Prova Comentada Iss Sp 2012 Parte i

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Prova de Economia ISS/SP 2012 (Parte I) Prof Heber Carvalho Prof Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 13 Prova de Economia ISS/SP 2012 comentada (Parte I ) Olá caros(as) amigos(as), Seguem os comentários das questões de Economia do ISS/SP 2012 (Parte I). Há possibilidade de recurso na questão 20. Em breve, posto o restante das questões. Espero que gostem: Prova de Economia – Prova 04, Tipo 004 Comentários: Questão bem simples, manjada. Bastava utilizar a fórmula do PIB PM : PIB PM = C FINAL + FBKf + ΔE + X – M 3.239.404 = 2.666.752 + 585.317 + (-7.471) + 355.653 – M M = 360.847 Gabarito: A

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Prova de Economia ISS/SP 2012 comentada

(Parte I )

Olá caros(as) amigos(as),

Seguem os comentários das questões de Economia do ISS/SP 2012

(Parte I). Há possibilidade de recurso na questão 20. Em breve, posto o restante das questões.

Espero que gostem:

Prova de Economia – Prova 04, Tipo 004

Comentários:

Questão bem simples, manjada. Bastava utilizar a fórmula do PIBPM:

PIBPM = CFINAL + FBKf + ΔE + X – M

3.239.404 = 2.666.752 + 585.317 + (-7.471) + 355.653 – M M = 360.847

Gabarito: A

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Comentários:

Esta é simplesmente igual a uma questão cobrada pela FCC no concurso

da Infraero em 2009. Veja o enunciado da questão:

(FCC – Analista Superior II – Economista – INFRAERO – 2009) - Em uma determinada economia, o Produto Nacional

Líquido a preços de mercado é maior que o Produto Interno Bruto a preços de mercado. Isso ocorre nessa economia porque o valor

(A) da renda líquida enviada para o exterior é maior que o da depreciação.

(B) da renda líquida recebida do exterior é maior que o dos impostos líquidos de subsídios.

(C) da depreciação é maior que o da renda líquida enviada para o exterior. (D) da renda líquida recebida do exterior é maior que o da

depreciação. (E) dos impostos diretos líquidos de subsídios é maior que o da

depreciação.

A diferença entre o produto nacional líquido a preços de mercado (PNLPM) e o produto interno bruto a preços de mercado (PIBPM) reside na RLEE e

na depreciação:

PIBPM = PNLPM + (RLEE + depreciação)

Para que o PNLPM seja maior que o PIBPM, a expressão em negrito dentro dos parênteses deve necessariamente ser negativa. Como a depreciação é

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sempre um valor positivo, então, a RLEE será um valor negativo e deverá

superar o valor positivo da depreciação.

Se a RLEE é negativa, então, isto significa que temos renda líquida recebida do exterior (RLRE). Ao mesmo tempo, tal valor negativo deverá

ser maior que o valor da depreciação.

Gabarito: A

Comentários:

a) Incorreta. Em 2010, o PIB não apresentou crescimento real, pois o PIB

nominal cresceu menos que o índice de preços (IGP). O PIB nominal cresceu 5% (pois 1207,50/1150=1,05), enquanto os preços cresceram

6% (pois 121,90/115=1,06). Isto indica que o crescimento do PIB

nominal só ocorreu devido ao aumento dos preços, e não devido ao aumento da produção.

b) Incorreta. A partir de 2007, o PIB (do ponto de vista nominal) cresceu

em todos os anos (é só olhar a tabela).

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c) Incorreta. Entre 2006 e 2007, o PIB nominal cresceu 7%, enquanto os preços cresceram 6%. Ou seja, como o crescimento do PIB nominal foi

superior ao aumento de preços, podemos dizer (sem efetuar cálculos) que houve crescimento real da produção.

d) Incorreta. Na alternativa A, vimos que não houve crescimento real

entre os anos de 2009 e 2010. Ou seja, por aí, já é possível saber que a alternativa D é incorreta (sem cálculos).

e) Correta. O PIB de 2006 (medido a preços de 2006) é 1.000. Para

calcularmos o PIB de 2009 a preços de 2006, basta pegar o PIB nominal de 2009 e o deflacionar pelo índice de preços (IGP) entre 2006 e 2009

(este índice é 1,15). Assim,

Gabarito: E

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Comentários:

Se a economia é fechada, então, a renda da economia será:

Y = C + I + G (1)

Sabemos que Y=1215, I=200 e se pede o valor de G. Ou seja, para fechar a equação da renda de equilíbrio da economia, só falta a equação

do consumo (C). Esta equação pode ser deduzida a partir da função poupança:

