higiene do quarto pode ser realizada e o profissional da

higiene deve utilizar máscara do tipo respirador - N95 (PFF2). As etapas de

paramentação descritas no item acima devem ser seguidas.

Os profissionais de saúde que atuam na assistência direta aos casos suspeitos ou

confirmados deverão utilizar EPI específico conforme segue abaixo:

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

1. Se houver necessidade de paramentação para realização de procedimentos

estéreis, os equipamentos de proteção individual (capote e luva) deverão ser

sobrepostos à paramentação que já estiver sendo utilizada, para evitar possível

contaminação do profissional;

2. Em situações de coorte, os pacientes devem ser orientados a não compartilhar

pratos, copos, talheres, toalhas, roupas de cama ou outros itens com outras

pessoas.

3. Manter um registro de todas as pessoas que prestaram assistência direta ou

entraram nos quartos ou na área de assistência desses pacientes;

4. O acesso deve ser restrito aos profissionais envolvidos na assistência direta ao

paciente;

5. Realize a limpeza e desinfecção do ambiente sempre que necessário, sinalizando

para a equipe de limpeza que o paciente é caso suspeito ou confirmado de COVID-

19;

EPI - Precaução gotícula (sem geração de aerossóis) e contato

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

Máscara Cirúrgica

Page 19: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

19

6. O descarte do material deverá ser feito em lixeiras com tampa, com acionamento

através de pedal e com saco de resíduo infectante localizadas na antessala ou em

local específico determinado previamente nas situações de coorte;

7. Evitar excesso de material e equipamentos no quarto;

8. Realizar a desinfecção do estetoscópio antes da sua utilização, principalmente das

olivas, deverão estar acondicionados na antessala na mesa auxiliar

9. Aparelho de HGT deverá ser de uso exclusivo, quando não for possível realizar a

desinfecção com álcool a 70% ou prático 100.

10. GERENCIAMENTO DE RESÍDUO

De acordo com o que se sabe até o momento, o novo coronavírus pode ser

enquadrado como agente biológico classe de risco 3, sendo sua transmissão de alto risco

individual e moderado risco para a comunidade. Portanto, todos os resíduos

provenientes da assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo

coronavírus (COVID-19) devem ser enquadrados na categoria A1.

Os resíduos devem ser acondicionados em sacos brancos leitosos, com símbolo

de resíduo biológico, que devem ser substituídos quando atingirem dois terços de sua

capacidade. Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável,

resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa provida de

sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados. Estes resíduos

devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.

11. ORIENTAÇÕES PÓS-ÓBITO

Durante os cuidados com corpos de casos suspeitos ou confirmados de COVID-

19, devem estar presentes no quarto ou qualquer outra área apenas os profissionais

estritamente necessários (todos com equipamentos de proteção individual).

Os EPI recomendados para toda a equipe que maneja os corpos nessa etapa são:

Remover os tubos, drenos e cateteres do corpo com cuidado, realizando o

tamponamento com materiais impermeáveis devido à possibilidade de contato com os

fluidos corporais.

EPI - Preparo do corpo após o óbito

EPI e Condutas

Higienização das mãos

Gorro Luvas Capote Óculos ou protetor

facial

PFF-2 / N-95

OU MÁSCARA

CIRÚRGICA

Page 20: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

20

O descarte de todo o material e rouparia deve ser feito imediatamente e em local

adequado, atentando para o descarte dos materiais perfurocortantes em recipientes

rígidos, à prova de perfuração e vazamento, e com o símbolo de resíduo infectante.

Realizar a limpeza, desinfecção e tapar/bloquear orifícios naturais (boca, nariz,

ouvido, ânus) para evitar extravasamento de fluidos corporais;

Não haverá o reconhecimento do corpo por familiar/responsável nas unidades

de internação. Esta ocorrerá exclusivamente na câmara mortuária, por apenas um

representante da família, que deverá manter pelo menos 1 metro de distância;

Durante a embalagem, que deve ocorrer no local de ocorrência do óbito,

manipular o corpo o mínimo possível, evitando procedimentos que gerem gases ou

extravasamento de fluidos corpóreos;

Quando possível, a embalagem do corpo deve seguir três camadas:

• 1ª: colocar o corpo em saco impermeável próprio (esse deve impedir que haja

vazamento de fluidos corpóreos) e realizar a desinfecção da superfície externa do cobre

corpo com álcool a 70%, solução clorada 0,5% a 1% ou outro saneante recomendado na

instituição.

• 2ª: colocar o corpo em um segundo saco (externo), e realizar, novamente, a

desinfecção da superfície externa com álcool a 70%, solução clorada 0,5% a 1% ou outro

saneante (recomendado na instituição) pela Anvisa, compatível com o material do saco.

Identificar o corpo conforme protocolo institucional. Imprescindível: nome,

número do prontuário, data de nascimento, data e hora do óbito. Utilizar duas

identificações com letras legíveis, uma interna que deverá ser fixada no paciente na

região torácica e outra externa, na embalagem do corpo;

Identificar o saco externo de transporte com informação relativa ao risco

biológico: COVID-19.

Ao término do preparo do corpo, passar para maca de transporte, retirar e

descartar EPI descartável em lixo infectante e realizar a desinfecção dos óculos ou

protetores faciais reutilizáveis, conforme protocolo institucional.