S = -50 + 0,2YD

Pela equação acima, sabemos que o consumo autônomo (C0) vale 50, e

que a propensão marginal a poupar vale 0,2 (portanto, a propensão

marginal a consumir vale 0,8). Assim, a função consumo é:

C = 50 + 0,8YD C = 50 + 0,8(Y – T)

Onde T= 80 + 0,25Y, então:

C = 50 + 0,8(Y – (80 + 0,25Y))

C = -14 + 0,6Y

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Substituindo Y, C, I e G em (1):

Y = C + I + G 1215 = (-14 + 0,6.1215) + 200 + G

G = 300

Gabarito: D

Comentários:

Questão bem simples. Basta saber as operações que recebem sinal de

“+”, e as que recebem sinal de “-“. Se entrou dinheiro no país, isto aumenta as reservas internacionais. Se saiu dinheiro, isto reduz as

reservas internacionais.

ΔRI = +1950 – 870 – 230 – 1890 – 520 + 1200 + 2100 – 980 + 350 ΔRI = +1110

Gabarito: D

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Comentários:

Seguem duas interpretações:

1) O agregado monetário M1 (meios de pagamento da economia) tem estreita relação com o multiplicador monetário da economia, valendo a

seguinte relação:

M1 = BM.K

Onde BM=base monetária e K=multiplicador monetário.

Ao mesmo tempo, sabemos que, quanto maior é a taxa de reservas

compulsórias dos bancos comerciais, maior é o coeficiente de comportamento “R” do multiplicador monetário. E quanto maior o “R”,

menor o multiplicador, e menor, portanto, será a quantidade de M1 na economia.

2) Outra interpretação utilizada é que o aumento da taxa de reservas

compulsórias reduz a quantidade de moeda disponível no sistema bancário. Assim, sobra menos dinheiro para os bancos realizarem a

multiplicação monetária. Desta forma, o aumento da taxa de reservas

compulsórias é relacionado como instrumento de política monetária restritiva (diminui a quantidade de M1 na economia).

Veja que, em qualquer dos casos, o aumento da taxa de reservas

compulsórias reduz a quantidade de M1 na economia. Ou seja, há uma relação inversa entre estas variáveis.

Gabarito: B

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Comentários:

a) Incorreta. A base monetária é igual a:

BM = PMPP + Reservas bancárias

Desta forma, uma parte da base monetária se encontra em poder do sistema bancário e não totalmente em poder do público como afirma a

assertiva.

b) Correta. A demanda por moeda possui relação inversa com a taxa de juros, devido ao motivo especulação, ressaltado por Keynes.

c) Incorreta. A demanda por moeda é função crescente da renda, e

decrescente dos juros. Ou seja, geralmente, dizemos que a demanda por

moeda depende destas duas variáveis: renda e juros. Não depende, portanto, da proporção do papel moeda mantido em poder do público.

d) Incorreta. Assertiva absurda (é até difícil de comentar! ).

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e) Incorreta. A assertiva está errada em seu início, pois é a demanda

monetária (não é a oferta) que possui relação inversa com a taxa de juros.

No mais, quanto menor a taxa de juros, maior será a oferta de títulos

públicos (pois será interessante para o governo emitir títulos, se os juros que ele tiver que pagar estiverem baratos). No entanto, quanto maior a

oferta de títulos, menor tenderá a ser a quantidade de meios de pagamento, já que a venda de títulos públicos reduz a quantidade de M1

na economia.

Gabarito: B

Comentários:

Se o enunciado da questão diz que a tributação e a importação de bens são funções do nível de renda, então, isto significa que temos valores de

propensão marginal a tributar e a importar, sendo as funções T e M nos seguintes formatos:

T = T0 + t.Y

M = M0 + m.Y

Onde t e m são as propensões marginais a tributar e a importar.

A fórmula do multiplicador será:

Agora, vamos à análise das alternativas:

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a) Incorreta. O multiplicador dos gastos será função decrescente da propensão marginal a poupar (1 – c). Ou seja, quanto maior este, menor

aquele.

b) Incorreta. O multiplicador dos gastos depende das diversas propensões marginais (é só olhar pela fórmula), não existindo, portanto, correlação

com o multiplicador dos meios de pagamento.

c) Incorreta. O multiplicador de gastos aumenta se a propensão marginal a consumir (c) aumenta.

d) Correta. Quanto maior a propensão marginal a tributar (t), menor é o

multiplicador de gastos, havendo, portanto, uma relação decrescente entre estas variáveis.

e) Incorreta. O valor do multiplicador dos investimentos privados é igual ao valor do multiplicador dos gastos do governo (na verdade, é o mesmo

multiplicador para todos os agregados autônomos: C0, I0, G0, X0 e M0).