Higienizar as mãos conforme protocolo institucional, antes e após a manipulação

do corpo.

Page 21: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

21

12. TRANSPORTE DO CORPO

Recomenda-se a utilização de uma maca exclusiva para do corpo, sendo

destinada apenas para essa finalidade. Após cada utilização deve-se realizar a

desinfecção com álcool a 70%, solução clorada 0,5% a 1% ou (com o desinfetante

padronizado na instituição) ou regularizado pela Anvisa.

O maqueiro deverá receber treinamento e orientação:

1. Quanto aos cuidados mínimos de segurança necessários;

2. Quanto ao protocolo institucional de uso de EPI;

3. Quanto ao fluxo interno (caminho e elevador reservado)

4. Quanto aos procedimentos administrativos.

Após a manipulação do corpo, retirar e descartar luvas, máscara, avental e

proceder o descarte no resíduo infectante;

Higienizar as mãos antes e após a manipulação do corpo.

12.1. ACONDICIONAMENTO DO CORPO NO NECROTÉRIO

Na chegada ao necrotério, o corpo deverá ser alocado em compartimento

refrigerado e sinalizado como COVID-19.

Os profissionais responsáveis pela manipulação/mobilização do corpo deverão

receber treinamento e orientação:

1. Quanto aos cuidados mínimos de segurança necessários;

2. Quanto ao protocolo institucional de uso de EPI;

3. Quanto aos procedimentos administrativos para liberação do corpo.

12.2. PROCEDIMENTO SUGERIDO PARA RECONHECIMENTO PELA FAMÍLIA

Será realizado por um único membro da família, que deverá manter a distância

de pelo menos 1 metro. Ser for necessário a aproximação, deverá utilizar máscara

cirúrgica, evitando encostar ou tocar nas superfícies;

Dependendo da estrutura existente, o reconhecimento do corpo poderá ser

realizado por meio de fotografias, evitando contato ou exposição;

O corpo deve ser acomodado em urna a ser lacrada, seguido de limpeza e

desinfecção da superfície, utilizando álcool a 70% ou outro desinfetante padronizado na

instituição.

Os profissionais que atuam na guarda e alocação do corpo no caixão também

devem adotar as medidas de precaução aqui expostas, até o fechamento do caixão.

Após a manipulação do corpo, retirar e descartar luvas, máscara, avental (se

descartável) em lixo infectante;

Higienizar as mãos com água e sabão antes e após a manipulação do corpo.

Page 22: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

22

13. FUNCIONAMENTO DOS ELEVADORES

Considerando as formas de transmissão do COVID-19, a estrutura vertical da nossa

instituição (necessidade de elevadores para o deslocamento entre setores) e a

prevenção de transmissão da doença no ambiente hospitalar, foi montada, em parceria

com a DAG, a estratégia para funcionamento dos elevadores e encaminhamento de

roupas paras unidades que estão atendendo os pacientes suspeitos e confirmados de

COVID-19. Fica definido, assim:

Elevadores Corredor da radiologia

Carro 11- Fica destinado para transporte de pacientes suspeitos e/ou confirmados de

COVID-19;

Carro 10- Fica destinado para o transporte de óbitos, resíduos hospitalares, resíduos

de obra e roupa suja; ambos terão cronograma de limpeza concorrente e terminal, a ser

definido com a empresa PROVAC.

Elevadores do Hall

Carro 13 e 14 - Ficam destinados para o transporte do público em geral (profissionais

de saúde e colaboradores);

Carro 15 - Fica destinado para o transporte de pacientes NÃO - COVID-19, roupa limpa,

alimentação e almoxarifado;

Carro 7 ou 8 - Assim que seja realizado o conserto será destinado para o transporte de

roupa limpa, alimentação e almoxarifado, ficando o carro 15 destinado apenas para o

transporte de pacientes NÃO-COVID-19.

Considerando a importância do distanciamento entre as pessoas, foram realizadas

marcações no chão do hall dos elevadores do subsolo, que deverão ser respeitadas na

formação de fila, assim como a lotação máxima dos elevadores (5 pessoas por carro),

que deverá ser cumprida visando a segurança de todos.

Desenho esquemático da divisão

dos elevadores no HUCFF/UFRJ

Page 23: PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A …download.hucff.ufrj.br/DIVULGACOES/2020/COVID_SITE/... · PROTOCOLO DE CONTROLE E PREVENÇÃO FRENTE A PANDEMIA ... REPROCESSAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

SERVIÇO DE DOENÇAS INFECSIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH

23

REFERÊNCIAS:

1. BRASIL. ANVISA - Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle

que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de

infecção pelo novo coronavírus (sars-cov-2). Março de 2020.

2. SOBECC - Recomendações relacionadas ao fluxo de atendimento para pacientes

com suspeita ou infecção confirmada pelo covid-19 em procedimentos cirúrgicos

ou endoscópicos. Março de 2020.

3. BRASIL. Ministério da saúde – Protocolo de Manejo Clínico para o Novo

Coronavírus (2019-nCoV). Março de 2020.

4. NasceCME – Nota técnica Coronavírus e a CME. Março de 2020.