Gabarito: D

Comentários:

A questão trata dos determinantes do investimento, segundo a teoria

Keynesiana. Existem várias óticas segundo as quais podemos analisar a demanda (ou os determinantes) por investimento:

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1) Expectativas dos empresários em relação ao crescimento do

produto da economia; 2) Quanto maior a taxa de juros, menores os investimentos;

3) Comparação entre EMC (eficiência marginal do capital) e a taxa de juros do mercado (i);

4) Comparação entre produto marginal do capital e custo do capital; 5) Utilização do “q” de Tobin.

Pela análise das alternativas, a única correta é a letra E.

Vejamos os erros das outras alternativas:

a) Incorreta. Quando a demanda por moeda é totalmente inelástica aos

juros, a curva LM é vertical e um aumento dos gastos do governo desloca a curva IS para a direita e para cima. O resultado é um aumento da taxa

de juros, sem alteração da renda. Assim, o investimento é reduzido, pois

ocorre aumento da taxa de juros (já que o investimento é inversamente relacionado com a taxa de juros).

b) Incorreta. Quando a demanda por moeda é infinitamente elástica aos

juros, a curva LM é horizontal e um aumento oferta monetária não desloca a curva LM nesta ocasião (é um trecho de “armadilha da

liquidez”). O resultado da política monetária no trecho de armadilha da liquidez é nulo: nem a renda, nem os juros são alterados. Logicamente,

os investimentos também não serão alterados.

c) Incorreta. Na teoria Keynesiana, os investimentos são função decrescente dos juros (não é função da renda).

Observação: o investimento é função da renda apenas no modelo

Keynesiano simplificado. Mas, mesmo assim, neste caso, ele é função

crescente da renda.

d) Incorreta. Quando a taxa de juros se eleva, os investimentos são reduzidos.

Gabarito: E

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Comentários:

O enunciado da questão falou que a demanda por investimento é

inelástica à taxa de juros. Neste caso, devemos considerar a curva IS negativamente inclinada. Se ela falasse em demanda por investimento

completamente inelástica à taxa de juros, consideraríamos a curva IS vertical. Entretanto, a questão falou somente em demanda inelástica, e

não em demanda completamente inelástica.

Vamos à análise das alternativas:

a) Incorreta. Sendo a curva IS negativamente inclinada, qualquer deslocamento da curva LM (proveniente de política monetária) pode

alterar a taxa de juros.

b) Incorreta (entretanto, a meu ver, correta). A compra de títulos é

política monetária expansiva, deslocando a curva LM para a direita. Isto aumenta a renda (reduz o desemprego) da economia. Assim, para mim, a

assertiva está correta.

Observação: a banca considerou a curva IS vertical (como se a demanda dos investimentos em relação à taxa de juros fosse

completamente inelástica). Desta forma, cabe recurso nesta questão, pois uma curva IS com demanda de investimentos inelástica à taxa de juros

significa uma curva negativamente inclinada, e não uma curva IS vertical.

Segue passagem de Richard Froyen, Macroeconomia, ed. Saraiva (página 152):

“A figura 6.14 ilustra de que forma a inclinação da curva

IS está relacionada com a curva da função investimento.

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São ilustradas duas curvas de investimento. A curva I é

traçada muito inclinada, indicando que o investimento não é muito sensível a mudanças na taxa de juros; a

elasticidade da demanda por investimento em relação aos juros é baixa.”

Observação: na figura 6.14 do livro (página 153), a curva I é

negativamente inclinada (não é vertical).

Em outra passagem (página 154), o autor afirma:

“Um caso extremo da inclinação da curva IS ocorre quando a elasticidade da demanda por investimento em

relação aos juros é zero, ou seja, o investimento é completamente insensível à taxa de juros”. (grifo nosso)

Ou seja, para a curva IS ser considerada vertical (que foi a presunção da banca, para formar o gabarito da questão), devemos ter uma demanda

por investimentos completamente inelástica à taxa de juros, o que não foi dito no enunciado. Foi dito apenas que a demanda é inelástica.

Logo, devemos supor uma curva IS negativamente inclinada, de tal forma

que um deslocamento da curva LM para a direita (proveniente de política monetária expansiva) irá aumentar o produto e a renda da economia.

c) Correta. Políticas fiscais expansionistas deslocam a curva IS para a

direita, aumentando a renda ou o produto.

d) Incorreta. Absurda! Se é possível aumentar o produto da economia (conforme vimos nas letras B e C), então, é possível aumentar o produto

per capita.

e) Incorreta. Em regra, quaisquer políticas monetária ou fiscal expansivas

trarão inflação de demanda.

Gabarito: C (acho a anulação possível, mas não conto tanto com isto)